Tireóide e Emoções

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Tireóide e Emoções A tireóide é responsável pela regulação do metabolismo e muito relacionada ao sistema neuropsíquico. | Psicossomática | A tireóide ou tiróide é uma glândula responsável pela regulação do metabolismo geral do organismo e muito relacionada ao sistema neuropsíquico. As alterações clínicas e francas dessa glândula, para mais (Hipertiroidismo ) ou para menos (Hipotiroidismo ) comprometem significativamente o psiquismo, entretanto, pequenas alterações (subclínicas), muitas vezes sem sintomas claros e evidentes também podem envolver as emoções (Romaldini, Sgarbi JA, Farah , 2004). Recentemente é forte a tendência nas pesquisas sobre estados subclínicos das alterações de tiróide, mas suficientes para produzir complicações emocionais. O diagnóstico desses casos subclínicos se firma laboratorialmente. O Hipotiroidismo Subclínico e o Hipertiroidismo Subclínico são caracterizados por concentrações normais de T4 e T3 nos exames e valores mais elevados de TSH elevado Hipotiroidismo Subclínico ou diminuído no Hipertiroidismo Subclínico . As prevalências são baixas e os sintomas e sinais clínicos de disfunção tiroideana escassos. No Hipotiroidismo Subclínico , colesterol total e LDL-C estão ligeiramente elevados. O Hipotiroidismo e o Hipertiroidismo subclínicos foram, por muito tempo, considerados apenas uma alteração laboratorial, supostamente sem manifestações clínicas. Estudos mais recentes e muito mais criteriosos revelaram anormalidades clínicas importantes decorrentes desses dois quadros. Essas conseqüências clínicas causam, principalmente, alterações hematológicas, neuropsiquiátricas, cardíacas e vasculares, além de distúrbios no metabolismo dos lipídeos (Caron , 1990; Kahaly , 2000). Funcionamento A tireóide mede aproximadamente 5 cm de diâmetro localizada no pescoço, sob a pele, abaixo do pomo de Adão. Os dois lobos (metades) da tiróide estão conectadas em sua parte central (istmo), dando à glândula o aspecto da letra “H” ou de uma gravata borboleta. A secreção dos hormônios tiroideanos é regulada à distância pela Hipófise , situada no Hipotálamo , a mesma região cerebral mobilizada desde o início do estresse. O Hipotálamo produz o neuro-hormônio chamado Hormônio de Liberação de Tireotropina (TRH), e este age na Hipófise estimulando a produção de outro hormônio, o Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH). Assim, o TSH fabricado na Hipófise irá agir na Tireóide , estimulando a produção detiroxina (T4), que é o hormônio tiroideano. A tiroxina é muito importante na regulação do metabolismo, principalmente dos carboidratos, proteínas e lipídios. Mas ela não faz isso sozinha e nem diretamente. Na realidade a tiroxina tem apenas um efeito discreto (quando o tem) sobre o aumento da taxa metabólica do organismo. No fígado e em outros órgãos, ela é convertida na forma realmente ativa, a triiodotironina (T3). Esta conversão produz aproximadamente 80% da forma ativa do hormônio. Além disso, a T4 e a T3 potencializam a ação de outros hormônios, como por exemplo, as catecolaminas e o hormônio do crescimento. A partir de determinado nível de T4 na circulação, ela acaba por estimular retroativamente a própria Hipófise , para que esta interrompa a secreção de TSH , fazendo “supor” que os níveis de tiroxina já estão suficientes. Este mecanismo de retroalimentação é chamado de bio-feedback e permite um controle do nível do TSH e do hormônio tiroideano. A tiróide é envolvida nas questões emocionais por conta do envolvimento do Hipotálamo diante das emoções. Começa no Hipotálamo as alterações na secreção do TRH , conseqüentemente alterando a produção hormonal da Hipófise de TSH e, conseqüentemente também, produzindo alterações da Tiroxina na tiróide, tanto aumentando quanto diminuindo a produção. Na Fase de Alarme do estresse é comum o hipertiroidismo e no Esgotamento o hipotiroidismo, embora essas alterações possam acontecer inversamente. O curioso em relação à tireóide , é a reciprocidade entre essa glândula e as emoções; os estados emocionais mais contundentes e o estressem leva a alterações da tireóide, entretanto, as alterações da tiróide também levam à alterações emocionais, fechando assim um círculo