UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - … · À Professora Dra Lícia Mouta (UFCG/PB), pela...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E
ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE III
Fabiano Pereira Cavalcante
ORIENTADOR: Profº. Ivaldo Dário da Silva Pontes Filho, D.Sc.
CO-ORIENTADOR: Profº. José Afonso Gonçalves de Macêdo, D. Sc.
Recife, PE – BrasilNovembro de 2005
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA
RODOVIA BR-230/PB LOTE III
Fabiano Pereira Cavalcante
Tese submetida ao corpo docente do
curso de Pós-Graduação da
Universidade Federal de Pernambuco
como parte dos requisitos necessários à
obtenção do grau de Mestre em
Ciências em Engenharia Civil.
Pernambuco, PE – Brasil
Novembro de 2005
C376a Cavalcante, Fabiano Pereira.Avaliação das características funcionais e estruturais da Rodovia
BR-230 / PB Lote III / Fabiano P. Cavalcante. - Recife: O Autor, 2005.xviii, 547 folhas, il : figs., tabs.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, 2005.
Inclui bibliografia e Anexo.
1. Engenharia Civil. 2.Rodovias - Estruturas. 3.Pavimentação – BR230 - Paraíba. I. Título.
UFPE
624 CDD (22. ed.) BCTG/2008-031
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA
RODOVIA BR-230/PB - LOTE III
Fabiano Pereira Cavalcante
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA CIVIL
Aprovado por:
Profº. Ivaldo Dário da Silva Pontes Filho, D.Sc.(Orientador)
Profº. José Afonso Gonçalves de Macedo , D.Sc.(Co-orientador)
Profª. Laura Maria Goretti da Motta, D.Sc.
Profª. Lícia Mouta da Costa, D.Sc.
Recife, PE – BrasilNovembro de 2005
iii
Deus na sua infinita sabedoria, estava meditando a
respeito de qual forma geométrica daria a terra, e ai
veio a grande idéia! Vou fazê-la redonda. Ou
melhor, esférica, e ainda vou fazê-la girar que é para
os homens que irão morar lá, saberem que ora
poderão estar no topo e ora poderão estar na base.
Por isso, precisamos sempre estar com os pés no
chão mesmo que a cabeça esteja nas estrelas, e
nunca esquecer, que a simplicidade e humildade são
sentimentos que nos aproximam de Deus. (Fabiano
Pereira Cavalcante).
Peço, meu Deus, forças para minhas tarefas,
ousadia para olhar de frente o caminho, alegria que
me ajude a levar a cabo o que almejo e um íntimo
prazer em tudo que veja ou faça. DICK (H.V.)
iv
.
Dedico este trabalho aos meus pais Pedro
Cavalcante (in memorian) e Mª Madalena
Cavalcante (in memorian) pelos
ensinamentos de honestidade,
fraternidade, gratidão e amor.
v
AGRADECIMENTOS
À Deus, luz da minha vida.
À Alexsandra minha esposa pelo incentivo, carinho , compreensão, amizade e
amor durante todo o desenvolvimento deste trabalho. Pela ajuda na digitação,
formatação e muita paciência nos momentos difíceis. Te amo!
Ao Professor Dr. José Afonso Gonçalves de Macedo, meu mestre, pela orientação
deste trabalho, pessoa por quem cultivo grande respeito e admiração, pela
amizade e principalmente pela paciência.
Ao Professor Dr.Ivaldo Dário pela paciência e disponibilidade em todos os
momentos.
À Ilustre Professora Dra Laura Motta (COPPE/UFRJ) por participar desta banca e
ser um exemplo de capacidade e simplicidade para todos nós.
À Professora Dra Lícia Mouta (UFCG/PB), pela participação na banca examinadora.
Ao meu amigo e querido irmão Pedro Pereira, a quem sou eternamente grato, me
ajudou nos momentos mais difíceis da minha vida, me ensinou a ser forte, lutar
pelos nossos sonhos, nunca desistir, seguir em frente e vencer. Caro Pedro,
muito me orgulha em tê-lo como irmão. Obrigado por tudo!
À minha madrinha, cunhada e segunda mãe Rute Oliveira pelos ensinamentos,
carinho, cuidado, incentivo e amor. Muito obrigado!
Aos meus irmãos Antônio, João (Boião), Fátima, Wilma e Lina. Eu amo vocês todos!
vi
Aos meus sobrinhos Brunno, Ricardo, Rodrigo, Juliana, Aline, Cibele, Lívia, Adriana,
Anderson, Mateus, Leandro e Brenno, que nunca desistam dos seus sonhos e
que a felicidade está dentro de cada um de nós.
Aos meus amigos de infância Leonardo e Erasmo, pelos incentivos, vocês são meus
irmãos, valeu!
Ao colaborador e amigo Leônidas pela montagem deste trabalho.
Aos colaboradores da Informática Rodrigo, André, Rafa e Vivi pelas significativas
contribuições.
Ao bolsista da JBR Cacildo Medeiros pela grande contribuição na correção e
formatação do texto, figuras e tabelas.
À Ana Maria, pela ajuda nas cotações dos serviços e sugestões.
As amigas Cristiane e Adriana Pedra pelos incentivos.
À Carmem Mola pelas discussões e sugestões.
Aos engenheiros Marlos, Sizenendo, Wagner, Rogério, Sérgio, Oswaldo, Pedro
Otávio, Aroldo, Marcy, Andressa, Célia e Vicente pelas discussões diária que
muito contribuem para o meu desenvolvimento profissional.
À Dona Laudenice, secretária da Pós-Graduação de Engenharia Civil da UFPE,
pela atenção e colaboração.
Aos engenheiros do DER/PB Armando Ataíde, Kleber e Gentil (in memorian), pelo
apoio, sugestões e discussões.
vi
Ao engenheiro José Salustiano Branco, pelas sugestões e permitir a análise com o
programa ELMOD4.
À Fátima Alves (COACH), pelos ensinamentos e incentivos.
À Diretoria da JBR Engenharia por me permitir fazer este curso e a todos os
colaboradores.
vii
RESUMO
O objetivo principal desta pesquisa é avaliação das características funcionais e estruturais
do lote III da rodovia BR-230/PB. A primeira se caracterizou pelo levantamento das
degradações superficiais e das deformações em perfil, aplicando a técnica da avaliação
objetiva do estado da superfície do pavimento elaborando um inventário das degradações
superficiais e geométricas existentes, seguindo a metodologia proposta pelo Profº
Armando Martins Pereira, normatizada no procedimento DNIT 006/2003-PRO (DNIT,
1994a). Já a segunda, se dividiu em duas partes, uma consistiu na avaliação estrutural
não-destrutiva, onde foram realizados levantamentos deflectométricos com a viga
Benkelman e o Falling Weight Deflectometer. Com o FWD foram obtidas as bacias de
deflexões que possibilitaram por processo de retroanálise através dos programas
RETROANA, EVERCALC5 e ELMOD4, caracterizar o comportamento resiliente “in situ”
das Camadas constituintes do sistema pavimento-subleito. Com o programa ELSYM5
foram calculadas as contribuições percentuais de camada na deflexão total na superfície
do pavimento, podendo assim detectar as camadas críticas da estrutura. Apresenta-se um
estudo comparativo entre os módulos obtidos pelos diferentes programas empregados. A
outra parte, foi realizada através avaliação estrutural destrutiva com base em ensaios
laboratoriais para obtenção dos parâmetros de deformabilidade para a camada de
revestimento em CBUQ, da camada de base constituída de brita graduada simples, da
sub-base de saibro, reforço e do subleito. Os ensaios laboratoriais realizados foram:
resistência à tração por compressão diametral de corpos-de-prova extraídos do
revestimento, ensaios triaxiais de cargas repetidas com os materiais de base, sub-base,
reforço e subleito. Foram analisados os resultados dos ensaios realizados no ano de 2001
com os materiais coletados em jazida, amostra do subleito e corpos-de-prova moldados
em laboratório para as misturas da camada de binder (CBUQ faixa B) e rolamento (CBUQ
faixa C). Realizaram-se, também, pesquisas volumétricas classificatórias. Por fim, foi
realizado estudo especulativo com base nas metodologias DNER PRO-11/94 e DNER
PRO-269/94, a fim de verificar quais espessuras de reforço são exigidas pelos dois
principais métodos de dimensionamento de reforço nacional. Propõe-se estudo
paramétrico a considerando o aspecto de restabelecimento estrutural do pavimento e
apresentando um comparativo de custo por quilômetro da solução proposta.
viii
ABSTRACT
The main goal of this research is it to evaluate the functional and structural characteristics
of the road BR-230/PB, lot III. The former is characterised for both the survey of the
superficial degradation and the deformations of the outline, it was applied the objective
test of the superficial pavement conditions which was conducted an inventory of the
superficial and geomatrical degradations, followed by the methodology proposed by
Professor Armando Martins Pereira, of the DNIT 006/2003-PRO(DNIT, 1994a) procedure.
The latter was divided into two parts, one part consisted on the structural non-damaged
test, conducted by some survey with the Benkelman girder and the Faling Weight
Deflectometer. It was obtained the basin of deflection with the use of FWD that enabled
the back calculation process by the programs:RETROANA, EVERCALC5 e ELMOD4 to
feature the resilient behavior “in situ” of the layers from the subberth pavement system.
With ELSYM5, it was calculated the contribution of percentage of each layer in total
deflection on the surface of the pavement. It enabled to detect the critical layers of the
structure. A comparative study is shown between the modulus obtained by the different
programs used. The second part was conducted by damage structure test with laboratory
basis studies to obtain the deformability pattern for the coating layer in CBUQ, the base
layer was formed of simple calibred crusher, subgrade gravel, reinforcement and
subberth. The laboratory studies performed were: tensile strength diametral compression
of material-testing from the coating, repeated-loading triaxial testing with base materials,
subbase, reinforcement and subberth. It was analysed the results of the studies
performed in 2001 with the materials collected in the natural deposits, sample of the
subberth and material-testing molded in laboratory for the mixtures of the binder
layers(CBUQ area B) and bearing(CBUQ area C). It was also done some research for
classifying the volume. To conclude, it was done a study with basis on the methodologies
DNER PRO-11/94 and DNER PRO-269/94, to verify which thickness of reinforcement are
required by the main methods of reinforcement national dimensions. It is proposed a
parametric stdudy solution due to the aspect of the restoration of the structure pavement
and by presenting a comparative cost per kilometer of the proposed solution.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
1
Sumário
Lista de Figuras.............................................................................................................................. 4
Lista de Tabelas............................................................................................................................ 11
Lista de Simbolos.......................................................................................................................... 16
CAPÍTULO I INTRODUÇÃO....................................................................................................... 21
1.1 – Considerações Gerais ............................................................................................... 21
1.2 – Justificativa ................................................................................................................. 26
1.3 – Objetivo ........................................................................................................................ 26
1.4 – Estrutura do Trabalho ............................................................................................... 27
CAPÍTULO II REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 28
2.1 – Avaliação de Pavimentos flexíveis ......................................................................... 28
2.2 – Avaliação Funcional de Pavimentos Flexíveis ..................................................... 29
2.2.1 – Técnica de Avaliação Subjetiva ....................................................................... 30
2.2.2 – Técnica de Avaliação Objetiva ......................................................................... 37
2.2.3 – Índice de Degradação......................................................................................... 38
2.2.4 – Levantamento dos Defeitos de Superfície ..................................................... 38
2.2.5 – Avaliação de Irregularidades de Pavimentos ................................................ 64
2.2.6 – Avaliação da Aderência ..................................................................................... 71
2.3 – Avaliação Estrutural de Pavimentos Flexíveis ..................................................... 72
2.3.1 – Avaliação Estrutural por Ensaios Destrutivos .............................................. 76
2.3.2 – Avaliação Estrutural por Ensaios Não-Destrutivos...................................... 94
2.3.4 – Falling Weight Deflectometer - FWD: vantagens e limitações.................117
2.3.5 – Ground Penetrating Radar – GPR ...................................................................119
2.3.6 – Comparação e Correlações entre Diferentes Equipamentos de Ensaios NDT ....................................................................................................................................123
2.3.7 – Fatores que Influenciam nos Levantamentos Deflectométricos..............124
2.4 – Avaliação do Tráfego................................................................................................129
2.5 – Métodos de Dimensionamento de Reforço de Pavimentos Flexíveis ............131
CAPÍTULO III RETROANÁLISE EM PAVIMENTAÇÃO E PROGRAMAS COMPUTACIONAIS145
3.1 – Introdução...................................................................................................................145
3.2 – Retroanálise em Pavimentação ..............................................................................148
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
2
3.2.1 – Métodos de Retroanálise ..................................................................................154
3.3.2 – Programas de análise de tensões e deformações ......................................191
CAPÍTULO IV DESCRIÇÃO DA RODOVIA ESTUDADA E METODOLOGIA APLICADA .......199
4.1 – Introdução...................................................................................................................199
4.2 – Características da Região da Rodovia..................................................................199
4.2.1 – Localização..........................................................................................................199
4.2.2 – Geologia ...............................................................................................................201
4.2.3 – Pedologia .............................................................................................................202
4.2.4 – Relevo ...................................................................................................................204
4.2.5 – Clima e Precipitação ..........................................................................................204
4.2.6 – Vegetação ............................................................................................................205
4.3 – Características da Rodovia Estudada...................................................................206
4.3.1 – Localização do Trecho ......................................................................................206
4.3.2 – Características Climáticas e Pluviométricas ................................................209
4.3.3 – Características Geométricas............................................................................209
4.3.4 – Características de Terraplenagem..................................................................213
4.3.5 – Características dos Materiais Empregados na Pavimentação..................213
4.4 – Ensaios Realizados no Trecho Estudado Durante a Presente Pesquisa ......217
4.4.1 – Ensaios de Campo .............................................................................................217
4.5 – Divisão de Segmentos Homogêneos ....................................................................232
4.6 – Retroanálise e Definição dos Parâmetros Representativos.............................235
4.6.1 – Retroanálise ........................................................................................................235
4.6.2 – Definição dos Parâmetros da Bacia Deflectométrica .................................236
4.6.3 – Proposta de Solução para Restauração do Pavimento..............................237
CAPÍTULO V APRESENTAÇÃO E ANLÁLISE DOS RESULTADOS...........................................238
5.1 – Introdução...................................................................................................................238
5.2 – Ensaios de Campo ....................................................................................................238
5.2.1 – Levantamentos Deflectométricos com o Falling Weight Deflectometer.254
5.2.2 – Levantamento Deflectométrico com a Viga Benkelman ............................258
5.2.3 – Comparação entre a viga Benkleman e o FWD............................................262
5.3 – Avaliação Funcional .................................................................................................265
5.3.1 – Levantamento dos Defeitos de Superfície ....................................................265
5.4 – Avaliação Estrutural Não-Destrutiva Através de Retroanálise ........................275
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
3
5.4.1 – Análise pelo Programa RETROANA ...............................................................276
5.4.2 – Análise pelos Programas EVERCAL5 e ELMOD4........................................296
5.4.3 – Análise Comparativa entre os Diferentes Programas Utilizados .............319
5.4.4 – Comparativo entre as Avaliações Estrutural Não-destrutiva e Funcional............................................................................................................................................325
5.5 – Resultados dos Ensaios de Laboratório ..............................................................326
5.5.1 – Ensaios de Caracterização e Resistência .....................................................326
5.5.2 – Ensaio de Resistência à Tração por Compressão Diametral....................329
5.5.3 – Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas .............................................................331
5.6 – Avaliação Estrutural Destrutiva com Base nos Ensaios de Laboratório.......335
5.6.1 – Análise dos Ensaios Realizados com Materiais Coletados doPavimento Existente.......................................................................................................335
5.6.2 – Resultados dos Ensaios Realizados com Materiais Coletados em Jazida
............................................................................................................................................338
5.7 – Resultados da Pesquisa Volumétrica Classificatória ........................................348
5.8 – Métodos de Dimensionamento de Reforço e Estudo Paramétrico .................355
5.8.1 – Dimensionamento da Camada de Reforço ...................................................356
5.8.2 – Estudo Paramétrico ...........................................................................................358
CAPÍTULO VI CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ..........................375
6.1 – Conclusões .................................................................................................................375
6.2 – Sugestões para pesquisas futuras..................................................................................377
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................................379
ANEXOS ....................................................................................................................................391
ANEXO A DNIT 006/2003 – PRO e IGG................................................................................392
ANEXO B DNER PRO-273/1994............................................................................................451
ANEXO C DNER ME-024/1994 .............................................................................................466
ANEXOS D Resultados dos ensaios dos furos 1 (estaca 4153-FD) e 4 (5381+15-FE) ..............483
ANEXOS E Pesquisa Volumétrica Classificatória....................................................................491
ANEXO F Resultados dos Ensaios de Laboratório Realizado no ano de 2001..........................496
ANEXO G Custo Por Quilômetro das Soluções Estudadas.......................................................522
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
4
Lista de Figuras
Figura 1.1 – Condições de superfície de parte das rodovias sob gestão estatal analisadas (CNT,
2005)........................................................................................................................ 24
Figura 2.1 - Conceito de Serventia – Desempenho (FERNANDES, 1994). ................................... 31
Figura 2.2 - Treliça para a medição das flechas nas trilhas de roda (DNIT, 2003b)........................ 51
Figura 2.3 – Identificação dos segmentos homogêneos, tipos de trincas e modo de medição (DNIT,
2003c) ...................................................................................................................... 58
Figura 2.4 – Ilustração dos perfis transversal e longitudinal do pavimento
(fonte:www.cibermetrica.com.br)............................................................................. 67
Figura 2.5 – Esquema do simulador de quarto de carro (DNER, 1998).......................................... 69
Figura 2.6: Esquema de diferentes bacias deflectométricas para uma mesma deflexão máxima. .... 74
Figura 2.7: Ilustração da hipótese adotada pelo DNIT (SALINI, 1999). ........................................ 74
Figura 2.8 – ilustração do equipamento triaxial dinâmico de compressão axial (DNER, 1994e) .... 78
Figura 2.9 – Esquema ilustrativo da determinação do módulo de resiliência em laboratório
(WSDOT, 1995a). .................................................................................................... 79
Figura 2.10 – Foto do equipamento triaxial dinâmico da COPPE/UFRJ (BEZERRA NETO, 2004)
................................................................................................................................. 80
Figura 2.11 – Módulo de resiliência versus tensão confinante (MEDINA, 1997)........................... 81
Figura 2.12 – Módulo de resiliência versus o primeiro invariante de tensões (WSDOT, 1995a) .... 81
Figura 2.13 – Módulo de resiliência versus tensão desvio (MEDINA, 1997)................................. 82
Figura 2.14 – Equipamento de ensaio de compressão diametral de cargas repetidas (MEDINA,
1997)........................................................................................................................ 87
Figura 2.15 – Equipamento de ensaio de compressão diametral de cargas repetidas da UFCG/PB. 88
Figura 2.16 – Compressão diametral – distribuição das tensões de tração e compressão nos planos
diametrais: (a) – horizontal; (b) – vertical (MEDINA, 1997)..................................... 88
Figura 2.17 – Representação esquemática dos tipos de carregamento dinâmico (MEDINA, 1997).91
Figura 2.18 – Influência do modo de carregamento na vida de fadiga (MEDINA, 1997). .............. 91
Figura 2.19 - Esquema do ensaio de placa (SUASSUNA, 2003). .................................................. 97
Figura 2.20 - Ilustração do ensaio de placa (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/)........... 97
Figura 2.21 - Esquema da viga Benkelman (DNER, 1994d). ......................................................... 99
Figura 2.22 - Ilustração da viga Benkelman (www.contenco.com.br)............................................ 99
Figura 2.23 - Esquema do posicionamento da viga Benkelman (DNER, 1994d).........................100
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
5
Figura 2.24 - Ilustração do ensaio realizado com a viga Benkelman (MOTTA, 2003). .................100
Figura 2.25 - Ilustração do Deflectôgrafo Digital (www.solostest.com.br, 2004)..........................102
Figura 2.26 - Ilustração do Califórnia Traveling Deflectometer (www.dot.ca.gov/, 2001). ...........102
Figura 2.27 - Ilustração do Deflectófo Lacroix (www.geocisacarreteras.com). .............................103
Figura 2.28 - Ilustração do Curviâmetro MT-2000 (www.euroconsult.est/index.htm)...................103
Figura 2.29 - Ilustração do Dynaflect (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/). .................105
Figura 2.30 - Esquema do carregamento vibratório do Dynaflect (SMITH e LYTTON, 1984) .....105
Figura 2.31 - Esquema do posicionamento das cargas e dos geofones do Dynaflect (SMITH e
LYTTON, 1984) .....................................................................................................106
Figura 2.32 - Ilustração do Road Rater (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/)................107
Figura 2.33 - Esquema do posicionamento das cargas e dos geofones do Road Rater (SMITH &
LYTTON, 1984) .....................................................................................................108
Figura 2.34 - Princípio de funcionamento do FWD (STET et. al., 2001) ......................................110
Figura 2.35 - Ilustração do FWD Dynatest 8000E (http://www.dynatest.com/hardware/
fwd_hwd.htm). ........................................................................................................112
Figura -2.36 - Esquema do posicionamento da carga e dos geofones do FWD Dynatest 8000E
(WSDOT, 1995a) ....................................................................................................112
Figura 2.37 - Ilustração do FWD KUAB (http://www.dot.ca.gov/)...............................................113
Figura 2.38 - Emissão e reflexão de ondas eletromagnéticas nas interfaces do pavimento (AL-
QADI et. al. 2001)...................................................................................................121
Figura 2.39 – Ground Penetrating Radar – GPR (HADDAD et. al. (1998). ..................................122
Figura 2.40 – Efeito da Temperatura nas Deflexões dos Pavimentos Flexiveis (h1=7,5 cm) (ROCHA
FILHO, 1996) .........................................................................................................127
Figura 2.41 – Fases da vida de um pavimento (DNER, 1998).......................................................134
Figura 3.1 – Distribuição percentual de programas utilizados nos estados americanos (KESTLER,
1997).......................................................................................................................148
Figura 3.2 – Ilustração da estimativa dos módulos obtidos por retroanálise (WSDOT, 1995). ......157
Figura 3.2 – Geometria do modelo de Hoog (FABRÍCIO et. al., 1998). .......................................161
Figura 3.3 – Linhas de iguais deflexões verticais no sistema pavimento-subleito (modificado -
NOURELDIN, 1993). .............................................................................................165
Figura 3.4 – Gráficos (rX x DX), (TX x rX), (ESL x rX) e (EP x rX) (ALBERNAZ, 1997)..........167
Figura 3.5 Representação esquemática – conceito de deflexão nula (ROHDE et. al., 1990)..........173
Figura 3.6 – Fluxograma do programa RETROANA (MACÊDO, 1996)......................................178
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
6
Figura 3.7 – Fluxograma do programa EVERCALC5 (WSDOT, 1995b). ....................................179
Figura 3.8 – Tela inicial e de edição de dados (WSDOT, 1995b)..................................................181
Figura 3.9 – Tela do comando de conversão de deflexões (WSDOT, 1995b)................................182
Figura 3.10 – Tela dos comandos de performance de retroanálise (WSDOT, 1995b)....................183
Figura 3.11 – Tela dos comandos para converter o arquivo de deflexões (WSDOT, 1995b). ........184
Figura 3.12 – Ralação entre o módulo e a temperatura obtida por A. A Bu-ushait (WSDOT, 1995b).
................................................................................................................................185
Figura 3.13 – Ralação entre o módulo e a temperatura obtida por A. A Bu-ushait (WSDOT, 1995b).
................................................................................................................................187
Figura 3.14 – Tela inicial do programa ELMOD4 (HD/GN/027, 2000). .......................................188
Figura 3.15 – Tela para edição dos parâmetros da estrutura (HD/GN/027, 2000)..........................188
Figura 3.16 – Cálculo do raio de curvatura (HD/GN/027, 2000)...................................................189
Figura 3.17 – Faixas de módulo (HD/GN/027, 2000). ..................................................................189
Figura 3.18 – Edição das propriedades da mistura asfáltica (HD/GN/027, 2000)..........................190
Figura 3.19 – Variação do módulo da camada asfáltica com a temperatura (HD/GN/027, 2000). .190
Figura 3.20- Fluxograma do Programa FEPAVE (MOTTA (1991). .............................................194
Figura 3.21 – Modelos de comportamento tensão deformação existentes no FEPAVE2. ..............195
Figura 3.22 – Tela do programa JULEA for Windows (FRANCO, 2000).....................................197
Figura 4.1 - Localização do Estado da Paraíba em relação ao Brasil.............................................200
Figura 4.2 – Messoregiões do Estado da Paraíba (www.paraíba.gov.br) .......................................205
Figura 4.3 – Mapa de Localização do trecho estudado..................................................................207
Figura 4.4 – Ilustração das pistas existente e duplicada e tipo de pavimento.................................208
Figura 4.5 – Seções transversais da pista existente e duplicada no segmento em pista dupla.........211
Figura 4.6 – Seção transversal da pista duplicada no segmento em pista simples. .........................212
Figura 4.7 - Curvas granulométricas de projeto da mistura da faixa B do CBUQ para a pista. ......214
Figura 4.8 - Curvas granulométricas de projeto da mistura da faixa C do CBUQ do trecho em
estudo......................................................................................................................215
Figura 4.9 – Ilustração do sentido da quilometragem e do tráfego da rodovia BR-230/PB – lote III.
................................................................................................................................218
Figura 4.10 – Croqui do levantamento dos defeitos DNIT 006/2003 - PRO (DNER, 1994b). .......220
Figura 4.11 – Gráfico da bacia de deflexões geradas pelo carregamento do FWD durante a
realização dos ensaios na BR-230/PB. .....................................................................221
Figura 4.12 – Localização esquemática dos pontos de ensaio das bacias Deflectométricas. ..........222
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
7
Figura 4.13 – Fotos do ensaio com o Falling Weight Deflectometer e visita técnica da Turma de
Engenharia Civil da UFCG no trecho em estudo......................................................222
Figura 4.14 – Localização esquemática dos pontos de ensaio das deflexões com a viga Benkelman.
................................................................................................................................223
Figura 4.15 – Fotos do ensaio com a viga Benkelman no trecho em estudo ..................................224
Figura 4.16 – Esquema dos locais de sondagem. ..........................................................................225
Figura 4.17 – Fotos da extração dos corpos-de-prova do revestimento no trecho em estudo. ........227
Figura 4.18 – Ilustração Esquemática dos Segmentos Homogêneos .............................................234
Figura 5.16 – Perfil de deflexões máximas nas faixas direita e esquerda – FWD ..........................254
Figura 5.17 – Perfil de deflexões máximas nas faixas direita e esquerda – Viga Benkelman.........259
Figura 5.18 – Deflexões da Viga Benkelman em campo dos trechos analisados e admissíveis pelo
PRO11 e PRO269. ..................................................................................................261
Figura 5.19 – Perfil de deflexões máximas das faixas direita e esquerda obtidas com a viga
Benkelman e o FWD ...............................................................................................262
Figura 5.20 – Reta de igualdade de deflexões e correlação entre as deflexões máximas obtidas por
ponto com viga Benkelman e o FWD – Faixa Direita. .............................................263
Figura 5.21 – Reta de igualdade de deflexões e correlação entre as deflexões máximas obtidas por
ponto com viga Benkelman e o FWD – Faixa Esquerda...........................................264
Figura 5.22 – Histograma de deflexões máximas para ambas as faixas de tráfego ........................265
Figura 5.23 – Trincamento e Bombeamento de finos nas trilhas de roda – Faixa Esquerda estaca
4965. .......................................................................................................................267
Figura 5.24– Relação entre o IGG e a deflexão máxima obtida com o FWD pára o trecho estudado
nesta pesquisa..........................................................................................................270
Figura 5.25 – Fotos de alguns dos defeitos de superfície na faixa direita do trecho estudado nesta
pesquisa. .................................................................................................................271
Figura 5.26 – Fotos de defeitos de superfície na faixa esquerda estacas 4129, 4179, 4310 e 5381do
trecho estudado nesta pesquisa. ...............................................................................273
Figura 5.27 – Fotos de defeitos de superfície na faixa esquerda estacas 5041, 5155, 5405 e 5410 do
trecho estudado pela pesquisa. .................................................................................274
Figura 5.28 – Estrutura considerada na retroanálise com o Retroana ............................................276
Figura 5.29 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa Direita (a)
estaca 4000 a 4346; (b) da 4354 a 4698; ..................................................................278
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
8
Figura 5.30– Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa Direita (a)
estaca 4804 a 5176 (b) 5180 a 5432;........................................................................279
Figura 5.31 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa Esquerda
(a) estaca 4000 a 4348 (b) 4356 a 4696; Faixa Esquerda (estaca 4000 a 4696).........280
Figura 5.32 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa Esquerda
(a) estaca 4806 a 5186 (b) estaca 5190 a 5434; .......................................................281
Figura 5.33 – Histograma dos módulos de resiliência do revestimento para ambas as faixas de
tráfego do trecho analisado neste estudo. .................................................................283
Figura 5.34 – Histograma dos módulos de resiliência da camada granular para ambas as faixas de
tráfego do trecho analisado neste estudo. .................................................................284
Figura 5.35 – Histograma dos módulos de resiliência do subleito para ambas as faixas de tráfego do
trecho analisado neste estudo...................................................................................285
Figura 5.36 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base+sub-base e
subleito por segmento homogêneo – Faixa Direita...................................................288
Figura 5.37 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base+sub-base e
subleito por segmento homogêneo – Faixa Esquerda ...............................................288
Figura 5.38 – Correlações entre os parâmetros da bacia e os módulos de resiliência retroanalisados
– Faixa Direita.........................................................................................................290
Figura 5.39 – Correlações entre os parâmetros da bacia e os módulos de resiliência retroanalisados –
Faixa Esquerda........................................................................................................291
Figura 5.40– Relação entre o IGG e os módulos retroanalisados ..................................................293
Figura 5.41 – Contribuição percentual das camadas do pavimento e subleito na deflexão total –
Faixa Direita ...........................................................................................................294
Figura 5.42 – Contribuição percentual das camadas do pavimento e subleito na deflexão total –
Faixa Esquerda........................................................................................................294
Figura 5.43 – Estrutura considerada na retroanálise com os programas EVERCAL5 e ELMOD4.296
Figura 5.44 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ECERCALC5 – Faixa Direita (a)
estaca 4000 a 4346 e (b) estaca 4350 a 4698...........................................................298
Figura 5.45 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa Direita (a)
estaca 4804 a 5176 e (b) estaca 5180 a 5432............................................................299
Figura 5.46– Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa Esquerda
(a) estaca 4000 4348 (b) 4352 a 4696. .....................................................................300
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
9
Figura 5.47 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa Esquerda
(a) estaca 4806 a 5186 (b) estaca 5190 a 5434. ........................................................301
Figura 5.48 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas de revestimento e base para
ambas as faixas de tráfego .......................................................................................304
Figura 5.49 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas de base e subleito para ambas as
faixas de tráfego. .....................................................................................................305
Figura 5.50 – Módulos de resiliência médios das camadas de revestimento, base, sub-base e subleito
por segmento homogêneo – Faixa Direita................................................................308
Figura 5.51 – Módulos de resiliência médios das camadas de revestimento, base, sub-base e subleito
por segmento homogêneo – Faixa Esquerda ............................................................308
Figura 5.52 – Histogramas dos módulos de resiliência para ambas as faixas de tráfego. ...............309
Figura 5.53 – Histogramas dos módulos de resiliência para ambas as faixas de Tráfego...............309
Figura 5.54 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Direita (a)
estaca 4002 a 4346 e (b) estaca 4350 a 4698. ........................................................311
Figura 5.55 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Direita (a)
estaca 4804 a 5176 e (b) estaca 5180 a 5432............................................................312
Figura 5.56 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Esquerda (a)
estaca 4000 a 4348 e (b) estaca 4352 a 5434. ..........................................................313
Figura 5.57 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Esquerda (a)
estaca 4806 a 5186 e (b) estaca 5190 a 5434............................................................314
Figura 5.58 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas do pavimento e subleito para
ambas as faixas de tráfego. ......................................................................................315
Figura 5.59 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base, sub-base e subleito
por segmento homogêneo – Faixa Direita. ...............................................................318
Figura 5.60 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base, sub-base e subleito
por segmento homogêneo – Faixa Esquerda. ...........................................................318
Figura 5.61 – Comparativo entre os módulos do subleito obtidos pelos diferentes programas com o
modelo da AASHTO (1993)....................................................................................320
Figura 5.62 – Comparativo entre os módulos do subleito obtidos pelos diferentes Programas com o
modelo da AASHTO (1993)....................................................................................320
Figura 5.63 – Profundidades para correção da Temperatura. ........................................................321
Figura 5.64 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos do segmento
homogêneo 11- Faixa Esquerda. ..............................................................................323
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
10
Figura 5.65 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos médios do
segmento homogêneo 19- Faixa Esquerda. ..............................................................323
Figura 5.66 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos pontuais da
estaca 5380 – Faixa Direita......................................................................................324
Figura 5.67 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos pontuais da
estaca 4104 - Faixa Esquerda...................................................................................324
Figura 5.68 – Relação entre os defeitos observados na superfície do pavimento e os módulos
resilientes da camada de revestimento asfáltico. ......................................................325
Figura 5.69 – Foto do ensaio de resistência à tração por compressão diametral realizado no
LEP/UFCG. ............................................................................................................330
Figura 5.70 – Representação gráfica do modelo composto de resiliência para os materiais das
camadas do furo 1(LD)............................................................................................334
Figura 5.71 – Representação gráfica do modelo composto de resiliência para os materiais das
camadas do furo 4 (LE). ..........................................................................................334
Figura 5.72 – Resultado da contribuição percentual na deflexão total e faixa de módulos ambos
calculados com o FEPAVE2....................................................................................336
Figura 5.73 – Bacias deflectométricas obtidas a partir do FEPAVE2, EVERCALC5, RETROANA
E ELMOD4.............................................................................................................338
Figura 5.74 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto para o
material de base em várias condições de moldagem. ................................................340
Figura 5.75 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto para os
materiais de sub-base e reforço em várias condições de moldagem. .........................341
Figura 5.76 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto para o
material do subleito em várias condições de moldagem. ..........................................342
Figura 5.77 – Distribuição percentual do tráfego pela contagem de 2004 e pela projeção segundo o
estudo de tráfego do projeto.....................................................................................350
Figura 5.78 – Estrutura considerada na simulação com o programa FEPAVE2. ...........................360
Figura 5.79 – Ilustração dos pontos de análise com o ELSYM5. ..................................................365
Figura 5.80 – Seção transversal ilustrativa da solução paramétrica estudada.................................370
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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Lista de Tabelas
Tabela 1.1 – Classificação das rodovias considerando as condições de parte da rede de pavimento
sob gestão estatal (modificado - CNT, 2005). ......................................................... 23
Tabela 2.1 – Conceitos do Valor de Serventia Atual...................................................................... 34
Tabela 2.2 – Tipos de serviços em função do ICPF (DNIT, 2003b)............................................... 35
Tabela 2.3 – Critérios para determinação do IGGE (DNIT, 2003b). .............................................. 36
Tabela 2.4 – Pesos para o cálculo do IGGE (DNIT, 2003b)........................................................... 36
Tabela 2.5 – Faixa, valores, códigos e conceitos de IGGE, ICPF e IES (DNIT, 2003a). ................ 37
Tabela 2.6 – Resumo dos defeitos com sua codificação e classificação (DNIT, 2003e) ................. 42
Tabela 2.7 – Tipos e classes dos defeitos de superfície em pavimentos com revestimentos asfálticos
(DNER, 1998)........................................................................................................ 43
Tabela 2.8 – Alguns fatores que afetam no desempenho e na deterioração dos pavimentos asfálticos
(DNER, 1998)........................................................................................................ 44
Tabela 2.9 – Planilha de Inventário do Estado de Superfície do Pavimento (DNIT, 2003b). .......... 52
Tabela 2.10 – Planilha de Cálculo do Índice de Gravidade Global (DNIT, 2003b). ....................... 54
Tabela 2.11 – Valor do fator de ponderação (DNIT, 2003b).......................................................... 56
Tabela 2.12 – Conceitos de degradação do pavimento em função do IGG (DNIT, 2003b)............. 57
Tabela 2.13 – Ficha para o levantamento da condição de superfície método PRO 006 (DNIT,
2003c).................................................................................................................... 59
Tabela 2.14 – Tipos de defeitos e respectivos níveis de severidade no método VIZIR (PRESTES,
2001) ..................................................................................................................... 62
Tabela 2.15 – Condição do pavimento quanto a irregularidade (DNER, 1998). ............................. 70
Tabela 2.16 – Critérios de fadiga (PINTO e PREUSSLER, 2002). ................................................ 92
Tabela 2.17 – Fatores que afetam a vida de fadiga das misturas asfálticas. .................................... 93
Tabela 2.18 - Características dos dois equipamentos FWD existentes no Brasil............................114
(MEDINA et. al., 1994). ..............................................................................................................114
Tabela 2.19 - Características de equipamentos não-destrutivos (WSDOT,1995a). ........................115
Tabela 2.20 – Acurácia nas medidas de deflexões e carga (BENTSEN et. al., 1989) ....................116
Tabela 2.21 – Propriedades eletromagnéticas típicas (GONÇALVES e CERATTI, 1998)............121
Tabela 2.22– Intervalos de acurácia na medida das espessuras das camadas do pavimento (MASER,
1996). ...................................................................................................................122
Tabela 2.23 – Fatores de Correção Sazonal (DNER, 1979a;1979b). .............................................126
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
12
Tabela 2.24 – Limite legal de carga por eixo................................................................................131
Tabela 2.25 – Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto (DNER, 1998).................135
Tabela 2.26 – Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto (DNER, 1998).................138
Tabela 2.27 – Classificação do solo do subleito quanto a percentagem de silte na fração fina.......140
Tabela 2.28 – Constantes relacionadas com as características da resiliência do subleito. ..............141
Tabela 2.29 – Relação de soluções de recapeamento em função da espessura do reforço DNER-
PRO 269/94 ..........................................................................................................142
Tabela 2.30 – Procedimentos de solução de recapeamento do reforço do pavimento contemplando
reciclagem (DNER-PRO 269/94) ..........................................................................144
Tabela 3.1 – Valores de Coeficiente de Poisson para alguns materiais de pavimentação (TRB, 1975)
. ............................................................................................................................150
Tabela 3.2 – Lista dos programas mais utilizados em retroanálise
(www.dynatest.com/gallery/papers/table1.htm) .....................................................153
Tabela 3.3 – Fatores de correção da carga em função do coeficiente de Poisson (AASHTO, 1993).
.............................................................................................................................157
Tabela 3.4 – Faixas de módulos retroanalisados (CARDOSO, 1995). ..........................................158
Tabela 4.1 – Características de projeto do CBUQ na Faixa B camada de ligação..........................215
Tabela 4.2 – Características de projeto do CBUQ na Faixa C camada de rolamento.....................216
Tabela 4.3 – Resultados dos ensaios de qualidade de material betuminoso. ..................................216
Tabela 4.4 – Localização dos pontos de ensaio (DNER, 1996).....................................................221
Tabela 4.5 – Métodos de ensaios laboratoriais utilizados nesta pesquisa.......................................226
Tabela 4.6 – Ensaios de laboratório realizados por local de sondagem .........................................227
Tabela 4.7 – Volume médio diário. ..............................................................................................229
Tabela 4.8 – Análise e projeção do tráfego...................................................................................229
Tabela 4.9 – Tráfego médio diário corrigido ................................................................................230
Tabela 4.10 – Fatores de Veículo com base na Lei da Balança. ....................................................230
Tabela 4.11 – Projeção do número N de projeto. ..........................................................................231
Tabela 4.12 – Resumo do número de repetições do eixo padrão ...................................................232
Tabela 4.13 – Segmentos homogêneos.........................................................................................233
Tabela 4.14 – Parâmetros de Avaliação da Bacia de Deflexões (FABRÍCIO et. al.,1988).............236
Tabela 4.15 – Parâmetros de Área (AASHTO, 1993). ..................................................................236
Tabela 4.16 – Parâmetros de Área (PIERCE, 1999). ....................................................................237
Tabela 5.1 – Resumo estatístico das bacias deflectométricas – Faixa Direita ................................255
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
13
Tabela 5.2 – Resumo estatístico das bacias deflectométricas – Faixa Esquerda ............................256
Tabela 5.3 – Parâmetros da bacia deflectométrica – Faixa Direita ................................................257
Tabela 5.4– Parâmetros da bacia deflectométrica – Faixa Esquerda .............................................258
Tabela 5.5 – Resumo Estatístico da Deflexão Máxima com a Viga Benkelman e Raio Médio –
Faixa Direita .........................................................................................................260
Tabela 5.6 – Resumo Estatístico da Deflexão Máxima com a Viga Benkelman e Raio Médio –
Faixa Esquerda......................................................................................................260
Tabela 5.7 – Tabelas de conceitos de IGG....................................................................................268
Tabela 5.8 – Resumo do Levantamento dos defeitos de superfície – Faixa Direita .......................269
Tabela 5.9 – Resumo do Levantamento dos defeitos de superfície – Faixa Esquerda....................272
Tabela 5.10 – Faixa de módulos de resiliência a ser adotado pelo programa. RETROANA..........276
Tabela 5.11 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o RETROANA – Faixa
Direita...................................................................................................................286
Tabela 5.12 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o RETROANA – Faixa
Esquerda ...............................................................................................................287
Tabela 5.13 – Faixa aceitável de coeficiente de variação utilizada em projeto de pavimentos novos
ou de reforço (LTPP, 2002)...................................................................................289
Tabela 5.14 – Faixa de módulos de resiliência – EVERCAL5. .....................................................296
Tabela 5.15 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o EVERCALC5 – Faixa
Direita...................................................................................................................306
Tabela 5.16 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o EVERCALC5 – Faixa
Esquerda ...............................................................................................................307
Tabela 5.17 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com O ELMOD4 – Faixa Direita.
.............................................................................................................................316
Tabela 5.18 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o ELMOD4 – Faixa Esquerda.
.............................................................................................................................317
Tabela 5.19 – Módulos médio corrigidos por segmento homogêneo.............................................322
Tabela 5.20 – Boletim de sondagem.............................................................................................326
Tabela 5.21 – Resultado dos ensaios convencionais de caracterização e resistência......................327
Tabela 5.22 – Estimatizado coeficiente de condutividade hidráulica da camada de BGS. .............329
Tabela 5.23 – Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral de corpos de
prova de campo do trecho analisado. .....................................................................330
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
14
Tabela 5.24 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados nos modelos granular
(MR=K1σ3k2) e argiloso (MR=K1σd
k2)...................................................................331
Tabela 5.25 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto com
corpos de prova moldados nas condições de campo...............................................333
Tabela 5.26 – Faixa de Módulos do FEPAVE2 e retroanalisados para a estaca 4153/4154. ..........336
Tabela 5.27 – Coeficientes da equação obtidos no ajuste da bacia ................................................337
Tabela 5.28 – Teores de umidade média e massa específica aparente seca obtidos no ensaio de
compactação. ........................................................................................................339
Tabela 5.29 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto............340
Tabela 5.30 – Resultados de resistência à tração por compressão diametral de concreto asfáltico
moldado em laboratório. .......................................................................................343
Tabela 5.31 – Resultados de módulo de resiliente por compressão diametral e modelos de fadiga
para corpos de prova moldados em laboratório......................................................343
Tabela 5.32 – Resultados dos parâmetros de deformabilidade obtidos a partir da simulação com o
FEPAVE2. ............................................................................................................347
Tabela 5.33 – Resultados da análise de confiabilidade. ................................................................347
Tabela 5.34 – Contribuição percentual das camadas na deflexão total e faixa de módulos obtidas
com o FEPAVE2...................................................................................................347
Tabela 5.35 – Volume médio diário medido em julho 2004 nesta pesquisa. .................................348
Tabela 5.36 – Volume médio diário anual (www.dnit.gov.br) consultado em 2004. .....................349
Tabela 5.37 – Volume médio diário corrigido sazonalmente para o trecho estudado desta pesquisa.
.............................................................................................................................349
Tabela 5.38 – Taxas de crescimento anual linear e exponencial (DER/PB, 1999). ........................351
Tabela 5.39 – Projeção do tráfego por tipo de veículos.................................................................351
Tabela 5.40 – Fatores de veículos da BR-101/PE (DNIT/PE, 2000). ............................................353
Tabela 5.41 – Fatores de veículos para os tipos comerciais 2C2 e 2C3. ........................................354
Tabela 5.42 – Determinação do número N para um período de projeto de 10 anos. ......................355
Tabela 5.43 – Espessuras de reforço exigidas. ..............................................................................356
Tabela 5.44 – Dimensionamento do reforço do pavimento..............................................................356
Tabela 5.45 – Característica mecânicas da mistura SMA (modificado MOURÃO, 2003).............359
Tabela 5.46 – Modelos utilizados para a estimativa do módulo da camada de BGTC. ..................361
Tabela 5.47 – Critérios admissíveis de dimensionamento.............................................................363
Tabela 5.48 – Resultados obtidos a partir da simulação com o FEPAVE2. ...................................363
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
15
Tabela 5.49 – Módulos de resiliência das camadas e desvio padrão..............................................365
Tabela 5.50 – Rotina utilizada para a aplicação do método de Rosenblueth. .................................366
Tabela 5.51 – Parâmetros resposta obtidos com aplicação do método de Rosenblueth. .................367
Tabela 5.52 – Níveis de confiabilidade recomendados pela AASHTO (MEDINA, 1997). ...........369
Tabela 5.53 – Valores Futuros das intervenções do tipo “conviver com o problema”. ..................372
Tabela 5.54 – VPL das intervenções do tipo “conviver com o problema”. ....................................372
Figura 5.55 – Alternativas de restauração do pavimento...............................................................373
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
16
Lista de Simbolos
D - deflexão máxima admissível
CD – deflexão de projeto característica do pavimento reciclado correspondente a
espessura hc, 0,01mm.
D - media aritmética das deflexões de campo, 0,01mm.
Χ – média aritmética dos valores das flechas medidas (TRI e TER);
σd - tensão desvio aplicada repetidamente (σd = σd - σ3);
εr - deformação específica axial resiliente.
σR – resistência à tração, kgf/cm2;
Δσ – diferença entre as tensões horizontal e vertical;
|A| – é a variação percentual da tensão de tração horizontal devido a uma redução
arbitrada e fixa da rigidez da mistura; e
|B| – é a variação percentual da deformação de tração horizontal devido a uma redução
arbitrada e fixa da rigidez da mistura.
μ - coeficiente de Poisson (μ = 0,50);
μ – relação modular
a - raio da área circular de distribuição de carga;
a e b - coeficientes da equação obtidos no ajuste da bacia.
ae - raio do bulbo de tensões;
AF – Afundamento plástico e trilhas de rodas
AP% - porcentagem de afundamentos plásticos de reconhecida gravidade;
b0, b1, b2, b3 - coeficientes obtidos através de regressão.
D – desgaste, em %;
D – diâmetro do corpo-de-prova, cm;
D - espessura total das camadas sobre o subleito;
D0 - deflexão máxima, que ocorre no centro da área carregada (rx = 0cm);
D25 - deflexão a 25 cm do ponto de prova, em centésimos de milímetros.
D60 - deflexão correspondente ao ponto situado à 60 cm do ponto de aplicação de carga
(cm);
Da - deflexão à distância a (cm);
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
17
dadm - deflexão admissível após execução do reforço, 10-2 mm.
DC – Deflexão de projeto, 0,01mm
DC - deformação controlada
DC - deflexão caracteristica;
DMI - Distress Manifestation lndex
Do - deflexão real ou verdadeira, em centésimos de milímetros;
do - deflexão máxima;
Do - deflexão no centro do carregamento (em cm);
dp - deflexão Benkelman de projeto, sob carga de 8,2 tf (10-2 mm);
Dr - deflexão no ponto referente à distância radial r;
Dx - deflexão assumida como sendo do subleito (em cm);
EEQ , EP - módulo de deformação do pavimento equivalente (kgf/cm2);
EP - módulo de deformação da placa;
EP - módulo efetivo do pavimento (em psi);
Ep - módulo efetivo do pavimento.
ESL - módulo de deformação do subleito
Esub - módulo do subleito (kgf/cm2);
F – carga de ruptura, kgf;
F - força de pico
F – valor futuro (R$)
F - Valor médio das flechas nas trilhas de roda;
fa - freqüência absoluta
FC-1 - área de trincamento do tipo FC-1;
FC-2 – área de trincamento do tipo FC-2;
FC-3 – área de trincamento do tipo FC-3;
FM – fator modo;
Foap, Poap - Freqüência e Peso do conjunto de deformações:
fp - fator de ponderação
Fpr, Ppr = Freqüência (quantidade por km) e Peso do conjunto de panelas e remendos:
fr - freqüência relativa
Ft, Pt – Freqüência e Peso do conjunto de trincas t:
g - aceleração da gravidade
h - altura de queda
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
18
H – altura do corpo-de-prova, cm;
h - espessura do subleito acima da camada rígida do modelo;
hc – espessura de corte
hCB - espessura de reforço em concreto asfáltico, em cm;
HE - espessura da camada betuminosa existente
he – espessura da camada betuminosa existente;
HEF - espessura efetiva, em cm;
HEQ - espessura do pavimento equivalente (cm);
i – taxa de atratividade (12%)
I1, I2 – constantes relacionadas ‘as características resilientes da terceira camada da
estrutura de referência;
ICDE - Índice de degradação superficial
ICDP - Índice de deformação permanente
ICPF – Índice de Condição do Pavimento Flexível
IES – Índice do Estado de Superfície
IGG - Índice de Gravidade Global
IGGE – Índice de Gravidade Global Expedito
IRI – International Roughness Index
ISP - índice de serventia PARAGON
k - constante de mola do sistema de amortecedores
K - fator de redução da deflexão (k = 40 para concreto asfáltico).
ki – parâmetros obtidos experimentalmente.
Ki, ni – parâmetros experimentais determinados a partir dos resultados do ensaio.
Lf - leitura final, em centésimos de milímetros;
lo - comprimento característico;
M - massa do peso que cai
MAL - módulo de elasticidade do alumínio;
MC - módulo de obtido em campo;
Mef – módulo de resiliência efetivo do revestimento existente
MR - módulo de resiliência;
MRC – módulo de resiliência da mistura reciclada
MRsub - módulo resiliente do subleito.
N - número de solicitações do eixo padrão rodoviário de 8,2tf.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
19
Nf – é o número de repetições de carga à fadiga;
Nf - vida de fadiga
NP - número cumulativo de solicitações de eixos equivalentes ao eixo padrão de 8,2 tf
para o período de projeto.
ON – Ondulações
P – área de panelas;
P - carga aplicada (kgf);
P - coeficiente de Poisson da placa (igual a 0,40);
P – Panelas
p - pressão de contato;
PCI- pavement condition index
PNV - Plano Nacional Viário
PSI – Present Serviceability Index
Q - carga aplicada (kgf);
QI – Quociente de Irregularidade
R - raio de curvatura, em metros;
R – área de desgaste;
r - distância radial;
R – Remendos
R - rigidez da placa;
rx - distância radial assumida como sendo o ponto de localização da deflexão do subleito
(em cm);
S – Desvio padrão dos valores das flechas medidas (TRI e TER);
S2 – variância.
Sf - fator de correção da carga em função do coeficiente de Poisson (u).
SNEF - número estrutural efetivo do pavimento;
SR – é a relação entre a tensão de tração aplicada na BGTC e sua tensão de ruptura.
t - espessura da placa;
t – período considerado (anos)
T(x) - temperatura na profundidade x do revestimento, em oC;
Tar– Temperatura do ar, em oC;
TB – Trincas interligadas tipo bloco
TC - temperatura de campo.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
20
TC - tensão controlada
TER - trilhas de roda externa
TJ – Trincas interligadas tipo jacaré
TR - temperatura de referência, 25 ºC;
TR – trincamento, em %;
TR – Trincas isoladas
TRI - trilhas de roda interna
Tsup - temperatura da superfície do revestimento, em oC;
Tx - espessura efetiva do pavimento (em polegadas);
UNIT – Unidade de Infra-Estrutura Terrestre
VPL – valor presente líquido (R$)
VSA – Valor de Serventia Atual
x – Profundidade no revestimento onde se deseja conhecer a temperatura, em cm.
s - desvio padrão, 0,01mm.
ε r – deformação específica resiliente;
εt – deformação de tração aplicada;
εz - deformação específica vertical no topo do subleito (cm).
σ1 ?- tensão principal maior;
σ3 – pressão confinante;
σd – tensão desvio;
σt – tensão de tração aplicada;
σz - tensão vertical no topo do subleito (kgf/cm2);
υSL - coeficiente de Poisson do subleito (igual a 0,40).
υ???- coeficiente de Poisson;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
21
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 – Considerações Gerais
Os pavimentos são estruturas complexas, que envolvem muitas variáveis no seu
desempenho, tais como: cargas do tráfego, solicitações ambientais, técnicas construtivas,
práticas de manutenção e reabilitação, tipo e qualidade dos materiais etc. Representam
parcela expressiva da infra-estrutura de transportes e, portanto, melhoramentos
significativos nos seus componentes podem resultar em grandes economias em termos
absolutos (ODA, 2003).
Do ponto de vista físico o pavimento é uma estrutura em camadas, que recebe em sua
superfície solicitações do tráfego de veículos com rodas flexíveis (pneus) e se apóia
diretamente sobre a fundação. Em função da maior ou menor rigidez da estrutura, o
pavimento pode ser denominado rígido ou flexível (SÓRIA, 1997).
As principais funções dos pavimentos são:
• resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-los;
• melhorar as condições de rolamento quanto ao conforto e segurança;
• resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a
superfície de rolamento;
• resistir às ações do intemperismo.
O pavimento, se comparado com outras estruturas usuais da engenharia civil, tem vida
curta. É na realidade, construído para ser solicitado pelo tráfego ao longo de 10, 20 ou o
máximo 50 anos. Por esse motivo a compreensão dos processos de deterioração e
destruição do pavimento é de vital importância. Do ponto de vista funcional, o pavimento
tem a tarefa de suportar o tráfego em condições de velocidade, segurança, conforto e
economia. Essa função está intimamente relacionada com o estado da superfície de
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
22
rolamento. A evolução das condições de rolamento, por sua vez, depende das
intempéries, do tráfego e das características estruturais do pavimento (ODA, 2003).
Os principais tipos de deterioração de pavimentos flexíveis são o trincamento e o
afundamento na trilha de roda das camadas asfálticas. Este último é o predominante nas
rodovias brasileiras, visto que o método do DNER (atual DNIT) baseia-se
fundamentalmente nas características de suporte do solo de fundação e dos materiais
constituintes da estrutura do pavimento e parâmetros do tráfego, atendendo à limitação
quanto às deformações permanentes excessivas e às tensões que possam provocar a
ruptura por cisalhamento dos solos de base, sub-base e subleito. No entanto, não há
consideração quanto à limitação das deformações recuperáveis ou resilientes, cuja
repetição sob o efeito do tráfego resulta na ruptura por fadiga dos revestimentos asfálticos
(PINTO, 1991).
Segundo MOTTA (1991), existem técnicas de análise estrutural que permitem modelar
estes dois tipos de ruptura, baseadas em várias teorias e no conhecimento das
propriedades básicas dos materiais. No entanto, mesmo as mais sofisticadas destas
técnicas de análise mecanística não prescindem de algumas hipóteses simplificadoras e
de uma certa “calibração” com dados empíricos, já que o fenômeno a ser modelado é dos
mais complexos.
Quando um pavimento apresenta as primeiras trincas na superfície, pode-se dizer que
grande parte de sua vida útil já se passou, e que se não houver nenhum tipo de
intervenção, em um curto espaço de tempo o pavimento estará completamente
deteriorado e sua reconstrução será necessária, exigindo um montante significativo para
repor as condições de conforto e segurança desejadas pelo usuário (TONIAL, 2001).
A mecânica dos pavimentos é aplicação das teorias da mecânica do contínuo, mecânica
da fratura e da mecânica dos solos, aliadas a utilização de programas computacionais
que otimizaram os processos de cálculo de tensões, deformações e deslocamentos. A
consideração das variações sazonais diárias de temperatura, umidade do subleito, das
camadas do pavimento e do tráfego tornou possível a concepção racional dos projetos de
pavimentos novos e de restauração (RODRIGUES, 1995; MEDINA, 1997). Por outro
lado, é conveniente ressaltar que a adoção de modelos de previsão de desempenho
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
23
baseados em parâmetros de materiais obtidos em estudos desenvolvidos na Europa,
Estados Unidos e outros países, pode levar a resultados absurdos, devendo-se recalibrar
os modelos para as condições brasileiras (PINTO e PREUSSLER, 2002).
No Brasil, onde o predomínio do transporte rodoviário é evidente, correspondendo a 95%
da matriz do transporte de passageiros e 61,1% da matriz do transporte de cargas, a rede
rodoviária se torna elemento fundamental nas cadeias produtivas. Ela une mercados
produtores e consumidores, propicia a redução das desigualdades regionais e aumenta a
acessibilidade e a inclusão social das camadas menos favorecidas. Assim, a eficiência da
economia brasileira dependerá em grande parte do funcionamento adequado do sistema
de transporte rodoviário (CNT, 2005)
Segundo as Pesquisas Rodoviárias da CNT (2005), as condições de conservação dos
71.447 km de rodovias estatais avaliados resultam em um índice extremamente
desfavorável em que 61,3% desta malha rodoviária avaliada apresentam algum tipo de
comprometimento, sendo, portanto, classificados como deficiente, ruim ou péssimo (ver
tabela 1.1).
Tabela 1.1 – Classificação das rodovias considerando as condições de parte da rede de
pavimentos sob gestão estatal (modificado - CNT, 2005).
Na figura 1.1, observa-se que o trincamento é o principal defeito das rodovias nacionais
corroborando com as avaliações realizadas por MOTTA (1991) e Pinto (1991).
PAVIMENTO EXTENSÃO AVALIADA
km %
Ótimo 17.592 24,6
Bom 10.070 14,1
Deficiente 23.875 33,4
Ruim 13.757 19,3
Péssimo 6.153 8,6
Total 71.447 100,0
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
24
Figura 1.1 – Condições de superfície de parte das rodovias sob gestão estatal analisadas
(CNT, 2005).
