SESC PANTANAL SOB OLHAR EUROPEU · < Comunicação externa > Branding < Inteligência competitiva >...

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Abril de 2010 n° 122, ano X www.portaldocomercio.org.br STF DECIDIRÁ SOBRE FAP PÁGINA 47 A CNC NO 8º PANROTAS PÁGINA 33 PARLAMENTARES E DIPLOMATAS DO CONTINENTE VISITAM A ESTÂNCIA ECOLÓGICA, EXEMPLO NO PAÍS. PÁGINA 25 E ainda: SESC PANTANAL SOB OLHAR EUROPEU

Transcript of SESC PANTANAL SOB OLHAR EUROPEU · < Comunicação externa > Branding < Inteligência competitiva >...

Abril de 2010n° 122, ano X

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STF decidirá Sobre FAPpáginA 47

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Andrea MaggessiBenedito CantanhedeCristina GonzalezJoão ChermontLaura FigueiraLuiz Rogério SantosMarco BecharaPaulo ClemenRicardo MathiasRoberto MeirelesSaulo Chagas

ORGANIZADOR

Jacinto Corrêa

[ marketing ] a teoria em

prática Conhecer o mercado e procurar atendê-lo da melhor forma é um requisito fundamental para a sobrevivência das empresas no atual cenário competitivo. No ambiente contemporâneo, em que todos têm acesso às mesmas informações, o que diferencia uma empresa é sua capaci-dade de atender à expectativa do cliente com agilidade, desenvolver produtos ou serviços que ele valorize e garantir a competitividade de sua marca. Para isso, as ferramentas básicas do marketing e da comunicação são essenciais.

Organizado por Jacinto Corrêa, gerente do Cen-tro de Comunicação Corporativa do Senac Na-cional, Marketing: a teoria em prática reúne 13 artigos escritos por consultores especializados em estratégias mercadológicas para apoiar a formação de alunos, gestores, empreendedores e profissionais. Além dos princípios teóricos do marketing e da comunicação, os artigos mos-tram, por meio de casos de sucesso, a prática desses conceitos no dia a dia das empresas.

O que é marketing, artigo assinado por Lau-ra Figueira, graduada em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Marketing pela ESPM, Cristina Gonzalez, graduada em Co-municação Social pela Faculdade da Cidade, com MBA em Marketing pela PUC-Rio, e João Chermont, graduado em Marketing e Publici-dade, com MBA em Marketing pela PUC-Rio. Laura e Cristina são coordenadoras do Progra-ma Oficinas de Marketing e Comunicação do Senac Nacional.

Gestão estratégica de negócios, de Marco Be-chara, doutorando em Gestão do Esporte, com especialização em Negociações Internacionais pela Câmara Internacional de Comércio/OEA e em Gerenciamento de Projetos do Terceiro Se-tor pelo Project Management Institute.

Comunicação interna e Comunicação externa. Dois artigos de Paulo Clemen, jornalista com MBA em Marketing pela Coppead/UFRJ e pós-graduado pela ESPM/RJ.

Pesquisa de comportamento do consumidor e Por quanto vender, de Roberto Meireles, enge-nheiro naval, mestre em Educação e pós-gra-duado em Administração, professor em diver-sos programas de pós-graduação da PUC-Rio e da FGV.

Monitoramento da concorrência, artigo de Be-nedito Cantanhede, graduado em Publicidade com pós-graduação em Marketing, professor de Marketing e Comunicação Social do Centro Universitário da Cidade e da FGV.

Estratégia de vendas e Relacionamento com o mercado de Ricardo Mathias, professor e consultor em Estruturação e Desenvolvimento Organizacional, certificado pelo Balanced Sco-recard Collaborative, com MBA em Marketing pela ESPM/RJ e mestrando em Sistema de Gestão pela UFF.

Estrutura da força de vendas e Atendimento ao cliente, de Saulo Chagas, professor de Mar-keting, formado em Administração, com MBA em Gestão pela Qualidade Total, pós-gradua-ção em Marketing Empresarial e mestrado em Sistemas de Gestão.

Branding: relações de valor entre as marcas e as pessoas, por Andrea Maggessi, designer com pós-graduação em Ergonomia e Marke-ting, consultora em Comunicação e Marketing de empresas de varejo e prestação de serviços.

Inteligência competitiva, de autoria de Luiz Rogério Santos, publicitário, coordenador do Núcleo de Inteligência Competitiva do Senac São Paulo, pós-graduado em Gestão do Conhe-cimento, Tecnologia e Inovação pela Fundação Instituto em Administração de São Paulo e com MBA em Marketing de Serviços pela ESPM/SP.

As principais teorias de uma boa gestão merca-dológica, analisadas por professores e consulto-res que, a partir de cases de sucesso, mostram a aplicação dos conceitos e ferramentas básicas do Marketing e da Comunicação em situações coti-dianas de grandes empresas.

Abordando temas como inteligência competitiva, estratégia e força de venda, relacionamento com mercado, os artigos discutem ainda o papel da comunicação interna e externa nas empresas mo-dernas, mostram como o atendimento tornou-se o principal diferencial para os clientes e explicam como a propaganda deu lugar ao branding.

capa+contra 21.08.indd 121.08.09 17:58:31

A teoria ultrapassou as páginas do livro, invadiu a rotina dos

profissionais de marketing e volta, enriquecida com cases de sucesso,

às suas mãos.

Escrito por profissionais atuantes na área e fruto de vivências no programa Oficinas de

Marketing e Comunicação do Departamento Nacional do Senac por todo o Brasil, o livro

Marketing, a teoria em prática desvenda o assunto de forma simples e objetiva.

Recheado de experiências em temas como gestão estratégica de negócios, comunicação

interna, comportamento do consumidor, formação de preços, segmentação de

mercado, entre outros, a publicação é mais um lançamento de destaque do

Senac Nacional.

< Co

mun

icaç

ão e

xter

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Bra

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Com

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> Andrea MaggessiBenedito CantanhedeCristina GonzalezJoão ChermontLaura FigueiraLuiz Rogério SantosMarco BecharaPaulo ClemenRicardo MathiasRoberto MeirelesSaulo Chagas

ORGANIZADOR

Jacinto Corrêa

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a Conhecer o mercado e procurar atendê-lo da melhor forma é um requisito fundamental para a sobrevivência das empresas no atual cenário competitivo. No ambiente contemporâneo, em que todos têm acesso às mesmas informações, o que diferencia uma empresa é sua capaci-dade de atender à expectativa do cliente com agilidade, desenvolver produtos ou serviços que ele valorize e garantir a competitividade de sua marca. Para isso, as ferramentas básicas do marketing e da comunicação são essenciais.

Organizado por Jacinto Corrêa, gerente do Cen-tro de Comunicação Corporativa do Senac Na-cional, Marketing: a teoria em prática reúne 13 artigos escritos por consultores especializados em estratégias mercadológicas para apoiar a formação de alunos, gestores, empreendedores e profissionais. Além dos princípios teóricos do marketing e da comunicação, os artigos mos-tram, por meio de casos de sucesso, a prática desses conceitos no dia a dia das empresas.

O que é marketing, artigo assinado por Lau-ra Figueira, graduada em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Marketing pela ESPM, Cristina Gonzalez, graduada em Co-municação Social pela Faculdade da Cidade, com MBA em Marketing pela PUC-Rio, e João Chermont, graduado em Marketing e Publici-dade, com MBA em Marketing pela PUC-Rio. Laura e Cristina são coordenadoras do Progra-ma Oficinas de Marketing e Comunicação do Senac Nacional.

Gestão estratégica de negócios, de Marco Be-chara, doutorando em Gestão do Esporte, com especialização em Negociações Internacionais pela Câmara Internacional de Comércio/OEA e em Gerenciamento de Projetos do Terceiro Se-tor pelo Project Management Institute.

Comunicação interna e Comunicação externa. Dois artigos de Paulo Clemen, jornalista com MBA em Marketing pela Coppead/UFRJ e pós-graduado pela ESPM/RJ.

Pesquisa de comportamento do consumidor e Por quanto vender, de Roberto Meireles, enge-nheiro naval, mestre em Educação e pós-gra-duado em Administração, professor em diver-sos programas de pós-graduação da PUC-Rio e da FGV.

Monitoramento da concorrência, artigo de Be-nedito Cantanhede, graduado em Publicidade com pós-graduação em Marketing, professor de Marketing e Comunicação Social do Centro Universitário da Cidade e da FGV.

Estratégia de vendas e Relacionamento com o mercado de Ricardo Mathias, professor e consultor em Estruturação e Desenvolvimento Organizacional, certificado pelo Balanced Sco-recard Collaborative, com MBA em Marketing pela ESPM/RJ e mestrando em Sistema de Gestão pela UFF.

Estrutura da força de vendas e Atendimento ao cliente, de Saulo Chagas, professor de Mar-keting, formado em Administração, com MBA em Gestão pela Qualidade Total, pós-gradua-ção em Marketing Empresarial e mestrado em Sistemas de Gestão.

Branding: relações de valor entre as marcas e as pessoas, por Andrea Maggessi, designer com pós-graduação em Ergonomia e Marke-ting, consultora em Comunicação e Marketing de empresas de varejo e prestação de serviços.

Inteligência competitiva, de autoria de Luiz Rogério Santos, publicitário, coordenador do Núcleo de Inteligência Competitiva do Senac São Paulo, pós-graduado em Gestão do Conhe-cimento, Tecnologia e Inovação pela Fundação Instituto em Administração de São Paulo e com MBA em Marketing de Serviços pela ESPM/SP.

As principais teorias de uma boa gestão merca-dológica, analisadas por professores e consulto-res que, a partir de cases de sucesso, mostram a aplicação dos conceitos e ferramentas básicas do Marketing e da Comunicação em situações coti-dianas de grandes empresas.

Abordando temas como inteligência competitiva, estratégia e força de venda, relacionamento com mercado, os artigos discutem ainda o papel da comunicação interna e externa nas empresas mo-dernas, mostram como o atendimento tornou-se o principal diferencial para os clientes e explicam como a propaganda deu lugar ao branding.

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A prática leva à perfeição[ ]

Atendimento ao Sistema Senac Atendimento ao público

Tel.: (21) 2136 5587Fax: (21) 2136 5669

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Editora Senac RioTel.: (21) 2536 3900Fax: (21) 2536 3933

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Editora Senac São PauloTel.: (11) 2187 4450Fax: (11) 2187 [email protected]

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Muito a mostrarA divulgação da excelência do trabalho realizado na Estância Ecológica SESC Pantanal há muito ultrapassou as fronteiras brasileiras. Situado entre os mu-nicípios mato-grossenses de Poconé e Barão de Melgaço, este verdadeiro paraí-so ecológico é uma bem-sucedida iniciativa do Sistema Comércio, que alia edu-cação, preservação da natureza, pesquisa científica e ecoturismo.A reportagem de capa desta edição da CNC Notícias mostra a visita ao SESC Pantanal do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia e da Delegação do Corpo Diplomático da União Europeia no Brasil para a sua reunião anual, re-alizada no dia 19. Recebidos pelo presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, pelo diretor do Departamento Nacional do SESC, Maron Emile Abi-Abib, e pelo presidente do Sistema Fecomércio-SESC-Senac/MT, Pedro Nadaf, os parlamen-tares e diplomatas puderam conhecer de perto esta experiência nacional de de-senvolvimento sustentável. Uma área em que temos muito a mostrar.Turismo e educação são duas palavras que estão no DNA do Sistema CNC-SESC-SENAC. E foi com satisfação que a Confederação recebeu a deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO) em sua sede de Brasília, no mesmo dia em que a parlamentar tomava posse na presidência da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. Após reunir-se com o vice-presidente Luiz Gil Siuffo Pereira, Raquel Teixeira teve na CNC o seu primeiro encontro com o trade turístico. Em entrevista à CNC Notícias, a deputada falou sobre os planos à frente da Comissão, as parcerias com o setor e os projetos prioritários para o desenvolvimento do turismo.Na área educacional, a Escola SESC de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, dá mais um passo na consolidação de seu projeto pedagógico, ao firmar um acordo de intercâmbio com duas escolas americanas, que permitirá aos alunos ampliar seus horizontes culturais e complementar a formação curricular. Os primeiros seis estudantes, acompanhados por dois professores, estão embarcando para a Rivestone School, no Oeste americano, cheios de expectativas e curiosidade.Esta edição traz também, entre outras reportagens, a participação da CNC no 8º Fórum Panrotas e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que a Con-federação ajuizou no Supremo Tribunal Federal contra o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Além de questionar esse polêmico dispositivo criado pelo governo, a ADI é a primeira ação ajuizada pela CNC pelo meio virtual, proposta por petição eletrônica, com uso do processo de certificação digital. Sinal dos tempos.

Boa leitura!

1CNC NotíciasAbril 2010 n°122 1

EDITORIAL

Presidente: Antonio Oliveira Santos.

Vice-Presidentes: 1° – Abram Abe Szajman, 2° – Renato Rossi, 3° – Orlando Santos Diniz; Adelmir Araujo Santana, Carlos Fernando Amaral, José Arteiro da Silva, José Evaristo dos Santos, José Marconi M. de Souza, José Roberto Tadros, Josias Silva de Alburquerque, Lelio Vieira Carneiro.

Vice-Presidente Administrativo: Antonio Airton Oliveira Dias

Vice-Presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira.

Diretores: Antônio Osório; Bruno Breithaup; Canuto Medeiros de Castro; Carlos Marx Tonini; Darci Piana; Euclides Carli; Francisco Teixeira Linhares; Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante; Jerfferson Simões; Joseli Angelo Agnolin; Ladislao Pedroso Monte; Laércio José de Oliveira; Leandro Domingos Teixeira Pinto; Luiz Gastão Bittencourt da Silva; Marcantoni Gadelha de Souza; Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues; Norton Luiz Lenhart; Pedro Coelho Neto; Pedro Jamil Nadaf e Walker Martins Carvalho.

Conselho Fiscal: Hiram dos Reis Corrêa, Arnaldo Soter Braga Cardoso; Antonio Vicente da Silva.

CNC NOTÍCIASRevista mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Ano X, nª 122, 2010

Gabinete da Presidência: Lenoura Schmidt

Assessoria de Comunicação (Ascom):[email protected]

Edição:Cristina Calmon (editora),

Luciana Rivoli Dantas (subeditora – Mtb 21622), Redação:

Andréa Blois, Celso Chagas, Geraldo Roque e Joanna Marini Estagiária:

Ana Luisa Alves e Fernanda FalcãoDesign:

Carolina BragaRevisão:

Penha DutraImpressão:Gráfica MCE

Colaboradores da CNC Notícias de abril 2010: Fabiano Gonçalves (Senac DN), Lilian Barbosa (Deplan/CNC), Mario Saladini e Marcella Marins (SESC DN), Karla Santin (Senac-PR), Silvia Bocchese de Lima (SESC-PR), Walter Xavier (Fecomércio-PR), Valéria Lima Rocha e Liliana Pinelli (Fecomércio-RJ), Marianne Lorena Hanson, Bruno Fernandes e Fábio Bentes (DE/CNC), Leonardo Fonseca (Astur/CNC), Marcelo Barreto (DJ/CNC), Rosângela Logatto (Escola SESC), Lourdinha Bezerra (Fecomércio-PA)

Créditos fotográficos: Haroldo Paulo Jr. (capa); Carolina Braga (capa, páginas 22, 26, 39, 49, 55 e 56); Sabrina Martins – Fe-com/MT (capa e páginas 25, 27, 28, 29, 30, 31 e 32); Cristina Bocayuva (páginas 7, 20 e 39); Carlos Terra (páginas 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 24, 40 e 46); Domingos Peixoto / Agência O Globo (página 11); Cezar Duarte (página 21); Joanna Marini (páginas 29 e 30); Divulgação Panrotas (páginas 33, 34, 35, 36, 37 e 38); Eraldo Alves da Cruz (página 35); Thiago Cristino (página 41, 42 e 45); Luiz Xavier – SEFOT/Secom (página 44); Nelson Jr. – SCO/STF (página 47); Divulgação Senac-PR (pági-na 50); Divulgação SESC-RS(página 51); Banco de Imagens – Stock.xchng (páginas 52 e 53); Glória Soares – arquivo pessoal (página 53); Divulgação Fecomércio-PA (página 54); Júlio Fernandes (página 55); Luca Babini (3ª capa)

Ilustrações:Carolina Braga (páginas 8 e 23)Marcelo Vital (paginas 16, 17, 18 e 19)

Projeto Gráfico:Carolina Braga, Marcelo Almeida e Marcelo Vital

A CNC Notícias adota a nova ortografia.

CNC - BrasíliaSBN Quadra 1 Bl. B - n° 14 CEP.: 70041-902PABX: (61) 3329-9500/3329-9501

CNC - Rio de JaneiroAv. General Justo, 307 CEP.: 20021-130PABX: (21) 3804-9200

Visita ao Sesc PantanalEmbaixadores da União Europeia conhecem a Estância Ecológica Sesc Pantanal, no Mato Grosso.

Capa

16Consumo se mantém e inadimplência fica estável em marçoBons ventos ainda alcançam o comércio neste início de ano, a julgar pelos resultados das pesquisas de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumdor (PEIC), da CNC

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4 FIQUE POR DENTRO5 BOA DICA6 OPINIÃO8 REUNIÃO DE DIRETORIA - Economia em alta nos próximos anos - Emenda Ibsen: prejuízo para todo o país - O reconhecimento ao bom trabalho

16 PESQUISA NACIONAL CNC - Consumo se mantém e inadimplência é estável - Intenção de compras das famílias ainda é positiva - Dividas aumentam e inadimplência se mantém

20 PRODUTOS CNC - V Encontro de Multiplicadores do SEGS

21 SUSTENTABILIDADE - Por uma nova consciência

S U M Á R I O

33 CNC tem participação de destaque no Fórum PanrotasSeja pela participação de seus representantes, pelo apoio institucional ou pelo conteúdo produzido pelo Conselho de Turismo e apresentado no evento, a CNC cumpriu seu papel na 8º edição do encontro: representar legitimamente o setor de turismo.

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CNC ajuíza Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF para questionar lei que modificou regras do Seguro contra Acidente do Trabalho (SAT), introduzindo o Fator Acidentário de Prevenção

(FAP). O ministro Dias Toffoli (foto) será o relator da ação.