vicioso. Assim sendo, alterações de tireóide junto com alterações psiquiátricas são muito comuns, chegando a chamar atenção dos clínicos, psiquiatras e endocrinologistas. Explicar, entretanto, se elas ocorrem porque a tireóide interfere no psiquismo ou se o psiquismo interfere na tireóide tem sido objeto de muitos estudos. Inquestionável na prática é o fato dos tratamentos psiquiátricos melhorarem muito a função da tireóide alterada e vice-versa. Além disso, em depressões resistentes e quando precisamos de um tratamento mais rápido, a associação dos antidepressivos com hormônios tereoideanos é brilhante. Hipertiroidismo As anomalias funcionais da glândula tireóide são freqüentes, acometendo cerca de 5 % da população geral, com forte predomínio nas mulheres. Calcula-se que, no mundo, mais de 200 milhões de pessoas sofrem com alguma forma de doença da tireóide . A glândula tireóide pode produzir hormônio demais (hipertireoidismo ), ou de menos (hipotireoidismo ), fazendo o corpo usar energia mais lentamente do que ele deve. Ohipertiroidismo , diagnosticado facilmente pelos sintomas clínicos e por exames de laboratório, é uma condição na qual a tireóide se encontra hiperativa, produzindo excesso de hormônios. O hipertiroidismo possui várias causas, incluindo reações imunológicas (possível causa da Doença de Graves ). As pessoas portadoras de tireoidite (inflamação da tireóide) comumente apresentam um período de hipertiroidismo no início da doença. Posteriormente, entretanto, a hiperatividade inicial é substituída pelo hipotireoidismo transitório ou permanente. A Doença de Basedow (bócio difuso tóxico) e/ou Doença de Graves , pode ter origem autoimune, cuja natureza parece depender do estresse, pode ser devido à um adenoma tóxico (hiperfuncionamento primário da glândula) ou decorrente de uma tireoidite subaguda , cuja origem poderia ser viral. Todo quadro clínico do hipertireoidismo pode aparecer rapidamente ou insidiosamente, pode estar associado à presença de bócio, taquicardia, palpitações, pele mais quente, sudorese excessiva, emagrecimento junto com aumento do apetite. Podem estar presentes alguns sinais oculares próprios na Doença de Basedow , como olhar frio, piscar demorado, retração palpebral, conjuntivas injetadas e lacrimejamento.

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A tireóide é responsável pela regulação do metabolismo e muito relacionada ao sistema neuropsíquico.

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Tireide e EmoesA tireide responsvel pela regulao do metabolismo e muito relacionada ao sistema neuropsquico.|Psicossomtica|

Atireideoutiride uma glndula responsvel pela regulao do metabolismo geral do organismo e muito relacionada ao sistema neuropsquico. As alteraes clnicas e francas dessa glndula, para mais (Hipertiroidismo) ou para menos (Hipotiroidismo) comprometem significativamente o psiquismo, entretanto, pequenas alteraes (subclnicas), muitas vezes sem sintomas claros e evidentes tambm podem envolver as emoes (Romaldini, Sgarbi JA, Farah, 2004).Recentemente forte a tendncia nas pesquisas sobre estados subclnicos das alteraes de tiride, mas suficientes para produzir complicaes emocionais. O diagnstico desses casos subclnicos se firma laboratorialmente. OHipotiroidismo Subclnicoe oHipertiroidismo Subclnicoso caracterizados por concentraes normais de T4 e T3 nos exames e valores mais elevados deTSHelevadoHipotiroidismo Subclnicoou diminudo noHipertiroidismo Subclnico. As prevalncias so baixas e os sintomas e sinais clnicos de disfuno tiroideana escassos. NoHipotiroidismo Subclnico, colesterol total e LDL-C esto ligeiramente elevados.OHipotiroidismoe oHipertiroidismosubclnicos foram, por muito tempo, considerados apenas uma alterao laboratorial, supostamente sem manifestaes clnicas. Estudos mais recentes e muito mais criteriosos revelaram anormalidades clnicas importantes decorrentes desses dois quadros. Essas conseqncias clnicas causam, principalmente, alteraes hematolgicas, neuropsiquitricas, cardacas e vasculares, alm de distrbios no metabolismo dos lipdeos (Caron, 1990;Kahaly, 2000).FuncionamentoAtireidemede aproximadamente 5 cm de dimetro localizada no pescoo, sob a pele, abaixo do pomo de Ado. Os dois lobos (metades) datirideesto conectadas em