Revista Mercado Empresarial - Tubotech

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Distribuição gratuita Ano 6 - Edição nº 36 - Outubro de 2011 Especial Tubotech - 2011 Acesse o portal: Publicação SEGUE AQUECIDO Gestão Brasil: potência ou colônia? Economia Queda de juros muda todo o cenário para investimentos Emprego Executivos europeus vêm buscar emprego no Brasil SEGMENTO DE TUBOS E ACESSÓRIOS

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Os desafios que o segmento enfrenta, as iniciativas empresariais, os programas de qualidade, as políticas públicas, o avanço tecnológico e o grande evento desse mercado (a Tubotech 2011), estão contemplados no panorama do setor que esta edição da Mercado Empresarial apresenta, calcado em informações e opiniões de grandes especialistas. Não deixe de ler!

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Ano 6 - Edição nº 36 - Outubro de 2011

Especial Tubotech - 2011

Acesse o portal:

Publicação

SEGUE AQUECIDO

GestãoBrasil: potência ou colônia?

EconomiaQueda de juros muda todo o cenário para investimentos

EmpregoExecutivos europeus vêm buscar emprego no Brasil

SEGMENTO DETUBOS E ACESSÓRIOS

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expediente

Mercado Empresarial

FOcAdO nO MErcAdO intErnO, sEgMEntO dE tuBOs

sEguE sAudávEl E AQuEcidO

em a crise internacional que vai ganhando forma no horizonte,

já fazendo sentir seus efeitos no País, parece assustar as diversas

empresas do segmento de tubos e acessórios. O setor segue saudável

e aquecido, apostando na pujança do mercado interno, seu principal,

senão único, foco de negócios.

De 2010 para cá, os produtores que utilizam como matérias-primas

o aço, o concreto, o polietileno, o polipropileno e o PVC têm visto

expandir-se os volumes de pedidos, provenientes das mais distintas áre-

as de mercado. Na indústria de tubos e conexões de aço, por exemplo,

a produção em 2010 bateu em 1,730 milhão de toneladas, um aumento

de 16% sobre o total de 1,488 milhão de toneladas contabilizado em

2009, redundando em receitas da ordem de U$ 5 bilhões para o setor,

que congrega cerca de 60 empresas. Para 2011, a expectativa é de que

haja um incremento entre 6% e 7% sobre 2010.

O segmento apresenta, hoje, maior amadurecimento e profissio-

nalização. Além disso, o investimento de tecnologia de ponta resultou

em um grande salto de qualidade: os produtos brasileiros do segmento

nada ficam a dever aos vindos de fora.

Os desafios que o segmento enfrenta, as iniciativas empresariais, os

programas de qualidade, as políticas públicas, o avanço tecnológico e

o grande evento desse mercado (a Tubotech 2011), estão contempla-

dos no panorama do setor que esta edição da Mercado Empresarial

apresenta, calcado em informações e opiniões de grandes especialistas.

Não deixe de ler!

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editorial

Coordenação: Mariza SimãoRedatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Irineu Uehara e João LopesDiagramação: Rogério SilvaArte: Cesar Souza, José Francisco dos Santos,José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Hermínio Mirabete Junior, Ricardo Satoshi Yamassaki, Danilo Barbosa GomesDistribuição: VI Feira Internacional de Tubos, Conexões e ComponentesImpressão: RR Donnelley

Matriz:São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273Filiais:Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Edifício MetropolitanRua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and.CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068Fax: (14) 3226-4098 PiracicabaSisal Center - Rua Treze de Maio, 768sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434Fax.: (19) 3432-1524Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895Santos - Rua Leonardo Roitman, 27 - 4º and. cj 48 - Santos - SP - CEP.: 11015-550Tel.: (13) 3224-9326 / 3232-4763São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 3º and. - cj 301 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419

O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

3mercado empresarialmercado empresarial

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sumário

Segmento de tubos e acessó-rios segue aquecido

Panorama do setor

destaque

Meio ambiente

dicas

Qualidade

legislação

Pesquisa

tecnologia

dicas de leitura vitrine

cases & cases

Revestimento controla o calor dentro de uma sala

Trefital - Referência no mercado de Tubos e Microtubos Trefilados

Projeto Chuva: cientistas brasileiros vão estudar microfísica das nuvens

Phama Comercial - Sinônimo de credibilidade no comércio de materiais elétricos e eletrônicos

Brasileiros criam solvente que dissolve praticamente qualquer coisa

Grupo de trabalho criará a Embrapa da Indústria

Separação patrimonial é nova arma dos empresários

sustentabilidade

Tratamento de água através da luz solar

Portas Automáticas: dicas de uso e manutenção

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Opinião

Brasil, País do Futuro14

Mercado

Tigre faz parceria com Abimaq e amplia frente de negócios com o setor industrial30

Emprego

Varejo atrai executivos de outros setores para suprir falta de talentos

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59Evento

TUBOTECH 2011: VI Feira Internacional de Tubos, Conexões e Componentes16

Setor de alta tecnologia cresce acima dos outros

Queda de juros muda todo o cenário para investimentos

Economia

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Empresas apostam na pujança do mercado interno.

Fascículo Qualidade de Vida - Vol.5 Nesta edição: Estilo de Vida

gestão

Brasil: Potência ou Colônia?24

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vitrine

Anúncio

Page 6: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

panorama do setor

SEgmEnTo dE TuboS E AcESSórioS

EMPrEsAs APOstAM nA PujAnçA dO MErcAdO intErnO

SEguE AquEcido

mpulsionado diretamente pelo crescimento eco-nômico vivido pelo País, o segmento de tubos e acessórios exibe hoje um saudável quadro de aquecimento do nível de atividades, embora se

registrem diferenças de desempenho entre as diver-sas ramificações em que atuam os fabricantes. E a nova crise internacional que vai ganhando forma no horizonte, já fazendo sentir seus efeitos no País, parece não assustar as diversas empresas do setor, que apostam na pujança do mercado interno, seu principal, senão único, foco de negócios.

De 2010 para cá, os produtores que utilizam como matérias-primas o aço, o concreto, o po-lietileno, o polipropileno e o policloreto de vinila (PVC) têm visto expandir-se os volumes de pedidos, provenientes de áreas tão distintas como construção civil, petrolífera, saneamento, mineração, energia, telecomunicações e manufatureira, entre outras.

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SEgmEnTo dE TuboS E AcESSórioS

EMPrEsAs APOstAM nA PujAnçA dO MErcAdO intErnO

SEguE AquEcido

panorama do setor

Assim, por exemplo, na indústria de tubos e conexões de aço, a produção em 2010 bateu em 1,730 milhão de toneladas, um aumento de 16% sobre o total de 1,488 milhão de toneladas contabilizado em 2009 – ano em que a outra crise econômico-financeira havia recrudes-cido, ocasionando um recuo de nada menos que 40% sobre 2008. A performance do ano passado redundou em receitas da ordem de U$ 5 bilhões para o setor, que congrega cerca de 60 empresas.

Para 2011, a expectativa é de que haja um incremento entre 6% e 7% sobre 2010. “A crise em curso não terá efeitos mais acentua-dos porque não temos forte dependência da demanda externa”, situa José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Associação Bra-sileira de Indústria de Tubos e Acessórios de Metal). Os negócios, ressalva ele, só seriam mais pesadamente afetados se faltasse liquidez na praça, a exemplo do que se verificou em 2008-2009. “Mas isso não deverá ocorrer, em virtude principalmente da presença do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, antecipa.

Além do mais, pondera Siqueira, “obras como as previstas nos cronogramas de áreas importantes, como a petrolífera, são de exe-cução a médio e longo prazos”. Vale dizer, as contratações feitas agora têm um extenso pe-ríodo à frente até se materializarem (um poço, por exemplo, só começa a produzir entre 10 e 12 anos após a descoberta), ao passo que a turbulência na economia é conjuntural e deverá dissipar-se em não muito tempo.

A exploração do pré-sal, em particular, está apenas em seus primórdios. “Antes de mais nada, os técnicos têm de definir a tecnologia de extração a ser empregada. Só depois disso vai ser escolhido o material a ser usado, se será mais nobre, composto com ligas especiais, ou menos nobre”, ilustra o diretor da Abitam.

De qualquer modo, não se antevê um incre-mento tão vigoroso na procura, diferentemente do que se poderia imaginar. Calcula-se que, com a exploração do pré-sal, os tubos OCTG (Oil Country Tubular Goods), destinados à produção e revestimentos de poços, terão as vendas alavancadas entre 20% e 30%. Hoje, são comercializadas entre 130 mil e 150 mil toneladas/ano destes bens.

A nota negativa, por outro lado, vem do comércio externo. “Além da apreciação do real, existe muita capacidade ociosa no mundo em decorrência da estagnação econômica, de sorte que os volumes exportados não estão sendo

Em 2010, foram exportadas 200 mil toneladas de tubos

de aço

“A crise em curso não terá efeitos mais acentuados porque não temos forte dependência

da demanda externa”

josé Adolfo siqueiradiretor-executivo da Abitam

(Associação Brasileira de Indústria de Tubos e

Acessórios de Metal).

significativos”, observa Siqueira. Em contrapartida, as importações estão impondo uma árdua competição com os produtos locais, sobretudo as provenientes da Ásia e, especialmente, da China.

“Trata-se de itens que não pagam impostos lá fora, enquanto os fabricantes locais enfrentam altos custos”, compara o diretor. O tão falado “custo Brasil” – juros, impostos, transportes, logística, encargos trabalhistas, etc – é proibitivo, queixa-se ele, prejudicando também os fornecedores de matérias-primas, que acabam repassando os gravames para seus preços.

Em 2010, foram exportadas 200 mil toneladas de tubos de aço, volume pouco inferior às importações, que foram de 205 mil toneladas. No primeiro semestre de 2011, foram transacionadas lá fora 124 mil toneladas, contra compras de 103 mil. Ao que tudo indica, no prognóstico da Abitam, o desempenho da balança comercial neste ano não vai diferir muito do que se apurou em 2010.

repetição de bons resultadosDe seu lado, os fabricantes de tubos de

concreto têm desfrutado de uma robusta reação dos negócios nos últimos três anos. Em 2010, houve um crescimento de 30% em relação a 2009, percentual que deverá ser reeditado em 2011, conforme estima a ABTC (Associação Brasileira de Fabricantes de Tubos de Concreto).

O motor deste business são as encomendas originadas das obras de saneamento. “Todas as ações visando o desen-volvimento e a melhora da qualidade de vida da população resultam em crescimento na demanda de abastecimento de água e tratamento de esgotos”, analisa Fernando de Carvalho, presidente da ABTC e diretor da Construsinos. Embora os players desta seara atendam tanto o setor públi-co quanto o privado, o grosso das entregas no momento é dirigido aos projetos governamentais, notadamente os das prefeituras que executam obras localmente.

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panorama do setor

O presidente da ABTC julga que os desdobramentos da crise atual serão amenos, até pelo fato de o Governo Federal vir adotando, segundo ele, “uma postura cautelosa e prudente” na condução da macroeconomia. A enorme importância da infraestrutura de saneamento na manu-tenção da saúde pública e no processo desenvolvimento, completa ele, é fator de continuidade na procura por tubos de concreto.

Na verdade, revela Fernando de Carvalho, o setor já vinha apostando firmemente nesta maré favorável. “Tanto assim que nossos associados realizaram nos últimos anos polpudos investimentos de modernização em suas linhas de produção, inclusive importando tecnologia e máquinas”, relembra ele. Outro passo relevante foi a atualização e im-plantação das normas técnicas brasileiras. “Desta forma, estamos certos de que temos como suprir as necessidades do mercado nacional com a máxima qualidade”, afiança ele.

De ano para ano, conta o dirigente da ABTC, o seg-mento vem ganhando densidade. A estimativa é de que, so-mando-se as empresas formais e informais, o número total de fábricas seja algo em torno de três mil, arregimentando um contingente de 75 mil funcionários. Quando a entidade foi fundada, em 2001, contava com 15 associadas em seu quadro e hoje o total já alcança 45 em todo o País.

resinas plásticas ampliam mercadoNo que tange aos tubos poliolefínicos - que são ma-

nufaturados com PE (polietileno) e PP (polipropileno) -, a comercialização também vem reagindo no Brasil, acompa-nhando, de resto, uma tendência mundial. “Isso ocorreu de-vido ao desenvolvimento tecnológico das resinas plásticas que permitiu, nos últimos anos, a produção de peças que suportam maiores pressões de trabalho e apoiam uma per-formance diferenciada em relação a outras tecnologias não plásticas”, assevera Fábio Magalhães Carneiro, presidente da ABPE (Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas) e diretor comercial da Braskem.

A entidade não possui dados consolidados, mas calcula que o mercado tenha processado um total da ordem de

40 mil toneladas de PE para tubos em 2010 (incluindo matéria prima-nacional e importada), movimentando negócios que somaram R$ 320 milhões. Nos últimos cinco anos, a produção de tubos de PP e PE aumentou em média 11% anuais. E doravante a projeção de crescimento é de aproximadamente 10% por ano.

A grosso modo, conforme a ABPE, 54% do PE destina-se ao saneamento básico (água e esgoto), 10% a redes de gás combustível, 15% à mineração e os demais 21% a outras aplicações (indústria, telecomunicações, energia, entre outras). Um fator que deverá incrementar o giro, segundo Carneiro, foi a formalização do acordo com a CDHU (Companhia de Desen-volvimento Habitacional de São Paulo), visando garantir a qualidade das habitações erguidas pelo governo paulista.

Pelo acordo, a ABPE (que reúne no todo 17 transformadores nacionais) passa a ter como atribuição a implantação do Programa Setorial da Qualidade para tubos e conexões de polieti-leno e polipropileno empregados em moradias da CDHU. “Este passo significa a possibilidade de ocupação de novo nicho no mercado, o da construção civil, nas instalações prediais de água quente e fria”, comemora Carneiro.

construção puxa negóciosFabricando tubos de PVC, a Mexichem

Brasil, detentora da marca Amanco, teve vendas líquidas de R$ 946 milhões no ano passado, alta de 18% na comparação com 2009. A empresa apresentou um Ebitda (resultado operacional antes da depreciação, despesas financeiras e impostos) superior ao do ano anterior em 20%, além de um aumento de 22% no nível de produção.

Como nos últimos tempos, a corporação espera que as vendas da Amanco avancem o dobro do crescimento da construção civil, que neste ano deve ficar em 7% - ou seja, deve haver

“Todas as ações visando o desenvolvimento e a melhora da qualidade de vida da população resultam em crescimento na de-

manda de abastecimento de água e tratamento de esgotos”

Fernando de carvalhoPresidente da ABtc e

diretor da construsinos

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no balanço um ganho de pelo menos 14% em 2011 vis-à-vis 2010. “Esperamos um segundo semestre mais aquecido do que o primeiro, com um volume maior comercializado”, assinala Regina Zimmermann, diretora industrial da Mexichem Brasil.

No cerne destes bons resultados, está o setor residencial, com foco na autoconstrução (conhecido como “mercado formiga”), que corresponde a cerca de 80% das vendas na construção civil no Brasil. “O ingresso de mais de 30 milhões de brasileiros na classe média, o déficit habitacional e o maior acesso ao crédito são alguns dos fatores que determinam esse aquecimento”, enumera Regina. Em termos de nichos, hoje, de forma aproximada, 70% das receitas contabilizadas pela marca Amanco são do segmento predial, 20% do saneamento e 10% da linha de irrigação.

A performance do saneamento ficou aquém das previsões, reconhece Regina, mas a perspec-tiva é de que ela reaja nos próximos anos. Para se ter uma ideia do cenário, das obras sanitárias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que estavam previstas para 2010, apenas 10% foram realizadas. Em 2009, esse índice tinha sido ainda pior, de 4%. “Há uma forte deman-da reprimida. Outro dado que evidencia esse fenômeno é que somente 27% do esgoto no Brasil é tratado”, argumenta a executiva.

Com esses atrasos no cronograma, a par-ticipação do saneamento no faturamento de fornecedores de materiais, como um todo, deve cair neste ano. A Asfamas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento) já divulgou que o recuo de janeiro a junho de 2011, frente ao mesmo período de 2010, foi de 27% e que nos últimos 12 meses o setor acumula perdas de 13%.

Na Mexichem Brasil, especificamente, infor-ma Regina, a participação do saneamento nas receitas totais deve cair de 20% em 2010 para

em 10% em 2011. “No entanto, a queda deve ser compensada por vendas na construção predial, que se mantêm em alta em 2011”, prevê.

Entraves na execução do PAcPara explicar esta relativa paralisia nas obras do PAC, Re-

gina nota que muitos projetos não foram apresentados pelas prefeituras, que são as responsáveis por eles. Outro obstáculo é a demora na aprovação das iniciativas pelos governos es-taduais e federal e a falta de repasses e outorgas das verbas. “Ainda há indefinições quanto ao tipo de investimento, se será apenas público ou público-privado, entre outras questões”, complementa ela.

Corroborando esta avaliação geral de que o PAC não está sendo levado a cabo no ritmo previsto, José Adolfo Siqueira, da Abitam, faz menção a mais alguns entraves: obtenção de licenciamentos ambientais, disputas entre construtoras e embargos do TCU (Tribunal de Contas da União), entre outros. “Por tudo isso, o nível de consumo de produtos não está sendo milagroso. As obras criam uma procura positiva para vários tipos de materiais, mas isso não se dá de uma vez só”, assegura ele.

A mesma ponderação, adiciona Siqueira, se aplica à Copa do Mundo e às Olimpíadas. As competições deverão induzir o aumento das atividades nos canteiros, mas por enquanto o erguimento de estádios e da infra-estrutura necessária ainda não teve impacto expressivo, devido aos atrasos. “Não houve, também aqui, uma alta notável na demanda, embora estejamos prontos para supri-la”, diz o diretor da Abitam.

Seja como for, a Mexichem, segundo Regina Zimmermann, fez investimentos elevados para atender o aguardado “boom” nos pedidos. Foram desembolsados R$ 148 milhões em 2011, prevendo-se um aumento de 20% na capacidade das fábricas (contemplando todos os segmentos – predial, infraestrutura e irrigação), além do desenvolvimento de novos produtos, divulgação de marcas na mídia e nos pontos de venda do varejo e capacitação profissional.

“O potencial é muito grande. Temos participado das prin-cipais licitações vinculadas ao saneamento, ganhando cerca de 40% do setor neste ano”, quantifica Regina. Em 2010, o maior surto na demanda em infraestrutura/saneamento se deu na região Nordeste, onde a empresa possui duas fábricas.

panorama do setor 9mercado empresarialmercado empresarial

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De alguns anos para cá, a adoção de programas de qua-lidade e de padrões na produção de tubos e acessórios despontou como um autêntico divisor de águas, sinali-zando um maior amadurecimento e profissionalização

do mercado, em favor de fabricantes, construtores, instaladores e consumidores finais.

Cada vez mais, os processos de manufatura devem cumprir uma série de requisitos que visam garantir a adequação dos produtos. “Hoje, não se fabricam tubos fora das normas, pois os clientes exigem certificações que comprovem o atendimento das exigências técnicas”, resume José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Associação Brasileira de Indústria de Tubos e Acessórios de Metal).

Os fabricantes, deste modo, devem comprovar obediência a requerimentos estipulados por entidades como o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e ISO (International Organization for Standardization), só para citar as mais conhecidas.

No fornecimento ao governo, impõe-se a conformidade com os critérios estabelecidos pelo PBQP-H (Programa Brasileiro da Quali-dade e Produtividade do Habitat), desenhado no âmbito do Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Habitação, que tem como metas aprimorar a qualidade e induzir a modernização da área habitacional.

No escopo da iniciativa, incluem-se ações como: avaliação do status de compliance de empresas de serviços e obras; melhoria dos materiais; formação e requalificação de capital humano; normatização técnica; capacitação de laboratórios; análise de tecnologias inovadoras; informação ao consumidor e promoção da comunicação entre os setores envolvidos. O programa exige o respeito às normas da ABNT, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

Diversas entidades fazem parte do PBQP-H, representando vários elos da cadeia produtiva: construtores, projetistas, fornecedores, fabri-cantes de materiais e componentes, bem como a comunidade acadêmica e órgãos de norma-tização, além do Governo Federal. Uma das grandes virtudes do programa é a criação e a estruturação de um novo ambiente tecnológico e de gestão para o setor, no qual os agentes podem pautar suas ações específicas visando à modernização, não só por meio de medidas ligadas à tecnologia no sentido estrito, mas também por aquelas vinculadas à organização, métodos e ferramentas de gestão.

iniciativas em âmbito setorialÉ neste contexto que os fornecedores

de materiais de construção devem implantar os chamados PSQs (Programas Setoriais de

panorama do setor

PROGRAMAS DE QUAlIDADE:um diviSor dE águAS

“Esta coordenadoria recebe peças em polietileno e polipropileno para análise e responde ao solicitante de manei-ra imparcial, bem como apresenta os resultados ao produtor, a fim de encontrar soluções que atendam as

necessidades dos usuários”

Fábio Magalhães carneiroPresidente da entidade e

diretor comercial da Braskem.

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Qualidade) dentro de suas respectivas áreas, se quiserem contar com o respaldo do PBQP-H e com a aceitação das demais instituições participantes. As indústrias que aderirem ao Programa Setorial e contemplarem os níveis de conformidade previstos passam a ser uma opção aos consumidores públicos e privados, com o status de qualificação do PBQP-H.

O PSQ, dessa maneira, surge para combater a não-conformidade intencional praticada por alguns fabricantes. A meta é criar a isonomia competitiva e lançar no mercado produtos confiáveis, oferecidos por empresas certificadas em um processo de auditoria conduzido por um organismo certificador independente e acredi-tado pelo Inmetro, com amplo reconhecimento nacional e internacional.

Concretamente, em sua seara específica, a ABPE (Associação Brasileira de Tubos Polio-lefínicos e Sistemas), por exemplo, atua como uma Coordenadoria da Qualidade, buscando salvaguardar o direito final do consumidor. “Esta coordenadoria recebe peças em polie-tileno e polipropileno para análise e responde ao solicitante de maneira imparcial, bem como apresenta os resultados ao produtor, a fim de encontrar soluções que atendam as necessi-dades dos usuários”, explica Fábio Magalhães Carneiro, presidente da entidade e diretor co-mercial da Braskem.

A ABPE participa das Comissões Técni-cas da ABNT e tem procurado intensificar as ações de controle de qualidade sobre os tubos poliolefínicos, que têm ampla aplicação na construção civil, saneamento básico e indústria, como condutos livres ou forçados. A inexistên-cia de normas brasileiras, relembra Carneiro, havia levado à adaptação local de padrões

internacionais, que passaram a ser adotados sob o nome de “Especificação ABPE”, servindo de base para a normatização em vigor hoje no País.

Nesse sentido, a publicação pela ABNT, a partir do final de 2007, de um conjunto de procedimentos para a fabricação, ins-talação e reparo “está sendo de vital importância para alavancar as especificações e a implantação em projetos de tubulações que utilizam particularmente o polietileno. Até então, este foi um dos principais problemas enfrentados, impedindo o avanço no uso deste material”, afirma o presidente da ABPE.

Trabalhar os aspectos culturaisDe forma similar está agindo a ABTC (Associação Brasileira

de Fabricantes de Tubos de Concreto), ao trabalhar em sintonia com áreas como saneamento, rodovias, aeroportos, portos e organização de espaços em subsolos. Como define Fernando de Carvalho, presidente da entidade e diretor da Construsinos, trata-se de atacar os “aspectos culturais” do problema.

“Os clientes privados e públicos devem exigir produtos confiáveis. Não é porque o tubo será ‘enterrado’ que não se tem que avaliar o que se compra. A inspeção da qualidade é um requisito fundamental na aquisição destas peças, ou seja,

panorama do setor

Maior amadurecimento e profissionalização do mercado

11mercado empresarialmercado empresarial

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“Faz parte da nossa estratégia implementar o sistema e obter a tripla certificação também nas unidades da Plastubos e Bidim, que estão sendo incorporadas à

Mexichem Brasil”

regina ZimmermannDiretora industrial

panorama do setor

ndependentemente do material com que são fabricados, os tubos brasileiros nada ficam a dever, em termos de tecnologia, aos produtos vindos de fora. É o que

garantem os produtores consultados por Mercado Empresarial. Além do foco na implantação de normas e nos programas de certificação, argumentam eles, estão sendo cons-tantemente introduzidas inovações para atender aos requerimentos e necessidades colocados pelo mercado.

Falando sobre os tubos de aço, José Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Abitam (Asso-

ciação Brasileira de Indústria de Tu-bos e Acessórios de Metal), não tem dúvidas: “Os fa-bricantes nacionais

utilizam as melhores tecnologias. Alta produti-vidade e precisão são características encontradas tanto nos tubos sem costura quanto nos com costura”.

No que se refere aos produtos feitos de concreto, Fernando de Carvalho, presidente da ABTC (Associação Brasileira de Fabricantes de Tubos de Concreto) e diretor da Construsinos, pondera que, “dentro da realidade brasileira, ou seja, nas condições climáticas e considerando os tipos de cimento e aço disponíveis aqui, temos certamente a melhor tecnologia possível”.

Os investimentos em pesquisa e desenvol-vimento têm crescido de maneira consistente, prossegue Carvalho, embora o Brasil enfrente a falta de profissionais qualificados nas uni-versidades e laboratórios. “Para incentivar o upgrade tecnológico e a pesquisa interna, nos dois últimos anos players brasileiros associaram-se a empresas de países como Espanha, EUA e Alemanha”, informa ele, acrescentando que estas parcerias tencionam também promover o uso do concreto.

Já na indústria de tubos poliolefínicos

elas têm que atender as normas. Nem todos os órgãos controlam a eficiência de algo que é tecnicamente novo”, critica Carvalho.

No ramo de PVC, a Mexichem Brasil desde 1996 teve reconhecido seu sistema de controle de qualidade. A corporação, por meio da marca Amanco, garante ser a única fabricante no segmento de tubos e conexões que possui um sistema integrado de gestão, certificado em conformidade com as normas ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (Gestão de Saúde e Segurança), como destaca Regina Zimmermann, diretora industrial. “Faz parte da nossa estratégia implementar o sistema e obter a tripla certificação também nas unidades da Plastubos e Bidim, que estão sendo incorporadas à Mexichem Brasil”, de-talha ela. De resto, toda a linha Amanco de água fria e esgoto está aderente às normas brasileiras, tendo a múlti sido aprovada no PBQP-H para instalações prediais e para infraestrutura.

Um outro exemplo que ilustra bem o maior rigor dos clientes na exigência de compliance vem da Petro-bras. Os fabricantes que fornecem para a estatal têm de ostentar o selo API (American Petroleum Institute), instituição dos EUA que delineou padrões para melhorar a eficiência operacional, a segurança, a sustentabilidade e a adesão aos requerimentos regulatórios e legais nas operações da indústria petrolífera.

Além do mais, conforme José Adolfo Siqueira, a Abi-tam patrocinou já em 2009 um programa de certificação pelo qual todos os tubos para condução de fluidos têm de exibir o selo do Inmetro. “Até os importados têm de obedecer as normas brasileiras e são certificados por nós”, ressalta ele.

O setor de tubos metálicos chegou a realizar uma campanha de marketing visando a conscientizar os demais participantes da cadeia produtiva, como instala-dores, controladores e constutores, sobre a importância de se lidar com selos e garantias. ME

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ProduToS EM cOnstAntE

rEnovAção tEcnOlógicA

nada a dever aos tubos

vindos de fora

panorama do setor12

Page 13: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

a evolução técnica possibilita atualmente a utilização plena de sistemas construtivos, tais como adutoras, redes, ramais e emissários para abastecimento de água e esgoto. Segundo Fá-bio Magalhães Carneiro, presidente da ABPE (Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas) e diretor comercial da Braskem, estas aplicações “propiciam a redução dos custos fi-nais da obra e os de manutenção, com garantia de vida útil mínima de 50 anos, o que viabiliza particularmente os empreendimentos ligados à infra-estrutura”.

Outro apelo do polietileno, arremata Carnei-ro, é a possibilidade de execução de tubulações por MNDs (Métodos Não Destrutivos), que consistem basicamente em se fazer furos di-recionados, com puxamento do tubo em uma mesma operação, evitando assim rompimentos de pavimentos e transtornos locais, além de pro-porcionar maior segurança aos trabalhadores.

Maturidade produtivaFalando das peças em PVC, Anderson

Moraes, especialista em desenvolvimento de produtos da Mexichem Brasil para as marcas Amanco e Plastubos, destaca que, neste ramo, tampouco existe distância tecnológica entre o País e o restante do mundo. “Atingimos uma maturidade que nos coloca em pé de igualdade com os produtos do Exterior”, assegura ele.

