Unimed Cerrado em foco - n.77 (2014)

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Nº 77 - ANO XX - AGOSTO 2014 www.unimedcerrado.com.br V Simpósio da Unimed Cerrado Selo Ouro de Sustentabilidade DIRETORIA 2014/2018 Ao lado do presidente José Abel Ximenes, os médicos Danúbio Antonio de Oliveira, José de Oliveira e Silva e Walter Cherubim Bueno estão à frente da diretoria da Unimed Cerrado na gestão 2014/2018. Nesta edição, eles falam sobre o trabalho de suas diretorias, que têm atribuições distintas, mas um objetivo comum: fortalecer a representatividade da Unimed Cerrado, a integração entre as Singulares e o cooperativismo de trabalho médico em Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Juntos pelo fortalecimento do cooperativismo Danúbio Antonio de Oliveira Walter Cherubim Bueno José de Oliveira e Silva

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Jornal n.77, agosto 2014

Transcript of Unimed Cerrado em foco - n.77 (2014)

Nº 77 - ANO XX - AGOSTO 2014www.unimedcerrado.com.br

V Simpósio da Unimed Cerrado Selo Ouro de Sustentabilidade

DIRETORIA 2014/2018

Ao lado do presidente José Abel Ximenes, os médicos Danúbio Antonio de Oliveira, José de Oliveira e Silva e Walter Cherubim Bueno estão à frente da diretoria da Unimed Cerrado na gestão 2014/2018.

Nesta edição, eles falam sobre o trabalho de suas diretorias, que têm atribuições distintas, mas um objetivo comum: fortalecer a representatividade da Unimed Cerrado, a integração entre as Singulares e o cooperativismo de trabalho médico em Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

Juntos pelo fortalecimento do cooperativismo

Danúbio Antonio de Oliveira Walter Cherubim Bueno José de Oliveira e Silva

“Um modelo de trabalho e de organização

que pode e deve nos inspirar e contribuir para

o fortalecimento do cooperativismo brasileiro”

Na segunda quinzena de setembro, estaremos visitando o Complexo Cooperativo de Mondragón, no País Basco (Espanha), que é considera-do um dos principais exemplos de sucesso do cooperativismo em todo o mundo. Com a promoção desta visita técnica, realizada em parceria com o Sistema OCB/Sescoop em Goiás, buscamos proporcionar a dirigentes, cooperados e colaboradores das Singulares federadas um contato direto e o intercâmbio de informações com um sistema que é um modelo mundial de cooperativismo.

Mondragón, que já tivemos a chance de conhecer, é um exemplo não só de organização, mas também de vivência da cultura cooperativista. O sucesso do complexo, que teve início em 1956 com a criação da primeira cooperativa do que é hoje o maior grupo empresarial basco, está baseado

na educação, cooperação, colaboração, inovação e responsabilidade social.Um modelo de trabalho e de organização que pode e deve nos inspirar e contribuir para o fortaleci-

mento do cooperativismo brasileiro. A intercooperação é outro ponto forte entre as cooperativas do grupo e outro exemplo que devemos seguir, pois entendemos que a força do cooperativismo está na unidade, respeitando a diversidade das cooperativas.

O aprendizado desta viagem técnica, que acreditamos que será muito produtiva para todos os par-ticipantes, deve ser mostrado em uma mesa-redonda no V Sim-pósio da Unimed Cerrado a ser realizado nos dias 27 e 28 de novembro, em Goiânia. Neste encontro, vamos compartilhar com o público os conhecimentos adquiridos, as experiências vividas, os exemplos vistos.

A inserção do tema Mondragón nesta quinta edição do nosso simpósio resgata um pouco da programação da primeira edição do evento, realizada em 2008, quando trouxemos a Goiânia re-presentantes do complexo cooperativo basco.

Na ocasião, Mikel Lezamiz, do Centro Ensino da Coopera-tiva Arizmendi, falou sobre a trajetória da cooperativa e afirmou que o caminho do sucesso do complexo cooperativo passa pela educação. Uma lição que a Unimed Cerrado vem pondo em prática há 20 anos e que vem buscando ensinar às Singulares.

Com a realização desta viagem técnica e com a promoção de mais uma edição do nosso simpósio, reforçamos nosso investimento neste processo de educação cooperativista, que deve ser contínuo e contar com a participação de todos: dirigentes e cooperados, colaboradores e clientes.

Portanto, contamos com sua participação no V Simpósio da Unimed Cerrado, que tem como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”. Uma ampla programação está sendo preparada para os participantes e esperamos que ao final do evento tenhamos dado mais um importante passo rumo à superação dos desafios, adequação às tendências, união das nossas cooperativas e forta-lecimento do cooperativismo.

Saudações cooperativistas,

Dr. José Abel XimenesPresidente da Unimed Cerrado

AINDA NESTA EDIÇÃO TISS 3.02.00 ....................................................... Página 5Desenvolvimento Humano ................................. Página 6Memória do Cooperativismo ............................... Página 8

PALAVRA DO PRESIDENTE

Mondragón: um modelo de cooperativismo

Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito FederalRua 8-A, número 111, Setor Aeroporto, Goiânia (GO)CEP 74075-240 Fonefax (62) 3221 5100www.unimedcerrado.com.br

Diretoria Diretor Presidente: Dr. José Abel XimenesDiretor Administrativo-Financeiro e de Regulação: Dr. Danúbio Antonio de Oliveira Diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional: Dr. Walter Cherubim Bueno Diretor de Mercado: Dr. José de Oliveira e Silva

Unimed Cerrado em FocoÓrgão informativo da Unimed CerradoNúmero 77 Ano XX – Agosto 2014Edição: Santa Inteligência ComunicaçãoJornalista Responsável: Rosane Rodrigues da CunhaMTb 764/JP Fone (62) 9903 0935 [email protected]: Unimed CerradoArte e Impressão: Cir GráficaTiragem: 5 mil exemplares

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessaria-mente, a opinião de Unimed Cerrado em Foco

Goiânia vai sediar nos dias 27 e 28 de novembro, o V Simpósio da Unimed Cerrado, tradicional fórum de de-bates do cooperativismo, que terá como tema central “Co-operativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”.

Página 3

V Simpósio da Unimed Cerrado

Os diretores Administrativo-Financeiro e de Regula-ção, Danúbio Antonio de Oliveira; de Integração Coope-rativista e Desenvolvimento Institucional, Walter Cherubim Bueno, e de Mercado da Unimed Cerrado, José de Oli-veira e Silva, falam sobre os desafios e metas de suas diretorias na gestão 2014/2018.

Páginas 10 a 12

Entrevistas

As ações sociais e de gestão sustentável da Unimed Cerrado renderam à Federação a conquista do Selo Ouro de Sustentabilidade 2014, concedido pela Unimed do Brasil.

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Ouro em Sustentabilidade

Realizado nos dia 14 e 15 de agosto, o I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado contribuiu para a atualização profissional de quem atua nesta área e levou informações às Singulares sobre legislação e risco atuarial.

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I Workshop de Mercado

Agosto 20142.

