Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

100

description

Revista trimestral da Escola Profissional Amar Terra Verde, onde poderá encontrar notícias relacionadas com a escola e artigos sobre a temática "Liberdade de Escolha da Escola". Esta é a edição Nº20 que engloba o mês de Janeiro, Fevereiro, Março e Abril de 2014.

Transcript of Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Page 1: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014
Page 2: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Ficha TécnicaPropriedadeEscola Profissional Amar Terra Verde, Lda.

DiretorJoão Luís de Matos Nogueira

Coordenador EditorialSara Leite do Vale

Conselho de RedaçãoAurélia BarrosCarla VelosoClara SáJosé Carlos DiasPaula FernandesSandra Araújo

Design Gráfico e LayoutPublicações IdeiaCincoAndré Janela (IdeiaCinco)Paulina Lira (IdeiaCinco)Fotografia capa: Eduardo PimentaDesign capa: Fátima Pimenta

ColaboradoresAdelino CostaAntónio CunhaAurélio MachadoCarla GuimarãesCarla VelosoCarlos BarrosCláudia MarquesFabíola OliveiraGlória LagoGNR de Vila VerdeIvone AlvesJoana GomesJoana Vilaverde RochaJosé Carlos DiasJosé DantasJosé Manuel AraújoJosé Pedro MarquesJosé VinagreLiliana NogueiraLurdes RodriguesManuela CaçadorMarco AlvesMargarida LopesMaria João CamposMelchior MoreiraOlga MartinsPalmira MoreiraPedro ArantesPedro MachadoRicardo CabralRosa VieiraSandra MonteiroSara PimentaSónia Vilas BoasVitor Machado

ImpressãoDiário do Minho

PeriocidadeTrimestral

Tiragem1000 exemplaresDistribuição Gratuita

[email protected]

Escrita segundo as regras do Novo Acordo OrtográficoOs artigos publicados são da responsabilidade dos seus autores e não vinculam a EPATV.

ÍNDICE

3. EDITORIAL

4. TER destaque Tema: “ A liberdade de Escolha da Escola”

15. TER opinião

16. TER ambiente

17. TER turismo

18. TER floresta

20. TER escola

66. TER oportunidade

68. TER fórum

70. TER saúde

74. TER cultura

77. TER poesia

78. TER arte e engenho

80. TER sustentabilidade

81. TER pedagogia

82. TER voluntariado

85. TER teatro

87. TER arte na mesa

88. TER web

89. TER sabor

92. TER desporto

94. TER tecnologia

97. TER notícia

98. TER cabeça

Page 3: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

EDITORIAL

1974 – 2014 – 40 anos de Vida em Democracia e Liberdade, 40 anos de esperança e de sonhos realizados (outros não), muitas con-quistas e capturas.Felizmente, nestes 40 anos tivemos de tudo um pouco, até os 20

Anos da EPATV com Amor e Paixão! Neste 40 anos assistimos à transformação do nosso quotidiano,

com mais Saúde, Habitação, Educação… Analisemos esta última:

Analfabetismo

1970 – 25,7%2011 – 5,2%

1972 – 22,3 M euros 2012 – 6.622 M euros

1992 – 50%2013 – 19,2%

1972 – 2,6 euros 2012 – 629 euros

1970 – 49.3752011 – 1.244.742

1972 – 1,4%2012 – 4%

Despesa geral

*fonte Pordata

Abandono escolar

Despesa per capita

Licenciados

Despesa PIB

Hoje já não é como ontem e tudo fazemos para que amanhã não seja igual a hoje. Melhorar o estado da educação e redifinir as prioridades dos

operadores escolares, empresas e famílias. Aumentar a qualidade, criar melhores condições de acesso e de trabalho dos professores e profissionais de educação, abrir a escola á Comunidade, ter liber-dade de escolha da escola, que é o tema da nossa Revista TER, da qual muito nos orgulhamos. Um tema que nos é muito caro pela sua importância no sucesso dos percursos formativos/educativos dos alunos, é a razão essencial da nossa existência enquanto Escola Profissional.O crescimento das estatísticas em Portugal para níveis europeus,

leia-se União Europeia, deve-se, em grande parte, ao facto das famílias e jovens usarem de uma liberdade de escolha da escola para obterem o seu título académico e profissional, em contra ciclo, por vezes, com “lobbys” instalados em monopólios cuja única razão, não é a vontade e o percurso do jovem, mas a manutenção do “status quo”do “sempre foi assim…” E é contra este estado de coisas que andamos a aprender nestes 40 anos.A concorrência em educação, como em qualquer outra atividade,

conduz à competição entre indivíduos e organizações e à melhoria do seu desempenho.A Escola tem que ter sempre presente a melhoria da sua orga-

nização administrativa e pedagógica, de forma a conseguir dos alunos o seu melhor desempenho como profissionais e como ci-dadãos.É assim que se passa na EPATV, que ao associar-se à comemoração

dos 40 anos de liberdade e democracia em Portugal, poderá dizer:Assim se vêA força da EPATV!

25 de Abril

3

Page 4: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

Liberdade de Escolha da Escola

Num mundo plural, em rápida mu-dança e crescentemente mais interdepen-dente, a educação assume na construção do futuro pessoal e coletivo um papel cada vez mais importante que ultrapassa em larga medida a função de instrução. Se a educação não é apenas a escola, a educação escolar assume, de forma crescente, um papel de destaque no desenvolvimento e formação das crianças, adolescentes e jovens. A realidade da escola, face aos desafios

educativos da actualidade, corre o risco de se encontrar “out of sync with the re-alities of a global world” (Suaréz-Orozxo & Sattin, 2007, 58), deixando por essa razão de ser capaz de cumprir a sua missão ao serviço das crianças, ado-lescentes, jovens, famílias, sociedade do futuro próximo e do futuro global a construir com desafios que, antevemos,

Educar implica ser capaz de assegurar o equilíbrio entre “o que une e o que liberta” (Reboul, 2000, 81), ou seja, entre a função de conservar - integrar novos membros na sociedade assegurando a transmissão do que considera “digno de ser conservado” (Savater, 2007, 103) – e de emancipar - permitindo “ser o que realmente se é” (Rogers, 2009, 198) ou seja pessoa “num processo de liberdade, pelo qual se vai identificando, isto é, tornando independente do resto como sujeito autónomo e único” (Magalhães, 2005, 23). São duas faces da mesma moeda, capazes de aliar identidade e al-teridade, realização do potencial pessoal e solidariedade. Em conjunto apontam para um novo mandato para a educação nacional e internacional : o desenvolvi-mento integral (Teixeira, 1995; Carneiro, 2000a; Delors, 1996).Ao longo do tempo, por razões ligadas

à coesão nacional (construção identitária

dos Estados-nação, implantação dos dif-erentes sistemas de organização política como o Estado liberal, a república e o estado novo em Portugal), à laicização, assegurar perspectivas de desenvolvimen-to económico e a necessidade de garantir o princípio da igualdade no acesso à edu-cação, o Estado chamou a si a responsab-ilidade da educação.

Da mesma forma que o conceito de “relação” não pressupõe anulação ou submissão, também “igualdade” não deve significar “mesmidade” (Azevedo, 2012) e a coesão social não pode, nem deve sacrificar a pessoa – livre, autónoma e dotada de uma consciência intelectual e moral (Fernández & Normann, 2002), e sujeito de direitos, nomeadamente a uma identidade filosófica, cultural ou religiosa própria - a qualquer utilitarismo comu-nitário ou estatal, seja ele o desenvolvi-mento económico ou a coesão social.

O resultado atual é paradoxal: en-quanto nas salas de aula é valorizada a diferenciação pedagógica, a lógica educativa é a de uma escola e um currículo tamanho único para todos, dependente “de um ‘ministério da educação’ que aceita ou tolera, em maior ou menor extensão, a existência de um pequeno sector de educação privado. “ (Fernández & Normann, 2002, 54). Uma realidade que se caracteriza por um “monopólio estatal” (Pinto, 2008) que contrasta com a constituição portuguesa (Art.º 43.º) que garantindo a liberdade de aprender e ensinar (n.º 1), estabelece que “o Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas” (Art. 2.º) e garante “o direito de criação de escolas particulares e cooperativas” (N.º 4).

serão exigentes do ponto de vista pessoal (identidade) e social.É neste cenário que o debate em torno

da educação e da liberdade de educação - debate que não é recente e se estende a todo o mundo integrando as especi-ficidades de cada região (Fernández & Nordmann, 2002) - assume nos últimos anos uma redobrada intensidade. Incluída na constituição portuguesa

(Pinto, 2008 & 2012) e de forma muito explícita na resolução do Parlamento Europeu de 14 de Março de 1984 , a liberdade de educação integra a agen-da da Década das Nações Unidas para a Educação no Domínio dos Direitos do Homem (1995-2004) onde a opção educativa é analisada no âmbito da edu-cação como direito humano.

É este o nosso ponto de partida.

Liberdade de educação:além do público e privado

4

Page 5: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

Mas o maior paradoxo é que hoje, este monopólio, marcado pela “persistente capacidade de reprodução dos códigos conservadores do sistema educativo” (Joaquim Aguiar in: Carneiro, 2001b, 124) e pela imposição de um tamanho único para todas as medidas, apresenta um conjunto de fragilidades e dilemas que põem em risco o direito à educação de muitas crianças e jovens (sobretudo de contextos sociais mais fragilizados). A solução, preterindo a identificação de estratégias e linhas de orientação para

O ensino privado ocupa na história da educação portuguesa um lugar de des-taque sendo neste setor que “se desen-volveram, na transição do século XIX para o século XX, algumas das mais interes-santes e inovadoras experiências escolares que o país conheceu. Para além disso, é fundamental ter em conta a profunda di-versidade do ensino particular, irredutível, portanto, a quaisquer generalizações apressadas ou a lugares-comuns que pro-curem de alguma maneira caracterizá-lo” (Pintassilgo, 2011).Em meados do século XIX cerca de 28%

dos alunos no ensino primário estudavam em escolas privadas. Em meados do séc. XX (década de 60 e 70), o número dos alunos no ensino privado representa entre 5% e 10% do ensino básico. Desde então

o futuro, tem privilegiado o aumento das dotações orçamentais (idem) com a consequência de, ocultando o desajuste entre a escola e a realidade, promover através da estabilidade orçamental, o imobilismo do sistema. Outro autor, Mário Pinto (2008), reitera esta ideia e cita um estudo estatístico (indicadores do sistema educativo durante o período 1986-2006), que mostra como a despesa com a edu-cação quadruplicou desde 1990 a preços constantes (p. 39).É o contexto em que se esboçam as

o ensino privado foi-se consolidando. No ano letivo de 2007/2008 os alunos em escolas privadas são cerca de 315.202 alunos representando cerca de 19% dos alunos (48% no pré-escolar, 12% no en-sino básico e 20% no ensino secundário) em Portugal continental (DGEEC; 2009).Quais as razões para este crescimento?

Alguns autores relacionam-no, de forma especial no pré-escolar e no ensino básico com a necessidade sentida pelo Estado nas décadas de 80 e 90, de apoiar-se no ensino privado para complementar a oferta pública insuficiente (Justino, 2010). No caso do secundário este crescimento poderá estar associado à valorização do acesso à universidade e o ensino partic-ular como mais “capacitador e exigente, face ao ensino massificado da escola

linhas éticas e pragmáticas das propostas em torno da “liberdade de educação”. O debate assume muitas vezes na comuni-cação social e fóruns públicos uma pers-petiva institucional que reduz a discussão à escola pública versus escola privada. Uma visão mais abrangente deve inte-grar este debate colocando-o justamente no âmbito da educação, dos direitos humanos e da justiça social. Nesta linha propomos duas perspetivas de análise:

pública” (Idem, p. 107), realidade que os rankings publicados anualmente parecem corroborar de forma especial em Lisboa e no Porto.Contudo diversos estudos, mostram não

ser apenas a qualidade que caracteriza a procura de projetos diferenciados. Outros fatores devem ser considerados como a proximidade entre o projeto familiar e o projeto da escola (incluindo a disci-plina, as regras e os valores humanos e religiosos), a confiança na competência e dedicação dos professores e na orga-nização da escola. Razões valorizadas pelos pais em detrimento da proximidade física de casa e da crença de que o ensino privado oferece melhor formação do que o público (Pinheiro, 2011).

a) Perspetiva da realidade: o crescimento da procura por projetos educativos diferenciados

5

Page 6: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

O N.º 5 do artigo 36.º da Constitu-ição da República Portuguesa - “Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos seus filhos” – é com-plementado na legislação internacional (Declaração Universal dos Direitos Hu-manos, Convenção dos Direitos da Cri-ança e Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia), pelo reconhecimento do direito dos pais de escolher o género de educação a dar aos seus filhos.A entrada dos filhos na escola é uma

etapa nova e exigente para cada família e, de forma especial para os pais. Neste contexto “procurar a escola mais apro-priada para a criança e que corresponda a todas as expectativas familiares é uma tarefa complexa. As dúvidas e as respons-abilidades pesam sobre os pais, que sabem que dessa decisão depende em grande parte o futuro dos filhos” (Pérez, 2004, 36). E quando os pais não podem escolher a escola dos filhos? Que justiça existe no facto de apenas as famílias económica e socialmente privilegiadas

conseguirem investir e escolher o melhor projeto educativo para os seus filhos? A escolha da escola não é uma mera

opção logística. Três implicações da escol-ha da escola devem ser consideradas:

1. A importância da coerência entre o projeto educativo e os valores e opções religiosas, filosóficas e culturais da família. Assistimos a um ressurgimen-to dos valores, aliado à consciência da impossibilidade de uma educação neutra (Pedro; 2002) e da importância de uma educação vocacionada para “aprender a conhecer”, “aprender a fazer”, “aprender a viver juntos” e “aprender a ser” (De-lors, 1996). Ilustra a importância deste debate os dados da sondagem à opinião pública (pais, alunos, professores, autar-cas e quadros da administração central e regional), realizada no âmbito do tra-balho “O futuro da educação em Portugal – tendências e oportunidades” (Carneiro, 2000ª, pp. 233-271). Quando inquiridos sobre as funções da escola mais im-

portantes na próxima década, 62% dos inquiridos apontam o “papel ativo na for-mação do indivíduo”, destacando a priori-dade de “aumentar a motivação e o gosto pelo saber ser e saber fazer”, “desenvolvi-mento da personalidade”, “preservação do ambiente” e “transmissão de valores”, destacando a este nível os valores morais e éticos (destaque nos alunos) e o respeito (destaque entre pais e professores).

2. Sabemos hoje como o envolvi-mento dos pais influencia a integração escolar e desempenho académico das crianças e jovens (Relvas, 2006), com efeitos positivos para os alunos, os própri-os pais e a escola (Pinheiro 2011). Este envolvimento pressupõe uma relação que ultrapassa a relação institucional e que deve, para ser bem-sucedida, substituir a desconfiança e a suspeição pela confi-ança e a colaboração. Naturalmente esta relação sai reforçada com o conhecimen-to, o envolvimento e a coerência entre o projeto educativo e os aspetos valorizados em casa.

3. Da mesma forma que não ex-istem duas crianças iguais, também não existem duas escolas iguais (Pérez, 2004). Cabe aos pais, que conhecem os filhos, as suas características e as suas necessi-dades (específicas e por vezes especiais ligadas à aprendizagem, doença ou deficiência), a capacidade e a possibili-dade de, no âmbito do “direito e dever de educação”, escolher o projeto educativo/ escola mais apropriado à promoção do desenvolvimento e realização do potencial dos seus filhos e, por vezes, de cada um dos seus filhos (garantindo a possibilidade de acesso a projetos educativos mais ap-ropriados à realidade específica de cada um).

Todos os homens e crianças são, enquanto pessoas humanas, fins em si mesmos e como tal, nunca passíveis de instrumentalização ao serviço de qualquer desígnio social ou de valores sociais como a igualdade entendida como igualitarismo.

O direito à educação coloca a pessoa e o seu desenvolvimento no centro do debate, tendo em conta, que este di-reito não se limita ao acesso a um lugar em qualquer escola, mas à promoção do desenvolvimento integral, isto é, de pensar e agir de forma autónoma e de desempenhar um papel útil na sociedade (Fernández & Normann, 2002).

b) Perspetiva dos pais e da criança: a missão de escolher a educação para os seus filhos

DESTAQUE

6

Page 7: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

Sobre o direito à educação e ainjustiça da liberdade sem escolha

A educação é fundamental ao ser huma-no na medida em que, nascendo como tal, precisa de aprender a ser o que é, ou seja, pessoa humana (Barrio, 1998), simultaneamente: a) indivíduo único com um potencial a desenvolver; b) parte de uma sociedade; c) membro da espécie humana. Nesse sentido, “todo o desen-volvimento verdadeiramente humano significa desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações

comunitárias e do sentimento de pertença à espécie humana” (Morin, 2002, 59).A educação como chave da dignidade

humana, é amplamente reconhecida no âmbito dos direitos humanos: “The goal of a human rights-based approach to education is simple: to assure every child a quality education that respects and promotes her or his right to dignity and optimum development.” (Craissati & King, 2007).

O surgimento de um novo mandato para a educação, capaz de ir além da formação académica para considerar a formação integral, deve ter “em conta as múltiplas facetas – físicas, intelectuais, estéticas, emocionais e espirituais – da personalidade humana e tender, assim, para a realização deste sonho eterno: um ser humano perfeitamente realizado vi-vendo num mundo em harmonia”. (Singh, 1996, 217).

“Em suma, se o conteúdo da educação é variável, a necessidade de ser educado é universal, porque ela é inerente ao homem. A natureza humana é o que exige ser educado; é também o que faz que a educação não seja tudo. Inversamente, se a educação não pode tudo, não se pode nada sem ela [...].” (Reboul, 2000)

7

Page 8: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

Assim, ter direito á educação não é apenas ter direito a estar numa escola.

É a partir deste enquadramento que é proposta a reflexão em torno da liberdade de educação uma vez que, para perce-ber do que falamos quando falamos de educação, devemos tornar clara a existên-cia de várias agentes e de várias agendas (Craissati & King, 2007): a) Governos: desenvolver ativos

económicos (economia futura) e promov-er coesão social, integração e sentido de identidade nacional;b) Pais: garantir que os seus filhos

têm o que precisam para serem bem-suce-didos na sua vida pessoal e profissional (conhecimentos, capacidades e confiança), bem como a sua integração nos valores, cultura e língua (reforço e promoção daquilo em que eles pais acreditam);c) Crianças e jovens: adquirir

capacidades para cumprir as suas aspi-rações, oportunidade para desenvolvimen-to emocional, criação de amizades, partic-ipação nas suas comunidades, promoção dos direitos humanos, da democracia e do ambiente.Se parte destas expectativas coincidem,

outras são foco de tensão. Enquanto os governos olham para a educação de um ponto de vista global, criando perspetivas legais, administrativas e orçamentais a partir desse olhar, os pais olham para a realidade de cada criança por cuja edu-cação são responsáveis. Estas tensões são reconhecidas pela lei internacional dos direitos humanos que introduz:• Direito dos pais educarem os

seus filhos de acordo com as suas opções ideológicas, filosóficas e religiosas (sal-vaguardando o melhor interesse da cri-ança, a sua opinião e respeito pelas suas capacidades);• Limitando o poder do Estado para

impor às crianças uma agenda específi-ca (económica, política ou religiosa), no sentido da prevenção de um monopólio estatal, que, tal como foi referido na intro-dução, não existindo em Portugal juridica-mente, existe “de facto” (Pinto, 2008)A injustiça prende-se com a imposição de

uma escola pública centralizada, imposta geograficamente, que não apenas limita

Texto retirado de “Guião para utilização dos materiais pedagógicos: ApresentaçãoLiberdade de Escolha da Escola”

Autores:Rodrigo Queiroz e Melo

Nuno ArcherSofia Reis

a liberdade de ensinar e aprender, como converte o Estado em Estado-educador, impondo um “tamanho único” para todas as crianças com exceção daquelas, cujos pais, integrando a categoria dos “privi-leged/skilled choosers” (Pinheiro, 2011), assumem uma postura ativa perante a es-colha da escola e possuem capital cultural e económico para fugir à escola da sua residência e inscreverem o seu filho numa escola da sua escolha.

Olhar para a educação a partir dos direitos humanos implica três elementos:•Direito de acesso à educação; •Direito a uma educação de qualidade;•Direito a ser respeitado no ambiente de aprendizagem.

Da mesma forma que não existem duas crianças iguais, também não existem duas escolas iguais.

Cada escola tem um projeto educativo es-pecífico e uma configuração própria formada por professores, ambiente, espaços, opor-tunidades, prioridades e valores (explícitos ou “ocultos”). Sabemos que existem escolas boas e más, projetos a que nos sentimos ligados e outros que com que não nos identificamos, realidades capazes de promover o desen-volvimento de uma criança mas incapaz de integrar e dar resposta às necessidades de outra criança diferente.

8

Page 9: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

Assim, ter direito á educação não é apenas ter direito a estar numa escola.

A liberdade de educação é, assim, uma das últimas liberdades a conquistar, em pleno, pelos portugueses. Por força de uma história centenária de presença total do Estado na educação, normalizou-se um convívio pouco ou nada contestado com o Estado Central educador e com um currículo único. Queremos discutir este princípio do modelo único e da ausência de escolha – porque empobrecem a edu-cação e a limitam a cidadania plena.Associando-se a uma iniciativa inter-

nacional de promoção da liberdade de escolha da escola, a CNEF - Confeder-ação Nacional da Educação e Formação dinamizou, com o apoio das escolas associadas da AEEP e da ANESPO, pela primeira vez em Portugal, a “Semana da Liberdade de Escolha da Escola”.A semana temática terminou com uma

Conferência realizada em Lisboa, no Colégio São João de Brito, com um ex-tenso leque de oradores, encerrada pelo Vice-Primeiro Ministro, Dr. Paulo Portas.

Registam-se, entre outras intervenções, as posições do Exmo. Sr. Presidente da CNEF – Confederação Nacional da Edu-cação e Formação, Dr. João Alvarenga, do Exmo. Sr. Vice presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Dr. João Muñoz, do Exmo. Sr. Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, Dr. João Casa-nova de Almeida, e do Exmo. Sr. Vice-pri-meiro-ministro, Dr. Paulo Portas.

9

Page 10: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE “A educação tem que ser exercida com liber-dade, e a liberdade é um bem em si. Por isso, há que entender que é um direito dos pais escolher a escola que os vai ajudar na educação dos seus filhos, quer seja escola pública, quer privada.”

“Sem autonomia, as escolas não conseguem fazer projetos educativos diferentes. Falamos para todas as escolas: escolas do Estado, escolas de iniciativa privada, de iniciativa cooperativa ou social.Todas estas escolas fazem parte do sistema educati-

vo e dentro do sistema educativo deve existir equi-dade no tratamento com estas escolas para que elas exerçam a sua autonomia, criem os seus projetos e os pais depois possam escolher o projeto que quer-em para os seus filhos.”

“Os pais têm o direito de escolher a escola que desejam para os seus filhos. A liberdade de opção educativa é um direito inquestionável.”

“A CNEF defende e reclama para Portugal um sistema educativo plural, com autonomia, liberdade e equidade.A promoção do desenvolvimento sustentado do

país e o aumento da coesão social implicam um sistema educativo nacional de qualidade fundamen-tado na liberdade individual e na responsabilidade coletiva.Um sistema educativo plural onde as diferentes

entidades instituidoras acreditadas de iniciativa do estado, de iniciativa particular, cooperativa ou social, possam, em liberdade, exercer o seu direito de ensinar segundo a sua visão, missão e valores, em igualdade de oportunidades.Todos os cidadãos devem ter igualdade de opor-

tunidades de acesso à educação. Todas as famílias têm o direito de, sem aumento de custos, escolher a escola que consideram com melhores condições para as ajudar na educação dos seus filhos.Consideramos importante e necessário fazer uma

reflexão e discussão moderna e profunda sobre a liberdade de opção educativa, sobre os direitos dos pais de escolherem a escola que querem para os seus filhos.Não nos move a discussão público/privado.Os alunos são a razão de ser do nosso esforço e

os destinatários da nossa ação. Por isso, centramos o nosso debate, não nas entidades instituidoras das escolas, mas sobre o sistema educativo nacional. Sobre a autonomia das escolas para que existam dif-erentes projetos educativos. Sobre a equidade para garantir a igualdade de tratamento e sobre a liber-dade de ensinar e aprender, sobre a liberdade de escolha como um direito fundamental dos cidadãos.É importante que os jovens de hoje pensem no

sistema educativo pelo qual vão ser responsáveis. É necessário dar espaço à juventude para que os

preconceitos que hoje ainda existem não condicio-nem o mundo novo que eles se devem empenhar em construir.”

João Alvarenga

Presidente da Confederação Nacional de Educação e Formação

CNEF, 31 Janeiro de 2014

10

Page 11: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE“Obviamente que não é um debate entre o ensino estatal e o ensino não estatal. É um debate assente na liberdade dos pais de poderem escolher a escola para os seus filhos.São os pais que conhecem melhor aquilo

que os filhos precisarão. São os pais que têm uma ideia de que tipo de formação e educação querem dar aos seus filhos.Por outro lado, também é o direito das

escolas poderem apresentar projetos educa-tivos diferentes e diversificados daqueles que o estado apresenta. O novo estatuto do ensino particular e

cooperativo, que foi recentemente aprovado pelo Sr. Presidente da República, consagra três coisas que são fundamentais. A primeira é uma nova relação entre o

ensino particular e cooperativo e o Estado.Depois, o fim da supletividade do ensino

particular e cooperativo, que nem sequer era possível, mas que agora fica transpar-ente, isto é, o ensino particular e cooper-ativo faz parte do sistema educativo e da oferta educativa nacional.O terceiro ponto tem a ver com a au-

tonomia da escola, isto é, com a possibil-idade de as escolas apresentarem os seus projetos, obviamente mediante mínimos que serão apresentados pelo estado como necessários para a sua formação, mas de-pois ter a autonomia de dar essas matérias e fazer uma oferta diversificada, em função da sua comunidade educativa.”“Uma entidade que apresenta à sociedade

o seu projeto educativo está-se a respons-abilizar por ele.

