TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL

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TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL - doador conhecido, com exames microbiológicos normais pelo menos há 2 anos; - preferentemente a bolsa do doador deve ser reservada para o mesmo RN (doador único); - ABO e Rh idêntico ou compatível, tanto para transfusão de hemácias, quanto de plaquetas; - preferentemente CMV negativo e hemácias irradiadas para prematuros; - prova cruzada negativa com plasma materno e/ou plasma do RN; - hemácias e plaquetas irradiadas, se ocorreu prévia transfusão intra-uterina ou se o doador é consangüíneo de 1º. ou 2º grau. (UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL. - doador conhecido, com exames microbiológicos normais pelo menos há 2 anos; - preferentemente a bolsa do doador deve ser reservada para o mesmo RN (doador único); - ABO e Rh idêntico ou compatível, tanto para transfusão de hemácias, quanto de plaquetas; - PowerPoint PPT Presentation

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TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL

- doador conhecido, com exames microbiológicos normais pelo menos há 2 anos;- preferentemente a bolsa do doador deve ser reservada para o mesmo RN (doador único);- ABO e Rh idêntico ou compatível, tanto para transfusão de hemácias, quanto de plaquetas;- preferentemente CMV negativo e hemácias irradiadas para prematuros;- prova cruzada negativa com plasma materno e/ou plasma do RN;- hemácias e plaquetas irradiadas, se ocorreu prévia transfusão intra-uterina ou se o doador é consangüíneo de 1º. ou 2º grau.

(UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL

VOLUME DO COMPONENTE A TRANSFUNDIR- Concentrado de hemácias = 10 a 20 ml/kg (Hb desejada – Hb atual) x peso x 3- Concentrado de plaquetas = 10 a 20 ml/kg- Crioprecipitado = 5 a 10 ml/kg-Plasma fresco = 10 a 15 ml/kg

CRITÉRIOS DE ANEMIA PARA TRANSFUSÃO (geral)- Hb < 12 g/dl nas primeira 24 horas ou RN internado em UTI neonatal- Sangramento agudo (dreno, SNG, etc) com perda de 10% da volemia- Hb < 7 g/dl para anemia crônica e paciente estável- Hb < 10 g/dl para displasia broncopulmonar

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TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL

CRITÉRIOS PARA TRANSFUSÃO DE PAPA DE HEMÁCIAS EM PREMATUROS

- RN em ventilação mecânica- < 28 dias: FiO2 > 30% Hb < 12g/dl ou HT < 40%FiO2 < 30% Hb < 11g/dl ou HT < 35%-> 28 dias: Hb < 10 g/dl ou HT < 30%

- RN em CPAP- < 28 dias Hb < 10 g/dl ou HT < 30%-> 28 dias Hb < 8 g/dl ou HT < 25%

- RN respirando espontaneamente- FiO2 > 21% Hb < 8 g/dl ou HT < 25%- ar ambiente e reticulócitos < 100 mil/mm³ Hb < 7 g/dl ou HT < 20%

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TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA

CRIANÇAS COM MENOS DE 4 MESES DE VIDA

a) Hematócrito < 20% ou hemoglobina < 6,5 g/dl

b) Hematócrito < 30% ou hemoglobina < 10g/dl se:

· Em uso de capuz de O2 < 35% ou cânula nasal de O2· Em ventilação mecânica ou sob pressão positiva contínua com pressão de vias aéreas média < 6 cmH2O· Com bradicardia ou apnéia importante· Com taquicardia e taquipnéia importante· Com baixo ganho de peso· Perda sangüínea aguda

(UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA

CRIANÇAS COM MENOS DE 4 MESES DE VIDA

c) Hematócrito < 36% ou hemoglobina < 12 g/dl se:· Em uso de capuz de O2 < 35%· Em ventilação mecânica ou sob pressão positiva contínua com pressão de vias aéreas > 6 cm H2O· Anemia nas primeiras 24 horas de vida independente da etiologia· Perda cumulativa de sangue em 1 semana de 10 % do volume sangüíneo total

d) Hematócrito < 45% ou hemoglobina < 15 g/dl se:· Em oxigenação através de membrana extracorpórea· Cardiopatia congênita cianótica· RN com menos de 1.000g e menos de 1 semana de vida

(UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA

CRIANÇAS COM MAIS DE 4 MESES DE VIDA

a) Perda sangüínea aguda com hipovolemia não responsiva a outros tratamentos. Em geral perdas acima de 20% da volemia.

b) Em geral está indicada a transfusão quando hematócrito < 20% ou hemoglobina < 7 g/dl. Hematócrito entre 20 e 30% ou hemoglobina entre 7 e 10 g/dl exige uma análise caso a caso considerando quadro clínico (taquicardia, hipotensão, etc) e laboratorial.

c) Doença pulmonar grave e uso de oxigenação através de membrana extracorpórea se hematócrito < 40% ou hemoglobina < 13 g/dl.

(UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA

CRIANÇAS COM MAIS DE 4 MESES DE VIDA

d) Cardiopatia congênita cianótica se hematócrito 40-55% ou hemoglobina 14-18 g/dl.

e) Na anemia falciforme a indicação está relacionada ao quadro clínico e não ao nível de hemoglobina, na talassemia major deve ser seguido o protocolo de transfusões regulares de sangue para manter a hemoglobina > 9,0-9,5 g/dl.

f) Na anemia hemolítica autoimune só transfundir se estiver com instabilidade hemodinâmica ou falência dos órgãos.

g) Pacientes em quimioterapia e/ou radioterapia se com hematócrito < 24% ou hemoglobina < 8,0 g/dl.

(UFPR, 2006)

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TRANSFUSÃO EM RECÉM- NASCIDOSCRITÉRIOS PARA TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS

- < 25.000/mm³ = considerar em todos os recém-nascidos. Transfundir se apresentar sangramento. Se trombocitopenia autoimune (PTI) transfundir se houver sangramento. Na trombocitopenia aloimune transfundir com plaquetas HPA compatível da mãe;

- entre 25 e 50.000/mm³ = transfundir somente se houver sangramento. Nos prematuros extremos (< 1000g), considerar transfusão na 1ª. semana, se estiver clinicamente instável (flutuação da PA), prévio sangramento (HPIV grau 3 ou 4), sangramento menor, coagulopatia concorrente e necessidade de cirurgia ou exosanguíneotransfusão. Nãotransfundir se PTI entre 50 e 99.000/mm³ = transfundir somente se houver sangramento ou pré-operatório. Não transfundir paciente com PTI ou trombocitopenia aloimune.

- > 99.000/mm³ = não transfundir plaquetas, independentemente do quadro clínico.

(UFPR, 2006)

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

MANEJO E TIPOS DE REAÇÕES

1. Parar a transfusão;

2. Manter a linha venosa com soro fisiológico 0,9%;

3. Notificar o médico do paciente e o Banco de Sangue;

4. Devolver ao Banco de Sangue a bolsa e o equipo de transfusão.

5. Em caso de febre ou suspeita de reação hemolítica aguda;

Encaminhar uma amostra de sangue do paciente com heparina ao Banco de Sangue; e coletar outra amostra em frasco de hemocultura para o Laboratório de Bacteriologia do Serviço de Análises Clínicas;,

(UFPR, 2006)

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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

FEBRE E TRANSFUSÃO

Muitos pacientes que necessitam de uma transfusão se apresentam com febre. Lembrarque o risco de sangramento num paciente com plaquetas menor que 20.000/ul indica umatransfusão o mais precoce possível, ou seja, mesmo com febre, transfundir, (se possível,fazer antitérmico, para estes pacientes meia hora antes de iniciar a transfusão).

TEMPO DE INFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES

Não ultrapassar 4 horas para concentrado de hemácias, sangue total e plasma; e paraconcentrado de plaquetas e crioprecipitado fazer o mais rápido possível, sendo no máximoem 30 minutos. Lembrar que plasma fresco (validade = 6h) e crioprecipitado uma vez descongelados devem ser utilizados, já que não é recomendável novo congelamento.

(UFPR, 2006)

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Exsangüineotransfusão

É um procedimento utilizado efetivamente no tratamento de hiperbilfrrubinemia do

recém-nascido desde 1948.

Consiste na utilização de um catéter plástico de polietileno, que é inserido nos vasos umbilicais. A técnica consistia na cateterização da veia umbilical, posicionando-se o catéter na veia cava inferior porta. Ele era conectado a um sistema de 3 válvulas e a uma seringa de 20 ml, que possibilitava aspirar o sangue do recém-nascido e injetar o do doador através da mesma via, controlando-se a abertura e o fechamento das válvulas.

Durante 60 a 90 minutos é trocado, em pequenas alíquotas um total de 500 Ml de sangue.

(Krebs; Vaz; Diniz; Okay, 1990)