Revista Voar na Amazônia Brasil – 04

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Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal JAN/MAR 2012 - Voar na Amazônia Brasil 1

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Aqui, no Norte da nação, voar é salvar vidas no meio da floresta, ajudar as populações ribeirinhas e indígenas nos lugares mais distantes e isolados do território nacional, transportar alimentos, remédios e todo tipo de mercadoria, para quem vive na privação de infraestrutura do Estado.

Transcript of Revista Voar na Amazônia Brasil – 04

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 1

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Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 20122Av. Curuá Una, 80 - Santa Clara, CEP.: 68.005-440 - Santarém-Pará

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Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

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Sumário20 BLACKHAWK

Modificações no motor está transforman-do os Caravans, dando a eles um upgrade

PILATUS PC-6 12 unidades estão programadas para o Brasil e devem ser entregues até de-zembro

PARAQUEDISMOParaquedistas se reúnem naBase Aérea de Manaus e realizamrecorde em queda livre

GRUPO JADO grupo é uma das vanguardas da qualidade operacional da aviação civil

PIQUIATUBA Trabalhando para ser uma empresa da aviação civil regional, com linhas per-manentes

26 ABTAerBalanço geral do III Encontro Nacional da Assossiação

36 ARTIGO Georges Ferreira fala sobre o desenvolvi-mento da atividade aérea

38 RIMAEmpresa se especializou em fretamento e transporte de cargas, e ampliou seu espaço

42 LABORATÓRIOLeader Tech, nova estrutura oferece o que o mercado tem de melhor

44 EQUIPAMENTOS Importações dos EUA, onde ficam as princi-pais fábricas, garante preços mais acessíveis

08 14

6862

46 RAMOS MANUTENÇÃOEmpresa é exemplo de sucesso de trabalho em família

52 DIÁRIO DE BORDOConheça os personagens que encontamos em nossa viagem a bordo de um Seneca III

61 ARTIGOManutenção de aeronaves, motores e componentes

70 DANCOREmpresa trabalha com todos os nichos do mercado aeronáutico

80 INFRAEROModernização e ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes

86 ENCONTRO ABAGI Fórum Regional de Aviação Geral, realiza-do no aeroporto em Goiânia

90 RUNWAYEmpresa visita clientes e oferece novas par-cerias para um atendimento diferenciado

94 COMISSÃOInstalada subcomissão para debater a avia-ção civil nacional

COLISÃO COM AVESOs perigos da presença de aves em torno dos aeroportos

HELICÓPTEROSStoco é referência na venda de heli-cópteros Hummingbird e Safari

CORREIOSAjudam a diminuir o isolamento de co-munidades do interior do Acre

ANO 02 • N˚ 04 - JANEIRO / MARÇO 2012

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74 56

AEROCLUBEConheça a história do Aeroclubedo Amazonas que foi fundado em 30 de abril de 1940

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EXPEDIENTEDiretor de redação e

jornalista responsável

Editora assistente

Diretor executivo

Diretor de criação

Projeto gráfico

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Repórteres

Produção

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Antonio XimenesMtb: 23.984 DRT/SP

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Antonio XimenesAna Paula SenaDiárcara RibeiroLaila Pereira

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AMAZÔNIA, ÚLTIMA FRONTEIRA DA AVIAÇÃO CIVIL VOAR NA AMAZÔNIA BRASIL está sendo relançada. Agora, em 2012, ela passa a ser trimestral (publicação em papel) e, brevemente, também terá cobertura diária on line pela inter-net do mundo da aviação civil. Sua base, mais do que nunca, é a Amazônia, uma região onde a aviação tem profunda fun-ção social e pública. Aqui, no Norte da nação, voar é salvar vidas no meio da flores-ta, ajudar as populações ribeirinhas e indígenas nos lugares mais distantes e isolados do território nacional, transportar alimentos, remédios e todo tipo de mercadoria, para quem vive na privação de infraestrutura do Estado. Os comandantes que riscam os céus com suas aeronaves le-vam esperança àqueles que moram na região mais rica em biodiversidade da Terra. Dos pelotões de fronteira, onde a Pá-tria é defendida pelos guerreiros de selva, às maiores reservas indígenas do Brasil, como a Cabeça do Cachorro, onde vivem 22 etnias, ao Vale do Javari, na fronteira com o Peru, com seus mais de mil indígenas sem contato com a civilização “branca”. Neste mundo real e mitológico a aviação é fundamental. Nesta rusticidade, aviões como o Pilatus PC 6 e os Caravans modificados pela Blackhawk na versão XP42A, ganham em relevância pela capacidade de transporte, autonomia de voo, potência e facilidade de pouso e decolagem em pistas curtas e de dificil acesso. Com a realização de etapas da Copa do Mundo de Futebol (Fifa) de 2014 acontecendo em Manaus e Cuiabá, a aviação se reveste ainda de importância estratégica, para transportar os turistas que visitarão o patrimônio verde da humanidade; tanto para assistir os jogos das seleções, como para ir aos lugares consagrados pela pesca esportiva e pelo turismo de observação, na maior floresta tropical do planeta.

EDITORIAL

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

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A primeira aeronave foi entregue para a Drago Air e transporta mais de uma tonelada a baixo custo operacional. Pode ser utilizado no transporte de pessoas e carga em diversos tipos de terrenos e missões, como também para as pistas da Amazônia

PILATUS PC-6 A MELHOR ALTERNATIVA

PILATUS PC- 6

Reportagem: Antonio Ximenes / Fotos divulgação: Pilatus

A Premier, empresa com mais de 25 anos de experiência no mer-cado de aviação executiva, anuncia a entrega do primeiro Pila-tus PC-6 no Brasil. Adquirido pela Drago Air, empresa que atua inicialmente no ramo de paraquedismo, o avião foi escolhido pela grande capacidade de manobra e utilização em pistas infe-riores a 200 metros não preparadas (como grama ou cascalho). Ao todo, 12 unidades estão programadas para o Brasil e devem ser entregues até o final de 2012.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201210

PILATUS PC- 6

Pilatus PC-6 O PC-6 possui custo operacional direto três vezes menor que de um helicóptero biturbina, e pode substituí-lo em diversas missões, como transporte de pessoas ou de cargas com mais de uma tone-lada de carga útil. Também pode ser utilizado em combate de in-cêndios, paraquedismo, busca e salvamento ou como aeromédi-co, necessário em áreas afastadas com grandes concentrações de pessoas. Fabricado pela empre-sa suíça Pilatus, maior fabricante mundial de aeronaves monomo-toras turbo-hélice, o avião tem ca-pacidade de levar até 10 passagei-ros e mais um tripulante. Outros diferenciais também podem ser destacados:

Custo operacional direto de aproximadamente US$ 350/hora;

Opera em terrenos inferiores a 200 metros de comprimento;

Aviônicos de última geração: Garmin G950, TCAS, TAWS e piloto automático integrados;

Alcance de 1.600 km;

Opera em situações extremas de altitude e temperatura, de desertos à geleiras. É o único turbo-hélice monomotor cer-tificado a operar no Nepal;

Velocidade de stall de 45 a 52 ktas, o que possibilita ex-celência em operações de sobrevoo;

Quando utilizado como ae-romédico, possui capacida-de para levar 2 pacientes, 2 acompanhantes e 2 tripu-lantes.

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

OPÇÕEs DE CaBiNEO PORTER PC- 6 possui um sistema de voo que é convertido para realizar um amplo alcance das missões. O projeto da aeronave per-mite uma conversão rápida de um modo ao outro. A sequência mostra a configuração da cabine para diversas missões.

7 passageiros Fotografia aérea

10 passageiros

Ambulância Transporte3 tanques, aproximadamente 568 litros (150 US gal).Tanque de transporte de acordo com CAR 8.

Salto de paraquedas

Reportagem: Antonio Ximenes / Fotos divulgação: Pilatus

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Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201212

PILATUS PC- 6

Em missão de paraquedismo o PC-6 de-cola com 10 paraquedistas, efetua lança-mentos e completa o ciclo em 15 minu-tos com manobras que nenhuma outra aeronave da categoria é capaz. Além dis-so, em menos de 10 minutos, é possível trocar o interior de carga para aeromédi-co ou passageiros, sem nenhuma ferra-menta específica.

“O PC-6 é uma aeronave que possui ca-racterísticas únicas. Extremamente ver-sátil, possibilita várias configurações com grande capacidade de carga, ideal para operações em locais de difícil aces-so onde se localiza a maioria dos campos de mineração, por exemplo, o que o tor-na uma opção eficaz para diversas áreas. Outro exemplo de interesse, são empre-sas na região Amazônica, com as quais estamos negociando algumas aeronaves, sendo que a primeira na região será en-tregue ainda este ano.” afirma o diretor comercial da Premier, David Worcman.

a PrEmiErA Premier atua há mais de 25 anos no mer-cado de aviação executiva. Distribuidora da Pilatus no Brasil, exclusivo na comer-cialização do Pilatus Porter PC-6. Possui, também, serviços de fretamento de aero-naves, centro de manutenção do Pilatus PC-6 e atendimento aeroportuário. Sede

em hangar próprio, situado no Aeroporto de Congonhas-SP com mais de 15.000 m² dedicados à aviação executiva. Mais infor-mações www.premieraereo.com.br ou [email protected].

a Pilatus airCraftFundada em 1939, a Pilatus Aircraft é a principal fabricante mundial de aeronaves monomotores turbo-hélices e a única em-presa suíça para desenvolver, construir e vender aviões e sistemas de formação em todos os continentes. Sediada em Stans, no coração da Suíça, a Pilatus também é habilitada a manter e efetuar melhorias em diversas aeronaves. A Pilatus conta ainda com três subsidiárias independen-tes: Broomfield (Colorado, EUA), Adelaide (Austrália) e Altenrhein (Suíça). A empresa é um dos maiores empregadores na Suíça Central, com um efetivo de mais de 1.100 pessoas na sua sede. Mais informações www.pilatus-aircraft.com.

DragO airEmpresa baseada em Curitiba e iniciando operações com o Pilatus PC-6. Mais infor-mações www.dragoair.com.br ▇

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

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Com cinco anos, a empresa já tem 13 aeronaves e planeja comprar um jato Lear Jet 35, ainda este ano

PIQUIATUBATÁXI AÉREO

A Piquiatuba Táxi Aéreo trabalha para ser uma empresa de aviação civil regional. Ela quer operar com linhas aéreas permanentes em áreas com forte demanda na região. Com uma frota composta por treze aeronaves, dentre elas dois Grand Caravan, ela está ad-quirindo um Lear Jet 35, que servirá também para serviço aeromédico. Sólida financeira-mente, seu presidente Armando Amâncio da Silva, é um empresário respeitado na área da aviação civil, bem como um histórico empre-endedor no setor de mineração. Na direção executiva da Piquiatuba está Ed-son Barros da Silva que, junto com o irmão Patrick Paiva da Silva, gerente financeiro, tocam o sonho do pai de transformar a em-presa em uma referência nacional de trans-porte aéreo, a partir da base em Santarém, onde se observa uma pista privada de 1.200 metros balizada de forma impecável, mes-mo que em piso de terra e grama.

Há cinco anos e meio no mercado de táxi aéreo, a Piquiatuba Táxi Aéreo transporta malotes dos Correios e da Febraban, valores da Prosegur e cargas em geral. Seu serviço com passageiros é tido como um dos mais eficientes da região. Nas reservas indígenas suas aeronaves prestam atendimento às comunidades mais longincuas do território nacional. Dentro das características regionais de de-senvolvimento, a Piquiatuba Táxi Aéreo de-sempenha uma função social e econômica determinante para o Pará.

A sede em Santarém também conta com bases avançadas em Belém e São Luiz. Suas rotas chegam a dezenas de municípios do Pará e do Maranhão, dentre eles Altamira, Santa Inês, Itaituba, Novo Progresso, Alen-quer, Óbidus, Oriximiná, Porto Trombetas, Juriti, entre outras cidades.

Reportagem e fotos: Antonio Ximenes

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201216

PIQUIATUBA

>Edson Barros da Silva e o irmão Patrick Paiva da Silva

Com trinta funcionários, uma oficina mecânica habilitada pela Anac e com equipamentos modernos, a Piquiatuba está permanentemente decolando e fazendo a manutenção própria de suas aeronaves, em prol da segurança dos passageiros e das cargas que transporta para os seus clientes. “Em primeiro lugar está a segurança, investimos fortemen-te nesta área, porque ela nos garante credibilidade no mercado”, destacou Edson da Silva.

liDEraNÇaGerente administrativo e bacharel em Direito, Edson da Silva, desempenha suas atividades de olho na qualidade, bom atendimento, tecnologia, seguran-ça e preços acessíveis em suas opera-ções. Inspirado pelo sucesso empresarial do pai, o executivo tem se projetado na-cionalmente como uma das mais fortes lideranças da nova geração na aviação civil do Pará. “Somos empreendedores e sabemos valorizar os clientes, coman-dantes, mecânicos e todos os profissio-nais que trabalham conosco”. PaDrãOInspetor de manutenção desde 2006 na Piquiatuba Táxi Aéreo, Leonel Bessa sente-se à vontade na hora de trabalhar com os motores PT 6 dos Grand Caravan

da empresa. ”Fiz o curso deste motor no Canadá e também na TAM em São Pau-lo. Junto com o meu chefe, Vanderely Santos Peres, mantemos um padrão de manutenção de excelência dessas aero-naves e das outras que fazem parte da frota”, disse. OPEraÇÕEs Com quinze pilotos, checados e reche-cados pela Anac, a empresa tem como diretor de Operações, o experiente co-mandante Aldair Izidoro da Silva (Aldo, como é conhecido na área). Coube a ele, a responsabilidade de preparar a empresa para o salto de qualidade e de novas rotas na aviação, a partir da iniciativa de evoluir de uma forte po-sição como táxi aéreo para uma futu-ra de linha aérea regional. Atento aos interesses de renovação tecnológica, e qualificação profissional, ele é um forte apoiador da aquisição de novas aeronaves, cada vez mais dentro das características de transporte de pas-sageiros executivos, mas também de cargas.

ExPEriêNCiaAldo, que teve como principal escola de formação os garimpos da região, especialmente de Itaituba, já passou por empresas como a Fliper Táxi Aé-

“Aqui, no Pará, há um mercado crescente

da aviação e estamos conseguindo ocupar

um espaço commuito trabalho e de-

dicação, mas também com investimentos

em tecnologia e pessoal

(Edson da Silva)

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 17

Reportagem e fotos: Antonio Ximenes

reo, Penta Linhas aéreas, Aero Express, TAM, Meta, Tail, entre outras de pe-queno, médio e grande porte. Ele voa Grand Caravan, Bandeirante, Brasília e jatos. Sua habilidade como piloto é reconhecida como uma das mais eclé-ticas na região. Na época do garimpo, na decada de oitenta, era considerado um dos mais hábeis na decolagem e aterissagem em pistas pequenas e de difícil acesso, portanto, trata-se de um profissional tarimbado.