Por sua vez, Regina Zimmermann, diretora industrial da empresa, frisa que a preocupação com a sustentabilidade ambiental é parte da inovação no design do portfólio. Cabe então considerar, no processo manufatureiro, aspec-tos como menor consumo de água, energia e matéria-prima; reciclabilidade; e facilidade de instalação, levando em consideração a saúde e segurança do instalador. “Na produção, devem ser empregados equipamentos ecoeficientes, ou seja, que aliem eficiência ecológica e econômi-ca”, resume ela.

Por fim, a Maxichem lançou um programa batizado internamente de 3i, o qual criou um canal de participação e interação dos colabo-radores para levantar sugestões a respeito de produtos, processos e serviços. Mais pormeno-rizadamente, seus objetivos são: fomentar um clima organizacional centrado em um processo contínuo de geração de ideias; envolver os fun-cionários e gestores no processo de inovação; motivar a equipe comercial a identificar neces-sidades e trazer sugestões do campo; vislumbrar oportunidades no mercado; gerar tanto ideias incrementais como radicais. ME

panorama do setor 13mercado empresarialmercado empresarial

Page 14: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

Brasil sempre foi considerado o país do futuro. Há décadas ouvimos essa frase, no entanto, o futuro é construído pelo presente, se aproveitarmos as opor-tunidades de forma correta conseguiremos crescer e

transformar o nosso país em um país desenvolvido e, nesse caso, a profecia se concretizará. Mas para isso acontecer é preciso tomar alguns cuidados, a democracia tem que ser fortalecida continuamente, temos que ter uma justiça independente e que funcione, garantindo o respeito aos contratos e as leis, a desigualdade social precisa ser reduzida e as condições macroeconômicas preservadas de forma isonômica com o mundo.

Agora surge a grande pergunta: será que estamos pre-parados, tanto o país quanto as indústrias, para enfrentar e vencer todos esses desafios?

Pelo lado do governo, parece que não vemos que as tarefas são imensas, investe pouco em infraestrutura, tão carente no nosso país, mas gasta demais com o custeio

das despesas correntes. Ou seja, investe erra-do, tem um déficit fiscal gigantesco que afeta negativamente a inflação e a taxa de câmbio, atrelado a maior taxa de juros do planeta, uma estrutura de cobrança de impostos caótica e elevada comparada aos padrões mundiais e ao retorno que é dado para a população, e por último o desleixo com a educação, enfim pre-cisa corrigir uma série enorme de fatores que afetam drasticamente e de maneira negativa a competitividade do país.

Por outro lado, as indústrias são competiti-vas do portão da fábrica para dentro, investem em treinamento, inovação, tecnologia, métodos de gestão, estão preparadas para competir e só não são melhores por causa da distorção causada pelo governo na competitividade geral. O tempo urge, o Brasil pelas oportunidades de

*por José Adolfo Siqueira

O

opinião

PAÍS DO FUTUROBrAsil,

14

Page 15: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

PAÍS DO FUTUROBrAsil,

negócio geradas pela Copa do Mundo, Olimpí-adas e Exploração de Óleo e Gás, está atraindo a atenção do mundo, e precisamos estar atentos para não deixar esse fornecimento de bens e serviços ir para o exterior, principalmente para os chineses, a indústria nacional não pode perder essa chance.

O país precisa urgentemente estabelecer uma política industrial inteligente, estratégica para aproveitar esse momento, que não pode ser desperdiçado. Essa política não pode e não deve ser protecionista, mas precisa garantir condições para elevação do conteúdo local, precisa defender as indústrias de forma rápida e eficiente contra práticas desleais e destrutivas de comércio, propiciando um ambiente saudável para termos o desenvolvimento de fornece-dores nacionais para competir mundialmente. Se quisermos utilizar o setor de óleo e gás para ajudar no crescimento do país, precisa-mos desenvol-ver uma cadeia de fornecedores forte, nos mesmos moldes do setor automotivo, do contrário, os investimentos vão acontecer utilizando produtos importados, e a indústria nacional não gerará nem emprego e renda para fazer esse país crescer, cabe ressaltar que nenhum país se tornou desenvolvido sem ter uma indústria, forte, de ponta, geradora de inovação e tecnologia.

A maior preocupação no momento é com a concorrência externa. Atualmente o setor vem enfrentando dificuldades com o aumento das importações e práticas de concorrência desle-al. O setor conta com mecanismos de defesa contra a concorrência desleal (Certificação Compulsória e Valoração Aduaneira) mas, como a fiscalização não é ostensiva e faltam fiscais, os importadores adotam artifícios para praticar desvio de comércio, evasão fiscal, etc. Estamos percebendo o aumento da concorrên-cia desleal, principalmente de produtos vindos da China.

O governo tem dado sinais de que vai dar mais atenção à defesa comercial do país, e aos problemas sistêmicos de falta de competiti-

vidade, para tanto, lançou o programa Brasil Maior com promessa de também corrigir as distorções geradas na Cadeia Produtiva, pelos Regimes Especiais, que em geral beneficiam só o primeiro elo, mas o que o nosso setor e outros precisam, no momento, é mais agilidade do governo, principalmente quando mostramos que há fortes indícios de fraude e dumping nas importações (subfaturamento , desvio de comércio, etc.) e não há punição imediata para os envolvidos.

Os mecanismos de defesa existem, mas é muito impor-tante que a ação contra a concorrência desleal seja imediata e nesse aspecto sentimos um vácuo do governo. É preciso reforçar a fiscalização nos portos, levar a sério as denúncias dos setores e agir imediatamente quando houver algum indício de irregularidade.

É importante destacar que o setor não reclama da falta de competitividade com o produto importado. As empresas tem investido para melhorar a produtividade mas, na atual

conjuntura, com o real super-valorizado aliado as práticas desleais de comércio ficamos a mercê de uma concorrência predatória que acaba protegida por problemas estruturais do próprio país já descritos ante-riormente.

Os países desenvolvidos aprenderam a se proteger da concorrência predatória, por isso se desenvolveram, e o Brasil não pode perder essa oportunidade e deixar que tomem seu lugar ao sol, deve proteger sua indústria da concorrência predatória para continuar se destacando na economia mundial.

O setor não quer que o governo feche o mercado, como está ocorrendo em outros países, mas que dê condições para o fabricante nacional concorrer com isonomia. Nós podemos provar que somos competitivos se as práticas de concorrência desleal forem eliminadas. Para isso é necessário mais agilidade dos organismos de fiscalização e punição para as empresas.

Finalizando, é necessário lembrar que entre 2020 e 2025 teremos que empregar 150 mi-lhões de brasileiros com salários decentes, e só com a participação da indústria isso será possível.

Gerando empregos na China, o Brasil país do futuro nunca chegará. ME

José Adolfo Siqueira é diretor-executivo da Abitam.

“... estamos preparados, tanto o país quanto as indústrias, para enfren-tar e vencer todos esses desafios?”

opinião 15mercado empresarialmercado empresarial

Page 16: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

lém dos óbvios encanamentos hidráulicos de resi-dências, escritórios, instalações e linha de produção industriais e das tubulações que protegem as fiações elétricas, de telefonia e de dados fundamentais à

vida moderna, em todos os setores da economia, repare: o seu carro, a cadeira em que você está sentado, a mesa à sua frente e o armário com prateleiras ao seu lado podem estar utilizando estruturas tubulares dos mais diferentes tipos, formatos e materiais.

Os tubos estão por toda parte e são essenciais no nosso cotidiano e na economia de um país. Por isso mesmo, a Feira

Internacional de Tubos, Conexões e Compo-nentes, a Tubotech, a maior feira de tubos das Américas, tem a cada edição maior êxito.

A TuboTech 2011 ocorre de 4 a 6 de outubro no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (Rod. dos Imigrantes, km 1,5), organizada pelo Grupo CIPA. O evento é marcado pela exposição das novas tecnologias em tubulações, conexões, bombas, válvulas, além de máquinas e equipamentos para produção, corte e confor-mação. A feira reunirá as principais lideranças

A

evento

TUBOTECH 2011

vi FEirA inTErnAcionAL dE TuboS , conEXÕES E comPonEnTES

Maior êxito a cada edição!

evento

Tubothech - 2009 / Divulgação

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Page 17: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

Entre os expositores, cente-nas de empresas brasileiras e cerca de 100 companhias de

14 outros países

evento

técnicas e comerciais do setor. Expositores de diversos segmentos, desde os relacionados a anéis de vedação e bor-rachas industriais, até os de instrumentos de me-dição e perfis laminados, participarão desta 6ª. edição.

Está prevista a presença de centenas de em-presas brasileiras, cerca de 100 companhias de 14 outros países e mais de 16 mil visitantes das áreas de petróleo, gás, automotivo, construção, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas, infra-estrutura, entre outros, para conhecer os novos produtos e serviços, discutir as novas tendências e entrar em contato com outros profissionais do setor.

Simultâneamente à Tubotech, acontecem outros eventos: Metaltech (Feira Industrial de Tecnologias em Metais), Expobombas (Feira

Internacional de Bombas, Motobombas e Acessórios), Expoválvulas (Feira Internacional de Válvulas Industriais e Acessórios). Dessa forma, o evento atinge também setores coligados, como os de bombas, moto-bombas, válvulas industriais, máquinas e equipamentos correlatos, ampliando

ainda mais a apresentação de soluções tecnológicas.

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17mercado empresarialmercado empresarial

Page 18: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

surpreendente decisão do Banco Central (em 1°/9 último) de reduzir os juros em 0,5 ponto percentual derrubou as projeções de quase todos os bancos para

o custo do dinheiro, aumentou o receio de alta da inflação, acelerou as estimativas de queda do juro real e acrescentou

um ingrediente de imprevisibilidade para as políticas do BC. Colocou também os inves-tidores diante da necessidade de rever estra-tégias em um novo cenário, especialmente na renda fixa, ameaçada pela expectativa de uma elevação maior dos preços.

O mercado interpretou a decisão como um sinal de que o BC e o governo vão aceitar uma inflação mais alta. A NTN-B

para 2014, corrigida pelo IPCA, passou a projetar uma inflação de 6% ao ano, ante 5,85% no dia anterior, a maior dos últimos seis meses. A tendência do juro real é encolher, porque estima-se que o BC continuará cortando a taxa Selic nas próximas reuniões, enquanto que a inflação não deverá declinar rapidamente.

AO mercado interpretou a decisão como um sinal

de que o Bc e o governo vão aceitar uma inflação

mais alta

quEdA dE juroS MudA tOdO O cEnáriO PArA

invEstiMEntOsAssim, o mercado deve procurar mais as

aplicações pós-fixadas, já que as prefixadas são um risco em um ambiente de possível de-terioração da inflação. Entre as opções “pós” estão os títulos indexados à inflação, como as NTN-B, ou ao juro diário, como as LFT, CDBs atrelados ao CDI e fundos DI. Correm maior risco os prefixados como as LTN e os fundos de renda fixa. Ações de empresas cujas receitas são indexadas à inflação, como as elétricas, também podem ser opções. Para o dólar, o viés é de alta.

Os fundos de renda fixa darão um ganho extraordinário esta semana, por conta do ajuste dos papéis prefixados das carteiras às novas ta-xas futuras, mais baixas. Mas, a partir de agora, passarão a ter volatilidade maior. Os bancos ainda devem seguir pagando taxas atraentes no CDB. O ideal é conseguir taxas pós-fixadas que paguem mais de 90% do CDI. Fonte: Valor ME

economia

cni dEFEndE mEdidAS mAiS SEvErAS conTrA concorrênciA dESLEAL

importações desleais, deve ser um dos princi-pais pontos da nova política industrial a ser di-vulgada, acredita o empresário. Ele argumenta que, hoje, os importadores aceleram a compra de produtos estrangeiros sujeitos a processos antidumping, para formar estoques e vender no mercado interno.

A CNI sugeriu ao governo - e, segundo Andrade, teve boa receptividade - a adoção de “antidumping provisório”: a partir da abertura de investigação por dumping, já começaria a valer o prazo de aplicação das tarifas de impor-tação punitivas, sobre os produtos acusados de competição desleal.

“Hoje, um processo desses pode levar até dois anos”, diz. “Com essa medida, o impor-tador teria de pagar tarifa punitiva relativa a todo esse período, se constatado o dumping”. Andrade acredita que a adoção desse mecanis-mo desencorajaria a importação de mercadorias com preços artificialmente baixos.

s medidas adotadas pelo governo para conter a especulação com dólar poderão ter efeito positivo para desvalorizar o real, mas logo a atratividade

do mercado brasileiro forçará o dólar para baixo, acredita o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ro-

bson Andrade. O Brasil, diz, precisa pensar seriamente em impor limites quantitativos à entrada de capital estrangeiro no país - como a quarentena para ingresso de divisas imposta pelo Chile no passado recente - e tem de apressar a adoção de medidas para fortalecer a produção industrial.

Aumentar a severidade das medidas antidumping, contra

Auma delas é a

quarentena para ingresso de divisas

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Page 19: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

aiu o ritmo de crescimento da economia brasileira no segundo trimestre de 2011. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em 1º/9 último, o resultado do Produto Interno

Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país) e como era esperado pelo mercado financeiro e pelo governo, o Brasil desacelerou. Enquanto nos primeiros três meses do ano havia crescido 1,2%, no segundo trimestre se expandiu 0,8%. Com esse incremento, a riqueza gerada no país, este ano, soma R$ 1,02 trilhão.

No acumulado do ano, o PIB teve cres-cimento de 3,6%. Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e igual período de 2010, o avanço foi de 3,1%. Entre os seto-res da economia, o mais pujante no segundo trimestre de 2011 foi o de serviços, que frente ao quarto trimestre de 2010 cresceu 0,8%. A indústria avançou 0,2% e a agropecuária en-colheu 0,1%.

Enquanto o PIB desacelerou, o consumo das famílias seguiu trajetória contrária e avan-çou 1,0%. No primeiro trimestre do ano o re-

C

economia

O consumo das famílias seguiu trajetória contrária

e avançou 1,0%

PIB DESACElERA MAs rEgistrA AvAnçO dE 0,8% nO 2º triMEstrE

“Tributos, câmbio, custo-Brasil não ex-plicam certas diferenças de preço”, afirma. “Embalagens de cosméticos e pastas de dente, que são fabricadas aqui por R$ 38 o milheiro, podem ser importadas da China por R$ 3,5. Estão vendendo a qualquer preço, para quebrar a concorrência.”

Otimista em relação às medidas que devem ser anunciadas no âmbito de uma nova política industrial, o presidente da CNI cobra, porém, a inclusão de mecanismos para reduzir a tribu-tação sobre as exportações e antecipar créditos pagos pelos exportadores por impostos embu-tidos nas matérias-primas e insumos.

As empresas só podem abater em 12 meses o PIS e a Cofins embutidos nos preços de má-quinas e equipamentos destinados à produção,

sultado havia sido de 0,6%. O consumo do governo seguiu o mesmo ritmo de aceleração e cresceu 1,2% no trimestre, no período anterior havia registrado avanço de 0,8%. Investimento não ficou para trás e marcou 1,7% de alta, o desempenho anterior tinha ficado em 1,2%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2011 (0,8%), com relação ao primeiro trimestre do ano (1,2%), é uma resposta às ações do go-verno que, desde o ano passado, vem tomando medidas para conter a economia. “É natural que essa desaceleração contribua para o controle da inflação, significa um nível de atividade mais baixo”.

Segundo Mantega, a expansão do PIB no terceiro trimestre deverá ficar próximo ao patamar do segundo e, no quarto trimestre, deverá acelerar, o que é natural para o período - em que o trabalhador recebe o décimo terceiro salário e aumentam o consumo e os estoques. Ele estimou que o crescimento do PIB em 2011 deverá ser 4% pelo desempenho da economia brasileira e a influên-cia do cenário mundial. A estimativa anterior era 4,5%. Fonte: Correio Brasiliense ME

exemplifica Andrade. “Propusemos ao governo que a recuperação do imposto pago ocorra no mês da compra.”

Segundo o presidente da CNI, o setor privado não conseguiu apre-sentar ao governo uma proposta de compensação para uma possível desoneração das folhas de pagamentos (o fim da contribuição previ-denciária das empresas). “Qualquer proposta implicaria aumento de carga para o setor de serviços, ou o industrial ou o agrícola”, disse. “O ideal seria não criar compensação, e vincular o ritmo de desoneração ao crescimento da receita da Previdência.”

A intenção do governo de aumentar as exigências de conteúdo nacional das empresas beneficiadas por incentivos oficiais é aplaudida pela CNI. Andrade defende que se estenda o programa de prioridade a fornecedores nacionais adotado pela Petrobras a outras estatais, como Eletrobras, Correios, o setor de saúde e aeroportos, por exemplo. Fi-nanciamentos do BNDES a hidrelétricas, por exemplo, teriam cláusulas de conteúdo nacional mínimo. Fonte: Valor Econômico ME

19mercado empresarialmercado empresarial

Page 20: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 55,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, com queda de 6% na comparação com o mes-mo período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em junho,

as liberações do Banco somaram R$ 139,9 bilhões, o que significou uma redução de 9% em relação aos 12 meses anteriores.

Os resultados estão em linha com a expectativa do BNDES de encer-rar o ano com equilíbrio nos desembolsos, que devem ficar entre R$ 145 bilhões e R$ 147 bilhões. Ou seja, em patamar semelhante ao de 2010, quando atingiram R$ 143,7 bilhões. O dado de 2010 exclui os R$ 24,7 bilhões utilizados na capitalização da Petrobras, uma operação excepcional realizada em setembro do ano passado.

Embora a expectativa do Banco seja de estabilidade nas liberações, os números do semestre mostram uma intensificação dos financiamentos aos projetos de infraestrutura e ampliação do apoio às empresas de menor porte. O suporte dado à economia por estes investimentos, menos sus-cetíveis ao impacto de crises externas, é um grande diferencial do Brasil em relação ao cenário internacional.

Considerando as operações diretas da área de infraestrutura (aquelas acima de R$ 10 milhões), a queda nos desembolsos deste setor em relação ao primeiro semestre do ano passado foi de 3%, passando de R$ 5,64 bilhões para R$ 5,47 bilhões. As aprovações, entretanto, cresceram 146% no mesmo período, de R$ 4,30 bilhões para R$ 10,58 bilhões, mostrando um horizonte de intensificação nos investimentos em energia (tanto de fontes convencionais como alternativas) e de logística.

No conjunto das operações de infraestrutura (incluindo aquelas de valor inferior a R$ 10 milhões, realizadas por meio de agentes financeiros), os dados mostram queda de 9% nos desembolsos. A razão principal foi a antecipação de investimentos feita no ano passado por empresas que contrataram operações do Programa BNDES de Sustentação do Inves-timento (BNDES PSI).

mPmEs O desempenho das micro, pequenas e médias empresas, com par-

ticipação crescente nos desembolsos totais do Banco, foi destaque no primeiro semestre do ano. As liberações às MPMEs somaram R$ 23,2 bilhões em janeiro/junho último, representando 42% do total. Em 2010, essa participação era de 32% e, em 2009, havia sido de 22%.

No primeiro semestre de 2011, foram realizadas 364,2 mil operações de financiamento às MPMEs, com crescimento de 45% em relação ao primeiro semestre de 2010. Somente para as micro e pequenas, o BNDES desembolsou R$ 13 bilhões nos primeiros seis meses do ano – uma alta de 23% na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

O desempenho positivo resulta, em grande parte, do Cartão BNDES e

economia

do BNDES PSI, que contribuíram para ampliar o acesso ao crédito às empresas de menor porte. Os desembolsos do Cartão BNDES, de R$ 3 bilhões em janeiro/junho último, cresceram 73% em comparação com o primeiro semestre de 2010. As projeções apontam para liberações do Cartão em torno de R$ 7 bilhões em 2011. Somente no primeiro semestre deste ano, o Cartão realizou 223,7 mil operações.

Setores – Os desembolsos do BNDES à indústria e à infraestrutura superaram R$ 100 bilhões nos últimos 12 meses, até junho passado. O PSI também teve papel importante nesse resultado, contribuindo para a diversifi-cação setorial do investimento em máquinas e equipamentos.

Somente em janeiro/junho deste ano, os desembolsos à infraestrutura alcançaram R$ 21,6 bilhões, com 38% de participação sobre o total. À indústria, foram destinados R$ 18,7 bilhões (34% de participação). A agropecuária ficou com R$ 4,9 bilhões (9%), e o setor de co-mércio e serviços, com R$ 10,4 bilhões (19%). Os setores com maiores crescimentos nos de-sembolsos até junho foram indústria extrativa, metalurgia, têxtil e vestuário.

As aprovações de financiamentos pelo BNDES, em janeiro/junho último, ficaram em R$ 73,2 bilhões, 15% abaixo do mesmo perí-odo do ano passado; já as consultas, de R$ 91 bilhões, recuaram 23%. As quedas devem-se ao grande volume de operações do PSI registrado no ano passado.

Naquele período, houve uma forte antecipa-ção de investimentos, pelo fato de o programa ter, inicialmente, data de vigência até junho de 2010. O PSI foi posteriormente prorrogado até dezembro do mesmo ano, e depois para março de 2011. Mas em todos os períodos que antecederam as prorrogações, cresceram os pedidos de financiamento, porque as empresas concentravam suas solicitações para aproveitar as taxas do programa, mais baixas. Assim, a base de comparação com 2011 ficou elevada. Com o lançamento do Plano Brasil Maior, no início de agosto último, a vigência do PSI foi ampliada até o final de 2012 ME.

DESEMBOlSOS DO BNDES

AtingEM r$ 55,8 BilhõEs nO PriMEirO sEMEstrE

MPMEs ampliam participação sobre o

total liberado

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Page 21: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

economia

uem olhar o desempenho da indús-tria brasileira de uma perspectiva do conteúdo tecnológico verá a imagem perfeita de uma escada. Quanto

maior o nível tecnológico, melhor é o resulta-do. Enquanto os fabricantes de bens com alto conteúdo tecnológico produziram 6,6% mais no primeiro semestre do que em igual período do ano passado, a indústria de baixa tecnologia viu sua produção se retrair 1,7%. No meio do caminho, os segmentos de média-alta e média-baixa tecnologia, registraram crescimento inferior à atividade econômica, com taxas de 2,5% e 2,3%, respectivamente.

No geral, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou avanço de 1,6% na produção da indústria de transformação nos primeiros seis meses do ano na comparação com o mesmo período de 2010. O resultado só não foi pior devido ao forte desempenho dos fabricantes de bens com alto teor tecnológico, como o setor de aeronáutica, que produziu 9,5% mais, e a indústria farmacêutica, que ex-pandiu sua produção em 6,4%, na comparação entre o primeiro semestre de 2011 com igual período de 2010.

Se dependesse apenas do segmento de baixa tecnologia, no qual se encontram os fabrican-tes de têxteis, couro e calçados, que viram sua produção cair 8,5%, o desempenho da indústria como um todo seria negativo.Essa performance exemplifica a relação que a indústria brasileira mantêm com o câmbio valorizado, segundo Júlio Sérgio Gomes de Almeida, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), e autor do levantamento. Isso é, aqueles que conseguem incorporar em seus produtos itens importados, barateados pelo

câmbio, conseguem competir. Já aqueles que têm mais dificuldade para isso, “acabam engolidos”, diz Almeida, para quem o processo de incorporar conteúdo importado ocorre com mais facilidade em setores de alto conteúdo tecnológico. “Uma montadora de veículos pode substituir suas peças, deixando as nacionais e passando a comprar estrangeiras, mas o setor de autopeças não pode”, afirma.

É justamente a indústria automobilística que tem evitado um resultado mais fraco do segmento de média-alta tecnologia. Nos primeiros seis meses do ano, enquanto o segmento registrou avanço médio de produção de 2,5%, a indústria automobilística avançou 6,2%. Outro setor relevante para o segmento, os fabri-cantes de produtos químicos, reduziram sua produção em 2,3% no semestre.

Impulsionado pelas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e por programas habitacionais, o setor de construção civil aquece os fabricantes de materiais e insumos, em boa parte inseridos no ramo de média-baixa tecnologia. Os fabricantes de produtos metálicos, como siderúrgicas, aumentaram a produção em 1,8% nos primeiros seis meses, e os fabricantes de produtos minerais não-metálicos ampliaram sua produção em 4,8%. “A competição com importados é menor nestes segmen-tos”, diz Almeida.

Para os fabricantes de calçados, confecções e móveis, o cenário é “grave”, segundo o economista do Iedi. Principais beneficiados pelo plano Brasil Maior, lançado pelo governo na semana passada, os industriais desse segmento ainda têm diante de si um quadro de competição acirrada, avalia Almeida, para quem a nova política industrial “congela” a atual situação. “Não quer dizer que o cenário melhorou, apenas que ele deve parar de piorar”, afirma.

Professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Almeida avalia que a indústria vive etapa descendente do ciclo iniciado pela crise mundial, no fim de 2008. “A indústria desabou, mas entre 2009 e 2010, voltou com força, começando com os segmentos de menor conteúdo tecnológico, impulsionados por políticas do governo”, diz Almeida. “Agora vivemos estágio de grande viés importador, que afeta justamente aqueles que se recuperaram antes.” Fonte: Valor Econômico ME

desempenho da indústria mostra que quanto maior o nível tecnológico, melhor o

resultado

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SETor dE ALTA TEcnoLogiA

crEScE AcimA doS ouTroS

21mercado empresarialmercado empresarial

Page 22: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

economia

Os bancos negam a existência de bolhas de crédito no Brasil, mas cada um a sua maneira tem prote-gido suas carteiras da inadimplência dos consu-midores. Itaú Unibanco, Bradesco e Santander,

os maiores bancos privados do país, estão buscando refúgio em operações com garantia: financiamentos à habitação, empréstimos com desconto em folha de pagamento e mais exigências às empresas.

“É fato que estamos buscando reduzir o risco das con-cessões. Os créditos imobiliário e consignado ajudam a ter

menos volatilidade na carteira”, afirmou em 3/8 último, ao jornal Valor, Alfredo Egydio Setubal, diretor de relações com

investidores do Itaú.Depois de enfrentar alta da inadimplência com micro e

pequenas empresas, o Itaú colocou o pé no freio. Os atrasos dessas companhias fizeram com que a inadimplência das pessoas jurídicas encerrasse junho em 3,5%, uma alta de 0,3 ponto percentual em relação há um ano e de 0,4 ponto na comparação com março deste ano - movimento que acabou respingando na carteira total. A partir de agora, pequenas empresas que quiserem crédito terão de oferecer garantias.

Maior rigor também tem sido exigido no Bradesco. “Na modalidade de capital de giro pedimos garantia de recebíveis”, afirmou o vice-presidente do banco Domingos Abreu.

Linhas de menor risco estão sendo privilegiadas nos desembolsos para pessoas físicas. Nas operações de crédito ao consumo, as modalidades de financiamento de veículos e consignado representam 62% do saldo de R$ 80 bilhões do Bradesco. E, mesmo contando com a garantia do automóvel,

Bancos buscam reduzir riscos

a aprovação da compra parcelada de carros está mais difícil, principalmente no segmento de usa-dos, que têm maior dificuldade de ser vendidos em caso de não pagamento. No Itaú, 70% das pessoas que pediram um financiamento no ano passado obtiveram aprovação. Agora, esse índice caiu para cerca de 35%.

O esforço dos três grandes bancos privados para elevar a participação do crédito consignado levou a um crescimento de 30,6% dessa carteira, mais de R$ 8 bilhões em um ano, até junho. A média do mercado foi de 19,7%. “Os bancos pequenos estão menos ativos”, afirmou Marcial Portela, presidente do Santander.

Apesar da busca por maior proteção, o Itaú espera uma inadimplência maior no fim do ano, saltando de 4,5% para até 4,8%. Bradesco e Santander projetam um cenário de manutenção. Fonte: Valor ME

mAior rigor nA concESSão dE crédiTo

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Page 23: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

mAior rigor nA concESSão dE crédiTo

O novo imposto seria cobrado de quem tem patrimônio igual ou superior a r$ 2,3 milhões

Campanha Nacional pelo Direito à Educação, movimento que articula mais de 200 grupos e entidades da área educacional, vai propor a taxação

sobre grandes fortunas para garantir que o aumento do financiamento público ao ensino brasileiro proposto no Plano Nacional de Edu-cação (PNE) atinja 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020 – a pro-posta do governo federal no projeto de lei do plano decenal é de elevação dos gastos públi-cos de 5% para 7% do PIB.