O Estado o que deve fazer é, depois, acompanhar se aquilo que foi proposto está a ser concretizado.Deve acompanhar através da aproximação

às escolas e dos resultados, que é o escrutí-nio normal que afere se o que foi propos-to em termos académicos é aquilo que o Estado reconhece como necessário para a sociedade portuguesa.”

João Muñoz

Vice presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP)

CNEF, 31 Janeiro de 2014

11

Page 12: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

“ A função Educativa do Estado é pri-mordial e não está nem estará em causa. É, aliás, uma das mais importantes do ponto

de vista da visão alargada do Estado social, pois ajuda, como nenhuma outra, à con-strução de uma sociedade com oportunidades de superação das desigualdades sociais e de qualificação dos jovens.Esta é, por isso, uma função que está e deve

continuar a ser reforçada.Todo o esforço para tornar a escola mais

exigente é um esforço que robustece a escola como instrumento de alargamento de opor-tunidades.Todos sabemos que a situação do país é

difícil. Herdamos uma situação difícil que temos que procurar resolver com o envolvi-mento de todos os portugueses.As medidas de redução da despesa têm

afetado todos os setores do Estado e a edu-cação está, naturalmente, incluída. Mas não está incluída nessa redução da despesa uma intenção qualquer, cega.A educação tem outras políticas públicas

que absorvem o impacto demográfico que nós vivemos.Em Portugal, este debate é visível princi-

palmente se olharmos para os números do 1º Ciclo do Ensino Básico, que alimentam o sistema educativo, percebemos que entre 2001 e 2012 perdemos cerca de 82 000 alunos.Se olharmos para as estatísticas num hori-

zonte mais alargado, de 30 anos, os alunos inscritos no 1º Ciclo diminuíram para cerca de metade.Este é um constrangimento que temos que

enfrentar e temos que criar medidas para que esta situação não evolua no mesmo sentido.Para além da função financiadora e presta-

dora do Estado na educação, este deve reservar para si as decisões mais relevantes do sistema.Por isso, para subir os níveis de exigência, a

avaliação por exames nacionais, no final de

cada ciclo, fez o seu caminho.Também por isso, o reforço das disciplinas

nucleares na aprendizagem, nomeadamente o português, a matemática, a história, a geografia e o inglês, foi uma opção correta.É ainda de salientar a importância da

clarificação da autoridade do professor foi e é central na escola, embora todos saibamos que é algo que muda apenas do ponto de vista legislativo.Na educação do nosso país participam,

além do Estado, as autarquias, os setores cooperativo, privados e social porque a liberdade de educação tem consagração expressa na constituição.Partindo desta realidade abrangente, há

ainda muito a fazer para dar um novo impulso à qualidade de ensino, há ainda muito a fazer para robustecer a liberdade de escolha das famílias.Neste sentido, são bastante elucidativas

e esclarecedoras algumas das propostas apresentadas no Guião para a Reforma do Estado.Uma primeira proposta refere-se à pos-

sibilidade do Ministério da Educação, na sequência da participação dos municípios na rede do ensino básico, lançar concur-sos públicos para que as autarquias que o desejem, e sobretudo associações de várias autarquias, se candidatem com projetos municipais, alargando gradualmente a sua responsabilidade, mediante os adequados critérios legais, a novos ciclos de ensino.Neste domínio, partimos das premissas que

a proximidade é, em geral, mais humanista e que a descentralização, por regra, é mais eficiente.A qualidade do ensino deve ser um fator de

concorrência saudável entre municípios.Na mesma linha descentralizadora, outro

aspeto decisivo é reforçar a autonomia das escolas, dando-lhes maior poder de definição do seu projeto escolar, nomeada-mente ao nível da flexibilidade curricular no respeito de parâmetros nacionais a definir.Quando este governo iniciou funções,

existiam apenas 22 contratos de autonomia celebrados com escolas públicas.Este número já quase aumentou dez vezes.

Temos, neste momento, 212 escolas com contratos de autonomia.A nova geração de contratos de autonomia

é, em si mesma, criadora de mais diversi-dade e a escolha dos projetos educativos é uma opção positiva.Uma terceira via é a que se designa por

escolas independentes.Trata-se aqui de considerar também, medi-

ante procedimento concursal, a comunidade dos professores a organizar-se em torno de um projeto de escola específico, mediante a contratualização do serviço prestado e do

João Casanova de Almeida

Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar

12

Page 13: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUEuso das instalações.Essa oportunidade significa a assunção

das escolas pelos seus professores e garan-te à sociedade poder escolher projetos de escola diferenciados.Outro dos projetos referidos no guião é

relativo aos contratos de associação.Estes, ao longo do tempo, preencheram

adequadamente a oferta formativa dos ter-ritórios em que a oferta pública era escassa ou inexistente.Este governo sabe bem dessa importância

e percorrerá o caminho da articulação da rede das escolas do estado e particulares com contratos de associação, visando a criação de uma rede de oferta pública de educação, racionalizando os investimentos.Demos com prudência os passos

necessários para dotar o nosso sistema educativo de instrumentos que permitam incrementar a liberdade, a qualidade da educação dos nossos jovens.Foi com esse único objetivo que elabora-

mos um novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo que edifica e atualiza, entre outras matérias, as relativas à autonomia, cuja regulamentação está a ser preparada, à iniciativa, bem como à abertura e fiscal-ização de estabelecimentos particulares e cooperativos.A recente aprovação do Estatuto do En-

sino Particular e Cooperativo por parte do governo vem confirmar uma mudança para a educação no nosso país.Este estatuto vai permitir instituir uma

real autonomia e flexibilidade e inicia uma nova etapa da relação entre o estado e o ensino particular e cooperativo., procuran-do incentivar a qualidade entre os projetos educativos.É muito importante para nós a qualidade

do ensino que é proporcionado aos nossos alunos, muito mais do que a natureza jurídica do estabelecimento de ensino.Usando as palavras do Sr. Presidente da

CNEF, é muito importante que se possa optar, indiferentemente entre escolas do Estado e escolas particulares.Os projetos educativos têm que fazer a

diferença.Trabalhamos para que as famílias pos-

sa ter a possibilidade de fazer as suas próprias escolhas entre projetos educativos.Este caminho está a ser feito pelos nos-

sos parceiros e aproveito para elogiar a postura de grande responsabilidade que, em tempos difíceis, a AEEP tem tido nesta matéria.A todos aqueles que, em Portugal, tra-

balham para a educação e formação dos nossos jovens, expresso o nosso reconheci-mento e o nosso agradecimento.

CNEF, 31 Janeiro de 201413

Page 14: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESTAQUE

“A constituição diz, no seu artigo 43, que é garantida a liberdade de ensinar e apren-der e completa, no mesmo normativo, que é garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.O problema deste debate sobre educação

não é, portanto, constitucional.Nunca vi ninguém invocar a constituição

para contrariar a liberdade de ensino. Não o poderia fazer.Mas, esclarecido isto, que é relevante, ou

seja, a liberdade de ensinar, a liberdade de aprender, a liberdade de escolher a escola dos filhos e a liberdade do ensino particular, do ensino solidário, do ensino cooperativo e do ensino de matriz religiosa ou outra, estão garantidas na constituição.A partir daqui é preciso retirar um conjunto

de consequências.A primeira, é que nunca esteve nem estará

em causa o papel do Estado no Sistema Educativo a partir do momento em que a constituição evita qualquer ambição de um Estado totalitário.Um Estado que se arrogue o direito de

programar ideológica ou culturalmente a educação não favorece a liberdade da sociedade em que se insere.O papel do estado foi, é e será muito rele-

vante no Sistema Educativo.Desde logo, porque o Estado é prestador,

em concorrência com outros setores, porque o estado é financiador e, indiscutivelmente, o estado é regulador.Nunca escaparão ao papel do Estado

definições estruturantes como a natureza do sistema nacional de avaliação.O país progrediu com o sistema de exam-

es nacionais.O Estado é essencial na definição das

relações de autoridade entre professores e alunos nas escolas e nas turmas.As funções de natureza inspetiva não po-

dem ser atribuídas a mais ninguém que não seja ao Estado.A definição das cadeiras essenciais de

um currículo nuclear reside naqueles que recebem o mandato de definir políticas e não pode ser entregue, em leasing, a mais ninguém.Há uma diferença entre o que é proprie-

dade da escola e serviço da escola.É falso que garantir um serviço público

de educação seja equivalente ou sinónimo que todas as escolas sejam propriedade do Estado.O serviço público de educação é aquele

que é prestado ao público. E o serviço público de educação que

é prestado ao público é-o pelas escolas do Estado mas é também prestado pelas escolas do ensino particular, começando por aquelas que têm com o próprio Estado subscrito um contrato de associação.Também é preciso clarificar o que sig-

Nota Editorial: A revista TER agradece a inestimável colaboração da CNEF - Confederação Nacional da Educação e Formação na cedência de mate-

riais de apoio, testemunhos, fotografias e outros documentos imprescindíveis à compilação desta rubrica. Em particular à Dr.ª Sofia Reis, dirigem-se os mais sinceros agradecimentos.

nifica a liberdade de escolha, tendo uma visão abrangente do que é a liberdade de escolha.A liberdade de escolha existe se existir

entre o Estadual e o privado.Liberdade de escolha é entre escolas do

Estado e escolas privadas, mas não se esgota aí.Liberdade de escolha deve ser também

entre escolas do Estado e escolas do Estado, entre escolas particulares e escolas partic-ulares, entre escolas solidárias e escolas solidárias.Ou seja, o que é preciso garantir é a diver-

sidade dos projetos educativos entre setores e dentro de cada setor.A visão estrita da liberdade de escolha é

entre o Estado e o privado.A visão completa da liberdade de escolha

é aquela que aponta para poder escolher, o que significa, evidentemente, que só se escolhe quando há diferença, e portanto é preciso providenciar a existência de proje-tos educativos diferenciados, escolher entre setores e dentro de setores da educação.É preciso reconhecer o papel extraor-

dinário que o ensino privado e que o ensino em contrato de associação prestou ao siste-ma democrático de ensino em Portugal nas últimas décadas.Os contratos de associação nasceram do

reconhecimento inteligente de que alguém podia ajudar o Estado para corrigir a insu-ficiência de oferta territorial do Estado em matéria educativa.Os contratos de associação não nasceram

de uma qualquer política de favoritismo. Nasceram do facto de o Estado não poder garantir na totalidade do território, num país razoavelmente atrasado como aquele que nós eramos há umas décadas atrás, serviço público de educação. E teve que ir procurar esse serviço junto do ensino de natureza não estadual. E por isso celebrou contratos. Negar que as coisas foram assim, é desconhecer a história.Negar que isto sempre foi uma matéria

consensual é não perceber a história de uma parte importante do nosso sistema de ensino.Foi o Estado que pediu os contratos de as-

sociação porque o Estado não tinha de per si capacidade de resposta à totalidade das necessidades educativas do país.”

Paulo Portas

Vice-primeiro-ministro

CNEF, 31 Janeiro de 2014

14

Page 15: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

OPINIÃO

A e

scol

a é

o m

eu m

undo

Joana olhou à sua volta e per-correu toda a cozinha com o olhar. Procurava a lancheira col-

orida que a avó tinha recheado com saborosas frutas e pão caseiro com mel das abelhas que sobrevoavam o fundo do quintal. Deu um beijo rápi-do à mãe e correu o mais rápido que conseguia até à paragem. Chegou quase ao mesmo tempo da travagem do Sr. José, o motorista do autocarro que todos os dias serpenteava serra abaixo até a deixar mesmo na porta da escola. Entrou na velha camioneta e sentou-se no último banco, como todos os dias fazia.-Bom dia, Laurinda.-Bom dia, Joana. Então preparada

para o teste de história?- Estou de consciência tranquila.

Estudei e esforcei-me ao máximo, por isso só pode correr bem.Laurinda era a sua melhor amiga.

Desde tenra idade que partilhavam descobertas, aventuras e confidên-cias. Percorriam os caminhos da vida de mãos dadas. Ajudavam-se mutuamente e encontravam nessa amizade um equilíbrio estável que lhes trazia uma sensação de segurança.Cantarolando passaram

o portão e como sem-pre depararam com o sorriso luminoso do Sr. Armindo, o porteiro da escola. Ele que tinha uma paciência infinita e palavras sempre cer-tas. Estava já perto da reforma, mas dizia que quando saísse da escola morria.Ao fundo ainda antes das

portas de vidro, lá estavam todos. A Isabel, a Sara, o Pedro, o Carlos e António Pereira, filho do padeiro da vila que tantas vezes acompanhava o pai na carrinha da distribuição. A escola era o lugar de tudo e de todos. Aprendera tanta coisa desde que lá chegara, não só o que vinha nos livros, mas também valores como a liberdade, a democracia, os direitos e os deveres de cada um, as boas maneiras e sobretudo a fazer perguntas. Sim, antes de tudo estava esse gosto que se tornou

numa necessidade de questionar. Foi o professor de matemática que logo desde a primeira aula e antes mesmo dos números lhes transmitiu essa máxima: “Para saber é preciso querer saber e para isso é necessário fazer perguntas”. A frase repetida vezes sem conta era já como que a imagem de marca do docente.Saramago, Pessoa e Camilo conhe-

ceu-os pela mão do professor Ante-ro, profundo conhecedor de literatura e contador e encantador de histórias. Jogava com as palavras e transfor-mava-as em imagens, despertava sonhos.Percorreu lugares tão longínquos

como a Sibéria, a Austrália ou a Mongólia, sem ser necessário sair da pequena vila, onde nasceu e onde vivia. O limite era apenas a imaginação e isso não lhe Faltava. O João que partilhava a mesma mesa na sala de aula era apaixonado por geografia e todos os dias lhe per-guntava uma capital de um país, as

maiores elevações, os mais famosos

vulcões ou as flor-

estas

mais inexploradas. As tardes solarengas de Maio che-

garam depressa e cada vez mais se aproximava o fim do ano letivo. Num desses dias, depois de um telefone-ma do pai, a mãe chamou Joana e disse-lhe:-Vamos para França, para Paris. -Quando? Nas férias? – Perguntou

inocentemente Joana.-Não filha... vamos viver para

lá- respondeu a mãe, consciente do impacto que a novidade traria.Foi como que se o mundo acabasse

de repente. Os sorrisos desapare-ceram e os dias sucediam-se agora sempre com a mesma tristeza. Não se deu por derrotada, tinha que tomar uma decisão difícil, mas tinha que ser, não podia adiar mais. Se bem pensou, melhor o fez. Preparou o discurso e antes do jantar ganhou coragem e começou a falar. As pala-vras custavam a sair, mas ainda as-sim lá conseguiu dizer o que queria.-Mãe... vou ficar cá. Não quero sair

daqui.-Nem pensar, filha. Eu e o teu pai já

decidimos. Vamos todos.-Peço-te que penses bem. Pensa no

meu futuro. O que tenho apreendi-do, as minhas notas…Pensa no que eu era e no que sou hoje.-Sim, és capaz de ter razão. Nunca

pensei que te transformasses numa aluna brilhante na pessoa maravilho-sa que és hoje.- Já falei com a avó e posso ficar

na casa dela. Sabes mãe…os meus amigos e a minha escola são a minha vida!Com os olhos rasos de água e a

garganta seca abraçou a mãe e esse momento ficou para sempre

gravado na memória. Anos mais tarde, no dia da entrega do

diploma da licenciatura, a jovem médica voltou

a abraçar a mãe e desta vez também o

pai. Entre dentes murmurou:

-Valeu a pena!

José Pedro Marques,Jornalista/Coordenador

de informação da RTP

15

Page 16: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

AMBIENTE

O tema desta edição da Revista Ter é “a Liberdade de Escolha da Escola”. Ora, o civismo ou a falta dele, também são escolhas e todos nós temos a liberdade de escolher a atitude certa ou errada. Um dos fatores que aponta um país

como desenvolvido é a cidadania dos seus habitantes.Senão vejamos: os países mais desen-

volvidos e com melhor qualidade de vida são os países nórdicos. Nesses países assiste-se a um grande civismo da pop-ulação, a um cumprimento das regras instituídas como sendo o comportamento normal.O que será preciso acontecer para que se

verifiquem estas atitudes em Portugal? Como poderemos querer um

Portugal mais desen-volvido se con-tinuamos a assistir

a situações incríveis de falta de cidadania e respeito pelo outro?Nós temos as infra-estruturas e sistemas

de recolha de resíduos dos mais desen-volvidos do mundo mas continuamos a desrespeitar as regras de boa utilização dos mesmos. Continuamos a assistir a colocação de resíduos fora de conten-tores, fora de horas ou dias próprios para a recolha e, o mais grave e revoltante, a colocação de resíduos indiferenciados nos ecopontos, contaminando os resíduos recicláveis que outros tiveram o cuidado de separar. Estimamos que cerca de 20% dos resíduos recolhidos nos ecopontos são refugo, ou seja, não servirão para reciclar pois não são recicláveis ou ficaram con-

taminados por resíduos que indevidamente foram

colocados no eco-ponto.

Aqui reside a raiz do

problema, temos um serviço eficiente, temos todos os meios à disposição, mas se não são usados como deveriam, não podemos ser bem sucedidos.Dou o exemplo do concelho de Braga,

onde a recolha de ecopontos, no centro urbano, é realizada diariamente. É rara a cidade europeia onde isto acon-

tece! Se temos este privilégio, qual é a neces-

sidade de colocar os resíduos na rua fora do horário devido, colocá-los fora dos ecopontos ou, mais grave ainda, colocar os resíduos indiferenciados no ecoponto? Será assim tão complicado guardar os

resíduos em casa por mais algumas horas? Será assim tão complicado separar as

embalagens nos ecopontos e não colocar qualquer resíduo indiferenciado que é um contaminante?Com estas atitudes nunca poderemos ser

um país desenvolvido pois a educação e o civismo estão na base de tudo. Tenho vindo a defender a uniformização

do sistema de recolha com a distribuição de sacos, pelos municípios, pelas empresas municipais de resíduos ou pelos serviços municipalizados de resíduos, de diferentes volumes e cores, os únicos a serem aceites para recolha, sendo o preço pago em função do volume dos sacos adquiridos. Os sacos dos indiferenciados seriam

os únicos aceites para recolha nos locais próprios, devidamente sinalizados, com uma base de betão e “garfos” para colo-cação dos sacos, ou então em contentores para resíduos indiferenciados, e os de cores seriam depositados nos ecopontos.Tudo isto teria de ser regulamentado e

fiscalizado, pois, infelizmente, em Portugal, só a fiscalização pode fazer com que os prevaricadores sejam erradicados.Normalmente, diz-se que os grandes

culpados do que está mal no nosso país são os outros, mas por vezes acabamos a fazer igual! Toda a gente sabe exigir os seus direitos

mas esquece muitas vezes os seus deveres.Há uma frase que diz “Se cada um

varresse a frente da sua casa, o Mundo seria mais limpo!”

Cidadania/Civismo

Pedro MachadoDiretor Geral Executivo da Braval

16

Page 17: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

TURISMO

O Porto e Norte de Portugal é um destino com uma oferta multifacetada, tor-nando-o ímpar e distinto, proporcionando férias ao longo de todo o ano.Fortemente marcado por rituais e festas

cíclicas que acompanham, de Janeiro a Dezembro, a metamorfose da paisagem que alberga uma enorme diversidade de cores e cheiros absolutamente energi-zantes, o Porto e Norte de Portugal é um constante apelo ao despertar dos sentidos, criando em nós um imenso prazer de viver.Pejado de coisas boas, de entre as quais

se destacam os sabores e os saberes de uma gastronomia de irrepreensível valor, que acompanha com os nossos vinhos únicos e mundialmente conhecidos, é também aqui que encontramos um vasto e rico património cultural, testemunhando as mais diversas manifestações de arte que desde os primórdios até aos nossos dias traduzem, muitas vezes, a força de uma inspiradora região nortenha.Distinguido já várias vezes como o destino

preferido dos portugueses, o Porto e Norte de Portugal tem vindo a revelar-se como um dos principais locais de eleição mun-dial, indo ao encontro dos interesses de targets diferenciados e a receber continu-adamente elogios e galardões de presti-giantes órgãos da imprensa internacional especializada.

Para o efeito, muito contribuem as excelentes condições que, do interior ao litoral, nos permitem oferecer turismo ver-dadeiramente ativo e um alargado leque de atividades náuticas, de entre as quais se distinguem os passeios e cruzeiros de barco, o rafting, a canoagem ou o surfing.Porém, tudo isto não seria possível se a

par de todo o nosso potencial, natural e cultural, não houvesse excelentes unidades de alojamento, restaurantes e infraestru-turas de apoio, que têm à sua frente o profissionalismo de gente que sabe e gosta verdadeiramente de receber.Desejando a todos continuação de um

Excelente Ano de 2014, espero sincera-mente que aceite as nossas sugestões e que aproveite para (re)visitar e conhecer o muito que ainda temos para lhe oferecer. A Turismo do Porto e Norte de Portugal,

E.R. vem por este meio agradecer a pres-tigiosa participação da Escola Profissional Amar Terra Verde na Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu de 12 a 16 de Março, p.p., agradecendo o imprescindível e aplaudido contributo que se revestiu de especial significado nesta salutar missão de consolidar o Porto e Norte de Portugal como Destino Turístico por excelência. Esta presença constituiu um exemplo

de coesão e de uma profícua promoção em escala, afirmando-se como um recon-

hecimento de todo o trabalho que temos desenvolvido e dos resultados de cresci-mento que o Porto e Norte de Portugal tem evidenciado consecutivamente, em termos de desempenho turístico. A presença do Turismo do Porto e Norte

de Portugal destacou-se, efetivamente, como o Stand mais visitado que ficou mar-cado pelo assinalável dinamismo decor-rente do vasto programa de animação, que atraindo de forma constante elevado número de participantes, se apresentou como uma apelativa grelha de leitura das nossas especificidades regionais. Os diversos players do Turismo do Porto

e Norte de Portugal estiveram connosco e contribuíram, decisivamente, para afirmar que a BTL, muito mais do que uma montra de Turismo é, sobretudo, uma importante oportunidade de negócios com reflexos manifestamente positivos junto dos agentes económicos da região. Os objetivos foram totalmente cumpridos

de uma forma sólida e eficaz. De facto, o Porto e Norte de Portugal deu um contribu-to decisivo para cimentarmos a BTL como certame líder nacional como plataforma renovada de negócios e da promoção turística nacional e internacional.

Porque para nós você é muito impor-tante, nós contamos consigo!

PORTO E NORTE DE PORTUGALELEITO UM DOS PRINCIPAIS DESTINOS DE FÉRIAS PARA 2014

Melchior MoreiraPresidente da TPNP-ER

17

Page 18: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

FLORESTA

Pela importância do problema, não podia deixar de fazer um balanço sobre o ano de 2013 no que respeita à negritude dos incêndios ocorridos.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) no último relatório revelou que, desde o início do ano até final de Setembro, foram consumidos pelos fogos mais de 120 mil hectares de território verificando-se um aumentou de 13% em relação a 2012 tendo atingido os 11% do número de ocorrências com um grande destaque para os grandes incên-dios.

Também ao nível de perdas humanas o Verão de 2013 foi catastrófico, ou mesmo considerado um inferno negro, com as chamas a roubarem a vida a oito bombeiros, desfazendo famílias e res-petivas Associações Humanitárias preju-dicando todo o espirito de voluntariado existente. São várias as causas para que estas

situações ocorram por isso limitarei o texto aos aspetos técnicos florestais, nomeada-mente a falta de gestão, a quase inexistên-cia de prevenção, o abandono do mundo

rural, deixando os aspetos relacionados com o combate dos incêndios florestais para os agentes da área.Os incêndios que deveriam ser encara-

dos como fenómenos naturais e portanto muitas vezes são até benéficos para a gestão e evolução da vegetação existente, são na maioria dos casos, incêndios que têm causas humanas, umas por questões de negligência, outras por razões dano-sas. No entanto, há na floresta portuguesa combustível em elevada quantidade que, combinados com as condições climáticas naturais de elevadas temperaturas, baixa humidade e vento reproduz, ano após

18

Page 19: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

FLORESTA

O Inferno negro

de 2013

ano, a tragédia social, pública e ambiental dos incêndios florestais.Incapazes de intervirmos sobre a tem-

peratura, a humidade ou o vento, resta-nos atuar sobre outros fatores que influ-enciam a severidade dos incêndios: a composição florestal, o ordenamento, a estrutura fundiária e as causas das ig-nições.

A existência de um contínuo de com-bustível florestal em elevada quantidade é o resultado de um mau ordenamento e da má, ou mesmo inexistente, gestão florest-al. A existência de fogos coincide princi-

palmente com as seguintes situações:- Zonas de matos, fruto da falta de cul-

tivo e do abandono das terras. Estas são normalmente áreas de baixo rendimento e de ausência de gestão, podendo coin-cidir algumas vezes com difíceis acessos e pastoreio.- Zonas de pinhal, de eucaliptal e infe-

lizmente acacial, plantações com elevado grau de combustibilidade, em especial quando mal geridas ou mesmo de inexis-tente gestão e ordenamento.

