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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI JEFERSON LUIZ MORFIM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA QUANTUM ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA. Biguaçu 2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI

JEFERSON LUIZ MORFIM

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO

NA EMPRESA

QUANTUM ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA.

Biguaçu

2013

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JEFERSON LUIZ MORFIM

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO

NA EMPRESA

QUANTUM ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor(a) Orientador(a): Dra. Simone Regina Dias

Biguaçu

2013

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JEFERSON LUIZ MORFIM

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO

NA EMPRESA

QUANTUM ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título

de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Biguaçu, 26 de junho de 2013.

Prof. Dra. Simone Regina Dias

UNIVALI – CECIESA GESTÃO

Orientador

Prof. MSc. João Domingos Carneiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Profª. MSc. Vanderleia Martins Lohn

UNIVALI – CE de Biguaçu

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Dedico este trabalho a Deus, pelo dom da vida e a capacidade

de seguir em frente, conquistando mais uma etapa.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por iluminar meus caminhos, dando-me força e sabedoria;

Aos meus pais Lourdes e Joaci, pelo incentivo e apoio em realizar mais este

sonho;

À minha esposa Gilmara, pela parceria e incentivo em todos os momentos do

percurso;

Aos meus irmãos Sidnei, Joice, Juliano e Carlos pelos elogios, ajudando-me a

descontrair nos momentos de tédio;

A empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda., e em especial, a Sra. Elivânia

Martins Vieira e o Sr. Gilberto Vieira Filho, onde concederam esta oportunidade de

concluir este trabalho acadêmico;

Aos amigos e colegas de classe pela amizade e parceria ao longo do curso;

À minha orientadora e Prof. Dra. Simone Regina Dias, que por meio de seus

conhecimentos, sempre com muita paciência e dedicação guiou-me ao caminho

certo.

A todos os professores, o meu afeto e respeito por terem me ajudado na

realização deste curso.

A todos os momentos, bons e ruins, que foram tão necessários para que

pudesse chegar aqui!

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Tente outra vez

Veja!

Não diga que a canção está perdida

Tenha fé em Deus, tenha fé na vida

Tente outra vez!

Beba!

Pois a água viva ainda tá na fonte

Você tem dois pés para cruzar a ponte

Nada acabou!

Tente!

Levante sua mão sedenta e recomece a

andar

Não pense que a cabeça aguenta se você

parar

Há uma voz que canta

Uma voz que dança

Uma voz que gira

Bailando no ar

Queira!

Basta ser sincero e desejar profundo

Você será capaz de sacudir o mundo

Tente outra vez!

Tente!

E não diga que a vitória está perdida

Se é de batalhas

Que se vive a vida

Tente outra vez!

Raul Seixas

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RESUMO

MORFIM, J.L. Análise do clima organizacional: um estudo de caso na empre sa Quantum Engenharia Elétrica Ltda . Trabalho de conclusão de estágio (Graduação em Administração – Bacharelado em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013.

A presente pesquisa teve como objetivo geral elaborar uma pesquisa de clima organizacional na Quantum Engenharia Elétrica Ltda., para verificar como os colaboradores percebem o ambiente laboral, considerado um fator importante para o bom desenvolvimento das atividades de trabalho. Além disso, buscou-se identificar o perfil dos colaboradores da empresa; a percepção dos colaboradores em relação aos fatores de clima organizacional e desenvolver um plano de ação visando à melhoria do clima organizacional dos clientes internos. A pesquisa desenvolvida se caracteriza como descritiva, com predomínio da abordagem quantitativa. Este método foi escolhido por ser considerado uma forma de traduzir em números as opiniões e informações coletadas durante a pesquisa. Quanto à análise dos dados, foi discutida de que maneira o clima organizacional pode contribuir com o desempenho das atividades dos funcionários. Neste sentido, a pesquisa foi finalizada com a conclusão de que a forma particular de trabalho está ligada intimamente ao clima laboral que a empresa oferece, assim como o bem-estar e a qualidade de vida que seus colaboradores precisam sentir e viver. Alguns colaboradores demonstraram em algumas variáveis a desmotivação. Isso compromete a performance do funcionário e o cotidiano da empresa. Para tanto, é necessário refletir sobre as ações propostas no sentido de buscar a melhoria da qualidade do clima organizacional e a satisfação do funcionário.

Palavras–chave : Clima organizacional, gestão de pessoas, satisfação no trabalho.

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ABSTRACT

MORFIM, J.L. Análise do clima organizacional: um estudo de caso na empre sa Quantum Engenharia Elétrica Ltda . Trabalho de conclusão de estágio (Graduação em Administração – Bacharelado em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013.

This research aimed to develop a survey of organizational climate in Quantum Engenharia Elétrica Ltda., to see how employees perceive the work environment, considered an important factor for the successful development of work activities. In addition, we sought to identify the profile of the company's employees, the employees' perceptions regarding the factors of organizational climate and develop an action plan aimed at improving the organizational climate of internal customers. The research developed is characterized as descriptive, with a predominance of the quantitative approach. This method was chosen because it is considered a form of in figures opinions and information collected during the research. The analysis of data was discussed how the organizational climate can contribute to the performance of activities of employees. In this sense, the research was completed with the conclusion that the particular form of work is closely linked to the working environment that the company offers, as well as the well-being and quality of life that your employees need to feel and live. Some colleagues demonstrated in some variables demotivation. This compromises the performance of official business and daily life. Therefore, it is necessary to reflect on the actions proposed in order to seek to improve the quality of organizational climate and employee satisfaction.

Keywords : Organizational climate, people management, job satisfaction.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Estilos de cultura............................................................................... 32

Quadro 2 – Modelo de pesquisa........................................................................... 41

Quadro 3 – Estrutura do questionário................................................................... 44

Quadro 4 – Parametrização das respostas.......................................................... 44

Quadro 5 – Organograma.................................................................................... 49

Figura 1 – Gênero................................................................................................. 50

Figura 2 – Faixa etária........................................................................................... 51

Figura 3 – Estado civil........................................................................................... 52

Figura 4 – Escolaridade........................................................................................ 53

Figura 5 – Tempo de empresa............................................................................. 54

Figura 6 – Clima organizacional........................................................................... 55

Figura 7 – Salário/Beneficio.................................................................................. 57

Figura 8 – Relacionamento interpessoal.............................................................. 59

Figura 9 – Perspectiva de crescimento pessoal................................................... 60

Figura 10 – Condições de segurança, Físicas e Materiais de trabalho............... 62

Figura 11– Comunicação...................................................................................... 63

Figura 12 – Trabalho realizado............................................................................. 65

Figura 13 – Supervisão/Liderança........................................................................ 66

Figura 14 – Estrutura/Imagem da empresa........................................................... 68

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Gênero................................................................................................ 50

Tabela 2 – Faixa etária......................................................................................... 51

Tabela 3 – Estado civil.......................................................................................... 52

Tabela 4 – Escolaridade....................................................................................... 53

Tabela 5 – Tempo de empresa............................................................................. 54

Tabela 6 – Clima organizacional.......................................................................... 55

Tabela 7 – Salário/Beneficio................................................................................. 57

Tabela 8 – Relacionamento interpessoal............................................................. 58

Tabela 9 – Perspectiva de crescimento profissional............................................ 60

Tabela 10 – Condições de Segurança, Físicas e Materiais de trabalho............... 61

Tabela 11– Comunicação...................................................................................... 63

Tabela 12 – Trabalho realizado............................................................................. 64

Tabela 13 – Supervisão/Liderança........................................................................ 66

Tabela 14 – Estrutura/Imagem da empresa.......................................................... 67

Tabela 15 – Média das questões com suas respectivas médias das dimensões. 69

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11

1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 12 1.1.1 Objetivo geral .............................. ....................................................................... 12 1.1.2 Objetivos específicos ....................... ................................................................. 13

1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................... ............................................................................... 15

2.1 ADMINSTRAÇÃO ......................................................................................................................... 15 2.2 ADMINSTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS........................................................................... 17 2.3 GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................................................... 19 2.4 COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES ............................................................. 21 2.5 MOTIVAÇÃO................................................................................................................................. 23 2.6 LIDERANÇA.................................................................................................................................. 25 2.7 COMUNICAÇÃO ........................................................................................................................... 27 2.8 CULTURA ORGANIZACIONAL .................................................................................................... 29

2.8.1 Tipos de cultura ............................ ..................................................................... 31 2.8.2 Relações entre clima e cultura............... ........................................................... 33

2.9 CLIMA ORGANIZACIONAL .......................................................................................................... 33 2.10 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL ............................................................................... 36

2.10.1 Variáveis de clima organizacional .......... ........................................................ 38

3 METODOLOGIA .................................... ............................................................................................ 42

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO ................................................................................................... 42 3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ........................................................................................................ 43 3.3 INSTRUMNETO DE COLETA DE DADOS ................................................................................... 43 3.4 INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE DADOS .................................................................................. 45

4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS ................ ................................................................ 47

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ................................................................................... 47 4.2 RESULTADOS DA PESQUISA..................................................................................................... 50

4.2.1 Perfil dos colaboradores .................... ............................................................... 50 4.2.2 Avaliação do clima organizacional da empresa na percepção dos

colaboradores ..................................... ............................................................................... 56 4.2.3 Considerações sobre as dimensões avaliadas .. .............................................. 68

5 PLANO DE AÇÃO COM PROPOSTAS À ORGANIZAÇÃO EM ESTU DO....................................... 71

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ .................................................................................... 76

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 79

APÊNDICE ............................................................................................................................................. 82

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1 INTRODUÇÃO

Recentemente, a área de gestão de pessoas vem ganhando destaque frente

ao crescimento do mundo de negócios, no qual os princípios norteadores nas

organizações são basicamente a produtividade, a qualidade e a competitividade.

A área de Recursos Humanos vem sofrendo constantes modificações,

redirecionando seu foco. Assim, a preocupação se concentrava apenas na folha de

pagamento, contratações e processos admissionais, e atualmente, a preocupação

está voltada principalmente para a satisfação e o bem-estar dos indivíduos nas

organizações.

Diante disto, um novo contexto se configura, no qual o sujeito deixa de ser o

problema e passa a ser visto como a solução e o futuro da organização. Neste

cenário, a competitividade passa a ser entendida como saudável e estimulante, vista

como importante instrumento para a atuação profissional. Chiavenato (2002) enfatiza

que as pessoas não são mais vistas como recursos organizacionais e sim como

importantes aliadas parceiras importantes no mundo dos negócios.

Assim, com a participação e parceria dos colaboradores, a organização é

capaz de ser conduzida com excelência e sucesso, no que pode ser recompensada

em muitos aspectos. Chiavenato (2002) acredita ainda que, ao serem vistas como

parceiras, as pessoas voltam seu olhar para a empresa e desempenham suas

atividades com mais força de vontade, dedicação, responsabilidade e

comprometimento diante daquilo que realizam.

Com isto, um importante ponto deve ser destacado. As pessoas precisam ser

vistas como individuais e diferentes em suas características. Neste sentido, precisa

ser reconhecidas no que diz respeito a sua personalidade, expectativas,

sentimentos, objetivos pessoais, entre outros. Cada sujeito leva para a organização

suas particularidades, sua visão de mundo, sua forma de cultura e,

consequentemente, sua motivação.

No entanto, o clima organizacional está relacionado com a motivação dos

colaboradores da empresa. Para Luz (2009), o clima organizacional remete às

impressões gerais e percepções dos funcionários em relação ao seu ambiente de

trabalho. Surge, então, a necessidade de conhecer o clima organizacional da

empresa, a fim de gerar um diagnóstico e identificar o que pode ser melhorado.

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Esta forma de instrumento pode contribuir para a conciliação dos objetivos

organizacionais frente às expectativas dos colaboradores.

Em relação à organização, a pesquisa foi desenvolvida na Quantum

Engenharia Elétrica Ltda., situada no município de Florianópolis, com um quadro de

109 colaboradores. Fundada há 21 anos com objetivo de atender de forma

diferenciada seus clientes nas diversas áreas da eletricidade, a empresa tem como

proposta o oferecimento de soluções, utilizando modernas tecnologias, atuando nos

seguintes segmentos do setor elétrico: gestão de iluminação pública; projeto e

execução de redes de fibra ótica; subestação e linha de transmissão de energia;

instalação elétrica industrial e comercial; rede de distribuição de energia subterrânea

e/ou aérea; manutenção de instalação elétrica em baixa e alta tensão, além do

atendimento à área comercial e à concessionária.

De acordo com a missão da empresa, que consiste em executar as obras e

serviços de engenharia elétrica garantindo a qualidade, a tecnologia e a segurança

dos colaboradores, o problema de pesquisa foi pensado no sentido de analisar o

clima organizacional da empresa a fim de identificar pontos a serem melhorados.

Por fim, o presente trabalho visa responder a seguinte questão norteadora:

Como está o clima organizacional da empresa Quantum Engenharia Elétrica

Ltda. na percepção dos funcionários?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar uma pesquisa de clima organizacional na Quantum Engenharia

Elétrica Ltda., localizada em Florianópolis, no período agosto de 2012 a junho de

2013.

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1.1.2 Objetivos específicos

• Identificar o perfil dos colaboradores da empresa;

• Investigar a percepção dos colaboradores em relação aos fatores de clima

organizacional;

• Desenvolver um plano de ação visando à melhoria do clima organizacional

dos clientes internos.

1.2 JUSTIFICATIVA

A Quantum Engenharia Elétrica Ltda. é uma organização que teve origem na

década de 90, com o propósito de prestar serviços elétricos nos mais variados

segmentos. Os colaboradores que atuam neste ramo possuem treinamento e

equipamentos adequados para utilização enquanto desempenham suas tarefas, seja

em situações de perigo, emergência ou consideradas de rotina. Por isso, este

trabalho foi pensado no sentido de identificar as melhorias necessárias para que a

comunicação entre colaborador e organização esteja sempre alinhada.

Devido ao fato destes trabalhadores lidarem também com casos de urgência,

percebe-se certa cobrança por parte da sociedade, no que diz respeito ao bem-

estar destes profissionais, que representa ao mesmo tempo o papel de colaborador

da empresa e “colaborador” junto ao meio social, que contribui para que o

funcionamento da energia elétrica permaneça em ordem. Assim, a justificativa deste

trabalho consiste em conhecer o clima organizacional da empresa investigada,

identificando os pontos a serem melhorados por parte da organização.

Diante disto, o momento é considerado oportuno para a realização desta

pesquisa pelo fato de a empresa estar em ascensão, tendo atualmente seu olhar

voltado para o bem-estar e a segurança dos 109 colaboradores. Além disso, o

aproveitamento deste trabalho pode também estar no sentido de a segurança ser

vista pelo funcionário não apenas como regra da empresa ou norma para cumprir a

legislação. Está basicamente ligado ao fato de o colaborador, em sua maioria chefes

de família, se reconhecer também como responsável pela utilização de seus

equipamentos de segurança, não sendo usados somente como acessórios ou meros

adereços.

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Assim, este estudo consiste em uma importante oportunidade de se fazer

uma reflexão, para que organização e colaboradores revisem seus critérios

comportamentais e avaliem o grau de compromisso entre o verdadeiro sentido da

utilização dos equipamentos de segurança.

O trabalho foi realizado em dois semestres, facilitado pelo fato de o

acadêmico ter acesso ao campo pesquisado, além de conhecer sua dinâmica de

funcionamento. Além disso, o acesso a informações foi permitido, pois o pesquisador

faz parte da organização e possui vasto conhecimento deste cenário.

Neste sentido, este trabalho torna-se importante devido ao fato de ser uma

importante ferramenta que a empresa pode utilizar posteriormente, sendo possível

dar-lhe continuidade à futuras pesquisas neste campo. A importância deste ressalta-

se também no âmbito acadêmico, onde pode-se realizar pesquisas e confrontá-las

entre a teoria e a prática.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão abordados assuntos pertencentes à temática Clima

Organizacional, que vem ganhando grande destaque no âmbito das empresas. A

partir das ideias dos principais autores referências da área, serão apresentados os

tópicos: Gestão de Pessoas, Comportamento Humano nas Organizações,

Motivação, Cultura Organizacional e Clima Organizacional.

2.1 ADMINISTRAÇÃO

A administração, para Gelbcke et al. (2006), também conhecida como a área

de gerenciamento ou gestão de empresas, é fundamentada em um conjunto

de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção, a qual

estuda os empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar um resultado

eficaz e posterior retorno de maneira sustentável e com responsabilidade social.

Desta forma, os autores (2006) ressaltam que a administração trata ainda de

uma ciência administrativa que supõe a existência de uma instituição a ser

administrada ou gerida, que se relaciona num determinado ambiente, orientadas

para um objetivo comum, estabelecido pela a empresa. Empresa, aqui, significa o

empreendimento, os esforços humanos organizados, feitos em comum, com um fim

específico, um objetivo. As instituições (empresas) podem ser públicas, sociedades

de economia mista ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

Conforme afirma Robbins (2000), de acordo com as configurações atuais, a

administração está cada vez menos relacionada às tomadas de controle e comando,

ocupando uma posição de visões compartilhadas e envolvendo os funcionários num

campo de participação e criatividade.

Com isto, as equipes podem trabalhar em esquemas de autogestão,

reportando aos administradores apenas questões de extrema necessidade e

importância.

Assim, o ato de administrar envolve também a elaboração

de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a

aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração, complementa o

mesmo autor (2000).

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A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a Revolução

Industrial levou os profissionais de outras áreas mais antigas e maduras a buscar

soluções específicas para problemas que não existiam antes. Assim a aplicação de

métodos de ciências diversas para administrar estes empreendimentos deu origem

aos rudimentos da ciência da administração.

De acordo com Robbins (2001), administração significa o processo em que a

organização visa alcançar seus objetivos, por meio da eficiência de seus

colaboradores.