sua parte central (istmo), dando glndula o aspecto da letra H ou de uma gravata borboleta. A secreo dos hormnios tiroideanos regulada distncia pelaHipfise, situada noHipotlamo, a mesma regio cerebral mobilizada desde o incio do estresse. OHipotlamoproduz o neuro-hormnio chamadoHormnio de Liberao de Tireotropina(TRH), e este age naHipfiseestimulando a produo de outro hormnio, oHormnio Estimulador da Tireide(TSH).Assim, oTSHfabricado naHipfiseir agir naTireide, estimulando a produo detiroxina(T4), que o hormnio tiroideano. Atiroxina muito importante na regulao do metabolismo, principalmente dos carboidratos, protenas e lipdios. Mas ela no faz isso sozinha e nem diretamente. Na realidade a tiroxina tem apenas um efeito discreto (quando o tem) sobre o aumento da taxa metablica do organismo. No fgado e em outros rgos, ela convertida na forma realmente ativa, atriiodotironina(T3). Esta converso produz aproximadamente 80% da forma ativa do hormnio. Alm disso, a T4 e a T3 potencializam a ao de outros hormnios, como por exemplo, as catecolaminas e o hormnio do crescimento.A partir de determinado nvel de T4 na circulao, ela acaba por estimular retroativamente a prpriaHipfise, para que esta interrompa a secreo deTSH, fazendo supor que os nveis de tiroxina j esto suficientes. Este mecanismo de retroalimentao chamado debio-feedbacke permite um controle do nvel doTSHe do hormnio tiroideano.Atiride envolvida nas questes emocionais por conta do envolvimento doHipotlamodiante das emoes. Comea noHipotlamoas alteraes na secreo doTRH, conseqentemente alterando a produo hormonal daHipfisedeTSHe, conseqentemente tambm, produzindo alteraes daTiroxinana tiride, tanto aumentando quanto diminuindo a produo. Na Fase de Alarme do estresse comum o hipertiroidismo e no Esgotamento o hipotiroidismo, embora essas alteraes possam acontecer inversamente.O curioso em relao tireide, a reciprocidade entre essa glndula e as emoes; os estados emocionais mais contundentes e o estressem leva a alteraes da tireide, entretanto, as alteraes da tiride tambm levam alteraes emocionais, fechando assim um crculo vicioso.Assim sendo, alteraes detireidejunto com alteraes psiquitricas so muito comuns, chegando a chamar ateno dos clnicos, psiquiatras e endocrinologistas. Explicar, entretanto, se elas ocorrem porque a tireide interfere no psiquismo ou se o psiquismo interfere natireidetem sido objeto de muitos estudos.Inquestionvel na prtica o fato dos tratamentos psiquitricos melhorarem muito a funo datireidealterada e vice-versa. Alm disso, em depresses resistentes e quando precisamos de um tratamento mais rpido, a associao dos antidepressivos com hormnios tereoideanos brilhante.HipertiroidismoAs anomalias funcionais da glndulatireideso freqentes, acometendo cerca de 5 % da populao geral, com forte predomnio nas mulheres. Calcula-se que, no mundo, mais de 200 milhes de pessoas sofrem com alguma forma de doena datireide.A glndulatireidepode produzir hormnio demais (hipertireoidismo), ou de menos (hipotireoidismo), fazendo o corpo usar energia mais lentamente do que ele deve. Ohipertiroidismo, diagnosticado facilmente pelos sintomas clnicos e por exames de laboratrio, uma condio na qual atireidese encontra hiperativa, produzindo excesso de hormnios.Ohipertiroidismopossui vrias causas, incluindo reaes imunolgicas (possvel causa daDoena de Graves). As pessoas portadoras de tireoidite (inflamao da tireide) comumente apresentam um perodo dehipertiroidismono incio da doena. Posteriormente, entretanto, a hiperatividade inicial substituda pelohipotireoidismotransitrio ou permanente.ADoena de Basedow(bcio difuso txico) e/ouDoena de Graves, pode ter origem autoimune, cuja natureza parece depender do estresse, pode ser devido um adenoma txico (hiperfuncionamento primrio da glndula) ou decorrente de umatireoidite subaguda, cuja origem poderia ser viral.Todo quadro clnico dohipertireoidismopode aparecer rapidamente ou insidiosamente, pode estar associado presena de bcio, taquicardia, palpitaes, pele mais quente, sudorese excessiva, emagrecimento junto com aumento do apetite. Podem estar presentes alguns sinais oculares prprios naDoena de Basedow, como olhar frio, piscar demorado, retrao palpebral, conjuntivas injetadas e lacrimejamento.Em caso