O cientista político Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha, em entrevista ao jornal Valor, em 1º/9 último, que ainda na primeira quinzena de setembro a entidade apresentaria um relatório com uma lista de novas fontes de recursos para ampliar a participação da União no financiamento públi-co à educação e ampliar os gastos brasileiros em proporção do PIB. As outras opções em estudo são: taxação de 5% dos lucros das estatais fe-derais, o aumento da vinculação orçamentária da União para educação – dos atuais 18% da receita líquida para 25% –, o direcionamento dos royalities de petróleo e dinheiro do fundo social do pré-sal para o ensino público.

O novo imposto deverá ser cobrado de quem tem patrimônio igual ou superior a R$ 2,3 milhões, com previsão de incidência deverá ser progressiva, variando de 1% a 5% sobre os rendimentos anuais das grandes fortunas do país. “Na escala que estamos estudando, quem

tem patrimônio de mais de R$ 50 milhões pagará 5% sobre a renda anual”, adianta Cara. Conforme exige a Constituição, 18% do total recolhido deverão ser somados ao orçamento do Ministério da Educação (MEC).

De acordo com cálculos iniciais da Campanha, espera-se um incremento de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões por ano do caixa do ministério. “Ainda vamos bater os números com

tributaristas e técnicos da Receita Federal para garantir que a proposta seja viável e tentar apresentá-la antes da conclusão do texto substitutivo do PNE, que está no Congresso.”

Discussões sobre a taxação de grandes fortunas no país é

antiga e foi incluída na Constituição Federal em 1988, mas nunca chegou a ser regulamentada. Na França, o imposto foi criado em 1982, extinto em 1987 e recriado em 1989, rendendo arrecadação anu-al de cerca de 5 bilhões de euros por ano. Fonte: Valor ME

A

economia

CNDE PROPõE

TAxAR GRANDES FORTUNAS PARA AMPlIAR RECURSOS

PARA EDUCAçãO

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brASiL: Potência ou colônia?

ão há dúvidas de que, em alguns aspectos, a econo-mia brasileira vai bem, com seu crescimento puxado pelo forte consumo do mercado interno. Também, é preciso reconhecer que nos últimos anos o país obteve resultados expressivos no que diz respeito

às políticas sociais, tendo tirado mais de 20 milhões de bra-sileiros do estado de miséria e elevado mais de 30 milhões à classe média.

Por outro lado, alguns indicadores ainda nos envergonham e mostram que estamos muito distantes do mínimo necessá-rio para nos considerarmos uma nação em desenvolvimento. Como exemplo, podemos citar um quesito fundamental à saúde, que é o saneamento ambiental, cujos indicadores são alarmantes: aproximadamente 36 milhões de pessoas não têm acesso à água potável; 56% da população urbana bra-sileira não têm esgoto coletado, o que perfaz 86 milhões de pessoas; 126 milhões de pessoas não têm acesso ao serviço de tratamento de esgoto, o que representa aproximadamente 66% da população.

Para universalizar o saneamento no Brasil seriam ne-cessários investimentos da ordem de R$ 296 bilhões até o ano de 2025, ou seja, o equivalente ao que gastamos em apenas 1,4 anos com o pagamento de juros da dí-vida pública (o Brasil gastará este ano cerca de R$ 230 bilhões com o pagamento de juros da dívida pública). Na saúde, educação, ciência e tecnologia a situação não é diferente. Em 2010, o Brasil gastou apenas R$ 21 bilhões em educação, R$ 49,7 bilhões em saúde e R$ 5 bilhões em ciência e tecnologia (menos de 1/3 do que gastou com pagamento de juros e com o custo de carregamento das reservas).

No que se refere à política industrial a situação também é extremamente preocupante, pois o atual modelo econômico nos empurra para uma primarização da economia. O fato é que o Brasil está priorizando a exportação de commodities em de-trimento das exportações de bens de maior valor agregado.

Para se ter uma ideia, desde o século XIX o Brasil é o maior produtor mundial e exportador de grãos de café, mas

o maior exportador de café industrializado é a Alemanha, que não possui um pé de café. Cerca de 75% da soja produzida no país é destinada ao mercado externo, enquanto as exportações de derivados de soja, que possuem maior valor agregado, cai ano a ano. Cerca de 90% da pro-dução de celulose é destinada às exportações, porém mais de 50% do papel consumido no Brasil é importado. Somos um dos maiores produtores de algodão do mundo, mas a balan-ça comercial de tecidos já experimenta déficit significativo.

Em relação ao petróleo, com a descoberta do pré-sal, temos uma das maiores reservas do mundo, mas o Brasil está se tornando um ex-portador de petróleo cru e grande importador de derivados de petróleo (esse item é um dos maiores responsáveis pelo déficit da balança co-mercial brasileira). Cabe lembrar que não existe nenhum país desenvolvido que seja basicamente exportador de petróleo, mas existem países ricos e desenvolvidos que são fornecedores de máquinas e equipamentos para a prospecção e processamento. Por conta do alto custo da energia elétrica não há no Brasil nenhum novo projeto viável para a produção de alumínio, assim passaremos a ser exportadores de bauxita e alumina para nos tornarmos importadores de alumínio. O minério de ferro, que é o insumo

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gestão

*por Luiz Aubert Neto

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utilizado para produzir aço, é um dos princi-pais itens da nossa pauta de exportações, por outro lado, a balança comercial dos setores que possuem o aço como principal matéria-prima (automóveis, máquinas, equipamentos etc.) é totalmente deficitária. No caso específico do setor de máquinas e equipamentos, o déficit acumulado, de 2004 a 2010 é superior a US$ 45 bilhões.

Temos mostrado, através de estudos bem fundamentados, que o Brasil é que não é com-petitivo. A falta de incentivo aos investimentos, o câmbio atual, a taxa de juros mais alta do mundo, o custo Brasil, a alta carga tributária e a ineficiência em nossa infraestrutura impõe à indústria brasileira de transformação uma perda de competitividade que pode vir a resultar na extinção de uma indústria que produz bens de alto valor agregado e conteúdo tecnológico e que é responsável pela geração de milhões de empregos que exigem qualificação e que, por-tanto, pagam melhores salários.

Os números acima requerem uma reflexão por parte dos nossos go-vernantes sobre a atual política macroeconômica, no sentido de projetar que tipo de país nós queremos e quais serão os efeitos desta política a médio e longo prazo. Um país com dimensões continen-tais e populoso como o Brasil precisa de muito mais, tem que pensar e agir de forma grandiosa para vir a ser, de fato, um país mais justo, que gera e distribui riquezas, que educa e cuida da saúde do seu povo.

Não me canso de repetir que não existe país desenvolvido que não tenha uma indústria de transformação forte. “ evidente que nada con-tribui mais para promover o bem-estar público do que a exportação de bens manufaturados e a importação de matéria-prima estrangeira”. Esta frase, tão atual, foi parte do pronunciamento de Walpole ao parlamento britânico, em 1.721 (livro: “Chutando A Escada”, pág. 42, Autor Ha-Joon Chang). Este pronunciamento mostra que o Brasil está indo na contramão do que os países ricos e desenvolvidos fizeram e continu-am fazendo há mais de 2,5 séculos.

A Suíça, por exemplo, é um país inquestio-navelmente rico, mas há quem pense que o país, com os seus poucos mais de 7 milhões de habi-tantes, tem a sua economia baseada somente na arrecadação proveniente do sistema financeiro e de algumas grandes empresas multinacionais. A verdade é que a base estrutural da economia Suíça está nas mais de 350 mil empresas de médio e pequeno porte, que empregam mais

de 3,3 milhões de pessoas com salários elevados (metade da população do país) e que produzem bens de tecnologia inten-siva, de alto valor agregado e voltados à exportação. Apesar de pequeno, a Suíça é um país altamente industrializado e possui, há séculos, uma balança comercial superavitária, sendo que 2/3 desse superávit proveem da exportação de produtos manufaturados.

Bons exemplos não faltam (Suíça, Coreia do Sul, Noruega etc.), por isso não podemos mais aceitar um modelo econô-mico que somente nos últimos 16 anos (8 anos de governo FHC e 8 anos de governo Lula), de acordo com relatório do Banco Central, pagou de juros a quantia estratosférica de R$ 1,8 trilhão (um trilhão e oitocentos bilhões) e que no ranking mundial de competitividade (Fórum Econômico Mundial) ocupa a incômoda e vexatória 58ª colocação. O Brasil pode e precisa caminhar em outra direção, estruturando políticas claras que possam contribuir para fazer do nosso país uma nação verdadeiramente desenvolvida, em todos os aspectos (cultural, social, educacional e econômico). preciso simplificar e desburocratizar, criar condições para que o setor produtivo possa, de fato, se desenvolver, ter musculatura para ser com-petitivo nos mercados interno e externo.

Não somos contra a produção e exportação de com-modities, mas estamos convictos de que somente isso não será suficiente para gerar o superávit necessário na balança de pagamentos e a quantidade de empregos que uma nação tão populosa como a nossa necessita.

Possível fazermos as duas coisas (com-modities e indústria), mas o governo tem que ter senso de urgência, precisa implementar medidas em caráter emergen-cial, pois corremos o risco de perder a maior, e talvez única, oportunidade da nossa história, para fazer do Brasil uma nação desenvolvida. Do contrário, retrocederemos no tempo, na época do Brasil Colônia, em que exportávamos pau-Brasil e café, para importarmos “espelhinhos e bijuterias”.

Ainda dá tempo, é possível reverter o atual quadro de desindustrialização, mas os nossos governantes precisam comunicar imediatamente que tipo de Brasil desejam: rico e de-senvolvido ou eternamente uma colônia pobre?

As opções existem, nós, da Associação Brasileira da Indús-tria de Máquinas e Equipamen-tos (Abimaq), continuaremos lutando por um Brasil que se transforme em uma potência econômica, com uma indústria de transformação forte, afas-tando o risco de nos tornarmos um Brasil colônia.ME

*Luiz Aubert Neto é presidente da Abimaq (Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos)

gestão

“...não existe país desen-volvido que não tenha uma indústria de transformação

forte.”

25mercado empresarialmercado empresarial

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om o forte aquecimento do mercado interno brasileiro nos últimos anos, diversos setores da economia foram impulsionados com investimentos em novos negócios e a criação de vagas, o que evidenciou a falta de mão

de obra qualificada em todos os níveis. Nesse processo, um dos segmentos mais afetados foi o de varejo, que vive um momento de grandes movimentações com fusões, aquisições e expansão das grandes redes. Afinal, esse universo abrange redes de lojas de todos os tipos como Carrefour, Renner e Magazine Luiza até as especializadas como a Fototica e as de luxo como a Tiffany.

Para suprir a demanda por bons profissionais, especialmen-te no alto escalão, as organizações de varejo estão começando a rom-per dois paradigmas: passaram a investir mais na formação e no treinamento de seus funcionários, e abriram o leque na hora de bus-car talentos.

De acordo com Sérgio Aver-bach, presidente para a América Latina da empresa de recrutamen-to Korn/Ferry, esse é um setor

que, historicamente, nunca deu muita atenção às melhores práticas de desenvolvimento profissional, especialmente quan-do comparado a outros como bens de consumo, tecnologia e serviços financeiros. “Além disso, o varejo tende a valorizar excessivamente a experiência na área e não o que o executivo pode trazer de fora”, afirma.

Averbach ressalta que, assim como já acontece em outros mercados, o recrutamento no varejo começa a se basear no perfil e nas competências dos candidatos e não somente na ex-periência prévia e no cargo que ocupam. “Existe a preocupação hoje nas companhias em criar o novo, em fazer o diferente. Contratar a pessoa que ocupa a mesma posição no concorren-te, portanto, pode não ser a melhor solução”, afirma.

A situação não é fácil, no entanto, mesmo para as empresas que já estão buscando executivos com diferentes ‘backgroun-ds’. A principal razão é que muitos profissionais ainda têm ressalvas em relação à dinâmica e ao enfoque exagerado do

setor no planejamento e nas estratégias de curto prazo. “Enquanto na indústria os executivos planejam ciclos que vão de 3 até 60 anos, por exemplo, no varejo esse período é, no máximo, de 3 a 6 meses”, afirma Luis Giolo, diretor no Brasil da consultoria Egon Zehnder.

Para ele, o maior desafio não é levar talentos de outras áreas para o varejo, mas fazer com que esses profissionais permaneçam nele. “Muitos aceitam uma oferta desse tipo como forma de desenvolver a carreira. Eles aprendem como funciona o ‘outro lado’ e depois voltam para a indústria”, afirma. Os que ficam, segundo Giolo, são os que se apaixonam pelo contato direto com o consumidor. “Você faz uma ação e vê o impacto disso imediatamente.”

O diretor da Egon Zehnder afirma que pro-fissionais que atuam em organizações de bens de consumo e telecomunicações costumam se adaptar mais facilmente ao varejo, mas os principais nomes em atividade no segmento fo-ram formados internamente. “Investir mais na base é uma boa solução. É preciso desenvolver programas de trainee mais robustos e ensinar os colaboradores continuamente”, diz.

Na opinião da sócia-diretora da consultoria Mariaca, Renata Filippi, a transição é mais fácil para quem não atua na linha de frente do ne-gócio, como na gestão de lojas, mas em depar-tamentos de suporte como recursos humanos, tecnologia da informação e logística.

A Mariaca registrou um crescimento de 70% nas posições gerenciais e de diretoria no varejo no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2010. Renata, que foi da C&A antes de entrar na consultoria, afirma que muitos fundos de investimento estão adquirindo empresas nesse mercado e as redes não estão aumentando apenas o número de lojas, mas também diversificando seus negócios. “Isso

C

Rompendo paradigmas: investir mais na for-

mação e treinamento de funcionários e abrir o leque na busca de

talentos

vArEjo ATrAi EXEcuTivoS

dE ouTroS SETorES PArA SuPrir FALTA dE TALEnToS

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vArEjo ATrAi EXEcuTivoS

dE ouTroS SETorES PArA SuPrir FALTA dE TALEnToS

amplia as oportunidades para executivos de diferentes perfis e experiências”, diz.

O diretor comercial e de marketing Eduardo Costa, por exemplo, assumiu o cargo no grupo Scalina (dono das marcas Trifil e Scala) em março, dentro do projeto de profissionalização iniciado após a associação com a administradora americana de fundos de investimento Carlyle. Ele, que já havia trabalhado no setor de alimen-tos e no de cosméticos, afirma que é essencial para um executivo do varejo reagir rapidamente às mudanças. “O ideal é existir um equilíbrio entre habilidades estratégicas e operacionais. No vestuário, por exemplo, as particularidades estão relacionadas às sazonalidades de vendas como períodos de coleções, liquidações e datas comemorativas”, ressalta.

Já o diretor de recursos humanos Mário Sér-gio Sampaio trabalhou por 20 anos em setores como telecomunicações, farmacêutico, serviços e financeiro, mas há um ano entrou no varejo de moda e trocou o Banco Votorantim pelo grupo Valdac, dono de marcas como Crawford e Siberian. “Passei 40 dias conversando sobre o projeto, estudando a companhia e o mercado antes de aceitar a proposta”, revela.

Em sua opinião, o varejo passa por um momento de reestruturação de seus modelos

de gestão semelhante ao vivido pelo segmento financeiro e de serviços há dez anos. “O que me motivou foi o desafio de implementar um RH mais estratégico no grupo. Com a economia aquecida e o aumento da concorrência, existe a necessidade de conectar mais fortemente as ferramentas de RH com o negócio”, explica.

Para o executivo Cid Perseu, por exemplo, o ritmo in-tenso de trabalho e a velocidade das ações são justamente as características mais positivas e atraentes do setor. Ele construiu sua carreira no Walmart, onde ficou por nove anos e, após trabalhar na indústria em 2010, retornou ao varejo e atualmente é diretor comercial do Carrefour. “O que me motivou a voltar foi a dinâmica da negociação e o desafio de trabalhar em conjunto com as outras áreas. É preciso procurar, de domingo a domingo, alternativas para vender mais”, diz.

Com a disputa acirrada pelos melhores, muitas orga-nizações já aumentaram a remuneração de seus principais executivos no intuito de não perdê-los para a concorrência. “As grandes redes que têm capital aberto estão oferecendo mais benefícios, bônus de longo prazo e desenvolvendo planos de carreira para os profissionais de maior potencial”, afirma Renata, da Mariaca.

Para Sampaio, do grupo Valdac, os salários praticados pelo varejo são competitivos com os de outros mercados. A diferença, contudo, é uma maior ênfase na parte variável. “É comum atrelar a remuneração aos lucros da companhia. Por isso, é fundamental trazer resultados.” Fonte: Valor ME

comércio E SErviçoS dEvEm conTrATAr mAiS noS PróXimoS mESES

Os empresários do setor do comércio de bens e serviços devem contratar nos próximos meses, apesar da instabilida-de no mercado financeiro. De acordo

com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), 74,89% afirmam que pretendem aumentar o quadro de fun-cionários, sendo que 9,88% querem ampliar muito o total de trabalhadores em suas empresas.

Na comparação entre junho e julho, o Icec registrou alta de 4,2%, atingindo 124,3 pontos em uma escala que varia de 0 a 200. Acima dos 100 o índice denota otimismo. Para o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze, a principal explicação é que os fundamentos da economia brasileira estão muito sólidos.

Estão prevendo vender mais no natal

“A taxa de desocupação na cidade de São Paulo é a mais baixa da história, há aumento real na renda e crédito farto no mercado. Isso facilita as compras e consequentemente o emprego do cidadão”, diz.

Segundo Dietz, os empresários tendem a fazer uma avaliação do presente mais baseada nos rendimentos de seus negócios do que na economia como um todo e, por

isso, a avaliação deles permanece positiva mesmo após a notícia de que o faturamento do comércio no primeiro semestre de 2011 registrou recuo de 0,3%.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), componente do Icec, apontou elevação de 2,5%, chegando aos 154,8 pontos, enquanto o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec) ano-tou crescimento de 4%, totalizando 108,9 pontos. Os três componentes do Icec, de acordo com Dietz, mostram que os empresários estão mais otimistas em relação ao segundo semestre deste ano e prevendo vender mais no Natal ME

emprego 27mercado empresarialmercado empresarial

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emprego

fim do ano passado, o português João Nuno Carvalho pediu demissão do cargo de gerente de marketing na Switchboard, empresa do setor de automação onde atuou por pouco mais de dois anos. Preocupado com a crise na Europa, o executivo

sentia que seu país de origem não oferecia segurança e boas oportunidades profissionais. Decidiu, então, mudar-se para o Brasil.

Casado com uma brasileira que conheceu ainda em Portugal, Carvalho visitou o país com frequência nos últimos anos e achou que já conhecia o mercado local o suficiente para tentar uma colocação. “Com o tempo, fui construindo uma rede de contatos que me permitiu arriscar a mudança.” A decisão, segundo ele, foi acertada. Depois de alguns meses atuando como consultor, o executivo foi convidado a assumir o cargo de gerente de marketing na Latina Eletrodomésticos, indústria brasileira com sede em São Carlos, no interior do Estado de São Paulo.

A trajetória de Carvalho não é incomum. Assim como ele, outros executivos de regiões em crise estão abrindo mão de seus empregos para buscar uma oportunidade profissional no Brasil. “É uma tendência pra-ticamente irreversível. Além de ter entrado no cenário global de atração de investimentos, o país tem uma adaptação cultural mais fácil do que na China e na Índia, por exemplo”, afirma Marcelo de Lucca, diretor da Michael Page.

Isso, porém, não garante o sucesso desses executivos no mercado. Lucca explica que domínio do idioma e experiência com o ambiente de negócios do país continuam sendo exigências quase unânimes entre as empresas que contratam estrangeiros. Por esse motivo, a maior parte dos profissionais que decide se demitir e migrar para o Brasil já conhece o país e muitos vieram como expatriados no passado.

Desde janeiro trabalhando como gerente de planejamento financeiro na empresa de engenharia Poÿry, o francês Hubert Mercier é um exemplo. Após viver por três anos no Rio de Janeiro trabalhando em uma multi-nacional do setor de óleo e gás, ele foi chamado de volta pela matriz na França. Mercier pediu demissão pouco tempo depois e decidiu retornar ao Brasil. “Foi difícil sair daqui depois de ter me acostumado. Na Europa, só ouvia falar da crise e de como tudo estava ficando pior”, afirma. A diferença na remuneração também foi determinante para a sua decisão. A combinação de câmbio valorizado e mercado aquecido fez com que Mercier ganhasse um salário 40% maior ao que recebia na França.

João Marques Fonseca, diretor da empresa de gestão de expatriados Emdoc, afirma que a moeda forte e as boas oportunidades influenciam estrangeiros que já estão temporariamente no Brasil a desistir de seus em-pregos nas multinacionais. “Muitos têm aceitado propostas interessantes de concorrentes, especialmente em níveis mais altos.”

Uma forma de reter esses profissionais tem sido oferecer salários

N

competitivos com o mercado local. Na Basf, indústria química com sede na Alemanha, uma das soluções para tornar a expatriação mais vantajosa foi reformular o programa de transferências internacionais. Há dois anos, o cálculo de remuneração mudou. “Fizemos uma pesquisa salarial no mercado para tornar essa política mais competitiva, uma vez que o câmbio já estava se valorizando no Brasil”, diz a coordenadora Beatrice Koopmann.

A mudança deu resultados: até junho deste ano, a Basf trouxe 86 expatriados para o Brasil - em 2010, foram 30. O crescimento foi mo-tivado pelo bom momento da companhia no país, que se tornou um dos destinos preferidos para os estrangeiros. A empresa, porém, não tem recebido pedidos para prorrogação ou transferência definitiva. “Essa é uma decisão pessoal que leva em consideração fatores como planejamento familiar e profissional”, afirma.

Segundo Fonseca, da Emdoc, a decisão de estabilizar a rotina é muito frequente entre exe-cutivos que vêm para o Brasil via programas de transferência. “Sempre houve esse encanto pelo país, mas agora eles estão encontrando também um porto seguro profissional”, afirma.

Esse foi o motivo que fez com que o fran-cês Benoit Keruzore decidisse permanecer no Brasil depois de construir carreira nos Estados Unidos. Por ter vivido no país dos 9 aos 17 anos, o executivo conhecia as particularidades locais e foi transferido em 2002 para desenvol-ver o projeto de uma empresa americana na América Latina. Quando a companhia encerrou suas operações na região, ele foi chamado de volta, mas decidiu permanecer. Oportunidades de trabalho, de acordo com ele, não faltaram. “Ter atuado em diferentes mercados e falar várias línguas, principalmente o português, ajudou muito”, afirma.

Contratado recentemente como CFO da seguradora J. Malucelli, uma empresa nacional, Keruzore explica que trabalhar no país foi benéfico tanto no lado profissional quanto no pessoal - ele é casado com uma brasileira. “Além de ter mais qualidade de vida, estou no país com as melhores oportunidades de carreira”, afirma. Fonte: Vivian Soares/Valor ME

EXEcuTivoS EuroPEuS vêm buScAr EmPrEgo no brASiL

Porto seguro profissional?

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EXEcuTivoS EuroPEuS vêm buScAr EmPrEgo no brASiL

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Tigre, multinacional brasileira líder no Brasil e na América do Sul na fabricação de tubos e conexões, acaba de fechar uma parceria com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), através da qual as empresas asso-ciadas à entidade terão desconto na aquisição de produtos da

Linha Industrial. De acordo com o vice-presidente de tubos e conexões da Tigre, Paulo Nascentes, a iniciativa amplia a relação comercial com o setor industrial e torna a empresa “mais competitiva para atuar num setor que teve crescimento superior a 10% no ano passado”. A Abimaq tem, atualmente, 1.460 associados.

As duas principais linhas de produtos que os associados a Abimaq terão disponíveis para compra são o CPVC Industrial e o PPR Industrial.

• O CPVC industrial Schedule 80 da Tigre é indicado para tubulações industriais e garante maior durabilidade para as instalações. É fabricado sob as mais rigorosas normas norte americanas e pode conduzir fluídos com temperatura até 80°C.• O PPR industrial foi projetado para a condução de ar comprimido a pressões de até 20 kgf/cm² (284 psi). Ele garante a pureza do ar condu-zido, pois possui excelente resistência aos ácidos graxos e óleos que estão no ar comprimido industrial. Desta forma, ele torna praticamente nulo o risco de entupimento de válvulas por crostas de corrosão. Além disto, possui facilidade de instalação e manutenção devido ao seu baixo peso em relação às soluções tradicionais do mercado.

A equipe comercial da Tigre está estruturada para atender este novo mercado de norte a sul do País. E a parceria com a Abimaq reforça essa disposição da empresa em atuar com maior proximidade no mercado de tubulações industriais.

crescimento de 18% e faturamento recordeO Grupo Tigre teve o melhor ano da história em 2010: apresentou

uma receita bruta de R$ 2,6 bilhões e uma receita líquida de R$ 2,1 bilhões, valor 18% superior a 2009. O EBTIDA teve um cres-cimento 23,3% e o lucro líquido consolidado atingiu R$ 165 milhões. A Tigre também aderiu ao padrão internacional de contabilidade - IFRS, International Financial Reporting Standards - conjunto de normas e pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo International Accounting

Standards Board (IASB).No ano passado, a empresa investiu na

aquisição e ampliação das unidades fabris, au-mentando em 25% sua capacidade produtiva (atualmente o Grupo tem uma capacidade de produzir mais de 350 mil toneladas/ano) para atender a forte demanda do mercado de mate-riais de construção. O número de contratações no período foi superior a 700 pessoas, atingindo um quadro total de 6.763 postos de trabalho.

No Brasil, houve crescimento em todos os segmentos, com destaque para os setores de infraestrutura, construtoras e varejo, este último impulsionado principalmente pelo aumento de linhas de financiamento e ampliação de renda nas classes C e D.

Perspectivas 2011Em 2011, a empresa prevê investir R$ 250

milhões em inovação, aumento de capacidade produtiva (inclusive com inauguração de novas unidades fabris no Brasil e no exterior) e ações de marketing e relacionamento. A previsão é de 10% de crescimento em relação a 2010, com a contratação de 300 novos profissionais. ME

TIGRE - A Tigre é a multinacional brasileira líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios em PVC no Brasil e na América do Sul e uma das maiores do mundo. Referência nos mercados Predial, de Infraestrutura, Irrigação e Indústria, é reconheci-da também pela sua cultura de valorização das pes-soas. Fundada em 1941, tem nove plantas no Brasil, incluindo fábrica de pincéis (Pincéis Tigre), perfis de PVC (Claris) e acessórios (Plena) e 12 no exterior (Argentina, Bolívia (2), Chile (3), Colômbia, Equa-dor, Peru, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai).

TIGRE FAz PARCERIA COM

ABIMAQ E AmPLiA FrEnTE dE

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Associados terão desconto na compra de produtos da Linha

Industrial

mercado30

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ão são apenas os fabricantes de com-putadores, celulares e equipamentos de telecomunicações que comemoram o crescimento das vendas no Brasil.

Além dessas companhias - um time que inclui marcas conhecidas como Nokia, Motorola, Positivo e Ericsson, para citar algumas - outras empresas, bem menos conhecidas do público, têm motivos para celebrar o aumento na deman-da. São os fornecedores dos equipamentos que montam esses produtos eletrônicos, ou seja as máquinas que fazem máquinas.

Com o aumento da produção local de equi-pamentos eletrônicos, essas empresas - como as japonesas Juki e Fuji e a alemã ASM - têm visto seus negócios crescerem em ritmos que variam entre 30% e 50% ao ano.

Não há fabricação desse tipo de equipa-mento no Brasil. As máquinas são importadas. Também não existem números oficiais. Segun-do Noriaki Saito, presidente da Juki no Brasil, a projeção é de que o número total de equipa-mentos vendidos no país este ano aumentará 67%, para 290 unidades. Em termos de receita, o valor previsto é de US$ 71 milhões. No ano passado, o faturamento do setor foi de US$ 44 milhões.

Para outras empresas do setor, no entanto, o mercado terá um crescimento muito mais expressivo. “Só no primeiro semestre vendemos mais de 290 máquinas”, diz Paulo Valentim, en-genheiro de vendas da Fuji. A companhia - que não tem nada a ver com a empresa homônima do segmento de imagem - é a principal fornece-dora desse tipo de equipamento, com metade do mercado nacional, de acordo com estimativas do setor. A Juki tem 10%. O restante é dividido por companhias como a japonesa Panasonic, a ASM (que no começo de 2010 comprou a área de SMT da Siemens) e as coreanas Samsung e Mirae.