Goiânia vai sediar, nos dias 27 e 28 de novembro, o V Simpósio da Unimed Cerrado, tradicional fórum de debates, que terá como tema central “Cooperativas: Desafios e Tendências - Força na Unidade”

Tendo como tema central “Cooperativas: Desafios e Ten-dências - Força na Unidade”, o V Simpósio da Unimed Cerrado será realizado nos dias 27 e 28 de novembro no Oliveira´s Pla-

ce, em Goiânia (GO). Promovi-do pela Unimed Cerrado desde 2008, esse tradicional fórum de atualização profissional, deba-tes e educação cooperativista, tem nesta edição um significado especial.

“O V Simpósio marca as co-memorações dos 20 anos da Unimed Cerrado e vem refor-çar o compromisso histórico da Federação de sempre investir na educação cooperativista, na integração das cooperativas, na intercooperação, na valorização dos cooperados e na melhoria contínua da qualidade do aten-

dimento aos clientes”, disse o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes.

O evento deve reunir repre-sentantes do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outras regiões do País. Uma ampla progra-mação, que inclui palestras,

mesas-redondas e oficinas téc-nicas, está sendo preparada visando promover a atualização profissional, o desenvolvimento técnico e mercadológico, o in-tercâmbio de informações e ex-periências e o debate de temas atuais relacionados ao Sistema Unimed, à saúde e ao coopera-tivismo.

INFORMAÇÃO E INTERCOOPERAÇÃO

V Simpósio da Unimed Cerrado será realizado em novembro

Dirigentes da Unimed Cerrado e Singulares vão visitar o Complexo Cooperativo de Mondragón

Quem participa da viagem técnicaA Unimed Cerrado será representada nesta viagem técnica pelo

presidente José Abel Ximenes, os diretores José de Oliveira e Silva (Mercado) e Walter Cherubim Bueno (Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional) e os gerentes Helson Mauro Stum-pf (Geral) e Fabiana Daniel Neves (Recursos Humanos). Também

fazem parte do grupo, presidentes, diretores e colaboradores das Unimeds Anápolis, Araguaína, Caldas Novas, Catalão, Gurupi, Ja-taí, Mineiros, Morrinhos, Norte Goiano (Uruaçu), Planalto (Luziânia), Porangatu, Regional Sul/Itumbiara, Rio Verde e Vale do Corumbá (Ipameri), além de representantes do Sistema OCB/Sescoop.

Considerado o maior grupo cooperativo do mundo, o Com-plexo Cooperativo de Mondra-gón, localizado no País Basco (Espanha), vai receber a visita de 25 dirigentes e técnicos da Unimed Cerrado, de Singulares federadas e da Organização das Cooperativas Brasileiras – Goiás (OCB/GO). Organizada pela Unimed Cerrado e pelo Sistema OCB/Serviço Nacional de Aprendizagem do Coope-rativismo (OCB/Sescoop) em Goiás, a visita técnica aconte-cerá entre os dias 14 e 22 de setembro e vai proporcionar aos participantes a oportunida-de de conhecer e saber mais

sobre a origem desta experiên-cia cooperativista de sucesso e sua cultura organizacional.

O programa da viagem in-clui visitas a unidades do com-plexo, como a primeira coope-rativa industrial de Mondragón, o centro de formação cooperati-vo e a cooperativa de consumo. O complexo conta com mais de 250 empresas nas áreas de fi-nanças, indústria, distribuição e conhecimento e baseia toda a sua atuação nos princípios coo-perativos e na intercooperação entre as diversas cooperativas do grupo.

Para o presidente da Uni-med Cerrado, José Abel Xime-

nes, que já conhece o comple-xo cooperativo e no I Simpósio da Unimed Cerrado, realizado em 2008, trouxe a Goiânia re-presentantes de Mondragón para falar sobre a experiência

espanhola, a visita será muito enriquecedora para os todos os participantes. “Vamos visitar um modelo que é um exemplo para o cooperativismo mun-dial”, disse.

Caja Laboral: cooperativa de Mondragón

3.Agosto 2014

O I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado levou informações às Singulares sobre a legislação da área da saúde suplementar e a gestão de risco atuarial

“Normalmente, o primeiro contato do cliente com a ope-radora dá-se pela área de mer-cado, portanto, o conhecimento das normas e a informação por parte de quem trabalha neste setor são fundamentais para a boa relação com o cliente”. A afirmação do assessor jurídi-co da Unimed Cerrado, Daniel Rodrigues Faria, traduz bem a importância do I Workshop de Mercado da Unimed Cerrado, promovido para levar informa-ções às Singulares sobre o mer-

cado de planos de saúde.O evento, realizado no Cen-

tro de Desenvolvimento Huma-no da Unimed Cerrado nos dias 14 e 15 de agosto, reuniu ges-tores e técnicos das Unimeds Cerrado, Anápolis, Catalão, Gu-rupi, Jataí, Mineiros, Morrinhos e Rio Verde e foi acompanhado por meio de videoconferência, transmitida ao vivo pelo Proje-to Sinal (Sistema de Integração Nacional), por colaboradores das Unimeds Araguaína e Cal-das Novas.

Na abertura do workshop, o diretor Administrativo-Financei-ro e de Regulação da Unimed Cerrado, Danúbio Antonio de Oliveira, destacou a relevância do encontro, que abordou vários temas relacionados ao mercado de planos de saúde. O asses-sor Jurídico abriu o primeiro dia

da programação, ministrando o módulo “Legislação de Saúde”.

Ele falou sobre a regula-mentação dos planos, o papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar, as obrigações das operadoras, as formas de rea-justes e outros temas, como a portabilidade de carências. Se-gundo Daniel Faria, quem atua na área de mercado precisa ter

conhecimento e estar atento à legislação da área de saúde su-plementar para orientar bem os clientes.

No segundo dia do workshop, Saulo Ribeiro Lacerda, da Uni-med do Brasil, ministrou o mó-dulo “Gestão de Risco Atuarial”, abordando temas, como concei-tuação de risco, precificação e sinistralidade.

Buscando orientar seus pres-tadores de serviços de saúde e assegurar a unificação e a qua-lidade da assistência aos clien-tes, a Unimed Cerrado lançou o “Manual do Prestador”. A publi-cação, que chega para melhorar a comunicação com a rede pres-tadora de serviços de saúde, traz informações sobre as normatiza-ções de pagamentos referentes a taxas, diárias, materiais e me-dicamentos e suas composições.

Também orienta os presta-dores, de forma bem didática, sobre o preenchimento e os itens que compõe o prontuário do pa-ciente. O correto preenchimento do prontuário, além de cumprir normas legais, melhora a audito-

ria e evita falhas no pagamento das contas.

O “Manual do Prestador” é fundamentado no Manual de Con-sulta às Normas de Auditoria Mé-dica e Enfermagem e no Manual de Intercâmbio, elaborados pela Unimed Brasil. A publicação tam-bém é baseada em normatiza-ções locais e legislações vigentes e está disponível para download no site da Unimed Cerrado: www.unimedcerrado.com.br.

Para mais informações, entre em contato com a Unimed Cer-rado pelos e-mails [email protected] e [email protected] ou pelo telefone (62) 3221 5100 - ramais 5109/5139.