Intercâmbio leva alunos da Escola SESC de Ensino Médio aos Estados Unidos, onde conhecerão o projeto pedagógico da Riverstone International School, no Oeste do país

Fator Acidentário em análise no Supremo

Escola SESC nos EUA

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22 BENS - CBFarma comemora efeitos positivos das ações conjuntas

23 SERVIÇOS - Redução da jornada em ano eleitoral prejudica a economia - CBCSI debate atuação junto ao Ministério das Cidades

25 CAPA - A beleza do SESC Panatanal sob olhares europeus

33 TURISMO - CNC: participação destacada no 8º Fórum Panrotas - O desenvolvimento do turismo brasileiro em debate - Mídias sociais, nos dias de hoje, são ferramentas de trabalho - Exemplo de sucesso para um setor promissor - CTur debate os gargalos da infraestrutura aeroportuária - CET elabora plano estratégico - Lançamento dos Anais do XI CBRATUR / 2009

43 ENTREVISTA - Deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO)

45 INSTITUCIONAL - CONAE 2010 avança em propostas para educação - Ações educacionais para um novo Brasil - CNC ajuíza ação contra Fator Acidentário no STF

48 ARTIGO -Ainflaçãodejaneiro/fevereiro

50 SISTEMA COMÉRCIO - Centro de Educação do Senac em Campo Mourão - Inaugurada unidade operacional SESC Tramandaí - Intercâmbio leva alunos da Escola SESC aos Estados Unidos - Estado do Pará sediou XIV Fórum da Amazônia Legal

55 ACONTECEU

Fusão Insinuante e Ricardo Eletro

Havaianas na moda

Nova garrafa da Coca-Cola

A Insinuante, líder do varejo no Nordeste, confirmou a fusão com a mineira Ricardo Eletro, criando a segunda maior rede de eletrodomés-ticos e móveis do País, no lugar do Magazine Luiza. O novo grupo, com 528 lojas e R$ 5 bilhões em fatura-mento, ainda fica distante do líder Pão de Açúcar - Casas Bahia, mas a meta anunciada é dobrar de tamanho em até quatro anos por meio de novas associações e compras.

“Os preços ficarão mais agressivos porque a fusão trouxe menos custos e maior escala. É bom lembrar que, hoje, as fábricas também vendem direta-mente para o consumidor. Essa guerra vai ficar boa”, disse Cláudio Gold-berg, professor de varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), em reportagem do Globo.

Para Goldberg, a concentração do setor tende a prosseguir. “Ricardo Ele-tro tem agressividade comercial; Insi-nuante, ordem na gestão”, compara a coluna Negócios & cia, do Globo.

Lançadas em 1962 no mercado, as famosas sandálias Havaianas vêm conquistando, desde então, consu-midores de diversas classes sociais. Com seu primeiro modelo, o tradi-cional solado interno branco de ti-ras azuis a marca ganhou espaço e permanência no Brasil e, mais tarde, no exterior.

A partir dos anos 90, a Havaianas largou o ciclo vicioso, que dava im-portância ao alto volume e baixo cus-to, e resolveu se reinventar. A partir daí não parou mais e por isso, até hoje, mantém a marca sólida e vigorosa.

Depois de ter se tornado moda no mundo todo, a Havaianas pensa em lançar uma nova empreitada: consoli-dar a marca como grife internacional com o lançamento de uma linha de tênis e sapatos fechados. A lista de produtos ainda vai além e inclui to-alhas de algo-dão, bolsas de lona e meias.

A Coca-Cola lançou uma garrafa de plástico produzida com 30% de ma-téria prima proveniente do etanol da cana de açúcar em substituição à resina derivada do petróleo. A expectativa é que elas reduzam o uso de mais de 5

mil barris de petróleo. Sua produção emite 25% menos de CO2 em comparação à usada no

processo atual, porém tem um custo maior, segundo o vice-presidente de técnica e logística, Rino Abbondi. Ele não revela o percentual. “Temos o compromisso de não repassar isso ao consumidor”, afirma Abbondi.

As embalagens que foram batizadas de PlantBottle virão com um sím-bolo diferenciado e são 100% recicláveis.

Por enquanto não haverá divulgação nacional, para que os consumi-dores das regiões que ainda não terão a garrafa não fiquem frustrados. “Quando tivermos uma produção nacional, aí sim entraremos com as campanhas institucionais e de venda em todo o País” explicou Luciana Feres, diretora de marketing da Coca-Cola. As de 500 ml e 600 ml che-garão em abril às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

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FIQUE POR DENTRO

Na terceira atualização de O Mundo É Plano o autor, Thomas L. Friedman, inclui novas histórias e reflexões sobre o mundo plano. Respondendo a perguntas feitas com muita freqüência por leitores, a nova edição também traz dois capítulos inéditos – sobre como ser um ativista político e um empresário social em um mundo sem frontei-ras; e sobre a problemática questão de como manter a reputação e a privacidade em um mundo onde todos podem divulgar informações e ideias na internet.

No livro, lançado pela editora Objetiva, Friedman traz novos relatos e comentários, baseados em suas viagens ao redor do mundo e ao interior dos Estados Unidos, mostrando como e por-que a globalização tem acelerado as nossas vidas e desmistifica

o novo mundo plano. Com uma inigualável habilidade para traduzir complexos problemas de economia e

política externa, o autor explica como se deu o “achatamento” do mundo no início do século XXI e seus impactos na sociedade.

Há um movimento mundial pela reestruturação dos me-canismos econômicos e financeiros que sustentam as so-ciedades. Uma nova economia desponta em busca de qua-lidade de vida em um mundo onde, hoje, o consumo já é entendido como exercício de cidadania. Pensando em bus-car a compreensão das mudanças pelas quais passa a socie-dade contemporânea, a Editora Senac Nacional publicou o livro Consumo consciente, comércio justo – Conhecimento e cidadania como fatores econômicos, de autoria do jornalista Elias Fajardo.

Atualmente, o principal terreno da atividade social deixou de ser a produção e passou a ser o consumo, desta forma surgem as novas tendências do mercado que apontam as mudanças de paradigmas. A obra, além de apresentar experiências bem-sucedidas do Brasil e do mundo, traz entrevistas com especialistas de diferentes áreas para tratar do assunto que permeia todos os segmentos da economia.

O Mundo é Plano

Por um consumo mais consciente

Atento ao crescente interesse de um público mais am-plo em seus conceitos e sua visão do futuro, o escritor Domenico da Masi, elabora em O Ócio Criativo os temas da sociedade pós-industrial, do desenvolvimento sem em-prego, da globalização, da criatividade e do tempo livre.

O livro, lançado pelo editora Sextante, tem como pano de fundo uma profunda insatisfação com o modelo social elaborado pelo Ocidente. O autor constrói nesse livro a idéia de que as pessoas devem trabalhar, aprender e ter prazer, simultaneamente, ou seja, diz que o trabalho é um meio importante para atingir nossos objetivos, mas é que é preciso ter prazer.

O Ócio Criativo

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BOA DICA

Ao longo do Governo do presi-dente Lula, o Ministério da Fa-zenda revelou-se incapaz de

conceber um projeto de reforma tributá-ria que atendesse aos anseios da coleti-vidade – redução da carga tributária, eli-minação da burocracia fiscal, tributação que proporcione efetiva competitivida-de aos produtos brasileiros, respeito aos direitos dos contribuintes – e que conju-gasse os interesses da União com os dos Estados e Municípios.

O Ministério da Fazenda nunca dis-pensa simpatia aos pleitos dos contribuin-tes, pessoas físicas ou jurídicas, como, por exemplo: a justa correção da tabela do IR das pessoas físicas; a solução para a questão do exagerado acúmulo dos cré-ditos dos contribuintes contra o Fisco; a simplificação na cobrança do IR e do ITR; a rapidez no exame dos recursos dos con-tribuintes; a organização dos Conselhos de Contribuintes etc.

Agora, no limiar da campanha eleito-ral deste ano, o Ministério da Fazenda, com inacreditável insensibilidade e agres-são à imagem democrática do presidente Lula, reaparece no cenário nacional, para

tentar aprovar, no Congresso Nacional, um pacotão de projetos de lei, que, sob o pretexto de aperfeiçoar a cobrança dos débitos fiscais, assustadoramente acumu-lados pela incompetência de seus órgãos em cerca de 1,5 trilhão de reais (cifra equivalente ao déficit das contas públicas federais), pretende adotar um largo elen-co de medidas próprias para as piores di-taduras, além de aberrantemente incons-titucionais. Trata-se, na verdade, de um pacotão que pode ser qualificado como “nazifiscal”, se bem que nem ao monstro Hitler ocorreram tais violências.

Numa audácia que nem o Governo militar e o Estado Novo adotaram, não obstante os poderes de que dispunham, o pacotão quer instituir a chamada penhora administrativa, ou seja, substituir o exa-me prévio do débito fiscal por parte de um juiz, num processo de execução fis-cal, pelo arbítrio ilimitado de um funcio-nário fazendário. Essa medida permitiria ao Fisco “inventar” um débito tributário, para, em seguida, penhorar os bens do contribuinte. Tal competência arbitrária pode dar origem, é claro, a “chicanas” e chantagens. Aliás, os próprios servidores

Terrorismo fiscal

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OPINIÃO

Antonio Oliveira SantosPresidente da Confederação Nacional do

Comércio de Bens, Serviços e Turismo

fazendários deveriam reagir a esse avilta-mento da classe.

A criação do Sistema Nacional de In-formações Patrimoniais dos Contribuin-tes, SNIPC, ou seja, informações sobre todos os contribuintes, devedores ou não, constitui um audacioso desrespeito à ga-rantia constitucional à inviolabilidade da intimidade e da vida privada e do sigilo de dados. O levantamento patrimonial dos contribuintes só se justifica se, na execução fiscal perante o juiz, o devedor não pagar o seu débito, nem indicar bens à penhora. A finalidade da garantia cons-titucional é precisamente a de evitar que o Estado e o Governo controlem os cida-dãos e suas atividades e patrimônios.

Por sua vez, a transação tributária, me-diante reuniões fechadas, nas salas do Mi-nistério da Fazenda, entre procuradores e contribuintes, para negociação direta so-bre redução e parcelamento dos débitos, será um acentuado estímulo à corrupção, ativa ou passiva.

Além disso, é simplesmente extrava-gante o dispositivo que atribui respon-sabilidade, pelo débito fiscal da pessoa jurídica, à pessoa física que omitir ou re-

tardar a prestação de informações sobre o paradeiro e o patrimônio do empresário devedor.

Por fim, supera o ridículo o dever - atribuído aos dirigentes, gerentes e ou-tros funcionários das empresas privadas -, de atuar “diligentemente para o cum-primento das obrigações tributárias das entidades” a que pertençam, bem assim o dever de diligência para “fazer todo o necessário para o cumprimento das obri-gações tributárias, inclusive privilegiar o pagamento dos tributos em detrimento de outras despesas ou débitos”, tais como salários dos empregados, fornecedores, tarifas de energia, seguros etc.” É inacei-tável que os administradores e gestores sejam responsáveis pelos débitos fiscais da empresa, caso, na ótica do Fisco, des-cumpram esses “deveres”.

O presidente Lula, por suas convic-ções democráticas, não pode ser identi-ficado com tais projetos nazifiscais. O bom-senso aconselha ao Governo que so-licite a devolução e retire do Congresso o pacotaço dos projetos de lei em questão, que certamente escaparam a um melhor controle jurídico e político.

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OPINIÃO

Na última reunião da diretoria da CNC, realizada em Brasília, no dia 17 de março, o chefe da Divi-

são Econômica da entidade, Carlos Tha-deu de Freitas Gomes, foi convidado a fa-zer uma palestra sobre as suas expectativas em relação ao crescimento do Produto In-terno Bruno brasileiro em 2011, com base em uma análise da conjuntura econômica atual. No mesmo dia, o Comitê de Políti-ca Monetária do Banco Central (Copom), realizava também em Brasília a sua reu-nião mensal, que manteria a taxa básica de juros da economia em 8,75%. O tema, invariavelmente, foi o primeiro a ser abor-dado pelo economista - afinal, segundo ele, trata-se de uma decisão que afeta mais os brasileiros do que poderia aparentar.

“Estamos sempre diante de opções que influenciam a cadeia produtiva: comprar hoje ou amanhã, poupar ou não, investir mais, fazer estoque, etc. Inevitavelmen-te, nossas taxas de juros, que já são altas, ficarão ainda mais altas, e a Selic prova-velmente subirá nesta ou na próxima reu-nião do Copom. No crédito, por exemplo, os juros vêm subindo há algum tempo, e, em consequência, os consumidores já sinalizam desaceleração na intenção de compras; ninguém quer pagar juros mais altos”, afirmou Thadeu.

O aumento de juros, na visão do eco-nomista, não travará o crescimento da economia porque, para 2010, o cresci-mento econômico já está contratado e é razoável - algo em torno de 5% ou 6%. Afinal, estamos embalados pela massa real de salários. Além disto, por conta da isenção fiscal agora em janeiro, os dados do comércio estão muito bons, apesar dos estímulos serem temporários. Em 2009, o consumo das famílias cresceu 4,1%, ou seja, mais do que o PIB. “Nunca o con-sumo das famílias cresceu durante um período de crise, mas, desta vez, acon-teceu. O momento era favorável para isto: como não possuía mercado lá fora, o País deixou de exportar, mas conti-nuou a consumir”, disse Thadeu. Mas,

para o próximo ano, embora ninguém saiba afirmar se os dados continuarão tão

bons, sobretudo no comércio, acredita-se que a economia crescerá a níveis menores do que os atuais.

Economia em alta nos próximos anos

Mercado consumidor interno sustentará o crescimento da economia brasileira em 2010, compensando a queda nos

índices de exportação, mas o calcanhar de aquiles ainda é o mesmo: os gastos públicos, que precisam ser controlados

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REUNIÃO DE DIRETORIA

Taxa Selic Meta x Taxa de juros Crédito Pessoa Física

Taxa de juros média mensal das operações de crédito - Total pessoa física - % a.a.

Taxa Selic Meta

Fonte: DE/CNC

Para o economista-chefe da CNC, o único ponto com o qual o Brasil deve fi-car realmente preocupado é o déficit em conta corrente na balança de pagamentos, que está crescendo, embora seja financia-do pelos investimentos diretos e, portanto, não seja um perigo imediato. “O Brasil não é mais aquela empresa que se endivi-dou quando fez uma operação de captação de dólar e quebrou quando a moeda subiu, como no passado. Hoje, 70% do nosso pas-sivo líquido externo não são mais dívidas,

empréstimos, mas investimentos diretos. Então, se houver uma crise de confiança e o dólar voltar a subir, quem perderá serão os investidores, que entraram no País com um dólar a R$ 1,7 e sairão com a moeda a R$ 2,5”, afirmou, acrescentan-do que a médio e longo prazos a manu-tenção dos gastos públicos sob controle é fundamental. Afinal, gastos exagerados pressionam as contas externas que, por sua vez, pressionam a solvência externa de um país.

Carlos Thadeu de Freitas: “Os juros ficarão mais altos em 2011”

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REUNIÃO DE DIRETORIA

ECOS DA DIRETORIA

O exemplo dos Estados UnidosA palestra de Carlos Thadeu de Freitas para os empresários do comércio

gerou a manifestação de diversos diretores do Sistema CNC-SESC-SENAC. O presidente da entidade, Antonio Oliveira Santos, abordou o futuro da política econômica norte-americana, que levou o país, em fevereiro, a um déficit de US$ 630 bilhões, totalizando US$ 3 trilhões em dívidas - dos quais US$ 2 trilhões são devidos à China. “Como eles possuem um PIB de US$ 14 trilhões, a conta, por en-quanto, fecha. Mas, se continuar nesta ve-locidade, emitindo dólares desta maneira, chegaremos a um ponto - talvez em apro-ximadamente 10 anos - em que a moeda dos Estados Unidos não terá mais valor”, afirmou, acrescentando que eles detêm um terço da economia mundial. Para Oliveira Santos, o brasileiro deve ter cautela e usar o país como exemplo de como não agir. “Eles estão em uma corrida descendente em sua liquidez internacional”, disse.

Brasil em vantagem sobre outros paísesO vice-presidente Financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo Pereira,

acredita que o Brasil está em uma posição muito cômoda e bastan-te tranquila frente ao cenário internacional. O empresário fez uma comparação entre as situações brasileira e portuguesa, em que a cri-se levou a uma proposta, do governo, de congelamento de salários.

“Portugal gasta o equivalente a 12% do PIB com pagamen-to da folha de pessoal e o governo, numa medida para conter a crise econômica, propôs diminuir

este montante a 10% O Brasil gasta 5%”. Siu-ffo também comparou o déficit em conta cor-rente, que em Portugal é de 8,8%; na Ingla-

terra, de 12%; na Espanha, de 15%.

CNC NotíciasAbril 2010 n°1221010

No dia 17 de março passado, Feco-mércio-RJ e Firjan publicaram na mídia fluminense uma manifesta-

ção conjunta e inédita na defesa dos inte-resses do estado do Rio Janeiro. Em ques-tão, o destino dos royalties do petróleo, que podem ser alterados caso a Emenda Ibsen - que redistribui em partes iguais, aos Esta-dos, os recursos dos royalties arrecadados com a produção de petróleo - seja imple-mentada. Pela primeira vez, comércio e indústria reuniram-se, por meio de suas entidades representativas, em busca do que consideram plenos direitos para o estado do Rio de Janeiro. O assunto foi aborda-do durante a última reunião da Diretoria da CNC pelo presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, Or-lando Diniz. “As consequências negativas desta medida para o estado, a população e o empresariado fluminense justificam e

explicam a posição firme, clara e objetiva do

Sistema Feco-mércio-RJ”, afirmou.

Para Orlando Diniz, a questão que ini-cialmente aparenta ser de interesse apenas do Rio de Janeiro, “trata-se de um assunto preocupante para todo o País, pois o que está em risco é o estado democrático de direito”, afirma o empresário, traçando pa-ralelo com outra questão recente e igual-mente afrontadora: o piso regional. Em 2009, a Assembleia Legislativa editou uma lei (n° 5.627) estabelecendo que, entre o piso negociado em convenção coletiva e a lei estadual, valeria o que tivesse o maior valor. A medida – que foi inclusive objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pela CNC a favor das federações do Rio de Janeiro e de Santa Catarina - “afeta duramente o espírito do sindica-lismo”, na opinião do presidente da Fe-comércio-RJ, que se questiona: “Por que fazer uma negociação salarial se, mais à frente, uma lei estabelecerá um valor para o reajuste dos salários?”.