dehipertireoidismofranco, as determinaes de hormnios mostram valores altos de T4 e T3 (totais e livres), e valores baixos ou nem detectveis deTSH. O teste de estimulao deTSHcomTRH negativo. Nos casos dehipertireoidismosubclnico, aHipfise"percebe" as pequenas variaes de T4 e T3 livres, e diminui sua produo deTSH, muito antes que o T4 e T3 sejam francamente anormais.Nohipertireoidismopode haver tambm um quadro depressivo, entretanto, aqui adepressocostuma ser do tipo agitado, com alto grau de ansiedade. Com freqncia os pacientes se queixam de fadiga associada a insnia.Alguns transtornos psicticos, de aspeto confusional e delirante,se manifestam em casos de fortes crises agudas ou de fases muito avanadas dehipertireoidismo. Nos idosos a apatia freqente, havendo instabilidade do humor, do tipo disfrico, ansiedade e, menos freqentemente, um quadro de melancolia.Esses sintomas neuropsiquitricos dohipertireoidismopodem desaparecer apenas com um tratamento antitireoideano (por exemplo, com carbimazol, propiltiuracil, etc). Quando existem manifestaes psicticas necessria a prescrio de antipsicticos e neurolpticos, mesmo durante o tratamento endocrinolgico.A produo excessiva de hormnios pela tireide nohipertiroidismo, seja ele devido a qualquer causa, gera um quadro de irritao e ansiedade, alm de suor excessivo, taquicardia, emagrecimento, pele quente, tremores e insnia, podendo ainda ocorrer aumento de volume do pescoo e dos olhos. Por outro lado, a ansiedade tambm pode resultar emhipertiroidismo, pelos mecanismos hipofisrios vistos acima.Ohipertiroidismocausado pelaDoena de Graves, bastante grave, capaz de afetar substancialmente a qualidade de vida. Acredita-se que aDoena de Graves(bcio difuso txico) seja causada por um anticorpo que estimula a tireide a produzir quantidades excessivas de hormnios tireoidianos. Os indivduos comDoena de Gravesapresentam os sinais tpicos dohipertiroidismo.Essa doena incide em aproximadamente 2% das mulheres e 0,25% dos homens. Apesar de ser considerada uma doena autoimune por estar associada Imunoglobulina G (IgG), uma protena queestimula o receptor doHormnio Estimulador da Tireide(TSH), pode ser desencadeada por fatores ambientais e, principalmente pelo estresse (Romaldini, 2001).Ela produz os hormnios tireoideanos (T4 e T3), que modulam a velocidade com que a energia ser consumida. A glndula tireide estimulada a produzir o T3 e T4 por outro hormnio, oTSH(hormnio treo-estimulante ou tireotrofina), produzido naHipfise(glndula situada no crebro).AHipfise, por sua vez, estimulada a produzir oTSHpor outro hormnio ainda, oTRH(hormnio liberador da tireotrofina), este produzido noHipotlamo(uma rea do crebro).HipotireoidismoOhipotireoidismo tambm diagnosticado facilmente pelos sintomas clnicos e por exames de laboratrio, uma condio na qual a tireide se encontra trabalhando menos do que deveria (hipoativa) e a produo de hormnio tiroideano baixa. Ohipotireoidismotambm pode ser muito grave.De um modo geral ohipotireoidismomais comum do tipo primrio, geralmente causado por umatireoidite de Hashimoto, que se caracteriza por uma inflamao crnica da tireide ocasionada por anticorpos que atacam a prpria tireide (doena autoimune). Algumas pessoas j nascem comhipotireoidismo(congnito).Natireoidite de Hashimotoa tireide freqentemente se encontra aumentada e o quadro completo dehipotireoidismopode se manifestar anos mais tarde. Nesses casos a glndula vai sendo destruda gradualmente.Por incrvel que parea, a segunda causa mais comum dehipotireoidismo o tratamento muito entusiasmado dohipertireoidismoe algumas dietas inconseqente para emagrecimento. Uma causa muito freqente de hipotireoidismo em pases subdesenvolvidos a carncia crnica de iodo na dieta, acarretando aumento do tamanho da tireide e reduo de sua atividade.Em caso dehipotireoidismo, a produo hormonal da glndula est diminuda, portanto, o T4 total e/ou a FT 4 (T4 Livre) esto diminudos. A vantagem de fazer a dosagem de T4 Livre por se tratar de um mtodo direto, rpido e preciso. OTSH, por sua vez, est alto, devido falta do feedback (retrocontrole) dos hormnios produzidos pela glndula, j que eles esto baixos.Como o defeito no est naHipfise, nem noHipotlamo, a estimulao daHipfisecom oTRHtem uma pronta resposta na secreo deTSH, mas os hormnios