MERCADO

Workshop orienta Singulares sobre a legislação e os riscos do mercado

Danúbio Antonio de Oliveira: destaque para a importância do encontro

Lançado o Manual do Prestador da Unimed Cerrado

Agosto 20144.

Curso teve transmissão ao vivo, alcançando mais de 200 alunos em diferentes localidades. Colaboradores de Goiânia também participaram do treinamento

Os principais conceitos e as mudanças impostas pelo Pa-drão de Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS) 3.02.00, que entrou em vigor em 31 de agosto, foram abordados em treinamentos ministrados pela Unimed Cerrado. No dia 19 de agosto, a analista de Tecno-logia da Informação (TI) da Fe-deração, Acássia de Borja, falou a colaboradores da Unimed Cer-rado sobre o novo padrão e seus impactos nos setores de Contas Médicas e de Atendimento.

Entre os dias 26 e 28 de agos-to, o tema voltou a ser abordado, enfocando também os impactos do TISS 3.02.00 no Sistema de Atendimento Web (SAW). Desta vez, o público do treinamento foi formado por cooperados, aten-dentes e faturistas da rede presta-dora de serviços à operadora Uni-med Cerrado e colaboradores das Singulares prestadoras - Unimed Goianésia, Unimed Norte Goiano, Unimed Porangatu e Unimed Vale do São Patrício.

Com duas horas de duração, o curso teve sete turmas e uma inovação no formato: as aulas, ministradas por Acássia de Borja no Centro de Desenvolvimento Humano da Unimed Cerrado, fo-ram transmitidas ao vivo, sendo acompanhadas por 130 pessoas nas salas de videoconferência das Singulares federadas e por cerca de 80 pessoas através do

Portal TISS, disponível no site da Federação. Essa transmissão teve grandes benefícios, como a redução de custos e do tempo de

treinamento e o alcance, em menor tempo, de um número maior de alunos e em diferentes localidades.

Ainda no dia 19 de agosto, colaboradores do Setor de Con-tas Médicas da Unimed Cerrado participaram de um treinamen-to sobre processos de pagamento. O analista de Tecnologia da Informação, Carlos Antônio da Silva, fez uma apresentação so-bre as rotinas de pagamento e cobrança e enfocou o funciona-mento dos processos dentro do sistema de gestão da operadora Unimed Cerrado. O objetivo desta apresentação foi nivelar o co-nhecimento entre todos os colaboradores que estão diretamente envolvidos nestes processos.

EDUCAÇÃO

Treinamentos abordam os impactos do Padrão TISS 3.02.00

Padrão TISS: aulas na Federação e com transmissão ao vivo

Orientações sobre pagamentos e cobranças

5.Agosto 2014

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Para o presidente da Unimed do Brasil, com colaboradores qualificados e motivados, o nível de qualidade do Sistema Unimed subirá muitos pontos

“Ninguém faz absolutamente nada sem pessoas”. Foi o que declarou o presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aqui-no, na abertura do 26º Encontro Nacional dos Núcleos de Desen-volvimento Humano e Comitês Educativos, que foi realizado em Goiânia nos dias 17 e 18 de julho. Eudes Aquino ainda destacou a importância da qualificação dos profissionais. “Se os colaborado-res estão qualificados, motivados e entendem o que precisam fazer nesta interação entre a Unimed e os clientes, o nível de qualidade, que é nosso maior diferencial, su-birá muitos pontos”.

O diretor de Marketing e De-senvolvimento da Confederação, Edevard J. de Araujo, também participou do evento e falou so-bre a criação de ferramentas e

projetos que podem auxiliar as Unimeds na gestão de pessoas. “Nosso Núcleo de Desenvolvi-mento Humano é, talvez, o co-mitê mais antigo do Sistema. Es-tamos na fase das entregas de programas para colaboradores, para cooperados e para a comu-nidade”, afirmou, acrescentado que a meta é encontrar as me-lhores práticas e apresentá-las. Assim, quem quiser começar terá um referencial e não perde-rá tempo na busca de resultados.

O presidente da Unimed Cer-

rado, José Abel Ximenes, comemorou a expressiva parti-cipação das Unimeds no encon-tro e ressaltou que o Núcleo de Desenvolvimento Humano está passando por um momento de expansão dentro do sistema, de acordo com o novo ordenamen-to que a Unimed do Brasil está propondo implementar. “A ideia é que saiam deste encontro diretri-zes para nortear os núcleos pelo País”, disse.

A mesa de abertura do 26º Encontro Nacional dos Núcleos

de Desenvolvimento Humano e Comitês Educativos, coorde-nado por Maike Mohr, gestora de Desenvolvimento Humano e Sustentabilidade, foi composta por Eudes de Freitas Aquino; Edevard J. de Araujo; José Abel Ximenes; Sizenando da Silva Campos Júnior, presidente da Unimed Goiânia; João Batista Caetano, presidente da Funda-ção Unimed, e Paulo Januzzi, diretor de Atenção à Saúde e Intercâmbio da Central Nacional Unimed (CNU).

Dirigentes destacam a importância das pessoas para o Sistema Unimed

Abertura: Sizenando (esq.), Edevard, João Batista, Eudes, Ximenes e Januzzi

O 26º Encontro Nacional dos Núcleos de Desenvol-vimento Humano e Comitês Educativos foi promovido pela Unimed do Brasil com o apoio da Unimed Cerrado e contou com a participação de dirigen-tes, cooperados e colabora-dores do Sistema Unimed de

todo o país. A partir do tema “Cooperativismo: unidade na diversidade”, o encontro de-bateu assuntos, como gestão de pessoas, relacionamento com os cooperados, clientes e colaboradores, governança e educação cooperativista.

Os participantes puderam

saber mais e debater com re-nomados palestrantes o que vem sendo feito por grandes empresas, por exemplo, para atrair e reter novos talentos e promover o crescimento pro-fissional de seus colaborado-res. A importância das redes sociais no relacionamento com

o público foi outro tema em de-bate durante o encontro, que teve também a apresentação da parceria firmada na área educacional entre a Unimed Cerrado e a Universidade Fe-deral de Goiás e que está sen-do ampliada para a oferta de novos cursos.

Encontro de NDHs e Comitês Educativos debateu a unidade na diversidade

Agosto 20146.

DESENVOLVIMENTO HUMANO

O novo modelo de gestão, que será implantado em 2015, tira o foco do cargo e valoriza as competências dos colaboradores

O novo modelo de gestão de pessoas por competências, que será adotado pelo Siste-ma Unimed a partir de 2015, foi apresentado aos colaborado-res da Unimed Cerrado em um workshop realizado pela Fede-ração nos dias 7 e 8 de agosto. Os participantes foram agrupa-dos em duas turmas e durante o workshop, com sete horas de duração, a Gerência de Recur-sos Humanos apresentou as tra-jetórias de carreiras no Sistema Unimed e o novo modelo de ava-liação de desempenho.

Esse modelo, elaborado em conjunto pela Unimed do Brasil, Unimed Cerrado e várias Singu-lares e Federações, rompe com o padrão tradicional de gestão de pessoas, tirando o foco do cargo

e valorizando as competências dos colaboradores. O novo Pro-grama de Gestão de Competên-cias do Sistema Unimed já tinha sido apresentado a técnicos da área de Recursos Humanos das Unimeds Cerrado, Catalão, Mor-rinhos, Regional Sul/Itumbiara e Rio Verde, no dia 16 de julho, durante a primeira reunião do Comitê Federativo de Recursos Humanos da Unimed Cerrado.

