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SERVIO SOCIAL

INTRODUO O presente trabalho tem por objetivo a elaborao de um planejamento participativo a partir da constatao de situaes sociais, de interveno profissional que favorea o bemestar social, enfatizando o desenvolvimento de habilidades na construo de um planejamento participativo, buscando interferncia prtica nas questes sociais. Aps fazermos o mapeamento descrito em cada etapa, desenvolvemos um planejamento em relao ao tema: A Situao do Idoso no Brasil: Uma breve considerao.

Pautados no PLT A Prtica de Planejamento Participativo de Danilo Gandin Planejamento Educacional. No qual o autor voltado para a rea educacional, iremos relatar em primeiro momento o seu pensamento sobre o planejamento. Em seguida mostraremos como este planejamento importante para o trabalho do Assistente Social, o que um planejamento, suas etapas, montagem de um plano setorial de curto prazo e um planejamento usando o tema acima descrito.

A RELEVNCIA DO PLANEJAMENTO NO SERVIO SOCIAL

Planejamento na prtica profissional do assistente social Segundo o autor Danilo Gandin quando se pensa na relao da escola e sociedade h diversos pensamentos, de acordo com a necessidade de planejamento para a rea educacional na qual ele mesmo se props a elaborar um roteiro de planejamento para os diretores de escola e dirigentes de outras instituies.

Suas interpretaes so: 1.1 Uma interpretao ingnua relata que quando bem conduzida educao, h um bom andamento social, bons cidados, boas pessoas produzindo assim uma boa sociedade, mas como no temos uma boa educao no temos uma boa sociedade. Esta interpretao esta ligada as pessoas conservadoras e professores que buscam seu trabalho na integrao de jovens aos valores sociais. Escola - Sociedade Boa Sociedade

1.2 Em vez de escola- sociedade ligada harmonia e o consenso, nesta interpretao o critrio usado o desenvolvimento (mais ousada e claramente expressa), nesta interpretao alinham-se os economistas e pessoas interessadas em crescimento econmico e professores menos idealistas. Escola - Harmonia - Desenvolvimento

1.3 oposta no que diz respeito ao entendimento sobre a relao escola sociedade, nesta interpretao relata que a escola simplesmente uma funo da sociedade. Por que cada sociedade tem hierarquia de valores, tem seu projeto pedaggico global e sua prpria prtica educativa.

ESCOLA

SOCIEDADE

DESENVOLVIMENTO NECESSIDADES SOCIAIS

Responsabili dade dos educandos Importncia do planejamento dentro da educao A escola produz bons cidados

Cresce, desenvolve-se na proporo direta do investimento da escola Reflexo da escola

Crescimento econmico e social nas escolas Planejamento operacional Investimentos em processos educacionais Produzir pontos de vista Escola como formao de mo de obra

Pirmide social Transformao social educativa Mudanas na escola Projetos pedaggicos Prtica educativa

A IMPORTNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

O planejamento de suma importncia para o desenvolvimento do trabalho do profissional de Servio Social, e para que isso ocorra deve-se contar com uma equipe que tenha uma ideologia de transformao da realidade, ou seja, dever poltico de mudana das estruturas sociais e a realizao de intervenes com qualidade, j que esta profisso atua diretamente na realidade social da populao nas mais variadas expresses da questo social e busca da justia social.

ELABORAO DE UM PLANEJAMENTO ENTENDENDO CADA PASSO E SUA APLICAO PRTICA

Antes de relatarmos as etapas de um planejamento iremos discorrer sobre o que um planejamento. O planejamento um processo que exige uma sequncia temporal de fatos que se estabeleam ao longo da histria, segundo Barbosa (1980,p.11). Pode-se considerar o planejamento, um processo de reflexo Como uma disciplina que instrumenta a transformao da realidade social. Para se chegar a um planejamento preciso seguir um roteiro operacional sinttico e claro com etapas e partes bem discriminadas, as etapas imprescindveis na elaborao do conjunto de planos para um processo de planejamento so as seguintes:

A- PREPARAO Esta etapa totalmente necessria e o objetivo da preparao promover e analisar os pontos bsicos (cientfico e participativo) facilitando as etapas seguintes. Sugere-se que nesta etapa ocorra um aprofundamento com os participantes: a-) Os nveis do planejamento b-) O planejamento como transformao da realidade c-) Esquema de um processo de planejamento

B- ELABORAO DO PLANO GLOBAL DE MDIO PRAZO I- Elaborar um marco referencial 1- Comear de forma simples, elaborar e entregar as questes aos participantes (individualmente) e pedir para trazerem uma elaborao do marco referencial. 2- Recolher as respostas pessoais e o resultado deve ser multiplicado com cpias para cada participante. 3- Organizar um plenrio onde os textos so lidos sem comentrios ou debates; a equipe deve antes de ler, explicar como realizou o trabalho. 4- Avaliar os textos, organizar pequenos grupos que possam avaliar o que est bom e o que no est bom em um determinado texto escolhido, o qual servir a instituio como marco referencial.