Emenda Ibsen: prejuízo para todo o País

Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio-RJ, reclama de medidas como a Emenda Ibsen, de redistribuição dos royalties do petróleo, e a lei n° 5.627, que estabeleceu o piso regional do Estado

Abaixo, passeata contra o projeto que retira do Rio os royalties do petróleo. Ao lado, Orlando Diniz: parceria entre comércio e indústria contra a Emenda Ibsen

11CNC NotíciasAbril 2010 n°122 11

REUNIÃO DE DIRETORIA

ECOS DA DIRETORIA

Espírito Santo defende posição do Rio de JaneiroO presidente da Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo, José

Lino Sepulcri, defendeu a posição do Rio de Janeiro. Para ele, a preocupação maior não deve ser apenas a distribuição dos resultados: “se são positivos, é muito bom fazer a distribuição. E quando são negativos em impactos sociais, investimentos e diver-sos outros fatores?”, questiona. O empresário concorda com a opinião de Orlando Diniz, e afirma que um ano elei-toral não é, certamente, a melhor época para levar à vota-ção um projeto como este.

Sepulcri levanta ainda a questão dos contratos já exis-tentes. “Deveriam ser respeitados”, diz, acrescentando que retirar recursos que já estavam comprometidos nos orça-mentos estaduais é “bastante desconfortável”.

Oliveira Santos pede cautela na discussão dos royaltiesA Emenda Ibsen, de redistribuição dos royalties do petróleo, motivou a

debate na Diretoria da CNC. Para o presidente Antonio Oliveira Santos, a Confederação precisa tratar do assunto com cautela. “Entendo a posição do Rio de Janeiro, mas não podemos deixar de defender a união nacional. Nós aqui somos uma Confederação dos 27 Estados do Brasil. Por que o Amazonas não tem direito ao petróleo tirado na costa brasileira, no oceano brasileiro? São 200 milhas, por 8 mil km de extensão. Aquilo é patrimônio do País”. Para Gil Siuffo, “retirar do Rio de Janeiro, aquilo que já estava estabelecido no contrato, é ferir regras, o que faz o País perder a credibilidade”. E alertou para que não se confunda o problema da distribuição dos royalties com o modelo a ser adotado, que é de inte-resse do País e no qual a descoberta do pré-sal pertence à União, ao Te-souro Nacional. Já o presidente da Fecomercio de Mato Grosso, Jamil Nadaf, posicionou-se contrário à luta do Rio de Janeiro contra a Emenda. Para o empresário, é preciso levar em conta a territorialidade nacional nesta questão.

CNC NotíciasAbril 2010 n°1221212

Grandes decisões devem beneficiar o BrasilPara o presidente da Federação do Comércio do Estado do Pará,

Carlos Marx Tonini, a divisão dos royalties do petróleo deveria ser en-tendida de uma maneira ampla. “A Amazônia possui 22 milhões de habitantes, que são obrigados a preservar uma floresta sem qualquer centavo de contrapartida. E, no entanto, o Brasil inteiro aufere outros lucros sobre isto, como, por exemplo, a imagem do País no exterior, que leva a bons contratos”, enfatiza.

O empresário dá como exemplo o seu Estado, para ilustrar o caso do Rio de Janeiro e os royalties. “O Pará, sétimo maior exportador do Brasil, tem a maior produção mundial de mi-

nério de ferro. Mas, em função da Lei Kandir, nem um úni-co centavo dessa transação fica no Estado, e, no entan-to, é exatamente a exportação deste volume de minério

que dá equilíbrio à balança comercial brasileira, que beneficia todos os cidadãos. Ou seja, as discussões

não podem ser estaduais, somente, mas, sim, devem girar em torno do Brasil como

um todo”, afirmou.

ECOS DA DIRETORIA

13CNC NotíciasAbril 2010 n°122 13

Um fato inusitado comoveu os presi-dentes das federações filiadas à CNC durante a última reunião da

Diretoria da entidade, no último dia 17 de março. Consultor da Presidência da CNC, o ex-ministro Bernardo Cabral le-vou ao conhecimento dos presentes uma

carta recebida pelo presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, que tinha como remetente Geraldo Pereira Neto, aluno do último ano da Escola Sesc de Ensino Médio, a escola-residência administrada pelo Departamento Nacional do Sesc no Rio de Janeiro. (Leia mais na página 52).

O reconhecimento ao bom trabalho

Bernardo Cabral lê, na reunião de Diretoria da CNC,

a carta enviada por aluno da Escola SESC a Antonio

Oliveira Santos

Rio de Janeiro, 10 de março de 2010

Excelentíssimo Dr. Antonio Oliveira Santos,

Meu nome é Geraldo Pereira Neto, aluno da primeira turma e atual terceiro ano da Escola SESC de Ensino Médio. Escrevo esta carta com o propósito maior de agradecimento, um em especial. Ontem recebi um aviso pelo qual há muitos anos esperava ansiosamente: a noticia de que em breve embarcaria rumo ao outro lado do planeta, no programa de intercâmbio da escola. Foi uma felicidade indescritível, no entanto, a conquista deste grande sonho não foi obtida com facilidade, e o primeiro passo deu-se há cerca de três anos.

Em uma manhã tranquila de 2007, na minha escola pública, na cidade de Araxá, interior de Minas Gerais, tomei conhecimento de um projeto espetacular, que existia apenas no plano dis-tante dos meus sonhos, mas que, naquele momento, se mostrava sólido e muito próximo. Aquele inédito modelo de educação no nosso pais tomava forma no Rio de Janeiro, e minha mente já determinava minha nova meta de vida, e fui em frente sem medo.

Logo se passaram dois anos e a Escola SESC tornou-se uma segunda casa, uma segunda fa-mília para mim. A ambição tão corajosa, a mente aberta, a sensibilidade em relação ao futuro nes-ta época de incertezas, que efetivamente fundamentaram o projeto, vieram de um homem muito especial. Graças ao senhor, hoje, em 2010, podemos nos orgulhar muito do que já se realizou em tão pouco tempo. Agora teremos a oportunidade ímpar de mostrar aos modelos das escolas que inspiraram a nossa o trabalho único e diferenciado que erguemos aqui no Brasil, sem paralelo no mundo, em especial pela reunião da incrível diversidade inerente à nossa nação.

A instituição SESC nasceu há mais de sessenta anos e se firma a cada dia entre as mais sólidas do País, beneficiando não só milhões de. comerciários, mas toda a sociedade brasileira. A análise do grande investimento que. foi e que é realizado na Escola SESC requer almas visionárias que têm o discernimento da suma importância do pioneirismo deste trabalho. Ele representa um mar-co histórico para a educação brasileira, e, em poucos anos, estaremos ingressando no mundo do trabalho, certos de que os valores de cidadania, ética, comunidade e liderança servidora que nos foram ensinados construirão o futuro do Brasil. Eu, em nome dos alunos selecionados para o in-tercâmbio, e toda a comunidade escolar, agradeço imensamente, desejando-lhe muita sabedoria e paz na liderança do SESC e da CNC.

Atenciosamente,

Geraldo Pereira Neto

CNC NotíciasAbril 2010 n°1221414

REUNIÃO DE DIRETORIA

O presidente da Federação do Comércio do Estado do Ceará, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, foi eleito, com 18 dos 26 votos válidos, o novo 3º diretor secretário da CNC. A escolha foi rea-lizada no dia 17 de março, durante a reunião da Diretoria da entidade, em Brasília. A vaga ficara aberta desde que o presidente da Federação do Comércio do Estado de Roraima, Antonio Airton Oliveira Dias, fora escolhido para ocupar a Vice-Presidência Administrativa da en-tidade, após o falecimento de Flávio Sabbadini.

Gastão é empresário do setor de serviços de asseio, conservação, segurança e administração presidiária, e está à frente da Fecomércio-CE desde 2001.

Luiz Gastão assume

novo cargo na CNC

15CNC NotíciasAbril 2010 n°122 15

REUNIÃO DE DIRETORIA

Bons ventos ainda alcançam o setor de comércio neste início de ano, a julgar pelos resultados das pesqui-

sas de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), produzidas men-salmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade divulgou, em 17 de março, os resultados nacionais relativos ao mês que fecha o primeiro trimestre deste ano, no seu endereço em Brasília.

Em linhas gerais pode-se dizer que o momento ainda é de boas expectativas - se por um lado o consumidor ainda está endi-vidado, por outro não aumentou as contas em atraso, e ainda pensa em comprar, mes-mo de forma mais moderada.

A Divisão Econômica da CNC, res-ponsável pela coordenação e compi-lação dos números nacionais das duas sondagens, aumentou a estimativa de crescimento do comércio para 2010, dos 8,6% apurados em fevereiro para 9,6% em março. “Os indicadores têm mostrado um consumidor ainda oti-mista, mas também muito realista. É possível que haja uma diminuição do ímpeto para as compras, mas é impor-tante frisar que a tendência é favorável, e tem características de permanência”, afirmou Carlos Thadeu de Freitas, che-fe da Divisão Econômica da CNC e ex-diretor do Banco Central. Confira, a seguir, os resultados pormenorizados dos levantamentos.

Pesquisas CNC: consumo se mantém e inadimplência fica estável

CNC NotíciasAbril 2010 n°1221616

PESQUISA NACIONAL CNC

A satisfação das famílias com as con-dições de consumo continuou em um pa-tamar elevado em março, segundo a Pes-quisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF). Entretanto, em rela-ção ao mês anterior, houve recuo médio de 1,9%, com queda em quatro dos sete componentes da ICF.

“Os resultados da ICF de março foram impactados pela persistência da inflação ao consumidor em fevereiro, especial-mente no que se refere à satisfação das famílias em relação ao nível de renda atu-al”, destaca Fábio Bentes, economista da CNC. Ele acrescenta que o maior efeito, contudo, adveio da deterioração da per-cepção do momento atual como favorável à compra de duráveis. “Essa reação decor-reu do restabelecimento das alíquotas do IPI para a linha-branca”, complementou.

A análise tem fundamento: em rela-ção à pesquisa anterior, o subitem Mo-mento para Duráveis foi o que registrou maior queda em março (-6,8%), contri-buindo com mais da metade da queda da ICF. Vigentes desde abril de 2009, as alí-quotas reduzidas do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) sustentaram o maior otimismo dos consumidores nos primeiros meses de 2010, sobretudo no

que se refere ao consumo de geladeiras, aparelhos de ar condicionado e outros produtos do tipo.

Produtos cujos preços haviam re-gistrado deflação durante a vigência do imposto menor, como refrigerado-res (-6,6%) e máquinas de lavar roupa (-9,2%), voltaram a apresentar variações de preço acima da inflação (+1,61% e +1,58%, respectivamente, pelo IPCA de fevereiro). Desse modo, tanto as famí-lias ricas quanto as mais pobres acusa-ram percepções bastante semelhantes em relação ao consumo destes bens (-6,4% e -6,8%, respectivamente).

Mas, como avalia o chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, o quadro para as vendas pode se sustentar. A recuperação do mercado de trabalho, sobretudo sob a ótica do em-prego, levou mais da metade (53,4%) dos entrevistados a apostar no crescimento do consumo futuro no curto prazo. Ape-sar da queda em relação ao mês anterior (-1,2%), a avalição das famílias se man-tém acima da média da ICF (137,3 contra 133,3 pontos, respectivamente).

Intenção de compras das famílias ainda é positivaAlíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sustentaram o otimismo dos consumidores no início deste ano

17CNC NotíciasAbril 2010 n°122 17

PESQUISA NACIONAL CNC

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

Fonte: Pesquisa Direta CNC

Novamente, as famílias mais ricas apresentaram, em março, uma maior deterioração das expectativas de consu-mo futuro em relação ao mês anterior (-1,9%) do que as mais pobres (-1,1%). Contudo, todos os índices regionais acu-sam perspectivas positivas para os próxi-mos três meses.

Em março, a intenção de consumo das famílias brasileiras manteve-se em patamar elevado, especialmente quanto à renda corrente e compras a prazo. Em relação ao mês anterior destacaram-se a maior segurança em relação ao emprego (+0,4%) e a queda na percepção do mo-mento atual como favorável à compra de bens duráveis (-6,8%).

Compra a prazoApesar do elevado nível de satisfação

no total das famílias (142,9 pontos), as facilidades no acesso ao crédito recuaram em março, na comparação com o mês anterior (-2,2%), principalmente em função da percepção menos favorável das famílias mais ricas (queda de 3,1%). Assim como em fevereiro, este subi-tem voltou a registrar queda (2 pontos) no diferencial pontos entre as avalia- ções das famílias mais ricas (155,7 pontos) e mais pobres (140,8 pontos) nas áreas pesquisadas.

Emprego e perspectiva profissionalNa pesquisa de março, o item empre-

go atual atingiu 134,6 pontos, indicando satisfação dos entrevistados diante da em-pregabilidade corrente. Em relação ao mês anterior houve ligeira elevação (+0,4%), indicando consistência com o atual proces-so de recuperação do mercado de trabalho.

MacroeconomiaA expectativa de retomada no cresci-

mento econômico em 2010 ainda não con-taminou as perspectivas profissionais por parte das famílias brasileiras: a percepção de melhoria profissional futura voltou a registrar redução (-2,5%), mostrando-se, contudo, ainda elevada (131,4 pontos). Já a expectativa de que não haverá melho-ria nos próximos seis meses elevou-se de 27,1% para 29,1% dos entrevistados.

Renda atualEmbora o nível de satisfação quanto à

renda atual tenha se mantido estável em re-lação ao mês anterior, o corte segundo gru-pos de renda apresenta leituras divergentes quanto aos efeitos da persistência inflacio-nária neste início de ano sobre o orçamen-to doméstico. Para os mais ricos houve elevação no nível de satisfação (+2,4%), enquanto que para as famílias mais pobres houve queda de 0,4%.

Indicador fev/10 mar/10 Var%Emprego Atual 134,1 134,6 0,4%

Perspectiva Profissional 134,9 131,4 -2,5%Renda Atual 143,7 143,8 0,0%

Compra a Prazo 146,2 142,9 -2,2%Nível de Consumo Atual 101,9 102,2 0,3%Perspectiva de Consumo 139,0 137,3 -1,2%Momento para Duráveis 150,7 140,5 -6,8%

ICF 135,8 133,3 -1,9%

CNC NotíciasAbril 2010 n°1221818

PESQUISA NACIONAL CNC

O nível de endividamento do consumi-dor manteve a tendência de alta em março de 2010. No entanto, a manutenção das condições favoráveis de acesso ao crédito, do mercado de trabalho e renda impediu uma deterioração significativa da inadim-plência no terceiro mês do ano. Estas foram as principais conclusões da pesquisa Endi-vidamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), produzida pela CNC.

Marianne Lorena Hanson, da Divisão Econômica da Confederação, enfatiza que os dados da PEIC de março confirmam a expectativa de aumento de endividamen-to no início do ano. “As condições ainda muito favoráveis no mercado de crédito, principalmente em termos de prazo e taxa de juros, facilitam a tomada de recursos por parte do consumidor”, explica. O per-centual de famílias que possuem dívidas passou de 61,8% em março para 63% em janeiro. Esse aumento do endividamento foi acompanhado pelo percentual de famílias que se consideram muito endividadas, que passou de 13,4% em fevereiro para 14,5% em março. No entanto, a parcela média da renda comprometida com dívidas apresen-tou leve recuo no mês, passando de 27,8% para 27,4%.

Já o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso apresentou alta em março

após um recuo significativo em fevereiro. “Com o aumento significativo do custo de vida nos primeiros meses de 2010, como mostram os índices de preços ao consumi-dor, devido aos gastos extras com tarifas e reajuste de preços de serviços e alimentos, um maior número de consumidores atrasou o pagamento de contas ou dívidas. Portan-to, esse aumento da inadimplência no iní-cio do ano já era esperado, pois é um fa-tor sazonal”, afirma Marianne. Por outro lado, o percentual de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas ficou praticamente estável, passando de 8,6% em fevereiro para 8,7% em março. A especialista destaca que esse indica-dor pode ser considerado um antecedente da inadimplência e do crédito, porque reflete a capacidade de pagamento das famílias. As condições continuam muito favoráveis no mercado de trabalho, com aumento da massa de rendimentos, e não há uma tendência no curto prazo de alta da inadimplência. Segundo Marianne, os riscos para o aumento da inadimplên-cia deverão crescer a partir do segundo semestre de 2009, pois, confirmando-se a expectativa de aperto monetário, a alta de juros se refletirá em condições me-nos favoráveis no mercado e crédito no futuro próximo.

Dívidas aumentam e inadimplência se mantém

SÍNTESE DOS RESULTADOS

Fonte: Pesquisa Direta CNC

Taxa janeiro fevereiro marçoTotal de Endividados 61,2% 61,8% 63,0%

Dívidas ou Contas em Atrasos 29,1% 25,6% 27,3%Não Terão Condições de Pagar 10,2% 8,6% 8,7%

19CNC NotíciasAbril 2010 n°122 19

PESQUISA NACIONAL CNC

Projetos, treinamentos e ferramentas marcam o início de um novo ano para o programa da CNC

Em sua quinta edição, o Encon-tro de Multiplicadores do Sis-tema de Excelência em Ges-

tão Sindical (SEGS), que aconteceu no dia 16 de março, na sede da CNC, no Rio de Janeiro, deu início às ativi-dades do Ciclo 2010. Estiveram pre-sentes representantes de 32 federa-ções participantes do programa, agora permanente na CNC.

Na abertura, foi prestada uma ho-menagem a Flávio Sabbadini, ex-vice-presidente administrativo da CNC, que faleceu em 15 de janeiro deste ano. O consultor sindical da presidência, Re-nato Rodrigues, lembrou a trajetória de Sabbadini e afirmou estar muito satisfeito com sua aproximação do SEGS: “A pedido da Secretaria Geral da CNC, hoje estou diretamente envolvido com o programa, o que me deixa muito feliz e orgulhoso”.