Mais de 80% das propriedades florestais do país, e sobretudo aqui no Minho, as explorações agrícolas e florestais são de pequena dimensão, inferior a 2ha e por isso muito dificilmente sustentáveis económica e socialmente. Esta situação não permite um ordenamento e uma gestão eficaz e sustentável, provocan-do uma total ausência de expectativas de rentabilização destas propriedades, provocando como consequência um maior abandono. Por outro lado, temos ainda o efeito do

chamado êxodo rural, ou o abandono do mundo rural, a substituição do interior pelo litoral e centros urbanos, e inclusive uma desenfreada emigração à procura de emprego, sustentabilidade e um futuro. Os terrenos são esquecidos, ficam sem a vigilância diária e a preocupação constan-te do seu cultivo.

Esta inércia poe em causa a sustentabi-lidade ambiental. Para além dos aspetos económicos e produtivos as questões de conservação e proteção, estão a ser prej-

udicadas também, surgindo consequen-temente problemas de sustentabilidade dos recursos naturais como a conservação do solo e da água, fundamentais para o futuro do planeta.

As causas dos incêndios estão estudadas. As estatísticas existem e são de fácil inter-pretação. É preciso com responsabilidade intervir e trabalhar com o público-alvo em causa, em ações muito específicas de modo a evitar as ignições. A sensibilização tem de ser direcionada e bem trabalhada, particularmente, envolvendo vários agen-tes e entidades. Por outro lado, tem de ha-ver implicações jurídicas, e nunca existir a impunidade na negligência e muito menos na intencionalidade de dano.

O clima está a permanentemente em mudança, prevendo-se que as tempera-turas aumentem e que os riscos de um incêndio infelizmente deverão crescer em quantidade. Se não for alterada a estrutu-ra de propriedade, criando-se regras de ordenamento e incentivando-se o Homem para a boa gestão florestal, a situação será cada vez pior. Serão necessários mais cuidados para combater e evitarem-se perdas de vidas humanas.

Que o inferno e o negrume do Verão de 2013 não volte a repetir-se na nossa flor-esta e que o futuro seja alegremente verde e cheio de uma esperança ilimitada.

É o meu desejo.

Fabíola OliveiraEngenheira Florestal

19

Page 20: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

EPATV recebeescritora internacionalda Guiné

Eco-Escolas em ação na EPATV!

Em resultado das relações internacionais que tem vindo a manter, a Escola Profissional Amar Terra Verde recebeu a visita da Drª Guillermina Mekui, escritora da Guiné Equatorial e diretora da Revista Meik, que visitou as instalações e oficinas da escola, finalizando com um almoço no restaurante pedagógico, confecionado e ser-vido pelos alunos de Restauração e orientado pelo Chef Vinagre.O diretor geral da EPATV, Dr. João Luís Nogueira, apre-

sentou os cursos e as potencialidades da escola, tendo acompanhado a visitante a vários pontos turísticos da região do Minho e Porto. Em Viana do Castelo foram, inclusivamente, recebidos pelo Presidente da Região de Turismo Porto e Norte de Portugal, Dr. Melchior Moreira.Esta é uma forma de projetar a EPATV em mercados

externos, demostrando a qualidade de excelência que preconiza, promovendo a região a favor de um cresci-mento turístico e gastronómico sustentável.

Inserido no projeto Eco-Escolas deste ano, o Grupo das Brigadas Verdes levou a cabo uma ação de promoção da Saúde e Bem- Es-tar, colocando em várias zonas da sede da EPATV, em Vila Verde, alguns dísticos de sensi-bilização à prática de exercício através de al-teração de atitudes diárias, em detrimento do sedentarismo que a tecnologia nos oferece.

Assim, os alunos do curso do 2º ano de Design Gráfico, Miguel Cunha, Ana Dantas, Paulo Freitas e Soraia Soares, procederam à colocação em todos os pisos, junto aos eleva-dores e às escadas, de dísticos que, de uma forma divertida, induzem à alteração de hábi-tos promotores de uma vida mais saudável. As fotos falam por si!

20

Page 21: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Oitavo Ciclo de Palestras de Eletricidade/Eletrónica

“Apostas múltiplas no Euromilhões”

No dia 15 de janeiro, os alunos do curso de Técnico de Energias Renováveis participaram no Oitavo Ciclo de Palestras de Eletrici-dade/Eletrónica, que se realizaram no auditório da EPATV.Responsáveis da empresa BOSCH Termotecnologia SA abordaram

o tema “Sistemas Solares Junkers e a sua excelência na integração arquitetónica”.A empresa Resulima dissertou sobre o tema “Reciclagem e Valori-

zação Energética de Biogás”. No dia 11 de março, os alunos assistiram a uma palestra sobre

Brasagem, no auditório da EPATV, da responsabilidade da empresa SOPORMETAL.

Com o principal objetivo motivar os alunos para o estudo da matemática, o Grupo Disciplinar de Matemática decidiu convidar vários matemáticos para mostrarem diversas situações do dia a dia onde a aplicação da matemática é fundamental.Assim, no dia 16 de janeiro, iniciou-se o ciclo com a palestra

“Apostas múltiplas no Euromilhões” dinamizada pela Doutora Cecília Azevedo, do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho. Durante uma hora e meia a palestrante partilhou diversas curi-

osidades acerca deste jogo que fascina milhares de pessoas de nove países da Europa. Pois, com apenas 2€ é possível ganhar milhões, é simples e fácil de jogar. Promoveu também uma acesa discussão acerca de várias

questões matemáticas subjacentes a este jogo, como por exemp-lo:• Será que para jogar é necessária alguma técnica engen-

hosa?• Haverá ciência por detrás deste jogo? • Sorte será a palavra chave? Certo é que segundo a oradora jogamos semana após sem-

ana... e vamos ganhando de quando em vez uns prémios que ajudam a comprar o boletim seguinte, esperando que as esferas numeradas e bem baralhadas façam o seu trabalho.

ESCOLA

21

Page 22: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Parcerias

EPATV promovem estilos de vida saudável

No âmbito do projeto Saúde Escolar e das parcerias com a UCC e GNR de Vila Verde, a Escola Profissional Amar Terra Verde recebeu nos dias 20 e 22 de Janeiro, uma visita da Escola Segura às suas instalações.

Esta visita teve como principais objetivos a sensibilização dos jovens para a problemática do consumo de drogas, a prevenção de comportamentos de risco e a promoção de estilos de vida mais saudáveis.

Para além de uma demonstração prática com os cães da GNR, foi muito participada a ação de informação/sensibilização levada a cabo pelos militares da GNR, que abordaram questões como as características dos consumidores, os diferentes tipos de drogas e as conse-quências do seu consumo, ajudando, desta forma, os cerca de 200 alunos presentes, a refletir acerca das suas crenças, atitudes e comportamentos no que diz respeito a esta temática tão pertinente nos dias de hoje.

A Direção da EPATV agradece a todos os intervenientes destas parcerias que, em conjunto, prosseguem o objeti-vo de uma saudável cidadania ativa.

22

Page 23: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

EPATV presente no Seminário Eco-Escolas em Braga

aplicar no seu contexto ou comuni-dade valorizando aquilo que é um bem de todos – o planeta terra.

O conselho Eco-Escolas, assistiu à divulgação dos novos projetos relativos à Eco-Escolas 2013/2014; informação relacionada com os te-mas do ano: agricultura biológica; mar e mobilidade sustentável. Este seminário proporciona ainda a par-ticipação em ateliers/ workshops de carácter prático conducentes a um enriquecimento de estratégias em educação ambiental. Por fim, foram apresentados alguns projetos de boas práticas em Eco-escolas para explicar de que forma se pode promover o espirito eco no nosso dia-a-dia para um a criação de um ambiente melhor e mais sustentável.

A EPATV é uma Eco-Escola com galardão Bandeira Verde desde o ano letivo 2006/2007 e aquando da auditoria sobre a implementação das boas práticas ambientais foi contemplada com uma classifi-cação de Excelência, graças ao empenho e dedicação de toda a comunidade escolar e dos seus parceiros.

O balanço foi extremamente pos-itivo e enriquecedor para a con-tinuidade do projeto Eco-Escolas na EPATV.

Durante 3 dias, um grupo de pro-fessores e coordenadores perten-centes ao Conselho Eco-Escolas da EPATV marcaram presença no Seminário Nacional Eco-Escolas 2014, que este ano se realizou em Braga.

Tal como vem sendo hábito, este evento reveste um carater impor-tante ao nível da educação am-biental, juntando vários parceiros, desde formadores, coordenadores, empresas e responsáveis dos mu-nicípios, em prol dos mesmos objeti-vos, por forma a incentivar atitudes e comportamentos promotores de uma melhor educação ambiental.

Além dos coordenadores a nível nacional e de representantes da ABAE, participaram nas cerimónias de abertura a Ministra do Ambi-ente, Dr.ª Assunção Cristas.

Foram divulgados novos projetos e boas práticas seguidas pela met-odologia dos 7 Passos preconizados pelo Programa Eco-Escolas, assim como a realização de workshops de carater prático e científico.

O principal objetivo, numa linha de continuidade, foi o de aprofun-dar conhecimentos, possibilitar uma partilha de objetivos comuns e a troca de experiências, para que as várias instituições/ entidades que se associam à Eco-Escola possam

23

Page 24: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

I PALESTRAS E WORKSHOP DE MECÂNICA

I PALESTRAS E WORKSHOP DE MECÂNICA - TEMA 1: DESIGN

Num ambiente de grande competitividade de mercado urge criar estratégias diversificadas que possibilitem a articulação entre diferentes áreas disciplinares que se interrelacionam de alguma maneira. Neste sentido, alguns profission-ais desta escola, Pedro Miranda, Domingos Silva e Ricardo Cabral, apostaram numa iniciativa que abre horizontes e demonstra aos jovens as portas que poderão abrir-se não só relacionadas com o campo de formação que frequentam mas também com outros ramos associados. Assim, decidiram promover as I Palestras e Workshop de Mecânica articu-lando diferentes vertentes. Estas dividem-se em três temáticas: Tema 1 - Design e Tema 2 – Brasagem. Haverá ainda uma outra palestra a realizar no terceiro período cuja temática é Soldadura.

No dia 28 de Janei-

ro o tema abordado foi o Design e contou com a presença de

profissionais que apresentaram, numa palestra, algumas linhas de orientação sobre o que pode ser desen-

volvido e articulado entre o Design e a Mecânica. Os alunos tiveram a oportunidade de perceber a amplitude dos projetos que podem ser realizados ao nível de design de equipamento com evidência de tra-balhos realizados no ensino superior pelo Prof. Ermanno Aparo (IPVC) e também de que forma podem ser desenvolvidos projetos de iniciati-va própria. Estes foram apresentados pelos responsáveis pela empresa CRUdesign, Rui Neto e Cristina Mouta, destacando que ser designer é muito mais do que realizar uns rabiscos ou ter umas ideias engraça-das. Apesar das dificuldades que encontraram lançaram-se na criação da sua própria empresa e de momento participam ativamente na pro-moção do design de equipamentos em feiras nacionais e internacio-nais. Também se realizou um workshop intitulado “Torre Infinita” sob a orientação do Prof. Álvaro Sampaio, docente do IPCA, e do Designer Rui Neto que teve por objetivo construir uma torre em papel Bristol. Os dinamizadores da atividade alertaram que a torre mais alta que foi construída tinha 3,15 m e cativaram a atenção dos alunos envolvidos. Os alunos que conseguiram construir a torre mais alta foram do curso de Design de Equipamentos com 2,10m.

24

Page 25: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

I PALESTRAS E WORKSHOP DE MECÂNICA - TEMA 2: BRASAGEM

ESCOLA

I PALESTRAS E WORKSHOP DE MECÂNICANo dia 11 de março abordou-se a temática de Brasagem como processo de soldadura. Brasagem é um fenómeno de

capilaridade no qual o material de adição penetra por capilaridade e o material base abre a sua estrutura molecular mas não participa na fusão e é utilizado nos cursos de Técnico de Frio e Climatização, Manutenção Industrial, Produção

Metalomecânica entre outros. A brasagem é um dos ramos da soldadura que é praticado em várias áreas industriais: frio, naval, aeronáutica, construção, eletrónica e manutenção e necessita de técnicas

especificas para que o trabalho seja bem executado. Neste sentido, o Engenheiro Carlos Cadima, representante da empresa Sopormetal, evidenciou a componente teórica

desta técnica e posteriormente fez uma demonstração prática alertando os alunos para as boas práticas durante a concretização da mesma.

Além da demonstração teórica e prática do processo de brasagem o engenheiro Carlos Cadima alertou para

a necessidade de usar as técnicas e os mate-riais mais adequados em cada um dos

processos para que o trabalho fique efetivamente bem

concretizado.

25

Page 26: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

CLDS Viver + promoveu sessões de empreendedorismo na EPATV

o potencial de empregabilidade. Por fim, salientou alguns cuidados fundamentais a adotar durante todo o processo de inserção do Mercado de trabalho desde a apresen-tação de candidaturas espontâneas até aos processos de seleção e recrutamento mais formais enfatizando as especificidades de cada profissão, de cada empresa bem como de cada pessoa.Paralelamente, foram realizadas sessões em

grupo com os alunos finalistas doscursos técnicos profissionais de Eletrotecnia, Restaurante/Bar, Frio e Climatização, Fo-tografia, Cozinha/Pastelaria, Mecatrónica Automóvel, Energias Renováveis, Multimédia, e Análises Laboratoriais. Reconhecendo a im-portância de uma maior articulação e aproxi-mação ao mercado de trabalho, estas sessões contaram com a colaboração de diversas empresas dos vários ramos de atividade que tiveram oportunidade de partilhar o seu teste-munho de empreendedorismo bem como de sensibilizar para algumas atitudes a adotar no mercado de trabalho. Por outro lado, foram também trabalhados, pelas técnicas do CLDS Viver+, alguns conceitos associados ao em-preendedorismo, bem como algumas orien-tações práticas na elaboração de respostas a anúncios e candidaturas espontâneas.O balanço final destas iniciativas foi bastan-

te positivo na medida em que permitiu uma maior aproximação entre o contexto formativo e o mundo empresarial em diferentes ramos de atividade e foi uma oportunidade ímpar para os alunos interagirem com empresários empreendedores e de sucesso sendo certa-mente, uma motivação para o futuro.

O CLDS (Contrato Local de Desenvolvi-mento Social) Viver +, promoveu durante os meses de janeiro e fevereiro, em parceria com a Escola Profissional Amar Terra Verde um conjunto de sessões de sensibilização para o empreendedorismo. Este ciclo de sessões iniciou com uma grande conferência realizada pelo Dr. Ruben Cruz e contou, ao longo dos dois meses, com a participação das empresas Arte & Desígnio, Damabrigo Bar, Doces Momentos, Imagens de Sonho, Sinergeo, e Vieira Lopes.Estas iniciativas contaram com a presença

de cerca de 200 alunos finalistas dosdiversos cursos profissionais e pretendeu sensibilizar os estudantes para a necessidade de desenvolver uma atitude empreendedora na inserção no mercado de trabalho bem como promover uma maior articulação com empresas dos diversos ramos de atividade.Na conferência inicial, o Dr. Ruben Cruz,

especialista da spark agency, analisouum conjunto de conteúdos sobre ideias, ex-periências, projetos e novas abordagens para transformar obstáculos em oportunidades e assim facilitar a inserção no mercado de trabalho. O palestrante iniciou a sua inter-venção com uma análise das caraterísticas atuais do Mercado e das empresas salientan-do a necessidade de adotar uma atitude proativa na procura de emprego. Por outro lado, referiu a importância de desde cedo investirem na construção de uma carreira enfatizando a mais-valia das competências transversais e o modo como estas poderão contribuir para uma maior competitividade pessoal e consequentemente aumentar

“Casting-Diamond Fashion Show”

26

Page 27: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

“Casting-Diamond Fashion Show”

No passado dia 10 de Fevereiro de 2014, decorreu no auditório da Delegação de Amares da Escola Profissional Amar Terra Verde,

um casting de seleção de modelos que irão participar em junho durante as comemorações das Festas Antoninas, no desfile

de moda denominado “Diamond Fashion Show”. Este evento é organizado pelo Curso Técnico de Comércio

- 3ºano, no domínio de construção de um projeto de PAP - Prova de Aptidão Profissional. O casting

contou com a participação de trinta e um partic-ipantes oriundos de diferentes comunidades

escolares, que se apresentaram ao júri constituído por três elementos, designa-

damente, Dr.ª Sandra Monteiro - Di-retora Pedagógica; Dr.ª Clara Sá

- Coordenadora da Delegação de Amares e a Professora

Sara Pimenta de Design e Audiovisuais, da EPATV.

27

Page 28: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

28

Page 29: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Workshop“Cozinha para dois”

No âmbito das comemorações do Namorar Portugal, a Escola Profissional Amar Terra Verde organizou um workshop de coz-inha, intitulado “Cozinha para dois”.

Sob a orientação do Chef Vinagre os partici-pantes puderam exper-imentar várias receitas culinárias com um toque de romantismo.

Vários foram os partic-ipantes que quiserem partilhar desta ativi-dade, que para além da aprendizagem pro-porcionou momentos de socialização no jantar que seguiu o workshop, com os pratos confe-cionados pelos próprios formandos.

29

Page 30: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Visita de estudo

“Potauco”Os alunos do

3º ano do Curso Técnico de Eletrotecnia, acompanhados pelos pro-

fessores Vitor Machado visitaram, no dias 13 de Fevereiro, a empresa Potauco Potência,

automatismos e comando, localizada em Braga.Esta visita de estudo teve como objetivo enquadrar

os conteúdos abordados nas várias disciplinas do plano curricular do curso. Na realidade, os alunos tiveram oportunidade de ver

fabricar quadros elétricos, numa empresa especialista no fabrico e montagem de quadros elétricos.

A Potauco é uma empresa que conta com um longo currículo e dispõem dos recursos, devidamente qual-ificados, para atender às necessidades da área

residencial, do setor terciário e da indústria.Foram uma visita muito enriquecedora,

prevalecendo a boa disposição e espírito de equipa.

30

Page 31: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

CORTA MATO

DISTRITALNo dia 14 de Fevereiro,

realizou-se o corta mato distrital da CLDE Braga.

O evento decorreu nos Terrenos Anexos à Pista de Atletismo Gémeos Castro – Guimarães, onde participaram dezoito alunos apura-dos na 1ª fase da nossa escola.

Apesar da chuva, do frio e do vento que se fez sentir naquele dia, todos se apresentaram com alegria e boa dis-posição.

Mais uma vez, os nos-sos alunos obtiveram resultados que nos deix-am cheios de orgulho. A todos felicitamos e agradecemos a precio-sa participação!

31

Page 32: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Inserido na programação do Namorar Portugal, e à semelhança de anos ante-riores, a Escola Profissional Amar Terra Verde organizou, no dia 14 de Fevereiro, o tradicional St.Valentine Breakfast Day, seguido da apresentação do novo produto da marca Namorar Portugal: Amoréme- amor em creme.O Amoréme é um creme corporal hi-

dratante produzido pelos alunos do curso de Análise Laboratorial da EPATV, inserido numa mostra de todos os produtos que a EPATV tem dedicado a esta campanha do Namorar Portugal, incluindo o conhecido “Licor dos Namorados”. Na presença da direção da escola,

alunos, professores, funcionários e repre-sentantes da autarquia, que presidiram à apresentação do creme “Amoréme” nos laboratórios da escola, os alunos fizeram a explicação técnica do produto a toda a comunicação social.Durante o “breakfast” decorreu uma

sessão filmada de poemas e mensagens dedicadas ao AMOR, orientada pelos professores António Cunha e José Carlos Barros, sendo que o trabalho foi realizado pelos alunos do Curso de Fotografia.

Seguidamente, no auditório da escola decorreu, uma ação informativa intitulada “(Re)enamore-se pela Europa” - Eleições Europeias 2014.Esta ação informativa contou com a

presença do Eurodeputado - José Manuel Fernandes, de Alzira Costa do CIED – Barcelos, do Diretor Geral da escola, João Nogueira, do Presidente da Câmara Mu-nicipal de Vila Verde, António Vilela e da Vereadora da Educação, Júlia Fernandes, entre outras individualidades de recon-hecido mérito nas temáticas europeias, e teve como objetivo principal sensibilizar os cidadãos para a importância da sua par-ticipação ativa e consciente nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, que terão lugar no dia 25 de Maio. Marcaram presença também alunos da

Escola Secundária de Vila Verde e alguns professores que amavelmente aceitaram o convite.“(Re)enamore-se pela Europa” é uma

iniciativa informativa sobre as Eleições Europeias 2014, promovida numa ação conjunta entre os Centros de Informação Europe Direct, o Gabinete de informação do Parlamento Europeu em Portugal e a Representação da Comissão Europeia em

Portugal com a presença de, pelo menos, um Deputado português ao Parlamento Europeu, em cada Centro. Localmente esta iniciativa é promovida

pelo CIED de Barcelos/Instituto Politécni-co do Cávado e do Ave (IPCA) e pelo Clube Europeu da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), orientado pela professora Lúcia Lopes, e com o apoio do Município de Vila Verde (CMVV).Durante a sessão os alunos apresen-

taram várias questões alusivas ao tema e foi estabelecido um diálogo muito eluci-dativo para todos os presentes. A manhã encerrou com o almoço de

degustação de uma ementa confecionada pelos alunos do cursos de Restauração- Cozinha/Pastelaria com a supervisão do Chefe Vinagre, inspirada no tema do Dia dos Namorados, em que estiveram presentes os diretores das escolas do concelhos para abordar a oferta formativa integrada para o concelho de Vila Verde.No final, o diretor da EPATV, João Luis

Nogueira, foi surpreendido no seu ga-binete por uma mostra de …”outro tipo de Amor…” por um grupo de alunos e professores da escola.

(RE) ENAMORAR NA EPATV

32

Page 33: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

A Escola Profissional AMAR TER-RA VERDE lançou para o Dia dos Namorados, em edição limitada e em celebração ao amor romântico, o amoréme, amor em creme. Na versão unissexo, os creme tem uma fragrância fiel ao charme deste dia. O amorInspirado na fres-cura dos citrinos que vivenciam uma sensação revigorante, na doçura do mel que nos trans-porta pelas urzes das terras mais altas, e o azeite das frondosas oliveiras que representam a força e a eternidade, o amoréme representa um sentimen-to com tom de renovação constante à cabeça, doçura no coração e robustez no tronco.

O cremeO amoréme é um creme facial suave com ácido hialurónico. A sua ca-pacidade para reter água é quase mágica mas a firmeza e a suavidade que confere à pele são reais. A sua capacidade de estimular a produção

de fibras de colagénio é funda-mental para a manutenção

da tonicidade cutânea. Sem parabenos, a este creme foi acrescentada a pro-priedade renovadora de extratos orgânicos de aloé vera. Possui assim uma ação profunda e eficiente

na pele, restabelece seu pH natural e promove a regener-

ação celular e a cicatrização do tecido. Feito para AMAR…

nesta TERRA de Vila VERDE… De salientar ainda que estes produtos foram criados pela turma de Técnico de Análise Laboratorial foram incluí-dos nos produtos Namorar Portugal.

(RE) ENAMORAR NA EPATV

Amor, em Creme

Imperfeito Sentimento,diferente de tudo o que já vivi,

morro por ti num momento e no outro vivo por ti…

(Adaptado de António

Zambujo)

33

Page 34: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Diz Não a um Inspirada nos versos do poeta, a delegação de Amares da EPATV, decidiu “provocar” a sua comunidade escolar, com uma nova proposta pedagógica ao cruzar 3 conceitos atuais: a saúde, os afetos e a estética. O dia de S. Valentim surge comummente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Este ano, desafiou-se os alunos a mudar um pouco esta tradição e a dar um novo simbolismo à data. Esta proposta surgiu no âmbito de um Projeto de Prevenção do Tabagismo, coordenado pela Equipa de saúde Pública da ACES Gerês – Cabreira, a desenvolver na delegação de Amares da EPATV este ano letivo.Diz Não a um Namoro a 3!!! , foi o mote provocatório que intitulou esta iniciativa que envolveu toda a comunidade escolar e vários elementos representantes da comunidade local, nomeadamente a Dr.ª Ivone Alves e a Sr.ª Enfermeira Maria do Céu Morais, elementos da Equipa de Saúde Pública da ACES Gerês- Cabreira e representantes e parceiros da coordenação do Projeto; o Vice-Presidente Jorge Tinoco e a Dr.ª Cidália Abreu, vereadora da Educação e Acção Social, da Câmara Municipal de Amares; Martinho Antunes, Presidente da Junta da União de Freguesias de Amares e Figueiredo; Emanuel Paredes, Designer da Equipa do Planeta D; Elisabete Sousa, representante do Ginásio Best Fitness Place, a Dr.ª Sandra Pimenta, do Jornal Praça Local e a Dr.ª Clara Sá,

Namoro a 3!!!

34

Page 35: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Como já dizia o poeta Luís Vaz de Camões“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades…”.

coordenadora da delegação da EPATV de Amares.O desafio principal foi um “Concurso - torneio” de logótipos, através do qual se pretendeu criar a identidade do projeto, atribuindo-lhe um símbolo e um nome produzidos pelos alunos. O desafio foi lançado e o objetivo alcançado… graças à competência e criatividade dos alunos do curso profissional de Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade. O dia 14 de Fevereiro foi a data acordada para a eleição do logótipo vencedor desta primeira fase, com a respetiva entrega dos prémios atribuídos aos três vencedores deste concurso. Os patrocínios deste evento foram assegurados pela União de Freguesias de Amares e Figueiredo com a oferta de um cheque vale no valor de 50 euros a descontar na loja de desporto - Planeta D; pela loja Planeta D, com o donativo de uma mochila EASTPAK e pelo Ginásio Best Fitness Place, com a atribuição de uma mensalidade gratuita.Ainda a propósito deste desafio, a comunidade escolar revelou-se mais ambiciosa ao surpreender todos os presentes com algumas

apresentações criativas sobre o tema lançado, tendo sido os recursos audiovisuais, a dança e a dramatização os mediadores artísticos utilizados nas suas intervenções.No final da atividade, todos os presentes foram encorajados a refletir sobre a necessidade urgente de

repensar certos hábitos, pois afinal “…todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades…”! SPO da delegação de Amares da EPATV – Joana Vilaverde Rocha

ESCOLA

35

Page 36: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Le jour du français…No dia 18 de fevereiro, a comunidade escolar participou no dia do Francês.

