Unimed cerrado em foco 70

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Nº 70 - ANO XVIII - JULHO - SETEMBRO 2012 Entrevista Raimundo Vianna de Macedo Dia do Cliente Sucesso nas comemorações A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO Tema central do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realiza- do em Goiânia, a integração regional entre as cooperativas foi apontada pelos participantes do evento como fundamental para o fortale- cimento do cooperativismo, podendo gerar economia, ganho de eficiência administrativa e a melhoria dos serviços prestados. A Uni- med do Brasil também defendeu maior união e a integração nacional entre as Singulares. A integração regional é fundamental para fortalecer o cooperativismo

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Nº 70 - ANO XVIII - JULHO - SETEMBRO 2012

EntrevistaRaimundo Vianna de Macedo

Dia do ClienteSucesso nas comemorações

A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO

Tema central do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realiza-do em Goiânia, a integração regional entre as cooperativas foi apontada pelos participantes do evento como fundamental para o fortale-cimento do cooperativismo, podendo gerar economia, ganho de efi ciência administrativa e a melhoria dos serviços prestados. A Uni-med do Brasil também defendeu maior união e a integração nacional entre as Singulares.

A integração regional é fundamental para fortalecer o cooperativismo

Tema central do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realiza-do em Goiânia, a integração regional entre as cooperativas foi apontada pelos participantes do evento como fundamental para o fortale-cimento do cooperativismo, podendo gerar economia, ganho de efi ciência administrativa e a melhoria dos serviços prestados. A Uni-med do Brasil também defendeu maior união e a integração nacional entre as Singulares.

para fortalecer o cooperativismo

Tema central do XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco), realiza-do em Goiânia, a integração regional entre as cooperativas foi apontada pelos participantes do evento como fundamental para o fortale-cimento do cooperativismo, podendo gerar economia, ganho de efi ciência administrativa e a melhoria dos serviços prestados. A Uni-med do Brasil também defendeu maior união e a integração nacional entre as Singulares.

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Julho/Setembro 20122.

Todos que conhecem o trabalho da Unimed Cerrado sabem que temos na educação cooperativista um dos principais fundamentos da nossa atuação. Ao longo dos 18 anos de existência da Federa-ção, completados em julho de 2012, temos investido muito na forma-ção e no aperfeiçoamento profissional dos dirigentes, cooperados e colaboradores do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

Apenas no primeiro semestre deste ano, promovemos dezenas de cursos, treinamentos, oficinas e encontros nas mais diversas áreas, como mercado, jurídica, de atendimento e de tecnologia da informação. Outros tantos eventos realizados pelo Sistema Unimed

em vários cantos do país foram transmitidos ao vivo pela Unimed Cerrado, através do Projeto Sinal, proporcionando aos alunos o acesso à informação, sem a necessidade de grandes des-locamentos ou de gastos.

Enfim, como sempre enfatizamos, a educação cooperativista está na essência da Unimed Cerrado. Por isso, é com grande satisfação que anunciamos mais um projeto de educação inovador e ousado da Federação: a promoção do curso de pós-graduação em Gestão de Coo-perativas e Operadoras de Saúde.

Esse curso é o primeiro fruto da parceria firmada entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás (UFG) e vem suprir uma lacuna nas áreas de administração e coo-perativismo no Estado. É também o primeiro curso de espe-cialização em cooperativismo realizado pela UFG e marca também a inserção de disciplinas relacionadas ao coopera-tivismo na grade curricular da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da instituição.

Estamos certos que o curso, agendado para ter início no primeiro trimestre de 2013 e duração de dois anos, tem muito a contribuir com o crescimento profissional dos atuais dirigentes e cooperados do Sistema Unimed e muito a colaborar com a formação de novas lideranças cooperativistas.

Nós, da Unimed Cerrado, nos orgulhamos de fazer parte deste projeto, pois entendemos que o sucesso de uma cooperativa passa pela educação de seus dirigentes, cooperados, cola-boradores e usuários. Por isso, vamos continuar trabalhando pelo fortalecimento da educação cooperativista e, consequentemente, de nossas cooperativas.

Saudações cooperativistas,

Dr. José Abel XimenesPresidente da Unimed Cerrado

AINDA NESTA EDIÇÃO Encontros regionais .......................................... Página 10

Artigo: Lena Castello Branco .............................Página 11

As comemorações do Dia do Cliente e do Dia da Se-cretária movimentaram o mês de setembro nas Unimeds Cerrado, Vale do São Patrício, Goianésia, Porangatu, Norte Goiano e nos escritórios de apoio instalados Campinorte e Minaçu. A distribuição de brindes e muita alegria marcaram as datas. Página 7

PALAVRA DO PRESIDENTE

Mais um grande avanço na educação cooperativista

Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito FederalRua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO)CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100www.unimedcerrado.com.br

Diretoria Diretor Presidente: Dr. José Abel XimenesDiretor Administrativo-Financeiro: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Mercado: Dr. Luiz Antônio Fregonesi

Unimed Cerrado em FocoÓrgão informativo da Unimed CerradoNúmero 70 Ano XVIII – Julho/Setembro 2012Edição: Santa Inteligência ComunicaçãoJornalista Responsável: Rosane Rodrigues da CunhaMTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 [email protected] Arte e Impressão: Cir GráficaTiragem: 5 mil exemplares

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessaria-mente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco

Novos planosO diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antô-

nio Fregonesi, fala sobre a criação de planos para novos nichos de consumidores. Página 6

Em praticamente todas as mesas-redondas, debates e oficinas técnicas do XX Simpósio das Unimeds do Cen-tro-Oeste e Tocantins (Sueco), realizado em Goiânia de 13 e 15 de junho, dirigentes, cooperados, colaboradores e as principais lideranças cooperativistas da região e do país defenderam a necessidade da integração regional, tema central do encontro. Páginas 4 e 5