Cabe às máquinas de Surface Mount Tech-nology (SMT), como são conhecidas, montar o verdadeiro quebra-cabeça que forma os circuitos eletrônicos usados em equipamentos como computadores e celulares. Para se ter uma

ideia, a placa de um notebook é composta, em média, por 1,5 mil com-ponentes. Entre eles estão resistores, capacitores e chips que controlam o funcionamento de peças como as entradas USB.

Alguns desses itens têm dimensões tão pequenas que tornam o seu ma-nejo praticamente impossível por seres humanos. O menor componente usado pelos fabricantes atualmente mede 0,2 milímetro x 0,1 milímetro, o tamanho de um grão de areia grossa.

Uma pessoa até poderia colocar as peças nas placas manualmente, mas sua eficiência jamais se aproximaria à de uma máquina SMT. Um dos equipamentos mais recentes da Fuji tem capacidade para encaixar 160 mil componentes por hora, quando configurada para fazer placas de telefones celulares. Isso significa que, a cada hora, ela produz 116 placas.

Depois de prontas, essas partes são levadas à segunda etapa do pro-cesso de produção. É quando as máquinas saem de cena. O trabalho de colocar as placas dentro das carcaças dos aparelhos é manual. Tanto que as mulheres são maioria nas linhas de produção. O motivo é que elas têm mãos menores, o que as torna mais aptas para lidar com peças pequenas e delicadas.

Além das companhias que produzem eletrônicos com suas próprias marcas no país, também são consumidores das máquinas SMT os fabri-cantes que produzem sob encomenda, como Foxconn, Digitron e Jabil.

Celulares, computadores, TVs e dispositivos para automóveis são seg-mentos com boas perspectivas de crescimento, diz Domingos Tomyama, diretor-presidente da Fuji, “Itens como o airbag obrigatório de fábrica estão movimentando a indústria”, afirma o executivo. Com 1,2 mil clientes no país, a Fuji projeta um crescimento superior a 50% este ano.

A Juki pretende ampliar de 10% para 13% sua participação no mercado local, diz Saito. O exe-cutivo japonês, que chegou ao país há seis meses, diz que o objetivo é vender para companhias de médio porte.

Apesar do número relativamente peque-no de máquinas vendidas anualmente, o setor exige uma atualização constante, o que garante um fluxo de receita recorrente para os fabricantes. Segundo Fábio Sung, diretor de suprimentos da Digitron, as atualizações têm que ocorrer todos os anos para acompanhar a evolução dos componentes usados na montagem de equipa-mentos. “Quem não se atualiza fica para trás”, diz. A Digitron projeta crescer 30% em 2011. Fonte: Ana Paula Paiva/Valor ME

Boas oportunidades nos segmentos de celulares, Pcs, tvs e dispositivos automotivos

AumEnTA A ProcurA Por máquinAS quE FAzEm máquinAS

mercado

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31mercado empresarialmercado empresarial

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Plásticos Vipal S/A e a Tubozan Indústria Plástica Ltda. associaram-se, em maio último, para criar a BR Plásticos Participações S/A, empresa que controlará a Plásticos Vipal S/A, Tubozan Ltda, Conforme Ltda e

Polímeros S/A, e será a terceira maior empresa transformadora do país na produção de componentes plásticos para a cons-trução civil. O faturamento consolidado previsto da empresa controladora para 2011 em todos os segmentos em que atua é de R$ 250 milhões.

A nova empresa quer conquistar novas fatias do merca-do nacional que envolve atualmente 600 mil toneladas/ano. Neste contexto, as marcas Tubozan e Conforme (para tubos, conexões e acessórios para instalações hidráulicas), e outras marcas já conhecidas da Plásticos Vipal, como a Facility (por-tas sanfonadas, forros, revestimentos e divisórias) e a Hanna Plásticos (portas sanfonadas), serão fortes aliadas para o alcance do objetivo.

“Além de aumentar a capacidade de atuação nacional na linha de tubos e conexões, com o endosso e credibilidade da marca Vipal, a joint-venture vai possibilitar a pulverização do mercado neste segmento”, avalia o hoje diretor da Plásticos Vipal e CEO da nova empresa, Gilberto Borges Filho. “Hoje trabalhamos com grandes home centers e lojas de varejo. Com este novo empreendimento, nossa capacidade de distribuição será bem mais abrangente em todo o país”. A perspectiva de um melhor posicionamento de preços decorrente da força da marca Vipal, assim como a expansão do mix de produtos com mais valor agregado também são lembrados como resultado do empreendimento.

Todas as linhas de produtos da Plásticos Vipal e da Tubo-zan são desenvolvidas dentro dos padrões de qualidade e em conformidade com as normas técnicas do mer-cado. Também são certificadas pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, promovido pelo Ministério das Cidades.

novos investimentosNos próximos dois anos, a empresa investirá

R$ 20 milhões no atendimento de demandas para a modernização tecnológica, expansão e construção de novas plantas fabris regionais, além da aquisição de uma fábrica de acessó-rios. Até início de 2012, serão oito unidade em operação. Seis delas, totalmente consolidadas, estão localizadas em Cabo de Santo Agostinho (PE), Unidade de Composto (BA), Colombo (PR), Siderópolis (SC), Nova Prata (RS) e São Paulo (SP). Está em fase de instalação a unida-de Contagem (MG) e a de Cuiabá (MT) será inaugurada até o final do ano.

Plásticos vipal - Com sede em Porto Ale-gre, no Rio Grande do Sul, e filial em São Paulo, a Plásticos Vipal é a única empresa com atuação nacional no segmento de portas e forros em PVC, destacando-se na produção e comercia-lização de forros, portas, divisórias, e também tubos e conexões. Sua capacidade de produção chega a 18 mil toneladas/ano. Além do Rio Grande do Sul, a Plásticos Vipal tem plantas in-dustriais em São Paulo, Pernambuco, Paraná e uma unidade de compostos na Bahia. ME

A

viPAL E TubozAn criAm A 3ª mAior EmPrESA do mErcAdo dE PLáSTicoS PArA conSTrução civiL no PAíS

mercado32

Page 33: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

Vlados, líder latino-americana no mercado de válvulas para transporte, assinou, em março último, um acordo comercial estabelecendo uma asso-

ciação com a PT Coupling, maior fabricante de conexões e engates industriais dos Estados Unidos e formando, a partir de então, uma nova divisão para conexões dentro da empresa: a Vlados PT Conexões do Brasil.

Além de expandir a área de atuação da Vlados, possibilitando o atendimento a diver-sos segmentos industriais que necessitam de conexões em suas instalações, a nova divisão também amplia a ação da empresa na área de transporte de combustíveis, com a oferta de novos produtos para os distribuidores.

“Este acordo representa um verdadeiro divisor de águas na história da empresa, pois proporcionará a abertura de mercado para os produtos da Vlados nos Estados Unidos, além de ampliar as oportunidades de negó-cios no Brasil, em um momento favorável no

novA diviSão dA vLAdoS ATuArá no SEgmEnTo dE

conEXÕES induSTriAiS

AA nova divisão também

amplia a ação da empresa na área de transporte de

combustíveis

Eternit (ETER3) anunciou, em 29/8 último, a primeira fase do plano de investimentos da controlada Tégula Solu-ções para Telhados Ltda., com previsão de conclusão para novembro de 2011, em linha com o plano de expansão e diversificação dos negócios do Grupo.

Segundo comunicado, esta primeira fase inclui uma nova fábrica, automatizações e acréscimo de linhas e mol-des, resultando no aumento em cerca de 60% da capacidade anual de produção de telhas de concreto passando para 9,8 milhões de metros quadrados.

Os investimentos somam cerca de R$ 18,5 milhões, dos quais a companhia destacou a inauguração, ainda em agosto de 2011, da sexta fábrica em São José do Rio Preto (SP) que permitirá o desenvolvimento dos mercados Noroeste Pau-lista e Triângulo Mineiro; a automatização de uma linha de produção da fábrica de Atibaia (SP), na qual elevará a capacidade da unidade em 30%; a semiautomação da fábrica de Anápolis (GO), duplicando a sua capacidade de produção, atualmente operando em plena capacidade; o aumento de 30% na capacidade da fábrica de Camaçari (BA) permitindo trabalhar em três turnos de produção; e o lançamento da linha de telhas de concreto “Big” e “Coppo Veneto” nas fábricas de Içara (SC), Frederico Westphalen (RS), Anápolis (GO) e São José do Rio Preto (SP). Estas linhas atenderão o mercado de construtoras e varejo e maximizarão as sinergias com a for-ça de vendas da Eternit. A Eternit é líder de mercado nos segmentos de coberturas, painéis e placas cimentícias. ME

mercado

AETErniT iniciA PLAno dE invESTimEnTo dE r$ 18,5 miLhÕES nA TéguLA

País, quando a demanda do mercado encontra-se em plena ascensão”, declara Ricardo Neukamp, diretor da Vlados, acrescentando que a empresa entrará no segmento de conexões industriais com o diferencial de oferecer no País produtos com a tradição de uma empresa líder no mercado americano.

Por meio do acordo, a Vlados pas-sará a comercializar uma linha de cone-xões importadas da PT Coupling, e terá também a licença para pré-fabricá-las no País e, por outro lado, a PT Coupling fabricará e venderá os produtos da Vlados nos Estados Unidos, em ambos os casos, mediante o pagamento de royalties. Serão importados ou fa-bricados, como parte do acordo, os produtos com viabilidade de mercado, conforme pesquisas e estudos prévios.

O acordo comercial é fruto de negociações iniciadas no ano passado, quando foi assinado um Acordo de Intenções durante visita do diretor da Vlados aos Estados Unidos, em outubro. No mês passado, o presidente da PT Coupling, James R. Parrish, esteve no Brasil e visitou a Vlados para a assinatura do novo acordo. ME

33mercado empresarialmercado empresarial

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s empreendedores de micro, pequenas e médias empresas paulistas reuniram-se, no último 25/8, na Capital, para debater possibilidades e novos caminhos para o mercado externo, no evento Ex-portar para Crescer, uma iniciativa do Sebrae-SP,

Aduaneiras, CECIEx, FACESP, São Paulo Chamber of Commerce e Associação Comercial de São Paulo.

Na ocasião, Roberto Ticoulat, coordenador geral do Conselho Brasileiro de Empresas Comerciais Importado-ras e Expotadoras (CECIEx), ressaltou a importância das empresas brasileiras estarem integradas no mercado inter-nacional para serem competitivas, e deu a dica: “sabemos que pontos como câmbio e inflação ameaçam a competitividade das empresas nacionais, por isso, acre-ditamos que o melhor caminho é a contratação de Comerciais Ex-portadoras”.

José Cândido Senna, coordenador geral do Projeto EXPORTA, São Paulo, pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP/SP-CHAMBER), explicou que o Brasil precisa aumentar sua base de empresas exportadoras, para ter uma perspectiva de expansão sustentável do mercado exportador. “A base exportadora do estado em 2004 era de 7,4 mil empresas. Hoje, temos em torno de nove mil. O grande crescimento apresentado neste período, apesar das diversidades - sobre-tudo da taxa de câmbio, que a partir de 2008 passou a ter expressiva valorização -, se deve a busca de novos instru-mentos de competitividade, como a adoção de conceitos como inovação e sustentabilidade”.

O consultor do Sebrae-SP, Gilberto Campião, concor-dou com Senna, “a tendência da empresa que não investe em inovação é o fechamento”. Ele explica que o mundo está muito pequeno, sendo fácil para países como China e EUA venderem para o Brasil. “Por isso, é importante que

as empresas brasileiras tenham a possibilidade de serem competidoras globais. Empresa boa vende para todo o mundo, resultando em ex-portação”, pontua.

O evento reuniu cerca de oitenta empresá-rios, que já exportam, mas desejam encontrar novos caminhos, ou têm a intenção de come-çar a fazer negócios no mercado externo. Um exemplo é o empreendedor Sidnei Marques Pi-mentel, proprietário da fábrica de displays Fidel Ferro, que está estudando as possibilidades de vender para o mercado externo. “O mercado

nacional está cada vez mais competitivo, acre-dito que ampliar a venda para o exterior é uma maneira bastante viável para aumentar a produção

e reduzir custos na empresa”, declara.Já a empresa de suturas cirúrgicas, Brasutu-

re, tem um quadro de 150 funcionários, e ex-porta seus produtos para a Venezuela, Paraguai e Iraque. “Nós estamos estudando novos países para ampliarmos nosso leque de exportação, mas dependemos da autorização dos órgãos regulatórios deles, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil”, comenta Ana Gabriela Cardoso, assistente de exportação da empresa. A Brasuture trabalha com mercados externos há cinco anos e teve uma grande expansão desde que começou com os novos negócios, “tivemos uma grande ampliação da empresa. Apenas para começar o fornecimento para a Venezuela, precisamos contratar trinta pessoas”. ME

ExPORTAR PARA CRESCER: sãO PAulO PrEcisA AuMEntAr suA BAsE

Micro, pequenas e médias debatem novos caminhos para o mercado

externo

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mercado34

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Page 37: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

revestimento controla o calor dentro de uma sala

ientistas chineses criaram um novo material capaz de reter e liberar calor em temperaturas pré-estabelecidas. A descoberta poderá gerar uma grande

economia nos sistemas de aquecimento e ar-condicionado, os principais responsáveis pelas altas contas de energia sobretudo dos prédios comerciais.

O novo revestimento, que poderá ser usado tanto em prédios novos quanto em prédios já construídos, é chamado de material de altera-ção de fase, sendo capaz de armazenar energia sem qualquer deformação. Se, por exemplo, a temperatura ótima desejada em uma sala é de 22°C, o material pode ser configurado para começar a absorver qualquer excesso de calor que tenda a fazer com que a temperatura supere esse nível. Quando a temperatura cai abaixo do

CE pode gerar economia de 35% na conta de energia

nível estabelecido, o material começa a liberar o calor.

O professor Jo Darkwa, da Univer-sidade Nottingham Ningbo, na China, afirma que o material pode ser fabri-cado na forma de placas, folhas, papel de parede e até em pó, pronto para ser aplicado na forma de spray. Além do material de alteração de fase (alumínio/hexadecano), os pesquisadores usaram o PVA (acetato polivinílico) como ele-mento de ligação e sustentação.

A temperatura a ser mantida deve ser estabelecida no processo de fabricação. “O material não torna os aparelhos de ar-condicionados obsoletos porque você continuará precisando deles para controlar a umidade e o movimento do ar. Este material unicamente reduz o excesso de calor em uma sala,” diz o professor Darkwa. Ainda assim, a equi-pe calcula que haveria uma economia de 35% na conta de energia de um edifício que use o material em suas paredes. Fonte: Inovação Tecnológica ME

m abril de 2010 o London’s Royal National Orthopaedic Hospital oficialmente abriu as portas de seu mais moderno Centro de Avaliação Ambulatorial. O novo prédio, além de oferecer tratamentos de última geração, possui equipamentos

de raios x, ultrasons, ortóptica, terapia ocupacional, fisioterapia e avaliação pré- cirúrgica. O uso do PVC no design interno do

prédio atende aos mais altos padrões de instalações médicas em termos de durabilidade e estética.

Os materiais foram escolhidos em concordância com as especificações “verdes” governamentais e os pro-dutos foram selecionados com vistas a atender os padrões de construção

ditados pelas autoridades inglesas. A vida útil dos materiais usados nesse projeto atende aos pa-

drões do Guia Britânico de Durabilidade de Materiais, Produtos e Componentes para construção. O novo prédio na Rua Bolsover foi classificado como excelente pelo NEAT (ferramenta de avaliação ambiental NHS).

A estética a serviço da funcionalidade

A HOK Architects escolheu produtos em PVC para revestimento de pisos e paredes e para a área de recreação infantil: solução tanto em termos de estética quanto de impacto ambiental. O revestimento quase não apresenta porosidade e é fácil de limpar, o que minimiza os custos de manutenção ao longo do ciclo de vida do produto. Ao mesmo tempo, as aplicações de PVC atendem a altos padrões de design de interiores. Fonte: PVC TODAY ME

USO DO PVC EM HOSPITAl briTânico ATEndE AS mAiS ALToS PAdrÕES dE inSTALAçÕES médicAS

Os materiais foram escolhidos em concor-dância com as espe-cificações “verdes” governamentais

EO London´s Royal National Orthopaedic Hospital

(RNOH) - fundado em 1905, é o maior hospital or-topédico no Reino Unido e é considerado referência mundial na área da ortopedia. A arquitetura do hospital incorpora apartamentos e quartos para serviços am-bulatoriais. Uma vez terminado, o prédio abrigará 100 apartamentos e um Centro Ambulatorial de três andares. Desenvolvido em parceria com a Ridgeford Properties Ltd e a Manhattan Loft Corporation e projetado pela HOK Architects, o prédio é um marco das aspirações arquitetônicas da NHS Trust.

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Imagem: Darkwa/Zhou/Elsevier

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TIGRE CRIA CURSO inédiTo dE hidráuLicA voLTAdo

PARA AS MUlHERES

multinacional Tigre criou um curso inédito sobre hidráulica voltado exclusivamente para mulheres. O principal objetivo do curso é capacitar as mulhe-res para que possam fazer no dia-a-dia pequenos reparos domésticos ou contratar e acompanhar o

trabalho de um bom profissional com mais segurança.Toda a estrutura do curso (linguagem, ilustrações, me-

todologia, problemas abordados) foi feita pensando nesse público e no que ele considera relevante. O programa tem carga horária de 2 horas e será replicado em todo o Brasil nos principais home centers e revendas da Tigre.

Para Maurício D. Cagnato, gerente de Marketing de Serviços da Tigre, “a capa-citação profissional faz parte de nossos valores. É uma forma de oferecer atualiza-ção sobre melhorias em nossos produtos, reforço técnico, e noções básicas para um

público diferenciado que são as mulheres”.No primeiro momento, o curso será realizado em Home

Centers, mas conforme a demanda, a proposta é ampliar e fazer em outros pontos do varejo, dentro de nosso seg-

mento. A previsão inicial é atingir cerca de 400 mulheres em todo o Brasil, com uma média de 30 mulheres por curso, variando conforme o tamanho do local.

Os principais tópicos abordados nesse trei-namento serão:

• Pinga-pinga no chuveiro;• Pinga-pinga na torneira;• Mau cheiro no banheiro / lavanderia;• Pia entupida;• Pia de cozinha entupida;• Ralo do chuveiro entupido;• Vaso sanitário entupido;• Espuma voltando pelo ralo;• Caixa d’água transbordando;• Manutenção para evitar outros problemas.

Informações sobre inscrições e datas no site da empresa: www.tigre.com.br ME

A previsão inicial é atingir cerca de 400 mulheres em

todo o Brasil

A

arquiteto japonês Shigeru Ban é o autor de mais um projeto avançado. Ele desenhou uma catedral temporária para a ci-dade neo-zelandesa de Christchurch coberta com 64 tubos de papelão, formando um plano triangular que atingirá a

altura de 24 metros. Os tubos serão produzidos na própria cidade. A catedral original, de 1864, foi destruída pelo terremoto que atingiu a região em fevereiro de 2011.

A angulação dos tubos, de 830 mm de diâmetro, mudará pro-gressivamente para que o telhado siga as linhas da cobertura da catedral danificada pelo terremoto. Contêineres serão utilizados para o fechamento do edifício, com exceção da fachada frontal, executada em vitrais pelos próprios cidadãos de Christchurch.

A nova catedral tem custo estimado em 4 milhões de dólares neozelandeses (cerca de US$ 3,3 milhões) e durabilidade de 10 anos. Com capacidade para 700 pessoas, a construção também poderá ser usada como espaço para eventos e shows.

A previsão é que a obra seja inaugurada em 22 de fevereiro de 2012, exatamente quando o terremoto que atingiu a Nova Zelândia completará um ano. ME

Catedral será construída com

tubos de papelão

cobertura triangular terá a durabilidade

de 10 anos

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TREFITALCONFORMAÇÃO

& TREFILAÇÃO

o mercado de trefilados, não basta desenvolver um altíssimo padrão de qualidade em sua linha de produção. É preciso também cumprir total-mente as normas e especificações exigidas na-

cional e internacionalmente. São essas duas características, aliadas, que fizeram da Trefital uma referência no mercado de conformação e trefilação de tubos e microtubos, desde sua fundação em 1999.

A empresa desenvolve soluções em serviços de trefilação através de um processo exclusivo de produção de metais não ferrosos (alumínio, latão, cobre, tomback) e aço inoxi-dável, oferecendo tubos, microtubos, vergalhões e peças em diversas formas e perfis, níveis de dureza e medidas específicas, de acordo com as necessidades de cada um dos seus clientes.

“Para garantir a qualidade de nossos produtos, conta-mos com uma equipe de profissionais altamente capaci-tados e um moderno pátio fabril em Mauá (SP), onde os produtos são desenvolvidos através das mais avançadas tecnologias”, afirma José Aparecido Robottu, Sócio e Diretor Geral da empresa.

ProcessosA empresa possui os processos de conformação e tre-

filação em rolo e em barras, oferecendo dessa forma uma linha completa de produtos e serviços.

“Nosso processo de fabricação, em todas as linhas, é norteado sempre pelos mais avançados padrões nacionais e internacionais”, complementa Robottu.

ProdutosOs tubos conformados de aço inoxídável da

Trefital são produzidos nas seguintes medidas: diâmetros externos: de 6,20 mm a 13,20 mm; espessuras de paredes: de 0,20 mm a 1,00 mm; tolerâncias de aproximadamente 0,13 mm.

Os tubos trefilados de aço inoxidável abrangem de 0,90 mm à 38,10 mm de diâmetro externo nas espessuras de 0,17 à 1,50 mm. Já os tubos e vergalhões de metais não-ferrosos são oferecidos de 1,00 à 76,20 mm, nas espes-suras 0,10 à 3,17 com tolerâncias de mais ou menos 0,02 mm, com comprimentos normais de trefilação.

Quanto aos formatos, a em-presa oferece uma gama de opções: redon-do, quadrado,

retangular, triangular, sextavado, elíptico além de perfis personalizados como: borboleta, golfinho, coração, oval, estrela entre outros. O acabamento externo pode ser liso, torcido, frisado, estriado ou canelado, entre outros. Os níveis de dureza (desenvolvidos em laboratório próprio) vão do recozido, mole, extra mole, ½ duro, ¼ duro, em HV (Vickers) ou HB (Brinell) a outros, conforme especificações.

A Trefital possui também equipamentos modernos para a fabricação de peças tubulares acabadas ou semi-acabadas em suas mais varia-das formas e medidas, conforme especificações, e rebites de repuxo de alumínio.

serviços “Profissionais altamente qualificados, com

domínio de tecnologias de ponta, dão supor-

N

destaque

referência no mercado de Tubos e Microtubos Trefilados

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te total aos clientes, oferecendo o que há de melhor em mão de obra para conformação e trefilação acompanhando com eficácia, quali-dade, confiabilidade e velocidade cada etapa da produção”, complementa o Diretor.

Entre os serviços prestados, estão o benefi-ciamento de materiais de terceiros nos proces-sos de trefilação e conformação em rolo e em barras, recozimento, endireitamento, e corte sob medida nos metais: aço inoxidável, alumínio, cobre, latão e tomback.

MicrotubosNa fabricação de tubos de aço inoxidável,

principalmente dos MICROTUBOS, adicio-nalmente, há de se destacar a forte presença nos ramos das indústrias de aparelhos médicos, odontológicos e hospitalares de forma em geral, não só no estado paulista como nos principais pólos industriais do Brasil.

“O processo de fabricação dos microtubos é planejado minuciosamente e compreende a escolha da matéria prima em fita, incluindo o acompanhamento de todas as fases do processo de fabricação até obter total qualidade do pro-duto final”, garante José Aparecido Robottu.

Os microtubos podem ser comercializados em barra ou em rolo e são produzidos de acordo com necessidades de cada cliente.

40 ANOS DE SOlUçõES EM TREFIlADOS

Hoje a Trefital já se consolida como uma das prin-cipais trefiladoras de metais do país e está preparada para solucionar qualquer problema em tubos e perfis trefilados, pois além de contar com máquinas e equi-pamentos modernos de alta produção, tem dois dos melhores profissionais de trefila do mercado, seus fundadores José Aparecido Robottu e Antônio Carlos de Souza Neto, ambos com experiência de mais 40 anos no ramo.

destaque

BijuteriaEm 2001, após investimentos no desenvolvimento e

ampliação de ferramental do processo de tubos e perfis especiais destinados para a fabricação de bijuteria e semi joias, foi criada a BIJUTUBOS, filial localizada em Limeira-SP, onde são atendidas grandes indústrias e pequenos fabricantes, fornecendo tubos em barras e peças para montagens, argola para brincos e pulseiras, bem como toda a linha de complementos e insumos. ME

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5Fascículo

dotar um estilo de vida saudável come-ça com uma tarefa nada fácil: mudar velhos hábitos. A maioria das pessoas resiste a mudanças. A tendência é o apego a comportamentos que já são

conhecidos, mesmo que eles não nos façam bem. Exemplos disso são o cigarro, a bebida em excesso, o sedentarismo, a má alimentação e até os relaciona-mentos complicados. Esse apego pode ser explicado pelo medo de enfrentar o desconhecido e perder o controle sobre sua vida. Mas, quando se toma cons-ciência dos malefícios que originamos para nós mes-mos, é chegado o momento de tomar decisões. É a hora da virada!

AEstilo deVida

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MUDE! REINVENTE-SE!

uitas doenças da atualidade são tentativas de-sesperadas de nosso corpo de trazer alguma sanidade sobre nossas escolhas cotidianas. Portanto, ir ao médico não basta. Paralelamen-te ao tratamento recomendado, é fundamental que nos perguntemos: - O que isso quer me

dizer? Onde tenho extrapolado meus limites? Onde tenho me desrespeitado? E a resposta, em geral, é que devemos repensar nossos hábitos, nosso estilo de vida.

Hábito é um comportamento que se repete automati-camente. Alguns nos fazem bem (e, obviamente, devemos mantê-los). Outros, ao contrário, nos dão prazer imediato, mas a médio e a longo prazo, são destrutivos, ou têm graves efeitos colaterais.

Devemos estar atentos aos pequenos (e às vezes grandes) sinais que nosso corpo nos envia. Experimente perguntar às suas costas porque andam tão tensas. Pergunte ao seu estôma-go o que você anda engolindo que está lhe fazendo tão mal. E sua respiração, porque está sempre tão ofegante? “Ouça o que seu corpo vem tentando lhe dizer”, ensina a psicóloga e escritora Patrícia Gebrim. E refaça suas escolhas.

Consciência e quererPara mudar, a pessoa precisa, em primeiro lugar, querer, e

não só ter consciência da necessidade de mudança. E como estimular esse “querer”?

O terapeuta Sergio Savian, especialista em comportamento humano, acredita que a força para mudar vem de uma profunda consciência. Quanto mais você se conhece, melhor identifica o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. Mesmo assim, precisa chegar a um ponto de virada, um ponto crítico, quando de-cide que não dá mais para continuar fazendo tudo da mesma

“Ouça o que seu corpo vem tentando lhe dizer”

M

Quanto mais você se conhece, melhor identifica o que lhe faz bem e o que

lhe faz mal.

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forma. Para alguns este ponto vem da sabedoria, com a ajuda de terapias, da leitura, da arte, do exemplo dos outros, da religião. Para muitos outros a mudança só ocorre quando a situação fica “preta”. Um exemplo é alguém que só para de fumar quando o médico lhe diz que se não parar, morre.

Flexibilidade e CriatividadeSegundo a jornalista Janet Rae-Dupree, em artigo no New

York Times, cientistas que pesquisam o cérebro descobriram que quando alteramos nossos comportamentos e saímos das nossas zonas de conforto, criamos estruturas cerebrais que podem ampliar nossa criatividade.

O artigo cita a psicoterapeuta Dawna Markova, autora do livro The Open Mind: Exploring the 6 Patterns of Natural Intelligence. Markova acredita que temos como que três “zo-nas” cerebrais: a de conforto, de elasticidade e de estresse. A primeira pode produzir acomodação e ignorância. A terceira “derruba o sistema” por excessiva tensão e uso. As mudanças realmente ocorreriam na segunda.

A tese seria a seguinte: as pessoas não devem tentar acabar de vez com seus velhos hábitos, pois uma vez que estão gravados no hipocampo, eles vão ficar. Em vez disso, devem iniciar novos hábitos que, introjetados conscientemente, criam caminhos paralelos que podem suprimir ou desviar as rotas antigas.

Hábitos saudáveis refletem em nossa saúde, agora e no

futuro.