Torna-se imprescindível que esse quadro seja alterado, a fim de garantir a eficiência do
setor de transporte rodoviário de cargas e de passageiros, e assim assegurar o
desenvolvimento integral do País, investindo na manutenção, recuperação, duplicação e
construção de rodovias.
Ultimamente, no Brasil, a avaliação estrutural de pavimentos por ensaios destrutivos e
não-destrutivos tomou grande impulso devido aos vários estudos desenvolvidos pelos
centros de pesquisa nacionais e estrangeiros. No primeiro caso, são coletadas amostras
das camadas do pavimento e caracterizadas em ensaios laboratoriais. No segundo caso,
tem-se os levantamentos deflectométricos realizados com o FWD ou a viga Benkelman.
Segundo RODRIGUES (1995), os dois modos de avaliação (destrutiva e não destrutiva)
não são mutuamente exclusivos, mas complementares, uma vez que uma série de
informações só pode ser obtida por inspeção visual das camadas e pela realização de
ensaios de laboratório, enquanto que a deformabilidade resiliente dos materiais, na sua
condição “in situ”, só pode ser determinada a partir da interpretação das bacias
deflectométricas. O projetista deve ter o conhecimento necessário das simplificações e
limitações de cada um dos modos de avaliação, utilizando o bom senso para análises
esclarecedoras do comportamento estrutural do trecho em estudo, destacando-se dentre
elas a previsão de desempenho das estruturas de pavimentos.
56,1
30
8,3
3,7
1,8
0 20 40 60 80 100
(%)
TIPOS DE DEFEITOS
CONDIÇÕES DE SUPERFÍCIE
Totalmente Destruído
Afundamentos/Ondulações/buracos
Trinca me malha/remendos
Desgaste
Totalmente Perfeito
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
25
A avaliação estrutural por retroanálise tem o critério fundamental da determinação dos
módulos resilientes que levam ao melhor ajuste entre a bacia de deflexão de campo e a
bacia calculada, através de um sistema iterativo onde, tendo-se os dados do pavimento
referentes às deflexões medidas em campo às espessuras das camadas e aos
respectivos coeficientes de Poisson.
Segundo ROCHA FILHO e RODRIGUES (1996), a confiabilidade dos módulos resilientes
obtidos por meio de retroanálise é dependente da precisão das leituras deflectométricas,
da adequação do modelo estrutural utilizado para representar o comportamento mecânico
da estrutura, do espaçamento entre sensores, do número de leituras e do ajuste entre a
bacia calculada teoricamente e a bacia de campo.
TONIAL (2001) cita que ao se projetar uma nova rodovia, admite-se um fator campo
laboratório (fcl) a ser aplicado, define-se a vida de fadiga de campo desejada Nc a partir
de dados reais de tráfego e com o auxilio da curva de fadiga de laboratório se
estabelecem as tensões ou deformações específicas máximas admissíveis na face
inferior do revestimento. Com tensões ou deformações máximas admissíveis no
revestimento, os módulos resilientes e coeficientes de Poisson dos materiais das diversas
camadas, determina-se um conjunto de espessuras das diversas camadas de maneira
que estas tensões ou deformações específicas não sejam ultrapassadas.
O entendimento do comportamento dos materiais normalmente utilizados em
pavimentação, das condições climáticas, da geomorfologia, da litologia dos terrenos e do
tráfego é de suma importância para a definição de diretrizes básicas para montar um
adequado sistema de gerência que segundo HAAS, HUDSON e ZANIEWSKI (1994) apud
FERNANDES JR. (1996), deve envolver todas as atividades desde a obtenção inicial de
informações para o planejamento e elaboração de orçamento até a monitoração periódica
do pavimento em serviço, passando pelo projeto e construção do pavimento e sua
manutenção e reabilitação ao longo do tempo.
As atividades de manutenção nos pavimentos, como a conservação rotineira,
conservação preventiva, restauração e reconstrução, devem ser consideradas como
processos contínuos e fazem parte da vida normal do pavimento, de forma a manter e
prolongar seu período de vida (DNER, 1998). Ou seja, são necessárias ações que
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
26
impeçam a deterioração dos pavimentos, possibilitando sua conservação em condições
adequadas de trafegabilidade. No entanto, os recursos para recuperar um determinado
nível do estado de serventia nem sempre estão disponíveis de forma oportuna. Desta
forma, as intervenções planejadas oferecem melhores perspectivas para manter a rede
com um nível de qualidade aceitável (PRESTES, 2001).
Para completar a descrição do contexto atual, não se pode esquecer que a virtual
estabilidade econômica tem promovido um uso mais intenso das rodovias. A distribuição e
o fornecimento rápido e programado de insumos passam a ser fundamentais na
competição econômica. A intensificação do transporte como fator de produção e de
satisfação de necessidades está carregando e congestionando boa parte do sistema
viário implantado. Este é o atual desafio rodoviário brasileiro: vias em boas condições,
custos de construção e manutenção reduzidos, menores tempos de deslocamentos e
fluxo de tráfego seguro (ALBANO, 1998).
Diante deste contexto, a presente pesquisa tratará do estudo da deterioração prematura
da Rodovia BR-230/PB, especificamente, da pista duplicada entre o km 17,3 – km 147,9,
com extensão de 30,6 km.
1.2 – Justificativa
A escolha da Rodovia BR-230/PB para a realização desta pesquisa foi motivada devido a
constatação de trincamentos prematuros generalizados nas trilhas de roda interna e
externa, de defeitos do tipo “couro de jacaré” (classes 2 e 3) e de bombeamento de finos
que tiveram início a partir do 3º ano da rodovia em serviço. Salienta-se, que tais
ocorrências foram anunciadas antecipadamente desde 2001, por ocasião, fundamentada
em resultados de ensaios triaxias dinâmicos no laboratório de geotecnia da
COPPE/UFRJ.
1.3 – Objetivo
Este Trabalho teve o objetivo principal de avaliar as características funcionais e
estruturais da rodovia BR-230/PB, lote III, pista duplicada.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
27
A avaliação das características funcionais baseou-se no levantamento dos defeitos de
superfície e das deformações em perfil, aplicando a técnica de avaliação objetiva do
estado da superfície do pavimento, em que se elaborou um inventário das degradações
superficiais e geométricas existentes.
A avaliação estrutural compreendeu duas partes, uma consistiu na avaliação estrutural
não-destrutiva através do levantamento deflectométrico com a viga Benkelman e o Falling
Weight Deflectometer. E a outra se baseou em ensaios laboratoriais que permitiram
determinar os parâmetros de deformabilidade para as camadas de revestimento em
CBUQ, camada de base constituída de brita graduada simples, sub-base de saibro,
reforço e do subleito.
1.4 – Estrutura do Trabalho
Está dissertação é constituída de seis capítulos.
No primeiro capítulo apresenta-se a introdução ao assunto.
No Capítulo II, aborda-se a revisão bibliográfica versando sobre os métodos existentes
nacionais e internacionais de avaliação funcional e estrutural de pavimentos flexíveis e os
métodos de dimensionamento de reforço.
No Capítulo III, aborda-se a retroanálise em pavimentação e são descritos os programas
utilizados nesta pesquisa, bem como, nos principais programas utilizados no Brasil para a
análise de tensões e deformações.
No Capítulo IV, são apresentadas as características da rodovia estudada e a descrição de
toda a metodologia utilizada nesta pesquisa.
No Capítulo V, são apresentados e discutidos os resultados das avaliações funcional e
estrutural não-destrutiva e destrutiva dos trechos analisados.
No Capítulo VI, são apresentadas as conclusões e sugestões para pesquisas futuras.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
28
CAPÍTULO IIREVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – Avaliação de Pavimentos flexíveis
Segundo MEDINA et. al. (1994), para se conceber o projeto de restauração de um
pavimento é preciso que se conheça a condição (ou estado) do pavimento que se
degrada pela ação do tráfego e dos fatores climáticos ou ambientais. Desta forma,
distingue-se a condição funcional da condição estrutural, onde a primeira refere-se ao
conforto ao rolamento, segurança, custo do usuário, influência do meio ambiente e
aspectos estéticos. Já a segunda, abrange as características de resistência e
deformabilidade das camadas do pavimento e subleito, face às forças destrutivas
atuantes. A condição estrutural está ligada às características dos materiais utilizados e as
espessuras das camadas que compõem o pavimento e características do subleito.
Segundo MARCON (1996), a avaliação de superfície de pavimentos é uma atividade que,
mediante procedimentos padronizados de medidas e observações, permite inferir
condições funcionais e estruturais dos pavimentos. As metodologias para executar
levantamentos deste tipo são baseadas nas medições e/ou verificações da presença de
defeitos, que aparecem na superfície dos pavimentos. As causas destes defeitos são
provenientes de uma série de fatores como tráfego, clima, processos construtivos e
características físicas dos materiais. Estes fatores podem atuar separados ou
concomitantemente.
Segundo FERNANDES et.al. (1994), os objetivos da avaliação de pavimentos são:
• verificar se a função pretendida ou o desempenho esperado está sendo
alcançado;
• fornecer informações para o planejamento da restauração de pavimentos
existentes;
• fornecer informações para melhorar a tecnologia de projeto, construção e
manutenção;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
29
• avaliar a capacidade estrutural;
• quantificar ou qualificar a deterioração física (trincamento, deformação e
desgaste);
• efeitos relacionados ao usuário (irregularidade longitudinal ou serventia,
segurança e aparência);
• custos de operação do usuário e benefícios associados à variação de
serventia e segurança.
Portanto, para a avaliação de um pavimento necessita-se indubitavelmente de uma gama
de atividades que venham fornecer informações no que diz respeito ao seu estado
funcional e estrutural, através de parâmetros como: os defeitos de superfície, as
deformações permanentes, a irregularidade longitudinal, a deflexão recuperável a
capacidade estrutural do pavimento, a solicitação do tráfego, a aderência entre
pneu/pavimento e os agentes do intemperismo. Estas informações servem para planejar
medidas acertadas de intervenções que venham a restabelecer as características de
funcionalidade bem como estrutural do pavimento avaliado.
2.2 – Avaliação Funcional de Pavimentos Flexíveis
Uma das principais realizações da Pista Experimental da AASHO foi o desenvolvimento
do conceito e dos métodos de avaliação do conforto ao rolamento. O conforto ao
rolamento foi desde então considerado o melhor parâmetro para exprimir a funcionalidade
de um pavimento. Além de construir uma medida de satisfação do usuário, também está
relacionado com os custos de operação dos veículos (DNER, 1998).
A característica funcional de um dado pavimento pode ser definida como sendo as
manifestações de ruína constatadas na sua superfície, as quais podem ser enquadradas
em duas grandes famílias: as características de degradação superficial e as de
deformação permanente, que resultam, conseqüentemente, na perda da serventia quanto
ao rolamento, segurança e conforto.
Segundo BARROS e GONTIJO et. al. (1994), para a avaliação das características
funcionais de um pavimento, ou a serventia por ele externada, torna-se imprescindível
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
30
definir o tipo dos defeitos superficiais representativos e promover o seu levantamento,
que podem ser através de duas técnicas distintas:
• A técnica das avaliações subjetivas, que permitem definir o estado de
degradação do pavimento a partir de conceitos qualitativos
(alfanuméricos);
• A técnica das avaliações objetivas, que permite expressar a degradação
do pavimento através de quantificação numérica e da distribuição de
severidade das diversas manifestações de ruína.
2.2.1 – Técnica de Avaliação Subjetiva
As avaliações subjetivas fornecem o estado de deterioração do pavimento utilizando-se
do conceito de serventia, que foi apresentado por CAREY e IRICK em 1960 ( apud
FERNANDES JR,1994), que eram chefes de pesquisas e do departamento de dados
quando da AASHO Road Test, respectivamente.
Segundo o Strategic Highway Reserch Program (SHRP) de 1993 ( PRESTES, 2001), os
pavimentos podem, por diversas razões, apresentar uma gama variada de patologias, que
a partir de agora será denominado de defeitos. Já o fenômeno que rege a mudança da
condição do pavimento é conhecido como deterioração. O decréscimo da condição, ou da
serventia do pavimento ao longo do tempo é conhecido como desempenho.
A serventia pode ser definida como sendo a capacidade de um determinado pavimento
proporcionar um rolamento suave, confortável, seguro e econômico, atendendo a função
para o qual fora projetado num tempo t, na época da observação.
Para HAAS, HUDSON e ZANIEWSKI em 1994 (apud FERNANDES JR, 1994), a
avaliação funcional de uma rodovia, baseada no conceito de serventia, é voltada ao
desempenho dos pavimentos avaliada a condição da superfície de rolamento dos
veículos, principal preocupação dos usuários.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
31
O desempenho é a capacidade de um pavimento servir satisfatoriamente ao tráfego
durante um dado período, que pode ser interpretado como a variação da serventia com o
tempo e/ou tráfego (figura 2.1) (FERNANDES et. al., 1995).
MOAVENZADEH (1971 apud FERNANDES JR 1994),define desempenho de um
pavimento submetido a um determinado tráfego, em um dado meio ambiente, como sua
habilidade em prover um nível de serventia aceitável, com grau específico de
confiabilidade, para um grau de manutenção determinado. A perda da habilidade de
prover o nível de serventia necessário, resultante do acúmulo de deterioração durante um
determinado período de tempo, pode ser considerado como ruptura do pavimento.
Portanto, a vida em serviço de um pavimento corresponde ao número de solicitações
necessário para que o índice de serventia atinja uma qualidade, expressa por uma nota,
por exemplo, inaceitável pelos usuários.
Figura 2.1 - Conceito de Serventia – Desempenho (FERNANDES, 1994).
CAREY & RICK (1960 apud FERNANDES JR, 1994), identificaram cinco hipóteses
fundamentais relacionadas com o conceito de serventia e desempenho dos pavimentos,
resumidos a seguir:
• o propósito principal de um pavimento é servir ao público que trafega
sobre o mesmo, com conforto e segurança;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
32
• em geral, as opiniões dos usuários sobre o modo de como estão sendo
servidos pelas rodovias é subjetiva,
• no entanto, existem características das rodovias que se relacionam com
algumas características dos pavimentos passíveis de serem medidas
objetivamente;
• a serventia de uma seção de rodovia pode ser expressa através da
avaliação média de todos os usuários, baseando-se no fato que existem
diferentes opiniões entre usuários;
• admite-se que o desempenho é uma avaliação global da história da
serventia de um pavimento ao longo do tempo.
Com base nas hipóteses retromensionadas, CAREY & IRICK em (1960 apud
FERNANDES JR, 1994), desenvolveram um índice para avaliar a serventia dos
pavimentos conhecido como “Present Serviceability Rating” (PSR), que corresponde a um
valor de 0 a 5, obtido pela média das observações de 5 avaliadores capacitados. Cada
membro da equipe de avaliadores deveria ignora as condições geométricas (rampas,
raios, etc), as condições de aderência pneu/pavimento e as depressões extensas
provenientes de recalques de aterros e bueiros, devendo concentrar-se apenas no
conforto oferecido pelo pavimento, observando os ressaltos, as variações locais nos perfis
longitudinal e transversal, principalmente os provocados pelos sulcos nas trilhas de rodas.
Os principais erros sistemáticos que podem ocorrer na determinação do PSR são:
• erro na tolerância (leniência): tendência constante do avaliador de avaliar
muito alto ou muito baixo;
• efeito halo: o julgamento do avaliador é tendencioso em função de sua
impressão geral da rodovia;
• erro de tolerância central: refere-se à hesitação do avaliador em fazer
julgamento nos extremos e, portanto, conferir valores sempre próximos
da média.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
33
Os estudos desenvolvidos na AASHTO Road Test permitiram estabelecer que 95% das
informações necessárias à avaliação da serventia, decorrem das irregularidades do perfil
do pavimento considerado, restando apenas 5% para os demais fatores. Desta forma, a
irregularidade é a grandeza física que melhor se correlaciona com a qualidade de
rolamento (DNER, 1998; PREUSSLER e PINTO, 2002).
A avaliação da irregularidade de pavimentos será abordada no item 2.2.5 deste capítulo.
As dificuldades devido ao custo elevado decorrente da utilização sistemática de equipes,
e também, da necessidade de agilizar o processo de avaliação, levou CAREY e IRICK em
(1960 apud FERNANDES JR,1994), a desenvolver um parâmetro para avaliar
objetivamente a serventia do pavimento, onde se investigou uma correlação entre o PSR
e parâmetros definidores da condição funcional do pavimento, denominado de “Present
Serviceability Index” (PSI). O PSI é dado conforme equação 2.1:
Sendo:
SV – variância (quadrado do “desvio padrão”) das irregularidades longitudinais
medidas com o perfilômetro da AASHTO;
C – proporção de 1 para 1.000 de áreas com trincas de classe 2 e 3;
P – proporção de 1 para 1.000 de áreas remendadas;
RD – profundidade média dos afundamentos de trilhas de roda.
Tipicamente o PSI de um pavimento novo está entre 4,5 e 4,0, sendo que 5,0 indica um
estado funcional excelente. O valor de PSI menor que 2,0 indica um pavimento ruim em
estado de funcionalidade, necessitando até a sua reconstrução total. Já um PSI entre 2,0
e 2,5 retrata um pavimento em estado regular admissível de funcionalidade, requerendo a
sua imediata restauração, a fim de elevar o seu PSI para valores próximos dos iniciais.
No Brasil, o DNIT, com base nos estudos da ASSHO Road Test, instituiu um
procedimento subjetivo através da norma DNER PRO–07/94 (revisada em 06/08/2003
(2.1)238,101,0)1log(91,103,5 RDPCSVPSI ×−+×−+−=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
34
para DNIT 009/2003-PRO) (DNIT, 2003a), recebendo a nomenclatura de VSA (Valor da
Serventia Atual).
O Valor da Serventia Atual pode ser definida como sendo a medida subjetiva das
condições de superfície de um pavimento, feita por um grupo de avaliadores que
percorrem o trecho sob análise, registrando suas opiniões sobre a capacidade do
pavimento de atender às exigências do tráfego que sobre ele atua, no momento da
avaliação, quanto à suavidade e ao conforto.
Para obter o VSA, uma equipe formada por cinco avaliadores percorre o segmento da
rodovia em um veículo de passeio, trafegando a uma velocidade próxima da velocidade
limite estabelecida para o trecho. Cada avaliador atribui uma nota subjetiva que varia no
intervalo de 0 a 5. A média das notas individuais corresponde ao VSA, de acordo com os
seguintes conceitos:
Tabela 2.1 – Conceitos do Valor de Serventia Atual
Para a determinação do VSA, devem ser escolhidos segmentos homogêneos, com
extensão máxima de 2km.
Existe outro tipo de levantamento o DNIT 008/2003 – PRO (DNIT, 2003b) que tem
objetivo de analisar a condição de superfície dos pavimentos de modo contínuo,
denominado levantamento visual contínuo com o objetivo de um sistema de gerência de
pavimentos. É realizado por técnicos no interior do veículo, trafegando no trecho a uma
velocidade média de 30 a 40 km/h, em que são registradas as ocorrências dos defeitos na
faixa de rolamento. O avaliador estabelece segmentos com 1,0 km de extensão, de modo
CONCEITO VSA
Péssimo 0 a 1
Ruim 1 a 2
Regular 2 a 3
Bom 3 a 4
Ótimo 4 a 5
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
35
a anotar as ocorrências preponderantes que ocorrem na superfície do pavimento. A
freqüência dos defeitos e os pesos correspondentes proporcionam o cálculo do índice de
Gravidade Global Expedito (IGGE).
Para cada um dos defeitos de um determinado segmento, devem ser anotadas as
freqüências ditas altas (A), médias (M) ou baixas (B), e as severidades, em ordem
crescente de graduação, (1), (2) ou (3).
O técnico atribui também uma nota de 0 a 5 ao trecho, relativa ao conforto e à segurança
do usuário, denominado Índice de Condição do Pavimento Flexível (ICPF), que se
assemelha ao PSI adotado pela AASHTO ou VSA (valor da serventia atual).
O Índice de Condição do Pavimento Flexível (ICPF) é estimado com base na avaliação
visual do pavimento, classificando a superfície do segmento segundo conceitos de
excelente a péssimo, tendo em vista a aplicabilidade das medidas de manutenção
determinadas pelo profissional avaliador. A variação mínima do valor Índice é de meio
ponto (PREUSSLER e PINTO, 2002).
Tabela 2.2 – Tipos de serviços em função do ICPF (DNIT, 2003b).
O cálculo do IGGE (Índice de Gravidade Global Expedito) é feito utilizando-se a seguinte
fórmula:
Sendo:
- Ft, Pt = Freqüência e Peso do conjunto de trincas t:
CONCEITO DESCRIÇÃO ICPF
Excelente Necessita apenas de conservação rotineira 4,5-5,0
Bom Aplicação de micro revestimento – Desgaste superficial, trincasnão muito severas em áreas não muito extensas
3,5-4,0
RegularCorreção de pontos localizados ou recapeamento – pavimentotrincado, com “panelas” pouco freqüentes e com irregularidadelongitudinal e/ou transversal.
2,5-3,0
MauRecapeamento com correções prévias – defeitos generalizadoscom correções prévias em áreas localizadas – remendossuperficiais profundos
1,5-2,0
Péssimoreconstrução – defeitos generalizados com correções prévias em toda a extensão. deterioração do revestimento e das demaiscamadas – infiltração de água e descompactação.
0,0-1,0
)()()( PprxFprPoapxFoapPtxFtIGGE ++= (2.2)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
36
TR – Trincas isoladas
TJ – Trincas interligadas tipo jacaré
TB – Trincas interligadas tipo bloco
- Foap, Poap = Freqüência e Peso do conjunto de deformações:
AF – Afundamento plástico e trilhas de rodas
ON – Ondulações
- Fpr, Ppr = Freqüência (quantidade por km) e Peso do conjunto de panelas e
remendos:
P – Panelas
R – Remendos
As tabelas 2.3 e 2.4 fornecem o valor dos pesos para o cálculo do IGGE em função da
freqüência e da gravidade de ocorrências de defeitos.
Tabela 2.3 – Critérios para determinação do IGGE (DNIT, 2003b).
Tabela 2.4 – Pesos para o cálculo do IGGE (DNIT, 2003b).
Gravidade Pt Poap Ppr
3 0,65 1,00 1,00
2 0,45 0,7 0,80
1 0,30 0,6 0,70
Panelas (P) e Remendos (R)
FreqüênciaFator Fpr
Quantidade/kmGravidade
A – ALTA > 5 3
M – MÉIDA 2 – 5 2
A – ALTA < 2 1
Demais defeitos (trincas, deformações)
Freqüência Fator Ft e Foap Gravidade
A – ALTA > 50 3
M – MÉIDA 50 – 10 2
A – ALTA < 10 1
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
37
A partir desses levantamentos, foi estabelecido o IES (índice do Estado de Superfície)
que é um valor, compreendido entre 0 e 10, que cresce na medida em que aumenta a
incidência e a severidade dos defeitos de superfície, tendo sido concebido para sintetizar
os resultados dos inventários de condição de superfície, com base nos critérios da tabela
2.5.
Tabela 2.5 – Faixa, valores, códigos e conceitos de IGGE, ICPF e IES (DNIT, 2003a).
2.2.2 – Técnica de Avaliação Objetiva
A avaliação objetiva é compreendida pelo processo que busca definir o nível de serventia
dos pavimentos rodoviários através do inventário das degradações superficiais e
geométricas existentes.
No Brasil, existem duas normas uma é o procedimento DNER PRO-08/94 (revisada em
06/08/2003 para DNIT 006/2003-PRO),(DNIT, 2003c) que foi desenvolvido a partir dos
estudos realizados pelo Profo Armando Martins Pereira, no qual é estabelecida uma
metodologia para a quantificação numérica dos defeitos. Neste inventário são avaliados e
quantificados os tipos de defeitos superficiais ocorrentes: trincas, panelas, remendos,
desgaste, exsudação, etc. Através do cálculo das freqüências absoluta e relativa de
ocorrência individual de cada defeito detectado em área amostral por estaca, calcula-se o
Índice de Gravidade Global (IGG) que corresponde a soma dos índices individuais,
DESCRIÇÃO IES CÓDIGO CONCEITO
IGGE < 20 e ICPF > 3,5 0 A ÓTIMO
IGGE < 20 e ICPF < 3,5 1
BBOM
20 < IGGE < 40 e ICPF > 3,5 2
20 < IGGE < 40 e ICPF < 3,5 3C REGULAR
40 < IGGE < 60 e ICPF > 2,5 4
40 < IGGE < 60 e ICPF < 2,5 5D RUIM
60 < IGGE < 90 e ICPF > 2,5 7
60 < IGGE < 90 e ICPF < 2,5 8E PÉSSIMO
IGGE > 90 10
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
38
traduzindo a serventia do pavimento existente. E a outra, é a especificação DNER ES-
128/94 (revisada em 06/08/2003 para DNIT 007/2003-PRO), (DNIT, 2003d) proposta pelo
IPR/DNER, elaborado para fins de gerência de pavimentos. Esta norma PRO 007
consiste na medida das dimensões dos defeitos dentro da área amostral das estações.
2.2.3 – Índice de Degradação
Segundo MARCON (1996), um índice de degradação pode ser definido como sendo um
valor numérico obtido através da atribuição de escala de valores e fatores de ponderação
para cada tipo de defeito avaliado. Variam dentro de limites definidos, o que permite
estabelecer faixas que qualificam as condições gerais dos pavimentos e
conseqüentemente a medida de manutenção mais adequada. Com respeito à escala
merece ressaltar que pode ser crescente em função do aumento de defeitos ou
decrescente. Afirma ainda o autor que a elaboração de índices de degradação é uma
tarefa complexa envolvendo vários componentes como seleção das variáveis envolvidas,
definição dos fatores de ponderação, escolha das escalas e finalidade do índice.
Os índices de degradação são determinados em função de parâmetros inerentes a cada
método utilizado, a exemplo, cita-se: o Índice de Gravidade Global – (IGG) (DNIT
006/2003-PRO), os índices de degradação “Pavement Condition Index” (SHANIN e
WALTER, 1991), o Índice Global de Degradação (AUTRET e BROUSSE, 1991) e outros
índices de degradação que fazem uso dos defeitos de superfície e outros fatores como
irregularidade (PRAKASH et. al., 1994), deflexão e irregularidade (GONTIJO et.al., 1994).
2.2.4 – Levantamento dos Defeitos de Superfície
Segundo VILLIBOR et. al. (2000), uma das mais importantes avaliações de pavimento é o
levantamento das condições superficiais, que espelham diretamente as condições
funcionais e subjetivamente as estruturais.
2.2.4.1 – Objetivo do Levantamento de Defeitos de Superfície
A presença de um defeito de superfície num pavimento deve ser caracterizado
adequadamente, a fim de permitir a tomada de decisões eficazes quanto à sua
restauração satisfazendo o binômio técnico-econômico.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
39
Segundo autores como GORDON et al. (1985), AASHTO (1993), GRIVAS et al. (1991),
BARROS (1991) PRAKASH et al. (1994) e HASS et al. (1994 apud MARCON, 1996), as
avaliações têm as seguintes finalidades:
a) determinação da condição atual de um trecho ou de uma rede de
pavimentos;
b) elaborações de curvas de previsão de deterioração a partir do
momento que se disponha de um conjunto apropriado de dados de
levantamentos de defeitos.
c) identificação das necessidades atuais e futuras de rede, quanto à
manutenção com base na velocidade de deterioração determinada
por curvas de previsão;
d) estabelecimento de prioridades na programação de investimentos sob
restrição orçamentária;
e) determinação da eficácia das alternativas de intervenção de
manutenção, permitindo a seleção adequada da solução a ser
empregada;
f) verificações das prováveis causas de acidentes;
g) definição de trechos homogêneos para fins de projeto e seleção de
alternativas;
h) detecção de mudanças de condições entre duas avaliações
periódicas;
i) definição das causas dos defeitos, fatores ambientais, cargas,
problemas construtivos, materiais, etc, com vistas à política de
manutenção como sugerido em CARDOSO et al. (1993).
2.2.4.2 – Caracterização e Tipos de Defeitos Levantados
A caracterização dos defeitos de superfície é uma ferramenta importante para a definição
da condição de um pavimento, pois reflete a situação atual na qual se encontra a
estrutura. Um defeito é tido como sendo de classe estrutural quando é associado à perda
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
40
da capacidade de suporte do pavimento em suportar as cargas a ele impostas. Já os
defeitos de classe funcional estão ligados à qualidade de rolamento, segurança e
conforto. Salienta-se que os defeitos estruturais tendem a apresentar problemas de ordem
funcional, no entanto, eventualmente alguns pavimentos com alguns defeitos de ordem
funcional podem estar estruturalmente íntegros.
Cada uma das classes, funcional ou estrutural, pode apresentar diversos tipos de
defeitos, sendo resultado de uma ou mais causas (umidade, drenagem, temperatura,
carregamento). Portanto, os inventários de defeitos devem fornecer informações quanto
ao tipo, a severidade e a intensidade de cada um dos defeitos, a fim de permitir a
determinação das causas que levaram a estrutura à deterioração e buscar a melhor
alternativa para a restauração do pavimento (DNER, 1998).
Segundo SHANIN & KOHN (1979), EPPS & MONISMITH (1986), AASHTO (1993),
AUTRET & BROUSSE (1991) e GRIIVAS et. al (1991 apud MARCON, 1996), são três os
requisitos para a caracterização de um defeito:
1) tipo: identificação do defeito, procurando classificá-lo pelo mecanismo
causador;
2) severidade: anotação da progressão do defeito a fim de determinar o
grau de deterioração;
3) densidade: avaliação da extensão relativa de área do pavimento atingida
por cada defeito e respectiva severidade.
É importante compreender alguns conceitos inerentes à terminologia dos defeitos, para
que sejam corretamente identificados. Existem muitas vezes dificuldades na classificação
dos defeitos, seja por sua morfologia ou por sua gênese, que poderão ser agravadas em
função da falta de controle tecnológico durante a fase de execução do pavimento. Isto
pode contribuir para que diversas causas concorram, simultaneamente para a
manifestação de um defeito. Portanto, deve-se distinguir a morfologia de um defeito da
sua gênese, onde a primeira está relacionada com a forma de um dado defeito e a
segunda refere-se as possíveis causas inerentes ao referido defeito.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
41
Segundo MARCON (1996), na avaliação de superfície de pavimentos os defeitos são
registrados ou anotados de acordo com o método utilizado. Este por sua vez é,
geralmente, elaborado para atender fins específicos como projeto, programação de
manutenção, modelos de desempenho e gerência de pavimentos.
No Brasil, os defeitos normalmente levantados são aqueles descritos na Norma DNER
TER-01/78 (revisada em 06/08/2003 para DNIT 005/2003-TER) (DNIT, 2003e) esta
terminologia define os termos empregados nos defeitos que ocorrem nos pavimentos
flexíveis e semi-rígidos, conforme tabela 2.6. Segundo (DNER, 1998), os tipos e classes
dos defeitos de superfície em pavimentos com revestimentos asfálticos estão listados na
tabela 2.7. Algumas das possíveis causas de defeitos de superfície em pavimentos
asfálticos que afeta o seu desempenho e acelera a sua deterioração estão listados na
tabela 2.8. No entanto faltam alguns tipos de defeitos nesta lista, especificamente no que
concerne aos revestimentos constituídos de tratamento superficial.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
42
Tabela 2.6 – Resumo dos defeitos com sua codificação e classificação (DNIT, 2003e)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
43
Tabela 2.7 – Tipos e classes dos defeitos de superfície em pavimentos com revestimentos
asfálticos (DNER, 1998)
Na tabela 2.7 algumas ressalvas são importantes com relação a classe de defeito
atribuída ao trincamento por fadiga e depressões, em que são classificados
estruturalmente dependendo do nível de severidade, tal assertiva não está correta, pois
estes defeitos sempre são de ordem estrutural. Quanto à classificação do tipo de defeito
agregados polidos não ser funcional também está incorreta, pois pode tornar a superfície
do pavimento em épocas chuvosas bastante escorregadia gerando insegurança ao
usuário.
TIPO DE DEFEITIOCLASSE DE DEFEITO
FUNCIONAL ESTRUTURALTrincamento por fadiga S DTrincamento em bloco S D
Trincamento longitudinal S D
Trincamento transversal S D
Trincamento na borda S D
Trincamento parabólico S D
Depressão N D
Afundamento nas trilhas de roda D S
Corrugação N S
Escorregamento D S
Desgaste D S
Exsudação N S
Agregados polidos N S
Remendos S S
Panelas S S
Desnível entre pista e acostamento N S
Separação entre pista e acostamento N S
Bombeamento S SLegenda:S - simN-nãoD- depende do nível de severidade
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
44
Tabela 2.8 – Alguns fatores que afetam no desempenho e na deterioração dos
pavimentos asfálticos (DNER, 1998)
Dois pontos de suma importância merecem consideração na avaliação de superfície, são
eles: a área de amostragem e confiabilidade.
CAUSAS GENÊRICAS CAUSAS ESPECÍFICASTIPOS DE DEFEITOS
ENCONTRADOS
Relacionados com o
tráfego
Cargas repetidas (fadiga) Trincas
Carga excessivaRuptura do
revestimento
Escorregamento de capa Trincas côncavas
Fluência plásticaDeformação por
deslocamento da capa
Densificação (compactação) Trilhas de roda
Relacionados com o
clima
Mudanças de umidade retração ou
expansãoTrincas
Relacionados com o
método de construção
Compactação com temperatura
inadequadaTrincas
Pouca compactação Deformações
Relacionados com os
materiaisFalta de qualidade dos materiais
Trincas
Depressão
Trilhas de roda
Corrugação
Escorregamento
Desgaste
Exsudação
Agregados polidos
Remendos
Panelas
Desnível entre a pista
e o acostamento
Bombeamento
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
45
a) Área de Amostragem
A avaliação de superfície de um pavimento pode ser feita de duas formas: contínua ou por
amostragem, a primeira é quando se considera toda a área do pavimento de forma
contínua, a segunda trata-se da avaliação de apenas partes da área do pavimento
avaliado.
Podem ser feitos os seguintes comentários com relação aos dois tipos de procedimento:
• quando o levantamento é realizado de forma contínua se utiliza
normalmente equipamento de filmagem ou fotográfico, ou o avaliador
desloca-se com um veículo; por outro lado a opção de avaliação por
amostragem é realizada preferencialmente a pé;
• quando o levantamento é realizado por amostragem, divide-se todo o
trecho em seções. Seleciona-se um número limitado de seções inteiras
(SHANIN e WALTER, 1990). Ë importante também, que a área
amostrada seja suficiente para não provocar erros de interpretação e a
determinação do posicionamento das amostras ao longo deve ter caráter
aleatório (HASS et. al. 1994).
• a quantidade de área a ser amostrada merece atenção especial nos
seguintes pontos principais:
- finalidade: o tamanho da amostra para a utilização em
projetos de manutenção deve ser maior do que aqueles
destinados à gerência de pavimentos;
- custos: o crescimento da área amostrada aumenta
concomitantemente os gastos com pessoal e
equipamento.
Atualmente nos métodos vigentes normatizados pelo DNIT para a avaliação de superfície
a área avaliada é variável. Quanto a área de amostragem as normas do DNIT, se referem
aos seguintes percentuais:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
46
• o procedimento DNIT 006/2003 – PRO (DNIT, 2003b) considera 15% da
área total avaliada;
• o procedimento DNIT 007/2003 – PRO (DNIT, 2003c) considera 1,8%
para os segmentos de 20 km a 12% para segmentos homogêneos de
300 m.
Estes métodos citados serão detalhados no item 2.2.4.3. Quanto à área de amostragem
alguns autores fazem as seguintes considerações:
• CENEK et. al. (1994 apud MARCON, 1996), relatam que na Nova
Zelândia o percentual de área amostrada para a gerência de pavimentos
corresponde a 10%.O mesmo percentual é sugerido em Gordon et. al.
(1995).
• EPPS e MONISMITH (1986 apud MARCON, 1996), recomendam a
avaliação de pelo menos três amostras por milha para estimar a
condição de um segmento e no mínimo 25% da área do pavimento para
decisões de projeto.
• SHANIN & WALTER (1990 apud MARCON, 1996), discorrem que o
Sistema de Gerência de Manutenção de Pavimentos utiliza percentual
variável de amostras entre 10% e 25% em nível de rede, em nível de
projeto a área amostrada varia de acordo com o erro permitido e a
variabilidade do defeito observado.
b) Confiabilidade
Segundo os autores EPPS & MONISMITH (1986), GRIVAS et. al. (1991), LIVENEH (1994
apud MARCON, 1994), a ocorrência de erros de cada avaliador e a discrepância de
resultados entre avaliadores é um fato constatado em todas as aplicações dos métodos
existentes. Na consideração deste assunto, é importante a análise de alguns tópicos
gerais:
• qualidade dos dados depende de fatores como:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
47
- precisão – está relacionada aos erros cometidos nas
medidas;
- repetibilidade - diz respeito à capacidade de obter
resultados idênticos repetindo várias vezes uma medida
por um avaliador;
- reprodutibilidade- diz respeito à capacidade de diferentes
avaliadores obterem o mesmo resultado.
• devem ser considerados também os erros cometidos pelos avaliadores
e cujas causas são próprias dos indivíduos. Segundo GORDON (1985
apud MARCON, 1996), os erros de avaliação intrínsecos às pessoas
são:
- leniência- é a tendência constante de avaliar muito alto ou
muito baixo, por qualquer razão;
- tendência central- é a hesitação do avaliador em fazer
julgamentos nos extremos e portanto conferir sempre
valores próximos à média;
- efeito ralo- o julgamento do avaliador é contaminado por
critérios irrelevantes, que constituem o que pode ser
chamada de impressão geral das condições da rodovia.
Este erro é o mais provável no julgamento de defeitos
menos freqüentes;
- lógica de avaliação- é atribuído a pressuposições lógicas
na mente do avaliador. É coerência lógica aparente de
vários parâmetros independente da seção da rodovia, por
exemplo, a coerência atribuída a remendo e
irregularidade;
- proximidade- é atribuído à avaliação de dois parâmetros
que estão fisicamente próximos a tempos distintos, por
exemplo, a avaliação de quebra de borda e condição do
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
48
acostamento deve ser separada no tempo durante uma
avaliação;
• A garantia da qualidade dos dados pode ser obtida repetindo o
levantamento de 2 a 3% da amostra avaliada. Este procedimento deve
ser executado por uma equipe especial, e após o término dos
levantamentos;
O treinamento dos avaliadores é, sem dúvida, a melhor maneira de aumentar a
confiabilidade dos dados. Esta atividade pode ser executada através de atividades de
trabalho, juntando o conhecimento recebido à prática.
2.2.4.3 – Métodos de Levantamento de Defeitos de Superfície
Os métodos de levantamentos de defeitos de superfície possuem a finalidade de
quantificar e qualificar o tipo, severidade e a densidade de cada defeito que surge na
superfície do pavimento.
Os levantamentos de defeitos de superfície podem ser executados por duas técnicas
distintas (AASHTO, 1990; HASS et. al. 1994; LIVNEH, 1994; GORDON et. al., 1995 apud
MARCON 1996) e DNER (1998), através de levantamentos manuais (de alta ou baixa
velocidade do veículo) ou levantamentos automatizados.
No levantamento manual a equipe é normalmente formada por duas ou três pessoas, um
veículo de passeio e equipamentos para conduzir o levantamento.
O deslocamento do avaliador sobre o pavimento pode ser de duas maneiras:
a) a pé quando o avaliador caminha sobre ou ao lado da superfície
considerada;
b) através de um veiculo que trafega em velocidade adequada, que
permita ao avaliador fazer todos os registros necessários. Segundo
alguns autores, as velocidades normalmente são baixas, de 4 a 10
milhas/hora, de 6,4 a 16 km/h (HASS et al, 1994), de 10 a 20 km/h
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
49
(GONTIJO et al., 1994 ), de 20 a 30 km/h (AUTRET e BROUSSE,
1991 ), de 3 a 10 km/h (DNER, 1998).
No levantamento automatizado os defeitos de superfície são registrados através de vídeo-
filmagens, com emprego de câmaras de alta precisão instaladas na região frontal ou
traseira do veículo, podendo realizar o levantamento visual contínuo dos defeitos
ocorrentes na superfície do pavimento (com processamento posterior de imagens), bem
como, o cadastro de elementos da rodovia tais como acostamentos, sinalização,
defensas, dispositivos de drenagem, etc.
Existem vários métodos nacionais e internacionais de levantamento de defeitos de
superfície, a seguir serão apresentados sucintamente os métodos mais conhecidos.
O DNIT possui duas normas para a realização objetiva das condições de superfície de
pavimentos flexíveis ou semi-rígidos, que são:
a) DNIT 006/2003-PRO
Esta metodologia baseou-se no “Severity Index” utilizado no Canadá pelo “Saskatchewn
Departmenrt of Highways and Transportion”, que foi adaptado pelo Profo Armando Martins
Pereira como já comentado no item 2.2.2. A sua sistemática permite determinar o Índice
de Gravidade Global – (IGG). Como este procedimento foi utilizado nesta pesquisa, para
o levantamento dos defeitos de superfície, a seguir será detalhada conforme especifica a
sua Norma.
a.1) Localização das Superfícies de avaliação
As superfícies de avaliação devem seguir o seguinte critério:
• nas rodovias de pista simples, a cada 20m alternados em relação ao eixo
da pista de rolamento (40 m em 40 m em cada faixa de tráfego);
• nas rodovias com pista dupla, a cada 20m, na faixa de tráfego mais
solicitada de cada pista.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
50
a.2) Demarcação das Superfícies de avaliação
As superfícies de avaliação devem ser demarcadas sobre o pavimento, por meio de
pintura com tinta de demarcação. Cada estação recebe o número correspondente à
estaca ou distância ao marco quilométrico, número este a ser pintado junto à borda do
revestimento.
A demarcação citada deve ser feita com um gabarito apropriado, constando em cada
caso, de um traço de 0,30 m x 0,025 m, coincidente com a seção transversal, tendo sua
extremidade externa distante 0,06 m da borda do revestimento da pista de rolamento.
Devem ser pintados mais dois traços, um 3,00m avante e outro 3,00m à ré.
a.3) Medida das Flechas
As flechas devem ser medidas em milímetros, em cada estação demarcada, utilizando-se
a treliça conforme figura 2.2. Estas medidas são executadas nas trilhas de roda interna
(TRI) e externa (TRE), anotando-se o maior valor medido em cada trilha. Caso a estação
apresente remendo ou panela que inviabilize a medida da flecha, a treliça pode ser
deslocada, com a condição de se obter uma flecha no interior da área previamente
demarcada.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
51
Figura 2.2 - Treliça para a medição das flechas nas trilhas de roda (DNIT, 2003b).
a.4) Inventário das Ocorrências (Defeitos)
Em cada área demarcada deve ser anotada (ver tabela 2.9) a presença de todas as
ocorrências no pavimento segundo (DNIT, 2003b), com as seguintes particularidades:
• Para efeito desta Norma todas as Trincas Isoladas serão anotadas como
do Tipo l.
• Os Remendos Superficiais e Remendos Profundos serão anotados como
Remendos - R.
• Deve ser anotado, ainda, o tipo de seção de terraplenagem ocorrente na
estação de avaliação (A = Aterro, C = Corte, SMA = Seção mista, lado de
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
52
aterro, SMC = Seção mista, lado de corte, CR = Corte em rocha, PP =
Ponto de passagem).
Tabela 2.9 – Planilha de Inventário do Estado de Superfície do Pavimento (DNIT, 2003b).
Tabe
la 2
.9 –
Pla
nilh
a de
Inve
ntár
io d
o E
stad
o de
Sup
erfíc
ie d
o P
avim
ento
(DN
IT, 2
003b
).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
53
a.5) Cálculos das Freqüências Absolutas e Relativas
Para as ocorrências a seguir listadas, de acordo com a codificação da Norma DNIT
005/2003-TER (DNER, 2003d) devem ser calculadas as freqüências absolutas e relativas
das ocorrências inventariadas (ver tabela 2.10):
• Tipo l - Trincas Isoladas (FI, TTC, TTL, TLC, TLL e TRR);
• Tipo 2 - FC-2 (J e TB);
• Tipo 3 - FC-3 (JE e TBE);
• Tipo 4 - ALP e ATP;
• Tipo 5 - O e P;
• Tipo 6 - EX;
• Tipo 7 - D;
• Tipo 8 - R.
A freqüência absoluta (fa) corresponde ao número de vezes em que a ocorrência foi
verificada. A freqüência relativa (fr) é obtida através da fórmula:
Sendo:
fr – freqüência relativa;
fa – freqüência absoluta;
n – número de estações inventariadas.
(2.3)n
fafr 100×=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
54
Tabela 2.10 – Planilha de Cálculo do Índice de Gravidade Global (DNIT, 2003b).Tabe
la 2
.10
–P
lani
lha
de C
álcu
lo d
o Ín
dice
de
Gra
vida
de G
loba
l (D
NIT
, 200
3b).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
55
a.6) Cálculos dos Parâmetros das Flechas Medidas
Para as flechas medidas, devem ser calculados os seguintes parâmetros (ver tabela
2.10):
• para as rodovias de pista simples, a média ( X ) e a variância (S2) das
flechas medidas nas TRI e TRE de ambas as faixas de tráfego. No caso
de “terceiras faixas”, estes parâmetros devem ser considerados
separadamente;
• para as rodovias de pista dupla, a média ( X ) e a variância (S2) das
flechas medidas nas TRI e TRE das faixas de tráfego mais solicitadas de
cada pista, separadamente.
As fórmulas utilizadas para o cálculo da média e da variância dos valores das flechas TRI
e TRE são as seguintes:
Sendo:
Χ – média aritmética dos valores das flechas medidas (TRI e TER);
S – Desvio padrão dos valores das flechas medidas (TRI e TER);
S2 – variância.
nxi∑=Χ (2.4)
1)( 2
−−
= ∑n
xxs i (2.5)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
56
a.7) Índice de Gravidade Global
Para cada uma das ocorrências inventariadas, deve ser calculado o Índice de Gravidade
Individual (IGI), pela fórmula:
Sendo:
fr - freqüência relativa;
fp - fator de ponderação, obtido de acordo com a tabela 2.11.
Tabela 2.11 – Valor do fator de ponderação (DNIT, 2003b).
Para a média aritmética das médias das flechas e para a média aritmética das variâncias
das flechas, o fator de ponderação a utilizar depende do valor das médias aritméticas,
conforme o critério a seguir explicado:
• quando a média aritmética das médias das flechas for igual ou inferior a
30, o fator de ponderação é igual a 4/3; quando superior a 30, o Índice de
Gravidade Individual é igual a 40;
pr ffIGG ×= (2.6)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
57
• quando a média das variâncias das flechas for igual ou inferior a 50, o
fator de ponderação é igual a 1 (um); quando superior a 50, o Índice de
Gravidade Individual é igual a 50.
O procedimento em questão possui a finalidade de conferir ao pavimento inventariado, um
conceito que retrate o grau de degradação atingido pelo mesmo, onde na tabela 2.12
constam as correspondências entre os conceitos e a faixas de IGG determinadas.
Tabela 2.12 – Conceitos de degradação do pavimento em função do IGG (DNIT, 2003b)
b) DNIT 007/2003-PRO
Segundo GONTIJO et. al. (1994), a especificação de serviço DNER ES 128/83, foi
proposta pelo IPR para levantamento da condição de superfície, referindo-se ao caso
específico de avaliação de segmentos-testemunha selecionados para a gerência de
pavimentos flexíveis e semi-rígidos em nível de rede. Citam ainda os autores que, desta
forma, não se presta este tipo de levantamento para avaliações de pavimentos em nível
de projeto. Porém, como já mencionado, a citada Norma foi revisada para o procedimento
DNIT 007/2003-PRO, onde o seu objetivo foi ampliado para a sua utilização em estudos e
projetos.
No caso do DNIT 007/2003-PRO, uma vez identificado o trecho no PNV (Plano Nacional
Viário), deve ser dividido de forma subjetiva os subtrechos de comportamento homogêneo
apresentando extensões não superiores a 20 km e o número de subtrechos, em um
trecho unitário do PNV, pode variar de 1 a 9. A extensão mínima do subtrecho
homogêneo é de 300 m. A extensão total de um subtrecho homogêneo deve localizar-se
Conceitos Limites
Ótimo 0<IGG<20
Bom 20<IGG<40
Regular 40<IGG<80
Ruim 80<IGG<160
Péssimo IGG> 160
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
58
dentro da jurisdição de uma só UNIT – Unidade de Infra-Estrutura Terrestre (ver figura
2.3). Seguidamente são identificados três segmentos-testemunha com 100m de extensão,
dispostos ao início, meio e fim de cada subtrecho homogêneo.
Figura 2.3 – Identificação dos segmentos homogêneos, tipos de trincas e modo de
medição (DNIT, 2003c)
Finalmente, faz-se o inventário de defeitos marcando nos subtrechos homogêneos seis
“superfícies de avaliação”, distribuídas, duas a duas, ao longo dos três segmentos de 100
m, designadas de A a F, conforme tabela 2.13. Nas escalas longitudinal e transversal uma
divisão do gráfico corresponde a 0,25 m de via. Para a medição das flechas nas trilhas de
roda interna e externa, utiliza-se a mesma treliça do DNIT 006/2003-PRO (ver figura 2.2)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
59
Tabela 2.13 – Ficha para o levantamento da condição de superfície método PRO 006
(DNIT, 2003c).
Neste procedimento o cálculo das porcentagens de trincamento e desgaste é efetuado
através das equações 2.7 e 2.8.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
60
Sendo:
TR – trincamento, em %;
FC-2 – área de trincamento do tipo FC-2;
FC-3 – área de trincamento do tipo FC-3;
P – área de panelas;
R – área de desgaste;
S – superfície de avaliação, m2;
Sendo:
D – desgaste, em %;
S – superfície de avaliação, m2;
c) DNER/Dynatest (DNER/DYNATEST 1991 apud MARCON, 1996)
Esta metodologia foi utilizada em 1991 para avaliação de pavimentos com a finalidade de
implantar um sistema de gerência de pavimentos para as rodovias federais, com as
seguintes características:
• a avaliação é feita de modo contínuo com o veículo trafegando a uma
velocidade de 20 a 40 km/h. com os defeitos sendo registrados
manualmente;
• são registrados os tipos e densidades dos defeitos;
• o avaliador, em função dos defeitos encontrados, estima o ICPF (Índice
de Condição do Pavimento Flexível), a cada quilômetro de extensão
avaliada, preferencialmente. A extensão pode chegar a até 6 km se o
pavimento for homogêneo.
(2.7)( ) 10032(%) ×++−+−=S
RPFCFCÁreaTR
(2.8)
( ) 100(%) ×=S
DÁreaD
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
61
d) Método PARAGON (GONTIJO et. al., 1994 apud MARCON, 1996)
Este método foi elaborado baseando-se nos princípios de avaliação desenvolvidos pelo
Profo Armando Martins Pereira em 1976, tendo os seguintes pontos a destacar:
• é aplicável a pavimento de concreto asfáltico e tratamentos superficiais;
• a avaliação é feita de modo contínuo com o veículo trafegando a uma
velocidade operacional de 10 a 20 km/h;
• são registrados os tipos e severidades dos defeitos;
• com os dados dos defeitos, somados aos de irregularidade e deflexão,
são calculados o índice de degradação superficial (ICDE), o índice de
deformação permanente (ICDP) e o índice deformabilidade elástica
(ICDE). Por último, é calculado o índice de serventia PARAGON (ISP)
em função dos três índices anteriores;
• o calculo dos índices para um trecho é feito para segmentos de 20 m,
divididos em semi-intervalos de 1,0 m.
e) Método VIZIR (AUTRET & BROUSSE, 1991 apud PRESTES (2001)
O Laboratoire Central des Ponts et Chaussées (LCPC) publicou em 1972 um primeiro
catálogo de defeitos de pavimentos estabelecido pelo Centro Coordenador de Trapes
(CCT), com a ajuda dos engenheiros dos “Pontos de Apoio ao Reforço” (PAR) dos
Laboratórios Regionais (LR). Este catálogo, seguido em 1977 pelo Guia de Avaliação de
Pavimentos Flexíveis, apresenta um capítulo tratando da classificação dos levantamentos
e da quantificação dos defeitos da superfície dos pavimentos. O objetivo dos estudos
conduzidos neste âmbito foi de detectar o dano bem antes que ele precise das
reparações (manutenção preventiva) para poder planejar a manutenção.
O método inicia inventariando os defeitos, fazendo referência à sua extensão e à sua
severidade. O levantamento dos defeitos dos pavimentos varia desde 1 para os melhores
pavimentos até 7 para os péssimos.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
62
As características mais importantes são:
• a avaliação é feita de forma contínua, manualmente ou através do
aparelho DESY 2000;
• o avaliador pode deslocar-se a pé ou com um veículo trafegando a uma
velocidade de 20km/h;
• são registrados os tipos, severidades e extensões dos defeitos;
• o método é aplicável a pavimentos flexíveis;são calculados os índices de
fissuração (lf) e de deformação (ld) e com estes dois o índice global de
degradação (ls). Nos cálculos dos índices, o pavimento é secionado em
segmentos de 500 m para gerência de rede e de 200 m para projeto.
Tabela 2.14 – Tipos de defeitos e respectivos níveis de severidade no método VIZIR
(PRESTES, 2001)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
63
f) Método SHRP ( SHRP, 1987 apud PRESTES, 2001)
Em 1987, o programa de pesquisa estratégica de rodovias começou o maior e mais
abrangente teste de comportamento do pavimento da história: o Programa de
Desempenho dos Pavimentos em Longo Prazo (LTPP). Durante os 20 anos do programa,
as agências de rodovias nos Estados Unidos e 15 outros países coletaram dados sobre
condição do pavimento, clima, volume de tráfego e cargas por mais de mil seções de
pavimento. Tais informações possibilitarão que engenheiros de pavimentos planejem
rodovias melhores e mais duráveis.
O manual de identificação de defeitos para o plano de avaliação do comportamento dos
pavimentos em longo prazo foi desenvolvido para oferecer ao programa uma base
uniforme para coletar dados sobre defeitos.
O mecanismo de avaliação analisa defeitos superficiais do pavimento. As distintas falhas
são avaliadas numa escala de acordo com o tipo do pavimento. A tipificação, o grau de
severidade e a extensão são os elementos essenciais na avaliação. Cada um deles é
apreciado numa escala de acordo com o tipo de superfície de rolamento, objeto da
análise. Todos estes tipos de defeitos descritos acima possuem níveis de severidade do
tipo baixo, médio e alto.
g) PCI – Pavement Condition Index (PRAKASH et. al., 1994) apud MARCON(1996)
Este método elaborado e aplicado pelo Ministério dos Transportes de Ontário - Canadá,
normatizado pela ASTM D 5340, tem os seguintes pontos principais a destacar:
• são registrados os tipos, severidades e densidades dos defeitos;
• com os dados de defeitos é calculado o índice de manifestação de
defeitos (DMI-Distress Manifestation lndex);
• junto com os defeitos é avaliada também a condição de rolamento,
através da qual é calculado o índice de condição de rolamento (RCI –
Ride condition lndex);
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
64
• com os dois índices anteriores é calculado o índice de condição do
pavimento (PCI-pavement condition lndex).
h) PC – Pavement Condition Index (SINHIN & WALTER, 1990 apud MARCON, 1996)
Este método foi elaborado pelo Corpo de Engenheiros do Exército do Estados Unidos
e tem as seguintes características principais:
• a avaliação da superfície é feita por amostragem;
• o levantamento é feito a pé e manualmente, e os defeitos registrados em
uma planilha;
• são registrados os tipos , severidades e densidades dos defeitos;
• com base nos defeitos avaliados é calculado o índice de condição do
pavimento (PCI- pavement condition index);
• o método é aplicado a pavimentos flexíveis e rígidos.
2.2.5 – Avaliação de Irregularidades de Pavimentos
Segundo GONTIJO et. al. (1994), na complementação da avaliação funcional de
pavimentos, outro universo a ser considerado refere-se às características das
deformações em perfil, traduzidas pelas deformações permanentes exteriorizadas pelo
pavimento.
Segundo HASS (et al., 1994 apud MARCON, 1996), a irregularidade afeta principalmente
o custo dos usuários através de maiores gastos com a manutenção dos veículos e maior
tempo de viagem, além do desconforto e insegurança. É um tipo de defeito que engloba
todas as distorções da superfície do pavimento, que podem provocar o deslocamento
lateral e vertical do veículo. O deslocamento vertical é provocado pelas distorções
longitudinais, sendo o principal fator de desconforto do usuário. O deslocamento lateral é
gerado pelas curvas horizontais e pelas elevações transversais diferenciadas do
pavimento. A maioria dos veículos (aproximadamente 70%) trafegam em trilha bem
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
65
definida da rodovia e o grau de percepção da irregularidade do pavimento pelo usuário
depende da velocidade do veículo (Hass et al., 1994). Por isso, estes fatores devem ser
considerados no momento da avaliação da irregularidade de um pavimento.
As distorções da superfície são causadas pelas cargas do tráfego que provocam
deformações permanentes, por falhas construtivas ou ainda pela movimentação das
camadas de fundação do pavimento.
Desta forma, a irregularidade de um pavimento pode vir a se constituir, mesmo
isoladamente, num parâmetro definidor do seu índice de serventia.
Existem dois tipos de irregularidades de pavimento, são elas:
• a irregularidade transversal, atribuída à fluência plástica ou à
consolidação diferencial de uma ou mais camadas do pavimento e/ou do
solo de fundação, ocorrentes nas trilhas de roda,e
• a irregularidade longitudinal, atribuída aos afundamentos plásticos ou de
consolidação, localizados ou generalizados, associados a outros defeitos
tais como as ondulações e corrugamentos (GONTIJO, et. al., 1994).