Na abertura desta reunião, transmitida por videoconferên-cia a todo o Sistema Unimed, o presidente da Unimed Cerrado, José Abel Ximenes, destacou a importância da valorização dos colaboradores e do trabalho em equipe. Ele também enfatizou a necessidade de todas as Singu-lares estruturarem seus setores de recursos humanos. Em se-guida, a gerente de Gestão de Pessoas da Unimed do Brasil, Mônica Christina Souza Car-valho, apresentou o programa, orientando os participantes so-bre a aplicação do projeto.

Colaboradores participam de workshop sobre gestão por competências

Colaboradores: avaliação do novo modelo

Ximenes: a importância da valorização dos colaboradores

Gerente de Recursos Hu-manos da Unimed Catalão, Pa-trícia Novaes do Amaral, conhe-ceu o novo modelo de gestão de pessoas por competências e disse que a proposta vem con-tribuir com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Sin-

gular na área de recursos hu-manos. “Estamos estruturando a área de remuneração, cargos e carreiras e não vamos preci-sar começar do zero”, afirmou.

Segundo Patrícia, a defi-nição das competências e a padronização apresentadas

pelo novo projeto da Unimed do Brasil vão contribuir para que todas as Unimeds falem a mes-ma língua na área de recursos humanos.

Gerente Administrativa da Unimed Morrinhos, Daniela Cunha de Oliveira, aprovou o

novo projeto. A Unimed Morri-nhos conta atualmente com 16 colaboradores e um aprendiz e está implantando seu setor de recursos humanos. “Vamos aproveitar o novo modelo, que vem uniformizar o trabalho das Unimeds nesta área”, disse.

O novo modelo de gestão de pessoas do Sistema Unimed vai integrar e padronizar as áreas de recursos humanos das 353

cooperativas médicas do Siste-ma, que contam com 75 mil co-laboradores. O programa busca ampliar as oportunidades para

o desenvolvimento profissional dos colaboradores a partir de competências técnicas e com-portamentais, intensificando a

qualidade do atendimento e par-tindo de três princípios básicos: trajetórias de carreira, níveis de complexidade e competências.

Singulares já planejam a adoção do modelo

Saiba mais sobre o novo modelo

7.Agosto 2014

Nesta edição, o Projeto Memória do Cooperativismo conta a trajetória do médico Tarciso Dagolberto

Borges. A história de vida desse goiano de 63 anos, nascido em Catalão, se funde com a história do cooperativismo,

não só em Goiás, mas também no Tocantins e no Distrito Federal, onde, graças à visão estratégica e ao empenho

pessoal de líderes natos, o cooperativismo se consolidou.Na entrevista, Tarciso conta como foram a infância e a adolescência em Goiânia, as difi culdades para estudar e fala de suas três paixões: a medicina, a docência e o cooperativismo. Revela que se sente realizado nas três vertentes e adverte: a realização é pessoal, muito além do fator econômico. Ele fala também da importância da família, especialmente da companheira da vida inteira, Maria Luiza Borges, e dos amigos, que não são poucos.

MEMÓRIA DO COOPERATIVISMO - PERSONAGENS

Tarciso Dagolberto Borges: “Tenho três paixões: a medicina, a docência e o cooperativismo”

adolescência em Goiânia, as difi culdades para estudar e fala de suas três paixões: a medicina, a docência e o cooperativismo. Revela que se sente realizado nas três vertentes e adverte: a realização é pessoal, muito além do fator econômico. Ele fala também da importância da família, especialmente da companheira da vida inteira, Maria Luiza Borges, e dos amigos, que não são poucos.

Agosto 20148.

Vinda para Goiânia“Meu pai e minha mãe viviam

na roça, na região de Catalão. Em 1952, vieram para Goiânia com a prole de dez fi lhos. Eles venderam a fazenda com a ideia de trazer essa prole maciça para estudar na capital. Na época em que fi zeram isso, não era fácil a adaptação a uma vida diferente. Eles não estavam preparados para viver na cidade. Meu pai tentou vários negócios, que não deram certo. Vivíamos exclusi-vamente às expensas dele, que não tinha nenhuma experiência urbana. Para ele, a mudança foi sofrida e penosa. Para nós tam-bém. Dependíamos de escolas públicas, nunca estudamos em escola privada”.

Vínculo com Campinas“Estudei na Escola Paroquial

Nossa Senhora da Conceição. De lá, fui para o Pedro Gomes, onde fi z o ginásio e o científi co. Desde quando chegamos a Goi-ânia, a família morou no mesmo endereço, Avenida Pará, número 39. Só saí de lá quando me ca-sei. Minha mãe faleceu há quatro anos, mas tenho duas irmãs que vivem lá. Pelo menos uma vez por semana vou visitá-las”.

Ligação com a UFG“Minha história com a Univer-

sidade Federal de Goiás (UFG)

tem uma característica interes-sante. Fiz os seis anos da Facul-dade de Medicina lá. Entrei em 1971 e me formei em 1976. Lá mesmo fi z minha residência, em Ginecologia e Obstetrícia, que terminei em 1978. Ao término da residência, houve um concurso para professor, fi z e fui aprova-do. Estou lá há 43 anos, desde quando entrei como estudante. Eu poderia ter me aposentado há seis anos, mas a coragem para fazer isso ainda é pouca. É uma ligação muito forte, a UFG é uma das minhas paixões”.

A vocação para a medicina“Sempre quis ser médico,

desde criança. Eu fazia faculdade à noite e tinha de trabalhar duran-te o dia. A família, sem grandes condições, necessitava. Como sempre gostei da área de ensino, dava aulas para o segundo grau. Um dos locais era o Atheneu Dom Bosco. Só deixei de dar essas au-las quando me formei, porque aí não justifi cava mais. A docência é outra de minhas paixões”.

As paixões“Posso dizer que tive e tenho

três paixões: ser médico, a docên-cia e o cooperativismo. Em todas, estou muito feliz e realizado. Agra-deço tudo o que eu tenho como professor, como médico e como cooperativista. E quando falo em

tudo o que tenho, não me refi -ro só ao aspecto econômico. É também pela realização profi s-sional e pelo grande círculo de amizades. Tenho muito orgulho de meus ex-alunos, muitos deles com grande projeção nacional e até internacional. Posso me ar-riscar a dizer que sou uma pes-soa realizada”.

A família“Esse é outro grande fator

de realização pessoal. Constituí minha família, acabo de formar minha última fi lha. Tive uma base familiar muito forte e me sinto re-alizado. Sou casado com Maria Luiza Borges desde 28 de agosto de 1978. É uma companheira que me ajudou muito e que soube en-tender as difi culdades da vida de médico, de professor e de coope-rativista. Foram muitas ausências, em função dos plantões médicos, das viagens implantando coo-perativas e de congressos. Ela sempre esteve muito presente e soube entender esses momentos, conduzindo de forma harmônica e muito estável. Temos três fi lhos: Leandro Dagolberto, médico ve-terinário, Letícia Borges, médica, e Viviane, que também se formou em Medicina Veterinária. Prezo muito a convivência familiar, tanto ascendente, com meus irmãos, dos quais nove estão vivos, e também descendente. E com os netos. Sou um vovô coruja”.