Para que estes objetivos sejam atingidos, o autor (2001, p. 2) ressalta que a

administração “geralmente exige a coordenação de vários componentes vitais, a que

chamamos funções”. Tais funções consistem no planejamento (através da instituição

dos objetivos), da organização (com a determinação das atividades), da direção

(com a garantia de que as pessoas ocupem os cargos com as devidas habilidades) e

finalmente com o controle (por meio das atividades de monitoração).

Ainda em contribuição, Robbins (2001) enfatiza que quando estas funções

operam de maneira sincronizada, pode-se reconhecer que a organização está

seguindo seu rumo a fim de atingir seus objetivos. Desta forma, ela poderá trabalhar

a partir de três elementos fundamentais para alcançar seus horizontes. São eles: as

metas, os recursos limitados (constituem um fato da vida organizacional) e as

pessoas, pois é através delas que os administradores realizam seu trabalho.

Para Heilborn e Lacombe (2003, p. 3), toda esta sincronia só é possível

quando o trabalho do administrador está atrelado a todo o processo. Ele é visto

como a principal essência para a “obtenção de resultados por meio de terceiros, do

desempenho da equipe que ele supervisiona e coordena. Portanto, o administrador

depende de terceiros para alcançar seus objetivos e os do seu grupo”.

Os autores (2003) complementam ainda que o administrador deve estar

pautado também com o princípio de tomar as decisões necessárias e coerentes em

nome da equipe, transformando recursos em produtos e desempenhar a função do

planejamento econômico, indispensável para a rentabilidade da organização.

Assim, com a união dos princípios básicos para um bom gerenciamento, a

empresa tem a possibilidade de experimentar seus diferentes recursos e formas de

administração, inclusive uma área que vem ganhando destaque é a administração

de recursos humanos, assunto abordado a seguir.

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2.2 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Em meados dos anos 1960, os setores de pessoal nas organizações eram

vistos muitas vezes como um ambiente saudável e feliz. Em suas atividades

cotidianas estavam contidas tarefas, de acordo com Robbins (2001, p.3), como “o

planejamento dos piqueniques da companhia, a programação de férias, o registro de

empregados para cobertura do seguro de saúde e a realização de festas de

aposentadoria”.

Com o tempo, o setor de Recursos Humanos foi sofrendo grandes

transformações e nos últimos trinta anos, vem ainda passando por um novo

momento.

Novas implementações foram sendo instauradas e com a criação de leis do

Estado e do país, as exigências para novas contratações também sofreram

alterações. As funções passaram a ser mais técnicas, exigindo dos empregados

maiores habilidades.

Com isto, a necessidade por mais especialistas em administração de

Recursos Humanos foi aumentando e com a legislação federal, os direitos humanos

passaram a exigir que as organizações queiram aprimorar seu grau de qualificação

sem levar em conta a “etnia, religião, cor, sexo, deficiência física ou origem

nacional”. (ROBBINS, 2001, p. 3).

Atualmente, Marras (2002) ressalta que os profissionais da área de RH são

considerados elementos importantes para o sucesso e bom desempenho de

qualquer empresa. Afinal, suas tarefas envolvem um novo nível de qualificação e

visão, frente às novas necessidades que o mercado impõe.

Para o autor (2001), é evidente que a administração de Recursos Humanos

desempenhe um papel significativo para a organização nas épocas atuais. Este

setor deve estar voltado para um pensamento futuro e criativo, onde não apenas se

aja como a administração determina.

É preciso ainda que os funcionários que atuam nesta área sejam proativos em

dar auxílio à administração com as pessoas que compõem toda a empresa e olhar

para o colaborador no intuito de ajudá-lo, sem perder o foco nas vantagens

competitivas para a organização. Assim, atrair e manter estes funcionários exige que

a administração de recursos humanos utilize políticas e práticas de interesse de

seus colaboradores.

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Afinal, a administração de Recursos Humanos é a parte da organização que

cuida dos interesses que diz respeito às pessoas. Robbins (2001) enfatiza que a

administração de RH pode ser entendida através de duas formas.

A princípio, pode ser vista como uma função a mais para a organização, uma

espécie de apoio relacionado a estes assuntos. Seu papel é prestar ajuda em

questões de administração de Recursos Humanos aos empregados de linha, ou

seja, aqueles diretamente envolvidos na produção de bens e serviços da

organização, como afirma o autor (2001).

Robbins (2001) afirma ainda que a segunda forma de entender a

administração é compreendê-la como uma função dos administradores, pois

trabalhando ou não no setor de Recursos Humanos, o fato é que todos os

executivos precisam exercer suas atividades.

Assim, Marras (2002) complementam que toda organização é composta pelas

pessoas e são por meio de seus serviços que a empresa desenvolve suas

habilidades e motivação, fatores que garantem seus objetivos a serem alcançados.

Pode-se dizer ainda que a administração de Recursos Humanos é composta por

quatro funções básicas: preenchimento de cargos; treinamento e desenvolvimento;

motivação e manutenção.

No que diz respeito ao preenchimento de cargos, os autores (2000) enfatizam

que se o setor percebe que está escasso em alguma necessidade, precisa buscar

candidatos capazes de ocupar as vagas requisitadas. Para Robbins (2000, p. 234),

“recrutamento é o processo de localizar, identificar e atrair candidatos qualificados”.

Neste contexto, os recursos utilizados para atração destas pessoas dependem do

nível do cargo e da situação econômica da organização. O mais importante é

identificar o perfil do candidato frente à organização.

Já no caso do treinamento e desenvolvimento, Boudreau e Milkovich (2000)

ressaltam que pode ser consideravelmente importante no resultado de uma

organização. A qualidade e a produtividade dependem dos colaboradores, que

precisam estar alinhados e capacitados para desenvolver suas funções. Desta

forma, os conhecimentos precisam manter-se atualizados e as situações serem

enfrentadas de maneira responsável e racional.

Lacombe (2005) acrescenta que o treinamento e desenvolvimento podem

incluir desde o ensinamento de aptidões básicas de leitura, até cursos avançados

sobre liderança para os gerentes.

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Além disso, é importante desenvolver nos funcionários a alfabetização básica

e habilidades técnicas, interpessoais e a solução para a resolução de problemas.

Quanto à motivação, Boudreau e Milkovich (2000) comentam que é um

importante aspecto quando se trata do ambiente organizacional. Afinal, é a partir do

desempenho dos colaboradores que a empresa seguirá atingindo suas metas e

objetivos. Proporcionar um ambiente sadio e de crescimento para os funcionários

pode representar um ponto positivo para o desenvolvimento da empresa.

No que se refere à manutenção, os autores (2000) supracitados ressaltam

que o desenvolvimento de técnicas para manter os colaboradores na organização é

imprescindível. É importante que a organização ofereça possibilidades para que

seus funcionários desenvolvam suas aptidões e invistam em seus potenciais para

que contribuam com seus conhecimentos em prol do crescimento da empresa, além

de investir em sua própria carreira profissional.

Estes assuntos são de extrema importância, pois neles estão incluídos

aspectos que retratam a gestão de pessoas, tópico abordado a seguir.

2.3 GESTÃO DE PESSOAS

Falar de pessoas é falar de gente, de pensamentos, de motivação e ação. O

campo da gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem passado por mudanças

e modernização. A visão que se tem atualmente da área é totalmente diferente da

forma tradicional. De acordo com Knapik (2006), a constante globalização tem

provocado um alto nível de concorrência entre as empresas, exigindo-lhes aumento

da produção, qualidade e redução de custos.

Neste sentido, a autora (2006) enfatiza que as pessoas comprometidas, com

foco nos resultados, que demonstram habilidades de relacionamento, são

consideradas peças chaves na disputa competitivas entre as organizações. A gestão

de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem

sucedidas e pela busca do investimento intelectual dos colaboradores, que simboliza

a importância da questão humana na era da informação. As abordagens para estas

respectivas áreas vêm sofrendo rápidas transformações, o que exige dos

profissionais que atuam nos Recursos Humanos a revisão de seus conceitos para

que novos espaços e elaborações sejam criados e vistos como um diferencial

estratégico.

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Segundo Chiavenato (2004), as organizações são, na verdade, conjuntos de

pessoas, em um contexto em que são elas que produzem, vendem, tomam

decisões, lideram, comunicam e gerenciam os negócios das empresas. A gestão de

pessoas é composta por organizações e pessoas, que passam considerável parte

de suas vidas trabalhando dentro das empresas. Ocorre uma espécie de troca, onde

ambas dependem uma da outra para funcionarem e alcançarem o sucesso.

Desta forma, Chiavenato (2004, p. 4) acredita que “de um lado, o trabalho

toma considerável tempo de vida e dos esforços das pessoas”, pois dependem dele

para subsistir e alcançar o sucesso pessoal.

Neste sentido, as pessoas dependem das empresas em que trabalham para

que possam atingir seus objetivos pessoais. Contudo, o autor (2004, p. 5) enfatiza

que “de outro lado, as organizações dependem direta e indiretamente das pessoas

para operar, produzir seus bens e serviços, atender seus clientes, competir nos

mercados e atingir seus objetivos globais e estratégicos”.

Afinal, certamente as empresas não existiriam sem a contribuição das

pessoas que são as responsáveis pela energia, vitalidade e criatividade para

continuarem funcionando. Para o autor (2004), os lados dependem um do outro e

precisam estabelecer esta relação mútua, que vise os benefícios de ambas as

partes.

Por sua vez, Boudreau e Milkovich (2000) ressaltam que as pessoas são

particularmente importantes na organização. Afinal, conforme afirma Chiavenato

(2004), as pessoas são as representantes da organização, são as que vivenciam e

lhe dão personalidade própria. Além disso, é através do comportamento das

pessoas que a empresa trabalha, age, melhora suas atividades e abrangem seus

negócios.

Assim, para Boudreau e Milkovich (2000), os Recursos Humanos trazem o

brilho da criatividade para a empresa, pois seria simplesmente impossível atingir

seus objetivos. Os autores acreditam ainda que uma organização que pretende criar

um time de trabalho produtivo precisa investir em profissionais bem treinados e

capacitados para que o bom desempenho e comunicação das atividades sejam

desenvolvidos.

Neste sentido, e em consonância, Knapik (2004) enfatiza a importância da

propriedade intelectual para as organizações, em investimentos para seus

colaboradores.

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A autora prioriza ainda a importância dos novos paradigmas como a

flexibilidade nas organizações, espaço para absorção de novos conhecimentos,

sistema de empregabilidade e educação de forma global, de maneira contínua. Com

isso, o espaço para o desenvolvimento do treinamento e das novas habilidades

torna-se algo mais concreto e palpável dentro do espaço laboral.

Desta forma, quanto mais integrados forem os programas de Recursos

Humanos, mais possibilidade e mais chances da organização atingir seus objetivos e

metas, garantindo ainda o bem-estar dos colaboradores. Neste contexto, Knapik

(2004) acredita que as pessoas são os alicerces da empresa e fazem uso de suas

habilidades e conhecimentos como ferramentas para alcançar novos recursos e

resultados almejados por ela.

É a partir de seus colaboradores que a empresa vai ganhando seus moldes,

suas estruturas e reconhecendo e valorizando o comportamento humano nas

organizações, assunto abordado a seguir.

2.4 COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES

As reflexões acerca do comportamento das pessoas no mundo do trabalho,

independente de seus ramos de atuações, sugerem a melhor maneira de proceder

para fazer com que elas se motivem para trabalhar juntas e de forma produtiva.

Segundo Davis e Newstrom (1992), o comportamento organizacional tem

como principal objetivo fazer a integração entre as pessoas, bem como, suas

estruturas, tecnologia e o ambiente laboral. Para os autores (1992), este enfoque

baseia-se no desenvolvimento das pessoas, visando que estas atinjam níveis cada

vez mais elevados no que diz respeito aos níveis de competências, criatividade e

realização.

Assim, a partir do momento em que as pessoas tornam-se o recurso central

para as organizações, os próprios colaboradores sentem-se mais à vontade para

contribuir e trabalhar para a empresa, livre dos ambientes extremamente

controladores, que podem desmotivar e pressioná-los excessivamente.

Os autores (1992) enfatizam ainda que o comportamento organizacional é

basicamente a busca pelo estudo e, por sua vez, a aplicação do conhecimento no

que se refere ao comportamento das pessoas no ambiente laboral.

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O comportamento organizacional surgiu como um campo interdisciplinar

conhecido como relações humanas e de grande importância para os gerentes.

Para Kanaane (1999), o comportamento organizacional foi construído sobre

as bases de pesquisa por Mayo e Roethlisberger, nos anos 1920, com o intuito de

formar ideias mais úteis no campo das ciências comportamentais.

Atualmente, estes conceitos relacionados ao comportamento organizacional

se assemelham à natureza das pessoas, considerando suas diferenças individuais e

também a natureza das organizações, levando em conta seus interesses e sistemas.

Este complemento remete a uma importante integralidade na organização, no

sentido de valorizar ambas as partes, que constituem o todo.

Desse modo, Davis e Newstrom (1992) ressaltam que o resultado destas

junções seria uma visão ampla e integral da organização, podendo ser

compreendida de acordo com seus objetivos, contemplando os interesses em

comum de colaboradores e organização.

Afinal, a organização representa o espaço que é socialmente determinado por

papeis já estabelecidos, de acordo com as metas da empresa. Por consequência,

estes papeis desempenhados pelos colaboradores tornam-se “maçantes”, o que lhes

exige certo grau de reflexão, redefinições e revisões acerca do que estão realizando.

(NEWSTROM, 1992).

Kanaane (1999) acredita que estes acontecimentos podem ocorrer pelo fato

das influências do meio social interferirem junto às constantes mudanças sociais,

econômicas, culturais, entre outras.

Neste sentido, é de extrema importância que a organização tenha a

consciência de se adequar frente a estas mudanças, embora possam acontecer de

maneira lenta. Assim, Kanaane (1999, p. 48) enfatiza que:

[...] a determinação da finalidade organizacional tem de estar em consonância com os valores e as normas grupais; é necessário ponderação e flexibilidade por parte do administrador em administrar grupos e estabelecer os propósitos organizacionais.

Esta sensibilidade por parte da organização, principalmente no que diz

respeito em perceber os possíveis entraves no campo laboral, é considerado pelo

autor (1999) como muito importante.

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Pois pode ocorrer devido ao fato de muitos colaboradores encontrarem

diferentes graus de dificuldades por precisar, muitas vezes, se adaptar rapidamente

às novas tecnologias que surgem em meio ao espaço do trabalho.

A organização deve, acima de tudo, liberar, de maneira que incentive e

promova o pleno exercício das competências e qualidades das pessoas, induzindo a

expressão dos colaboradores de forma ativa e empreendedora. Com isso, o

resultado para a organização será uma visão de funcionários que trabalham de

maneira engajada e motivadora em prol da realização de suas tarefas, além de

proporcionar o cumprimento da missão e sua eficácia estratégica.

Desse modo, a organização passa uma imagem a seus colaboradores de

parceria, mostrando-se aberta para novas contribuições, proporcionando ainda mais

um espaço de integração e motivação no trabalho, assunto contemplado a seguir.

2.5 MOTIVAÇÃO

A palavra motivação remete-se ao ato de motivar; a exposição de motivos ou

causas; consiste ainda no conjunto de fatores psíquicos, que podem ser ou não

conscientes. Pode ser também proveniente da ordem afetiva ou intelectual, que

determina o tipo de conduta de alguém.

Conforme Bergamini (1997, p. 68):

A motivação é como uma força propulsora que leva o indivíduo a satisfazer suas necessidades e desejos; uma energia interna, algo que vem de dentro do indivíduo, fazendo com que este se coloque em ação. A motivação no trabalho leva os recursos humanos, além de buscarem satisfações pessoais, a realizarem os objetivos da organização.

A motivação é então algo que pode ser considerado mutável, que varia no

tempo e no espaço, conforme a situação do indivíduo. Afinal, o que é bom hoje pode

ser considerado ruim amanhã, tudo depende da personalidade do indivíduo, bem

como a situação vivida (BERGAMINI, 1997).

O ser humano permaneceu por anos diante de uma tradição mecanicista,

principalmente no âmbito do trabalho, como um ser apenas racional e cumpridor de

suas tarefas.

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Com o passar dos tempos, o sujeito começa a ser compreendido como

alguém que possuem direitos, os quais devem ser respeitados e assegurados na

prática.

Aos poucos, o lado subjetivo também consegue seu espaço e, com ele, um

olhar diferenciado para os seres humanos em vários aspectos. (BERGAMINI; CODA,

1997).

Bergamini e Coda (1997) ressaltam que o resgate da motivação se faz

importante para o melhor entendimento das atividades do indivíduo, em seus

diferentes contextos de atuação. Além disso, os autores (1997) enfatizam que é

consideravelmente importante entender a relação do sujeito com aquilo que o cerca.

Esta relação se constrói de maneira também subjetiva, onde está incluída a história

de vida do sujeito, assim como suas ações sociais enquanto funcionário de uma

organização e não somente diante das circunstâncias ocorridas no ambiente.

Neste sentido, não há como deixar de citar a contribuição de Dejours (2004)

diante desta perspectiva. Segundo o autor, o trabalho não se resume apenas em

uma atividade. Ele pode ser entendido também como permeado de relações, as

quais possuem desdobramentos no mundo humano, cercado ainda por relações

advindas de vários contextos. O autor reflete sobre esta visão e contribui

mencionando que ao desempenhar suas tarefas, o indivíduo engaja sua

subjetividade em um mundo no qual estão inseridos a ordem e a coerção. Dejours

(2004) ressalta ainda que o ato de viver as relações de trabalho é experimentar

também as resistências das relações sociais, nas quais está envolvido o

desenvolvimento da inteligência.

A partir das construções relacionais em que o homem vai se configurando,

tem início um circuito de trocas entre as atividades sociais e pessoais na vida dos

indivíduos. Desta forma, a função psicológica das relações se constitui no momento

em que o sujeito não mais se funde as suas tarefas, se destacando assim como

pessoa.