A Unimed Cerrado vai sediar o primeiro curso de pós--graduação em Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde, promovido em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). O curso terá dois anos de duração e co-meça em 2013. Página 3

EntrevistaEm entrevista ao Unimed Cerrado em Foco, um dos

pioneiros do Sistema Unimed, o médico Raimundo Vian-na de Macedo, presidente da Unimed Santos, fala um pouco sobre a trajetória do Sistema Unimed, que com-pleta 45 anos em dezembro. Páginas 8 e 9

”Entendemos que o sucesso de uma

cooperativa passa pela educação de seus

dirigentes, cooperados, colaboradores e

usuários”

Pós-graduação

Proposta unânime

Homenagens

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PÓS-GRADUAÇÃO

Curso de Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde começa em 2013Primeiro fruto da parceria entre a Unimed Cerrado e a Universidade Federal de Goiás (UFG), esse curso de pós-graduação é inédito no Estado e será ministrado na sede da Federação

O convênio firmado entre a Unimed Cerrado e a Universi-dade Federal de Goiás (UFG) para a promoção de cursos e projetos educacionais na área cooperativista está começando de uma forma muito produtiva: em 2013, terá início o primei-ro curso de pós-graduação em Gestão de Cooperativas e Operadoras de Saúde, minis-trado em Goiás. Através deste

curso, dirigentes, cooperados e colaboradores das Singulares federadas terão uma grande oportunidade de ampliarem, aperfeiçoarem e atualizarem seus conhecimentos na área de gestão.

O curso terá dois anos de duração e as aulas serão ministradas na sede da Uni-med Cerrado, em Goiânia, por professores da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da UFG e convidados de ou-tras instituições. Os encontros acontecerão uma vez a cada mês, sempre em uma sexta--feira, das 19 às 22h30, e no sábado seguinte, das 7h30 às 12h30 e das 14 às 19 horas.

A promoção deste curso re-presenta um grande avanço na área da educação cooperativis-ta, que é um dos pilares do tra-balho da Unimed Cerrado. O di-retor Administrativo-Financeiro da Federação, Danúbio Antonio de Oliveira, ressalta que com a realização deste curso, a Fede-ração reforça seu compromisso de contribuir para a capacita-ção, a melhoria da qualificação e o aperfeiçoamento profissio-nal de dirigentes, cooperados e colaboradores das filiadas.

A grade curricular inclui dis-ciplinas, como metodologia da pesquisa, cooperativismo, ges-tão organizacional, economia aplicada, gestão de planos de saúde, finanças e contabilidade

de cooperativas e inovação e empreendedorismo.

Assinado em 2011, pelo presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, e o reitor da UFG, Edward Madureira, o convênio também prevê o uso da estrutura de videocon-ferência da Federação para a promoção de cursos à distân-cia, ações de telemedicina e a inclusão de matérias relaciona-das ao cooperativismo no curso de Administração da Face.

Para mais informações sobre o curso, entre em contato com a Unimed Cerrado pelo telefone (62) 3221 5120 ou pelo e-mail [email protected]

Unimed Cerrado e Sescoop/GO promovem curso de governança em TI

Gestores e técnicos de Tec-nologia da Informação (TI) das Unimeds de Goiás e Tocantins participaram, de 10 a 13 de setembro, do curso de gover-nança de TI promovido pela Unimed Cerrado e o Sescoop/Goiás. O curso enfocou o uso da metodologia Itil® (Informa-tion Tecnology Infraestructure Library) na administração do ati-vo de tecnologia das empresas, capacitando os colaboradores para a gestão da tecnologia e para a realização de exames de certificação.

Para o gerente de Tecnolo-gia da Unimed Cerrado, Inácio Aquino, a partir deste treina-

mento e com o empenho dos gestores da área, as Singulares terão seus recursos de tecnolo-gia melhor administrados, com maior qualidade na entrega dos serviços. Ministrado na Federa-ção por Alcides Casarin, o curso

teve a participação de colabo-radores das Unimeds Cerrado, Anápolis, Catalão, Goiânia, Gurupi, Mineiros, Morrinhos, Regional Sul, Rio Verde e Vale do Corumbá.

Gilmar Pereira Duarte, ge-

rente de TI da Unimed Goiânia, disse que o curso vai auxiliá-lo na definição dos processos que devem ser trabalhados para melhorar a qualidade do ser-viço. Para Rodrigo Rodrigues Valle Filho, coordenador de TI da Unimed Catalão, a adoção da Itil® não é apenas um modis-mo de TI, mas uma estratégia para reduzir custos, aproveitar melhor os recursos disponíveis e aumentar a satisfação dos clientes. “Na Unimed Catalão, vamos agregar esse conheci-mento para um melhor desem-penho do setor de TI diante dos cooperados, colaboradores e beneficiários”, afirmou.

Curso: capacitação dos alunos para a gestão da tecnologia

3. Julho/Setembro 2012

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Julho/Setembro 20124.UNANIMIDADE

XX Sueco confirma a necessidade da integração regionalRealizado em Goiânia no mês de junho, o XX Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (Sueco) ressaltou a importância e a necessidade da integração das cooperativas

A edição deste ano do Sim-pósio das Unimeds do Centro--Oeste e Tocantins (Sueco), que aconteceu em Goiânia de 13 e 15 de junho, foi marcada por uma unanimidade: o reco-nhecimento da importância e da necessidade da integração regional entre as Unimeds.

Em praticamente todas as mesas-redondas, debates e ofi-cinas técnicas do Sueco e dos eventos paralelos – III Simpósio da Unimed Cerrado, IV Seminá-rio de Mercado e IV Seminário de Intercâmbio da Federação e 9º Seminário Nacional de Res-ponsabilidade Social da Uni-med do Brasil - dirigentes, co-operados, colaboradores e as principais lideranças do Siste-

ma Unimed e cooperativistas da região e do país destacaram as vantagens que essa integração representa para o fortalecimen-to do cooperativismo de traba-lho médico e para o desenvolvi-mento das cooperativas.