O cooperativismo“Comecei a atuar nessa seara

a convite do fundador da Unimed Goiânia, José Mário de Freitas, em 1978. Ele me convidou a par-ticipar dos conselhos e, depois, assumi diretoria com o José Abel Ximenes. Começamos, naquela época, a grande caminhada do cooperativismo, implantando a doutrina, a cultura. Não era tão simples. Não havia videoconfe-rências, tudo era presencial. E não havia dinheiro. Tudo era feito às nossas expensas. Rodáva-mos o Estado em nossos carros, Fuscas e Chevettes. Participei da criação de 15 das 18 Unimeds de Goiás, Tocantins e Distrito Fede-ral. Mas na grande maioria dos

locais onde íamos falar, encontrá-vamos resistência de colegas que achavam que o cooperativismo concorreria com a clientela parti-cular. O tempo mostrou que não era isso, os resultados foram ex-celentes e o cooperativismo está consolidado como sistema”.

Unimed Cerrado“Participei da criação da Fe-

deração das Unimeds de Goiás e Tocantins, a Unimed Cerrado, onde trabalhei por muito tempo, assumi diretorias e a presidência. Eu a deixei em 2006, quando en-cerrei meu vínculo com o coope-rativismo de trabalho e comecei a atuar com o cooperativismo de crédito.”

Unicred“É uma cooperativa de crédi-

to, uma instituição fi nanceira, que presta todos os serviços de qual-quer instituição fi nanceira, com a diferença de que elas separam sócios e proprietários e na coo-perativa todos são associados. É uma forma diferente de organizar a estrutura de capital. Temos aqui fi nanciamentos a hospitais, clíni-cas, aquisição de aparelhos. É ou-tra vertente, outra forma de atuar, mas de fundamental importância”.

Sonho“Podemos dizer que as expe-

riências socialistas ruíram e que há vários sinais de que o capita-lismo está se esgotando. Chego a acreditar que o cooperativismo pode vir a se tornar um regime social, a tratar as pessoas de for-ma mais solidária, atribuindo mais valor a elas. Mas isso é coisa de um romântico apaixonado pelo cooperativismo. Isso é um sonho a ser concretizado pelas futuras gerações.”

Sentimento“O maior fruto que levo de

tudo isso é a sensação de dever cumprido. Outro resultado, que não tem preço, é o grande núme-ro de amigos leais e sinceros que conquistei como médico, profes-sor e cooperativista”.

(Texto/Edição: Carla Borges/ Rosane Rodrigues da Cunha)

públicas, nunca estudamos em escola privada”.

Vínculo com Campinas“Estudei na Escola Paroquial

Nossa Senhora da Conceição. De lá, fui para o Pedro Gomes, onde fi z o ginásio e o científi co. Desde quando chegamos a Goi-ânia, a família morou no mesmo endereço, Avenida Pará, número 39. Só saí de lá quando me ca-sei. Minha mãe faleceu há quatro anos, mas tenho duas irmãs que vivem lá. Pelo menos uma vez por semana vou visitá-las”.

Ligação com a UFG“Minha história com a Univer-

sidade Federal de Goiás (UFG)

desde criança. Eu fazia faculdade à noite e tinha de trabalhar duran-te o dia. A família, sem grandes condições, necessitava. Como sempre gostei da área de ensino, dava aulas para o segundo grau. Um dos locais era o Atheneu Dom Bosco. Só deixei de dar essas au-las quando me formei, porque aí não justifi cava mais. A docência é outra de minhas paixões”.

As paixões“Posso dizer que tive e tenho

três paixões: ser médico, a docên-cia e o cooperativismo. Em todas, estou muito feliz e realizado. Agra-deço tudo o que eu tenho como professor, como médico e como cooperativista. E quando falo em

9.Agosto 2014

ENTREVISTA – Danúbio Antonio de Oliveira

“Precisamos fortalecer a integração entre as Unimeds”Em abril, o médico Danúbio Antonio de Oliveira assumiu pela segunda vez consecutiva a Diretoria Administrativa-Financeira da Unimed Cerrado. Nesta gestão 2014/2018, o cargo ocupado por ele nos últimos anos ganhou mais uma atribuição, passando a agregar também a área de Regulação. Formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás, com residência médica em

Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva também na UFG, especialista em Gestão Estratégica de Marketing pela Universidade Estadual de Goiás e em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, o novo diretor Administrativo-Financeiro e de Regulação da Unimed Cerrado é também membro do Conselho de Administração da

Unicred Centro Norte Brasileira, presidente por três mandatos da Unimed Anápolis, ex-presidente da Associação Médica de Anápolis, ex-diretor Administrativo da Unimed Centro-Oeste e Tocantins e professor de medicina da Faculdade UniEvangélica de Anápolis.Nesta entrevista, ele fala um pouco sobre o trabalho na diretoria da Unimed Cerrado e destaca a necessidade de união do Sistema Unimed em Goiás, Tocantins e em todo o Centro-Oeste.

A diretoria que o senhor já representava foi ampliada nesta gestão com a criação da parte de Regulação e foi criada também a Diretoria de Integra-ção Cooperativista e Desen-volvimento Institucional. O que essa nova diretoria representa para a Federação e para as Sin-gulares?

Para a Federação, de forma geral, representa um ganho im-portante, pois vai distribuir melhor as atividades. Com o crescimento da Federação, o volume de traba-lho vem aumentando nos últimos anos e essa mudança estrutural vai melhorar a administração. Com a criação também da Dire-toria de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional e a atuação do companheiro Walter Cherubim Bueno, acredito que teremos uma divisão melhor dos trabalhos com melhores resulta-dos para a Federação e para as Singulares.

Que avaliação o senhor faz da posse, em abril, até aqui. O que já foi feito e quais são os principais desafi os desta ges-tão?

Muito já foi feito, apesar do pouco tempo. Estamos reestru-turando o programa de trabalho com a vinda do novo diretor, mas já demos grandes passos. Quan-to aos desafi os, o maior é traba-lhar a integração entre todas as fi liadas e buscar a unidade da re-gião. O momento atual exige mui-ta união, não podemos andar na direção contrária. Precisamos da integração não só da nossa região (Goiás, Tocantins e Distrito Fede-ral), mas de todo o Centro-Oeste. Fortalecer essa integração é o de-safi o maior.

Como está a relação entre a Unimed Cerrado e os outros Estados do Centro-Oeste?

O relacionamento é muito bom, no entanto, acredito que ainda precisamos estar mais próximos, discutindo as grandes questões do cooperativismo em nossa região. No passado recen-te, já tivemos uma cooperação maior entre os Estados, agora essa integração está mais lenta e precisamos estar próximos, pois os desafi os são muitos, os pro-blemas são vários e precisamos discuti-los entre os representan-tes da região.

Os problemas enfrentados pelo cooperativismo no Cen-tro-Oeste diferem dos de ou-tras regiões ou são similares?