Este destaque confere ao ser humano o direito de legitimação no seu

ambiente de trabalho, o qual lhe permite expressar sua identidade, entendida por

Fernandes e Zanelli (2003, apud ZANELLI, 2006) como elemento chave da realidade

subjetiva, onde o ser humano é produto e, ao mesmo tempo, produtor do sistema

social.

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Assim, viver sua motivação possibilita ao sujeito uma espécie de aproximação

ainda maior com suas tarefas desempenhadas, visto que a satisfação e a

produtividade certamente crescerão.

Deste modo, o ser humano vive e pertence a um universo onde acumula seus

significados e experiências, os quais possibilitam ao sujeito uma forma de aprender

e sentir a realidade.

Fernandes e Zanelli (2006) consideram tais aspectos e acreditam que ao

compartilhar a realidade, a identidade se constrói a partir de sua comunicação com

os demais, onde serão internalizados os valores e as normas estabelecidas

presentes em seu meio. Com isso, cria-se a identidade que trata da junção entre a

harmonia e a aprendizagem da convivência, umas das condições para que o sujeito

faça parte do mundo como um todo.

Carrieri e Lopes (2010) acreditam que estas condições são importantes para

que o sujeito tenha uma qualidade de vida no ambiente laboral que lhe permite

realizar suas atividades de forma saudável e tranquila. Nesta perspectiva, é bastante

pertinente que se faça um resgate à subjetividade do sujeito para que este seja

melhor compreendido em seu ambiente.

Bergamini e Coda (1997, p. 113) contribuem e complementam ainda

mencionando que a “inoperância do ensino das relações humanas, com a finalidade

de criar motivação, levou as empresas à conclusão de que o supervisor [...] não era

psicologicamente sincero a si mesmo em sua prática de dignidade interpessoal”.

Diante disto, é preciso surgir formas avançadas para a motivação do colaborador,

para que se desenvolva, acima de tudo, a sensibilidade nas organizações.

O conhecimento destes detalhes é importante para que o líder desenvolva

suas atividades e estabeleça um ambiente com uma boa liderança, assunto

contemplando a seguir.

2.6 LIDERANÇA

Etimologicamente, liderar quer dizer conduzir. De acordo com Heilborn e

Lacombe (2003), o ato de ser líder consiste em conduzir um grupo de pessoas,

influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de

interesse comum desse grupo, conforme uma visão futurística e fundamentada num

conjunto coerente de ideias e princípios.

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Mais do que simplesmente chefiar, liderar é fazer com que um grupo de

pessoas trabalhe em equipe e gerem os resultados desejados pela empresa.

A partir desta perspectiva, Ouimet (2002) ressalta, acima de tudo, que para

uma boa liderança, um líder deve possuir habilidades como a capacidade de motivar

e influenciar as pessoas que trabalham com ele, além de apresentar qualidades

como dedicação, equilíbrio e gosto pelo que faz.

Para o autor (2002), o líder pode ser considerado um agente estratégico

dentro da organização. Na maioria das vezes, é dele que dependem os bons

resultados e o crescimento do negócio, refletindo todo o trabalho de sua equipe.

Em complemento, Maxwell (2008, p. 10) afirma que “um líder só é bem-

sucedido quando várias pessoas trabalham para isso”.

Por sua vez, Robbins (2000) destaca que há pouco tempo a maioria das

discussões que envolviam liderança abordavam a chamada liderança transicional.

Esta consiste em líderes que desempenham o papel de motivar ou orientar sua

equipe, para alcançar metas e objetivos propostos.

No entanto, o autor (2000) complementa que outro tipo de liderança está

sendo visto como mais atual frente ao momento em que as organizações estão

vivendo. Trata-se da liderança transformacional.

Neste modelo, Robbins (2000, p. 397) ressalta que o líder “inspira os

seguidores a transcender seus próprios interesses para o bem da organização,

exercendo um efeito profundo e extraordinário sobre eles”. Por sua vez, a liderança

exerce uma função de compreender as necessidades e desenvolvimento de cada

colaborador.

O autor (2000) supracitado comenta que uma maneira eficaz de entender a

liderança pode ser esta forma transformacional. Nela pode-se pensar a liderança

como destaque, pois se mantém voltada a explicar e diferenciar os líderes que

conseguem feitos extraordinários dos líderes comuns que são ineficazes ou atendem

aos requisitos normais de seus postos, mas não realizam feitos extraordinários.

A partir desta perspectiva, Robbins (2000) destaca também os perfis de

liderança carismática e visionária. A liderança carismática, por exemplo, é uma

espécie de extensão do modelo da atribuição da liderança. Significa basicamente

que a equipe atribui ao líder habilidades de heroísmo e comportamentos

extraordinários. Nomes como Martin Luther King, Steve Jobs, Ted Turner e Walt

Disney são modelos de liderança carismática.

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Já no caso da liderança visionária, o autor (2000, p. 400) enfatiza que se trata

de uma habilidade que o líder tem para criar e articular uma visão para o futuro,

“realista, digna de crédito e atraente, que cresce a partir do presente e o aperfeiçoa”.

Este modelo, se escolhido e implantado de maneira correta, pode ser reconhecido

como uma forma de arranque para o futuro e instigação das habilidades e talentos,

conforme os recursos para fazer com que aconteça.

Neste sentido, é imprescindível que a liderança desempenhe um papel de

qualidade, pois é a partir desta que as futuras ações e comunicação trarão bons

resultados. Tendo em vista esses cenários, aborda-se a seguir alguns aspectos

relativos à comunicação.

2.7 COMUNICAÇÃO

Comunicação é o processo de transmitir a informação e compreensão de

uma pessoa para outra. Se não houver esta compreensão, o processo da

comunicação não acontece. Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não

for compreendida pela outra, a comunicação não se efetivou.

Segundo Chiavenato (2005, p.142), a comunicação consiste na troca de

informações entre os indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou uma

informação.

Para Gil (1994), o ato de comunicar-se constitui a habilidade requerida de

todos os profissionais que exercem suas funções, principalmente gerenciais e nos

setores de recursos humanos.

Para o autor (1994), mesmo que a comunicação constitua uma das

capacidades humanas mais importantes e seu desenvolvimento nos indivíduos se dê

de maneira que pode ser considerada natural, o fato é que grande número de

indivíduos não sabe se comunicar. No âmbito das empresas, esta questão não é tão

diferente, pois muitas falhas de comunicação também ocorrem.

Boudreau e Milkovich (2000) complementam que isso acontece porque muitas

pessoas, por saberem se expressar bem, julgam-se desembaraçadas e se acham

bons comunicadores. No entanto, vale lembrar que há certa diferença em passar

informação e comunicar.

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Para os autores supracitados (2000, p. 32), “informar é um ato unilateral, que

envolve a pessoa que tem uma informação a dar. Já comunicar implica tornar algo

comum, fazer-se entender, provocar reações no interlocutor”.

Assim, saber comunicar significa fazer-se entender, o comunicador então

precisa estar capacitado não apenas para falar, mas capacitado também para ouvir.

Os autores (2000) supracitados enfatizam que é bastante comum observar alguém

falando e outra pessoa preocupada com a maneira de como irá responder, o que

pode significar que esta não está entendendo nada. Para uma empresa isto tem um

grande custo, no sentido de que dificulta o relacionamento entre os colaboradores e

pode causar conflitos desnecessários.

Neste sentido, Maturana (1998) assume a comunicação como um processo

contínuo de mudanças de comportamento induzido pela necessidade de um

acoplamento estrutural entre indivíduo e meio. A comunicação em si corresponde às

mudanças ocorridas ao longo da vida em função de uma rede de interações com os

outros e o meio, que se orienta para a adaptação em face de demandas recorrentes.

Nesse processo histórico, tanto se dá a (re)produção do indivíduo quanto do

meio. A comunicação então está basicamente orientada para fazê-lo. Aprender é

mudar para fazer. Nesse contexto interpretativo, o nosso discurso sobre

comunicação remete à contínua necessidade de repercepção de situações para a

delimitação de ações. Como Uribe (2001) afirma, o fenômeno da comunicação é a

mediação entre o conhecimento e a ação.

Considerando esta interação entre o meio e o indivíduo, percebe-se a

necessidade da comunicação entre colaboradores e a organização. Para Lacombe

(2005), a comunicação serve para que a distância que às vezes está presente entre

a empresa e o funcionário diminua cada vez mais.

O autor (2005) ressalta que existem muitos tipos de comunicação na

empresa. Alguns exemplos são as ordens para os subordinados, as prestações de

contas para os superiores e as informações para coordenação de atividades.

Além disso, a comunicação é imprescindível para que torne o campo mais

próximo como no caso dos colaboradores se reportarem à organização com

sugestões espontâneas ou quando a própria empresa precisa fazer algum

comunicado aos funcionários. (LACOMBE, 2005).

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Boudreau e Milkovich (2000) expõem que tendo em vista esta importância, a

organização deve proporcionar aos colaboradores o desenvolvimento de suas

capacidades, neste caso, a comunicação. Eles acreditam que desta forma, a

comunicação passa a ser algo integrante do ambiente laboral, além de possibilitar o

conhecimento de fatores que possam dificultar ou impedir o desenvolvimento dos

colaboradores e da própria organização.

É a partir do conhecimento destes detalhes que compõem o ambiente laboral

que a empresa aprende a lidar e desenvolver sua cultura organizacional, assunto

contemplado a seguir.

2.8 CULTURA ORGANIZACIONAL

O indivíduo desde muito cedo vive e participa da sociedade e através dela,

vive em constante contato com vários outros sujeitos. Faz parte de vínculos e dentro

deles aprende, internaliza crenças, costumes e valores de acordo com a cultura em

que está inserido. Uma das principais ideias de Vygotsky (1998) é de que o ser

humano transforma-se de biológico em histórico, num processo em que a cultura é

parte essencial da constituição da natureza humana.

Segundo Vygotsky (1998), nós dependemos da cultura para internalizar as

nossas experiências e é através delas que interagimos e agimos em nosso meio

social. Para o autor (1998), a internalização das experiências já ocorre desde muito

cedo, onde o sujeito faz uma reconstrução interna, conforme vivencia no meio

externo.

Esta internalização remete também às formas culturais de comportamento,

que envolve a reconstrução da atividade psíquica que utiliza como base

determinadas operações. Trata-se de uma interpretação de dados da vida real, a

partir da mediação cultural com sistemas de reconstrução interna de uma operação

de natureza externa. Com isto, acontece uma conversão de significados culturais em

significados próprios; é o conteúdo simbólico historicamente construído na

humanidade, que é internalizado e se transforma psicologicamente, ocasionando

assim a constituição da singularidade do sujeito social. (VYGOTSKY, 1998).

No entanto, Caldas e Motta (1997) ressaltam que é relativamente recente o

estudo referente às formas que a cultura assume no mundo do trabalho.

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Os autores (1997) enfatizam também que em tempos atrás, acreditava-se que

para todas as situações bastava apenas uma regra geral, uma espécie de

padronização para tudo o que ocorria.

Neste sentido, as culturas organizacionais são, para os autores supracitados

(1997, p.40), “formadas por pressupostos básicos, artefatos visíveis e outros

conjuntos simbólicos. São esses pressupostos [...] que criam os valores de nosso

cotidiano”. Estes valores são considerados importantes, pois contribuem para a

formulação de parâmetros de como se comportar, sentir e agir na organização.

Desta forma, é a partir destes valores que o colaborador irá representar a empresa e

desempenhar um papel fundamental, objetivando o sucesso da mesma.

Este cenário precisou ser reformulado, principalmente, porque pessoas de

comportamentos e jeitos diferentes precisam trabalham juntas e dividir o mesmo

espaço. Além disso, diferentes opiniões misturam-se no ambiente do trabalho, onde

é preciso haver um filtro para que o objetivo da organização seja alcançado.

Caldas e Motta (1997, p.26) complementam que “os comportamentos [...]

baseiam-se em crenças, atitudes e valores e, em certa medida, verdadeiros ciclos

viciosos de comportamento são causados por crenças atitudes e valores.”

Para Lacerda (2011), com a globalização em constante evolução, as pessoas

e as informações também acompanham este ritmo acelerado, fazendo com que as

fronteiras físicas fossem sendo ultrapassadas cada vez mais, se disseminando

rapidamente. Neste sentido, as organizações têm a possibilidade de expandir seus

negócios de forma bastante rápida, pois os meios de divulgação e transmissão

acontecem a cada dia mais constante.

Assim, o autor (2011) acredita que as diferenças culturais existentes e que

eram percebidas apenas em algumas situações, passam a ter maiores destaques e

são vistas com maior frequência. Tais diferenças se amplificam de acordo com o

crescimento das organizações e se expressam nas atividades exercidas, onde estão

envolvidas as diferentes culturas que podem ser disseminadas entre países,

empresas e até regiões. Embora estas diferenças existam, as formas como as

empresas as percebem podem, por um lado, ser um fator de geração de vantagem

competitiva ou, por outro, inviabilizar operações e determinadas atividades

organizacionais. Lacerda (2011) destaca ainda que as características culturais

podem ser evidenciadas através das diferentes dimensões que a cultura possui.

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Estas dimensões procuram explicar determinados padrões de comportamento

embutidos na cultura da organização, por exemplo. A distinção entre organização e

a cultura é necessária pelo fato das organizações possuírem um caráter diferente de

seus colaboradores. Assim, embora fisicamente localizada em uma região, a

organização pode apresentar características distintas desse local. Caldas e Motta

(1997) acrescentam que as organizações são parte da sociedade e, por

consequência, parte da cultura que as tornam subculturas desta sociedade.

Diante do exposto, destaca-se a importância do conhecimento em relação à

cultura, bem como os diferentes tipos de cultura organizacional.

2.8.1 Tipos de cultura

A cultura organizacional é, de acordo com Alcapadini e Crubellate (2003),

formada por seus valores éticos e morais, princípios, crenças, políticas internas e

externas, sistemas e o clima organizacional. Pode ser considerada uma espécie de

norma onde todos os membros dessa organização precisam seguir e adotar como

diretrizes e premissas para guiar seu trabalho.

A cultura pode ser definida ainda como um modelo de suposições básicas em

que os grupos inventam, descobrem ou desenvolvem com a experiência para

enfrentar seus problemas, funcionando também como a identidade e

reconhecimento de um grupo.

Neste sentido, Chiavenato (2005, p. 129) ressalta que “a administração nunca

é igual em todas as organizações, e pode assumir feições diferentes dependendo

das condições internas e externas da organização”. Em função disto, o autor (2005)

supracitado define os tipos de culturas, que podem ser conservadoras e adaptativas

ou de forma tradicional e participativa.

No que diz respeito à cultura conservadora e adaptativa, Chiavenato (2005, p.

131) enfatiza que algumas organizações caracterizam-se por adotar e preservar

culturas em que se vê o predomínio de ideias, valores, costumes e tradições. Estes

permanecem “arraigados e que não mudam ao longo do tempo”.

Neste caso, o perigo estaria nesta inalteração por parte da organização que

poderia estar correndo o risco de não sofrer alterações ou modificações nenhuma

com o passar do tempo.

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“São organizações com culturas conservadoras e tradicionalistas,

basicamente não-adaptativas e que se caracterizam por sua rigidez e

conservantismo”. (CHIAVENATO, 2005, p.132). Desta forma, o autor (2005) também

retrata que há casos em que as organizações são reconhecidas por constantemente

fazerem revisões e atualizações de suas culturas adaptativas. Isto poderia evitar o

perigo das empresas caírem em um costume e não reformularem seus conceitos.

Por outro lado, essa troca sucessiva de cultura poderia acarretar para a organização

a perda e confusão de seus costumes próprios, em decorrência do excesso de

transformação.

Na verdade, a sobrevivência e o crescimento de uma organização existem na medida em que tanto a estabilidade como a adaptabilidade e mudança são possíveis. Isso significa que uma organização pouco estável e altamente mutável tem tanta probabilidade de desaparecer do mapa quanto uma organização pouco adaptativa, rígida e imutável. (CHIAVENATO, 2005, p. 132).

Em relação às culturas tradicionais e participativas, o autor (2005) supracitado

menciona que as organizações que adotam estas culturas caracterizam-se por

aspectos que lembram o modelo burocrático, por adotarem um estilo que possibilita

os colaboradores de participar e interagir junto ao ambiente laboral.

Por outro lado, as empresas que fazem uso destes modelos culturais

(tradicional e participativa) são consideradas flexíveis e adaptáveis, por abrangerem

aspectos do estilo participativo. A seguir, o quadro contempla as diferentes culturas

organizacionais apresentadas por Idalberto Chiavenato:

Quadro 1 – Estilos de cultura

Cultura tradicional Cul tura participativa

Autocrática e impositiva Participativa e liberal

Centralizada Descentralizada

Muitos níveis hierárquicos de comando Poucos níveis hierárquicos

Pequena amplitude de comando Grande amplitude de comando

Formal Informal

Conservantismo e manutenção do status quo Criatividade e inovação

Mudanças lentas e progressivas Mudanças rápidas e radicais

Horizonte de planejamento de longo prazo Horizonte de curto prazo

Foco em lucros de curto prazo Foco em lucros a longo prazo

Foco no controle de despesas Foco em qualidade e atendimento

Recompensas baseadas no tempo de casa Recompensas baseadas no desempenho

Fonte: Chiavenato (2005, p.133).

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Estas informações são importantes e servem de base para o conhecimento

da cultura de uma organização, o que possibilita, ainda, conhecer também o clima

organizacional da mesma.

2.8.2 Relações entre clima e cultura

Apesar das intercorrências que podem afetar o clima pelos fatores externos à

organização (condições de saúde, habitação, lazer e familiar dos colaboradores) a

cultura organizacional é considerada uma das principais causas. De acordo com Luz

(2003), existe uma relação de causalidade entre as temáticas clima e cultura, pois a

cultura pode ser entendida como causa e o clima como consequência.