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Ou seja: não adianta forçar demais. Para mudar um hábito, é melhor procurar alternativas, buscar inovações. Não lutar contra cruelmente contra si mesmo e se condenar quando der errado. Nem tensão, nem relaxamento demais. Mudança constante dentro da área de elasticidade. Criatividade, em vez de dureza.

Respirando melhorHábitos saudáveis refletem em nossa saúde, agora e no

futuro. Pesquisa recentemente publicada no Public Library of Science Medicine afirma que simples mudanças no cotidiano podem refletir em até 14 anos a mais de vida em uma pessoa que faz exercícios físicos regularmente, não bebe álcool com frequência, segue uma alimentação balanceada e não fuma.

Mas há muito mais que se pode fazer para melhorar nossa qualidade de vida. Neste Fascículo, relacionamos algumas práticas importantes. Respirar bem, respirar corretamente, é uma delas, e, claro, é vital para que todas as nossas outras escolhas resultem da melhor forma.

Existem várias teorias e técnicas a respeito do ato de respirar. Uma técnica que tem demonstrado ser uma po-derosa ferramenta para eliminar o stress e as tensões é a Sudarshan Kriya®, baseada em posturas e ritmos específicos de respiração.

Segundo Cristina Armelin, instrutora da técnica e coordenadora da Fundação Arte de Viver, cada ritmo da respiração está associado a uma emoção diferente. Quando estamos passando por um momento de tensão, somos capazes de quase perder o ar. Se estamos com raiva, a respiração fica intensa e rápida. Após exercí-cios físicos, seu ritmo fica acelerado. Quando o stress predomina, respirar se torna difícil, uma tarefa realmente pesada. É como se o ar não coubesse nos pulmões. É preciso virar o jogo, usando a respiração a nosso favor, o que quer dizer não deixá-la seguir, desnorteada, o ritmo das nossas emoções. Ao invés disso, podemos usar a respiração como ferramenta para controlar o nosso emocional, reduzindo o stress, aumentando a concentração e melhorando a saúde de forma geral.

Quando bem utilizada, a respiração pode se transformar em uma fonte de tranquilidade, saúde e qualidade de vida para pessoas de todas as idades - desde crianças até idosos. Segundo a especialista, o segredo está em aprender a respirar de

Abra-se para novas possibilidades

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forma consciente, através de exercícios ritmados e com posturas específicas. Ela explica que a respiração profunda acalma, relaxa, harmoniza e leva o ser humano a ter maior autoco-nhecimento, pois, normalmente, quem pratica exercícios de respiração também acaba meditando. Essa união leva a pessoa a se conhecer melhor, tornando-se mais consciente de suas emoções e de suas escolhas.

Outros benefícios atribuídos à técnica são: a redução do nível de estresse, o controle da depressão e da ansiedade, o restabelecimento dos padrões normais de sono, a melhora da condição geral de saúde, maior alegria e entusiasmo, relaxamento e bem-estar e o aumento da concentração.

Reeducando a PosturaBoa postura também é investir em qualidade de vida.

Uma postura correta promove a eficiência do movimento e resistência e contribui para uma sensação bem estar. Além disso, boa postura é prevenção. Se seus ossos não estão alinhados corretamente, seus músculos, juntas e ligamentos ficarão mais tensos do que o normal, originando fadiga, desconforto e dor. Problemas crônicos de coluna podem ser explicados por anos de hábitos posturais errados. Além disso, a postura deficiente pode afetar a posição e a função de seus órgãos vitais, particularmente aqueles na região abdominal.

Entre os métodos de reeducação postural, destaca-se a RPG - Reeducação Postural Global - criada nos anos 80 pelo fisioterapeuta francês Philippe Souchard, e que tem como objetivo tratar os desequilíbrios ósteo-musculares que geram alterações posturais e outras patologias.

A técnica da RPG parte do pressuposto que os músculos não agem isoladamente, mas sim em cadeias musculares. Assim, uma retração em determinado músculo gera um efeito dominó causando desvios e muitas vezes dores em outros locais. Ex.: quando sofremos um trauma (como uma torção no torno-zelo ou joelho) enrijecemos a musculatura e transferimos o peso para a outra perna para não termos dores e mancamos. Com isso criamos uma série de compensações em todo o corpo, sendo possível desta forma adquirirmos uma dor na coluna. Portanto, dentro da RPG o corpo é considerado uma unidade, onde todas as partes influenciam o todo.

A terapia consiste na realização de “posturas”, que são posições de alongamento, cada qual com o propósito de alongar determinada cadeia muscular. Esse estiramento é exe-cutado de forma lenta e gradual, trabalhando-se a respiração, sem permitir nunca que hajam compensações, respeitando os limites de cada paciente. A RPG é muito indicada para tratamento das alterações da coluna vertebral (como hiper-lordose, hipercifose, escoliose, discopatias, etc), artroses, tendinites, pés planos ou cavos, entre outros.

Para se obter um resultado positivo com a RPG em geral são necessárias sessões semanais de uma hora, podendo haver exceção nos casos de maior gravidade. A técnica de RPG não visa apenas atender pacientes com dor, mas também aqueles que buscam um melhor equilí-brio e viver e harmonia com o corpo. Cada postura é indicada de acordo com a patologia do paciente: trata-se assim de um método personalizado.

Liberando a energiaUma sensação de relaxamento e paz. É essa a primeira

impressão que se tem quando se depara com a técnica Chi kung. No entanto, além de ganhos na área emocional, os praticantes conseguem prevenir e até mesmo curar doenças graves como a obesidade, garante a professora Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental, de São Paulo.

A maioria das posições é feita de pé e para os dois lados do corpo, coordenando braços e pernas com pequenos giros para a direita e para a esquerda, alternadamente. Com isso, a pessoa adquire controle de ambos os lados do corpo e estimula as duas partes do cérebro. A especialista Ângela Soci explica que por meio de movimentos suaves, o físico é fortalecido e o fluxo de energia é desobstruído. “O corpo possui meridianos (canais de energia) que devem fluir livremente. Quando eles estão bloqueados, devido a uma má alimentação, tensões emo-cionais, estresse ou um estilo de vida pouco saudável, as enfermidades ocorrem. Assim que esses canais são liberados, todo o organismo é beneficiado”, garante.

Derivado de técnicas milenares chinesas, ao método são atribuídos vários benefícios, entre eles, o fortalecimento dos músculos, tendões e ossos, a redução do estresse e da ansiedade, o aumento da concentração e a ativação dos sistemas nervoso, digestivo, cardiovascular, locomotor e imunoló-gico. Tudo isso acaba refletindo, de forma positiva, nos hábitos do praticante, que, na medida em que conquista consciência corporal, opta por um modo de vida mais sau-dável.

Por sinal, é a este último fator que o professor Sérgio Luiz Villasboas, coordenador do Tao Chia - Grupo de Terapias e Artes Orientais, do Rio de Janeiro, RJ, atribui os bons resultados no processo de emagrecimento.

Sem restrições de idade e de condicionamento físico

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“A obesidade está ligada à ansiedade. Como o Chi Kung atua justamente sobre esse mal, a pessoa consegue controlar e manter o peso”, explica ele. Além disso, a técnica favorece a digestão e a excreção, além de acelerar o metabolismo - em uma hora de aula, o aluno gasta entre 300 e 400 calorias.

De acordo com o professor Henrique Cirilo, presidente do Instituto Brasileiro de Chi Kung e Terapias Afins, de São Paulo, o ideal é que se pratique a técnica todos os dias ou, no mínimo, uma vez por semana. A aula, que dura em torno de uma hora, mistura exercícios de respiração, postu-ra e movimentos estáticos e dinâmicos. Tudo realizado de forma suave.

Relaxar é precisoAs massagens, em geral, são consideradas eficientes

métodos de relaxamento. E quem não precisa relaxar, na vida conturbada de hoje? Entre as várias técnicas, bastante procurada é a Anma, uma forma de massagem de origem indiana assimilada e divulgada por terapeutas do Japão. O nome da técnica deriva do nome de duas das manobras bá-sicas que utiliza, o na (ou an), que significa apertar e o ma, que significa esfregar.

Essa terapia se baseia principalmente em pressionar e massagear pontos do corpo relacionados aos diversos meridia-nos estudados pela medicina tradicional chinesa, estimulando e promovendo uma cura natural, pois, quando estimulados, esses pontos aliviam a tensão muscular facilitando a circulação do sangue e da energia (“Ki” ou “Chi”).

Sendo seu objetivo principal facilitar o fluxo de Chi no corpo, a Amna pode ser feita para a diminuição do stress cotidiano que afeta a todos das grandes cidades, trazendo re-laxamento e combatendo várias disfunções do organismo.

A massagem Shiatsu surgiu da técnica Anma, sendo que a Anma, mais suave, utiliza amassamento e técnicas de vibrações, enquanto o Shiatsu baseia-se em pressões com o polegar ou com a mão. As duas técnicas podem ser usadas em conjunto na sessão de massagem, sendo considerado o ideal para relaxamento na proporção de 70% de Anma e 30% de Shiatsu. Podem ser praticadas todos os dias, em qualquer idade.

Em busca da cura natural

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Vo l .5

Tratando e PrevenindoEgípcios e chineses foram os primeiros a utilizar a mas-

sagem nos pés com o objetivo de recuperar a saúde. Com o passar do tempo, a eficácia desta prática serviu de estímulo a vários pesquisadores em compreender a Reflexologia sob um ponto de vista ocidental. Atualmente, trata-se de uma técnica que diagnostica, trata e previne doenças e que se torna, a cada dia, mais respeitada.

Ainda no início do século 19, o Dr. William Fitzgerald, mé-dico em Londres, descobriu que o corpo possui 10 zonas de energia (meridianos) que partem da coroa da cabeça e vão até as extremidades dos dedos dos pés e das mãos, sistematizando dez zonas energéticas e considerando, inclusive, os respectivos órgãos contidos nestas zonas. Mais tarde, a massagista Eunice Inghan (1930), de Nova York, desenvolveu um tipo de massagem com pressões puntiformes sobre os pés. De acordo com o princípio de que a parte contém o todo, ao observar os pés (planta, dorso e 10 cm sobre o tornozelo) e suas zonas energéticas, foi possível projetar de modo análogo, sobre eles, todo o corpo e determinar assim a área reflexa de cada órgão, glândula etc.

Através dos exames visual e tátil do pé é possível identifi-car as áreas onde se produz um processo energético alterado,

ou melhor, onde há indícios de excesso ou deficiência de ener-gia e definir desta maneira o procedimento terapêutico que deverá estimular o organismo a utilizar a sua força curativa de modo adequado. Essa terapia possui também um caráter preventivo, já que se pode detectar no pés, por considerá-los um lugar de alarme, um desequilíbrio energético antes de que surjam os primeiros sintomas de uma determinada enfermidade.

É importante frisar que esta terapia trata do indivíduo em sua totalidade (corpo e mente), cuidando, assim, de problemas de ordem física, mental e emocional.

Exercício e diversãoA demanda por atividades menos monótonas e repetitivas

cresce nas academias. Por isso, o Tae Bo, uma mistura de arte marcial com ginástica aeróbica, está se tornando popular. A novidade é um misto de tae-kwondo, boxe tailandês e karatê com o movimento e o ritmo da ginástica aeróbica. Para se ter uma ideia, dá-se socos e pontapés no ar numa aula acom-panhada por música e animação.

Segundo professores e praticantes, o esporte melhora a capacidade cardiovascular, o condicionamento físico e pro-porciona maior agilidade e flexibilidade, mas o grande apelo do Tae Bo é a alta queima calórica que proporciona. Uma pessoa pode perder até 800 calorias em uma hora de aula. Outro fator que faz do Tae Bo um grande sucesso é o grande potencial de liberar stress acumulado. Através de socos e chutes no ar, o praticante pode descarregar suas tensões.

Descarregando tensões

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Fontes : Por ta i s Ig , FalaNot í c ia , W ikipéd ia , Die ta Já/Kar ine César, Reeducação Postural Global, Bem Leve, V i a - R S / L e i l a L . S . C . C a r n e i r o , M S N / M i c r o s o f t ; Patrícia Gebrin, psicóloga; Augusto, Jordan/ “Shogo - Os caminhos do Corpo - Vol. 1”,

PróximoMódulo:

Atitude

Boa alimentação é essencialO médico norte-americano Louis Ignarro, Prêmio

Nobel de Medicina, listou os dez nutrientes que considera mais poderosos e que não devem faltar na alimentação de quem busca viver melhor:

1.Ácido alfalipoico - antioxidante potente que neutraliza radicais livres que vêm da oxidação dos alimen-tos, do estresse e da poluição. Ajuda a abaixar as taxas de glicose do sangue, prevenindo o diabetes, a hipertensão arterial e hiperglicemia. Fontes: espinafre, brócolis e ervilha.

2. Aminoácidos - Compostos orgânicos que com-põem todas as proteínas. Principais tipos e benefícios:

•Arginina - dá suporte ao sistema imunológico e ajuda a reduzir o mau colesterol. Reduz o ganho de gordura e aumenta o ganho da massa muscular. Fontes: peixes, amendoim, nozes, frutas de casca rígida e berinjela.

•Tirisona: Combate a insônia, fadiga e estresse. Fontes: arroz integral, feijão, leite e derivados, ovos.

•Lisina: Atua na absorção de cálcio, recuperações ci-rúrgicas, na produção de hormônios e anticorpos. Fontes: queijos, ovos, peixes e frango.

•Carnitina: A concentração desse aminoácido diminui com a idade e os ossos são afetados assim, a ingestão da carni-tina, após a menopausa, previne a osteoporose nas mulheres. Fontes: ovos, peixes e leite.

3. Antioxidantes - Sua principal função é combater os radicais livres. Também são agentes preventivos de cân-

cer, diabetes, disfunções cardiovasculares e Alzheimer. Fontes: peixes, soja, aveia,

alho, frutas e vegetais como uva, maça, ameixa e cenoura, chocolate amar-

go, suco de uva.

4. Picolinato de cromo - Possibilita o melhor funcio-namento da insulina.Ajuda na manutenção do peso corporal, no tratamento da depressão e da síndro-me metabólica, reduzindo as chances de problemas cardíacos. Fontes: brócolis,

batata, maçã, banana, suco de uva e de laranja.

5. Coenzima Q10 - Antioxidante poderoso e essen-cial à produção celular de energia. Tem ação cardio e neuro-protetora. Fontes: salmão, sardinha, espinafre, amendoim.

6.Ômega 3 - Essencial para a saúde cerebral e cardiovascular. Tem ação antioxidante, combate inflamações, ataques cardíacos, artrite e osteoporose, controla diabetes e pressão. Fontes: linhaça, tofu, abóbora, espinafre, azeite de oliva, salmão.

7. Glucosamina - É o único que não é encontrado nos alimentos, e portanto, tem que ser ingerido como um suplemento e receitado pelo médico. Usado para combater artrose, artrite e osteoporose.

8. Chá Verde - Poderoso antioxidante, tem como função a prevenção do câncer e da obesidade, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares. Deve ser evitado para quem tem gastrite.

9. Romã - Usada no tratamento de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. Previne a deterioração da cartilagem e o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, ajudando a manter as taxas de colesterol equilibradas.

10. Vitamina D - A maioria das pessoas tem deficiên-cia dessa vitamina. Ela é usada na prevenção de câncer, ajuda na formação dos ossos, reduz riscos de doenças cardiovas-culares. Fontes: derivados de leite, ovos, banana.

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P

O objetivo é conseguir prever fenômenos climáticos

extremos com maior prazo de antecedência

rever fenômenos extremos no Brasil - como as tem-pestades que costumam castigar diversas áreas no país durante o verão - com maior prazo de antece-dência ainda é um desafio para os meteorologistas. Esta é a proposta de um grupo de pesquisadores

do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para isso, eles precisam entender a estrutura interna das tempestades que se originam dos principais regimes de precipitação do país.Batizada de “Projeto Chuva”, a iniciativa consiste em estu-dar a microfísica das nuvens, isto é, os processos físicos no interior delas, para desenvolver um modelo numérico capaz de rodar no supercomputador Tupã, em operação desde janeiro no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáti-cos, em Cachoeira Paulista (SP).“Por conta do maior poder de resolu-ção espacial do Tupã, é preciso parametrizar e descrever os elementos com mais detalhes. Isso implica medir o tamanho dos hidrometeoros (partículas encontradas nas nuvens), como as gotas líquidas, o granizo, o graupel (forma de granizo) e a neve, assim como sua distribuição nos sistemas climáticos”, explica Luiz Augusto Machado, coordenador do projeto.

Tomografia das nuvensEsse processo de coleta e análise de dados será realizado em sete locais no país, representativos dos principais regi-mes de precipitação do Brasil. “Nosso objetivo é criar um banco de dados dessas estruturas microfísicas e verificar

se elas se ajustam a essa alta resolução espacial, de até 1 quilômetro”, contou.Os experimentos tiveram início em março de 2010 no Centro de Lançamento de Alcântara (MA). De lá, os pesquisadores partiram para Fortaleza (CE), onde construíram uma torre para abrigar o radar móvel de dupla polariza-ção.O equipamento, considerado um dos mais modernos da área, está agora instalado no topo

do prédio do Departamento de Meteorologia da Univer-sidade Federal do Pará, em Belém. Além de fornecer dados e medidas sobre as es-truturas das nuvens, o radar, aliado a uma série de equi-pamentos meteorológicos,

permitirá aos cientistas conhecer os processos de precipitação relacionados à microfísica das nuvens, como a formação de descargas elétricas, efeitos radiativos e interação com aerossóis.“A influência das gotas sobre o clima tem diver-sas implicações, desde processos radiativos às mudanças climáticas”, explicou Machado.Nesse processo definido como tomografia dos sistemas, o foco da pesquisa em Fortaleza foi a precipitação costeira. São as chamadas “nuvens quentes”, responsáveis por grande parte das chuvas nos trópicos.Em Belém, os pesquisadores investigam as

ProjETo chuvA: ciEntistAs BrAsilEirOs vãO EstudAr MicrOFísicA dAs nuvEns

meio ambiente52

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meio ambiente

chuvas de linhas de instabilidade, formadas por grandes aglomerados de cúmulos-nimbos e que, ao penetrar no interior da Amazônia, provocam chuvas intensas.

novo satélite brasileiroEm cada uma das localidades pesquisadas, serão ministrados cursos para meteorologistas sobre a instrumentação utilizada. “O sensoriamento remoto por satélite e por radar, a microfísica e a modelagem por computação são áreas novas no setor. Por conta disso, há no Brasil poucos especialistas no assunto”, disse Machado.Além do conhecimento sobre a microfísica das nuvens, os dados obtidos em cada sistema serão aplicados no desenvolvimento de algoritmos de um novo satélite brasileiro.Com o lançamento previsto para 2015, o sa-télite irá compor o Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement - GPM, em inglês), liderado pe-las agências espaciais Nasa (Estados Unidos) e Jaxa (Japão), para monitorar a precipitação em todo o mundo em áreas de 25 km2 a cada três horas.

Zona de convergênciaNo fim de 2011, será a vez do Vale do Paraíba, no interior paulista, onde predomina a zona de convergência do Atlântico Sul e são formadas as tempestades locais. Em seguida, o grupo

estudará os complexos convectivos de mesoescala em Foz do Iguaçu. Esse sistema é responsável pela formação de grandes aglomerados de nuvens, que representam 90% da precipitação na região Sul do Brasil.

Depois, os cientistas retornarão ao Norte do país para estudar, em Manaus, os diversos tipos de regimes presen-tes na Amazônia, entre os quais a convecção intensa local e a convecção organizada. De lá, o grupo seguirá para Brasília para pesquisar as chuvas relativas às penetrações de frentes frias, organizadas na parte central do Brasil. Com informações da Agência Fapesp ME

53mercado empresarialmercado empresarial

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meio ambiente

PSegundo Jane Francis, do Colégio de Meio Am-biente da Universidade de Leeds, na Inglaterra (uma instituição de pesquisa intensiva), a Antár-tida, que hoje apresenta uma camada de quatro

quilômetros de gelo, passou a maior parte dos últimos cem milhões de anos como uma região de clima quente e fauna rica.

“Era assim há cerca de 40 milhões de anos. Durante a maior parte da história geológica da Antártida a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que ti-nha um clima quente”, declarou Francis à BBC Mundo. “Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou”, acrescentou.

A cientista afirma ainda que provavelmente o clima mais ameno no passado da Antártida foi causado por elevados índices de dióxido de carbono (CO2) na atmos-fera. “Se continuarmos a emitirmos grandes quantidades de dióxido de carbono, provocando um aquecimento ao planeta, poderemos chegar à mesma situação em que

ANTáRTIDA PODE TER SIDO PARAÍSO TROPICAl

Para pesquisadora britânica, o continente gelado foi um paraíso tropical há cerca de 40 milhões de anos

EmprEsa paranaEnsE constrói

casa Ecológica Em 12 horas

specializada no ramo de casas pré-fabricadas, a construtora paranaense Kürten firmou parceria com um grupo alemão para produção em larga escala no país de edificações em wood frame,

um sistema construtivo que agiliza processos e reduz o impacto ambiental na construção civil. No dia 5/8 último a empresa fez uma demonstração de que é possível cons-truir, em apenas 12 horas, uma residência de 120 metros quadrados, a partir desta tecnologia. A iniciativa fez parte da estratégia de lançamento da rede de franquias Kürten Haus-Systeme Ltda. O empresário Waldemir Kürten ex-plica que este sistema construtivo já vem sendo adotado no país, mas de maneira ainda artesanal e em menor escala. Para popularizar este tipo de construção no país, a Kürten vai investir inicialmente US$ 20 milhões para implantar em Curitiba, uma indústria de casas pré-fabricadas para impulsionar a rede de franquias. O empreendimento vai ocupar área de 100 mil metros quadrados e deve gerar mais de mil empregos diretos. “O que o complexo industrial terá de novo são os equipamentos de tecnologia alemã, que garantem a informatização de todo processo. O resultado é uma maior produtividade, rapidez e qualidade, já que em ambiente industrial não há problemas com questões

climáticas, desvio de materiais e mão de obra não qualificada, algo comum nos canteiros de obra”, expõe Kürten.

Do ponto de vista ambiental, as constru-ções em wood frame contribuem para reduzir a emissão de poluentes, já que quase não há desperdício de materiais e há o emprego de ma-téria prima regional (90% da madeira utilizada na indústria será do Paraná, maior produtor de pinus do país). Único material de construção renovável, a madeira de reflorestamento faz o sequestro de carbono, contribuindo para a

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ção

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meio ambiente

voltariam a aparecer animais e bosques na An-tártida” acrescentou a cientista.

De acordo com cientistas, há 50 milhões de anos havia mais de mil partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera, o que con-tribuiu para o aquecimento do planeta a ponto de derreter todas as camadas de gelo. Nos últi-mos anos a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera apresentou um aumento, passou de 280 ppm registadas na era pré-industrial para 390 ppm no presente, o que aumentou em um grau as temperaturas globais. Os estudiosos afirmam que, continuando com este ritmo de crescimento, de cerca de dois ppm por ano, será necessário muito tempo para que se chegue aos mil ppm. Entretanto, o problema, segundo eles, é que, quando chegarmos aos 500 ppm, já começaremos a observar o derretimento de uma grande parte das calotas de gelo.

“A diferença é que, no passado, o aquecimento ocor-reu devido a causas naturais como vulcões. E ocorreu em um período muito grande de tempo. Os animais e plantas tiveram tempo de se adaptar. O problema com as mudanças climáticas, provocadas principalmente por fatores humanos, é que está acontecendo muito depressa, em comparação ao que poderia ocorrer em um período geológico normal, por isso não vamos ter muitas oportu-nidades para nos adaptar”, explicou Jane Francis.

Alguns céticos afirmam que agora é tarde para evitar o aquecimento global e que devíamos nos concentrar mais na adaptação para as novas condições climáticas. Para Jane Francis, porém, esta é uma postura muito pes-simista. A cientista afirma que deveríamos nos focar em fazer muito mais para evitar o aquecimento global e mais rapidamente. ME

redução do efeito estufa, ao invés de agravá-lo. “Do ponto de vista econômico a popularização deste tipo de construção no país também é um reforço à indústria de reflorestamento nacio-nal”, defende Kürten. Segundo ele, a emissão de CO2 neste tipo de construção pode ser até 80% inferior que as convencionais.

Para o consumidor final o sistema garante uma obra limpa e seca. Com a estrutura de pa-redes, piso e forro saindo prontas da fábrica, é possível erguer a casa em apenas 12 horas. Com o emprego de sistemas de isolamento, as habi-tações apresentam grande conforto térmico e acústico. Os projetos, personalizados de acordo com o cliente, permitem a automatização dos sistemas elétricos, utilização de aquecimento

solar e de fotovoltaico, além de captação de água de chuva para reutilização. A fábrica de wood frame para construção da casa mais sustentável do Brasil começou a ser produzida neste segundo semestre e será a primeira a ser construída no complexo industrial da Kürten.

Um impasse à popularização de novos sistemas cons-trutivos no país é dificuldade de se adequar às exigências brasileiras, para garantir linhas de financiamento de longo prazo. “A introdução de novas tecnologias construtivas é uma necessidade para o país, que tem um déficit de 7 mi-lhões de moradias. Vamos buscar esta homologação, que vai permitir no futuro a todas as classe econômicas investir em uma habitação sustentável”, diz o empresário. ME

KÜRTEN - Empresa paranaense consolidada no ramo cons-trutivo, a Kürten atua desde 1982 no setor de casas pré-fabricadas de madeira, estruturas metálicas e concreto pré-moldado. O foco na construção de residências para as classes C e D levou-a a expandir seus negócios para a América do Sul, Caribe, África e Ásia. A empresa já ultrapassou a expressiva marca de 1,5 milhão de metros quadrados construídos, o equivalente a mais de 35 mil unidades de casas e kits.

A Kürten investe us$ 20 milhões em tecnologia alemã para popularizar no país

as construções em wood frame, que contribuem para redução do efeito estufa

55mercado empresarialmercado empresarial

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C

meio ambiente

DuPont Brasil Produtos Agrícolas acaba de iniciar a edição 2011 de seu programa Mulheres no Campo, centrado na difusão de informações sobre saúde da mulher, plantas medicinais, horta caseira, nutrição e boas práticas agrí-

colas. Lançado como piloto no ano passado e agora oficialmente integrado ao calendário anual de eventos da companhia, o projeto inédito no País vale-se da forte presença feminina tendo em vista

a conscientização do campo para a segurança no trabalho, preservação ambiental e uso de agroquímicos.

De acordo com o gerente global de produtos da DuPont, Donizeti Vilhena, o alvo direto do programa são esposas de agri-

cultores e trabalhadores. “O objetivo é o de que elas desempenhem o papel de multiplicadoras de informação e assim influenciem ações positivas de seus maridos e filhos no tocante às boas práti-cas agrícolas, qualidade de vida e à responsabilidade ambiental”, reforça o executivo.

Vilhena assinala ainda que o conteúdo do programa é transmi-tido de forma descontraída, com apoio de uma revista eletrônica especialmente criada para os encontros, na qual a personagem Ma-ria Vitória passeia por temas diversificados e atraentes às mulheres, incluindo dicas de saúde, alimentação e valorização da mulher.

Mulheres no Campo dá sequência a uma série de ações patro-cinada pela DuPont sob guarda-chuva do programa Segurança e Saúde no Campo, adotado há mais de 10 anos. A expectativa da empresa é atingir o número de 5.200 mulheres participantes este ano, e estar presente em todas as regiões agrícolas do Brasil.

500 mil treinamentosOs programas socioambientais da DuPont, sob ‘guarda-chuva’

da plataforma Segurança e Saúde no Campo, já treinaram para uso correto de agroquímicos quase 500 mil agricultores e profissionais rurais, em cerca de 5 anos. São chamados DuPont Mulheres no Campo, Mundo de Respeito DuPont, DuPont na Universidade, DuPont Natureza, DuPont Acerta, além do DuPont na Escola. O projeto DuPont Acerta, por exemplo, é centrado na obtenção das doses ideais de aplicação de agroquímicos por meio de recursos de agricultura de precisão. Já Mulheres no Campo vale-se da ajuda de esposas e filhas de agricultores para conscientizá-los quanto a práticas sustentáveis. Mundo de Respeito, por sua vez, constitui iniciativa conjunta da companhia e seus distribuidores no sentido de promover o uso correto e seguro de agroquímicos em todas as regiões agrícolas. Fonte: Fator Brasil ME

A

COM MUlHERES NO CAMPO, DUPONT INOVA NA IMPLANTAçãO

DE PROjETOS SOCIOAMBIENTAIS

A lagoa de Algarrobo, maior pis-cina do mundo, é um dos proje-

tos da Crystal Lagoons,do chileno Fernando Fischmann

aviação é responsável pela emissão de 2% de gás carbônico e de 3% de todos os tipos de gases de efeito estufa (GEEs) e poderá triplicar esses núme-

ros até 2050 se nenhuma ação for tomada. O alerta foi dado por Guilherme Freire, diretor de estratégias em meio ambiente e tecnologias da Embraer, em apresentação na primeira BBEST - Conferência Brasileira de Ciência e Tecnologia em Bioenergia (Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference), realizada em agosto último, em Campos do Jordão, interior de São Paulo.