Não há grandes diferenças em termos nacionais. Normal-mente, os problemas são pare-cidos. O grande problema que temos hoje é a sinistralidade constante, que tem aumentado cada vez mais, e precisamos nos unir e trabalhar em conjunto para buscarmos uma solução.

Agosto 201410.

ENTREVISTA – Walter Cherubim Bueno

“As Singulares terão a satisfação de serem fi liadas a uma grande Federação”A atual estrutura administrativa da Unimed Cerrado conta com uma nova diretoria, a de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional. Para o cargo, foi eleito, em março, o médico ortopedista e traumatologista Walter Cherubim Bueno. Formado em medicina pela Universidade Federal de Uberlândia, pós-graduado em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, ele é cooperado da Unimed Morrinhos desde 1997. Entre 2000 e 2002, foi conselheiro vogal desta Singular goiana.Nesta entrevista, Walter Cherubim Bueno, que também é vice-presidente da Unimed Morrinhos desde 2003 e membro efetivo da Câmara Arbitral da Unimed do Brasil desde 2013, fala sobre o trabalho da nova diretoria, que inclui visitas e contatos mais diretos com as Singulares.

O senhor assumiu uma nova diretoria, recém-criada, e que tem um papel fundamen-tal na relação entre a Unimed Cerrado e as Singulares fede-radas. Como está sendo de-

senvolvido esse trabalho?Quando recebemos o con-

vite para assumir essa nova diretoria, o foco principal era aproximar mais as Singulares da Federação, superando as distân-cias físicas e buscando conhecer as verdadeiras necessidades de cada cooperativa. Minha origem é de uma Unimed pequena, a Morrinhos, onde tivemos e ain-da temos muitas difi culdades e percebemos que, mesmo com o trabalho que realiza, a Fede-ração não consegue contemplar todas as nossas necessidades. Então, estamos trazendo para a Federação a experiência que ad-quirimos ao longo dos anos em uma Unimed pequena e estamos criando um protocolo para dar-mos assistência em todas as ne-cessidades das Unimeds. Vamos ampliar o atendimento não só às Unimeds pequenas, mas tam-bém às médias e grandes, pois os desafi os e problemas acabam sendo quase os mesmos.

Quais são os problemas mais comuns?

São, principalmente, os re-lacionados à parte regulatória, à parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e à parte jurídica, pois, infelizmente estamos passando por um pro-cesso de judicialização muito grande. Apesar de já contarmos com o trabalho do Centro Jurí-dico Compartilhado (Cejur), as Singulares ainda enfrentam pro-blemas nesta área. Têm difi cul-dades ainda na parte de vendas, de mercado e também contábil. Algumas têm difi culdade para conseguir os registros defi nitivos na ANS. Nestes três meses que estamos à frente da diretoria, já conseguimos, junto com a As-sessoria Jurídica, avançar neste processo de registro das Singu-

lares. Um exemplo é a Unimed Caldas Novas, que já conseguiu seu registro defi nitivo.

Como será intensifi cado o contato com as Singulares?

Nosso projeto é visitar todas as Singulares, fazer uma visita técnica, pesquisar o que estão precisando, o que necessitam. Com isso, não pretendemos só levar nosso conhecimento e aprendizado, mas também aprender com as Singulares, ter um feedback importante. Acre-ditamos que essa aproximação e esse intercâmbio de conheci-mentos e informações vão forta-lecer a Federação e sua repre-sentatividade como cooperativa de segundo grau e as Singulares terão a satisfação de serem fi lia-das a uma grande Federação.

Outra função importante da diretoria de Integração Co-

operativista está relacionada à medicina preventiva e à as-sistência integral à saúde, que estão muito em foco agora. Quais as novidades para essa área?

A medicina preventiva e a assistência integral à saúde são a bola da vez. Estamos inician-do esse trabalho e junto com as filiadas queremos realizar projetos-piloto em pequenas Singulares, principalmente com ações de medicina preventi-va, reabilitação e atendimento ambulatorial a pacientes dia-béticos, hipertensos, obesos e outros. Também queremos desenvolver em conjunto com todas as Singulares ações vi-sando melhorar a qualidade de vida dos nossos clientes, redu-zir a hospitalização e os gastos com a medicina curativa. Temos um investimento maciço a fazer na medicina preventiva.

11.Agosto 2014

ENTREVISTA – José de Oliveira e Silva

“Nossa meta é atingir o máximo em relação à qualidade do atendimento e às vendas”Formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás, o cirurgião geral José de Oliveira e Silva assumiu, em abril, a diretoria de Mercado da Unimed Cerrado. Entre as atribuições do novo cargo está a coordenação do trabalho da operadora Unimed Cerrado,

responsável pelas carteiras das Unimeds Goianésia, Norte Goiano (Uruaçu), Porangatu e Vale do São Patrício (Ceres).Especialista em Gestão de Cooperativas de Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, ex-presidente e tesoureiro da Associação

Médica de Goiás - Regional de Uruaçu e presidente da Unimed Norte Goiano, José de Oliveira iniciou seus trabalhos por uma pesquisa detalhada do mercado. Ele quer saber como estão as vendas, o atendimento aos clientes e a rede prestadora. Nesta entrevista, o diretor conta o que já observou e fala sobre as metas da diretoria.

Quais são as metas da Dire-toria de Mercado nesta gestão?

Estamos conhecendo primei-ramente o mercado, buscando entender como funciona realmen-te a operadora. A cada dia, temos reuniões mais específi cas para entender o papel da operadora e vamos reestruturar toda a par-te de vendas, de coordenação e mercado. Estamos preocupados e queremos saber como estão as vendas, o atendimento aos clientes e a rede prestadora, pois não adianta querer vender se não tivermos uma rede prestadora, pois é ela que vai nos dar o su-porte para a comercialização dos planos de saúde e mais credibi-lidade para negociarmos essas vendas. Estamos trabalhando e nossa meta é atingir o máximo em relação à qualidade do aten-dimento e às vendas.

Já é possível falar em algum plano novo para os clientes?

Ainda não. Estamos traba-lhando com os planos aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A mudança que fi zemos recentemente foi em relação aos planos de pessoa ju-

rídica, que hoje pode ser feito por grupos de três pessoas e antes trabalhávamos com grupos 10, 20, 50 pessoas. Facilitamos o in-gresso dos clientes nesta catego-ria de planos.

Hoje, qual é o maior desafi o da operadora Unimed Cerrado?

O desafi o mais importante é reestruturar a rede de atendimen-to. Temos muitas queixas em re-lação não só à carência de médi-cos especialistas, mas também à escassez de médico clínico para atender. Faltam dermatologistas, oftalmologistas, mas nestas áre-as as queixas são pequenas. As reclamações maiores são em re-lação ao atendimento clínico. Fal-tam clínicos para atender bem, com presteza e com disponibi-lidade para a marcação de con-sultas. Esses problemas deixam o cliente insatisfeito e precisamos saná-los.

Essa escassez de médicos em algumas especialidades e em algumas regiões é uma queixa nacional. Já é possível vislumbrar uma forma de resol-ver esse problema?