O Perfil Transversal de um pavimento é útil principalmente para a verificação de
deformações superficiais plásticas que se formam normalmente nas trilhas de roda devido
à ação do tráfego e que apresentam sérios riscos à segurança quando o pavimento está
molhado, pois em tais deformações pode haver acúmulo de água superficial que facilita a
perda do contato pneu/pavimento. Esse perfil pode também ser usado para a medida da
condição de drenagem superficial da pista.
No Brasil, normalmente, as medidas de irregularidade transversal têm sido processadas
através do levantamento de seções transversais dispostas em intervalos regulares, de
estaca a estaca, onde são feitas medições pontuais do valor máximo das flechas nas
trilhas de roda (interna e externa), utilizando-se a treliça mostrada na figura 2.2
Como já citado, as medidas de flechas nas trilhas de roda foram normalizadas pelo DNIT
nos procedimento DNIT 006/2003-PRO e DNIT 007/2003-PRO.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
66
O Perfil Longitudinal, por sua vez, inclui o greide, a irregularidade e até a textura do
pavimento, dependendo de como e para que ele é medido. A medida do Perfil
Longitudinal de uma pista rodoviária pode ser feita sobre qualquer linha imaginária
paralela ao eixo da pista. É correto se afirmar que só existe um perfil verdadeiro em cada
linha imaginária que se escolha, e que por isso, normalmente duas medições de perfil
longitudinal só serão iguais se forem realizadas sobre a mesma linha imaginária. Em tese,
pode-se dizer que o perfil verdadeiro seria quase impossível de ser medido, pois ele
depende da precisão dos equipamentos disponíveis para medi-lo, tanto no deslocamento
horizontal, quanto na medida vertical. Quanto mais preciso o equipamento, mais próximo
do perfil verdadeiro.
Por exemplo, para quem está preocupado com a macrotextura de um pavimento, o perfil
inclui medidas de centésimos de milímetros, realizadas muito próximas umas das outras
(a cada décimo de milímetro, por exemplo). Para outras utilidades, como por exemplo,
para conferir o greide da pista, medidas a cada metro, com precisão de milímetros podem
ser mais do que suficientes. Assim, pode-se concluir que os perfis que normalmente são
medidos em um pavimento não representam o perfil verdadeiro, mas somente se
relacionam melhor ou pior com ele, dependendo da metodologia utilizada e da utilidade
que as medidas terão. Na figura 2.4, consta uma ilustração dos perfis transversal e
longitudinal do pavimento.
Segundo o DNER (1998), a determinação da irregularidade longitudinal de um pavimento
pode ser considerada, com boa aproximação, como uma medida indireta de sua
serventia. Desta forma, tornou-se prática corrente na avaliação dos pavimentos por
intermédio de equipamentos que forneçam a irregularidade, pois os valores das
irregularidades são utilizados diretamente, sem a necessidade de convertê-los em índice
de serventia, uma vez que a irregularidade é uma medida objetiva, enquanto o índice de
serventia apresenta um caráter subjetivo.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
67
Figura 2.4 – Ilustração dos perfis transversal e longitudinal do pavimento
(fonte:www.cibermetrica.com.br)
Os equipamentos destinados à medida da irregularidade de um pavimento podem ser
agrupados de acordo com MONISMITH e Epps (1986), DOMINGUES (1991), HASS et al.,
(1994) e WOODSTROM (1990 apud MARCON, 1996) em:
• medidores do perfil da superfície do pavimento;
• medidores de “resposta” do veículo às distorções da superfície do
pavimento.
O desenvolvimento de equipamentos para medição da irregularidade dos pavimentos foi
iniciada em 1920, embora algumas tentativas tenham sido feitas pouco antes de 1900
(MARCON, 1996).
Existe uma grande variedade de equipamentos destinados a medida da irregularidade dos
pavimentos rodoviários, classificados em quatro grupos distintos a seguir apresentados
(DNER, 1998):
a. Sistemas de medida direta do perfil: neste grupo se enquadram aqueles que
envolvem medidas diretas ou manuais da geometria vertical do pavimento,
retratando as distorções que afetam a dinâmica dos veículos, mediante emprego
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
68
de equipamentos de topografia ou instrumentos adequados. Os resultados obtidos
devem ser processados para fornecer valores estatísticos indicativos de
irregularidade. Cita-se, por exemplo, o método de Nível e Mira e a viga Abay do
TRRL;
b. Sistemas de medidas indiretas do perfil: neste grupo se enquadram aqueles que
executam medidas mecanizadas do perfil da via. Os dados resultantes devem ser
processados para fornecer valores como amplitude de onda, coeficiente de
irregularidade, etc. Como exemplo, pode-se citar o Perfilômetro Dinâmico de
Superfície – GMR, o Perfilômetro da AASHTO, Analisador de perfil longitudinal –
APL, Perfilômetro CHLOE entre outros;
c. Sistemas baseados na reação do veículo ou tipo-resposta: neste grupo se
enquadram aqueles que executam medidas relativas entre as oscilações do eixo
traseiro do veículo e sua carroceria e os registram acumulativamente. A partir
destes valores é determinada, estatisticamente, a irregularidade do pavimento.
Como exemplo, pode-se citar o Rugosímetro BPR, Maysmeter e o Sistema
integrador IPR/USP;
d. Sistemas de medida com sonda sem contato: neste grupo se enquadram aqueles
que se baseiam na reflexão de uma onda sonora ou raio laser emitido por um
dispositivo acoplado ao veículo. Como exemplo, pode-se citar o Perfilômetro “laser”
do TRRL e o Perfilômetro “acústico” da Universidade FELT, Perfilômetro PRIMAL
entre outros.
Em Brasília no ano de 1982, como resultado de uma pesquisa internacional de
medição de irregularidade promovida pelo Banco Mundial no ano de 1980, foi
estabelecida a escala “International Roughness Index” – IRI, que é a escala de
referência transferível para todos os sistemas de medição, hoje atendendo aos
requisitos preconizados na ASTM E1926 e DNER PRO 182/94.
Segundo PATERSON (1987 apud MARCON, 1996), o IRI pode ser definido como
sendo a simulação matemática de um quarto-de-carro, sendo a representação dos
movimentos verticais induzidos nos veículos em movimento, que afetam o veículo e o
passageiro.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
69
O índice é expresso pela relação entre os movimentos acumulados da suspensão do
veículo e a distância percorrida pelo veículo, geralmente, a unidade de medida do IRI
é m/km.
No Brasil, utiliza-se o “quociente de Irregularidade” – QI como escala padrão de
medição reconhecido mundialmente, a partir do uso do “Perfilômetro Dinâmico de
Superfície”. O modelo de quarto-de-carro consiste em um sistema composto por uma
massa, uma roda, um amortecedor e uma mola (ver figura 2.5). A resposta da à
irregularidade obtida pela simulação de movimentos no quarto-de-carro, é aceita como
uma medida padrão de irregularidade e é expressa em contagens por quilômetro
(cont./km).
Figura 2.5 – Esquema do simulador de quarto de carro (DNER, 1998).
Segundo DNER (1998), os dados de Q.I. utilizados na PICR, realizada entre 1975 a 1981,
foram obtidos por um equipamento do tipo-resposta (Maysmeter), devidamente calibrado
em bases niveladas por meio de um perfilômetro GMR.
Os conceitos de QI e IRI são bastante similares e podem ser correlacionados
aproximadamente pela equação 2.9:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
70
Fez parte também, da Pesquisa de Inter-relacionamento de Custos rodoviários – PICR, a
busca de correlações entre o QI e outros índices como o PSI e o PSR. Por isso foram
construídos 40 trechos próximos a Brasília (20 pavimentados e 20 não-pavimentados)
com 320m de extensão cada. As medidas de irregularidade foram realizadas com o
Maysmeter a uma velocidade de 80km/h nos trechos pavimentados e a 30km/h nos não-
pavimentados. A correlação obtida entre PSR e QI foi:
com R2 = 0,83
Está correlação é valida também para rodovias não-pavimentadas considerando PSI
aproximadamente igual ao PSR, logo a equação 2.10 pode ser reescrita conforme mostra
a equação 2.11 a seguir:
O PICR estabeleceu os seguintes limites de aceitabilidade de conforto ao rolamento 60
cont./km e 200 cont./km, para rodovias pavimentadas e não-pavimentadas,
respectivamente.
Na tabela 2.15 consta a condição do pavimento quanto à irregularidade para rodovias
pavimentadas.
Tabela 2.15 – Condição do pavimento quanto a irregularidade (DNER, 1998).
Condição IRI (m/km) QI (cont./km)
Boa 1,0 – 3,5 13 – 45
Regular 3,5 – 4,5 45 – 59
Ruim > 4,5 > 60
(2.9)
13QIIRI =
(2.10)QIePSR ×−×= 00534,066,4
(2.11)QIePSI ×−×= 00534,066,4
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
71
No Brasil, tem sido aplicado com maior freqüência os “sistemas medidores de
irregularidade do tipo resposta” – SMITR, estes aparelhos necessitam de calibração pelo
fato de suas características não permanecerem estáveis ao longo do tempo, não sendo
nem as mesmas para veículos diferentes. Desta forma, faz-se importante a calibração de
tal equipamento segundo as normas DNER PRO-164/89 (DNER,1994a) – A calibração e
Controle de Sistemas Medidores da Irregularidade de Superfície de Pavimentos e o
DNER ES-173/86 (DNER,1986) – Método de Nível e Mira para Calibração de Sistemas
Medidores de Irregularidades Tipo Resposta. Já para a utilização destes equipamentos o
DNIT possui as seguintes normas DNER PRO-182/87(DNER,1994b) – Medição de
Irregularidade de Superfície de Rodovias com Medidores Tipo Resposta e DNER PRO-
229/89(DNER,1994c).
2.2.6 – Avaliação da Aderência
Segundo DNER (1998), a principal propriedade do pavimento no que diz respeito à
segurança, independentemente de fatores relacionados com as condições em planta,
perfil e seção transversal da rodovia, é a sua capacidade de proporcionar a adequada
aderência e atrito entre a sua superfície e os pneus dos veículos.
Os segmentos com baixo valor de aderência e/ou altos índices de acidentes devem ser
identificados nos relatórios de inventário. Tais identificações permitem ao órgão rodoviário
realizar uma análise mais profunda em cada caso, e com isso avaliar as necessidades e
programar medidas corretivas locais.
Segundo HAAS e HUDSON (1994 apud DNER, 1998), os principais componentes
relativos à avaliação da segurança são:
• a resistência a derrapagem ;
• as deformações nas trilhas de roda, onde a acumulação de água
pluviométrica cria tendências à hidroplanagem;
• a reflectividade da superfície pavimentada, que pode gerar problemas
de ofuscamento;
• a demarcação das faixas de sinalização horizontal;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
72
• a presença de objetos estranhos na pista.
• medidores de “resposta” do veículo às distorções da superfície do
pavimento.
2.3 – Avaliação Estrutural de Pavimentos Flexíveis
A avaliação estrutural de pavimentos é o processo no qual se deseja obter uma série de
informações quanto às características mecânicas do pavimento e subleito, com a
finalidade de prever o seu comportamento durante a sua vida útil, estando os mesmos
sujeitos às solicitações do tráfego e os efeitos do clima.
Segundo RODRIGUES (1995), a condição estrutural de um pavimento denota sua
capacidade de resistir à deterioração provocada pela passagem das cargas do tráfego.
Assim, um retrato completo da condição estrutural de um pavimento deve ser composto
pelos seguintes elementos:
• Parâmetros que descrevam a deformabilidade elástica ou viscoelástica
dos materiais das camadas, sob as condições de solicitações impostas
pelas cargas transientes dos veículos. São utilizados para se calcular as
tensões e deformações induzidas pelas cargas do tráfego na estrutura do
pavimento.
• Parâmetros que descrevam a resistência dos materiais ao acúmulo de
deformações plásticas e à geração de trincas por fadiga sob cargas
repetidas, os quais são função da natureza do material, de sua condição
(densidade, umidade) e do histórico de solicitações;
• Integridade das camadas asfálticas e cimentadas, expressa pelo grau de
fissuramento.
A avaliação da condição estrutural do pavimento e do subleito, de forma adequada, é de
fundamental importância em projetos de restauração, pois possibilita o diagnóstico dos
defeitos que tenham a sua gênese ligada a um problema estrutural. Desta forma, a
análise dos parâmetros elásticos obtidos no levantamento estrutural permite inferir sobre
a real condição em que se encontra a estrutura, e assim, dimensionar o reforço
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
73
objetivando compatibilizar as diversas características resistentes dos materiais que
compõem o pavimento reforçado frente às solicitações futuras do tráfego e efeitos
climáticos.
As deflexões recuperáveis são um indicativo do comportamento estrutural dos pavimentos
sujeitos a ação de cargas repetidas. O arqueamento das camadas do pavimento
provocado pelo carregamento repetitivo é o responsável pelo fenômeno de fadiga das
camadas betuminosas e cimentadas (PINTO e PREUSSLER, 2002).
Pode-se entender a deflexão elástica como sendo os deslocamentos verticais reversíveis
na superfície ou no interior do pavimento, provenientes da ação de carregamentos
transientes, que ao cessar o esforço, a estrutura retorna à posição inicial (SILVA, 1999)
A medida da deflexão recuperável máxima é um parâmetro importante para a
caracterização do comportamento estrutural do pavimento, pois o seu valor está
intimamente relacionado com a deformabilidade elástica de todas as camadas que
compõem a estrutura ensaiada. Quanto maior o seu valor, mais resiliente é a estrutura e,
conseqüentemente, maior será o seu comprometimento estrutural. Porém, estruturas
distintas podem apresentar a mesma deflexão recuperável máxima (figura 2.6), por este
fato, buscou-se estudar outros parâmetros relacionados com a forma das deformadas que
pudessem auxiliar na avaliação estrutural. Dentre estas tentativas, surgiu o raio de
curvatura, parâmetro indicativo do arqueamento da deformada na sua porção mais crítica
(figura 2.7), que geralmente é considerado a 25 cm do centro da carga (PINTO e
PREUSSLER, 2002).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
74
Figura 2.6: Esquema de diferentes bacias deflectométricas para uma mesma deflexão
máxima.
Figura 2.7: Ilustração da hipótese adotada pelo DNIT (SALINI, 1999).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
75
As fórmulas preconizadas pelo método de ensaio DNER – ME 024/94
(DNER,1994d) para a determinação da deflexão máxima e o raio de curvatura são:
Sendo:
Do = deflexão real ou verdadeira, em centésimos de milímetros;
Lo = leitura inicial, em centésimos de milímetros;
Lf = leitura final, em centésimos de milímetros;
a/b = relação entre dimensões da viga Benkelman ver figura 2.19.
Sendo:
R = raio de curvatura, em metros;
Do = deflexão real ou verdadeira, em centésimos de milímetros;
D25 = deflexão a 25 cm do ponto de prova, em centésimos de milímetros.
Portanto, a deflexão recuperável máxima de um pavimento sob a ação de cargas
repetidas é um parâmetro de fundamental importância para a avaliação da
deformabilidade elástica das camadas do pavimento e do subleito. Porém, a sua medida
isoladamente não é suficiente para explicar como está se processando a distribuição de
cargas no interior do pavimento. Por este motivo, tornam-se imprescindíveis medidas
auxiliares a diferentes distâncias no sentido de se obter a linha de influência da bacia de
deformação elástica, e assim, caracterizar melhor o pavimento, obtendo-se por processos
de retroanálise, os módulos de resiliência das camadas da estrutura, bem como analisar a
contribuição de cada camada na deflexão máxima.
Segundo HAAS et. al. (1994), EPPS & MONISMITH (1986), SMITH & LYTTON (1985
apud MARCON, 1996), os métodos de avaliação estrutural de pavimentos são
classificados em ensaios destrutivos e ensaios não destrutivos. Os métodos destrutivos
( )25.26250
DDR
o −=
(2.13)
( ) baLLD foo /.−= (2.12)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
76
implicam na remoção de partes das camadas do pavimento para avaliação das suas
características e condições “in loco” e extração de amostras para ensaios de laboratório.
Já os métodos não-destrutivos permitem inferir as condições estruturais sem danificar o
pavimento, mediante ensaios executados na superfície do revestimento, em que se avalia
a resposta do pavimento a uma carga.
2.3.1 – Avaliação Estrutural por Ensaios Destrutivos
Os métodos de ensaios destrutivos baseiam-se na retirada de partes do pavimento para
verificação das condições “in situ” e obtenção de amostras para ensaios de laboratório.
São chamados de destrutivos porque invalidam, para futuros testes, as áreas do
pavimento onde foram feitas as remoções (MACÊDO, 1996, ALBERNAZ, 1997,
OLIVEIRA et. al., 2000).
As propriedades medidas em ensaios destrutivos não refletem, na sua totalidade, o
estado de tensão e condições ambientais ao longo do tempo, pelo fato de não estar bem
representada as condições dos materiais em campo (estado de tensões, índice de vazios,
etc.) sob a ação combinada de cargas e do clima. Porém, apesar destas ressalvas, os
ensaios de laboratórios são bastante utilizados para determinação de parâmetros
elásticos e de resistência e também, como ponto positivo, destaca-se nos ensaios de
laboratórios, o fato que uma amostra pode ser condicionada milhões de vezes sob
condições de contorno controladas (MACÊDO, 1996).
2.3.1.1 – Ensaios Triaxiais Dinâmicos
Francis HVEEM, em 1951, realizou o primeiro estudo sistemático para determinar a
deformabilidade de pavimentos, estabelecendo valores máximos admissíveis para a vida
de fadiga satisfatória de diferentes tipos de pavimentos. Hveem relacionou o trincamento
progressivo dos revestimentos asfálticos à deformação resiliente (elástica) das camadas
subjacentes dos pavimentos. O termo resiliente foi usado por Hveem em lugar de
deformações elástica sob o argumento de que as deformações nos pavimentos são muito
maiores do que as que ocorrem nos sólidos elásticos (concreto, aço, etc.) (MEDINA,
1997).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
77
No Brasil, os estudos com este tipo de ensaio começaram a ser desenvolvidos no final da
década de 70, através do convênio firmado entre a COPPE e o IPR, sob orientação do
ilustre professor Jacques de Medina, o que possibilitou desenvolver um amplo programa
de pesquisa, a partir do qual acumulou-se uma gama de informações sobre as
propriedades resilientes dos solos, das camadas asfálticas e cimentadas.
Segundo MEDINA (1997), o termo resiliência significa energia armazenada em um corpo
deformado elasticamente, que é devolvida quando cessam as tensões causadoras das
deformações; ou seja, é a energia potencial de deformação.
O módulo de resiliência pode ser definido como sendo a relação entre a tensão-desvio
aplicada axial e ciclicamente em um corpo de prova e a correspondente deformação
resiliente axial (vertical) conforme a equação seguinte:
Sendo:
MR = módulo de resiliência;
σd = tensão desvio aplicada repetidamente (σd = σd - σ3);
εr = deformação específica axial resiliente.
Dispondo-se de equipamento triaxial dinâmico, conforme desenho esquemático
apresentado na figura 2.8, o módulo de resiliência pode ser determinado de acordo com
“Procedimentos para Execução de Ensaios com Carregamento Repetido”, elaborado pelo
Laboratório de Geotecnia da COPPE/UFRJ e através do Método de Ensaio DNER ME-
131/1994 (DNER,1994e).
r
dRM
εσ
= (2.14)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
78
Figura 2.8 – ilustração do equipamento triaxial dinâmico de compressão axial
(DNER, 1994e)
Segundo o WSDOT Pavement Guide (1995a), a determinação do módulo resiliência em
laboratório pode ser compreendido visualizando as etapas conforme ilustradas na figura
2.9.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
79
Figura 2.9 – Esquema ilustrativo da determinação do módulo de resiliência em laboratório
(WSDOT, 1995a).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
80
Figura 2.10 – Foto do equipamento triaxial dinâmico da COPPE/UFRJ
(BEZERRA NETO, 2004)
Na realização do ensaio triaxial dinâmico a deformação total do corpo de prova ensaiado
tem uma componente resiliente (recuperável) e outra permanente (irrecuperável) ou
plástica. É a deformabilidade “elástica" ou resiliente que condiciona a vida de fadiga das
camadas superficiais mais rijas dos pavimentos sujeitas a flexões sucessivas. Não sendo
os solos e britas materiais elásticos lineares, os módulos resilientes dos solos dependem
do estado de tensões atuantes. O que se procura determinar nos ensaios triaixiais é a
relação experimental que descreve o comportamento dos módulos de resiliência em
função da tensão de confinamento e da tensão desvio (MEDINA, 1997).
Os principais modelos de comportamento resiliente dos solos são:
a) para os solos arenosos ou pedregulhosos
231
kR kM σ= (2.15)
21
kR kM θ= (2.16)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
81
O modelo da equação 2.15 é dependente da tensão confinante. Já o da equação 2.16 é
dependente do primeiro invariante de tensões (soma das tensões principais.)
Figura 2.11 – Módulo de resiliência versus tensão confinante (MEDINA, 1997).
Figura 2.12 – Módulo de resiliência versus o primeiro invariante de tensões
(WSDOT, 1995a)
b) para os solos argilosos ou siltosos
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
82
Figura 2.13 – Módulo de resiliência versus tensão desvio (MEDINA, 1997).
Salienta-se que na figura 2.13 está representado o modelo da equação 2.18.
Atualmente, tem-se utilizado um modelo mais genérico para representar a variação do
módulo de resiliência com o estado de tensões dos materiais de pavimentação. Este
modelo considera, em conjunto, o efeito da variação da tensão confinante e da tensão
desvio no módulo resiliente, o qual é denominado de modelo composto e pode ser
descrito pela equação 2.19.
c) modelo composto proposto por MACÊDO (1996)
Sendo:
MR – módulo de resiliência;
(2.17)2
1k
dR kM σ=
(2.19)3231
kd
kR kM σσ=
( )( ) ddR
ddR
kkkkMkkkkM
σσσσ
<>
1142
1132
−+=−+= (2.18)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
83
σ3 – pressão confinante;
σd – tensão desvio;
ki – parâmetros obtidos experimentalmente.
Que deriva da relação entre a tensão-desvio aplicada axial e ciclicamente em um corpo-de-prova e a correspondente deformação específica vertical recuperável conforme aexpressão seguinte:
Sendo:
MR = módulo de resiliência;
σd = tensão desvio aplicada repetidamente (σd = σ1 - σ3);
εr = deformação específica axial resiliente.
No modelo composto, a deformação especifica resiliente é obtida através da seguinteexpressão:
Sendo:
ε r – deformação específica resiliente;
σ3 – pressão confinante;
σd – tensão desvio;
ki – parâmetros obtidos experimentalmente.
Substituindo (2.21) em (2,20), obtêm-se:
E substituindo os parâmetros de regressão, tem-se:
)1(33
3
11 cd
bcdd
bc
dbd
R aaaM −−− === σσσσσ
σσσ
cd
bR a σσε 3=
r
dRM
εσ
= (2.20)
(2.21)
(2.22)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
84
Logo, tem-se o modelo composto em função do módulo de resiliência conformeexpressão 2.19 apresentada.
Segundo DNER (1998), os fatores que afetam o módulo resiliente dos solos são:
a) solos granulares
• número de repetições da tensão-desvio: depende do índice de vazios, da
densidade do material, do grau de saturação e do valor da tensão
repetida aplicada;
• história de tensões: deformações permanentes iniciais. Os solos não
coesivos adquirem rigidez através da repetição do carregamento. Em um
dado momento o solo apresenta comportamento quase elástico com MR
constante;
• duração e freqüência do carregamento: a duração é função da
velocidade dos veículos. A freqüência é função das condições de tráfego.
Até 60 aplicações por minuto tem pouca influência;
• nível de tensão aplicada: varia muito com a pressão confinante em solos
não coesivos e pouco com a pressão de desvio.
b) solos finos coesivos
• número de repetição da tensão-desvio e história das tensões: com o
carregamento repetido ocorre o rearranjo estrutural levando a um
acréscimo do peso específico;
• duração e freqüência de aplicação das cargas: para freqüências entre 20
e 60 aplicações por minuto e duração entre 0,86 e 2,86 segundos não
exerce influência;
321 11 kcebkka
=−−== (2.23)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
85
• umidade e massa específica de moldagem: quanto maior o teor de
umidade, menor é o módulo resiliente;
• tixotropia dos solos argilosos: após algumas repetições de carga o ganho
de rigidez pelo intervalo de tempo entre moldagem e ensaio não é
significativo;
• nível de tensão: no caso de solos coesivos varia muito pouco com a
pressão confinante e muito com a de desvio.
2.3.1.2 – Ensaio de Resistência à Tração por Compressão Diametral ou EnsaioBrasileiro
Segundo MEDINA (1997), o ensaio de compressão diametral teve como base o estudo
desenvolvido pelo professor Lobo Carneiro, quando da determinação à tração de corpos-
de-prova de concreto de cimento Portland. Inspirado neste trabalho o pesquisador Icarahj
da Silveira (PMRJ,1944), ensaiou solos coesivos. Com isso, iniciou-se os estudos para a
determinação da resistência à tração indireta, de forma simples, para materiais coesivos,
como mistura asfáltica, concreto de cimento Portland e solos estabilizados.
O ensaio é normatizado pela ABNT 15087/2004, e consiste basicamente no seguinte
procedimento:
• medir a altura (H) e o diâmetro (D) do corpo-de-prova com paquímetro;
• colocar o corpo de prova na estufa ou sistema de refrigeração, por um
período de duas horas, de modo a se obter a temperatura especificada
para o ensaio;
• ajustar o corpo de prova na prensa e aplicar a carga progressivamente,
com uma velocidade de deformação de 0,8 + 0,1 mm/s, até que se dê
a ruptura;
• com o valor de carga de ruptura (F) obtido, calcula-se a resistência à
tração do corpo-de-prova segundo a expressão:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
86
Sendo:
σR – resistência à tração, kgf/cm2;
F – carga de ruptura, kgf;
D – diâmetro do corpo-de-prova, cm;
H – altura do corpo-de-prova, cm;
A aparelhagem normalmente utilizada para a realização deste ensaio é a prensa Marshall,
sendo os corpos de prova idênticos aos utilizados no ensaio de módulo resiliente, em
dimensões e forma de obtenção.
2.3.1.3 – Módulo de Resiliência de Misturas Betuminosas
Segundo PINTO (1991), o ensaio de tração indireta por compressão diametral de cargas
repetidas é empregado para a determinação do módulo de resiliência de misturas
asfálticas, já que simula o comportamento mecânico dos revestimentos na região onde
ocorrem deformações de tração, responsáveis pela fadiga da camada e,
conseqüentemente, pela vida de serviço da estrutura.
Segundo PINTO e PREUSSLER (2002), resumidamente, pode-se dizer que o módulo de
resiliência de misturas betuminosas é a relação entre a tensão desvio (σd) aplicada
repetidamente no plano diametral vertical de uma amostra cilíndrica de mistura
betuminosa e a deformação específica recuperável (εr) correspondente à tensão aplicada,
numa temperatura T(oC), para uma certa freqüência de aplicação de carga. Tem-se
adotado a temperatura de 25oC, com freqüência de 60 solicitações por minuto e duração
da carga de 0,10s.
Em MEDINA (1997) encontram-se descrito os procedimentos para a realização de
ensaios de cargas repetidas de solos e materiais de pavimentação.
(2.24)
DHF
R πσ
1002=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
87
Na figura 2.14 é apresentada de forma ilustrativa o equipamento utilizado para a
realização do ensaio de resistência à compressão diametral cíclica. E na figura 2.15, o
novo equipamento adquirido pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Figura 2.14 – Equipamento de ensaio de compressão diametral de cargas
repetidas (MEDINA, 1997)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
88
Figura 2.15 – Equipamento de ensaio de compressão diametral de cargas repetidas da
UFCG/PB.
Na figura 2.16, apresenta-se de forma ilustrativa a distribuição das tensões de tração e
compressão nos planos diametrais: horizontal e vertical.
Figura 2.16 – Compressão diametral – distribuição das tensões de tração e compressão
nos planos diametrais: (a) – horizontal; (b) – vertical (MEDINA, 1997).
(a)
(b)
(a)
(b)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
89
2.3.1.4 – Ensaio de Fadiga de Misturas Betuminosas
Os materiais betuminosos utilizados em revestimentos de pavimentos, quando são
submetidos a carregamentos dinâmicos de curta duração e tensões muito abaixo das que
possam provocar plastificação excessiva do material, tem um comportamento
aproximadamente elástico. Estas condições são compatíveis com aquelas que ocorrem
nos pavimentos sob ação do tráfego (PREUSSLER, 1983).
Atualmente, têm-se realizado vários estudos sobre comportamento à fadiga de misturas
betuminosas. Para que possam ser aplicados programas computacionais, baseados na
teoria de camadas elásticas, para analisar estruturas de pavimentos flexíveis, deve-se
conhecer a vida de fadiga do revestimento betuminoso sob tensões repetidas.
Segundo PREUSSLER (1983), a vida de fadiga de uma mistura betuminosa é definida em
termos de vida de fratura ou vida de serviço. A vida de fratura refere-se ao número total
de aplicações de uma certa carga necessária à fratura completa da amostra e a vida de
serviço ao número total de aplicações desta mesma carga que reduzem o desempenho
ou a rigidez inicial da amostra a um nível pré-estabelecido.
Os ensaios dinâmicos para determinar a vida de fadiga dos materiais requerem maior
tempo em relação ao ensaio para determinação do módulo de resiliência.
Com relação ao tipo de carregamento aplicado, que devem representar condições
extremas que podem ocorrer em campo, os ensaios de fadiga podem ser de dois tipos:
• tensão controlada: aplicação constante de carga e deformações
resultantes variando com o tempo;
• deformação controlada: aplicação de cargas repetidas que produzem
uma deformação repetida constante ao longo do ensaio.
Segundo MONISMITH e DEACON (1969), os ensaios de deformação controlada aplicam-
se melhor a pavimentos com camadas asfálticas fracas em relação ao seu suporte, pois
deste modo o revestimento adiciona pouca rigidez à estrutura como um todo e quando a
carga é aplicada a sua deformação é controlada pelas camadas subjacentes. Já os
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
90
ensaios de tensão controlada aplicam-se a pavimentos com camadas asfálticas rígidas
em relação ao seu suporte, pois ao resistirem às cargas aplicadas controlam a magnitude
das deformações que podem ocorrer.
Sendo assim, o comportamento à tensão ou deformação controlada dependerá tanto da
espessura e do módulo de rigidez do revestimento, como do módulo da estrutura
subjacente (PINTO e PREUSSLER, 2002).
Na figura 2.17 constam esquematicamente os gráficos de variação da tensão, σ e da
deformação ε, nos ensaios a tensão controlada (TC) e deformação controlada (DC) e
intermediário. Segundo MONISMITH e DEACON (1969) o Fator Modo foi definido de
forma a avaliar o dano de fadiga gerado que gradualmente altera as propriedades de
resistência e a rigidez das misturas betuminosas. Tais alterações fazem com que o
comportamento das tensões e deformações no interior da camada betuminosa varie
durante o carregamento. Logo, o Fator Modo pode ser definido como:
Sendo:
FM – fator modo;
|A|– é a variação percentual da tensão de tração horizontal devido a uma
redução arbitrada e fixa da rigidez da mistura; e
|B| – é a variação percentual da deformação de tração horizontal devido a uma
redução arbitrada e fixa da rigidez da mistura.
No ensaio a deformação controlada o valor numérico de |B| é nulo e, portanto, o fator
modo = +1. No ensaio a tensão controlada é o valor de |A| que se anula e o fator modo
assume o valor –1. Para quaisquer outros valores assumidos para |A| ou |B| o estado de
tensões e deformações é tido como intermediário e, portanto, apresenta o fator modo
entre –1 e +1.
BABA
FM+−
=(2.25)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
91
Observa-se na figura 2.18 que os valores da vida de fadiga (Nf) nos ensaios a
deformação controlada são maiores do que nos ensaios a tensão controlada e que o
aumento da tensão inicial (σt) reduz a Nf.
Figura 2.17 – Representação esquemática dos tipos de carregamento dinâmico
(MEDINA, 1997).
Figura 2.18 – Influência do modo de carregamento na vida de fadiga (MEDINA, 1997).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
92
Na execução do ensaio, não é necessário o condicionamento do corpo de prova. A
freqüência é de 1 Hz e o tempo de carregamento de 0,1 segundo.
Nos ensaios de deformação controlada, o critério de fadiga não está condicionado à
ruptura completa do corpo-de-prova. Para que a deformação seja mantida constante ao
longo do ensaio, faz-se necessário que haja uma diminuição do carregamento aplicado.
Alguns autores definem a vida de fadiga à deformação controlada como sendo o número
de repetições da carga capaz de reduzir o desempenho ou rigidez inicial da amostra a um
nível pré-estabelecido. Estes autores consideram que uma redução de módulo de rigidez
ou de resiliência, da ordem de 50%, define o fim do ensaio, ou seja, da vida de fadiga. Já
outros autores, admitem que o fim do ensaio é atingido quando a carga aplicada para
manter a deformação é reduzida de 40% ou 50% da carga inicial (PINTO, 1991).
Segundo BENEVIDES (2000), é aconselhável a utilização de três corpos de prova para
cada nível de tensão de tração, reproduzidos tanto quanto possível igualmente na sua
preparação, no teor ótimo do ligante, dada a dispersão inerente dos ensaios de fadiga. A
temperatura é mantida constante durante todo o ensaio, para todos os níveis de tensão.
Em suma tem-se os critérios de fadiga preconizados nos ensaios a tensão ou deformação
controlada apresentados na tabela 2.16.
Tabela 2.16 – Critérios de fadiga (PINTO e PREUSSLER, 2002).
Segundo PINTO (1991) e PREUSSLER (1983) os fatores que afetam a vida de fadiga das
misturas asfálticas seja a tensão controlada ou deformação controlada, estão mostrados
na tabela 2.17.
ENSAIO CRITÉRIO DE FADIGA VIDA DE FADIGA (N)
TC ruptura completa fim do ensaio
DCredução de
desempenhoarbitrário estágio de ruptura
TC ou DC Início de fissuras retas N x ε agrupadas
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
93
Tabela 2.17 – Fatores que afetam a vida de fadiga das misturas asfálticas.
Na literatura nacionalmente e internacionalmente, existem vários modelos disponíveis que
expressam a vida de fadiga de misturas asfálticas. Conforme BENEVIDES (2000) a vida
de fadiga é expressa tradicionalmente em função do número de solicitações necessárias
para a conclusão do ensaio, tendo sido relacionada a um dos seguintes parâmetros
seguintes:
Fatores
de
carga
- magnitude do carregamento
- tipo de carregamento
- freqüência, duração e intervalo de tempo
entre aplicações sucessivas do
carregamento
Fatores
da
mistura
- tipo do agregado, forma e textura
- granulometria do agregado
- penetração do asfalto
- teor do asfalto
- temperatura
Fatores
ambientais
- temperatura
- umidade
Outros
fatores
- módulo resiliente ou de rigidez
- índices de vazios
- auto-reparação do cimento asfáltico
(2.26)n
t
KN ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=
σ1
(2.27)111
n
t
KN ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=
ε
(2.28)212
n
KN ⎟⎠⎞⎜
⎝⎛
Δ=
σ
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
94
Sendo:
N – número de repetições de carga necessárias à ruptura do corpo-de-prova, vida
de fadiga;
σt – tensão de tração aplicada;
εt – deformação de tração aplicada;
Δσ – diferença entre as tensões horizontal e vertical;
Ki, ni – parâmetros experimentais determinados a partir dos resultados do ensaio.
2.3.2 – Avaliação Estrutural por Ensaios Não-Destrutivos
Os métodos não destrutivos, quase que totalmente, se baseiam na determinação da
deformação elástica que significa a resposta do pavimento sob efeito do carregamento
dinâmico do tráfego. Este parâmetro sofre a influência do comportamento resiliente dos
materiais, pelo teor de umidade e pela temperatura, que nas misturas asfálticas reduz o
módulo de resiliência (OLIVEIRA et. al., 2000).
Deve-se a HVEEM (1955), o mais antigo registro de deflexões de pavimentos. Por volta
de 1938 foram instalados sensores eletromagnéticos, em rodovias da Califórnia, onde os
estudos mais completos iniciaram-se em 1951. Estes estudos visavam estabelecer
valores de deflexão máxima compatíveis com a ação do tráfego. A deformabilidade do
pavimento é uma preocupação antiga, porém não se vinha incorporando-a nos métodos
de dimensionamento (MEDINA et. al., 1994).
Segundo CARDOSO (1992 apud MEDINA et. al. 1994), MACEDO e MARCON (1996), a
necessidade de bons resultados de avaliação não destrutiva de pavimentos promoveu o
desenvolvimento de diferentes tipos de equipamentos para ensaios deflectométricos
visando atender as seguintes questões:
(2.29)3
3
n
r
tKN ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=
σσ
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95
• Aumentar a acurácia das medidas;
• Aumentar a produtividade em termos de números de ensaios por dia de
trabalho;
• Simular, de forma mais real possível, as condições de carregamento do
tráfego (magnitude, forma e tempo equivalente de carregamento);
• Obtenção de formas simples de operação e de interpretação dos
resultados; e
• Procurar reduzir os custos dos ensaios.
Segundo SMITH e LYTTON (1995 apud MEDINA et. al. 1994) e MACÊDO (1996), três
classes de equipamentos não destrutivos são utilizados rotineiramente para a aquisição
de dados deflectométricos:
• equipamentos de carregamento quase-estático que medem a deflexão
do pavimento sob carregamento das rodas de veículos que deslocam a
velocidade muito baixa para que não ocorra a influência de forças
inerciais (força associada a massa de um elemento multiplicada por sua
aceleração). Nesta classe estão incluídos: ensaio de placa, viga
Benkelman, curvímetro, deflectógrafo Lacroix e o “Califórnia travelling
deflectometer” (deflectógrafo móvel da Califórnia). Neste grupo a
velocidade dos veículos é muito baixa, variando de 1,6 a 5 km/h, o
curvíâmetro a 18 km/h.
• equipamentos de carregamento dinâmico em regime permanente que
aplicam uma carga estática na superfície do pavimento e o caráter
dinâmico do ensaio é obtido a partir da indução de uma vibração
harmônica estável. Inclui-se aqui os equipamentos Dynaflect, o road
Rater e o vibrador WES-16 do Corpo de Engenheiros dos E.U.A.
• equipamentos que medem a deflexão a partir de carregamentos por
impulso "Falling Weigth Deflectometer – FWD”. Estes equipamentos
aplicam uma força transiente ao pavimento pelo impacto causado por um
peso alçado a uma certa altura num sistema guia e, a seguir, liberado. O
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
96
peso ao cair choca-se com uma placa que transmite a força ao
pavimento, força esta que pode ser variada pela alteração do conjunto de
massas e/ou altura de queda através de um processo de tentativa e erro
para a resposta conveniente da estrutura. Nesta classe de equipamentos
são incluídos: Dynatest FWD, Dynatest HWD, Phoenix FWD, Kuab FWD
(versão sueca) e o Nagaoka Kuab FWD (versão japonesa). Todos os
equipamentos FWD comercialmente disponíveis possuem o mesmo
princípio de funcionamento, mas com três diferenças importantes
(THOLEN et. al., 1985): forma de geração de carga impulsiva (um peso
ou dois pesos em queda); forma de distribuir a carga à superfície do
pavimento e tipo de transdutor utilizado para medir as deflexões
(geofones, LVDTs, acelerômetros).
Existem também outros equipamentos que são utilizados para ensaios não-destrutivos
que se baseiam em transmissão de ondas eletromagnéticas como o Ground Penetration
Radar (GPR) e na propagação de ondas sísmicas.
Nos itens seguintes estão descrevem-se as classes e os equipamentos correspondentes
a cada uma delas, e também, os equipamentos baseados em transmissão de ondas
eletromagnéticas e sísmicas.
2.3.2.1 – Equipamentos de Carregamento Quase-Estático
a) Ensaio de Placa
O ensaio de placa foi um dos primeiros métodos para medir a variação das deformações
recuperáveis dos maciços de terra em função da variação das cargas aplicadas
resultando, desta aplicação, os módulos de elasticidade dos materiais (ALBERNAZ,
1997).
Este ensaio não tem sido muito utilizado por demandar muito tempo para a sua
realização.
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97
O ensaio de placa é normatizado pela AASHTO T222-81 e pela ASTM D1196-77
conforme apresentado em esquema na figura 2.19 e realizado na figura 2.20.
Figura 2.19 - Esquema do ensaio de placa (SUASSUNA, 2003).
Figura 2.20 - Ilustração do ensaio de placa (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/).
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98
b) Viga Benkelman
Segundo CARNEIRO (1966), a viga Benkelman foi idealizada por A. C. Benkelman com a
finalidade de reduzir os custos das avaliações de pavimentos, que vinham sendo feitas
através do ensaio de placa.
A sua primeira utilização foi nas pistas experimentais da WASHO, em 1953, e teve no
Brasil, como pioneiros, os engenheiros Nestor Aratangy, do DER de São Paulo, e
Francisco Bolívar Lobo Carneiro (MEDINA, 1997).
Na busca de se determinar as condições estruturais do pavimento, desde a década de
1960 o Brasil emprega a viga Benkelman por se tratar de um equipamento de fácil
manuseio e ser largamente difundido no mundo. A princípio, os levantamentos
deflectométricos se baseavam, exclusivamente na deflexão máxima medida. Porém,
constatou-se que apenas a deflexão máxima não era suficiente para uma adequada
caracterização das condições estruturais do pavimento, sendo necessário a determinação
de leituras adicionais que permitissem determinar o raio da bacia de deformação elástica
(ROCHA FILHO E RODRIGUES 1998).
A viga Benkelman, conforme ilustrada nas figuras 2.21 e 2.22, é composta de uma haste
metálica articulada e apóia-se em um suporte também metálico, constituído de três pés,
sendo a viga móvel acoplada a esta por meio de uma articulação, ficando uma das
extremidades (ponta de prova) inserida entre as rodas do semi eixo de um caminhão com
8,2t no eixo simples de roda dupla traseiro, conforme ilustrado nas figuras 2.23 e 2.24. A
outra aciona um extensômetro com precisão de milímetros. Possui também um pequeno
vibrador com a finalidade de vencer o atrito entre as peças móveis e impedir eventuais
inibições do ponteiro do extensômetro. A viga apresenta uma relação conhecida entre os
comprimentos da ponta de prova à articulação (a) e desta a ponto de posicionamento do
extensômetro (b), que geralmente obedecem a relação 2/1, 3/1 ou 4/1 (DNER, 1994d;
ROCHA FILHO, 1996; ALBERNAZ, 1997 ).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
99
Figura 2.21 - Esquema da viga Benkelman (DNER, 1994d).
Figura 2.22 - Ilustração da viga Benkelman (www.contenco.com.br)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
100
Figura 2.23 - Esquema do posicionamento da viga Benkelman (DNER, 1994d).
Figura 2.24 - Ilustração do ensaio realizado com a viga Benkelman (MOTTA, 2003).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
101
O ensaio realizado com a viga Benkelman é normatizado pela AASHTO T256-77 e pela
ASTMD4695-87. E no Brasil é normatizado através do método de ensaio DNER-ME
024/94 (DNER, 1994d) e pelo DNER-ME 061/94 (DNER, 1994g).
c) Viga Benkelman Automatizada
As vigas de deflexão automatizadas, baseiam-se no mesmo princípio da viga Benkelman,
foram desenvolvidas para otimizar as medidas de deflexão. Estas vigas são montadas
sob o veículo teste e uma vez posicionadas são medidas as deflexões e gravadas
automaticamente em cada ponto de teste, enquanto o caminhão está em movimento
(PINTO e PREUSSLER, 2002).
A SOLOTEST e a SIGEO, empresas brasileiras, desenvolveram Deflectógrafos Digitais
que através de LVDT, permitem o levantamento completo da bacia deflectométrica em
uma única operação, registrando automaticamente os deslocamentos verticais
recuperáveis a cada 5cm e a temperatura da superfície do pavimento, conforme ilustrado
na figura 2.25 (CERATTI et. al., 2000).
Segundo CERATTI et. al. (1997), as principais vantagens deste equipamento são:
• Uma maior sensibilidade nas medidas efetuadas devido a utilização de um
sensor do tipo LVDT, com resolução de 0,001 mm;
• Permite a medição automática da linha de influência longitudinal da bacia
de deflexão;
• Registro e arquivamento das medidas e deslocamentos da carga aplicada
automaticamente;
• Medida de temperatura da superfície do pavimento de forma automática;
• O deflectógrafo digital pode ser facilmente verificado de maneira
semelhante à da calibração da viga Benkelmen.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
102
Figura 2.25 - Ilustração do Deflectôgrafo Digital (www.solostest.com.br, 2004).
Existem outros equipamentos que se baseiam no mesmo princípio da viga Benkelman
automatizada, são eles:
• O Califórnia Traveling Deflectometer que foi desenvolvido nos E.U.A (figura
2.26);
• O Deflectógrafo Lacroix que foi desenvolvido na França (figura 2.27);
• O British Pavement Deflection que foi desenvolvido no Reino Unido.
Figura 2.26 - Ilustração do Califórnia Traveling Deflectometer (www.dot.ca.gov/, 2001).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
103
Figura 2.27 - Ilustração do Deflectófo Lacroix (www.geocisacarreteras.com).
d) Curvíâmetro
Segundo HAAS et. al. (1994) e ELKINS et. al. (1987) apud MARCON (1996), o
curviâmetro é de fabricação francesa, com finalidade de fazer medição contínua das
deflexões através de um geofone que mede a aceleração vertical de um ponto da
superfície do pavimento entre as duas rodas duplas. A sua utilização é restrita aos
pavimentos flexíveis, por ter apresentado uma grande dispersão das medidas efetuadas
em pavimentos rígidos.
Figura 2.28 - Ilustração do Curviâmetro MT-2000 (www.euroconsult.est/index.htm).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
104
2.3.2.2 – Equipamentos de Carregamento Dinâmico
a) Dynaflect
O Dynaflect constitui-se basicamente de um trailer rebocado por veículo, onde estão
instalados o sistema de carregamento e os sensores de deflexão. O carregamento cíclico
é obtido através de um gerador de força dinâmica que aciona um sistema de pesos
excêntricos (duas rodas de aço) de rotação de 8Hz, onde a amplitude (variação entre o
máximo e o mínimo) é de 1.000lb (≈ 454 kgf). O registro das deflexões produzidas pelo
carregamento cíclico aplicado ao pavimento é adquirida automaticamente por 5 geofones
instalados com espaçamentos de 12 polegadas (≈ 30,5 cm) a partir do centro de carga
(entre as duas rodas de aço) (ROCHA FILHO, 1996), conforme ilustrado nas figuras 2.29,
2.30 e 2.31.
Segundo SMITH e LYTTON (1984 apud ROCHA FILHO 1996), as principais limitações
técnicas deste equipamento são:
• Necessidade de aplicação de uma pré-carga estática em cada estação de
ensaio, com valor superior a duas vezes o valor da carga que será
utilizada nos ensaios;
• Baixa magnitude de carregamento aplicada no pavimento;
• Não permite a variação da freqüência nem do carregamento aplicado ao
pavimento;
• Não podem ser registradas deflexões diretamente sob o ponto de aplicação
da carga.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
105
Figura 2.29 - Ilustração do Dynaflect (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/).
Figura 2.30 - Esquema do carregamento vibratório do Dynaflect (SMITH e LYTTON, 1984)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
106
Figura 2.31 - Esquema do posicionamento das cargas e dos geofones do Dynaflect
(SMITH e LYTTON, 1984)
Este ensaio é normatizado pela AASHTO T256-77 e ASTM D4695-87. No Brasil o uso do
Dynaflect é normatizado através do método de ensaio DNER-ME 039/94 (DNER, 1994h).
b) Road Rater
O Road Rater é um equipamento vibratório com capacidade de variar a magnitude e a
freqüência de aplicação das cargas. O carregamento cíclico aplicado ao pavimento é
registrado automaticamente por 5 geofones instalados com espaçamentos de 12
polegadas (≈ 30,5 cm) a partir do centro de carga (entre as duas rodas de aço) (ROCHA
FILHO, 1996). A figura 2.32 ilustra este equipamento e a figura 2.33 mostra o esquema do
ensaio.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
107
Figura 2.32 - Ilustração do Road Rater (www.hotmix.ce.washington.edu/wsdot_web/).
Este ensaio é normatizado pela AASHTO T256-77 (apenas para o modelo 400) e ASTM D
4695-87.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
108
Figura 2.33 - Esquema do posicionamento das cargas e dos geofones do Road Rater
(SMITH & LYTTON, 1984)
Segundo ROCHA FILHO (1996), as vantagens do Road Rater em relação ao Dynaflect
são:
• Disponibilidade de modelos que aplicam cargas elevadas ao pavimento;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
109
• Possibilidade de variação do carregamento aplicado ao pavimento, dentro
da faixa de cargas disponíveis em cada modelo;
• Permite que seja registrada a deflexão máxima sob o ponto de aplicação
da carga.
2.3.2.3 – Equipamentos de Carregamento por Impulso
Segundo PINTO e PREUSSLER (2002), todos os equipamentos que utilizam o modo de
carregamento dinâmico de impacto (impulso) estão incluídos nesta classificação e são
chamados de FWD – “Falling Weight Deflectometer” ou deflectômetros de impacto. Os
equipamentos mais conhecidos no Brasil são o Dynatest FWD e o KUAB FWD.
O princípio de funcionamento dos equipamentos de carregamento por impulso é
caracterizado pela queda de um conjunto de pesos sobre um sistema de borracha que
amortece e transfere as cargas aplicadas a uma placa circular apoiada no pavimento. As
deflexões provocadas pela aplicação da carga são registradas por um conjunto de
sensores dispostos longitudinalmente a partir do ponto de aplicação da carga (ROCHA
FILHO,1996), conforme ilustrado na figura 2.34.
Segundo MACÊDO (1996), nestes equipamentos o impacto é caracterizado pelo tempo
de impulso, ou seja, pela extensão de tempo que o pulso de carga leva do repouso ao
valor de pico da carga aplicada e retorna à posição inicial de repouso.
Estes equipamentos permitem variações na magnitude do carregamento aplicado ao
pavimento em função da modificação da altura de queda e/ou pela alteração da
configuração do conjunto de massas utilizado. Podem assim, simular os efeitos de
diferentes configurações de eixos, rodoviários ou de aeroportos (MACÊDO,1996).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
110
Figura 2.34 - Princípio de funcionamento do FWD (STET et. al., 2001)
A força de pico aplicada pode ser obtida igualando-se a energia potencial da massa antes
de sua queda, com o trabalho desenvolvido pelos amortecedores de borracha, depois da
queda. Desta forma, pode-se obter a força de pico exercida no pavimento através da
equação 2.30:
Sendo:
F = força de pico
M = massa do peso que cai
g = aceleração da gravidade
h = altura de queda
k = constante de mola do sistema de amortecedores
(2.30)MghkF 2=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
111
A transmissão do carregamento ao pavimento se dá através de uma placa de 30cm de
diâmetro e é medida por célula de carga, onde a duração da carga varia de 25 a 30 ms
(milisegundos), tempo esse que corresponde a passagem de um veículo com velocidade
de 60 a 80 km/h (CARDOSO, 1995).
É importante distinguir o nível de carga nominal do nível de carga real, ou seja, o nível de
carga nominal é obtido pela equação 2.30, enquanto que o nível de carga real é medido
pela célula de carga sendo função: da massa, altura de queda e também da rigidez e
temperatura do pavimento (RICCI et. al., 1985 apud MACÊDO, 1996).
No Brasil os ensaios com os equipamentos tipo Falling Weigth Deflectometer são
normatizados pelo procedimento DNER PRO-273/96 (DNER, 1996).
a) FWD Dynatest Modelo 8000E
Este equipamento foi desenvolvido na Dinamarca e aperfeiçoado nos Estados Unidos
encontrando-se ilustrado na figura 2.35. O pulso de carga transiente é gerado pela queda
de um conjunto de massas metálicas sobre um sistema de amortecedores de borracha
que transmitem a carga ao pavimento através de uma placa de 30 cm de diâmetro,
apoiada sobre uma membrana de borracha. A força aplicada ao pavimento pode variar
entre 1500 lb (7kN) a 2500 lb (111kN) em função da altura de queda e da configuração do
conjunto de massas utilizado. Os deslocamentos gerados na superfície do pavimento são
medidos por 7 geofones ( com capacidade de medição de 2mm) instalados na placa de
carga e ao longo de uma barra metálica de 2,25 m de comprimento, os quais são
dispostos longitudinalmente em relação ao ponto de aplicação da carga, conforme
ilustração na figura 2.36.
As distâncias dos geofones em relação ao centro da carga aplicada são fixadas
objetivando maximizar a acurácia em função da estrutura ensaiada. Os geofones devem
ser posicionados de forma que as deflexões por eles registradas reflitam a contribuição
individual de cada camada inserida na zona de tensões provocada pelo carregamento
aplicado. È comum os seguintes espaçamentos: 0, 20, 30, 45, 60, 90, e 150, conforme o
manual de operações com FWD do programa de pesquisas SHRP (1989 apud
MACÊDO, 1996).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
112
Figura 2.35 - Ilustração do FWD Dynatest 8000E
(http://www.dynatest.com/hardware/ fwd_hwd.htm).
Figura -2.36 - Esquema do posicionamento da carga e dos geofones do FWD Dynatest
8000E (WSDOT, 1995a)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
113
b) FWD KUAB
O FWD KUAB, apresentado na figura 1.37, é um equipamento de fabricação sueca e
utiliza um princípio de operação semelhante ao FWD da Dynatest. Este equipamento
possui a vantagem de utilizar um sistema de geração de carga de duas massas, uma
principal e outra intermediária. Esta configuração faz com que o pulso de carga seja mais
suave e semelhante ao pulso de carga aplicado ao pavimento pelas cargas transientes.
O equipamento utiliza um modelo de placa segmentada, que possibilita melhor
uniformização na distribuição do carregamento aplicado pela placa de carga.
As deflexões são obtidas através de sete acelerômetros (podendo ser instalados até
nove), onde um deles é instalado na placa de carga e os restantes dispostos a distâncias
variáveis numa barra de 1,80 m de comprimento (ROCHA FILHO 1996, MACÊDO, 1996).
Figura 2.37 - Ilustração do FWD KUAB (http://www.dot.ca.gov/).
2.3.3 – Características dos Equipamentos de Ensaios Não-destrutivos
Nas tabelas 2.18 e 2.19 constam as características dos dois equipamentos FWD
existentes no Brasil e outros equipamentos de ensaios não-destrutivos, respectivamente.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
114
Tabela 2.18 - Características dos dois equipamentos FWD existentes no Brasil
(MEDINA et. al., 1994).
Características Dynatest KUAB
Montagem trailer aberto trailer fechado
Pulso de Cargaqueda de um conjunto de
massas queda de dois conjuntos de massas
Tempo de duração do pulso 30 ms 34 a 50 ms
Amortecimento colchões de borracha
Placa rgida de carga uma com 30 cm de diâmetroe outra com 45 cm
placa segmentada em 4 partes unidas por embolos
Ajuste a superfície do pavimento inclinação da placa até 6o
em relação a horizontalSegmentação da placa
Força aplicada 7 kN a 111 kN 14 kN a 150 kN
Medida de deflexão 7 geofones 7 sismômetros
Deflexão máxima 2 mm 5 mm
Controle de ensaio automático automático
Registro de temperatura sim Sim
Registro de carga sim Sim
Pontos ensaiados por dia 500 a 700 500 a 700
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
115
Tabela 2.19 - Características de equipamentos não-destrutivos (WSDOT,1995a).
* lbf = 4.448 N* 1 pol. = 2.54 cm
Segundo BENTSEN et. al. (1989 apud MACÊDO, 1996), a acurácia dos diferentes tipos
de equipamentos utilizados para a realização de ensaios não-destrutivos estão mostrados
na tabela 2.20.
EquipamentoForça
Dinâmica, lbf*
Transmissãode Carga por
Número e tipo de sensores de deflexão
Espaçamentodos sensores de deflexão
Kuab FWD3000 a 15000
Placa Circular Seccionada
com 11.8 pol.de Diâmetro
7seismometers
Fixos em 0, 8, 12, 24, 36, 48
pol.
Dynatest HWD10000 a 55000
Placa Circular com 11.8 ou17.7 pol. de
Diâmetro
7 geofones Variável, 12 a96 pol.
Dynaflect1000 pulso
a pulso
Duas placas Metalicas com
16 pol. deDiametro por 2pol. de Altura
5 geofones Variável, 12 a96 pol.
Dynatest FWD1500 a27000
Placa Circular11.8 ou 17.7
pol. de Diâmetro
7 geofones Variável, 12 a96 pol.
Road Rater 2008
500 a27000pulso apulso
Placa Circular com 11.8 pol. de Diâmetro
4 geofones Variável, 24 a48 pol.
WES-16
500 a30000pulso apulso
Placa Circular com 11.8 pol. de Diâmetro
5 geofones Variável, 12 a60 pol.
Phonix FWD
2300 a23000
Placa Circular com 11.8 pol. de Diâmetro
6 geofones Variável, 8.3 a58 pol.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
116
Tabela 2.20 – Acurácia nas medidas de deflexões e carga (BENTSEN et. al., 1989)
UDDIN & HUDSON (1989, apud MEDINA et. al, 1994), recomendam que se utilize no
ensaio com o FWD os seguintes níveis de carga:
• 27 kN – carga de roda simples equivalente teoricamente ao eixo padrão
rodoviário de 80 kN, em termos de deflexão na superfície, para uma área
circular de raio de 10,8 cm;
• 40 kN – soma das cargas das duas rodas de semi-eixo padrão;
• 64 kN.