Luciano Santana, assessor do De-partamento de Planejamento (Deplan), apresentou novas capacitações que fo-ram adicionadas aos critérios do Guia de Excelência. O destaque é o Treinamento

Inicial, que tem o objetivo de melhorar o entendimento dos participantes so-bre o sistema sindical e o uso do SEGS como ferramenta de gestão, e incentivar e orientar a implementação de sistemas de medição de indicadores.

Márcia Alves, também assessora do Deplan, disse que a meta é atender às sugestões dos multiplicadores, compila-das na teia de prioridades, construída no IV Encontro, em Brasília: “A Cartilha de Ferramentas da Qualidade, contendo práticas e exemplos de gestão, será lan-çada em maio”, informou.

O objetivo do ciclo 2010 é o tra-balho das entidades com o foco em resultados. Para tanto, os multiplicado-res consolidaram os indicadores prio-ritários e apresentaram alternativas para monitoramento desses resultados. A organização das agendas para 2010 marcou o encerramento do encontro. Os assessores Luciano Santana, Márcia Alves, Lilian Barbosa e Rodrigo Wepster se reuniram com os multiplicado-res das federações para programar as atividades do ciclo.

V Encontro de Multiplicadores do SEGS

Ao lado, multiplicadores reunidos no V Encontro de Multiplicadores do SEGS. Acima, Renato Rodrigues, consultor sindical da presidência da CNC

CNC NotíciasAbril 2010 n°1222020

PRODUTOS CNC

Foi realizado, no dia 24 de março, o evento de lançamento do Ecos - Pro-grama de Sustentabilidade SESC-

SENAC. Iniciativa conjunta dos depar-tamentos nacionais de SESC e Senac, o programa tem o objetivo de definir uma po-lítica ambiental compromissada e alinhada com as diretrizes das instituições, por meio da disseminação permanente do conheci-mento socioambiental entre seus emprega-dos, a fim de torná-los multiplicadores, esti-mulando a prática de consumo consciente e de desenvolvimento sustentável.

De acordo com o diretor-geral do SESC, Maron Emile Abi-Abib, o programa é mais um passo das instituições em sua preocu-pação com a preservação ambiental: “Nos-sa intenção é que o Ecos possa servir de modelo para os departamentos regionais e outras instituições”.

O programa está dividido em duas eta-pas. A primeira consiste na gestão dos resí-duos e ecoeficiência, com a criação de um sistema que permita o controle de todo o fluxo de resíduos da sede das instituições, da geração à destinação final, e o monito-ramento de todas as atividades relaciona-das às instalações, responsáveis por causar algum tipo de impacto ao meio ambiente ou risco à saúde dos funcionários.

A segunda etapa prevê a promoção de uma cultura de uso cuidadoso dos recur-

sos, a fim de repensar os hábitos de consu-mo e descarte, recusar produtos nocivos ao meio ambiente, reduzir o consumo e des-perdício, reutilizar materiais antes de des-cartar e reciclar. Cada ação executada será acompanhada e avaliada por indicadores que auxiliarão no diagnóstico dos resulta-dos obtidos.

Após a apresentação dos conceitos do Ecos, os funcionários de SESC e Senac assistiram à palestra do jornalista André Trigueiro, apresentador do programa Cida-des e Soluções, da Globo News, que falou sobre como organizações públicas e privadas podem implan-tar boas práticas para uma gestão ambientalmente res-ponsável. André elogiou a iniciativa das instituições e afirmou que o programa está “condenado a dar cer-to”. “Os conceitos que vi aqui são justos e precisos. Nasceram da von-tade de vocês de uma nova cons-ciência. Isso é uma questão de escolha, que não se muda por decreto ou medida provisó-ria”, afirmou.

Por uma nova consciência

O jornalista André Trigueiro e a equipe do SESC responsável pela implantação do projeto ECOS

21CNC NotíciasAbril 2010 n°122 21

SUSTENTABILIDADE

No dia 11 de março a Câmara Bra-sileira de Produtos Farmacêuticos (CBFarma) discutiu na sede da

CNC, em Brasília, assuntos de interesse do setor farmacêutico. As questões sobre a RDC nº 44/2009 e as Instruções Norma-tivas 09/2009 e 10/2009, da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (ANVISA), continuaram em pauta. A medida, conside-rada polêmica pela câmara, proíbe a venda de medicamentos sem prescrição fora do balcão, entre outras.

Promulgada pela ANVISA em 17 de agosto do ano passado, a Resolução bus-ca regulamentar as atividades do comércio varejista de produtos farmacêuticos. Em conjunto, foram editadas as Instruções Normativas nº 9, que regulamenta a re-lação de produtos cuja comercialização é permitida em farmácias e drogarias, e nº 10, que aprova a relação dos medicamen-tos isentos de prescrição que podem ficar ao alcance dos usuários.

Cácito Augusto Esteves, advogado da Divisão Jurídica da CNC, apresentou às as-sociações um trabalho de análise das ações jurídicas tomadas pelas entidades, em todo o País, na defesa do setor de produtos farmacêuticos. Segundo ele, os estabele-cimentos de farmácias e drogarias estão desobrigados de atender às determinações

constantes das Instruções Normativas 09 e 10 da ANVISA. Amparadas por liminares, as farmácias também estão desobrigadas de cumprir outro aspecto polêmico da medida: a proibição da venda de produtos que não sejam diretamente relacionados à saúde, além de cosméticos e itens de higiene pessoal.

“A estratégia de difundir a atuação judi-cial através das associações nacionais e dos sindicatos, paralelamente ao trabalho políti-co que continua em andamento, contribuiu para o resultado positivo. Hoje as normas da ANVISA, consideradas prejudiciais ao setor farmacêutico, estão suspensas para 99% do comércio farmacêutico brasileiro”.

O que foi suspenso

Os artigos cuja eficácia foi suspensa

são os que tratam: da obrigatoriedade de fornecimento de uniformes e identificação aos funcionários (art. 17) e do treinamento inicial e continuado (art. 25); da proibição de venda de diversos produtos (art. 29 e IN nº 9); da relação de medicamentos isentos de prescrição que podem permanecer ao alcance dos usuários (art. 40/§ 2º e IN nº 10) e da proibição de comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto (art. 52/§ 2º).

CBFarma comemora efeitos positivos das ações conjuntas

CNC NotíciasAbril 2010 n°1222222

BENS

A Proposta de Emenda à Constitui-ção que trata da redução da jornada de trabalho (PEC 231/95) significa,

na avaliação das confederações sindicais patronais, o aumento do desemprego, da informalidade e da inflação. Ao diminuir de 44 para 40 o número de horas semanais trabalhadas, aumentando ainda o valor das horas extras, sem a correspondente redu-ção de salários, a PEC elevará os custos dos empresários, afetando principalmente os micro e pequenos empreendedores. A CNC vem defendendo que as realidades setoriais precisam ser consideradas, em vez de se impor a redução para todas as empresas. Uma notícia divulgada no mês de março aponta exatamente nessa dire-ção, mostrando que o melhor caminho é acreditar na capacidade de negociação en-tre trabalhadores e empresários. Após oito reuniões entre o Sindicato dos Trabalhado-res em Processamento de Dados e Tecno-logia da Informação do Estado de São Pau-lo e os empresários do setor, foi firmado o compromisso de redução da carga semanal de trabalho, a começar em janeiro de 2011.

Para os empresários ouvidos em re-portagem do Valor Econômico, a redu-

ção oficializou o que já vinha sendo feito em algumas funções, em um setor cujos profissionais trabalham basicamente com criação. A reportagem lembra ain-da que as centrais sindicais elegeram a luta pela redução da jornada como prin-cipal bandeira de 2009, mas, como não conseguiram emplacar, a pauta ficou para 2010. As seis centrais se mobilizam para que a PEC 231/95 seja colocada na pauta de votações do Congresso, a des-peito dos alertas que têm sido emitidos por diversos setores, em um ano marca-do por eleições.

“A apresentação da PEC de redução da jornada de trabalho já representou, em si, um retrocesso. Transformá-la em ban-deira eleitoral é um desatino”, afirmou o jornal O Estado de S. Paulo em editorial sobre o assunto. O receio não apenas dos empresários, mas também de setores do governo e do próprio Congresso é que o tratamento com fins eleitorais de um tema tão relevante acabe trazendo prejuízos irreversíveis para o setor produtivo do País, no momento em que o Brasil se prepara para um novo salto em seu de-senvolvimento econômico.

Redução da jornada em ano eleitoral prejudica a economia

Resultado do entendimento entre empresários e trabalhadores, compromisso firmado no setor de TI de São Paulo mostra que o melhor caminho é a negociação

23CNC NotíciasAbril 2010 n°122 23

SERVIÇOS

Na primeira reunião plenária de 2010, ocorrida no dia 10 de mar-ço, na sede da CNC, em Brasí-

lia, os integrantes da Câmara Brasilei-ra de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI) discutiram, entre outros assun-tos, a atuação do setor no debate sobre Moradia Social do Conselho das Cidades.

Criado no ano de 2004, o Conselho das Cidades (ConCidades) é um órgão cole-giado de natureza deliberativa e consulti-va, integrante da estrutura do Ministério das Cidades e tem por finalidade estudar e propor diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU), bem como acompanhar a sua execução.

No Conselho, a CNC é representada por Marcos Augusto Netto, atual presi-dente do Secovi de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, o governo federal elaborou um projeto complexo que difere da visão dos representantes dos empresários. Ele foca a criação, em parceria com a iniciati-va privada, da Moradia Social direciona-da à população de baixa renda, para que o projeto Habitação Social, que atende os idosos e a população de baixíssima ren-

CBCSI debate atuação junto ao

Ministério das Cidades da, seja de atuação exclusiva do governo federal.

Tendo em vista que a manutenção das vagas no Conselho das Cidades depen-de, de certa forma, do preenchimento das vagas nos conselhos estaduais e munici-pais, Marcos Augusto reforçou a impor-tância da participação de todos os Secovis nas Conferências Municipais e Estaduais das Cidades. “Nossa principal função é orientar o governo federal sobre as prin-cipais políticas públicas de habitação”, enfatizou Netto.

Ele acredita que a presença dos empre-sários também é importante, levando em conta que, nas Conferências, a PNDU é discutida por vários segmentos da cidade como: setor produtivo; organizações so-ciais; ONG’s; entidades profissionais, aca-dêmicas e de pesquisa; entidades sindicais; e órgãos governamentais. “Acredito que a nossa atuação será reforçada à medida que os Secovis de todo o Brasil participarem das Conferências”, finalizou.

Outro ponto que mereceu destaque na reunião foi a PEC nº 53/2007, que trata dos terrenos de marinha. A discussão gi-rou em torno da insegurança jurídica nas transações imobiliárias. Para o presidente do Secovi-PE, Luciano Novaes, a grande questão acerca do tema é a redução ou ex-tinção da cobrança do foro e do laudêmio - taxas paga à União quando há transação com escritura definitiva de compra e ven-da. Em ação estratégica, CBCSI está ela-borando estudo para apresentar novas pro-postas que possam reduzir ou extinguir o foro e o laudêmio nas áreas litorâneas.

Durante a reunião os membros da CBCSI fizeram uma homenagem póstuma ao coordenador adjunto Luiz An-tônio Cóssio e elegeram Leandro Ibagy, como substituto.

Câmara Brasileira de Comércio e

Serviços Imobiliários se reúne na sede da

CNC, em Brasília

CNC NotíciasAbril 2010 n°1222424

SERVIÇOS

A beleza doSESC Pantanal sob olhares europeus

25

CAPA

CNC NotíciasAbril 2010 n°122 25

Nos dias 18 a 21 de março de 2010, a Estância Ecológica SESC Pan-tanal, situada entre os municípios

mato-grossenses de Poconé e Barão de Melgaço, recebeu o Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia e a Delegação do Corpo Diplomático da União Europeia no Brasil para a sua reunião anual, realizada no dia 19. A pauta do encontro também in-cluiu visita técnica à Reserva Particular do Patrimônio Natural. Mais do que o contato com a rica diversidade ambiental, os visi-tantes conheceram aspectos relevantes da vida social das comunidades pantaneiras,

sua cultura e sua relação com o meio ambiente, além dos projetos socio-

educacionais e de preservação desenvolvidos pelo SESC na

região.A visita técnica

foi organizada pelo Sistema CNC-

SESC-Senac com o objetivo de debater experiências nacionais bem-sucedidas de desenvolvimento sustentável. E dar visi-bilidade às ações em curso na Estância e em outros centros de referência do Sistema com vistas a um novo modelo de desenvol-vimento sustentável cultural, socioeconô-mico e ambiental.

Participaram da missão, composta por deputados federais, embaixadores, represen-tantes de embaixadas e executivos da Confe-deração Nacional do Comércio, do SESC e Senac Nacionais, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso, entre outros convidados, mais de 50 pessoas. O grupo também participou de passeios e atividades ecoturísticas ofere-cidas pelo SESC na região.

Reunidos no centro de eventos do Ho-tel Porto Cercado, os embaixadores e par-lamentares assistiram à exibição do filme institucional sobre o Projeto Estância Eco-lógica e à palestra do professor, consultor e presidente do Conselho Consultivo da RPPN Estância SESC Pantanal, Leopoldo Brandão, sobre a origem do Sistema Co-

Embaixadores da União Europeia conhecem o

SESC PantanalO presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, o diretor do Departamento Nacional do SESC, Maron Emile Abi-Abib, e

o presidente do Sistema Fecomércio-SESC-Senac/MT, Pedro Nadaf, receberam o grupo na chegada

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mércio e o trabalho realizado em prol do empresariado e da sociedade brasileira, em âmbitos social, cultural e ambiental.

Na mesa de abertura, formada também pelo embaixador João Pacheco, chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, e o deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, Leopoldo Brandão expli-cou que o Brasil dispõe de um dos mais expressivos empreendimentos voltados à causa ambiental. Atuando em várias frentes de proteção da biodiversidade, incluindo a educação ambiental, o Projeto SESC Pan-tanal está se convertendo em modelo de educação, de preservação da natureza, de pesquisa científica e de ecoturismo.

“É uma honra estarmos aqui reunidos neste paraíso ecológico que a CNC cuida e onde desenvolve muito bem uma política de proteção ambiental e também de divulgação desse maravilhoso trabalho que aqui é re-alizado. O papel da CNC tem sido funda-mental dando total apoio ao nosso grupo”, declarou o deputado Bala Rocha.

Leopoldo focou sua explicação nos projetos e estudos desenvolvidos na Es-tância Ecológica. “Vocês vão visitar, hoje, o que chamamos de eixo ambiental. É um instrumento estratégico de construção de consciência ambiental. No ano passado, recebeu 19.600 visitas, aqui neste lugar, a essa distância toda. Quer dizer, é realmente um instrumento precioso e, internamente, todas as unidades SESC e Senac do Brasil vêm aqui e discutem a questão ambiental, destacou Leopoldo.

Um dos trabalhos apresentados foi o Projeto Borboletário, que envolve 25 famí-lias de Poconé, organizadas na Associação dos Criadores de Borboletas de Poconé (ACBP). A criação de borboletas é feita em cativeiro, em ambiente próprio, instalado no Hotel SESC Porto Cercado com objetivo de educação e sensibilização. “Esse projeto preserva e motiva o debate ambiental. É um instrumento estratégico de conscientização ambiental”, afirmou Leopoldo.

Ele também pediu atenção para os dois eixos que, do ponto de vista ambiental, sus-tentariam a continuidade da vida no planeta. “Há duas coisas importantes: as Unidades de Conservação e Pro-teção Integral, como nós temos uma, e a preservação das águas, que chamamos de Área de Pre-servação Permanente (APP). Estão todos aí depredando, construindo dentro da Área de Preservação Permanente, fazen-do a destruição da vida do cur-so d’água. Isso é seriíssimo”, alertou o pro-fessor.

O embai-xador-chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, João Pacheco, sin-tetizou o sen-timento geral dos visitantes.

Nas horas de lazer, visitantes praticam ecoturismo pela “Trilha do Tatu” e no Rio Cuiabá

Embaixadores, parlamentares e representantes da CNC, SESC e Senac reunidos para foto do grupo no Centro de Eventos Onça-Pintada

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“Somos simpáticos a todas as iniciativas de apoio ao desenvolvimento sustentável e estamos encantados com os trabalhos que o SESC realiza aqui na região. Sem con-tar que o bioma Pantanal é surpreendente e aguça nossa curiosidade”, revelou.

Rade Marelic, embaixador da Croácia no Brasil, definiu como “espetacular” o tra-balho realizado pelo Sistema CNC-SESC-SENAC. “O trabalho desenvolvido aqui pelo Sistema CNC é muito interessante. Vejo que o Brasil está em pleno avanço e evolução. E tudo isso aconteceu em muito pouco tempo. Não há país no mundo com uma expectativa de desenvolvimento tão positiva quanto o Brasil”, afirma Marelic. “Só me questiono quanto ao uso de energia solar para ajudar no resfriamento dos am-bientes nessa terra tão quente e onde o sol é presente o ano inteiro, como disse o profes-sor”, brincou o embaixador.

O embaixador da Polônia, Jacek Ju-nosza Kisielewski, ficou impressionado com a apresentação de Leopoldo Brandão e o trabalho socioambiental realizado pelo SESC na região. “A apresentação do sr. Le-opoldo Brandão juntou, de maneira muito interessante, os aspectos gerais e particula-res, de relevância local. O maior valor des-te discurso foi de mostrar aspectos sociais

e ambientais. Esta maneira de pensamento aponta um grande futuro para o Brasil”, afirmou o polonês.

Após ouvir as explicações de Leopoldo Brandão, Ersin Ercin, embaixador da Turquia, declarou que “o Sistema Comércio deveria ser tomado como exemplo no campo social”. Ao tentar definir sua opinião sobre a Visita Técnica, Ersin disse que foi uma experiência inesquecível, tanto pela perspectiva de ecotu-rismo, como pelo seu principal propósito, da reunião anual. “Agradeço ao SESC e CNC pela organização”, finalizou Ersin.

Dentre as autoridades do Legislati-vo Federal estava o presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, de-putado Sebastião Bala Rocha, também membro da Comissão de Relações Exte-riores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados; o deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), ex-presidente da Comis-são de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados; o deputado Marcondes Gade-lha (PSC-PB), vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia; o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida; e o consultor legis-lativo da Câmara dos Deputados para Polí-tica Agrícola e de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Dolabella.

