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COLÉGIO O BOM PASTOR SOCIOLOGIA PROF. RAFAEL CARLOS

TEORIA CLÁSSICA DA SOCIOLOGIA

MAX WEBER

Tópicos essenciais da sociologia weberiana A definição de ação social de Max Weber

A ação social, para Max Weber, pode ser dividida em quatro ações fundamentais:

ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores,

ação social afetiva e ação social tradicional.

Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das

chamadas ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam.

Entende-se que ações imitativas, nas quais não se confere um sentido para o agir, não

são ditas ações sociais. Mas o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para

analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a

referida análise.

Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser

resumida em quatro ações fundamentais, a saber:

1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional.

Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores

meios para se realizar um fim;

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2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a

ação, mas o valor, seja este ético, religioso, político ou estético;

3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como

orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc., e

4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos

arraigados. (Observe que as duas últimas são irracionais).

Para Weber, a ação social é aquela que é orientada ao outro. No entanto, há algumas

atitudes coletivas que não podem ser consideradas sociais. No que se refere ao

método sociológico, Weber difere de Durkheim (que tem como método a observação e

a experimentação, sendo que esta se dá a partir da análise comparativa, isto é, faz-se

a análise das diversas sociedades as quais devem ser comparadas entre si

posteriormente). Ao tratar os fatos sociais como coisas, Durkheim queria mostrar que

o cientista precisa romper com qualquer pré-noção, ou seja, é necessário, desde o

começo da pesquisa sobre a sociedade, o abandono dos juízos de valores que são

próprios ao sociólogo (neutralidade), uma total separação entre o sujeito que estuda e

o objeto estudado, que também pretendem as ciências naturais. No entanto, para

Weber, na medida em que a realidade é infinita, e quem a estuda faz nela apenas um

recorte a fim de explicá-la, o recorte feito é prova de uma escolha de alguém por

estudar isto ou aquilo neste ou naquele momento. Nesse sentido, não há, como queria

Durkheim, uma completa objetividade. Os juízos de valor aparecem no momento da

definição do tema de estudo.

Assim foi o seu conviver com a doutrina protestante que influenciou Weber na escrita

de “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Para esse teórico, é apenas após a

definição do tema, quando se vai partir rumo à pesquisa em si, que se faz possível ser

objetivo e imparcial.

Compare-se Durkheim e Weber, agora do ponto de vista do objeto de estudo

sociológico. O primeiro dirá que a Sociologia deve estudar os fatos sociais, que

precisam ser: gerais, exteriores e coercitivos, além de objetivos, para esta ser

chamada corretamente de “ciência”. Enquanto o segundo optará pelo estudo da ação

social que, como descrita acima, é dividida em tipologias. Ademais, diferentemente de

Durkheim, Weber não se apoia nas ciências naturais a fim de construir seus métodos

de análises e nem mesmo acredita ser possível encontrar leis gerais que expliquem a

totalidade do mundo social. O seu interesse não é, portanto, descobrir regras

universais para fenômenos sociais. Mas quando rejeita as pesquisas que se resumem

a uma mera descrição dos fatos, ele, por seu turno, caminha em busca de leis causais,

as quais são suscetíveis de entendimento a partir da racionalidade científica.

Por João Francisco P. Cabral

Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

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Os Tipos de Dominação segundo Max Weber

Por: Bianca Wild (Cientista social (Socióloga)- Bolsista do CNPq AT-N).

No cerne de relações sociais, moldadas pelas lutas, Max Weber percebe de fato a dominação, dominação esta, assentada em uma verdadeira constelação de interesses, monopólios econômicos, dominação estabelecida na autoridade, ou seja o poder de dar ordens, por isso ele acrescenta a cada tipo de atividade tradicional, afetiva ou racional um tipo de dominação particular.Weber definiu as dominações como a oportunidade de encontrar uma pessoa determinada pronta a obedecer a uma ordem de conteúdo determinado.

Dominação Legal (onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializadas e há uma Exigência de todo o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado.

Dominação Tradicional (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) ao meu ver seria um tipo de “lei moral”. A criação de um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva.

Dominação Carismática (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados.

Max Weber observa que o poder racional ou legal cria em suas manifestações de legitimidade a noção de competência, o poder tradicional a de privilégio e o carismático dilata a legitimação até onde alcance a missão do “chefe”, na medida de seus atributos carismáticos pessoais.

Referências: WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 1981. COSTA, Cristina. “Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber”, in: Sociologia – Introdução à ciência da sociedade. (2a ed). São Paulo: Moderna, 2001 (pp. 70-77).

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FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à sociedade da Informação. São Paulo: Atlas, 2001.

LISTA DE ATIVIDADES:

1) (UEMA-2006) Segundo Max Weber, a respeito da Sociologia, como ciência, é CORRETO afirmar que:

a) pretende compreender o sentido da ação social. b) não pretende interpretar o sentido da ação social, mas apenas compreender seus efeitos morais. c) o fundamento básico se encontra na sociedade e suas instituições. d) consagrou, com sua autoridade, maneiras de agir e de pensar a realidade. e) possui, antes, uma função moral.