O procedimento de ensaio é feito geralmente na seguinte seqüência:
1. move-se o trailer para o local de ensaio, e posiciona-se o FWD na estação
desejada;
Medida Equipamento Erro (%)
Deflexão Dynaflect 0 -7.5
Revestimento em concreto asfáltico
Road Rater 1.8 – 14
Wes 1.9 – 4.0
FWD Dynatest 3.0 – 8.6
HWD Dynatest 0.3 – 6.7
FWD KUAB 10 – 13
FWD PHONIX 4.4 – 15.2
Carga Dynaflect ** 30.7 – 87.7
Revestimento em concreto de cimento
Road Rater 3.4 – 5.8
Wes 1.3 – 3.4
FWD Dynatest 3.0 –4.3
HWD Dynatest 1.9 – 3.7
FWD KUAB 1.1 –1.6
FWD PHONIX 6.9 – 8.3
* Erro (%) = valor calculado – valor medido)/(valor calculado)x100
** Bush Ill (1983) encontrou –4.2% para pavimentos rígidos e –12.9% para pavimentos flexíveis
(Ricci et. al. 1985).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
117
2. liga-se o microcomputador e o processador que ficam na cabine do veículo
rebocador;
3. seleciona-se a configuração de massas a ser utilizada na campanha de
ensaios, fixando-as nos locais apropriados;
4. aciona-se no microcomputador o programa de campo, de onde é definido o
tipo de ensaio desejado e comandadas todas as operações de ensaio,
incluindo abaixamento da placa de carga e da barra de geofones, elevação
dos pesos para altura de queda pré-determinada, liberação dos pesos para
a queda e elevação da placa e sensores. A operação completa pode ser
controlada por uma pessoa situada no veículo rebocador e uma seqüência
de ensaio dura 45 segundos em média;
5. a cada golpe programado aplicado vão sendo exibidos em tela, na linha
relativa, a altura de queda, o pico de pressão na placa, a força
correspondente e os picos de deflexão registrados em cada sensor. Após
concluída a seqüência de golpes, a placa e os sensores são suspensos
hidraulicamente e o sistema emite um sinal sonoro indicando que o trailer
pode ser deslocado para a próxima estação.
2.3.4 – Falling Weight Deflectometer - FWD: vantagens e limitações
Os deflectômetros de impacto tipo FWD estão sendo cada vez mais utilizados nas
avaliações estruturais de pavimentos flexíveis e de concreto, de pistas de aeroportos e de
rodovias (MEDINA et. al., 1994).
Segundo PINTO e PREUSSLER (2002), resumidamente o FWD possui as seguintes
vantagens em relação à viga Benkelmen:
• grande acurácia nas deflexões medidas;
• medidas pouco dispersas;
• possibilidade de variação dos níveis de carga aplicados sobre um mesmo
ponto;
• rapidez e facilidade de operação sob condições de tráfego;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
118
• temperatura da superfície do pavimento e do ar medidas e registradas
automaticamente, além das distâncias percorridas entre os pontos de
ensaios;
• indicado para o controle estrutural das camadas do pavimento desde o
subleito até a camada de revestimento;
• obtenção das bacias deflectométricas de forma rápida e com bastante
acurácia, propiciando a análise dos módulos de elasticidade das camadas
constituintes do pavimento.
• As deflexões por eles produzidas são as que mais se aproximam dos
deslocamentos (deflexões), produzidos por um caminhão carregado em
movimento, medidas a partir de acelerômetros instalados no pavimento
(HOFFMAN & THOMPSON, 1981).
Deve-se ressaltar que, o uso do FWD apesar de ser bastante aplicado para o
fornecimento de dados na concepção de projetos para restauração de pavimentos
rodoviários, urbanos e aero-portuários, não é apenas com esta finalidade que os 30
segundos gastos em cada ensaio podem ser úteis. A partir de estudos com o FWD podem
ser viabilizados estudos tais como: um eficiente controle de qualidade e a implantação de
um sistema de gerência de pavimentos. No primeiro caso é possível verificar se as
condições estruturais das camadas do pavimento encontram-se aceitáveis antes de
serem liberadas ao tráfego, através de uma campanha de ensaios com o FWD ao longo
do trecho e comparando-se os módulos obtidos para as camadas com os valores
requeridos em projeto e daí avaliar o grau de atendimento da estrutura aos valores
especificados. Em relação a um programa de gerenciamento os ensaios com o FWD
podem compor um sistema que permita identificar as condições do pavimento no que diz
respeito à sua vida útil, ou seja, pode-se saber quanto tempo uma estrutura pode durar
levando-se em conta modelos de desempenho. Desta forma se viabiliza um programa de
gerenciamento em nível de rede, que processa a otimização técnica e econômica das
alternativas de restauração quando confrontadas com os benefícios delas decorrentes e
com as restrições orçamentárias.
Segundo MEDINA et. al. (1994), as limitações do FWD incluem:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
119
• a presença de uma camada rígida, dependendo da profundidade, pode
interferir no ajuste da bacia de deflexões obtida e, por conseqüência, na
retroanálise dos módulos, esta limitação também se aplica a outros
equipamentos NDT de medida de deflexões;
• a aceleração da carga do FWD é maior que a de uma carga de roda em
movimento, de modo que a inércia da massa do pavimento pode
desempenhar um papel importante para o FWD, enquanto que é
desprezível para a roda em movimento. Porém este fato não parece afetar
a boa concordância das deflexões medidas com o FWD em comparação
com as medidas sob carga de roda;
• o FWD gera um sinal de carga transiente e o impacto gerado no
pavimento cria ondas de corpo e ondas superficiais. Os sensores captam a
velocidade vertical do movimento da superfície do pavimento, e a partir da
interação analógica dos sinais obtém-se a resposta deflexão “versus”
tempo de cada sensor, sendo o tempo para completar esta operação de
aproximadamente, 100 ms. Usualmente estes sinais são utilizados para
extrair o pico de carga e os picos de deflexão em cada sensor de modo
que, a bacia de deflexão não é na verdade, o que se observa durante o
ensaio, pois há a diferença de fase (“phase lag”) dos sinais dinâmicos
captados pelos transdutores.
2.3.5 – Ground Penetrating Radar – GPR
Existem outros equipamentos não tão utilizados quanto o FWD e a Viga, que utilizam
transmissão de ondas eletromagnéticas de curta freqüência, cita-se como exemplo o
“Ground Penetration Radar” – GPR.
Segundo MARGARIDO et. al. (1998), o GPR é um equipamento não destrutivo, de menor
interferência no tráfego (os ensaios são realizados em veículos trafegando na rodovia),
que possibilita a determinação da estrutura do pavimento com resultados ao longo de
todo o trecho (pois a leitura é “contínua”), possibilitando inclusive uma precisa delimitação
dos segmentos homogêneos.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
120
Segundo GONÇALVES e CERATTI (1998), o GPR vem sendo utilizado em vários campos
da engenharia (ex: investigação de tubulação soterrada, estudos de barragens e perfis
estratigráficos, identificação do nível do lençol freático, caracterização de zonas fraturadas
em maciços rochosos). No campo da engenharia de pavimentos a sua aplicação abrange,
até o momento, domínios específicos, tais como (UDDIN & HUDSON, 1994; MASER et.
al., 1994; MESCHER et. al., 1996; NCHRP SYNTHESIS 255, 1998):
• identificação das espessuras das camadas do pavimento;
• verificação das condições dos materiais das camadas;
• investigação da presença de vazios sob placas de concreto cimento.
O princípio de funcionamento do GPR baseia-se na transmissão de ondas
eletromagnéticas de curta freqüência, permitindo assim o levantamento contínuo ao longo
da profundidade em estudo, por exemplo, no interior do pavimento ou solo. Para a
avaliação de pavimento utiliza-se antena adaptada a um veículo, sendo que os pulsos
eletromagnéticos emitidos refletem, retornando com um tempo e amplitude que estarão
relacionados com uma localização e natureza (propriedade eletromagnética) dos
materiais que compõem a estrutura podendo ser ar/asfalto ou asfalto/base. (GONÇALVES
e CERATTI, 1998).
Na figura 2.38, observa-se uma ilustração da emissão e reflexão de ondas
eletromagnéticas no interior da estrutura de um pavimento. E nas tabelas 2.21 e 2.22,
constam as propriedades eletromagnéticas típicas de alguns materiais e o intervalo de
acurácia na determinação das espessuras do pavimento, respectivamente. Na figura 2.39
vemos uma ilustração do GPR.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
121
Figura 2.38 - Emissão e reflexão de ondas eletromagnéticas nas interfaces do pavimento
(AL-QADI et. al. 2001)
Tabela 2.21 – Propriedades eletromagnéticas típicas (GONÇALVES e CERATTI, 1998)
Material
Constante
Dielétricarelativa
Condutividade
Elétrica
(mS/m)
Velocidade
(m/ns)
Atenuação
(dB/m)
Ar 1 0 0.30 0
Água 81 0.05 0.033 0.1
Água do Mar 3-5 3x104 0.015 103
Areia Seca 20-30 0.01 0.15 0.01
Areia Saturada 5-30 0.1-1.0 0.06 0.03-0.3
Siltes 5-40 1-100 0.07 1-100
Argilas 5-40 2-1000 0.06 1-300
Granito 4-6 0.01-1 0.13 0.01-1
Concreto
asfáltico3-6 0.5-1.5 0.12 0.05-0.5
Concreto
cimento6-11 1-3 10 0.5-1.5
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
122
Tabela 2.22– Intervalos de acurácia na medida das espessuras das camadas do
pavimento (MASER, 1996).
Figura 2.39 – Ground Penetrating Radar – GPR (HADDAD et. al. (1998).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
123
2.3.6 – Comparação e Correlações entre Diferentes Equipamentos de Ensaios NDT
Correlacionar resultados de diferentes equipamentos não é tarefa fácil, pois as deflexões
medidas na superfície do pavimento e suas respectivas curvaturas são dependentes de
vários fatores como o método de ensaio empregado, magnitude das cargas, a não-
linearidade dos materiais que compõem as camadas, as taxas de carregamento, fatores
climáticos e o tipo da estrutura ensaiada (MEDINA et. al., 1994).
No entanto, as metodologias oficiais brasileiras para o cálculo da espessura de reforço de
pavimentos foram desenvolvidas com base na deflexão máxima medida com a viga
Benkelman, que também é empregada em Sistemas de Gerência de Pavimentos de
Órgão Rodoviários e nos modelos de deterioração utilizados pelo modelo HDM,
desenvolvido pelo Banco Mundial. Desta forma, com o aumento do uso do equipamento
Falling Weight Deflectometer (FWD), bastante vantajoso em relação a viga Benkelman,
por este fato, existe uma expectativa de se poder converter as medidas com o FWD em
deflexões equivalentes as da viga Benkelman (BORGES, et. al., 2003).
O DNER (1998) cita um trabalho realizado por Fabrício et. al. apresentado na 30a Reunião
Anual de Pavimentação – ABPV no ano de 1996, onde se buscou estabelecer correlações
entre as “Deflexões Recuperáveis Características de Segmentos Homogêneos” em
pavimentos flexíveis medidas com a viga Benkelman (medidas estáticas) com as medidas
de deflexões características medidas com o FWD (medidas dinâmicas), de modo a
propiciar o uso destas últimas pelo DNER nos métodos de projeto, e nos modelos atuais
de Sistema de Gerência de Pavimento.
Os dados utilizados nos estudos foram aqueles provenientes das seguintes fontes:
• projetos em desenvolvimento na DEP-DNER;
• determinações do sistema de Gerência de Pavimento do IPR –
DNER;
• determinações obtidas na BR-101/RS, trecho: Torres – Osório,
executadas pela Dynatest e ECL para o DNER;
• tese de doutorado do Eng.o Salomão Pinto – UFRJ.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
124
Os resultados obtidos foram os seguintes:
• para deflexões DFWD < 85 x 10-2 mm;
• para deflexões DFWD > 85 x 10-2 mm;
Em que:
DB – deflexão obtida por viga Benkelman;
DFWD – deflexão obtida por FWD.
O DNER (1998) cita ainda, que as correlações entre deflexões obtidas por viga
Benkelman e FWD são dependentes de diversos fatores e, principalmente, da resposta
elástica da estrutura de pavimento que está sendo avaliada. Desta forma, não existem
correlações de aplicação generalizada. Constata-se que geralmente, em pavimentos de
razoáveis espessuras de CBUQ, as deflexões Benkelman são cerca de 20% a 30 %
superiores ás obtidas por FWD.
Em MARCON (1996), encontram-se resumidamente alguns estudos e pesquisas com a
finalidade de correlacionar as deflexões obtidas por diferentes equipamentos
2.3.7 – Fatores que Influenciam nos Levantamentos Deflectométricos
a) Influência da Sazonalidade
As rodovias brasileiras apesar de não sofrerem com o fenômeno do “gelo e
degelo”, no período chuvoso o teor de umidade do subleito pode aumentar, e com isso
DB = 8,964 (DFWD – 60)0,715
DB = 20,645 (DFWD – 19)0,351
(2.31)R2= 0,952
(2.32)R2= 0,933
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
125
diminuir a sua capacidade de suporte, conseqüentemente influenciar na medida da
deflexão superficial no centro de aplicação da carga, já que ela é dependente das
características de todas as camadas (ROCHA FILHO, 1996)
No Rio de Janeiro no ano de 1967, foram realizados levantamentos de deflexões
durante 17 meses e, constatou-se que a melhor época do ano para se fazer as medidas
de deflexões seria logo após época chuvosa, pelo fato, de que o subleito estaria nas
condições mais desfavoráveis de suporte (OLIVEIRA e FABRÍCIO, 1967).
Segundo SOUZA et. al. (1977) apud MEDINA (1997), foram realizados estudos
com a finalidade de avaliar o método de dimensionamento de pavimentos flexíveis do
DNER (hoje Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT), o qual se
baseia no ensaio de CBR. Constatou-se que a umidade natural obtida através de
prospecções em trechos homogêneos de 500m a 1000m de extensão era quase sempre
inferior à ótima. Também foi observado que os valores de CBR “in situ” eram, quase
sempre, superiores aos obtidos em amostras compactadas e embebida em laboratório.
Entre 1979 e 1984 foram realizados estudos pelo Instituto de Pesquisas
Rodoviárias (IPR), no sentido de avaliar o efeito da sazonalidade nas medidas das
deflexões. Verificou-se que a sazonalidade era praticamente insignificante quanto aos
reflexos das variações de umidade refletida na deflexão (MEDINA, 1997).
Entretanto, os procedimentos DNER PRO 10/79 (DNER, 1979a) e DNER PRO
11/79 (DNER, 1979b), indicam que a época mais favorável para realização das medidas
de deflexão é imediatamente após a estação chuvosa, pelo fato do subleito se apresentar
na sua condição de máxima umidade (condição mais desfavorável). Porém, como nem
sempre é possível se fazer os levantamentos deflectométricos após a estação chuvosa,
aplicam-se fatores de correção sazonal afim de corrigí-las para a época mais
desfavorável. Entretanto, os fatores dependem de pesquisas regionais, o que é quase
inexistente no Brasil, desta forma os procedimentos sugerem que sejam utilizados os
valores constantes na tabela 2.23.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
126
Tabela 2.23 – Fatores de Correção Sazonal (DNER, 1979a;1979b).
b) Influência da Temperatura
O estudo da temperatura de pavimentos flexíveis é de extrema importância,
devido as propriedades visco-elástoplásticas das misturas asfálticas que são função dos
gradientes de temperatura que atingem o pavimento. Quando a temperatura diminui, afeta
a viscosidade do ligante, tornando-o mais viscoso e o revestimento, mais rígido,
aumentando a sua capacidade de distribuição de carga na estrutura e,
conseqüentemente, diminuindo as deflexões. Em contrapartida, quando a temperatura
aumenta, o efeito se inverte, ou seja, a viscosidade diminui, reduzindo a rigidez e,
conseqüentemente tem-se um aumento nas deflexões (MOTTA e MEDINA, 1986).
Com o intuito de se verificar a influência da temperatura nas medidas das
deflexões, ROCHA FILHO (1996) realizou levantamentos deflectométricos sobre um
mesmo ponto do pavimento, em dias e horários distintos, mantendo-se constantes a
configuração do carregamento e posicionamento dos sensores do FWD, o resultado
pode-se verificar na figura 2.40. Constatou-se que, mesmo mantendo constante a
configuração do carregamento, quanto menor a temperatura da superfície do
revestimento, maior era o valor da carga aplicada e, conseqüentemente, menor as
deflexões. Isto ocorre devido a maior rigidez da camada asfáltica em função do
decréscimo de temperatura.
Natureza do Subleito
Fator de Correção Sazonal - FS
Estação SecaEstaçãoChuvosa
Arenoso e
Permeável1,10 – 1,30 1,00
Argiloso Sensível á
Umidade1,20 – 1,40 1,00
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
127
Figura 2.40 – Efeito da Temperatura nas Deflexões dos Pavimentos Flexiveis (h1=7,5 cm)
(ROCHA FILHO, 1996)
c) Influência do Modo de Carregamento
Segundo ROCHA FILHO (1996), a influência do modo de carregamento sobre as
deflexões pode ser melhor evidenciada quando é analisado o perfil das deflexões obtidas
pelo emprego de equipamentos que utilizam modos diferentes de aplicação de
carregamento. O autor cita Tholen et. al. (1985), que apresenta os resultados de diversas
pesquisas que analisaram os efeitos de diferentes modos de carregamento aplicados em
pavimentos. Conclui-se que a magnitude das deflexões é extremamente afetada pelo
modo de carregamento utilizado e, dentre todos os equipamentos analisados, o que
melhor simula o efeito das cargas de roda no pavimento é o FWD.
Outro aspecto importante é que, em todas as análises utilizando as deflexões, admiti-se
que as cargas são uniformemente distribuídas sob a placa. Entretanto, SHANIN (1995)
apud ROCHA FILHO (1996), demonstra que isto realmente não ocorre, sendo que as
placas mais rígidas (inteiriças), dependendo das condições do pavimento, apresentarão
diferentes distribuições de pressão de contato. Para minimizar este problema, a KUAB
introduziu placas articuladas que propiciam melhor distribuição do carregamento.
0
10
20
30
40
0 20 40 60 80 100 120 140
Def
lexõ
es (0
,01m
m)
Distâncias (cm)
Efeito da Temperatura nas Deflexoes dos Pavimentos Flexiveis
20,6 ºC
25,9 ºC
28,8 ºC
33,5 ºC
14,0 ºC
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
128
d) Posicionamento dos Sensores
O posicionamento dos sensores é muito importante nos levantamento deflectométricos,
pois influenciam nas medidas de deflexões. O manual da SHRP LTPP (1989) recomenda
as seguintes distâncias: 0, 30 ,45, 60 ,90, 150 cm tanto para os pavimentos flexíveis como
para os rígidos.
Segundo ROCHA FILHO e RODRIGUES (1996), a escolha do posicionamento dos
sensores deve ser feita em função da rigidez e espessura do pavimento em análise. Para
pavimento espesso o último sensor deve ficar o mais afastado possível do ponto de
aplicação da carga a fim de se obter somente as deflexões sofridas pelo subleito. Já para
pavimentos em tratamento superficial duplo e simples, o último sensor pode ficar mais
próximo do ponto de aplicação da carga.
Segundo PINTO e DOMINGUES (2001) apud SUASSUNA (2003), geralmente são
empregados os seguintes posicionamentos dos sensores:
• Para pavimentos flexíveis: 0, 20, 30, 45, 65, 90 e 120 cm;
• Para pavimentos rígidos: 0, 20, 30, 80, 100, 160 e 200 cm.
Outros fatores que também exercem influência nas medidas de deflexões segundo
MOMM et. al. (2001), são:
• geometria do carregamento;
• magnitude do carregamento;
• pressão de inflação do pneu;
• ponto de aplicação da carga;
• posição do ponto de medida em relação à posição da carga.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
129
2.4 – Avaliação do Tráfego
Nas rodovias circulam veículos de passeio e comerciais. Os veículos comerciais são os
caminhões e ônibus, cujo efeito sobre os pavimentos é mais pronunciado devido à maior
carga transportada. As cargas são transmitidas aos pavimentos por rodas pneumáticas
simples ou duplas arranjadas em eixos simples e tandem, duplos ou triplos. A ação do
tráfego, não só pelo peso transportado, mas também pela freqüência com que solicita o
pavimento, provoca a deterioração do mesmo (ALBANO, 1998).
A avaliação da solicitação do tráfego é um componente de grande importância tanto para
pavimentos novos como para o reforço, pois as estruturas projetadas e existentes estão
intimamente ligadas às magnitudes das cargas que a solicitarão por eixos de diversas
configurações com cargas distintas. Desta forma, o tratamento das solicitações do
tráfego é a conversão de todo o universo de eixos e cargas em um número equivalente de
repetições de um eixo-padrão. O eixo padrão estabelecido é o eixo simples de rodagem
dupla (ESRD) com carga total de 8,2 tf (18.000 lb) e pneus com pressão de inflação de
5,6 kgf/cm2 (80 psi).
O efeito deletério do tráfego sobre os pavimentos é bastante complexo se constituindo
numa das maiores dificuldades encontradas na tentativa de tornar racional a consideração
deste componente no dimensionamento da estrutura do pavimento. Citam-se os seguintes
fatores que concorrem para a complexidade do problema:
• heterogeneidade das configurações dos eixos;
• variações nos valores das cargas por eixo e pressão de inflação dos
pneumáticos ao longo da vida de projeto;
• variações na velocidade dos veículos devido a geometria da via e
volume de tráfego;
• efeito do meio ambiente (temperatura e umidade),
• comportamento dos materiais das camadas do pavimento e do
subleito.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
130
Segundo CERATTI (1997), os defeitos nos pavimentos flexíveis podem assumir várias
formas, podendo ser listados como os maiores danos os seguintes:
a) desgaste da superfície de rolamento, com a exposição dos agregados e perda da
textura superficial decorrente da abrasão provocada pelos veículos;
b) envelhecimento do ligante betuminoso por oxidação, fragilizando a mistura alfáltica,
possibilitando o trincamento e o arrancamento dos agregados;
c) fissuras que se formam e evoluem nas camadas de concreto asfáltico devido à
fadiga provocada pela repetição das cargas;
d) afundamento da trilha de roda ou ondulações na superfície ocasionadas por
acúmulo de deformações plásticas em todas as camadas ou somente no
revestimento, sob ação das cargas do tráfego.
Segundo ALBANO (1998), os defeitos dos grupos a) e b) ocasionam incômodos aos
usuários, porém estão localizados superficialmente podendo ser facilmente
diagnosticados e recuperados com custos relativamente baixos. Do elenco de danos
provocados pela ação do tráfego os mais importantes são os defeitos internos, pela
dificuldade de serem detectados e serem mais abrangentes em termos de efeito, pois
afetam a estrutura do pavimento. Ambos, o trincamento da superfície de concreto asfáltico
- CA, provocado pela fadiga do material e o afundamento da trilha de roda que, além da
irregularidade superficial, proporciona o acúmulo de água da chuva, exigem ações mais
radicais e de maior custo para correção. Estes defeitos, ocasionados por veículos
pesados, ocorrem muitas vezes prematuramente devido a excessos de peso praticados
por transportadores.
A publicação Truck Weight Limites (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1990 apud
ALBANO, 1998), contém uma análise do efeito de veículos pesados sobre pavimentos.
Esse trabalho destaca que as condições e o desempenho dos pavimentos não dependem
unicamente do número de veículos pesados e da carga por eixo que os pavimentos estão
sujeitos. Outros fatores também devem ser considerados:
• espessuras das diversas camadas constituintes do pavimento;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
131
• qualidade dos materiais empregados na construção;
• procedimentos construtivos adotados;
• condições de manutenção da rodovia;
• propriedades do subleito e,
• condições ambientais, destacando-se a precipitação pluviométrica e o
valor e variação da temperatura.
No Brasil, os veículos são regulamentados pelas Leis do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN), que no ano de 1997 estabeleceu a carga máxima admissível por eixo
simples de rodagem dupla de 10tf (98 kN) e o peso bruto total por unidade ou
combinações de veículos em 45 tf (441 kN). O CONTRAN na resolução no 114 de 12 de
maio de 2000 admitiu uma tolerância de 7,5% sobre o peso declarado na nota fiscal,
acima das cargas legais admitidas, devido a falta de precisão das balanças.
Os limites legais para a carga máxima por eixo vigente no Brasil através da Lei no 7.408,
são apresentados na tabela 2.24.
Tabela 2.24 – Limite legal de carga por eixo.
2.5 – Métodos de Dimensionamento de Reforço de Pavimentos Flexíveis
O dimensionamento do reforço através de camada asfáltica adicional ou recapeamento é
o procedimento mais utilizado na reabilitação de pavimentos. A camada de reforço tem o
papel fundamental de recuperar as características funcionais e estruturais prolongando a
vida útil do pavimento.
Até os anos 1960, a abordagem, para o dimensionamento do reforço de um pavimento
era baseado na experiência regional e no critério da resistência (deformações
TIPO DE EIXO CARGA LEGAL (tf)
Eixo simples de roda simples 6
Eixo simples de rodas duplas 10
Eixo tandem duplo 17
Eixo tandem triplo 25,5
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
132
permanentes). A partir da década de 1960, surgiram métodos baseados em ensaios
deflectométricos (não destrutivos) que tiveram aceitação generalizada e foram
gradualmente difundidos.
Em meados da década de 1970, com o advento de equipamentos mais sofisticados e
programas computacionais capazes de fornecer informações quanto as características
elásticas dos materiais constituintes dos pavimentos, começaram a ser introduzidos os
métodos mecanísticos ou analíticos, que se fundamentam na análise de tensões e
deformações nas camadas dos pavimentos.
A partir dos anos 1980, com o desenvolvimento dos sistemas de gerência de pavimentos,
surgiram metodologias de reforço fundamentadas em modelos de previsão de
desempenho e que procuram analisar diversas estratégias de intervenção com vistas a
diminuir o custo de ciclo de vida do pavimento (DNER, 1998; PINTO e PREUSSLER,
2002).
Segundo RODRIGUES (2001), os objetivos específicos a serem atingidos quando se
projeta a restauração de um pavimento são os seguintes:
• Trazer a condição funcional (conforto ao rolamento e segurança) a níveis
compatíveis com a de um pavimento novo;
• Garantir uma vida de serviço mínima para o pavimento restaurado, de modo a
que uma nova intervenção desse mesmo porte seja requerida apenas após
este período;
• Utilizar técnicas disponíveis e aplicáveis, e que atendam a requisitos
operacionais e às restrições orçamentárias;
• Controlar os mecanismos pelos quais a deterioração das estruturas de
pavimento vem se processando ao longo do tempo.
Atualmente, no Brasil, entre os métodos de dimensionamento de pavimentos flexíveis
empregados destacamos quatro normalizados pelo DNER (1998) e três não
normalizados, os quais se classificam pelos seguintes enfoques:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
133
Enfoque Empírico – Análise Deflectométrica
• DNER-PRO 10/79 – Método A;
• DNER-PRO 11/79 – Método B;
• Método do Instituto do Asfalto.
Enfoque Empírico – Análise da Deficiência Estrutural e Funcional
• DNER-PRO 159/85 (DNER, 1985);
• Método da AASHTO;
• Método do Instituto do Asfalto.
Enfoque Mecanístico-empírico
• DNER-PRO 269/94 – Método da resiliência (Tecnapav) (DNER, 1994i).
Os métodos mais utilizados atualmente no Brasil são os métodos DNER-PRO 11/79 –
Método B DNER-PRO 269/94 – Método da resiliência (Tecnapav), descritos
resumidamente a seguir:
a) DNER PRO-10/79 – Método A (DNER, 1979a)
O DNER PRO-10/79 baseia-se no método de dimensionamento adotado pela California
Division of Highways na década de 60 (antiga CDH, atual CALTRANS). Seus princípios
básicos derivaram do trabalho: “Análise das Condições de Deformabilidade de Reforços
com base na Experiência Californiana” (PEREIRA, 1975). Este método fundamenta-se na
relação entre a grandeza das deflexões recuperáveis e o desempenho dos pavimentos
asfálticos.
O método considera que num pavimento satisfatoriamente projetado e bem construído, a
evolução das deflexões recuperáveis ao longo da vida de um pavimento pode se dar nas
fases de: consolidação devido à ação do tráfego que ocasiona decréscimo na deflexão,
elástica em que a deflexão permanece constante e de fadiga que se caracteriza por um
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
134
acelerado crescimento no valor da deflexão e a perda de capacidade estrutural das
camadas do pavimento conforme figura 2.41.
Figura 2.41 – Fases da vida de um pavimento (DNER, 1998).
As diretrizes a serem consideradas no projeto, são baseadas tanto no inventário do
estado do pavimento (DNIT PRO- 006/2003), bem como nos da análise deflectométrica
conforme tabela 2.25.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
135
Tabela 2.25 – Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto (DNER, 1998).
Os símbolos constantes na tabela correspondem aos seguintes significados:
IGG = Índice de Gravidade Global (DNER PRO 08/94);
F = Valor médio das flechas nas trilhas de roda;
AP% = porcentagem de afundamentos plásticos de reconhecida gravidade;
do = deflexão de projeto, referida a carga de 6,8 tf;
IGG F e AP D0 e Dadm
Decisão quanto ao aproveitamento da estrutura existente e quanto as medidas corretivas a serem levadas em conta no
projeto
IGG < 180
F < 30mme
AP < 33%
d0 < dadm
1. Aproveitamento total do valor residual do pavimento existente;
2. Programação de reparos locais, se necessário;
3. Programação de tratamento de rejuvenescimento, se necessário.
3dadm > do
> dadm
1. Aproveitamento total do valor residual do pavimento existente;
2. Programação de reparos locais, se necessário;
3. Projeto de reforço com base no critério de deformabilidade.
do > 3dadm
1. Aproveitamento total do valor residual do pavimento existente;
2. Programação de reparos locais, se necessário;
3. Projeto de reforço com base no critério de deformabilidade e projeto de reforço com base no critério de resistência, no caso de aproveitamento total do valor residual do pavimento existente. Projeto de nova estrutura com base no critério de resistência, no caso de aproveitamento parcial do valor residual do pavimento.
F > 30mmou
AP > 33%---
1. Aproveitamento total do valor residual do pavimento existente;
2. Programação de reparos locais;
3. Projeto de reforço com base no critério de deformabilidade e projeto de reforço com base no critério de resistência, no caso de aproveitamento total do valor residual do pavimento existente. Projeto de nova estrutura com base no critério de resistência, no caso de aproveitamento parcial do valor residual do pavimento.
IGG > 180 --- ---Remoção parcial ou total do pavimento e sua substituição parcial ou total por nova estrutura projetada com base no critério de resistência.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
136
dadm = deflexão admissível pelo pavimento existente, referida a carga de 6,8 tf, em se
considerando o tráfego que ele suportaria durante o período compreendido entre a data
de sua colocação em serviço e data correspondente ao final do período de projeto
estabelecido para efeito de análise.
O método é fundamentado na experiência em projetos de reforço do CDH, respaldada no
grande acervo experimental, que pode ser resumida em dois nomogramas: o nomograma
A que relaciona a deflexão admissível ao índice de tráfego (IT) e o nomograma B que
relaciona a redução de deflexão (Δ) à espessura de reforço em termos de material
granular, através de coeficientes estruturais específicos do método.
b) DNER PRO-11/79 – Método B (DNER, 1979b)
O DNER PRO -11/79 possui os mesmos procedimentos preliminares de obtenção dos
dados desse método de avaliação e dimensionamento da PRO 10/79, que são:
• dados do levantamento histórico;
• dados da prospecção preliminar, e
• dados da prospecção definitiva.
Através do inventário de superfície (DNIT PRO– 006/20034) e das deflexões recuperáveis
(DNER – ME 24/94), o trecho é dividido em segmentos homogêneos, onde é determinada
estatisticamente a deflexão de projeto para cada segmento conforme descrito na PRO
10/79 (DNER, 1998).
As espessuras de reforço obtidas pelo método B podem conduzir a valores inferiores as
que são obtidas no método A. Baseia-se no conhecimento do número “N” de repetições
da carga padrão 8,2t, equivalente a ação do tráfego que irá solicitar o pavimento, e em
medidas de deflexões recuperáveis, obtidas por viga Benkelman (ANDREATINI, 1988 e
BENEVIDES, 2000).
A espessura de reforço pode ser obtida pela equação conhecida como equação de Ruiz
(engenheiro argentino):
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
137
Sendo:
hCB = espessura de reforço em concreto asfáltico, em cm;
dp = deflexão Benkelman de projeto, sob carga de 8,2 tf (10-2 mm);
dadm = deflexão admissível após execução do reforço, 10-2 mm.
K = fator de redução da deflexão (k = 40 para concreto asfáltico).
Segundo ANDREATINI (1988), o valor de 40 atribuído para k, em reforços asfálticos, não
parece provável que seja função exclusivamente do material. Constatou que o “k” não é
constante, e sim uma grandeza variável, função da estrutura e da espessura “h” do
reforço.
O método possibilita o desmembramento da espessura do reforço em duas ou mais
camadas permitindo se determinar as espessuras das camadas não constituídas de
concreto asfáltico, isto pode ser feito considerando-se os coeficientes estruturais definidos
pelo método, conforme ilustrado na tabela 2.26.
A deflexão admissível é determinada pela seguinte equação:
Sendo:
N = número de solicitações do eixo padrão rodoviário de 8,2tf.
adm
pCB D
Dkh log.=
(2.33)
)Nlog(.,,)Dlog( adm 1760013 −=
(2.34)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
138
Tabela 2.26 – Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto (DNER, 1998).
c) DNER PRO-159/85 (DNER, 1985)
Segundo DNER (1998), o procedimento 159/85 leva em consideração um dos principais
conceitos da Gerência de Pavimentos, qual seja: a análise de varias alternativas de
reforço para um pavimento, mediante estudo do desempenho funcional e estrutural de
cada uma das alternativas, e seus correspondentes custos de construção e manutenção
ao longo da vida útil estabelecida.
Primeiramente, calcula-se o número estrutural do pavimento, o qual é o somatório dos
produtos das espessuras das camadas por seus respectivos coeficientes de equivalência
estrutural. Para obter o coeficiente estrutural do revestimento em concreto asfáltico (a1),
utiliza-se uma expressão que estima o a1 em função de MR a 30 oC. Na falta do valor de
ensaio, adota-se 30.000 kgf/cm2. As camadas granulares e os solos do subleito têm
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
139
coeficientes determinados em função do CBR. As camadas cimentadas e os tratamentos
superficiais possuem coeficientes estruturais constantes. O tráfego é representado pelo
número de repetições dos eixos de 8,2tf, determinado com um Fator de Veículos
diferente. O Quociente de Irregularidade (QI) é determinado com o integrador IPR/USP ou
o maysmeter, a deflexão e as áreas trincadas e desgastadas são utilizadas na previsão
da evolução futura pelas curvas de desempenho em função do tráfego. Por fim, as
diferentes possibilidades de restauração são analisadas em função dos custos projetados.
Segundo SANTANA (1989), uma das desvantagens do método é a pouca validade dos
coeficientes das equações de desempenho, tendo em vista, que as experiências foram
realizadas em uma área contínua que representa apenas cerca de 5% do Brasil. No
entanto, com mais experiências que permitam estabelecer tais coeficientes, ter-se-á um
ótimo método para as condições usuais, reservando-se os métodos baseados em
modelos elásticos para os casos especiais.
d) DNER PRO-269/94 (DENER, 1994i)
O método foi desenvolvido pelos engenheiros PINTO e PREUSSLER (1982) e
apresentado pela primeira vez na Reunião Anual de Pavimentação, sendo resultante dos
estudos da pesquisa sobre Avaliação Estrutural de Pavimentos, empreendida pelo
IPR/DNER e firmas de Consultoria e utiliza o programa TECNAPAV (Tecnologia Nacional
para Restauração de Pavimentos Rodoviários e Aeroportuários). O programa TECNAPAV
determina a espessura necessária de camada de reforço em concreto asfáltico a ser
aplicada de modo que a vida de serviço do pavimento restaurado seja aquela
correspondente a certo nível de trincamento a ser atingido no pavimento rodoviário, ou a
vida de fadiga das camadas asfálticas, no caso de pavimentos aeroportuários
(RODRIGUES, 1989).
O procedimento tem como fundamento o modelo de fadiga de misturas betuminosas,
obtida indiretamente utilizando-se como parâmetro de referência a deflexão máxima
prevista de estrutura proposta para uma determinada expectativa de vida de fadiga, no
comportamento resiliente típico de solos finos e materiais granulares e o cálculo de
tensões e deformações considerando a teoria da elasticidade não linear (DNER, 1998).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
140
Como nos outros métodos, a rodovia é dividida em segmentos homogêneos,
considerando-se as condições de tráfego, subleito, deflexão recuperável, estrutura do
pavimento e condições superficiais. O número N é calculado em função dos fatores de
equivalência do USCE, diferindo do PRO 159/85 que utiliza os da AASHTO/GEIPOT.
O método estima uma estrutura de referência, composta por três camadas, betuminosa,
granular e subleito, que irá representar o trecho homogêneo em análise.
Além desses critérios, o método leva em consideração os parâmetros de espessura do
revestimento existente, a deflexão característica, o trincamento, a espessura da camada
granular e o tipo de subleito.
O método classifica o material do subleito de acordo com o CBR apresentado e a
porcentagem de silte (S%) na fração que passa na peneira nº 200, conforme tabela 2.27.
Tabela 2.27 – Classificação do solo do subleito quanto a percentagem de silte na fração
fina.
A determinação da espessura efetiva do revestimento betuminoso (HEF) é obtida através
da seguinte expressão:
Sendo :HEF = espessura efetiva, em cm;DC = deflexão caracteristica;I1,I2 = constantes relacionadas com as característica da resiliência do
subleito.
CBR (%) S (%)≤ 35 35 a 65 > 65
≥ 106 a 92 a 5
IIIIII
IIIIIII
IIIIIIIII
HEF = -5,737 + 807,961 ÷ DC + 0,972 x I1 + 4,101 x I2 (2.35)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
141
Os valores que devem ser utilizados para as constantes relacionadas com as
características da resiliência do subleito seguem a seguinte metodologia;
Se a espessura da camada granular for inferior ou igual a 45 cm, deve-se utilizar os
valores constantes da tabela 2.28, em função das características do subleito. Se a
espessura da camada granular for superior a 45 cm, utilizar I1 = 0 e I2 = 1.
Tabela 2.28 – Constantes relacionadas com as características da resiliência do subleito.
A deflexão de projeto característica, DC, é dada pela expressão 2.36:
Sendo:
DC = deflexão de projeto, 0,01mm.
D = media aritmética das deflexões de campo, 0,01mm.s = desvio padrão, 0,01mm.
Determinado o HEF, este deve estar compreendido no intervalo EEF HH0 ≤≤ , adotando-se;
Se HEF < 0 – HEF = 0Se HEF > HE – HEF = HE
Sendo;HE = espessura da camada betuminosa existente
Determina-se o critério de fadiga através da fórmula 2.37;
SOLO TIPO I1 I2
I 0 0II 1 0III 0 1
DC = D + s (2.36)
PNlog.,,Dlog 18801483 −= (2.37)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
142
Sendo;
D = deflexão máxima admissívelNP = número cumulativo de solicitações de eixos equivalentes ao eixo padrão de
8,2 tf para o período de projeto.
Assim, calcula-se a espessura do reforço em concreto asfáltico através da equação 2.38;
Em função da espessura de reforço calculado pode-se verificar a solução adequada de
recapeamento conforme quadro 2.29.
Tabela 2.29 – Relação de soluções de recapeamento em função da espessura do reforço
DNER-PRO 269/94
Já o dimensionamento do reforço com reciclagem adota mecanismo diferente, sendo
calculado um modulo de resiliência efetivo do revestimento existente que, conjuntamente
Espessura do Reforço Solução de Recapeamento
HR < 3- lama asfáltica- tratamento superficial
3 < HR < 12,5- subdivisão em camadas integradas de CBUQ e pré-misturado- camada única de CBUQ (binder e capa)
12,5 < HR < 25
- utilização de camadas integradas dos tipos CBUQ e pré-misturado, sendo que da HR 60% será de pré-misturado e 40% será em concreto asfáltico
HR > 25
- camadas não devem ser constituídas exclusivamente de misturas betuminosas- verificação da necessidade de remoção do revestimento existente ou camadas com a reconstrução da estrutura do pavimento
21EF 3,893I1,016I1,357HD
238,1419,015HR ++−+−= (2.38)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
143
com a determinação do modulo resiliente da mistura através de ensaio de laboratório,
estima seu comportamento conforme a seguinte metodologia;
Para a determinação do módulo de resiliência efetivo do revestimento existente a norma
preceitua a seguinte equação (DNER–PRO 269/94);
Sendo;
Mef = 1000 kgf/cm²
DC – deflexão de projeto, 0,01mm;
I1, I2 – constantes relacionadas ‘as características resilientes da terceira camada da
estrutura de referência;
he – espessura da camada betuminosa existente;
Mef – módulo de resiliência efetivo do pavimento existente, kgf/cm².
Faz-se o calculo da relação modular, e a partir deste parâmetro determina-se a soluçãode recapeamento;
Sendo:μ – relação modularMRC – módulo de resiliência da mistura recicladaMef – módulo de resiliência efetivo do revestimento existente
Se μ = 1, a restauração deve ser realizada sem reciclagem, se μ > 1 deve-se realizar o
calculo da deflexão de projeto característica utilizando a equação 2.41, para vários
valores de alturas de corte, e então avaliar a melhor solução de recapeamento segundo o
quadro 2.30.
21 2766000530714175321911 I,I,hlog,Dlog,,Mlog eCef +−−−=
3241
31
11,
c
ecC
hhDD
−
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡+⎟
⎠⎞⎜
⎝⎛ −μ=
(2.39)
(2.39)
(2.40)
μ = MRc/Mef
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
144
Sendo:DC – Deflexão de projeto, 0,01mmhe – espessura de camada betuminosa existentehc – espessura de corteμ – relação modular
CD – deflexão de projeto característica do pavimento reciclado correspondente aespessura hc, 0,01mm.
Tabela 2.30 – Procedimentos de solução de recapeamento do reforço do pavimento
contemplando reciclagem (DNER-PRO 269/94)
CD = D- reciclagem com espessura de corte
hc constitui alternativa de solução;
CD > D
- restauração mista:
• Corte de espessura hc.
• Recapeamento de espessura
HR.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
145
CAPÍTULO IIIRETROANÁLISE EM PAVIMENTAÇÃO E PROGRAMAS COMPUTACIONAIS
3.1 – Introdução
As metodologias de dimensionamento de pavimentos rodoviários novos ou recapeados
mais utilizadas pelos projetistas nacionais tiveram o seu desenvolvimento fundamentado
em experiências empíricas através dos resultados obtidos em laboratórios ou trechos
experimentais. Trazem, portanto, uma desvantagem inerente às características
particulares da região onde foram desenvolvidos.
Por este motivo, tornou-se crescente a busca de métodos mais racionais na concepção
de pavimentos novos ou recapeados baseando-se na aplicação da Teoria da Elasticidade,
no cômputo de tensões, deformações e deslocamentos que são gerados no interior do
pavimento devido a um determinado carregamento externo.
Em 1885 o cientista francês Joseph Boussinesq, publicou o trabalho “Application des
Potentiels a l´Etude de l´Equilibre et du Mouvement des Solides Elastiques”
desenvolvendo um sistema de equações para o cálculo das tensões e deformações
assumindo as seguintes hipóteses: que o material é homogêneo, isotrópico, semi-infinito e
de comportamento elástico-linear obedecendo a Lei de Hooke, para a aplicação de uma
carga pontual agindo perpendicularmente na superfície do maciço. Em seguida, as
equações foram estendidas para outros tipos de carregamento pelo próprio Boussinesq.
Em 1943 o professor Donald M. Burmister apresentou na 23ª Annual Meeting of the
Highway Research Board a “Theory of Stresses and Displacement in Layered Systems
and Application to the Design of Airport Runways”. Deve-se ao professor Burmister a mais
usada teoria de sistemas de duas e três camadas. A Teoria Geral de Tensões e
Deslocamentos em um sistema de duas e três camadas foi desenvolvida conforme os
métodos da teoria da elasticidade para prover o engenheiro de uma ferramenta útil e
importante para a análise de problemas de fundações de aeroportos mais diretamente
aplicável às condições atuais encontradas nos solos. A teoria apresenta as relações
fundamentais que existem entre os fatores físicos que controlam a magnitude e
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
146
distribuição das tensões e deslocamentos em um sistema de duas camadas e três
camadas (BURMISTER, 1943).
As hipóteses consideradas na formulação da Teoria Geral das Tensões e Deslocamentos
proposta por Burmister, para uma carga circular, além da teoria da elasticidade, foram:
� Cada uma das duas camadas consiste em um sólido homogêneo,
isotrópico, linearmente elástico, obedecendo a Lei de Hooke e o
módulo de compressão é igual ao de tração;
� O topo da camada não tem peso e tem espessura finita, e a segunda
camada pode tender ao infinito no plano vertical. Ambas as camadas
são assumidas como sendo infinitas no plano horizontal;
� A camada superficial não tem peso, tem espessura finita. A segunda
camada pode tender ao infinito no plano vertical, e ambas são
assumidas como sendo infinitas no plano horizontal.
As condições de fronteira do sistema são:
� A superfície do fundo da camada está livre de tensões normais e
cisalhantes fora dos limites da área carregada;
� Tensões e deslocamentos no fundo da camada desaparecem com o
aumento da profundidade;
As condições de continuidade do sistema são:
� Existe um total contato entre o fundo da camada superior e o suporte
da fundação;
� Tensões normais e cisalhantes, bem como os deslocamentos
verticais e horizontais são contínuos de um lado para o outro da
interface entre as duas camadas, às vezes as tensões radiais
horizontais em qualquer lado da interface podem, em geral, ser
desiguais. Isto muitas vezes é referido como sendo uma condição de
atrito total entre as camadas.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
147
As condições de interfaces são:
� Caso 1 – é assumido que o sistema de duas ou três camadas tem
total continuidade de tensões e deslocamentos entre as interfaces
das duas camadas com atrito entre elas.
� Caso 2 – é assumido que o sistema de duas ou três camadas estão
continuamente em contato e sem atrito entre as duas interfaces das
camadas, e com continuidade apenas de tensões normais e
deslocamentos normais.
Atualmente, existem vários programas computacionais que fazem este tipo de análise
estrutural permitindo uma grande precisão na definição do estado tensional em sistema
de camadas elásticas submetidas a esforços provenientes de rodas de veículos.
Obviamente a sua aplicação exige o conhecimento de parâmetros elástico dos materiais
que compõem as camadas dos pavimentos, que são determinadas em campo ou
laboratório, aplicando-se técnicas específicas. Por exemplo: ensaios dinâmicos, ensaios
estáticos, retro-análise de bacias de deformação, etc.
Tais modelos fundamentam-se na teoria elástica apropriada, fazendo uso de métodos
indiretos para a solução de equações de equilíbrio e compatibilidade entre tensões e
deformações, e geralmente são aplicados métodos numéricos de diferenças finitas ou
elementos finitos.
Em pesquisa realizada por KESTLER (1997) para o USACE sobre a prática de avaliação
não destrutiva no desempenho de pavimentos nos estados americanos foi apresentada a
distribuição mostrada na figura 3.1 quanto à utilização dos programas de recapeamento,
em nível de rede e projeto.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
148
Figura 3.1 – Distribuição percentual de programas utilizados nos estados americanos
(KESTLER, 1997).
Como a referida pesquisa foi realizada no ano de 1997, é bem provável que tenha
aumentado o número de utilizações dos referidos programas, não só nos EUA, como
também no Brasil por instituições de pesquisa e pelas empresas de consultoria.
3.2 – Retroanálise em Pavimentação
A retroanálise pode ser entendida como sendo uma técnica utilizada para a obtenção dos
módulos de resiliência do sistema pavimento-subleito, a partir das bacias de deflexões
medidas em campo, espessuras das camadas e os seus respectivos coeficientes de
Poisson.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
149
Para a utilização da teoria da elasticidade nos procedimentos mecanísticos é necessário
conhecer o módulo de resiliência e o coeficiente de Poisson dos materiais que comporão
a estrutura do pavimento.
O módulo de resiliência dos solos, britas, misturas asfálticas e cimentadas podem ser
determinados de duas formas:
• Em laboratório, através do ensaio triaxial dinâmico (solos) e de
compressão diametral (misturas asfálticas, materiais cimentados);
• Analiticamente, através da retroanálise dos módulos de resiliência a
partir das bacias deflectométricas obtidas sob a superfície do
pavimento.
Quanto ao coeficiente de Poisson TRICHÊS (1985 apud MEDINA, 1997), estudou a
influência do coeficiente de Poisson em ensaios triaxiais com medição das deformações
transversal e axial, tendo verificado que o mesmo é influenciado pelo grau de saturação,
energia de compactação e o tipo de material. ALLEN e THOMPSHON (1974 apud NETO,
2004) investigaram a variação do coeficiente de Poisson de materiais granulares,
utilizando ensaios triaxiais de carregamento repetido, sob condições de tensão confinante
constante e cíclica. O modelo que melhor se ajustou aos resultados está apresentado
pela equação 3.1.
Sendo:
υ − coeficiente de Poisson;
σ1 − tensão principal maior;
σ3 − tensão principal menor;
b0, b1, b2, b3 - coeficientes obtidos através de regressão.
Segundo o TRB (1975 apud BEZERRA NETO 2004), quando não for possível obter com
confiabilidade o coeficiente de Poisson, pode-se adotar os valores descritos na tabela 3.1.
3
1
13
2
1
12
3
11 ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+=
σσ
σσ
σσν bbbbo
(3.1)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
150
Tabela 3.1 – Valores de Coeficiente de Poisson para alguns materiais de pavimentação
(TRB, 1975) .
O coeficiente de Poisson define a relação entre as deformações específicas radiais
(horizontais) e axiais (verticais) dos materiais. Sua influência nos valores das tensões e
deformações calculadas é pequena, salvo no caso das deformações radiais, as quais lhe
são proporcionais. Na maioria das vezes este valor é adotado para cada material quando
são usados programas de cálculo de tensões e deformações em pavimentos
(SUASSUNA, 2003).
Segundo MAINA et. al. (2002 apud SUASSUNA, 2003), na maioria dos casos de
retroanálise são adotados a espessura e o coeficiente de Poisson para cada camada.
No que concerne aos módulos retroanalisados, os mesmos representam a resposta
elástica do pavimento e subleito ao carregamento aplicado, o qual mobiliza
deslocamentos “reversíveis” na superfície do pavimento. A deflexão total da estrutura é o
somatório da contribuição individual de cada camada constituinte do sistema pavimento-
subleito.
Com o advento dos computadores foi possível otimizar a aplicação de modelagens
matemáticas baseadas na Teoria Elástica de sistema de Camadas desenvolvida por
Donald Burmister em 1945.
Na verdade, a retroanálise de módulos de resiliência não representa uma solução
fechada, pois os módulos são obtidos por processos iterativos, onde se busca o melhor
ajuste entre as bacias medidas e calculadas dentro de um erro pré-estabelecido. Com
isso, pode-se chegar a várias bacias com ajustes dentro do estabelecido, onde o conjunto
de módulos obtidos represente uma resposta do problema, porém cabe ao projetista com
MATERIAIS COEFICIENTE DEPOISSON
CBUQ 0,25 - 0,35Subleito, Sub-basee Bases Granulares 0,25 - 0,35
Solo Cimento 0,10 - 0,25Subleito Siltoso ou Argiloso 0,40 - 0,50
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
151
base em sua experiência estabelecer qual o conjunto de módulos são compatíveis com as
características elásticas dos materiais ensaiados.
Segundo ALBERNAZ (1997), a retroanálise é de extrema importância para a avaliação
estrutural de pavimentos pelos seguintes aspectos:
• Permite a avaliação estrutural comparativa entre trechos de uma
mesma rodovia ou de rodovias diferentes;
• Fornece dados para projetos de drenagem, indicando a presença de
possíveis camadas rígidas no subleito;
• Proporciona a elaboração de projetos mais racionais, que se
convertem em pavimento mais duráveis e de custo mais baixo;
• Projetos mais confiáveis evitam restaurações prematuras e altos
custos de manutenção e/ou restauração, se for o caso.
• A obtenção dos módulos de resiliência dos materiais na condição em
que se encontram no campo.
Cita-se ainda, conforme relatam ALBERNAZ et. al. (1996) e PREUSSLER et. al. (2000)
que a retroanálise dos módulos de resiliência de um pavimento apresenta algumas
vantagens em relação a outros processos de avaliação, descrita a seguir:
• Eliminação ou minoração da necessidade de ensaios destrutivos para
a coleta de amostras do pavimento e subleito;
• Representação do estado real da estrutura;
• Determinação de estimativas dos módulos resilientes dos materiais
nas condições reais de campo;
• Rapidez e acurácia na obtenção das propriedades elásticas das
camadas do pavimento;
• Redução de gastos.
Ressalta-se que essas análises constituem apenas uma aproximação do comportamento
real, pois sabe-se que a maioria dos materiais aplicados em pavimentação pode
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
152
apresentar deformações viscosas, visco-elásticas e/ou plásticas sob tensões em adição
as deformações elásticas. Além disso, esses materiais na maioria dos casos são
heterogêneos e particulados (PREUSSLER et al., 2000).
Segundo MEDINA et. al. (1994), os ensaios de cargas repetidas realizados em laboratório
são de fundamental importância para balizar os programas de retroanálise, utilizados com
dados resultantes de ensaios não destrutivos de pavimentos.
Segundo CHEN et al. (1995 apud RESENDE, 2003), a maioria dos pesquisadores
concorda que o ensaio triaxial cíclico é ideal para o projeto de novos pavimentos,
enquanto que os ensaios de campo e as retroanálises devem ser utilizados para a
avaliação de estruturas já existentes.
A retroanálise dos módulos de resiliência dá subsídios para a avaliação estrutural,
fornecendo propriedades das camadas da estrutura “in situ”, onde estes parâmetros são
utilizados como dados de análise na manutenção e/ou restauração das características
aceitáveis do pavimento para o seu melhor desempenho ao longo de sua vida útil
(MARCON e BASÍLIO, 2003).
WATSON e RAJAPAKSE (2000 apud RESENDE, 2003), concordam que a resposta do
pavimento a um carregamento torna-se complexa devido à heterogeneidade e aos efeitos
sazonais. Entretanto, nas retroanálises realizadas para o cálculo do módulo a partir de
dados do FWD, várias hipóteses devem ser adotadas para simplificar as condições de
campo. O comportamento elástico linear e a homogeneidade de cada camada do
pavimento são geralmente assumidos, permitindo o uso da Teoria da Elasticidade. Estas
simplificações são amplamente aceitas desde que as deformações induzidas sejam
infinitesimais e as deflexões muito pequenas.
Em face da grande quantidade de programas computacionais existentes (ver tabela 3.2)
que permitiram o desenvolvimento de métodos de retroanálise automatizados e das
simplificações adotadas nas análises, salienta-se que os programas computacionais são
ferramentas que possuem a finalidade de aperfeiçoar a obtenção de determinados
parâmetros. Porém cabe ao engenheiro o papel fundamental diante de um problema de
engenharia: aplicar a teoria correta, entender as condições de contorno do problema,
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
153
analisar e interpretar os resultados dando a melhor solução que satisfaça o binômio
técnico-econômico.
Tabela 3.2 – Lista dos programas mais utilizados em retroanálise
(www.dynatest.com/gallery/papers/table1.htm)
Tabe
la 3
.2 –
List
a do
s pr
ogra
mas
mai
s ut
iliza
dos
em re
troan
ális
e (w
ww
.dyn
ates
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lery
/pap
ers/
tabl
e1.h
tm)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
154
3.2.1 – Métodos de Retroanálise
Segundo ALBERNAZ et al. (1995) os processos utilizados na retroanálise podem ser
classificados em dois grupos: iterativos e simplificados.
3.2.1.1 – Métodos Iterativos
Basicamente, nos métodos iterativos determinam-se os módulos resilientes dos materiais
a partir da comparação entre valores da bacia de deslocamento medida em campo com
uma bacia teórica definida a partir de um programa de retroanálise. Neste processo
objetiva-se o melhor ajuste das bacias por meio da técnica de minimização do erro
absoluto ou erro quadrático.
Segundo MEDINA et. al. (1994), existem várias formas de se estabelecer este ajuste,
cabendo destacar as seguintes, que são bastante usadas:
• erro relativo em cada sensor;
• soma dos valores absolutos das diferenças entre as deflexões
medida e calculada em cada sensor;
• soma das diferenças ao quadrado;
• raiz média quadrática.
Segundo UZAN (1994), os procedimentos iterativos em função do tipo de representação
do carregamento (elástico ou dinâmico) e do tipo de comportamento dos materiais
(elástico linear, elástico não-linear, visco-elástico e/ou plástico), são divididos em cinco
grupos:
• Elástico, estático e linear;
• Elástico, estático e não linear;
• Dinâmico linear usando domínio de freqüência ajustada;
• Dinâmico linear usando o tempo de domínio de freqüência ajustada;
• Dinâmico não linear.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
155
Segundo MACÊDO (1996), para orientar o processo iterativo, a fim de excluir os valores
modulares expúrios são admitidas as seguintes hipóteses, de acordo com a estrutura do
pavimento:
• Que os módulos decrescem com a profundidade, salvo em
pavimentos assentes sobre solos lateríticos;
• Módulo do subleito constante;
• Localização de camada rígida;
• Fixação de relações modulares.
Os métodos iterativos podem se classificados segundo ALBERNAZ et. al. (1995), em três
grupos:
• Grupo 1 - Métodos que calculam durante o processamento, os
parâmetros elásticos de estruturas teóricas, cujas bacias
deflectométricas são comparadas às bacias medidas em campo;
• Grupo 2 - Métodos que fazem uso de banco de dados das
características elásticas e geométricas de uma gama de estruturas
teóricas;
• Grupo 3 - Métodos que utilizam equação de regressão estatística.
Uma das desvantagens dos métodos iterativos é o fato de serem lentos, exceto os que
utilizam bancos de dados. Estes têm sua velocidade em função do tamanho e
detalhamento do banco de dados, que deve conter todas as combinações de parâmetros
elásticos e geométricos de estruturas encontradas na prática. Apesar de serem rápidos,
os métodos que utilizam equações de regressão estatística não apresentam boa acurácia
(SUASSUNA, 2003).