COmaNDaNtEDa flOrEstaTrabalhar com pilotos qualificados, é o forte da Piquiatuba Táxi Aéreo, que con-ta ainda com a “Comandante da Flo-resta” Beatriz Modes, uma gaúcha na-tural de Santa Rosa, que com sua fibra, dedicação, inteligência e humildade conquistou a posição de uma das mais respeitadas profissionais da região. Sua habilidade em pilotar Brasília e Grand Caravan fizeram dela uma referência de estabilidade e segurança de voo.

lutaHá dezesseis anos ela pilota aviões, mas antes Beatriz também dirigiu ônibus de passageiros. Para chegar à posição de comandante passou por muitas dificul-dades materiais, mas a tenacidade, for-ça de vontade e amor à profissão fize-ram dela uma “guerreira dos céus” que não desiste frente às dificuldades. Na aviação civil, Beatriz Modes trabalhou na Penta Linhas Aéreas, Meta Linhas Aéreas e, agora, na Piquiatuba Táxi Aé-reo, mas, anteriomente, também teve a experiência de voar nos garimpos de Itaituba, onde aprendeu observando os ases da aviação garimpeira.

NOs CéusClássica, ela gosta mesmo é de pilotar, funções burocráticas, em terra, não fa-zem o seu gênero, mesmo assim, não escapou de ser escolhida como chefe dos pilotos da Piquiatuba Táxi Aéreo. ”Minha alegria, felicidade mesmo, é estar voando. É lá, nos céus, que me

sinto realizada profissionalmente”. Sua especialidade são as aeronaves modelos Brasília e Grand Caravan, seu talento é genuíno. Ela é uma águia de olhos azuis e corpo esguio, que, fre-quentemente, fascina os passageiros com suas habilidades de “Comandan-te da Floresta”.

garimPOQuem também se diferencia no quadro de pilotos da empresa é Helder Imbiri-ba Carneiro (também conhecido como Pitimba). Com seus monomotores, ele é o responsável pelos voos às reservas indígenas da região, com quem a Pi-quiatuba Táxi Aéreo tem contrato com a Funasa. Sua perícia e coragem como comandante fizeram dele uma “lenda” entre os ases do garimpo, onde ele é co-nhecido como Pitimba. Há 33 anos ele voa na região.

>Comandante Beatriz Modes >Piloto Helber Imbiriba Carneiro (Pitimba)

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201218

“Comecei em Santarém, mas a mi-nha escola foi a aviação garimpeira de Itaituba. Foi lá que conheci e per-di grandes amigos, que vivi os anos mais aventureiros da minha vida. Foi lá que conheci as pistas mais perigo-sas da Amazônia”. Há um ano e meio na Piquiatuba Táxi Aéreo, “Pitimba” é um apaixonado por pequenas aero-naves, especialmente, o Cesna 210, a quem, carinhosamente, chama de “companheiro inseparável”. ”É uma máquina que nunca me deixou na mão e voa com leveza e estabilidade. Gosto muito dele”.

De 1979 a 1992, Pitimba trabalhou nos mais importantes garimpos de Itaituba, nomes como José Altino Ma-chado, “Bigode”, “Zezão do Abacaxi”, Wilson Uchoa, entre outros “senhores do garimpo”. liBErDaDE“Pilotar é o que me mantém vivo. No garimpo e nas aldeias tenho uma li-

berdade que, dificilmente, teria na aviação tradicional. Na floresta, em meio as diversas dificuldades, conta-mos com a experiência, boa manuten-ção das máquinas e os conhecimentos práticos para sair das emergências”. Quanto a ter avião próprio, ele diz: “é melhor voar para garimpeiro ‘bam-burrado’ do que ter que tirar do bolso. Os tempos mudaram, mas continuo voando como antigamente”.

Pitimba tem um sonho, o de escrever um livro sobre as histórias da aviação garimpeira.

rEtaguarDaAlém dos experientes pilotos, a Piquiatu-ba Táxi Aéreo conta com uma retaguar-da administrativa/financeira das mais eficientes, é o caso do gerente financeiro Patrick Paiva da Silva, que mesmo com toda a sua juventude, tem 27 anos, já desponta como um hábil analista finan-ceiro do setor da aviação civil. “Sigo os ensinamentos do meu pai e também

PIQUIATUBA

“Sei de muita histó-rias, como a do cole-ga que decolou com

um rapaz sentado do lado de fora do avião,

de pousos e decola-gens em pistas proi-

bitivas, das manobras dos pilotos para

escaparem da morte, enfim, das coisas que só acontecem na vida

de garimpo(Pitimba)

>Edson da Silva e sua equipe de funcionários

>Aldair Izidoro da Silva, diretor de operações da Piquiatuba Táxi Aéreo

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 19

aplico o que aprendi como bacharel de Direito. Tive algumas experiências, como por exemplo, já atuei na área de operações e, agora, estou nas finanças, desta forma vou entendendo todas as áreas da empresa. Trabalhar em família tem me auxiliado muito”, disse Patrick. rECursOs HumaNOsQuem também desempenha um pa-pel importante na organização interna da empresa é a gerente de Segurança Operacional e de Recursos Humanos, Eliane Marta Silveira Gomes, que, com sensibilidade e profissionalismo está reestruturando esses setores para que a empresa avance ainda mais nos pa-drões de excelência, alcançando me-lhores resultados. Ela destaca que a premiação de “Selo de Qualidade” con-cedida pela Associação Comercial de Santarém, ano passado, o primeiro Se-minário de Segurança Operacional da Piquiatuba Táxi Aéreo, realizado no dia 4 de agosto de 2011, são referências de qualidade institucional na região.

rECEPÇãO E CONtrOlE DE vOONo atendimento aos passageiros no solo e nas operações com os coman-dantes, respectivamente, a Piquia-tuba Táxi Aéreo se destaca com as experientes Izanete Silva (Iza), recep-cionista executiva, e Raquel Palmei-ra do Nascimento, coordenadora de voos, que, com delicadeza e firmeza desempenham suas atividades. “Gos-to de conversar e de resolver os pro-blemas das pessoas. Estou sempre disponível para servir”, disse Iza.

No relacionamento com os pilotos, Raquel se caracteriza pela objetivida-de e praticidade. “Não dá para perder tempo, tudo tem que ser feito com rapidez e lógica, mas com seguran-ça”, disse. █

Reportagem e fotos: Antonio Ximenes

“Não dá para perder tempo, tudo tem que ser feito com rapidez e lógica, mas com segurança(Raquel Palmeira)

Com o programa XP42A de melhoria de potência, o conjunto de modif icações se apresenta como a melhor opção para as empresas que atuam com o Caravan

BLACKHAWK FAZ MODIFICAÇÕES NOS MOTORES DOS CARAVANS

BLACKHAWK

A Blackhawk atua no mercado de modificação de aeronaves como vanguarda. Sua experiência, credibilidade, tecnologia, bons preços, tradição e rapidez na entrega de suas aeronaves fizeram dela uma re-ferência mundial no mercado, neste setor de transformações.

Agora, com o conjunto de modificações Blackhawk XP42A ela está transformando Caravans, dando a eles um upgrade extraordinário com velocidade de cruzeiro 15% mais rápida, o dobro de razão de subida, peso máximo de decolagem acima de 4.082 kg (9000 lbs) e um desempenho na decolagem de até 40% a mais. Portanto, estamos falando de uma aeronave mais potente e com capacidade de trans-porte consideravelmente melhorada.

Certificado pela FAA e Anac, o conjunto de modificações XP42A se apresenta como a melhor opção para as empresas que atuam com o Caravan, especialmente, na Amazônia, onde há uma frota de vital importância nas relações comerciais e de transporte de carga e passa-geiros para as áreas mais longínquas do país.

“Temos muito interesse na região e estamos trabalhando para atuar fortementena Amazônia(Hudson Rodrigues)

Reportagem: Antonio Ximenes / Fotos: Divulgação Blackhawk e Cessna

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201222

BLACKHAWK

QuiCKConsiderada uma das mais sólidas em-presas de manutenção de aeronaves, compra e venda de aviões e, agora, fortemente posicionada na área de modificações, a Quick Aviação de Goi-ânia, é uma das parceiras de primeira hora da Blackhawk e está pronta para fazer as modificações dos Caravans em todo o território nacional, com o padrão XP42A.

“Nós temos tradição, hoje somos es-pecialistas com o JETPROP, uma mo-dificação do Piper PA 46 Malibu Mi-rage, uma aeronave a pistão bi-turbo com 350 cavalos Lycoming. Somos os representantes exclusivos no Brasil do JETPROP. Com a Blackhawk o nos-so relacionamento é excelente e esta-

mos entusiasmados por termos sido certificados a fazer as modificações”, disse o comandante e mecânico-che-fe-sênior Abrão Berberian, 73.

O mercado da Amazônia, com mais de 50 Caravans, é um forte nicho de atuação da Quick Aviação, que vem mantendo conversações com empre-sas da região Norte, com o objetivo de fazer as modificações com o padrão XP42A. Instalada no Aeroporto Santa Genoveva em Goiânia, a Quick Avia-ção conta com um quadro de mais de 66 funcionários e equipamento de alta precisão com completa capaci-dade técnica e científica, para fazer as modificações necessárias do motor do Caravan, a partir do conjunto XP42A.

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 23

Reportagem: Antonio Ximenes / Fotos: Divulgação Blackhawk e Cessna

O sistEma DOxP42a iNCluiUm motor PT6A-42A com 850 hp novo de fábrica com a garantia da Pratt & Whitney Canadá;

Um novo capô fabricado pela Black-hawk em composto de carbono para acomodar um motor maior;

Dois novos escapamentos da Frakes;

Uma hélice Hartzell nova de quatro pás com 100 polegadas de corda;

Inscrição pré-paga no programa de Sis-temas CAMP – acompanhamento de manutenção de aeronaves e no pro-grama de análise e monitoramento de tendências do motor do “Trend Group Turbine”.

BENEfÍCiOsDobra a razão de subida enquanto uti-liza menos combustível;

Aumento do peso de decolagem para 4.082 kg (9.062 lbs);

Melhor desempenho de decolagem, melhoria entre 20% e 40%;

Aumento de 15% da velocidade de cruzeiro;

Maior margem de segurança;

Extensão dos limites de TBO.

Fonte: Blackhawk (Worldwide Aircraft Perfor-mance Enhancements).

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201224

BLACKHAWK

ENTREVISTA COM HUDSON RODRIGUES, DIRETOR DE VENDASDA BLACKHAWK MODIFICATIONS,INC. NO BRASIL.

VOAR_Quais são as empresas autorizadas do Brasil que podem fazer as alterações?

HR_Temos hoje uma rede de seis distribui-dores no Brasil que fazem as vendas e insta-lações dos nossos produtos, só que o Cara-van por ser um produto diferenciado e uma modificação distinta das outras ainda, não definimos quais destes distribuidores farão também a instalação nos Caravans.

VOAR_O Senhor poderia dizer que estão em fase final de escolha dos representantes que farão a instalação?

HR_Estamos fazendo o treinamento dos mecânicos destas empresas em nossas ins-talações em Waco, Texas, mas já podemos atender o mercado de imediato (a Quick por exemplo tem todo o potencial para tal). VOAR_Qual é o preço por modificação de motor?

HR_Este é um ponto que só conversamos com o cliente durante a apresentação do nosso produto. A modificação agrega 100% do valor ao preço final da aeronave e que, comparativamente, o custo da modificação se paga com o expressivo aumento de ren-dimento da aeronave, tanto quanto em sua capacidade de carga quanto em velocidade.

VOAR_Quanto tempo demora para fazer a modificação?

HR_Com o kit em mãos são necessárias so-mente três semanas para toda a modifica-ção, que se trata basicamente da troca do motor e da instalação de um novo capô em material composto. VOAR_Quais empresas já fizeram a modifi-cação na Amazônia?

HR_Na verdade, a primeira empresa brasilei-ra a adquirir o kit para fazer a modificação foi a Vera Cruz Táxi Aéreo, que pertence ao Sr. Fausto Jorge. A modificação está prevista para ser concluída até o final de Janeiro de 2012. VOAR_Temos a informação de que a CTA Táxi Aéreo está estudando a possibilidade de fazer modificações em seus Caravans. Na região amazônica há uma frota superior a 50 aeronaves em condições de fazer essas alterações, como está a agenda dos senho-res para atender esta potencial clientela? HR_É verdade, estamos conversando com o Cleiton a respeito desta modificação. Hoje temos um backlog de 20 aeronaves e esta-mos instalando uma média de 3 a 4 aerona-ves mês. Como estas instalações serão feitas aqui no Brasil, temos condições de agendar instalações a partir do final de janeiro de 2012, e além disso podemos fazer mais de uma instalação em paralelo. ▇

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 25

ABTAer_BALANÇO

Associação Brasileira de Táxis Aéreos

Balanço geral do III Encontro Nacional da ABTAer

Fonte: ABTAer / Fotos: Antonio Ximenes

DuraNtE O iii ENCONtrO, aCONtECiDO Na CiDaDE DE sãO PaulO-sP, EstivEram PrEsENtEs mais DE 40 PEssOas, rEPrEsENtaNDO triNta EmPrEsas ENtrE táxis aérEOs, ParCEirOs E a iNfraErO

EmPrEsas DE táxi aérEO PrEsENtEs NO ENCONtrO

Aeropalmas Táxi Aéreo – Palmas-TO Aerotop – Macapá-AP Amazonaves – Manaus-AM Apuí Táxi Aéreo – Manaus-AM Brasil Vida Táxi Aéreo – Goiânia-GO Ceará Táxi Aéreo – Terezina-PI Central Táxi Aéreo – Sorocaba-SP CHC Táxi Aéreo – Cuiabá-MT CTA Táxi Aéreo – Manaus-AM Flex Aéreo – Jundiaí-SP Fretax Táxi Aéreo – São Paulo-SP Helimarte Táxi Aéreo – São Paulo-SP

Jad Táxi Aéreo – São Paulo-SP LinFord Aviation – São Paulo-SP NHR Táxi Aéreo – Sorocaba-SP Ortiz Táxi Aéreo – Rio Branco-AC PEC Táxi Aéreo – Goiânia-GO Piquiatuba Táxi Aéreo – Santarém-PA RIMA Táxi Aéreo – Porto Velho-RO Stilus Táxi Aereo – Belém-PA Táxi Aéreo Weiss – Curitiba-PRTropic Air – Porto Seguro-BA Vera Cruz Táxi Aéreo – Vera Cruz-SP

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201228

rEsultaDOs A Associação Brasileira de Táxis Aéreos realizou sua primeira eleição com a finalidade de compor sua Dire-toria e Conselho Fiscal, ficando eleitos, por aclamação e unanimidade, para o próximo triênio 2011/2013:

Presidente: Milton Arantes Costa – PEC Táxi AéreoGoiânia-GO

Vice-Presidente: Rui Thomaz de Aquino – Flex Táxi Aéreo Ltda.Jundiaí-SP

Tesoureiro: Rodrigo de Jesus Récio – Aerotop Táxi AéreoMacapá-AP

1º Secretário: Anderson Marchz Davo – JAD Táxi AéreoSão Paulo-SP

Conselho Fiscal: Gilberto Scheffer – RIMA Táxi AéreoPorto Velho-RO

Luiz Augusto – TAW Táxi AéreoCuritiba-PR

Phelipe Augusto Fleury – Brasil Vida Táxi AéreoGoiânia-GO

altEraÇãO DO EstatutO E Outras DEliBEraÇÕEsFicou resolvido pela Assembleia reunida, que o Es-tatuto da ABTAer será alterado para admitir em seus quadros, a participação de oficinas de manutenções de aeronaves, cuja atividade é correlata aos interesses da categoria.