5- Em um plenrio apresentado oralmente sua avaliao levando em conta as observaes e opinio global. Lembrar que no bom debater, porque o debate provoca concepo individual e no do grupo. 6- Voltar a redigir 7- Retornar ao plenrio 8- Definir se est encerrada ou no a elaborao do marco referencial

II- Elaborar Diagnstico Ter a redao final do marco referencial para iniciar o diagnstico, ter em mente o significado do que diagnstico lembrando que no uma descrio da realidade, mas um juzo sobre a instituio, o resultado da comparao de sua realidade presente com a desejada. 1- Preparar perguntas para o diagnstico 2- Distribuir as perguntas aos participantes 3- Entre os participantes formar duplas para debates (reunir, esclarecer, acrescentar, precisar). 4- Depois de formadas duplas, buscar outras duplas formando quartetos. 5- Os quartetos se renem a outros tendo grupos de oito formando assim um diagnstico global da instituio.

Formando esquema: Marco referencial, realidade da instituio, juzo sobre realidade concreta. III- Elaborao de programa 1- Tarefa preliminar e necessria, porque eficaz para a definio das necessidades, verdadeira clareza do diagnstico. 2- Realizar o plenrio para conhecimento dos resultados pela leitura. 3- Pedir s pessoas que proponham suas ideias para polticas, objetivos gerais e determinaes gerais e relatadas por escrito.

4- Recolher os papis com as ideias, separar por polticas, objetivos gerais e determinaes gerais; Solicitar que os grupos preparem estratgias para essas ideias desenvolvidas. 5- Realizar um plenrio com os grupos, sem debater as ideias, apenas com os participantes tomando suas posies. 6- Avaliao, onde os grupos avaliam o que escreveu, distribui para cada grupo cujo trabalho est sendo analisado. 7- Apresentar em plenrio a avaliao de cada grupo. 8- Elaborar uma segunda verso 9- Apresentar os trabalhos 10- Avaliar por cochicho 11- Apresentar em plenrio esta avaliao acima 12- Redao final 13- Reviso geral Depois de preparado os textos, deve-se fazer uma reviso geral em grupos, com possveis acertos necessrios do texto.

C - ELABORAO DE PLANOS DE CURTO PRAZO: A elaborao deste plano assume uma ideia administrativa, porque o rumo e as decises sobre o que fazer, j foram tomadas e decididas, s restando para este operacionalizar este rumo, e atribuirlhe recursos e determinar responsabilidades. D - ELABORAO DE PLANOS DE SETORES: No h necessidade de um roteiro, porque as observaes anteriores sero suficientes para a tarefa nos setores.

E - MARCO REFERENCIAL Lembrar que parte fundamental do planejamento e possui trs enfoques, e muitos erram por falta desta distino, os enfoques so: a-) Marco Situacional: Mostra a realidade de uma instituio b-) Marco Doutrinal: Refere-se a uma escolha (opo) que tem fundamentao explcita em elementos tericos c-) Marco Operativo: A instituio firma o ideal de sua prtica

Frases sobre o captulo O Marco Referencial

1-

O Marco Referencial expressa a posio da instituio que planeja em relao sua identidade e viso do mundo. 2Os propsitos centrais do Marco Referencial expressam a razo de ser, a organizao e humanidade de nossa instituio, com nosso aperfeioamento constante e equilibrado.

3-

O nvel de excelncia proposto pelo Marco Referencial, pode reunir diversas atividades que englobam pratica de projetos de pesquisa governamentais e empresariais.

4- O sucesso do Marco Referencial decorrente do envolvimento colaboradores.

e

comprometimento

dos

Texto Este roteiro elaborado para um planejamento til se o pensamento no ficar aprisionado, o grupo no deve seguir mecanicamente um roteiro sem dar ateno s circunstncias, aos novos problemas que surgem, e formalizar o trabalho deixado sem vida. certo que certas repeties no processo so necessrias na prtica, mas, usando os que so listados numa sequncia de roteiros, pode dar a impresso de que a prtica ser uma mesmice. Lembrar sempre de fazer deste processo uma valorizao das pessoas, e por este motivo ter o valor de riqueza, de alegria e de realizao.