Visita ao Formigueiro, Borboletário

e Centro de Interpretação

Ambiental (CIA)

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Durante o período da visita, o grupo ainda participou de atividades que pos-sibilitaram um mergulho em práticas preservacionistas e cotidianas focadas no protagonismo socioambiental das populações locais e em seu desenvolvi-mento sustentável.

Logo no início da visita, o grupo de embaixadores e parlamentares conheceu o Centro de Atividades Poconé (CAP) do SESC, situado no começo da rodovia Transpantaneira, a 44 quilômetros do Ho-tel SESC Porto Cercado. Ele é parte do complexo da Estância Ecológica SESC Pantanal e tem como missão institucional trabalhar com foco no desenvolvimento da educação e preservação ambientais e do desenvolvimento sustentável da região.

A programação do CAP consta de ati-vidades nos campos da Educação, Saúde, Cultura e Lazer. Inclui projetos especiais e experimentais voltados ao incremen-to da produção, ao desenvolvimento e à aquisição de novas habilidades e co-nhecimentos. O trabalho no Centro visa à melhoria da renda familiar e à adoção, pela população do entorno, de práticas

Programação extensaque instiguem e fortaleçam o uso de hábitos saudáveis relacionados à alimentação, à higiene pessoal, domici-liar e comunitária.

O Centro de Atividades de Poconé oferece à comunidade escola para 400 crianças, internet social, biblioteca, espa-ço para artesanato, atividades esportivas, recreativas e culturais, clínica odontoló-gica, ações de educação para saúde e ini-ciativas voltadas à geração de renda com uso sustentável dos recursos naturais.

Jacek Kisielewski se encantou com o trabalho desenvolvido. “Gostei muito de todos os programas da região que envolvem a co-munidade de Poconé, ao mes-mo tempo ofe-recendo uma se-gurança social e motivando à po-pulação a apoiar os programas ambientais”, afir-mou o embaixa-dor da Polônia.

Visitantes passeiam pelo SESC Poconé e conhecem o ginásio de esportes, a biblioteca, o centro de produção artesanal e a Escola SESC Pantanal.

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CAPA

Os embaixadores e representantes de pa-íses membros da União Europeia, o chefe da Delegação da União Europeia no Bra-sil, embaixador João Pacheco, e o presi-dente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, deputado Sebastião Bala Rocha,

participaram do plantio do “Bosque das Nações”, no Parque Baía das Pe-dras, unidade da Estância Ecológica SESC Pantanal.

Mudas de diferentes espécies da região, como Bocaiuva, Piúva-ama-rela, e Cumbaru foram entregues aos participantes para fazerem o plan-tio em local predefinido, com apoio de técnicos agrários, responsáveis pela manutenção do parque. Para demarcar a área plantada, placas foram colocadas à frente das mudas, com o nome da árvore e do responsá-vel pelo plantio.

Bosque das Nações

No Parque Baía das Pedras, uma

dose de música regional. Abaixo,

artesão demonstra a produção da

famosa viola de cocho pantaneira

CNC NotíciasAbril 2010 n°1223030

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Também no Parque Baía das Pedras, os participantes da visita-técnica vivenciaram um momento de intenso contato com a na-tureza. No dia 20 de março, presenciaram a soltura de mais de 20 aves, entre papagaios e periquitos, para o seu primeiro contato com a natureza, depois de um longo período distante de seu hábitat natural. O trabalho é fruto de uma parceria entre o SESC Pantanal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e deu origem ao projeto ambiental Soltura de Aves no Pantanal, que alia preservação ambiental e ecoturismo. As aves apreendi-das por órgãos ambientais são reabilitadas e posteriormente devolvidas à natureza.

As aves haviam sido apreendidas pelo Ibama e se encontravam na estação de re-abilitação e soltura de aves, formada por

Após a Visita à Estância Ecológica, o gru-po conheceu a SESC Casa do Artesão e o Cen-tro de Atividades SESC Arsenal, em Cuiabá, onde houve um almoço de confraternização e encerramento do encontro. O deputado Mar-condes Gadelha fez um discurso emociona-do e exaltou as belezas do Pantanal. “Como brasileiro, quero agradecer à CNC e ao SESC

pelo belo trabalho de educação ambiental que conhecemos ao longo desses três dias”, disse.

Soltura de aves pantaneiras apreendidas pelo IBAMA

Uma bela lembrança

dois viveiros com área de 40 m², instalada no Parque Baía das Pedras. Foi a primeira soltura de aves silvestres cadastrada pelo Ibama na região do Panta-nal e servirá de referência a projetos similares nesta área.

De acordo com explica-ções do Ibama, as aves são monitoradas por meio de binóculos, rádio, colar com GPS e imagens da região. As anotações são feitas em fichas com fotografias. Caso alguma ave esteja com dificulda-des, poderá ser recolhida para passar por nova avaliação.

Na Casa do Artesão, embaixadores adquirem produtos manufaturados por comunidades locais

Momento de reintegração de papagaios à natureza

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CAPA

Inaugurada rodovia que

dá acesso à Estância

Sesc PantanalFoi inaugurada no dia 19 de março a

rodovia MT-370, localizada entre o mu-nicípio de Poconé e Porto Cercado, a 150 quilômetros da capital Cuiabá. O acesso agora está facilitado com o asfaltamen-to dos 40,5 quilômetros, executados pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) com apoio financeiro do SESC. A obra come-çou no início de 2006, teve custo de R$ 15 milhões, sendo R$ 5 milhões providos pelo SESC.

A rodovia foi inaugurada pelo go-vernador de Mato Grosso, Blairo Maggi, na presença de Pedro Nadaf, presiden-te da Fecomércio-MT, representando o Sistema CNC-SESC-SENAC; de Ma-

ron Emile Abi-Abib, diretor nacional do SESC, do vice-governador Sinval Barbosa; do deputado federal Welling-ton Fagundes; do presidente da Câmara Municipal de Mato Grosso, Francis-co Vuolo; do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva; de secretários de Estado de Infraestrutura e represen-tantes do governo.

Em uma ocasião anterior à inaugu-ração, o secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheli, destacou a importante parceria do Sistema CNC na conclusão da rodovia. “Essa é uma obra com uma importância sem igual para o turismo e fruto de uma parceria com o SESC”.

Na rodovia inaugurada, Pedro Nadaf, Maron Emile Abi-Abib, o governador Blairo Maggi e

representantes do governo de Mato Grosso

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CNC: participação destacada no

8º Fórum PanrotasSeja pela presença e participação ativa de seus representantes, seja pelo apoio institucional ao evento, seja pelo conteúdo produzido pe-los órgãos da entidade e apresentado às principais lideranças do turismo brasileiro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) cumpriu seu papel na oitava edição do Fórum Panrotas, realizada nos dias 15 e 16 de março em São Paulo. O papel da entidade? A representação legítima de um setor que cada vez cresce mais e planeja seu próprio futuro.

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TURISMO

Copa do Mundo, Olimpíada, in-vestimentos em infraestrutura, programas para a emissão de vis-

tos a estrangeiros. As principais ques-tões do turismo brasileiro estiveram no centro dos debates do Fórum Panrotas – Tendências do Turismo, que, em sua 8ª edição, foi realizado nos dias 15 e 16 de março no Centro de Eventos Feco-mércio, em São Paulo. Além da presen-ça dos principais agentes públicos e da iniciativa privada, o evento contou com a participação ativa de representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O presidente do Grupo Panrotas, Guillermo Alcorta, abriu o fórum desta-cando a participação da CNC no evento e a importância do trabalho que o Con-selho de Turismo (CTur) da entidade re-aliza na produção de massa crítica para subsidiar políticas públicas para o setor. Alcorta anunciou que cada um dos mais de mil participantes do evento encontra-riam no kit distribuído a todos um exem-plar dos documentos referenciais do

CTur relativos aos macrotemas “Polí-tica de Concessão de Vistos para os Grandes Países Emissores” e “O Fu-turo da Aviação Co-mercial Brasileira”. Enquanto Guillermo Alcorta falava, as capas das publica-ções eram mostradas nos telões para que todos as vissem.

Também no primeiro dia do fórum, o Conselho de Turismo da CNC entre-gou à nova presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos De-putados, deputada Professora Raquel Teixeira, e ao senador Neuto do Couto, presidente da Comissão de Desenvolvi-mento Regional e Turismo do Senado, os documentos referenciais sobre os macrotemas desenvolvidos pelo órgão. Também foi entregue o relatório de ati-vidades do CTur 2009. “Nossa represen-tação é efetiva e legítima. Acreditamos no setor e estamos atuando cada vez mais neste sentido”, afirmou Antonio Airton Oliveira Dias, vice-presidente Administrativo da CNC. “Os temas des-te encontro são atuais e fazem a cone-xão do passado com o futuro do setor”, complementou Oswaldo Trigueiros Jr., presidente do Conselho de Turismo da Confederação, que esteve acompanha-do de seu vice, Eraldo Alves da Cruz. “As publicações mostram a capacidade e a intenção da CNC em contribuir para a formulação de iniciativas para o de-senvolvimento do trade em nosso País”, disse Eraldo.

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, participou da abertura do evento, abor-dando o desenvolvimento sustentável do turismo nacional e as parcerias que pos-sibilitaram ao mercado índices de cres-cimento acima da média da economia nacional. “O turismo no Brasil crescerá cerca de 6% em 2010”, disse. “Na ponta, a atividade é feita pela iniciativa privada e pelas prefeituras dos Estados. Nosso trabalho é dar condições para que o se-tor tenha cada vez menos barreiras para

O desenvolvimento do turismo brasileiro em debate

Luiz Barretto, ministro do Turismo: previsões

otimistas para o crescimento do setor

este ano

CNC NotíciasAbril 2010 n°1223434

TURISMO

enfrentar”, considerou Barretto, reve-lando que a pasta investiu, desde 2003, mais de R$ 6 bilhões apenas em infraes-trutura turística.

O ministro participou, também, de um debate com alguns líderes do turis-mo nacional, como o vice-presidente da Abav, Juarez Cintra, e os presidentes da Abremar, Ricardo Amaral, do Fohb, Ra-fael Guaspari, do Conselho Consultivo do Snea, José Mario Caprioli, e da Fede-ração dos Convention and Visitors Bure-aux, João Luiz Moreira.

O segundo painel do fórum, no dia 15, reuniu o senador Neuto do Couto, a deputada Professora Raquel Teixeira, o consultor da Presidência da CNC Ber-nardo Cabral, e os presidentes da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Fer-reira, da Abremar, Ricardo Amaral, e do Fohb, Rafael Guaspari. O grupo discutiu os planos e o impacto no mercado das atividades das Comissões que tratam do Turismo na Câmara e no Senado.

Bernardo Cabral afirmou que é necessá-ria uma integração maior entre os poderes Executivo e Legislativo para atender às ne-cessidades do turismo. Para isso, segundo ele, é essencial que o empresariado do setor incentive essa sinergia. “É no Congresso Nacional, que tem as portas abertas, onde os problemas e soluções do setor devem ser pensados”, afirmou. Para a deputada Raquel Teixeira, as decisões do parlamento de pau-tar um projeto para votação muitas vezes

são tomadas a partir da importância que ele tem para a sociedade. “Por isso a importância de pressionar os parlamentares de suas cidades a incluírem os projetos de interesse na pauta da votação. A Câmara e o Senado são sensí-veis à pressão da sociedade”, disse.

O consultor da CNC destacou a emis-são de vistos como ponto importante para o desenvolvimento da atividade turística. De acordo com o ex-senador e ex-ministro, 26 países no mundo, na maioria europeus, têm isenção de visto para entrada nos Estados Unidos. “Por que o Brasil não pode integrar este gru-po?”, perguntou. Bernardo Cabral, que acompanhou debates sobre o assunto no CTur da CNC, acredita que iniciativa pri-vada e governo podem buscar soluções por meio da formaliza-ção de acordos bilate-rais, além da flexibili-zação das normas, sem prejuízo ao Princípio da Reciprocidade. A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solan-ge Vieira, abordou as estratégias da autar-quia para incenti-var o crescimento da aviação brasileira.

Abaixo, da esquerda para a direita: Eraldo Alves da Cruz, senador Neuto do Couto, deputado Paulo Lustosa, deputada Raquel Teixeira, Oswaldo Trigueiros e Antonio Airton Oliveira Dias. Na foto maior, Jeanine Pires, presidente da Embratur

Bernardo Cabral, da CNC: mais integração entre Executivo e Legislativo

35CNC NotíciasAbril 2010 n°122 35

TURISMO

Mídias sociais,

nos dias de hoje, são

ferramentas de trabalho

Tony Surtees: “Pessoas acreditam em pessoas”

Um dos um dos primeiros profis-sionais a prever e identificar o impacto que a internet traria para

as nossas vidas e empresas, Tony Surtees, presidente da Hyperlocaliser, apresentou, no Fórum Panrotas, a palestra Tendências Mundiais em Tecnologia: como se prepa-rar para ganhar dinheiro.

Segundo o executivo, o avanço da uti-lização da internet pela população mundial fez com que o uso desta ferramenta fosse otimizada e se tornado cada vez mais es-sencial para os negócios. Para ele, quem decide investir na rede mundial de compu-tadores deve se diferenciar e ser criativo. “Mesmo no local mais distante você deve se perguntar: o que posso oferecer de rele-vante para a população daquela localida-de?”, exemplificou.

Surtees destacou que a internet é um espaço aberto. “São mais de um trilhão de páginas de conteúdo. Você deve ser útil, di-ferente e relevante em relação aos desejos de viagens de seus clientes. Os sistemas e processos devem ser úteis e eficientes. O preço do produto não pode ser uma barrei-ra, mas um elemento para ele prosseguir no seu site”, disse.

Dentro dessa realidade, as redes so-ciais ganham cada vez mais destaque. “É importante criar sites locais que aten-

dam às necessidades de mercados nicho e criar uma rede em torno disso. A verdade é que não procuraremos mais por produ-tos e serviços. Eles nos encontrarão pelas redes sociais, que agem como organizado-ras, promotoras e divulgadoras. A tecno-logia cria mais oportunidades”. As redes sociais demoraram menos de um ano para atingir uma grande parcela da população, diferente da internet em si, que demo-rou quatro anos, e da TV, que demorou mais de dez anos.

De acordo com o empresário, 78% dos consumidores confiam mais em recomen-dações, como geralmente acontece nas mídias sociais, e só 14% em publicidade. Surtees apresentou ainda um vídeo, que, entre outras informações, parafraseou um ditado conhecido mundialmente: O que acontece em Las Vegas fica... No Orkut, Twitter, Facebook.

“O desafio é mais do que encontrar e ser encontrado. Você deve se desafiar de forma a ser útil e relevante

para seus clientes”, afirmou Tony Surtees, presidente da Hyperlocaliser e um dos pioneiros do Yahoo

CNC NotíciasAbril 2010 n°1223636

TURISMO

Paul Wilke, da Visa: “Quando viajam, as pessoas querem pagar seus gastos da maneira que estão acostumadas”

O diretor sênior de Relações Corpo-rativas da Visa, Paul Wilke, apresentou, no segundo dia de atividades do Fórum Panrotas, um estudo que revela os dados sobre os gastos de turistas estrangeiros no Brasil, suas preferências, sazonalidade, comportamento e oportunidades. A Visa registra mais de US$ 4,4 trilhões em tran-sações gerais de produtos.

“O Brasil é um novo destino para mui-tos turistas, prontos para conhecerem e gastarem no País”, afirmou Wilke.

Os portadores estrangeiros de cartões Visa International contribuem com cerca de US$ 5 milhões por dia para a indús-tria de turismo brasileira, totalizando US$ 1,85 bilhão em 2009, uma pequena queda frente ao valor de US$ 1,9 bilhão registra-do em 2008. Os americanos representam 25% do total dos gastos, com aproximada-mente US$ 450 milhões. Em seguida es-tão França, Portugal, Itália, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Argentina e Suíça.

Os turistas estrangeiros gastaram com os seguintes itens: compras em geral (US$ 1,2 bilhão), hospedagem (US$ 243 mi-lhões), restaurantes (US$ 116 milhões), supermercado (US$ 63 milhões) e entre-tenimento (US$ 48 milhões). Já os bra-sileiros portadores de cartões Visa gasta-ram US$ 3,06 bilhões em 2009 fora do País. Estados Unidos, Argentina, França, Itália e Paraguai foram os destinos onde os brasileiros mais gastaram. Os brasileiros gastaram com compras em geral mais de

US$ 1,35 bilhão, em hospedagem cerca de US$ 350 milhões, em transporte foram mais de US$ 150 milhões, em restauran-tes cerca de US$ 150 milhões, além de aluguel de carro e passagens aéreas. Se-gundo o levantamento, os turistas ame-ricanos preferem reservar suas viagens através de agências on-line, seguido pelas reservas feitas diretamente nos websites de hotéis ou companhias aéreas, agen-cias de viagens e websites de terceiros. Mais da metade dos viajantes pre-ferem pagar as viagens em cartões de crédito quando viajam. Ainda de acordo com o estudo, a economia global sinaliza uma recuperação e os turistas continuarão realizando passeios.

De acordo com o ministro do Turismo, Luiz Barretto, a expectativa é que o Bra-sil atinja a marca de 8 milhões de turistas internacionais por ano em 2014, data da Copa do Mundo no Brasil, contra os pou-co mais de cinco milhões atuais. A grande aposta é no crescimento vertiginoso do mercado Sul-americano.

“Somos um destino de longa distância, por isso temos que trabalhar mercados próximos. Cerca de 92% dos 21 milhões de turistas que visitam o México são nor-te-americanos. Essa máxima funciona na Europa e também deve ser pensada aqui. Temos potenciais para explorar as nossas fronteiras e aumentar muito a visitação por parte de turistas dos países vizinhos”, disse Barretto.

Estudo detalha gastos de turistas

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TURISMO

“Turismo é 95% transpiração e 5% inspiração”, afirmou Guilherme Paulus, presidente do Conselho Administrativo da CVC e membro do CTur da CNC

Terminou na tarde do dia 16 de mar-ço a 8ª edição do Fórum Panrotas, e o encerramento do encontro contou

com a participação do presidente do Con-selho Administrativo da CVC e membro do Conselho de Turismo da CNC, Guilherme Paulus, que detalhou sua trajetória profis-sional aos participantes do evento.