Já. O que temos de propos-ta para o Norte goiano, que é a região à qual a operadora está ligada, é construir uma rede pró-pria. Essa é uma vontade, um desejo e um planejamento nosso. Já conversamos com o diretor de Mercado da Central Nacional Unimed, que tem muitos clientes na região, para fazermos uma parceria e montarmos uma rede própria, pois não adianta querer-mos vender planos se não temos uma rede de assistência. Essa é uma preocupação, um projeto, mas não depende só de nossa diretoria. É um esboço, ainda de-pende de recursos fi nanceiros, de estudos.

Agosto 201412.

A Unimed Cerrado ampliou suas ações de gestão sustentável, avançou na pontuação e conquistou o Selo Ouro de Sustentabilidade 2014

A Unimed Cerrado obteve o Selo Ouro de Sustentabilidade 2014, avançando na pontuação em relação ao selo alcançado em 2013. Segundo a Unimed do Brasil, a conquista revela que a Unimed Cerrado “assimi-lou o conceito da gestão sus-tentável e boa parte de seus processos reflete sua implan-

tação, havendo planejamento e monitoramento das ações”.

Em sua 12ª edição, o selo, criado em 2003 pela Unimed do Brasil, reconhece as coo-perativas do Sistema Unimed que incorporam os temas es-senciais da sustentabilidade em sua gestão, nos âmbitos social, econômico e ambien-tal, alinhando-se às principais tendências de mercado para operadoras de planos de saú-de somadas às especificidades das características do coopera-tivismo.

A nova certificação foi co-memorada pela Unimed Cer-

rado, que tem neste selo um incentivo para continuar traba-lhando com foco na sustentabi-

lidade e na gestão socialmente responsável, princípios do coo-perativismo.

A participação da Unimed Cerrado no Dia C (Dia de Co-operar), realizado em 6 de setembro, proporcionou uma manhã especial a um grupo de meninas e meninos aten-didos pelo Centro de Valori-zação da Mulher (Cevam), entidade goianiense que há 32 anos presta assistência a mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência, abusos e abandono. Durante toda a manhã, o grupo forma-do por cerca de 40 crianças participou de um passeio no zoológico de Goiânia.

A aventura foi acompa-nhada por colaboradores da Unimed Cerrado, que volun-tariamente abraçaram o Dia C, um projeto de cooperação, voluntariado e ação social coordenado pelo Sistema

OCB (Organização das Co-operativas Brasileiras) e que aconteceu simultaneamente em 24 Estados. Em Goiás, o projeto envolveu cerca de 40 cooperativas.

As crianças beneficiadas pelo trabalho da Unimed Cer-rado receberam informações sobre os animais em cativei-ro, visitaram os recintos, brin-caram e encerraram a manhã com um grande piquenique no parque. Além desta ação, que levou alegria e diversão a esses meninos e meninas, a Unimed Cerrado promo-veu uma campanha para a arrecadação de produtos de higiene pessoal, que foram entregues ao Cevam, entida-de já beneficiada pela Fede-ração com outras doações e ações sociais.

A conquista do ouro no Selo Unimed de Sustentabilidade 2014

SUSTENTABILDIADE

No Dia C, Unimed Cerrado leva diversão a crianças de Goiânia

Dia C: passeio no parque e doação

13.Agosto 2014

SINGULARES EM FOCO

Francisco Martins da Silva: oferta de

maior segurança e comodidade aos

benefi ciários

Francisco Martins da Silva (esq.), Rafael Ximenes e José Abel Ximenes: visita às obras da Unimed Morrinhos

O presidente da Unimed Cer-rado, José Abel Ximenes, visitou, no dia 21 de agosto, as futuras instalações da Unimed Morri-nhos. Ele conheceu de perto o projeto onde vão funcionar o laboratório, salas de psicologia, fi sioterapia e medicinas preven-tiva e ocupacional. O presidente da Unimed Morrinhos, Francisco Martins da Silva, mostrou o anda-mento das obras e contou como serão oferecidos os serviços.

Ximenes ressaltou ser um motivo de satisfação visitar a Singular. “Acompanho a coope-rativa desde o início e ver sua expansão é gratifi cante. Os co-

operados têm um espírito ino-vador que vem agregar novos valores, principalmente com a implantação de novos serviços através dessa reestruturação. O desenvolvimento da área de saúde ocupacional vai contri-buir, e muito, com o setor social que, é prioridade do cooperati-vismo. A Unimed Morrinhos é um exemplo para a Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins”, disse, para-benizando a todos os coopera-dos e colaboradores pelo traba-lho prestado.

(Com informações: Assessoria de Imprensa/Unimed Morrinhos).

José Abel Ximenes visita obras da Unimed Morrinhos

Os dois serviços, que estão disponíveis para a adesão de todas as Singulares federadas, reforçaram a comunicação entre a Unimed Morrinhos e seus benefi ciários

Desde o dia 29 de julho, a Unimed Morrinhos está oferecen-do aos seus clientes os serviços de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e Ouvidoria. A abertura destes canais, que vêm ampliar a comunicação entre a Unimed Morrinhos e seus usuá-rios, foi possível após a adesão da Singular aos serviços de Ou-vidoria e SAC prestados às fede-radas pela Unimed Cerrado.

Agora, através do telefone 0800 642 1630, o benefi ciário da Unimed Morrinhos poderá aces-sar o SAC, esclarecer dúvidas e consultar a situação dos procedi-mentos solicitados, como autori-zação e liberação de exames e cirurgias. O atendimento funcio-

na 24 horas por dia, inclusive nos fi ns de semana.

Através do serviço de Ou-vidoria, os usuários da Unimed Morrinhos podem fazer recla-mações, apresentar sugestões e elogios. Basta ligar para o 0800 642 1660, de segunda a sexta--feira, das 8h30 às 17h30.

“Essas são maneiras de garantir maior segurança e co-modidade aos nossos benefi ci-ários. Com essas ferramentas o usuário do nosso plano de saúde poderá acompanhar de perto o andamento de todos os procedi-mentos que terá de fazer”, disse Francisco Martins da Silva, presi-dente da cooperativa.

Além da Unimed Morrinhos, os serviços de Atendimento ao Consumidor e de Ouvidoria ofe-recidos pela Unimed Cerrado já são utilizados pelas Unimeds Anápolis, Araguaína, Caldas No-vas, Catalão, Gurupi, Mineiros e Vale do Corumbá (Ipameri). Os serviços estão disponíveis a to-das as Singulares federadas.

Unimed Morrinhos adere ao SAC e Ouvidoria da Unimed Cerrado

Agosto 201414.

SINGULARES EM FOCO

Implantação de novo sistema de gestão: a busca da qualidade total

Reformada e ampliada, a nova sede da Uni-med Araguaína foi reinaugurada no dia 4 de julho com uma festa que reuniu cooperados, colabora-dores, lideranças do setor cooperativista, o presi-dente da Singular, Luiz Carlos de Oliveira, o diretor de Integração e Desenvolvimento Institucional da Unimed Cerrado, Walter Cherubim Bueno, e o ge-rente geral da Federação, Helson Mauro Stumpf.

Com sede nova, a Unimed Araguaína iniciou também mais uma etapa na modernização de seu funcionamento com a implantação de um novo sis-tema de gestão. O trabalho deve ser concluído até o início de 2015. O objetivo é melhorar a qualidade, produtividade e competitividade da cooperativa to-cantinense e alcançar a certificação ISO 9001 com a adoção de padrões que proporcionem o desen-volvimento organizacional da cooperativa, mudan-ças de comportamento e de gestão.