ELABORAO DE UM DIAGNSTICO DENTRO DO CONTEXTO DE TRABALHO DO MARCO REFERENCIAL

A QUESTO DO DIAGNSTICO

O diagnstico um juzo sobre a realidade, a luz do marco operativo e do marco doutrinal. Tambm conhecido como estudo da situao. Respondendo a seguinte pergunta: At que ponto nossa prtica realiza o que estabelecemos em nosso marco operativo? Est pergunta deve ser respondida em cada uma das reas temticas do marco operativo para que o diagnstico cubra inteiramente os seus diversos aspectos.

Principais tpicos sobre Programao Definir o objetivo que deve se alcanado. Os passos que devem ser seguidos para atingir este objetivo, ou seja, as atividades que devem ser executadas. A sequncia lgica em que estas atividades devem ser executadas. As datas para incio e trmino de cada atividade. O responsvel pela execuo de cada atividade. Os recursos necessrios para a execuo de cada atividade Os resultados intermedirios (metas) a serem atingidos ao final de cada atividade. Os indicadores que serviro par avaliar se as atividades foram executadas a contento

ELABORAO DE PLANO SETORIAL DE CURTO PRAZO SOBRE O TEMA: A SITUAO DO IDOSO NO BRASIL

A Questo do Diagnstico

1- DIAGNSTICO Uma das situaes que o idoso sofre no Brasil, e que motivo de discusso, a sua relao com a famlia e convvio em sociedade. Sabemos que a sociedade passa por grandes modificaes tecnolgicas e na estrutura familiar, fazendo o idoso passar por adaptao e enfrentar vrios problemas sociais, Portanto, difcil a aceitao por parte dos familiares do envelhecimento daquele que faz parte de sua famlia.

O idoso perde a condio de tomar suas prprias decises, algo que fez por longos anos de sua vida. Havendo assim, uma dependncia e consequente transferncia de papis. a-) Famlia em desarmonia: - O idoso torna-se isolado socialmente e com medo de errar em suas aes e ser punido por isso. b-) A famlia com excesso de zelo: - O idoso se torna totalmente dependente sobrecarregando a prpria famlia.

Os idosos podem apresentar vrios perfis diferenciados, desde sedentarismo, carncia afetiva, perda de autonomia causada por incapacidades fsicas e mentais, ausncia de familiares para ajudar no auto cuidado e insuficincia de suporte financeiro e outros fatores relacionado como doenas decorrentes ao fator idade, estilo de vida e outros... Estes fatores podem contribuir para a grande prevalncia de limitaes fsicas e com morbidades refletindo em sua independncia e autonomia.

Plano setorial de curto prazo

Projeto Visando a Melhoria da Qualidade de Vida dos Idosos Programao I Polticas Pblicas e Estratgias - Poltica da Assistncia Social Atravs do SUAS - Poltica Pblica da sade Atravs do SUS Local - no CRAS ou CREAS e postos de sade

II Aes Concretas 1 Objetivo geral O novo paradigma da situao do idoso brasileiro como manter a sua capacidade funcional mantendo-o independente e preservando a sua autonomia.

III - Atividades Permanentes Esse projeto composto por quatro programas: 1- Atividades educativas com o idoso 2- Assistncia sade do idoso 3- Assistncia Multiprofissional ao idoso 4- Assistncia Social ao idoso

IV Determinaes Gerais Lei no 10.741, de 01/10/2003 Estatuto do Idoso Foco nas seguintes dispositivos: TTULO II Dos Direitos Fundamentais CAPTULO I - Do Direito Vida CAPTULO II - Do Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade CAPTULO III - Dos Alimentos CAPTULO IV - Do Direito Sade CAPTULO V - Da Educao, Cultura, Esporte e Lazer CAPTULO VIII - Da Assistncia Social TTULO III Das Medidas de Proteo

PROPOSTAS DE AO PARA SANAR PROBLEMAS APRESENTADOS PELO DIAGNSTICO

PROGRAMAO

- Fazer com que o idoso esteja em convvio familiar e em sociedade desenvolvendo ideias, trocando experincias, conhecimentos e afetos. - Promover encontro com os grupos de melhor idade, onde se estimula o pensar, dar, fazer, reformular e at aprender. As atividades em grupo so importantes para a melhora da sua qualidade de vida; Mas, para que isso ocorra, o idoso tem que ser sensibilizado a ter vontade prpria de participar do grupo. Devemos encorajar e apoiar os nossos idosos, no basta ter vida longa, mais sim uma boa qualidade de vida durante seu viver.