Segundo CARDOSO (1995) e PREUSSLER et. al. (2000), os resultados obtidos através
de métodos iterativos de retroanálise são influenciados pelos seguintes fatores:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
156
• Os valores modulares finais da estrutura em estudo são
dependentes dos valores modulares iniciais ou “semente”
(seed moduli) adotados para as camadas;
• Admitem várias soluções, pois uma bacia de deflexões pode
corresponder a uma centena de configurações estruturais
diferentes, sendo que o processo de convergência, por sua
vez, é função dos valores modulares iniciais adotados;
• As espessuras adotadas para as camadas da estrutura
influenciam nos valores dos módulos finais. Quando é adotada
para uma determinada camada uma espessura menor do que
a sua espessura real, o módulo obtido poderá ser bem maior
do que o do pavimento real. Isso ocorre para se compensar o
valor da rigidez equivalente de cada camada, que é função do
módulo e da espessura. Daí a necessidade da obtenção das
espessuras, que seria de fácil obtenção se os relatórios de
execução de obras (as built) fossem um item obrigatório dos
contratos de construção e de supervisão de obras.
• A presença e a profundidade de uma camada rígida
influenciam nos resultados da retroanálise, assim como a
presença de camadas de solos saturados ou até mesmo de
lençóis freáticos no subleito.
Como em geral, os programas de retroanálise começam o ajuste a partir do módulo do
subleito, então um artifício que pode facilitar o procedimento de retroanálise é a
determinação prévia do mesmo. Desta forma, um procedimento que pode ser usado é o
modelo da AASHTO (1993) para o cálculo rápido e preciso do módulo do subleito. “in situ”
através da equação 3.2 indicada a seguir:
Sendo:
Esub é o módulo do subleito (kgf/cm2);
(3.2)fa
SUB SDaQE ..
=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
157
Q é a carga aplicada (kgf);
a é a distância do ponto de aplicação da carga (cm);
Da é a deflexão à distância a (cm);
Sf é o fator de correção da carga em função do coeficiente de Poisson (u).
A correção é dada em função da tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Fatores de correção da carga em função do coeficiente de Poisson
(AASHTO, 1993).
Segundo PREUSSLER et. al. (2000), o modelo da AASHTO (1993) pode ser usado como
dado de entrada nos programas de retroanálise, na tentativa de minimizar os erros. Para
este cálculo, deve-se levar em conta as deflexões mais distantes do centro da placa, fora
do cone de pressões do carregamento, onde só há influência do subleito nas
deformações elástica (ver figura 3.2).
Figura 3.2 – Ilustração da estimativa dos módulos obtidos por retroanálise (WSDOT,
1995).
μ 0,50 0,45 0,40 0,35 0,30
sf 0,269 0,279 0,289 0,29 0,297
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
158
Segundo os estudos desenvolvidos por CARDOSO (1995), a consideração de faixas de
módulos permite obter resultados mais coerentes com as características elásticas dos
materiais ensaiados, a faixa de módulos estabelecida pelo autor com base na pesquisa
encontra-se sumarizadas na tabela 3.4.
Tabela 3.4 – Faixas de módulos retroanalisados (CARDOSO, 1995).
3.2.1.2 – Métodos Simplificados
Nos métodos simplificados os módulos do pavimento são estimados por meio da
utilização de equações, tabelas, gráficos e outros processos mais simples gerados a partir
da Teoria da Elasticidade, sendo aplicados para meios homogêneos, isotrópicos e
elásticos lineares (ALBERNAZ et al., 1995).
Em geral, a estrutura constituída de múltiplas camadas é transformada em estruturas
equivalentes mais simples, de duas ou três camadas incluindo a camada de subleito. São
muito usados em análises preliminares e anteprojeto por serem mais rápidos do que os
métodos iterativos, porém tem menor acurácia.
No Brasil e no exterior os métodos simplificados mais conhecidos são sumarizados a
seguinte:
a) Método da AASHTO (1993)
O método da AASHTO (1993), apresenta um procedimento simplificado de retroanálise
em que o pavimento real é transformado em uma estrutura de duas camadas: a primeira
CAMADAMÉDIA MÍNIMO MÁXIMO
(kgf/cm2) (kgf/cm2) (kgf/cm2)
Revestimento 29000 11300 58200
Bases (*) 2700 1000 7300
Sub-bases 1500 700 3000
Reforço de subleito 1200 300 3000
subleitos 1500 800 2700
(*) exceto para bases cimentadas
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
159
corresponde ao conjunto de todas as camadas do pavimento (sub-base, base e
revestimento) com um módulo efetivo (Ep) e a segunda apenas ao subleito.
Para retroanalisar o valor do módulo torna-se imprescindível determinar os seguintes
parâmetros:
• Deflexões medidas em certas distâncias do ponto de aplicação
de carga;
• Carga solicitante (pressão e área de contato);
• Espessura total do pavimento acima do subleito.
O módulo do subleito é determinado através da equação 3.2.
Deve-se ressaltar que a de deflexão e a distância devem ser determinados em um ponto
bem afastado da aplicação da carga de tal forma que haja apenas influência do subleito.
A recomendação da AASHTO (1993) é que o valor desse ponto seja aproximadamente
igual a 70% do valor do raio do bulbo de tensões (ae) na interface pavimento-subleito,
conforme apresentado na equação 3.3.
Sendo:
ae é o raio do bulbo de tensões;
a é o raio da área circular de distribuição de carga;
D é a espessura total das camadas sobre o subleito;
Ep é o módulo efetivo do pavimento;
MR é o módulo resiliente do subleito.
Já o módulo efetivo do pavimento (Ep) é calculado iterativamente pela equação 3.4 até
que o valor do segundo membro seja igual ao valor da deflexão máxima (do).
⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+=
2
32
R
Pe M
EDaa
(3.3)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
160
Sendo:
do é a deflexão máxima;
p é o pressão de contato;
a é o raio da área circular de distribuição de carga;
D é a espessura total das camadas sobre o subleito;
MR é o módulo resiliente do subleito;
Ep é o módulo efetivo do pavimento.
O método ainda estabelece alguns critérios de ajuste dos módulos do subleito e a adoção
de uma temperatura de referência (20oC) para a determinação da deflexão máxima.
Também propõem uma fórmula de cálculo do reforço a partir destes dois módulos
retroanalisados.
b) Método FABRÍCIO et. al. (1994)
Este método baseia-se no conceito de pavimento equivalente e no modelo elástico de
Hogg. Consiste em uma placa elástica, de espessura t e largura e comprimentos infinitos,
assente num subleito elástico, de espessura h (h>>t) e, da mesma forma que a placa, de
largura e comprimento infinitos. Neste caso o subleito está assente em um horizonte de
material perfeitamente rígido localizado numa profundidade h, fixada como sendo 10
vezes o comprimento característico (I0). Na figura 3.2 é ilustrado o modelo de Hogg e os
seus parâmetros são determinados pelas equações 3.5 e 3.6.
(3.4)
⎪⎪⎪⎪⎪⎪
⎭
⎪⎪⎪⎪⎪⎪
⎬
⎫
⎪⎪⎪⎪⎪⎪
⎩
⎪⎪⎪⎪⎪⎪
⎨
⎧
⎪⎪
⎭
⎪⎪
⎬
⎫
⎪⎪
⎩
⎪⎪
⎨
⎧
⎟⎠⎞⎜
⎝⎛+
−
+
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+
=P
R
PR
EaD
ME
aDM
apd
2
2
3
0
1
11
.1.
1...5,1
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
161
Figura 3.2 – Geometria do modelo de Hoog (FABRÍCIO et. al., 1998).
Sendo:
R é a rigidez da placa;
EP é o módulo de deformação da placa;
t é a espessura da placa;
P é 0 coeficiente de Poisson da placa (igual a 0,40);
lo é o comprimento característico;
ESL é a módulo de deformação do subleito;
υSL é o coeficiente de Poisson do subleito (igual a 0,40).
Neste método, tem-se que o pavimento equivalente ao pavimento existente é um
pavimento hipotético, formado por uma única camada de espessura t de CBUQ com
módulo E1 = 7000kgf/cm2, sobre o mesmo subleito do pavimento existente e
apresentando a mesma bacia deflectométrica.
)1(12 2
3
P
P tERμ−×
×=
3)1(2
)43()1(
SLSL
SLSLo E
Rlμ
μμ−×
−×+=(3.6)
(3.5)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
162
Os autores obtiveram bacias teóricas de deflexão para diferentes valores de l0 tanto para
a viga Benkelman como para o FWD. Considerando l0 igual a t e igualando-se as
equações 3.5 e 3.6, determinou-se uma relação modular (EP/ESL) igual a 6,18. A partir daí
tem-se também gráficos que relacionam l0 com (D60/Do) e l0 com (ESL/Do), onde Do e D60
são, respectivamente, a deflexão máxima e a deflexão medida a 60 cm do ponto de
aplicação de carga. Pela metodologia apresentada, torna-se possível determinar a
espessura do pavimento equivalente (igual à espessura da placa), o módulo de
deformação do pavimento equivalente (igual ao módulo da placa), o módulo de
deformação do subleito e espessura do subleito acima da camada rígida (equação 3.7). O
esforço vertical no subleito e a deformação específica no topo do subleito também são
calculadas.
A partir desta metodologia FABRÍCIO et. al. (1988) concluíram que:
• As bacias deflectométricas medidas na superfície do
pavimento viabilizam a obtenção de muito mais informações
sobre o estado do pavimento que os métodos usuais de
dimensionamento de reforço podem extrair;
• Permite que se faça uma avaliação estrutural a partir da bacia
de deflexões de uma forma simplificada, admitindo que o
estado do pavimento possa ser traduzido por uma maior ou
menor espessura t determinada.
Os autores, além dos gráficos, apresentaram também equações deduzidas no método
como alternativa para os cálculos em função do tipo de equipamento utilizado na
determinação das deflexões (equações 3.8 a 3.13).
• Para bacias deflectométricas levantadas como o FWD:
loh ×=10 (3.7)
3
0
602
0
60
0
60 .572,122.507,30.961,31936,8 ⎟⎠⎞⎜⎝
⎛+⎟⎠⎞⎜⎝
⎛−⎟⎠⎞⎜⎝
⎛+= DD
DD
DDHEQ
(3.8)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
163
• Para bacias deflectométricas levantadas com a viga Benkelman
Sendo:
R é a rigidez da placa;
EP é o módulo de deformação da placa;
t é a espessura da placa;
P é 0 coeficiente de Poisson da placa (igual a 0,40);
h é a espessura do subleito acima da camada rígida do modelo;
HEQ é a espessura do pavimento equivalente (cm);
D0 é a deflexão no ponto de aplicação de carga (cm);
D60 é a deflexão correspondente ao ponto situado à 60 cm do ponto de aplicação de
carga (cm);
EEQ = EP é o módulo de deformação do pavimento equivalente (kgf/cm2);
ESL é o módulo de deformação do subleito (kgf/cm2).
• Tensões e deformações no topo da camada de subleito:
33210 .10.365,0.10.687,0.392,4473,112. EQEQEQSL HHHDE −− −+−= (3.9)
SLEQ EE .18,6= (3.10)
4
0
603
0
602
0
60
0
60 .866,959.36,1493.149,823.572,123409,15 ⎟⎠⎞⎜⎝
⎛+⎟⎠⎞⎜⎝
⎛−⎟⎠⎞⎜⎝
⎛+⎟⎠⎞⎜⎝
⎛−= DD
DD
DD
DDH EQ (3.11)
3210 .510.844,7.10.199,0.824,1560,71. EQEQEQSL HHHDE −−+−= − (3.12)
SLEQ EE .18,6= (3.13)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
164
Sendo:
σz e a tensão vertical no topo do subleito (kgf/cm2);
εz é a deformação específica vertical no topo do subleito (cm).
c) Método de NOURELDIN (1993) e ALBERNAZ (1997)
Este método possui desenvolvimento teórico baseado nas teorias elásticas de
Boussinesq, Barber, Burmister, Odemark e Ullidtz. O pavimento real composto de
múltiplas camadas é transformado em pavimento equivalente de duas camadas da
mesma forma que no método da AASHTO (subleito e conjunto revestimento + base +
sub-base). Para o método não há necessidade de serem definidos valores iniciais dos
módulos e nem a profundidade da camada rígida no subleito. Permite ainda a análise de
duas situações: a primeira onde as espessuras reais das camadas que compõem o
pavimento são conhecidas e outra onde as mesmas espessuras não são conhecidas ou
confiáveis.
Este procedimento é baseado na teoria da elasticidade aplicada a meios semi-infinitos,
homogêneos, isotrópicos e linearmente elásticos. Esta teoria era, inicialmente, usada no
cálculo de módulos elásticos de solos de fundação, através do ensaio de placa, sendo
posteriormente adaptada para a análise de pavimentos flexíveis.
O desenvolvimento da metodologia parte do seguinte princípio: existe um ponto na
superfície do pavimento, localizado a uma certa distância do ponto onde a carga é
aplicada, em que a deflexão depende unicamente do comportamento elástico do subleito,
tendo o mesmo valor da deflexão do topo do subleito na vertical que passa pelo centro da
área carregada, conforme ilustrado na figura 3.3
3622 .10.079,7.10.307,8128,2 EQEQz HH −− −−=σ
36243 .10.741,6.10.299,5.10.656,6059,1. EQEQEQz HHHESL
−−− +−−=ε
(3.14)
(3.15)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
165
Figura 3.3 – Linhas de iguais deflexões verticais no sistema pavimento-subleito
(modificado - NOURELDIN, 1993).
Os valores de módulo do subleito (ESL), do módulo efetivo do pavimento (EP), da
espessura efetiva (TX) e do número estrutural (SNEFF) são calculados através das
seguintes equações:
( )xx
rSL DPE
..1. 2
πμ−=
XO
XP DD
raP
E−
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ −−=
215,1. μπ
( )( )
32
0222
2
11
.5,1.1.25,2
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−
−
−−
−=
μμ
arD
DDarTX
X
XXX
(3.16)
(3.17)
(3.18)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
166
Sendo:
P é a carga aplicada (kgf);
μ é o coeficiente de Poisson (μ = 0,50);
a é o raio da placa (cm);
Do é a deflexão no centro do carregamento (em cm);
Dx é a deflexão assumida como sendo do subleito (em cm);
Tx é a espessura efetiva do pavimento (em polegadas);
rx é a distância radial assumida como sendo o ponto de localização da deflexão do
subleito (em cm);
ESL é o módulo do subleito (em psi);
EP é o módulo efetivo do pavimento (em psi);
SNEF é o número estrutural efetivo do pavimento;
MAL é o módulo de elasticidade do alumínio, que é o material de referência adotado
pela AASHTO (1993) para o cálculo do número estrutural (MAL = 774.070kgf/cm2).
A partir dos valores determinados através das equações acima, traçam-se os seguintes
gráficos: (EP x rX), (ESL x rX) e (TX x rX), conforme a figura 3.4. Pode ainda ser traçado o
gráfico (SNEF x rX), de forma opcional.
( )( )
3.
2
2
22
3 ..1.
1.25,2.1
xx
x
ALEFF Sr
ParM
SNπ
μμ
−−
−=(3.19)
3.AL
PxEFF M
ETSN = (3.20)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
167
Figura 3.4 – Gráficos (rX x DX), (TX x rX), (ESL x rX) e (EP x rX) (ALBERNAZ, 1997)
O método preconiza dois procedimentos que podem ser usados para a determinação dos
parâmetros desejados através dos gráficos retromensionados:
• Quando a espessura do pavimento é conhecida;
• Quando a espessura do pavimento não é conhecida, caso mais
comum nos procedimentos de retroanálise efetuados.
Quando a espessura do pavimento é conhecida (TX=TREAL), entra-se com este valor no
gráfico (TX x rX) para a determinação do valor de rX, de posse deste valor entra-se nos
gráficos (EP x rX) e (ESL x rX) para determinação dos valores de módulo efetivo do
pavimento (EP) e do módulo do subleito (ESL), respectivamente.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
168
Quando a espessura do pavimento não é conhecida, os parâmetros resposta são obtidos
da seguinte forma: após o ajuste da bacia deflectométrica, é feita a análise dos pares de
valores (rx ,DX) a fim de se determinar o par que forneça o valor máximo do produto (rX x
DX). Obtido este par de valores entra-se com o valor de rX=rMAX nos gráficos (EP x rX), (ESL
x rX) e (TX x rX) para a determinação dos valores de EP, ESL e TX.
Este método permite saber qual camada apresenta um melhor comportamento estrutural:
o pavimento ou o subleito (VILLELA e MARCON, 2001).
Segundo ALBERNAZ (1997), se os valores de espessuras efetivas TX forem maiores que
a espessura real do pavimento Ta, o pavimento está em melhores condições do que o
subleito, sendo esta então a camada mais fraca da estrutura. Caso o contrário, o
pavimento é estruturalmente mais fraco que o subleito.
O estudo desenvolvido por NOURELDIN (1993), baseou-se na determinação de deflexões
com FWD com placa de 15 cm, carga de 40 kN e sete sensores nas distâncias de 0, 20,
30, 60, 90, 120 e 150 cm para determinar as bacias de deflexão no campo.
Com o intuito de utilizar o grande banco de dados existente no Brasil com determinações
de deflexões com a viga Benkelman, ALBERNAZ (1997) adaptou o método transformando
o carregamento característico dos levantamentos viga Benkelman, no carregamento
equivalente característico dos ensaios com placa. Sendo assim, autor realizou uma
análise paramétrica utilizando o programa Elsym5, adotando valor de 0,5 para o
coeficiente de Poisson para todas as camadas da estrutura. Foram realizadas várias
combinações de carregamento buscando determinar aquela que resultasse em deflexões
iguais para as duas situações consideradas, ou seja, de uma carga (placa) e duas cargas
(viga Benkelman). O resultado obtido foi de uma carga com 50 kN e raios de 16,8 cm.
Segundo ALBERNAZ (1997), o método apresenta as seguintes limitações:
• O pavimento é um sistema elástico de duas camadas
(pavimento e subleito);
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
169
• Os materiais são considerados sem peso, homogêneos e
isotrópicos;
• O pavimento tem espessura constante e uma largura infinita em
todas as direções;
• O subleito é considerado como de espessura infinita;
• O coeficiente de Poisson é igual para as duas camadas e com
valor igual a 0,50;
• O topo da camada de subleito é considerado o topo da camada
de menor módulo do sistema pavimento-subleito, quando as
espessuras não são conhecidas;
• O uso do método em pavimentos com espessura menor que o
raio da placa de carregamento produz resultados não confiáveis.
3.2.1.3 – Fatores que influenciam no processo de retroanálise
Segundo PREUSSLER et. al. (2000), os principais fatores que podem influenciar nos
deslocamentos medidos e nos módulos determinados são:
• Modelagem matemática;
• Não consideração da elasticidade não-linear dos materiais
granulares;
• Espessuras das camadas;
• Oxidação e deterioração das camadas asfálticas;
• Natureza dos materiais constituintes da estrutura;
• Presença e profundidade de camadas rígidas;
• Ponto de aplicação e tipo de carregamento;
• Confinamento das camadas;
• Teor de umidade;
• Granulometria;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
170
A existência de vários fatores que concorrem para influenciar o processo de retroanálise
de módulos de resiliência, torna o papel do engenheiro ainda mais importante, no sentido
de estabelecer critérios consistentes que permitam realizar análises esclarecedoras
quanto ao comportamento dos materiais e o desempenho da estrutura como um todo.
Alguns dos fatores citados anteriormente merecem algumas considerações, conforme
exposto a seguir:
a) Linearidade das camadas
Geralmente, as interpretações das medidas “in situ” obtidas são baseadas na solução
elástica linear, não levando em consideração a possível existência de não linearidades.
PREUSSLER et al. (2000) ressaltaram que no processo de retroanálise pode-se verificar
a não linearidade das propriedades elásticas das camadas do pavimento a partir de
ensaios de FWD (“Falling Weight Deflectometer”) aplicando vários níveis de carga.
Nesses casos, as relações constitutivas são importantes para a determinação da
linearidade dos materiais. Desta forma, os programas mais modernos apresentam
relações que levam em consideração esta não linearidade, fazendo correções dos
módulos com base em equações pré-determinadas para representar melhor as condições
de campo.
Segundo CHANG et al. (1992 apud RESENDE, 2003), apresentaram um estudo com o
objetivo de entender a influência do comportamento não linear no ensaio de FWD. Foram
realizados estudos analíticos tanto com a solução linear como com a não linear. Os
resultados mostraram que os efeitos da não linearidade nas deflexões calculadas estão
diretamente relacionados com a magnitude do carregamento, tipo de pavimento, rigidez
do subleito e com a espessura do revestimento. Os autores indicaram que os efeitos da
não linearidade aumentam os deslocamentos máximos em até 50% para um
carregamento de 20.000 lb (9.071,9 kgf), mas são desprezíveis para os pontos medidos
em distâncias maiores ou iguais a 3 ft (91,44 cm) com relação ao ponto de aplicação da
carga. Nos casos de ensaios de FWD realizados com cargas abaixo de 2.000 lb (907,2
kg) ou em estruturas onde o subleito é relativamente rígido, não são observados efeitos
da não linearidade.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
171
Segundo FARIAS e MONTEIRO (1996), foram verificadas diferenças entre retroanálises
lineares e não lineares em função da tensão confinante σ3 para dados obtidos por meio
do FWD. A conclusão dos autores é que há maior adequação do modelo não-linear,
embora também seja possível uma boa reprodução da bacia de deflexões a partir do
modelo elástico linear. No entanto, observa-se que os parâmetros do modelo linear
devem ser interpretados como valores médios representativos apenas para o nível de
tensões aplicado na retroanálise.
Segundo ALBERNAZ et. al. (1995), uma simplificação que proporciona maior velocidade
no cálculo do problema é a consideração de que o sistema é elástico-linear.
Segundo CARDOSO (1995), ainda não há um consenso quanto à consideração da
elasticidade não-linear dos materiais granulares e como usá-lo de forma acurada.
Segundo MACÊDO (1996), os procedimentos de retroanálise baseados nos elementos
finitos são mais lentos que os demais, entretanto geram resultados mais acurados, além
da possibilidade de tratar a elasticidade não-linear, permitindo considerar a variação dos
módulos elásticos tanto na direção radial como na vertical.
b) Envelhecimento de camadas asfálticas
Os materiais asfálticos são termosensíveis tornando-se mais duros e quebradiços com o
envelhecimento do ligante, o que resulta nos processos de retroanálise uma variação
modular devido à diferença de idade dos pavimentos ensaiados.
Os pavimentos que apresentam muitas fissuras tendem a ter deformações resilientes de
maior magnitude o que conduz a baixos valores de módulo. Revestimentos muito
oxidados, ainda não trincados, tendem a apresentar exatamente o contrário, pois se
encontram endurecidos, apresentando pequenos valores de deformação e,
conseqüentemente, elevados valores modulares (PITTA e BALBO,1998).
Segundo RENIER e KONRAD (2002 apud SUASSUNA 2003), em geral, os pavimentos
sujeitos a reabilitação ou manutenção corretiva estão trincados e apresentam várias
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
172
descontinuidades, que devem influenciar na bacia deflectométrica e podem conduzir a
erros nos processos convencionais de retroanálise.
Segundo SUASSUNA (2003), quando uma trinca transversal ou uma descontinuidade
qualquer aparece no pavimento, a camada de concreto asfáltico não pode ser
considerada como semi-infinita, o que torna algumas hipóteses dos métodos inválidas.
Neste caso, procedimentos convencionais de interpretação de ensaios FWD podem não
ser adequados em pavimentos trincados. Uma solução para driblar este problema é fazer
as medidas de deflexão nas partes sem trincas o que, todavia, não é sempre possível.
Outra solução seria desenvolver procedimentos de retroanálise que levem em conta a
influência das trincas.
c) Presença de camada rígida
BRIGGS e NAZARIAN (1989) apud MACÊDO (1996), através de análise teórica mostram
que sendo a camada rígida ignorada ou mesmo quando admitida a uma profundidade
duas vezes superior a real, os módulos retroanalizados para a base e subleito não
representam os valores reais normalizados pelos materiais dessas camadas em campo, e
que em alguns casos pode superestimar a vida restante do pavimento analisado,
conseqüentemente tem-se uma solução contra a segurança.
Segundo PITTA e BALBO (1998), os subleitos com módulos de resiliência elevados
indicam que esta camada pouco influi nos defeitos do tipo afundamento de trilha de roda
e/ou ondulações na rodovia, e caso haja defeitos desta ordem nos trechos analisados
estes serão devidos a:
• Insuficiência de compactação das camadas de base;
• Elevada espessura das camadas de base;
• Processo de fadiga/envelhecimento do revestimento;
• Processo de deformação plástica do revestimento.
ROHDE et. al. (1990), propõem um método para a estimativa da profundidade da camada
rígida. A hipótese fundamental é que as deflexões medidas na superfície do pavimento
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
173
devido a um dado carregamento resultam da integração das deformações verificadas nos
vários pontos situados no interior da zona de tensões; portanto a deflexão medida a
alguma distância do carregamento está diretamente relacionada ao deslocamento
verificado numa profundidade específica da estrutura do pavimento, inserida na zona de
tensões. Admite-se também que não ocorre nenhum deslocamento superficial além do
ofsete correspondente ao intercepto da zona de tensões com uma camada rígida
(geralmente considerada de módulo 100 vezes superior ao do subleito). O método
proposto para a estimativa admite que a profundidade na qual a deflexão seja nula
(provavelmente devido à camada rígida) está relacionada à distância na qual não ocorre
deslocamento na superfície conforme figura 3.5. MAHONEY et. al. (1993), utilizaram esta
mesma metodologia levantando a possibilidade da influência da presença do nível d´água
(ou saturação por franja capilar) no subleito para a estimativa da profundidade da camada
rígida; embora segundo eles de importância relativamente secundária quando o nível
d´água situa-se abaixo de 3 m da superfície do pavimento. Esta questão de camada rígida
é pouco relevante no Brasil devido ao clima tropical e intemperismo intenso. Grandes
profundidades de solo até atingir a rocha são mais comuns no caso de clima temperado.
Figura 3.5 Representação esquemática – conceito de deflexão nula
(ROHDE et. al., 1990).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
174
MEDINA et. al (994), relatam que para o módulo de uma camada seja obtido de forma
adequada, a partir da retroanálise de bacias de deflexão, é preciso que ela tenha uma
influência relevante no perfil de deflexão obtido na superfície. Camadas rígidas ou moles,
mesmo as de pequena espessura, podem interferir no resultado obtido. Outro fator
importante é o comportamento não-linear dos solos e materiais granulares. São
observadas variações de grandes proporções nos módulos desses materiais obtidos por
retroanálise. Esta variação cresce com o aumento da distância entre o sensor e a área
carregada.
d) Efeito da sucção e do grau de saturação
NUÑES et. al. (1997), observaram que a queda da sucção (ou elevação do grau de
saturação do subleito) provoca uma significativa diminuição no seu módulo. Isto ocorre
porque com a saturação do subleito há um decréscimo na tensão efetiva do solo, que
quando comparada à tensão geostática efetiva é bastante significativa, o que justifica a
redução observada no módulo de resiliência. Quando maior o teor de umidade na camada
de subleito, menor o seu valor modular.
Segundo RADA e WITCZAK (1981 apud MOTTA,1991), os fatores considerados mais
importantes no valor do módulo por ordem de importância são: grau de saturação e a
densidade. Em relação ao grau de saturação (S) parece existir um valor crítico de S,
acima do qual o desgaste do material granular, sob o ponto de vista de deformabilidade, é
grande sob ação de cargas repetidas (S = 80 a 85%).
3.3 – Programas Computacionais
Primeiramente, serão descritos sucintamente os programas utilizados para o cômputo de
tensões, deformações e deslocamento. E em seguida, os principais programas de
retroanálise, sendo apresentados com mais detalhes os utilizados nesta pesquisa
RETROANA, EVERCALC5 E ELMOD4.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
175
3.3.1 – Programas de Retroanálise
3.3.1.1 – Programa RETROANA
O programa RETROANA foi desenvolvido pelo corpo técnico da Dynatest Engenharia
Ltda, utiliza como sub-rotina o programa ELSTMCF para o cálculo das deflexões, o qual
baseia-se no método das camadas finitas implementado por RODRIGUES (1991) e
desenvolvido originalmente por BOOKER e SMALL (1985) para tratar dos problemas de
recalque por adensamento de solos estratificados em camadas horizontais.
O RETROANA possui os seguintes arquivos:
• Arquivo*.fwd – é o arquivo obtido em campo constando dos dados
referentes às deflexões;
• Arquivo <nome da obra>.ini – neste arquivo consta a listagem dos
arquivos *.fw* correspondente aos trechos ensaiados numa
determinada rodovia.
• Arquivo <estrutura>.dat – este arquivo fornece dados sobre
identificação e a estrutura do pavimento (espessura das camadas,
coeficiente de Poisson, etc.) em estudo e informa a faixa aceitável
para os valores de módulos. As faixas admissíveis são informadas
pelo usuário.
• Arquivo <mestre>.cfg – neste arquivo encontram-se valores que
gerenciam o procedimento de cálculo a ser adotado pelo conjunto de
programas.
O RETROANA possui as seguintes sub-rotinas:
• Homogen.exe – este programa divide o trecho da rodovia estudada
em segmentos homogêneos, pelo método das diferenças
acumuladas, segundo preconiza o manual da AASHTO (1986,1993),
gerando o arquivo *.hom;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
176
• Estatistic.exe – este programa executa o tratamento dos dados,
gerando dois arquivos quais sejam: <nome da obra)>.est e <nome
da obra).bac;
• Retroana.exe - este programa executa a retroanálise para a
obtenção dos módulos das camadas elásticas utilizando ELASTMCF
para o cálculo das deflexões.
A função de ajuste entre as bacias medidas e calculadas emprega a seguinte equação:
O desenvolvimento do processo de retroanálise inicia-se com o cálculo de bacias de
deflexão correspondentes a todas as combinações entre os módulos de elasticidade das
camadas informadas na faixa de valores aceitáveis para os mesmos. Os resultados
obtidos são transformados em fórmulas relacionando o módulo de elasticidade das
camadas a deflexão de cada geofone, por técnicas de regressão. Com as fórmulas assim
obtidas calculam-se as sete deflexões para cada combinação de módulos, assim como os
erros cometidos em cada um desses cálculos. A solução do problema será a combinação
de módulos que levar ao menor valor de S. As combinações possíveis consideradas no
processo de cálculo são geradas discretizando a faixa admissível de módulos para cada
camada em sub-intervalos. Ao completar uma iteração o erro global médio obtido é
comparado ao máximo especificado no programa (10%). Caso esta condição não seja
atendida todo o processo é repetido (MACÊDO, 1996).
Para a correção do módulo da camada asfáltica devido ao efeito da temperatura, o
programa durante o desenvolvimento dos cálculos corrige o módulo de acordo com a
equação experimental desenvolvida por Rodrigues (1991) que relaciona a temperatura
pontual com a profundidade no revestimento:
∑=
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ −=
7
77100
i dmidcidmiS
3.21
( )[ ]2.002633,006855,0supsup exp1).()( xx
arTTTxT −−−+= (3.23)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
177
Sendo:
T(x) é a temperatura na profundidade x do revestimento, em oC;
Tsup é a temperatura da superfície do revestimento, em oC;
Tar é a temperatura do ar, em oC;
x é a profundidade no revestimento onde se deseja conhecer a temperatura, em cm.
Para o cálculo do módulo, adota-se a temperatura no centro da camada como sendo a
temperatura média, a correção para a temperatura de referência é feita utilizando-se a
equação definida em laboratório por PINTO (1991), em ensaios por compressão
diametral.
Sendo:
MR é o módulo de resiliência convertido para a temperatura padrão;
MC é o módulo de obtido em campo;
TR é a temperatura de referência, 25 ºC;
TC é a temperatura de campo.
Durante o processo de iteração o programa apresenta gráfico que permite a visualização
das bacias medidas, calculadas e o conjunto de módulos obtidos. Na figura 3.6, consta o
fluxograma do programa RETROANA.
CRC MTTR eM )(051,0 −= (3.24)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
178
Figura 3.6 – Fluxograma do programa RETROANA (MACÊDO, 1996).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
179
3.3.1.2 – Programa EVERCALC5
O EVERCALC5 foi desenvolvido pelo professor da Universidade de Washington Joe
Mahoney. Os deslocamentos são calculados através de sub-rotina utilizando o programa
WESLEA do USACE e um argumento do algoritmo modificado de Gauss-Newton para
otimizar o processo iterativo de retroanálise (Figura 3.7). As hipóteses consideradas
atendem a teoria das camadas elásticas, assumindo que as mesmas são homogêneas,
isotrópicas, linearmente elásticas.
Figura 3.7 – Fluxograma do programa EVERCALC5 (WSDOT, 1995b).
Os arquivos de deflexões FWD são convertidos em arquivos de deflexões .def, são
permitidas duas opções para a entrada parâmetros mecânicos das camadas, uma
através de estimativa inicial dos módulos (seed moduli), ou pela consideração de faixas
de módulos. O programa WESLEA calcula os deslocamentos (deflexões) e compara com
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
180
as deflexões medidas, admitindo que as discrepâncias atendam a um RMS (Root Mean
Square, raiz quadrada das somas dos quadrados das diferenças entre as deformadas
calculadas e medidas) pré-estabelecido dentro da tolerância de interações também
informadas pelo usuário. Os valores “default” para o RMS e as interações são
respectivamente, 1% , 5% e no máximo 10%. O programa gera um arquivo de saída do
tipo .out onde constam informações das características da rodovia em estudo. Através
dos módulos obtidos calcula também a deformação específica na fibra inferior da camada
asfáltica, as deformações em pontos médios das camadas intermediárias e a deformação
no topo do subleito.
A seguir de forma sucinta são descritos alguns comandos e arquivos gerados pelo
programa EVERCALC5.
Arquivo de edição de dados (extensão.gen)
Neste arquivo constam todas as informações editadas para o programa executar
a retroanálise. Na figura 3.8, estão apresentadas as tela inicial e de edição de dados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
181
Figura 3.8 – Tela inicial e de edição de dados (WSDOT, 1995b).
Arquivo de deflexões (extensão.def)
Neste arquivo constam informações sobre as estações de ensaio, espessura das
camadas, carga, temperatura do pavimento e do ar, número de sensores utilizados e
deflexões medidas em campo.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
182
Figura 3.9 – Tela do comando de conversão de deflexões (WSDOT, 1995b).
Performance de retroanálise
Este comando permite através dos arquivos .gen e .def executar o processo de
retroanálise de duas formas: visualizando os ajuste entre as bacias medidas e calculadas
e a outra sem visualização. Caso seja informado a presença da camada rígida, o
programa calcula primeiramente a sua posição gerando gráficos indicando a sua
profundidade para em seguida realizar o processo de retroanálise.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
183
Figura 3.10 – Tela dos comandos de performance de retroanálise (WSDOT, 1995b).
Conversão do arquivo FWD
Este comando converte o arquivo gerado pelo levantamento deflectométrico que
possui extensão .fwd em um arquivo de deflexões com extensão .def.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
184
Figura 3.11 – Tela dos comandos para converter o arquivo de deflexões
(WSDOT, 1995b).
Ajuste para a temperatura padrão
Este comando permite ajustar o módulo da camada asfáltica para uma temperatura
padrão conforme equação 3.22, ou pela figura 3.10.
Sendo:
ET é o módulo de resiliência referente a temperatura do pavimento, MPa;
ETS é o módulo de resiliência ajustado para a temperatura padrão, MPa;
T é a temperatura do pavimento, (oF);
TS é a temperatura padrão, (oF).
(3.22)S
ST
TTT EE )(1047362,1 224
10 −× −
=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
185
Figura 3.12 – Ralação entre o módulo e a temperatura obtida por A. A Bu-ushait
(WSDOT, 1995b).
Comando para minimizar os erros
O programa permite três formas de minimização dos erros entre as bacias medidas e
calculadas, conforme equações 3.23 a 3.25.
Sendo:
Ndm
dcdm
RMS
N
i∑
=⎟⎠⎞⎜
⎝⎛ −
= 1100
2
1 1100
Ndm
dcdmddm
RMS
N
i∑
=
⎟⎠⎞⎜
⎝⎛
⎟⎠⎞⎜
⎝⎛ −
=
2
1100N
dmdcdmwm
RMS
N
i∑
=⎟⎠⎞
⎜⎝⎛
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ −
=
(3.23)
(3.25)
(3.24)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
186
d1 é a deflexão medida pela célula de carga,
d2 é a deflexão medida a distância de 20 cm da célula de carga;
dc são as deflexões calculadas;
dm são as deflexões medidas;
wm é um fator peso atribuído pelo usuário;
N é o número de sensores
Consideração de diferentes níveis de carga
O programa permite a retroanálise para ensaios deflectométricos sob diferentes níveis de
carga o que permite analisar a não linearidade das camadas. As equações que
relacionam o estado de tensão com os módulos são:
Sendo:
EG é o módulo resiliente de material granular dependente do primeiro invariante de
tensões;
EF é o módulo resiliente de material fino dependente da tensão desvio;
θ é o primeiro invariante de tensões;
σD é a da tensão desvio;
k1,k2 e k3 são coeficientes obtidos a partir de regressão.
E por fim, existe a opção de três saídas gráficas conforme ilustrado na figura 3.13.
21
kG kE θ=
21
kF kE θ=
(3.26)
(3.27)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
187
Figura 3.13 – Ralação entre o módulo e a temperatura obtida por A. A Bu-ushait
(WSDOT, 1995b).
3.3.1.3 – Programa ELMOD4
O programa ELMOD4 for desenvolvido pela Dynatest Consulting Inc., para o cálculo
mecanístico e avaliação estrutural, permitindo análise de estrutura constituída de até
quatro camadas. O programa calcula os módulos de resiliência através de dois processos
distintos. O primeiro leva em consideração apenas o ajuste do raio da bacia de deflexão.
Já o segundo, mais complexo, calcula os módulos através do ajuste das bacias de
campo e teórica (calculada). Para usufruir a máxima eficiência do programa, é necessário
o cálculo através dos dois processos, sendo que o primeiro é essencial para a calibração
das relações constituintes, e o segundo, para calcular de fato os módulos de resiliência
(PINTO e PREUSSLER, 2002).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
188
Com intuito de otimizar os cálculos o ELMOD4 utiliza as equações de Boussinesq-
Odemark, e em seguida, o programa WESLEA para determinar os deslocamentos
teóricos utilizando o modelo de erros RMS. O programa também permite determinar
espessura de recapeamento para garantir um determinado período de projeto em função
de critérios admissíveis de fadiga do revestimento asfáltico e deformação permanente no
topo do subleito. Nas figuras (3.14 a 3.19) são apresentadas algumas telas do programa
ELMOD4.
Figura 3.14 – Tela inicial do programa ELMOD4 (HD/GN/027, 2000).
Figura 3.15 – Tela para edição dos parâmetros da estrutura (HD/GN/027, 2000).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
189
Figura 3.16 – Cálculo do raio de curvatura (HD/GN/027, 2000).
Figura 3.17 – Faixas de módulo (HD/GN/027, 2000).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
190
Figura 3.18 – Edição das propriedades da mistura asfáltica (HD/GN/027, 2000).
Figura 3.19 – Variação do módulo da camada asfáltica com a temperatura
(HD/GN/027, 2000).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
191
3.3.2 – Programas de análise de tensões e deformações
Os Programas de análise de tensões e deformações serão descritos a seguir, conforme
DAROUS (2003).
3.3.2.1 – ELSYM 5
O ELSYM5 foi desenvolvido segundo a formulação matemática da teoria da elasticidade
desenvolvida por Burmister de meios semi-infinitos estratificados. Utiliza modelagem
elástico-linear (Módulo de Resiliência constante) e o procedimento de cálculo é o do
método das diferenças finitas. O programa ELSYM5 foi desenvolvido na Universidade da
Califórnia, em Berkeley, Califórnia, EUA. A linguagem científica utilizada foi o FORTRAN
(Formula Translation), uma das primeiras linguagens aplicadas em programas para
dimensionamento de pavimentos. Foi elaborado inicialmente, na década de 1970, para
computadores de grande porte. Foi adaptado por KOPPERMAN et al (1985) para
computadores pessoais. Conforme mencionado se fundamenta nos modelos teóricos
generalizados em 1943 por Burmister, possibilitando o cálculo de estruturas flexíveis e
semi-rígidas de até cinco camadas superpostas e permite o cálculo das tensões,
deslocamentos e deformações para um sistema tridimensional de camadas elásticas. O
programa fornece as tensões horizontais, verticais e de cisalhamento máximo assim como
as tensões principais em qualquer ponto do sistema. As camadas são consideradas
horizontalmente infinitas, possuindo espessuras uniformes e finitas com exceção da
última que possui espessura infinita. Os módulos de resiliência e coeficientes de Poisson
são constantes. As possibilidades relativas às configurações de carregamento
estabelecem como limite até dez cargas de rodas simples, cuja aplicação é distribuída
uniformemente sobre uma área circular na superfície do sistema.
São utilizadas as coordenadas retangulares cartesianas XYZ, sendo a parte superior do
sistema o plano XY com Z = 0, local onde são aplicadas as cargas. O eixo Z se estende
verticalmente da superfície do sistema (plano XY) para baixo. As camadas são
numeradas a partir do revestimento. O programa possibilita, ao se conhecer dois itens
entre os seguintes: (i) cargas em kgf; (ii) tensão em kgf/ cm 2 e (iii) raio da área carregada
em cm, o cálculo do terceiro.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
192
Os dados de entrada do ELSYM5 são:
• Com relação às cargas: quantidade, valor, coordenadas (x,y) e pressão dos pneus;
• Com relação às camadas e seus materiais constituintes: quantidade, espessuras,
Coeficientes de Poisson e Módulos de Elasticidade;
• Com relação aos pontos de análise: coordenadas (x,y) e profundidade z.
Os dados de saída do programa se constituem, para cada ponto solicitado de análise, nos
seguintes elementos ocorrentes para o carregamento considerado:
• Tensões normais;
• Tensões cisalhantes;
• Tensões principais atuantes;
• Deslocamentos normais;
• Deformações normais;
• Deformações cisalhantes, e
• Deformações principais.
3.3.2.2 – FEPAVE 2
O programa computacional FEPAVE (Finite Element Analysis of Pavement Structures)
permite a avaliação de estruturas de pavimento com camadas múltiplas, segundo a
formulação matemática advinda da teoria da elasticidade, direcionada para pavimentos de
meios semi-infinitos e estratificados de até 12 camadas. Utiliza modelagem elástico-não
linear (Módulo de Resiliência variável) e o procedimento de cálculo é o do método dos
elementos finitos (meio contínuo dividido em elementos fictícios de dimensões finitas,
ligados entre si por pontos nodais que se assimilam a articulações sem atrito).
O Método de Elementos Finitos possui interesse maior nos problemas de elasticidade não
linear. Por esta razão foi decisivo o uso do FEPAVE na análise estrutural de pavimentos
flexíveis que possuem espessas camadas granulares (bases de brita graduada, solo-brita,
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
193
sub-bases arenosas, etc.) em que a consideração da não linearidade é essencial
(MEDINA, 1997).
A determinação do Módulo de Resiliência dependente das tensões faz-se
experimentalmente em ensaios triaxiais de cargas repetidas. As camadas de pedra
britada, areias e argilas arenosas, de modo geral, possuem módulos muito dependentes
do estado de tensões. Mas para alguns materiais considera-se o módulo constante ou
não dependente do estado de tensões: concreto betuminoso (depende da temperatura),
solo-cimento, solo-cal, e alguns solos siltosos de módulos baixos e argilosos lateríticos
resistentes de forte cimentação (MEDINA, 1997).
MOTTA (1991) implementou modificações no sistema de forma a permitir seu uso em
microcomputadores. O FEPAVE até então rodava unicamente em computadores de
grande porte. A Figura 3.20 mostra o fluxograma pertinente à rotina do programa
FEPAVE. Através do programa são obtidas as tensões e as deformações ocorrentes no
pavimento submetido a carregamento repetido, sendo então, em muitos casos analisados,
os valores das deflexões obtidas, bastantes próximos dos valores das deflexões medidas
em campo. Desta forma é que o programa apresenta resultados bastante confiáveis na
interpretação do desempenho estrutural de pavimentos reais.
MOTTA (1991) adaptou o FEPAVE à consideração da confiabilidade pelo tratamento
probabilístico de Rosenblueth (1975, 1981). Trata-se de calcular a média aritmética, o
desvio padrão e o coeficiente de assimetria de uma variável dependente a partir dos
valores destes mesmos parâmetros das variáveis independentes aleatórias, sem ser
necessário conhecer as distribuições de probabilidade. Para estudo da Confiabilidade foi
desenvolvido o programa CONF2, ficando o FEPAVE como uma sub-rotina, de modo a
mexer o menos possível na sua estrutura.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
194
Figura 3.20- Fluxograma do Programa FEPAVE (MOTTA (1991).
Segundo MOTTA, (1991), a confiabilidade é definida como “a probabilidade que um
componente, um equipamento ou um sistema tem de desempenhar satisfatoriamente a
função para a qual foi desenvolvido sob dadas circunstâncias, tais como: condições
ambientais, limitações de operação, freqüência de operação e manutenção, para um
período de tempo especificado”.
SILVA (1995) introduziu aprimoramentos no programa, traduzidos pelo utilitário UTILFEP,
que facilitou significativamente a utilização do FEPAVE. O UTILFEP permite a entrada
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
195
rápida dos dados de projeto relativos a cargas, materiais e configurações estruturais,
agilizando sua utilização. A interface do programa com a criação do utilitário
UTILFEP, facilitou seu uso através de 8 sub-rotinas. Na figura 3.21, constam os modelos
de comportamento tensão deformação dos materiais existentes no FEPAVE2.
Figura 3.21 – Modelos de comportamento tensão deformação existentes no FEPAVE2.
3.3.2.3 – PAVE 2000 (FRANCO, 2000)
O programa computacional PAVE2000 permite a avaliação de estruturas de pavimento
com camadas múltiplas, segundo a formulação matemática advinda da teoria da
elasticidade, voltada para meios estratificados e semi-infinitos. Utiliza modelagem
elástico-linear (Módulo de Resiliência constante).
PAVE2000 foi desenvolvido por FRANCO (2000) e se constitui em um sistema completo
de dimensionamento, parte dele elaborado na linguagem de programação visual C++.
Esta linguagem permite janelas e comandos usuais e simples, sem prejuízo da agilidade e
velocidade dos cálculos a serem executados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
196
O programa PAVE2000 foi baseado no programa AYMA, desenvolvido por AYRES
(1997). O programa calcula, para uma determinada estrutura de pavimento, a distribuição
de tensões e deformações ao longo do período de análise, considerando os efeitos da
variação climática, e estima a vida de fadiga das camadas asfálticas e/ ou cimentadas, a
deformação permanente das camadas da estrutura e, ainda, verifica a condição de tensão
ou deformação limite do subleito. O programa também permite que sejam realizadas
análises de confiabilidade, quando selecionado o modo probabilístico.
3.3.2.4 – JULEA FOR WINDOWS
O JULEA, desenvolvido para pavimentos flexíveis, pode ser aplicado para sistemas de
múltiplas camadas submetidos a carregamentos estáticos e/ ou dinâmicos provenientes
de rodas simples ou rodas duplas de eixos simples ou eixos tandem. O comportamento
Tensão - Deformação de cada camada é elástico-linear. O JULEA foi desenvolvido
segundo a formulação matemática advinda das teorias da elasticidade elaboradas por
Boussinesq e Burmister, de meios semi-infinitos estratificados. O programa monta vários
sistemas de duas camadas. A solução destes sistemas é matemática através da
resolução de matrizes, passando por inversão de matrizes, cuja solução pode ser obtida
através de diversos processos. As sub-rotinas levam os nomes dos elaboradores das
soluções, Bessel e outros. Esses processos são sempre iterativos até convergir para uma
solução. Esses processos iterativos se constituem na razão pela qual o tempo de
processamento do JULEA aumenta geometricamente com o número de profundidades de
avaliação. O JULEA somente pode ser aplicado em pavimentos flexíveis com ausência de
camadas rígidas. Apóia-se na solução de sistemas de múltiplas camadas sob área
circular de atuação de carregamento com base na teoria da elasticidade. O programa foi
escrito originalmente em FORTRAN (Formula Translation), uma das primeiras linguagens
aplicadas em programas para dimensionamento de pavimentos. Na figura 3.16, consta a
tela do programa JULEA for Windows.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
197
Figura 3.22 – Tela do programa JULEA for Windows (FRANCO, 2000).
3.3.2.5 – KENLAYER
O Kenlayer, desenvolvido para pavimentos flexíveis, pode ser aplicado para sistemas de
múltiplas camadas submetidos a carregamentos estáticos e/ ou dinâmicos provenientes
de rodas simples ou rodas duplas de eixos simples ou eixos tandem. O comportamento
Tensão-Deformação de cada camada pode ser elástico-linear, elástico não-linear ou
viscoelástico. O programa analisa danos nas camadas do pavimento, a partir da divisão
do ano de serviço do mesmo em períodos (no máximo 24). Cada período guarda um
grupo de propriedades diferenciadas dos materiais envolvidos a partir das repetições de
diferentes carregamentos axiais (máximo de 24). O Kenlayer originalmente foi
desenvolvido para computadores de grande porte, tendo sido, posteriormente, adaptado
para microcomputadores. O Kenlayer foi desenvolvido segundo a formulação matemática
da teoria da elasticidade de Burmister para meios semi-infinitos estratificados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
198
O Kenlayer somente pode ser aplicado em pavimentos flexíveis com ausência de
camadas rígidas. Apóia-se na solução de sistemas de múltiplas camadas sob área
circular de atuação de carregamento com base na teoria da elasticidade. Os danos
causados ao pavimento devido à fadiga e a deformação permanente em cada período
pré-estabelecido, considerando a ação dos vários grupos de carregamento, são
sumarizados de forma a se analisar a vida de projeto do pavimento em estudo. O
programa foi escrito em FORTRAN 77 (Formula Translation), uma das primeiras
linguagens aplicadas em programas para dimensionamento de pavimentos, e sua
armazenagem ocupa 509k de memória. Pode ser aplicado a sistemas de no máximo 19
camadas. A malha tem capacidade para 10 diferentes coordenadas radiais (x, y) e 19
coordenadas verticais (z), perfazendo um total de 190 pontos de análise. Para rodas
múltiplas, além das 19 coordenadas verticais, podem ser obtidas soluções para um total
de 25 pontos, especificando as coordenadas x e y de cada ponto. O modelo de
deformação permanente por fluência pode ser especificado até no máximo 15 tempos de
duração. A análise de danos pode ser feita dividindo-se cada ano em no máximo 24
períodos, sendo cada período com no máximo 24 grupos de carga.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
199
CAPÍTULO IVDESCRIÇÃO DA RODOVIA ESTUDADA E METODOLOGIA APLICADA
4.1 – Introdução
Neste capítulo apresentar-se-á a descrição da rodovia estudada, bem como, toda a
metodologia aplicada na caracterização funcional e estrutural realizada na pista duplicada
da Rodovia BR-230, no Estado da Paraíba, com 30,6 km de extensão, lote III.
Resumidamente, serão apresentadas nos itens 4.2 e 4.3, as características da região e do
trecho em estudo, respectivamente. E nos itens seguintes a metodologia empregada
nesta pesquisa.
4.2 – Características da Região da Rodovia
As informações sobre localização, geologia, pedologia, relevo, clima, precipitação e
vegetação contidas neste capítulo foram extraídas do Atlas Geográfico do Estado da
Paraíba, Edição 1985 e SOUZA (2000).
4.2.1 – Localização
O Estado da Paraíba localiza-se na porção oriental do Nordeste do Brasil, entre os
meridianos de 34º45’54’’ e 38º45’45’’ de longitude oeste e entre os paralelos de 6º02’12’’
e 8º19’18’’ de latitude sul, conforme mostrado na figura 4.1. Sua forma alongada no
sentido leste-oeste é marcada por duas saliências (a da região de Catolé do Rocha, a
noroeste, e a do Platô dos Cariris, na porção centro-sul) e por duas vastas reentrâncias
formando uma cintura nas proximidades do meridiano de Patos, representadas, ao norte,
pelas bacias dos rios Seridó e Espinharas, afluindo no rio Piranhas em território do Rio
Grande do Norte e, ao sul, em Pernambuco, pelo alto Vale do Rio Pajeú. Apresenta no
sentido norte-sul uma distância linear de 253 km e de 443 km no sentido leste-oeste.
Limita-se ao norte com o Estado do Rio Grande do Norte; a leste com o Oceano Atlântico;
a oeste com o Estado do Ceará e, ao sul, com Pernambuco.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
200
Figura 4.1 - Localização do Estado da Paraíba em relação ao Brasil
4.2.1.1 – Localização da BR230
A rodovia federal transversal BR230-PB, pertence ao Plano Nacional de Viação, corta o
Estado da Paraíba no sentido E-W, conforme ilustrado na figura 4.3, e constitui o principal
eixo da ligação entre o litoral e o sertão do estado. Interliga cidades de notória importância
como patos, Souza, Pombal e Cajazeiras e une as principais cidades da região: João
Pessoa e Campina Grande.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
201
4.2.2 – Geologia
4.2.2.1 – Litologia
A litologia paraibana possui uma predominância do complexo cristalino sobre os terrenos
sedimentares, que encontram-se no litoral constituindo afloramentos calcários ou relevos
planos, poucos elevados (os tabuleiros), além de planícies marinhas e flúvio-marinhas. No
interior, são identificadas chapadas sedimentares, além da Bacia Sedimentar do Rio do
Peixe.
O complexo cristalino apresenta-se com uma marcante predominância de rochas
metamórficas sobre as rochas magmáticas.
4.2.2.2 – Estratigrafia
As rochas mais antigas predominam no complexo cristalino formando o complexo
gnássico-migmático-granitódico de idade Arqueozóica, que é afetado por intrusões de
rochas magmáticas: gabros, granitos, basaltos, etc., do Proterozóico.
Também do Proterozóico, discordante sobre os terrenos arquozóicos e formando faixas
orientadas SW – NE, são reconhecidas as sequências constituintes de: Formação
Equador com quartzitos; Formação Seridó com micaxistos; Grupo Cachoeirinha com
seqüência de rochas que inclui filitos e micaxistos.
Do Fanerozóico, encontram-se no extremo oeste do Estado duas ocorrências
Paleozóicas, representadas por arenitos conglomeráticos de cores claras ou, às vezes,
avermelhadas.
Do mesozóico, em áreas dos municípios de Pombal, Souza e Antenor Navarro, são
encontrados sedimentos que vão de conglomerados a arenitos e siltitos, constituindo a
bacia sedimentar do Rio do Peixe. No litoral, uma seqüência que inicia com arenitos e
continua com calcários constitui o Grupo Paraiba.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
202
Do Cenozóico, a representação consiste em arenitos variegados, na maioria pouco
consolidados, constituintes do Grupo Barreiras, além de areias que constituem as
planícies marinhas formadoras das praias ou os mangues encontrados nas
desembocaduras dos principais rios que deságuam no oceano, ou, ainda, aquelas areias
que são encontradas preenchendo os leitos dos rios.
4.2.2.3 – Estrutura
Na Paraíba, é marcante a ocorrência de estruturas falhadas onde se salienta o grande
lineamento que atravessa longitudinalmente o Estado, conhecido como lineamento de
Patos.
Um grande número de outras falhas também pode ser observado, com desenvolvimento
de SW para NE em predominância.
Estruturas dobradas em anticlinais e sinclinais são comuns, e, às vezes, influenciam o
relevo.
4.2.3 – Pedologia
Os solos sob o ponto de vista pedológico refletem dois fatores importantes: climáticos e
edáficos (natureza da rocha-mãe).
Assim, cerca de 1/5 do território paraibano apresenta solos evoluídos em função do clima
quente e úmido (26º C; 900 – 1700 mm; 7 a 9 meses com chuvas). Trata-se das áreas
úmidas do litoral e de algumas serras, assim como do Brejo e do corredor sub-úmido da
depressão sublitorânea. As únicas exceções são representadas pelos solos salinos e
encharcados dos mangues. Mas, apesar dos condicionantes climáticos que atuam nessa
porção do Estado, a rocha-mãe vai desempenhar um importante papel nos tipos de solos
que ali se encontram.
É assim que os tabuleiros costeiros e sub-costeiros formados a partir dos sedimentos
heterogêneos do Grupo Barreiras apresentam solos do tipo Podzol , quando as camadas
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
203
rochosas são arenosas, enquanto que as camadas argilosas normalmente ostentam solos
lateríticos (latossolos) diversos, lixiviados e solos podzólicos.
Na área do Brejo, ou seja, no rebordo úmido elevado da Borborema que recebe a
influência das massas de ar úmidas provenientes do Atlântico, as rochas graníticas e os
restos dos capeamentos sedimentares dão uma imensa variedade de latossolos e de
solos podzólicos pobres em nutrientes.
Já no setor representado pela depressão sublitoranea e submetido a uma pluviosidade
menor, a grande variedade de rochas cristalinas engedram solos podzólicos, mais ricos
em nutrientes, associados a solos com hidromorfia temporária (planossolos) e a solos
poucos espessos, do tipo bruno. No restante do território paraibano recoberto por
caatingas a semi-aridez interfere na pedogênese que é lenta por falta de um fornecimento
abundante de matéria orgânica (detritos vegetais) ou interrompida durante a estação seca
prolongada por falta de água. Além disso, a atividade erosiva dos agentes mecânicos
externos é forte, o que faz com que os solos dominantes sejam poucos evoluídos
(litossolos e regossolos) normalmente associados a solos brunos, a vertissolos e a solos
salgados (solos halomorficos).
A topografia e a rocha-mãe introduzem modulações nesse quadro geral. As serras mais
úmidas e elevadas, graníticas, apresentam, além de uma grande quantidade de
afloramentos rochosos, solos mais profundos arenosos (regossolos) e solos podzólicos.