ESCOLA

36

As-sim, ao longo do

dia os alunos puderam degustar os

famosos crepes franceses com vários sabores, tão delicadamente confecionados pela turma B do 2º ano do Curso Técnico de Restauração

- Co- zinha / Pastelaria e gentilmente servidos pelas turmas de Técnico de Restauração da vertente Restaurante / Bar (2º e 3º ano), assim

como no serviço de almoço foi apresentado um menu típico francês.Os trabalhos realizados pela turma do 2º ano do Curso Técnico

de Secretariado estiveram expostos no átrio da escola bem como revistas francófonas para se poderem atualizar sobra os acontecimentos sociais desse país.Da parte da tarde, as turmas convidadas assistiram

ao filme de comédia intitulado “Vive la France”, realizado por Michael Youn que retrata a aventura de Muzafar e Feruz, dois pacíficos pastores do Taboul-istão, um pequeno país da Ásia Central desconhe-

cido do resto do mundo. A fim de atrair a atenção para a existência da sua pátria, o filho do pres-

idente decide planear um ataque terrorista e os dois ingénuos pastores são encarregues de destruir a

Torre Eiffel. Através de um momento repleto de boa disposição e divertimento, os alunos visionaram paisagens fantásticas de França, tendo também contribuído para o aprofundamento de conhecimen- tos no âmbito da história francesa.

À tous, MERCI!!!!

Page 37: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

e a Música Rock”“A Matemática

O Grupo Disciplinar de Matemática promoveu, no dia 20 de fevereiro, a palestra “A Matemática e a Música Rock”, tendo como orador o Professor Doutor Jaime Carvalho e Silva.Depois do sucesso da sua intervenção no ano letivo transato sobre a forma “Como a Matemática ajudou os aliados a ganhar a II Guerra Mundial (1939-1945)”, entendemos convidá-lo novamente, dado que este se interessa por diversos temas

de aplicação da Matemática. Mais uma vez, promoveu uma intensa e entusiástica discussão sobre a relação entre a Matemática e a Música. Esta palestra mostrou que, ao contrário do que se possa pensar, as duas áreas não são indissociáveis e até acabam por ter ligações visíveis. «Frequentemente aparecem relações inesperadas envolvendo a Matemática. Inesperadas, para quem pensa que a Matemática é uma área esotérica só cultivada por algumas mentes mais carentes de imaginação. Na verdade, a Matemática está presente em todas as áreas da atividade humana, incluindo a música. Se não é surpreendente que em grandes compositores, como Mozart ou Bach, se observe uma música permeada, de um modo até facilmente inteligível, pela Matemática, já poderá parecer estranho que a música Pop e a música Rock tenham alguma coisa a ver com a Matemática. Têm e muito».

37

Page 38: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

No dia 20 de fevereiro, a delegação de Amares da EPATV teve a honra de receber a visita do Senhor Arcebispo Primaz da Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga, acompanhado pelo pároco Pe. Avelino Mendes. Nesta sua visita, D. Jorge Ortiga, deix-ou uma mensagem a toda a comuni-dade escolar, que visa o despertar em cada um de nós de um sentido cada vez mais profundo em matéria de soli-dariedade e ajuda ao próximo. Incen-tivou também os alunos a participa-rem de forma ativa nas associações, nos grupos de jovens, pois numa época tão difícil como a que vivemos, é importante o desenvolvimento deste tipo de iniciativas.Foi a todos os níveis uma experiência muito enriquecedora, que trouxe até todos nós, a oportunidade de conviver de perto de tão ilustre figura.

à delegação de Amares da EPATV

VisitaPastoral

38

Page 39: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

English Language Day CelebrationOnce again our English school teachers

and students organized the English language day which was celebrated on the 25th and 26th of February. On the morning of the 25th, forty six stu-

dents participated in the English language quiz “A Question of English V”. This year’s winners were José Capela and Luís Barrão from the 1st year course of Industrial Main-tenance. In the afternoon we had the presence of

three university students, a Georgian, an Italian and a French one, who are presently doing ERASMUS in Universidade do Minho. They spoke to our students about ERASMUS and the importance of the English language not only for the experience they were living but also for their future career.The English breakfast has become a must

over the years in the celebration of the English language day at EPATV and so on the morning of the 26th everyone had the opportunity to have a full English breakfast with bacon and eggs. At lunch hour teachers and students were served fish n´ chips and apple crumble. The English Language Day is always a spe-

cial celebration for students and teachers!

39

Page 40: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

EPATV participa no programa Erasmus+Durante o mês de Fevereiro, a Escola

Profissional Amar Terra Verde (EPATV) rece-beu mais uma vez a iniciativa Erasmus in Schools. Desta feita, A Erasmus Students Network

Minho (ESNMinho) trouxe três estudantes do programa Erasmus oriundos de França, Itália e Geórgia, que efetuaram apresen-tações que procuraram mostrar à comu-nidade escolar os seus países, tradições e peculiaridades mas, também, as vantagens e a importância dos programas de mobili-dade para o futuro dos participantes.O responsável da ESNMinho, João Cos-

ta, apresentou a organização que preside, salientando o seu papel no âmbito da mobilidade internacional de estudantes e recém-graduados e destacando que o presente programa Erasmus+ contempla diversas ações abertas a todos os níveis e tipologias de ensino, com uma incidência específica sobre o ensino profissional.

Sensibilizou também os estudantes pre-sentes a abertura da ESNMinho para aceit-arem voluntários e para colaborarem na receção de estudantes estrangeiros, assim como noutras atividades. Houve espaço, ainda, para os presentes

colocarem questões aos palestrantes que tiveram a oportunidade de partilhar alguns episódios anedóticos da sua estadia no nosso país. As turmas participantes envolveram-se com

interesse na discussão e na colocação de questões aos participantes, tendo sido uma iniciativa frutuosa que deixou espaço para o estreitamento de relações entre a ESNMinho e a EPATV no âmbito de futuras colabo-rações.Estas sessões são uma excelente fonte de

formação e divulgação da experiência e valências dos estágios internacionais, que este ano estão todos sob o projeto Eras-mus+.

40

Page 41: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

“Problema de empacotamento

Inserida no ciclo de palestras promovi-das pelo Grupo Disciplinar de Matemáti-ca, decorreu no dia 27 de fevereiro, a atividade “Problema de empacotamento – Como arrumar um conjunto de caixas com medidas diferentes num contentor?” dinamizada pela Doutora Maria Fernanda Costa, do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho. Os alunos de seis turmas foram desafia-

dos a colocar um conjunto de caixas num

contentor, de modo a resolver um prob-lema de otimização, em que um dos ob-jetivos é conseguir um melhor aproveita-mento do espaço disponível, para levar o máximo de carga. Esta é uma problemáti-ca transversal à economia/transporte de mercadorias, uma vez que este tipo de problemas aparece em diversas situações práticas como as do carregamento de contentores, camiões, barcos e aviões.

Como arrumar um conjunto de caixas com medidas diferentes num contentor?”

“Como empacotar caixas de diversas dimensões num contentor?”

41

Page 42: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Carnaval Senior na Lagar´s

Sob o lema “ConVIVER com os idosos institucionalizados”, os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde - 3º ano e Técnico de Comunicação e Marketing- 2º ano, da Delegação de Amares da EPATV comemor-aram o Carnaval no dia 28 de Fevereiro na discoteca Lagar’s numa parceria de volun-tariado da Associação Valoriza, projeto Luz de Presença.A tarde foi marcada por muita diversão,

convívio e alegria, tornando memorável o Carnaval não só dos idosos, mas também dos alunos voluntários que colaboraram no encaminhamento, acompanhamento,

animação e cuidados aos idosos. Esta comemoração permitiu também reunir

algumas instituições do município de Ama-res, também elas parceiras da Delegação de Amares da EPATV, sobretudo em estágios e atividades da escola, sendo fundamentais para reforçar o vínculo estagiário e utentes das várias instituições de saúde. Fica a certeza de que estas atividades en-

riquecem, não só o percurso formativo dos alunos e voluntários, mas também um per-curso pessoal e cultural notável, dotando-os de competências relacionais preponderantes para o bom desempenho profissional futuro.

Alô…Alô!...EUROPA !

EPATVinaugura Antena de Informação Europeia

A Escola profissional Amar Terra Verde tem um novo espaço de informação sobre a União Europeia. Este espaço resulta de um protocolo com

o CIED – Barcelos, instituição sediada no IPCA (Instituto Politécnico do Cavado e Ave), e coordenada pela Dr.ª Alzira Costa.Fruto da experiencia da EPATV na gestão

de programas internacionais e da sua própria internacionalização, o CIED convi-dou a EPATV para esta parceria, sendo já a segunda Antena do distrito a ser implemen-tada. O objetivo desta Antena, que o Clube

Europeu da EPATV se propõe dinamizar a favor de toda a região, é promover a descentralização da informação, legislação,

políticas e programas de âmbito europeu, de forma a que todos os cidadãos tenham uma maior consciência dos seus direitos, recursos e oportunidades disponibilizados pela União Europeia. A sessão inaugural contou com a pre-

sença do eurodeputado, Eng.º José Man-uel Fernandes, do presidente do IPCA, Dr. João Carvalho, do diretor da EPATV, Dr. João Luís Nogueira, e de vários parceiros municipais e institucionais.O diretor da EPATV realçou o espirito

de missão e serviço público que a escola disponibiliza de forma a assegurar a todos o recurso à informação e à solidariedade europeia na procura de um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

42

Page 43: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

A Delegação de Amaresda EPATV abre portas às

mulheres de Amares no

Dia da Mulher!

“ A mulher, que à beleza do rosto une a beleza da alma, aos encantos da natureza aos da virtude, bem pode passar na terra por uma

imagem do céu.”(Catalina Severo)

As convidadas especiais, as MAÊS dos nossos alunos da Delegação de Amares da EPATV e utentes da Santa Casa da Misericórdia de Amares, foram presenteadas no dia 7 de Março pelo grupo de voluntariado EPAJUDA, com uma sessão de SPA promovida pelos alunos do curso Técnico de Termalismo.Num ambiente acolhedor, de cheiros e sons relaxantes, foram aplicadas técnicas de massagem de rosto, costas e pernas, premiando-as pelos múltiplos papéis que assumem diariamente.Ficam aqui alguns testemunhos das convidadas especiais que por aqui passaram: “ Parabéns aos alunos.

Adorei, foi fantástico! Gostei muito desta iniciativa! Encarregada de Educação“ As mãos destes alunos são penas! São o máximo! Utente da santa Casa da Misericórdia de Amares“ Foi muito bom, gostei muito! Utente da santa Casa da Misericórdia de Amares“De 1 a 100, a pontuação que dou

a esta iniciativa é 100! Gostei muito e gostava que repetissem a atividade! Parabéns à Escola e ao curso de Termalismo! Encarregada de Educação“Parabéns aos alunos e aos seus professores; gostei muito. Podem continuar com estas iniciativas, pois fiquei adepta! Encarregada

de Educação.De aspeto revigorado e espírito mais leve, as convidadas terminaram cada sessão com um chá reconfortante e uma oferta especial. A atividade, de importante valor técnico, permitiu aproximar gerações e partilhar histórias com vida!

43

Page 44: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Visita de estudo a grandes centros de produção e fabricação

Os alunos do 2º e 3º anos do Curso Técnico de Eletrotecnia, acompanha-dos pelos professores Vitor Machado e Pedro Arantes visitaram, nos dias 12, 13 e 14 de Março a EXIDE, a LISNAVE, a Central do Ribatejo, a barragem do Alqueva e a CENTAURO.

Esta visita de estudo a grandes cen-tros e produção e fabricação teve como objetivo enquadrar os conteú-

dos abordados nas várias disciplinas do plano curricular do curso.

Na realidade, os alunos tiveram oportunidade de ver produzir energia elétrica em grande escala (termoelétri-ca e hidroelétrica).

Foi também possível ver fabricar ba-terias para diferentes fins, bem como ver efetuar reparações e manutenções de navios de grande porte.

A visita teve momentos muito di-versificados, permitindo ainda assistir ao fabrico de equipamentos para ar condicionado e sistemas de frio.

Foram dias muito enriquecedores, aos quais se aliou o espírito de equipa e boa disposição característico dos alunos da EPATV.

Ficaram na memória bons momentos que o tempo não fará esquecer!

44

Page 45: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Angola visitam projeto EPATV

Diretores provinciais de

Após uma vis-ita preliminar do Diretor

Geral do Instituto de Fomento Turístico de Angola- INFOTUR, Drº Eugénio Clemente, à Escola Profis-sional Amar Terra Verde, onde o seu diretor geral, Dr. João Luís Nogueira, apresentou o projeto de ensino e for-

mação da EPATV

e da sua estratégia de internacionalização, o

Executivo angolano, organizou uma segunda visita à EPATV dos Diretores Provinciais de várias zonas de Angola, responsáveis pela área do Turismo, Hotelaria e Comércio.

Nesta segunda visita, os diretores provinciais tiveram oportunidade de conhecer a oferta formativa, bem como identificar estratégias de for-mação dos seus recursos humanos de

for-ma a

incrementar as potencialidades de

Angola.Assim, no passado dia 14 de março,

cerca de 35 diretores, acompan-hados pelo professor Luis Ferreira, visitaram as instalações da EPATV, ob-servaram o decorrer da formação em contexto de trabalho nas oficinas, es-clareceram várias questões, quer da formação interna, quer da externa, e degustaram um almoço oferecido pelos alunos de Restauração.

No final, ficaram várias propostas para serem estudadas, quer de for-mação local quer da possibilidade de envio de formandos para Vila Verde.

45

Page 46: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

EPATV promove reflexão sobre “Crise Demográfica: emigração, natalidade, envelhecimento”

A EPATV na Sessão

Distrital do Parlamento dos

Jovens 2014

No dia dezoito de março os deputados eleitos pela esco-la: Álvaro Miguel Silva, Ricardo Dias do curso de Restau-ração Cozinha Pastelaria, e Nelson Almeida do curso de Multimédia, acompanhados pela coordenadora do projeto em Vila Verde, Margarida Mota Lopes, partici-param na sessão distrital do Parlamento dos Jovens, no Instituto Português do Desporto e Juventude, em Bra-ga, onde defenderam o projeto de recomendação eleito pelos alunos das turmas envolvidas da EPATV, em Vila Verde.

Esta assembleia permitiu o debate de ideias e opiniões sobre o tema e elaboraram um projeto de recomendação representativo do distrito de Braga, bem como, possibilitou que os depu-tados pudessem manifestar a capacidade de argumentação, de defesa e crítica das propostas apresentadas.

Os “nossos” deputados demonstraram uma postura exemplar durante toda a ativi-dade e empenho em defender as suas medidas do projeto de recomendação. Uma iniciativa importante pelos assuntos abordados, cidadania, argumentação e debate de ideias, um bom exemplo de democracia.

A EPATV participou na Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens 2014 que se realizou no dia 18 de março no IPDJ (Instituto Português do Desporto e da

Juventude).Esta sessão distrital contou com a participação total de 31 escolas do distrito

de Braga com o intuito de debater a atual crise demográfica que afeta Portu-gal. Durante esta sessão procedeu-se à apresentação dos projetos de

recomendação, bem como à sua aprovação e debate de ideias centradas na problemática da natalidade, envelhecimento e emigração.Os projetos aprovados pela maioria das escolas presentes serão apresentados na

sessão nacional do Parlamento Jovens que decorrerá na Assembleia da República. A participação neste projeto “ Parlamento dos Jovens” permitiu cumprir os principais

objetivos como:- Incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política;

- Salientar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afe-tam o seu presente e o futuro individual e coletivo, fazendo ouvir as suas propostas junto

dos órgãos do poder político; - Incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos

valores da tolerância, da formação e da vontade da maioria.

46

Page 47: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Caminhada a S. Pedro Fins

Como forma de comemo-rar o dia da Floresta/Árvore, a delegação de Amares da Escola Profissional Amar Terra Verde organizou uma camin-hada ao Monte de S. Pedro Fins, no dia 21 de março.

A contrastar com os solar-engos dias antecedentes, o dia surgiu chuvoso, o que não desanimou nem inviabilizou a atividade.

Por volta das 9h30, todos os cursos da delegação foram convidados a plantar uma árvore, no espaço exterior da escola, assim como algumas espécies de ervas aromáti-cas.

Às 10h30, uma equipa de professores do ginásio Pro Energy sugeriu alguns exer-cícios preparatórios antes da partida.

A caminhada iniciou por

caminhos rurais e seguiu por trilhos íngremes, compensa-da pela fauna e flora, assim como, pela bela paisagem circundante, uma vez que o Monte de São Pedro Fins permite uma fantástica vista panorâmica sobre os vales dos rios Cávado e Homem.

Chegados ao cume do monte, foi altura de se impro-visar um abrigo, que permitiu a realização do piquenique em confraternização e espíri-to de partilha.

Terminada a refeição, e tendo em conta que a chuva persistia, as atividades previs-tas para a tarde acabaram por não se realizar.

Desta forma, iniciou-se o regresso à escola, num ambi-ente de verdadeira aventura, apesar das condicionantes atmosféricas.

47

Page 48: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Aventura ecológica na EPATV…

marca a diferença!Mais uma aventura na EPATV…esta

promovida pelo grupo “ Integrar” nos dias 20 e 21 de março, inserida nas comemorações do dia Eco Escolas da EPATV, do Dia Mundial das Florestas e do Dia da Poesia.

O objetivo inicial desta atividade foi sensibilizar a comunidade escolar para a importância da preservação do ambiente, salientando a necessidade de melhorar a qualidade de vida das populações através da invocação ao equilíbrio ambiental e ecológico, mas esta superou as expectativas e assumiu contornos de uma verdadeira aventura.

Esta atividade exibia um grau de ex-igência considerável, no que respeita ao trajeto que os participantes tinham que fazer em bicicleta, da EPATV ao Parque de Campismo de Aboim da Nóbrega. Mas, mais do que o grau de

dificuldade e as exigências em termos de logística que esta impunha, foram os afetos, a partilha de emoções, o es-pírito de interajuda, o convívio, espírito de equipa, o contacto com a Nature-za que mais se destacaram.

No final de tarde, já no parque de campismo, representantes da Camara Municipal de Vila Verde, associaram-se a esta atividade com uma palestra sobre a diversidade e proteção da natureza envolvente, sendo muito participada pelo grupo de alunos e docentes presentes.

Esta aventura foi um sucesso, graças

a todos os intervenientes: os alunos, que cumpriram o determinado e aci-ma de tudo estavam felizes e bem-dis-postos, os docentes, responsáveis pela atividade, os colaboradores e todos os que de alguma forma apoiaram esta iniciativa.

Todos estão, sem dúvida, de parabéns!

E… mais uma vez, a EPATV marca a diferença!…

48

Page 49: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

“Dia Mundial da Floresta e Dia eco-escolasna EPATV”

A EPATV assinalou o Dia Eco-Escolas no Dia Mundial da Floresta, 21 de Março com várias atividades que envolveram além dos alunos, professores e funcionários, a comunidade vilaverdense, o município de Vila Verde, em particular o Presidente e vereadores da Educação e do Ambiente e o corpo da proteção contra incêndios.Com esta atividade, pretendeu-se sen-

sibilizar a comunidade escolar para a importância da preservação do ambiente, salientando a necessidade de melhorar a qualidade de vida das populações através da invocação ao equilíbrio ambiental e ecológico.O grupo de professores que liderou esta

atividade organizou um acampamento no dia anterior (20 de Março) com cerca de 100 alunos que se deslocaram em bicicleta desde a escola até ao Parque de campismo da Aboim da Nóbrega, onde realizaram atividades de observação e registo da bio-diversidade e onde passaram a noite .Houve ainda lugar a uma palestra,

proferida pelo Engº António Vivas, sobre a preservação do meio ambiente local e sobre a plantação de espécies autóctones em zonas desflorestadas pelos incêndios.Na manhã seguinte, ação de plantação

das espécies prevista para a zona ardida de Prado S. Miguel, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Verde, foi adiada devido às condições atmosféricas adversas e deslocalizada para o recinto da EPATV onde a equipa técnica municipal de combate aos incêndios, liderada pelo Engº Miguel, fez uma ação demonstrativa da manipulação dos equipamentos e proce-deu-se à plantação simbólica de algumas plantas autóctones.No final da manhã procedeu-se ao

hastear da Bandeira Verde, na sua sexta edição, onde o grupo das Brigadas Verde da EPATV, na presença de várias entidades, empresas, direção, e comunidade EPATV, cantaram o hino da Eco-Escola, seguin-do-se um almoço comemorativo do evento.Da parte da tarde, o Drº Avelino Sousa,

liderou um workshop sobre a temática das Eco-eficiência na restauração tendo rece-bido muita atenção sobretudo pelos alunos dos cursos de restauração.A direção da EPATV agradeceu a todos os

envolvidos nestas atividades que muito en-grandecem o trabalho transversal da escola na formação de cidadãos conscientes e promotores de um futuro sustentável.

49

Page 50: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Jardim VerticalJardim Verticala dinamização deste projeto, o qual tem como objetivo conscientizar os alunos da importância de respeitar a natureza e os seres vivos vegetais como fonte de vida.

Fazer uma horta vertical de garrafa PET é uma forma de reutilizar as gar-rafas de plástico que vão para o lixo, uma forma sustentável de decorar a escola, e obter ervas aromáticas que,

de outra forma, têm que ser compra-das para uso na cantina.

Os alunos, em colaboração com as suas famílias, ficaram responsáveis por trazer garrafas PET de dois litros, vazi-as, bem como pela transplantação de plantas que os alunos tinham em casa.

A manutenção do jardim também será da sua responsabilidade.

ESCOLA

No dia 21 de março, decorreu a inauguração do Jardim Vertical “Er-vas Aromáticas”, desenvolvido pelos alunos do 1º ano do curso Técnico de Restauração - Restaurante/Bar, sob a orientação da professora Anabela Sil-va, no âmbito do Projeto Eco-Escolas.

O gosto por atividades agrícolas e de jardinagem partilhado por grande parte dos alunos da turma motivou

50

Page 51: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

No dia 25 de março, pelas 15h, na Escola Profissional Amar Terra Verde, reuniu-se o júri do Concurso de Fotografia orga-nizado pelas alunas Anabela Lopes, Cátia Pereira e Elisa Silva, no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional.

Os jurados, Sandra Monteiro, Luísa Fragoso, António Cunha, José Ferreira e Luís Gonçalves deliberaram as seguintes classi-ficações:

1º Lugar: Adelina Costa– Escola Profissional Amar Terra Verde

2º Lugar: Luzia Gonçalves– Escola Profissional Amar Terra Verde

concursode fotografia

51

Page 52: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

No dia 26 de Março, os alunos da delegação de Amares da Escola Profis-sional Amar Terra Verde, assistiram a uma Palestra subordinada ao tema “ Em-preender Mais”. Esta palestra revestiu-se de primordial importância para o curso finalista Técnico de Comércio, no âmbi-to da Prova Aptidão Profissional- PAP. O painel de palestrantes convidados contou com a presença de professores e alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo - Escola Superior de Ciências Empresariais, do diretor Dr. Manuel Fonseca; o professor Manuel Pereira, a Dra. Beatriz Fernandes e ainda da Coordenadora da delegação da EPATV, Dra. Clara Sá.Durante a palestra, os oradores trans-

mitiram conteúdos como a definição de

Esta atividade teve como função poder ajudar-nos no futuro, pois na sociedade que estamos inseridos, cada vez mais as pessoas têm que ter um espirito empreend-

- Definir um setor de atividade e pensar como fazer a diferença dentro desse setor de atividade;- Definir os principais objetivos do negócio no primeiro ano;- Caracterizar sumariamente a política de preços e de distribuição;- Como atrair recursos financeiros;- O naming da empresa (um nome apelativo de fácil memorização);- Formas de promover o negócio.

A atividade consistia em:

objetivos; quais as atitudes que se deve ter para se ser um empreendedor nos dias de hoje; ser criativo; saber usar o Marketing na Comunicação e ser persuasivo. Além dos conceitos, também duas alunas do IPVC, deram o seu testemunho e apresen-taram os seus projetos inovadores na área do ensino da dança- conceito low cost- e na prestação de serviços na área das repa-rações em pichelaria e da electricidade. No fim das apresentações, a Dra. Beatriz

Fernandes, propôs uma atividade prática a todos os alunos, sendo uma atividade em grupo que consistia na elaboração de um negócio de cariz empreendedor. Os alunos apresentaram os seus projetos e os ora-dores convidados emitiram os seus pare-ceres e considerações.

edor e aliado a este espirito uma grande paixão por tudo o que nos envolvermos, pois só assim é que se consegue alcançar os objetivos e ter sucesso!

Palestra sobre Empreendorismo

52

Page 53: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Visita de Estudo

Bosch e Olitrem

trem (Santarém).A visita de estudo foi muito proveitosa

para a formação dos alunos e cumpriu todos os objetivos a que se propunha. Além disso, proporcionou também momentos

muito agradáveis de convívio que professores e alunos certamente não esquecerão.