Um segundo olhar, conforme o autor (2003, p.20), que se pode ter é o de que

“clima e cultura são fenômenos inatingíveis, apesar de manifestarem-se também de

forma concreta”. No entanto, apesar de ser visto como inatingível, a cultura pode se

manifestar por meio das obras arquitetônicas, das maneiras de se vestir e se

comportar dos colaboradores, além da relação da organização com seus parceiros.

Luz (2003) ressalta que uma organização com raízes conservadoras imprimirá

seus valores em suas propagandas e conforme a maneira que ela lida com os

avanços tecnológicos. Em contrapartida, uma empresa que investe na inovação

manifestará seus valores por meio de seus produtos e demais serviços.

Assim, a cultura se desenvolve através de rituais da própria organização,

através de seus códigos e suas particularidades, originando uma identidade que

pode impactar de forma mais ou menos seus colaboradores. Determinadas

empresas operam de forma rígida quando o assunto é disciplina. Algumas são

formais, conservadoras, inovadoras, outras nem tanto. (LUZ, 2003).

Desta forma, cada empresa tem seu jeito particular de trabalhar, o que a torna

um lugar único para atuar. Daí a importância do conhecimento dos conceitos de

clima e cultura, entendendo-os como fenômenos complementares.

2.9 CLIMA ORGANIZACIONAL

Há tempos atrás, as organizações sustentavam comportamentos que nem

mesmo seus clientes externos tinham voz e vez.

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Havia uma crença de que nada adiantaria se o funcionário ou até mesmo os

clientes reclamassem sobre algo da empresa, fossem casos referentes a defeitos ou

prestação de serviços.

De acordo com Luz (2003), este movimento começou a tomar um rumo

diferente quando órgãos como o Código de Defesa do Consumidor, os Serviços de

Atendimento ao Cliente (SACs) e os juizados especiais foram criados, onde clientes

e consumidores passaram a ser ouvidos.

Assim, o autor (2003) reforça que este movimento, voltado principalmente em

favor da qualidade total, fez com que as organizações abrissem espaço para os

olhares de seu público interno, os colaboradores. Com isto, a possibilidade de

aprimoramento e melhoria contínua do que é produzido passa a ser visto como

necessário, tanto para clientes quanto para funcionários.

No entanto, todo esse histórico contribuiu para um importante movimento nas

organizações, principalmente no que diz respeito à preocupação com a satisfação e

o bem-estar dos funcionários, ou seja, a preocupação com o clima organizacional da

empresa.

Aliás, constatar que o diferencial competitivo de uma organização não

consiste somente na disponibilização de técnicas e tecnologia é, como afirma Luz

(1995), imprescindível para que novos rumos sejam alcançados. Este movimento é

considerado válido, quando as pessoas e suas expectativas também são

reconhecidas e respeitadas em seu ambiente laboral.

Para Sartor, Sartor e Rizzatti (2003), o clima organizacional começou a ser

estudado nos Estados Unidos na década de 60, com o intuito de identificar os

diferentes comportamentos e formas de liderança no espaço laboral.

No Brasil, os olhares voltados para o clima organizacional tiveram início em

1974, conforme Chiavenato (2004). Este direcionamento se deu a partir de estudos

sobre o contexto organizacional que passaram a fazer um alerta sobre a importância

do bem-estar psíquico dos trabalhadores nas organizações, ressaltando a

necessidade para o desenvolvimento de novas estratégias que favorecessem um

ambiente sadio para o desempenho do trabalho.

Os autores supracitados (2003) trazem ainda os conceitos explícitos sobre o

clima organizacional. Tratam-se dos atributos organizacionais e individuais, pois

levantam determinadas características sobre a empresa e seus colaboradores,

possibilitando uma melhor definição de clima organizacional para ambas as partes.

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Neste sentido, Sartor, Sartor e Rizzatti (2003, p. 26) destacam os atributos

organizacionais como um:

conjunto de características que descreve uma organização e que (a) distingue uma organização da outra; (b) são relativamente duradouras por um período de tempo e (c) influencia o comportamento dos indivíduos na organização; o conjunto de propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho, percebidas direta ou indiretamente pelos indivíduos que vivem e trabalham neste ambiente e que influencia a motivação e o comportamento dessas pessoas. O conjunto de atributos específicos que caracteriza uma particular organização e que reflete o modo como ela lida com seus membros e seus respectivos ambientes.

Quanto aos atributos individuais, os autores (2003, p. 26) os definem como

“um conjunto de valores ou atitudes afetam a maneira pela qual as pessoas se

relacionam umas com as outras, tais como sinceridade, padrões de autoridade,

relações sociais, etc.”, maneiras que os sujeitos dividem a respeito do lugar em

abstrações significativas de conjuntos de indícios baseados nos acontecimentos,

condições, atuações e procedimentos que ocorrem e caracterizam a vida diária de

uma organização.

Em contribuição, Luz (1995) destaca o clima organizacional como sendo a

percepção em geral que os colaboradores têm em relação ao ambiente em que

trabalham.

Para ele, mesmo que todos os funcionários não expressem a mesma opinião,

o clima organizacional traduz o comportamento da organização, refletindo seus

atributos, valores e atitudes.

Luz (1995) destaca também que entre os objetivos da área de Recursos

Humanos no que se refere ao clima organizacional, está basicamente o alcance da

satisfação e a motivação dos colaboradores. São objetivos ainda criar, manter e

desenvolver um contingente de Recursos Humanos, com habilidade e motivação

para realizar os princípios da empresa.

De acordo com Kolb, Mclntyre e Rubin (1978), o conceito de clima

organizacional está relacionado, principalmente, com a satisfação e a motivação dos

colaboradores frente às suas atividades desempenhadas. Desta forma, os autores

(1978) acreditam que estes sentimentos positivos são expressos e repassados ao

restante do grupo, gerando, com isto, maior nível de contentamento com o ambiente

laboral.

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No entanto, Kolb, Mclntyre e Rubin (1978, p. 76) ressaltam ainda que é

necessário que os administradores entendam e participem do real conceito de clima

organizacional, pois é por meio de:

sua criação que ele pode ‘manejar a motivação’ de seus empregados. A eficiência da organização pode ser aumentada através da criação de um clima organizacional que satisfaça as necessidades de seus membros e, ao mesmo tempo, canalize esse comportamento motivado na direção dos objetivos organizacionais.

Estas questões são consideradas essenciais por Luz (1995), pois desta

forma, o enfoque e o conhecimento do clima organizacional funciona como uma

espécie de termômetro para a implementação de ações de mudanças. Além disso,

esta visão deixa de ser o alvo de preocupações somente do setor de Recursos

Humanos e passa a ser uma visão geral para a organização.

Portanto, possuir as informações necessárias permite à organização como um

todo o planejamento e o desenvolvimento das relações de trabalho, facilitando a

satisfação tanto para o público interno, quanto aos externos. Pensar no clima

organizacional é, acima de tudo, propiciar uma visão plena sobre o aproveitamento

dos recursos humanos de uma empresa, valorizando ambas as partes.

2.10 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL

A pesquisa consiste em uma estratégia que as organizações vêm utilizando

para conhecer melhor o seu clima no ambiente de trabalho. Com isso, conseguem

verificar como está o clima, quais são suas variáveis que contribuem para este. Além

de poder verificar como está o clima em cada setor (LUZ, 2003).

O autor (2003, p. 37) ressalta que “de todas as estratégias para avaliação do

clima, essa é a mais completa. É a que permite à empresa identificar seus pontos

fracos, a satisfação de seus colaboradores com relação a vários aspectos da

organização”.

Esta pesquisa tem como principal objetivo fazer o mapeamento do ambiente

interino de uma organização para que se verifiquem os principais focos de

problemas, melhorando assim, o clima do ambiente laboral.

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Para fazer a avaliação do clima organizacional, utiliza-se a pesquisa que para

Toledo e Milioni (apud LUZ, 1995, p. 41), consiste no “levantamento do clima

organizacional ou cultura da organização, buscando identificar e avaliar as atitudes e

padrões de comportamento, com vistas de orientar políticas de ação e correção de

problemas”.

Ela é considerada ainda um meio de aprimorar a percepção da dinâmica

interna da empresa, o que permite que os colaboradores possam se sentir

motivados a partir do momento que o ambiente proporciona a possibilidade para que

eles exponham seus objetivos e ideias (GOMES, 2002).

Teixeira (2002, p. 585) ressalta que “para avaliar, regularmente e de forma

ampla o que os empregados pensam a respeito do tratamento que recebem, as

empresas precisam realizar pesquisas de clima”.

Neste sentido, quando os colaboradores são solicitados para participar da

pesquisa, estes esperam que algo se modifique e, caso isso não aconteça, certo

desconforto é gerado, pois os funcionários passam a duvidar das verdadeiras

intenções da organização. É por isso que se faz importante a exposição dos

resultados e o posicionamento da organização em relação a eles.

Segundo Luz (2003, p. 42) “a pesquisa de clima organizacional é um método

formal de se avaliar o clima de uma empresa. Ela é um instrumento importante para

fornecer subsídios capazes de aprimorar continuamente o ambiente de trabalho”.

Luz (2003) diz ainda que a pesquisa de clima organizacional é considerada

um trabalho minucioso que tem como objetivo identificar os problemas que existem

entre a empresa e o funcionário, cuja principal finalidade é solucionar tais problemas.

A pesquisa mostra também em que ponto está à satisfação dos funcionários

em um momento específico, revelando qual é o comportamento dos colaboradores

frente a determinadas demandas, por exemplo.

Nesta mesma linha, Davis e Newstrom (1992, p. 140) destacam que a partir

do momento que a pesquisa de clima é implementada, “a administração deve estar

preparada para tomar decisões baseada nos resultados. Os funcionários julgam que

se cooperam declarando seus sentimentos, a administração deve pôr em prática

alguns dos aperfeiçoamentos que sugeriram”.

Além disso, por meio da pesquisa de clima, os colaboradores têm a

possibilidade de expor seus pensamentos, opiniões e sentimentos no que diz

respeito à sua relação com a organização (LUZ, 2003).

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É importante também identificar as variáveis que pertencem ao clima

organizacional que serão avaliados com o objetivo de elaborar um questionário

consistente visando identificar o que precisa ser melhorado.

2.10.1 Variáveis de clima organizacional

Além dos fatores que fazem parte do comportamento humano, deve-se

também avaliar, de acordo com Likert (1971), a importância das medições das

variáveis intervenientes por considerar que estas são consideradas um sistema de

interação e influência. (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001).

Como o próprio termo diz interveniente significa: interferir; e os fatores

intervenientes são caracterizados como os fatores que interferem no clima

organizacional, são os fatores resultantes dos fatores externos (da organização) e

internos (da própria pessoa). (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001).

Likert (1971) complementa ainda que as variáveis que influenciam

consideravelmente os resultados finais e que refletem a condição do estado interno

da organização, consistem em variáveis como: lealdade, motivações, capacidade de

tomar decisões, entre outras. (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001).

Na visão de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), as pesquisas internas

tornam-se importantes e necessárias, pois permitem diagnosticar as providências

necessárias para melhoria do clima organizacional e consequentemente para que

possa atingir um nível adequado de competitividade e qualidade total.

Por sua vez, a pesquisa de clima organizacional deve considerar os seguintes

fatores, de acordo com os critérios do Prêmio Nacional da Qualidade (2000 apud

TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001):

• Liderança: que vem da alta direção, assim como os valores da instituição

sobre a qualidade, gestão para qualidade e responsabilidade com a

comunidade;

• Fator informação e análise: que consiste na abrangência de dados sobre

qualidade, comparações com a concorrência e referências de excelência e

análise de dados sobre qualidade;

• Planejamento estratégico para a qualidade: no que diz respeito ao

desenvolvimento de metas e planos para a qualidade;

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• Gestão de pessoas: onde estão envolvidos a participação dos colaboradores,

junto ao treinamento e reconhecimento dos colaboradores, visando seu bem

estar pessoal;

• Garantia da qualidade dos produtos e serviços: como os projetos e

implementação no mercado de produtos e serviços;

• Controle da qualidade de processos: tendo como intuito a melhoria contínua

dos mesmos. Os resultados trazidos com a qualidade estão intimamente

ligados aos resultados de produtos, serviços e ao próprio processo de

negócio, além dos serviços de apoio e a satisfação do cliente.

Para os autores (2001), a pesquisa de clima organizacional deve conter os

seguintes elementos: entendimento da missão; crenças e valores; chefia e liderança;

relações interpessoais; e salários e benefícios.

Neste sentido, Luz (1995, p. 45-48) destaca que a pesquisa de clima

organizacional deve abordar as seguintes variáveis organizacionais: o trabalho em

si, onde procura-se conhecer a percepção e atitudes das pessoas em relação ao

trabalho; a integração interdepartamental, que avalia o nível de relacionamento

existente entre os setores da organização; o salário, que faz a análise da existência

de distorções entre o salário interno em relação aos salários pagos por outras

empresas da região.

Luz (1995) menciona as seguintes variáveis:

• Supervisão: aponta o grau de satisfação do funcionário com sua chefia;

• Comunicação: explora o conhecimento dos funcionários sobre fatos

relevantes da empresa;

• Progresso profissional: que realiza a avaliação da oportunidade de

treinamento, promoções que a empresa oferece, além do relacionamento

interpessoal, estabilidade no emprego, processo decisório, que avalia uma

característica de supervisão, que tem grande influência na satisfação no nível

de chefia. Nestas variáveis estão incluídos também o benefício, as condições

físicas de trabalho, o relacionamento da empresa x sindicato x funcionários, a

disciplina, a participação, o pagamento, a segurança, os objetivos

organizacionais e a orientação para resultados, que revela até que ponto a

empresa estimula ou exige que os funcionários se responsabilizem pelos

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resultados obtidos. (LUZ, 1995);

• Imagem da empresa: avalia a opinião dos colaboradores sobre a percepção

da empresa no mercado;

• Estrutura da organização: faz a avaliação da opinião dos colaboradores em

relação a adequação da estrutura física para a comunicação e objetivos da

organização;

• Ética e responsabilidade social: avalia o cumprimento de suas

responsabilidades sociais;

• Qualidade e satisfação do cliente: identifica compromisso da empresa frente a

qualidade dos produtos, processos e serviços e a consequente satisfação

dos clientes;

• Reconhecimento: avalia mecanismos de valorização e reconhecimento

adotados pela organização;

• Vitalidade organizacional: verifica o ritmo das atividades desenvolvidas pela

empresa;

• Direção e estratégias: verifica a satisfação dos colaboradores frente à

qualidade da direção da empresa, das estratégias e à qualidade da condução

dos negócios;

• Valorização dos funcionários: diagnostica o nível que a empresa valoriza e

respeita nos recursos humanos;

• Envolvimento/comprometimento: verifica o quanto os colaboradores se

envolvem e comprometem com os objetivos da organização;

• Trabalho em equipe: avalia o quanto a empresa estima e valoriza o trabalho

em equipe;

• Modernidade: avalia como os funcionários percebem a modernização dos

produtos e processos da empresa;

• Orientação da empresa para o cliente: verifica a imagem externa da empresa;

• Planejamento e organização: verifica o quanto a empresa é percebida como

bem planejada e organizada pelos diferentes gestores;

• Fatores motivacionais: procura identificar os fatores do ambiente de trabalho;

• Fatores desmotivadores: investiga que fatores do ambiente laboral são

percebidos pelos colaboradores como de a maior contribuição para a

desmotivação (LUZ, 1995).

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Neste cenário Sartor, Sartor e Rizzatti (2003) enfatizam determinados

modelos de pesquisa que se baseiam em indicadores diferentes, de acordo com o

quadro abaixo:

Quadro 2 – Modelos de pesquisa

Modelo

Dimensões

Modelo de Likert O modelo desenvolvido por Likert em 1961 para o levantamento de características organizacionais tem por objetivo diagnosticar situações de trabalho.

• Liderança • Comunicação • Tomada de decisão • Objetivo • Intenção – influência • Controle

Modelo de Kolb Foi desenvolvido em 1971, era um instrumento de aprendizagem para exercícios em classe, visando identificar e analisar o clima organizacional.

• Conformismo • Responsabilidade • Padrões • Recompensas • Clareza organizacional • Apoio e calor humano • Liderança

Modelo de Jabri Esse modelo foi desenvolvido em 1968 com o intuito de estudar o clima em uma indústria farmacêutica.

• Apoio do líder do grupo • Flexibilidade e autonomia • Conflito • Produtividade • Cooperação • Perspectiva de promoções • Demanda sobre os membros do

grupo • Apoio da alta gerência • Distribuição de tarefas • Realização • Falta de inovação

Fonte: Sartor, Sartor e Rizzatti (2003, p. 29).

Desta forma, fazer a avaliação destes elementos pertencentes à pesquisa de

clima organizacional é notoriamente importante, pois se trata de uma ferramenta

estratégica, a partir da qual pode obter um planejamento ágil da organização. Além

disso, existe a possibilidade de se promover informações referentes às atitudes dos

colaboradores em relação à organização e suas expectativas com os demais

colegas.

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3 METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

A pesquisa realizada pode ser caracterizada como descritiva e

predominantemente quantitativa. A abordagem quantitativa é considerada por

Günther (2006) uma pesquisa que traduz em números as opiniões e as informações

coletadas, para que possam ser classificadas e analisadas. Neste procedimento, são

utilizadas técnicas estatísticas que possibilitam a quantificação e a precisão dos

dados.

Goldenberg (2003) acredita que a pesquisa de cunho quantitativo opera

principalmente com a padronização dos dados, o que acaba fazendo com que o

pesquisador tenha maior precisão no momento da coleta e análise do material.

No que diz respeito à pesquisa descritiva, Gil (2002, p. 42) pontua que esta

consiste principalmente na “descrição das características de determinada população

ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Sua

principal característica está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de

dados, como no caso do questionário e da observação sistemática.