2) Associe a coluna da esquerda com as definições apresentadas por Max Weber para a ação social na coluna da direita:

1. Racional com relação aos

fins

2. Racional com relação a

valores

3. Afetiva

4. Tradicional

( ) Determinada por um costume arraigado.

( ) Especialmente emotiva, determinada por

estados sentimentais atuais.

( ) Crença consciente na ética, estética, religião ou

qualquer conjunto de princípios.

( ) Expectativas no comportamento como condições

ou meios para atingir objetivos.

Fonte: Max Weber. Ação e relação sociaol. In: Sociologia e Sociedade. Foracchi e

Martins.

Identifique a sequência que numera a coluna da direita relacionando-a à da esquerda:

A) 2, 3, 4, 1.

B) 3, 2, 1, 4.

C) 4, 1, 2, 3.

D) 1, 2, 4, 3.

E) 4, 3, 2, 1.

3) (ENEM 2011) Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade da pessoa do soberano; no poder racional, o motivo da obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes extraordinários do chefe.

BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. São

Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).

O texto apresenta três tipos de poder que podem ser identificados em momentos

históricos distintos. Identifique o período em que a obediência esteve associada

predominantemente ao poder carismático:

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a) República Federalista Norte-Americana.

b) República Fascista Italiana no século XX.

c) Monarquia Teocrática do Egito Antigo.

d) Monarquia Absoluta Francesa no século XVII.

e) Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX.

4) (UFU-2012) Nas Ciências Sociais, particularmente na Ciência Política, definir o Estado sempre foi uma tarefa prioritária. As tentativas nesta direção fizeram com que vários intelectuais vissem o Estado de formas diferentes, com naturezas diferentes. Numa palestra intitulada Política como vocação, Max Weber nos adverte, por exemplo, que o Estado pode ser entendido como uma relação de homens dominando homens. No trecho da canção d´O Rappa, Tribunal de Rua, dominação é o que se percebe, também, na relação entre cidadãos e policiais (braço armado do Estado).

A viatura foi chegando devagar E de repente, de repente resolveu me parar

Um dos caras saiu de lá de dentro Já dizendo, aí compadre, você perdeu

Se eu tiver que procurar você tá f... Acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo [...].

(O Rappa. Lado A Lado B. Warner, 1999.) A partir da perspectiva weberiana, relacionada ao trecho da canção acima, evidencia-se que a dominação do Estado: A) é exercida pela autoridade legal reconhecida, daí caracterizar-se fundamentalmente como dominação racional legal. B) é estabelecida por meio da violência prioritariamente exercida contra grupos e classes excluídos social e economicamente. C) ocorre a partir da imposição da razão de Estado, ainda que contra as vontades dos cidadãos que, normalmente, àquela resistem. D) a exemplo da dominação de outras instituições, opera de forma genérica, exterior e coercitiva.

5) (UEL - 2008) De acordo com Max Weber, a Sociologia significa: “uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la casualmente em seu curso e em seus efeitos.” Por ação social entende-se as ações que: “quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso.” (WEBER, M.

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Economia e sociedade. Traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Brasília: Editora UnB, 2000. p. 3)

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir:

I. “Mesmo entre gente humilde, porém, funcionava o sistema de obrigações

recíprocas. O nonagentário Nhô Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai,

sitiante perto de Tatuí, lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo

padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre até

‘arranjar a vida’. Hoje, diz Nhô Roque, a gente paga o batismo e, quando o afilhado

cresce, nem vem dar louvado (pedir a benção).” (CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio

Bonito. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.)

II. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos

mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de

vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura

corretíssima das organizações atléticas.” (CUNHA, E. Os Sertões. São Paulo : Círculo

do Livro, 1989. p. 95.)

III. “Não há assim por que considerar que as formas anacrônicas e remanescentes do

escravismo, ainda presentes nas relações de trabalho rural brasileiro, [...], dando com

isso origem a relações semifeudais que implicariam uma situação de ‘latifúndios de

tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restrições da servidão

da gleba’. Isso tudo não tem sentido na estrutura social brasileira.” (PRADO Jr., C. A

Revolução Brasileira. São Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.)

IV. “O coronel, antes de ser um líder político, é um líder econômico, não

necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados,

empregados ou dependentes. O vínculo não obedece a linhas tão simples, que se

traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem pública [...]

Ocorre que o coronel não manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe

reconhece esse poder, num pacto não escrito.” (FAORO, R. Os donos do poder. v. 2.

Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.)

Correspondem ao conceito de ação social citado anteriormente somente as

afirmativas:

a) I e IV.

b) II e III.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

6) Leia o trecho da matéria a seguir publicada no Jornal Valia - Informativo da Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social Ano X - Nº 116 - Janeiro de 2005.

A chegada da Kombi é saudada por homens, mulheres e crianças que se organizam

rapidamente em filas para receber a sopa e o pão. Mais que o alimento, as pessoas

recebem o carinho e a palavra de incentivo de Maércio e José Gabriel. A noite avança

e eles continuam com uma alegria que só o trabalho voluntário é capaz de

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proporcionar a seus praticantes. A atividade só termina às 22h.