“O setor cooperativista pre-cisa entender que a integração e a intercooperação fortale-cem o sistema e são um bom negócio, que gera economia”, afirmou o presidente da Orga-nização das Cooperativas Bra-sileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. “Precisamos acei-tar que somos diferentes, mas que todos nós temos espaço e precisamos trabalhar de forma integrada”, completou o presi-dente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes.

Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil, lembrou que neste ano o Siste-ma Unimed completa 45 anos, reconhecido como um modelo de sucesso, e que pode ir muito além com a união das coopera-tivas. “Com todas as dificulda-des enfrentadas, sem o respeito

às peculiaridades do cooperati-vismo, chegamos aonde chega-mos, se tivermos união, então, vamos muito mais longe”, disse.

O presidente da Federação do Paraná e do Mercosul, Ores-tes Barrozo Medeiros Pullin, fa-lou sobre a experiência de inte-gração das Federações do Sul do país. Segundo ele, a criação da Confederação de Federa-ções de Cooperativas Unimed do Sul do Brasil (Unimed Mer-cosul) tem proporcionado ga-nhos, como o aproveitamento das melhores práticas de ges-tão, o compartilhamento de in-formações e a uniformização de controles e padrões contábeis e tributários.

Ao final dos debates, os par-ticipantes concordaram que a necessidade de integração do Sistema Unimed no Centro--Oeste e Tocantins é clara e que a decisão política de promover essa integração já foi manifestada. “Precisamos, agora, viabilizar essa integra-ção”, observou o presidente da Unimed Campo Grande, Paulo de Tarso Crozara Alves, enfa-tizando que, além do aumento da representatividade, a inte-gração pode gerar economia (com compras coletivas), ga-nho de eficiência administra-tiva e a melhoria dos serviços prestados (com a integração da rede assistencial).

Abertura do XX Sueco: defesa unânime da integração regional

Fontes alternativas de receitasNo dia 13 de junho, os

participantes do IV Seminá-rio de Mercado da Unimed Cerrado puderam conhecer experiências bem-sucedidas que têm proporcionado a re-dução de custos e fontes al-ternativas de receitas para as Unimeds. Entre os trabalhos apresentados estavam a ex-periência da Unimed Goiânia com o SOS Unimed e Área Protegida; o Plano Empre-

sarial e o Centro de Atendi-mento da Unimed Anápolis e a importância do laboratório próprio para a medicina ocu-pacional na Unimed Regional Sul/Itumbiara. “Esse seminá-rio foi muito bom, técnico e abordou temas de interesse prático, que serão aprovei-tados no dia-a-dia das coo-perativas”, disse o diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi.

Padronização e qualidade no atendimento

No dia 14 de junho, foi realizado o IV Seminário de Intercâmbio da Unimed Cer-rado, que debateu formas e ferramentas adotadas para melhorar a troca de informa-ções entre as Singulares e assegurar um atendimento padrão e de qualidade ao cliente. “O intercâmbio é um

grande diferencial do Siste-ma Unimed e deve ser trata-do com carinho. Não pode-mos ter um tratamento para o cliente local e outro para o cliente do intercâmbio”, aler-tou o diretor Administrativo--Financeiro da Unimed Cer-rado, Danúbio Antonio de Oliveira

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5. Julho/Setembro 2012

Ximenes também ressalta a importância da integração O presidente da Unimed Cerrado e presidente do XX Sueco, José Abel Ximenes, destacou, durante todo o evento, a importância da integração regional, que foi o tema central do encontro e que remete à essência do cooperativismo. A seguir, trechos do discurso de abertura do simpósio, que Ximenes optou por resumir na solenidade e publicar nesta edição de Unimed Cerrado em Foco. Confira:

“Realizado pela primeira vez em 1991 para proporcio-nar a troca de ideias e expe-riências, uma maior interação entre as cooperativas e a bus-ca conjunta de soluções para os problemas enfrentados pe-las Unimeds da região Centro--Oeste e Tocantins, o Sueco vem se consolidando como um dos principais encontros do setor cooperativista em nossa região, hoje com projeção na-cional.

Ver o Sueco chegar a essa 20ª edição, é motivo de orgu-lho para todos nós. Os desa-fios para chegarmos até aqui foram muitos, mas, felizmente, todos superados. Hoje, pode-mos afirmar, sem medo de er-rar, que ao longo dessas duas décadas, o Sueco vem cum-prindo muito bem o seu papel de ser um fórum de debates e integração regional do coope-rativismo de trabalho médico.

E mais: o Sueco conquistou

um lugar de destaque no impor-tante e respeitado calendário de eventos do Sistema Unimed. Para a escolha do tema central do XX Sueco, fizemos uma análise retrospectiva de temas de todos os Suecos passados, mas com os pés firmes no pre-sente e o olhar no futuro. A es-colha da Integração Regional como tema central deste Sueco nos remete à essência do coo-perativismo.

Não há cooperativismo sem integração entre as coo-perativas. Não há cooperação sem interação entre dirigentes, cooperados, colaboradores e usuários dos serviços. O ato de cooperar traz, em sua ori-gem, o princípio da união, da colaboração, do trabalho con-junto, do esforço coletivo em prol de um objetivo comum.

Ao realizarmos o primeiro Sueco, buscávamos promo-ver essa interação entre as cooperativas da nossa grande e próspera região. Ao promo-vermos o XX Sueco, queremos fortalecer essa integração en-tre todos os atores do coope-rativismo e ampliar a intercoo-peração.

Afinal, integração e inter-cooperação são valores fun-damentais para o sucesso das cooperativas e que precisam ser reforçados e renovados a cada dia para o fortalecimen-to do cooperativismo. E neste ano, eleito pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional das Coope-rativas, temos uma oportuni-dade ímpar de intensificarmos

nossas ações em prol do coo-perativismo e mostrarmos ao mundo a força desse sistema.