Também ficou decidido alterar o valor tido como contribuição para a ABTAer, a ser cobrada imediata-

mente e doravante, sendo que no caso de inadimple-mento, decidiram os presentes, por unanimidade, que a cobrança poderá ser feita via apontamento cartorário (protesto).

tEmas DEBatiDOs NO EvENtO

taCaDeverá ser contratada uma consultoria independente, para apontar e comprovar quem pratica o Táxi Aéreo Clandestino, além de elaborar um estudo detalhado do assunto;

Qualquer ação deverá ser conduzida pela ABTAer;

aNaC Reiterar pela padronização de procedimentos, com especial atenção (no momento) à fiscalização da carga horária;

Requerer uma audiência junto à diretoria e demais su-perintendências e gerências (tanto no Rio de Janeiro como em Brasília), para cobrar as providências anterior-mente requeridas;

Requerer um assento no Conselho Consultivo da Anac;

Repassar a situação da Secretaria de Aviação Civil – SAC, aos Associados, e marcar uma audiência com seu secretário.

iNfraErOEncaminhar à Infraero dúvidas e requerimentos apresentados por nossos Associados, entre os quais:

1. Taxas Aeroportuárias, requerer uma isenção ou ao menos um tratamento diferenciado para os Táxis Aéreos;

2. Ser informado sobre as ações regionais da Infra-ero com antecedência, especialmente quanto às concessões a serem aplicadas em diversos sítios ae-

ParCEirOs PrEsENtEsNO ENCONtrODancor Seguros – Rio de Janeiro-RJLindford Aviation Vulcanair – São Paulo-SPProject AIR – Goiânia-GORevista Voar na Amazônia Brasil – Manaus-AMRunway Aviation – Goiânia-GO

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JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 29

roportuários federais e suas consequências para os táxis aéreos;

3. Providências quanto ao Notam Rio Branco-AC, pois apesar da pista ficar fechada por certo período, não há qualquer obra em andamento.

rEfOrma DO CóDigOBrasilEirO DE aErONáutiCa A Reforma do CBA é objeto de discussão em nossas casas Legislativas, sendo que as expectativas não são as melhores para os táxis aéreos.

A participação das empresas de táxi aéreo na econo-mia do Brasil é imensa e incalculável. Tal segmento transporta mais de um milhão de passageiros por ano.

O prestador de serviços de táxi aéreo é essencial para a indústria do petróleo, ligação para os Correios, transporte de valores, transporte de emergência, atendimento às comunidades indígenas etc.

As empresas denominadas TPX devem possuir uma concessão da União para poderem operar, e por prestar um serviço de natureza pública, que deve ser fornecida pelo Estado, gozam de certos benefícios administrativos e tributários.

Todavia, o PL 6961/2010, prevê que pela nova reda-ção do CBA, mais especificamente em seu artigo 177, inciso III, os táxis aéreos devem ser relegados à cate-goria de TPP, e caso isso venha a acontecer, os táxis aéreos poderão ser retirado dos sítios aeroportuários federais sem grandes entraves legais, ademais de ver sua carga tributária aumentada, tendo que competir para sobreviver com o TACA. Os serviços de táxi aéreo constituem indispensável meio de integração nacional e desenvolvimento social e econômico de uma nação continental. Isto porque o Brasil tem, aproximadamente, 3.000 pistas de pouso, mas a aviação comercial brasileira não

chega nem a 140 cidades. Existem, portanto, cerca de 2.780 cidades brasileiras que são atendidas pelas empresas de táxi aéreo.

A Associação se mobilizará nesse sentido, ao qual elaborará um manifesto de repúdio, ademais de mo-vimentar sua base parlamentar quanto a tal situação, provocando, inclusive, os poderes públicos federais (MPF, Anac, SAC), para evitar que tal medida venha a se concretizar.

tCmAs informações serão passadas pormenorizadamen-te a cada Associado.

Assim, após um ano de sua criação, eis as empresas que fazem parte da ABTAer:

1. ABELHA Táxi Aéreo e Manutenção Ltda. 2. AEROTOP Táxi Aéreo Ltda. 3. AEROTEC Táxi Aéreo Ltda. 4. AMAPIL Táxi Aéreo Ltda. 5. AMAZONAVES Táxi Aéreo Ltda. 6. APUÍ Táxi Aéreo Ltda. 7. AMAPIL Táxi Aéreo Ltda. 8. BRASIL VIDA Táxi Aéreo Ltda. 9. CHC Táxi Aéreo Ltda.10. CTA – Cleiton Táxi Aéreo Ltda. 11. FLEX Táxi Aéreo Ltda.12. FRETAX Táxi Aéreo Ltda.13. GLOBO Manutenção de Aeronaves e Táxi Aéreo Ltda. 14. HERINGER Táxi Aéreo Ltda. 15. HEISS Táxi Aéreo Ltda. 16. ITUQUI Táxi Aéreo Ltda. 17. JACARÉ Táxi Aéreo Ltda. 18. JAD Táxi Aéreo Ltda. 19. JAGUAR Táxi Aéreo Ltda. 20. JOTAN Táxi Aéreo Ltda. 21. JUTA – Junqueira Táxi Aéreo Ltda. 22. LinFord Aviation Ltda. 23. NHR Táxi Aéreo Ltda.

Fonte: ABTAer / Fotos: Antonio Ximenes

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201230

24. ORTIZ Táxi Aéreo Ltda. 25. PEC Táxi Aéreo Ltda. 26. PEMA – Pereira Machado Táxi Aéreo Ltda. 27. PIQUIATUBA Táxi Aéreo Ltda. 28. RIMA – Rio Madeira Aerotáxi Ltda. 29. Santa Fé Táxi Aéreo Ltda. 30. SETE Táxi Aéreo Ltda. 31. STILUS Táxi Aéreo Ltda. 32. TARP Táxi Aéreo Ltda. 33. TASP Táxi Aéreo Ltda. 34. Táxi Aéreo HÉRCULES Ltda. 35. Táxi Aéreo PALMAS Ltda. 36. TAW Táxi Aéreo Ltda. 37. TIO Táxi Aéreo Ltda.38. TWO Táxi Aéreo Ltda. 39. UIRAPURU Táxi Aéreo Ltda. 40. VOAR Táxi Aéreo Ltda.

Total: 40 empresas em 14 Estados.

Senhores Associados e Parceiros da ABTAer. Muito fizemos, e mais precisamos fazer. A família ABTAer agradece o emprenho de todos que fazem, junto com nossa Associação, um futuro melhor para nossa Aviação. Em breve enviaremos mais novidades.

Milton Arantes CostaPresidente da ABTAer

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Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 31

´

CABEÇA MATÉRIAHELICÓPTEROS

A Stoco Aviação tem se caracterizado pela capacidade de entregar helicópteros em tempo record e usar tecnologia de ponta nos serviços oferecidos aos seus clientes

venda e manutenção de helicópteros Safari e Hummingbird em Goiânia

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de talReportagem: Antonio Ximenes / Fotos: Divulgação Hummingbird e Safari

A Stoco Aviação é a empresa mais qualificada na venda de helicópteros do Centro-Oeste brasileiro. Com instalações de primeiro mundo no aeroclube da Escolinha, em Goiânia, ela criou todas as condi-ções para se transformar na liderança mais sólida na comercialização das aeronaves de asa rotativa, das marcas Hummingbird e Safari. ”Nos preparamos para isso e hoje somos referência na região”, disse Rodrigo Stoco, sócio proprietário.

Com um dos hangares mais modernos do Brasil, onde são montados os kits do Safari, e disponibi-lizado espaços para hangaragem, a Stoco Aviação tem se caracterizado pela capacidade de entregar helicópteros em tempo record. Seus clientes, na maioria empresários com fazendas e empresas, que precisam se locomover com rapidez e comodida-de, são discretos, mas já apontam a empresa como uma das novidades mais promissoras na área.

“A Stoco conseguiu algo que parecia distante de Goiânia: trazer a tecnologia americana de pon-ta em helicópteros com uma linha de produção e manutenção diretamente ligada às fábricas na América”, disse um empresário de Goiânia, que costuma voar nos helicópteros da empresa.

Sobre o Hummingbird podemos dizer que a sua produção começou em 1991, tendo como referên-cia tecnológica o programa do Sikorsky S-52, equi-pamento utilizado pelas forças armadas america-nas por décadas. A rusticidade e ao mesmo tempo o visual agressivo aerodinâmico, que faz deste he-licópetro, um “puro sangue” em estilo, conta com amplo espaço interno, capacidade de transporte consolidada na segurança e mais de 100.000 ho-ras de voo. Trata-se, pois, de um modelo aprovado, atestado e credenciado para os melhores mercados da aviação civil mundial.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201234

CONfiaBiliDaDEO motor Lycoming com 285 hp de potência para decolagem a 3200 RPM é de alta confiabilidade. Ele é verticalmente disposto, o que dispensa o uso de correias, simplificando, desta forma, todo o sistema e permitindo um total aproveitamento da potência à disposição.

CONfOrtOConfigurações de (dois mais dois) ou (dois mais três), no que se refere a piloto e passageiros, a aeronave acomoda, confortavelmente, todos os seus ocupan-tes, com a vantagem do baixo ruído em função dos abafadores existentes. A baixa velocidade do rotor principal e da cauda, além, do revestimento de espu-ma na cabine. Tudo isso confere a este helicóptero uma qualidade de voo das mais tranquilas do merca-do local, o que proporciona uma viagem agradável

e segura. A cabine do Hummingbird é de 1,65 m de largura por 3 metros de comprimento.

ECONômiCODos helicópteros disponíveis no mercado, o Safari possui um dos melhores custos/beneficios, frente aos demais. Seu motor Lycoming de 180 hp confere a ele credibilidade e confiança de dirigibilidade.

Com um consumo médio de 34 litros por hora e vo-ando em teto máximo de 3.300 metros, podemos di-zer que este equipamento é o que de melhor existe para voos curtos e permite uma ampla visibilidade funcional. Outro diferencial do Safari é a sua cabi-ne de acrílico que permite um raio de visão de 270 graus sem obstáculos.

HELICÓPTEROS

VELOCIDADE MÁXIMA (VNE)

RAZÃO DE SUBIDA 2.300 Lbs

PESO VAZIO (EQUIPAMENTOS + ÓLEO)

ALCANCE COM TANQUE NORMAL

TETO MÁXIMO OPERACIONAL

COMBUSTÍVEL NORMAL

RAZÃO DE SUBIDA 2.800 Lbs

MOTORIZAÇÃO

CONSUMO MÉDIO

PESO MÁXIMO DE DECOLAGEM

TBO (HORAS ENTRE REVISÃO GERAL)

Todas as especificações em condições ISA ao nível do mar.

FICH

A TÉ

CNIC

A DO

HU

MM

INGB

IRD

120 mph

1.250 ppm

1.800 Lbs

+ de 375 milhas

14.000 pés

57 Gal

100 mph

950 ppm

Lycoming

+ de 14 Gal/h

2.800 Lbs

1.200 horas

193 km/h

375 metros/minuto

871 kg

+ de 600 km

4.268 metros

215 Lts

160 km/h

287 metros/minuto

285 hp

53 lts/h

1.271 kg

(Sem calendário)

VELOCIDADE DE CRUZEIRO - 75% DE POTÊNCIA

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 35

NavEgaÇãOTrata-se do equipamento perfeito para quem deseja visitar a fazenda ou fazer inspeções de campo. Sua tecnologia simples e prática permite dizer que nos seus mais de 30 anos de atuação, se notabilizou pela eficiência e excelente navegação. Seu motor dispos-to de maneira vertical dispensa o uso de correias, o que permite mais potência a aeronave de asa rota-tiva. Os controles são de fácil manejo, o que facilita a vida do piloto em qualquer condição de voo, feito que eles são individuais e acionados por hastes de comando e teleflex, possibilitando segurança e sim-plicidade na operação.

CômODOCom capacidade para duas pessoas com excelente acomodação podemos dizer que este é o helicóp-tero que pode estar no pátio de sua casa ou de sua

fazenda, com o mínimo de ocupação de espaço e o máximo de prazer em seu voo panorâmico.

Suas unidades são montadas pela Stoco Aviação, no hangar da empresa na Escolinha, e o preço é um dos mais em conta do mercado. Imperdível para os aman-tes de helicópteros e fortes emoções. ▇

Reportagem: Antonio Ximenes / Fotos: Divulgação Hummingbird e Safari

COMPRIMENTO TOTAL

VELOCIDADE DE CRUZEIRO

PESO MÁXIMO DE DECOLAGEM

DIÂMETRO DO ROTOR PRINCIPAL

RAZÃO DE SUBIDA INICIAL

COMBUSTÍVEL NORMAL

TBO (HORAS ENTRE REVISÃO GERAL)

CONSUMO MÉDIO

PESO VAZIO

VELOCIDADE MÁXIMA (VNE)

TETO MÁXIMO OPERACIONAL

CAPACIDADE DE ÓLEOFICH

A TÉ

CNIC

A DO

SAF

ARI

30,1 pés

85 Mph

1.500 Lbs

25,11 pés

1.000 Ppm

28 Gal

1.000 horas

8 pés

8 pés

8 a 10 Gal/h

1.000 Lbs

100 Mph

10.000 pés

8 Quarts

9,7 metros

136 km/h

680 kg

7,9 metros

330 metros/minuto

106 Lts

(Sem calendário)

2,43 metros

2,43 metros

34 Lts/h

454 kg

160 km/h

3.300 metros

7,5 Litros

ALTURA TOTAL

ALTURA TOTAL

Todas as especificações em condições ISA ao nível do mar.

CABEÇA MATÉRIA

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201236

ARTIGO

Novamente a aviação brasileira é reinventada. Depois de uma déca-da sem novidades, senão a criação de uma nova agência para regular a aviação civil em 2005/2006, as autoridades despertam para a ne-cessidade de cunhar uma política voltada para o desenvolvimento da atividade aérea, mas que, até o momento, parece não ir além da reforma de aeroportos.

A promessa da vinculação definiti-va da aviação civil com um minis-tério civil, culminou com a criação de mais uma secretaria com status de ministério, a SAC – Secretaria de Aviação Civil, ligada ao Palácio do Planalto, cuja principal função será a de preparar a infraestrutura aero-portuária para os eventos.

A SAC surge em um ambiente de grande crescimento da aviação, seja ela regular ou não, geral, ex-perimental, de instrução etc., ao passo em que há quase três dé-cadas, não se constroi um grande aeroporto, e não há qualquer pro-jeto para que isso aconteça, pois, de puxadinho em puxadinho, pre-cisamos estar prontos para uma Copa do Mundo, uma Olimpíada, e por serviços aéreos, que cres-cem a ordem de 30% ao ano.

A SAC existia originalmente com a função de secretaria, o Conac – Conselho Nacional de Aviação Civil, e para elaborar as políticas

a serem implementadas pela Anac, fazendo uma ponte entre o Ministério da Defesa, o Depar-tamento de Controle do Espaço Aéreo – Decea, e os recém criados órgãos civis. A nova SAC deverá, ainda, modernizar e preparar a estrutura aeroportuária brasileira, tornando-a capaz de atender o atual aumento da demanda.