tireoideanos no aumentam. Portanto, a pessoa que tem uma combinao de baixos nveis de T4 com umTSHelevado conhecida como portadora dehipotireoidismosubclnico, o qual, no tratado, levar 20% dos casos a desenvolver um hipotireoidismo mais evidente a cada ano que passa.Ohipotireoidismopode ser primrio, quando o defeito da prpria glndula tireide, como por exemplo, na atrofia tireoideana ou natireoidite de Hashimoto, ambas de origem autoimune, ou nas alteraes da glndula por teraputica hormonal (geralmente em regimes alimentares que usam hormnio tireoideano), nos tratamentos por iodo radioativo ou por cirurgia com retirada da glndula.Ohipotireoidismopode ser ainda secundrio, ou seja, ter origem fora da glndula com repercusses nela. Normalmente isso ocorre quando h diminuio da produo doHormnio Estimulante da Tireide(TSH), resultado de aliteraes naHipfise. Pode ainda, ohipotireoidismo, ser tercirio, cuja origem uma falha na secreo doHormnio Liberador do TSH(TRH) noHipotlamo.Ohipotiroidismopode gerar sintomas tais como, desnimo, apatia e depresso, alm de fraqueza, diminuio da memria, aumento de peso, pele seca, queda de cabelos, intestino preso, etc. Reciprocamente, a depresso, por sua vez, tambm pode levar ao hipotiroidismo.Sintomas PsiquitricosQuando ohipotireoidismo de intensidade mdia, a sintomatologia predominantemente dominada por um quadro depressivo, ao qual se associam lentificao da fala, diminuio do rendimento intelectual, fadiga, diminuio do apetite e apatia.Como se desenvolve um quadro depressivo nohipotireoidismoainda no est bem esclarecido, mas em ratos, o hipotiroidismo associado extirpao cirrgica da tireide afeta o sistema noradrenrgico (neurotransmissor importante na regulao do humor), sendo aventada possvel ligao entre esta ocorrncia e alterao em funes neuropsquicas.Outra possibilidade a de que ohipotireoidismose associa com umareduo na atividade da serotonina(outro neurotransmissor importante na regulao do humor). Com a reposio de medicamentosa de tiroxina observam-se melhora dos sintomas depressivos e melhora da atividade serotonrgica em todos eles. Esses achados sugerem que a neurotransmisso serotonrgica afetada pelohipotireoidismoe pode ser revertida com reposio de T4.Miriam Oliveiradestaca achados de alto nmero de pacientes hipotiroideanos com sintomas sugestivos de transtornos depressivos, sugerindo que muitos desses pacientes poderiam ser beneficiados com avaliao e atendimento psiquitrico adequados, concomitante ao tratamento endcrino (Miriam C. Oliveira e cols., 2001).O quadro psicolgico classicamente associado aohipotireoidismograve de ansiedade severa e agitao, manifestado por alucinaes, comportamento paranide e at demncia, quadro este conhecido por "loucura mixedematosa". Esse tipo de demncia associada aohipotireoidismo, felizmente, reversvel com a reposio hormonal (Clarnette, 1994).SegundoRosalinda Camargo(2005), At o raciocnio fica mais lento" na falta de hormnio da tireide. Depresso, ganho de peso, dificuldade para engravidar e at queda de cabelo... longa a lista de conseqncias das disfunes da glndula tiride, assunto da hora e da vez nos consultrios mdicos.Apesar de mais casos estarem sendo descobertos hoje em dia, devido ao aprimoramento dos meios de diagnstico, a prpria incidncia tambm tem sido cada vez maior, segundo ainda a endocrinologistaRosalinda Camargo, da Unidade de Tireide do Hospital das Clnicas de So Paulo.Ohipotireoidismona populao geral, antes de 1994, era em torno de 9%. Agora 15 a 20% da populao apresenta tireoidite, que uma das principais causas do hipotireoidismo. Esse assunto deve preocupar, sobretudo, as mulheres. Elas so muito mais propensas a disfunes na tireide, tendo uma incidncia de dez mulheres para cada quatro homens com o problema.A maioria dos pacientes hipotiroideanos apresenta um quadro depressivo, mas o tratamento com antidepressivos no eficaz enquanto ohipotireoidismono for corrigido pela administrao de tiroxina. de bom senso, nos casos de m resposta da depresso a um tratamento antidepressivo, realizar um exame do funcionamento datireide. Alguns autores acreditam que ohipotireoidismoestaria presente em 8 a 17 % das pessoas deprimidas. Essa incidncia estaria diretamente relacionada ao fato dohipotireoidismoser autoimune.A par do que se