Com o objetivo de solidificar os conhe-cimentos teóricos/práticos relacionados com processos de soldadura, fabrico de permutadores e equipamentos de apoio aos sistemas solares térmicos, os alunos do terceiro ano de Técnico de Energias Renováveis realizaram uma visita de estudo nos dias 26 e 27 de março, às empresas Bosch Termotecnologia SA (Aveiro) e Oli-

53

Page 54: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Tal como as “Olimpíadas da Matemática”, o concurso “Canguru matemático 2014” pretendeu estimular e motivar os alunos para a matemática, que atualmente conta com representantes de 47 países e mais de 6 milhões de participantes em todo o mundo. Assim, no dia 27 de Março, reuniram-se no auditório cerca de

50 alunos para resolverem uma prova que consiste num ques-tionário de escolha múltipla de várias questões de dificuldade crescente, aliando desse modo os conhecimentos matemáticos ao lado lúdico da disciplina.Foi uma tarde divertida e, mais uma vez, a atividade decorreu

num clima de competitividade saudável!

“Canguru matemático 2014”

Visita Estudo Museu da Imagem e arquivo distrital de BragaNo dia 26 de Março de 2014, as turmas

de Técnico de Fotografia 3ºano e Técnico de Secretariado do 2ºano, deslocaram-se a Braga com o objetivo de consolidar e colocar em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula. Assim, visitaram pela manhã a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, e da parte da tarde di-rigiram-se ao Museu de Imagem e ao arquivo distrital em Braga. Os alunos mostraram-se participativos e

responsáveis nas atividades desenvolvidas ao longo do dia. Esta visita de estudo permitiu a partilha e o

convívio num momento de aprendizagem.

54

Page 55: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Noite Solidária de Tributo a António Variações

Decorreu no dia 28 de Março, a Noi-te Solidária organizada pelo grupo de voluntariado EPAJUDA da delegação de Amares da EPATV

Nesta segunda edição, e de forma a assinalar os 70 anos do nascimento de António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido entre nós por António Variações, o grupo de voluntariado decidiu homenagear a obra deste icónico músico Amarense, que ficou na história da música portuguesa, com um programa de variedades peculiar onde vários “pequenos” artistas das novas gerações subiram ao palco para “variar sobre Variações” repre-sentando, dançando e interpretando alguns dos temas do cantor.

Esta noite, contou ainda com um momento especial, pois no grupo de alunos participantes encontrava-se o sobrinho do cantor que prestou hom-enagem à sua família, também pre-sente na assistência, com a interpre-tação da música “Deolinda de Jesus”, mãe de Variações e avó do aluno do curso Técnico de Comércio.

Esta foi mais uma iniciativa solidária que teve o intuito de angariar fundos para as diversas causas SOLIDÁRIAS que o grupo de voluntariado apoia ao

longo do ano quer na escola quer na comunidade envolvente.

Ao longo das últimas semanas que antecederam este evento, foi gratificante assistir ao empenho e dedicação de todos os elementos da nossa comunidade escolar, que mais uma vez se uniu e mobilizou para apoiar esta causa.

Esta noite foi, sem dúvida, muito especial para todos, pois para além de ter envolvido toda a comunidade escolar, alunos, encarregados de educação, funcionários, docentes e vários elementos da direção da EP-ATV, também contou com a presença da Sr.ª Vereadora da Educação e do Sr. Vice-presidente da Câmara Municipal de Amares, bem como de muitos dirigentes e representantes das instituições nossas parceiras a quem dirigimos um agradecimento sincero.

Como já dizia António Variações ”…visitas, encontros, essa troca que nós somos, este prazer de trocar…” “…gos-to de ver e ouvir, a ternura de cantar”!

Por isso mesmo, são encontros como estes que nos permitem, por alguns momentos, trocar de papéis, ver com o coração e partilhar na solidarie-dade!

55

Page 56: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Técnico Auxiliar Saúde

Nos dias 31 de Março e 1 de Abril, a turma do 2º ano de Técnico Auxiliar de Saúde realizou uma visita de estudo, que decorreu na cidade de Lisboa.

Visitaram-se duas instituições emblemáticas do panorama nacional do setor da Saúde: O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e o Instituto de Emergência Médica.

No primeiro dia, visitaram-se as insta-

lações do Instituto Dr. Ricardo Jorge. Aqui, após uma sessão de boas-vindas e palestra de introdução às áreas de conhecimento trabalhadas na instituição, foram visitadas as

instalações de três secções do instituto: a de Genética Pré-Natal, Genética Molecular e, por último, as instalações de vanguarda da secção de Proteómica.

A visita foi acompanhada por técnicos su-periores dos diferentes visitados que explicar-am detalhadamente os procedimentos da in-stituição, mostrando grande disponibilidade para responder às questões dos alunos.

Na manhã do segundo dia foram visita-

das as instalações do INEM, onde houve a oportunidade de visitar uma ambulância de emergência, acompanhados por um técnico

tripulante de ambulância de emergência que explicou e mostrou cada equipamento e detalhe do veículo. Um pouco depois foi visitado o CODU-Sul de atendimento de emergência médica, onde se puderam ver os TOTE (técnicos de operação telefónica de emergência) em atuação.

A visita foi bastante frutuosa e estimulan-

te para os alunos que, entusiasticamente, colocaram diversas questões respeitantes ao ingresso nas instituições visitadas e ao seu funcionamento.

Visita de EstudoTécnico Auxiliar Saúde

56

Page 57: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

Bienal na EPATV…com Luis Coquenão

Inserida na 4º edição da Bienal na

Escola, realizou-se na EPATV a habitual

oficina de “arte” com a presença do

Diretor Artístico da Bienal, o pintor Luis

Coquenão, que proporcionou aos alunos

de Design Gráfico um interessante work-

shop sobre vários conceitos e técnicas,

tais como a associação entre design

e arte…a ética e os compromissos da

Arte…Aproveitando o ensejo, o pintor fez

a apresentação da Bienal, que este

ano tem como tema predominante as

Cidades Educadoras, como a cele-

bração da cultura e da arte a “longo

prazo”.À sessão, além dos alunos, assistiram

as professoras Fátima e Sara Pimen-

ta, a diretora pedagógica, Sandra

Monteiro, a vereadora da educação,

Júlia Fernandes, e a responsável da

organização, Delfina Mendonça.

No final, Luis Coquenão convidou

todo o grupo para uma visita prática

ao seu atelier em Prado, que deverá

ocorrer no próximo mês de maio.

57

Page 58: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Mais uma vez, a delegação de Amares da EPATV, através dos alunos dos cursos Técnico de Termal-ismo; Técnico Auxiliar de Saúde- 2º ano; Técni-co de Comunicação e Marketing e Técnico de Comércio, deu o seu contributo na elaboração de mais de duas dezenas de ovos da Páscoa. O resultado deste excelente trabalho, empen-

ho, e dedicação pode ser admirado no Largo do Município, na freguesia de Amares.A inauguração da exposição da atividade “

Pintar a Páscoa IV”, contou com a presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Amares, Prof. Manuel Moreira do Sr. Vice-presidente, Dr. Jorge Tinoco, e da Sra. Vereadora da Educação e Ação Social da Câmara Municipal de Amares, Dr.ª Cidália Abreu, do Sr. diretor do Agrupamen-to de Escolas de Amares, Dr. Pedro Cerqueira e dirigentes e representantes de diversas Instituições e Associações; da Dr.ª Sandra Monteiro, diretora pedagógica da EPATV, da Dr.ª Aurélia Barros, diretora financeira da EPATV e, da Dr.ª Clara Sá, coordenadora da EPATV - Delegação de Ama-res, bem como de inúmeros alunos e público em geral.Mais uma vez, foram inúmeras as entidades/

instituições e Associações que se envolveram nesta já tradicional atividade de Páscoa.O nosso muito obrigado a todos os que das

diferentes maneiras, formas e cores contribuíram para o sucesso desta atividade.

Pintar a Páscoa

IV ESCOLA

58

Page 59: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Já na 8ª edição da tradicional exposição Pintar a Pascoa, promovida pela EPATV em parceria com o Municipio de Vila Verde, foi inaugurada a exposição deste ano com mais de três dezenas de ovos que em cada ano se reconhece maior criatividade dos participantes.Contando com a presença da vereado-

ra da educação, Dr.ª Júlia Fernandes, do diretor da EPATV, Dr. João Luís Nogueira, acompanhado da restante direção, bem como de vários parceiros, assinalou-se a abertura oficial. Para animar o evento, muito agradou aos

presentes a atuação do Grupo de Voluntar-iado da EPATV.A EPATV e a Camara Municipal de Vila

Verde agradeceram a colaboração de to-das as instituições e de todos os envolvidos nesta atividade.

Pintar a PASCOA VIII inauguraexposiçãoem Vila Verde

ESCOLA

59

Page 60: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLAESCOLA

Shakespeare explode de orgulho: EPATV mostra Amor & Paixão em “Romeu e Julieta”!

Porque são estes momentos que ficam na nossa História…

A Escola Profissional Amar Terra Verde foi palco, no dia 3 de abril, do Musical “Romeu e Julieta”, encenada pelo seu grupo de teatro, o EPATeatro.O projeto baseou-se no original homónimo de Wil-

liam Shakespeare e aliou à representação o canto e a dança, com a participação do Coro EPATV e do Grupo de Dança. A sonoplastia e os cenários da peça foram realizados

por professores e alunos das várias áreas dos cursos da escola, o que muito enriqueceu o projeto. A luminotecnia ficou a cargo da turma do 3º ano do Curso Técnico de Eletrotecnia, no âmbito de um projeto de PAP.No palco, cerca de trinta alunos encantaram todo o

auditório com o trágico amor de Romeu e Julieta, dois jovens de famílias antagonistas, em Verona, Itália. A representação foi tão intensa, o sentimento transpar-

ecido tão pungente, que não deixou ninguém indiferente, sendo várias as lágrimas de emoção vertidas pela plateia. O empenho, arte e engenho de todos os elementos do EPATeatro foram presenteados com efusiva ovação. O EPATeatro comoveu-se, de igual modo, com todas as

manifestação de carinho e agradecimento de que foi, tão inesperadamente, alvo. Foi, também para o EPATeatro, uma surpresa a forma como o receberam e apreciaram o seu trabalho, mostrando-lhe que as longas horas de ensaios, os sacrifícios e até os contratempos, vivenciados neste projeto tão ambicioso, valeram a pena. Foi um sucesso!!! Mas este sucesso deveu-se, de igual forma, à insubsti-

tuível colaboração de tantas pessoas que, não perten-cendo ao EPATeatro, se disponibilizaram para auxiliar em todas as tarefas, viabilizando este trabalho e tornando-o um êxito magnífico. Assim, o EPATeatro dirige um agradecimento emociona-

do a Ana Cadete, Anabela Silva, António Cunha, Domin-gos Silva, Francisca Borges, Joana Gomes, João Martins, Lúcia Lopes, Maria João Campos, Maria João Dias, Pedro Miranda, Rosa Vieira, Rui Ferraz, Rui Silva, Dra. Sandra Monteiro, Sr. Sebastião e Vítor Machado. Um agradecimento especial à Dra. Liliana Nogueira,

pelo ensaio dos momentos musicais, e a Glória Lago, pelo ensaio das coreografias. Obrigado a todos, estareis para sempre no coração do

EPATeatro!

EPATV comemora Dia Mundial do Teatro

EPATeatro apresenta…

MUSICAL

ROMEU E JULIETA

60

Page 61: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLAESCOLA

Para assinalar a quadra festiva da Páscoa e mantendo a tradição, no dia 04 de abril, a comunidade escolar da del-egação de Amares da EPATV assistiu e participou na Missa Pascal. A missa foi presidida pelo Sr. Padre Avelino Mendes, e

contou com a presença do diretor da escola, Dr. João Luís, da Diretora Pedagógica, Dra. Sandra Monteiro; da Coorde-nadora da delegação, Dra. Clara Sá e da Dra. Cidália Abreu, Vereadora da Educação e Ação Social da Câmara Municipal de Amares.Um conjunto de alunos ensaiados pelo professor Marco

Alves, foram os dinamizadores da eucaristia, entoando cân-ticos alusivos à Celebração Pascal e a organização de toda a eucaristia foi promovida pela professora Clara Sousa.Antes do término da celebração, foi dada a bênção a todos

os finalistas.No final da cerimónia, alunos, professores e funcionários

partilharam o tradicional almoço de Páscoa e assistiram à visualização de um filme alusivo a esta época pascal, assina-lando desta forma o final das atividades letivas do 2º período. Desta forma, a comunidade escolar partiu para férias, com

um sentido de grupo, tal como é atributo nesta escola.

Para encerrar mais um período letivo, no dia 4 de abril, pelas 11h30, realizou-se a Comunhão Pascal, no auditório da EPATV, em que participou toda a comunidade escolar.A eucaristia foi celebrada pelo senhor Arcipreste de Vila

Verde, Padre António Rodrigues, que referiu a importância deste momento de reflexão.Os alunos finalistas, o grupo EPAJUDA e a direção da escola

participaram no ofertório, entregando um objeto simbólico do curso que estão a concluir, pedindo protecção e coragem para ingressar no mercado de trabalho.Para abrilhantar a cerimónia, os alunos da EPATV, orientados

pelo professor Marco Alves, deram voz aos cânticos eucarísti-cos.

Comunhão Pascal

61

Page 62: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

A revista Sábado lançou o desafio…e a EPATV aceitou!No dia 21 de Março, dia em que a Esco-

la Profissional Amar Terra Verde assinalou o seu dia Eco-Escolas, entre muitas outras atividades dedicadas a esta temática, a EPATV plantou a capa da revista SÁBADO.

A atividade foi registada e enviada para a referida revista, que as publicou no seu site oficial e no facebook!A atividade foi muito animada e até o

diretor da escola veio ajudar! Agora toda a comunidade escolar fica ansiosamente à espera dos resultados!

Veja as fotografias no site e facebook da revista sábado através dos links:http://www.sabado.pt/Dossies-SABADO/Dossies-SABADO/IniciativasSABADO/Na-(1).aspx.e.10151985206182944.1073741847.52858607943&type=3&uploaded=4

EPATV na revista

62

Page 63: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Mais uma vez, a Escola Profissional Amar Terra Verde proporcionou inscrições para os estágios internacionais ao abrigo do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Leonardo da Vinci.Estas experiências internacionais visam reforçar a apren-

dizagem mútua, o trabalho em cooperação e a diversi-dade linguística, de forma a melhorar as competências profissionais, pessoais e culturais dos seus alunos, colo-cando-os em pé de igualdade com os seus congéneres europeus na procura de um futuro profissional de quali-dade, integrado numa sociedade de conhecimento suste-ntável, inovador e inclusivo.Foram 12 os alunos selecionados entre as áreas de

restauração, eletrotecnia, fotografia, multimédia e análise laboratorial, tendo como países de destino a Espanha, Itália, Malta e Roménia, sendo que, são programas cof-inanciados pela Comissão Europeia, não representando qualquer custos adicionais para os alunos.A EPATV também se candidatou a para mobilidades e

atividades de “Job shadowing”, ao abrigo do novo pro-grama europeu Erasmus + que, num leque mais alarga-do, vai substituir o anterior PALV.

EPATV oferece aos seus alunos Experiência Internacional

ESCOLA

63

Page 64: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

À semelhança de anos anteriores, a Escola Profissional Amar Terra Verde está colaborar na execução do Plano de Formação da Comunidade In-termunicipal do Cávado (CIM). Esta formação destina-se a colaboradores das autarquias integrantes desta co-munidade.

A EPATV vai executar sete ações que abrangem as seguintes áreas:

• Desenvolvimento psicológico da criança e do jovem; • Crianças com necessidades

educativas especiais; • Riscos profissionais; • Curso Europeu de Primeiros

Socorros e • Conceitos básicos de segurança,

higiene e saúde no trabalho.

Respondendo com qualidade em todas as solicitações, a EPATV reuniu o seu grupo docente e está a levar a cabo as ações de formação, na expectativa de contribuir para uma aprendizagem salutar de todos os formandos.

Formação externa

ESCOLA

64

Page 65: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

ESCOLA

“A escolha acompanha o Homem em toda sua vivência emocional” (Pinto, 2003), porém qualquer escolha impli-ca deixar para trás outras opções.A adolescência é um período de con-

solidação da identidade, no qual os jovens se deparam com uma série de escolhas que definirão o seu futuro, entre elas a escolha profissional. Con-tudo, a escolha e construção de um projeto de vida profissional não é uma tomada de decisão simples pois está relacionada com diversos factores ao nível psicológico, social e cultural. Neste sentido, a orientação, as-

sume-se como um recurso que per-mite ao individuo relacionar e integrar os seus papéis de vida de modo a construir objectivos de carreira. O Serviço de Psicologia e Orientação

da EPATV (sede e delegação de Ama-res) proporciona uma ajuda especial-izada na construção e implementação do projeto escolar e profissional dos seus alunos. Incluindo neste processo

atividades de avaliação psicológica, aconselhamento e informação esco-lar e profissional, desenvolvidas quer individualmente, quer em grupo. Pre-tende-se deste modo apoiar o jovem na sua tomada de decisão vocacional, com base num melhor conhecimen-to de si próprio, dos seus interesses, valores, aptidões, oportunidades es-colares e profissionais existentes. Este apoio especializado poderá assum-ir-se como decisivo na realização de escolhas mais realistas e consistentes com o projeto de vida dos jovens.A concretização deste processo pres-

supõe a passagem por várias etapas e por diferentes graus de monitorização, isto é implicam maior ou menor au-tonomia por parte dos alunos. Para os alunos que terminam o 3.º

ciclo, esta é uma fase importante de tomada de decisão, uma vez que são confrontados pela primeira vez com uma escolha relativa ao seu futuro escolar e profissional. O objetivo deste

processo prende-se sobretudo com a exploração dos interesses e competên-cias dos alunos cruciais para a sua tomada de decisão vocacional.Para os alunos que terminam o

ensino secundário, a orientação pode assumir duas formas de intervenção, uma relacionada com o prosseguim-ento de estudos para o ensino superi-or e outra dirigida à preparação para a entrada no mercado de trabalho.

Todos estes passos mencionados, vêm reforçar a importância do aluno ser proativo neste processo de tomada de decisão, no qual o psicólogo se assume apenas como um facilitador. Mais importante do que ajudar a

fazer escolhas, é capacitar o jovem através do treino de competências que promovam a sua adaptabilidade aos desafios desenvolvimentais com que se irá deparar ao longo da vida.

Serviço de Psicologia e Orientação Joana Gomes e Joana Vilaverde

Serviço do Psicologia da EPATV

65

Page 66: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Orientação escolar e profissional: o desafio das oportunidades

OPORTUNIDADE

Viver em sociedade é um desafio con-stante pelas exigências colocadas todos os dias. Falamos das exigências familiares, profissionais e educacionais. Em tempos remotos, que quase já ninguém recorda, as exigências educacionais eram dos pais para com os filhos. Os nossos avós e pais, os que tiveram oportunidade de ser alfabetizados através do sistema formal de ensino, após a escolaridade obrigatória ou possível, raramente mais pensavam em educação para si. Esta preocupação orientava-se para os seus filhos.Atualmente, a Educação ao longo da

vida configura-se como mais uma preocu-pação em virtude das exigências profis-sionais e sociais. Aceder à formação ao longo da vida interliga-se de forma con-creta com a cidadania ativa. A Escola, a Educação e Formação são o trilho para a

liberdade, a informação e o conhecimen-to. Esta triologia conceitual permite-nos aceder a ferramentas que promovem a nossa consciência identitária. E que nos permitem ter cidadania, porque ter cidadania não é apenas a questão formal de pertencer a uma comunidade. É um conceito abrangente de direitos e deveres, e cada vez mais de acesso a informação para agir de forma proactiva.A escola enquanto instituição reconfig-

urou-se e nesta transformação o acesso ao ensino acontece independentemente da idade. À escola são exigidos desafios no sentido de agregar diferentes gerações com uma aposta em práticas formativas inovadoras e diversificadas. Ao ensi-no/ formação exige-se cada vez mais a promoção de competências pessoais e profissionais, as designadas softs skills.

Neste desafio há que considerar o aluno/formandos com papel principal na con-strução da aprendizagem, numa perspeti-va de desenvolvimento integral. Se cada vez mais se fala da importância

da educação/formação ao longo da vida é fundamental que o acompanhamento aos cidadão seja também ao longo da vida, permitindo-lhe estabelecer mudanças estruturais em termos das suas qualifi-cações, reformulando perfis escolares e/ou profissionais.De acordo com alguns autores, nomea-

damente Gonçalves (2000), o desenvolvi-mento vocacional é a confrontação do individuo com as sucessivas tarefas rela-cionadas com a elaboração, implemen-tação e reformulação de projetos de vida.A orientação escolar e profissional cada

vez mais deve ser norteada pelas ex-

66

Page 67: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

OPORTUNIDADE

periências de vida de cada pessoa que influenciam as suas escolhas. Centra-se na formação ao longo da vida, independen-temente dos contextos. Esta interpretação reforça a importância dos contextos não formais e informais, para as decisões em contextos formais. O mercado de trabalho é cada vez mais

competitivo, e as ofertas de emprego são cada vez menores e em áreas diferencia-das, que nem sempre correspondem às áreas em que os índices de desemprego são mais elevados. Assim, mais que con-truir um projeto vocacional, na perspetiva humanista/naturalista da vocação “com que nascemos” é fundamental construir um projeto de acordo com as oportuni-dades de emprego e formação disponíveis. Cada vez mais a orientação deve ser

encarada ao longo da vida de forma a conseguir uma requalificação e treino de competências transversais que permitam a empregabilidade.Os cidadãos devem aceder a uma for-

mação que lhes possibilite serem capazes de fazer face às constantes mutações do mercado de trabalho, de forma proactiva. Assim, citando a Resolução de Conselho de Ministros da União Europeia de 21 de

Novembro de 2008, a orientação deve permitir aos cidadãos “identificar as suas capacidades, competências e interesses… e gerir o seu percurso de vida na edu-cação, formação, trabalho (…).”A rede nacional de Centros para a Quali-

ficação e o Ensino Profissional- CQEP é referenciada como reforço da qualificação

e mobilização para a aprendizagem ao longo da vida, contribuindo para a empre-gabilidade. Os cidadãos poderão encon-trar nestas estruturas apoio na orientação para a definição da sua carreira ou para redefinição da mesma.O CQEP da Escola Profissional Amar Ter-

ra Verde pretende integrar no seu funcio-namento todos os pressupostos emanados pela ANQEP- Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, que

são preconizados pela Resolução do Con-selho, atrás referenciada e que menciona:- O favorecimento da aquisição da ca-

pacidade de orientação ao longo da vida- A facilitação do acesso de todos os

cidadãos aos serviços de orientação;- O desenvolvimento da garantia de

qualidade dos serviços de orientação; - O incentivo da coordenação e coop-

eração dos diversos intervenientes a nível nacional, regional e local,Apesar de todo o trabalho já desenvolvi-

do, e de todo o progresso conseguido, o caminho a seguir deve “envidar esforços para prestar serviços de orientação de melhor qualidade, oferecer um acesso mais equitativo, centrado nas aspirações e necessidades dos cidadãos, e coordenar e construir parcerias entre as ofertas de serviços existentes”.A Escola Profissional Amar Terra Verde,

através das suas várias valências, nomea-damente o CQEP, pretende dar resposta assertivas aos cidadãos numa cooperação estreita com as entidades/parceiros locais, na procura da valorização da cooperação.

“Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido”.

(George Eliot)

Rosa Vieira

67

Page 68: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

FORUM

Atitudes e comportamentos dos jovens face ao tabagismo

Este estudo foi realizado pela Unidade de Saúde Pública do Aces Cávado II Gerês/Cabreira

Elaboração: Dr.ª Ivone Alves Dr.ª Lurdes Rodrigues

Coordenação: Dr. José Manuel Araújo

Conhecer as atitudes e comportamentos dos jovens escolarizados na área geográfica deste ACES, quanto ao tabagismo, no ano letivo de 2012-2013 foi o objetivo do estudo que aqui se divulga.

Qual a percentagem de não fumadores e fumadores por sexo e ano letivo?

Qual a percentagem de Jovens que experimentaram fumar?

Qual a média de idade do início do consumo diário, nos fumadores diários?

Quais as razões evocadas para fumar, nos fumadores atuais?

Qual a percentagem de fumadores diários e ocasionais?

68

Page 69: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

FORUM

CONCLUSÕES

Qual a proporção de conviventes dos jovens que fuma em espaços abertos e espaços fechados?

Os jovens que fumam convivem com mais fumadores relativamente aos que não fumam?

Qual o grau de parentesco dos conviventes fumadores?

O estudo descritivo “Atitudes e comportamentos dos jovens face ao Tabagismo” realizado pela USP, no ano letivo 2012/2013, teve como objetivo contribuir para o aumento de conhecimento sobre um determinante de saúde, identificado no âmbito da elaboração do Plano Local de Saúde do ACES. Este estudo teve como universo todos os jovens em escolarização no 3º ciclo e ensino secundário das escolas da área geográfica de influência do ACES. O estudo utilizou uma amostra aleatória de 14,54% (859 Jovens) do universo (5964), e a colheita de dados decorreu na última semana do 1º período letivo 2012/2013.Assim, pode referir-se que:i. A prevalência de consumo de tabaco nos jovens escolarizados com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos é 13%;ii. 33,2% dos jovens passaram pela experimentação, e destes 40% mantiveram o consumo;iii. A média da idade do consumo diário dos jovens fumadores é de 12,7 anos, e a dos não fumadores é de 13,4anos;iv. 35% dos jovens convivem, em casa, com pessoas que fumam. O pai é o convivente mais referido (45%), seguido da mãe. Nos jovens que não fumam, 54,4% dos conviventes não fumam, enquanto que nos jovens que fumam apenas 32,1% dos conviventes não fumam;v. 69,5% dos jovens convivem com familiares que fumam em espaços fechados, enquanto que só 30,5% referem que os conviventes que fumam, o fazem em espaços abertos;vi. Quanto aos motivos referidos pelos jovens para fumar (112 jovens), 26,8% referiram “por serem nervoso/por libertar de preocupações e problemas” , 18,5% “dar conforto/ dar prazer”, e 26,8% não respondemCom os resultados encontrados neste estudo espera-se ter contribuído para aumentar o conhecimento sobre o fenómeno do tabagismo nível do ACES, e deste modo fornecer elementos para o delineamento de estratégias, tendo em conta as duas metas do PNPCT2012-2016, respetivamente: Prevenção da iniciação do consumo de tabaco nos jovens e para a Proteção dos jovens da exposição ao fumo ambiental.

espaços abertos

espaços fechados

Como se posicionam os jovens em relação ao consumo do tabaco, no futuro?