Paulus começou sua via profissio-nal trabalhando como vendedor, em São Paulo, período em que estudava à noite. A vontade da família era que optasse pela Medicina, Advocacia ou Economia, mas quando participou de um reunião sobre consórcio de viagens tudo mudou. A par-tir de então, passou a vender viagens com pagamento parcelado.

Guilherme Paulus fundou a CVC - cujo nome vem das iniciais do deputado Carlos Vicente Cerchiari, seu primeiro sócio - em 28 de maio de 1972, no município de San-to André, no ABC paulista. Nessa época,

passou a oferecer pacotes para férias de funcio-

nários das grandes montadoras de ve-ículos da região, viagens de fim de semana, pa-cotes especiais para aposenta-dos. “Tínhamos convênio com

mais de 300 empresas de

São Paulo”, relembrou. A sociedade com o deputado Cerchiari durou de 1972 a 1976, quando o parlamentar cedeu o que lhe cabia na empresa à Paulus. “Acabamos chegando a um denominador bom para os dois lados”, explicou.

O executivo deixou um recado para os agentes do trade. “Turismo é 95% transpira-ção e 5% inspiração. O setor, principalmen-te no Brasil, precisa de profissionais que não estejam lá apenas por trabalhar, mas sim que tenham amor ao negócio”, disse.

Guilherme Paulus fechou as ativida- des de um dia repleto de ideias impor-tantes para o segmento. Antes do empre- sário, foi realizado um debate sobre direitos do consumidor.

Marcio Marcucci, do Procon-SP, afir-mou na ocasião que o diálogo é a melhor alternativa para se definir as responsabi-lidades dos agentes de viagens quanto à venda de pacotes turísticos.

Os agentes, representados por Eduar-do Nascimento, da Nascimento Turismo, e Magda Nassar, da Soft Travel, argu-mentaram que não podem ser responsa-bilizados por problemas decorrentes das viagens, já que são, na maioria dos casos, somente intermediários entre consumido-res e fornecedores. Participaram ainda do painel Carlos Silva, secretário Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, Joandre Ferraz, advogado da Abav e Josué Rios, advogado e comenta-rista do Jornal da Tarde (SP).

Exemplo de sucesso para um setor promissor

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TURISMO

CNC NotíciasAbril 2010 n°12238

CTur debate os gargalos da infraestrutura aeroportuária

Ronaldo Jenkins, José Márcio Mollo, Jaime Parreira, Oswaldo Trigueiros, Eraldo Alves da Cruz e Respício do Espírito Santo

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TURISMO

O Conselho de Turismo (CTur) da Confederação Nacional do Co-mércio de Bens, Serviços e Turis-

mo (CNC) promoveu, no dia 31 de mar-ço, no Rio de Janeiro, um debate sobre os principais gargalos da infraestrutura aero-portuária brasileira, visando à realização dos grandes eventos que o País sediará nos próximos anos. Para falar sobre o as-sunto, Oswaldo Trigueiros, presidente do CTur, e Eraldo Alves da Cruz, vice-presi-dente, receberam o presidente do Sindica-to Nacional das Empresas Aeroportuárias (Snea), José Márcio Mollo, e o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Parreira. Foi a primeira vez que a Infraero veio a público prestar esclareci-mentos sobre a infraestrutura aeroportuá-ria depois da publicação do relatório do Snea elaborado pela UFRJ apontando inú-meros problemas de infraestrutura. Para celeridade das obras, a Infraero fez uma parceria com o a Engenharia do Exército Brasileiro, que não necessita de licitação pública, o que tem atrasado a contratação de obras aeroportuárias.

A palestra começou com a apresenta-ção do planejamento da Infraero para os próximos anos, que prevê investimentos da ordem de R$ 6,5 bilhões entre 2011 e 2014, dos quais R$ 5,3 bilhões serão alo-cados nas cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014. Segundo Jai-me Parreira, a iniciativa tem como obje-tivo estabilizar o setor aeroportuário para o período do mundial de futebol e, ainda, atender à demanda pós-evento. Além dos projetos de infraestrutura aeroportuária, a Infraero investirá também em serviços para os passageiros. “Estamos agilizan-do procedimentos para melhorar a qua-lidade dos serviços prestados, como, por exemplo, a instalação de mais balcões de atendimento e a implementação de novas tecnologias”, disse Parreira. Segundo ele, se o PIB crescer algo em torno de 7% e o

preço das pas-sagens per-manecer em decréscimo, o volume de passage i ros aumentará em cerca de 51% em relação ao presente, o que totalizaria 71 milhões de pessoas utilizando os aero-portos nacionais.

José Márcio Mollo afirmou estar pre-ocupado com o crescimento da demanda de passageiros. “Diversos aeroportos já apresentam problemas em todo o Brasil”. Mollo trouxe à CNC o diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, que apresentou um estudo realizado pela Coppe-UFRJ, sobre as perspectivas e soluções para os prin-cipais aeroportos do País. Jenkins tratou principalmente da infraestrutura aeropor-tuária das cidades que serão sede dos jogos da Copa do Mundo, em 2014, e comparou os aeroportos nacionais a alguns dos maio-res do mundo. Segundo o executivo, “para acompanhar o crescimento na demanda, a infraestrutura aeroportuária deverá crescer 41%. E, hoje, o crescimento é de 28%”, afirmou. Jenkins comparou o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com o de Gatwick, em Londres. “Nosso maior aeroporto ocupa o 62º lugar no ranking dos mais movimentados do mundo, mas poderíamos ter uma classificação melhor se os espaços fossem melhor ocupados”, afirmou. “A Copa do Mundo não é o nosso grande problema. Até lá, as medi-das paliativas que vêm sendo adotadas pela Infraero serão suficiente para ab-sorver a demanda. A questão é crítica na movimentação diária e no pós-Copa, que certamente aumentará o fluxo de turistas. A estrutura está aquém da necessidade da população”, afirmou.

O levantamento dos desafios para atuação da Câmara Empresarial de Turismo (CET), com suges-

tões de proposições para superá-los, foi o foco principal do trabalho realizado pelos membros deste órgão consultivo da Con-federação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que se reuni-ram em Brasília, no dia 29 de março, para iniciar a elaboração de seu planejamento estratégico.

O coordenador da CET e presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restauran-tes, Bares e Similares (FNHRBS), Nor-ton Lenhart, abriu o encontro abordando a importância de reunir empresários do turismo de diferentes áreas em um mes-mo fórum. “A união do setor produtivo na Câmara Empresarial de Turismo da CNC foi essencial para que pudéssemos debater e consolidar melhor as propostas a serem reivindicadas junto aos governos. Agora, é hora de inovarmos, nos reiventarmos”, afirmou Lenhart.

O trabalho contou com o suporte do Departamento de Planejamento da Enti-dade, que utilizou a metodologia de Bus-ca do Futuro, permitindo aos participantes aprofundar os debates e formar consenso quanto às principais características e ne-cessidades do setor. O chefe do Deplan, Daniel Lopez, iniciou citando o consultor Vicente Falconi para falar sobre motiva-ção e busca de bons resultados, e expli-cou que o processo se realizaria por meio do resgate do passado da CET, análise do

CET elabora plano estratégico

presente e projeção do futuro, elencando desafios para o órgão.

Divididos em grupos, os membros da Câmara Empresarial de Turismo listaram o que consideram os principais eventos históricos que influenciaram o desenvolvi-mento da CET. Entre eles, destaque para o ingresso, na CET, de entidades não sin-dicais, o que promoveu a união de todo o trade turístico. “Em consequência disso, a CET impactou as grandes conquistas do turismo brasileiro”, afirmou Norton Le-nhart, relembrando a participação da CNC na redação da Lei Geral do Turismo e no documento referencial do Plano Nacional do Turismo. O grupo também abordou as tendências que afetam a atuação da CET, a conjuntura econômica e os grandes even-tos esportivos que o País sediará nos pró-ximos anos, entre outros assuntos.

O trabalho foi encerrado com a cha-mada “teia de desafios”, que, sob o títu-lo “A CET que queremos”, contempla ações para 2010. Dividida em itens, a teia prevê a criação do Observatório do Turismo, com a divulgação de dados rele-vantes para o setor; a criação de um banco de dados para o trade; o levantamento dos entraves do setor turístico, com proposi-ção de soluções. Além disso, os membros da CET consideraram importante ampliar, nas federações do comércio, a instalação das câmaras estaduais do tu-rismo, promovendo a mobilização e o comprometimento do empresariado em relação ao setor.

Norton Lenhart, coordenador da CET, durante reunião do orgão, em Brasília

CNC NotíciasAbril 2010 n°1224040

TURISMO

No dia 6 de abril, a Comissão de Tu-rismo e Desporto da Câmara dos Deputados, a Comissão de Desen-

volvimento Regional e Turismo do Senado Federal, a Frente Parlamentar do Turismo, com apoio do Sistema Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, promoveram, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o lançamento dos Anais do XI CBRATUR, realizado em 2009. O coquetel recebeu a presença do mi-nistro do Esporte, Orlando Silva. Ele decla-rou que o sucesso do CBRATUR servirá de lição e orientação ao País nos preparativos para a Copa do Mundo.

A obra traz um completo registro das conferências e dos debates ocorridos duran-te o XI Congresso, realizado no dia 25 de novembro de 2009, cujo tema central foi “O Poder Legislativo fazendo parte do time da Copa 2014”.

O XI CBRATUR focou a mobilização do Poder Legislativo, em todos os seus ní-veis, no sentido de refletir sobre as suas res-ponsabilidades na realização desse megae-vento esportivo internacional, assim como na descoberta das oportunidades surgidas em todo o Brasil - tanto no desenvolvimento do turístico quanto na melhoria da imagem do País junto à comunidade internacional.

Marcado por pronunciamentos que aler-tavam quanto ao atraso que vem ocorrendo na execução das obras e em demais com-promissos assumidos, o evento também serviu como oportunidade para o lançamen-to da edição de 2010, o XII CBRATUR,

Lançamento dos Anais do XI CBRATUR / 2009

que tratará da proposição de uma agenda de compromissos, em que o turismo configure-se como uma matriz de desenvolvimento do Brasil, a ser apresentada aos candidatos à Presidência da República nas próximas eleições.

Participaram da mesa de abertura o mi-nistro do Esporte, Orlando Silva; a deputada Professora Raquel Teixeira, presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câma-ra dos Deputados; o vice-presidente finan-ceiro da CNC, Luiz Gil Siuffo; o senador Neuto de Conto, presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional do Turismo; o deputado Afonso Hamm, ex-presidente da Comissão de Turismo e Desporto; o vice-presidente da CBF, Weber Magalhães; e o representante da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, César Gonçalves.

CNC entrega Anteprojeto do XII CBRATUR à CTD

Os vice-presidentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Luiz Gil Siuffo Pereira e Antonio Airton Dias, entregaram, na tarde do dia 10 de março, o Anteprojeto do XII CBRATUR à presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Depu-tados, deputada Professora Raquel Teixeira, para ser analisado no âmbito daquela comis-são permanente.

Com data de realização prevista para 22 de junho de 2010, o Congresso Brasileiro da Atividade Turística (CBRATUR), este ano

Ao microfone Raquel Teixeira, seguida de Luiz Gil Siuffo, Neuto de Conto, Orlando Silva, Afonso Hamm, Weber Magalhães e César Gonçalves

41CNC NotíciasAbril 2010 n°122 41

TURISMO

Ministro do Esporte

discursa sobre a importância do

CBRATUR

em sua décima segunda edição - parceria de sucesso entre o Poder Legislativo e o Sistema CNC-SESC-SENAC -, é reconhecido como um importante evento nacional, onde se con-solidam grandes decisões do setor turístico nacional, envolvendo, além do Congresso, o setor empresarial e laboral, o meio acadê-mico, a sociedade civil organizada e os de-mais segmentos governamentais ligados ao turismo brasileiro.

Com um objetivo de buscar a consolida-ção do turismo sustentável como uma ma-triz de desenvolvimento do Brasil, o CBRA-TUR deste ano pretende difundir, junto aos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010, as propostas e as recomen-dações para o fomento do setor turístico, elencadas a partir da mobilização nacional. Além de ponderar sobre os principais gar-galos que dificultam o desenvolvimento do turismo no Brasil, o XII CBRATUR buscará sensibilizar o futuro governante do Brasil para a importância do desenvolvimento do turismo sustentável no País e, principalmen-te, apontar e discutir as oportunidades exis-tentes para o fomento do turismo brasileiro.

Programação do evento prevê

documento referencial para debate Fruto da parceria entre o Sistema

CNC/ SESC/ SENAC com o Ministério do Turismo e o Fórum Nacional dos Se-cretários e Dirigentes Estaduais de Tu-rismo – FORNATUR, o Anteprojeto do CBRATUR 2010 propõe a elaboração de um documento referencial que apre-sente as “Propostas e Compromissos 2011-2014 / O turismo como matriz de desenvolvimento do Brasil”, refletindo as expectativas detectadas em uma ampla mobilização nacional dos Poderes Execu-tivo e Legislativo, das entidades laborais e empresariais do setor turístico, do meio acadêmico e de representantes da socie-dade civil organizada.

Em uma reunião técnica realizada no úl-timo dia 30 de março, na Comissão de Turis-mo e Desporto da Câmara dos Deputados, o Sistema CNC-SESC-SENAC, ali represen-tado por seu diretor Norton Luiz Lenhart, também coordenador da Câmara Empresa-rial de Turismo da CNC, conjuntamente com Eraldo Alves da Cruz, assessor de Turismo e Hospitalidade, apresentou à deputada Profes-sora Raquel Teixeira e ao deputado Marcelo Teixeira, respectivamente presidente e vice-presidente daquela comissão permanente, um detalhamento da proposta técnica para a con-secução do XII CBRATUR.

O processo de elaboração do documento referencial prevê a consulta a diversos estu-dos e publicações já existentes, priorizando as proposições emanadas por cada um dos cinco setores envolvidos (governamental; empresarial; laboral; acadêmico e sociedade civil organizada).

Posteriormente à sistematização inicial do documento, estão previstas consultas pú-blicas aos representantes dos setores envol-vidos, com o objetivo de contemplar todas as perspectivas existentes na cadeia produtiva do turismo nacional, focando o desenvolvi-mento sustentável do turismo brasileiro.

Com o acréscimo desses aportes, o docu-mento referencial será concluído e encami-nhado a todos os candidatos à Presidência da República, subsidiando-os aos debates que devem ocorrer durante o XII CBRATUR, no dia 22 de junho, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília. O documento terá cerca de 70 páginas.

CNC NotíciasAbril 2010 n°1224242

TURISMO

Que avaliação a senhora faz do está-gio atual do setor de turismo no Brasil?

O Brasil tem um imenso potencial para vir a ser um objeto de desejo prioritário dos principais mercados emissores de turistas internacionais. Em virtude, contudo, de o País estar localizado no hemisfério sul, há, ainda, dificuldades para se expandir o número total de desembarques internacio-nais. Alcançamos o patamar de 5 milhões de turistas internacionais, mas é preciso captar um contingente maior. Para tanto, é fundamental investir em qualidade e, tam-bém, em criatividade. Em diferenciais. E equacionar, com urgência, os gargalos em matéria de mobilidade urbana, infraestru-tura aeroportuária, treinamento de mão de obra e parque hoteleiro.

Que impressões teve do contato com as lideranças do turismo na reunião na CNC, no dia de sua posse na Comissão?

Como educadora, já havia mantido contato com os representantes do Sistema CNC. Tendo assumido a presidência da Co-missão de Turismo e Desporto, e em decor-rência do interesse da Confederação com a atividade, esse relacionamento vai, com na-turalidade, crescer. Quanto às lideranças do turismo, constatei que são profissionais do setor, conhecem as necessidades, as carên-cias, as dificuldades da indústria do turismo brasileiro. E estou pronta para trabalhar em conjunto com todos eles, pois desenvolver a atividade garantirá crescimento econômico e social e, portanto, melhor distribuição de renda e maior justiça social.

Qual será a linha de atuação da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara?

Trabalhar em sinergia com os repre-sentantes dos segmentos organizados das indústrias do turismo e do desporto com um objetivo singelo: assegurar melhores condições, sob todos os aspectos, para que essas duas fundamentais ativida-des, tanto do ponto de vista econômico quanto social, desenvolvam-se de forma sustentável. Turismo e esporte são ativi-dades, apesar de aparentemente díspares, que têm uma estreita afinidade. Captar e trabalhar grandes eventos esportivos gera o aumento da captação de turistas. E, com isso, promover a internalização e o ingresso de dinheiro novo, gerando, consequentemente, emprego, oportuni-dades de trabalho e maior renda.

De que forma o Poder Legislativo pode contribuir para o desenvolvimento do setor?

Eu participei, recentemente, do Fórum Panrotas. E deixei claro para os repre-sentantes dos segmentos organizados do turismo brasileiro que o Congresso está pronto para debruçar-se sobre as inúme-ras demandas do setor. Mas, para que isso aconteça, é necessário que o trade pres-sione o Parlamento. De maneira objeti-va, a contribuição do Legislativo para o desenvolvimento da atividade turística se dará mediante a aprovação de matérias que flexibilizem o setor, como, por exem-plo, reduzindo a carga tributária que ain-da pesa sobre a atividade.

Prioridade para o turismo

Uma das primeiras ações da deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), ainda no dia de sua posse, em 3 de março, na presidência da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara de Deputados, foi visitar a sede da CNC, em Brasília. Lá, após encontrar-se com o vice-presidente Financeiro da Confederação, Luiz Gil Siuffo Pereira, que falou sobre os projetos da entidade e a parceria com a Câmara na realização das edições do Congresso Brasileiro da Atividade Turística (CBRATUR), a deputada reuniu-se com o trade turístico. A seguir, entrevista concedida à CNC Notícias.

Deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO)

43CNC NotíciasAbril 2010 n°122 43

ENTREVISTA

Quais os projetos que a senhora consi-dera prioritários de serem aprovados?

Entendo que é necessário regulamen-tar os cruzeiros marítimos no Brasil. O segmento cresce a olhos vistos e necessita contar com uma legislação transparente. O que inexiste, no momento. Outra prio-ridade é facilitar o acesso ao visto para os estrangeiros. Para tanto, a Comissão está disposta a aprovar o projeto de lei que per-mite aos estrangeiros requerer o visto ele-tronicamente em seus próprios países. Há, também, um tema que considero urgente: regulamentar as atividades das agências de viagem, até mesmo para oferecer garantias plenas, principalmente judiciais, aos con-sumidores do mercado doméstico de via-gens e lazer.