Por sua vez, para auxiliar a SAC o governo recém criou a Comissão Nacional de Autoridades Aeropor-tuárias – Conaero, que reúne re-presentantes de órgãos voltados à atividade aeronáutica que atuam nos aeroportos, com o objetivo de aperfeiçoar os procedimentos e aumentar a qualidade, a seguran-ça e a celeridade dos processos operacionais, estabelecendo pa-râmetros de desempenho.

Em teoria, até o momento tudo parece estar bem. Entretanto, em alguns setores da Anac, a mão de obra disponível para de fato fisca-lizar a aviação, aprovar projetos e fazer o check de pilotos, fica en-tre 40% e 60% daquilo que seria o ideal, com mais um agravante, pois não há previsão de um novo concurso para o órgão.

As promessas para a construção de novos aeroportos não vinga-ram, sendo que se vislumbram apenas algumas concessões, e não a privatização.

As alterações propostas no Có-digo Brasileiro de Aeronáutica, o CBA, em muito podem prejudicar os táxis aéreos e a aviação geral, sendo que o contingenciamento das verbas oriundas da arrecada-ção do sistema aéreo, não dimi-nuíram.

O que se espera dessa fase de nos-sa aviação é que a nova pluralida-de de órgãos represente a demo-cratização do sistema, e não uma mera burocratização, induzindo que os Ministérios da Economia e do Planejamento, senhores defini-tivos do destino das prioridades e verbas, reconheçam que com as inversões necessárias, a aviação retornará muitas vezes seus inves-timentos na forma de progresso.

Georges de Moura Ferreira é aviador, advogado, professor de Direito Aeronáutico Internacional e Nacional da PUC-GO, consultor da Associação Brasileira de Táxis Aéreos – ABTAer, membro do Conselho Fiscal da APPA – Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves e conferencista e membro da Associação dos Diplomados da Es-cola Superior de Guerra ADESG.

PLANALTO, CONAC, SAC, MD, CONAERO, ANAC, INFRAERO e

DECEA. A NOVA SOPA DE LETRAS DA AVIAÇÃO BRASILEIRA

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 37

A empresa se especializou em fretamento e transporte de cargas, ampliou o espaço e hoje conta com sedes em diversas cidades

ano de mudanÇaspara a rima

RIMA

Com um espaço mais amplo e sofisticado para melhor atender aos clientes, a RIMA – Rio Madeira Aerotáxi Ltda., que iniciou suas ativi-dades com apenas um avião, hoje possui uma frota de 11 aeronaves. Segundo o sócio-diretor Gilberto Scheffer, a prioridade da empresa é manter a segurança e a ética.

Com dez anos de existência, a Rima se especializou em fretamento e transporte de cargas, fruto da parceria entre Gilberto e a sócia-diretora da empresa, Sônia Maria Sanchez Grabner.

“Quando iniciamos na empresa tínhamos um objetivo e um elo, a aviação fez essa união. Com o tempo fomos adquirindo contratos e ganhamos credibilidade. Fazemos nosso trabalho por amor”, afir-mou Sônia Grabner.

Reportagem e fotos: Ana Paula Sena

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201240

RIMA

“Buscamos o melhor naaérea operacional, tanto

interna e mecânica. Nunca tivemos um acidente,

porque levamos a sério a comunicação

e a ética na empresa(Gilberto Scheffer)

No inicio eram apenas duas pe-quenas salas. Com o crescimento, a Rima expandiu o espaço conforme exigências da Anac, com um setor comercial, de operações, contabili-dade, almoxarifado, uma cozinha, dois apartamentos e, inclusive, um simulador de voo.

Sônia ainda relata que a Rima pre-tende estender os serviços com a implantação do aeromédico. “É o nosso sonho prestar esse tipo de atendimento. A Amazônia está carente no setor da saúde e que-remos ajudar a suprir essa neces-sidade”, pontuou.

Dentre os contratos que a Rima possui está o da Febrabam, com quatro linhas: a primeira em Ma-naus, Porto Velho e Rio Branco, com capacidade de 800 kg diá-rios, a segunda em Porto Velho, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, com capacidade de 300 kg, a terceira em Cuiabá, Cáceres, Pontes e La-cerda, Comodoro e Sapesal, com capacidade de 240 kg por dia.

Com a base principal em Porto Velho e bases secundárias em Rio Branco, a empresa também implantou uma base em Manaus, localizada no aeroporto Eduardi-

nho, além de Cuiabá. “Investimos em treinamento de funcionários em geral e também possuímos escritórios em Lábrea, Feijó, Ta-rauacá e Cruzeiro do Sul (Acre) e Vilhena (Rondônia), todos com o intuito de facilitar a logística dos clientes”, disse Sônia.

EmPrEsaFundada em 21 de novembro de 2001, com o objetivo de atender a região Norte do país, especifica-mente a Amazônia Ocidental. Em Rondônia, transporta diariamente malotes bancários para todo in-terior do Estado. Também atende fretamento de voos executivos e voos chartes para a Pousada Roo-sevelt, no setor de turismo e pesca esportiva.

No Estado do Acre e sul do Ama-zonas, atua no setor de carga aérea com fretamentos e encomendas.

“Somos realmente uma família, a Rima é uma empresa mãe, aqui um funcionário depende do ou-tro, com isso temos conseguido realizar um trabalho de qualida-de da Amazônia”, conclui Gilberto Scheffer. ▇

>Gilberto Scheffer, Luiz Carlos Sanches e Sônia Maria Sanchez Gradner

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 41

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em pistas elevadas / quentes. Ganhe e economize dinheiro. A solução no mercado de melhor desempenho para o Caravan já esta certificada pelo FAA e ANAC.

veja a diferença!

Com treze anos no mercado, a empresa está ampliando sua estrutura fisíca e de mão de obra especializada, oferecendo aos mais de 250 clientes um serviço de exelência

Leader Tech tem novo laboratório digital de eletrônicos

LABORATÓRIO

A Leader Tech tem um novo laboratório de aferição de transponder, encolder e rádios em geral, na bancada do sócio proprietário José Fernando Corrêa (Zezinho), que é referência de tecnologia no mercado nacional, especialmente do Centro-Oeste, Goiânia. Observa-se, ainda, na empresa, a ampliação da sala de instrumentação de GMP, bem como a implantação da sala de eletrônicos de ponta. Instalações certificadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A nova estrutura conta com seis profissionais atuando diretamente sob a coordenação de Zezinho, enge-nheiro elétrico minuncioso e com refinada capacida-de de análie dos manuais das fábricas que produzem os equipamentos (a maioria dos EUA). Zezinho fez estudos avançados nos Estados Unidos da América em circuitos digitais e pesquisas de pane, de diversos tipos de aeronaves, na cidade de Redlands, Califórnia.

Ele domina, fluentemente, o idioma inglês, o que o diferencia de outros engenheiros e técnicos da área, que não dominam a “língua da aviação”. “Nós estamos melhorando o nosso atendimento aos clientes. São 13 anos de trabalho ininterrupto na qualificação dos nossos profissionais e na aquisição de novos equipa-mentos. Agora, que estou com o tempo mais livre, pois me aposentei do magistério, vamos aumentar o nosso acervo tecnológico”, destacou Zezinho.

iNvEstimENtOsEntre aquisição de equipamentos, obras civis, treina-mento de pessoal, bem como a contratação de no-vos quadros, a Leader Tech investiu mais de R$ 150 mil. O laboratório conta com um técnico específico para cuidar dos equipamentos de altímetro, horizon-te, giro e RPM, bem como outro especialista em afe-rição de transponder, encolder, rádios sob a supervi-são direta do olhar atento de Zezinho.

CartEiraCom uma carteira de clientes de mais de 250 empre-sas nacionais, e com forte atuação na região Norte, a Leader Tech é conhecida por sua discreção, eficiência técnica e solidez nos fundamentos da aviação civil. Seus proprietários: Carlos Antônio Jacino, Silvio Rosa Mendes, Loimar Ataú Gomes e Zezinho, unem tradição e modernidade em suas atividades de especialistas em eletrônica aeronáutica. ▇

“Nunca vi tanta movimentação como agora em Goiânia. O mercado está aqueci-do e nós estamos nos modernizando ainda mais para atender a demanda. As oficinas estão cheias e nós acompanhamos este ritmo acelerado(Zezinho)

Reportagem e foto: Antonio Ximenes

Preparados para as mudanças na área, a importação garante preços mais acessíveis. Os funcionários da empresa também estão se qualificando

Wip Aviação se fortalece com peças e quipamentos importados dos EUA

EQUIPAMENTOS

“A gente acredita que o elemento humano

é o que importa. Bons equipamentos e peças importadas ajudam, mas o que

define o padrãode qualidade é o

profissional nalinha de frente

(Pedro de Freitas)

A Wip Aviação é uma referência na manutenção de aviões a pistão. A experiência de seus proprietários, William Correia e Pedro de Freitas, reveste a empresa de tradição téc-nica e modernidade, pois ela está, permanentemente, se atualizan-do sem perder o clássico atendi-mento personalizado. “Trabalhamos pensando em me-lhor servir toda a aviação civil. Sa-bemos que os aviões não podem ficar no solo e que os comandan-tes e donos de aeronaves pre-cisam dos nossos serviços com rapidez. Por isso, não perdemos tempo e somos práticos e diretos na manutenção aeronáutica”, dis-se William. Atentos às constantes mudanças na área de peças e equipamentos em geral, William e Pedro decidi-ram que fariam importações dos Estados Unidos, onde ficam as principais fábricas do setor e com preços mais acessíveis dos pratica-dos pelas importadoras regionais.

“Vamos continuar nos abaste-cendo de peças com os nossos parceiros aqui de Goiânia, mas, aos poucos, faremos os nossos próprios pedidos. Isso é uma ten-dência do mercado, dado que o dólar está mais barato com o fortalecimento do real, e já temos conhecimento de como operar em toda a cadeia de importados”, disse William.

Se por um lado há mais conforto e praticidade em operar no merca-do internacional, Pedro e William sabem que a força da Wip Aviação está em sua equipe; por essa ra-

zão, eles estão investindo na for-mação de mão de obra dos seus 22 funcionários.

Com toda a evolução observada na empresa ao longo dos últimos anos, 2012 se apresenta como um ano de consolidação de várias iniciativas empreendidas pelos sócios e amigos, como a presen-ça constante na Escolinha (saída para Inhumas) – na permanente tarefa de apoio aos parceiros lo-cais; as viagens aos aeroportos e campos de pouso do interior, para fazer a manutenção de aeronaves dos clientes; e, de uma forma mais frequente, as idas aos Estados Uni-dos para trazer novidades da área. “Estamos firmes no propósito de crescer, mas com os pés no chão, dando um passo por vez, mas sempre em frente”, disse William Correia. ▇

Reportagem e foto: Antonio Ximenes

CABEÇA MATÉRIA

Trabalhando juntos, cada membro da familia ajuda na empresa, fortalecendo cada vez mais a marca. Está em construção um novo hangar no qual vai ser instalado o que há de mais moderno, sinônimo do que a familia quer oferecer aos seus clientes

Ramos Manutenção é um exemplo de sucesso de trabalho em família

RAMOS MANUTENÇÃO

“Na aviação o que vale é a segurança, por isso não admito erros, por-

que é no detalhe que salvamos vidas. Passo

aos meus funcionários esta máxima: a vida das pessoas está em nossas

mãos, não podemos errar como mecânicos

(Totó)

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

Antônio Carlos e Aranete formam o casal mais atuante na manutenção de aeronaves da Escolinha em Goiânia. Ele, na condição de diretor operacional e sempre com as mãos nos motores das aeronaves à pistão, e ela na administração dos negócios da empresa. Como auxilia-res diretos a filha Cristiane Ferreira Ramos e o filho Luiz Paulo Costa Ramos, juntos a familia trabalha unida.

Vê-los em ação na Ramos Manutenção Aeronáutica é acreditar que a aviação tem exemplos de dedicação, abnegação, profissionalismo e amor ao trabalho em família. Totó, como é conhecido Antonio Carlos, fez

cursos avançados na Cessna, Beechcraft, Embraer e se especializou na manutenção dos motores Lyco-ming e Continetal, equipamentos clássicos na avia-ção à pistão.

Exigente tecnicamente em todos os detalhes, no cuidado da abertura dos motores, avaliação, análise da aeronave e no fechamento dos mesmos motores, Totó é detalhista ao extremo e fez da segurança o segredo de seu negócio.

Reportagem: Antonio Ximenes e Ana Paula Sena / Fotos: Antonio Ximenes e Arquivo da família

>Da esquerda para a direita estãoAntônio Carlos (Totó), a f ilha Cristiane,a esposa Aramete e o filho Luiz Paulo

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201248

EstuDOsAranete, em sua firmeza de caráter, conta que antes de ‘entrar de cabeça’ no negócio do marido passou dois anos estudando Legislação, as partes técnicas da Anac, tudo sobre os aviões consertados por Totó, o que lhe deu segurança na hora de decidir, sempre com serenidade e conhecimento téc-nico. ”Na aviação deve-se ter conheci-mento das leis, das aeronaves, enfim, de tudo o que diz respeito aos equi-pamentos e dos manuais dos aviões”.

ZElOEla conta que muitos dos clientes da Ramos Manutenção Aeronáutica são empresários donos de aviões e que têm poucos conhecimentos técnicos sobre os seus próprios equipamentos.

”Eles entregam as aeronaves nas mãos dos pilotos e os comandantes sabem que nós somos zelosos pela seguran-ça, a qualidade das peças trocadas e, principalmente, no que determinam os manuais das aeronaves. Fazemos um trabalho criterioso, porque vidas dependem do nosso trabalho”, desta-ca Aranete.

DisCiPliNaSobre trabalhar com os filhos, Aranete, a mãe empresária, disse que é exigente e que não admite que eles se descon-centrem. “Nosso grau de exigência é elevado, o meu e do Totó, para que eles entendam que na aviação não pode haver erros, tudo é lógico, mas precisamos estar sempre atentos. Há muito amor entre nós, mas sempre com disciplina profissional, quando estamos na empresa”.

HaNgarDisposta a crescer cada vez mais, a Ramos Manutenção Aeronáutica está construindo um novo hangar, onde o que há de mais moderno será im-plantado nas novas instalações. ”Va-mos oferecer aos nosso clientes uma oficina mais moderna ainda da que já temos, com peças importadas e equipamentos de precisão de último modelo; haverá espaço para hanga-ragem, além de uma suite vip para os pilotos e proprietários de aviões, os nossos clientes que estiverem com suas aeronaves sob nossa responsa-bilidade. Trata-se de um sonho antigo que estamos realizando”, disse Totó.

filHOs Luiz Paulo Ramos está cursando o oitavo período de Economia, na fa-culdade Alves Faria. sua sensibilidade mercadológica é a de quem conhece as finanças em grande estilo. Ele tem experiência na negociação de ações nas bolsas de valores e leva para o negócio da família o tino pelas boas oportunidades comerciais, sempre com critérios pautados pela seguran-

RAMOS MANUTENÇÃO

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ça, credibilidade, qualidade e respeito no relacionamento.