Segundo o executivo, a aviação emitiu 628 milhões de toneladas de gás carbônico em 2010, e as projeções indicam que as emissões chega-rão à casa do 1,2 bilhão ou 1,4 bilhão de tone-lada em 2030, dependendo do cenário de crise ou crescimento econômico. A expansão está relacionada especialmente ao desenvolvimento do setor nos países em desenvolvimento.

“Apesar da elevação das emissões, a aviação evoluiu tecnologicamente para reduzí-las, espe-cialmente no que se refere ao aumento da efici-

BiocoMBustíveis

A

meio ambiente56

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meio ambiente

ência dos combustíveis. Se o desenvolvimento tecnológico tivesse estacionado ao obtido nos anos 1990, o setor estaria emitindo 1 bilhão de toneladas de gás carbônico hoje. A meta global do setor é reduzir em 50% as emissões em 2050, comparado com os números de 2005”, disse.

Freire explicou que o uso de biocombustí-vel não pode requerer mudanças drásticas nos aviões ou nos motores existentes, por questão de custo. “Qualquer alteração substancial na configuração de um avião ou em seu motor gera impactos, principalmente na questão da segurança, o que eleva o preço do avião e pode tornar inviável o uso de biocombustível”, destacou.

Também para não ampliar os custos, é preciso obter biocombustíveis que possam ser misturados ao já utilizado e que não precisem de infraestrutura específica e diferenciada para serem utilizados.

Do ponto de vista técnico, um dos maiores desafios é manter a estabilidade térmica e a boa fluidez nas altas altitudes. Do contrário, pode haver congelamento do combustível nos

tanques. “Ou seja, bioetanol e biodiesel para automóveis não são compatíveis com as demandas requeridas pelo bio-combustível para aviação. É preciso harmonizar, em nível global, os critérios de sustentabilidade”, disse Freire.

Competição pela biomassaEle também afirmou que a diversificação de matérias-

primas para biocombustíveis é uma preocupação. “Não só a aviação precisa ser sustentável, mas outros segmentos da indústria também. A competição pela biomassa entre indústrias é uma questão-chave”, apontou.

Entre as aplicações industriais que levam à competição pelo uso da biomassa, Freire identificou o combustível para automóveis, para aviação, para veículos pesados, como caminhões, e para produção de lubrificantes, produtos da química fina e polímeros.

Será feito a partir do lixoFreire também falou sobre alguns testes já feitos por

companhias aéreas com o uso de biocombustíveis, como o da Continental Airlines, em 2009, que usou alga e jatropha (planta da família Euphorbiaceae) como matéria-prima e uma mistura de 50% desse biocombustível em um dos motores.

Outro exemplo é o da TAM, que em novembro de 2010 usou jatropha e também 50% de mistura em um motor. Um dos últimos testes em voo foi feito em 1º de abril deste ano, pela Interjet, com uma mistura de 27% de biocombustível produzido a partir da jatropha em um motor.

Primeiro biocombustível para aviaçãoO executivo da Embraer citou a ASTM 4054 (Standard

Practice for Qualification and Approval of New Aviation Turbine Fuels and Fuel Additives), iniciativa internacional para certificação do primeiro biocombustível para aviação comercial e que envolve empresas como Boeing, Airbus, Honeywell, Rolls Royce, GE e outras.

Em julho de 2011, a ASTM certificou o primeiro processo para produção de biocombustível, chamado de HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids) - ésteres hidroprocessados e ácidos graxos).

No Brasil, Embraer, Amyris, GE e a empresa aérea Azul participam de um consórcio que está desenvolvendo o processo DSHC (Direct Sugar to Hidrocarbon Process), um dos que devem ser certificados pela ASTM até 2015. Junto com as empresas Amyris e Virent, o processo usa reações catalíticas e fermentação bioquímica feita por organismos geneticamente modificados para produzir as moléculas de hidrocarbonetos para o biocombustí-vel. O produto será testado pela Azul no ano que vem. Fonte: Agência Fapesp ME

podem ser solução para poluição dos aviões

57mercado empresarialmercado empresarial

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TrATAmEnTo dE águA ATrAvéS dA Luz SoLAr

m sistema para tratamento de água que não usa energia elétrica, não emite gás carbônico e retira material que pode poluir o meio ambiente acaba de ser

criado por um estudante de engenharia elétrica da Universidade Federal de Goiás (campus de Jatai), Leonardo Lira, de 20 anos. Segundo a Agência Brasil, com cinco tábuas de compen-sado revestidas de papel-alumínio, Leonardo fez uma caixa sem tampa de aproximadamente 1 metro quadrado com as paredes abertas e inclinadas, uma espécie de concentrador que recebe luz do sol.

No interior da caixa, o estudante depositou quatro garrafas PET transparentes com capaci-dade para 2 litros, cada, onde armazena a água para tratamento por três a seis horas. A água chega a atingir uma temperatura de 70 graus Celsius (30 graus a menos do que a temperatura de fervura), e, aquecida, elimina bactérias, vírus e substâncias que fazem mal à saúde humana.

Para testar o concentrador solar, Leonardo fez três séries de amostras de água de cinco residências que não recebem água encanada e tratada. O líquido foi pré-analisado pela Saneamento de Goiás S/A (companhia de saneamento do estado), que descreveu as impurezas e quantificou em tabela a ocorrência de coliformes fecais e de organismos como o rotavírus. Nos testes, após três horas no concentrador, eles foram eliminados. A água pôde ser bebida depois de esfriar na-turalmente em jarra própria.

“Nosso foco era gastar o mínimo de energia possível sem passar por fervura, e, assim, não precisar de gás e evitar a emissão de poluentes”, comemora o futuro engenheiro que apresentou o seu trabalho na Expotec, a feira de ciência, tecnologia e inovação realizada durante a 63ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia/GO. ME

Utrata-se de um

sistema de baixo custo, que pode ser utilizado por comunidades

carentes sem acesso a saneamento básico

sustentabilidade 59mercado empresarialmercado empresarial

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sustentabilidadesustentabilidade

esenvolver produtos duráveis, eficientes e inovadores para ampliar a participação no mercado e elevar os resultados financeiros com menor impacto ambiental é o caminho da sustentabilidade adotado com sucesso por grandes empresas.

Aprimorar esses programas buscando maior utilização de materiais reciclados, redução de carga tributária e disseminação do conceito sus-tentável em toda a cadeia produtiva e entre os consumidores é o que as companhias querem numa agenda de transição para a nova economia inclusiva, verde e responsável.

“A Natura planeja, em parceria com outras empresas, construir um mercado que não extraia matéria-prima da natureza, mas que crie ciclos fechados de reutilização de recursos”, diz o vice-presidente da companhia, Marcelo Cardoso.

Empresas como a Amanco , uma das líderes mundiais na fabricação de tubos e conexões, que dobrou o seu tamanho em seis anos e registrou vendas líquidas de R$ 758 milhões no ano passado, 16% a mais do que em 2009, atribuem os bons resultados às iniciativas de

desenvolvimento econômico, social e ambiental.“Incentivar o consumo não é pecado, mas tem de oferecer produto

eficiente e tratar os recursos naturais de forma inteligente”, diz Regina Zimmermann, diretora de operações da Mexichem Brasil, grupo detentor da marca Amanco .

No ano passado, o consumo de materiais provenientes de reciclagem nas fábricas da Amanco aumentou 13% na comparação com 2009. A reciclagem interna alcançou 16 mil toneladas. A economia de energia cresceu 21% e de água 19%, mesmo com o aumento de produção.

O produto precisa ter ecoeficiência (produzir mais com menos recursos naturais), ciclo de vida útil elevado e matéria-prima reciclável. Além disso, diz Regina, “os fornecedores também vão precisar de certificações, assim como os colaboradores necessitam de treinamento”.

A Unilever aposta na inovação e eficiência para romper o paradigma de que produto sustentável que tem por trás projetos e investimentos

ambientais é inviável do ponto de vista eco-nômico. “Alguns produtos acabam oferecendo mais economia”, diz Juliana Nunes, diretora de assuntos corporativos da Unilever Brasil.

O Plano de Sustentabilidade da empresa inclui reduzir o uso de matéria-prima nos produtos e contribuir para melhorar a saúde das pessoas, reduzindo a quantidade de açúcar, sódio, gorduras saturadas e gorduras trans.

Expandir os negócios sustentáveis com menor custo é o desafio da BIC Brasil que desde 2008 investe em produtos de papelaria fabricados com até 75% de material reciclado. A empresa também adotou estratégia de logís-ticas sustentáveis para racionalizar as operações de transportes, como elevar o mix de entrega no mesmo lugar e utilizar caminhões de dois andares.

Os produtos acabam custando, em média, 30% a mais do que os convencionais. “Ainda não há conscientização das vantagens de pagar mais por produtos sustentáveis”, diz o diretor de marketing, Emerson Cação. Iniciativas governamentais podem contribuir. Uma delas é a exigência de mercadorias ecologicamente corretas em licitações.

Para elevar as vendas de produtos verdes em 30% em 2012, a Philips investe e inova nesse segmento. Este ano, criou a área de EcoDesign com foco no consumo de energia, peso dos pro-dutos, uso de substâncias tóxicas, reciclagem, descarte final, embalagem e vida útil do produto. “Conseguimos aprovar 40 novos produtos”, comemora o gerente sênior de sustentabilidade, Ricardo Mutuzoc. Fonte: Valor Econômico ME

indúSTriAS PrOcurAM

inovAção E EFiciênciA

A ordem é disseminar o conceito sustentável em toda

a cadeia produtiva

D

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sustentabilidade

R$ 200 MIlHõES PArA PEsQuisAs

EM ENERGIAS RENOVáVEISovernos, empresas públicas e privadas interessadas na explo-ração de energias alternativas poderão usufruir de R$ 200 milhões em linhas de crédito reembolsáveis que o Fundo Clima do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES) destinará para projetos cuja finalidade seja a redução da emissão de gases de efeito estufa. O objetivo é estimular projetos de geração energética mais limpas como a eólica, solar, da biomassa e das ondas do mar.

O fundo deve focar no atendimento a regiões sem energia elétrica, como pequenas cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo o secretário de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Eduardo Assad, o Fundo Clima terá em sua carteira R$ 230 milhões, dos quais R$ 30 milhões são não-reembolsáveis e serão destinados a pesquisas e ao sistema de alerta contra catástrofes naturais. O fundo também vai financiar tecnologias “prontas”, como é o caso dos ônibus movidos a etanol. ME

Rede Nossa São Paulo, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e o Instituto Ethos lançaram, conjuntamente, em 19 de agosto último, a Plataforma Cidades Sustentáveis, uma agenda para a implantação de políticas públicas urbanas sustentáveis cujo objetivo é servir de norte para todos os municípios do país. A Plata-

forma integra o Programa Cidades Sustentáveis, cujo objetivo é sensibilizar e mobilizar os cidadãos e gestores públicos de todos os 5565 municípios brasileiros e oferecer recursos para que essas cidades adotem um modelo de desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável.

A agenda proposta na Plataforma Cidades Sustentáveis é constituída de 12 eixos temáticos que atendem os âmbitos social, ambiental, econômico,

cultural e político. A plataforma também oferece indicadores para orientar a gestão municipal sustentável, casos exemplares e referências nacionais e internacionais. O Programa Cidades Sustentáveis inclui uma campanha de mobilização da socie-dade e de sensibilização dos candidatos às eleições municipais

de 2012, bem como um sistemático processo de acompanhamento dos municípios e prefeitos no decorrer das próximas gestões. ME

EntidAdEs criAM dirEtriZEs dE GESTãO URBANA sustEntávEl

PARA CIDADES BRASIlEIRAS

A

O objetivo é servir de norte a todos os municípios do País

G

61mercado empresarialmercado empresarial

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rEcicLAgEm dE Pvc Pós-cOnsuMO nO BrAsil crEScE 22,3% Em um Ano

ndice de reciclagem de PVC pós-consumo no Brasil passou de 14,5% em 2009 para 15,1% em 2010, de acordo com pesquisa encomendada pelo Instituto do PVC. O volume reciclado foi de 25.302 toneladas frente às 20.693 toneladas no ano anterior, ou seja, um

aumento de 22,3%.A indústria de reciclagem de PVC no Brasil emprega

1.339 pessoas e fatura R$ 133 milhões. Sua capacidade instalada é de 73 mil toneladas e atua com uma ociosidade de 59,1%. Isso mostra claramente o potencial de cresci-mento desta atividade. Entretanto, “este desenvolvimento está atrelado à intensificação de sistemas de coleta seletiva de resíduos pós-consumo”, afirma Miguel Bahiense, pre-sidente do Instituto do PVC. O Brasil tem mais de 5.500 municípios dos quais cerca de 8% apresentam algum tipo de sistema de coleta seletiva.

OrigemA pesquisa mostra também mudanças na origem do

PVC destinado à reciclagem. Em 2009, do total reciclado, 72,9% correspondiam a resíduos pós-consumo e 27,1% industrial, enquanto em 2010, os números encontrados foram 84,5% e 15,5%, respectivamente, comprovando um aumento na quantidade de resíduo pós consumo reciclado, “o que é extremamente positivo”, destaca Bahiense.

O PVC, apesar de estar entre os três plásticos mais

produzidos no mundo, é o que menos aparece no lixo urbano. Em 2010 foram gerados 167 mil toneladas de resíduos de PVC pós-consumo o que corresponde a apenas 5% do total de resíduo plástico gerado no Brasil. Isso ocorre porque 64% do PVC são usados em aplicações de longa duração, com vida útil superior a 15 anos, como tubos e conexões, pisos, esquadrias, janelas, entre outras, muitos dos produtos ul-trapassando os 50 anos de uso.

regiõesAlgumas características regionais da in-

dústria de reciclagem do PVC também foram apuradas. Do total reciclado em 2010, o Sudeste respondeu por 48% da reciclagem, seguido pela região Sul, com 41%, Nordeste com 8% e Norte com 3%. O Centro-Oeste não registrou a presença de recicladores.

O PVC é um plástico diferenciado. A prin-cipal matéria-prima é o cloro obtido do sal marinho (57%), recurso inesgotável na natu-reza. Os 43% restantes são obtidos a partir do eteno, derivado do petróleo. O Brasil já conta com outra fonte de matéria-prima para o PVC. Trata-se do eteno obtido a partir do etanol da cana-de-açúcar. Por ser um dos plásticos mais versáteis no mundo, o PVC está presente também em aplicações de alto valor agregado, como equipamentos para área médica (bolsas, cateteres, sondas), utensílios para indústria au-tomotiva, aplicações para agricultura, etc.

Instituto do PVC - O Instituto do PVC representa a união de todos os segmentos da cadeia produtiva do PVC, desde os fabricantes de matéria-prima até os recicladores. Seu com-promisso é o de orientar as empresas associadas a adotarem posturas socialmente responsáveis, promovendo o crescimento do mercado de PVC e difundindo suas características técnico-científicas, ambientais e de reciclabilidade para a sociedade, sempre adotando posturas éticas. ME

Em 2010, mais de 25 mil to-neladas de Pvc pós-consumo

foram recicladas

Í

sustentabilidade62

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63mercado empresarialmercado empresarial

Page 64: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

uitas vezes o uso inadequado de Portas Automáticas pode deixar cair por terra todas as vantagens técnicas asseguradas pelo fabricante e, inclusive, fazer com que aquele custo mínimo de manutenção se torne volumoso.

Segundo o Engº Leandro Fernandes, Gerente de Produção da Rayflex Portas Flexíveis, o importante é que a indústria visualize uma porta automática como um equipamento que possui partes mecânicas, elétricas e eletrônicas, e não sim-plesmente como apenas uma porta. “Com esse foco, surge a conscientização do uso correto de portas automáticas e também de sua manutenção preventiva, que muitas vezes está numa rápida inspeção que nem interrompe o trabalho”, esclarece o engenheiro.

“Uma porta, guardadas as devidas proporções, pode ser comparada a um carro, por exemplo. Apesar de funções total-mente diferentes, utilizam vários itens em comum e, por isso, precisam manter sua manutenção sempre em dia. Alertas de uso correto e de verificações relativas a uma inspeção preventiva, simples e rápida, pode contribuir para levar a “zero” muitos problemas relatados sobre Portas Automáticas”, complementa o especialista.

Manutenção PreventivaPortas automáticas são fundamentais para o fluxo de ma-

teriais, interna ou externamente na expedição/recebimento. Normalmente, sua existência é totalmente notada quando o equipamento quebra, causando problemas no fluxo das opera-ções. A manutenção periódica é a melhor solução e proporciona às portas automáticas um prolongamento significativo de sua vida útil. “Recomenda-se verificar os itens de desgaste natural (que são poucos, mas existem) e também fazer uma limpeza das partes mecânicas e elétricas. Assim, além de garantir sua performance operacional, ficam reduzidas substancialmente

as paradas não programadas e problemas de-correntes”, afirma o engenheiro.

Ele recomenda:• realizar manutenção preventiva a cada 50

mil ciclos, ou a cada 6 meses, dependendo do tipo de porta e da sua utilização

• portas frigoríficas devem passar por inspeção num período menor que 50 mil ciclos

• verificar e lubrificar rolamentos• lubrificar com mais frequência

componentes de portas usadas nas indústrias metal-mecânica, de cimento e grãos

• check up mensal para verificar abertura / fechamento e vedação

• motores, sensores de segurança, conjunto motorredutor, ferragens, guia e cortina são componentes que devem receber atenção especial

• trocar itens de desgaste natural• não é necessário desmontar a porta para

realizar a manutenção preventiva• reapertar parafusos, lubrificar componentes

e limpar os sensores de segurança periodicamente

ConscientizaçãoAs portas automáticas atendem um mercado

cada dia mais consciente no que se refere ao isolamento e proteção de ambientes que ne-cessitam cuidados com as linhas de produção de alimentos e bebidas, produtos farmacêuti-cos e cosméticos (os principais), de máquinas. Ou seja, necessitam atenção para esterilidade, preservação de temperatura e pressão, isenção

M

PorTAS AuTomáTicAS: dicAS dE uSo E mAnuTEnção

dicas

ALErTAS dE uSo corrETo E inSPEção PrEvEnTivA zErAm oS ProbLEmAS

64

Page 65: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

PorTAS AuTomáTicAS: dicAS dE uSo E mAnuTEnção

de poeiras, insetos, ruídos, raios UV, barreira contra fuligem, entre outros.

Essa conscientização, que ainda é tímida considerando-se as recomendações da Anvisa; o atendimento às normas internacionais para a exportação; e uma maior preocupação com melhores condições ambientais para o país e para seus próprios colaboradores tem levado o mercado a investir na substituição de antigas e pesadas portas de ferro.

As indústrias precisam garantir cada vez mais a integridade dos produtos e têm preocu-pação com a segurança em relação a problemas de contaminação destes, desde os processos de fabricação até a logística de armazenamento e distribuição. No armazenamento, aspectos como isolamento térmico, fechamento para separação de ambientes, entre outros, são fun-

damentais para alguns fabricantes e as portas industriais contribuem para atingir esses objetivos.

Alguns tipos de portas contemplam não apenas a segurança dos produtos armazenados, como também a segurança dos operadores de armazéns e docas. A tecnologia desses equipamentos tem evoluí-do substancialmente e a automação utilizada pelas portas (eletrônica) permite controlar fatores como tempo de abertura para conservação de temperatura ideal (nos casos em que os ambientes são refrigerados), além de pressão do ambiente, ruídos, raios UV etc.

Metalúrgicas, siderúrgicas e a indústria em geral, com ênfase para a automobilística, são outros importantes setores que utilizam portas automáticas rápidas para exercer desde simples tarefas de separar ambientes, até impedir que a fuligem gerada em uma área produtiva contamine a outra. Impedem que o fino papel alumínio fique impreg-nado de pó, prejudicando sua futura aplicação como embalagem de alimento. Hoje, esse tipo de porta já é previsto no projeto construtivo da indústria. ME

Uso corretoApós a instalação correta da porta, externa ou interna, normalmente realizada pela equipe técnica do fabricante, é

interessante fazer um breve treinamento com os usuários, no próprio local ou até mesmo nas instalações do fabricante. Segundo o Engº Leandro Fernandes, alguns tópicos devem ser efetivamente observados:

• usuário deve ter consciência do motivo pelo qual a porta foi instalada• olhar a porta como um benefício e não como uma barreira• não obstruir os sensores da porta• não deixar propositalmente objetos, carrinhos, empilhadeiras sob a porta • ter claro seus benefícios:1. maior segurança para os usuários2. maior controle da temperatura interna3. diminuição da entrada de sujeira, insetos, chuva, tornando o ambiente mais saudável4. redução de ruídos externos e de uma área para outra (conforme a colocação da porta)5. melhoria da qualidade dos itens em produção

dicas

Zeppini, empresa que comercializa tubos de PEAD (Po-lietileno de Alta Densidade) para o transporte de gases ou água, fornece dicas para a instalação dos mesmos. Confira:

1. Prepare um layout que favoreça a instalação e o desempenho dos equipamentos.2. Abra a cava que receberá a tubulação, assegurando que o leito esteja limpo, eliminando-se todos os elementos estranhos que possam eventualmente perfurar o tubo.

COMO INSTAlAR TUBOS DE PEAD

A

3. Na preparação da cava, observe os seguintes pa-râmetros de distância:*Distância mínima entre a tubulação e a parede da cava = no mínimo 1 x o diâmetro do tubo.* Distância entre tubulações numa mesma cava = no mínimo 1 x o maior diâmetro dos tubos.* Separação vertical se necessário = no mínimo 1 x o maior diâmetro dos tubos.4. Após a limpeza, promova a compactação do fundo do leito. De pos i t e uma camada de 10 cen t íme -tros de areia grossa ou pedrisco observando o t a m a n h o m á x i m o d e 8 m m . C o m p a c t e mecânica ou hidraulicamente.5. Estenda as linhas e inicie o preenchimento de forma manual até que se atinja a altura de pelo menos 1/4 do diâmetro do tubo.6. Este proced imento v i sa g arant i r que o recobrimento atingiu toda a parte inferior do tubo consistentemente.7. Após o limite acima determinado, a cava pode ser preenchida com solo local

65mercado empresarialmercado empresarial

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67mercado empresarialmercado empresarial

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PhAmA comErciALsinônimo de credibilidade no comércio de materiais elétricos e eletrônicos

oco na qualidade. Esta é a principal razão da Phama Comercial ser considerada sinônimo de credibilidade na comercialização de mate-riais elétricos de Alta, Baixa e Média Tensão, eletrônicos, ferragens e ferramentas para indústrias e residências.

Instalada na cidade de São Paulo, desde sua fundação, em 1993, a empresa tem primado pela escolha de fabricantes de equipamentos e materiais com alto reconhecimento e padrão de qualidade, priorizando pela qualificação de seus funcionários, mão-de-obra constantemente atualizada em relação ao que há de mais avançado e tecnológico no segmento. Reconhecendo e valorizando seus clientes, é realmente uma história de sucesso!

“Com objetivos bem definidos e uma administração de resultados, procuramos garantir aos nossos clientes e parceiros comerciais o que há de melhor no mercado, inclusive, investindo em estoques estratégicos para atendimento imediato.”, afirma Valter Oliveira Silva, Sócio-Diretor da empresa.

Rapidez, segurança e economia A Phama Comercial é prova de que o esforço na busca da qualidade

total não faltou: preocupada em atender clientes e fornecedores da forma possível, a empresa desenvolveu sua área de logística de maneira a otimizar seus serviços, garantindo rapidez, segurança e economia. Profissionais altamente competentes e treinados nas mais modernas tecnologias; fro-ta própria de veículos, o que agiliza o processo de entrega e retirada de mercadorias; estoques estratégicos de produtos de primeira necessidade. Esse conjunto de recursos faz a diferença na hora de atender urgências

em qualquer obra em todo o Brasil.Garantindo a qualidade total do processo de

comercialização, a empresa preocupou-se tam-bém em criar o Departamento de Montagem, com profissionais contratados especialmente para montagem de quadros e painéis, luminárias e demais produtos.

A escolha dos fabricantes de reconhecido padrão de qualidade e alta tecnologia foi outra preocupação da direção da Phama, que tem como parceiros marcas tradicionais e consolida-das no mercado, como Ace Schmersal, Ancora, Aureon, Beghelli, Blinda, Bussmann, Cemar, Coel, Conex, Conexel, Daisa, Dutoplast, Eaton, Fame, Nexas Ficap, Fischer, GE, Hellermann Tyton, Crimper, Intelli, Intral, IPCE, Keiko, Margirius, Lombard, Lorenzetti, Magnet, Melf, Osram, Paratec, Prysmian (Pirelli), Phillips, Perfiluz, Prime, RCG, Pial Legrand, Sadokin, Schneider Electric, Siemens, Sindal, S.P.T.F., Steck, Sylvania, Taunus, Thomeu, Tigre, 3M, Weg e Wetzel.

A Phama Comercial atende todo o território nacional.

F

qualidade

FirE mATEriAiS ELéTricoSAtendimento Personalizado e Tecnologia de Ponta

om sede em Salvador (BA), à Rua Barão de Cotegipe, 124 - Calçada, a Fire Comércio de Materiais Elétricos firmou-se num mercado altamente competitivo como empresa séria e competente na distribuição de materiais elétricos de baixa e média tensão, eletrônicos, hidráulicos, ferragens e ferramentas. O atendimento personalizado a arquitetos, engenheiros, eletricistas, montadores, instaladores, no setor da construção civil, aliado à tecnologia de ponta de seus

parceiros comerciais tem sido a marca da empresa e razão da fidelização de seus clientes em todo o território nacional.

Produtos e serviços A empresa oferece ao mercado produtos para aterramento e proteção, automação industrial, comando e sinalização,

eletroferragens, eletrocalhas e perfilados, eletrodutos e conexões, fios & cabos, quadros e caixas, iluminação, instrumentação, isolação e materiais hidráulicos. E possui equipes técnicas altamente capacitadas para prestar os serviços em consertos e manutenção de inversores de frequência, módulos de potência, placas de controle e comando, módulos de frenagens, CLPs, Softart , IHMs e painel View.

C

68

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FirE PAinéiSQualificada Para Atender as Normas mais Exigentes e Projetos Personalizados

qualidade

Tech Tron nasceu da inspiração de profissionais com vasta experiência na comercialização de materiais elétricos de Alta, Baixa e Média tensão, materiais para instalações hidráulicas, eletro-ferragens e ferramentaria. Tendo como meta ser um diferencial no fornecimento para indústrias, empresas de engenharia, instaladores e montadores em geral, a Tech Tron cercou-se de marcas tradicionais e consolidadas, o que garante qualidade nos produtos comercializados.

Complementando esse diferencial com preços competitivos, estoques estratégicos e entregas em todo o País.

Produtos e serviçosEntre os produtos que a Tech Tron oferece estão: aterramento e proteção, automação industrial, sinalização e comando,

eletroferragens, eletrocalhos e perfilados, eletrodutos e conexões, ferramentas, fios & cabos, iluminação, instrumentação, isolação e hidráulica.

A empresa também é referência de qualidade nos serviços de mão de obra especializada em montagens de quadros e painéis de comando.

Com uma equipe muito bem capacitada, a empresa oferece, ainda, um serviço de pós-venda de qualidade. A Tech Tron está instalada na capital paulista, à Av. Do Estado, 1701 - Ponte Pequena.

TEch Tron comErciALMarcas tradicionais e Estoques Estratégicos

A

stabelecida na cidade de Salvador, Bahia, a Fire Painéis atende a todo o território nacional fabricando e comer-cializando painéis elétricos de baixa e

média tensão, além de serviços de montagens e instalações. Somando experiência e um grande número de parcerias no Estado, a empresa conta com um sistema de alta tecnologia que propor-ciona facilidades e agilidade em suas operações. Além disso, é qualificada para atender as mais exigentes normas de qualidade do segmento.