O ponto de partida para este trabalho é a pesquisa realizada com os

colaboradores da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda., conforme as

informações obtidas em relação ao atual clima organizacional da empresa. Trata-se

de um estudo de caso.

O estudo de caso é, para Marconi e Lakatos (2000), considerado uma

abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando se

procura compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos,

em que estão envolvidos diversos fatores.

Para as autoras (2008), esta abordagem se adapta à investigação, pois o

pesquisador é confrontado com situações complexas, de maneira que dificulta a

identificação das variáveis consideradas importantes.

De acordo com Günther (2006), o estudo de caso é hoje um referencial

privilegiado para as ciências e caracteriza-se por um conjunto de características que

se encontram associadas ao processo de recolhimento de dados e às estratégias de

análise dos mesmos.

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3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada no período de agosto de 2012 a junho de 2013, na

empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda., localizada na Rua Dom Pedro II, n. 63,

no bairro Capoeiras – Florianópolis/SC.

O público-alvo é composto pelos 91 colaboradores da organização,

distribuídos nas áreas administrativa, comercial e operacional na matriz. Demo

(2000) explica que universo ou população trata-se de um conjunto que é definido por

elementos que possuem determinadas características em comum.

Neste caso, é considerada a população de estudo os profissionais da

Quantum Engenharia Elétrica Ltda. que atuam no ramo da energia elétrica, em

Florianópolis. Trata-se de uma pesquisa censitária devido à população ser formada

por todos os funcionários da organização, que incluem os setores administrativo,

comercial e operacional, totalizando o quadro de 109 funcionários. Deste total, 91

responderam o questionário; o restante dos funcionários encontrava-se no período

de férias ou em serviços de campo, que consistem em atividades externas.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Na realização do trabalho no qual utilizada como fonte para coleta de dados

às chamadas fontes primárias, na qual o próprio pesquisador participa e coleta

dados conforme o decorrer da aplicação.

O questionário foi escolhido por se tratar de um instrumento de fácil

aplicabilidade e por abranger as questões que se pretende verificar. Conforme

Bianchi, Alvarenga e Bianchi (1998), o questionário é utilizado principalmente nas

pesquisas quantitativas, por ter como principal finalidade a mensuração do

fenômeno que se quer observar.

O questionário (Apêndice) possui 38 perguntas, sendo todas fechadas e

aplicadas aos colaboradores da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. Do

total de questões, 5 são relativas ao perfil do funcionário e 30 estão relacionadas às

variáveis do clima organizacional da mesma.

As questões foram elaboradas com base nas seguintes variáveis propostas

por Luz (1995): Salários/Benefícios, Relacionamento Interpessoal, Perspectiva de

Crescimento Profissional, Condições de Segurança, Físicas e Material de Trabalho,

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Comunicação, Trabalho Realizado, Supervisão/Liderança e Estrutura/Imagem da

Empresa.

A distribuição das questões ocorreu do seguinte modo, visto no quadro a

seguir.

Quadro 3: Estrutura do questionário Indicadores de Clima Questões

Salários e Benefícios 01, 02, 03, 04 Relacionamento Interpessoal 05, 06, 07, 08 Perspectiva de Crescimento Profissional 09, 10, 11, 12 Segurança, Condições Físicas e Materiais de Trabalho 13, 14, 15, 16,17 Comunicação 18, 19, 20, 21, 22 O trabalho realizado pelo funcionário 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 Supervisão/Liderança 31, 32, 33, 34 Estrutura/Imagem da Empresa 35, 36, 37, 38

Fonte: adaptado de Luz (2003).

Quanto à exploração dos indicadores, são feitas por meio de afirmativas e a

escala de respostas é semântica, com cinco alternativas: sempre, quase sempre,

raramente, nunca e não tenho opinião.

Quadro 4: Parametrização das respostas Opção de Respostas Valor

Sempre 4 Quase sempre 3

Raramente 2 Nunca 1

Não tenho opinião 0 Fonte: Luz (2003, p. 57).

Primeiramente foi aplicado o pré-teste. Depois de ajustado, o questionário foi

aplicado nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2012 no próprio ambiente

organizacional. Ocorreu no período vespertino para melhor obtenção dos dados.

A pesquisa foi aplicada no auditório da empresa para que os funcionários

ficassem à vontade. Os funcionários foram separados por grupos de atuação e com

as condições necessárias para colher informações.

Para embasamento dos assuntos pesquisados, foram utilizados na pesquisa

bibliográfica, consulta de materiais como livros, artigos, dissertações, entre outros.

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No que se refere à pesquisa, é um estudo baseado no método bibliográfico,

que, de acordo com Minayo (1994), parte do pressuposto de que a pesquisa é

basicamente um processo onde o pesquisador possui tem uma atitude e uma prática

teórica de constante busca, o qual define um processo intrinsecamente inacabado e

permanente, pois faz a realização de uma atividade de aproximações sucessivas da

realidade, apresentando “uma carga histórica” e refletindo posições diante da

realidade.

Conforme Gil (1994), a abordagem bibliográfica baseia-se no fundamento de

haver uma revisão da literatura, devido à má compreensão de que a revisão de

literatura é apenas um pré-requisito para que se possa realizar qualquer pesquisa.

No entanto, a pesquisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado de

procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo, e que, por isso,

não pode ser aleatório.

Além disso, a pesquisa de cunho bibliográfico possui certa identidade com o

sujeito pesquisado, de forma que possa promover a investigação das relações entre

as pessoas, de maneira em que o pesquisador se identifica e interage no processo.

Minayo (1994, p. 21) refere-se à pesquisa bibliográfica como sendo intrínseca e

extrinsecamente ideológica, devido à veiculação dos "interesses e visões de mundo

historicamente construídas e se submete e resiste aos limites dados pelos

esquemas de dominação vigentes".

3.4 INSTRUMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS

Após a coleta dos dados obtidos por meio da aplicação do questionário com

os profissionais da Quantum Engenharia Elétrica Ltda, foi realizada a análise e as

possíveis considerações que foram elaboradas a partir do fundamento teórico para

melhor compreensão dos dados recolhidos.

Para alcance dos objetivos dos estudos, a análise foi estatística descritiva. Os

dados foram expressos em gráficos para o procedimento da análise, à luz da teoria

estudada.

Nesta análise, é fundamental que se organize o material futuramente

avaliado, depois de aplicar as maneiras escolhidas na etapa anterior.

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Por fim, realizar um estudo para que se reflita, de fato, o que precisa ser

melhorado nos indicadores que mais prejudicam o Clima Organizacional da

organização, propondo-se um plano de ação.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Quantum Engenharia Elétrica Ltda. foi criada no início da década de 1990,

por um engenheiro eletricista que tinha como objetivo fundar uma empresa que

pudesse ser referência em obras e serviços de eletricidade. Hoje, a empresa possui

atuação e reconhecimento em todo o Brasil, atuando nos mais diversos segmentos

do setor elétrico.

A organização oferece atualmente o que há de mais moderno em serviços,

que vão desde a gestão da iluminação pública de municípios até o desenvolvimento

de redes de fibra ótica, passando por instalações de todos os portes, subestações,

linhas de transmissão, atendimento a áreas comerciais de concessionárias. São

serviços que aliam tecnologia de ponta à relevância social.

Atualmente a empresa atende o Estado e possui como clientes empresas de

renome dos setores público e privado, como a Celesc Distribuição S.A., o Centro de

Informação e Automação de Santa Catarina - Ciasc, as Prefeituras de Blumenau,

Florianópolis, São José, Itajaí, Joinville e a Auto Pista Litoral Sul. Entre os principais

serviços estão a gestão de iluminação pública de municípios, projeto e execução de

redes de fibra ótica, subestação e linha de transmissão de energia elétrica até

500kv, instalação elétrica pesada no setor industrial e comercial, rede de distribuição

de energia elétrica subterrânea/aérea e manutenção de instalação elétrica em baixa

e alta tensão, além do atendimento à área comercial de concessionárias.

A Quantum Engenharia Elétrica Ltda. tem como missão executar obras e

serviços de engenharia elétrica, com qualidade, tecnologia, segurança e

lucratividade, valorizar seus clientes e colaboradores, e respeitar o meio ambiente. A

visão da empresa consiste em ser reconhecida pela excelência e qualidade de suas

obras e serviços com confiabilidade e crescimento sustentado.

A empresa está localizada na Rua Dom Pedro II, 63, bairro Capoeiras, no

município de Florianópolis/SC. Além da matriz, a empresa conta com uma filial em

Canoinhas, situada na Rod. BR 280, Km 223 no bairro Alto das Palmeiras e possui

parceria com a SQE LUZ, Rodovia SC 401 no Km 09, em Santo Antônio de Lisboa,

Florianópolis/SC.

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48

Seu quadro de funcionários é constituído por 109 colaboradores, que ocupam

as funções na área técnica de projetos, corte e religação, ligação nova, fiscalização,

negociação, parte comercial e financeira, administrativo, recursos humanos, e

diretoria.

No que se pode observar, a empresa está em um momento de ascensão e

está voltando seu olhar para as questões de melhorias no que diz respeito à

qualidade e segurança. Neste sentido, está, no momento atual, buscando por

parcerias e convênios nos mais variados serviços para oferecer ao seu quadro

funcional acesso a planos de saúde e atividades de lazer.

Sua estrutura pode ser considerada flexível, pois os colaboradores têm seu

espaço para apresentar críticas e sugestões. Além disso, por se tratar de serviços

externos, a sede não está dividida em departamentos. Este formato facilita também

o contato entre colaboradores, bem como o fluxo das informações dos mesmos.

Os gestores acompanham o dia a dia da empresa, visitando os setores e

participando de palestras junto aos funcionários. Eles deixam os funcionários à

vontade para atuação na empresa.

Até o momento da realização desta pesquisa, nunca havia sido feita uma

pesquisa de clima organizacional, não havendo dados para caracterizar o clima, mas

notava-se algumas reclamações frequentes e alta rotatividade dos funcionários.

A seguir, apresenta-se o organograma da empresa Quantum Engenharia

Elétrica Ltda.

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49

Quadro 5: Organograma da empresa Quantum Engenharia Elétricas Ltda.

Fonte: Dados da empresa (2013).

RECURSOS HUMANOS SESMT

CONSTRUÇÃO/MANUTENÇÃO DE RDs DE

DISTRIBUIÇÃO

LIGAÇÃO NOVA

DIRETORA

SERVIÇOS GERAIS CORTE/RELIGAÇÃO

FINANCEIRO FISCALIZAÇÃO

COMPRAS MANUTENÇÃO ELÉTRICA UFSC

SUPERVISÃO ADMINISTRATIVA ALMOXARIFADO DEPARTAMENTO TÉCNICO

RECEPÇÃO CONTRATOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

DIRETOR GERAL

DIRETOR COMERCIAL

GERENTE GERAL

GERENTE FILIAL CANOINHAS GERENTE DPTO DE CONTRATOS

CONTÍNUOS E ILUMINAÇÃO PÚBLICA

GERENTE DEPARTAMENTO TÉCNICO

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4.2 RESULTADOS DA PESQUISA

Serão apresentados

por meio do questionário com 91 funcionários da empresa Quantum Engenharia

Elétrica Ltda., no mês de novembro de 2012.

Tal pesquisa tem por

colaboradores no que diz respeito às variáveis apresen

possíveis causas que interfiram no clima organizacional da empresa.

4.2.1 Perfil dos Colaboradores

a) Gênero dos colaboradores da Quan

Com a pesquisa realizada, foi possí

relação aos colaboradores da Quantum Engenharia E

tabela abaixo.

Tabela 1 - Gênero

Gênero

Masculino

Feminino

Total Fonte: Dados primários (2012 Figura 1 - Gênero

Fonte: Dados primários (2012

4.2 RESULTADOS DA PESQUISA

Serão apresentados, a seguir, os resultados referentes à pesquisa realizada

por meio do questionário com 91 funcionários da empresa Quantum Engenharia

, no mês de novembro de 2012.

Tal pesquisa tem por finalidade o conhecimento das opiniões dos

colaboradores no que diz respeito às variáveis apresentadas, junto às análises e à

possíveis causas que interfiram no clima organizacional da empresa.

Perfil dos Colaboradores

Gênero dos colaboradores da Quantum Engenharia Elétrica Ltda.

a pesquisa realizada, foi possível obter as seguintes informações em

oradores da Quantum Engenharia Elétrica Ltda,c

Absoluto

87

4

91 (2012).

rimários (2012).

50

a seguir, os resultados referentes à pesquisa realizada

por meio do questionário com 91 funcionários da empresa Quantum Engenharia

finalidade o conhecimento das opiniões dos

tadas, junto às análises e às

possíveis causas que interfiram no clima organizacional da empresa.

tum Engenharia Elétrica Ltda.

obter as seguintes informações em

létrica Ltda,como mostra a

Relativo

96%

4%

100%

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Quanto aos dados mostrados na Figura 1,

funcionários pesquisados

pelo fato de a maioria das funções disponibilizadas na empresa consistirem em

atividades de eletricistas e montadores. E

de a maioria destes setores ainda ser dom

permanecendo a tradição

gênero.

b) Faixa etária dos colaboradores da Quantum

Tabela 2 - Faixa etária

Idade

16 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

Acima de 55 anos

Total Fonte: Dados primários (2012

Figura 2 - Faixa etária

Fonte: Dados primários (2012

Quanto aos dados mostrados na Figura 1, percebe

pesquisados, 4% são mulheres e 96% são homens. Este fator se dá

pelo fato de a maioria das funções disponibilizadas na empresa consistirem em

cistas e montadores. Esta ocorrência pode estar ligada ao motivo

de a maioria destes setores ainda ser dominado pelo sexo masculino,

cendo a tradição de que determinadas funções são realizadas conforme o

Faixa etária dos colaboradores da Quantum Engenharia E

Absoluto

30

32

24

4

1

91 rimários (2012)

Dados primários (2012).

51

percebe-se que dos 91

4% são mulheres e 96% são homens. Este fator se dá

pelo fato de a maioria das funções disponibilizadas na empresa consistirem em

sta ocorrência pode estar ligada ao motivo

inado pelo sexo masculino,

de que determinadas funções são realizadas conforme o

Elétrica Ltda.

Relativo

33%

35%

26%

5%

1%

100%

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Conforme a figura nos mostra,

colaboradores possuem a faixa etária entre 16 e 3

empresa investe em “capital humano” bastante jovem. Isto pode ocorrer pela busca

de pessoas com maior capacidade de interação,

mudanças e preparadas

se bastante aquecido e este perfil para a organização pode facilitar sua integração e

agregação de valores, percebidos neste grupo.

De acordo com o autor

esta questão mostraram que pessoas mais jovens apresentaram maior desempenho

em suas ocupações, principalmente nas que exigiam velocidade e repetições

constantes. Neste quesit

dedicados ao trabalho quando comparados ao público com mais idade, que se

dedicam mais às pessoas.

c) Estado civil dos colaboradores da Qu Tabela 3 - Estado civil

Estado Civil

Solteiro

Casado

União Estável

Viúvo

Separado

Total Fonte: Dados primários (2012 Figura 3 - Estado civil

Fonte:Dados primários (2012

Conforme a figura nos mostra, pode-se perceber que cerca de 70

suem a faixa etária entre 16 e 35 anos, o que significa que a

empresa investe em “capital humano” bastante jovem. Isto pode ocorrer pela busca

de pessoas com maior capacidade de interação, que sejam adaptadas às novas

udanças e preparadas para lidar com a tecnologia, visto que o mercado encontra

se bastante aquecido e este perfil para a organização pode facilitar sua integração e

agregação de valores, percebidos neste grupo.

De acordo com o autor Marras (2002), pesquisas já realiza

mostraram que pessoas mais jovens apresentaram maior desempenho

em suas ocupações, principalmente nas que exigiam velocidade e repetições

constantes. Neste quesito, os colaboradores mais jovens

lho quando comparados ao público com mais idade, que se

s pessoas.

c) Estado civil dos colaboradores da Quantum Engenharia Elétrica Ltda

Absoluto

35

47

6

1

2

91 os (2012).

s (2012).

52

perceber que cerca de 70% dos

5 anos, o que significa que a

empresa investe em “capital humano” bastante jovem. Isto pode ocorrer pela busca

que sejam adaptadas às novas

para lidar com a tecnologia, visto que o mercado encontra-

se bastante aquecido e este perfil para a organização pode facilitar sua integração e

pesquisas já realizadas referindo-se a

mostraram que pessoas mais jovens apresentaram maior desempenho

em suas ocupações, principalmente nas que exigiam velocidade e repetições

mostram-se mais

lho quando comparados ao público com mais idade, que se

létrica Ltda.

Relativo

38%

52%

7%

1%

2%

100%

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Na figura 3, pode-se

solteiros e 52% casados,

apresentados.

Este perfil está em consonância com a faixa etária

colaboradores, já que são jovens,

d) Escolaridade dos colaboradores da Quantum

Tabela 4 - Escolaridade

Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Pós-Graduado

Total Fonte:Dados primários (2012 Figura 4 - Escolaridade

Fonte:Dados primários (2012

1%

10%

se observar que dos 91 colaboradores pesquisados, 38% são

os, não havendo faz preferência por determinados perfis

Este perfil está em consonância com a faixa etária da maior parte dos

colaboradores, já que são jovens, em sua maioria.

Escolaridade dos colaboradores da Quantum Engenharia E

Absoluto

Ensino Fundamental Incompleto 13

Ensino Fundamental Completo 6

Ensino Médio Incompleto 12

Ensino Médio Completo 49

Ensino Superior Incompleto 1

Ensino Superior Completo 9

Graduado 1

91 (2012).

rimários (2012).

14%

7%

13%

54%

1%

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Pós-Graduado

53

observar que dos 91 colaboradores pesquisados, 38% são

faz preferência por determinados perfis

da maior parte dos

Engenharia Elétrica Ltda.