Igualmente atenta aos ensinamentos dos pais, a jovem Cristiane Ferreira Ra-mos mostra com sua dedicação e sen-so de responsabilidade administrativo, que conviver com a mãe diretamente na administração, é uma tarefa de for-mação fundamental para o sucesso do empreendimento na aviação. ”Sigo os passos da minha mãe, mas tenho aprendido muito com o meu pai, com seu jeito direto e simples de ensinar e trabalhar”.

tOtó lEmBra DOstEmPOs DE garimPOCOm O COmaNDaNtE aNtôNiO PiCãO, sEu mE-lHOr amigOAntonio Carlos Ramos (Totó) foi um dos melhores amigos do comandante Antônio Picão. Se conheciam desde a adolescência, quando Totó ainda tra-balhava na oficina Tada Aerocentro, em Atibaia. “Eu sempre fui um apaixo-nado por aviões. Fechei o meu primei-ro motor, um York 540 Lycoming, de um Minuano, com 16 anos. Foi uma grande alegria. Eu sai de Atibaia para trabalhar no garimpo de Boa Vista, foi nesta época que eu e Picão ficamos muito amigos. Tinha ainda o Japonês, mecânico de pista; o Donizete chape-ador; e o secreta/Berimbau, ajudante de todas as horas”.

Eles cuidavam dos aviões do coman-dante Picão debaixo das mangueiras no Jóquei Clube da capital roraimense. Tabalhavam do nascer do sol ao anoi-tecer e viviam os “anos quentes e lou-cos do garimpo”, onde se recebia em dinheiro e em ouro.

Reportagem: Antonio Ximenes e Ana Paula Sena / Fotos: Antonio Ximenes e Arquivo da família

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201250

RAMOS MANUTENÇÃO

“ Estávamos sempre juntos e o Picão, com seu jeito

expontâneo e aquele cora-ção que Deus lhe deu, nos

ajudava em tudo. Tenho saudades daqueles tempos

(Totó)

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Reportagem: Antonio Ximenes e Ana Paula Sena / Fotos: Antonio Ximenes e Arquivo da família

PaDriNHOA amizade era tanta que Picão foi pa-drinho do seu casamento com Aranete. Na época o Geraldo, irmão de Picão, “ainda tinha cabelos”, brinca Totó com os olhos cheios de lágrimas.

sOliDariEDaDEAranete, amiga do comandante Picão desde os tempos de Boa Vista, conta que seu marido, o comandante Picão, o Japonês, o Donizete e o Berimbau eram muito danados, mas tinham um sentido de solidariedade e amizade que à cativou. “Logo que vi o Totó me apai-xonei, sabia que ele seria o meu marido, mas também vi que o Picão, que era o melhor amigo do Totó, liderava o grupo, sempre com afeto, sempre com carinho, sempre com respeito. Tenho ‘saudades’ daquele tempo e ainda hoje sentimos falta do Picão, que partiu, mas ficou em nossos corações”, comentou. ▇

>Picão no casamento de Totó com Aranete

>Início das atividades aeronáuticas do Comandante Picão

>Totó em uma de suas viagens ao lado do saudoso amigo Picão

“A gente era uma família de aviadores e mecânicos, chegamos a viajar com o Antonio Picão para a Venezuela, com o objetivo de conhecer aviões aciden-tados que poderiam ser reaproveitados. Quando vejo estas fotos me dá um aperto no peito, mas a vida é assim mesmo, ainda bem que há as lembranças dos velhos amigos como o Picão, que para a gente está vivo por tudo que fez de bom para mim e pela minha família(Totó)

CTA VIAGEM

A equipe saiu de Manaus em uma aeronave modelo Seneca III, até chegar em Goiânia. Durante o percurso, histórias de um piloto e um mecânico de quem fazem da aviaçao sua vida. O primeiro trecho da vaigem foi realizado em três horas e seis minutos. Já a etapa final em três horas e cinquenta e quatro minutos

DIÁRIO DE BORDOEM UM SEnECA III

Reportagem e fotos: Laila Pereira

A equipe de reportagem da revista VOAR NA AMAZÔNIA BRASIL, acompanhou um voo de Manaus até Goiânia, em uma aeronave da empresa CTA – Cleiton Taxi Aéreo, que estava sendo levada para manutenção na cidade que é conhecida por ser o segundo Polo da Aviação Brasileira.

A viagem de ida foi feita a bordo de um Seneca III, um avião bimotor a pistão de pequeno porte. Possui capaci-dade para cinco passageiros ou cerca de 400 kg de carga. Opera com velocidade média de 260 km/h podendo cum-prir etapas de até 900 km sem escalas intermediárias. Essa aeronave não é pressurizada, possui trem de pouso retrátil e tem autonomia de 4h30min de voo mais reserva.

O avião decolou do aeroclube de Manaus, bairro Flores, às 8h40. Apesar do clima nublado no inicio da viagem, o tempo se manteve limpo durante o trecho até Alta Flo-resta, Mato Grosso, onde o avião parou para reabastecer.

Estava sob o comando do piloto Cleiton Souza, que com-pletou vinte e dois anos de aviação em 2011. Durante o trajeto ele contou que a decisão de se tornar piloto foi to-mada aos 15 anos. de idade quando trabalhava na lancho-nete de aeroporto, em Marabá.

“Na época era o auge do garimpo de Serra Pelada, e eu observava o trabalho, a movimentação das aeronaves decolando todos os dias para o garimpo e para outras cidades. No final da tarde, os pilotos se reuniam na lanchonete do aeroporto e conversavam sobre os voos que haviam feito, o dia a dia, os problemas e os sus-tos. E eu decidi que era isso que eu queria fazer(Cleiton)

>Comandante Cleiton Souza

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Ele brevetou em Boa Vista, Rorai-ma, no dia 20 de outubro de 1989 aos 20 anos de idade. Trabalhou em garimpo até montar, em Ma-naus, a empresa de Táxi Aéreo que leva seu nome.

A CTA – Cleiton Táxi Aéreo voa principalmente no Amazonas, mas também atende parte do Pará, Acre, Rondônia e Roraima.

O primeiro trecho Manaus–Alta Floresta, 866 km, foi feito em três horas e seis minutos. No trecho Alta Floresta–Goiânia, houve chu-va durante o percurso, mas apesar de ser uma aeronave de pequeno porte, o Seneca III se manteve es-tável. O percurso de 1.051 km foi realizado em três horas e cinquen-ta e quatro minutos.

maNutENÇãOJá em Goiânia, o avião PT-WEX Se-neca III, foi entregue para manu-tenção no hangar da Globo Avia-ção, localizado no aeroporto Santa Genoveva. De acordo com o ins-petor de manutenção, Eurípedes de Souza, a revisão da aeronave da CTA é necessária por que a mesma já atingiu 100 horas de voo. Nos primeiros dias foi realizada a aber-tura da aeronave e limpeza dos

motores e trem de pouso para a retirada de resíduos de óleo. Fo-ram feitos outros serviços como a inspeção de vazamentos e cabos de comando. Entre as peças que precisaram ser trocadas estavam dois cabos de comando por con-ta de desgaste, os discos de freio, pastilhas, pneus e câmaras de ar do trem de pouso. A manutenção de aviões a pistão dura em média uma semana.

rECONHECimENtOEm Goiânia está um dos mecâni-cos mais conhecidos da aviação. O mecânico de motores Antônio Miranda da Silva é conhecido como Seu Colega. Ele é manaua-ra, mas saiu de Manaus em 1976 depois de receber uma propos-ta de um amigo para trabalhar em uma oficina de Goiânia. Tem

mais de 78 anos de idade e 40 anos na aviação e não pensa em parar de trabalhar. ▇

CTA VIAGEM

“Eu gosto da mecânica e da responsabilidade que é funda-mental para se trabalhar com mecânica de aviões. É preciso ter zelo, capricho e gostar do que faz. Nunca tirei férias e ainda quero pelo menos mais uns 10 anos de trabalho(Antônio Miranda da Silva)

>O trabalho do ‘Seu Colega’é reconhecido pelo Brasil inteiro

>Integrantes da equipe de mecânicos da GloboAviação recebem até quatro aeronaves por semana

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

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CORREIOS

Agilidade e praticidade da RIMA Táxi Aéreo ajuda os Correios acreanos a cumprirem seus compromissos com rapidez e pontualidade

Correios do Acredesenvolvemmissão social

Reportagem e fotos: Ana Paula Sena

O transporte aéreo é área essencial para os Correios na Amazônia, prin-cipalmente em localidades distantes, onde o acesso é difícil.

Nesta direção, a eficiência e a rapidez dos Correios ajudam a diminuir o iso-lamento de centenas de comunidades do interior, que, muitas vezes, contam apenas com o serviço aéreo para resol-ver graves problemas de infraestrutura e logística, especialmente na época das chuvas, quando as estradas ficam intransitáveis. Para a realização desse trabalho a instituição conta com os ser-viços da empresa de táxi aéreo Rima.

Em Rio Branco (AC), os Correios dis-põem de diversas rotas áreas, dentre elas, para as cidades de Porto Walter, Marechal Taumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus, um percurso de apro-ximadamente seis horas de duração que tem por objetivo ligar as comuni-dades com o resto do Brasil. Encomen-das que antes levavam até meses para serem entregues, hoje, são entregues em poucas horas.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201258

CORREIOS

De acordo com o diretor regional dos Correios em Rio Branco, Samuel de Oliveira Nolaco, o alvo da institui-ção é superar esses desafios. “Ape-sar de faltar estrutura, devido às características da região, estamos melhorando as agências qualita-tivamente, inclusive, contratando novos funcionários”, pontuou. Segundo o diretor, novos estudos também estão sendo realizados para dimensionar o efetivo e a car-ga. “Não visamos apenas o lucro, o Correio visa, principalmente, os serviços sociais prestados às pes-soas, que são obrigatórios, por isso fazemos questão de ir às comuni-dades mais distantes”, disse.

Criada em 2006, a Regional dos Cor-reios no Acre tem 22 agências em todo o Estado e dois centros de dis-tribuição de cartas em Rio Branco,

além de um centro de encomen-das, possuindo um efetivo com cerca de 320 empregados.

rOta O Comandante Edinaldo Dutra Chagas acumula 25 anos de avia-ção. Com mais de 20 mil horas de voo, ele já conhece bem a região e é um dos pilotos contratados pela Rima que realizam o transporte dos malotes dos Correios para as cidades do Acre.

PilOtOEm um avião Mitsubishi, Edinaldo conta que para ele é um privilegio realizar esse trabalho. “Já me acos-tumei com a região, não tenho di-ficuldade nenhuma na realização dessa tarefa, amo voar e realizo tudo com amor, a aviação é a mi-nha vida e me sinto mais seguro voando do que em solo”, expôs.

fOrmaÇãOFormado em Economia, História e Direito, o atual diretor da regional dos Correios, Samuel de Oliveira Nolaco, tem 22 anos de casa e faz questão de relembrar que iniciou na carreira como carteiro. “Eu ini-ciei como carteiro e depois fui gerente do centro de distribuição, trabalhei nos recursos humanos, e em 2011 fui promovido a diretor. Trata-se de uma conquista com muito trabalho e dedicação ao longo dos anos”, comentou. ▇

>Os Correios dispõem de diversas rotas áreas, dentre elas, para as cidades de Porto Walter, Marechal Taumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus, um percurso de aproximadamente seis horas de duração

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Reportagem e fotos: Ana Paula Sena

>Diretor regional dos Crorreios em Rio Branco-AC, Samuel de Oliveira Nolaco>Comandante Edinaldo Dutra Chagas

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201260

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

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ARTIGO

Quando se trata de manutenção de aeronaves, seus componentes e acessórios, nosso primeiro pen-samento é voltado para regras e procedimentos padronizados, controles precisos e infalíveis, além de técnicos altamente trei-nados e constantemente atualiza-dos em suas habilitações.

Porém, a rápida evolução tecno-lógica, da qual a aviação é parte integrante, traz até nós algumas indagações relacionadas a esta atividade em âmbito nacional.

Operam hoje no Brasil, uma gama de aeronaves de grande porte, sendo das mais diversas proce-dências ou Estados de Fabricação. Como descrito na Convenção de Chicago, temos aeronaves ame-ricanas, européias, fabricadas por consórcios envolvendo diversos países e também em crescente número, aeronaves manufatura-dos aqui em nosso país visto que, nossa indústria aeronáutica está em franco desenvolvimento e ex-pansão.

Evidentemente, não podemos es-quecer as aeronaves de pequeno porte, que cruzam nosso céu, mas que independente do tamanho ou operação, necessitam estar em perfeitas condições de aeronave-gabilidade e para isso dependem do cumprimento fiel dos requisi-tos de manutenção.

Esta considerável fatia da aviação civil brasileira circula pelas empre-sas de manutenção, para suas re-visões, inspeções e manutenções programadas e demais atividades necessárias para um voo seguro.

Porém, devido ao prolongado tempo de operação dessas aero-naves, para alguns modelos, não temos mais publicações técnicas, para outros não há atualização dos manuais, programas de ma-nutenção para aeronaves “geri-átricas”, cujas horas de operação exigiria, no mínimo, cuidados es-peciais e inspeções diferenciadas, com itens específicos para as áre-as de maior desgaste e fadiga da aeronave.

Alguns procedimentos, como es-tocagem de aeronaves e compo-nentes, programa de controle de corrosão, mapa de lavagem de aeronaves e motores, são descon-siderados ou desconhecidos por grande parcela dos mantenedores.

Quanto à formação dos mecâ-nicos de manutenção, está de acordo com a legislação em vigor e supre as necessidades de apren-dizado, visto que a base dos ensi-namentos técnicos é sempre um motor convencional e uma aero-nave de pequeno porte, sendo que essa instrução vai avançando para motores a jato e aeronaves maiores com o decorrer do tem-

po do curso e das disciplinas mi-nistradas.

Na questão da formação a “dis-crepância” a ser ressaltada se re-laciona ao inglês técnico, visto as aeronaves operadas e mantidas possuírem seus manuais na língua inglesa, o que representa, por ve-zes, dificuldades ao mantenedor.

Mesmo sendo o inglês técnico uma disciplina inserida na grade curricu-lar dos cursos para mantenedores, necessitamos ter mecanismos que propiciem uma constante instru-ção, atualização, com a finalidade de desfazer qualquer dúvida em relação ao descrito nos manuais e tarefas a serem cumpridas.

Configuram-se, assim, as deman-das da manutenção de aeronaves, motores e componentes, nos dias de hoje, sendo essa a manutenção que temos.

Portanto, a manutenção que quere-mos, traz no seu contexto os avan-ços da tecnologia afinados com pesquisa e atenção especial ao re-curso mais importante o mantene-dor, ou seja, aquele que faz voar.