sabe, concretamente, das alteraes datireidena depresso (e vice-versa), tambm nos casos deestresseo funcionamento da glndula est alterado. H uma diminuio da produo deTSHpela hipfise e uma inibio da converso de T4 em T3. Trata-se de um mecanismo fisiolgico de defesa e proteo noestresse, provocado pelos corticides, com objetivo de conservar a energia durante a reao de alarme.Pacientes comAnorexia Nervosaapresentam tambm uma alterao caracterstica que pode, primeira vista, parecer contraditria. Alguns sintomas daAnorexiaso sugestivos tanto dehipotireoidismo(bradicardia, diminuio do reflexo aquileo, aumento do colesterol), como dehipertireoidismo(hiperatividade, aumento do metabolismo basal).Como, exatamente, se desenvolve um quadro depressivo nohipotireoidismoainda no est bem esclarecido. Em ratos, ohipotireoidismoassociado extirpao cirrgica datireide(tireoidectomia) afeta o sistema noradrenrgico, sendo aventada possvel ligao entre esta ocorrncia e alterao em funes neuropsquicas.A forma mais grave de alterao emocional decorrente dohipotireoidismo chamada deloucura mixedematosa(mixedema um quadro de edema geral de origem tireoideano), que se caracteriza por um quadro verdadeiramente psictico, do tipo confusional, delirante e alucinatrio ou, quando no, por um profundo estado melanclico, com freqncia estuporoso. Algumas outras raras vezes a alterao do humor se d por um quadro de hipomania. Nos idosos essas alteraes podem lembrar um quadro demencial.Sinais FsicosOs sintomas comeam paulatinamente, no incio com aumento do peso, hipersensibilidade ao frio, pele seca, infiltrao pseudoedematosa do rosto e dos membros (inchao), cabelo seco e fino, freqncia cardaca lenta (bradicardia) e irregularidades do ciclo menstrual. Em geral, os sinais fsicos e psiquitricos, sobretudo se ohipotireoidismo diagnosticado precocemente, melhoram com o tratamento hormonal substitutivo, porm, calcula-se que 10% dos pacientes continua a apresentar sintomas neuropsiquitricos residuais.Os sintomas do hipotireoidismo so os seguintes:Bcio (papo);Aumento de peso;Cansao crnico;Depresso;Dificuldade de concentrao;Lapsos de memria;Pele ressecada;Cabelos speros e quebradios;Constipao intestinal (priso de ventre);Anemia ;Dificuldade para engravidar e abortamentos;V Inchao de tornozelos e face;V Colesterol elevado;Dor e fraqueza muscular;Dores nas juntas.Hipotiroidismo Subclnico e Hipertiroidismo SubclnicoOHipotiroidismo Subclnico uma disfuno caracterizada, curiosamente,por valor srico aumentado doTSHcom concentraes normais FT4 e FT3, na ausncia de sintomas clnicos manifestos. Esta entidade j foi denominada dehipotiroidismopr-clnico ou diminuio da reserva da tiride (Basteniee cols, 1971).Ohipotiroidismofranco pode, realmente resultar em certo ganho de peso. Isso porque o organismo trabalha mais lentamente, queima menos gordura. bom ter em mente tambm que a incidncia de hipotiroidismo aumenta com a idade. Com o passar dos anos, nosso metabolismo cai, por isso que o ideal seria comermos cada vez menos. Mas, como comer um hbito, a tendncia manter o mesmo volume de comida, seno mais ainda.Tambm com o avano da idade oHipotiroidismo Subclnicotende a evoluir para hipotiroidismo clnico franco, dependendo da causa e do grau de dano da funo tiroideana. Segundo Vanderprum (1995), quando a causa doHipotiroidismo Subclnicofor atireoidite de Hashimoto, a progresso mais rpida.A comunicao principal que todos mdicos insistem em afirmar e o pblico leigo insiste no contrrio, por conforto ou consolo, sobre uma eventual relao forte e obrigatria entre obesidade etiride. Na realidade no existe essa relao nas gigantescas propores que os(as) amigos(as) da mesa acreditam. Normalmente, a culpa pela maioria dos quilos a mais na balana no da tireide e a grande parte das pessoas engorda porque, de fato, come mais e gasta menos.ADepresso, Doena do Pnicoe alteraes de testes cognitivos so freqentes noHipotiroidismo Subclnicoe seu tratamento endcrino indicado quando oTSH maior do que 8mU/L e se constata a presena de anticorpos antitiroideanos, e o tratamento doHipertiroidismo Subclnico, quando existem sintomas, em idosos ou concentrao deTSHmenor do que 0,1mU/L (Romaldini, Sgarbi e Farah, 2004).A prevalncia doHipotiroidismo Subclnicovaria com idade e sexo variando entre 