Relativo

14%

7%

13

54%

1%

10%

1%

100%

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Graduado

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De acordo com os dados apresentados, 54% dos colaboradores possuem

ensino médio completo. Esta porcentagem pode estar real

das funções exercidas, vis

médio completo.

No entanto, percebe

fundamental incompleta, o que pode significar falta de incentivo no desenvo

destes trabalhadores.

Por sua vez, esta contrapartida é apresentada na margem do ensino superior

completo, quando apenas 10% dos colaboradores possuem formação específica.

e) Tempo que os colaborador

Tabela 5 - Tempo de empresa

Período

Menos de 1 ano

1 a 3 anos

3 a 6 anos

Mais de 6 anos

Total Fonte: Dados primário (2012 Figura 5 - Tempo de empresa

Fonte: Dados primários (2012).

De acordo com os dados apresentados, 54% dos colaboradores possuem

ensino médio completo. Esta porcentagem pode estar realacionada com

das funções exercidas, visto que para a maioria delas, pede-se apenas o ensino

No entanto, percebe-se que 14% dos funcionários apresentam escolaridade

fundamental incompleta, o que pode significar falta de incentivo no desenvo

Por sua vez, esta contrapartida é apresentada na margem do ensino superior

completo, quando apenas 10% dos colaboradores possuem formação específica.

colaboradores trabalham na Quantum Engenharia Elétrica

empresa

Absoluto

20

29

18

24

91 rimário (2012).

empresa

Fonte: Dados primários (2012).

54

De acordo com os dados apresentados, 54% dos colaboradores possuem

cionada com a exigência

se apenas o ensino

se que 14% dos funcionários apresentam escolaridade

fundamental incompleta, o que pode significar falta de incentivo no desenvolvimento

Por sua vez, esta contrapartida é apresentada na margem do ensino superior

completo, quando apenas 10% dos colaboradores possuem formação específica.

Quantum Engenharia Elétrica Ltda.

Relativo

22%

32%

20%

26%

100%

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Esta figura nos mostra o tempo de

apenas 26% destes possuem mais de seis anos de casa.

Estes números podem demonstrar o aquecimento do mercado e a busca pela

mão de obra, que possuem muitas

do investimento e capacitação dos funcionários para que a retenção seja melhor

assimilada. Em contrapartida, 32% deles estão entre um e 3 anos, o que pode

significar um público que pensa em firmar carreira e investir

atividades.

f) Clima organizacional da empresa Quantum Engeharia Elétrica Ltda.

Tabela 6 - Clima organizacional

Satisfatório

Fonte : Dados Figura 6 - C lima organizacional

Fonte: Dados primários (2012

Esta figura nos mostra o tempo de empresa dos colaboradores,sendo que

apenas 26% destes possuem mais de seis anos de casa.

Estes números podem demonstrar o aquecimento do mercado e a busca pela

mão de obra, que possuem muitas ofertas de trabalho.Destaca-se aqui

do investimento e capacitação dos funcionários para que a retenção seja melhor

assimilada. Em contrapartida, 32% deles estão entre um e 3 anos, o que pode

significar um público que pensa em firmar carreira e investir

Clima organizacional da empresa Quantum Engeharia Elétrica Ltda.

lima organizacional

Fatores Resposta

Excelente 9

Otimo 16

Bom 45

Satisfatório 19

Ruim 2

Total 91

Fonte : Dados primários (2012).

lima organizacional

(2012).

55

empresa dos colaboradores,sendo que

Estes números podem demonstrar o aquecimento do mercado e a busca pela

se aqui a importância

do investimento e capacitação dos funcionários para que a retenção seja melhor

assimilada. Em contrapartida, 32% deles estão entre um e 3 anos, o que pode

significar um público que pensa em firmar carreira e investir em melhorias nas

Clima organizacional da empresa Quantum Engeharia Elétrica Ltda.

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56

No que diz respeito à avaliação do clima organizacional, pode-se perceber

que 49% dos funcionários consideram o clima da organização bom para trabalhar.

As opiniões referentes à ótimo e satisfatório, receberam 21 e 18%

respectivamente, o que pode significar que os colaboradores ainda sentem falta de

algo no ambiente de trabalho para poder considerá-lo totalmente satisfatório.

Um número expressivo também somaram os 10% dos que não aprovam o

clima organizacional da empresa. Este fator é importante ser considerado, pois as

porcentagens são baixas no que se refere ao total agrado do clima atual por parte de

alguns funcionários. No entanto, este pode ser considerado um importante ponto de

partida para que a organização reflita acerca do que precisa ser melhorado e fazer

a diferença no dia a dia do trabalho.

4.2.2 Avaliação do clima organizacional da empresa na percepção dos

colaboradores

Podemos observar que Luz (1996) define clima organizacional como a

percepção que os colaboradores possuem em relação ao seu ambiente laboral. Por

sua vez, este clima reflete no comportamento da organização, seus valores ou

perspectivas que podem afetar a forma pela qual os funcionários se relacionam no

ambiente de trabalho.

A partir deste entendimento, foi possível avaliar o clima organizacional dos

funcionários da Quantum Engenharia Elétrica Ltda., tendo como base fundamental

os atributos de avaliação, nas 38 questões aplicadas com os funcionários da

Empresa em Florianópolis. A pesquisa foi aplicada nas dependências da empresa

no mês de novembro do ano de 2012, em dois dias.

As respostas foram analisadas por Dimensões, conforme apresentadas a

seguir. Primeiramente, abordou-se o tema Salário/Benefício.

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Tabela 7 - Salário/Benefício

Afirmativas Sempre

1 28 2 27 3 14 4 25

Total % 31% Fonte: Dados Primários (2012) Figura 7 - Salário /Benefício

Fonte: Dados Primários (2012).

Nesta dimensão, os colaboradores demonstram seu nível de satisfação com

os benefícios e salários oferecidos pela empresa. Conforme a tabela 7, por exemplo,

os resultados da dimensão Salário/Benefício mostraram que 31% dos funcionários

estão satisfeitos com os benefícios oferecidos pela empresa. No caso da afirmativa

1, por exemplo (Minha remuneração é adequada ao trabalho que realizo), os

colaboradores mostraram

7% não estão satisfeitos com a remuner

com a remuneração salarial atual somam 12% dos respondentes. Este número é

bastante considerável e pode demonstrar falha no repasse de informações durante a

contratação ou colaboradores que se sentem trabalhando em

recebendo o equivalente.

7%

12%

24%

Salário/Benefício

Salário Benefício

Quase Sempre Raramente Nunca

Prefiro não

Opinar24 6 11 2222 18 9 1512 13 31 2125 12 12 17

26% 7% 12% 24%Fonte: Dados Primários (2012)

Salário /Benefício

Fonte: Dados Primários (2012).

Nesta dimensão, os colaboradores demonstram seu nível de satisfação com

os benefícios e salários oferecidos pela empresa. Conforme a tabela 7, por exemplo,

os resultados da dimensão Salário/Benefício mostraram que 31% dos funcionários

os benefícios oferecidos pela empresa. No caso da afirmativa

1, por exemplo (Minha remuneração é adequada ao trabalho que realizo), os

colaboradores mostraram-se satisfeitos com o recebimento de seu salário, enquanto

7% não estão satisfeitos com a remuneração. Quanto aos que não estão contentes

com a remuneração salarial atual somam 12% dos respondentes. Este número é

bastante considerável e pode demonstrar falha no repasse de informações durante a

contratação ou colaboradores que se sentem trabalhando em

recebendo o equivalente.

31%

26%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

57

Prefiro não

Opinar Média

22 2,27 15 2,41 21 1,64 17 2,32

24% 2,16

Nesta dimensão, os colaboradores demonstram seu nível de satisfação com

os benefícios e salários oferecidos pela empresa. Conforme a tabela 7, por exemplo,

os resultados da dimensão Salário/Benefício mostraram que 31% dos funcionários

os benefícios oferecidos pela empresa. No caso da afirmativa

1, por exemplo (Minha remuneração é adequada ao trabalho que realizo), os

se satisfeitos com o recebimento de seu salário, enquanto

ação. Quanto aos que não estão contentes

com a remuneração salarial atual somam 12% dos respondentes. Este número é

bastante considerável e pode demonstrar falha no repasse de informações durante a

contratação ou colaboradores que se sentem trabalhando em demasia e não

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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58

A média de 1,64 da afirmativa 3 (Meu benefício para refeição é satisfatório) é

a mais baixa da dimensão. Isto mostra que mesmo a empresa oferecendo os

benefícios e salários compatíveis com os de mercado, o grau de satisfação não está

atingindo bons níveis. Outra questão pode estar contribuindo para esta média: o fato

de os colaboradores sentirem que estão trabalhando demais ou exercendo tarefas

desgastantes e cansativas.

Neste caso, o desempenho das atividades para os funcionários pode ser

traduzido como não compensatório quando comparado ao salário, devido às

atividades se mostrarem exaustivas. (LUZ, 1995).

Obteve-se uma média bastante baixa nesta dimensão (2,16), o que pode

indicar que a organização precisa manter-se atenta à maneira como está

beneficiando seus colaboradores, ou mesmo esclarecendo os reais benefícios

durante a contratação.

Em contrapartida, em média 24% dos colaboradores preferiram não opinar

nas diversas afirmativas que compõem esta dimensão Salário/benefício. Esta

porcentagem deixa um ponto de interrogação no que diz respeito ao entendimento

destes funcionários frente ao que recebem de benefício, principalmente, por abordar

duas perguntas pontuais, que são as afirmativas 2 (tenho informações a respeito dos

reajustes salariais praticados pela empresa) e 4 (os benefícios que a empresa

oferece são bons).

Os benefícios oferecidos são: vale transporte, vale refeição, plano de saúde,

seguro de vida, convênio com farmácia.

Tabela 8 - Relacionamento interpessoal

Relacionamento Interpessoal

Afirmativas Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar Média

5 43 31 10 3 4 3,16 6 62 17 9 1 2 3,49 7 58 24 5 0 4 3,45 8 18 38 19 5 11 2,52

Total % 47% 34% 11% 3% 5% 3,15 Fonte: Dados Primários (2012)

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Figura 8 - Relacionamento

Fonte: Dados Primários (2012).

Encontra-se, na tabela 8, os resultados e a média da dimensão

Relacionamento Interpessoal. Esta dimensão traduz o relacionamento entre os

colaboradores, independente dos cargos que ocupam. Este quesito é importante

devido à necessidade das boas relações ocorrerem ent

de setores diferentes. Afinal, um bom relacionamento pode refletir um bom resultado

no desempenho das atividades de trabalho para todos.

Neste sentido, na média das afirmativas, conclui

colaboradores estão de

encontra-se num parâmetro agradável. Este número é positivo se forem

consideradas as afirmativas contidas nesta pesquisa, como no caso das questões 5

(meu chefe está aberto para ouvir críticas e sugestões

trabalho em equipe).

A média mais baixa obtida nesta dimensão foi de 2,52, mais precisamente, na

afirmativa 8 (os diferentes setores da empresa se comunicam e possuem

integração). Esta pode traduzir um ponto que merece atenção

integração atual dos funcionários e seus respectivos setores.

A seguir, conheceremos os resultados da dimensão Perspectiva de

crescimento profissional.

34%

11%3%

Relacionamento interpessoal

Fonte: Dados Primários (2012).

, na tabela 8, os resultados e a média da dimensão

Relacionamento Interpessoal. Esta dimensão traduz o relacionamento entre os

colaboradores, independente dos cargos que ocupam. Este quesito é importante

devido à necessidade das boas relações ocorrerem entre os funcionários, inclusive,

de setores diferentes. Afinal, um bom relacionamento pode refletir um bom resultado

no desempenho das atividades de trabalho para todos.

Neste sentido, na média das afirmativas, conclui-se que 47% dos

colaboradores estão de acordo que o relacionamento entre colegas e chefias

se num parâmetro agradável. Este número é positivo se forem

consideradas as afirmativas contidas nesta pesquisa, como no caso das questões 5

(meu chefe está aberto para ouvir críticas e sugestões) e 7 (a empresa incentiva o

A média mais baixa obtida nesta dimensão foi de 2,52, mais precisamente, na

afirmativa 8 (os diferentes setores da empresa se comunicam e possuem

integração). Esta pode traduzir um ponto que merece atenção

integração atual dos funcionários e seus respectivos setores.

A seguir, conheceremos os resultados da dimensão Perspectiva de

crescimento profissional.

47%

5%

59

, na tabela 8, os resultados e a média da dimensão

Relacionamento Interpessoal. Esta dimensão traduz o relacionamento entre os

colaboradores, independente dos cargos que ocupam. Este quesito é importante

re os funcionários, inclusive,

de setores diferentes. Afinal, um bom relacionamento pode refletir um bom resultado

se que 47% dos

acordo que o relacionamento entre colegas e chefias

se num parâmetro agradável. Este número é positivo se forem

consideradas as afirmativas contidas nesta pesquisa, como no caso das questões 5

) e 7 (a empresa incentiva o

A média mais baixa obtida nesta dimensão foi de 2,52, mais precisamente, na

afirmativa 8 (os diferentes setores da empresa se comunicam e possuem

integração). Esta pode traduzir um ponto que merece atenção no que se refere à

A seguir, conheceremos os resultados da dimensão Perspectiva de

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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Tabela 9 - Perspectiva de

Perspectiva de Crescimento

Afirmativas Sempre

9 20 10 35 11 61 12 44

Total % 22% Fonte: Dados Primários (2012). Figura 9 - Perspectiva de

Fonte: Dados Primários (2012).

Na tabela 9, foram analisados os resultados da dimensão Crescimento

Profissional, que trata basicamente da possibilidade de uma contínua adequação

das práticas frente aos

importante para o trabalhador, em virtude da necessidade deste profissional se

firmar no mercado de trabalho, realizando aquilo que gosta e engradecendo sua

carreira conforme o passar dos anos. A dimensão

perspectivas evidentes na organização visando esse crescimento.

As afirmativas 11 (os treinamentos oferecidos na empresa contribuem para a

melhoria do meu desempenho) e 12 (sinto que meu potencial tem sido aproveitado),

por exemplo, foram as que obtiveram o maior número de pontuação.

20%

17%

15%

Perspectiva de crescimento profissional

Perspectiva de Crescimento Profissional

Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar

24 18 15 1432 7 4 1319 6 1 4 32 6 1 8

26% 20% 17% 15%

Fonte: Dados Primários (2012).

Perspectiva de crescimento profissional

Fonte: Dados Primários (2012).

Na tabela 9, foram analisados os resultados da dimensão Crescimento

, que trata basicamente da possibilidade de uma contínua adequação

das práticas frente aos desafios da vida no trabalho. Esta questão é muito

importante para o trabalhador, em virtude da necessidade deste profissional se

firmar no mercado de trabalho, realizando aquilo que gosta e engradecendo sua

carreira conforme o passar dos anos. A dimensão contempla se existem

perspectivas evidentes na organização visando esse crescimento.

As afirmativas 11 (os treinamentos oferecidos na empresa contribuem para a

melhoria do meu desempenho) e 12 (sinto que meu potencial tem sido aproveitado),

oram as que obtiveram o maior número de pontuação.

22%

26%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

60

Prefiro não Opinar Média

14 2,23 13 2,79

3,45 3,13

15% 2,90

Na tabela 9, foram analisados os resultados da dimensão Crescimento

, que trata basicamente da possibilidade de uma contínua adequação

desafios da vida no trabalho. Esta questão é muito

importante para o trabalhador, em virtude da necessidade deste profissional se

firmar no mercado de trabalho, realizando aquilo que gosta e engradecendo sua

contempla se existem

perspectivas evidentes na organização visando esse crescimento.

As afirmativas 11 (os treinamentos oferecidos na empresa contribuem para a

melhoria do meu desempenho) e 12 (sinto que meu potencial tem sido aproveitado),

oram as que obtiveram o maior número de pontuação.

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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61

Esta questão foi expressiva e considerada um ponto importante da pesquisa,

pois se trata de uma opinião muito pessoal. Nela o colaborador ressaltou como sente

seu trabalho, se é ou não visto na organização.

Na pesquisa destacou-se que 22% dos colaboradores acreditam que a

empresa é um bom lugar para crescer profissionalmente, porém, 20% disseram que

raramente este local é considerado satisfatório. Este número foi bastante expressivo

e na afirmativa 9 (A empresa oferece oportunidades para o desenvolvimento dos

colaboradores e crescimento profissional), por exemplo, obteve-se a maioria da

preferência, apresentando também a média mais baixa da dimensão, que foi de

2,23.

Neste sentido, volta-se o olhar para o que deve ser melhorado para que a

empresa repasse total confiança e agrado aos seus. É interessante lembrar que o

mercado encontra-se altamente competitivo e aquecido, que se depara com muita

competitividade por parte dos demais ramos de atuação.

Este é, portanto, um fator a ser analisado com mais cuidado pelos gerentes

da empresa, pois levando em consideração que os funcionários fazem parte da

empresa, é consideravelmente importante que o colaborador se sinta orgulhoso e

satisfeito por fazer parte do quadro de funcionários desta organização.

A seguir, o tema será Condições de Segurança, Físicas e Materiais de

Trabalho.

Tabela 10 – Condições de Segurança, Físicas e Mater iais de Trabalho

Condições de Segurança, Físicas e Materiais de Trabalho

Afirmativas Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar Média

13 59 24 7 0 1 3,54 14 44 39 5 0 3 3,33 15 79 8 2 0 2 3,78 16 56 30 1 1 3 3,48 17 41 42 5 1 2 3,31

Total % 65% 26% 8% 0% 1% 3,49 Fonte: Dados Primários (2012).

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Figura 10 – Condições de

Fonte: Dados Primários (2012).

Diante da tabela 1

Condições de Segurança

importante por tratar das condições enfrentadas diariamente pelo funcionário no

ambiente laboral. Estas condições precisam indicar segurança e confiança para que

o colaborador possa desenvolver suas atividades com condições adequadas e

qualidade naquilo que realiza.