Nos glacis e pediplanos predominam, geralmente, solos brunos não-cálcicos, rasos e
pedregosos. Nos baixios são encontrados solos argilosos que racham na época da seca e
se encharcam durante a estação chuvosa: os vertissolos. Freqüentes ainda são as
importantes manchas de solos halomorficos em áreas planas ou embaciadas elaboradas
sobre rochas alcalinas. Os gnaisses e xistos normalmente dão origem a solos argilosos,
compactos e pedregosos fortemente sujeito a erosão (litossolos e solos Brunos litólicos).
Já os granitos grosseiros dão origem a solos mais arenosos, um pouco mais profundos.
Esses aspectos edáficos vão se refletir no aspecto fisionômico das caatingas e nas
modalidades do uso agrícola das terras.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
204
4.2.4 – Relevo
A Paraíba está dividida em três regiões distintas que se sucedem do litoral para o interior:
Baixada Litorânea, Planalto da Borborema e Planalto do Rio Piranhas. A Baixada
Litorânea estende-se ao longo da costa, apresentando uma largura média de 80 a 90 km.
A oeste atinge 150 m de altura, caindo suavemente para leste, até o nível do mar. O
Planalto da Borborema situa-se a oeste da Baixada Litorânea, ocupando toda a parte
central do Estado. É a região mais elevada da Paraíba, com altitudes médias entre 500 e
600 m. Sobre essa superfície levemente ondulada erguem-se morros isolados.
O Planalto do Rio Piranha ocupa o espaço compreendido entre a Borborema e a fronteira
do Ceará. Nele se observa a presença de morros isolados e pequenas serras. Sua
altitude média varia entre 150 e 300 m.
4.2.5 – Clima e Precipitação
Os tipos de clima observados no Estado variam de acordo com o relevo. O clima tropical
úmido, com chuvas de outono-inverno e estação seca no verão é registrado na Baixada
Litorânea e na encosta leste da Borborema. No litoral, o índice de chuvas chega a
1700mm anuais e a temperatura média é de 24º C. Em direção ao interior, a quantidade
de chuvas diminui progressivamente, descendo a 800 mm na encosta leste da
Borborema. No topo do planalto, volta a subir, ultrapassando os 1400 mm. Na figura 4.2,
são mostradas as microrregiões climáticas da Paraíba.
Todo o Planalto da Borborema, exceto a encosta leste, é dominado pelo clima semi-árido
quente. O índice de chuvas é baixo, chegando a 500 ou 600 mm anuais. Em Cabeceiras
registra-se o menor índice anual de chuvas do país: 279 mm.
Na parte oeste do Estado, no planalto do Rio Piranhas, predomina o clima tropical único
com chuvas de verão e estação seca no inverno. A quantidade de chuvas atinge de 600 a
800 mm anuais. As temperaturas médias anuais são as mais elevadas da Paraíba (26ºC).
Como na porção leste da Borborema, a distribuição de chuvas é irregular, provocando
secas prolongadas.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
205
4.2.6 – Vegetação
Os tipos de vegetação, como o relevo e o clima, sucedem-se em faixas no sentido leste-
oeste, sem, no entanto, corresponde exatamente aos tipos climáticos e ás unidades de
relevo. Na baixada Litorânea e nos trechos mais úmidos da Borborema (Brejo) predomina
a floresta tropical, composta de grandes árvores.
Na parte menos úmida do planalto (leste) observa-se uma vegetação constituída de
espécies da floresta tropical e da caatinga, vegetação formada por cactos, pequenas
árvores e arbustos: é o Agreste.
A porção oeste da Borborema e o planalto do Rio Piranhas são dominados pela caatinga,
característica do sertão e que cobre cerca de 65% do território paraibano.
As características naturais de clima, vegetação e relevo permitem a divisão da Paraíba
em quatro mesoregiões distintas (ver figura 4.3): a Zona da Mata, que corresponde à
Baixada Litorânea úmida; o Agreste, a parte leste do Planalto da Borborema; o Brejo aos
trechos mais úmidos do Agreste; e o sertão, às áreas mais secas do Estado, ou seja, todo
o território estadual situado a oeste de Campina Grande e coberto pela caatinga.
Figura 4.2 – Messoregiões do Estado da Paraíba (www.paraíba.gov.br)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
206
4.3 – Características da Rodovia Estudada
As informações apresentadas neste item foram obtidas do Relatório do Projeto Final de
Engenharia para a Duplicação e Restauração da BR-230/PB (DER/PB,1999).
A rodovia estudada teve o trecho situado entre o acesso à cidade de Ingá - Campina
Grande (km 117,3 – km 147,9) duplicado no ano de 2000 e inaugurado em outubro de
2001. Os serviços de duplicação foram realizados concomitantemente aos da restauração
da rodovia existente. A concepção de projeto para a estrutura do pavimento da rodovia
duplicada foi de pavimento flexível, onde o tráfego médio diário estimado no ano de 1999
foi de aproximadamente 3903 veículos diários.
4.3.1 – Localização do Trecho
O trecho estudado possui as seguintes características:
Rodovia : BR-230/PB
Trecho : Cabedelo – Divisa PB/CE
Lote : III
Subtrecho : Entr. BR-408/PB-090/PB095
: Entr. BR-104 (A)/PB-408/B/PB-095 (Campina Grande)
Segmento : km 117,3 – km 147,9
Extensão : 30,6 km
PNV : 210 e 220
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
207
Figura 4.3 – Mapa de Localização do trecho estudado
No lado esquerdo, no sentido Ingá - Campina Grande, da estaca 4000 a 5434, onde a
maior parte da pista duplicada se desenvolve, existem dois segmentos constituídos de
pavimento composto (camada de concreto asfáltico sobre placas de concreto), estes
segmentos situam-se entre as estacas 4699-4799 e 5440-5535 totalizando uma extensão
de 3,9 km. Como este tipo de estrutura não pertence ao escopo desta pesquisa, não
foram realizados ensaios nestes dois segmentos. Na figura 4.4 apresenta-se de forma
esquemática as pistas duplicada e existente e o tipo de pavimento da BR-230/PB.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
208
Figura 4.4 – Ilustração das pistas existente e duplicada e tipo de pavimento
Figu
ra 4
.4 –
Ilust
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
209
4.3.2 – Características Climáticas e Pluviométricas
A classificação climática do trecho em análise segundo Wladimir Koppen e caracterizado
como As: clima quente e úmido com chuvas de outono – inverno e período seco no verão.
A temperatura média gira em torno de 20oC com uma amplitude térmica anual de 10ºC e
mensal de 9oC.
A umidade relativa apresenta-se sempre elevada, com valores acima de 74%,
principalmente no período de Abril a Agosto.
A pluviometria média anual atinge valores superiores a 1.700 mm, sendo o trimestre de
abril a Junho o mais Chuvoso e o de Outono a Dezembro, o mais seco.
O relevo é ondulado a partir da região de Ingá, passando a montanhoso após a localidade
de Riachão do Bacamarte até as proximidades da cidade de Campina Grande.
4.3.3 – Características Geométricas
O trecho inicia-se no entroncamento para a cidade de Ingá no km 117,3 da rodovia BR-
230/PB. A rodovia se desenvolve inicialmente por uma região de topografia ondulada
apresentando em função dessa situação um traçado bem definido e reto até as
proximidades da localidade de Riachão do Bacamarte. A partir daí a região passa de uma
topografia ondulada para montanhosa e o traçado é caracterizado pela incidência de
curvas e rampas com maiores declividades em relação ao primeiro trecho.
O lado a ser duplicado foi escolhido a partir da análise minuciosa em campo e escritório
dos desenhos da topografia visualizando-se as seções transversais do levantamento
topográfico.
Dentro dessa filosofia considerou-se que a duplicação da pista deveria estar ora pelo lado
direito, ora pelo lado esquerdo da pista existente, função da análise em cada caso
específico.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
210
Para o trecho da Travessia Urbana de Riachão do Bacamarte, foi adotada a solução em
binário aproveitando-se a rodovia existente para o tráfego no sentido João Pessoa –
Campina Grande, sendo implantada uma variante de contorno da cidade pelo lado
esquerdo, prolongando-se até após a Serra do Riachão, onde a topografia apresenta-se
mais favorável, para o tráfego no sentido inverso.
O dimensionamento das camadas do pavimento do trecho em estudo foi realizado
considerando valor único de CBR para o subleito igual a 7%. Desse modo, o trecho
apresenta estrutura única de espessuras das camadas de sub-base, base e revestimento.
Na figura 4.5 constam as seções transversais com as características geométricas da pista
existente e da duplicação nos trechos em pista dupla.
Na figura 4.6 consta a seção transversal com as características geométricas da pista
duplicada nos trechos em pista simples, na variante do Riachão do Bacamarte.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
211
Figura 4.5 – Seções transversais da pista existente e duplicada no segmento em pista dupla
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
212
Figura 4.6 – Seção transversal da pista duplicada no segmento em pista simples.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
213
4.3.4 – Características de Terraplenagem
O projeto de terraplenagem foi elaborado tomando-se por base os elementos do projeto
geométrico, a qualidade dos materiais dos cortes a escavar e sua classificação em 1ª, 2ª
e 3ª categoria, bem como a definição dos materiais que irão compor a camada superior
de terraplenagem.
Os trechos em corte foram rebaixados em 40 cm de espessura e preenchidos com
material selecionado, compactado a 100% do Proctor Normal. A camada superior de
todos os aterros foi executada com material selecionado com 30cm de espessura. O grau
de compactação da camada de material selecionado foi, no mínimo, 100% da energia do
Proctor Normal. As camadas subjacentes dos aterros foram executadas com grau de
compactação mínimo de 95% do Proctor Normal.
Os taludes de cortes e aterros adotados forma:
• Corte em solo : 1,5 (V): 1,5 (V);
• Corte em rocha : 5,0 (V): 1,0 (H);
• Aterros : 1,0 (V): 1,5 (H).
Os materiais utilizados para a terraplenagem foram provenientes dos cortes e seus
rebaixamentos, e também, materiais oriundos de empréstimos para a complementação
dos aterros.
4.3.5 – Características dos Materiais Empregados na Pavimentação
Para a camada de sub-base foram utilizados materiais provenientes das Saibreiras:
Alegre, Galante, Soares, Pedro e Campos. Todos apresentaram características físicas e
mecânicas obtidas em ensaios laboratoriais conforme especificações do DNIT para tal
fim.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
214
A camada de base é constituída de brita graduada simples obtida por processo de
preparo em usina de agregado com materiais advindos da Pedreira Amorim com
características graníticas.
O concreto asfáltico é constituído de duas camadas, uma de CBUQ (Concreto
Betuminoso Usinado a Quente) na faixa B do DNIT (camada de ligação) e outra de CBUQ
na faixa C (camada de rolamento). A composição do concreto asfáltico é resultado das
misturas de areia fina do rio Paraíba, agregado britado, filer e cimento asfáltico. A
dosagem foi realizada pelo Método Marshall apresentando curvas granulométricas
mostradas nas figuras 4.7 e 4.8 e características finais mostradas nas tabelas 4.1 e 4.2
para o CBUQ na faixa B e o CBUQ na faixa C, respectivamente.
Figura 4.7 - Curvas granulométricas de projeto da mistura da faixa B do CBUQ para a
pista.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
215
Figura 4.8 - Curvas granulométricas de projeto da mistura da faixa C do CBUQ do trecho
em estudo.
Tabela 4.1 – Características de projeto do CBUQ na Faixa B camada de ligação.
INDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÃO
Densidade Aparente (g/dm3) 2.462 -
Densidade Teórica (g/dm3) 2.600 -
Vazios (%) 5,2 4 – 6
Relação Betume Vazios (%) 68 65 – 72
Vazios Agregado Mineral (%) 16,5 -
Estabilidade Marshall (kgf) 1.070 Mínimo 350 kgf
Fluência () 11,7 8 – 18
Teor Ótimo de CAP (%) 4,7 (+ 0,3) 4,5 – 7,5
Variação Permitida 4,5 – 5,0 -
Resultado de Adesividade satisfatório com 0,2% de DOPE
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
216
Tabela 4.2 – Características de projeto do CBUQ na Faixa C camada de rolamento
Os resultados dos ensaios de qualidade de material betuminoso (asfalto tipo CAP 50/60)
estão apresentados na tabela 4.3.
Tabela 4.3 – Resultados dos ensaios de qualidade de material betuminoso.
EnsaiosResultados
MédiosEspecificação
Viscosidade Saybolt Furol a 135 ºC (seg) 197 120 mínimo
Ponto de Fulgor ºC 279 235 mínimo
Ponto de Amolecimento anel e Bola Tab ºC 53 30-175
Penetração (25 ºC, 100g, 5seg) 0,1mm 55 50 mínimo
Densidade 1.030
Espuma Não teve
O produto ao deve
produzir espuma
quando aquecido a
175 ºC
INDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÃO
Densidade Aparente (g/dm3) 2.466 -
Densidade Teórica (g/dm3) 2.561 -
Vazios (%) 3,7 4 – 6
Relação Betume Vazios (%) 78,1 65 – 72
Vazios Agregado Mineral (%) 16,9 -
Estabilidade Marshall (kgf) 1.190 Mínimo 350 kgf
Fluência () 14,8 8 – 18
Teor Ótimo de CAP (%) 5,5 (+ 0,3) 4,5 – 7,5
Variação Permitida 5,2 – 5,8 -
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
217
4.4 – Ensaios Realizados no Trecho Estudado Durante a Presente Pesquisa
A metodologia utilizada para a realização dos ensaios de campo e laboratório baseou-se
nas normas do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes). Os
ensaios de laboratório foram realizados na COPPE/UFRJ e UFCG.
Foram realizados furos de sondagem para a verificação das espessuras constituintes do
pavimento, extração rotativa de corpos-de-prova do revestimento das camadas de
rolamento e ligação, bem como, amostras de solo para realização de ensaios laboratoriais
de caracterização e triaxiais sob cargas repetidas.
Os ensaios de campo e laboratório são apresentados e analisados no Capítulo VII desta
pesquisa.
4.4.1 – Ensaios de Campo
Para a realização desta pesquisa o trecho estudado foi estaqueado baseando-se no
Projeto Geométrico constante no Volume 2 – Projeto de Execução (1999).
O novo estaqueamento foi desenvolvido pelo bordo esquerdo da pista duplicada. Com
início na estaca 4000, no entroncamento das rodovias BR-104 (A)/BR-408(B)/PB095, se
encerrou na estaca 5543+1,00, no entroncamento das rodovias BR-104(A)/BR-408
(B)/PB-095, em Campina Grande.
O sentido do tráfego na pista duplicada possui o fluxo de veículos contrário ao
estaqueamento (Campina Grande – Ingá), desta forma, os levantamentos realizados com
o FWD (Falling Weight Deflectometer), viga Benkelman, avaliação objetiva da superfície
do pavimento e o Levantamento Visual Contínuo, obviamente, seguiram o sentido do
tráfego. Porém, todo o desenvolvimento desta pesquisa, adotou o sentido crescente da
quilometragem para uma melhor adequação com o Projeto Final de Engenharia para a
Duplicação e Restauração, conforme figura 4.9. Foram realizados levantamentos das
condições atuais do pavimento em estudo, baseando-se nos seguintes procedimentos:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
218
• Avaliação objetiva da superfície do pavimento pelo procedimento DNIT
006/2003 – PRO e cálculo do IGG - Anexo A;
• Determinação das deflexões do pavimento pelo Falling Weight
Deflectometer – FWD pelo procedimento DNER PRO-273 - Anexo B;
• Determinação das deflexões do pavimento pela viga Benkelman
pelo método de ensaio DNER ME-024 – Anexo C.
• Coleta de amostras para a realização de ensaios de caracterização,
resistência à tração por compressão diametral, módulo de resiliência de
solos e britas e determinação da densidade e umidade “in situ”;
• Pesquisa volumétrica e classificatória do tráfego - Anexo E;
Figura 4.9 – Ilustração do sentido da quilometragem e do tráfego da rodovia BR-230/PB –
lote III.
4.4.1.1 – Avaliação Objetiva do Pavimento - DNIT 006/2003-PRO
A avaliação das características funcionais do pavimento da pista duplicada foi realizada
entre os dias 20 e 25 de julho de 2004. Baseou-se nos levantamentos das degradações
superficiais e das deformações em perfil, aplicando a técnica da avaliação objetiva do
estado da superfície do pavimento elaborando um inventário das degradações superficiais
Ingá
CampinaGrande
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
219
e geométricas existentes, seguindo a metodologia proposta pelo Profº Armando Martins
Pereira, normatizada no procedimento DNIT 006/2003-PRO (DNIT, 1994b).
Neste inventário foram quantificados os tipos de defeitos superficiais ocorrentes: trincas,
panelas, remendos, desgastes, exudação, etc, e com isso, obtido o IGG (Índice de
Gravidade Global).
A amostragem é efetuada em cada uma das estações de ensaio, considerando-se uma
superfície de avaliação delimitada por uma seção transversal situada 3m a ré da estação,
por outra situada 3m avante, e pelo eixo da pista de rolamento. Desta forma, cada
estação de ensaio corresponde uma área de cerca de 6m por 3,6m, ou 21,6 m2.
Além dos defeitos foram medidas as deformações permanentes, avaliadas a partir das
medidas das flechas nas trilhas de roda com treliça de base igual a 1,20m.
A norma especifica que as estações de ensaios para pistas simples devam ser a cada 20
metros alternados em relação ao eixo da pista de rolamento (40 m em 40m em cada faixa
de tráfego) obtendo uma representatividade amostral de 15%/km. Nas rodovias em pista
dupla, deve ser a cada 20 metros, na faixa de tráfego mais solicitada resultando em uma
representatividade amostral de 30%/km.
Nesta pesquisa, o espaçamento entre as estações de ensaio, foi de 20 metros alternados
(40 m em 40 m para cada faixa de tráfego) tendo como objetivo analisar as faixas direita e
esquerda separadamente, por estarem submetidas a diferentes níveis de solicitação.
Desta forma, foi obtida para cada faixa de tráfego uma representatividade amostral de
15%/km.
Na figura 4.10 consta de forma esquemática como foi realizado levantamento dos defeitos
do pavimento da pista duplicada.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
220
Figura 4.10 – Croqui do levantamento dos defeitos DNIT 006/2003 - PRO (DNER, 1994b).
As planilhas de campo constando o inventário dos defeitos do pavimento e as flechas nas
trilhas de roda encontram-se no Anexo A.
4.4.1.2 – Levantamento Deflectométrico com o Falling Weight Deflectometer
O levantamento deflectométrico foi realizado em julho de 2004, com o emprego do
“Falling Weight Deflectometer - FWD”, modelo 8002 FWD equipado com um sistema
processador e PC/Impressor 9000.
O equipamento pertence ao LECONTE (Laboratório de Ensaios e Controle Tecnológico)
empresa formada por um convênio entre Consultoras da cidade do Recife, estado de
Pernambuco.
A metodologia de ensaio foi baseada no DNER PRO-273/96.
Os deslocamentos recuperáveis gerados na superfície do pavimento (bacias de deflexão)
foram medidos por sete geofones dispostos ao longo de uma barra metálica com os
seguintes espaçamentos: 0; 20; 30; 45; 60; 90 e 150 (centímetros).
O nível de carregamento utilizado foi em torno de 40 kN, correspondente ao semi-eixo
padrão rodoviário.
Os ensaios foram executados a cada 40m defasados. A distância do bordo para as
medidas de deflexões segundo o procedimento 273/96 é de 0,90m para largura da faixa
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
221
maior ou igual a 3,5 m (ver tabela 4.4). Porém, as medidas foram realizadas a 1,5 m do
bordo do revestimento, com a finalidade de evitar os “efeitos de borda”.
Tabela 4.4 – Localização dos pontos de ensaio (DNER, 1996)
Figura 4.11 – Gráfico da bacia de deflexões geradas pelo carregamento do FWD durante
a realização dos ensaios na BR-230/PB.
Na figura 4.12, consta de forma esquemática como foram obtidas as bacias
deflectométricas do pavimento estudado. Na figura 4.23 consta a realização do ensaio
com o FWD.
Largura da faixa de tráfego (m) Distância ao bordo do revestimento (m)
2,7 0,45
3,0 0,60
3,3 0,75
3,5 ou mais 0,90
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
222
Figura 4.12 – Localização esquemática dos pontos de ensaio das bacias
Deflectométricas.
Figura 4.13 – Fotos do ensaio com o Falling Weight Deflectometer e visita técnica da
Turma de Engenharia Civil da UFCG no trecho em estudo.
Estaca 5390 – Lado esquerdo Estaca 5163 – Lado Esquerdo
Estaca 4485 – Lado Direito Estaca 4180 – Lado Direito
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
223
4.4.1.3 – Levantamento Deflectométrico com a Viga Benkelman
O levantamento deflectométrico foi realizado em julho de 2004, com o emprego da viga
Benkelman pertencente ao DER-PB (Departamento de Estradas de Rodagem da
Paraíba).
A metodologia de ensaio foi baseada no DNER ME-024.
As estações de ensaio coincidiram com os locais onde foram realizados os ensaios com o
FWD, na tentativa de se estabelecer uma correlação entre as deflexões máximas obtidas
pelos dois equipamentos.
Primeiramente, foi realizada a aferição da viga Benkelman conforme o procedimento
DNER PRO-175/94 (DNER, 1994b).
No anexo D consta todo o procedimento utilizado para a aferição da viga Benkelman
utilizada nesta pesquisa.
Na figura 4.14, mostra-se de forma esquemática como foram obtidas as deflexões
máximas, e na figura 4.15 mostra-se a realização do ensaio com a viga Belkelman no
trecho em estudo.
Figura 4.14 – Localização esquemática dos pontos de ensaio das deflexões com a viga
Benkelman.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
224
Figura 4.15 – Fotos do ensaio com a viga Benkelman no trecho em estudo
4.4.1.4 – Coleta de Amostras e Ensaios de Laboratório
Foram realizadas prospecções em quatro locais, dois na faixa direita e dois na faixa
esquerda, a fim de coletar amostras das camadas do pavimento e subleito.
Na figura 4.16, é mostrado de forma esquemática os locais onde foram realizadas as
sondagens.
Estaca 5340 – Lado Esquerdo Estaca 5324 – Lado Esquerdo
Estaca 4494 – Lado Direito Estaca 4370 – Lado Direito
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
225
Figura 4.16 – Esquema dos locais de sondagem.
O critério utilizado para a escolha dos locais de sondagem foi baseado nas condições de
superfície e estrutural do pavimento. Dois furos foram realizados em cada faixa de
tráfego, com objetivo de comparar as faixas sob condições diferentes de solicitação.
Em cada ponto de sondagem determinou-se a massa específica seca e umidade “in situ”
das camadas do pavimento e subleito, baseando-se nos Métodos de Ensaio DNER ME
092/94 (DNER, 1994j) e DNER ME 052/94 (DNER, 1994l), respectivamente. Através
destes resultados, e os oriundos do laboratório, torna-se possível avaliar o grau de
compactação e o teor de umidade “in situ” em relação às especificações de projeto.
Na tabela 4.5 consta a lista dos ensaios laboratoriais realizados com as amostras
coletadas nos locais de sondagem.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
226
Tabela 4.5 – Métodos de ensaios laboratoriais utilizados nesta pesquisa.
Nas estacas 4153 lado direito e 5381+15,8 lado esquerdo foram realizados extrações dos
corpos-de-prova das camadas de rolamento e ligação para serem realizados ensaios de
resistência à tração por compressão diametral, como mostra a figura 4.17.
Também foram coletados materiais das camadas do pavimento e subleito para a
realização de ensaios triaxias a cargas repetidas no laboratório da COPPE/UFRJ.
Os pontos de sondagem estão localizados nos segmentos homogêneos 03 e 19,
respectivamente. Buscou-se comparar dois segmentos homogêneos com condições
superficiais, estruturais e de tráfego distintas. Na tabela 4.6 consta a lista dos ensaios
realizados em cada local de sondagem. Infelizmente não foi realizado o ensaio de
compactação para a camada de base do furo 4. Os resultados completos estão
apresentados no Anexo D.
Ensaio Método
Determinação da Massa Específica dos Sólidos DNER ME 84/94
Análise Granulométrica por Peneiramento e
Sedimentação
DNER ME 51/94
Determinação do Limite de Liquidez (LL) DNER ME 44/71
Determinação do Limite de Plasticidade (LP) DNER ME 82/94
Ensaio de Compactação DNER ME 47/64
Índice de Suporte Califórnia DNER ME 50/94
Determinação da Resistência à Tração por Compressão
Diametral
DNER ME 138/94
* Determinação do Módulo de Resiliência de Solos e
Britas
DNER ME 131/94
*Nota: Ensaio realizado no Laboratório de Solos da COPPE/UFRJ, os demais foram
realizados na UFCG.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
227
Tabela 4.6 – Ensaios de laboratório realizados por local de sondagem
Figura 4.17 – Fotos da extração dos corpos-de-prova do revestimento no trecho em
estudo.
No ano de 2001 foram enviadas para amostras do concreto asfáltico das camadas de
rolamento CBUQ faixa C, camada de ligação CBUQ faixa B, amostras do material de
jazida a ser utilizada como sub-base, amostras de BGS (brita graduada simples) e
amostras coletadas do subleito existente. Os ensaios triaxiais de cargas repetidas foram
Estaca 4153 – Lado direito Estaca 5381+15 – Lado esquerdo
SH Estaca FuroLado
D/E
Ensaios
LL LP GP GS C ISC RT MR
03 4153 1 D X X X X X X X X
07 4542 2 E X X X X X X
12 5073 3 D X X X X X X
19 5381+15 4 E X X X X - - X X
NOTA: LL – Limite de Liquidez
LP - Limite de Plasticidade
GP - Granulometria por Peneiramento
GS - Granulometria por Sedimentação
C - Compactção
ISC - Índice de Suporte Califórnia
RT - Resistência a Tração por Compressão Diametral
MR - Módulo de Resiliência de Solos e Britas.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
228
realizados com diferentes teores de umidade para os materiais de base, sub-base e
subleito. Os ensaios realizados foram:
• Ensaio de módulo resiliente por compressão diametral;
• Ensaio de fadiga por compressão diametral;
• Ensaio triaxial dinâmico;
• Ensaio de resistência a tração por compressão diametral
Todos os resultados dos ensaios de laboratório realizados no ano de 2001 estão
apresentados no Anexo F.
4.4.1.5 – Pesquisa Volumétrica Classificatória
O estudo de tráfego realizado na rodovia BR-230/PB, segmento Ingá-Campina Grande
(km 117,3 – km 147,9), teve como finalidade detectar propriedades e características do
fluxo de veículos da rodovia.
Pesquisas Fluxogramétricas
Os dados históricos de tráfego mais relevantes na BR-230/PB, constam do “Censo de
Tráfego Rodoviário do DNER”, que indicam os seguintes postos para a rodovia desde o
km 35,6 (Entr. PB-048) até o km 147,9 (Entr. PB-095):
• Posto de Cobertura C-115, Entr. PB-048 – Entr. PB-055;
• Posto de Cobertura C-116, Entr. PB-055 – Entr. PB-079;
• Posto de Cobertura C-117, Entr. PB-079 – Entr. PB-095.
Para a Pesquisa Volumétrica Classificatória do tráfego, foi utilizado o posto histórico (C-
117), durante 72 horas, no período compreendido entre os dias 26, 27 e 28 de agosto
(quarta, quinta e sexta-feira), do ano de 1998. Os resultados médios obtidos foram os
apresentados na tabela 4.7.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
229
Tabela 4.7 – Volume médio diário.
Para obtenção do crescimento do tráfego para o tempo de projeto de 15 anos, a projetista
baseou-se nos dados históricos coletados e pesquisa de campo ao longo da série
1970/1998, e utilizou-se do método estatístico da regressão mínimos quadrados para
gerar equações que ajustassem o crescimento anual, avaliando correlações linear,
logaritma, exponencial e potencial, donde as correlações que melhor se ajustaram aos
dados em estudo indicaram as seguintes taxas médias anuais de crescimento:
Tabela 4.8 – Análise e projeção do tráfego
Os resultados obtidos pelas regressões indicaram uma compatibilidade de crescimento
com a economia regional, da ordem de 3% ao ano para os principais indicadores
econômicos, porém com maior intensidade dos veículos com reboques e semi-reboque
que, realmente tem crescido, acompanhando a demanda de cargas na rodovia estudada
(DER/PB, 1999).
As correlações indicaram os seguintes valores corrigidos de VMB para os anos de 1999 e
2013:
TIPOSAUTO E
2CSÔNIBUS CAM. 2C
CAM.3C
nSi TOTAL
EXPONENCIAL 2,8% 1,4% 1,6% 2,4% 2,9% 2,5%
LINEAR 3,2% 1,6% 1,8% 2,8% 3,6% 3,0%
TIPOS AUTO ÔNIBUS 2sC 2C 3C nSi vr TOTAL VHM
VEÍCULOS 4103 157 639 641 868 314 17 6739 477
% 65,5 2,5 10,2 10,2 13,8 5,0 0,3 100 7,1
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
230
Tabela 4.9 – Tráfego médio diário corrigido
Pesquisas de Pesagem de Eixos
Segundo o Projeto Final de Engenharia para a Restauração e Duplicação (1999) para
suprir a falta de dados necessários a determinação dos números “N”, tomaram-se os
valores indicados pela “lei da balança”, para as diversas categorias de veículos, e de
acordo com as metodologias preconizadas pela GEIPOT e USACE, cujos valores
indicados para os fatores de veículos seriam os indicados na tabela 4.10.
Tabela 4.10 – Fatores de Veículo com base na Lei da Balança.
Determinação do Número “N”
Com os fatores de veículos indicados, somado as projeções do tráfego, calcularam-se os
“Números de Repetições do Eixo Simples Padrão N”, tanto na metodologia do “USACE”,
conhecida como o método do Engº Murilo Lopes de Souza, quanto pelo método das
deflexões recuperáveis da “AASHTO”, pela expressão:
Em que:
MÉTÓDO ÔNIBUS C. MÉD. (2C) C. PES.(3C) S. REB. (nSi)
AASHTO 2,54 2,54 1,79 4,07
USACE 4,15 4,15 9,65 13,79
ANOAUTO E
2CSÔNIBUS CAM. 2C CAM. 3C nSi TOTAL
1999 3968 314 635 1013 255 3185
2013 5744 385 794 1404 382 8708
( )∑= iianual xFvVmxkxN 365 (4.1)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
231
• k = fator de carregamento para a faixa de projeto (para pistas simples: 0,50
= 50% do tráfego dos dois sentidos alocado na faixa de projeto; para pistas
duplas: 80% do tráfego = 0,40 do tráfego nos dois sentidos);
• Vm = volume médio diário de cada categoria de veículo comercial;
• Fvi = fator de veículo médio de cada categoria de veículo comercial;
O histórico da rodovia indicou o ano de 1987 como o último ano em que foram realizados
serviços no pavimento da pista existente. Por conseguinte, os “N’s” anuais foram
acumulados ano-a-ano desde 1987 até 1998, e de 1998 em diante até 2013, conforme
demonstra a tabela 4.11.
Tabela 4.11 – Projeção do número N de projeto.
REB. E S.REB.2C 3C nSi FVm ANUAL ACUMUL. FVm ANUAL ACUMUL.
1987 2445 254 499 677 147 4022 2,36 5,4E+05 5,4E+05 7,41 1,7E+06 1,7E+061988 2572 259 511 705 156 4203 2,36 5,6E+05 1,1E+06 7,45 1,8E+06 1,8E+061989 2699 264 522 733 165 4383 2,36 5,8E+05 1,7E+06 7,49 1,8E+06 1,8E+061990 2826 269 533 761 174 4563 2,36 6,0E+05 2,3E+06 7,53 1,9E+06 1,9E+061991 2952 274 545 789 183 4743 2,37 6,2E+05 2,9E+06 7,56 2,0E+06 2,0E+061992 3079 279 556 817 192 4923 2,37 6,4E+05 3,5E+06 7,59 2,0E+06 2,0E+061993 3206 284 567 845 201 5103 2,37 6,6E+05 4,2E+06 7,62 2,1E+06 2,1E+061994 3333 289 579 873 210 5284 2,37 6,7E+05 4,9E+06 7,65 2,2E+06 4,3E+061995 3460 294 590 901 219 5464 2,37 6,9E+05 5,6E+06 7,68 2,2E+06 6,5E+061996 3587 299 601 929 228 5644 2,37 7,1E+05 6,3E+06 7,70 2,3E+06 8,8E+061997 3714 304 613 957 237 5825 2,37 7,3E+05 7,0E+06 7,73 2,4E+06 1,1E+071998 3841 309 624 985 246 6005 2,37 7,5E+05 7,8E+06 7,75 2,4E+06 1,4E+071999 3968 314 635 1013 255 6185 2,37 7,7E+05 7,7E+05 7,77 2,5E+06 2,5E+062000 4094 319 646 1040 264 6363 2,37 7,9E+05 1,6E+06 7,79 2,6E+06 5,1E+062001 4221 324 658 1068 274 6545 2,38 8,1E+05 2,4E+06 7,81 2,7E+06 7,7E+062002 4348 329 669 1096 283 6725 2,38 8,2E+05 3,2E+06 7,83 2,7E+06 1,0E+072003 4475 334 680 1124 292 6905 2,38 8,4E+05 4,0E+06 7,85 2,8E+06 1,3E+072004 4602 339 692 1152 301 7086 2,38 8,6E+05 4,9E+06 7,87 2,9E+06 1,6E+072005 4729 344 703 1180 310 7266 2,38 8,8E+05 5,8E+06 7,89 2,9E+06 1,9E+072006 4856 349 714 1208 319 7446 2,38 9,0E+05 6,7E+06 7,90 3,0E+06 2,2E+072007 4983 354 726 1236 328 7627 2,38 9,2E+05 7,6E+06 7,92 3,1E+06 2,5E+072008 5110 359 737 1264 337 7807 2,38 9,4E+05 8,5E+06 7,93 3,1E+06 2,8E+072009 5237 364 748 1292 346 7987 2,38 9,6E+05 9,5E+06 7,95 3,2E+06 3,1E+072010 5363 369 760 1320 355 8167 2,38 9,7E+05 1,0E+07 7,96 3,3E+06 3,5E+072011 5490 374 771 1348 364 8347 2,38 9,9E+05 1,1E+07 7,97 3,3E+06 3,8E+072012 5617 379 782 1376 373 8527 2,38 1,0E+06 1,2E+07 7,99 3,4E+06 4,1E+072013 5744 384 794 1404 382 8708 3,38 1,0E+06 1,3E+07 8,00 3,5E+06 4,5E+07
AASHTO 2,54 2,54 2,54 1,79 4,07CE 4,15 4,15 4,15 9,65 13,79
O fator climático (FR) foi considerado como sendo igual a 1,0.
Nanual = 365x0,5x0,8xFVmx(ônibus+2C+3C+nSi)anual
USACEAASHTOANO AUTOS ÔNIBUS
CAMINHÃOTOTAL
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
232
Na tabela 4.12, consta resumidamente o número de solicitações do eixo padrão para um
período de 15 anos de vida útil conforme os métodos da AASHTO e do USACE.
Tabela 4.12 – Resumo do número de repetições do eixo padrão
Buscando complementar dos dados existentes para esta pesquisa de tese foram
realizadas contagens classificatórias e volumétricas de tráfego na pista duplicada. As
contagens foram realizadas em três dias consecutivos em períodos de 24h.
O local utilizado para a Pesquisa Volumétrica Classificatória do tráfego atual realizou-se
no local do posto histórico (C-117), durante 72 horas, no período compreendido entre os
dias 26, 27 e 28 de agosto (quarta, quinta e sexta-feira), do ano de 2004.
4.5 – Divisão de Segmentos Homogêneos
As condições funcionais e estruturais do pavimento estudado, caracterizado pelo
levantamento dos defeitos de superfície e pelo levantamento das bacias deflectométricas,
respectivamente pode-se definir segmentos homogêneos. Os segmentos cujas
características são semelhantes foram agrupados, utilizando o método denominado
“Método das Diferenças Acumuladas” (Analisys Unit Delineation by Acumulative
Differences) preconizado pela AASHTO (1993).
Este método racionaliza a divisão dos segmentos com características semelhantes,
podendo ser utilizado qualquer parâmetro estrutural como limitante na definição de
segmentos homogêneos.
Nesta pesquisa, para a divisão dos segmentos homogêneos, utilizou-se o programa
HOMOGEN.exe que baseia-se no método anteriormente referido, considerando as
deflexões D0 (no centro da placa de carga do FWD) caracterizando a superestrutura do
MÉTÓDO METODOLOGIASÉRIE
1987-1998
SÉRIE
1999-2008
SÉRIE
2009-2013
PISTA
DUPLA
AASHTO 7,8x106 8,5x106 1,3x107
USACE 1,4x107 2,8x107 4,5x107
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
233
pavimento e D150 (afastada de 1,5m do centro da placa de carga do FWD) caracterizando
a infra-estrutura do pavimento, como parâmetros definidores de segmentos com mesmas
características.
Como existem dois trechos constituídos de pavimento composto do lado esquerdo onde
se desenvolve a maior parte a pista duplicada, sendo um entre as estacas 4699 e 4799, e
outro entre as estacas 5440 e 5535, a divisão de segmentos homogêneos foi feita da
estaca 4000 até 4699 e da estaca 4800 até 5434.
Os segmentos homogêneos definidos segundo o “Método das Diferenças Acumuladas”
constam na tabela 4.13 e na figura 4.18 consta uma ilustração esquemática dos mesmos.
Tabela 4.13 – Segmentos homogêneos
Segmento Estaca Extensão(m)Homogêneo Inicial Final
SH 01 4000 4120 2.400SH 02 4120 4152 640SH 03 4152 4240 1.760SH 04 4240 4344 2.080SH 05 4344 4368 480SH 06 4368 4492 2.480SH 07 4492 4564 1.440SH 08 4564 4648 1.680SH 09 4648 4698 1.000SH 10 4800 4986 3.720SH 11 4986 5034 960SH 12 5034 5098 1.280SH 13 5098 5142 880SH 14 5142 5166 480SH 15 5166 5202 720SH 16 5202 5286 1.680SH 17 5286 5330 880SH 18 5330 5362 640SH 19 5362 5410 960SH 20 5410 5434 480
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
234
Figura 4.18 – Ilustração Esquemática dos Segmentos Homogêneos
Figu
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ção
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
235
4.6 – Retroanálise e Definição dos Parâmetros Representativos
4.6.1 – Retroanálise
Para a retroanálise dos módulos de resiliência foram utilizados os programas EVERCAL
5, ELMOD4 e RETROANA.
Primeiramente, realizou-se a retroanálise pontual para as bacias de deflexões de cada um
dos segmentos homogêneos considerando três camadas (revestimento, base+sub-base e
subleito) para o programa RETROANA, e quatro camadas (revestimento, base, sub-base
e subleito) para os programas EVERCAL5 e ELMOD4.
Em algumas estações de ensaio foram obtidos valores modulares não condizentes com
as características elásticas das camadas do pavimento e subleito, mesmo atribuindo
faixas modulares para estas camadas. Isto pode ter ocorrido devido a não consideração
de uma camada rígida nos segmentos em corte, estações com elevado nível de
trincamento do tipo FC-3 (Jacaré com erosão) e presença de dispositivos de drenagem.
Desta forma, para os pontos em comum, foram eliminados os valores espúrios de
módulos obtidos nos locais que resultaram em elevados erros entre as bacias medidas e
calculadas pelos programas RETROANA, EVERCALC5 e ELMOD4.
Definidos os valores modulares médios por segmento homogêneo, procedeu-se o
diagnóstico da rodovia estudada através do inter-relacionamento entre diversos
parâmetros médios que caracterizam cada um dos segmentos homogêneos. Obteve-se, a
indicação da contribuição de cada camada na deflexão máxima com o auxílio do
programa ELSYM5 com base nos módulos retroanalisados e com o auxílio do FEPAVE2
para os módulos obtidos em laboratório.
Através do diagnóstico dos problemas de cada STH propõem-se algumas soluções de
reforço para a rodovia estudada que serão apresentadas no capítulo V – Apresentação e
Análise dos Resultados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
236
4.6.2 – Definição dos Parâmetros da Bacia Deflectométrica
Foram definidos parâmetros funcionais e estruturais representativos de cada segmento
homogêneo, que caracterizam, cada qual, o seu respectivo segmento homogêneo. Estes
parâmetros foram obtidos com base nos ensaios de campo e laboratório
retromencionados.
Os parâmetros utilizados foram:
• defeitos de superfície levantados e IGG;
• média das bacias deflectométricas obtidas com o FWD;
• deflexões máximas características e raios de curvatura obtidos com a
viga Benkelman;
• parâmetros de avaliação da bacia de deflexão conforme sugerido por
FABRÍCIO ET AL na tabela 4.14, conforme AASHTO na tabela 4.15 e
PIERCE na tabela 4.16, a seguir:
Tabela 4.14 – Parâmetros de Avaliação da Bacia de Deflexões (FABRÍCIO et. al.,1988).
Tabela 4.15 – Parâmetros de Área (AASHTO, 1993).
TIPO DE REVESTIMENTOÁREA
(mm)
PCCP 610 – 840
Concreto Asfáltico, esp. > 10 cm 530 – 760
Concreto Asfáltico, esp. < 10 cm 410 – 530
Tratamento Superficial 380 – 430
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA BACIA
Parâmetro Unid. Símbolo FórmulaValores
Aceitáveis
Índice de Curvatura Superficial mm-2 ICS ICS = D0-D30 ICS < 25 mm-2
Índice de Curvatura da Base mm-2 ICB ICB = D60-D90 Quanto < melhor
Índice de Destruição da Base mm-2 IDB IDB = D30-D60 IDB < 40 mm-2
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
237
Tabela 4.16 – Parâmetros de Área (PIERCE, 1999).
• módulos de resiliência considerando três e quatro camadas, através dos
programas RETROANA, EVERCALC5 E ELMOD4, sendo 3 camadas
apenas para o programa RETROANA.
O parâmetro “’AREA” é um indicativo da rigidez global da estrutura, ou seja, quanto maior
seu valor melhor será a distribuição de cargas na estrutura.
4.6.3 – Proposta de Solução para Restauração do Pavimento
Foi desenvolvida análise do trecho através de dois dos métodos atualmente mais
utilizados para o dimensionamento de reforço de pavimentos. Que são: o DNER PRO-
11/79 – Método B e o DNER PRO-269/94. Também foi proposta uma solução baseada
em estudo paramétrico, indicando o custo por quilômetro das soluções propostas.
ÁREADEFLEXÃO
MÁXIMA (D0)CONCLUSÕES
Baixa Baixa Pavimento “fraco” e Subleito “forte”
Baixa Alta Pavimento “fraco” e Subleito “forte”
Alta Baixa Pavimento “fraco” e Subleito “forte”
Alta Alta Pavimento “fraco” e Subleito “forte”
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
238
CAPÍTULO VAPRESENTAÇÃO E ANLÁLISE DOS RESULTADOS
5.1 – Introdução
Neste capítulo serão apresentados e analisados os resultados dos Ensaios de Campo,
Avaliação Funcional, Avaliação Estrutural Não-Destrutiva através da retroanálise dos
módulos de resiliência e Avaliação Estrutural Destrutiva com base nos resultados dos
Ensaios de Laboratório, e por fim, serão apresentadas sugestões para a reabilitação da
Rodovia BR-230/PB (Lote III).
Como descrito no Capítulo IV a divisão dos segmentos homogêneos foi definida
baseando-se nas deflexões D0 (no centro de aplicação da carga) e D150 (150cm do ponto
de aplicação da carga) e utilizando-se o “Método das Diferenças Acumuladas” (Analisys
Unit Delineation by Acumulative Differences) preconizado pela AASHTO (1986).
5.2 – Ensaios de Campo
Nas figuras 5.1 a 5.5 e 5.6 a 5.14, estão sendo apresentados os resultados do
levantamento de defeitos de superfície e dos levantamentos deflectométricos realizados
com o FWD e a viga Benkelman, para as faixas direita e esquerda, respectivamente. Na
figura 5.15 são mostradas algumas fotos do pavimento por segmento homogêneo.
Salienta-se, que apenas na faixa direita em alguns pontos houve coincidência entre as
estações dos levantamentos de defeitos e de deflexões. Isto porque os levantamentos
deflectométricos foram realizados a cada 40m e os de defeitos a cada 20m, ambos
alternados. Logo, para o levantamento de defeitos a faixa esquerda resultou em estações
pares e a faixa direita em estações ímpares.
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
254
5.2.1 – Levantamentos Deflectométricos com o Falling Weight Deflectometer
Na figura 5.16, é apresentado o perfil de deflexões máximas obtidas com o FWD para as
faixas direita e esquerda, onde se percebe que o nível deflectométrico da faixa esquerda,
no geral, é significativamente superior ao da faixa direita. Isto se deve, ao maior número
de veículos pesados circulantes nesta faixa.
Entre as estacas 4699 e 4799 a estrutura é constituída de pavimento composto, por este
motivo o perfil de deflexões máximas apresenta um espaço entre estas estacas.
Figura 5.16 – Perfil de deflexões máximas nas faixas direita e esquerda – FWD
O trecho analisado apresentou uma deflexão máxima média de 49x10-2 mm, mínima de
22x102 mm e máxima de 93 x10-2 mm para a faixa direita. Já a faixa esquerda apresentou
média de 58x10-2 mm, mínima de 23x102 mm e máxima de 121 x10-2 mm.
Nas tabelas 5.1 e 5.2, são apresentadas por segmento homogêneo o tratamento
estatístico realizado com as bacias deflectométricas levantadas com o FWD nas faixas
direita e esquerda, respectivamente.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
255
Tabela 5.1 – Resumo estatístico das bacias deflectométricas – Faixa DireitaTa
bela
5.1
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
256
Tabela 5.2 – Resumo estatístico das bacias deflectométricas – Faixa EsquerdaTa
bela
5.2
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
257
Tabela 5.3 – Parâmetros da bacia deflectométrica – Faixa Direita
Com base nas bacias médias por segmento homogêneo, pode-se avaliar através dos
parâmetros: ICS, IDB, ICB e ÁREA, o comportamento da superestrutura
(revestimento+base+sub-base) e da infra-estrutura (subleito) da rodovia.
Todos os segmentos apresentam valores menores do que a faixa típica da AASHTO
(1993) de 530mm a 760mm, para pavimentos com espessura de concreto asfáltico maior
que 10 cm, sendo o menor valor o do SH-1 (375mm) e o de maior o SH-20 (489mm) (ver
tabela 5.3). Se analisarmos segundo o critério apresentado na tabela 4.16 (Capítulo IV),
como as deflexões máximas médias estão relativamente baixas e o parâmetro “ÁREA”
esta baixo, conclui-se que o pavimento encontra-se pouco resistente em relação ao
subleito.
Para os parâmetros ICS, IDB e ICB todos atendem aos critérios de avaliação indicada na
tabela 4.14. No entanto, como será visto nos itens seguintes as camadas de base e sub-
base apresentam-se comprometidas estruturalmente.
INICIAL FINAL (m) (Kn) (OC) (OC)1 4000 4120 2400 40 45 31 23 13 9 4 2 34 26 22 14 5 3752 4120 4152 640 40 51 36 27 16 11 5 3 34 26 23 16 6 3963 4152 4240 1760 40 48 35 27 15 10 4 2 47 35 22 17 6 3924 4240 4344 2080 40 56 40 31 18 12 5 2 48 38 25 18 7 3955 4344 4368 480 40 56 42 33 20 14 6 2 48 39 23 19 8 4166 4368 4492 2480 40 57 42 34 21 14 6 2 48 38 23 19 8 4207 4492 4564 1440 40 56 40 31 18 12 4 2 50 38 25 19 7 3918 4564 4648 1680 40 57 43 33 20 13 5 2 47 35 24 20 8 4079 4648 4698 1000 40 42 33 27 18 13 6 3 36 29 15 14 7 45610 4800 4986 3720 40 49 36 27 16 11 4 2 40 32 22 17 6 39611 4986 5034 960 40 47 36 29 19 13 6 3 34 27 18 16 7 43712 5034 5098 1280 40 46 36 29 19 14 6 2 34 26 17 15 7 44513 5098 5142 880 40 50 37 29 19 13 6 2 32 26 20 16 7 42514 5142 5166 480 40 49 38 31 21 15 7 3 32 27 18 16 8 45315 5166 5202 720 40 41 32 25 17 12 6 3 38 27 15 13 6 44916 5202 5286 1680 40 48 37 30 20 14 7 3 34 27 18 16 8 44817 5286 5330 880 40 47 36 29 19 14 6 2 34 26 18 15 8 43918 5330 5362 640 40 44 33 26 17 12 6 3 36 26 18 14 6 43219 5362 5410 960 40 46 37 30 20 15 6 2 30 26 16 15 8 46320 5410 5434 480 40 40 33 27 19 15 7 3 32 26 13 13 7 489
SEGMENTO HOMOGÊNEO BACIAS DEFLECTOMÉTRICASPARÂMETROS DA BACIA DEFLECTOMÉTRICA
Nº r=45
TEMP.DISTÂNCIAS RADIAIS (cm) AREXTENSÃOESTACA CARGA SUP.
r=60 r=90 r=150r=0 r=20 r=30
PARÂMETROS
ICSD0-D30
IDBD30-D60
ICBD60-D90
ÁREA(mm)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
258
Tabela 5.4– Parâmetros da bacia deflectométrica – Faixa Esquerda
Para a faixa esquerda no que concerne ao parâmetro “ÁREA”, os segmentos com menor
e maior valor foram os mesmos da faixa direita SH - 1 e SH - 20 com 380mm 476mm,
respectivamente. Apresentaram também, valores menores do que a faixa típica da
AASHTO (1993) (ver tabela 4.15 – Capítulo IV). Quanto ao critério da tabela 4.16
(Capítulo IV), destaca-se o SH-19 com deflexão máxima alta e área baixa, indicando que
tanto o pavimento quanto o subleito encontram-se pouco resistentes. Para os demais
segmentos, idem as considerações feitas para faixa direita.
Para os parâmetros ICS os segmentos homogêneos 7, 8, 11, 13, 14, 16 e 19,
apresentaram valores maiores do que os aceitáveis. Já os parâmetros IDB e ICB
atenderam aos critérios de avaliação da tabela 4.14. Porém, será visto nos itens seguintes
que as camadas de base e sub-base da faixa direita também se apresentam
comprometidas estruturalmente.
5.2.2 – Levantamento Deflectométrico com a Viga Benkelman
As deflexões medidas com a viga Benkelman resultaram, em alguns pontos, em valores
acima de 140x10-2 mm, chegando a 176x10-2 mm medido na estaca 4516, o que pode ser
observado na figura 5.17.
INICIAL FINAL (m) (Kn) (OC) (OC)1 4000 4120 2400 40 46 33 25 14 9 4 2 50 36 22 15 5 3802 4120 4152 640 40 55 40 30 17 11 5 3 51 34 25 19 6 3843 4152 4240 1760 40 48 35 27 15 10 4 2 47 35 21 17 6 3934 4240 4344 2080 40 56 41 31 17 11 4 2 44 34 25 20 7 3875 4344 4368 480 40 54 41 33 21 14 6 2 41 33 21 19 8 4296 4368 4492 2480 40 61 47 37 22 15 6 2 43 32 24 22 9 4217 4492 4564 1440 39 62 46 35 21 14 5 2 38 31 27 22 8 3998 4564 4648 1680 40 63 47 35 19 13 5 2 38 31 29 22 8 3859 4648 4698 1000 40 43 30 23 13 9 4 2 40 30 20 14 5 38410 4800 4986 3720 40 49 36 28 16 11 4 2 40 32 22 17 6 39511 4986 5034 960 40 69 53 40 23 15 6 2 38 31 29 25 9 40212 5034 5098 1280 40 59 44 34 21 14 6 2 37 30 25 20 8 40913 5098 5142 880 40 67 51 40 24 16 6 2 37 30 27 24 10 41414 5142 5166 480 40 79 59 44 24 15 6 3 37 30 35 29 9 38615 5166 5202 720 40 57 44 34 21 14 6 3 37 30 23 20 8 42216 5202 5286 1680 40 69 52 39 22 15 6 3 37 30 30 25 9 39617 5286 5330 880 40 52 40 32 20 14 6 2 38 30 20 18 8 43318 5330 5362 640 40 61 47 36 22 16 7 3 37 30 25 20 9 42319 5362 5410 960 40 80 62 47 28 18 8 3 37 29 33 29 11 41020 5410 5434 480 39 58 47 39 26 19 9 3 36 28 19 19 10 476
SEGMENTO HOMOGÊNEO BACIAS DEFLECTOMÉTRICASPARÂMETROS DA BACIA DEFLECTOMÉTRICA
Nº r=45
TEMP.DISTÂNCIAS RADIAIS (cm) AREXTENSÃOESTACA CARGA SUP.
r=60 r=90 r=150r=0 r=20 r=30
PARÂMETROS
ICSD0-D30
IDBD30-D60
ICBD60-D90
ÁREA(mm)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
259
Figura 5.17 – Perfil de deflexões máximas nas faixas direita e esquerda – Viga
Benkelman
Com a finalidade de obter as deflexões características máximas de cada segmento
homogêneo, aplicou-se o tratamento estatístico preconizado no método DNER PRO-
11/79. Nas tabelas 5.5 e 5.6 são apresentados os resumos estatísticos das deflexões
máximas e o raio médio.
Os segmentos homogêneos da faixa direita que apresentaram as maiores deflexões
máximas médias e características foram SH 6 (77x10-2 mm) e SH-17 (97 x10-2 mm),
respectivamente. Já para a faixa esquerda, o SH-14 apresentou deflexão máxima média
de 130x10-2 mm e característica 162x10-2.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
260
Tabela 5.5 – Resumo Estatístico da Deflexão Máxima com a Viga Benkelman e Raio
Médio – Faixa Direita
Tabela 5.6 – Resumo Estatístico da Deflexão Máxima com a Viga Benkelman e Raio
Médio – Faixa Esquerda
RAIO MÉDIOEXTENSÃO DMÉDIA
INICIAL FINAL (m) (10-2 mm)1 4000 4120 2400 30 71 13,7 3,0 112,12 30,02 85 40 100 19 1012 4120 4152 640 8 87 13,1 2,5 119,84 54,16 100 64 112 15 653 4152 4240 1760 21 71 15,3 3,0 116,57 24,76 86 48 100 22 1044 4240 4344 2080 26 76 20,6 3,0 137,55 14,14 96 52 108 27 1485 4344 4368 480 6 81 19,8 2,0 120,32 41,01 100 68 120 25 986 4368 4492 2480 31 84 20,4 3,0 145,64 23,13 105 40 128 24 847 4492 4564 1440 17 83 13,1 2,5 115,76 50,36 96 60 100 16 1178 4564 4648 1680 21 112 18,4 3,0 167,62 57,14 131 60 128 16 739 4648 4698 1000 13 69 11,0 2,5 96,36 41,49 80 56 88 16 143
10 4800 4986 3720 44 75 19,6 3,0 133,87 16,31 95 48 120 26 10211 4986 5034 960 12 93 17,3 2,5 136,68 49,99 111 68 120 19 6912 5034 5098 1280 16 99 17,1 2,5 141,45 56,05 116 80 140 17 8813 5098 5142 880 11 101 19,0 2,5 148,65 53,53 120 64 128 19 7714 5142 5166 480 6 130 31,6 2,5 208,93 51,07 162 88 168 24 4115 5166 5202 720 9 92 20,5 2,5 142,90 0,00 112 60 120 22 7116 5202 5286 1680 21 114 26,6 3,0 194,02 34,17 141 80 160 23 5417 5286 5330 880 11 91 30,2 2,5 165,95 0,00 121 60 160 33 7518 5330 5362 640 8 89 14,5 2,5 125,15 52,85 103 76 120 16 8719 5362 5410 960 12 112 24,4 2,5 173,30 51,36 137 64 148 22 8220 5410 5434 480 7 90 14,8 2,5 127,19 53,38 105 68 112 16 60
DEFLEXÕES CARACTERÍSTICAS E RAIO MÉDIO - FAIXA ESQUERDA
Nº n σ z DM + zσ CV
DEFLEXÕES CARACTERÍSTICAS
DC
Dc - Deflexão Característica
SEGMENTO HOMOGÊNEOESTACA DM - zσ DMÍNIMA DMÁXIMA
CV - Coeficiente de Variação
LEGENDA:
n - Número de amostras DMÉDIA - Deflexão Máxima Média Z - Coeficiente de Confiança, estimado em função do número de medição do parãmetro (n)
RM
RAIO MÉDIOEXTENSÃO DMÉDIA
INICIAL FINAL (m) (10-2 mm)1 4000 4120 2400 30 57 11,9 3,0 92,65 20,95 69 40 84 21 1712 4120 4152 640 8 57 5,8 2,5 71,08 41,92 62 48 68 10 1563 4152 4240 1760 22 65 15,5 3,0 111,37 18,08 80 40 100 24 1304 4240 4344 2080 26 73 16,4 3,0 121,76 23,47 89 40 108 23 1115 4344 4368 480 6 70 11,5 2,0 93,05 46,95 82 60 88 16 1306 4368 4492 2480 30 77 9,9 3,0 107,06 47,47 87 56 100 13 1047 4492 4564 1440 18 66 14,3 2,5 102,07 30,38 81 40 88 22 1338 4564 4648 1680 21 63 10,1 3,0 92,87 32,47 73 48 80 16 1409 4648 4698 1000 13 66 11,6 2,5 95,48 37,44 78 48 84 17 109
10 4800 4986 3720 45 51 11,8 3,0 86,30 15,74 63 28 84 23 19811 4986 5034 960 12 63 12,9 2,5 94,95 30,38 76 40 88 21 14312 5034 5098 1280 16 59 6,3 2,5 74,55 42,95 65 48 68 11 17613 5098 5142 880 11 71 10,7 2,5 97,78 44,04 82 56 88 15 14314 5142 5166 480 6 69 9,0 2,5 91,84 46,82 78 60 84 13 8715 5166 5202 720 9 62 11,0 2,5 89,21 0,00 73 48 76 18 15316 5202 5286 1680 21 73 13,3 3,0 112,42 32,72 86 48 100 18 13517 5286 5330 880 11 74 22,7 2,5 130,63 0,00 97 40 120 31 11718 5330 5362 640 8 54 8,0 2,5 73,46 33,54 61 48 72 15 19519 5362 5410 960 12 67 11,0 2,5 94,91 39,75 78 52 84 16 10520 5410 5434 480 6 56 9,5 2,5 79,66 32,34 65 40 68 17 130
DMÁXIMA
Dc - Deflexão Característica CV - Coeficiente de Variação
LEGENDA:
n - Número de amostras DMÉDIA - Deflexão Máxima Média
ESTACA
Z - Coeficiente de Confiança, estimado em função do número de medição do parãmetro (n)
DM - zσ DC DMÍNIMA
DEFLEXÕES CARACTERÍSTICAS E RAIO MÉDIO - FAIXA DIREITA
Nº n σ z DM + zσ CV RM
DEFLEXÕES CARACTERÍSTICASSEGMENTO HOMOGÊNEO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
261
Na figura 5.18, constam as retas referentes às deflexões admissíveis segundo os modelos
utilizados para o dimensionamento do reforço de pavimentos, o DNER PRO-11/79
(Método B) e o DNER PRO-269/94 (TECNAPAV), e também, as deflexões medidas, onde
observa-se que as deflexões medidas com a viga Benkelman, deflexão base dos referidos
modelos, apresentam-se na grande maioria bem maiores do que as admissíveis para o
número “N” de projeto de 4,5x107 solicitações do eixo-padrão.