Nesta era de quebra de paradigmas e de mudanças de valores na qual vivemos, as cooperativas são uma es-perança para a construção de uma sociedade mais justa tan-to do ponto de vista econômico quanto social.

Vivemos uma nova realida-de caracterizada por profun-das transformações, que não atinge apenas o setor saúde, mas todas as organizações sociais. Temos uma situação de ruptura e de construção de uma nova sociedade, que pen-se mais no coletivo, que seja menos individualista e menos consumista que a atual.

Esta nova ordem social que surge precisa estar alicer-çada em princípios, valores, com grande responsabilidade sócio-ambiental. Princípios e valores que o cooperativismo carrega em sua essência.

Sabemos que as pessoas que militam no cooperativismo são movidas por valores, como a solidariedade, a vontade de contribuir para melhorar as condições de vida da comuni-dade onde atuam e não ape-nas pelo interesse de gerar trabalho e renda para seus cooperados.

E é isso que temos de mostrar à sociedade, ao Con-gresso Nacional, aos gestores públicos. Precisamos mostrar que as cooperativas são or-ganizações capazes de ocu-par espaço no mercado com

a mesma eficácia das demais empresas do ponto de vista econômico-financeiro e com a responsabilidade sócio-am-biental inerente ao cooperati-vismo. É isso que o Sistema Unimed vem fazendo há 45 anos.

Muito já conquistamos e, juntos, podemos conquistar muito mais. Por isso, propo-mos o fortalecimento da inte-gração regional. E mais: que essa integração extrapole as fronteiras geográficas do Cen-tro-Oeste e Tocantins. Afinal, somos o Sistema Unimed, a maior cooperativa de trabalho médico do mundo, e devemos pensar e agir de forma sistêmi-ca. As diversidades regionais devem ser respeitadas, mas o ideal cooperativista tem de prevalecer para que possamos continuar construindo um mun-do melhor”.

Ximenes: em defesa do cooperativismo e da integração regional

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Sempre atento aos novos nichos do mercado e às demandas dos consumidores, o diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio Fregonesi, fala sobre os projetos da Federação para a criação de planos de saúde para atender às classes C e D. Ele aborda também a verticalização na área da saúde suplementar.

A oportunidade que o mer-cado apresenta para a criação de planos de saúde para as classes C e D vem sendo mui-to discutida atualmente. O que a Federação tem feito para atender esse público?

Estamos estruturando o Departamento de Vendas da

Unimed Cerrado, fazendo pes-quisas em nossa área de atua-ção como operadora e criando

produtos específicos para esse nicho de mercado. Os planos estão sendo formatados para atender essa parcela da popula-ção, formada pelas classes C e D, que começa a buscar o setor de saúde suplementar.

Ultimamente, fala-se mui-to também da importância da verticalização na área da saú-de suplementar. Essa é tam-bém uma tendência do Siste-ma Unimed?

Sem dúvida. É a única saída que estamos vendo para tentar-mos sobreviver diante das agru-ras que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos impõe. Nós temos incentivado esse processo em todos os nos-sos encontros com as Singula-res.

Quais as metas da Direto-

ria de Mercado para esse final de 2012?

Foi feita uma reengenharia total no Departamento de Mer-cado, que está sendo reestru-turado. Estamos reestruturando nosso departamento comercial e já ampliamos o quadro de vendedores. Até o fim do ano, queremos concluir essa rees-truturação. O objetivo é atingir novos nichos de mercado e um crescimento maior.

ENTREVISTA – LUIZ ANTÔNIO FREGONESI

Planos para as classes C e D

Fregonesi: formatação de planos para as classes C e D

6.

“Queremos atingir novos nichos de mercado e estamos

criando produtos específicos para

essa parcela da população que começa a buscar a saúde suplementar”

Julho/Setembro 2012

Unimed do Brasil lança Agenda CorporativaAs Unimeds contam com um

novo canal para a divulgação de eventos do Sistema Unimed. Trata-se da Agenda Corporativa, a nova ferra-

menta criada pela Unimed do Brasil, que disponibiliza no Portal Unimed um espaço exclusivo para a divulga-ção e visualização das principais in-

formações sobre encontros, cursos e treinamentos, como data, programa-ção técnica e social e formulário de inscrição. As Singulares interessadas

em incluir seus eventos na Agenda Corporativa devem entrar em contato com a Unimed Cerrado pelo e-mail [email protected].

Equipe de vendas da Unimed Cerrado participa de treinamento

A equipe de vendas da Uni-med Cerrado, que foi reforçada e conta agora com oito profissionais, participou no dia 28 de setembro de um treinamento promovido, em Goiânia, pela Federação e que abordou temas, como técnicas de comercialização, qualidade do atendimento e normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar para a venda de planos de saú-de. O curso contou também com a participação de coordenadores e gerentes da área comercial das Singulares; do diretor de Mercado da Unimed Cerrado, Luiz Antônio

Fregonesi, e do presidente José Abel Ximenes.

Os participantes ainda pude-ram conhecer e esclarecer dúvi-das sobre os produtos da Unimed Odonto, Seguros Unimed e Uni-med Aeromédica, como o Benefí-cio Família e UTI Móvel. A vende-dora Renata Gleide Rezende, de Goianésia, aprovou o curso.

“Foi um evento maravilhoso. Parabéns à diretoria e a toda equi-pe da Unimed Cerrado. O público ficou encantado com os palestran-tes e com o material de trabalho”, disse. Além do seminário realizado

na capital, a Diretoria de Mercado vem promovendo outros treina-mentos no interior goiano para a

apresentação de novos produtos, capacitação e atualização profis-sional de seus vendedores.