Pode-se observar que

colaboradores aprovam as condições oferecidas pela organização, apresentando

uma média geral 3,49. Neste sentido, podemos entender que

de colaboradores da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. estão satisfeitos

com as condições físicas e equipamentos de segurança

Destaca-se que as afirmativas 15 (os equipamentos de segurança da

empresa são adequados para proteger os funcionários) e 16 (o

trabalho apresenta boas condições) foram as mais expressivas, apresentando

também a média de 3,78, mais alta da dimensão.

No entanto, as afirmativas 14 (Considero meu setor um ambiente organizado)

e 17 (Os veículos atendem as exigências ade

as médias mais baixas da dimensão, 3,33 e 3,31 respectivamente.

caracterizar insatisfação por alguns funcionários quanto

materiais de trabalho.

Neste sentido, é importante que os geren

todas as condições precisam ser

para tornar os colaboradores

A média geral desta dimensão foi de 3,48, sendo a mais alta das dimensões.

26%

8%

Condições de Segurança, Físicas e Materiais de Trabalho

Fonte: Dados Primários (2012).

Diante da tabela 10, pode-se observar os resultados referentes à dimensão

Segurança, Físicas e Materiais de Trabalho.

importante por tratar das condições enfrentadas diariamente pelo funcionário no

ambiente laboral. Estas condições precisam indicar segurança e confiança para que

o colaborador possa desenvolver suas atividades com condições adequadas e

lidade naquilo que realiza.

se observar que, em geral, na média das afirmativas,

colaboradores aprovam as condições oferecidas pela organização, apresentando

uma média geral 3,49. Neste sentido, podemos entender que um número expressivo

aboradores da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. estão satisfeitos

as condições físicas e equipamentos de segurança.

se que as afirmativas 15 (os equipamentos de segurança da

empresa são adequados para proteger os funcionários) e 16 (o

apresenta boas condições) foram as mais expressivas, apresentando

também a média de 3,78, mais alta da dimensão.

as afirmativas 14 (Considero meu setor um ambiente organizado)

e 17 (Os veículos atendem as exigências adequadas para as atividades), obtiveram

as médias mais baixas da dimensão, 3,33 e 3,31 respectivamente.

insatisfação por alguns funcionários quanto aos

, é importante que os gerentes fiquem atentos a este fator, pois

precisam ser vistas como fatores importantes e

para tornar os colaboradores mais dispostos para a realização de suas tarefas.

A média geral desta dimensão foi de 3,48, sendo a mais alta das dimensões.

65%

8% 1%

62

Físicas e Materiais de Trabalho

os resultados referentes à dimensão

Materiais de Trabalho. Esta dimensão é

importante por tratar das condições enfrentadas diariamente pelo funcionário no

ambiente laboral. Estas condições precisam indicar segurança e confiança para que

o colaborador possa desenvolver suas atividades com condições adequadas e

, em geral, na média das afirmativas, 65% dos

colaboradores aprovam as condições oferecidas pela organização, apresentando

um número expressivo

aboradores da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. estão satisfeitos

se que as afirmativas 15 (os equipamentos de segurança da

empresa são adequados para proteger os funcionários) e 16 (o ambiente em que

apresenta boas condições) foram as mais expressivas, apresentando

as afirmativas 14 (Considero meu setor um ambiente organizado)

quadas para as atividades), obtiveram

as médias mais baixas da dimensão, 3,33 e 3,31 respectivamente. Isto pode

quesitos condições

tos a este fator, pois

importantes e necessários,

mais dispostos para a realização de suas tarefas.

A média geral desta dimensão foi de 3,48, sendo a mais alta das dimensões.

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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Desta forma, considera

afirmativas desta categoria não apresentaram variações muito expressivas

mantendo-se em um mesmo patamar.

A seguir, trataremos da dimensão Comunicação.

Tabela 11 - Comunicação

Afirmativas Sempre

18 29 19 60 20 54 21 33 22 54

Total % 32% Fonte: Dados Primários (2012). Figura 11 - Comunicação

Fonte: Dados Primários (2012).

De acordo com a tabela

média geral obtida da dimensão Comunicação foi de 3,15.

em uma empresa é importante para que se saiba como os funcionários se

comunicam. Além disso, é fundamental também destacar sobre as informações que

precisam ser repassadas para que os funcionários s

integrados a ela.

Percebe-se que na média das afirmativas, 79

maneira pela qual a empresa comunica suas informações e atividades.

12%

6%

Desta forma, considera-se um número alto, e destaca-se q

afirmativas desta categoria não apresentaram variações muito expressivas

se em um mesmo patamar.

A seguir, trataremos da dimensão Comunicação.

Comunicação

Comunicação

Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar

43 11 5 3 24 4 1 2 23 5 5 4 32 7 11 8 19 4 6 8

47% 12% 6% 3%Fonte: Dados Primários (2012).

Comunicação

Fonte: Dados Primários (2012).

De acordo com a tabela 11, foi analisado o quesito Comunicação. Nesta, a

dimensão Comunicação foi de 3,15. Verificar a comunicação

em uma empresa é importante para que se saiba como os funcionários se

comunicam. Além disso, é fundamental também destacar sobre as informações que

precisam ser repassadas para que os funcionários se sintam parte da organização e

se que na média das afirmativas, 79% dos colaboradores aprovam

a empresa comunica suas informações e atividades.

32%

47%

3%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

63

se que as médias das

afirmativas desta categoria não apresentaram variações muito expressivas,

Prefiro não Opinar Média

2,99 3,53 3,30 2,78 3,15

3% 3,15

foi analisado o quesito Comunicação. Nesta, a

Verificar a comunicação

em uma empresa é importante para que se saiba como os funcionários se

comunicam. Além disso, é fundamental também destacar sobre as informações que

e sintam parte da organização e

% dos colaboradores aprovam a

a empresa comunica suas informações e atividades.

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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64

As afirmativas 19 (Sinto-me bem treinado para realizar minhas atividades) e

20 (Tenho conhecimento dos programas sociais – alcoolismo, álcool, etc. – da

empresa) expressam bem esta aceitação. Isto significa que a empresa gera, na

maioria dos funcionários, um sentimento de que são direcionados e sabem os

procedimentos que devem realizar.

No entanto, 12% sentem que a comunicação no ambiente laboral ocorre de

maneira rara. Isto pode ser verificado na afirmativa 18 (A empresa deixa os

colaboradores informados sobre as decisões tomadas). Esta afirmativa apresentou a

média de 2,99, considerada baixa. Neste sentido, a empresa deve tomar o cuidado

de manter informados todos os setores, para que determinados grupos de trabalho

não se sintam por fora do dia a dia da organização.

Isto é bastante importante, principalmente devido ao fato de a empresa

possuir grupos internos e externos de colaboradores. Estas questões podem estar

relacionadas às afirmativas 21 (recebo feedback pelo trabalho realizo) e 22 (conheço

a missão, visão e valores da empresa), que tiveram as médias mais baixas nessa

dimensão.

A seguir, a dimensão abordada será Trabalho Realizado pelo Colaborador.

Tabela 12 - Trabalho Realizado

Trabalho Realizado

Afirmativas Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar Média

23 27 36 12 6 10 2,70 24 67 15 6 0 3 3,57 25 73 13 4 0 1 3,73 26 49 24 7 7 4 3,18 27 36 28 11 9 7 2,85 28 57 24 7 2 1 3,47 29 28 34 17 6 6 2,79 30 44 26 10 4 7 3,05

Total % 66% 26% 6% 2% 0% 3,17 Fonte: Dados Primários (2012).

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Figura 12 - Trabalho Realizado

Fonte: Dados Primários (2012).

Na tabela 12, foram mensurados os resultados

Realizado pelo Colaborador. Nesta dimensão,

colaborador tem de seu trabalho, podendo mostrar ainda se ele está ou não

satisfeito com o que realiza. Ela pode traduzir, ainda, se o trabalhador se sente

preparado para suas funções, além de se sentir realizado com as tarefas ou não.

As afirmativas 24 (considero importante o meu papel dentro da empresa), 25

(busco conhecer melhor minhas atividades

28 (sinto que realizo um bom trabalho para atender as necessidades do cliente)

ocupam os resultados mais expressivos, denotando a importância de o colaborador

sentir que faz bem e conhece suas atividades. Na média das a

exemplo, obtiveram 66% da satisfação. Ou seja, quando a percepção é de si

mesmo, costuma-se ter um resultado mais favorável.

As médias mais baixas desta dimensão foram de 2,70 e 2,79,

respectivamente nas questões 23 (Meu chefe reconhece mi

profissional) e 29 (Os colaboradores cooperam uns com os outros

sobrecarregados). Estas questões representam perguntas bastante diretivas, que

obtiveram um respaldo considerável e por isso merecem serem melhor avaliadas

pela organização.

A média geral desta dimensão foi de 3,17. Quanto às médias específicas de

cada afirmativa apresentaram certa variação.

26%

6%

Realizado

Primários (2012).

12, foram mensurados os resultados da dimensão Trabalho

elo Colaborador. Nesta dimensão, pode-se medir a visão que o

colaborador tem de seu trabalho, podendo mostrar ainda se ele está ou não

realiza. Ela pode traduzir, ainda, se o trabalhador se sente

preparado para suas funções, além de se sentir realizado com as tarefas ou não.

As afirmativas 24 (considero importante o meu papel dentro da empresa), 25

(busco conhecer melhor minhas atividades para desempenhar um bom trabalho) e

28 (sinto que realizo um bom trabalho para atender as necessidades do cliente)

ocupam os resultados mais expressivos, denotando a importância de o colaborador

sentir que faz bem e conhece suas atividades. Na média das a

exemplo, obtiveram 66% da satisfação. Ou seja, quando a percepção é de si

se ter um resultado mais favorável.

As médias mais baixas desta dimensão foram de 2,70 e 2,79,

respectivamente nas questões 23 (Meu chefe reconhece mi

profissional) e 29 (Os colaboradores cooperam uns com os outros

sobrecarregados). Estas questões representam perguntas bastante diretivas, que

obtiveram um respaldo considerável e por isso merecem serem melhor avaliadas

A média geral desta dimensão foi de 3,17. Quanto às médias específicas de

cada afirmativa apresentaram certa variação.

66%

2%

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Prefiro não opinar

65

da dimensão Trabalho

se medir a visão que o

colaborador tem de seu trabalho, podendo mostrar ainda se ele está ou não

realiza. Ela pode traduzir, ainda, se o trabalhador se sente

preparado para suas funções, além de se sentir realizado com as tarefas ou não.

As afirmativas 24 (considero importante o meu papel dentro da empresa), 25

para desempenhar um bom trabalho) e

28 (sinto que realizo um bom trabalho para atender as necessidades do cliente)

ocupam os resultados mais expressivos, denotando a importância de o colaborador

sentir que faz bem e conhece suas atividades. Na média das afirmativas, por

exemplo, obtiveram 66% da satisfação. Ou seja, quando a percepção é de si

As médias mais baixas desta dimensão foram de 2,70 e 2,79,

respectivamente nas questões 23 (Meu chefe reconhece minha competência

profissional) e 29 (Os colaboradores cooperam uns com os outros quando estão

sobrecarregados). Estas questões representam perguntas bastante diretivas, que

obtiveram um respaldo considerável e por isso merecem serem melhor avaliadas

A média geral desta dimensão foi de 3,17. Quanto às médias específicas de

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Prefiro não opinar

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Isto pode significar questões bastante pessoais ou o que cada um sente

quando está realizando seu trabalho, como aborda as afirmativas 26 (considero

adequada a quantidade de trabalho que faço), 27 (participo com minha opinião para

a melhoria da organização

no atendimento, segurança e bem

A seguir, a dimensão abordada será Liderança/Supervisão.

Tabela 13 - Supervisão/Liderança

Afirmativas Sempre

31 36 32 34 33 50 34 37

Total % 39% Fonte: Dados Primários (2012). Figura 13 - Supervisão/Liderança

Fonte: Dados Primários (2012).

Apresenta-se, na tabela 13, os resultados da dimensão Supervisão/Liderança.

O exercício da liderança tem sido foco de pesquisas do ser humano ao longo da sua

história. Afinal, o líder diferencia

tarefa ou atividade de uma organização que comanda seu grupo de pessoas, tendo

autoridade e, ao mesmo tempo, parceria (ZANELLI, 2003).

10%1%

Isto pode significar questões bastante pessoais ou o que cada um sente

quando está realizando seu trabalho, como aborda as afirmativas 26 (considero

adequada a quantidade de trabalho que faço), 27 (participo com minha opinião para

a melhoria da organização) e 30 (sou pró-ativo, contribuo com ideias para melhoria

no atendimento, segurança e bem-estar de todos os colaboradores).

A seguir, a dimensão abordada será Liderança/Supervisão.

Supervisão/Liderança

Supervisão/Liderança

Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar

39 9 1 6 38 9 2 8 27 7 0 7 38 8 1 7

43% 10% 1% 7%Fonte: Dados Primários (2012).

Supervisão/Liderança

Primários (2012).

se, na tabela 13, os resultados da dimensão Supervisão/Liderança.

O exercício da liderança tem sido foco de pesquisas do ser humano ao longo da sua

história. Afinal, o líder diferencia-se do chefe, que é a pessoa encarregada

tarefa ou atividade de uma organização que comanda seu grupo de pessoas, tendo

autoridade e, ao mesmo tempo, parceria (ZANELLI, 2003).

39%

43%

7%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

66

Isto pode significar questões bastante pessoais ou o que cada um sente

quando está realizando seu trabalho, como aborda as afirmativas 26 (considero

adequada a quantidade de trabalho que faço), 27 (participo com minha opinião para

ativo, contribuo com ideias para melhoria

estar de todos os colaboradores).

A seguir, a dimensão abordada será Liderança/Supervisão.

Prefiro não Opinar Média

3,08 2,97 3,24 3,07

7% 3,09

se, na tabela 13, os resultados da dimensão Supervisão/Liderança.

O exercício da liderança tem sido foco de pesquisas do ser humano ao longo da sua

, que é a pessoa encarregada por uma

tarefa ou atividade de uma organização que comanda seu grupo de pessoas, tendo

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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67

Neste sentido, observou-se na pesquisa realizada, uma média geral de 3,09

nesta dimensão, o que pode demonstrar que a empresa precisa ficar cada vez mais

atenta à forma como está sendo liderada.

A melhor avaliação foi na afirmativa 33 (tomo iniciativa quando ocorre algum

imprevisto em meu trabalho), por exemplo, que mostra que na maioria dos casos, os

funcionários tomam iniciativas diante de imprevistos.

Neste caso, as afirmativas 31 (meu chefe resolve de forma adequada os

conflitos existentes na empresa), 32 (meu chefe sabe lidar com situações difíceis,

tomando decisões adequadas) e 34 (meu chefe imediato administra adequadamente

os conflitos surgidos no setor) remete diretamente às chefias e apresentaram médias

baixas, relacionadas às lideranças.

Desta forma, é importante para que isso não ocorra, a empresa deve ter

sempre um espaço para a escuta de seus funcionários, ressaltando a importância

das suas opiniões, que por muitas vezes, tornam-se soluções simples para que se

possa resolver determinados problemas.

Maximiano (2000) enfatiza que o comportamento do gerente pode criar a

sensação de cordialidade e interesse, de hostilidade ou de indiferença, tornando o

clima mais ou menos favorável. Diante disto, quanto mais agradável for o clima

criado pelo gerente, melhor é a impressão por parte do colaborador, que poderá

confiar e se manter mais aberto à comunicação.

A seguir, a dimensão abordada será Estrutura/Imagem da Empresa.

Tabela 14 - Estrutura / Imagem da Empresa

Estrutura/Imagem da Empresa

Afirmativas Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Prefiro não

Opinar Média

35 61 26 3 0 1 3,60 36 30 33 15 4 9 2,76 37 43 36 2 1 9 3,13

Total % 67% 29% 3% 0% 1% 3,16 Fonte: Dados Primários (2012).

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Figura 14 - Estrutura / Imagem da Empresa

Fonte: Dados Primários (2012).

Na tabela 14, foram mensurados os resultados

Estrutura/Imagem da E

verificar de que forma os colaboradores se sentem em relação ao ambiente físico da

organização. Além disso, traduz as condições gerais para o trabalho cotidiano,

ressaltando a imagem que a empresa

Nesta dimensão, o nível de concordância

empresa repassa, na média das questões,

concordaram que a estrutura e imagem da organização estão em condições

satisfatórias. A afirmativa

demonstrou este respaldo, sendo

Percebe-se que a afirmativa 36 (Sinto que meu trabalho é valorizado pela

empresa) apresentou a média de 2,76. Isto é um ponto a se repensar, afinal, toda

imagem que a empresa

profissional e, consequentemente

importância, pois um profissional

podendo superar seus resultado

4.2.3 Considerações sobre as dimensões avaliadas

A tabela apresentada neste subtópico

nos permite uma análise precisa sobre as dimensões avaliadas.

29%

3%

Estrutura / Imagem da Empresa

Fonte: Dados Primários (2012).

4, foram mensurados os resultados

Imagem da Empresa. Esta temática é importante para que se possa

verificar de que forma os colaboradores se sentem em relação ao ambiente físico da

organização. Além disso, traduz as condições gerais para o trabalho cotidiano,

ressaltando a imagem que a empresa transmite.

sta dimensão, o nível de concordância em relação à imagem que a

na média das questões, foi de 67%, onde os funcionários

concordaram que a estrutura e imagem da organização estão em condições

A afirmativa 35 (considero a empresa um bom lugar para trabalhar)

paldo, sendo a média geral obtida de 3,16.

que a afirmativa 36 (Sinto que meu trabalho é valorizado pela

empresa) apresentou a média de 2,76. Isto é um ponto a se repensar, afinal, toda

passa enquanto estrutura, acaba gerando

consequentemente, para ela própria. Este quesito é de extrema

profissional satisfeito com seu trabalho terá mais motivação,

resultados na execução das tarefas, de forma mais

4.2.3 Considerações sobre as dimensões avaliadas

apresentada neste subtópico é uma importante representação que

uma análise precisa sobre as dimensões avaliadas.