Qual a perceção dos jovens em relação à quantidade de amigos que fumam?

Dos jovens inquiridos, 42% referiram que “tenho a certeza que não virei a fumar”, 26% que “provavelmente não virei a fumar”, 18,7% que “não sei se virei a fumar”, 3,6% que “provavelmente virei a fumar”, 1,9% que “tenho a certeza que virei a fumar” e 7,8% não responderam.

Quando se perguntou ao jovens “quantos dos teus amigos achas que fumam cigarros?”, 39% responderam que alguns fumavam, 23,1% responderam que poucos fumavam, 18,7% responderam que a maioria fumava, 15,7% que nenhum fumavam, 2,4% não responderam e 1% que todos os jovens fumavam.

69

Page 70: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SAÚDE

DE SUCES

SO

ADOLESCÊN

CIA

Ser a

dolesc

ente

não

é fá

cil. E

les p

odem

esta

r suj

eito

s a a

ltos n

íveis

de st

ress

, que

r na

esco

la, e

m ca

sa

e co

m o

s am

igos

– se

m co

ntar

que

a exp

etat

iva p

ela

perfe

ição

pode

ser a

rrasa

dora

. Ser

um

ado

lesc

ente

resp

onsá

vel t

em tu

do a

ver c

om o

des

cobr

ir o

inte

rior d

e ca

da u

m e

segu

ir al

gum

as re

gras

sim

ples

.

Na Escola

A Saúde e Higiene

Concentra-te nas atividades escolares. Inde-pendente de quão inteligente és, deves dar o teu melhor na escola. Tenta encontrar matérias que te interessem e empenha-te nelas. A escola pode significar muito esforço, mas esse esforço é recompensado com empregos, educação e perspetivas. A escola também pode ser uma jornada educacional realmente animadora.Conversa com os teus professores. Eles quer-

em o teu melhor, querem ver-te a aprender, a divertir-te e a ter sucesso. Cria um currículo com as tuas atividades. Um currículo é uma lista de todas as ações que desenvolves e são relevantes. Sorri e sê tu próprio. A maioria das pessoas

gosta de ti pelo que és e não pelos disfarces que possas usar.

Durante a adolescência, é uma boa altura para começar a praticar bons hábitos e a saúde é um deles. Visita o teu médico de família regularmente para viveres a vida sem te preocupar com a saúde. Não tenhas medo de questionar os profissionais de saúde sobre algo que te deixa desconfortável ou que te suscita dúvidas. Eis algumas dicas para te man-teres saudável:Pratica uma alimentação saudável, o

fast food e outros alimentos são prejudi-ciais. Experimenta novos sabores através de diferentes frutas e vegetais.Exercita-te regularmente. Pratica exer-

cício físico pelo menos 30 minutos diári-os. Isso fará com que te sintas melhor.Afasta-te das drogas. Elas prejudicam

o teu desenvolvimento físico e mental, colocando-te em risco de vida. Cuida da tua higiene. Os corpos ado-

lescentes mudam constantemente. O teu corpo passa por significativas mudanças hormonais, também responsáveis pelos odores corporais. A falta de higiene pode ser embaraçoso para ti e para os que te rodeiam. Sê organizado e asseado. Mantém o

teu quarto limpo e arrumado. Pendura ou guarda as tuas roupas em gavetas. Faz a cama depois de dormir nela. Estes comportamentos não significam que és “betinho”, mas antes que és maduro e respeitas o tempo e o espaço dos outros.Experimenta diferentes estilos, mas

cuida-te sempre. Acima de tudo, usa roupas que expressem quem és. Ser responsável não significa vestir-se de de-terminada maneira ou seguir um estilo “snob”. Ser responsável significa saber o que é aceitável e cuidar do próprio estilo pessoal através desse viés.

70

Page 71: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SAÚDE

Cristina DuarteEnfermeira Especialista de Saúde

Infantil e PediatriaUCC de Vila Verde

A Atitude

Demonstra respeito pelos outros e não os julgues, mesmo que eles não partil-hem a mesma opinião que tu. Trata os outros conforme gostarias de ser tratado. Empatia é colocar-se no lugar das outras pessoas. A empatia é o oposto do egoís-mo. Praticar a empatia vai ajudar-te a desenvolver emocionalmente, socialmente e a estabelecer novas amizades.Ajuda os outros sempre que possível. Aju-

dar os outros não significa dar-lhes tudo, pode apenas significar dar uma mão, apoiar, escutá-los ou oferecer conselhos.Não mudes a tua personalidade por

ninguém. Sê tu próprio. Respeitar os outros começa com o respeito por ti mesmo. As tuas emoções podem não ser perfeitas; é normal sentires-te irritado, triste, chatea-do e isso não significa que és “anormal”, significa sim, que és humano e tens senti-mentos.

Sê inclusivo com os teus amigos, a não ser que eles façam coisas ilegais ou pouco éticas. Sê honesto com os teus pais. Os teus pais

também foram adolescentes no passado, por isso, eles sabem o que tu estás a pas-sar e podem ajudar-te. Dá-lhes feedback relativo a acontecimentos importantes na tua vida; sobre o que na tua opinião, está ou não a funcionar na tua educação. Conversa com os teus pais sobre o

que te faz feliz e o que te preocupa. Eles querem comemorar a tua felicidade e têm obrigação de te ajudar nos momentos de tristeza. Os teus pais podem ter alguns truques na manga, eles podem contar-te experiências incríveis ou sugerir soluções. Pede-lhes conselhos.Tenta ter uma boa relação com os teus

pais. Todo pai quer o melhor para os filhos. Isso ajudá-los-á a comunicar e a

conhecerem-se melhor.A adolescência é uma etapa extraor-

dinária na vida de todas as pessoas. É o período no qual a criança se transforma em adulto. Não se trata apenas de mu-danças físicas ou de capacidades mentais, mas, também, de uma grande mudança na forma de ser. É nesta fase do ciclo vital que se descobre a identidade e se define a personalidade. A adolescência é uma época de ima-

turidade em busca de maturidade. No adolescente, nada é estável nem defini-tivo, porque se encontra numa época de transição.O caminho básico para uma “adoles-

cência bem sucedida” deve ser pautado de compreensão, respeito e carinho que merece cada um dos adolescentes.

71

Page 72: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SAÚDE

Semana da Saúde na EPATVFoi na semana de 24 a 28 de Março que

se realizou, em Vila Verde, a Semana da Saúde da EPATV. Uma semana dedicada ao tema da Saúde Mental, que contou com várias atividades alusivas a temas como a sexualidade, o consumo de sub-stâncias nocivas, o bullying, entre outros.Iniciaram-se as atividades com as

Olimpíadas da Saúde, onde as turmas de Técnico de Fotografia 3º ano, Técnico de Multimédia 3º ano, Técnico de Design Gráfico 2º ano e Técnico de Cozinha/Pas-telaria A 2º ano, responderam a um ques-tionário que abordava questões relaciona-das com a temática da Saúde Mental.Ainda nesse dia foi realizada pelos

alunos do curso de Técnico de Cozinha/Pastelaria 3º ano, uma representação teatral, denominada “Quando a vela se apaga…”, que conta a história de três personagens, Artur, Ana e Sandra, jovens consumidores de drogas que veem as suas vidas desfeitas devido ao consumo de drogas. Nesta apresentação estiveram presentes cerca de 150 alunos dos cursos de Eletromecânico de Eletrodomésticos, Técnico de Mecatrónica Automóvel 1º ano, Técnico de Manutenção Industrial 1º ano, Técnico de Energias Renováveis 1º ano, Técnico de Restaurante/Bar 3º ano, Técnico de Secretariado 3º ano e Técnico de Frio e Climatização 3º ano. No segundo dia de atividades, a turma

de Técnico de Design de Equipamento assistiu ao filme “Cyberbully”, tendo-se seguido um debate acerca do bullying. Da parte de tarde realizou-se no auditório da Escola uma ação de sensibilização para esta temática, tendo contado com uma apresentação da Guarda Nacional Repub-licana e de um orador, ativista dos Dire-itos Humanos, João Paulo, que abordou um tipo específico de bullying, o bullying homofóbico. Nesta ação estiveram pre-sentes 180 alunos dos cursos de Técnico de Mecatrónica Automóvel 1º ano, Técni-co de Produção Metalomecânica 1º ano, Técnico de Audiovisuais 1º ano, Técnico de Design de Equipamento 1º ano, Técni-co de Restaurante/Bar 2º ano, Técnico de Cozinha/Pastelaria A 2º ano, Técnico de

Frio e Climatização 2º ano e Técnico de Multimédia 3º ano.Foi também dinamizada, pela Enfermeira

Cristina Duarte, da UCC de Vila Verde, uma sessão de relaxamento para profes-sores.No dia 27 da parte da manhã cerca de

140 alunos das turmas de Eletromecânico de Eletrodomésticos, Técnico de Produção Metalomecânica 1º ano, Técnico de Manutenção Industrial 1º ano, Técnico de Mecatrónica 1º ano, Técnico de Cozinha/Pastelaria B 2º ano e Técnico de Restau-rante/Bar 2º ano, assistiram a uma ação de sensibilização sobre o tema dos con-sumos nocivos, nomeadamente o consumo de álcool, realizada pela Enfermeira Isabel Costa, da UCC de Vila Verde.Para terminar as atividades, a EPATV

recebeu como convidado o Doutor Man-uel Salvador Araújo, que falou aos jovens sobre Sexualidade e Complexidade através de uma clara e útil exposição sobre o tema. Nesta comunicação estiveram pre-sentes 170 alunos das turmas de Técnico de Design 1º ano, Técnico de Restaurante/Bar 1º e 3º anos, Técnico de Energias

Renováveis 1º ano, Técnico de Cozinha/Pastelaria 1º ano, Técnico de Design Gráf-ico 2º ano, Técnico de Fotografia 3º ano e Técnico de Análise Laboratorial 3º ano.Na sessão de encerramento da Semana

da Saúde, presidida pela Diretora Ped-agógica, Dra. Sandra Monteiro, foram entregues os prémios aos vencedores do Concurso do Logótipo para o Projeto de Prevenção de Tabagismo promovido pela Unidade de Saúde Pública do Centro de Saúde de Vila Verde (Marisa Silva do curso de Técnico de Design Gráfico 2º ano) e das Olimpíadas da Saúde (Natália Miran-da do curso de Técnico de Fotografia 3º ano).Um agradecimento a todos os alunos e

professores que participaram nas ativi-dades, em especial aos alunos do 3º ano do curso de Técnico de Cozinha/Pastelaria pela fantástica representação, à Professora Cláudia Marques pela disponibilidade em ensaiar os alunos, à Unidade de Saúde Pública de Vila Verde e à equipa da UCC de Vila Verde, especialmente à Enfermeira Cristina Duarte, pela colaboração e apoio na organização de todas as atividades.

Serviço de Psicologia e Orientação da EPATV

72

Page 73: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SAÚDE

Viagem pelo fabuloso Mundo da Saúde II

Um ano se passou desde a última Via-gem pelo Fabuloso Mundo da Saúde! A delegação de Amares da EPATV já habitu-ou os seus alunos a este tipo de “viagens”, por isso mesmo, como o prometido é devido, convidou os seus alunos para um novo roteiro ao inesgotável e surpreenden-te mundo da saúde.Desta vez o destino escolhido para a

viagem foi a área da saúde mental, sendo a nossa principal intenção proporcionar à comunidade escolar o contacto com uma diversidade de terapias utilizadas na inter-venção com doentes mentais. A nossa aventura começou assim na

manhã do dia 24 de março, com as Olimpíadas da Saúde, uma parceria com a UCC de Amares, através da Enfermeira Ana Paula Gonçalves. Seguimos viagem rumo ao workshop de origami – Viver a Dobrar, tendo como facilitadora a Pro-fessora Joana Barbosa. Nesta paragem, abordou-se o papel que o origami pode ter ao nível do desenvolvimento e poten-cialização da criatividade, auto-estima, relacionamento interpessoal, concen-tração, memória e coordenação motora, tendo-se exemplificado algumas técnicas de dobragem. No segundo dia, 25 de março, conta-

mos, mais uma vez, com a colaboração das docentes Ermelinda Macedo e Paula Encarnação da Escola de Enfermagem da Universidade do Minho, para a dinam-

ulação sensorial e a diminuição dos níveis de ansiedade e de tensão através do relax-amento que proporciona. Ficamos a saber que o uso deste equipamento sensorial pode ser benéfico para todas as idades e diagnósticos, como na Depressão, Alzhei-mer, perturbações de ansiedade, deficiên-cia mental, crianças hiperativas ou com alterações de comportamento, crianças com problemas de desenvolvimento, ou qualquer pessoa funcional que apenas pretenda relaxar. Das múltiplas vantagens que lhe são associadas, destaca-se o facto de contemplar uma variedade de ativi-dades que permitem que as terapias sejam personalizadas em função das necessi-dades e preferências do paciente. O último dia de viagem decorreu “fora

de portas” mais concretamente no centro hípico de Areias de Vilar. Este espaço privi-legia um conjunto de recursos terapêuticos ricos em estímulos motores, sensoriais e cognitivos. Na hipoterapia o cavalo é utilizado como meio terapêutico segundo uma abordagem multidisciplinar e trans-disciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação, com o intuito de promover o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com neces-sidades educativas especiais. Esta visita contemplou momentos de observação e de experimentação em contexto real da prática de hipoterapia.Com estas iniciativas pretende-se repen-

sar o conceito de Educação, reforçando a importância de se proporcionar situações, experiências e aprendizagens orientadas de forma integrada que possam con-tribuir para o desenvolvimento holístico do indivíduo. Vivemos numa sociedade cujas características exigem, cada vez mais, um conhecimento de métodos de intervenção diversificados, criativos e pouco invasivos, de modo a direcionar-se um aprofunda-mento e especialização de competências. Como tal, a escola desempenha um papel crucial no desvelar de instrumentos de trabalho e de boas práticas de atuação, tendo sempre por base o modelo biopsi-cossocial. Até à próxima viagem!

ização dos workshops de saúde mental. Nestas sessões, o método utilizado foi o role-play através da simulação de cenários de perturbações de humor e demências, de forma a promover um treino de com-petências de intervenção nos participantes. Da parte da tarde, os alunos das áreas de saúde tiveram oportunidade de experi-mentar uma sessão de terapia multisenso-rial – snoezelen, orientada pela terapeuta ocupacional Ana Lúcia Frutuoso. Este tipo de técnica terapêutica utiliza a combi-nação da música, sons, efeitos luminosos, vibrações suaves, sensações táteis e aro-materapia, tendo como objetivos a estim-

Serviço de Psicologia e Orientação da delegação de Amares da EPATV

73

Page 74: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

CULTURA

A escola de “ontem” …

Nesta edição da rubrica TER CULTURA proporcionarei uma pequena “viagem” ao passado, à escola de “ ontem” (escola dos nossos pais e avós), para que possamos fazer um paralelismo com a escola de “ hoje”….Com este regresso ao passado pretendo relatar às atuais gerações de estudantes (porque de-

sconhecem, sem dúvida!) de como era o ensino em Portugal num passado não tão longínquo e recordá-los que (apesar de alguns discordarem) dispõem das condições desejáveis (apesar da conjuntura preocupante) para fazerem as melhores opções, da L IBERDADE de escolha e do poder de decisão perante o seu futuro.

Depois do que acabaste de ler/saber, qual a tua opinião?

Na escola de “ hoje”…

… existem razões para criticar a escola como instituição?

… a presença dos pais na escola é cada vez mais uma realidade, não será fruto da preocupação crescen-te com a vida escolar dos seus fil-hos, uma vez que estes têm diversas “ distrações”?

… existe excesso de liberdade?

… estão reunidas todas as condições para o sucesso escolar?

… a oferta formativa é variada?

… o abandono escolar é incom-preensível?

…. existe liberdade de escolha da escola?

…. existe liberdade de escolha na escola?

Instalações: as escolas eram locais muito pobres, sem recursos, muitas das quais nem casa de banho tinham e as que existiam, raras, não tinham água canalizada! Espaços de lazer, não havia; quando muito, existia o recreio, espaço ao ar livre, onde se brinca-va, se não chovesse. As salas de aula eram, em geral, pequenas, mal iluminadas, pouco confortáveis; existia sempre um estrado (o professor devia situar-se num plano superior em relação aos alunos) e, normalmente, as fotografias dos governantes (Salazar, Améri-co Tomás, Marcelo Caetano), ao lado de um crucifixo…

Material didático: era pobre e escasso: as lousas, as carteiras, os tinteiros, as canetas de aparo, os cadernos de duas linhas e, imprescindível, a famosa “menina dos cinco olhos” (era a régua com a qual os alunos eram castigados!)...

Disciplinas: o Português, a Matemática (a tabuada, as enormes contas de dividir, multiplicar, …), a Geometria, a História de Portugal (reis, datas…), a Geografia de Portugal (rios e seus afluentes, serras, vias férreas…),as Ciências Naturais, o Desenho…

Relacionamento entre professores e alunos: não havia qualquer convivência entre profes-sores e alunos. O professor era uma pessoa muito distante. Era totalmente diferente do que é hoje. Atualmente, os alunos têm respeito pelos professores (nem todos!), mas

naquela altura tinham medo…Os trabalhos de casa: eram diários e

muitos! E quando os alunos não os faziam, o professor não se contentava em fazer uma simples chamada de atenção. Os castigos aplicados eram muitos e variados.Castigos físicos: reguadas, puxões de

orelhas, bofetadas, mas existia outros como não ter recreio, ficar de pé ou virado para a parede…

Brincadeiras no recreio: as meninas brinca-vam mais a saltar à corda, a jogar à macaca ou às escondidas e com bonecas improvisa-das. Os meninos jogavam à bola (feita de trapos), às escondidas, ao agarra, ao pião e saltavam ao eixo.

Acompanhamento dos pais: estes não iam à escola e, por norma, não acompanhavam os seus filhos, em casa, no trabalho esco-lar, muitos só compareciam no final do ano letivo para tomarem conhecimento se os seus filhos transitavam ou não de ano de escolari-dade. A maioria dos pais era analfabeta.

Tipos de escolas: masculinas e femininas, era uma raridade existir escolas mistas…

Rituais diários: os alunos chegavam à escola logo pela manhã e antes das aulas começarem, cantavam o hino nacional e rezavam.

(E muito mais haveria para partilhar…)Sónia Vilas Boas

Docente da EPATV74

Page 75: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

CULTURA

Magnânima MentiraFoi uma vez numa cidade de sol livre em

azul expansivo. Em quarto alugado, numa rua antiga de prazeres de aluguer, habi-tou um poeta que tinha por companheiro fugidio, um gato preto de pelo longo.O poeta, para ganhar a vida, ocupa-

va-se contragosto a ser empregado de guarda-livros. À bolina, numa busca em desassossego do sentido da vida, enchia um baú de poemas e prosas, onde eus

dispersos se uniam num conflito

silencioso, sob a tampa arquea-

da. Na rua antiga de prazeres de aluguer,

só uma pessoa costumava contracenar com poeta: o merceeiro. O merceeiro vendia-lhe bolachas, absinto, cigarros e oferecia-lhe desperdícios de papel de embrulho. Havia vezes que o poeta bebia o absinto, fumava os cigarros e se esquec-ia das bolachas e de pagar a conta. A rua antiga de prazeres de aluguer e o mercee-iro regalavam-se na boataria acerca de

tal sozinha pessoa.

O gato preto de pelo

longo nada miava.

O gato que desconhecia acerca

de ganhar a vida, era pela rua toda. Apesar

disso, ressaboreava dois lugares: o quarto do

poeta e a mercearia. Na mercearia,

lambiscava a generosidade do merceeiro e dos clientes e dormi-tava enroscado, dentro de uma velha grade de madeira, em

colchão de papelão.

Também gostava de estar sentado na soleira da porta. Era aí que costumava esperar o poeta. No quarto do poeta comia bolacha, dormia aos pés da cama e usufruía do acesso livre aos telhados do casario que trepava a colina.O poeta e o gato viviam de afetos sem

excessos. Um dava abrigo e comida, o outro dissuadia os roedores que podiam atacar o baú de poemas e prosas. Nas noites friolentas, o poeta costumava beber absinto e comer bolachas. O gato, no fim de lambiscar a sua bolacha, enroscava-se aos pés da cama, deixava-se ao sono tranquilo. O poeta deixava-se à bolina a escrever pela insónia fora.Em alturas de finíssimo cansaço, o poeta

escrevia ideias modernas na forma tradi-cional. Em três quadras de heptassílabos, durante a insónia, o poeta deixou escrito que invejava o gato porque ele era na rua bafejado por uma sorte sem nome. Inveja-va-lhe a obediência aos instintos gerais, às leis fatais que regem pedras e gentes. O poeta via-se e não estava consigo, con-hecia-se e não era ele. De tanto ter alma perdera a calma. Sentia-se cada vez mais estranho a tudo quanto lhe era exterior, fora feito para viver e sentia-se a morrer sem ter vivido. Enrolara os pés nos tapetes da etiqueta, mas não fora suficientemente ridículo para se deixar apanhar pelo amor. O antibiótico estóico foi ineficaz. O gato, sem dores do passado nem

ilusões do futuro, vivia a sua sucessão de momentos no aqui e agora, para lá do bem e do mal, sem distinguir a verdade da mentira, nem nenhum Deus por quem morrer ou matar.Num dia de Dezembro, com o sol à solta

mas frio no azul expansivo, o poeta não voltou à rua antiga de prazeres de aluguer. Mudara-se definitivamente para a Quinta de Prazeres. A rua de prazeres de aluguer e o mercee-

iro deixaram de ter o regalo da boataria acerca da sozinha pessoa. O gato, que era pela rua toda, instalou-se na mer-cearia com o mesmo à-vontade com que nasceu. A sua grade de madeira era ago-ra acolchoada com desperdícios de papel de embrulho. O baú de poemas e prosas

ficou à mercê de todas as espécies de roedores, à mercê de qualquer mag-

nânima mentira.José Carlos Barros

Docente da EPATV75

Page 76: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

CULTURA

A Coroa Nunca te distraias da Vida

Os Memoráveis

Joe Abercrombie

Manuel Forjaz

Lídia Jorge

Logen Novededos poderá ter apenas mais uma batalha dentro dele, mas será das grandes. A guerra devasta o Norte, o rei dos homens do norte mantém-se firme e apenas um homem poderá travá-lo. O seu mais velho amigo e inimigo. Chegou o momento do Nove-Sangrento. Com demasiados mestres e sem tempo suficiente para lhes obedecer, o superior Glokta trava uma guerra diferente. Uma guerra secreta em que ninguém estará seguro e onde ninguém merecerá confiança. E, se os seus dias de espadachim ficaram para trás, é uma sorte que a chantagem, as ameaças e a tortura nunca saiam de moda. Jezal dan Luthar decidiu que conquistar a glória é um processo demasiado doloroso e volta costas à vida militar par se entregar a uma vida simples com a mulher que ama. Mas o amor também pode ser doloroso... e a glória tem o hábito desagradável de se acercar de um homem quando menos a espera. Com o rei da União no seu leito de morte, os camponeses revoltam-se e os nobres enfrentam-se, tentando rou-bar-lhe a coroa. Ainda ninguém acredita que a sombra da guerra está prestes a cobrir o coração da União.

Nunca te distraias da vida é um livro bi-ográfico, mas não é uma biografia. É um livro que nos fala do cancro e do que é viver todos os dias com a doença, tentando manter a dis-ciplina, a alegria e uma agenda profissional milimetricamente preenchida, como Manuel Forjaz sempre teve. Sem que pretenda ser um manual de comportamento ou, sequer, um livro de autoajuda, trata-se de um testemunho e de uma ferramenta muito útil para todas as pessoas que estão a viver um problema semelhante ou que têm um familiar ou um amigo doente. É sobretudo um livro despre-tensioso, escrito por um homem que luta pela vida desde há vários anos, sem nunca baixar os braços e com uma enorme fé em Deus e na ciência; um homem que tem procurado todas as soluções possíveis para a situação difícil em que se encontra e que integra no seu plano de tratamentos a medicina tradicio-nal e as medicinas alternativas com o mesmo rigor; um homem que vive com a certeza de que, mais tarde ou mais cedo, o cancro poderá matá-lo, mas não conseguirá nunca impedi-lo de viver a vida enquanto existir vida para viver.