Profissionais de vendas: equipe reforçada e atualizada

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7. Julho/Setembro 2012

DIA DO CLIENTE

Data é celebrada com sucesso pela Unimed Cerrado e SingularesDe um jeito lúdico e com a distribuição de um brinquedo que faz a alegria da criançada e ainda diverte muitos adultos, a Unimed Cerrado e as Singulares homenagearam seus clientes

Celebrado em 15 de se-tembro, o Dia do Cliente foi comemorado pela Unimed Cerrado e pelas Unimeds Vale do São Patrício (Ceres), Goianésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e os escri-tórios de apoio instalados em Campinorte e Minaçu de uma forma lúdica e muito diver-tida. No dia 14, os clientes que passaram pela sede da Federação, em Goiânia, e pelas Singulares foram rece-bidos pelos dirigentes e cola-

boradores com lanches e a distribuição de um brinquedo para fazer bolhas de sabão.

O brinde estimulou o pú-blico a entrar na brincadeira e a alegria e muita diversão marcaram a comemoração da data que já faz parte do calendário anual de eventos da Unimed Cerrado e neste ano teve como tema “Felici-dade é um plano pra toda a vida”.

“O tema da campanha e o brinde escolhido foram uma forma lúdica que a Unimed Cerrado encontrou para ho-menagear aqueles que con-fiam na marca Unimed”, con-ta Lucijane Costa, da Unimed Cerrado. Os clientes e cola-boradores aprovaram a ideia.

Na Unimed Norte Goiano, por exemplo, muitos clientes afirmaram que se sentiram

envolvidos num clima de res-peito, cordialidade e anima-ção e que puderam recordar a infância. “Como organiza-dores, juntamente com nossa diretoria, consideramos um prazer imenso proporcionar esse momento aos nossos clientes, que merecem ser lembrados por fazerem par-

te da família Unimed”, disse a assistente administrativa, Edna Chagas.

Atualmente, o Sistema Unimed conta com mais de 18 milhões de clientes em todo o Brasil. Em Goiás, To-cantins e Distrito Federal, o Sistema Unimed tem com cerca de 700 mil usuários.

Secretárias também são homenageadas

O mês de setembro também foi de homenagens às secretá-rias e secretários que trabalham

na Unimed Cerrado, nas Singu-lares e nas unidades da rede de prestadores de serviços de

saúde. O tema da campanha deste ano foi “Secretária: para ser uma é preciso ser muitas” e as celebrações aconteceram entre os dias 24 e 30.

Com a promoção dessa campanha, a Unimed Cerrado procurou homenagear os pro-fissionais que têm uma função de grande responsabilidade e múltiplas competências nas cooperativas e nas unidades de saúde. O cartaz da campa-nha, que foi afixado na sede da Federação e nas Singulares, exibia pequenos círculos que estampavam palavras, como

paciência, eficiência e bom hu-mor, e juntos formavam uma flor.

Durante a campanha, as se-cretárias foram presenteadas com squeezes personalizados. No escritório de apoio de Mi-naçu, foram homenageadas 25 profissionais. “Com essa ação, a Unimed ajudou a fazer com que alguns patrões se lembrem e comemorem esse dia tão sig-nificativo, incentivando e valori-zando essas profissionais, que os auxiliam todos os dias em suas tarefas”, disse a colabora-dora Vandreia da Silveira Silva.

Minaçu: Vandreia (ao centro) e secretárias homenageadas com brindes

Porangatu: colaboradora também entrou na brincadeira

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Como o senhor avalia os 45 anos de trajetória do Sis-tema Unimed?

Vejo com muita alegria e satisfação. A Unimed se pere-nizou e isso era algo que nem os fundadores tinham certeza que iria acontecer, que o sis-tema iria dar certo. Foi uma iniciativa de um grupo de 20 médicos de Santos (SP), ca-pitaneados pelo médico Ed-mundo Castilho, que pratica-mente deu o pontapé inicial, fez todos os contatos iniciais, inclusive sobre a questão le-gal. Acho que o Castilho foi dormir e teve essa ideia bri-lhante de criar não só a pri-meira cooperativa médica do Brasil, mas do mundo. Algo totalmente novo. Depois da criação da Unimed Santos, ele saiu fundando novas co-operativas. Ele tem histórias de um conteúdo muito bom. Ele conta, por exemplo, que foi ao Nordeste, saiu de Reci-fe (PE), depois João Pessoa (AL), percorreu 900 quilôme-tros em estrada de chão, em um Fusca, para fundar uma Unimed em Patos, no interior da Paraíba. É uma história que nos orgulha, que prospe-rou e deu certo.

Temos a satisfação de ver hoje, que a cooperativa, que nasceu em Santos, conquis-tou o Brasil inteiro. Isso não deixa de ser uma grande vi-tória para nós médicos, pois a Unimed está presente em

mais de 80% do território na-cional com 376 Singulares. Fora o atendimento como operadora, tem a Responsa-bilidade Social. Vejo isso com muita alegria, pois a Unimed começa a sair da esfera pu-ramente de atendimento e se insere na preocupação com as populações, que também está nos princípios do coope-rativismo.

O senhor ingressou na Unimed na primeira década da cooperativa. O que o le-vou a acreditar no coopera-tivismo?

Sempre gostei do coope-rativismo, já participava na área rural, comecei a ler so-bre o assunto e sempre gos-tei dos princípios cooperati-vistas. Entrei na Unimed em uma época em que todos os médicos queriam fazer parte da cooperativa. Quando ter-minei a residência, me espe-cializei em cirurgia pediátrica e só tinham três especialistas nesta área, então quando fui para a cooperativa, fui acolhi-do facilmente porque havia necessidade. Ingressei no Conselho Técnico, depois passei para a diretoria. Eu era diretor de Mercado e o vice-presidente eleito faleceu no início do mandato e teve nova eleição. Com o apoio dos amigos, me candidatei e fui eleito com 75% dos votos. Na eleição seguinte, disputei a presidência: fui eleito e ree-

leito. Estou no segundo man-dato, que vai até 2014.