2,5 a 10,4%. Quando o quadro acompanhado de valores elevados de anticorpos antitiroideanos, o risco de progresso parahipotiroidismoclnico franco aumenta em 5% ao ano (4-6). Incide mais no sexo feminino, e principalmente em pacientes com mais de 60 anos de idade, podendo alcanar, nesta faixa etria, ndices de 15% (Sawin, 1985;Rosenthal, 1987).Associao deHipotiroidismo SubclnicocomDepressoeDoena do Pnico bem estabelecida.Haggerty e cols. (1993) detectaram maior incidncia dedepressoem pacientes comHipotiroidismo Subclnico(56% a mais) do que em pessoas com tiride normofuncionante (grupo controle). Recentemente,Chueire e cols. (2003), estudando 451 pacientes idosos (acima de 60 anos) na PUC-Campinas e UNICAMP, demonstraram que 14% das depresses nesta faixa etria est associada com elevao de TSH srico, mas maior incidncia ainda nos casos deHipotiroidismo Subclnico(49%). de extrema importncia para o tratamento da depresso em pacientes idosos, reconhecidamente difcil para qualquer psiquiatra, a pesquisa deToffe e cols. (1992), na qual demonstraram que idosos deprimidos associados aoHipotiroidismo Subclnicogeralmente apresentam resposta insatisfatria s drogas antidepressivas, caso no estejam recebendo levotiroxina.H algumas dcadas vrios trabalhos vm mostrando a eficcia do tratamento doHipotiroidismo Subclnicocom hormnios tiroideanos, justificados pelas presenas significativas de sintomas clnicos noHipotiroidismo Subclnicocomparados com pessoas sem problemas de tiride.Cooper e cols(1984) obtiveram melhora em 50% dos pacientes tratados com hormnios (contra 12% dos que receberam placebo), cujo objetivo era a correo da elevao doTSHcom levotiroxina. Esse fato sugeria que esta freqncia aumentada de sintomas estava relacionada com uma deficincia mnima nos hormnios tiroideanos.Outros estudos dirigidos para a cognio e a funo mental (memria de curta durao e tempos de reao fsicos), constataram melhora importante em 25% dos pacientes comHipotiroidismo Subclnicodurante o perodo de tratamento com levotiroxina, sugerindo que aquelas deficincias cognitivas foram causadas pela insuficincia dos hormnios tiroideanos em nvel celular (Bough e cols., 1978;Bell e cols., 1985).Nystrm e cols. (1988) constataram diminuio em 50% no ndice de sintomas durante o perodo de tratamento sugere que essa sintomatologia independe dos valores sricos de T4.OHipotiroidismo Subclnicotem as mesmas causas dohipotiroidismoclnico, sendo as doenas auto-imunes as mais freqentes e responsveis por mais de 50% dos casos, com maior proporo (10%) no sexo feminino na menopausa (Tunbridge e cols,.1981).O tratamento inadequado do hipotiroidismo clnico, com doses insuficientes de hormnio de reposio tambm pode manter o paciente emHipotiroidismo Subclnico, com TSH elevado. Alguns medicamentos de uso comum na maior idade, como por exemplo a amiodarona (antiarrtmico cardaco) ou carbonato de ltio (usado no Transtorno Afetivo Bipolar) tambm podem alterar a funo tiroideana.Hipertiroidismo SubclnicoOHipertiroidismo Subclnico definido pela combinao de nveis baixos ou ausentes doTSH, juntamente com nveis normais de T4-livre e T3-livre. O termo subclnico sugere a ausncia ou minimizao de manifestaes clnicas dehipertiroidismo. Mas isso no quer dizer que sintomas possam estar presentes em freqncia e intensidade variveis.A prevalncia doHipertiroidismo Subclnico muito variada, dependendo da etnia, sexo, idade e at mtodo de pesquisa. De qualquer forma oHipertiroidismo Subclnico muito menos comum que oHipotiroidismo Subclnico.Whickham(citado porTunbridge e cols., 1997), um dos primeiros pesquisadores a estudar a prevalncia deHipotiroidismo Subclnicoentre 1972 e 1974, na Inglaterra, alertou para um alto nmero de mulheres com nveis deTSHbaixo (10%) e nenhum homem. Houve seguimento de 20 anos desse grupo de pessoas pesquisadas, os mtodos de pesquisa foram aprimorados (Vanderprum, 1995), chegando-se a prevalncia deHipertiroidismo Subclnicode 0,6%.Canaris(2000), no Colorado, encontrou uma prevalncia de 0,9% de pessoas com valores baixos doTSHentre 25.862 participantes. No Japo, foram encontradas prevalncias entre 0,27 e 0,7% (Konno, 1993). Essa prevalncia baixa doHipertiroidismo Subclnicoaumenta um pouco entre idosos, mas mesmo assim no passa de valores entre 1,3 e 2% (Samuels, 