Figura 5.18 – Deflexões da Viga Benkelman em campo dos trechos analisados e
admissíveis pelo PRO11 e PRO269.
É importante salientar que, nos métodos de dimensionamento de reforço citados a
deflexão a ser comparada com a admissível é a deflexão característica (deflexão média +
desvio padrão) o que resultaria em diferenças ainda maiores em relação as deflexões
admissíveis.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
262
5.2.3 – Comparação entre a viga Benkleman e o FWD
Na figura 5.19 constam todas as deflexões obtidas em ambas as faixas com a viga
Benkelman e o FWD.
Figura 5.19 – Perfil de deflexões máximas das faixas direita e esquerda obtidas com a
viga Benkelman e o FWD
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
263
Verifica-se nas figuras 5.20 e 5.21 uma maior quantidade de pontos acima da reta de
igualdade indicando deflexões maiores obtidas com a viga Benkelman em relação ao
FWD para as faixas direita e esquerda. A faixa esquerda tem um maior número de pontos
acima da reta de igualdade e maior dispersão dos valores medidos de deflexões, o que
pode ser atribuído à maior quantidade de defeitos nesta faixa, o que se reflete em uma
maior heterogeneidade de deflexões medidas.
Como já se sabe, no meio rodoviário nacional não existe unicidade nas correlações entre
deflexões medidas por diferentes equipamentos de ensaios não destrutivos, e
especificamente, entre o FWD e a viga Benkelman, pois as metodologias empregadas
são diferentes e tais correlações são significativamente dependentes das estruturas
ensaiadas, das condições climáticas e do modo de carregamento.
Figura 5.20 – Reta de igualdade de deflexões e correlação entre as deflexões máximas
obtidas por ponto com viga Benkelman e o FWD – Faixa Direita.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
264
Figura 5.21 – Reta de igualdade de deflexões e correlação entre as deflexões máximas
obtidas por ponto com viga Benkelman e o FWD – Faixa Esquerda.
As deflexões medidas com a viga Benkelman resultaram em valores de deflexões
máximas bem maiores do que as obtidas com o FWD. A explicação deste fato se deve
segundo os autores HOFFMAN e THOMPSON (1982) à mobilização de efeitos visco-
elásticos que predominam durante o ensaio com a viga Benkelman, em função da baixa
velocidade do “caminhão de prova” durante a realização do ensaio, o que resulta em
módulos de resiliência retroanalisados menores do que aqueles mobilizados pelo ensaio
com o FWD para o mesmo nível de carga.
O histograma de deflexões máximas da figura 5.22 indica deflexões obtidas com o FWD
para a faixa direita, com uma freqüência de 21% em torno de 40x10–2 mm, 64,9% em
torno de 60x10-2 mm e 13,2 % em torno de 80x10-2 mm. Para a faixa esquerda 13% das
deflexões estão em torno de 40x10-2 mm, 46,2% em torno de 60 x10-2 mm, 31,7% em
torno de 80x10-2 mm e 7,6% em torno de 100x10-2 mm. Já para as deflexões medidas
com a viga Benkelman a faixa direita apresentou uma freqüência de 7,5% em torno de
40x10-2 mm, 40,2% em torno de 60x10-2 mm, 41,14% em torno de 80x10-2 mm e 9,9% em
torno de 100x10-2 mm. No entanto, a faixa esquerda apresentou das deflexões medidas
uma freqüência de 15,4% em torno de 60x10-2 mm, 34,1% em torno de 80x10-2 mm,
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
265
27,8% em torno de 100x10-2 mm, 14,8% em torno de 120x10-2 mm e 6,9% acima de
120x10-2 mm.
Figura 5.22 – Histograma de deflexões máximas para ambas as faixas de tráfego
5.3 – Avaliação Funcional
A seguir serão apresentados os resultados da avaliação funcional através da identificação
dos defeitos das mais distintas manifestações de degradação ocorrentes na superfície
dos trechos estudados nesta pesquisa.
5.3.1 – Levantamento dos Defeitos de Superfície
O pavimento não apresenta deformações plásticas significativas com afundamento médio
em trilha de roda de 2,75 mm para o SH-19 (faixa esquerda) o de maior IGG.
O pavimento apresenta segmentos homogêneos com defeitos localizados,
especificamente nas trilhas de roda interna e na externa onde se observa maior
21,0
64,9
13,2
0,9
13,0
46,2
31,7
7,6
1,2
7,5
40,2
41,1
9,9
1,2
0,9
15,4
34,1
27,8
14,8
4,5
1,8
0,6
048
121620242832364044485256606468727680
40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00 180,00
Freq
üênc
ia (%
)
Deflexões Máximas (10-2mm)
HISTOGRAMA DE DEFLEXÕES MÁXIMASFWD-FD FWD-FE Viga-FD Viga-FE
DeflexõesAdmissíveis
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
266
deterioração. Os defeitos predominantes são do padrão couro de jacaré (classes 2 e 3) e
bombeamento de finos, com níveis de severidade variando de baixo a médio em ambas
as faixas de tráfego (ver figura 5.23).
Segundo BALBO (1997), o bombeamento de finos são manchas superficiais coloridas nas
bordas de fissuras (geralmente de classe 2 ou 3). Sua possível gênese é a infiltração de
água em revestimentos muito fissurados resultando no bombeamento de finos de
camadas de solos inferiores para as bases e superfície dos revestimentos através das
fissuras presentes. Trata-se de um indicador de problemas de baixa capacidade de
suporte de bases existentes. Já DOMINGUES (1993) ressalta que o trincamento couro de
jacaré tem sua gênese ligada às seguintes causas:
• colapso do revestimento asfáltico devido à repetida ação das cargas do
tráfego;
• sub-dimensionamento ou má qualidade da estrutura ou de uma das
camadas do pavimento;
• envelhecimento (fim da vida do pavimento);
• asfalto duro e quebradiço (extraordinariamente).
• solo com baixa capacidade de suporte;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
267
Figura 5.23 – Trincamento e Bombeamento de finos nas trilhas de roda – Faixa Esquerda
estaca 4965.
Quanto ao bombeamento de finos sua provável gênese está relacionada com a existência
de vazios sob a superfície do pavimento, submetidos à alta pressão de água devido a
passagem dos veículos, resultando na deterioração progressiva e perda de suporte do
pavimento (DNER, 1998).
A norma DNIT 006/2003 – PRO apresenta aumento de intervalos de IGG em relação à
antiga DNER PRO-08 conforme mostrado na tabela 5.7. No entanto, podemos destacar
como limitações:
• o agrupamento de defeitos de diferentes gêneses em mesma classificação;
• sua diminuta influência nos métodos de dimensionamento.
Portanto, o método apenas indica a presença ou não de determinado defeito, sem que
sejam quantificadas a área do defeito e sua severidade.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
268
Tabela 5.7 – Tabelas de conceitos de IGG
Na tabelas 5.8 podemos observar a distribuição e os tipos de defeitos por segmento
homogêneos para a faixa direita.
Conceitos Limites
Ótimo 0<IGG<20
Bom 20<IGG<40
Regular 40<IGG<80
Ruim 80<IGG<160
Péssimo IGG> 160
Conceitos Limites
Bom 0 a 20
Regular 20 a 80
Mau 80 a 150
Péssimo > 150
DNIT 006/2003 - PRO
DNER PRO-08/94
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
269
Tabela 5.8 – Resumo do Levantamento dos defeitos de superfície – Faixa Direita
A faixa direita apresenta trincamentos de classe 1 (fissuras) e um conceito “ótimo” para a
grande maioria dos segmentos homogêneos, tendo o SH-17 o menor IGG (4) e o SH-4 o
maior IGG (23).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
270
Na faixa direita os segmentos com menor e maior IGG são os segmentos SH-7 e SH-4,
respectivamente. No segmento SH-7 com melhores condições superficiais, o trincamento
FC-1 apresenta um percentual de 99% e flecha com 1% apenas dos defeitos de
superfície. Já o segmento SH-4, apresenta defeitos do tipo FC-1 com 59% e FC-2 com
39%.
Como pôde ser visto pelos valores obtidos de IGG a faixa direita resultou em conceitos
“Bons” e “Ótimos”, refletindo de certa forma boas condições de segurança e conforto. As
boas condições superficiais se devem ao nível e a freqüência do tráfego solicitante ser
composto em sua maioria por veículos de passeio, já que os veículos mais pesados,
reboque e semi-reboque, trafegam mais pela faixa esquerda, o que acelera,
conseqüentemente o processo de deterioração da mesma. Entretanto, vale a ressalva de
que muito dos defeitos ocorrentes se encontram fora das estações de ensaio e que nesta
pesquisa a representatividade amostral considerada foi de apenas 15%/km, o que é
solicitado a norma.
Na figura 5.24 é apresentada a relação entre a deflexão máxima (FWD) com o índice de
degradação IGG, onde se observa uma pequena tendência do aumento defeitos (IGG)
com o aumento da deflexão máxima (D0).
Figura 5.24– Relação entre o IGG e a deflexão máxima obtida com o FWD pára o trecho
estudado nesta pesquisa.
FAIXA DIREITA
0
10
20
30
40
50
60
0 5 10 15 20 25
IGG
DE
FL
EX
ÕE
S M
ÁX
IMA
S F
WD
(10-
2mm
)
FAIXA ESQUERDA
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
IGG
DE
FLE
XÕ
ES
MÁ
XIM
AS
FW
D(1
0-2m
m)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
271
Na figura 5.25 são mostrados alguns dos principais defeitos incidentes na superfície do
pavimento na faixa direita.
Figura 5.25 – Fotos de alguns dos defeitos de superfície na faixa direita do trecho
estudado nesta pesquisa.
Estaca 4308 (seção em aterro – LD)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Baixo acompanhado de
Bombeamento de Finos
Estaca 4332 (seção em aterro – LD)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Baixo acompanhado de
Bombeamento de Finos
Estaca 4380 (seção em aterro – LD)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Baixo acompanhado de
Bombeamento de Finos
Estaca 5404 (seção em aterro – LD)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Baixo acompanhado de
Bombeamento de Finos
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
272
Tabela 5.9 – Resumo do Levantamento dos defeitos de superfície – Faixa Esquerda
Na faixa esquerda os segmentos com menor e maior IGG são os segmentos SH-3 e SH-
19, respectivamente. No segmento SH-3 apresentando melhores condições de superfície,
o trincamento FC-1 apresenta um percentual de 82%, FC-2 com 43%, FC-3 com 11% e
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
273
flecha com apenas 2% dos defeitos de superfície. Já o segmento 19 apresenta o defeito
do tipo FC-3 com 89%, FC-1 com 4%, FC-2 com 4% e flecha com 3%.
Nas figuras 5.26 e 5.27 apresentam-se alguns dos principais defeitos incidentes na faixa
esquerda, onde a maior concentração dos defeitos encontra-se nas trilhas de roda interna
e externa.
Figura 5.26 – Fotos de defeitos de superfície na faixa esquerda estacas 4129, 4179, 4310
e 5381do trecho estudado nesta pesquisa.
Estaca 4129 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga com Nível de Severidade
Médio acompanhado de Bombeamento de Finos
Estaca 4179 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga Nível de Severidade
Baixo acompanhado de Bombeamento de
Finos
Estaca 4310 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga com Nível de Severidade
Baixo acompanhado de Bombeamento de Finos
Afundamento de Trilha de Roda com Nível de
Severidade Baixo
Estaca 5381 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Médio acompanhado de
Bombeamento de Finos e Afundamento de
Trilha de Roda com Nível de Severidade Baixo
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
274
Figura 5.27 – Fotos de defeitos de superfície na faixa esquerda estacas 5041, 5155, 5405
e 5410 do trecho estudado pela pesquisa.
O pavimento sob o ponto de vista do usuário apresenta-se, em geral, com boas condições
de rolamento e conforto. Entretanto, sob o ponto de vista “clínico” de um profissional de
pavimentos os defeitos levantados revelaram um comprometimento estrutural com
tendência, obviamente, da rápida progressão dos defeitos aumentando a área afetada e
severidade, até o ponto da desagregação total das bordas das trincas e, posteriormente
ocorrência de arrancamento das placas e formação de panelas.
Estaca 5041 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga Nível de Severidade
Médio acompanhado de Bombeamento de
Finos
Estaca 5155 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga com Nível de
Severidade Médio acompanhado de
Bombeamento de Finos e Afundamento de
Trilha de Roda com Nível de Severidade Baixo
Estaca 5410 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga Nível de Severidade
Médio acompanhado de Bombeamento de
Finos
Estaca 5405 (seção em aterro – LE)
Trincamento por Fadiga Nível de Severidade
Médio acompanhado de Bombeamento de
Finos
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
275
Através da avaliação estrutural não-destrutiva e destrutiva a partir de módulos
retroanalisados e de módulos obtidos em laboratório será possível verificar quais as
camadas críticas que estão contribuindo com maior percentual na deflexão total na
superfície do pavimento.
5.4 – Avaliação Estrutural Não-Destrutiva Através de Retroanálise
A avaliação estrutural não-destrutiva foi realizada baseando-se no processo de
retroanálise dos módulos de resiliência das camadas do sistema pavimento-subleito. Os
módulos assim obtidos refletem o estado de tensão em que se encontra a estrutura
permitindo assim avaliar estruturalmente as camadas constituintes do pavimento e
diagnosticar o desempenho apresentado.
Em SUASSUANA (2003), é apresentado um trabalho objetivando comparar os resultados
obtidos por cinco diferentes programas (RETROANA, REPAV, REPAV V2, RETRAN 2CL
e RETRAN 5CL ) utilizados para a retroanálise dos módulos de resiliência, e a influência
da utilização dos valores de módulos resultantes de cada um, no dimensionamento da
camada de reforço. O autor constatou que o resultado da retroanálise é bastante
influenciado pelo programa utilizado, pelo fato de cada um utilizar diferentes
metodologias, o que também acaba por refletir no dimensionamento da camada de
reforço.
WILLIAM (1999) comparou os seguintes programas: MODCOMP 3, MODULUS 5,
EVERCALC4 E ELMOD 4, para estrutura de pavimentos flexíveis, rígidos e compostos
(concreto asfáltico sobre placa de concreto), constatando diferenças bastante
significativas resultantes de cada um dos programas utilizados.
Nesta pesquisa, foram utilizados os programas RETROANA, EVERCAL5 e ELMOD4, e
os resultado obtidos por cada um, são inerentes ao tipo de metodologia adotada pelos
mesmos, não cabendo nesta pesquisa compará-los e discuti-los totalmente. Porém, cabe
ao projetista bom senso e discernimento na escolha do conjunto de módulos que melhor
represente os materiais ensaiados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
276
Primeiramente fez-se uma análise considerando a estrutura com três camadas
(revestimento, base+sub-base e subleito) pelo programa RETROANA. Em seguida, foram
utilizados os programas EVERCALC5 e ELMOD4 considerando a estrutura com quatro
camadas (revestimento, base, sub-base e subleito), com objetivo de verificar os módulos
das camadas de base e sub-base separadamente. E por fim, foram recalculadas as
bacias deflectométrica através do programa ELSYM5 para os módulos retroanalisados
considerando estruturas com 3 e 4 camadas com intuito de verificar o ajuste entre as
bacias medidas e calculada.
5.4.1 – Análise pelo Programa RETROANA
Para a retroanálise com o programa RETROANA utilizou-se a estrutura da figura 5.28
para todos os segmentos homogêneos e as faixas de módulos conforme tabela 5.10.
Figura 5.28 – Estrutura considerada na retroanálise com o Retroana
Tabela 5.10 – Faixa de módulos de resiliência a ser adotado pelo programa. RETROANA
A justificativa para a utilização destas faixas de módulos se deve a tentativa de buscar
módulos compatíveis com as características elásticas dos materiais constituintes da
CAMADA
MR(kgf/cm2)
MÍNIMO MÁXIMORevestimento 10.000 70.000
Camada Granular 300 5.500
Subleito 300 5.500
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
277
estrutura. Para o revestimento, sabe-se que o mesmo apresenta módulos bastante baixos
quando muito trincado e bastante altos com a exposição às intempéries que provocam o
enrijecimento do revestimento betuminoso por oxidação e perda gradativa das frações
voláteis do ligante. Já para as camadas de base+sub-base granulares utilizou-se a faixa
indicada por cobrir o intervalo de módulo que estes tipos de materiais apresentam “in
situ”. E por fim, para o subleito a mesma faixa do material granular por também cobrir os
valores de módulos dos subleitos existentes nas rodovias nacionais.
Utilizando-se as bacias deflectométricas do FWD, foram obtidos os módulos de resiliência
das camadas do pavimento através do programa RETROANA. Nas figuras 5.29 e 5.30,
estão apresentados os módulos de resiliência obtidos pontualmente para a faixa direita e
nas figuras 5.31 e 5.32 os módulos de resiliência da faixa esquerda, onde eixo das
ordenadas está em escala logarítmica.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
278
Figura 5.29 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa
Direita (a) estaca 4000 a 4346; (b) da 4354 a 4698;
)
Figu
ra 5
.29
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a R
ETR
OA
NA
–Fa
ixa
Dire
ita (a
) est
aca
4000
a
4346
; (b)
da
4354
a 4
698;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
279
Figura 5.30– Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa
Direita (a) estaca 4804 a 5176 (b) 5180 a 5432;
)
Figu
ra 5
.30–
Mód
ulos
de
resi
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ia o
btid
os a
par
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o pr
ogra
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A –
Faix
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a 48
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517
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) 518
0 a
5432
;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
280
Figura 5.31 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa
Esquerda (a) estaca 4000 a 4348 (b) 4356 a 4696;
Faixa Esquerda (estaca 4000 a 4696)
Figu
ra 5
.31
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a R
ETR
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Esq
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) est
aca
4000
a 4
348
(b) 4
356
a 46
96;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
281
Figura 5.32 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa RETROANA – Faixa
Esquerda (a) estaca 4806 a 5186 (b) estaca 5190 a 5434;
Figu
ra 5
.32
–M
ódul
os d
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siliê
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obt
idos
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artir
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prog
ram
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) est
aca
4806
a 5
186
(b) e
stac
a 51
90 a
543
4;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
282
Observa-se nas figuras 5.29 a 5.32 que os módulos retroanalisados não apresentam
valores decrescentes com a profundidade, este fato já vem sendo observado em
estruturas típicas de pavimento nacionais, ao contrário do que ocorre em estruturas de
pavimentos americanos onde o subleito apresenta características expansivas e módulos
menores do que os das camadas de base e sub-base. Segundo MEDINA (1997) cerca de
60% de todo o território americano está submetido a invernos rigorosos com penetração
do congelamento em profundidades, até o subleito, seguido de degelo primaveril que
empapa, literalmente, o pavimento.
Já no Brasil, região tropical, os módulos do subleito com características argilosas
geralmente são superiores aos da camada granular. Segundo MOTTA e MAHLER (1982),
os materiais granulares, que geralmente compõem a camada de base dos pavimentos
flexíveis, quando sob um revestimento pouco flexível, estão sujeitos a baixos níveis de
pressão confinante (σ3) que correspondem a baixos valores de módulos resilientes, o que
provoca grandes deformações nestas camadas. Isto ocorre tanto em profundidade quanto
radialmente, ou seja, quanto mais afastado das cargas menores as tensões atuantes,
menores os módulos. Já os materiais argilosos, em geral constituintes dos subleitos, tem
suas características resilientes variando com a tensão-desvio (σd) atuante, ou seja, para
tensões-desvio baixas os módulos são elevados decrescendo à medida que σd, cresce,
primeiro rapidamente e depois mais lentamente. Como resultado deste comportamento
diferenciado, um material argiloso que se encontra no subleito e, portanto está solicitado
por uma tensão vertical menor, pode apresentar módulos muito superiores aos da base.
Na figuras 5.33, apresenta-se o histograma dos módulos retroanalisados do revestimento,
onde as seguintes considerações se fazem pertinentes: a faixa direita apresentou apenas
12,0% de módulos menores do que 30.000 kgf/cm2 o que pode ser atribuído a pequena
incidência de defeitos encontrados nesta faixa. Apresentou 39,3% de valores modulares
em torno 30.000 kgf/cm2, valor normalmente utilizado como referência para este tipo de
mistura asfáltica. No entanto, quase a metade, ou seja, 48,9% apresentaram valores
modulares superiores ao valor de referência, sendo 26,1% com valores modulares
maiores ou iguais a 50.000 kgf/cm2 indicando uma oxidação da mistura asfáltica e
tendência a ficar mais dura e quebradiça. Já a faixa esquerda apresentou 21,8 % de
valores modulares menores do que 30.000 kgf/cm2, devido a maior incidência de defeitos
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
283
levantadas nesta faixa. Apresentou 48,6% de valores em torno de 30.000 kgf/cm2 e
apenas 9,7% de valores superiores ou iguais a 50.000kgf/cm2, devido a maior presença
de defeitos de classe 3 o que conseqüentemente reflete em uma perda de rigidez da
camada.
Figura 5.33 – Histograma dos módulos de resiliência do revestimento para ambas as
faixas de tráfego do trecho analisado neste estudo.
Na figura 5.34 apresenta-se o histograma dos módulos retroanalisados da camada
granular composta de base+sub-base, para a faixa direita onde 57,3% dos valores
modulares estão menores ou iguais a 1.000 kgf/cm2, dos quais 11,7% estão em torno de
600 kgf/cm2 e 20,1% em torno de 800 kgf/cm2. Apresenta ainda, 42,6% de módulos
maiores ou iguais a 2.000 kgf/cm2. Em contra partida, a faixa esquerda contempla 75,6%
dos módulos menores ou iguais a 1.000 kgf/cm2, dos quais 28,4 % estão em torno de 600
kgf/cm2, 24,5 em torno de 800 kgf/cm2 e apenas 24,5% apresentaram módulos maiores
ou iguais a 2.000 kgf/cm2.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
284
Figura 5.34 – Histograma dos módulos de resiliência da camada granular para ambas as
faixas de tráfego do trecho analisado neste estudo.
No item 5.3.4.2 estão apresentados os resultados da retroanálise considerando a
estrutura composta de quatro camadas, sendo possível avaliar o comportamento em
termos de valores modulares das camadas de base e sub-base separadamente. Desta
forma, a consideração sobre os baixos valores de módulos encontrados para a camada
granular será discutida no item retromensionado.
No que concerne aos valores modulares do subleito, a faixa direita apresentou 97,2% dos
módulos no intervalo de 2.000 kgf/cm2 a 4.000 kgf/cm2, tendo ainda, para a faixa
esquerda, 77,1% dos módulos no mesmo intervalo (ver figura 5.35). Estes valores de
módulo confirmam as baixas deflexões medidas pelo geofone mais afastado do ponto de
aplicação da carga.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
285
Figura 5.35 – Histograma dos módulos de resiliência do subleito para ambas as faixas de
tráfego do trecho analisado neste estudo.
Como descrito no Capítulo IV utilizou-se a sub-rotina Homogen.exe do programa
RETROANA para a divisão dos segmentos com características homogêneas, o qual
utiliza o “Método das Diferenças Acumuladas” (Analisys Unit Delineation by Acumulative
Differences) preconizado pela AASHTO (1986).
Os resumos estatísticos dos módulos retroanalisados por segmento homogêneo estão
apresentados nas tabelas 5.11 e 5.12.
Nas figuras 5.36 e 5.37 são apresentadas as médias dos módulos obtidos na retroanálise
pontual, onde em geral, os módulos médios da faixa direita são superiores aos da faixa
esquerda. Isto pode ser atribuído ao menor nível de solicitações atuantes nesta faixa,
refletindo em menores deflexões na superfície e em conseqüência maiores módulos de
resiliência. Já a faixa esquerda sob um maior nível de solicitações está mobilizando
maiores arqueamentos na superfície com uma parcela maior de deformações
irreversíveis.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
286
Tabela 5.11 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o RETROANA –
Faixa Direita
Carga MR1 MR2 MR3 Erro Carga MR1 MR2 MR3 Erro(kN) (%) (kN) (%)
Média 40 24.194 1.188 2.124 5 Média 40 34.916 1.105 1.639 6desvp 0,50 8.068 693 615 2 desvp 0,52 14.203 360 395 2n 30 30 30 30 30 n 12 12 12 12 12CV (%) 1,2 33,3 58,3 28,9 36,7 CV (%) 1,3 40,7 32,6 24,1 32,6Mínimo 39 10.858 515 1.438 2 Mínimo 39 27.960 799 1.022 3Máximo 41 49.726 4.070 4.795 7 Máximo 41 65.300 1.663 2.206 9Média 40 24.533 898 2.455 4 Média 40 35.202 1.094 1.609 5desvp 0,30 4.456 175 400 1 desvp 0,19 9.292 294 326 1n 8 8 8 8 8 n 16 16 16 16 16CV (%) 0,8 18,2 19,5 16,3 28,2 CV (%) 0,5 33,2 26,0 18,5 15,0Mínimo 40 20.247 721 1.758 3 MÍN. 40 27.960 707 1.047 3Máximo 41 49.726 4.070 4.795 7 MÁX. 40 57.376 1.837 2.206 7Média 40 25.465 790 2.056 6 Média 40 26.731 1.067 1.594 6desvp 0,70 8.313 455 809 2 desvp 0,34 1.983 118 420 1n 22 22 22 22 22 n 11 11 11 11 11CV (%) 1,7 32,6 57,6 39,4 36,0 CV (%) 0,8 7,4 11,0 26,3 10,2Mínimo 38 13.856 300 857 3 MÍN. 40 25.095 862 1.133 4Máximo 41 40.803 2.068 3.811 10 MÁX. 41 29.423 1.233 2.373 6Média 40 29.353 681 2.124 6 Média 40 41.959 867 1.497 3desvp 0,42 8.779 268 627 2 desvp 0,27 12.332 209 187 2n 26 26 26 26 26 n 6 6 6 6 6CV (%) 1,1 29,9 39,3 29,5 38,6 CV (%) 0,7 29,4 24,2 12,5 44,9Mínimo 39 14.222 300 1.203 3 MÍN. 40 29.423 690 1.279 2Máximo 41 49.557 1.288 3.951 13 MÁX. 40 53.198 1.233 1.685 6Média 40 27.372 746 1.712 5 Média 40 41.775 1.288 1.652 4desvp 0,34 3.151 225 225 1 desvp 0,36 9.585 198 110 1n 6 6 6 6 6 n 9 9 9 9 9CV (%) 0,9 11,5 30,2 13,1 28,8 CV (%) 0,9 22,9 15,4 6,6 30,2Mínimo 39 24.495 436 1.289 3 MÍN. 39 29.248 985 1.451 2Máximo 40 30.248 1.003 1.955 7 MÁX. 40 53.198 1.503 1.802 5Média 40 25.871 717 1.561 5 Média 40 34.503 1.123 1.476 4desvp 0,45 6.530 214 341 1 desvp 0,41 8.571 382 297 1n 31 31 31 31 31 n 21 21 21 21 21CV (%) 1,1 25,2 29,9 21,9 29,5 CV (%) 1,0 24,8 34,0 20,2 26,2Mínimo 39 14.960 357 1.124 3 MÍN. 39 23.539 691 1.008 3Máximo 41 40.458 1.068 2.506 9 MÁX. 41 48.159 2.005 2.070 7Média 40 26.283 643 1.986 5 Média 40 40.973 1.014 1.703 4desvp 0,39 5.407 130 400 2 desvp 0,69 14.967 384 371 1n 18 18 18 18 18 n 11 11 11 11 11CV (%) 1,0 20,6 20,2 20,1 33,9 CV (%) 1,7 36,5 37,9 21,8 30,6Mínimo 39 15.453 478 1.449 3 MÍN. 39 22.797 569 1.184 3Máximo 40 34.079 968 2.620 9 MÁX. 41 70.000 1.629 2.303 7Média 40 25.329 761 1.907 5 Média 40 35.958 1.196 1.772 4desvp 0,4 11.087 232 507 2 desvp 0,48 4.977 433 337 1n 21 21 21 21 21 n 8 8 8 8 8CV (%) 1,0 43,8 30,4 26,6 32,2 CV (%) 1,2 13,8 36,2 19,0 18,6Mínimo 39 15.138 329 1.206 3 MÍN. 39 31.112 745 1.396 2Máximo 41 53.589 1.272 3.212 9 MÁX. 41 40.779 1.979 2.329 4Média 40 45.044 1.142 1.761 4 Média 40 39.632 998 1.489 6desvp 0,49 6.860 446 395 1 desvp 0,79 6.758 147 355 2n 13 13 13 13 13 n 12 12 12 12 12CV (%) 1,2 15,2 39,0 22,4 37,8 CV (%) 2,0 17,1 14,7 23,9 34,0Mínimo 39 34.336 496 1.367 2 MÍN. 38 32.389 781 1.002 3Máximo 41 56.199 2.000 2.693 7 MÁX. 42 50.527 1.280 1.924 10Média 40 41.465 1.531 2.509 4 Média 40 52.970 1.259 1.418 4desvp 0,41 11.977 611 703 1 desvp 0,25 12.967 362 167 2n 46 46 46 46 46 n 6 6 6 6 6CV (%) 1,0 28,9 39,9 28,0 34,8 CV (%) 0,6 24,5 28,8 11,8 42,3Mínimo 39 19.655 480 1.655 1 MÍN. 40 32.389 905 1.202 3Máximo 42 70.000 2.913 4.619 7 MÁX. 40 61.163 1.964 1.695 7
Legenda: CV (%) - Coeficinte de variação
MR3 - Módulo de Resiliência do SubleitoERRO - Erro Médio Absoluto
SH - Segmento HomogêneoRE - Resumo Estatístico
RESUMO DA RETROANÁLISE - PROGRAMA RETROANA-FAIXA DIREITA
Desvp - Desvio Padrãon - Número de Estações
MR1 - Módulo de Resiliência do RevestimentoMR2 - Módulo de Resiliência do Material Granular
(kgf/cm²)SH RE (kgf/cm²)SH
7
1
2
3
4
RE
5
6
11
8
9
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
287
Tabela 5.12 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o RETROANA –
Faixa Esquerda
Carga MR1 MR2 MR3 Erro Carga MR1 MR2 MR3 Erro(kN) (%) (kN) (%)
Média 40 22.955 1.265 2.676 4 Média 40 22.307 528 2.067 4desvp 0,72 4.733 866 1.001 2 desvp 0,38 4.671 176 675 1n 30 30 30 30 30 n 12 12 12 12 12CV (%) 1,8 20,6 68,5 37,4 41,2 CV (%) 1,0 20,9 33,3 32,7 32,9Mínimo 39 14.581 508 1.068 2 Mínimo 39 13.822 300 1.182 3Máximo 42 33.070 4.078 5.221 7 Máximo 40 29.641 940 3.221 7Média 40 21.758 842 2.241 3 Média 40 28.218 686 2.027 5desvp 0,64 3.477 339 531 1 desvp 0,48 4.096 267 738 2n 8 8 8 8 8 n 16 16 16 16 16CV (%) 1,6 16,0 40,3 23,7 38,6 CV (%) 1,2 16,8 51,5 21,6 54,4Mínimo 39 16.727 550 1.579 1 MÍN. 39 23.229 371 1.187 3Máximo 41 26.638 1.552 3.216 5 MÁX. 41 33.254 1.372 3.447 10Média 40 30.470 930 2.446 4 Média 40 27.064 539 1.799 4desvp 0,58 10.519 249 671 1 desvp 0,38 4.418 202 381 2n 21 21 21 21 21 n 11 11 11 11 11CV (%) 1,5 34,5 26,8 27,5 33,0 CV (%) 1,0 16,3 37,4 21,2 39,5Mínimo 39 15.545 427 1.419 2 MÍN. 39 23.994 319 1.226 3Máximo 41 50.053 1.570 4.326 7 MÁX. 41 36.656 966 2.370 8Média 40 24.289 717 2.696 6 Média 40 22.194 559 1.837 6desvp 0,48 7.682 329 884 2 desvp 1,35 10.639 247 681 6n 26 26 26 26 26 n 6 6 6 6 6CV (%) 1,2 31,6 45,9 32,8 39,7 CV (%) 3,4 47,9 44,2 37,1 94,6Mínimo 39 14.957 400 1.482 2 MÍN. 37 10.000 300 1.035 2Máximo 41 41.481 2.053 5.136 11 MÁX. 41 41.327 961 3.056 17Média 40 33.261 721 1.718 4 Média 40 29.498 809 1.769 4desvp 0,45 7.484 195 235 2 desvp 0,57 8.997 469 305 2n 6 6 6 6 6 n 9 9 9 9 9CV (%) 1,1 22,5 27,0 13,7 50,0 CV (%) 1,4 30,5 57,9 17,3 44,2Mínimo 39 18.818 495 1.414 2 MÍN. 39 19.545 348 1.499 1Máximo 41 38.346 1.046 2.136 7 MÁX. 41 48.310 1.858 2.498 7Média 40 30.083 600 1.816 5 Média 40 24.918 575 2.056 6desvp 0,71 11.609 216 715 2 desvp 0,50 8.074 280 640 3n 31 31 31 31 31 n 21 21 21 21 21CV (%) 1,8 38,6 36,0 39,4 38,4 CV (%) 1,2 32,4 48,7 31,1 60,8Mínimo 38 14.206 300 1.028 2 MÍN. 39 12.000 300 1.211 2Máximo 41 70.000 1.187 3.864 10 MÁX. 41 41.868 1.582 3.914 14Média 39 25.142 719 2.094 5 Média 40 35.390 911 1.710 5desvp 0,65 7.410 376 607 2 desvp 0,90 9.711 453 225 1n 18 18 18 18 18 n 11 11 11 11 11CV (%) 1,6 29,5 52,2 29,0 34,7 CV (%) 2,3 27,4 49,8 13,2 26,0Mínimo 38 17.602 158 1.182 2 MÍN. 38 19.425 364 1.331 3Máximo 40 45.906 1.537 3.212 9 MÁX. 42 46.145 2.000 2.139 7Média 40 24.406 693 2.086 5 Média 40 24.350 793 1.610 5desvp 0,63 10.253 306 660 2 desvp 1,12 4.203 265 696 1n 21 21 21 21 21 n 8 8 8 8 8CV (%) 1,6 42,0 44,1 31,6 29,0 CV (%) 2,8 17,3 33,4 43,3 24,0Mínimo 39 10.144 360 1.248 3 MÍN. 39 14.813 579 886 3Máximo 41 47.401 1.679 3.563 8 MÁX. 43 29.729 1.361 3.155 7Média 40 23.579 1.413 2.573 5 Média 40 22.445 533 1.507 6desvp 0,82 5.884 583 942 3 desvp 0,85 4.759 252 452 3n 13 13 13 13 13 n 12 12 12 12 12CV (%) 2,1 25,0 41,3 36,6 51,4 CV (%) 2,1 21,2 47,2 30,0 54,5Mínimo 38 14.311 633 1.472 2 MÍN. 38 17.351 300 823 3Máximo 41 38.035 2.607 4.268 12 MÁX. 41 30.788 1.052 2.168 13Média 40 28.281 1.033 2.337 5 Média 39 38.489 786 1.147 4desvp 0,67 7.159 519 506 2 desvp 0,50 8.749 318 209 1n 44 44 44 44 44 n 7 7 7 7 7CV (%) 1,7 25,3 50,3 21,6 37,1 CV (%) 1,3 22,7 40,4 18,2 17,0Mínimo 38 13.273 374 1.497 2 MÍN. 39 25.733 360 860 3Máximo 41 45.514 2.461 3.558 10 MÁX. 40 46.364 1.330 1.444 5
Legenda: CV (%) - Coeficinte de variação
MR3 - Módulo de Resiliência do SubleitoERRO - Erro Médio Absoluto
SH - Segmento HomogêneoRE - Resumo Estatístico
RESUMO DA RETROANÁLISE - PROGRAMA RETROANA-FAIXA ESQUERDA
Desvp - Desvio Padrãon - Número de Estações
MR1 - Módulo de Resiliência do RevestimentoMR2 - Módulo de Resiliência do Material Granular
(kgf/cm²)SH RE (kgf/cm²)SH RE
5
6
7
1
2
3
8
9
10
12
13
14
15
16
17
4
18
19
20
11
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
288
Figura 5.36 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base+sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Direita
Figura 5.37 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base+sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Esquerda
100
1.000
10.000
100.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
MÓ
DU
LOS
DE
RESI
LIÊN
CIA
(kgf
/cm
2 )
SEGMENTOS HOMOGÊNEOS
MR1 - Revest. MR2 - Base MR3 - Subleito
100
1.000
10.000
100.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
MÓ
DU
LOS
DE
RESI
LIÊN
CIA
(kgf
/cm
2 )
SEGMENTOS HOMOGÊNEOS
MR1 - Revest. MR2 - Base MR3 - Subleito
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
289
A variação dos módulos retroanalisados das camadas do pavimento ao longo do trecho é
função da forma e magnitude das bacias de deflexões, as quais são reações do
pavimento a uma série de provas de carga reais “in situ” com um carregamento
padronizado. Essas reações dependem fundamentalmente de diversos fatores como as
espessuras das camadas, as condições de compactação, o teor de umidade, a natureza
dos materiais etc, (ALBERNAZ, 1997).
A pesquisa do “Long-Term Pavement Performace” – LTPP (2002) estabeleceu um estudo
detalhado sobre os efeitos da variação dos parâmetros utilizados no dimensionamento de
pavimentos flexíveis e rígidos, onde se apresenta a faixa aceitável de CV para os
coeficientes de variação a ser aplicada nos projetos de pavimentos novos ou de reforço.
Na tabela 5.13 é apresentada a faixa de coeficientes especificada pela referida pesquisa,
onde se observa que os segmentos homogêneos de ambas as faixas de tráfego
apresentam coeficientes de variação obtidos pelo RETROANA dentro da faixa aceitável
do LTPP(2002).
Tabela 5.13 – Faixa aceitável de coeficiente de variação utilizada em projeto de
pavimentos novos ou de reforço (LTPP, 2002).
CAMADA
PARA UM GRAU DE 95% DE CONFIANÇA
COEFICIENTES DE VARIAÇÃO RECOMENDADOS
MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO
Concreto Asfáltico 39,4 38,5 40,3 39 14 72
Base Granular 49,7 48,7 50,7 50 17 92
Sub-base Granular 73,8 70,4 77,1 74 16 150
Subleito 35,3 34,2 36,4 35 6 92
Base tratada* 68,5 66,3 70,7 68 24 116
Sub-base tratada* 90,7 85,7 95,7 91 30 158
* Não é especificado o tipo de tratamento
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
290
Nas figuras 5.38 e 5.39 são apresentadas as correlações entre os módulos
retroanalisados e os parâmetros da bacia deflectométrica para as faixas direita e
esquerda, respectivamente.
As correlações obtidas apresentaram baixos coeficientes de determinação o que indicou
uma relação “pobre” entre os parâmetros. O parâmetro ÁREA representa a rigidez global
da estrutura em relação à distribuição de cargas, onde se observa nas antes das figuras
5.38 e 5.39 uma tendência do crescimento do parâmetro com a rigidez do revestimento e
o decréscimo com o módulo do subleito. Isto se explica analisando a equação 5.1 a
seguir:
Figura 5.38 – Correlações entre os parâmetros da bacia e os módulos de resiliência
retroanalisados – Faixa Direita
y = 2016,e0,006x
R² = 0,656
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
360 380 400 420 440 460 480 500
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
REV
ESTI
MEN
TO(k
gf/c
m2 )
ÁREA
y = 2424,e-0,04x
R² = 0,464
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
ICS (mm-2)
y = 248,8e0,003x
R² = 0,157
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
360 380 400 420 440 460 480 500
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
ÁREA
y = 4168,e-0,09x
R² = 0,6230
200400600800
10001200140016001800
12 14 16 18 20
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
IDB (mm-2)
y = 3E+08x-1,98
R² = 0,696
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
360 380 400 420 440 460 480 500
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
SU
BLE
ITO
(kgf
/cm
2 )
ÁREA
y = 4094,e-0,11x
R² = 0,435
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
4 6 8 10
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
SU
BLE
ITO
(kgf
/cm
2 )
ICB (mm-2)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
291
Figura 5.39 – Correlações entre os parâmetros da bacia e os módulos de resiliência
retroanalisados – Faixa Esquerda
A deflexão máxima (D0) medida na superfície do pavimento é representativa da
contribuição de todas as camadas, como ela é inversamente proporcional a ÁREA, então
quanto menor a deflexão, maior a área e maiores os módulos. Já para o subleito a ÁREA
y = 2734,e0,005x
R² = 0,622
05.000
10.00015.00020.00025.00030.00035.00040.00045.000
360 410 460 510
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
REV
ESTI
MEN
TO(k
gf/c
m2 )
ÁREA
y = 2368,e-0,04x
R² = 0,532
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
ICS (mm-2)
y = 1757e-0,00x
R² = 0,030
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
360 410 460 510
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
ÁREA
y = 2769,e-0,06x
R² = 0,820
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
IDB (mm-2)
y = 48239e-0,00x
R² = 0,757
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
360 380 400 420 440 460 480 500
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
SU
BLE
ITO
(kgf
/cm
2 )
ÁREA
y = 4422,e-0,10x
R² = 0,6690
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
4 5 6 7 8 9 10 11 12
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DA
BA
SE+S
UB
-BA
SE(k
gf/c
m2 )
ICB (mm-2)
( ) ( )
( ) ( )0
906030
0
9060300
0
906030
0
9060300
2222150
2222150
DDDD
DDDDDA
DDDD
DDDDDA
↑+×+×=+×+×+×=↑
↑+×+×=+×+×+×=↓
(5.1)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
292
é diretamente proporcional a deflexão (D90), que é mais representativa da contribuição do
subleito, logo quanto maior a deflexão, maior a área e menor o módulo do subleito.
Percebe-se nas figuras 5.38 e 5.39 uma tendência de decréscimo do módulo da camada
base+sub-base com os parâmetros ICS e ICB, porém os valores aceitáveis, conforme
tabela 4.14, não parecem condizentes com a estrutura em questão, pois valores de ICS >
20 mm-2 e IDB > 16 mm-2 já seriam indicativos de pavimentos deficitários. Em contra
partida, o ICB que é um indicativo da condição estrutural do subleito em relação ao
pavimento, apresenta-se condizente com valores menores que 10 mm-2. Segundo PITTA
e BALBO (1998), é importante salientar que estes parâmetros devem ser utilizados
apenas como fator “especulativo” das condições estruturais do pavimento/subleito, não
devendo ser utilizado em nível de projeto.
Outra análise interessante é a tentativa de buscar o inter-relacionamento dos defeitos de
superfície com os valores modulares retroanalisados do revestimento, base+sub-base e
subleito. Na figura 5.40 são apresentadas as relações entre os defeitos de superfície e os
módulos de resiliência.
Ambas as faixas de tráfego apresentaram uma leve tendência na redução modular das
camadas do revestimento, base+sub-base e subleito com o aumento do IGG.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
293
Figura 5.40– Relação entre o IGG e os módulos retroanalisados
Objetivando verificar as camadas críticas da estrutura, ou seja, a contribuição percentual
de cada camada na deflexão total medida na superfície, empregou-se o programa
ELSYM5 (Elástica Layered System) simulando o carregamento do FWD com carga de
40kN e raio da área carregada de 15 cm, utilizando-se os módulos médios retroanalisados
para todos os segmentos homogêneos.
Nas figuras 5.41 e 5.42 são apresentadas as contribuições de cada camada na deflexão
total.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
0 5 10 15 20 25
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
REV
ESTI
MEN
TO(k
gf/c
m2)
IGG
FAIXA DIREITA
05.000
10.00015.00020.00025.00030.00035.00040.00045.000
0 20 40 60 80 100
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
REV
ESTI
MEN
TO(1
0-2m
m)
IGG
FAIXA ESQUERDA
0200400600800
10001200140016001800
0 5 10 15 20 25
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
D
A B
ASE
+SU
B-B
ASE
(kgf
/cm
2 )
IGG
FAIXA DIREITA
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
0 20 40 60 80 100
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
D
A B
ASE
+SU
B-B
ASE
(kgf
/cm
2 )
IGG
FAIXA ESQUERDA
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
0 5 10 15 20 25
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
SU
BLE
ITO
(k
gf/c
m2)
IGG
FAIXA DIREITA
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
MÓ
DU
LO D
E R
ESIL
IÊN
CIA
DO
SU
BLE
ITO
(kgf
/cm
2 )
IGG
FAIXA ESQUERDA
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
294
Figura 5.41 – Contribuição percentual das camadas do pavimento e subleito na deflexão
total – Faixa Direita
Figura 5.42 – Contribuição percentual das camadas do pavimento e subleito na deflexão
total – Faixa Esquerda
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
295
Verifica-se nas figuras 5.41 e 5.42 que a camada de revestimento asfáltico contribui muito
pouco na deflexão total, o que pode ser atribuído a maior rigidez desta camada em
relação as demais. No entanto, a excessiva resiliência da camada de base+sub-base
somada ao subleito contribui com mais de 96% na referida deflexão.
Na maioria dos segmentos homogêneos, a camada granular (base+sub-base) contribui
com mais de 55% na deflexão total medida na superfície do pavimento, para ambas as
faixas.
O subleito da faixa esquerda apresenta apenas três segmentos homogêneos contribuindo
com mais de 40% na deflexão total. Isto indica um melhor desempenho desta faixa em
relação à faixa direita que contempla doze segmentos contribuindo com mais de 40% na
deflexão máxima.
Nos revestimentos betuminosos assente sobre camadas granulares, o processo de
deterioração é controlado pelo nível das deformações específicas de tração ocorrentes na
face inferior da camada do revestimento e/ou pelas deformações específicas de
compressão no topo do subleito. No caso da rodovia analisada verifica-se nos módulos
retroanalisados uma grande incompatibilidade de rigidez entre o revestimento e a camada
granular que diante das solicitações impostas pelo tráfego fazem surgir elevadas tensões
e deformação no interior da estrutura, onde são função da magnitude do carregamento,
dos módulos resilientes e das espessuras das camadas constituintes do pavimento.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
296
5.4.2 – Análise pelos Programas EVERCAL5 e ELMOD4
Neste item será abordada a retroanálise dos módulos de resiliência considerando a
estrutura da figura 5.43 utilizando os programas EVERCALC5 e ELMOD4. A consideração
de uma estrutura composta de quatro camadas permite avaliar os módulos de resiliência
da base e sub-base separadamente.
Figura 5.43 – Estrutura considerada na retroanálise com os programas EVERCAL5 e
ELMOD4
Para o programa EVERCALC5 foram utilizadas as faixas de módulos conforme tabela
5.14.
Tabela 5.14 – Faixa de módulos de resiliência – EVERCAL5.
Os módulos de resiliência retroanalisados são representativos das condições “in situ” dos
materiais no momento do ensaio. Nos pavimentos flexíveis, a temperatura afeta a rigidez
CAMADA
MR(kgf/cm2)
MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO
Revestimento 10.000 25.000 70.000
Base 100 500 5.000
Sub-base 100 500 5.000
Subleito 100 500 5.000
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
297
dos revestimentos asfálticos, variando a distribuição de cargas oriundas do tráfego para
as camadas subjacentes, desta forma, os módulos do revestimento asfáltico devem ser
convertidos para uma temperatura de referência de 25oC. A princípio não foi considerada
correção de temperatura, pois o modelo embutido no programa EVERCALC5 só se aplica
a temperaturas de até 40oC (104oF). Como os sensores de temperatura do FWD
registraram em algumas estações temperatura da ordem de 50oC (122oF), utilizou-se
outra metodologia para realizar tal correção.
Para o programa ELMOD4 o processo de retroanálise teve as seguintes premissas:
• não foram impostas limitações aos valores dos módulos de resiliência;
• considerou-se os módulos iniciais de 25.000, 2.000, 2.000 e 3.000
kgf/cm2, para as camadas de revestimento, base, sub-base e subleito
respectivamente;
• os módulos foram retroanalisados pontualmente e a temperatura
considerada para a correção do módulo da camada asfáltica para
temperatura padrão (25oC) foi a temperatura média medida pelos
sensores do FWD para ambas as faixas de tráfego, segundo convenção
apresentada na figura 3.19, realizada automaticamente pelo programa.
Para a faixa direita os módulos retroanaliasados pelo programa EVERCALC5 estão
apresentados nas figuras 5.44 e 5.45, para a faixa esquerda e nas figuras 5.46 e 5.47.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
298
Figura 5.44 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ECERCALC5 – Faixa
Direita (a) estaca 4000 a 4346 e (b) estaca 4350 a 4698.
Figu
ra 5
.44
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
CE
RC
ALC
5 –
Faix
a D
ireita
(a) e
stac
a 40
00 a
434
6 e
(b) e
stac
a 43
50 a
469
8.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
299
Figura 5.45 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa
Direita (a) estaca 4804 a 5176 e (b) estaca 5180 a 5432.
Figu
ra 5
.45
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
VE
RC
ALC
5 –
Faix
a D
ireita
(a) e
stac
a 48
04 a
517
6 e
(b) e
stac
a 51
80 a
543
2.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
300
Figura 5.46– Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa
Esquerda (a) estaca 4000 4348 (b) 4352 a 4696.
Figu
ra 5
.46–
Mód
ulos
de
resi
liênc
ia o
btid
os a
par
tir d
o pr
ogra
ma
EV
ER
CA
LC5
–Fa
ixa
Esq
uerd
a (a
) est
aca
4000
434
8 (b
) 435
2 a
4696
.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
301
Figura 5.47 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa EVERCALC5 – Faixa
Esquerda (a) estaca 4806 a 5186 (b) estaca 5190 a 5434.
Figu
ra 5
.47
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
VE
RC
ALC
5 –
Faix
a E
sque
rda
(a) e
stac
a 48
06 a
518
6 (b
) est
aca
5190
a 5
434.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
302
Nas figuras 5.48 e 5.49 apresenta-se o histograma dos módulos retroanalisados do
pavimento e subleito pelo programa EVERCALC5. Para o revestimento, a faixa direita
apresentou 57,0% de módulos entre 10.000 kgf/cm2 e 30.000 kgf/cm2 e 42,9% maior que
30.000 kgf/cm2. A faixa esquerda, por sua vez, apresentou 66% dos módulos entre 10.000
kgf/cm2 e 30.000 kgf/cm2 e 34% maior que 30.000 kgf/cm2.
A camada de base constituída de brita graduada simples apresentou para a faixa direita
74,2% dos módulos menores ou iguais a 2.000 kgf/cm2. Já a faixa esquerda, apresentou
90,6% dos módulos menores ou iguais a 2.000 kgf/cm2. Os baixos valores modulares
encontrados para a camada de BGS podem ser atribuídos segundo CARDOSO (1995) as
seguintes hipóteses:
• para determinadas condições, os módulos da BGS realmente podem
ser baixos, encontrando-se com elevado grau de deformabilidade
elástica;
• dependendo da configuração do carregamento e de sua estrutura, a
camada de base pode estar submetida a esforços de tração, sendo
que estes materiais não trabalham a tração, o que promove a
ocorrência de rupturas localizadas e que, portanto, alteram os valores
modulares, diminuindo o seu valor;
• a deficiência desta camada é fruto de teores de umidade excessivos
ou baixo grau de compactação.
Outros dois fatores importantes a serem considerados para a justificativa dos baixos
valores modulares de camadas de BGS, primeiramente se deve a consideração da
energia do Proctor modificado para compactação da mesma, o que não que dizer que
seja a energia máxima suportada pela camada sem que haja a quebra de suas partículas
conforme NEVES et. al. (1996). E o segundo, é o fato do Brasil ainda não ter adotado de
forma sistemática o controle deflectométrico das camadas do pavimento durante o
processo construtivo, como um dos parâmetros a serem verificados para a aceitação e
liberação do serviço executado.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
303
Em geral, para a camada de sub-base, os valores modulares retroanalisados foram
menores do que os da base. Isto se deve, em parte, ao decréscimo das tensões de
confinamento com a profundidade que acarretam conseqüentemente menores valores
nominais de módulo, e também, ao próprio processo de retroanálise para quatro
camadas, onde o ajuste entre a bacia medida e calculada na maioria dos programas,
começarem pelo módulo do subleito, já que o mesmo no processo não sofre influência
das outras camadas. Em seguida, o programa busca os módulos do revestimento, base e
por fim sub-base, onde os módulos da mesma são obtidos com pouca precisão tendo em
vista os altos valores de coeficientes de variação permitidos pelo LTPP (2002).
Para a sub-base, a faixa direita apresentou 89,2% dos módulos menores ou iguais a
2.000 kgf/cm2 e a para a faixa esquerda 50,5%.
Já os elevados valores modulares do subleito indicam o motivo da pequena incidência de
defeitos do tipo afundamento em trilha de roda e ondulações em ambas as faixas de
tráfego. Os módulos retroanalisados tiveram 50,2% em torno de 3.000 kgf/cm2 e 25,2%
em torno de 4.000 kgf/cm2 para a faixa direita. A faixa esquerda apresentou 45,6% dos
valores modulares em torno de 3.000 kgf/cm2 e 30,2% em torno de 4.000 kgf/cm2.
E ainda, 12,0% e 10,3% dos módulos em torno de 5.000 kgf/cm2, para as faixas direita e
esquerda, respectivamente.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
304
Figura 5.48 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas de revestimento e
base para ambas as faixas de tráfego
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
305
Figura 5.49 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas de base e subleito
para ambas as faixas de tráfego.