Manutenção de aeronaves, motores e componentes:o que temos e o que queremos

Milton cardoso de Lima, sub oficial da reserva da FAB. Intergrante da sessão de prevenção do Seripa V

CABEÇA MATÉRIAPARAQUEDISMO

A Base Aérea de Manaus recebeu recordistas mundiais de paraquedismo, entre eles, mulheres, que mostraram que o esporte também é feminino. Foram três dias para a formação de recordes em queda livre

RECORDE NORTEDE PARAQUEDISMO

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de talReportagem: Ana Paula Sena Fotos: Juan Mayer e Michell Mello

O Recorde Norte de Paraquedismo reuniu alguns dos maiores nomes da modalidade em Manaus. O evento, que aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de agosto, na Base Aérea, teve o apoio da Prefeitura de Manaus – por meio da Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdej), da Confedereação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) e da Federação Amazonense de Paraquedismo (FAP), teve como objetivo realizar quatro recordes de formação em queda livre – o amazonense, o roraimense, o Norte feminino e o Norte geral

De acordo com o paraquedista e organizador do evento, Robson Custódio, a tentativa mais ambiciosa foi feita no recorde amazonense Norte, com uma figura de 40 pessoas (o atual recorde na categoria é de 21). “Conseguimos o Recorde Norte de Paraquedismo de formação em queda livre com uma figura de 37 atletas. Em saltos de grandes formações, como estes, os atletas devem possuir habilidades para realizarem o salto, além de condicionamento físico, deve ter também o condicionamento mental. A junção destes fatores determi-na a qualidade técnica do atleta”, explicou.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201264

Segundo Robson, para que o para-quedista possa alcançar os objetivos, é preciso aplicar técnicas que já fun-cionaram em outros recordes, inclu-sive mundiais. “Iniciamos com saltos menores, com até 14 atletas, massi-ficando os princípios que devem ser aplicados nos saltos de grandes for-mações. Após alguns desses saltos, a figura aumentou para 22 atletas, onde novamente foram aplicados os princípios de grandes formações e condicionando os participantes às suas posições na figura, as dificulda-des que poderiam se apresentar, as variantes dos saltos deste tipo. Assim, quando iniciamos as tentativas para o recorde, todos já estavam ambienta-dos, confiantes e certos de que o re-corde aconteceria”, pontuou.

Para Robson o evento foi a realização de um sonho compartilhado entre alguns atletas locais, que há alguns anos já participam de saltos de gran-des formações fora do Brasil, onde há estrutura e aeronaves para saltos com mais de 100 paraquedistas. “Estes são eventos de aprimoramento técnico e para treinamento do recorde mundial

que deve se realizar em Dubai, nos Emirados Árabes, em 2013, onde será tentado o novo recorde mundial de paraquedismo, com uma figura com 500 atletas”, disse.

DEstaQuEsForam 47 atletas inscritos no evento, representando os estados de Roraima, Acre, Rondônia, Pará e Amazonas. Par-ticiparam atletas que pela primeira vez estavam tentando voar grandes for-mações, e também atletas com reno-me internacional. Érika Queiroz, atleta de Manaus (AM) e Carla Guedes, atleta de Belém (PA), são recordistas mun-diais, quando participaram em 2009 do atual Recorde Mundial Feminino de Paraquedismo, voando uma figura com 181 mulheres. Alguns outros atle-tas são recordistas nacionais, tendo participado do atual recorde brasileiro de paraquedismo, realizado nos Esta-dos Unidos em abril deste ano, voan-do uma figura de 102 atletas. Estavam participando atletas de diferentes ní-veis, mas que com técnica e condicio-namento, conseguiram definir estes recordes.

PARAQUEDISMO

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 65

“A realização deste evento em Manaus, reforça um marco no esporte. O paraquedismo está crescendo e se destacando na região Norte, onde atletas investem em treinamentos, participam e se destacam em campeonatos, definem recordes nacionais, internacionais e mun-diais. O evento, em sua essência, promove a qualificação técnica dos atletas, fomenta e divulga o esporte, demonstra que aqui também está se tornando um grande centro de paraquedismo da América Latina(Robson Custódio)

Reportagem: Ana Paula Sena Fotos: Juan Mayer e Michell Mello

>Paraquedista com equipamento completo do esporte de alto impacto

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201266

“Convidamos Tom para ser o treinador deste grupo. Ele, com

simplicidade, didática e simpatia, dirigiu nossos treinamentos,

aplicando aqui todas as técnicas atuais para os saltos de grandes

formações, culminando com 100% de aproveitamento: foram

tentados e alcançados 3 recordes diferentes durante o evento. Tom

saltou com os atletas participan-tes nos saltos de treinamento,

observando e apontado os quesi-tos a serem melhorados para que

os objetivos fossem alcançados. Sua presença foi inestimável

(Robson Custódio)

PARAQUEDISMO

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 67

Dentre os nomes mais esperados no evento está Thomas Jenkins, ameri-cano com mais de 17.000 saltos reali-zados e um dos maiores treinadores da atualidade, considerado um dos melhores do mundo na modalidade.

Outro destaque foi a presença do General de Brigada eo Diretor do Ser-viço Geográfico do Exercito Brasileiro Pedro Ronalt Vieira, de Brasília, que começou a praticar em Manaus a desafiadora modalidade desde 1983 e já conquistou diversos recordes, in-clusive em outros países.

Robson também explica que quando o evento foi lançado, haviam as dú-vidas se atingiriam os objetivos com atletas capacitados a participarem dos recordes propostos. “Mas, final-mente, obtivemos grande participa-ção de todos os estados onde há o paraquedismo no norte do Brasil. A preparação desgastou muito os que se dispuseram a executar este pro-jeto, mas tudo foi recompensado, principalmente por termos conse-guido reunir atletas e amigos neste evento e claro, por termos alcança-do nossos objetivos”, conclui.

ParCEriasO evento teve o apoio do VII COMAR (Comando Aéreo Regional), onde foram realizadas as atividades e da Amazonaves Táxi Aéreo, que dispo-nibilizou as aeronaves para os lança-mentos e da Skydive Amazonas que organizou todas as decolagens.

Este ano será realizado um novo evento, que pretende ser maior, para firmar a qualidade técnica dos para-quedistas do norte do Brasil, com a presença de treinadores internacio-nais na expectativa de garantir novos recordes. ▇

Reportagem: Ana Paula Sena Fotos: Juan Mayer e Michell Mello

>Comandante Geraldo Picão(à direita) com desportista

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201268

GRUPO JAD

O Grupo JAD tem sua principal base operacional no Aeroporto de Jundiai, onde se observa o movimento de suas aeronaves, são mais de oitenta linhas espa-lhadas por todo o país e também para o Mercosul. O grupo é, hoje, uma das vanguardas da qualidade ope-racional da aviação civil, tanto no cumprimento dos prazos, como na segurança no transporte de merca-dorias de todas as espécies. Acompanhamos em uma madrugada várias atividades no pátio da empresa.

Edilson Venceslencio de Souza, 36, é o chefe do pátio local e recebeu a reportagem da VOAR NA AMAZÔNIA BRASIL com simpatia. Questionado ha quanto tempo trabalhava no Grupo JAD disse: “há 13 anos na JAD

Táxi Aéreo e na 2 TWO Aviation. Entrei como vigia e após um ano de trabalho duro, onde aprendi muito, fui promovido a chefe de pátio. Acompanho a chega-da e a saída das aeronaves, o atendimento ao clien-te na empresa e o controle interno do pessoal, bem como o controle do tráfego terrestre, os motoristas”.

Ele conta com a ajuda do irmão Luciano Venceslen-cio de Souza, 32. “Estou há oito anos na empresa e gosto do trabalho em equipe. Os patrões respeitam a gente e nós nos sentimos valorizados. Quanto ao meu irmão, tenho por ele um profundo respeito e sigo às suas instruções profissionalmente”, disse Luciano.

O grupo tem tradição em cumprimento de prazos e segurança no transporte de mercadorias. Entre as aeronaves que compõe a frota do Grupo se encontra um ATR ; 9 Grand Caravan; um Pilatus

GRUPO JAD ATUA COMATR EM JUNDIAÍ NOTRANSPORTE DE CARGAS

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Reportagem e fotos: Antonio Ximenes

atr 42 500A joia da coroa na área é o ATR 42 500, uma parceria com a Total Linhas Aéreas, que faz a rota Porto Ale-gre-Curitiba-Jundiaí e na volta Jundiaí-Porto Alegre, direto. O ATR entrou em operação em 31 de maio de 2011, no Grupo JAD.

Seus comandantes são Luiz Antonio Rezende Lima, 59, que foi piloto de caça, na Aeronáutica. “Formei em dezembro de 1974 em Pirassununga. Sou piloto há 42 anos e piloto de ATR há 5 anos”. Segundo ele, o ATR é um avião estável, fácil de pilotar, seguro e confiável. Voa com uma média de 450 quilômetros por hora e a 25 mil pés, como teto máximo.

A outra “águia” é o comandante tenente coronel José Roberto Correia França. ”Voo com ATR há 15 anos. Fui examinador da Anac na época do DAC, desde 1997. Estou voando há 35 anos. Formei em dezembro de 1979 em Pirassununga”. Esses co-mandantes são reconhecidos na categoria pelo pro-fissionalismo, amizade, respeito e disciplina técnica.

frOtaO eixo da frota do Grupo Jad é constituído por um ATR ; 9 Grand Caravan; um Pilatus, entre outras ae-ronaves.

CONtrOlEReginaldo Duarte de Lucena, 31, coordenador de operações de voo, disse que controla os voos do grupo que chegam e saem do aeroporto local. “So-mos três coordenadores: eu, o Robson Crementino e o Thiago Ferreira da Silva. Aqui a prática é tudo”, disse.

Segundo Lucena, é fundamental ter disciplina, máxi-ma atenção e bom relacionamento com os pilotos. “Ter firmeza nas decisões é importante, porque não se pode ter dúvidas na hora de decidir, um ra-ciocínio rápido é fundamental na aviação, porque tudo muda em fração de segundos. Os aeroportos fecham – uma aeronave que vai para Buenos Aires, no meio do caminho, muitas vezes, tem que voltar para Porto Alegre e tem que estar tudo pronto para o pouso na capital gaúcha”, por exemplo. ▇

>Controladores de voo da empresa

>Pilotos

Atuando no mercado há 17 anos, a Dancor Seguros trabalha com todos os nichos do mercado aeronáutico, desde a Escola de Aviação à Linhas Aéreas. É composta por equipes dividas em cada modalidade de seguro voltada para a aviação, direcionan-do para cada setor e garantindo segurança aos 1.840 clientes que possui, entre pessoas físicas e jurídicas.

A Dancor Seguros conta com uma estrutura de administração, consultoria e prof issio-nais experientes, trabalhando com as maio-res seguradoras do mercado nacional. No mercado internacional, conta com o apoio de uma das maiores corretoras de ressegu-ro especializadas no segmento de aviação.

Atualmente representa a Associação Brasi-leira de Táxis Aéreos – ABTAer, junto a in-dústria de seguros do Brasil e exterior. Para o presidente da seguradora, José Daniel Brito Fraga, é um privilégio ser nomeado como representante da Associação, visto que se-guros de pequenas e médias empresas de aviação é um segmento diferenciado. Se-gundo ele, o táxi aéreo possui diversas parti-cularidades que somente quem está no dia a dia do cliente conhece.

“Existem dificuldades de contratação de tripulação, problemas com financiamento de aeronaves e não existe um estimulo go-vernamental para financiar a aquisição de novas aeronaves para táxi aéreo, o custo com a Infraero, entre outros. Se nós que somos do mercado segurador, pudermos ajudar de alguma forma na obtenção de benefícios financeiros e técnicos para os associados, com certeza iremos auxiliar”, relatou Daniel Fraga.

Sobre os principais problemas no Brasil com relação a seguro de aeronaves, Daniel Fra-ga afirma que existem vários problemas a serem enfrentados, dentre eles, a idade das aeronaves acima de 20 anos, que é uma re-alidade no mercado do táxi aéreo brasileiro.

“Outro grande problema é o tipo de ope-ração realizada como, por exemplo, ma-lote, aeromédico e inspeção de linha, são operações que possuem uma restrição muito grande no mercado segurador, além da região de operação da aeronave, pois, por incrível que pareça ainda hoje a região Norte e Nordeste ainda é alvo de receio por parte do mercado segurador”, disse Daniel Fraga.

SEGUROS

A Dancor Corretora de Seguros vem atendendo aos mais diversos nichos de atividades, se tornando uma seguradora de prestígio e segurança. Hoje está representando a ABTAer, junto a indústria de seguros do Brasil e exterior

Dancor Seguros é nomeada representante da ABTAer

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Ricardo Oliveira

>Presidente da Dancor SegurosJosé Daniel Brito Fraga

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201272

Mesmo com o aumento do numero de acidentes no Brasil, Da-niel Fraga não acredita que esse fator pode desestabilizar o seg-mento no país, segundo ele, o acidente faz parte do risco do se-guro e o que se deve levar em conta são os fatores que levaram a esses acidentes.

Daniel Fraga pontua ainda que é preciso modificar a forma como os subscritores das seguradoras e dos resseguradores analisam os riscos propostos a eles. Pois existe uma gama imensa de aero-naves sem seguro, principalmente pelo custo apresentado pelas seguradoras e resseguradoras.

“Se não obtivermos uma grande massa assegurada nós não conseguiremos reduzir os custos. Infelizmente ainda possuí-mos no mercado, diversos profissionais que precisam conhecer melhor a operação de cada segmento da aviação comercial no Brasil. Se faz necessário conhecer também as regiões de opera-ção, terminar com o dogma da existência de garimpo, de pistas clandestinas etc. O mercado ainda respira um Brasil da década de 80”, citou Fraga.

Segundo Daniel Fraga, por esse motivo é fundamental obter a integração de todas as empresas nessa negociação, forçando as seguradoras para que participem dessa empreitada, realizando periodicamente cursos de CRM para os segurados/associados. O CRM ajuda na prevenção de acidente, o trabalho da parte de pericia especializado em seguros, entre outros serviços.

“Isso é um diferencial que queremos implantar. Nós não esta-remos negociando junto ao mercado somente uma frota de um associado, nós estaremos negociando todas as frotas dos associados, buscando novas condições de taxa e de benefícios gerais”, concluiu Fraga.

SEGUROS

“Lógico que o mercado segurador não pode e nem deve trabalhar com prejuízo financeiro. Porém,

para que não exista a desesta-bilização do mercado é preciso

que cada segurado dentro do espírito do mutualismo participe

dessa recomposição de perda. Se conseguirmos demonstrar a

todas as partes envolvidas no projeto, que essa é a melhor so-

lução para o mercado de seguro e para o segmento de taxi aéreo

brasileiro, nós teremos então alcançado o nosso objetivo

(Daniel Fraga)

”HistóriaCriada em 1993, a Dancor Corretora de Seguros vem aten-dendo aos mais diversos nichos de atividades no Brasil. A experiência e o suporte técnico internacional de uma das maiores corretoras de resseguro do mundo, faz com que a empresa tenha a melhor condição técnica e comercial para o seguro de bens ou de empresa. Atualmente possuí um quadro de oito funcionários no escritório do Rio de Janeiro e um representante Home - Office em São Paulo.

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 73

PErfilOperando no mercado segurador desde 1978, José Daniel Brito Fraga é natural do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira na antiga Real Seguros, uma seguradora do Banco Real. Começou como continuo e encerrando as atividades na empresa em 1992, como Superintendente de Produ-ção.