Para assessorar seus dirigentes e colaborado-res na implantação dos processos de gestão da qualidade, a Unimed Araguaína contratou a em-presa Ampliar Assessoria em Desenvolvimento Humano. A primeira etapa dos trabalhos da asses-soria teve início com a apresentação do projeto à diretoria e colaboradores. A segunda fase, em andamento, inclui reuniões entre os técnicos da Ampliar Assessoria e todos os colaboradores e di-rigentes envolvidos no processo.

Unimed Araguaína inaugura nova sede e inicia implantação de gestão da qualidade

Relatório da Strategy Consultoria constatou que a cooperativa cumpriu todos os prazos definidos pela ANS para o envio de informações

A Unimed Catalão cumpriu a totalidade de suas obrigações junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foi

o que constatou o Relatório de Acompanhamento das Obriga-ções ANS elaborado pela em-presa Strategy Consultoria após a análise do cumprimento pela cooperativa dos prazos para o envio regular de informações à agência.

Os consultores analisaram o período entre agosto de 2013 e julho de 2014 e constataram que a Unimed Catalão atendeu

100% das exigências referentes ao Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Informações de Produtos (SIP), Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (Diops), Procedimentos Previa-mente Acordados (PPA) e Índi-ce de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS).

Foi recomendado que a ope-

radora mantenha a forma efeti-va como vem tratando o cum-primento das obrigações junto à ANS a fim de evitar multas, transtornos e intervenções por parte da agência. O presidente Rogério José dos Reis obser-vou que esse resultado reflete o bom trabalho da Unimed de Ca-talão em busca do crescimento sustentável e respeitando as leis regulamentares.

Unimed Catalão cumpre 100% das exigências da ANS

Nova sede: inauguração

15.Agosto 2014

Unimed Cerrado – Rua 8-A, 111, Setor Aeroporto, Goiânia-GO, CEP 74075-240

ARTIGO - LENA CASTELLO BRANCO

Sobre medos e pestes

Nos últimos meses, temos acompanhado o noticiário sobre o aumento de casos de ebola – que hoje somam mais de mil ví-timas fatais, em quatro países da África ocidental. Recentemente, morreu o primeiro europeu atingi-do pela doença, um padre espa-nhol, que fora levado para Madri, mas não resistiu.

A sensação é de impotência diante da ameaça de propagação do mal, embora técnicos e espe-cialistas afirmem que tudo está sob controle, porquanto a conta-minação somente se dá pelo con-tato direto com doentes – e estes estão isolados em vilas e povoa-dos rurais da Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. Sabe-se, entre-tanto, que não existem remédios para a doença, em si, mas tão somente para combater os sinto-mas; também não há vacinas. Um tratamento experimental acha-se em fase de testes em laboratórios nos Estados Unidos; noticia-se que começou a ser testado nas populações africanas afetadas.

Certo é que, neste nosso tempo de maravilhas científicas e sofisticadas tecnologias, o medo da peste ainda nos assombra.

Imaginemos o que acontecia com as pessoas que viveram na Idade Média, diante da peste bubônica que assolou a Europa, a partir do século 14. Transmitida pela pulga que habitava roedores contami-nados – como o ratus ratus, de cor escura, proveniente da Ásia – a peste negra matou cerca de 75 milhões de pessoas, um terço da população. Sucederam-se ondas da pandemia, atingindo grandes, e pequenas cidades e até mesmo o campo, levando o pânico às po-pulações. Eram tantos os mortos, que pilhas de cadáveres perma-neciam insepultos, não havendo quem se arriscasse a enterrá-los, pelo que eram queimados. Como profilaxia, tentava-se a quaren-tena, ou seja, o isolamento das regiões atingidas, o que às vezes funcionava, ainda que precaria-mente.

Na aflição e no desespero, recorria-se à religião e à devo-ção, através de orações, benti-nhos, medalhas e verônicas, que deveriam atuar tanto de forma preventiva como curativa, afas-

tando a doença ou propiciando a cura. Havia também celebrações de grande apelo sensorial, mar-cadas por paramentos solenes, cânticos, badalar de sinos, incen-sórios e homilias, com exortações para que os fiéis renunciassem ao pecado e se penitenciassem, passando a seguir efetivamente os preceitos da Igreja de Cristo.

Missas, novenas e procis-sões funcionavam como rituais de catarse coletiva, quando os fiéis se colocavam sob a prote-ção de Deus e dos santos, com destaque para São Sebastião. Dele, consta que foi um soldado e mártir cristão que, morto a fle-chadas, teve seu corpo atirado à Cloaca Máxima, um dos pútridos esgotos de Roma. Retirado por uma piedosa mulher que o tratou, sobreviveu às feridas e à conta-minação – estaria aí a explicação para a força de sua proteção contra as pestes? Esclareça-se, porém, que voltaria a ser marti-rizado, sendo morto à força de pancadas e pedradas.

Na Europa Central, ergue-ram-se monumentos denomina-dos Colunas da Peste, ainda hoje existentes. São altas colunas de pedra, enfeitadas com detalhes ornamentais e encimadas pela estátua de um santo – a quem se agradece por ter afastado a pes-te, ou por tê-la tornado menos mortífera.

A mais conhecida dessas co-lunas é a de Olomouc (Olmutz, em alemão), capital da Morávia, na República Tcheca. Localizada em uma praça, a majestosa Co-luna da Santíssima Trindade tem nas laterais esculturas alegóricas e detalhes em estilo barroco; foi erguida em agradecimento à Santíssima Trindade, pela prote-ção dada à cidade durante a pes-te que grassou na região, na pri-meira metade do século 18. Em dias recentes, a Unesco a incluiu

no rol dos monumentos declara-dos Patrimônio da Humanidade.

Embora tão distante de nós, a Coluna da Peste de Olomouc guarda particular interesse para Goiás: a imagem da Santíssima Trindade que a encima é quase idêntica àquela que é venerada na Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade. De fato: ali estão o Pai (um venerável ancião), o Filho (Jesus Cristo adulto) e o Espírito

Santo (sob a figura de uma pom-ba). De que maneira e por quais caminhos terá essa representa-ção escultórica chegado às mãos do agricultor Constantino Xavier e sua mulher, que a encontraram em um humilde medalhão de barro, às margens do córrego Barro Pre-to? Com o detalhe de que milhões de romeiros que convergem para Trindade vêm pedir a intercessão divina para resolver problemas de saúde – ou agradecer o benefício de alguma graça ou milagre que os curou.

Tal como nas Colunas da Peste.

* Lena Castello Branco Ferreira de Freitas é doutora em História,

professora Titular (aposentada) da Universidade Federal de Goiás,

sócia emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, sócia fundadora da Sociedade Brasileira de História da Medicina. ([email protected])

Neste nosso tempo de maravilhas científicas e sofisticadas

tecnologias, o medo da peste ainda nos

assombra

Embora tão distante de nós, a Coluna da Peste de Olomouc guarda particular

interesse para Goiás: a imagem

da Santíssima Trindade

Agosto 201416.