67%

3% 1%

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

68

4, foram mensurados os resultados da dimensão

Esta temática é importante para que se possa

verificar de que forma os colaboradores se sentem em relação ao ambiente físico da

organização. Além disso, traduz as condições gerais para o trabalho cotidiano,

em relação à imagem que a

onde os funcionários

concordaram que a estrutura e imagem da organização estão em condições

um bom lugar para trabalhar)

que a afirmativa 36 (Sinto que meu trabalho é valorizado pela

empresa) apresentou a média de 2,76. Isto é um ponto a se repensar, afinal, toda a

enquanto estrutura, acaba gerando um retorno para o

ela própria. Este quesito é de extrema

terá mais motivação,

, de forma mais produtiva.

é uma importante representação que

Sempre

Quase Sempre

Raramente

Nunca

Prefiro Não Opinar

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69

A seguir, será apresentada a tabela que reúne a média de todas as

dimensões, abrangendo a totalidade da pesquisa em estudo.

Tabela 15 - Média das Questões com suas Respectivas Médias das Dimensões

Dimensões

Questões

Média

1. Salário/Beneficio 2,47 2,41 1,64 2,32 - - - - 2,16

2. Relacionamento Interpessoal 3,16 3,49 3,45 2,52 - - - - 3,15

3. Perspectiva de Crescimento

Profissional

2,23 2,79 3,45 3,13 - - - - 2,90

4. Condições de Segurança,

Físicas e Materiais de Trabalho

3,54 3,33 3,78 3,48 3,31 - - - 3,48

5. Comunicação 2,99 3,53 3,30 2,78 3,15 - - - 3,15

6. Trabalho Realizado pelo

Colaborador

2,70 3,57 3,73 3,18 2,85 3,47 2,79 3,05 3,17

7. Supervisão/Liderança 3,08 2,97 3,24 3,07 - - - - 3,09

8. Estrutura / Imagem da

Empresa

3,60 2,76 3,16 - - - - - 3,16

Fonte: Dados primários (2012).

As médias obtidas apresentaram variação, sendo a mais baixa a média de

2,21 e a mais alta a média de 3,47.

Desse modo, as três dimensões melhor avaliadas pelos colaboradores

respondentes foram: Condições de Segurança, Físicas e Materiais de Trabalho

(3,47), seguidas de Estrutura/Imagem da Empresa (3,16) e Trabalho Realizado pelo

Colaborador (3,17). Estas dimensões obtiveram as melhores médias da pesquisa,

demonstrando também um alto nível de satisfação entre os funcionários.

Porém, outras categorias não obtiveram muito sucesso e alcançaram o

patamar das três dimensões que merecem atenção, já que tiveram médias mais

baixas: Salário/Benefício (2,16), Perspectiva de Crescimento Profissional (2,90) e

Supervisão/Liderança (3,09).

Estes são importantes quesitos a serem considerados, pois colaboradores

desmotivados com salário, carreira e liderança são índices alarmantes para a

organização.

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70

Este percentual deve servir de estímulo para melhorias e reflexões acerca da

urgência de se adotar medidas que melhoram tais indicadores. Cabe à empresa

fazer investimentos em prol de seus colaboradores, incentivando-os a crescerem,

além de respeitar seus direitos e buscar propiciar um clima organizacional mais

favorável.

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71

5 PLANO DE AÇÃO COM PROPOSTAS À ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

Este capítulo apresenta sugestões e propostas que o acadêmico estruturou

para a referida organização. Tais sugestões foram baseadas na análise dos

resultados da presente pesquisa de clima da empresa Quantum Engenharia Elétrica

Ltda., e tem por objetivo fazer com que esta organização considere as ações de

melhorias ora sugeridas.

Neste sentido, o acadêmico sugere que a administração dê espaço para seu

colaborador conhecer melhor a proposta da empresa para com seus funcionários,

bem como a retirada de dúvidas eventuais, tais como: descontos ou hora extra, por

exemplo. Isto é importante, pois muitos colaboradores possuem dúvidas em como

acontecem os descontos salariais, plano de saúde e outros benefícios. Disponibilizar

um espaço para estas dúvidas significa propiciar maiores esclarecimentos e

segurança ao colaborador que entenderá melhor como funciona sua folha de

pagamento. Além disso, se a empresa apresenta segurança no que realiza, seu

funcionário poderá se sentir mais confiante na realização de suas tarefas,

acreditando realmente no que faz.

A organização pode habilitar o setor de Recursos Humanos a se aproximar

mais dos colaboradores, colocando-se à disposição para esclarecer o que possa

gerar dúvidas. Outra sugestão importante é que a organização faça uma pesquisa

salarial de mercado, para comparar as remunerações e adequar às necessidades ao

cenário atual. Esta preocupação vem se tornando essencial para as empresas que

precisam pensar no investimento do seu colaborador, valorizando seu serviço e se

equiparando aos salários de mercado.

Com relação ao fator Relacionamento Interpessoal, obteve-se grande

aceitação do clima por parte dos colaboradores. A maioria dos respondentes

considera positivo este quesito. Desta forma, o acadêmico reforça a importância de a

empresa continue desempenhando seu papel atual, de promover palestras

semanais e integração entre os colaboradores, no intuito de aproximar cada vez

mais os diferentes setores.

No que se refere ao fator Perspectiva de Crescimento Profissional, os

colaboradores se expressaram na pesquisa de maneira bastante discordante. A

maioria deles concordou que existe a possibilidade de construir uma carreira

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promissora e se sente satisfeita com as oportunidades atuais. Porém, um número

bastante expressivo demonstrou que os funcionários da empresa não conhecem as

oportunidades existentes.

Este foi um sinal importante dado à organização e o acadêmico sugere que a

mesma realize um levantamento com os colaboradores, questionando-os do que

eles sentem mais falta no ambiente laboral, como treinamentos, por exemplo. Esta

ideia é interessante, pois contribuiria para o crescimento dos colaboradores sem

trazer gastos para a empresa, pois parcerias com instituições podem ser feitas.

Já no fator Condições de Segurança, Físicas e Materiais de Trabalho, o

acadêmico traz como sugestão a atenção diária para as condições do ambiente

laboral. É interessante ainda, que os colaboradores tenham sempre uma caixinha de

sugestões onde possam opinar sobre o que está faltando ou o que não está

agradando no local.

Com relação ao fator Comunicação, percebeu-se que grande parte dos

colaboradores foram favoráveis à forma pela qual a empresa comunica suas

informações. Em contrapartida, um número expressivo de 12% acredita que

raramente ocorre esta comunicação. Neste sentido, o acadêmico sugere que a

empresa tome o cuidado e providencie medidas que revertam este quadro. Uma

maneira a ser considerada é manter todos os colaboradores informados por meio de

e-mails, painéis, mural, para evitar que grupos de trabalho não se sintam por fora

dos assuntos da organização.

Com relação ao fator Trabalho Realizado pelo Colaborador, apresentou uma

das maiores médias (3,17) e percebeu-se que a organização reconhece a forma do

colaborador realizar suas tarefas, deixando-o mais à vontade em seu ambiente

laboral. O acadêmico sugere e enfatiza que a empresa continue apresentando bom

comportamento e legitimidade diante de seus concorrentes, clientes e funcionários.

Desta forma, o perfil atual será mantido e reforçado cada vez mais, refletindo a

positividade que os funcionários têm perante a empresa.

Em relação ao fator Liderança, recebeu um número de funcionários que não

estão muito de acordo com a forma que a empresa é liderada atualmente. Esta

dimensão recebeu uma das médias mais baixas (3,09) e demonstrou que a empresa

precisa ficar cada vez mais atenta à forma como está sendo liderada. O acadêmico

sugere que os diretores proponham mais diálogos com os colaboradores, através de

reuniões, café com o presidente ou até com conversas durante o expediente. Desta

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forma, uma sintonia pode ser construída, gerando um clima de segurança e

confiança para seus colaboradores.

Quanto à Estrutura/Imagem da Empresa, um número considerável de

colaboradores demonstrou satisfação condizente para esta dimensão.

A seguir, será apresentada a proposta do plano de ação realizado pelo

acadêmico, que visa melhorias e novas ideias para a referida organização.

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P D P 1 - PLANO DE AÇÃO PROPOSTA/PROJETO:

Melhorias dos índices relativos aos fatores de Cli ma Organizacional da empresa Quantum Engenharia Elé trica Ltda. INDICA-

DOR

MEDIDA (o que) Quando Onde Quem Razão, Porque, P/ quem Como (procedimento) Quanto

Posição Jun. /13

1

Espaço para o colaborador tirar dúvidas sobre questões salariais, benefícios, hora extra, descontos, etc.

A definir

Empresa

Setor de RH

Pois os funcionários muitas vezes possuem dúvidas referentes a salários, sobre o que é descontado.

Disponibilizar o setor de RH para retirar as possíveis dúvidas.

Sem Custo Extras

2

Organização de palestras, integração entre os colaboradores.

A definir

Empresa

Setor de RH

Para que os colaboradores se motivem a continuar desenvolvendo suas atividades, se sentindo mais valorizados.

Através de pesquisa para definição dos temas, parcerias com instituições de ensino.

A definir

3

E-mail para comunicação interna, folhetos explicativos, painéis.

A definir

Empresa

Informática

Para divulgar as informações referentes à empresa, deixando o colaborador a par do que ocorre. Além disso, é uma forma de estreitar e melhorar a comunicação.

O RH pode providenciar um modelo de e-mail interno e criar materiais explicativos.

A definir

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4

Café com o presidente, conversa com os colaboradores.

A definir

Empresa

Direção

Estabelecer um contato direto com o presidente e tornar a liderança mais participativa. Serve de motivação, pois os funcionários sentem-se valorizados por ser ouvido pelo chefe.

O café pode ser organizado uma vez por mês, sendo convidados um número x de colaboradores. Eles conversam de forma descontraída e menos informal.

A definir

5

Fazer um levantamento das necessidades de treinamento junto aos colaboradores para identificar o que precisam.

A definir

Empresa

Direção

Estes treinamentos podem trazer aos funcionários maior nível de capacitação, além de estimulá-los aprimorar constantemente suas aptidões.

O RH entra em contato com empresas especializadas para fazer orçamentos e realizar o serviço.

A definir

6

Realizar uma pesquisa salarial.

Agosto/2014

Empresa

Direção

Esta pesquisa pode ajudar a empresa a se manter dentro dos parâmetros salariais de mercado.

O RH organiza o contato com demais empresas para verificar os salários.

A definir

7

Pesquisa de clima organizacional anual.

Abril /2014

Empresa

Direção

Este procedimento contribui para a melhoria do cotidiano da empresa, visando conhecer os possíveis incômodos que geram conflitos no ambiente laboral.

O RH organiza um questionário e disponibiliza um tempo para os funcionários responderem, podendo receber opiniões.

A definir

A SER FEITO ↓

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa possibilitou observar questões importantes referentes ao

clima organizacional da empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. O objetivo

principal deste trabalho foi elaborar uma pesquisa de clima com o intuito de verificar

de que forma os colaboradores se sentem em seu dia a dia laboral, o que foi

contemplado ao longo do Estágio II e III. Desta forma, foi possível perceber nesta

pesquisa que os colaboradores opinaram de maneira sincera em relação às

questões propostas, somando uma importante fonte de reflexão para os gestores da

organização.

Além disso, de acordo com os objetivos específicos, foi possível identificar o

perfil dos colaboradores e perceber sua relação com o clima atual da empresa.

Neste sentido, este trabalho também contemplou a confecção de um plano de ação,

elaborado a partir dos resultados da pesquisa, que pode agregar melhorias e ideias

para que um novo clima organizacional seja percebido e vivido na organização,

gerando novos estímulos e cada vez mais motivação.

Luz (2003) reforça que este movimento, voltado principalmente em favor da

motivação dos funcionários, faz com que as empresas abram espaço para os

olhares de seu público interno, os colaboradores. Desta forma, a possibilidade de

aprimoramento e melhoria contínua passa a ser vista como primordial.

E o mesmo autor (1995) reforça que o clima organizacional consiste na

percepção em geral que os colaboradores têm em relação ao ambiente em que

trabalham. Ele acredita que mesmo que todos os colaboradores não expressem a

mesma opinião, o clima organizacional traduz o comportamento da organização, o

qual reflete seus atributos, valores e atitudes.

O autor (1995) destaca também que entre os objetivos do setor de Recursos

Humanos deve estar o fator clima organizacional, que definirá o alcance da

satisfação e a motivação dos colaboradores.

Considerando todos estes aspectos, o presente estudo foi o primeiro a ser

realizado na empresa Quantum Engenharia Elétrica Ltda. o que contribuiu de forma

bastante produtiva para esta realização. Os supervisores e líderes foram parceiros e

atenciosos, inclusive os chefes superiores, que se colocaram à disposição para

eventuais dúvidas.

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Os colaboradores que participaram da pesquisa foram imprescindíveis e se

mostraram dispostos a cooperar com a realização da mesma. Ficou claro para toda

a empresa a importância deste estudo, bem como o diagnóstico evidenciado por ele.

Os resultados obtidos foram bem importantes e mostraram que muitos

colaboradores estão satisfeitos com o clima atual da empresa, mas com um

percentual expressivo dos que pensam o contrário, inclusive com a forma que ela

vem sendo liderada. Neste sentido, é importante deixar claro que espaços para

melhorias são sempre necessários, em virtude de algumas variáveis que se mostram

um pouco desfavoráveis.

Cabe ressaltar que é importante as organizações se manterem sempre

atentas e disponíveis às novas mudanças e conhecimentos, pois o mercado de

trabalho muda de forma muito repentina, o que pode, em alguns casos, prejudicar a

harmonia do ambiente de trabalho e provocar possíveis desavenças e tensões. É

necessário que a empresa procure identificar o que afeta seu clima organizacional, a

fim de evitar acúmulos desagradáveis e não favoráveis para o bom desempenho do

trabalho.

Por isso, considera-se que a pesquisa realizada foi considerada bem

sucedida, cabendo agora aos gestores tomar as medidas necessárias para melhoria

do clima organizacional.

Como sugestão, o acadêmico propõe a continuação de aplicação de uma

pesquisa de clima organizacional anual e que estas informações obtidas sejam

vistas como importantes e necessárias. Fica como sugestão também incluir mais a

participação dos colaboradores no cotidiano da empresa, onde possam se sentir

realmente integrados e ligados à organização.

Quanto aos resultados obtidos, três dimensões foram mais bem avaliadas

pelos colaboradores, sendo: Condições de Segurança, Físicas e Materiais de

Trabalho (3,47), seguidas de Estrutura/Imagem da Empresa (3,16) e Trabalho

Realizado pelo Colaborador (3,17). Estas apresentaram as médias mais altas,

demonstrando alto nível de satisfação.

No entanto, outras categorias não revelaram muito sucesso e atingiram os

níveis mais baixos e que merecem atenção; são elas: Salário/Benefício (2,16),

Perspectiva de Crescimento Profissional (2,90) e Supervisão/Liderança (3,09).

Estes quesitos são importantes, pois demonstram colaboradores

desmotivados, representando índices de alerta para a organização.

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Este percentual deve servir de estímulo para melhorias e reflexões acerca da

urgência de se adotar medidas que melhoram tais indicadores.

Finalmente, destaca-se que todo o trabalho realizado e todo o tempo

despendido foram bastante significativos para a formação do acadêmico.

Esta pesquisa possibilitou novas experiências no campo profissional e

também pessoal, o que ampliou os conhecimentos teóricos e práticos dos conceitos

aprendidos no âmbito da Universidade, permitindo uma formação mais completa ao

se verificar a aplicação de tais conceitos a partir de uma intervenção na empresa.

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APÊNDICE

Questionário de percepção dos colaboradores sobre o clima organizacional

Prezado (a) colaborador (a): Este questionário está sendo disponibilizado a todos os demais colegas de trabalho da matriz da empresa em Florianópolis, pois através deste, tem-se o objetivo de elaborar um diagnostico sobre o ambiente interno, ou seja, uma pesquisa de clima organizacional da empresa. O presente estudo faz parte de um trabalho acadêmico de estágio no Curso de Administração da UNIVALI. Contando com sua colaboração e sinceridade, poderemos obter respostas que expressem os sentimentos de todos os membros da organização, bem como sobre o seu ambiente de trabalho. Ressaltamos que sua colaboração é indispensável para o sucesso de nosso trabalho e antecipadamente agradecemos sua disponibilidade em atender nossa solicitação. Jeferson Luiz Morfim Instruções de Preenchimento • Não é necessário colocar seu nome no formulário • Seja sincero ao responder as questões • Assinale com X a resposta escolhida Perfil do Colaborador

1 – Sexo

( ) masculino ( ) feminino

2 – Qual sua idade?

( ) de 16 a 25 anos

( ) de 26 a 35 anos

( ) de 36 a 45 anos

( ) de 46 a 55 anos

( ) acima de 55 anos

3 – Estado civil

( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a)

( ) Viúvo(a) ( ) Separado(a)

( ) Amasiado(a)

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4 –Escolaridade?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Superior incompleto

( ) Superior completo

( ) Pós-graduação

( ) Doutorado

5 – Você trabalha há quanto tempo na empresa?

( ) menos de 1 ano

( ) 1 a 3 anos

( ) 3 a 6 anos

( ) mais que 6 anos

6 - No quadro abaixo você poderá assinalar a melhor opção que descreve o clima

organizacional de sua empresa. Na sua opinião, como você sente o clima em seu

ambiente de trabalho?

( ) Ruim

( ) Satisfatório

( ) Bom

( ) Ótimo

( ) Excelente

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