Em 1993 ingressou nas atividades da Dancor Administração de Seguros Ltda., como fundador depois que um amigo, que é piloto de helicóptero, lhe indicou a um empresário que estava montando uma empresa de Táxi Aéreo no Rio de Janeiro e precisava de uma assessoria na contratação do seguro das aeronaves. Daí em diante foi automático a paixão pelo segmento.

Participante assíduo das feiras realizadas pela Expo Aero Brasil, desde sua criação, possuí o nome gravado no Aeroporto de Araras, quando a feira foi transferida de So-rocaba para Araras.

Sua formação acadêmica é em Adminis-tração de Empresas. Possui curso superior com formação de Executivos em Opera-ções de Seguro, ministrado pela FUNEN-SEG / Universidade Castelo Branco. Na área de seguros realizou diversos cursos feitos na época da Real Seguros, sendo entre eles, o de trainne de gerente de pro-dução. ▇

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Ricardo Oliveira

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201274

AEROCLUBE DO AMAZONAS

Fundado em 30 de abril de 1940 e com sede na cidade de Manaus, o Aeroclube do Amazonas – ACA foi criado por um grupo de entusiastas pela aviação e com elevado espírito de patrio-tismo, tornando-se utilidade publica no Estado. Composto de número ilimitado de sócios, o Aeroclube possui uma pista asfaltada de 30 m de largura por 799 m de comprimento, abriga cinco empresas de táxi aéreo, além de oferecer diversas atividades de aerodesporto.

Possui um terminal de passageiros com restau-rante panorâmico, salas de aula informatizadas, hangares para aeronaves e oficinas, postos de abastecimento de combustível, aeronaves para instrução e sobrevoo, área para paraquedismo, área para aeromodelismo, oficina para aerona-ves (serviço terceirizado), simulador para treina-mento, e mais de 12 empresas prestadoras de serviços, além de amplo estacionamento.

Tendo como principal objetivo o ensino e a prática da aviação civil, de turismo e desportiva em todas as suas modalidades, o aeroclube do Amazonas cumpre missões de emergência ou de evidente interesse da sociedade. Atualmente possui como diretor presidente, o piloto e cardiologista Luiz Mário de Oliveira Peixoto e como diretor vice-presidente Antonio Abreu Neto, uma equipe que já realizou diversas melhorias e avanços no ACA.

Referência no ensino e prática nas atividades de aviação civil, o ACA passa por diversas melhorias

AEROCLUBEDO AMAZONAS

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Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Divulgação e Ricardo Oliveira

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201276

CursOsO vice-presidente do ACA, Abreu Neto, explica que o Aeroclube do Amazonas está homologado para ministrar os cursos de piloto privado de avião (te-órico e pratico), piloto privado de he-licóptero (teórico), piloto comercial de avião (teórico e pratico), piloto comer-cial de helicóptero (teórico), comissá-rio de voo (teórico e pratico), instrutor de voo (teórico e pratico), voo por ins-trumento (teórico e pratico) e curso de aviação experimental (ultraleves).

“Esses cursos tem uma grande im-portância, porque são eles que nos ajudam a desenvolver e promo-ver atividades educativas visando a prevenção de acidentes, a fim de conscientizar os alunos quanto à im-portância da realização de um treina-mento adequado, no solo e em voo, antes da realização de voo solo, em qualquer tipo de aeronave”, relatou Neto.

Para o presidente do ACA, Luiz Mário, a maior dificuldade desde que assumiu o cargo foi a falta de recursos para in-vestir no Aeroclube como empresa e não como filantropia. A primeira me-

dida foi transformar o Curso de Pilotos e Comissários para ser exclusivamente do Aeroclube do Amazonas, que du-rante muitos anos era terceirizado.

“Essa visão já estava sedimentada na cultura do ACA, consegui fazê-lo da melhor forma possível e hoje o cur-so de Pilotos e Comissários é a maior fonte de renda do Aeroclube. Outra dificuldade foi a revitalização da sina-lização da pista de pouso, que nunca foi feita desde que a pista de asfalto foi inaugurada há mais de 25 anos”, disse Luiz Mário.

A pista foi pintada com tinta própria e com esferas de vidro para fazer o refle-xo dos faróis. A cabeceira de concreto quadriculada também foi uma melho-ria realizada pelo diretor para facilitar o pouso das aeronaves, em vista que cabeceiras como esta são feitas em todos os aeroportos homologados, como Congonhas, por exemplo.

Outra grande dificuldade foi regulari-zar a entrada no pátio do ACA e nos Hangares, instituindo a entrada so-mente para quem for credenciado, por meio de crachás eletrônicos.

“Foi muito difícil proibir a entrada de pes-

soas “estranhas” ao convívio do ACA nos hangares de aviões e

ultraleves particulares. Hoje nem nos lembra-mos mais dos proble-

mas que ocorreram com sócios que não são proprietários de

aviões, portanto nada tem a fazer nos hanga-

res, mas insistiam em ficar passeando com

familiares, tirando fo-tos com crianças sobre as asas dos aviões. Um

problema sério, por-que quem tem avião tem cuidado com ele

por se tratar de um patrimônio caro, além de roubos que aconte-

ciam no local (Luiz Mário)

AEROCLUBE DO AMAZONAS

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>Entrada do Bar e Restaurante Aerobis

>Diretoria e presidência do ACA-Aeroclube do Amazonas em reunião

>Foto da Cabeceira e da Pista do ACA-Aeroclube do Amazonas devidamente pintadas

DEsafiOsPara a presidência do Aeroclube, atu-almente, o maior desafio é transformar novamente o Aeroclube em Aeropor-to Privado, como era até um passado recente, quando um presidente há cerca de 10 anos, abriu a pista do ACA, passando-a de Privada para Pública, o que significa que qualquer avião pode pousar no ACA sem nenhum custo, responsabilizando a diretoria do Aero-clube.

“Passar o ACA para aeroporto privado facilitaria uma melhor fiscalização, sabemos que o aeródromo é vulne-rável ao ilícito, vivo combatendo isto diariamente, dificultando o que pos-so para que nada ocorra. Estamos em processo de mudança do aeródromo para privado. Só pousar lá quem nós permitirmos. Se conseguirmos isto ainda na nossa gestão marcaremos mais um grande ponto, além de tudo o que já fizemos”, afirmou Luiz Mário.

aErOBisDurante sua gestão foi realizada diver-sas melhorias no ACA, como um muro em todo o terreno do Aeroclube que também ganhou mais de 70% de gra-

ma. O aeródromo também foi presen-teado com uma estação de passageiros que possui um restaurante agregado, o Aero Bis.

“A estação de passageiros com o res-taurante deu outra vida ao ACA”, com-pletou Luiz Mário.

O restaurante que possui um ambien-te totalmente familiar possui uma vista panorâmica, onde os frequentadores têm a oportunidade de ver os aviões do ACA, pousando e decolando, enquanto degustam um variado cardápio ofereci-do no AeroBis, uma inovação na cidade de Manaus.

rEfOrmasO Hangar Ítalo Bianco que ficou total-mente destruído após um vendaval em 2010, foi reconstruído com telhado novo e novas luminárias com câmera de vídeo segurança ligadas 24 horas.

“Estamos também recuperando o Avião de Instrução PT-NYU, estamos colocando ele novinho em folha inclu-sive com motor novo de caixa, pintura nova, interior novo, instrumentos e pneus novos”, conlcuiu o presidente.

“Para mim é uma gran-de realização poder inaugurar um restau-rante dentro do Aero-clube e proporcionar a sociedade manauara um ambiente agra-dável e uma vista privilegiada, além de poder estreitar a relação entre a aviação e a população(Luiz Mário)

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Divulgação e Ricardo Oliveira

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201278

Uma guarita no estacionamento está sendo construída no aeródromo, que trará mais segurança e será pago ape-nas por visitantes.

ParaQuEDismO O Clube Escola de Paraquedismo Skydive Amazonas localizado no ACA é referência no Brasil e no Mundo, com 300 paraquedistas cadastrados e 120 atuantes, também está passando por melhorias.

Esta sendo construída uma área para os paraquedistas, com restaurante, área de laser para as crianças, além de uma reestruturação da área com a constru-ção de banheiros em todas as salas.

sEguraNÇaCom relação à segurança de voo no Aeródromo de Flores o presidente do ACA, Luiz Mário, afirma que o aeródro-mo não deixa a desejar. A pista é ho-mologada e usada apenas para aviões cujo manual de operações permitam que operem em pistas daquele tama-nho e toda operação de pouso e deco-lagem é de responsabilidade estrita do piloto em comando.

“A administração de nenhum aeró-dromo pode interferir na decisão do piloto de pousar ou não pousar em qualquer pista. O pouso, apesar de orientado, é de livre escolha do pilo-to, tomamos todas as medidas possí-veis para transformar a pista do ACA a mais segura possível”.

A pista é toda sinalizada, tem cabecei-ra de aproximação em concreto, tem escape lateral gramado e não opera à noite, devido a ausência de balizamen-to noturno, que só funciona do nascer ao por do sol. Luiz Mário ainda ressalta que o Aeró-dromo de Flores não tem torre de con-trole de Aproximação (APP) no local, visto que o Aeroporto Eduardo Gomes é quem controla todo o tráfego aérero da região.▇

PErfilO atual diretor-presidente do Aeroclube do Ama-zonas (ACA), Luiz Mário de Oliveira Peixoto, é ama-zonense, cardiologista e piloto privado. Oriundo de uma vice-presidência que durou mais de 12 anos, Luiz Mário é um entusiasta da aviação no Amazonas, foi diretor social, secretário, tesoureiro, diretor de aviação do ACA do qual é sócio ativo há mais de 20 anos. Luiz Mário também foi mensageiro do Amazo-nas nos festejos dos 500 Anos do Brasil, onde deco-lou do ACA com destino a Porto Seguro e Cabrália, na Bahia, em seu avião monomotor PT-LZK, tratado carinhosamente por ZULU-KILO. Já realizou voos em diversos estados da América do Norte: Hawaí, Colo-rado, Nevada (Las Vegas e Grand Canyon), Kansas (Attwood), Flórida (Miami, Fort Lauderdale e Lake-land). Fez balonismo em Orlando, voando sobre os famosos Everglades e os fabulosos laranjais da Fló-rida. Além de ser frequentador assíduo de diversas feiras nacionais de aviação, Luiz Mário se declara um apaixonado pela aviação. ▇

AEROCLUBE DO AMAZONAS

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Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201280

O presidente da Infraero no Brasil, Antônio Gustavo do Vale, em visita, ano passado, ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, conheceu as estruturas do local e anunciou a modernização visando a Copa do Mundo de Futebol de 2014

PRESIDENTE NACIONALDA INFRAERO EM MANAUS

Antonio Gustavo do Vale fez questão de conhecer de perto o projeto de modernização do aeroporto Interna-cional Eduardo Gomes

O contrato para a reforma e amplia-ção do aeroporto já foram assinados em novembro de 2011. O prazo para entrega da obra é 840 dias. O inves-timento será de R$ 344,02 milhões. Com as obras, o Terminal de Passagei-ros passará a ter 97,25 mil m² e poderá atender até nove milhões de passa-geiros por ano, ampliando o nível de conforto aos passageiros e usuários do aeroporto.

Antonio Gustavo afirma a importância do aeroporto para o mundial, e está otimista quanto a prazos de conclusão da obra.

O projeto de modernização do Aero-porto prevê alterações que permitirão as operações de embarque e desem-barque de passageiros em níveis dife-rentes, agilizando o fluxo de pessoas no trajeto entre aeronaves e Terminal, ampliação no número de balcões de check-in e novas esteiras de bagagem, entre outras melhorias. Além disso, será feita a completa substituição de pisos, revestimentos e serão incorporados re-

INFRAERO

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 81

quisitos ambientais como iluminação direcionada, utilização de energia mais eficiente na climatização do Terminal e o uso de águas pluviais no sistema de abastecimento do aeroporto.

O superintendente da Regional Noro-este da Infraero, Rubem Ferreira Lima, que também esteve presente durante a visita, ressalta que as obras de mo-dernização e ampliação do Terminal de Passageiros permitirão um ganho considerável de operacionalidade no aeroporto Eduardo Gomes. “A partir da conclusão das obras estaremos ini-ciando um novo cenário para o aero-

porto, como um grande concentrador e distribuidor de voos. Isso demonstra o grau de importância das obras do Aeroporto de Manaus não só para o Amazonas, mas para o Brasil”, afirmou.

liCitaÇãOA assinatura do contrato foi firmada com o consórcio Encalso-Engevix-Kallas, vencedor da licitação na primeira quinzena de novembro de 2011.

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Divulgação e Walter Mendes

“A cidade de Manaus só tem a ganhar com a reforma, visto que há anos o aeroporto não recebe investimentos como esse(Antônio Gustavo do Vale)

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201282

INFRAERO

O início das intervenções, porém, já contabiliza 32 meses de atraso, mas de acordo com o primeiro cronograma da Infraero, segundo o qual a moder-nização deveria ter sido iniciada em janeiro de 2009. Por outro lado, a con-clusão foi adiantada, de acordo com a Infraero, em dois meses – de fevereiro de 2014 para dezembro de 2013.

Agora, o Eduardo Gomes passa a ser apenas o terceiro aeroporto (entre os 13 que servirão a Copa do Mundo) com obras no terminal de passageiros. Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte) já passam pelo mesmo tipo de inter-venção.

PrEsiDENtE DaiNfraErO NO BrasilO mineiro Antonio Gustavo Matos do Vale assumiu a presidência da Infraero há quase um ano, após ter seu nome aprovado pelo Conselho de Adminis-tração. Graduado em Ciências Contá-beis, Administração de Empresas e Ci-ências Econômicas pela Universidade Católica de Minas Gerais, Gustavo do Vale é especializado em Análise de Sis-temas de Informação pelo Centro de Desenvolvimento em Administração

“Paulo Camillo de Oliveira Penna”, da Fundação João Pinheiro.

O novo presidente, natural de Caratin-ga (MG), foi o diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédi-to Rural do Banco Central do Brasil de maio/2003 a fevereiro/2011. Foi vice-presidente de Tecnologia e In-fraestrutura e diretor de Tecnologia e Infraestrutura do Banco do Brasil S.A, no período entre abril/2001 e janei-ro/2003. Ocupou diversos cargos no Banco Central, além de ter trabalhado em outras instituições financeiras. ▇

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 83

Manutenção de qualidade no coração do Brasil.

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a

A Ramos Manutenção busca qualidade e segurança nos serviços prestados, por isso, trabalha com profissionais com excelente conhecimento técnico, especializados em motores e células, adquiridos com experiência de mais de 20 anos de atuação.

No primeiro semestre de 2011 ocorreram cerca de dez acidentes aéreos em aeroportos do interior do Amazonas. A principal causa de ocorrências é a quantidade de urubus nas imediações dos aero-portos locais.

A informação foi dada pelo Séti-mo Serviço Regional de Investiga-ção e Prevenção de Acidentes Ae-ronáuticos (Seripa VII), em julho de 2011, que alerta que as aves representam altíssimo risco ao es-paço aéreo regional.

De acordo com o chefe do Seri-pa VII, tenente-coronel Aviador Carlos Schönhardt, em Manaus, somente no aeroporto militar de Ponta Pelada, na avenida Presi-dente Kennedy, Zona Sul, desde janeiro foram contabilizados sete incidentes entre aeronaves e uru-bus. Outro caso aconteceu no aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Todos sem gravidade.