A qualidade de seus produtos e serviços conquistou clientes como Cinzel Engenharia, Ferbasa, Construtora Lucaia, Linux Instaladora, MRM Construtora, GDK S/A, Ralftech, Sonan-gol (Angola), MFP Construtora, Serrana, Ford, Recordar Serviços, Pedreiras Carangi, Hiper Ideal, Petrobrás, Pojuca S/A, Beni Engenharia, E3Master, Engetech, IBSM - Indústria de Be-bidas São Miguel, BSM Construção, Qualieng, Macedo Engenharia, RDM – Rio Doce Manganês, Construtora Gabarito, Rima Insta-ladora, Tel Telemática, Wall Mart.

Sua equipe de vendas tem o conhecimento suficiente para sanar dúvidas do dia-a-dia. Em

casos específicos que requeiram um acompanhamento in loco, num desenvolvimento ou automação, a Fire Painéis dispõe de engenheiros e técnicos treinados pelos fabricantes que estão aptos a dar o mesmo suporte técnico.

Montagens elétricas e instalação O setor de montagens da Fire Painéis é altamente capacitado para

desenvolver Painéis Elétricos, Cubículos de Média Tensão, CCM, Grupo Gerador, Quadros de Distribuição, de Comando e Automação Quadros.

Além disso, a empresa oferece também o desenvolvimento de pro-jetos, correção de fator de potência, instalações, startup dos painéis e programação de CLP´s – serviços sempre solicitados por Departamentos de Manutenção e de Engenharia dos clientes, devido à vasta experiência de seus profissionais, liderados por engenheiros capacitados para realizar exatamente o que foi acordado.

logística e transporteA empresa conta, ainda, com uma equipe de pós-venda, que acom-

panha todas as etapas após o fechamento do pedido, como separação e/ou montagem, conferência, testes, embalagem e logística de entrega, visando maior precisão e agilidade e garantir a satisfação do cliente. Sua frota própria faz o transporte para os diversos pontos do país, agilizando as entregas e solucionando com rapidez os casos de urgência.

E

69mercado empresarialmercado empresarial

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N

origAmiinduSTriAL FAz

cAiXA dE AçoToTALmEnTE

dobrávEL

ova Lei que traz mais proteção aos empresários responsáveis permite a abertura de empre-sas sem o comprometimento do patrimônio pessoal do sócio. Sancionada pela presidenta

Dilma Rousseff, em julho último, a Lei nº 12.441/2011 – cria a figura do empresário individual de responsabilidade limitada (EIRELI).

Com a nova modalidade, além de não precisar de só-cio, os empresários contam com a separação patrimonial entre a Pessoa Física e a Pessoa Jurídica da empresa. Dessa forma, para abrir um negócio individual será preciso um capital mínimo de pelo menos 100 salários mínimos, o que representa o montante de R$ 54,5 mil.

A condição, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessora-mento do Distrito Federal (Sescon-DF), Cláudio Jú-

nior, servirá de proteção para credores.“Neste primeiro momento deverá ocorrer apenas uma

transformação no tipo de empresa, com objetivos claros de proteção patrimonial, sem reflexos algum na arrecada-ção tributária, isto porque a taxação que incidiria sobre os antigos sócios passará a incidir apenas sobre o titular

Nova Lei protegerá empresários que fazem bom uso da empresa, sem a obrigatoriedade da figura do sócio

de EIRELI. Será também uma oportunidade de evitar fraudes em sociedades que tinham sócios fictícios, mas ainda não temos como mensurar, quais os reais reflexos que acarreta-rão”, explica.

A legislação brasileira sempre exigiu a existência de um minimo de dois sócios para a formação de uma sociedade limitada. Para fugir do comprometimento do patrimônio pessoal e familiar, muitas vezes as sociedades possuíam sócios figurativos com parcelas míni-mas de capital. Neste novo modelo esta figura some em definitivo, pois o titular da empresa individual poderá criar a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e comprometer financeiramente somente a parcela de capital que destinar à sua formação.

Em um país em que a economia informal é o dobro dos 6 milhões de empresas formalmente registradas, os empresários acreditam que a Lei chegou em boa hora. “Com o EIRELI será per-mitido que os empresários constituam empresas individuais sem colocar em risco o próprio pa-trimônio, mas apenas o do empreendimento”, aponta Cláudio Junior. ME

legislação

SEPArAção PATrimoniAL é nOvA ArMA doS EmPrESárioS

70

Page 71: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

s tribunais do país, que desde 2008 aguardam uma definição do Supre-mo Tribunal Federal (STF) sobre a

exclusão do ICMS da base de cálculo da Con-tribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), voltaram a julgar o tema. As ações sobre o assunto estavam suspensas em todo país por determinação da própria Corte. No entanto, como o Supremo não renovou essa determinação - o prazo expirou em outubro de 2010 -, a primeira instância e os tribunais volta-ram a analisar a questão. Na maioria dos casos, o resultado tem sido contrário aos contribuintes, pois o Judiciário tem aplicado a jurispru-dência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesse sentido.

O processo que decidirá a questão no Su-premo é a ação declaratória de constituciona-lidade (ADC) nº 18, proposta pela União em 2007. Pela ação pede-se o reconhecimento da constitucionalidade da inclusão do ICMS nesse cálculo. Na prática, excluir o imposto estadual do cálculo da Cofins - que incide sobre a re-ceita bruta das empresas - significa recolher menos contribuição e, portanto, ter resultados melhores. Por isso, a discussão é acompanhada com expectativa tanto por empresas quanto pelo Fisco. Se a União perdesse a disputa, por exemplo, teria que devolver aos contribuintes cerca de R$ 84,4 bilhões pelo período de 2003 a 2008 - conforme cálculo da Receita Federal presente na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011.

Segundo o advogado Fábio Martins de An-drade, do escritório Andrade Advogados Asso-ciados, que representa a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) como “amicus curiae”

legislação

(amigo da Corte) na ADC 18, a maior parte dos tribunais voltou a julgar o assunto sem analisar os argumentos constitucionais da discussão, que ainda serão analisados pelo Supremo. Portanto, o que vem sendo aplicado é a súmula do STJ que reconhece a legalidade da inclusão do imposto no cálculo da contribuição. Para ele, ao adotar a posição do STJ, o Poder Judiciário está contribuindo para multiplicar sem necessidade o número de recursos relativos aos processos que já tramitam sobre o tema.

O advogado Sérgio Presta, sócio do Azevedo Rios, Camargo Seragini e Presta Advogados, afirma que um dos argumentos dos contribuintes é o de que as empresas são apenas agentes arrecadadores do ICMS, pois quem paga

é o consumidor final. Nesse sentido, o imposto não poderia fazer parte do faturamento das companhias. A Cofins incide sobre a receita bruta das empresas - resultado da venda de mer-cadorias e serviços. Sobre a venda de

mercadorias há a incidência do ICMS. Por isso, no cálculo da Cofins está embutido o imposto.

Segundo ele, enquanto não há uma definição do Su-premo sobre a disputa, muitas empresas têm registrado em planilha o quanto teriam a receber de devolução para cobrar posteriormente numa possível vitória. Uma minoria não estaria pagando essa diferença e excluindo da DCTF (declaração de débitos e créditos tributários) o valor - sob o risco de serem autuadas posteriormente pela Receita. E parte de quem discute na Justiça estaria fazendo depósito judicial. O advogado Marcos Matsunaga, sócio do escritó-rio Frignani e Andrade Advogados Associados, diz que a maioria das empresas não conseguiu liminares para excluir o ICMS do cálculo da Cofins. Por esse motivo, ele acredita que poucas têm excluído o imposto do cálculo, sem uma proteção judicial.

Segundo Fábio Martins de Andrade, a perspectiva era de que o Supremo retomasse o tema em agosto último. Mas ele acredita que a discussão ficará para o fim do ano em ra-zão da aposentadoria da ministra Ellen Gracie e da licença médica do ministro Joaquim Barbosa. Fonte: Valor ME

TribunAiS voLTAm A juLgAr coFinS

Maior parte dos tribunais não está analisando os argumentos

constitucionais

O

71mercado empresarialmercado empresarial

Page 72: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

legislação

govErno ProrrogA rEdução dE iPi PArA mATEriAiS dE conSTrução

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre materiais de construção acaba de ser pror-rogado pelo Governo Federal por mais 12 meses. Entre os produtos com redução de IPI estão o

cimento comum, tintas, vernizes, argamassas, além de pias, lavatórios, dobradiças, grades e redes de aço, banheiras e boxes para chuveiro, entre outros.

No final de 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, havia anunciado a prorrogação da redução do IPI para materiais de construção para até o dia 31 de dezembro de 2011. A princípio, a desoneração estava prevista para acabar no dia 31 de dezembro de 2010.

O aquecimento do setor de construção civil tem con-tribuído para o avanço de outros setores da economia, como o mercado brasileiro de tintas e ver-nizes, que deverá crescer até 7% em 2011, segundo previsões da

Abrafati – Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas.

Esse crescimento foi percebido pela Me-talgráfica Trivisan, empresa paranaense que fabrica latas de tintas. O número de clientes atendidos dobrou no último ano. “Um segmen-to do mercado que tem tradicionalmente uma importância acentuada no segmento de tintas é o da construção civil, diretamente ligado a área imobiliária, geralmente com participações superiores a 60%”, conta Clésio Woehl, diretor da empresa.Os setores que impulsionaram o crescimento da venda de tintas no país foram o industrial, com 11% de aumento no consumo, o da construção civil, com aumento de 10%, e o automotivo, com aumento de 9% na venda de tintas originais e para repintura de veículos. ME

O benefício vai até o fim de 2012

O

72

Page 73: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

legislação

pós a der rubada do veto to-tal do Executivo em 02/8 últi-mo, foi promulgada, pelo presi-dente da Assembleia Legislativa

do Rio de Janeiro, deputado estadual Paulo Melo (PMDB), a lei 6.016/11 que obriga a Cehab (Cia. Estadual de Habitação do Rio de

Janeiro) a usar telhados brancos em seus empreendimentos residenciais. O autor da nova lei, deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), argumenta que a medida permitirá a compensação de 10

toneladas de CO2 a cada 100 m². O deputado sustenta que cerca de 25% das

cidades é composta por telhados e que os telha-dos escuros refletem apenas 20% da luz solar que recebem. Segundo ele, uma pesquisa da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), teria revelado que se 70% dos telhados fossem pintados de branco, a compensação ambiental gerada seria equivalente à retirada de circulação de 600 milhões de carros por um período de 18 anos. “O projeto representa economia de energia, pois com a reflexão de luz se reduz a necessidade de consumo de energia”, afirmou o parlamentar. ME

hAbiTAçÕES dA cEhAb TErão, obrigAToriAmEnTE,

TELhAdoS brAncoS

AO objetivo é reduzir a

absorção de calor

73mercado empresarialmercado empresarial

Page 74: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

Pesquisadores da Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

descobriram e depositaram pedido de patente de um composto que dissolve praticamente qualquer ma-

terial orgânico ou inorgânico. O agente resolve um problema antigo ao ser capaz de dissolver sem alterar a composição química da

substância. A dissolução é um passo essencial para a análise de amostras, usada para avaliações de controle de qualidade ou da presença de com-ponentes inorgânicos ou orgânicos, tóxicos ou não.

Os autores da descoberta são os professores Claudio Luis Donnici e José Bento Borba da Silva, do Departamento de Química da UFMG.

A substância, registrada com a marca Universol, está pronta para ser aplicada e ter sua tecnologia transferida a em-presas que desejem produzir e comercializar o produto em larga escala.

Segundo Donnici, o Universol é útil, por exemplo, para mostrar se um cosmético ou um alimento contém metal pesado, ou se a casca de uma árvore a ser utilizada para produzir um medicamento está contaminada com metais ou substâncias tóxicas. “Ele tam-bém dissolve rapidamente carnes, unha, cabelo, pele, sementes, cereais ou qualquer outra matéria orgânica”, comenta o professor. Ele explica que o composto é um agente solubilizante simples, eficiente e reprodutível, que dissolve praticamente qualquer tipo de amostra em um tempo que varia de um a 30 minutos. “Por isso pode ser considerado um agente solubilizante praticamente universal”.

Outra vantagem do solvente é promover a solubilização à temperatura ambiente e, em quase todos os casos, sem necessidade de uso de métodos adicionais, como ultrassom e micro-ondas. “Apesar do seu enorme poder solubilizante, o Universol é um reagente seguro, que pode ser manipulado sem complicações em qualquer laboratório e com a utilização de frascos de vidro ou de plástico (tipo eppendorf) comuns”, informa.

Solubilização rápidaClaudio Donnici ressalta que outros agentes conhecidos de solubiliza-

ção demoram cerca de 12 horas para dissolver, por exemplo, amostras de unhas ou de fios de cabelo, enquanto o Universol realiza essa solubilização em cerca de 30 minutos.

“Com o desenvolvimento desse método, mais simples e adequado para preparação de amostras, evitam-se dissoluções ácidas, extra-ções e outras dificuldades para o uso de técnicas espectrométricas de análise química, tornando-o mais viável para análises de grande quantidade de qualquer tipo de amostras para avaliação da sua composição química, especialmente quanto aos componentes inorgânicos”, explica.

A equipe realizou testes com diversos ma-teriais e demonstrou a eficácia do agente em alimentos, desde bebidas a cereais a sementes;

em qualquer tecido animal ou vegetal; amostras minerais e inorgânicas ou bioló-gicas, a exemplo de cogumelos, insetos e microrganismos, bem como em resíduos biológicos e materiais petroquímicos da área de cosméticos, o que possibilitou a realização de testes cromatográficos e espectrométricos, para análises das mais

diversas.“O grande trabalho foi mostrar o escopo e a

confiabilidade da técnica para os mais variados tipos de amostra”, informa Donnici.

brASiLEiroS criAm SoLvEnTE quE diSSoLvE PrATicAmEnTE quALquEr coiSA

A substância, registrada com a marca Universol,

está pronta para ser aplicada

O solvente universal está pronto para ser aplicado e ter sua tecnologia transferida a

empresas que desejem produzir e comercia-lizar o produto em larga escala.

tecnologia

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Page 75: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

brASiLEiroS criAm SoLvEnTE quE diSSoLvE PrATicAmEnTE quALquEr coiSA

tecnologia

simplicidade impressionaDonnici conta que os estudos foram pa-

trocinados por um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), cujo objetivo era consolidar estudos ambientais avançados. “A intenção era estabelecer novas tecnologias científicas e computacionais para o monitoramento ambiental e análise de po-luentes. Dentre as várias descobertas realizadas nesses anos de pesquisas, destacamos o desen-volvimento do Universol”, comenta. “O pro-blema preliminar de análise química orgânica ou inorgânica dos mais diversos materiais é obter a total dissolução das amostras, com a formação de soluções homogêneas, de modo a não alterar sua composição química”, esclarece.

Donnici revela que a equipe ficou im-pressionada com o que descobriu, uma vez que a composição é relativamente simples e barata, “de alta eficiência e rapidez e de escopo e aplicabilidade enormes”. Com informações da UFMG ME

FÓRMUlA 1 EléTRICO? quEm SAbE...

egundo informações da New Scientist, o sucesso do sistema de re-cuperação de energia KERS está levando os executivos da Fórmula 1 a especularem sobre um carro F1 totalmente elétrico. Nick Fry, chefe da equipe Mercedes e que liderou a equipe Brawn durante

a conquista do campeonato mundial da categoria em 2009, chegou a afirmar que “nós, definitivamente, teremos um F1 elétrico um dia”.

A ideia de Fry é começar a introduzir o carro elétrico em paralelo aos Fórmula 1 tradicionais, “como aconteceu com a versão elétrica das corridas de motocicleta, que ocorrem paralelamente com a categoria TT. No início todo o mundo viu a TT elétrica como uma espécie de piada, mas agora to-dos a estão levando muito a sério”.

O grande catalisador dessa mudança é o sistema KERS: Kinetic Energy Recovery System, sistema de recuperação de energia cinética, que pode funcionar com base em baterias ou em rodas voadoras. Trata-se de um sistema formado por um híbrido motor/gerador ligado ao eixo principal do motor e um conjunto de baterias de íons de lítio, instalado junto ao assoalho do carro. Quando o piloto aciona os freios, o gerador conver-te a energia cinética em eletricidade para carregar as baterias. Quando precisa de uma energia extra, o mecanismo se inverte e a energia das baterias gira o motor/gerador, dando uma força extra diretamente ao eixo do motor.

Na atual temporada de Fórmula 1, o piloto pode usar o sistema du-rante 6,6 segundos, o que lhe dá um impulso extra de 60 kilowatts - 80 HPs, para os ainda ligados nos motores a combustão.

corridas, laboratórios para as fábricasComo as corridas sempre foram um laboratório para as fábricas, os

sistemas de recuperação cinética já chegaram à indústria de carros de rua, nos chamados veículos híbridos. E poderão fazer muito mais pelos carros elétricos. “Então, imagine [os benefícios de] uma competição de carros projetada inteiramente ao torno de veículos elétricos,” disse Fry.

Apesar de que algumas falhas nos sistemas KERS já tenham prejudi-cado alguns pilotos, ele funciona melhor do que os projetistas esperavam. Mas os benefícios do KERS já foram além da indústria automobilística: até um pé artificial já utiliza o sistema KERS para auxiliar o movimento das pessoas que recebem a prótese. ME

O sistema KERS pode ser o grande responsável por

essa conquista

S

[Imagem: ATT Williams/Divulgação]

75mercado empresarialmercado empresarial

Page 76: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

egundo o último balanço divulgado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o prejuízo médio causado pelas ligações irregulares na rede de energia (os chamados “gatos” de luz) no Brasil

é de R$ 8,1 bilhões por ano. O total leva em consideração o custo da energia e os impostos que deixam de ser arre-cadados. As ligações clandestinas constituem um grave problema, pois além de gerar prejuízos financeiros, que acabam sendo repassados ao consumidor com aumento nas tarifas, também ocasionam acidentes na rede elétri-ca, causando incêndios, choques e explosões, além de interromper o fornecimento de unidades consumidoras. Como o furto de energia elétrica no País tem sido cada vez maior, o combate às ligações clandestinas na rede de energia é, atualmente, uma das principais prioridades das distribuidoras, que buscam ferramentas e medidas capazes de solucionar o problema.

A KRJ, tradicional fornecedora de conectores elétricos com atuação em todo o País, disponibiliza para as conces-sionárias uma solução que dificulta o acesso de terceiros a desvios de energia na rede, evitando assim a ocorrência dos indesejáveis “gatos”, com resultados já apresentados no Grupo Energisa Paraíba e Sergipe e Neoenergia Coelba. A aplicação do conector perfurante isolado de 2 a 4 saídas, modelo KATRO e mais a blindagem das redes secundárias, dispensam a aplicação de outros acessórios e registram índi-

Sces de redução no combate a perdas comerciais que variam de 32 a 48%.

De acordo com Roberto Karam, diretor comercial da KRJ, o conjunto estrutural do modelo Katro permite excelente dissipação térmica em regime crítico de carga, associada a uma estável conexão elétrica ao longo da vida do conector. Com quatro saídas por fase para derivações de ramais de ligação (a consumidores residenciais, comercias ou I.P.) os conectores Katro possuem derivações trabalhando com conceito mola nas conexões individuais. Se-gundo Karam, os conectores Katro apresentam ainda vantagens ergonômicas e técnicas para o usuário. “Os conecto-res são extremamente confiáveis em termos de estabilidade da temperatura e resis-tência elétrica ao longo do tempo em que se encontrem li-gados à rede elétrica”, ressalta. ME

Krj criA SoLução PArA combATEr dESvioS dE EnErgiA nA rEdE ELéTricA

tecnologia76

Page 77: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

ormalmente, os motores elétricos são construídos com materiais duros, rígidos e densos, como aço, cobre e alumínio. Como há motores elétricos

nos mais diversos lugares, de automóveis e aviões até brinquedos e escovas de dentes, os engenheiros começam a procurar soluções para a construção de motores mais leves e não tão rígidos.

O Dr. Iain Anderson, do Laboratório de Biomimética da Universidade de Auckland, na Austrália, acredita que há muitas vantagens na construção desses “motores macios”.

“Motores alternativos construídos com materiais macios e de baixa densidade poderão ser usados em dispositivos manipuladores para microcirurgias e em equipamentos robóticos flexíveis e, podem também, abrir novas opor-tunidades de design para a criação de motores que sejam mais simples, mais baratos, moldáveis e flexíveis,” afirma o pesquisador, que acaba de demonstrar suas ideias na forma de motores elétricos cujas rígidas bobinas de cobre são substituídas por músculos artificiais, feitos de

polímeros flexíveis.Os motores flexíveis não são simplesmen-

te rotativos: eles apresentam uma gama muito mais variada de movimentos, sem depender dos tradicionais rolamentos e bobinas. O elemento central dos motores flexíveis são os músculos artificiais, fabricados com um elastômero dielétrico - essencialmente uma membrana plástica com eletrodos esticáveis nas suas superfícies livres.

NMotores alternativos deverão possibilitar muitas inovações

tecnologia

Quando uma tensão é aplicada, as cargas elétricas que se acumulam nos ele-trodos produzem forças eletrostáticas que deformam o músculo artificial. Cargas de polaridades opostas fazem os eletrodos se atraírem, comprimindo o elastômero. Cargas opostas expandem o músculo ar-tificial. Quando a carga é retirada, o material volta ao seu estado original. A combinação desses movimentos permite a criação de motores para uma grande gama de funções e aplicações.

controle do eixoUm dos modelos desenvolvidos pelo pesquisador con-

verte um movimento vertical em movimento rotativo. Se a aplicação permitir o uso de engrenagens, o motor resultante pode ter apenas seis peças. Mas é possível dispensar total-mente as engrenagens e rolamentos, construindo um motor totalmente flexível, um pouco mais complicado. “Em suma, nós desenvolvemos um motor de músculos artificiais sem rolamentos, com diferentes modos de atuação, com um grande gama de movimentos,” conclui o pesquisador.

Um complicador dos motores flexíveis é que o sistema de inversão de cargas e desligamento da carga que controla os músculos artificiais exige que se saiba, a cada momento, a posição exata do eixo. Para isso, os pesquisadores estão agora desenvolvendo um sistema de sensores capaz de monitorar a posição do eixo a cada instante. As informa-ções dos sensores serão usadas como entradas no sistema de controle elétrico, automatizando a operação do motor flexível. Fonte: Inovação Tecnológica ME

MúsculOs ArtiFiciAis criAM MOtOrEs ElétricOs MAciOs E FlExívEis

Os motores flexíveis não são simplesmente rotativos: eles apresentam uma gama muito mais variada de movimentos,

sem depender dos tradicionais rolamentos e bobinas.

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Page 78: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

pesquisa

O

A iniciativa visa estimular a inovação tecnológica no país

gruPo dE TrAbALho criArá A EmbrAPA dA indúSTriA

Diário Oficial da União de 5/8 último publicou a Portaria 593, instituindo o grupo de trabalho (GT) para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que está sendo

chamada de “Embrapa da Indústria.” O grupo vai subsi-diar a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na constituição da estatal.

A iniciativa visa estimular a inovação tecnológica no país, considerada “instrumento fundamental para o desenvol-vimento sustentável, o crescimento econômico e social, a

geração de emprego e renda e a de-mocratização de oportunidades”.

Outra justificativa do governo a criação da Embrapii é a “necessidade de maior articulação institucional en-

tre os setores público e privado, de modo a complementar a atuação das agências de fomento existentes e as ações em curso, com vistas a uma maior colaboração na promoção à inovação”.

O GT-Embrapii será integrado por membros da Se-cretaria de Desenvolvimento Tecnológico e da Inovação (Setec/MCTI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), do Serviço Nacional de Indústria (Senai), do Ins-tituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Os representantes titulares e seus suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades representados e desig-nados em ato próprio pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação. O GT será presidido pelo representante da Setec, e a vice-presidência ficará a cargo da CNI. Competirá à Finep exercer a secretaria executiva do grupo.

Projeto de inovação

Os trabalhos da equipe serão realizados por meio do Projeto Piloto de Aliança Estratégica Pública e Privada, tendo como um dos objetivos fomentar projetos de cooperação envolvendo empresas nacionais, instituições científicas e tecnológicas e instituições de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa e desenvolvimento, com vistas a gera-ção de produtos e processos inovadores.

A portaria elenca ainda, entre os objetivos do GT, o desafio de propor aperfeiçoamento aos marcos normativos do setor, a partir da identificação dos problemas decorrentes do projeto piloto para “a definição de um modelo de governança que articule mecanismos parti-cularmente ágeis, transparentes e flexíveis, em consonância com a necessidade de atendimento das crescentes demandas empresariais na área de inovação”.

Como parte das diretrizes a serem obser-vadas pelo grupo, está a predominância do setor privado na gestão da empresa, segundo as melhores práticas de governança corporativa do mercado; a forma de participação pluripartite no financiamento do sistema; e a articulação com instituições tecnológicas já existentes e com experiência no atendimento de demandas empresariais, viabilizando a plena execução do papel de conectores entre a comunidade cien-tífica e tecnológica e empresas.

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Page 79: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

pesquisa

institutos tecnológicos

O secretário de Desenvolvimento Tecno-lógico e Inovação do MCTI, Ronaldo Mota, destaca a importância da iniciativa para explorar a capilaridade dos institutos tecnológicos em suas interações diretas com as empresas nas áreas selecionadas. “Em geral, esses institutos poderão com máxima flexibilidade responder às demandas, minimizando burocracia e maxi-mizando eficiência”, enfatiza.

O custeio das interações com as empresas será distribuído entre a Embrapii, o instituto associado e a empresa demandante. “Os ins-titutos deverão se relacionar com a empresa via um acordo de colaboração, que deverá estipular metas, cronogramas e garantias de qualidades. Todos esses, elementos auditáveis”, acrescenta.

Ronaldo Mota esclarece ainda que do pro-cesso de acompanhamento e auditoria partici-parão organizações independentes e mesmo instituições internacionais parceiras, tais como o Instituto Fraunhofer, da Alemanha.

Um piloto, por meio da Finep, com três ins-titutos tecnológicos (IPT, Senai-BA e INT) ser-virá para ajudar a definir com mais propriedade a figura jurídica final da Embrapii. Na próxima etapa, novos institutos serão credenciados em áreas específicas de atuação. ME

DESCOMPASSO EnTrE A ciênciA brASiLEirA E o rEgiSTro dE PATEnTES

esmo com o crescente estímulo à inovação, o descompasso entre a produção científica brasileira e o de registro de patentes ainda é grande. O Brasil ocupa hoje

a 13º posição com a publicação de 26 mil artigos publicados em 2008. Entretanto, o número de patentes, no mesmo período para os residentes no Brasil foi de 529.

Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disponí-veis no relatório Unesco sobre Ciência 2010 indicam que a maioria das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é realizada por instituições acadêmicas. Na publicação, o capítulo sobre o Brasil desta-ca também que a maioria dos pesquisadores do país ocupa cargos acadêmicos em tem-po integral e está afastada da indústria. Um dos resultados é o baixo número de patentes oriundas da indústria no país e as relações frágeis entre as ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia) e o setor privado.

No relatório, os pesquisadores Carlos Henrique Brito e Hernan Chaimovich comparam o número de patentes de utilidades de produtos brasileiros obtidas pelo Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos (USPTO) em 2009, um total de 103, com os indicadores de outros países. O número, além de ser pequeno para o tamanho da economia brasileira, é muito inferior ao obtido por países como a Índia, 679 patentes no mesmo período.

Brito afirma ainda que as instituições acadêmicas abraçaram a ideia de proteger sua propriedade intelectual e estão buscando oportunidades de gerar negócios a partir dela. "E os esforços da indústria em gerar propriedade intelectual continuam pouco efeti-

vos", considera. Um dos fatores apontados pelos pesquisadores é a pouca ousadia nas ações das indústrias brasileiras em P&D. Segundo dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), entre 2000 e 2005, os três maiores detentores de patentes nacionais são instituições acadêmicas: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fa-pesp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fonte: Unicamp ME

M Maioria dos pesquisado-res do país atua afastada

da indústria

Patentes concedidas pelo INPI em 10 anos

Patentes emitidas pelo USPTO entre 2006 e 2009

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79mercado empresarialmercado empresarial

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expansão

Uma camada inorgânica e condutiva é fixada sobre

materiais como tecidos de algodão

U60 mil vezes menor

que uma bateria AAA tradicional

ma bateria do tamanho de 150 nanôme-tros, da espessura de um fio de cabelo, foi desenvolvida por pesquisadores da

Universidade de Rice (no Texas, Estados Uni-dos). Eles utilizaram a nanotecnologia para criar o protótipo, que é 60 mil vezes menor que uma bateria AAA tradicional. Nessa bateria, os íons navegam do polo positivo ao negativo.