1998). Assim sendo, em qualquer desses estudos oHipertiroidismo Subclnico bem menos comum que o Hipotiroidismo Subclnico, cuja prevalncia de aproximadamente 6%.As pesquisas que envolvem alteraes emocionais relacionadas aoHipertiroidismo Subclnicono tm sido significativas, tanto quanto so em relao aoHipotiroidismo Subclnico, entretanto, tendo em vista outras alteraes produzidas no organismo, recomenda-se tratar tambm oHipertiroidismo Subclnico.Eixo Hipotlamo-Hipfise-Tireoideano e PsiquiatriaEm pessoas normais a secreo deTSHaumenta durante a noite, quando os nveis de T3 e T4 diminuem. Em pacientes deprimidos esse ritmo circadiano da TSH pode estar perturbado, chegando a haver ausncia do pico noturno de secreo de TSH (Duval,1990). Estas alteraes tendem a normalizar-se com a cura do Episdio Depressivo (Souetre,1988). antigo o interesse da psiquiatria em relao aos nveis de hormnios tireoideanos e a depresso. Joffe (2000) pesquisou a relao entre o curso vital da doena depressiva e os nveis basais dos hormnios triiodotirodina (T3), tiroxina (T4) e tireotrofina (TSH) em 75 pacientes com Transtorno Depressivo Unipolar e concluiu que o tempo de recorrncia da depresso grave (ou Maior pelo DSM.IV) se relaciona de forma inversa aos nveis de T3, mas no com os nveis do T4.Muitas pesquisas foram realizadas com o teste de estimulao com TSH em pacientes psiquitricos. O fato de ter-se constatado que 25 a 30% das pessoas deprimidas, e sem alterao prvia de tireide, apresentavam uma diminuio na resposta de TSH mediante a administrao de TRH, animou muitos pesquisadores quanto uma pretensa maneira laboratorial de se detectar a depresso (Loosen, 1982; Baumgartner, 1995; Holsboer, 1995).Entretanto, esta anomalia no se mostrou especfica da Depresso Maior (ou Grave, pelo CID.10). Ela aparece tambm nos pacientes manacos, esquizofrnicos, esquizoafetivos, em alcoolistas e nos pacientes que sofrem ataques de pnico.Outros estudos procuraram definir, ento, o perfil clnico dos pacientes cujas respostas do teste de estimulao pelo TSH estavam diminudos. O que se pode constatar que estes pacientes, se tm algo em comum, era uma maior freqncia de agitao, de caractersticas psicticas, de risco de suicdio, de ataques de pnico ou de depresso crnica (Joffe & Levitt, 1993).Apesar do teste de estimulao para o TSH alterado no acontecer nos Transtornos de Personalidade com sintomatologia afetiva, ele no especfico para depresses como gostariam muitos pesquisadores. Alm disso, h inmeras possibilidades de resultados falsos positivos e falsos negativos, o que acaba por tornar problemtica sua utilizao na prtica clnica.Uso de Hormnios como Tratamento Psiquitrico CoadjuvanteAssim como conhecida a associao entre hipotireoidismo e depresso, tambm o uso dos hormnios tireoideanos como coadjuvantes dos antidepressivos tem sido uma prtica comum em pacientes portadores de depresso resistente ao tratamento habitual.Como se sabe, os hormnios tireoideanos podem estimular a atividade dos sistemas noradrenrgico e serotoninrgico, ambos intimamente relacionados depresso, notadamente depresso do tipo aptico. O T3, para esse propsito, seria mais eficaz que o T4 nas depresses unipolares, diminuindo bastante o tempo de resposta aos antidepressivos. Alguns poucos trabalhos sugerem o uso do T4, profilaticamente para as crises de oscilao do humor em pacientes bipolares (Bauer, 2001). Nesse ltimo caso, no temos nenhuma experincia.Ballone GJ,Tireide e Emoes, in. PsiqWeb, Internet, disponvel empsiqweb.med.br, revisto em 2007.Bibliografia- Bastenie PA, Vanhaelst L, Bonnyns L, Nene P, Staquet M.Preclinical hypothyroidism: a risk factor for coronary heart disease.Lancet 1971;1:203-4.- Bauer M, Whybrow PC.Thyroid hormone, neural tissue and mood modulation.World J Biol Psychiatry 2001; 2 : 59-69-Baumgartner A-Longitudinal TRH test and thyroid hormone evaluations in psychiatry disorders.In Abstracts: IV World Congress of Biological Psychiatry, Philadelphia, USA, 1995. 134.2 pp 67.- Bell GM, Todd WTA, Forfar JC, Martyn C, Wathen CG, Gow S, et al.End-organ response to thyroxine therapy in subclinical hypothyroidism.Clin Endocrinol (Oxf) 1985;22:83-7-Bough EW, Crowley WF, Ridgway EC.Myocardial function in hypothyroidism. 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