O caráter inovador do co-operativismo médico con-tou pontos para o sucesso do sistema?

Contou muito. E uma coi-sa interessante: o Castilho fez muito, foi o criador, mas não foi o primeiro presidente da Unimed. Por uma questão po-lítica, o primeiro presidente foi José Luiz Barbosa, que tam-bém fazia parte do grupo e era da Santa Casa de Santos, que era onde tinha o maior núme-ro de médicos.

A que o senhor atribui esse interesse dos médicos pelo cooperativismo, pois é uma profissão liberal, que sempre teve uma posição diferenciada no mercado e consegue criar e fazer dar tão certo uma cooperativa?

Acho que foi o momento.Retroagindo, a gente sabe que naquele tempo já começava a mercantilização da medicina, com o surgimento das em-presas de medicina de grupo, invadindo São Paulo, Santos. Isso ajudou a despertar essa consciência nos médicos. Não digo todos, mas hoje temos no Brasil 330 mil médicos e 110 mil são cooperativistas. Foi também a necessidade de or-ganização da gente.

E hoje, esse interesse se mantém, os médicos reco-nhecem a importância das cooperativas de trabalho?

Sistema Unimed:

45 anos de história e orgulho

ENTREVISTA – RAIMUNDO VIANNA DE MACEDO

Julho/Setembro 20128.

Em dezembro, o Sistema Unimed completa 45 anos de fundação. Uma trajetória que enche de orgulho os pioneiros do cooperativismo de trabalho médico, como o médico Raimundo Vianna de Macedo, presidente da Unimed Santos. Nesta entrevista a Unimed Cerrado em Foco, ele avalia a evolução do Sistema Unimed, defende a melhoria da remuneração dos médicos e fala sobre os desafios do cooperativismo.

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Raimundo Vianna: gosto pelo cooperativismo

Ah, sim. Acredito que a maioria entende. Um exem-plo: temos na Baixada Santis-ta, cerca de 3 mil médicos e a Unimed Santos tem aproxima-damente 1,8 mil cooperados. Mais da metade. O restante é ligado a outros grupos, in-clusive a outras cooperativas da região, como a coopera-tiva própria do hospital Ana Costa. Mas, vivemos em um país democrático, é possível que muitos não acreditem no cooperativismo e nem sei se o sistema comportaria todos.

O senhor acredita no futuro do cooperativismo médico? Os novos médicos estão interessados em in-gressar no sistema?

Não digo todos, E hoje com a subespecialização na área médica, esses médicos alta-mente especializados, acho eu, têm outro tipo de clientela. E a cooperativa é uma medici-na um pouco socializada, tan-to que não temos fins lucrati-vos. O médico que entra em uma cooperativa não vai ficar rico. O médico que só atende em consultório particular pode cobrar o quanto quiser. Na co-operativa, ele segue uma ta-bela. Não são todos os médi-cos que têm essa visão sobre a importância do cooperati-vismo. O profissional também tem de ter uma preocupação social.

Na sua opinião, o que as cooperativas podem fazer

para atrair novos médicos?Temos que mudar. No ano

passado, fomos à Europa ver como estava a medicina pri-vada na Inglaterra, França, Alemanha e Holanda, exata-mente porque eles estão mu-dando a forma de pagamento. Não querem mais pagar por resultado, quanto mais opera mais ganha. Não pagam por número, fee for service. Eles querem pagar por qualidade, pois melhorando a qualidade até reduz os custos. As coo-perativas devem ficar atentas às necessidades de mudan-ças, como essa.

Quais são hoje os maio-res desafios do Sistema Unimed?

Primeiro, a concorrência está muito acirrada. Depois, a remuneração do médico, que precisa ser melhorada. Já in-vestimos muito em hospitais, mas temos uma reclamação por parte dos médicos sobre a remuneração. Como você tem um negócio que é dos médicos, uma cooperativa que é dos médicos, e quando analisamos os pagamentos vimos que vão 25% para hos-pitais, materiais, medicamen-tos, próteses, órteses e admi-nistração, enquanto o médico fica com uma fatiazinha de 17%, 18%? Precisávamos de, pelo menos, 30%, como era no início. Estamos gas-tando, cada vez mais, com hospitais, com nova tecnolo-

gia, OPME e a fatia do médi-co está mais achatada.

O que o senhor sugere para melhorar essa remune-ração?

Temos que reduzir nosso custo para sobrar mais para a remuneração do médico. Em Santos, por exemplo, gas-tamos muito com materiais, próteses e órteses. Apesar da criação da Câmara Técni-ca Nacional de Materiais, de Prótese e Órtese na Unimed do Brasil, na qual o Valdmá-rio Rodrigues Júnior (diretor de Integração Cooperativista) tem feito um trabalho espeta-cular, negociando com os fa-bricantes, o que tem permitido uma economia de até 50%, em alguns casos, tem hospi-tais que não permitem que a cooperativa compre esse ma-terial, então, eles compram o que querem.

A saída para melhorar a remuneração é a redução de custos?

Sim e o paciente também ser internado e ter alta no dia certo. Não queremos forçar alta, mas investir na qualida-de, com certeza, vai reduzir custos. Antigamente, tínha-mos um custo administrativo considerado alto. Mas, já está praticamente equalizado, Em Santos, esse custo girava em torno de 14%, 16%, ago-ra está em 9%, uma redução que conseguimos graças, por exemplo, ao trabalho do de-

partamento de recursos hu-manos e à política de geren-ciamento dos funcionários.

Essa organização geren-cial ajuda?

Sim. A cooperativa é uma empresa. Os dirigentes de-vem se reunir com os diretores e colaboradores e dizer que é uma empresa, cujos donos, que são os médicos, estão lá fora de olho neles e achando que estão ganhando pouco e a cooperativa tem de mostrar resultado. Sempre falo isso na Unimed Santos: temos que mostrar aos cooperados que estamos trabalhando para melhorar os resultados.