Concluso Efetuado o trabalho a que nos propusemos, chegamos as seguintes concluses sobre planejamento participativo: Quando pensamos num planejamento, surge em nossa mente a ideia de transformao, de mudana e inovao, de prticas que j esto definidas, mesmo quando no se conhece bem como o trabalho que est sendo realizado, as instituies esto se desenvolvendo ao longo do seu dia-dia. importante relembrar, que o planejamento um instrumento de interveno na realidade, onde todos os atores sociais apresentam demandas e possveis solues para as necessidades que afetam a sociedade. Sendo para o assistente social que trabalha com a questo social um instrumento de ao de qualidade no enfrentamento da questo social.

Referncia Bibliogrfica

GANDIN, Danilo. A prtica do planejamento participativo: na educao e em outras instituies, grupos e movimentos dos campos cultural, social, poltico religioso e governamental. 19 ed. Petrpolis, RJ Vozes, 2011. Endereos eletrnicos: Mendes Barbosa S. S. R. Mrcia, Gusmo de Lima Josiane, Faro e Mancussi Cristina Ana, Leite O. de Burgos Cssia de Rita. A situao social do idoso no Brasil: uma breve considerao, pp. 423-426.

Referncia Bibliogrfica

A situao social do idoso no Brasil: uma breve considerao. Disponvel em:

. Acesso em: 21 Mar. 2013

ATPS 5

POR QUE O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL?

Relao escola x sociedade

Pensamentos diversos

Cada um, numa corrente de interpretao

Com fundamentao filosfica, cientfica, ideolgica ou do senso comum

Primeira Interpretao Ingnua, mas bastante corrente

Boa escolarizao produz bons cidados

Bom sistema escolar constri uma boa sociedade

Sociedade com harmonia, acima de qualquer valor e sem conflito algum

Pessoas conservadoras, professores idealistas, defendem essa interpretao

Acreditam na desigualdade entre as pessoas, sem questionar a pirmide social

Segunda Interpretao Ousada e claramente expressa

Finalidade: o desenvolvimento

Defendida pelos economistas, pessoas interessadas em crescimento econmico e professores menos idealistas

A escola direciona a sociedade

Educao = investimento

A sociedade cresce, desenvolve-se na proporo direta do investimento em educao

Escola = investimento = formao de mo-de-obra

Estas duas correntes defendem: Possveis transformaes sociais = a partir de mudanas na escola Investir em educao = imprescindvel Escola boa = sociedade boa

Ambas contm verdade, embora frgeis

Ponto de vista muito restrito

Pouca explicao da realidade

Terceira Interpretao Escola = funo da sociedade

Processos educacionais

Reproduo / reflexo

Hierarquia de valores

Sociedade

Pensamento que nasce da reflexo dos socilogos

Critrio de anlise

Busca da igualdade social

Trabalhadores em educao Caractersticas

Os que no se do conta da incoerncia entre o que se diz e o que se faz: Conservadores

Sentem insatisfao no trabalho, mas no sabem sua origem

Tentam solues, sempre parciais, na linha do planejamento operacional

No tm propostas globais, nem sonham que poderiam existir

Muitos se apavoram ao serem ajudados a descobrir

Outros compreendem e mudam suas perspectivas

Os que se do conta desta situao: Mas, por comodismo, interesse, boa vontade, convico

Desejam que tudo continue como est

Alcanam o planejamento operacional e, muitas vezes, so eficazes nisto

Muitos, at chegam ao planejamento poltico-social

Pois, investem na globalidade e no mdio prazo

Esforando-se para que no se alterem as estruturas bsicas da sociedade

Os que se do conta desta prtica reprodutiva: Estudam-na

Querem transformaes de maior ou menor envergadura

H os que pensam que no h sada e realizam aes espordicas e desarticuladas

Os que se assustam e nada realizam

Os que assumem atitudes revolucionrias extremas, querendo destruir tudo e inteiramente, para uma nova estrutura global

Os que se propem a uma luta global de transformao, a partir do que existe, do que possvel e do que oportuno