Em 2004, Ana Maria Machado, repórter portuguesa em Washington, é convidada a fazer um documentário so-bre a Revolução de 1974, considerada pelo embaixador americano à época em Lisboa como um raro momento da História. Aceitado o trabalho, regres-sa, contrata dois antigos colegas, e os três jovens visitam e entrevistam vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, revisitando os mitos da Revolução. Um percurso que permite surpreender o efeito da passagem do tempo não só sobre esses “heróis”, como também sobre a sociedade portuguesa, na sua grandeza e nas suas misérias. Transfiguradas, como se fossem figuras sobreviventes de um tempo já inalcançável, as personagens de “Os Memoráveis” tentam recriar o que foi a ilusão revolucionária, a desilusão de muitos dos participantes e o árduo caminho para uma Democra-cia. Paralela a esta ação decorre uma outra, pessoal e íntima: a história do pai da protagonista, António Machado, que retrata em privado o destino que se abate sobre todos os outros. Todos vivem na Democracia, uma espécie de lugar de exílio. Mas um dia, todas as misérias serão esquecidas, quando se relatar o tempo dos memoráveis.

Marco AlvesDocente da EPATV

76

Page 77: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DNA de Sophia

POESIA

TERROR DE TE AMAROs MemoráveisLídia Jorge

Nome: Sophia de Mello Breyner AndresenNascimento: 6 de novembro de 1919Naturalidade: PortoFiliação: Maria Amélia de Mello Breyner e João Henrique AndresenAscendência: dinamarquesa, pelo bisavô paterno (Jan Heinrich Andresen); portuguesa, pelo avô materno (Conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos).Primeira propriedade da família em Portugal: Quinta do Campo Alegre, atual Jardim Botânico do Porto.Formação Académica Básica: Colégio do Sagrado Coração de Maria, Porto.Formação Académica Superior: Filologia Clássica, Universidade de Lisboa, 1936-1939; desistência do curso.Estado civil: casada (1946), com Francisco de Sousa Tavares (1920-1993), advogado e jornalista.Descendência: Isabel, Maria (professora e poeta), Miguel (advogado, jornalista e escritor), Sofia (terapeuta ocupacional) e Xavier (artista plástico).Atividade política: participação ativa na oposição ao Estado Novo; deputada da Assembleia Constituinte (pós 25 de abril).Ideais sociopolíticos: ideais de justiça, liberdade e integridade moral.Atividade literária: géneros literários narrativo, lírico e dramático.

Obra poética mais marcante:Poesia, 1945No Tempo Dividido (1954)Livro Sexto (1962) O Nome das Coisas (1977)O Búzio de Cós (1997)Primeiro Livro de Poesia (infan-to-juvenil) (1999)Orpheu e Eurydice (2001)

Obra narrativa mais marcante:Contos Exemplares (1962)Histórias da Terra e do Mar (1984)A Menina do Mar (1958)A Fada Oriana (1958)Noite de Natal(1959)O Cavaleiro da Dinamarca (1964)O Rapaz de Bronze (1965)A Floresta (1968)O Tesouro (1970)A Árvore (1985)

Obra dramática:Não chores minha Querida (1993)Filho de Alma e Sangue (1998)O Colar (2001)

Alguns Prémios:1964 - Grande Prémio de Poe-sia da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro Sexto.1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Litera-tura para Crianças1994 - Prémio cinquenta anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebê-lo)2003 - Prémio Rainha Sophia de Poesia Ibero-americana.

Total de prémios recebidos: 18

Morte: 2 de julho de 2004 (Lisboa)

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece Onde tudo nos mente e nos separa.

Que nenhuma estrela queime o teu perfil Que nenhum deus se lembre do teu nome Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti eu criarei um dia puro Livre como o vento e repetido Como o florir das ondas ordenadas.

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN,in OBRA POÉTICA, (Caminho, 2010)

Seleção de Cláudia MarquesFotografia de António Cunha

77

Page 78: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Vera Fonte (piano)

O Projeto musical “Amar a Música”, ini-ciado este ano letivo na Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), consiste na formação de um coro, ou mais concreta-mente, de um grupo de jovens com talento para o canto, para a representação, para a dança e para tocar um instrumento musical. Este projeto dá a oportunidade aos

alunos de se poderem expressar musical e corporalmente, desenvolvendo os seus tal-entos e o seu desejo de expressão cénica.Muitas foram as surpresas ao iniciar este

projeto, pois nele se revelaram alunos com imensas faculdades artísticas nas mais

variadas áreas.Desde Outubro de 2013, data de início

do projeto, o Coro da EPATV já atuou duas vezes e fez furor no auditório da escola! Aliado a este projeto, “Amar a Música”

surge agora com outra componente: “Amar a Música com..”“Amar a Música com..” pretende criar

uma Agenda Cultural na EPATV, onde Músicos Profissionais darão vida, música e cultura ao auditório da Escola, que foi preparado e equipado como uma verda-

deira Sala de Concertos. Esta iniciativa visa enriquecer Cultural e

Musicalmente a comunidade educativa, dando particular enfoque à componente pedagógica. Os concertos têm entrada gratuita e es-

tão abertos a toda a comunidade.Foi com orgulho que, no dia 21 de Fe-

vereiro de 2014, se levantaram as cortinas para o primeiro concerto da temporada 2014: “Amar a Música com..” Vera Fonte.A Pianista Vera Fonte abriu este ciclo de

concertos na EPATV, interpretando obras de L.v.Beethoven e G.Crumb. Também o ilustríssimo pianista Luis Pipa marcou presença nesta noite inaugural.

Minho, onde foi aluna das classes de pia-no e Música de Câmara do professor Luís Pipa. Venceu por dois anos consecutivos o Prémio de Mérito como melhor aluna da Licenciatura em Música da Universidade do Minho. Em 2010 participou no projecto internacional “Balli Plastici”, onde integrou a orquestra “Globus” em Trento, Itália, sob orientação do maestro Juliàn Lombana. Apresentou-se a solo com a Orquestra Académica da Universidade do Minho, sob direcção do maestro Toby Hoffman e, posteriormente, sob direcção do maestro Vítor Matos e com a Orquestra “Sinfo-nieta de Braga”, sob direcção de Carlos Dias, onde estreou a obra “Portimão” de Eduardo Sousa. Participou ainda na estreia das obras “TriUM Impressions I”, de Luís Pipa, “Cinco quadros para Alice” de Paulo Bastos e “Epifonia” de Vitorino de Almeida. Em 2012 participou na “Capital Europeia da Cultura”, em Guimarães, num recital onde interpretou obras de Eurico Tomaz de Lima. Recentemente concluiu o Mestra-do em Ensino de Música na Universidade do Minho, onde frequentou as classes de piano e música de câmara do Professor Luís Pipa.

Iniciou os seus estudos de piano com oito anos de idade, na Academia de Música Fernandes Fão, sob a orientação de De-nise Carvalho, tendo recebido nos anos de 2003 e 2004 o prémio de melhor aluna. Em 2007 concluiu, com a professora Enoe Ferrão, o 8º grau de piano. Realizou diver-sos cursos de aperfeiçoamento e master-classes de piano e música de câmara com professores como Adriano Jordão, Álvaro Teixeira Lopes, Fausto Neves, Pedro Bur-mester, Luís Pipa, Graham Barber, Jaime Mota, Kenneth Hamilton, Barry Cooper, entre outros. Premiada em diversas com-petições nacionais e internacionais, desta-cam-se o 1º prémio na categoria superior de música de câmara do II Concurso Re-gional de Vila Verde (2013), 2º prémio na categoria superior de Música de Câmara e 3º prémio na categoria superior de piano no ConCursos, em Aveiro (2011), 2º Prémio no concurso de piano de Ourém e o 3º Prémio no Concurso “Marília Rocha” e Prémios de Melhor Interpretação da Peça Portuguesa e da Peça Ibérica no Concur-so Ibérico de Piano do Alto Minho (2001 e 2006). É licenciada em Música - área vocacional de piano, pela Universidade do

“AMAR A MÚSICA”

com…. a EPATVARTE E ENGENHO

78

Page 79: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Giosuè De Vicenti

O segundo concerto da temporada “Amar a Música” com.. apresentou o pianista Giosuè De Vincenti, que interpretou obras de Liszt, Scriabin, e

Schumann.Foi com grata satisfação que a segunda edição Mais uma vez, este concerto contou com a presença do ilustríssimo pianista Luis Pipa, que comentou o

recital.

Nasce em 1985, em Destro di Longobuc-co (CS), Itália. Em 2006 conclui a licencia-tura em piano, no Conservatório Superior de Música “S. Giacomantonio”, em Cosen-za, sob a orientação do Mestre Angelo Guido, com a classificação máxima e louvor, e em 2009 conclui o Mestrado em piano no mesmo Conservatório, sob a orientação do Mestre Rodolfo Rubino com a classificação máxima, louvor e distinção. Ainda muito jovem participou em eventos

locais, demonstrando possuir musicalidade e predisposição muito particulares para o piano. Até hoje tem recebido vários pré-mios em concursos de piano nacionais e internacionais, entre os quais: Prémio “G. Carrisi”, em Mirto-Crosia (2004), Con-curso Nacional de Piano “AMA Calabria”, em Lamezia Terme (2006), Concurso Nacional de Piano “Città di Ortona”, em Ortona – Chieti (2006), Prémio de Piano “Cecilia Pisano” em Pietrapaola (2007, 2008, 2009) mais o prêmio do Público nas edições de 2007 e 2008, Concurso Nacional de Piano “Città di San Calog-ero, em San Calogero (2007), Concurso – Bolsa de Estudo “Alessandro Longo” em Amantea (2007), Concurso Nacional de Piano “Franco Martire” em Rose (2008), Concurso Nacional de Música “Città di Paola”, em Paola e melhor execução de uma peça de F. Liszt (2008), Concurso

Nacional de Música “Danilo Cipolla”, em Cetraro (2008), Concurso Internacional de Piano “Vincenzo Scaramuzza”, em Cro-tone (2008), Concurso Nacional de Piano “Lia Tortora”, em Latina – Roma (2008), Finalista no Concurso Internacional de Piano “Giorgio e Aurora Giovanni”, em Reggio Emilia (2008), etc. Em Fevereiro de 2011 ganhou o primeiro prémio ao Brest International Piano Competition na França e em março de 2012 o primeiro prémio ao Concurso Jovem Solistas de Braga em Portugal. Estudou com os Maestros Boris Petrushansky, Boris Bekhterev, Aldo Cicco-lini, Alvaro Teixeira Lopez. Do seu percurso constam diversos concertos como solista em numerosas cidades italianas (Crotone, Cosenza, Latina, Roma, Lissone – Milano, Venezia, Reggio Emilia, etc.), em conjun-tos de câmara, em Portugal, França e nos EUA. Em 2012 estreou obras de Eurico Thomaz de Lima no Centro Cultura Vila Flor de Guimarães no âmbito da Capital Europeia da Cultura. Também participou em concertos com Leonardo Feroleto (1° Trompa da Orquestra da ópera de Roma) e Rupprecht Drees (Trompete Principal da Orquestra de Weimar, na Alemanha). Continua os seus estudos na Universidade do Minho com Luis Pipa. E’ director artísti-co da “Associazione Musicale GDV Music” na Itália.

24 de Abril ás 21,30h– concerto de canto comemorativo pelo Dia Mundial da Voz.2 de Maio ás 19h- recital de percussão pelo percussionista Manuel Alcatraz9 de Maio ás 19h- recital de canto, soprano-Liliana Nogueira e piano- Vera Fonte15 de Maio ás 21,30h- recital de piano a 4 mãos pelas pianistas Filipa Andrade e Natália Ferreira20 de Junho ás 21,30h- recital de violoncelo, violoncelista- Antonio Oliveira e piano –Vera Fonte

Esperamos por si!

ARTE E ENGENHO

O Projeto “Amar a Música” com.. continua e tem a seguinte agenda:

Liliana NogueiraDocente da EPATV

79

Page 80: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SUSTENTABILIDADE

“DIGNIFICAR APESSOA PRESA”

Estas são questões que preocupam cada vez mais a sociedade e também não está garantida a eficácia da prisão, que seria preparar os delinquentes para que voltem ao seu meio sem cometer crimes (cf. Lei nº 115/2009, Art. 2º, 1).O congresso destina-se à sociedade

em geral, e contará com a presença de Bispos, Padres, Religiosos e Leigos Vol-untários.A Pastoral Penitenciária é um departa-

mento da Conferência Episcopal Portugue-sa (CEP) que promove, anima e coordena a presença e a ação da Igreja Católica junto das pessoas privadas de Liberdade,

das suas famílias e das instituições da sociedade que possam, de algum modo, tornar mais humana a vida de quem delinquiu.Este serviço desenvolve-se em três

campos concretos: Prevenção, Prisão e Reinserção, nas Áreas Jurídica, Social e Religiosa, e sempre no respeito pela liberdade das convicções de cada Pessoa detida, por meio de tempos de formação, atendimento pessoal ou de grupos, e de celebrações. Privilegia-se muito a escuta, na relação de ajuda.

A Igreja Católica vai promover de 1 a 4 de maio, em Fátima, o I Congresso Ibérico da Pastoral Penitenciária, com o tema ‘Dignifi-car a pessoa presa’.Este congresso tem a finalidade de funcio-

nar como um despertador de consciências, para toda a sociedade, no sentido de reduz-ir as causas e as consequências da prisão de pessoas, de prevenir a criminalidade, e de ajudar no largo campo da reinserção social.A pertinência deste Congresso Ibérico

prende-se com o número crescente de pes-soas privadas de liberdade, que se estima estar acima das 14 mil, e as consequências da longa permanência em meio prisional. Pe. João Gonçalves

Coordenador Nacional da Pastoral Penitenciária, Portugal

Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco.

“Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens.Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade.Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante.”

Não Chores….Luta!

80

Page 81: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

PEDAGOGIA

“Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens.Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade.Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante.”

Ensinar ou Encantar Física e Química:destino, usamos ferramentas que são de algum tipo de material criado pela quími-ca.A intenção é levar os alunos à com-

preensão e ao estudo da Física e Quími-ca de maneira satisfatória, prazerosa e atraente, eliminando ou reduzindo os problemas da falta de atenção, indiscipli-na, desmotivação e baixo rendimento escolar. Com a intenção de encantar, o resultado

esperado é o de proporcionar aos alunos uma maneira de concretizar o fazer, o apreciar e o contextualizar o conhecimen-to, orientando-os no entendimento da cor-rente de entrada e saída de informações, na busca de novos significados em sua vida quotidiana e na integração na sociedade.Naturalmente, não podemos esperar que

todos os alunos venham a adorar a Física Química, mas é muito importante que, no mínimo, não detestem a disciplina, que tenham predisposição para en-frentar as naturais dificuldades desse campo do conhecimento. Os alunos, na sua maioria, estão des-

motivados pelas aulas sem cor nem sabor, com excessiva transmissão de conhecimento: “o professor deve ter muita criatividade para tornar sua aula apetitosa. Os temperos fun-damentais são: alegria, bom humor, respeito humano e discipli-na.”

Encantar nas aulas não é tarefa fácil mas a química começou com sonhadores: os alquímicos.Os objetivos da alquimia eram encontrar

a pedra filosofal para a produção de ouro e o elixir para a imortalidade. Pura magia baseada nos processos de transformações de umas substâncias químicas noutras de valor acrescentado.O estudo destes conceitos é fundamental

para a vida no nosso planeta. Se os reagentes e produtos químicos não

existissem seria muito difícil existir vida na Terra ou em qualquer outro lugar do uni-verso, para ser mais preciso, nem mesmo o nosso sistema solar existiria, o sol também não brilhava, visto que nele ocorre a cada segundo, milhões de reações de fusão nuclear.

As leis físicas que regulam o movimento dos corpos, descobertas por Newton, e o seu caráter universal serviram de base para a idealização do panorama geral do Universo. Às leis de Newton obedecem com exatidão

tanto os grandes astros como as pequenís-simas partículas de areia agitadas pelos ventos. O próprio vento obedece às mesmas leis, pois é constituído por partículas de ar invisíveis a olho nu.Assim, a presença destas ciências no nosso

dia-a-dia é inquestionável. Basta existir-mos para que o nosso organismo fervilhe

de reações químicas e sempre que nos deslocámos necessitamos de energia

para realizar esse trabalho. Che- gados ao

nos-so

O ato de ensinar é de extrema respons-abilidade, e ensinar química não é simples-mente derramar conhecimentos sobre os alunos e esperar que eles, num passo de magia, dominem a matéria. É necessária muita magia para encantar

os alunos, para que possam ser líderes, mostrar confiança e assimilar conteúdos.O professor tenta ajudar o aluno na tarefa

de aprender para habilitá-lo a pensar com autonomia e, para aprender, o aluno precisa ter ao seu lado alguém que o perceba nos diferentes momentos da situação de aprendizagem e que lhe responda de forma a ajudá-lo a evoluir no processo, alcançando um nível mais elevado de conhecimento.Uma grande parte dos alunos que chegam

a esta escola trazem consigo uma Física e Química rotulada como “difícil e complica-da” e o professor como mediador da apren-dizagem tem a difícil função de os cativar para que essa imagem seja banida. Para tal é fundamental mostrar a relação

desta disciplina com as necessidades básicas do ser humano como alimentação, saúde, transportes e outros, nos quais os conceitos químicos e físicos estão implícitos. Dotado com estas noções básicas, o

aluno consegue posicionar-se em relação a inúmeros problemas do quotidiano tais como: poluição e uso de fitofarmacêuticos, recursos energéticos, desenvolvimento suste-ntável, novos processos, introdução de

novos materiais e a sua aplicação.

“Aprendamos a sonhar, senhores, pois então talvez nos apercebamos da verdade”. Frase usada pelo químico alemão Friedrich Kekulé para concluir o seu discurso ondedescreveu como chegou à forma estrutural do benzeno e revelou quehavia suposto a forma hexagonal ao sonhar com umacobra comendo a própria cauda.

Manuela CaçadorDocente da EPATV

81

Page 82: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

VOLUNTARIADO

O Natal, para além de uma data festiva, é uma época moralmente significativa, enal-tecendo conceitos tão impor-tantes como a partilha, a compaixão ou a família. Uma época solidária por excelência. Contudo, as carências não se limitam à época natalícia. Pelo contrário, são um problema que se alonga pelo ano inteiro, e que, infeliz-mente, se tem vindo a acentuar com a crise socioeconómica em que Portugal se encontra submerso.Por conseguinte, o grupo EPAJUDA,

ciente desta problemática, no seguimento do projeto de apoio e acompanhamento de famílias carenciadas dos concelhos de Vila Verde e Amares, tem como objetivo responder aos casos mais problemáticos com, pelo menos, uma distribuição mensal de cabazes alimentares.Deste modo, ao longo do 2º período,

já se concretizaram, três distribuições de cabazes, mais concretamente, nos dias 10

No dia 3 de fevereiro, do presente ano, realizou-se na escola profissional Amar Terra Verde, em Vila Verde, a palestra “A imple-mentação do Sarilhos do Amarelo nas escolas primárias”, organizada pelo responsável pelo voluntariado no Centro Comunitário de Prado, Raúl Maia.

Com efeito, esta apresentação, fruto da parce-ria entre a Juventude Cruz Vermelha de Prado, o Projeto Giro e a Escola EPATV, no âmbito do voluntariado, pretendia divulgar o projeto “Sa-rilhos do Amarelo”, a fim de dar continuidade às atividades desenvolvidas em anos anteriores com o grupo EPAJUDA, convidando este no-vamente a reintegrar a equipa trabalho.

Assim, em conjunto com Raúl Maia e a professora responsável, Margarida Mota Lopes,

as alunas voluntárias Patrícia, Isabel, Ana Dantas, Soraia Soares, Marisa, Cláudia, Neuza e Ângela, do grupo EPAJUDA levaram a cabo, às quartas-feiras, os ensaios e a preparação do teatro de fantoches “Sarilhos do Amarelo”.

Efetivamente, este projeto arrancou no dia 26 de fevereiro, no Centro Escolar de Vila Verde, e tenciona abarcar vários estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo do concelho de Vila Verde durante o 2º e 3º períodos do ano letivo. Com efeito, já visitou as escolas de Parada de Gatim, a 12 de Março; Ribeira do Neiva, no dia 19 de Março; e, no dia 26 de Março, na escola de Lage.

Nomeadamente, a implementação do projeto “Sarilhos do Amarelo” constitui uma oportuni-

dade para trabalhar com as crianças um leque de estratégias de aprendizagem e de processos de autorregulação, capacitando-os para apren-der e desta forma promover o futuro sucesso escolar.

O sucesso destas apresentações tem sido sig-nificativo, razão de motivação para os alunos voluntários participantes, que têm demon-strado responsabilidade, profissionalismo e dinamismo no desenvolvimento e decorrer das mesmas.

A alegria nas crianças é contagiante, assim como a compreensão da mensagem e valores transmitidos é recompensadora. Um bom ex-emplo de que a “brincar” também se ensina.

e 17 de Janeiro, 28 de Fevereiro e 14 de Março. Na verdade, o entusiasmo e o amor pela

causa são notórios nos voluntários, dedi-cando estes um árduo trabalho a todas as ações de solidariedade desenvolvidas.Nesse sentido, a campanha da Páscoa,

que se realizará nos dias 14 e 15 de Abril, já está encaminhada. Com efeito, a venda

de rifas e bolachas, bem como os donati-vos de géneros alimentares por parte dos voluntários, e outros membros da comu-nidade local e escolar, serão ferramentas com o intuito de se conseguir formar um maior número de cabazes, a fim de se chegar ao maior número de famílias pos-sível, e, por conseguinte, proporcionar a estas uma Páscoa mais feliz.

“Ser solidário não é defender uma causa esperando colher os frutos; mas, sim, espremer o sumo com as próprias frutas, e ficar feliz por todos beberem.”

– Paulo Ricardo Zargolin

EPAJUDA

Distribuição dealimentos pelo grupo

“A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.”

– Nelson Mandela

“EPAJUDAAnima e Ensina”

82

Page 83: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

No dia 25 de fevereiro, a escola EPATV, em Vila Verde, recebeu a visita das técnicas responsáveis pela divulgação e desenvolvi-mento do projeto “Young VolunTeam”, em que o grupo EPAJUDA se inscreveu no presente ano letivo. O projeto “Young VolunTeam” pretende, deste modo, a disseminação dos valores e práticas de voluntariado. Esta ação de formação contou com a participação de 30 vol-

untários representantes do grupo EPAJUDA, dos quais 12 alunos, em conjunto com os professores Ana Cadete, José Dantas e Margarida Mota Lopes, ficaram responsáveis pela promoção das atividades a desenvolver no âmbito deste projeto inseridas na comunidade escolar e local.Nesse sentido, dando seguimento aos objetivos proposto pelo

grupo Young VolunTeam, está a ser preparada uma página e um grupo comunitário no Facebook, bem como as atividades lúdi-co-pedagógicas que serão desenvolvidas nas férias da Páscoa e 3º Período junto das escolas básicas do concelho de Vila Verde.A resposta dos voluntários foi altamente positiva, carregada de

entusiasmo e motivação para abraçar mais um desafio.

VOLUNTARIADO

No dia 28 de fevereiro, a escola profis-sional Amar Terra Verde, recebeu a Dr.ª Catarina Sousa, da Associação Nacional para a Ação Familiar – ANJAF, que, em conjunto com o responsável pelo volun-tariado no Centro Comunitário de Prado, Raúl Maia e a Juventude Cruz Vermelha de Prado, desenvolveu um colóquio sobre o

Palestra“Tráfico Humano”

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à

justiça em todo o lugar.”

– Martin Luther King

“Saber muito não o torna inteligente. A inteligência traduz-se na forma como recolhe, julga, maneja e, sobretudo, onde e como aplica essa informação.”– Carl Sagan

“Tráfico de Seres Humanos”. Atualmente, estima-se de existam

cerca de 29 milhões de escravos. Na ver-dade, o maior número de vítimas consiste em jovens que, de livre vontade, emigram na esperança de melhores condições, mas que, apanhados por redes criminosas, são obrigados a enfrentar autênticos pesade-

los. Neste fórum, para além de alguns ele-

mentos da comunidade local, estiveram presentes as turmas de Técnico de Secre-tariado e Técnico de Design Gráfico, do 2º ano, cujos alunos são voluntários do grupo EPAJUDA, acompanhadas pelos profes-sores responsáveis Sara Pimenta, Sílvia Sá e Margarida Mota Lopes, e demonstram interesse e preocupação, participando ativamente. Com efeito, os voluntários partic-

ipantes foram sensibilizados e alertados para esta preocupante temática, com o intuito de posteriormente desenvolverem ações de sensibilização para a mesma jun-to da comunidade escolar e local, dadas as circunstâncias alarmantes em que se insere na atualidade. Assim, o grupo EPAJUDA não se

limita a questões de carência económi-ca. Este está igualmente atento às várias temáticas de alerta social, como são exemplo o ambiente, a saúde pública e a discriminação social, procurando, de uma forma construtiva, trabalhar a sensibili-zação e a prevenção.

Promoção de Práticas de Voluntariado

83

Page 84: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

VOLUNTARIADO

Solidariedade da EPATV ultrapassa fronteiras…

“EPAJUDA e o Ambiente”

A EPATV, através do seu grupo de vol-untariado EPAJUDA, apoiou uma missa de solidariedade em parceria com a Fundação Vicente Ferrer, com o envio de material escolar, para a comunidade que tem na Índia, mais concretamente na cidade de Anantapur. De referir que Vicente Ferrer foi um

ex-jesuíta e filantropo de nacionalidade espanhola, considerado uma das pessoas mais ativas na solidariedade e cooperação com os mais desfavorecidos do terceiro mundo.

Merecendo a amizade reconhecida de Indira Gandhi, Vi-cente Ferrer desenvolveu infraestruturas e recursos de apoio ao ensino e à saúde, em Anantapur, onde funcionam mais de 5 hospitais, escolas especializa-das em necessidades educativas especiais, mais de uma centena de escolas

e comunidades agrícolas de

cariz ecológi-co e suste-ntáveis.

A EPATV recebeu os

agradeci-mentos desta co-

munidade (alunos e professores) através das imagens que publicamos e

que muito nos sensibilizam.