Como será o acompanhamento pela Câ-mara das obras relacionadas aos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará?

Reuni-me, recentemente, com técnicos do Tribunal de Contas da União para tratar dessa questão. É preciso cautela a respeito. Grandes obras terão de ser feitas. O gover-no federal vai disponibilizar empréstimos, por intermédio de linhas de financiamen-to, aos Estados e às cidades-sedes, para construção e reforma de estádios e para solucionar os problemas da mobilidade urbana. A expectativa é de que somente com a organização da Copa de 2014 sejam gastos cerca de R$ 100 bilhões. A quase totalidade desses recursos será oriunda dos cofres públicos. Para que o dinheiro dos contribuintes seja preservado, a CTD vai, ao longo deste ano, dedicar-se a debater a matéria para garantir o sucesso tanto da Copa quanto dos Jogos de 2016.

Qual a importância das parcerias com as entidades da área de turismo?

Sem parcerias não há sinergia. Para que o turismo cresça de forma sustentável é fun-damental que todos os segmentos, públicos e privados, trabalhem em conjunto. Por cul-

tivar essa convicção, tomei a decisão, com o apoio de todos os integrantes da Comissão, de manter as portas da CTD permanente-mente abertas, para, juntos, priorizarmos as demandas que possibilitarão ao setor de-senvolver-se. Caberá aos representantes do setor privado, portanto, apresentarem seus pleitos, suas demandas. Se essa agenda for cumprida com regularidade, com eficiência, posso assegurar que a Câmara dos Deputa-dos, por intermédio da Comissão de Turis-mo e Desporto, dedicará, cada vez mais, prioridade à atividade turística.

Em relação ao CBRATUR, que ava-liação a senhora faz dessa parceria da Câmara com a CNC?

É uma parceria estratégica. Prova esse fato a realização, por exemplo, dos CBRA-TURs de 2002 e 2006, quando todo o setor, auscultado nacionalmente, forneceu subsí-dios que permitiram ao presidente da Re-pública adotar providências demandadas pelo setor. Este ano, as Comissões de Tu-rismo da Câmara e do Senado realizarão, em junho, o XII CBRATUR. Será mais uma oportunidade para que a indústria brasileira do turismo formalize o que julga necessário para alavancar a atividade. Na realidade, quando a Frente Parlamentar de Turismo, por intermédio do deputado Alex Canziani, idealizou e deu vida ao CBRA-TUR, caracterizou-se um momento de transformação. Porque, de maneira ampla, irrestrita, todos os segmentos da indústria brasileira do turismo tiveram, enfim, con-dições de vocalizar suas concepções, o que resultou em importantes avanços para a atividade no Brasil.

Deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO)

CNC NotíciasAbril 2010 n°1224444

ENTREVISTA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve presente na cerimô-nia de lançamento da Conferência

Nacional de Educação – CONAE 2010, no dia 28 de março. Realizada até 1º de abril, no Centro de Convenções Ulysses Guima-rães, em Brasília, a Conferência Nacional de Educação foi promovida e coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), com a temática central Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estra-tégias de Ação. O evento reuniu cerca de 3 mil delegados de municípios e Estados e 500 observadores convidados, tendo como objetivo central a discussão e avaliação de propostas que subsidiarão a efetivação do Sistema Nacional Articulado de Educação e a elaboração de diretrizes para o novo Plano Nacional de Educação (PNE).

A conferência serviu de base para as discussões da publicação “Uma nova Edu-cação para um novo Brasil”, que consoli-da as propostas para o novo PNE, lança-da pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em parceria com o Conselho Nacional de Educação e o Sistema CNC-SESC-SENAC, no dia 10 de março, no Restaurante-Esco-la SENAC, da Câmara dos Deputados (Leia mais na página 46).

Para facilitar os debates, a comissão organizadora dividiu o tema central em seis eixos: papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade - organi-

Acima, estande do Sistema Comércio, na CONAE 2010 e, ao lado, estudantes em apresentação no auditório durante o evento

zação e regulação da educação nacional; qualidade da educação, gestão democráti-ca e avaliação; democratização do acesso, permanência e sucesso escolar; formação e valorização dos trabalhadores em educa-ção; financiamento da educação e controle social; justiça social, educação e trabalho – inclusão, diversidade e igualdade.

O Sistema S, por meio da CNC e da CNI, fez parte da Comissão Organiza-dora da CONAE e divulgou em estan-des material informativo das entidades empresariais. A CNC disponibilizou aos presentes cerca de mil exemplares da pu-blicação Uma nova Educação para um novo Brasil. O documento, com mais de 180 páginas, foi editado pelo Senac Nacional e apresenta os posicionamen-tos e as recomendações de entidades da sociedade civil organizada ligadas à edu-cação, além de artigos especiais assinados por especialistas, educadores e represen-tantes do legislativo federal que participa-ram do movimento de mobilização.

Representando o Sistema CNC-SESC-SENAC esteve presente, como delega-da, a professora Léa Maria Viveiros de Castro, chefe da Diretoria de Educação Profissional do Senac Nacional. “A pas-ta de cada delegado trouxe um livro da publicação ‘Mais Dez’. Essa é uma con-ferência muito importante, um trabalho de grande relevância pelo qual o Siste-ma CNC-SESC-SENAC se fez escutar”, afirmou Léa.

45CNC NotíciasAbril 2010 n°122 45

INSTITUCIONAL

CONAE 2010 avança em propostas para educação

Documento editado pelo Senac Nacional, com 180 páginas, registra e materializa a aproximação entre

o Parlamento e a Sociedade

Com o título Uma nova Educação para um novo Brasil, foi lançada pela Comissão de Educação e Cul-

tura da Câmara dos Deputados, em par-ceria com o Conselho Nacional de Edu-cação e o Sistema Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC-SESC-SENAC), no dia 10 de mar-ço, no Restaurante-Escola SENAC, da Câmara dos Deputados, a publicação que consolida as propostas para o novo Plano Nacional de Educação (PNE).

A deputada Maria do Rosário, ex-presi-dente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, que acompa-nhou, durante todo o ano de 2009, o traba-lho conjunto do governo, sociedade e enti-dades privadas no esforço de desenvolver o Plano Nacional de Educação, apresentou a publicação na abertura do evento.

Além de reforçar a importância do novo Plano Nacional de Educação e de como ele foi desenvolvido - “Esse é um Plano que pensa o desenvolvimento do Brasil a partir da educação” - a deputada também agra-deceu e ressaltou a parceria do Sistema Comércio.“O parlamento brasileiro agra-dece a parceria da CNC. Criada através de

Ações educacionais para um novo Brasil

um convênio firmado com o deputado Pau-lo Delgado, então presidente da Comissão de Educação da Câmara, a entidade passou a promover um trabalho importante para educação e cultura do País”.

Representando a Confederação Nacio-nal do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo, o vice-presidente financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo, lembrou que o SESC e Se-nac, durante toda a sua existência, 65 anos a serem completados no próximo ano, têm trabalhado em prol a educação em todo o país. “A exemplo, vemos hoje esses jovens aprendizes trabalhando e nos servindo com excelência, durante esse evento que marca o lançamento de um novo Plano Nacional de Educação, documento orientador que preparará o nosso País para os próximos 10 anos, garantindo avanços em conjunto com a sociedade”, afirmou.

O recém-eleito presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Ângelo Vanhnoli (PT/TR), afirmou que vai dar se-guimento ao trabalho conjunto.

Uma nova Educação para um novo Brasil

A publicação Uma nova Educação

para um novo Brasil traz uma síntese das proposições levantadas em seis encontros regionais, promovidos pelo movimento, com o apoio das Assembleias Legislativas estaduais, durante o segundo semestre de 2009, e em encontro nacional, realizado em dezembro de 2009. Esses encontros mobilizaram mais de 370 entidades sociais de todo o País, que apresentaram mais de 300 propostas para a melhoria da educação nacional, a partir dos macrotemas: Quali-dade da Educação; Financiamento da Edu-cação e Controle Social; Formação e Va-lorização dos Profissionais de Educação; e Gestão e Avaliação da Educação.

Deputada Maria do Rosário exibe a publicação ao

lado do vice-presidente

da CNC, Luiz Gil Siuffo

CNC NotíciasAbril 2010 n°1224646

INSTITUCIONAL

Ação Direta de Inconstitucionalidade é a primeira apresentada por meio virtual, proposta por petição eletrônica, com uso do processo de certificação digital

A Confederação Nacional do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ajuizou uma

Ação Direta de Inconstitucionalida-de (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar o artigo 10 da Lei 10.666, de 2003, que modificou as regras do Seguro contra Acidente do Trabalho (SAT), introduzindo o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) no cálculo dos be-nefícios derivados de acidentes laborais. A ADI é a primeira ação ajuizada pela CNC pelo meio virtual, proposta por pe-tição eletrônica, com uso do processo de certificação digital.

A entidade argumenta que, apesar de previsto no artigo 10 da Lei 10.666, as novas normas do FAP - em vigência des-de janeiro deste ano - ferem princípios constitucionais, já que coube a decretos (3.048/99 e 6.957/09) e a resoluções do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) estabelecer a metodologia de cálculo, o que vem gerando distorções e prejuízos para as categorias econômicas representadas pela CNC.

Na ADI, a CNC destaca que o artigo 10 da Lei 10.666 não apenas delegou ao Poder Executivo o enquadramento dos contribuintes nas novas alíquotas da contribuição para o financiamento dos benefícios da aposentadoria especial ou daqueles concedidos por incapacidade advinda dos riscos do ambiente de tra-balho, mas inseriu um novo elemento

CNC ajuíza ação contra Fator Acidentário no STF

(o FAP), fazendo com que um ato admi-nistrativo aumente o valor do tributo. “As-sim, não restam dúvidas de que o artigo 10 da Lei 10.666/03, ao confiar ao regula-mento a elaboração de critérios que podem sujeitar o contribuinte ao recolhimento de tributo em valor até seis vezes maior, ou-torgou descabida margem de liberdade à Administração, incompatível com a or-dem tributária constitucional, tendo em vista o risco de insegurança jurídica que proporcionava aos contribuintes, o que veio a se concretizar com a edição do artigo 202-A do Decreto 3.048/99, com redação dada pelo Decreto 6.957/09”, argumenta a ADI.

De acordo com a Divisão Jurídica da CNC, responsável pela ADI, além da vio-lação do princípio da legalidade, expresso no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal, as leis e decretos questio-nados atentam também contra o princípio da razoabilidade, já que não editaram qualquer norma visando à efetiva al-teração do risco ambiental do trabalho nas atividades desenvolvidas pelas empre-sas. Na ADI, a Confedera-ção requer concessão de medida cautelar para sus-pender a eficácia do arti-go 10 da Lei 10.666. O relator a ação é o mi-nistro Dias Toffoli.

O ministro Dias Toffoli será o relator da ADI que a CNC ajuizou no

Supremo Tribunal Federal

47

INSTITUCIONAL

47CNC NotíciasAbril 2010 n°122

A inflação de janeiro/fevereiro

Comentando a queda do PIB em 2009, como consequência da re-cessão mundial iniciada em 2008,

o Presidente Lula disse que “o povo não vivenciou a crise”. Tem razão o presidente, e isso se deve ao fato de que a ação anticí-clica do Governo foi orientada, basicamen-te, para o consumidor, com destaque para o aumento de salários, a contratação de no-vos servidores públicos e os estímulos fis-cais e creditícios em favor do consumo da pessoa física. Contrariamente às recomen-dações keynesianas, o Governo deu priori-dade ao consumo e aos gastos públicos, e não aos investimentos, de efeitos um pouco mais lentos.

O presidente, na mesma oportunidade, criticou os empresários, “que ficaram com medo e deram um cavalo de pau nos inves-timentos”. Não tem razão o presidente. É lógico que os empresários se assustaram, no mundo todo, com a recessão brutal do 4º trimestre de 2008, mas foram os empresá-rios brasileiros da indústria, da agricultura e do comércio que responderam à demanda e atenderam aos níveis mais elevados do consumo. Não fosse a resposta afirmativa dos empresários, as pressões do consumo subsidiado pelo Governo teriam simples-mente se transformado em inflação. A pro-dução industrial caiu fragorosamente, no 4º trimestre de 2008 (-7,6%) e no 1º trimestre de 2009 (-4,2%), mas a partir do 2º trimes-tre/09, a indústria retomou, corajosamen-te, o ritmo tradicional de expansão. Quem não entendeu essa conjuntura da crise foi o Banco Central, que no auge da recessão, em dezembro de 2008, ainda mantinha a taxa Selic em 13,75%, minando as resistências e as possibilidades do setor público. Apesar do crescimento nulo, o ano de 2009 foi o da recuperação. E assim deve continuar em

2010, com perspectiva de um crescimento entre 5% e 6% do PIB brasileiro.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

IndústriaEm janeiro, a produção industrial au-

mentou 1,1% na comparação com dezem-bro/09 e subiu 16% ante jan/09, segundo o IBGE. O segmento de bens intermediários, que reúne matérias-primas e insumos, pu-xou o saldo positivo. Em fevereiro, o con-sumo de energia subiu 12,1%; a produção de carros, 23,9% e o fluxo de caminhões nas estradas, 11,9%, ante igual mês de 2009. O dinamismo da economia é verificado ainda nas pesquisas de confiança de empresários e de consumidores, nas vendas do comércio e no uso da capacidade instalada das fábricas, que chegou a 84% em fevereiro deste ano, o nível mais alto desde outubro de 2008.

A produção industrial subiu em 13 das 14 regiões pesquisadas em janeiro, na com-paração com dezembro/09. As principais altas foram verificadas no Espírito Santo (5,6%), Ceará (5,4%), Pernambuco (5,4%), Paraná (4%) e Nordeste (3,7%). Ainda hou-ve crescimento acima da média nacional nas produções do Rio Grande do Sul (3%), Bahia (2,5%), Goiás (2,2%) e Minas Gerais (1,7%). Ao mesmo tempo, a única região que indicou estabilidade foi o Amazonas. A indústria de máquinas e equipamentos, se-gundo a Abimaq, faturou 12,3% a mais do que em janeiro, embora ainda esteja 14% abaixo de fevereiro/08. As linhas de crédi-to do Finame (BNDES), mais baratas e de prazo mais longo, estão estimulando no-vos projetos de investimentos, inclusive de pequenas e médias indústrias. A produção industrial de São Paulo, que representa em torno de 40% da produção nacional, cres-

CNC NotíciasAbril 2010 n°1224848

ARTIGO

Ernane GalvêasConsultor econômico da CNC

ceu 3% em janeiro deste ano sobre dezem-bro/08, no sétimo aumento consecutivo. No confronto com janeiro de 2009, a indústria paulista avançou 15,6%, porém a taxa em 12 meses prossegue negativa (-6,1%).

Na primeira quinzena de março, as ven-das de automóveis, comerciais leves, cami-nhões e ônibus aumentaram 12,32% contra igual período de 2009 e avançaram 9,84% sobre os primeiros 15 dias de fevereiro deste ano. As vendas de motos cresceram 14,8% em fevereiro. O Brasil produziu em fevereiro último 1,117 milhão de tonela-das de celulose, alta de 11,9% em relação a igual período do ano passado, mas teve re-cuo de 8% ante o mês de janeiro (Bracelpa). No acumulado do primeiro bimestre, houve aumento de 11,9%. O consumo de energia elétrica aumentou 10,7% em fevereiro so-bre fevereiro/09, sendo 7,2% no comércio e 14,4% na indústria. A Petrobras continua expandindo suas operações, em petróleo, gás e fertilizantes e planeja investir R$ 220 bilhões, em cinco anos. A União “empres-tou” à Petrobras 5 bilhões de barris do pré-sal, que servirão de garantia para a captação de empréstimos até US$ 60 bilhões.

ComércioSegundo o IBGE, as vendas do comér-

cio varejista subiram 2,7% em janeiro, ante dezembro/09 e 10,4% em relação a janei-ro/09. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,2%. Para a Fecomércio-RJ, houve aumen-to de 16,4% na cidade do Rio de Janeiro, em relação a janeiro/09. O mesmo ocorreu em São Paulo, segundo a Sebrae, em rela-ção às MPES, com alta de 6,5%. As com-pras feitas pela Internet em 2009 cresceram 30% e, segundo a E-bit, mostram tendência à elevação, face ao ingresso da Casa Bahia e do Carrefour. Não por acaso, o mercado

de seguros no Brasil vem crescendo quatro a cinco vezes mais que o PIB, nos últimos anos, e a perspectiva para 2010 é de um au-mento de até 20%. Em janeiro, a chegada de passageiros ao Brasil, em voos interna-cionais foi 12,2% superior a janeiro/09. Nos voos domésticos, em fevereiro, houve um aumento espetacular de 42,9%, em relação a fevereiro/09.

O PIB nacional se reduziu em -0,2% em 2009, mas no último trimestre daquele ano já retomou um crescimento de 2,0%. Em janeiro deste ano, continuou crescen-do 2,7%, comparado com dezembro/09. Várias causas respondem por esse aumen-to: subsídio fiscal, expansão do crédito, aumento do emprego, reajustes de salário, especialmente do salário mínimo, além da taxa de câmbio valorizada, que favorece as importações. Segundo a pesquisa ICF da CNC, em março, continuou elevada a intenção de consumo das famílias, embora tenha registrado redução de 1,9% frente a fevereiro. O nível de endividamento está alto e evidenciou tendência de alta em março, com 27,3% de dívidas em atra-so (PEIC). Em resumo, a pesquisa da CNC revela uma desaceleração natural do consumo. Em São Paulo, segundo a Feco-mercio-SP, o índice de confiança do con-sumidor (ICC), em março, caiu 1,5% em relação a fevereiro.

Segundo a Serasa, a inadimplência das empresas, em fevereiro, registrou queda de 10,7%, em relação a janeiro, e de -8,1% ante fevereiro/09. O número de cheques devolvidos ficou em 1,85% em janeiro e fevereiro. A inadimplência do consumidor, em janeiro, teve alta de 1,5%, pelo quin-to mês consecutivo. Porém, em feverei-ro, houve queda de 2,2%, acumulando no bimestre queda de 3,1%.