De acordo com o Seripa, as aves permanecem nos locais em razão das lixeiras viciadas na cidade e próximas aos aeroportos. Para evitar o aumento da população de urubus, o Tenente-Coronel Schönhardt alerta à população moradora dos arredores de aero-portos em todo o Amazonas para que evite criar lixões nos locais próximos.

“As principais causas do aumen-to das chances de acidentes aé-reos na Amazônia são a falta de infraestrutura aeroportuária e a presença de urubus e outras aves nas proximidades das pistas de pousos e decolagens”, afirmou Carlos Schönhardt.

Para Schönhardt, são diversos os fatores que contribuem para os acidentes aéreos. “Temos a problemática da estrutura dos aeroportos. Às vezes a pista não atende às nossas exigências e isso também contribui para os acidentes”.

O militar citou como exemplo o município de Pauini (a 935 quilô-metros da capital), onde um bu-raco na pista do aeroporto da ci-dade já teria causado a quebra do trem de pouso de uma aeronave.

O sub-oficial Marcos Mamede re-lata números sobre as ocorrências de acidentes com estas caracterís-ticas na aviação brasileira. As coli-sões entre aeronaves e aves já são a segunda maior causa de aciden-tes aéreos no país. No Amazonas, o município de Tabatinga (a 1.106 quilômetros de Manaus) aparece na 13ª colocação em cidades com maior risco de acidentes do tipo.

COLISÃO COM AVES

O aumento da população de urubus e a falta de infraestrutura, são as principais causas de acidentes

Colisões DE AVEScom AERONaves

De acordo com Mamede, a princi-pal causa dos riscos para a aviação no Amazonas é, principalmente, a destinação dos resíduos sólidos coletados pelos setores de limpe-za de cada cidade. Grande parte dos aterros sanitários dos 62 mu-nicípios amazonenses não tem planejamento técnico e estão localizados próximos as pistas de aeroportos. É o caso de Parintins, onde o terminal aeroportuário foi interditado pela justiça, devido ao risco iminente de acidente.

Atualmente, sete dos dez aciden-tes registrados na região conti-nuam sem explicações e seguem sob investigação. O mais recente deles aconteceu no Aeroporto In-ternacional Eduardo Gomes, em Manaus, no dia 21 de abril de 2011. Segundo o chefe do Seripa VII, do total de acidentes registrados em 2011, cinco foram somente no Amazonas.

COlisÕEsEm 2009 foi contabilizado no Brasil 949 colisões entre aves e aviões. Em 2010, esse número chegou a 998 acidentes. Segun-do o tenete-coronel Schönhardt, estima-se que esses números não chegam a 25% da quantidade real de colisões que ocorrem no Brasil.

sEriPa viiCriado em 2007, o Seripa VII via-biliza as investigações sobre aci-dentes aéreos da região Norte. No decorrer das apurações, o Seripa atua junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é quem tem a responsabilidade de fiscalizar a manutenção as aeronaves. Após a conclusão de relatórios, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeroportuários (Cenipa) recebe os documentos e aplica as punições cabíveis. Para prevenir os acidentes, o Seripa elabora rela-tórios diários sobre prevenção de acidentes aeronáuticos. █

>Devido a violência da colisão, partes da ave atravessaram pequenos espaços entre a fuselagem e o painel de comandos, indo parar dentro da cabine

>No Brasil centenas de acidentes desta natureza acontecem todos os anos

Por: Ana Paula Sena / Fotos: Divulgação Seripa

ENCONTRO ABAG

Realizado pela ABAG o fórum contou com seminários, exposição de aeronaves, produtos e serviços em geral. Participaram do evento empresários e especialistas da área

I Fórum Regionalde Aviação Geral

Reportagem e fotos: Laila Pereira

O I Fórum Regional de Aviação Geral, promovido pela ABAG – Associação Brasileira de Aviação Geral aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro, no Hangar José Ludovico de Almeida, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. O evento mobilizou diversas empresas e especialistas do setor, entre elas a Quick Aviação, Voar Aviação e Globo Aviação.

Estiveram presentes, também, o Secretário Estadual de Indústria e Comércio de Goiânia, Alexandre Baldi, o Superintendente de Segurança Nacional da Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, comandante David Faria Neto, além de representantes da ABTAer – Associação Brasileira de Táxis Aéreos e ABRAPHE – Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros.

O Fórum foi dividido em seminários e exposição de aeronaves, produtos e serviços ligados à aviação geral. Nos debates o tema que ganhou destaque foi a falta de capacitação dos pilotos que estão iniciando a carreira.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201288

CaPaCitaÇãOO mercado de aviação tem crescido nos últimos anos, mas vagas deixam de ser preenchidas por falta de capacitação profissional. Para o presidente da AB-TAer, comandante Milton Arantes Costa, se o cenário de formação e capacitação dos pilotos não mudar, será necessário contratar pilotos estrangeiros para atuarem no mercado brasileiro. Falta também in-vestimento por parte das empresas em treinamento desses pilotos para que não ocorra a falta tripulantes aptos para ocupar essas posições.

O superintendente da Anac, comandante David Fa-ria Neto, discorda e afirma que não há possibilidade de haver contratação de pilotos estrangeiros. “Não acredito nessas contratações, primeiro porque a legislação não permite e mesmo que a legislação fosse mudada esses pilotos estrangeiros podem não atender os requisitos brasileiros”, declarou o comandante David.

PilOtO EstagiáriOO presidente da ABRAPHE, comandante Rodrigo Du-arte, acredita que o piloto que está iniciando a carrei-ra precisa da vivência da profissão e para isso poderia ser estabelecida a condição de “piloto estagiário”. “O piloto sai habilitado para assumir o comando de uma aeronave, mas ainda não tem a experiência. Sendo estagiário ele poderá adquirir essa experiên-cia e depois exercer uma atividade segura”, afirma Rodrigo.

O superintendente da Anac, comandante David Fa-ria Neto, concorda que seja necessário dar condições de formação e capacitação para os pilotos, mas ele acredita que os pilotos estagiários não sejam a solu-ção e que utilizar esse termo pode gerar exploração da mão de obra desses profissionais iniciantes.

ExPOsiÇãONos dois dias de evento 10 aeronaves ficaram ex-postas no Hangar José Ludovico de Almeida. O jato Embraer Phenom 300 foi um dos destaques da ex-posição, ele é um avião executivo da categoria Light Jet (LJ). A aeronave possui capacidade para trans-portar 11 ocupantes, oferece conforto e luxo para uma viagem de até 3.650 km, voando a 45.000 pés e atingindo velocidade máxima de 839 km/h ou 453 nós (KTAS).

Além dos aviões foi exposto também um helicópte-ro, de propriedade da Polícia Civil, modelo Koala, de

ENCONTRO ABAG

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 89

fabricação americana. O helicóptero tem autonomia de voo de 3 horas e 20 minutos, alcance de 700 km e velocidade de até 200 km/h.

NEgóCiOsA cidade de Goiânia foi escolhida para ser sede do I Fórum Regional de Aviação Geral por representar concentração de interesses no setor aeronáutico, justamente por estar localizada no Centro/Oeste do país. O presidente da ABAG, Eduardo Marson Ferrei-ra, estimou que o faturamento no Fórum com ven-das de aeronaves e produtos, tanto no evento como a médio prazo, ficou em torno de US$ 20 milhões.

mECÂNiCaGoiânia possui o segundo pólo aeronáutico do Brasil homologado pela Anac, atrás apenas de São Paulo. A cidade conta com inúmeras empresas de aviação, manutenção de células e motores e recuperação e montagem de aeronaves. A estimativa é que em Goiânia existam 46 oficinas especializadas em manu-tenção de aeronaves executivas

O inspetor de manutenção, Eurípedes de Souza, conta que no hangar da Globo Aviação eles rece-

bem uma média de quatro aeronaves por semana. Entre os serviços que são realizados está abertura da aeronave, limpeza, inspeção dos cabos de comando, parte elétrica e inspeção do trem de pouso. “Esta-mos com uma aeronave que veio de São Luiz que a manutenção não foi suficiente, estamos restauran-do todo o interior, célula e mecânica, pintura. Além disso, ela será entregue com a configuração atual”.

De acordo com ele o tempo de manutenção de uma aeronave depende do modelo, já que os procedi-mentos são feitos de acordo com o manual de ma-nutenção do fabricante. █

Reportagem e fotos: Laila Pereira

RUNWAY

Atendendo clientes em todo o território nacional, junto à aviação executiva e agrícola, a empresa tem realizado visitas aos clientes oferecendo novas parcerias para um atendimento diferenciado

Runway consolidadano mercado

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Antonio Ximenes e Laila Pereira

Há 14 anos no mercado nos EUA com distribuição e venda de peças, no Brasil, a Runway continua avançando, investindo em novos equipamentos, uma sala de Banho químico em Cadmo e Alodine, tambor rotativo e fornos com tem-porizador digital, tudo montado dentro dos padrões exigidos pelos órgãos competentes.

Para o setor de hélice a empresa adquiriu máquina de Rolagem, Comparador Optico e Rugosimetro e ainda aguardam liberação da Hartzell para início do serviço de cumprimento do SB118 do manual do fabricante. Executando ser-viços para a oficina e para terceiros.

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201292

De acordo com o diretor da Runway aviation, Luiz Fonseca, no-vas parcerias estão sendo ajustadas com o apoio do escritório em Mia-mi e profissionais para realização de “inspeção Pré-compra”, traslado e documentação no Brasil.

Atendendo clientes em todo o território nacional, junto à aviação executiva e agrícola, a empresa tem realizado visitas aos clientes ofere-cendo novas parcerias para aten-dimento diferenciado na venda de peças e serviços. “Sabemos que o mercado é bastante competitivo, mas há espaço pra todos, nosso atendimento deve ser o diferencial para que o cliente se sinta acolhido e encontre a solução para continu-ar voando”, citou Luiz.

No setor de importação e de com-pra e vendas de peças, a Runway está no mercado há quase 15 anos. O responsável e idealizador foi o Sr. Claudio Fonseca há 22 anos nos EUA. Diante de seu em-preendedorismo, tem conseguido novos fornecedores, distribuições que implicam em melhores pre-ços na compra, e no Brasil com a fundação da empresa para impor-tação direta, estoque e oficina ho-mologada incentivos fiscais foram conseguidos reduzindo significa-tivamente as taxas e importação e impostos na fração de 60% para 25%. Redução repassada integral-mente para os clientes.

“Alguns negócios já foram consolidados e estamos traba-

lhando com novos clientes que no momento em função da alta variação cambial esperam uma

estabilidade da moeda para finalizar os negócios

( Luiz Fonseca)

RUNWAY

>Empresário Luiz Fonseca

>Domingos, especialista em hélices>Domingos, especialista em hélices

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 93

EsCOliNHaDE aviaÇãO A Runway estará em breve cons-truindo um hangar com 2.000 m² em uma área de 1.700 m², com espaços para hangaragem, ofici-na de “célula”, motores, hélices e acessórios, estoque de peças a pronta entrega e assessoria na compra e venda de aeronaves e nacionalização para a Escolhinha de aviação na saída de Inhumas. “Estamos no segundo maior polo de manutenção de aeronaves do país e contribuindo para avançar-mos a primeira colocação, pois temos em Goiânia muitas empre-sas com excelentes profissionais e uma ótima localização geográ-fica”, relatou Luiz.

Para Luiz Fonseca, hoje se vive uma nova e diferente realidade no mercado mundial. A Globaliza-ção aliada a todas as ferramentas de consulta vem mudando rapi-damente tudo a cada momento, segundo ele. “E não poderia ser diferente na aviação, os clientes têm aproveitado a estabilidade da moeda americana e adquirin-

do aeronaves nos EUA. São mais de 30 aeronaves por mês vindas dos EUA com destino ao Brasil solicitando reserva de matrícula. Isto demanda em aumento de venda de peças e serviços”, disse.

Luiz ainda enfatiza que, atualmen-te, o Brasil possui muitos empresá-rios que estão descobrindo a avia-ção privada para agilizar e ampliar seus negócios. HOmE PagEA Runway também lançou o Site da empresa no Brasil e estão apri-morando páginas onde o cliente pode contar com ofertas de peças, serviços e consulta rápida de esto-que. “Graças ao emprenho de pro-fissionais dedicados conseguimos lançar o Site da empresa no Brasil. Nossos profissionais foram contra-tados na área comercial e oficina, com novos equipamentos para execução de serviços em hélices e motores”, conclui. █

Reportagem: Ana Paula Sena / Fotos: Antonio Ximenes e Laila Pereira

Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201294

Com ativa participação da Associa-ção Brasileira de Táxis Aéreos (AB-TAer), notadamente de sua direto-ria capitaneada pelo Comandante Milton Arantes Costa, foi instalada uma subcomissão para debater a aviação civil, criada no âmbito da Comissão de Serviços de Infraes-trutura (CI), conforme requerimen-to do senador Vicentinho Alves (PR-TO), aprovada no dia 20 de de-zembro de 2011. A subcomissão vai tratar tudo que envolva a área da aviação nacional.

Segundo o senador Vicentinho Alves, a subcomissão deverá con-cluir os trabalhos em seis meses, mesmo o prazo sendo de um ano. No final, será apresentada uma proposta para atualizar a legisla-ção sobre a área. Para o senador,

há necessidade de atualizar as leis que regem a aviação civil, uma vez que a legislação é anterior à promulgação da Constituição. Vicentino citou o Código Brasilei-ro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) e a lei que regula a profissão de aeronauta (Lei 7.183/84). Ele ob-servou que a aviação avançou, os aviões e aeroportos estão mais modernos. Ressaltou ainda que o projeto apresentado terá come-ço, meio e fim, com questões do cenário da aviação.

O comandante Milton Arantes avaliou os trabalhos da subco-missão. “Ela é fundamental para que se discuta ao longo do ano, os temas relacionados a aviação civil, que servirão de balizamen-to para uma legislação mais efi-

caz do setor. Vale o registro de que em 2014 teremos a Copa do Mundo de Futebol, e em 2016 as Olímpiadas. O Brasil precisa ter uma sólida Infraestrutura bem como na aviação civil em geral”, disse.

No Amazonas, a aviação tem um papel social, pela logística oferecida. As empresas de táxi aéreo que atuam na região, conhecem bem a realidade do interior. Os Senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Vanessa Grazziotin do (PCdoB-AM), ambos tem sido atuantes no setor, ajudando a melhorar a Infraestrutura Aeroportuária no Estado. █

Reportagem: Diárcara Ribeiro / Fotos: Divulgação e Antonio XimenesSUBCOMISSÃO

Considerado o segundo maior mercado de aviação geral do mundo, o Brasil conta com 3.500 aeroportos, dos quais 739 são públicos, 2.464 regionais e 34 internacionais. A subcomissão vai tratar de todos os segmentos da área

SENADO CRIA Subcomissão DE aviação civil

>Senador Vicentinho Alves>Comandante Milton Costa

Reportagem: Fulano de tal / Fotos: Fulano de tal

JAN/MAR • 2012 - Voar na Amazônia Brasil 95

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Voar na Amazônia Brasil - JAN/MAR • 201296