Os pesquisadores afirmam que a mini bateria poderia ser aplicada na Medicina, para implantar elementos microscópicos no corpo humano, mas que o invento precisa ser melhorado, pois sua vida útil aguenta somente até 20 recargas. ME

esquisadores da North Carolina State University, no EUA, estão trabalhando arduamente para desenvol-ver um ‘nanorevestimento’ ultra-fino, e é esperado que estes sejam usados para produzir eletrônicos

integrados em roupas. O material é mais fino que o cabelo humano em uma escala de mil, e a técnica usada para o desenvol-vimento é chamada de ‘deposição de camada atômica’. Uma camada inorgânica e condutiva é fixada sobre materiais como tecidos de algodão.

Até o presente momento, os

NANOREVESTIMENTO conduTivo inTEgrAdo A TEcidoS

P

pesquisa

bATEriA TErá A ESPESSurA dE um Fio dE cAbELo

pesquisadores aplicaram a técnica ao tecido de algodão usando uma malha plástica como a usada em sacolas de supermercado e alguns tipos de papel. Essa é a partida deste método de aplicação de nanorevestimentos para materiais inorgânicos como o silício. A pesquisa foi feita em conjunto com os engenheiros Dr. Jesse Jur e Dr. Gregory Parsons.

A pesquisa poderá um dia, segundo os au-tores, levar o monitoramento de condições de saúde, como temperatura corporal, batimentos cardíacos, dentre outros, diretamente às roupas, e em tempo real. Fonte: Hardware.com ME

Imag

em: R

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Uni

vers

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Imagem: North Carolina State University

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Page 81: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

NANOREVESTIMENTO conduTivo inTEgrAdo A TEcidoS

Imagem: North Carolina State University

legislação

Page 82: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

TABELAS E GRÁFICOS PARA PROJETOS DE TUBULAÇÕES 7ª EDIÇãO

Neste livro, os gráficos e tabelas são reproduções de normas oficiais na-cionais e estrangeiras, ou de material de propriedade de várias entidades.

Entretanto, exceto em raros casos, foram feitas simplifi-cações e adaptações, não só para dar uma uniformidade de apresentação como, principalmente, para facilitar o trabalho de consulta. Acrescentou-se também um gran-de número de notas explicativas que não constam nos documentos de origem. As tabelas e gráficos originários de fontes norte-americanas foram, em sua maior parte, convertidos para o sistema métrico.

MANUAL DE TUBULAÇÕES DE POLIETILENO E POLIPROPILENOCaracterísticas, Dimensionamento e Instalação

O livro especifica os requisitos necessários para fabricação de tubos de polietileno uti-lizados em redes de distribuição, adutoras e linhas de esgoto sob pressão. A obra é de

grande importância para as áreas de construção, infra-estrutura e saneamento básico por ser a única publicação em português espe-cializada no assunto. De acordo com o autor, trata-se na verdade de uma reedição revisada, atualizada e ampliada do livro Tubos de Polietileno e Polipropileno – Características e Dimensionamento - Volume I, também de sua autoria e lançado em 1990. “Esta nova edição assume uma característica de manual técnico porque incorpora os procedimentos de instalação e controle de qualidade de produtos, não contemplados no primeiro livro”, explica.

Entre os temas abordados nos 12 capítulos destaca-se o de-talhamento das características dos materiais poliolefínicos - suas influências, propriedades e desempenhos -, os métodos de análise e controle de qualidade dos materiais, além das especificações européias (ISO e EN) e norte-americanas (ASTM e PPI) e um comparativo entre ambas. O descritivo de cada método de ensaio e especificação inclui, ainda, as informações das normas técnicas mundiais e brasi-leiras mais empregadas.

Voltado para as principais necessidades dos profissionais e estu-diosos da área, o livro apresenta métodos de cálculos mecânicos e hidráulicos de tubulações, trazendo gráficos e tabelas simplificadas sobre determinação de vazões, perdas de carga hidráulica, resistência a pressões internas e externas, cálculos de reaterro, flutuabilidade, flexibilidade, dilatações, condutividade térmica, entre outros. “Como existe pouco material literário e didático disponível sobre o assunto, o livro também discorre sobre os cálculos de Zandi e Govatos, re-ferentes ao transporte hidráulico de sólidos, tubulações subaquáticas e o chamado Close-fit onde uma tubulação é inserida na outra”, detalha Danieletto.

O autor ainda descreve os métodos de união e os procedimentos de reparo, instalação e controle de qualidade de soldagem termoplás-tica, além das técnicas de fabricação dos tubos e conexões - como a extrusão e a injeção - e os procedimentos básicos de controle de qualidade, embasados pelas respectivas normas técnicas mais utili-zadas no mercado. O engenheiro conclui o manual especificando os critérios para a escolha do melhor material para cada aplicação e faz uma breve explanação sobre outros materiais de tubulações que estão surgindo no mercado brasileiro e mundial, como o PPR, PEX, PVDF, PB e os multicamadas.

Autor: José Roberto B. Danieletto

Editora: Linha Aberta/2008

Nº de páginas: 524

Autores: Pedro C. da Silva Telles; Darcy G. Paula Barros

Editora: Interciência/2011

Número de páginas: 210

Autor: Hélio Creder

Editora: LTC (Grupo GEN) /2007

Número de páginas: 440

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 15ª EDIÇãO

Desde a primeira edição até a décima quinta do livro, foi preocu-pação constante do autor mantê-lo atualizado em face dos avanços tecnológicos na área e das modifi-

cações das normas técnicas - base fundamental para um livro com ênfase na aplicação da teoria à prática. Nesta décima quinta edição, levou-se a efeito uma revisão e atualização em todos os capítulos, além de uma mudança na seqüência da apresentação dos assuntos em prol de uma melhor adequação do livro aos usos didático, infor-mativo e técnico. Nesse sentido, a adaptação às normas da ABNT, principalmente às Normas NBR 5410, edição 2004, e NBR 5419, edição 2005, merecem especial atenção. ta consultoria para empresas nacionais e multinacionais das áreas de eletrônica, laboratórios, alimentos, produtos químicos e indústria mecânica.

dicas de leitura82

Page 83: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

MATERIAIS ELÉTRICOS VOLUME 2 - 3ª EDIÇãO

Trata-se de uma coleção de 3 volumes com o objetivo de enfocar os “porquês” de um dado componente ser construído com determinadas matérias-primas, e acompanhar estas matérias-primas no seu comportamento diante da varia-

ção de condições de uso, como temperatura, umidade etc. Desta forma, viriam respostas a outra questão: qual a durabilidade ou vida útil que o componente apresenta, e quais as razões desta durabilidade? Tudo isto, sempre que possível, alicerçado nas normas técnicas da ABNT/COBEI, atendendo ao INMETRO no que se refere às Grandezas e Unidades de Medida do Sistema SI.

TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS: MATERIAIS, PROJETOS, MONTAGEM10ª EDIÇãO

Este livro aborda os principais aspectos referentes às tubulações em uma instalação industrial, desde o “lay-out” preliminar, até a montagem e testes finais. Os caps. 1 a 4

descrevem os materiais (tubos, acessórios e tubulação, juntas de expan-são e válvulas), incluindo tipos de materiais, especificações, casos de emprego, processos de fabricação, tamanhos e diâmetros comerciais. O cap. 5 aborda o projeto de tubulações, estudado do ponto de vista de traçado, detalhamento e desenho. No cap. 11, o leitor encontra a descrição, finalidades e usos dos diversos tipos de suportes de tubula-ção e no cap. 7, alguns acessórios especiais como purgadores, filtros, separadores, etc. O cap. 9 resume o “lay-out” de instalações industriais. O cap. 10 apresenta o cálculo do diâmetro das tubulações e o cap. 11 o cálculo da espessura de paredes e do vão entre suportes, precedidos de um estudo geral sobre a ação combinada dos diversos esforços sobre os tubos. Os caps. 12 a 14 abordam o efeito das dilatações térmicas e o cálculo da flexibilidade das tubulações; cap. 16 - cálculo dos pesos sobre os suportes, efeitos do atrito, cálculo das reações e movimentos das juntas de expansão, e dos movimentos nos suportes de molas. O cap. 15 apresenta montagens e teste de tubulações; o cap. 18, aqueci-mento, isolamento térmico, pintura e proteção das tubulações; o cap. 19, a classificação das tubulações quanto ao emprego e panorama geral dos casos mais importantes de usos das tubulações. No cap. 17 o leitor encontra especificações, normas e padrões sobre tubulações industriais.

Autor: Pedro Carlos Silva Telles

Editora: LTC (Grupo GEN) /2001

Número de páginas: 252

Autor: Walfredo Schmidt

Editora: Edgard Blucher /2010

Número de páginas: 176

Autor: Pedro Carlos Silva Telles

Editora: LTC (Grupo GEN) /1999

Número de páginas: 180

TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS: CÁLCULO 9ª EDIÇãO

Uma obra útil, não só como livro-texto para cursos universitários, mas para todos os profissionais que trabalham com tubulações. O livro possui um cunho prático,

omitindo desenvolvimentos teóricos extensos e enfatizan-do as observações e recomendações. Cap. 1 a 4: Descrição de materiais, incluindo tipos de materiais, especificações, casos de emprego, processos de fabricação, tamanhos e diâmetros comerciais; Cap. 5: Estudo resumido sobre “lay-out” de instalações industriais; Cap. 6 e 7: Projeto de tubulações, estudado do ponto de vista de traçado, detalhamento e desenho; Cap. 8: Descrição, finalidades e usos dos diversos tipos de suportes de tubulação; Cap. 9: Descrição, finalidades e usos de alguns acessórios especiais; Cap. 10: Cálculo do diâmetro das tubulações; Cap. 11: Cálculo da espessura de paredes e do vão entre suportes; Cap. 12 a 15: Estudo do efeito das dilatações térmicas e cálculo da flexibilidade das tubulações; Cap. 16: Outros cálculo usuais de tubulação; Cap. 17: Montagens e teste de tubulações; Cap. 18: Aquecimento, isolamento térmico, pintura e proteção das tubulações; Cap. 19: Classificação das tubulações quanto ao emprego; Cap. 20: Especificações, normas e padrões sobre tubulações industriais.

dicas de leitura dicas de leitura 83mercado empresarialmercado empresarial

Page 84: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

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A

TigrE AmPLiA linhA dE grElhAs PArA

rAlOs E cAixAs siFOnAdAs

multinacional brasileira Tigre amplia sua linha de grelhas para ralos e caixas sifonadas. Agora, a linha tem uma ver-são na cor titânio. O novo produto faz

parte de um conjunto que já contém opções nas cores branca, cromada, alumínio e areia, tanto quadradas como redondas. As grelhas vêm em dois tamanhos: 10 cm e 15 cm de diâmetro, com um design exclusivo e moderno e com mais resistência a peso. Além disso, o produto tem grande capacidade de vazão de água. A versão menor permite uma saída de meio litro por segundo e o modelo maior, 0,70 litro por segundo. ME

romi LAnçA dOis nOvOs

cEnTroS dE TornEAmEnTo

Indústrias Romi, empresa líder brasileira no setor de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plásticos, além de importante produtora de fundidos, acaba de lançar no mercado dois equipamentos de sua

linha de máquinas-ferramenta: o Centro de Torneamento ROMI GL 170G e o ROMI GL 350.

máquinas competitivasO Centro de Torneamento ROMI GL 170G é equipado

com CNC Fanuc 0i-TD e provido de sistema Gang Tools para suportes de ferramentas. O equipamento oferece como grande vantagem tempos reduzidos de ciclos de usinagem. Em virtude das ferramentas estarem todas dispostas sobre a mesa da máqui-na, o tempo passivo para troca é minimizado. É uma máquina bem competitiva, que visa atender empresas de alta produção de peças de pequeno porte . Pode ser equipado com alimentador de barras (opcional), que possibilita maior rapidez no carregamento de barras, diminuindo tempos passivos de máquina, onde mais peças serão produzidas em menor tempo, proporcionando au-mento de produtividade e lucratividade, com redução do custo final das peças usinadas.

O Centro de Torneamento ROMI GL 350 é destinado para ambientes de média e alta produção com excelente estabilidade térmica e geométrica . O cabeçote móvel servoacionado dispõe de duas opções , cartucho com ponto rotativo externo CM 4 ou cartucho com rolamentos incorporados built-in. O cabeçote móvel dos carros longitudinal e transversal é apoiado sobre guias lineares. ME

Amanco, marca comercial da Mexi-chem Brasil, traz ao mercado novida-des no segmento de grandes diâmetros nominais (DNs), com os lançamentos

das versões de 350 mm, 400 mm e 500 mm da linha Amanco Ductilfort, para infraestrutura. As versões em grande diâmetro da linha Aman-co Ductilfort podem ser aplicadas ao sistema de adução e distribuição de água.

De acordo com a engenheira Bárbara de Franco Tobar, analista de Desenvolvimento de Produtos da Mexichem Brasil, esse pro-duto é mais leve, o que facilita o transporte, e é facilmente instalado. “Além disso, ele não corrói, tem garantia de durabilidade, minimiza as chances de vazamento e evita a incrustação na parede do tubo”, explica. A linha já con-tava com tubos nas versões de 100 mm, 150 mm, 200 mm, 250 mm e 300 mm de diâmetro nominal. ME

AmAnco APrESEnTAnOvidAdE nO sEgMEntO dE inFrAEstruturA

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nova versão na cor titânio

vitrine84

Page 85: Revista Mercado Empresarial - Tubotech

tecnologia

s lançamentos da Transition Networks nas linhas de conversores industriais, switch com porta óptica e conversor

PoE, já estão sendo comercializados pelas em-presas do Grupo Policom® - líder no mercado nacional de distribuição de produtos para Cabe-amento Estruturado direcionados a aplicações de dados, voz, vídeo e controles prediais, e para CFTV IP.

Indicado para topologia em anel com até três câmeras de CFTV, o switch SISGM1040-244-LRT é compacto, tem porta óptica e é capaz de alimentar várias câmeras, com ou sem PoE (Power over Ethernet). Com 4 portas 10/100/1000Mbps e outras 4 SFP (mini-GBIC), também é disponível na versão industrial, po-dendo suportar até 75ºC de temperatura de operação. O fato de poder ser interligado em anel, gera economia de fibra e mais disponibili-dade, devido à própria redundância desse tipo de topologia.

Outra novidade é o conversor mini-indus-trial M/E-ISW-FX-01, com tamanho menor

TrAnSiTion nETworKS: novoS convErSorES

E SwiTchES PArA AmbiEnTES induSTriAiS

Economia e segurança

Deca lança o registro Base Fácil com o objetivo de aumentar a produtividade da obra, reduzindo prazos e custos. As peças eliminam a necessidade de conectores, fita veda rosca e ferramentas. Isso

porque seus conectores já estão acoplados nas bases de registro. Dessa forma, o encaixe da tubulação é feito diretamente na Base Fácil, diminuindo o número de pontos de estanquidades nas instalações.

A linha é composta por registros de gaveta e pressão, nos tamanhos ½” e 3/4’’ em versões para PVC, CPVC e PPR. Já para bases de monocomandos estão disponíveis nas versões ½” e ¾” para CPVC e PPR. O produto conta ainda com corpo de bronze de alta resistência e durabilidade. ME

DECA: REGISTRO BASE FáCIl

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PrOdutividAdE AuMEntA, PrAZOs E custOs diMinuEM

do que o de um cartão de visita, que pode ser inserido na caixa da câmera e é plug-and-play. Indicado para ambientes industriais, por suportar temperatura de até 75ºC, ou apli-cações em áreas externas, tem retorno automático de link e autonegociação, que permite aos equipamentos definir, automaticamente, o melhor modo para operação de um link. O produto transfere o estado de uma porta para outra, não escondendo os problemas do lado remoto da rede e alarmando o lado local, ou seja, quando o equipamento no lado remoto falha e portanto a porta ao qual ele está ligado no equipamento remoto (exemplo UTP) vai desli-gar, automaticamente o equipamento desliga a porta em fibra para propagar a falha. Desse modo, o equipamento local vai ter sua porta em fibra desligada, pois caiu o link em fibra, e vai propagar a falha, desligando a porta UTP.

Já o conversor SPOEB10xx-100, permite que, ao desconectar a fibra no lado local, seja automatica-mente desabilitado do lado remoto o PoE da porta UTP por 2 segundos. Além de retorno automático de link e autonegociação, esse conversor também transfere o estado de uma porta para outra, não escondendo os problemas do lado remoto da rede e alarmando o lado local. ME

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Apolo Tubos e Equipamentos, do Grupo Peixoto de Castro, primeira empresa brasileira a ser certificada pelo ISO 9000 e também a primeira a ser certificada compulsoriamente em tubos de condução, mostra na Tubotech 2011 suas linhas de Tubos de aço para condução de gases e fluidos, Tubos para troca térmica,

Tubos de aço para o setor petrolífero, e Tubos estruturais e industriais/mecânicos, com destaque para esses últimos.

Os Tubos Estruturais, fabricados com seções circulares, quadradas e/ou retangulares, são utilizados para pontes, torres, coberturas, estruturas metálicas, indústria naval e automobilística. Fabricados de acordo com as normas NBR 8261 e ASTM A 500, podem ser Quadrados ou Retangulares (fornecidos sem revestimento e com comprimento padrão de 6 metros) e Redondos (fabricados sem revestimento ou galvanizados por imersão a quente e com comprimento padrão de 6 metros).

Os Tubos Mecânicos também são fornecidos em seções circulares com ou sem galvanização e quadrados e/ou retangulares não galvaniza-dos com tamanho padrão de 6 metros. São utilizados na fabricação de móveis, máquinas, eletrodomésticos, indústria automobilística, postes,

cercas, corrimãos, bicicletas, conjuntos me-cânicos, entre outras aplicações. Estes tubos podem ser submetidos a processo de trefilação e atendem às especificações das normas NBR 6591, ASTM A 513 e DIN EN 10305-3 (antiga DIN 2394). Outros comprimentos dos Tubos Estruturais e Mecânicos podem ser fornecidos mediante acordo prévio.

Pioneira na fabricação de tubos de aço ERW no Brasil, a Apolo é a principal for-necedora do mercado nacional, com market share de até 50%. Seus produtos galvanizados estão relacionados principalmente ao setor de construção civil, mas atendem também a indústrial naval, de petróleo e gás e sistemas de distribuição de água, ar comprimido e de combate a incêndios. ME

APoLo: dESTAquE PArA oS

TuboS ESTruTurAiS E mEcânicoS

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índice de anunciantes release

A busca de um padrão de qualidade cada vez maior é a grande marca da Fox-tubo. Há 18 anos, a empresa atua no setor siderúrgico, a princípio na distribuição de tubos e em sequência na comercialização e distribuição de aço para a indústria. Passo seguinte foi a montagem de um moderno processo de trefilação de aço industrial, o que fez com que a empresa crescesse e fosse reconhecida pelo mer-cado como um fornecedor de materiais de qualidade. Logo a empresa expandia sua linha trefilando tubos e arames.

O profissionalismo e o empreendedo-rismo de seus fundadores vêm marcando cada passo da companhia que, hoje, em crescente expansão, possui três plantas de operação: a Fábrica, o Centro de Distribuição e o Depósito de Materiais,

FOxtuBO EM BuscA dA QuAlidAdE E PrOFissiOnAlisMO

conjunto que gera um volume anual de 6 mil toneladas de aço carbono comercializado, tendo como prin-cipais parceiros e fornecedores a Arcelor Mittal e a Gerdau.

Neste ano de 2011 seu cresci-mento foi consolidado com um aumento em suas instalações, que passaram dos 2000 m2 . Com tudo isso, pode-se afirmar que a Foxtubo possui uma trajetória de sucesso.

Foxtubowww.foxtubo.com.br

Fone/Fax: (11) 2914-6723Rua Cônego Januário, 57

CEP 04201-050 - Ipiranga - São Paulo - SP

lAPEFEr AMPliA suA árEA PArA MElhOr AtEndEr sEus cliEntEs.

Referência no setor de distribuição, a Lapefer acaba de concluir mais uma etapa de seu plano de expansão.

Agora com 20000 m2 e duas máquinas desbobinadeiras de materiais a frio e a quente espera-se um crescimento de pelo menos 30% no ano de 2011. Todo esse empenho tem foco na melhoria do atendimento ao cliente.

A última novidade é que foi escolhida entre empresas de todo Brasil a participar do seleto grupo que forma a Rede Usiminas de Distribuição, ganhando assim maior compe-titividade em suas ofertas, além de assistência técnica rápida direto do fabricante.

Com o estoque variado, entre materiais planos e não planos, a Lapefer garante a quantidade que você precisa para atendi-mento imediato.

Consulte um dos consultores de vendas, solicite um catálogo, visite o site, conheça a equipe altamen-te qualificada e preparada para dar as soluções que sua empresa busca.

lapefer comércio e indústria de laminados Tel: (11) 2915-8211 • Fax: (11) 2914-6940

www.lapefer.com.br

LAPEFERDesde 1965

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40 AnOs EM sOluçõEs dE trEFilAdOs!Fundada em 1999, a Trefital iniciou suas

atividades atu ando no ramo de trefilação de metais não ferrosos especificamente alumínio, cobre, latão e tomback operando inicialmente com mais da metade da capaci-dade de produção, voltada para a prestação de serviços, desti nados a principais revendas do país, sendo o restante destinado à produção de peças dirigi das a diversos segmentos, tais como: antenas automotivas, aparelhos de áudios, imagens, telefonia, peças usinadas para indústria automobilística e bijuterias.

Em 2001, após investimentos no desenvolvimento e ampliação de ferramen tal do processo de tubos e perfis especiais des-tinados para a fabricação de bijuteria e semi joias, foi inaugurada a filial em Limeira-SP, onde atendemos grandes indústrias e também pequenos fabricantes, fornecendo tubos em barras e peças para a montagens, argola para brincos e pulseiras, bem como toda a linha de complementos e insumos.

Em 2007 a Trefital deu início na conformação

e também na trefilação de tubos e microtubos de aço inoxidável em rolo e em barras e rebites de repuxo e maciço.

Na fabricação de tubos de aço inoxidável, principalmente dos MICROTUBOS, adicional-mente, há de se destacar a forte presença nos ramos das indústrias de aparelhos médicos, odontológicos e hospitalares de forma em geral, não só no estado paulista como nos principais pólos industriais do Brasil.

Hoje a empresa já se consolida como uma das principais trefiladoras de metais do país e está preparada para solucionar qualquer problema em tubos e perfis trefilados, pois além de contar com máquinas e equipamentos modernos de alta produção, tem um dos melhores profissionais de trefila do mercado, seu fundador José Aparecido Robottu, com experiência de mais 40 anos no ramo.

Trefital Ind. e Com. de Metais Ltdatel: (11) 4547-4114www.trefital.com.br

TREFITALCONFORMAÇÃO & TREFILAÇÃO

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ção, sucos, iogurtes, café, leite, achocolatados, chás, geléias, queijos e frios, grande variedade de deliciosos pães, pãezinhos recheados, bolos e tortas, todos de produção caseira.

Possui restaurante anexo, onde você poderá desfrutar dos mais variados pratos que com-põem seu extenso cardápio de serviço à la carte da cozinha internacional, buffet self service e pratos executivos. Frutos do mar em geral, carnes e aves fazem parte das especialidades.

O Restaurante está aberto ao público diariamente das 12h às 15h e das 19h às 22h30.

Localizado em São Bernardo do Campo no centro do mais importante pólo industrial do Brasil, o Pampas Palace Hotel oferece uma enorme infraestrutura para realização de ativi-dades de lazer e negócios.

São 160 apartamentos e suítes equipados para oferecer conforto e segurança; 9 salas de convenções com todos equipamentos necessá-rios para realização de reuniões, treinamentos, congressos, seminários que exigem amplas áre-as exclusivas; 2 salões para confraternizações, banquetes, casamentos, aniversários; american bar e restaurante de classe internacional; além de oferecer uma área de lazer com piscina, sauna, sala de ginástica, salão de jogos e quadra poli esportiva.

O café da manhã é servido aos hóspedes nas dependências do Pampas Palace Hotel.

Um buffet completo elaborado com produ-tos de excelente qualidade, com frutas da esta-

PAMPAs PAlAcE hOtEl

(11) 4122-2000 | (11) 4126-2001www.pampaspalacehotel.com.br

Av. Barão de Mauá, 71 Km 18 da via Anchietasão Bernardo do campo - são Paulo

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Bugatti Brasil é uma empresa nacional que busca, no mercado internacional, o que existe de mais moderno, na solução eficiente no tratamen-to, distribuição, instalação, controle e reparo nas áreas de: água, gás, esgoto e petróleo. Tem como parceiras exclusivas, empresas mundialmente re-conhecidas que oferecem tecnologia com baixos custos de manutenção e longo período de utilização sem substituição.

Entre as diversas opções de válvulas, a Bugatti Brasil tem trabalhado de forma bem intensa e eficiente no mercado, com as válvulas tipo gaveta com bolsas, que podem ser instaladas em tubulação de PVC e de ferro. Com fabricação dentro de um alto padrão de qualidade, as peças atendem a norma especifica para o item: NBR14968.

Sempre buscando soluções eficientes, e com a preocupação no controle de perdas, a Bugatti conta com uma vasta linha de acoplamentos que buscam atender as instalações, adaptações e reparos em tubulações.

BugAtti sEgurAnçA E sAtisFAçãO cOM BAixOsíndicEs dE MAnutEnçãO

www.bugattibrasil.com.br - Fone: (11) 4617-8030 E-mail: [email protected]

tuBOnil: dEsdE 2006

A Tubonil está no mercado desde 2006. Trata-se de uma empresa nova, mas com profissionais com muitos anos de experiência no mercado de tubos de aço carbono sem costura e com costu-ra, de pequenos e grandes diâmetros. Comercializa também a linha de Tubos Especiais de 12” a 24” SCH 40 A SCH 160, Tubos Mecânicos ST52 de 50,00mm a 650,00mm paredes grossas, padrão e fora de padrão.

Localizada no município de Guaru-lhos – SP, numa área de 2.500m2, tem instalações modernas e funcionais que lhe permitem atender, com alto nível de qua-lidade, todas as demandas de seus clientes e fornecedores em todo o Brasil.

A maior preocupação da empresa é com a satisfação de seus clientes e com o cumpri-mento qualitativo de suas atividades: assim, dedica-se à melhoria contínua de seus produtos e serviços.

Tudo isso faz da Tubonil mais que um distribuidor de tubos de aço, um parceiro de negócios preocupado em atender seus clientes de forma diferenciada, orientando e prestando suporte técnico.

tubonil comercial de tubos de Aço ltda.Fone/Fax: (11) 2406-7494

www.tubonil.com.br • [email protected]

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índice de anunciantes

Acerotec Produtos Siderúrgicos........................................................... 73

Aços Lapefer.........................................................................................87

Aldifer Distribuidora de Ferro e Aço...................................................67

ALF Indústria de Fixadores..................................................................86

Anglo Americana Comercial de Ferro e Aço....................................29

Anuário das Indústrias.......................................................................66

Brasved Ind e Com............................................................................67

Bugatti Brasil Válvulas......................................................................89

CIESP...................................................................................................36

Cimin’s Confecções...........................................................................73

Dragtec Tubos de Aço Helicoidal....................................................72

Eleko Parafusos................................................................................86

Extretec Indústria e Comércio de Trefilados.................................58

Feital................................................................................................Capa

Fire Comércio de Materiais Elétricos.............................................72

Foxtubo.............................................................................................87

Hidraufort Comércio de Tubos e Conexões..................................72

Hidropipe Tubos Conexões............................................................86

Inova Laser Gravações..................................................................58

Lapefer Com. e Ind. de Laminados..............................................73/87

Limaq Máquinas e Equipamentos................................................58

Marcamp Equipamentos..............................................................35

Novoaço Especial.........................................................................67

Pampas Palace Hotel...................................................................88

Parnox Ind e Com de Artigos Industriais...................................42

Pekon Condutores Elétricos Ind e Com......................................72

Phama Comercial.........................................................................86

Portal 123achei ......................................................................................81

Rumo Novo...................................................................................58

SESI.................................................................................................51

Super Finishing do Brasil Coml...................................................05

Tech Tron Comercial.....................................................................73

Tekno S/A Indústria e Comércio.................................................39

Tellure Rota...................................................................................39

Trefital Ind e Com de Metais.......................................................58/88

Tubometal.....................................................................................63

Tubonil Comercial de Tubos de Aço...........................................17/89

Wimaq Industrial..........................................................................63

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