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ARTIGO

O Sistema Fecomércio-SESC-Senac do Paraná inaugurou, em 25 de março, um novo Centro de

Educação Profissional (CEP) do Senac no município de Campo Mourão.

Moderna e com arquitetura arroja-da, a escola já é considerada um dos cartões postais da cidade, além de cumprir sua principal missão, que é aten-der às necessidades de educação profissio-nal da população.

O presidente da Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos, participou da inauguração.

Segundo ele, a unidade em Cam-po Mourão veio somar-se às outras 500 do Senac no País, das quais saí-ram mais de 1,8 milhão de profissio-nais aptos para o mercado de trabalho só no ano passado. Oliveria Santos desta-cou que a construção de novas unidades de ensino profissionalizante é providencial no atual momento de superação da crise econômica, a fim de evitar a chamado “apagão de mão de obra”. “Assim como

Centro de Educação do Senac em Campo Mourão

Nova escola levará educação profissional ao município paranaense, para colocar pessoas mais preparadas no mercado de trabalho e disseminar

cidadania por meio do conhecimento

já tivemos o apagão de energia elétrica, no momento a indústria sofre com a falta de trabalhadores, e o comércio também. Es-tamos produzindo a matéria-prima para a economia, que é a mão de obra qualifica-da”, enfatizou.

Os aproximadamente 4.200 m² de área construída da nova unidade per-mitirão o atendimento de uma média de 700 alunos por dia, num total de seis mil pessoas por ano. Com mais salas de aula, a carga horária de cur-sos também será ampliada para at é 50 mil horas, com variada programação de cursos, muitos deles gratuitos.

“Nós temos aqui uma escola com a melhor tecnologia de ensino que existe neste País”, disse o presidente do Sistema Fecomércio-SESC-Senac/PR, Darci Piana. Participaram também da inauguração o diretor-geral do Senac Nacional, Sidney Cunha, e do diretor-geral do Sesc nacional, Maron Emile Abi-Abib, entre ou-tros convidados e autoridades.

O presidente da CNC, Antonio

Oliveira Santos, e o presidente do

Sistema Comércio-PR, Darci Piana, na

inauguração em Campo Mourão:

estrutura moderna

CNC NotíciasAbril 2010 n°1225050

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Na noite do dia 5 de março, foi inaugurada a unidade operacio-nal SESC Tramandaí – Edifício

Flávio Roberto Sabbadini, no município gaúcho de mesmo nome. O espaço, vol-tado à qualidade de vida dos comerciá-rios e da comunidade em geral, oferece-rá escola de educação infantil totalmente subsidiada, academia de ginástica e mus-culação, consultório odontológico, audi-tório e sala multiuso, além de serviços de turismo social, recreação e cultura.

“O que estamos presenciando é uma edificação de magnitude imensurável. Tudo isso se originou de muitos conquis-tadores e, a várias mãos, chegamos a esse resultado”, disse o prefeito de Tramandaí, Anderson Hoffmeister. Segundo Moacyr Schukster, presidente do Sistema Feco-mércio/SESC/Senac-RS, muitas pessoas estiveram envolvidas na conquista do ter-reno ideal para a construção do prédio, que abriga todos os requisitos de um serviço social de primeira linha. Além de Traman-

daí, a unidade operacional do SESC local atenderá os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e a comunidade em geral das cidades de Capão da Canoa, Balneário Pi-nhal, Capivari do Sul, Cidreira, Imbé, Mostardas, Palmares do Sul, Tavares, Xangri-Lá e Osório.

A partir de uma sugestão do pre-feito, o Conselho Regional do SESC-RS aprovou que o prédio da nova unidade operacional SESC Traman-daí fosse denominado Edifício Flá-vio Roberto Sabbadini. “Sabbadini lutou até o último momento, sempre querendo fazer mais por nós”, falou Hoffmeister sobre o ex-presidente do Sistema Fecomércio-RS falecido em janeiro deste ano.

Inaugurada unidade operacional SESC Tramandaí

Empreendimento conta com mais de 1.100 metros quadrados e presta homenagem ao ex-presidente do Sistema Comércio no Rio Grande do Sul Flávio Roberto Sabbadini

A solenidade de inauguração do SESC Tramandaí reuniu lideranças empresariais e políticas da região

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SISTEMA COMÉRCIO

A Escola SESC de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, é considerada uma instituição

modelo pelos especialistas. O compro-misso com a formação integral dos alunos envolve um cuidado especial também nas atividades complementares, com o objeti-vo de ampliar os horizontes culturais dos jovens estudantes de todo o Brasil que têm a oportunidade de lá estudar. Em abril, a Escola SESC dá mais um passo na conso-lidação do seu projeto. Seis alunos, acom-panhados por dois professores, embarcam

cheios de expectativas e curio-sidade para um intercâmbio nos Estados Unidos.

De 14 a 23 de abril, Glória Maria de Almeida Soares, co-ordenadora do Programa de Línguas Estrangeiras da Es-cola SESC e do Programa de Intercâmbio, e Reynal-do Lopes de Oliveira Ju-nior, professor de Física, acompanharão os alunos

em uma visita à Riverstone Interna-tional School, escola do Oeste america-

no, que funciona em regime não residencial. Riverstone é filiada ao programa In-ternational Baccalaureate-IB, que dá forte ênfase ao aprendizado interdisciplinar, e seu diretor, Andrew Derry, é um experiente coordenador desse programa.

Os alunos assistirão a aulas curricula-res e conhecerão o projeto pedagógico da instituição. Em Boise, cidade do estado de Idaho onde está localizada a escola, eles ficarão hospedados, individualmente, em casas de famílias americanas indicadas pela instituição anfitriã, sendo observado o crité-rio de acomodação em casas com jovens do mesmo gênero. Os dois professores ficarão hospedados em hotéis. Ainda no estado de Idaho, alunos e professores deverão visitar a cidade de Sun Valley, no período de 24 a 29 de abril, onde, entre outras atividades pedagógicas, conhecerão a Lee Pesky Le-arning Center, instituto sob a direção do professor David Holmes. Consultor inter-nacional, Holmes auxiliou a Escola SESC na seleção das instituições americanas, que inclui também a Deefield Academy, de Massachusetts, que receberá a visita de dois professores brasileiros em abril.

Glória Soares explica que este tipo de programa contribui para que o aluno tenha uma forma diferente de olhar o mundo e de se relacionar. Segundo ela, a convivência com aspectos culturais diferenciados já faz parte do cotidiano da escola, que recebe alunos de todo o Brasil. “Nossa escola se preocupa com essa formação mais ampla, humana, integral”, afirma a coordenadora, acrescentando que o estudante é exposto a circunstâncias em que ele possa mostrar sua opinião. “Eles levarão para lá tudo o que nós trabalhamos nesses pouco mais de dois anos e vão falar sobre literatura, reli-gião e outros assuntos.”

Intercâmbio leva alunos da Escola SESC aos

Estados UnidosHospedados em casas de famílias americanas,

estudantes assistirão a aulas curriculares e conhecerão o projeto pedagógico da Riverstone

International School, no Oeste do país

“Nossa escola se preocupa

com essa formação mais

ampla, humana, integral.

Eles levarão para lá tudo o

que nós trabalhamos nes-

ses dois anos”

Glória Soares - Coordenadora

de Intercâmbio

“Estamos levando nosso modo de convivência, que

inclui diversas etnias, pes-soas diferentes, e esperamos experimentar também como é a cultura americana em relação a isso”

Judas Tadeu dos Santos

CNC NotíciasAbril 2010 n°1225252

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Um dos aspectos destacados por Glória Soares é o fato de que a equipe da Esco-la SESC estará representando não apenas uma instituição, mas o próprio País. A expectativa é grande, mas não há receios. “Eles estão altamente positivos com o que vai acontecer. Não há medo, nem dúvida. Isto é resultado de tudo o que cultivamos aqui. O aluno deve expressar suas poten-cialidades e, para isso, o aspecto emocio-nal é muito desenvolvido”, observa Glória.

O reconhecimento do que a escola re-presenta em suas vidas é uma constante entre os jovens. “As vezes não sei nem como vou agradecer esse tanto de coisa que estou recebendo”, afirma o aluno da 3ª série Judas Tadeu Alves dos Santos. Na-tural de Caicó, no Rio Grande do Norte, Judas Tadeu tem grandes expectativas em relação ao intercâmbio com uma escola estrangeira. “Espero que a gente consiga trocar experiências”, diz ele. “Estamos levando nosso modo de convivência, que inclui diversas etnias, pessoas diferentes, e esperamos experimentar também como é a cultura americana em relação a isso, como é que eles percebem essa diversidade.”

O inglês, segundo Judas Tadeu, não será problema. “Quando entrei na escola não sabia nada, nem conjugar o verbo to be”, lembra o estudante potiguar. “Hoje, já passei para o terceiro estágio, o interme-diário avançado, já dá para compreender muito bem o que falam”, completa, apos-tando que o fato de ficar imerso em um

ambiente de língua estrangeira irá fa-vorecer a fluidez nos diálogos. A professo-ra Glória confirma. “O inglês que a gente ensina nesta escola é um inglês para dar sustentação de verdade, para sermos bilín-gues”. Os alunos selecionados para o inter-câmbio, além de Judas Tadeu, são: Andréa Maria Silva (DF), Brunna Barros (RJ), Geraldo Pereira Neto (MG), Luiz Antonio Silva (AM) e Natalia Pasqualon (RS).

A meta de enriquecer a vivência cul-tural dos alunos levou a Escola SESC de Ensino Médio a estabelecer outras ativi-dades. No dia 11 de março, por exemplo, três alunos da escola – um de cada série – participaram de uma visita à Academia Brasileira de Letras. Eles percorreram as instalações do Petit Trianon, como é co-nhecido o prédio da ABL, e conversaram com os escritores. “Os alunos já eram amantes da literatura e agora estão encan-tados”, disse a professora Rubiana Perei-ra, que acompanhou a visita.

A professora Glória Soares e os

alunos participantes: expectativa é

grande, mas sem receios ou dúvidas

Os alunos da Escola SESC de Ensino Médio na visita à Academia Brasileira de Letras (ABL), onde puderam conversar com os escritores

53CNC NotíciasAbril 2010 n°122 53

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O Teatro Maria Sylvia Nunes – Estação das Docas, em Belém do Pará, foi o espaço escolhido

para sediar, em 11 de março, o XIV Fó-rum Amazônia Legal. Realizado duas ve-zes ao ano, o Fórum reúne presidentes das federações do comércio e diretores do SESC e do Senac, com o objetivo de apresentar as iniciativas de sucesso das entidades que compõe o Sistema Fecomércio-SESC-Senac e discutir propostas de interesse da Ama- zônia Legal.

O presidente do Sistema Fe-comércio-SESC-Senac/PA, Car-los Marx Tonini, anfitrião da 14ª edição do Fó-rum, recebeu os presidentes das federações e dire-tores regionais do SESC e do Senac, dos dez Estados que compõem a chamada Amazônia Legal. A classe empresarial local e autoridades também estiveram presentes ao evento. “Discutir a criação de novos rumos para a economia e o comércio, gerar melhorias para o transporte, saúde e educação, são as missões do Fórum Amazônia Legal”, explicou Tonini.

Durante todo o encontro, ocorreram várias reuniões dos diretores da federa-ções do comércio, do SESC e Senac, com apresentação de cases do Sistema e de re-latórios no encerramento dos trabalhos. Entre as ações estudadas no encontro, os presidentes das federações definiram que irão desenvolver um estudo conjunto para analisar o desenvolvimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos

respectivos Estados da Amazônia Legal, com a finalidade de

avaliar e posteriormente cobrar do governo fede-ral as garantias legais de que as ações que forem inseridas no programas sejam efe-tivamente realizadas.

O encerramento do XIV Fórum Ama-zônia Legal, dia 12 de março, foi marca-do pela solenidade de Entrega da Comenda

da Ordem do Mérito Comercial da Amazô-nia. O vice-presidente Financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo Pereira foi um dos home-nageados, no grau de Grande Oficial. A so-lenidade aconteceu na sede campestre da Assembleia Paraense, na cidade de Belém. Para Carlos Marx Tonini, a homenagem é uma forma de reconhecer a contribuição de todos os empresários e profissionais.

Estado do Pará sediou XIV Fórum da Amazônia Legal

Empresários são homenageados

com a Comenda da Ordem do Mérito

da Amazônia

CNC NotíciasAbril 2010 n°1225454

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A CNC recebeu em 5 de abril, no seu endereço no Rio de Janeiro, a governa-dora de São Petersburgo, Valentina Ma-tvienko (foto), acompanhada por uma comitiva de autoridades e empresários russos. O objetivo da visita foi estabe-lecer parcerias com empresas brasileiras de diversas áreas, para estimular relações comerciais, negócios e investimentos.

A governadora foi recebida na CNC pelo presidente da Federação das Câma-ras de Comércio Exterior (FCCE), João Augusto de Souza Lima. Também esti-veram presentes ao encontro o embaixa-dor da Rússia no Brasil, Sergey Pogoso-vich Akopov, o cônsul russo no Rio de Janeiro, Alexey Labetsky, o ex-ministro

No dia 10 de março de 2010, o assessor tributário da CNC, ex-ministro da Justiça, Bernardo Cabral, foi homenageado pela Confederação Nacional do Transporte com a medalha da Ordem do Mérito do Trans-porte Brasileiro 2009, conhecida como Medalha JK. A homenagem foi realizada no Salão de Eventos Meton Soares Junior, na sede da CNT, em Brasília.

Condecorado com a medalha Grã-Cruz, Bernardo Cabral agradeceu em nome de todos os homenageados, lembrou sua tra-jetória política e reforçou que o País preci-sa avançar de forma harmônica e construti-va para superar problemas ainda presentes, como a concentração de renda.

A 18ª edição da entrega da comenda agraciou 19 personalidades de atuação nacional ou regional, entre lideranças

da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento brasi-leiro e presiden-te do Conselho E m p r e s a r i a l Bras i l -Rúss i a , Marcus Vinícius Pratini de Moraes, e o presidente da Câmara Bilateral de Comércio, Indús-tria e Turismo Bilateral Brasil-Rússia, Gilberto Ramos, entre outros. Pratini de Moraes destacou que, além do estímulo do comércio entre os países, é impor-tante incentivar o fluxo de investimen-tos. “Vemos um horizonte otimista para investimentos na Rússia”.

políticas, empresariais e sindicais que contribuíram de forma relevante para o desenvolvimento do transporte brasi-leiro. Os agraciados receberam conde-corações nos graus Grã-Cruz, Grande Oficial e Oficial.

A solenidade prestigiada por parla-mentares e pelo presidente da Acade-mia Brasileira de Letras (ABL) e ex-mi-nistro do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcos Villaça, serviu também para homenagear o patrono da Ordem do Mérito do Transporte - o ex-presi-dente Juscelino Kubitschek. “JK deve ser considerado por todos como o presidente que redescobriu o Brasil para os brasileiros. Visionário, cortou o País com estradas, investiu em ener-gia, acelerou o processo de industria- lização e decidiu pela construção da nova capital”, afirmou o presidente da CNT, Clésio Andrade.

CNC recebe missão empresarial russa

Homenagem a Bernardo Cabral

55CNC NotíciasAbril 2010 n°122 55

ACONTECEU

A atuação internacional do Brasil na frente diplomática tem sido marca-da por polêmicas. Para tentar enten-der a lógica dessas ações, o Conselho Técnico da CNC analisou e debateu os últimos acontecimentos internacio-nais, sob a ótica da política externa brasileira, tais como a crise hondure-nha, a questão dos direitos humanos em Cuba, a visita da secretária de Es-tado americana, Hillary Clinton, as relações com o Irã e a proposta de criação de um Conselho Nacional de Política Exterior.

O viés ideológico e a atitude antia-mericana que se atribui à política exter-na do Governo do presidente Lula foi um dos pontos discutidos. Para os con-

selheiros, esses dois aspectos estão na base de alguns dos equívocos que têm levado o País a entrar em divergência com a comunidade internacional. O caso da resistência à imposição de retaliações ao Irã, por conta da falta de trans-parência da política nuclear daquele país, é um exemplo.

Os integrantes do Conselho Técni-co avaliam, ainda, que uma eventual contribuição brasileira para o processo de paz no Oriente Médio seria muito restrita e que o País deveria manter seu foco na América do Sul.

Contando com onze ex-embaixado-res em seus quadros, o Conselho Téc-nico também abordou o papel desempe-nhado pelo Itamaraty no Governo Lula.

A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), com o apoio da Federação das Câmaras de Comércio Ex-terior (FCCE), promoveu um encontro preparatório para a Canton Fair (Feira

Conselho Técnico analisa política externa

brasileira

Negócios da Chinade Cantão), que será realizada nos meses de abril, maio, novembro e dezembro, na cidade de Guanzhou, capital da pro-víncia de Guangdong, no Sul da China. A reunião com 35 integrantes da missão empresarial que irá à feira foi na CNC e contou com uma apresentação do as-sessor de Comércio Exterior da Confe-deração, Carlos Tavares de Oliveira, um especialista com vários livros publicados sobre o país asiático.

CNC NotíciasAbril 2010 n°1225656

ACONTECEU

HiSTÓriA eM iMAGeM

Missionários do século XXIA ideia de aproveitar garrafas PET vazias para outras finalidades que

não entulhar aterros sanitários não é exatamente nova. Aqui no Brasil mesmo, a criatividade, geralmente associada à falta de recursos e a al-guma visão ecológica, já levou à criação de sistemas de iluminação com garrafas PET, luminárias, peças de artesanato, decoração, fantasias de carnaval e muitas outras soluções. Já se teve notícia de um homem vi-vendo em um barco-casa feito com a matéria plástica, no Rio de Janeiro. Mas o projeto chamado Plastiki vai além. A iniciativa é de um ecologista inglês chamado David Rothschild, que busca despertar a consciência ambiental em relação aos estragos que o plástico causa nos ecossistemas marinhos. De 12 mil garrafas no total, preenchidas com uma pequena quantidade de gelo seco para dar sustentação, surgiu um catamarã de 20 metros de comprimento que zarpou de São Francisco, na Costa Oeste americana, rumo à Austrália, com sete tripulantes a bordo. São 20 mil quilômetros com paradas estratégicas para a divulgação das mensagens e um desafio: chamar a atenção do mundo para mais essa causa ecológica.

(Luca Babini)