Ao transformadora

Crescimento da conscincia crtica

Processo de reproduo

No reproduzindo ingnua e espontaneamente, com base no senso comum ou na ideologia, mas reproduzindo o que se escolheu, com a firmeza da opo crtica e da teoria, com modelos de interpretao da realidade e metodologias de ao que sejam eficazes

Atravs de um processo de planejamento

Tenso, dialtica entre a realidade existente e a realidade desejada

Cultivar o que j est em semente ou em surgimento nesta mesma sociedade, atravs do processo de reproduo consciente e livre

PASSOS DE UM PLANEJAMENTO

1 Passo = Preparao Promover a anlise dos pontos bsicos de um processo cientfico e participativo, a fim de que cresa a motivao para o planejamento e para que se possibilite a eficincia nas etapas seguintes. necessria a viso global do planejamento e, operacionalmente, compreender, a cada momento, o que est se realizando.

2 Passo = Elaborao do plano global de mdio prazo Elaborao de um marco referencial = produzir anlise sobre as necessidades da instituio, aquilo que se deseja alcanar; Elaborao de um diagnstico = busca das necessidades, juzo sobre a instituio, resultante da comparao de sua realidade concreta com a realidade desejada, apresentada no marco referencial; Elaborao de uma programao = proposta de ao para diminuir a distncia entre a realidade da instituio planejada e o que estabelece o marco operativo, ou seja, proposta de ao para satisfazer as necessidades apresentadas pelo diagnstico; Reviso geral = alm de aprimorar alguns pontos, este procedimento auxilia para uma apropriao maior do plano.

3 Passo = Elaborao de planos globais de curto prazo Explicitam, detalham, operacionalizam o plano global de mdio prazo. Encarregam-se de definir as aes concretas, as atitudes, as regras e as rotinas para o perodo de durao de cada um destes planos.

4 Passo = Elaborao dos planos de setores Os setores devem iniciar seu trabalho a partir do marco referencial do plano global: vo elaborar seu marco referencial prprio, tentando apontar o ideal do respectivo setor como resposta ao ideal de sociedade traado no marco doutrinal da instituio e ao ideal do seu agir, definido no marco operativo.

OBSERVAES INICIAIS A UM ROTEIRO DE COORDENAO DE UM PROCESSO DE PLANEJAMENTO

preciso que a coordenao de um processo de planejamento siga um roteiro, especialmente elaborado pela mesma equipe ou buscando em bibliografia ou em experincia alheia a fim de que a firmeza e a segurana que disso advm sejam suporte para a participao, a riqueza e a criatividade do grupo todo. A teoria d a firmeza, a clareza e a preciso necessrias, mas apenas em termos globais. O detalhe depende mais da situao, especialmente do que poderamos chamar a cultura que um grupo tem num determinado momento. Algumas repeties de instrumentos ou de processos so necessrias na prtica. E importante que o processo todo seja um instrumento de valorizao das pessoas e por isso, de riqueza, de alegria e de realizao.

Tenha sempre presente o seguinte:

preciso que, em nenhum momento, a elaborao dos planos aparea como uma tarefa chata e etril; No pode a coordenao, mesmo se lhe parecer que o roteiro, como um todo, apresenta muitas repeties, omitir partes, dinmicas e instrumentos; Pode a coordenao substituir tcnicas e instrumentos quando as circunstncias assim o aconselharem e/ou a teoria o indicar;

O roteiro pode, tambm, servir ao trabalho de professores de planejamento em sala de aula. Para isso, preciso distinguir as duas situaes, a de coordenar um grupo que realiza seu processo de planejamento e a de ser professor, em ambos os casos necessria firmeza sobre o que est fazendo. Entretanto, no primeiro caso o objetivo bsico a elaborao de planos e a construo de um planejamento e, no segundo, a aprendizagem. O que no podia faltar era ter em mente um tipo de instituio que acabou sendo a escola, sobre tudo por sua significao quantitativa.

O MARCO REFERENCIAL

O Marco Referencial constitudo por trs enfoques chamados de Marco Situacional, Marco Doutrinal e Marco Operativo. O Marco Situacional a percepo do grupo em torno da realidade em geral: como a v, quais seus traos mais marcantes, qual a relao do quadro scio-econmico, poltico e cultural mais amplo e o cotidiano da instituio. O Marco Doutrinal refere-se a uma escolha que tem fundamentao explcita em elementos tericos. No Marco Operativo a instituio firma o ideal de sua prtica, dentro do seu campo de ao, com vistas a contribuir na construo da sociedade com que se compromete.