Como serão as comemo-rações dos 45 anos da Uni-med?

Serão em Santos, no dia 8 de dezembro. Já temos uma comissão formada pela Uni-med Santos, Seguros Unimed, Fesp, Unimed do Brasil. CNU, que se reúne mensalmente. Esperamos, no mínimo, 1,5 mil pessoas.

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Os eventos, que visam ampliar a integração e a troca de informações entre as Singulares e a Federação, reuniram Unimeds do Tocantins, do Sul e do Sudoeste Goiano

Jataí sediou, nos dias 3 e 4 de agosto, o XII Encontro Regional das Unimeds do Sul e Sudoeste Goiano. O presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, e o diretor Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira, reuniram-se com dirigentes das Singulares para o debate de te-mas de interesse das Unimeds da região.

Participaram do encontro, o presidente Adenauer Amaral An-drade e o diretor Administrativo, Marcelo Filizzola Septímio (Uni-med Jataí); presidente Carlos Dell Eugênio e vice-presidente

Renato Luciano (Unimed Minei-ros); presidente Martúlio Nunes Gomes, vice-presidente de Mer-cado, Márcio Emerick Campos, e vice-presidente Médico, Alberto Isaac Horbilon (Unimed Rio Ver-de); e o diretor Administrativo, José Carlo Terra (Unimed Regio-nal Sul/Itumbiara).

Paralelamente, como acon-tece em todos os encontros re-gionais, colaboradores das Sin-gulares participaram de oficinas técnicas nas áreas de Mercado e de Tecnologia da Informação (TI) coordenadas pelos gerentes da Unimed Cerrado. Esse foi o segundo encontro regional pro-movido em 2012 pela Federação com o apoio das Singulares.

O primeiro aconteceu nos dias 12 e 13 de julho na Unimed Pal-mas. O VII Encontro Regional das Unimeds do Tocantins debateu te-mas, como a instalação de salas de videoconferência, estratégias

de mercado e a rede assistencial no Estado e contou com oficinas técnicas de TI e Jurídica.

Além do presidente e do di-retor Administrativo-Financeiro da Unimed Cerrado, o diretor de Mercado, Luiz Antônio Fre-gonesi, também participou deste encontro, que reuniu cooperados, colaboradores, diretores e os pre-sidentes das Unimeds Palmas, Antônio Fagundes da Costa Jú-

nior, e Araguaína, Luiz Carlos de Oliveira, e o superintendente da Unimed Gurupi, Celso Rocha.

O encontro contou ainda com as presenças do diretor Adminis-trativo e Financeiro da Central Nacional Unimed, Rodolfo Pinto Machado de Araújo, e do diretor Financeiro da Unicred Centro Bra-sileira, Tarciso Dagoberto Borges. Até o final do ano, outros encon-tros regionais serão realizados.

SINGULARES EM DESTAQUE

Palmas e Jataí sediam encontros regionais das Unimeds

Maioria das Singulares já aderiu ao Projeto Sinal

Seguindo o exemplo da Uni-med Cerrado, que foi uma das pio-neiras no País na adesão ao Pro-jeto Sinal (Sistema de Integração

Nacional) da Unimed do Brasil, 14 das 18 Singulares federadas em Goiás e no Tocantins já implanta-ram suas salas de videoconferên-cia. O trabalho foi feito em parce-ria com a Federação: a Singular ofereceu a infraestrutura física e a Unimed Cerrado, a capacitação dos técnicos e os equipamentos usados nas transmissões.

Com o Projeto Sinal, as Sin-gulares podem transmitir, ao vivo, cursos, reuniões e outros eventos

realizados em várias localidades. Desde a instalação do Sinal, em julho de 2010, a Unimed Cerrado já transmitiu mais de 120 eventos, sendo que um dos últimos deles – o treinamento sobre registro de produtos e Sistema de Informação de Beneficiários (SIB) ministra-do pela Central Nacional Unimed (CNU) – foi transmitido simultane-amente por sete Singulares.

O projeto já funciona nas Uni-meds Anápolis, Araguaína (a úni-

ca que implantou com recursos próprios), Caldas Novas, Catalão, Goiânia, Gurupi, Jataí, Mineiros, Morrinhos, Planalto, Palmas, Re-gional Sul, Rio Verde e Vale do Corumbá. Em breve, deve ser implantado nas Unimeds Goia-nésia, Norte Goiano, Porangatu e Vale do São Patrício. Atualmente, a Unimed Cerrado é a quarta fe-deração com o maior número de Singulares integradas ao Projeto Sinal.

Ximenes: abertura do encontro em Palmas

Itumbiara recebe o 20º GPA RegionalO 20º Encontro do Grupo Per-

manente de Atendimento (GPA) Regional Centro-Oeste, Tocan-tins e Distrito Federal aconteceu

no dia 10 de agosto, em Itumbiara (GO). Os participantes debate-ram temas atuais relacionados ao intercâmbio e ao atendi-

mento aos usuários e também conheceram experiências de sucesso nas Unimeds, entre elas o trabalho no Hospital da

Unimed Regional Sul. A próxi-ma reunião do GPA Regional será no dia 30 de novembro, na Unimed Anápolis.

Projeto Sinal: adesão em massa das Singulares

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ARTIGO – LENA CASTELLO BRANCO

Arte de partejar

As mulheres cedo apren-dem que Deus, ao saber que Eva induzira Adão à desobediência, puniu-a e à sua descendência feminina: “Multiplicarei os sofrimentos do teu parto. Darás à luz com dores”, Ele disse

Mesmo com o passar dos séculos, o momento do par-to continua sendo um marco único e mágico, pois na ma-ternidade o milagre da vida materializa-se em uma nova vida. Entretanto, o ato de dar à luz ainda traz consigo medo e incerteza: é quando a mulher se torna mais frágil e dependente, precisando de quem a ajude e ampare – (a si mesma e à criança, a mais frágil de todas as crias).