O grupo EPAJUDA, no âmbito da Eco-Escola, inscreveu-se no pro-jeto “Roupas usadas, não estão acabadas”, cujos objetivos apresen-tam um cariz ambiental e social. Efetivamente, este projeto, fruto de uma parceria com a

empresa H. SARAH – Trading, Lda. e o programa Eco-Escola, tem o intuito de, para além da sensibilização das pessoas para a im-portância da reciclagem e reutilização de têxteis, contribuir para o reencaminhamento de objetos fora de uso, como roupa, brinquedos e material escolar, para instituições de solidariedade social. Por conseguinte, o grupo EPAJUDA irá desenvolver uma campanha

de sensibilização e recolha destes bens junto da comunidade escolar e local, que decorrerá de 31 de Março até finais de Junho.Assim, ao reciclar, para além do ambiente, outras pessoas podem-

os ajudar. Margarida Mota LopesDocente da EPATV

84

Page 85: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Construção do cenário

Romeu e Julieta, de William Shakespeare, é, provavelmente, uma das peças mais representadas em todo o mundo.

Os amores fatídicos dos dois jovens pertencentes a famílias rivais inspiraram inúmeras adaptações teatrais, porque, afinal, o Amor é o sentimento que toca todos os corações.

O EPATeatro não foi indiferente a esta tragédia e mostra-vos os bastidores do seu musical.

Os cenários do musical envolveram vários alunos e professores, das mais diversas áreas de formação, que se prontificaram a auxiliar o EPATeatro nesta tarefa árdua, e ainda mais intensa quando o cenário teve que ser adaptado à lesão da nossa Julieta.

TEATROMaking-off Musical Romeu e Julieta

85

Page 86: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Ensaios

Preparativos para entrar em cena

Atuar, cantar e encantar

Desde janeiro que o grupo se reúne à quarta-feira à tarde para os ensaios, que se intensificaram na última semana.

Para que tudo fosse absolutamente encantador, os atores submeteram-se a uma apurada bateria de preparativos, desde a maquilhagem ao cabeleireiro.

O momento da apresentação escondeu muito nervoso miudinho, pois os atores e os cantores brilharam e encantaram todas as plateias. Os seus aplausos, de pé, ficarão gravados para sempre na nossa memória.

Cláudia MarquesCarla Guimarães

Docentes EPATV

Estamos orgulhosos do nosso trabalho, mas o carinho com que nos receberam e apoiaram foi maravilhoso! Obrigado a todos!

Comodec

antar

TEATRO

86

Page 87: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

Se antigamente decantar era práti-ca corrente entre os apreciadores, hoje existem utensílios que permitem oxigenar o vinho ou retirar algum depósito exis-tente no fundo da garrafa de forma mais rápida e prática. No entanto decantar o vinho é sempre um culto interessante que se deve preservar, que mais não seja pela arte, beleza e tradição transmitidas pelo próprio ato.Qualquer garrafa pode

ser suscetível de conter depósito ou partícu-las em suspensão que geralmente não são visíveis através do vidro. Para que estas partículas se depositem no fundo da garrafa deverá ficar imóvel, na vertical, durante algumas horas ou mesmo um dia.Sendo um vinho velho, cer-

tamente terá criado depósito e, por essa razão, deverá ser decantado. Faça-o apenas na hora em que o vai be-ber, visto que um vinho de idade avançada já perdeu grande parte das suas car-acterísticas aromáticas. Se o

decantarmos muito tempo antes, perderá o que resta dos seus aromas.

Um vinho jovem, que pouco tempo

permaneceu dentro da garrafa, possui uma

grande riqueza aromáti-

ca. Por isso só

gan-hará

se for aberto e

decanta-do um certo

tempo antes de ser bebido,

de modo a que o oxigénio o ajude a

respirar e a melhorar as suas capacidades aromáticas. No entanto,

cada garrafa é diferente.Muitos vinhos do Porto – Ruby, Tawny,

Brancos e L.B.V. novos – não necessitam decantação e podem ser servidos direta-mente da garrafa para o copo. No entan-to, os Tawny muito velhos ou os Vintage têm tendência para criar depósito e por essa razão devem ser sempre decantados.

Decantar o

u não, eis

a questão!

ARTE NA MESAComo

decan

tarOlga Martins

Docente da EPATV

87

Page 88: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

WEB

RTPARQUIVO

ENSINA

O RTP Arquivo contém conteúdos de interesse público da RTP, organizados em coleções temáticas, desde o início das emissões regulares de televisão e rádio, em 1957 e 1937 respectiva-mente, até aos dias de hoje.São disponibilizadas, sensivelmente,

150.000 horas de conteúdos de tele-visão, relativos a conteúdos próprios e adquiridos com direitos desde 1957, e sensivelmente 50.000 horas de conteú-dos de rádio, desde 1937, oriundos da antiga Emissora Nacional, do antigo

Rádio Clube Português e da RDP.O site está organizado em oito grandes

temas. Cada tema comporta um conjunto de 24 coleções temáticas referentes a esse mesmo tema e sensivelmente 400 con-teúdos relevantes relativos a cada um dos temas.Todos estes conteúdos, importantes

testemunhos da história política, cultur-al, social e económica de Portugal, das últimas oito décadas, estão disponíveis a qualquer hora e em qualquer lugar.

Plataforma digital de serviço público resultante de uma parceria entre a RTP e o Ministério da Educação, que se dedica ao alojamento e divulgação de conteúdos audiovisuais direta-mente ligados a diversas temáticas da área da Educação, vocacionado para todos os alunos, nomeadamente do ensino básico ao ensino secundário, bem como professores, encarregados de educação e público em geral. Os conteúdos disponibilizados privilegiam a língua, a cultura e a ciência em português, recorrendo a programas já emitidos e pertencentes ao seu acervo

arquivístico e a outros que venham a ser produzidos.

O site contempla 800 conteúdos for-mativos e de carácter pedagógico dis-tribuídos por 10 temas, como seja Artes, Português, Ciência, História, Cidadania, Filosofia, Educação para os Media, Es-paço Infantil e Conhecer a RTP e RTP nas Escolas. Para além de disponibilizar conteúdos

áudio, vídeo, textos, fotos e infografias sobre as mais variantes temáticas, fazem também parte do acervo grandes doc-umentários sobre a história e a cultura

portuguesa, entrevistas a escritores cujas obras fazem parte do programa de ensino, séries sobre a língua portuguesa (como o «Cuidado com a Língua»), tra-balhos sobre cidadania, programas sobre arte, como a série «Grandes Pintores Por-tugueses», e algumas reportagens que só a RTP possui, como a erupção do vulcão dos Capelinhos, ou o testemunho inédi-to de Egas Moniz, assim como alguns projetos feitos nas escolas portuguesas que foram exibidos, em reportagem, nos canais de rádio e TV do Serviço Público e trabalhos desenvolvidos pela Academia RTP. António Cunha

José DantasDocentes da EPATV

Maria João CamposDocente da EPATV

88

Page 89: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SABOR

RTP Fazer piqueniques com a família, com os amigos, com o namorado, permite a uti-lização do cenário que escolhermos, desenvolver atividades diferentes, sermos ruidosos, descansar, esquecer os computadores, conversar sem tempo e fazer uma refeição especial, que bem nos vai apetecer, pela exposição ao ar livre que nos abre o apetite e pelos aromas concentrados que se libertam das embalagens cuidadosamente fechadas.Assim, passarei a apresentar propostas diferentes que se ajustam a cada gosto, a cada festa,

a cada idade.Salada de salmão fumado com alface, rúcula, tomate cereja e romã em molho vinagrete que

só deve ser colocado no momento. Presunto laminado com queijo de cabra sobre fatia fina de pão saloio levemente molhado em azeite. Tortilha à espanhola acompanhada de salada de feijão frade com pimentos e palmito. Camarão descascado com salsa, lima e fio de azeite com croutons de manteiga. Empadas de frango acariladas Espetos de fruta em gelo, com utilização dos moran-gos, laranja, kiwi, uvas. Na minha opinião não se deve perder a oportunidade de experimentar um prato quente que se

torna reconfortante, devemos escolher uma iguaria que não seque e que não seja demasiado pesada e com ossos. Sugiro uma favada com enchidos e ovo escalfado que pode ser levada no próprio tacho bem embrulhado em papel e toalha, arroz de polvo com filetes ou arroz de legumes com frango ou coelho desossado, estufado com molho de cogumelos.Nunca se dispensa um bolo ou tarte de maçã que deve ser húmido e amanteigado, pudim

individual, cupcake de limão e pequenos brigadeiros ou um salame de chocolate. A fruta deve ser cortada em nacos e sempre que adequado manter a casca para que preserve o seu aspeto mais fresco. Aproveite para fazer uma limonada caseira e um chá bem fres-cos, que servirão como alternativa aos refrigerantes.Evite levar preparações com natas, molhos com ovos, mousses, gelatinas, frutas

que sofram oxidação porque alteram a sua textura e sabor, pois são alimentos que, quando expostos ao calor, podem representar risco.Leve louça ou material de plástico resistente mas reutilizável, traga consi-

go todo o lixo produzido e despeje no contentor mais próximo. Permita que outros possam usufruir do mesmo espaço em boas condições. Abuse dos atoalhados em cores alegres e fortes, dos cestos em verga e exponha com gosto as iguarias. Aproveite o dia e repita a experiência!

Se é verdade que o sol teima em esconder-se, nada nos impede de pensar e organizar saídas para os melhores e alegres dias que virão.

Maria João CamposDocente da EPATV

89

Page 90: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SABOR

desculpas

para cozinhare ganhar a vez de não lavar a loiça!

Mil folhas de Filo Com Mousse de BananaLaminado de Morangos e Creme de ovos citrino

-------------------------------

Bacalhau á Lagareiro

Ingredientes:

Preparação:

-10 Postas de bacalhau

-50 batatinhas

-2 cebolas peq.

-200gr de azeitonas

-Qb de alho picado

-500ml de azeite

-1 kg de grelos congelados

-Qb sal-Qb pimenta

-10 cenouras baby

-5 ovos

Ingredientes:- 250 gr de massa Filo- 3 dl de Natas- 300 gr de morangos- 250 gr de bananas maduras- 7,5 gr de açúcar baunilhado- QB Açúcar em póCreme de ovos cítrino- 250 gr de açúcar-6 gemas de ovo- 1 dl de sumo de laranja- 1 dl de sumo de lima

- Lavar muito bem as batatinhas com a casca, escorre-las e levar ao for-no num tabuleiro cobertas de sal grosso.- Marcar as postas de bacalhau e seguidamente levar ao forno regadas de azeite e alho picado.

- Saltear os grelos em azeite e alho picado, temperados de sal e pimenta.- Numa caçarola com água temperada de sal, cozer os ovos (10mts) depois de levantar fervura.- Empratar a gosto.

1- Colocar o sumo dos citrinos numa caçarola juntamente com o açúcar, até obter o ponto fio. Deixar arrefecer um pouco e juntar as gemas batidas ligeiramente levar novamente ao lume até querer ferver. Retirar da caçarola e levar ao frio.

2- Colocar as folhas de filo cortadas na medida pretendida e levar ao forno a 150º até obter a tonalidade desejada. Mal saia do forno polvilhar com o açúcar em pó.3- Enquanto as folhas de filo arrefecem, faz-se a mousse colocar as natas a bater e juntar as bananas esmagadas e o açúcar baunilhado, assim que ficar a mousse pronta colocar num saco de pasteleiro no frio.4- Entretanto corte os morangos em laminas finas.

5- Come-se por montar uma pequena porção de mousse, seguidamente uma de massa filo, novamente uma poção de mousse e depois os morangos e polvilha com açúcar em pó. Faz este processo as vezes que desejar até definir a altura do folhado.6- Decorar a gosto, com o doce cítrico tendo o cuidado de colocar pequenas porções para não ficar exagerado.

90

Page 91: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

SABOR

-------------------------------

Preparação:

Preparação:- Triturar bolacha com o café e misturar a margarina derretida- Ferver leite com açúcar e café- Adicionar gemas e a maisena previamente dissolvida num pouco de água ao preparado anterior- Colocar preparado de bolacha numa tarteira e pressionar para ficar uma base firme- Verter recheio na base e levar ao frio durante 2 horas- Bater natas e moldar por cima do recheio

Tarte de caféIngredientes:

Base: 200 gr bolacha 90 gr margarina 1c.sopa caféRecheio: 4 dl de leite 4 c.sopa de café 100 gr açúcar 50 gr maisena 4 gemasCobertura: litro de natas 5c.sopa de açúcar

Filetes de sardinha recheados com presunto e sabores da primavera sobre crocante de pizzaIngredientes:

- 4 Sardinhas médias- 150 gr de cenoura- 1 Cebola média- ½ Pimento vermelho- ½ Pimento verde - 2 Dentes de alho- 100 gr de presunto- 150 gr de tomate concassé- 400 gr de massa de pizza- Q.b. de flor de Sal- 0,5 dl de azeite- Q.b. de pimenta Caiena

1- Retirar os filetes das sardinhas e temperar com flor de sal e pimenta caiena.2- Picar os restantes ingredientes.3- Numa caçarola colocar o azeite e bringir a cebola, juntar o alho, cenoura, o presunto, os pimentos e o tomate concassé, deixar refogar um pouco e rectificar de temperos.4- Estender a massa de pizza e cortar em rectângulo, colocar no tabuleiro e levar ao forno a 165º durante 3 minutos.

5- Depois retirar do forno e sobrepor um filete de sardinha, estender sobre o mesmo o prepa-rado anterior, e fechar com o outro filete.6 - Levar ao forno a 150º até obter a textura desejada (filetes suculentos e cozinhados)7- Na hora de empratar colocar um apontamento de recheio sobre os filetes e destacar com um rebento de alecrim.

Chefe VinagreDocente da EPATV

91

Page 92: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESPORTO

Sinta-se LIVRE… da gordura!!Eis um circuito metabólico que poderá fazer em qualquer lugar. Acabaram-se as desculpas!!!

Complete 50 repetições, o mais rápido que conseguir, sem descansar. Faça 20 extensões de braços, 15 saltos de tesoura e mais 15 extensões de braços. Quando tiver terminado o circuito, descanse 1 a 2 mins. e repita. Faça 3 circuitos com exercícios diferentes.

Equipamento: nenhum.Objetivo: Treino total.Calorias queimadas: 248(aprx).Ideal para: acelerar o metabolismo em poucos minutos.

Extensões de braços Junte os pés e afaste as mãos um pouco mais que a largura dos ombros. Com os braços totalmente estendi-dos, flita os cotovelos e aproxime o peito do chão. Suba de forma explosiva.

Saltos em tesoura Em pé, com as pernas juntas e as mãos encostadas ao tronco, levante os braços acima da cabeça enquanto salta e afasta as pernas. Sem parar, inverta o movimento e continue mais 49 vezes.

Faça assim:

Glória LagoDocente da EPATV

92

Page 93: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

DESPORTO

Crunch Deite-se de barriga para cima com as pernas fletidas e os pés no chão. Coloque os dedos das mãos atras das orelhas. Levante o peito e os ombros do chão para aproximar o tórax da pélvis sem arquear o pe-scoço. Repita rapidamente.

Agachamento com peso corporal Estenda os braços para a frente e afaste os pés à largura dos ombros. Empurre as ancas para trás e agache-se até as cochas ficarem paralelas ao chão. Regresse até à posição inicial e repita sem parar.

Escalador Em posição de extensão de braços, levante o pé direito, aproxime o joelho do peito o máximo que conseguir e volte a colocar o pé no chão. Repita com a perna esquerda. Vá alternando de forma rápida.

Para ativar o metabolismo e queimar gorduras mais depressa, deverá ter em conta os músculos que trabalha e como os exercita.

Curiosidades….

Você sabia que o sistema criado pelo alemão Joseph Pilates foi utlizado como um método para tratar dos soldados feridos na

Primeira Guerra Mundial? O Pilates foi um meio encontrado para cuidar dos proble-mas de mobilidade dos recrutas, causados

pelos ferimentos. Além de explorar as diversas angulações articulares, também trabalha a respiração e o equilíbrio.

93

Page 94: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

TECNOLOGIA

As tecnologias de informação e comu-nicação proporcionam novos espaços de aprendizagem e de construção de conhecimento. O processo de ensino aprendizagem é, cada vez mais, um processo contínuo que se prolonga para além do espaço e tempo esco-lares.Os alunos estão cada vez mais motiva-dos para o uso das novas tecnologias de informação e menos para os pro-cessos tradicionais de ensino. Deste modo, para cumprir a sua função de formar os alunos, a escola deverá ad-aptar os seus métodos às novas tecn-ologias, porque estas colaboram com o professor na criação de situações de aprendizagem que estimulam e fa-vorecem a diversificação das possibi-lidades de aprendizagem.As mudanças tecnológicas são ráp-idas e plenas de oportunidades mas também imprevisíveis e cheias de incertezas. Os ambientes de aprendizagem do futuro serão neces-

sariamente abertos e flexíveis, intera-tivos, combinando diferentes modos e estilos de aprendizagem dependen-do do objeto de estudo, do aluno, do professor, do contexto, respeitando o nível de desenvolvimento cognitivo de cada um.Assim, a escola estará a fornecer a to-dos os seus alunos os meios necessári-os para dominarem a proliferação da informação, a sua seleção e espírito crítico, preparando-os para lidarem com a quantidade de informação que será constantemente atualizada. Para tal, a escola tem de assumir um papel de intermediária e moderadora neste “caos” do tempo real, opondo-se-lhe com um tempo diferido, de demora, de amadurecimento e que permita a apropriação consciente dos saberes.Após o surgimento da Web 2.0, o uti-lizador deixou de ser um mero con-sumidor de informação para um pro-dutor de conteúdos, publicando-os automaticamente na rede, sem a ne-

cessidade de grandes conhecimen-tos de programação e de ambientes sofisticados de informática. A Internet tornou-se numa da rede global onde o conhecimento é compartilhado de forma coletiva e descentralizada de autoridade, com liberdade para uti-lizar e reeditar.É neste ambiente que surgem uma das ferramentas mais conhecidas e mais usadas em contexto educati-vo: o Blog ou Weblog, que podemos descrever como sendo uma página na Web que se pressupõe ser atual-izada com grande frequência através da colocação de mensagens – que se designam “posts” – constituídas por imagens e/ou textos normalmente de pequenas dimensões (muitas vezes incluindo links para sites de interesse e/ou comentários e pensamentos pessoais do autor) e apresentadas de forma cronológica, sendo as men-sagens mais recentes normalmente apresentadas em primeiro lugar.

OS BLOGUES COMO FERRAMENTA EDUCATIVA

94

Page 95: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

TECNOLOGIA

Os blogues são hoje espaços funda-mentais de interação e partilha do conhecimento, são uma forma de ex-pressão pessoal alternativa para infor-mar, comunicar e educar. Neste sen-tido, eles geram ideias, permitem a partilha, a comunicação, colaboração e socialização, fazendo com que os alunos possam aprender independ-entemente do tempo e do espaço. No entanto, é extremamente importante que o professor esteja consciente dos objetivos que deseja alcançar quan-do “lança” uma atividade para ser de-senvolvida em ambiente tecnológico, como num blogue.Pela sua facilidade, o blogue é sem dúvida uma ferramenta incentivado-ra de edição online para professores e alunos. A sua utilização pode ser feita para funcionar “como caderno, por-tefólio, fórum, apoio à disciplina, dis-ponibilizar textos, como complemen-to ao ensino presencial, para avisos, indicação de trabalhos a realizar, ma-teriais de consulta e apoio às aulas”.Num sentido meramente pedagógi-co podemos considerar um blogue como recurso pedagógico ou como estratégia educativa.

Enquanto recurso pedagógico os blogues podem ser utilizados como:

• um espaço de acesso a informação especializada;• um espaço de disponibilização de informação por parte do professor.

Na modalidade de “estratégia educativa” os blogues podem servir como:

• um portefólio digital;• um espaço de intercâmbio e colaboração;• um espaço de debate (role playing);• um espaço de integração.

Na prática os blogues podem-se utilizar nas seguintes situações:

• Apresentação das várias etapas de um projeto educativo de um ou mais professores;• Preparação de encontros em Educação;• Reflexão em torno de temas educativos;• Apresentação de projetos/trabalhos realizados por alunos (em grupo ou individualmente);• Criação de um jornal escolar online;• Divulgação das atividades de um clube de escola;• Apoio a uma disciplina.

95

Page 96: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

TECNOLOGIA

Neste sentido, os blogues ajudam a desenvolver competências no aluno, como o dinamismo, a criatividade, a consciência crítica e reflexiva, a organ-ização de informação, a comunicação, a autonomia e a colaboração.Exemplificando, um professor de Por-tuguês pode, por exemplo, criar um blogue de apoio à leitura de uma obra integral. Pode pedir inclusivamente aos seus alunos, que leiam um capítulo e apresentem uma síntese. Um professor de línguas pode usar o blogue como meio de conseguir que os seus alunos respondam a desafios, expressando-se nessa língua estrangeira. Um professor de História pode lançar um desafio para que os alunos pesquisem um determi-nado tema, uma revolução, uma bio-grafia, etc. Um professor de Geografia a mesma coisa, pedir aos alunos para pesquisarem sobre determinado país da União Europeia. Um professor de Ciên-cias Naturais pode usar o blogue como meio de debate, em que os alunos per-ante a resposta a uma questão/prob-

lema, desenvolvem a sua capacidade crítica. Um professor de Físico-química pode publicar animações de uma deter-minada experiência laboratorial e pedir que comentem o que se passou. Um professor de Matemática pode lançar questões para serem respondidas pe-los alunos. Um professor de Educação Visual e Tecnológica pode publicar o re-sultado dos trabalhos dos alunos, e até promover um concurso.Considerando, ainda, que os blogues são facilmente personalizáveis e os con-teúdos de carater multimédia, podendo publicar textos, imagens, vídeos, audio e ligações a outros documentos e pá-ginas. Estas características, associadas aos novos dispositivos móveis, como os telemóveis e tablets, que possibilitam a obtenção de vídeo e áudio, torna mais simples e motivadora a produção de in-formação.Julgamos pois, que o uso de métodos e metodologias que façam uso de no-vos recursos, onde se enquadram os blogues são fundamentais, pois, tal

como é revelado no Livro Verde para a Sociedade de Informação, o docente deve despertar a curiosidade, desen-volver a autonomia, estimular o rigor in-telectual e criar as condições necessári-as para o sucesso da educação formal e da educação permanente. Estando a in-formação em crescendo e sendo o seu acesso cada vez mais facilitado, cabe ao professor ensinar, isto é, orientar o alu-no na recolha da informação, porque, ter informação e não saber tratá-la é o mesmo que não estar informado. Deste modo, o professor terá como principal função organizar o saber coletivo, em vez de se limitar a debitar a informação, à imagem do que se fazia no passado.

Sites para produzir blogues:http://blogs.sapo.pt/https://www.blogger.comhttp://wordpress.com/

blogging

António CunhaJosé Dantas

Docentes da EPATV

96

Page 97: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

NOTÍCIA

Abril

5 a 9

Maio

9 a 11

12 a 18

16

11 a 13

Junho

Maio/Junho

Epatv-Vila Verde

Comemoração do Dia da Terra e da Agricultura Familiar:

• Palestra• Apresentação da prova de aptidão profissional: “ Análise de solos e águas em meios rurais”

Epatv-Vila Verde

Comemoração do Dia Mundial da Dança.

• Workshop de dança

Epatv-Vila Verde

Escola Aberta – destinada aos jovens a frequentar o 9º ano de escolaridade:

• Workshops• Visitas guiadas

Epatv- Amares

Participação na Feira Franca de Amares

Epatv- Amares

Participação na Feira do Livro de Amares

Epatv-Vila Verde

Dia internacional da Sociedade da Informação

• Workshops• Palestras

Epatv-Vila Verde

Noite Solidária “Sunset Solidário”

• Espetáculo de Música e Dança organizado pela EPAjuda

Epatv- Amares

Participação nas festividades de Stº. António:

• Desfile de Moda• Peça de Teatro

Epatv

Estágios Internacionais

Valência -EspanhaLa Valetta -MaltaBrasov – Roménia Florença- Itália

Agenda Cultural

29

23

97

Page 98: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

CABEÇA

DiferençasDescobre as 9 diferenças na figura.

letra em falta

Forma uma nova palavra com a letra solta que se encontra na coluna.

cabeça

D O N A + U = Á G U A + I = I L H A + F = F R I A + C = G O M A + Á =

ter

98

Page 99: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014

CABEÇA

Fuga de letrasColoque corretamente as letras do retângulo da direita na grelho e completa a frese, em seguida descobre o significada da frase.

Sudoku

5

6

8

2

7

4

9

5

3

1

5

7

2

9

3

4

5

6

7

4

2

3

8

9

6

8

8

3

1

6

8

9

X E C í I O R C E F E O E O A T L P I L E A Q E T U R Y

E N E T I I Ú V A D D E C M O A O C S

O R I S U D O A R A O S O L T U S L

A A M N O S N E T Ç Soluções

Diferenças

letra em falta

Nadou, Águia, Filha, Cifra, Mágoa .

Fuga de letra

Exercício feto pelo atleta, que reúne atividades como corridas ou saltos ou lançamentos – ATLETISMO

2

4

9

5

1

5

7

9

3

4

5

6

7

2

3

8

3

8

6 9

7

1

5

6

2

3

9

8

4

7

5

6

8

1

4

2

3

1

72

8

6

3

7

5

4

9

1

1

2

8

9

4

6

7

4

6

9

1

2

5

3

8

3

8

1

7

6

5

9

4

2

2

5

9

8

4

3

1

6

7

José Carlos DiasDocente da EPATV

99

Page 100: Revista Ter Nº20 Janeiro Abril 2014