BULLYING NAS ESCOLAS

Programa de Apoio ao Fim do Bullying nas Escolas

Atualmente, observa-se nas escolas em geral um forte crescimento na violncia psicolgica que os alunos de todas as idades vm sofrendo. Essa violncia psicolgica conhecida como Bullying. O Programa de Apoio ao Fim do Bullying nas Escolas busca acrescentar no projeto pedaggico das escolas a disciplina de Psicologia desde o 1 ano do Ensino Fundamental e, para que os pais fiquem atentos a este assunto, junto das reunies escolares, nas entregas de boletins, acrescentar palestras educativas voltadas para violncia psicolgica.

A QUESTO DO DIAGNSTICO

O Bullying um ato de violncia contra o ser humano que afeta o mundo todo. Ele se divide em duas categorias: Bullying direto, que a forma mais comum entre os agressores masculinos e o bullying indireto, que a forma mais comum entre mulheres e crianas, tendo como caracterstica o isolamento social da vtima. A escola uma instituio muito propcia para esta prtica de violncia. Muitas vezes, as escolas no admitem a ocorrncia do bullying entre seus alunos ou desconhecem o problema ou se negam a enfrent-lo. Esto includos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. Os alunos que convivem, presenciam esta violncia se silenciam em razo do temor de se tornarem as prximas vtimas do agressor, experimentando assim, sentimentos de medo e ansiedade. O primeiro estado a ter uma lei para combater o bullying o Rio Grande do Sul. Esta lei, j sancionada, obriga escolas pblicas e privadas a desenvolver aes permanentes de preveno a atos de intimidao e de identificao rpida desses casos. Investigando e registrando tais atos, que ferem princpios constitucionais, respeito dignidade da pessoa humana, e o Cdigo Civil, que determina que todo o ato ilcito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. Pais, educadores e a sociedade em geral so partes integrantes deste desafio que deve ser vencido passo a passo com planejamento e determinao.

A PROGRAMAO

Em se tratando de uma escola, onde se atende crianas e jovens, futuros formadores de opinies, orientados por educadores preocupados com a educao dos mesmos, o bullying, que uma forma de agresso ao ser humano, deve ser logo identificado. Um planejamento em curto prazo (um ano) deve ser posto em prtica com aes como: Identificar o agressor e a vtima; Informar s famlias envolvidas, oferecer acompanhamento psicolgico com algum tipo de terapia familiar adequada; Realizar reunies mensais, envolvendo a comunidade ao redor da escola, ministrando palestras, filmes, etc. Pesquisa e reflexo mensal com professores e direo da escola sobre a incidncia do problema aps a explanao do plano de ao.

DURAO E ABRANGNCIA DOS PLANOS E SUA RELAO

O que determina o prazo para um plano de ao de mdio, longo ou curto prazo o tamanho e a compreenso de abrangncia que tem a prpria instituio, grupo ou movimento a que se destina o plano. O plano de mdio prazo o plano central de qualquer instituio, variando em torno de trs a cinco anos e de acordo com os planos desta. s vezes, so necessrias divises em planos setoriais. De cada um dos setores, ser realizado um plano curto prazo em que o planejamento operacional mais forte em relao ao planejamento estratgico, mas que esto interligados ao plano de mdio prazo.

PLANO DE CURTO PRAZO

Setor: Relaes Humanas nas Escolas

Durao do plano: um ano

Programao:

I - Polticas e Estratgias

1-Identificao do Bullying - Agresses contnuas - Depresso - Isolamento social - Medo 2-Comunicar s famlias envolvidas - Informar sobre o Bullying - Histrico das relaes familiares

II - Aes concretas (objetivos especficos)

1-Objetivo geral: Projeto que auxilie na preveno - Sensibilizar os estudantes com palestras, filmes e debates - Trabalhar a conscientizao de colocar-se no lugar do outro 2-Objetivo geral: Estimular a criatividade entre as crianas e jovens - Direcionar sua criatividade para algo positivo para o grupo - Unir pais educadores para trocas de informaes e resolues 3-Outras aes concretas - Mobilizar a Comunidade para ajudar nas atividades propostas

III - Atividades permanentes

1-Terapia familiar e em grupo 2-Planos de aes governamentais 3-Enquanto ambiente escolar, promover um planejamento familiar

IV - Determinaes gerais (normas)

1-Superviso contnua da direo da escola 2-Envolver educadores, psiclogos e as famlias para canalizar possveis solues 3-Participao da comunidade na qual a escola est inserida