No começo do século XIX, na Província de Goiás, as parturientes eram assistidas por parteiras, também conhe-cidas como “comadres” ou “curiosas”. Os partos tinham lugar nas casas de residên-cia. Superstições – que che-garam até nós - ensinavam que, para ter uma “boa hora”, a parturiente devia vestir uma camisa e botar na cabeça o chapéu do marido, enquan-to este dava três voltas em redor da casa. Outra receita infalível mandava colocar so-bre a cama uma chave, para

que a mulher “se abrisse”. Se o parto demorava, ela devia assentar-se em uma bacia com água “bem esperta” (aquecida); enquanto isso, rezava-se a oração de Nossa Senhora do Bom Parto (Orten-cio, 1997,p. 222-223).

Quanto ao recém-nasci-do, prescrevia-se que tomas-se óleo de rícino para limpar o organismo. A fim de evitar o “mal de sete dias” (tétano), o umbigo seria tratado com azeite de mamona aqueci-do e pulverizado com fumo. A mãe manteria ”resguardo” por 40 dias, quando trazia a cabeça amarrada e os pés calçados com meias grossas, alimentando-se de caldo de galinha (Rebello,1987, p. 38).

Em 1825, o Físico-Mor das Tropas em Goiás, Gabriel André Marie de Ploësquellec, escreveu da Cidade de Goiás para Sua Majestade, o Impe-rador Pedro I ¹. O missivista era francês e se formara em medicina e cirurgia na Uni-versidade de Paris. Possivel-mente emigrou, com outros oficiais europeus desempre-gados, quando findaram as guerras napoleônicas, pas-sando a servir ao novíssimo império brasileiro.

Do documento percorrido fluem traços da personalida-

de de Ploësquellec: inquieto, questionador, em sua breve estada em Goiás ele se insu-bordina contra a ignorância e a rotina, aponta erros, propõe soluções, dispõe-se a parti-lhar conhecimentos.

Assim é que denuncia o despreparo das parteiras que assistiam às mães e aos re-cém-nascidos: assevera que muitas mulheres morrem em trabalho de parto “levando ao túmulo seus filhos, vítimas inocentes da mais crassa ignorância”. Ressalta que, no interior, é desconhecida a arte de partejar – sendo que as mulheres relutam em “chamar Parteiros (médicos),

relutância talvez devida a um certo pudor, filho da criação (que receberam)...” Ao invés, preferem sujeitar-se “a qual-quer mulher,” seja ou não parteira.

Orgulha-se Ploësquellec – que é médico militar – de sua “reputação de hábil par-

teiro”; não obstante, há mais de um ano em Goiás, foi cha-mado somente três vezes, sempre “em última extremo e em partos contra a natu-reza, sendo-lhe preciso usar ferros”. Mesmo assim, mães e filhos foram salvos, o que o desvanece.

Como especialista, es-creveu “um Tratado simples e resumido sobre as mano-bras dos partos [e] os socor-ros que reclama uma mulher novamente (recentemente) parida e sua cria”. Com ele, pretende contribuir para “re-mediar tão calamitosa situ-ação que atrasa o aumento da população deste vasto Brasil” - e propõe que seja criada uma “Aula de Partos”. Concluindo, pede para viajar à Corte, “a fim de dar à luz referido Tratado e dirigir o desenho das estampas (de-senhos) indispensáveis para a instrução das discípulas (parteiras)”.

Não se encontrou respos-ta ao pedido de Ploësquellec. A formação de parteiras e médicos obstetras em Goiás ainda iria demorar mais de um século.

Fazenda Santa CruzTrindade,

2 de agosto de 2012

* Lena Castello Branco é professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás, sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. ([email protected])

A formação de parteiras e

médicos obstetras em Goiás ainda

iria demorar mais de um século

¹1825. Ofício n. 22, dirigido á Secretaria de Estado de Negócios do Império (s.d). Documentos Avulsos. Códice 50, fls. 111-113. Arquivo Histórico

do Estado de Goiás.

ORTÊNCIO, Waldomiro Bariani. Medicina Popular do Centro Oeste. 3ª.ed. Brasília: Thesaurus, 1997.

REBELO, Péricles Xavier. Usos e costumes em Goiás. Estudo e interpretação. Goiânia: Gráfica e

Editora Lídia, 1987.

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A campanha comemorativa do Dia do Médico deste ano ressalta a importância desse profissional na vida de todas as pessoas

Com o slogan “Por trás das cenas da vida, existe um médi-co”, a campanha desenvolvida neste ano pela Unimed do Brasil

para comemorar o Dia do Médi-co, celebrado em 18 de outubro, quer mostrar à sociedade um pouco da importância desses profissionais. Os anúncios da campanha trazem cenas do co-tidiano e ressaltam que por trás de cada uma delas, existe um médico.

O diretor Administrativo--Financeiro da Unimed Cerrado, Danúbio Antonio de Oliveira, ob-

serva que muito do dia-a-dia, da tranquilidade, do bem-estar e da felicidade das pessoas passa pe-las mãos de um médico, que cum-pre seu papel de cuidar e zelar pela saúde dos pacientes. “Todos nós, em algum momento da vida, contamos com o trabalho de um médico”, diz ele.

A Unimed Cerrado, dentro do Projeto Operadora, também aderiu à campanha. De 15 a 18

de outubro, a Federação e as Uni-meds Vale do São Patrício (Ce-res), Goianésia, Porangatu, Norte Goiano (Uruaçu) e os escritórios de apoio instalados Campinorte e Minaçu vão celebrar o Dia do Mé-dico com a distribuição de brindes e cartões a todos os cooperados. É uma forma de homenagear e agradecer aos profissionais que são a base do sucesso do Siste-ma Unimed.

DIA DO MÉDICO

Campanha homenageia e ressalta a importância dos médicos