“É assim toda sexta. Mas o trabalho funciona sete dias por semana. Nosso

movimento surgiu no início de 1980, liderado por um grupo de jovens. A eles

juntamos nossa experiência e de lá pra cá muita coisa mudou. O projeto cresceu,

tornou-se uma entidade filantrópica reconhecida como de utilidade pública pelos

governos municipal, estadual e federal”, conta José Gabriel.

Disponível em: http://www.sopaomineiro.org.br/materia_006.asp Acesso em:

30/09/2012.

Indique a afirmativa que pode ser associada à matéria jornalística.

a) As ações descritas na matéria são destinadas às melhorias de um bem comum à

sociedade, demonstrando que o cidadão comum pode intervir de modo direto pela

busca de mudanças.

b) A mudança no estilo de vida moderno, onde o tempo parece estar cada vez mais

escasso, faz com que atividades como a descrita na matéria tornem-se inviáveis.

c) A realização de atividades como a descrita na matéria contribui para causa de um

mal para a sociedade ao beneficiar apenas poucos indivíduos que se encontravam

naquele local no momento.

d) Os avanços e conquistas dos direitos sociais no Brasil ao longo dos últimos anos

tornam atividades como essa que vimos na matéria de jornal completamente

desnecessárias.

e) Toda ação que tem como objetivo fornecer algum tipo de serviço ou assistência à

população sem nenhum ônus traz um prejuízo social ao acostumar aquele individuo a

não pagar por serviços recebidos.

7) No cotidiano, relacionamos as concepções de política e poder como complementares ou até mesmo como sinônimos, quando dizemos que alguém está “ocupando o poder” no sentido de exercer um importante cargo político.

Contudo, a charge acima demonstra a noção de poder com um sentido diferente,

fazendo-nos inferir que tal expressão é polissemântica, ou seja, dotada de distintos

significados. Do ponto de vista sociológico, podemos mais precisamente definir poder

como:

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a) A capacidade de dar significados ao mundo e a realidade que nos cerca.

b) A prerrogativa humana de existir enquanto ser pensante.

c) O monopólio legítimo da ação.

d) Capacidade de agir e produzir efeitos sobre indivíduos e/ou grupos sociais.

8) Para Weber, a dominação legal ou burocrática começa onde vigora o uso da força unilateral legitimada pelas leis. O poder, assim, estaria presente naquela relação onde o inferior reconhece a legitimidade de seu superior e não pode resistir-lhe.

Max Weber, sociólogo alemão que definiu os tipos sociais de dominação.

Valendo-se dessa definição, assinale a alternativa que APRESENTA apenas relações

de dominação burocrática ou legal:

a) Senhor e escravo. b) Estado e cidadão. c) Pai e filho. d) Avó e neta.

9) Para além de alguns ambientes esportivos, existem também aqueles em que a violência é utilizada como instrumento para a manutenção da ordem estabelecida.

Cena do filme brasileiro “Tropa de Elite”

Trata-se da violência praticada por agentes do Estado. Devemos, assim,

lembrar as palavras do também sociólogo Max Weber, que definiu o Estado

como a instituição que detém o monopólio sobre o uso legítimo da força.

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Assinale a afirmativa que indica instituições que fazem esse uso legítimo da

força em nossa sociedade.

a) A polícia e as gangues urbanas. b) Seguranças e grupos de extermínio. c) A polícia e as forças armadas. d) Capangas e seguranças.

10) Observe a charge e o trecho escrito por Max Weber.

“(...) A dominação, ou seja, a probabilidade de encontrar obediência a um determinado

mandato pode fundar-se em diversos motivos de submissão. Pode depender

diretamente de uma constelação de interesses, ou seja, de considerações utilitárias de

vantagens e inconvenientes por parte daquele que obedece. Pode também depender de

mero “costume”, do hábito cego de um comportamento inveterado. Ou pode fundar-se,

finalmente no puro afeto, na mera inclinação pessoal do súdito.”

[Max Weber. Os três tipos puros de dominação legítima.

Coleção Grandes Cientistas Sociais. Volume 13. Pág.128]

A partir da análise dos elementos supracitados nos permite inferir que o tipo de

dominação que os candidatos exercem sobre os eleitores é:

a) A dominação tradicional, uma vez que se funda na antítese social entre dominados e dominadores, tal qual o senhor de engenho em relação a seus escravos.

b) A dominação carismática, pois o vínculo esperado pelos eleitores, na charge, é de caráter afetivo, expresso no valor monetário da caridade feita por ambos.

c) A dominação burocrática, compreendendo um quadro técnico especializado e com méritos escolhido por processos competitivos legalizados, evitando-se o nepotismo e o favorecimento.

d) A dominação legal, prevendo uma dominação fundamentada na lei, atribuindo a quem exerce o poder político a responsabilidade pelos atos dos cidadãos.

e) As letras C e D se complementam, portanto a dominação expressa na charge acima é tanto legal quanto burocrática.