Os resumos estatísticos dos módulos retroanalisados por segmento homogêneo estão
apresentados nas tabelas 5.15 e 5.16 e nas figuras 5.50 e 5.51 apresentam-se os
módulos médios da camada de revestimento, base, sub-base e subleito.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
306
Tabela 5.15 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o EVERCALC5 –
Faixa Direita
Carga MR1 MR2 MR3 MR4 RMS Carga MR1 MR2 MR3 MR4 RMS(N) (%) (N) (%)
Média 40 16.796 1.213 1.088 3.188 4 Média 40 38.483 1.395 485 2.607 2desvp 0,50 3.246 779 793 959 3 desvp 0,51 15.068 615 416 649 0n 30 30 30 30 30 30 n 12 12 12 12 12 12CV 1,2 19,3 64,2 72,9 30,1 76,6 CV 1,3 39,2 44,1 85,7 24,9 14,8Mínimo 39 15.000 441 344 1.997 1 Mínimo 39 27.475 412 190 1.576 2Máximo 41 28.146 4.006 3.503 5.000 18 Máximo 41 70.000 2.351 1.710 3.328 3Média 40 16.364 871 1.183 2.397 3 Média 40 37.680 1.916 267 2.860 2desvp 0,30 2.063 451 905 372 1 desvp 0,19 16.117 847 84 624 1n 8 8 8 8 8 8 n 16 16 16 16 16 16CV 0,8 12,6 51,7 76,5 15,5 37,0 CV 0,5 42,8 44,2 31,7 21,8 25,3Mínimo 40 15.000 392 350 2.092 2 MÍN. 40 19.893 852 161 1.891 1Máximo 41 20.170 1.671 2.810 3.009 4 MÁX. 40 70.000 3.643 415 4.052 3Média 40 22.403 1.024 847 2.687 3 Média 40 25.222 1.989 247 2.796 2desvp 0,43 7.766 670 904 751 1 desvp 0,33 2.870 269 46 532 0n 22 22 22 22 22 22 n 11 11 11 11 11 11CV 1,1 34,7 65,4 106,7 27,9 35,8 CV 0,8 11,4 13,5 18,7 19,0 19,0Mínimo 39 10.632 359 133 1.342 2 MÍN. 40 20.698 1.648 205 2.036 1Máximo 41 37.631 3.505 3.392 3.917 6 MÁX. 41 28.952 2.445 335 3.651 2Média 40 24.191 1.451 318 3.331 3 Média 40 33.949 1.995 216 2.453 2desvp 0,38 9.275 476 158 787 1 desvp 0,27 11.311 113 40 353 0n 26 26 26 26 26 26 n 6 6 6 6 6 6CV 1,0 38,3 32,8 49,6 23,6 45,0 CV 0,7 33,3 5,7 18,4 14,4 6,1Mínimo 39 10.000 576 110 1.906 2 MÍN. 40 20.497 1.785 178 2.173 2Máximo 40 44.221 2.554 792 5.000 7 MÁX. 40 48.891 2.084 270 3.108 2Média 40 21.952 1.552 298 2.565 2 Média 40 37.624 2.213 365 2.469 2desvp 0,75 2.699 295 82 507 0 desvp 0,36 13.138 483 80 403 0n 6 6 6 6 6 6 n 9 9 9 9 9 9CV 1,9 12,3 19,0 27,4 19,8 8,5 CV 0,9 34,9 21,8 21,9 16,3 9,3Mínimo 39 18.493 1.210 234 1.902 2 MÍN. 39 25.688 1.491 244 2.124 1Máximo 41 25.692 2.082 416 3.376 2 MÁX. 40 62.835 2.866 469 3.226 2Média 40 22.481 1.485 262 2.657 2 Média 40 35.865 1.788 313 2.350 2desvp 0,38 6.316 472 72 982 0 desvp 0,41 10.815 806 120 525 0n 31 31 31 31 31 31 n 21 21 21 21 21 21CV 1,0 28,1 31,8 27,7 36,9 20,3 CV 1,0 30,2 45,1 38,3 22,3 17,4Mínimo 39 10.931 915 141 1.548 2 MÍN. 39 19.586 467 168 1.598 1Máximo 41 35.278 2.875 409 4.935 3 MÁX. 41 59.239 3.378 708 3.148 2Média 40 18.461 1.697 278 3.099 2 Média 39,94 40.215 1.862 264 2.910 2desvp 0,42 5.303 530 67 714 0 desvp 0,69 18.856 640 83 549 0n 18 18 18 18 18 18 n 11 11 11 11 11 11CV 1,1 28,7 31,2 24,0 23,1 21,4 CV 1,7 46,9 34,4 31,4 18,9 17,6Mínimo 39 11.157 882 204 1.883 2 MÍN. 39 14.717 915 118 2.019 2Máximo 40 30.509 2.768 441 4.100 4 MÁX. 41 68.676 2.790 368 3.647 2Média 40 22.027 1.373 518 2.724 3 Média 40 35.097 1.937 420 2.487 2desvp 0,70 13.716 618 488 970 1 desvp 0,48 19.140 486 189 550 0n 21 21 21 21 21 21 n 8 8 8 8 8 8CV 1,7 62,3 45,0 94,2 35,6 23,6 CV 1,2 54,5 25,1 44,9 22,1 19,9Mínimo 38 10.000 452 166 1.605 1 MÍN. 39 18.256 1.225 274 1.946 1Máximo 41 49.053 3.068 2.387 5.000 4 MÁX. 41 65.719 2.647 791 3.379 2Média 40 53.212 1.005 1.003 2.592 2 Média 40 48.860 1.128 397 2.878 2desvp 0,49 12.388 576 1.080 852 1 desvp 0,80 8.535 496 292 1.208 0n 13 13 13 13 13 13 n 12 12 12 12 12 12CV 1,2 23,3 57,3 107,6 32,9 36,1 CV 2,0 17,5 44,0 73,6 42,0 24,1Mínimo 39 36.414 299 274 1.665 1 MÍN. 38 34.527 272 164 1.683 1Máximo 41 68.649 1.911 3.800 5.000 4 MÁX. 42 60.637 1.753 1.097 5.000 3Média 40 42.805 2.123 763 3.570 3 Média 40 58.143 1.964 334 2.289 1desvp 0,40 15.566 1.008 580 1.006 2 desvp 0,25 11.225 501 251 494 0n 46 46 46 46 46 46 n 6 6 6 6 6 6CV 1,0 36,4 47,5 76,1 28,2 79,1 CV 0,6 19,3 25,5 75,3 21,6 18,4Mínimo 39 11.652 707 252 2.042 1 MÍN. 40 42.791 1.135 208 1.969 1Máximo 42 70.000 4.585 2.541 5.000 12 MÁX. 40 70.000 2.669 843 3.263 2
Legenda:
18
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11
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4
RE
5
6
7
1
2
3
RESUMO DA RETROANÁLISE - PROGRAMA EVERCALC5 - FAIXA DIREITA
Desvp - Desvio Padrãon - Número de Estações
MR1 - Módulo de Resiliência do RevestimentoMR2 - Módulo de Resiliência do Material Granular
(kgf/cm²)SH RE (kgf/cm²)SH
MR3 - Módulo de Resiliência do SubleitoRMS - Raiz Média Quadrática
SH - Segmento HomogêneoRE - Resumo Estatístico
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
307
Tabela 5.16 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o EVERCALC5 –
Faixa Esquerda
Carga MR1 MR2 MR3 MR4 RMS Carga MR1 MR2 MR3 MR4 RMS(N) (%) (N) (%)
Média 40 21.667 1.615 880 3.320 4 Média 40 18.033 1.036 235 2.786 3desvp 0,72 5.989 785 940 866 3 desvp 0,38 5.840 314 147 728 1n 30 30 30 30 30 30 n 12 12 12 12 12 12CV 1,8 27,6 48,6 106,8 26,1 77,5 CV 1,0 32,4 30,3 62,3 26,1 22,4Mínimo 39 11.214 505 217 1.765 1 Mínimo 39 10.869 619 141 1.620 2Máximo 42 36.736 3.716 3.785 5.000 16 Máximo 40 28.111 1.682 685 4.448 5Média 40 18.391 1.143 672 2.541 3 Média 40 21.505 1.535 262 2.951 3desvp 0,64 4.514 178 666 448 1 desvp 0,48 6.135 710 170 560 1n 8 8 8 8 8 8 n 16 16 16 16 16 16CV 1,6 24,5 15,6 99,1 17,6 34,1 CV 1,2 28,5 46,3 64,8 19,0 36,9Mínimo 39 11.911 891 283 1.979 2 MÍN. 39 10.929 354 127 1.838 2Máximo 41 23.275 1.337 2.254 3.418 5 MÁX. 41 32.328 3.122 838 3.719 5Média 40 30.393 1.109 750 3.179 3 Média 40 23.330 930 224 2.474 2desvp 0,57 12.062 555 553 740 1 desvp 0,38 6.307 297 66 628 0n 21 21 21 21 21 21 n 11 11 11 11 11 11CV 1,4 39,7 50,1 73,7 23,3 32,4 CV 1,0 27,0 31,9 29,6 25,4 11,6Mínimo 39 10.000 281 250 2.087 2 MÍN. 39 17.788 574 159 1.906 2Máximo 41 54.649 2.553 2.021 4.767 5 11 41 37.282 1.733 359 3.829 2Média 40 26.299 896 501 3.492 4 Média 40 20.780 854 293 2.287 3desvp 0,48 11.177 399,7 467,6 710,9 1,6 desvp 1,35 15.154 437 134 651 1n 26 26 26 26 26 26 n 6 6 6 6 6 6CV 1,2 42,5 44,6 93,4 20,4 46,3 CV 3,4 72,9 51,2 45,8 28,5 43,9Mínimo 39 10.000 393 201 2.053 2 MÍN. 37 10.000 250 180 1.822 1Máximo 41 55.087 1.789 2.052 5.000 8 MÁX. 41 50.175 1.386 489 3.598 5Média 40 36.448 828 519 2.499 2 Média 40 27.515 1.237 419 2.306 2desvp 0,45 12.841 449 385 490 0 desvp 0,57 13.941 713 331 477 1n 6 6 6 6 6 6 n 9 9 9 9 9 9CV 1,1 35,2 54,3 74,1 19,6 14,2 CV 1,4 50,7 57,6 79,1 20,7 24,5Mínimo 39 15.580 222 250 2.012 2 MÍN. 39 13.955 661 164 1.844 2Máximo 41 52.672 1.232 1.255 3.366 3 MÁX. 41 57.477 2.861 1.166 3.356 3Média 40 34.661 582 516 2.740 3 Média 40 26.567 1.101 340 2.410 4desvp 0,71 11.679 315 589 843 3 desvp 0,50 15.687 425 278 561 1n 31 31 31 31 31 31 n 21 21 21 21 21 21CV 1,8 33,7 54,1 114,2 30,8 76,8 CV 1,2 59,0 38,6 81,7 23,3 29,3Mínimo 38 11.711 215 225 1.454 1 MÍN. 39 10.000 493 176 1.565 2Máximo 41 59.696 1.328 2.486 5.000 15 MÁX. 41 70.000 1.856 1.341 3.528 7Média 39 25.912 929 414 2.929 4 Média 40 41.924 897 950 2.739 2desvp 0,67 10.287 515 468 1.026 2 desvp 0,90 14.815 702 869 502 1n 18 18 18 18 18 18 n 11 11 11 11 11 11CV 1,7 39,7 55,4 113,0 35,0 52,7 CV 2,3 35,3 78,3 91,4 18,3 56,6Mínimo 38 14.747 226 207 1.233 2 MÍN. 38 12.281 194 99 2.061 1Máximo 40 47.074 2.053 2.231 5.000 9 MÁX. 42 57.455 2.369 2.849 3.728 6Média 40 27.575 733 513 3.110 5 Média 40 22.665 1.292 272 2.274 3desvp 0,63 14.710 412 444 1.024 3 desvp 1,12 6.330 413 99 595 1n 21 21 21 21 21 21 n 8 8 8 8 8 8CV 1,6 53,3 56,2 86,6 32,9 64,6 CV 2,8 27,9 32,0 36,6 26,2 44,3Mínimo 39 10.000 270 211 1.637 2 MÍN. 39 10.407 783 135 1.679 2Máximo 41 59.847 1.769 1.627 5.000 13 MÁX. 43 30.785 1.997 438 3.486 6Média 40 26.087 1.588 1.018 3.453 4 Média 40 20.352 840 220 1.981 3desvp 0,82 8.754 720 874 1.129 5 desvp 0,85 10.178 342 97 560 1n 13 13 13 13 13 13 n 12 12 12 12 12 12CV 38,3 16613,0 656,0 250,0 1662,0 1,8 CV 2,1 50,0 40,7 43,9 28,3 46,6Mínimo 38 16.613 656 250 1.662 2 MÍN. 38 10.000 433 128 1.435 1Máximo 41 42.756 2.723 2.986 5.000 18 MÁX. 41 35.937 1.473 395 2.955 5Média 40 27.549 1.409 559 3.283 3 Média 39 39.147 1.243 221 1.817 3desvp 0,67 11.388 784 532 799 2 desvp 0,50 16.760 383 139 178 2n 44 44 44 44 44 44 n 7 7 7 7 7 7CV 1,7 41,3 55,6 95,1 24,3 59,2 CV 1,3 42,8 30,8 63,2 9,8 59,7Mínimo 38 12.057 368 200 1.852 2 MÍN. 39 14.266 683 106 1.483 1Máximo 41 62.662 3.235 2.651 5.000 14 MÁX. 40 61.704 1.660 529 2.029 5
Legenda:
18
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4
RE
5
6
7
1
2
3
RESUMO DA RETROANÁLISE - PROGRAMA EVERCALC5 - FAIXA ESQUERDA
Desvp - Desvio Padrãon - Número de Estações
MR1 - Módulo de Resiliência do RevestimentoMR2 - Módulo de Resiliência do Material Granular
(kgf/cm²)SH RE
(kgf/cm²)SH
MR3 - Módulo de Resiliência do SubleitoRMS - Raiz Média Quadrática
SH - Segmento HomogêneoRE - Resumo Estatístico
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
308
Figura 5.50 – Módulos de resiliência médios das camadas de revestimento, base, sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Direita
Figura 5.51 – Módulos de resiliência médios das camadas de revestimento, base, sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Esquerda
Nas figuras 5.52 e 5.53, constam as contribuições percentuais das camadas na deflexão
total a partir dos módulos retroanalisados utilizando o ELSYM5, verifica-se que as
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
309
camadas de base e sub-base são as camadas críticas da estrutura, ambas contribuem
em média com 69% e 71% na deflexão total, para as faixas direita e esquerda,
respectivamente. O subleito contribui em média 28% para a faixa direita e 26% para a
faixa esquerda. Já a contribuição do revestimento é praticamente insignificante sendo
menor ou igual a 5% para ambas as faixas.
Figura 5.52 – Histogramas dos módulos de resiliência para ambas as faixas de tráfego.
Figura 5.53 – Histogramas dos módulos de resiliência para ambas as faixas de Tráfego.
A análise com o ELMOD4 foi realizada considerando-se a estrutura composta de quatro
camadas conforme figura 5.43. Nas figuras 5.54 e 5.55 são apresentados os módulos de
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
310
resiliência obtidos pontualmente para a faixa direita e nas figuras 5.56 e 5.57 os módulos
de resiliência da faixa esquerda, onde o eixo das ordenadas encontra-se em escala
logarítmica.
Na figura 5.58, apresenta-se o histograma dos módulos de resiliência obtidos com o
Elmod4. O revestimento para faixa direita apresentou 74,5% de módulos menores ou
iguais a 30.000 kgf/cm2 e 25,5% maiores. Já a faixa esquerda, teve 83,7% dos módulos
menores ou iguais a 30.000 kgf/cm2 e maiores apenas 16,3%.
A camada de base apresentou 63,3% dos módulos no intervalo de 200 kgf/cm2 e 2.000
kgf/cm2 e 30% em torno de 3.000 kgf/cm2 para a faixa direita. Em contra partida, a faixa
esquerda apresentou 89,4% dos módulos entre 200 kgf/cm2 e 2.000.
A sub-base por sua vez, apresentou 93% dos módulos no intervalo 200 kgf/cm2 e 2.000
kgf/cm2 para a faixa direita e 93,4% para a faixa esquerda.
Para o subleito, a faixa direita apresentou 74,1% dos módulos menores ou iguais a
2.000kgf/cm2 na faixa esquerda 70,6%. Os resultados obtidos pelo ELMOD4 para o
subleito diferem dos outros programas tendo em vista a maior quantidade de módulos
menores ou iguais a 2.000 kgf/cm2.
Os resumos estatísticos dos módulos retroanalisados por segmento homogêneo estão
apresentados nas tabelas 5.17 e 5.18 e nas figuras 5.59 e 5.60 apresentam-se os
módulos médios da camada de revestimento, base, sub-base e subleito.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
311
Figura 5.54 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Direita
(a) estaca 4002 a 4346 e (b) estaca 4350 a 4698.
Figu
ra 5
.54
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
LMO
D4
–Fa
ixa
Dire
ita (a
) est
aca
4002
a 4
346
e(b
) est
aca
4350
a 4
698.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
312
Figura 5.55 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa Direita
(a) estaca 4804 a 5176 e (b) estaca 5180 a 5432.
Figu
ra 5
.55
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
LMO
D4
–Fa
ixa
Dire
ita (a
) est
aca
4804
a 5
176
e (b
) es
taca
518
0 a
5432
.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
313
Figura 5.56 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa
Esquerda (a) estaca 4000 a 4348 e (b) estaca 4352 a 5434.
Figu
ra 5
.56
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
LMO
D4
–Fa
ixa
Esq
uerd
a (a
) est
aca
4000
a 4
348
e (b
) est
aca
4352
a 5
434.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
314
Figura 5.57 – Módulos de resiliência obtidos a partir do programa ELMOD4 – Faixa
Esquerda (a) estaca 4806 a 5186 e (b) estaca 5190 a 5434.
Figu
ra 5
.57
–M
ódul
os d
e re
siliê
ncia
obt
idos
a p
artir
do
prog
ram
a E
LMO
D4
–Fa
ixa
Esq
uerd
a (a
) est
aca
4806
a 5
186
e (b
) est
aca
5190
a 5
434.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
315
Figura 5.58 – Histogramas dos módulos de resiliência das camadas do pavimento e
subleito para ambas as faixas de tráfego.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
316
Tabela 5.17 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com O ELMOD4 – Faixa
Direita.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
317
Tabela 5.18 – Resumo da retroanálise por segmento homogêneo com o ELMOD4 – Faixa
Esquerda.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
318
Figura 5.59 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base, sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Direita.
Figura 5.60 – Módulos médios de resiliência das camadas de revestimento, base, sub-
base e subleito por segmento homogêneo – Faixa Esquerda.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
319
5.4.3 – Análise Comparativa entre os Diferentes Programas Utilizados
Como já exposto, nesta pesquisa foram utilizados os programas RETROANA, EVERCAL5
e ELMOD4, os resultados obtidos em cada um são decorrentes ao tipo de metodologia
adotada pelos mesmos, não cabendo nesta pesquisa compará-los e discuti-los em
profundidade. No entanto, é válida a comparação dos módulos retroanalisados do subleito
pelo fato dos mesmos poderem ser obtidos sem terem a influência das outras camadas
no processo de retroanálise, quando se usa, por exemplo, a equação proposta pela
AASHTO (1993) ver equação 3.2. Para este comparativo considerou-se os seguintes
parâmetros:
• a média da carga aplicada em cada segmento homogêneo;
• foi considerado o fator de correção de carga igual a 0,2792 para subleito com
coeficiente de Poisson de 0,45 (AASHTO, 1993);
• a distância considerada foi de 150cm;
• a deflexão medida pelo geofone mais afastado do ponto de aplicação da carga,
que era de 150cm;
Nas figuras 5.61 e 5.62, estão apresentados os comparativos entre os módulos
calculados pelos diferentes programas com o modelo proposto pela AASHTO (1993) para
a obtenção rápida e precisa do módulo do subleito. Os módulos do subleito
retroanalisados pelo EVERCALC5 foi o que mais se aproximou do modelo proposto,
seguido do RETROANA e ELMOD4.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
320
Figura 5.61 – Comparativo entre os módulos do subleito obtidos pelos diferentes
programas com o modelo da AASHTO (1993).
Figura 5.62 – Comparativo entre os módulos do subleito obtidos pelos diferentes
Programas com o modelo da AASHTO (1993).
A fim de comparar o ajuste entre a bacia medida e a calculada pelos diferentes programas
foram escolhidas bacias médias aleatoriamente e com o ELSYM5 foram recalculadas as
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
321
bacias teóricas simulando a configuração de carregamento do FWD utilizando os módulos
de resiliência obtidos com cada um dos programas.
Como os módulos retroanalisados pelo EVERCACL5 não foram corrigidos para a
temperatura padrão de 25oC conforme o exposto no item 5.4.2, utilizou-se os pontos
indicados na figura 5.63 para a correção dos módulos médios de cada segmento
homogêneo.
Figura 5.63 – Profundidades para correção da Temperatura.
A correção foi feita tomando-se a média da temperatura de referência no centro das
camadas de rolamento (capa) e ligação (binder) de acordo com a equação experimental
que relaciona a temperatura pontual com a profundidade do revestimento proposta por
RODRIGUES (1991) conforme apresentada no Capítulo III.
Sendo:
T(x) – Temperatura na profundidade x do revestimento, em oC;
Tsup – Temperatura da superfície do revestimento, em oC;
Tar – Temperatura do ar, em oC;
x – Profundidade no revestimento onde se deseja conhecer a temperatura, em cm.
Os módulos são corrigidos utilizando a equação 3.24 proposta por PINTO (1991),
apresentada no Capítulo III
( )[ ]xxTTTxT ar ..002633,006855,0exp1).()( supsup −−−+=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
322
Portanto, os módulos corrigidos médios por segmento homogêneo estão apresentados na
tabela 5.19, onde se pode observar que os módulos médios corrigidos pelo EVERCALC5
resultaram em valores modulares maiores do que o obtido pelos outros programas. Isto
pode ser atribuído, ao fato do mesmo ter obtido módulos maiores para o subleito, o qual
serve de múltiplo nas equações de regressão para a determinar o módulo do
revestimento.
Tabela 5.19 – Módulos médio corrigidos por segmento homogêneo.
Nas figuras 5.64 e 5.65, são apresentados o comparativo entre as bacias medidas e
recalculadas a partir do ELSYM5. Pode-se constatar que o programa EVERCALC5 foi o
que obteve um melhor ajuste visto que o RMS calculado foi o menor entre os programas.
Porém, o correto seria recalcular a bacia teórica considerando os módulos retroanalisados
nas condições “in situ” o que resultaria em menores RMS. Desta forma, foram
recalculadas as bacias pontuais considerando os módulos do EVERCALC5 sem correção
de temperatura para o revestimento, onde o ajuste é obtido com um menor RMS (ver
figuras 5.66 e 5.67). Os elevados valores de RMS para o ELMOD4 pode ser atribuído
talvez a não consideração de faixas de módulos.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
323
Figura 5.64 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos do
segmento homogêneo 11- Faixa Esquerda.
Figura 5.65 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos
médios do segmento homogêneo 19- Faixa Esquerda.
RMS (%)EVERCALC5 – 15,1RETROANA – 18,3ELMOD4– 28,0
RMS (%)EVERCALC5 – 14,1RETROANA – 19,3ELMOD4– 23,9
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
324
Figura 5.66 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos
pontuais da estaca 5380 – Faixa Direita.
Figura 5.67 – Comparação entre bacias recalculadas com o ELSYM5 com os módulos
pontuais da estaca 4104 - Faixa Esquerda.
RMS (%)EVERCALC5 – 3,9RETROANA – 12,5ELMOD4– 440
RMS (%)EVERCALC5 – 1,72RETROANA – 42,7ELMOD4– 131
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
325
5.4.4 – Comparativo entre as Avaliações Estrutural Não-destrutiva e Funcional
A fim de confrontar os resultados obtidos nas avaliações estrutural não-destrutiva, por
processo de retroanálise, e funcional, através do levantamento de defeitos de superfície
(DNIT 006/2003-PRO), foi plotado o gráfico apresentado na figura 5.68, a partir dos
módulos resilientes da camada de revestimento, obtidos por estaca com o EVERCALC 5.
Figura 5.68 – Relação entre os defeitos observados na superfície do pavimento e os
módulos resilientes da camada de revestimento asfáltico.
Este estudo só foi possível ser realizado para o lado direito, devido a coincidência entre
as estações do levantado de defeitos com as medidas de bacias deflectométricas. Já para
o lado esquerdo não foi possível, pois o levantamento de defeitos, realizado a cada 20m
alternados por faixa, resultou em estações ímpares, enquanto que, para as medidas das
bacias deflectométricas realizadas a cada 80 m alternados, coincidiu em estações pares
para ambos os lados.
Na figura 5.68, observa-se um aumento dos módulos resilientes com o tipo de trincamento
(FC-1, FC-2 e FC-3), ou seja, a incidência de 27% dos módulos maiores que 50.000,00
kgf/cm² para as estações apresentando trincamento FC-3, implica dizer que a oxidação da
massa asfáltica, ao longo do tempo, contribui para o seu enrijecimento, tornando-o mais
“duro” e “quebradiço”. Esperava-se que uma maior quantidade de módulos, referentes as
estações apresentando trincamento do tipo FC-3, resultassem em baixo valores. No
entanto, este comportamento não foi verificado, na presente pesquisa, cuja justificativa
fundamenta-se na baixa severidade dos defeitos de superfície. Ademais, salienta-se que
o aumento da severidade do trincamento provocará a diminuição dos valores modulares.
49%
23%
35%
14%8%
13% 17%
27%
ST FC-1 FC-2 FC-3
Módulo do revestimento < 20000 kgf/cm²
Módulo do Revestimento > 50000 kgf/cm²
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
326
5.5 – Resultados dos Ensaios de Laboratório
Foram realizados ensaios laboratoriais a fim de subsidiar a avaliação estrutural destrutiva
das camadas constituintes da estrutura. O esquema dos locais de sondagem foi
apresentado na figura 4.16 (Capítulo 4) e os ensaios realizados por local de sondagem na
tabela 4.11(Capítulo 4). Apenas para os furos 1 (faixa direita) e 4 (faixa esquerda) foram
realizados os ensaios de resistência à tração por compressão diametral e triaxial de
cargas repetidas, com corpos de prova de 10 x 20 cm, na tentativa de comparar situações
diferentes de solicitações, já que a faixa esquerda está submetida ao tráfego pesado de
caminhões e articulados. Foram também analisados os resultados dos ensaios realizados
no ano de 2001 conforme descrito no Capítulo IV.
5.5.1 – Ensaios de Caracterização e Resistência
No mês de julho de 2004, período de inverno, foram realizadas sondagens para coleta
dos materiais constituintes das camadas de subleito, reforço (material selecionado), sub-
base e base. Nas tabelas 5.20 e 5.21 constam o boletim de sondagem e os resultados
dos ensaios convencionais de caracterização e resistência, respectivamente.
Tabela 5.20 – Boletim de sondagem
FuroNº
Lado E-x-D
Aterro E
Profundidade(cm)
RegistroCLASSIFICAÇÃO
(A) S
Corte T
(C) ASEC.MIS. C
DE A Nº(SM) A
1 D A 4153+0
0 5 C.B.U.Q.5 12 BINDER
12 32 BRITA GRADUADA32 47 1311 areia siltosa argilosa vermelha clara com pedra47 67 1312 areia siltosa argilosa cinza clara com brita67 100 1312 silte argiloso arenoso cinza escuro
100 - 1314 silte argiloso arenoso cinza escuro
2 E A 4542+0
0 5 C.B.U.Q.
5 12 BINDER
12 32 BRITA GRADUADA32 47 1307 areia siltosa argilosa cinza clara com pedra47 67 1307 areia siltosa argilosa cinza escura com pedra67 100 1309 silte argiloso arenoso amarelo claro
100 - 1310 silte argiloso arenoso amarelo claro
3 D A 5073+0
0 5 C.B.U.Q.5 12 BINDER
12 31 BRITA GRADUADA
31 47 1303 areia siltosa argilosa cinza escuro
47 70 1304 areia siltosa argilosa amarela escura70 100 1305 argila siltosa arenosa amarela clara com pedra
100 - 1306 argila siltosa arenosa amarela clara com pedra
4 E A 5381+15
0 5 C.B.U.Q.5 12 BINDER
12 32 1300 BRITA GRADUADA32 50 1301 areia siltosa argilosa amarela clara50 100 1302 areia siltosa argilosa cinza clara
100 - areia siltosa argilosa cinza clara
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
327
Tabela 5.21 – Resultado dos ensaios convencionais de caracterização e resistência
Como observado na tabela 5.21, não consta a caracterização do material referente à base
do Furo 1(estaca 4153-LD), fato este devido ao extravio do material e impossibilidade de
coletá-lo novamente. Os solos do subleito dos furos 1,2 e 4 são constituídos de materiais
areno-siltoso-argiloso segundo a classificação da HRB (Highway Research Board)
apresentando valores de CBR menores do que o considerado em projeto. Já o solo do
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
328
subleito do furo 3 apresenta características siltosas. Com relação ao grau de
compactação do subleito, apenas o furo três está abaixo do especificado na norma
DNER-ES 282/97, a qual exige valor superior ou igual a 95%.
Os solos da camada de sub-base são constituídos de solo estabilizado
granulometricamente apresentando CBR menores do que o especificado para camada de
sub-base nos furos 1,2 e 4 e grau de compactação menores que 100% para todos os
furos. Já a camada de base apresenta CBR maior do que o especificado para este tipo de
camada. Nenhuma das camadas apresenta-se saturada, porém o grau de saturação das
camadas de base dos furos 2,3 e 4 estão acima de 88% e o furo 1 com 99,2%.
Outro fator que pode ser levantado além dos citados por CARDOSO (1995) para os
baixos valores modulares da camada de BGS é o grau de saturação. Segundo estudo
desenvolvido por CASAGRANDE (2003) sobre a influência do teor de finos na
condutividade hidráulica e deformabilidade elástica de britas a geração de poro-pressão
não pressupõe a saturação de 100% do corpo de prova, pois é provável que, com 88% de
saturação, já seja gerado o excesso. Isto causa redução de pressão efetiva e o aumento
da deformabilidade do material. ISSA (1999 apud CASAGRANDE, 2003) constatou que o
k (coeficiente de condutividade hidráulica) de britas depende significativamente da
percentagem de material passante na peneira no 4 (4,76 mm). Apenas para se ter uma
idéia do coeficiente de condutividade hidráulica da camada de BGS utilizou-se os modelos
propostos por Casagrande (2003) considerando amostras integrais, isto é, sem o escalpo
de fração superior a 19 mm, pelo fato de ser mais representativa da condição de campo
em relação a amostras parciais. Os modelos propostos pelo autor citado são:
• Para percentagens de finos (% passando na peneira no 4)
compreendidas entre 10% e 27%, temos:
k (cm/s) = - 6x10-5 X3 + 0,0088X2 – 0,479X + 6,2519, R2 = 1 (5.3)
• Para percentagens de finos (% passando na peneira no 4)
compreendidas entre 12% e 53%, temos:
k (cm/s) = 8x109 X-7,20, R2 = 0,84 (5.4)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
329
A tabela 5.22 sumariza os resultados obtidos aplicando-se os modelos citados
anteriormente, para a determinação do coeficiente de condutividade hidráulica da camada
de BGS.
Tabela 5.22 – Estimativa do coeficiente de condutividade hidráulica da camada de BGS.
Segundo BAUMGARDNER (1992), ASHRAF & LINDLY (1996), RADOLPH (1996) e ISSA
(1999) apud CASAGRANDE et. al. (2002), o coeficiente de condutividade hidráulica
variando entre 0,35 e 7,34 cm/s produz uma drenagem adequada. Analisando os
resultados apresentados na tabela 5.18, apenas o furo 3 apresenta valor entre a faixa
sugerida pelos autores retromensionados. No entanto, é importante salientar que os
modelos utilizados foram obtidos a partir de correlações resultantes de ensaios de
laboratoriais, sendo necessário a realização de ensaios “in situ” para obtenção de valores
mais representativos.
5.5.2 – Ensaio de Resistência à Tração por Compressão Diametral
O ensaio de resistência à tração compressão diametral foi realizado apenas para os furos
das estaca 4153 (furo 1) e 5381+15 (furo 4), foram extraídos 6 corpos de prova para cada
furo sendo 3 da camada de binder e 3 da camada de rolamento. Todos os corpos de
prova apresentaram valores para a resistência a tração superiores ao mínimo
estabelecido pela norma DNIT 031/2004, de 6,0kgf/cm². Na tabela 5.23, apresenta-se os
resultados obtidos e na figura 5.69 a foto do ensaio de resistência a tração por
compressão diametral.
Estaca/Furo 4153/1 4542/2 5073/3 5181+15/4Teor de umidade
de campo (%) 7 7,6 7,8 7,8
Grau de saturação (%) 99,2 93,8 88,9 90,1
Grau de compactação (%) - 96 97 98
% passando na peneira no 4 41 26 47 50
K (cm/s)x10-3 19,6 540,7 7,31 4,68
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
330
Tabela 5.23 – Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral de
corpos de prova de campo do trecho analisado.
Figura 5.69 – Foto do ensaio de resistência à tração por compressão diametral realizado
no LEP/UFCG.
O furo 4 apresentou uma resistência à tração média para a capa e o binder superior ao
valor encontrado para o furo 1. Analisando pontualmente o levantamento de defeitos de
superfície a estaca 5381+15 (furo 4) está compreendida entre as estacas 5182 e 5183
que apresentam trincamento do tipo couro de jacaré classe 2, já a estaca 4153 (futo1)
apresenta apenas fissuras. Sendo assim, pode-se inferir que a estrutura da estaca
5381+15 por ser mais rígida apresenta uma superfície mais trincada devido a maior
Estaca/Furo4153/1 5381+15/4
Capa binder Capa binder(kgf/cm2) (kgf/cm2) (kgf/cm2) (kgf/cm2)
CP1 8,6 6,6 9,8 12,6CP2 9,7 6,7 10,2 7,4CP3 8,8 7,1 8,1 10,3CP4 8,5 7,6 8,6 10,9CP5 9,0 6,5 9,9 7,6CP6 6,4 7,8 12,9 12,0
Média 8,5 7,1 9,9 10,1
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
331
diferença de rigidez entre a camada de binder e a base (BGS) em comparação com o furo
4 com uma relação modular entre estas camadas menor.
5.5.3 – Ensaio Triaxial de Cargas Repetidas
Realizaram-se ensaios triaxiais de carga repetida no laboratório da COPPE/UFRJ com o
apoio da professora Laura Maria Goretti da Motta. Na tabela 5.24, constam os módulos
resilientes expressos pelos modelos tradicionais, tendo os corpos-de-prova sido moldados
nas condições de campo.
Tabela 5.24 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados nos modelos
granular (MR=K1σ3k2) e fino (MR=K1σd
k2).
Um fato importante a ser ressaltado e observado nos resultados dos ensaios triaxiais de
cargas repetidas (ver anexo D), foi que o material da camada de base (BGS), da estaca
5381+15 (LE), apresentou elevada deformação plástica, sofrida pelo corpo de prova, ao
final do ensaio (7%). Em contrapartida, a deformação plástica deste material coletado na
estaca 4153 (LD) foi de apenas 0,8%. Tal comportamento pode ser atribuído a maior
degradação da camada de base da faixa esquerda, corroborando com os resultados
obtidos na avaliação estrutural não-destrutiva, que apontou módulos resilientes menores
para a faixa esquerda.
Observa-se na tabela 5.24, que os coeficientes de determinação são baixos, denotando
para o caso em questão, um ajuste do ponto de vista estatístico pouco significativo ao se
utilizar os modelos tradicionais. Para contornar tal situação, MACEDO (1996) propôs o
modelo composto (equação 2.18) sendo o módulo de resiliência função da tensão
k1 k2 R2 k1 k2 R2 γs h.média γs h.média(g/cm 3 ) (%) (g/cm 3 ) (%)
BASE 684 0,29 0,49 1303 0,45 0,90 - - 2,26 7SUB-BASE 113 -0,37 0,43 143 -0,21 0,09 2,08 11 2,009 8,1REFORÇO 129 -0,31 0,44 165 -0,15 0,08 2,041 8,7 1,969 8,8SUBLEITO 107 -0,47 0,83 108 -0,36 0,36 2,015 8,9 1,954 10,2
BASE 258 -0,03 0,01 264 0,05 0,02 2,26 4,7 2,208 7,8SUB-BASE 358 -0,44 0,70 292 -0,28 0,22 2,054 8,5 2,04 8,8SUBLEITO 248 -0,26 0,34 231 -0,69 0,02 1,925 8 1,909 10,1
RESULTADOS DOS ENSAIOS DE MÓDULOS BASEADOS NO MODELO TRADICIONAL
AMOSTRAS
FURO1Estaca 4153
FURO4Estaca 5381+15
Nota: módulos resilientes em MPa
LABORATÓRIO CAMPO
CARACTERÍSTICASMR = k1σdk2 (MPa)MR = k1σ 3
k2 (MPa)
CAMADA
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
332
confinante e da tensão desvio simultaneamente por ser estatisticamente mais
representativo em comparação aos tradicionais. O modelo composto pode ser expresso
em função da deformação resiliente através de regressão não-linear tendo a seguinte
formulação:
Sendo:
σd – tensão desvio aplicada
σ3 – pressão confinante aplicada
a,b,c – coeficientes obtidos por regressão a partir dos dados experimentais.
Como o módulo de resiliência é definido por:
r
dRM
εσ=
Temos que,
)1(33
3
11 cd
bcdd
bc
dbd
R aaaM −−− === σσσσσ
σσσ
fazendo as seguintes substituições:
32 1,1 kcebkka
=−−==
Logo, tem-se o modelo composto:
3231
kd
kR kM σσ=
Utilizou-se o programa SGPLUS para obtenção dos parâmetros a,b e c por regressão
não-linear, fazendo as devidas substituições. Tem-se na tabela 5.25 os resultados dos
módulos resilientes baseados no modelo composto supracitado.
cd
br a σσε 3=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
333
Tabela 5.25 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto
com corpos de prova moldados nas condições de campo.
Pode-se observar na tabela 5.25, que os coeficientes de determinação obtidos para o
modelo composto é estatisticamente mais representativo em comparação aos modelos
tradicionais. Quanto aos expoentes da tensão confinante e tensão desvio do modelo
composto para o furo1- LD são, nesta ordem, positivo e negativo, indicando que o
aumento destas variáveis acarreta o aumento e a diminuição, respectivamente, do MR
das camadas de sub-base, reforço e subleito. Observa-se que os valores absolutos da
tensão desvio para as camadas de sub-base e reforço são menores do que o valor da
tensão confinante. Isto indica uma maior influência da tensão confinante no módulo
resiliente destas camadas. Em contra partida, para o subleito o valor absoluto do
expoente da tensão desvio é maior do que o da tensão confinante, indicando uma maior
influência da tensão desvio no módulo desta camada. Já para o furo 4-LE, o expoente
absoluto da tensão desvio da camada do subleito é menor do que o expoente da pressão
confinante, indicando uma maior influência da pressão confiante no módulo resiliente
desta camada. Na figura 5.70 e 5.71, apresenta-se na formatação tridimensional os
modelos compostos dos módulos de resiliência dos materiais dos furos 1(LD) e 4 (LE).
AMOSTRAS a b c R2 K1=1/a K2=-b K3=1-c
FURO1/LDEstaca4153
BASE 0,0002 -0,4969 0,9829 0,98 5000 0,4969 0,0171SUB-BASE 0,0004 -0,3361 1,1778 0,97 2500 0,3361 -0,1778REFORÇO 0,0004 -0,4793 1,1937 0,95 2500 0,4793 -0,1937SUBLEITO 0,0003 -0,2587 1,3632 0,99 3333 0,2587 -0,3632
FURO4/LEEstaca
5381+15
BASE 0,0004 -0,1659 0,8733 0,96 2500 0,1659 0,1267SUB-BASE 0,0003 -0,3556 1,3371 0,98 3333 0,3556 -0,3371SUBLEITO 0,0004 -0,4016 1,1326 0,89 2500 0,4016 -0,1326
Nota: módulos resilientes em kgf/cm²
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
334
Figura 5.70 – Representação gráfica do modelo composto de resiliência para os materiais
das camadas do furo 1(LD).
Figura 5.71 – Representação gráfica do modelo composto de resiliência para os materiais
das camadas do furo 4 (LE).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
335
5.6 – Avaliação Estrutural Destrutiva com Base nos Ensaios de Laboratório
Neste item mostra-se a avaliação estrutural utilizando-se o programa de elementos finitos
FEPAVE2. Primeiramente, analisa-se o resultado dos ensaios dos materiais coletado “in
situ”, e em seguida, o resultado dos materiais de jazida obtida nos ensaios realizados no
ano de 2001. Para os resultados dos ensaios dos materiais coletados “in situ” determinou-
se a faixa modular das camadas de base, sub-base, reforço e subleito, como também a
contribuição percentual de cada camada na deflexão total na superfície para a
configuração do FWD. Já para os resultados dos ensaios realizados com materiais
coletados em jazida, utilizou-se a configuração de carregamento da viga Benkelman,
efetuando os cálculos de deslocamento (deflexão), diferença de tensões, deformação
específica de tração e tensão vertical no topo do subleito e contribuição percentual da
deflexão total.
5.6.1 – Análise dos Ensaios Realizados com Materiais Coletados do
Pavimento Existente
Para a análise do comportamento dos materiais coletados em pista foi utilizado o
programa FEPAVE2, adotando o modelo composto derivado da deformação resiliente das
camadas de base, sub-base, material selecionado e subleito. Como não foi realizado
ensaio de cargas repetidas para as misturas asfálticas, tomou-se para o módulo de
resiliência da estaca 4153 (furo 1) o valor obtido para a estaca 4154 através de
retroanalise pelo EVERCALC5 e para a esta 5381+15 o módulo retroanalisado da estaca
5382.
Na figura 5.72, apresentam-se os resultados da contribuição percentual das camadas na
deflexão total, onde para o furo 1- estaca 4153/4154 (faixa direita) as camadas de base,
sub-base, reforço e subleito contribuem com 69,3% corroborando com os resultados
obtidos na análise efetuada com o ELSYM5 a partir dos módulos retroanalisados. Já na
estaca 5381+15/5382 podemos destacar um fato interessante, o subleito é quem mais
contribui para a deflexão máxima, com 65,3%, comportamento atípico do padrão
observado no trecho em estudo. Deste modo, a estaca 5381+15/5382
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
336
Figura 5.72 – Resultado da contribuição percentual na deflexão total e faixa de módulos
ambos calculados com o FEPAVE2
Na tabela 5.26 é apresentada a faixa de módulos do FEPAVE2 e os retroanalisados para
a estaca 4153/4154, vemos que os módulos retroanalisados estão na faixa de módulos
obtidos com o FEPAVE2. A deflexão máxima calculada pelo programa está próxima da
medida pelo FWD, apesar do módulo do revestimento utilizado na análise estar corrigido
para a temperatura de referência (25oC).
Tabela 5.26 – Faixa de Módulos do FEPAVE2 e retroanalisados para a estaca 4153/4154.
Foram calculadas as bacias de deflexões a partir do FEPAVE2 utilizando-se dos
resultados obtidos nos ensaios de laboratório. Para a determinação das deflexões nos
pontos de ensaio do FWD, foi utilizada a equação 5.8 e determinaram-se os coeficientes a
e b por regressão não linear a partir do programa LAB FIT – Ajuste de Curvas.
(5.8)
Sendo:
010203040506070
REVEST. BASE SUB-BASE REF. SUBL.
4153/4154
5381+15/5382
REVEST. BASE SUB-BASE REF. SUBL.(kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (10-2mm)
4153/4154 21194 484-1472 687-1022 372-888 1797 - 2272 43,3
REVEST. BASE SUB-BASE REF. SUBL.(kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (10-2mm)
4153/4154 21194 918,5 684 - 2249 48,5
DEFLEXÃOTOTALMEDIDA
FAIXA DE MÓDULOS
MÓDULOS OBTIDOS POR RETROANÁLISE
ESTACA
ESTACA
DEFLEXÃOMÁXIMAFEPAVE2
)).(1()( bra
DmáxrD+
=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
337
Dr é a deflexão no ponto referente à distância radial r;
r é a distância radial;
D0 é a deflexão máxima, que ocorre no centro da área carregada (rx = 0cm);
a e b são os coeficientes da equação obtidos no ajuste da bacia.
Os coeficientes determinados para as equações das bacias de deflexão das estacas
4153/4154 (lado direito) estão apresentados na tabela 5.27.
Tabela 5.27 – Coeficientes da equação obtidos no ajuste da bacia
A fim de comparar as bacias obtidas pelos diferentes procedimentos, ou seja, através dos
módulos resultantes da retroanálise com os módulos de laboratório, foram calculadas as
bacias teóricas com o ELSYM5 utilizando-se os módulos retroanalisados pelos programas
EVERCALC5, RETROANA e ELMOD4. Para a bacia da estaca 4153/4154 (figura 5.73) o
RMS obtido pelo programa EVERCALC5 foi o menor indicando um melhor ajuste entre as
bacias medida e teórica.
A bacia foi simulada com o programa FEPAVE2 e apresentou RMS de 36,7% para a
estaca 4153/4154, o que não indicou um bom ajuste entre a bacia medida e calculada. No
entanto, a deflexão máxima obtida com o FEPAVE2 para a estaca 4153/4154 apresentou
erro de apenas 9,8%.
ESTACA a b R2
4153/4154 1,21.10-3 1,8045 0,99
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
338
Figura 5.73 – Bacias deflectométricas obtidas a partir do FEPAVE2, EVERCALC5,
RETROANA E ELMOD4
5.6.2 – Resultados dos Ensaios Realizados com Materiais Coletados em Jazida
5.6.2.1 – Ensaios de Módulo de Resiliência de Solos e Britas
Com os materiais coletados em jazidas foram realizados ensaios triaxiais para diferentes
teores de umidade, ou seja, para cada ponto da curva no ensaio de compactação foram
moldados corpos-de-prova para a realização de ensaios de módulo de resiliência para as
camadas de base, sub-base, reforço e subleito. Os ensaios de resiliência foram realizados
para os pares sublinhados em cinza de teor de umidade x massa específica aparente
seca conforme tabela 5.28.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
339
Tabela 5.28 – Teores de umidade média e massa específica aparente seca obtidos no
ensaio de compactação.
Com base nos resultados dos ensaios de módulo de resiliência foi utilizado o programa
LAB FIT – Ajuste de Curvas para obter os parâmetros do modelo composto para as
amostras de material de base, sub-base, reforço e subleito. Na tabela 5.29, estão sendo
apresentados os módulos de resiliência baseados no modelo composto, onde se pode
observar comparando os seus resultados com os da 5.25, uma coerência entre os
coeficientes k1, k2 e k3 obtidos nos ensaios, como também, em termos de umidade e
massa específica aparente seca, entre os materiais coletados nas estacas 4153 e
5381+15 com os materiais de jazida.
Nas figuras 5.74 a 5.76, são apresentadas a formatação tridimensional para os modelos
compostos de módulo de resiliência dos materiais de base, sub-base e reforço coletados
em jazida e para o subleito existente.
h.média γs h.média γs h.média γs h.média γs h.média γs h.média γs(%) (g/cm3 ) (%) (g/cm 3 ) (%) (g/cm 3 ) (%) (g/cm 3 ) (%) (g/cm 3 ) (%) (g/cm 3 )
Base Proctor Modificado 1,53 2,237 2,91 2,269 4,26 2,308 6,16 2,314 6,82 2,269 5,44 2,323Sub-base Proctor Intermediário 4,05 2,060 5,68 2,086 7,90 2,086 9,37 2,037 11,36 1,966 6,06 2,110Reforço Proctor Intermediário 3,70 1,953 5,56 1,991 7,36 2,017 9,46 1,967 11,54 1,905Subleito Proctor Normal 3,74 1,872 5,94 1,891 7,69 1,918 9,63 1,851 11,31 1,760
CAMADAENERGIA
DECOMPACTAÇÃO
1O PONTO 2O PONTO 3O PONTO 4O PONTO 5O PONTO 6O PONTO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
340
Tabela 5.29 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo
composto.
Figura 5.74 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto
para o material de base em várias condições de moldagem.
RESULTADOS DOS ENSAIOS DE MÓDULOS BASEADOS NO MODELO COMPOSTO
AMOSTRA PONTO k1 k2 k3 R2 K1=1/k1 K2=-k2 K3=1-k3
Base 2o 1,45.10-4 -0,5302 1,1606 0,97 6911 0,5302 -0,1606Base 3o 2,60.10-4 -0,4391 0,8679 0,94 3846 0,4391 0,1321Base 4o 2,42.10-4 -0,1889 0,8895 0,91 4127 0,1889 0,1105Base 5o 2,15.10-4 -0,4548 0,9568 0,97 4655 0,4548 0,0432
Sub-base 2o 2,60.10-4 -0,5189 1,0940 0,98 3849 0,5189 -0,0940Sub-base 3o 2,96.10-4 -0,4511 1,0730 0,99 3382 0,4511 -0,0730Sub-base 4o 2,57.10-4 -0,5399 1,1066 0,99 3893 0,5399 -0,1066Sub-base 5o 4,62.10-4 -0,0630 0,5182 0,98 2165 0,0630 0,4818
Reforço do subleito 2o 2,90.10-4 -0,4892 0,9620 0,99 3448 0,4892 0,0380Reforço do subleito 3o 1,97.10-4 -0,6316 1,2506 0,95 5076 0,6316 -0,2506Reforço do subleito 4o 3,90.10-4 -0,4989 1,0000 0,99 2564 0,4989 0,0000
Subleito 2o 3,30.10-4 -0,5227 1,0617 0,99 3030 0,5227 -0,0617Subleito 3o 2,80.10-4 -0,4515 1,0735 0,99 3571 0,4515 -0,0735Subleito 4o 4,04.10-4 -0,4738 0,9714 0,99 2475 0,4738 0,0286
Nota: módulos resilientes em kgf/cm²
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
341
Figura 5.75 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto
para os materiais de sub-base e reforço em várias condições de moldagem.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
342
Figura 5.76 – Resultado dos ensaios de módulo resiliente baseados no modelo composto
para o material do subleito em várias condições de moldagem.
5.6.2.2 – Ensaios de Resistência à Tração por Compressão Diametral
Os resultados dos ensaios de resistência a tração com corpos-de-prova de concreto
asfáltico moldados em laboratório nas faixas B e C com os mesmos materiais da obra
estão apresentados resumidamente na tabela 5.30.
Comparando os resultados das tabelas 5.23 e 5.30 observa-se que os corpos-de-prova
moldados em laboratório apresentam resistência à tração menor que a dos corpos-de-
prova extraídos “in situ”, sendo maior a diferença para corpos-de-prova da estaca
5381+15 (furo 4).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
343
Tabela 5.30 – Resultados de resistência à tração por compressão diametral de concreto
asfáltico moldado em laboratório.
Este ganho de resistência pode ser atribuído ao envelhecimento do ligante, que ganha
resistência com o passar do tempo devido à perda de seus elementos voláteis.
5.6.2.3 – Ensaios de Módulo de Resiliência e Fadiga
Foram moldados em laboratório corpos-de-prova de concreto asfáltico nas faixas B e C
com os mesmos materiais da obra para serem realizados ensaios de módulo de
resiliência por compressão diametral e fadiga para as misturas asfálticas nas faixas B e C,
cujos resultados estão sumarizados na tabela 5.31.
Tabela 5.31 – Resultados de módulo de resiliente por compressão diametral e modelos de
fadiga para corpos de prova moldados em laboratório.
Observa-se certa correlação entre os módulos resilientes obtidos por retroanálise para a
camada asfáltica e os módulos de laboratório antes da conversão devido a temperatura.
3567
MR MÉDIO
(kgf/cm²)CONCRETOASFÁLTICO
CBUQ faixa B 3807
MODELO DE FADIGA
CBUQ faixa C
6752,21,1584 −Δ×= σN
4965,312106 −− ××= tN ε
6752,28101 −− ××= tN ε
6752,29,2003 −Δ×= σN
Númerodo
Corpo-de-Prova
CBUQFaixa CMédia
Númerodo
Corpo-de-Prova
CBUQFaixa BMédia
(kgf/cm2) (kgf/cm2)4037
7,8
4014
7,0
4038 40154039 40164043 40204044 40214045 40224040
8,04017
7,24041 40184042 4019
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
344
Nos módulos retroanálisados convertidos para a temperatura padrão (25oC) pode-se
verificar que um significativo percentual destes módulos foram maiores do que o
encontrado em laboratório, isto pode ser atribuído ao envelhecimento do ligante que ao
perder seus elementos voláteis torna-se mais duros como já comentado no item 5.4.1
deste capítulo.
5.6.2.4 – Análise Mecanística com o FEPAVE2
Com base nos resultados realizados no ano de 2001 para os materiais coletados em
jazida e para as misturas asfálticas nas faixas B e C, procedeu-se uma análise
mecanística a partir do FEPAVE2 para o cálculo dos parâmetros de deformabilidade do
sistema pavimento-subleito. A configuração utilizada para a análise foi de uma carga com
pressão de contato de 5,6 kgf/cm2 e raio de 10,8 cm e malha automática. Todos
parâmetros de deformabilidade foram calculados diretamente na malha de elementos
finitos.
Nesta análise, buscou-se verificar o efeito da variação modular da camada de BGS em
função de diferentes teores de umidade. Foram moldados corpos de prova para cada
ponto de “densidade seca x umidade”, obtidos na curva de compactação do 2o ao 5o
ponto. Para as camadas de sub-base, reforço e subleito foram considerados os módulos
dos corpos de prova moldados na umidade ótima e os módulos médios das camadas de
concreto asfáltico, rolamento e binder, obtidos nos ensaios dinâmicos.
Segundo MEDINA (1997), a confiabilidade pode ser definida como sendo a probabilidade
de um sistema, equipamento ou estrutura desempenhar satisfatoriamente a função a que
se destina com a expectativa de duração estabelecida. Neste sentido, buscou-se aplicar a
confiabilidade considerando os intervalos de confiança a seguir apresentados:
• 50% para a média;
• 85% para a média + 1,04 x desvio padrão;
• 95% para a média + 1,65 x desvio padrão;
• 99,9% para a média + 3,09 x desvio padrão.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
345
Os critérios admissíveis adotados para os parâmetros resposta foram os seguintes:
• Deflexão máxima admissível medida na superfície do pavimento segundo o
DNER PRO-269/94:
( )PNadmD log.188,0148,310 −=
• Deformação específica de tração na fibra inferior das camadas de Capa
(CBUQ Fx C) e Binder (CBUQ Fx B):
4965,3.12106 −−= txCBUQFxCN ε6752,28.81 −−= tCBUQFxB xN ε
• Diferenças de tensões na fibra inferior das camadas de Capa (CBUQ Fx C) e
Binder (CBUQ Fx B):
( ) 4965,3.9,2003 −Δ= σCBUQFxCN ( ) 6752,2.1,1584 −Δ= σCBUQFxBN
• Tensão vertical admissível vertical no topo do subleito (HEUKELOM &
KLOMP, 1962):
LogNMrSub
V .7,01.006,0
+=σ
É importante salientar que para os modelos de fadiga de deformação específica de tração
foi considerado um fator campo-laboratório de fo = 105 e para a diferença de tensões fo =
104 conforme os estudos realizados por PINTO (1991).
Os resultados da simulação realizada com o FEPAVE2 e apresentados nas tabelas 5.32 e
5.33 permitem concluir que: o pequeno coeficiente de variação nos parâmetros resposta
de deformabilidade para a camada de Binder é um indicativo de que a variação no teor de
umidade da camada de BGS não é o fator preponderante no comportamento estrutural do
pavimento, e sim, a diferença de rigidez desta em relação a camada de Binder conforme
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
346
observado na tabela 5.32, bem como, nos valores de módulos encontrados na
retroanálise para as camadas supracitadas. A menor diferença de rigidez entre as
camadas de Binder e BGS foi obtida no 4o ponto que resultou em menores tensões e
deformações sob camada de Binder como pode ser visto na tabela 5.32. Já a camada de
rolamento por sua vez, apresentou deformações específicas de tração menores que a
admissível para um número “N” de 4,5x107.
No que concerne ao critério de confiabilidade, constata-se que para a deflexão máxima na
superfície a estrutura simulada no FEPAVE2 atenderia apenas a um número N de 1x107,
ou seja, quatro anos de serviço conforme a projeção mostrada na tabela 4.11, com 99,9%
de confiabilidade. Para a deformação específica de tração e diferença de tensões na
camada de rolamento a estrutura atenderia ao número de projeto com uma confiabilidade
de 99,9%. Em contrapartida, a camada de ligação (Binder), quanto à diferença de tensões
não atenderia ao número N preconizado em projeto (4,5x107) – tabela 5.33. Como as
manifestações de trincamento na superfície surgiram a partir do 3º ano de serviço, pode-
se afirmar que as trincas tenham se propagado da camada de ligação para a camada de
rolamento. Deste modo, a afirmação de que a camada de revestimento atenderia com
99,9% de confiabilidade não está correta porque ela sofre a influência da camada inferior.
A condição de trincamento precoce do pavimento está de acordo com o previsto na
análise mecanística. Quanto ao subleito, as tensões atuantes no topo do mesmo para as
estruturas simuladas são bastante diminutas em comparação com a tensão admissível,
prevendo-se o atendimento ao tráfego de projeto com 99,9% de confiabilidade, o que
também foi comprovado até o momento no trecho, visto que as medições até o terceiro
ano de tráfego mostram a pequena incidência de trilha de roda interna e externa
apresentando em média de 2,7mm para ambas as faixas, direita e esquerda. Na tabela
5.34 constam as contribuições percentuais das camadas na deflexão total.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
347
Tabela 5.32 – Resultados dos parâmetros de deformabilidade obtidos a partir da
simulação com o FEPAVE2.
Tabela 5.33 – Resultados da análise de confiabilidade.
Tabela 5.34 – Contribuição percentual das camadas na deflexão total e faixa de módulos
obtidas com o FEPAVE2.
VILLIBOR et. al. (2005), discorrem que um dos fatores determinantes da deterioração das
camadas de base granular quando sob revestimentos de CBUQ denso, é o fato de
ocorrerem elevadas tensões de tração, o mesmo absorve parte delas, por ser coesivo e
ter módulo de resiliência da ordem de 3.000 a 4.000 MPa quando novo e crescente com o
aumento da rigidez causada pela oxidação do seu ligante, que em serviço sob o efeito
das cargas repetitivas rompem as fibras inferiores do CBUQ, por fadiga. Com isso, inicia-
se uma fissuração no fundo da camada que devido ao efeito do tráfego evoluem para um
BASE SUB-BASE REF. SUBL.(10-2mm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
2o Ponto 0,4 0,4 11,1 19,3 17,4 51,5 54,0 35.670 38.010 770-778 386-433 417-504 5033o Ponto 0,3 0,3 17,3 20,7 12,6 48,6 58,8 35.670 38.010 411-618 386-488 386-462 5034o Ponto 0,8 0,0 10,3 18,5 16,9 53,5 48,6 35.670 38.010 1441-1559 386-392 417-469 5035o Ponto 0,4 0,4 16,0 18,4 14,5 50,4 56,4 35.670 38.010 551-549 386-463 386-438 503
ESTACA% DE CONTRIBUIÇÃO NA DEFLEXÃO TOTAL
CAPA BASE SUB-BASE REF. SUBL.
FAIXA DE MÓDULOS
BINDER CAPA BINDER
DEFLEXÃOTOTAL
Parâmetos Desvio CVObtidos Padrão (%) 50 85 95 99,9 1x106 5x106 1x107 4,5x107
Superfície Do (10-2mm) 55 4,20 7,7 55 59 61 67 105 77 68 51εt (cm/cm) 1,81.10-6 7,71.10-7 42,7 1,81.10-6 2,61.10-6 3,08.10-6 4,19.10-6 3,19.10-4 2,02.10-4 1,65.10-4 1,07.10-4
Δσ (kgf/cm²) 2,5 0,56 22,9 2,5 3,0 3,4 4,2 23,6 14,9 12,2 7,9εt (cm/cm) 1,99.10-4 1,81.10-5 9,1 1,99.10-4 2,17.10-4 2,28.10-4 2,54.10-4 4,32.10-4 2,37.10-4 1,82.10-4 1,04.10-4
Δσ (kgf/cm²) 7,10 0,66 9,3 7,1 7,8 8,2 9,1 28,1 15,4 11,9 6,8Subleito σvsub. (kgf/cm²) 0,08 0,002582 3,4 0,077 0,080 0,081 0,085 0,58 0,53 0,51 0,47
Nível de Confiança (%)Média Limites de solicitações do Eixo-padrão
Cam. De Binder
Cam. deRolamento
Camada
Do εR Δσ σR εR Δσ σR σvsub. Do εadm Δσadm εadm Δσadm σvsubleito(10-2mm) (cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (10-2mm) (cm/cm) (kgf/cm²) (cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
2o Ponto 54 1,7.10-6 2,7 1,4 1,96.10-4 7,0 -6,5 0,0763o Ponto 59 1,2.10-6 2,8 1,3 2,14.10-4 7,9 -7,6 0,0804o Ponto 49 2,9.10-6 2,7 1,5 1,74.10-4 6,3 -5,7 0,0745o Ponto 56 1,4.10-6 2,8 1,3 2,10.10-4 7,3 -6,9 0,078
Módulo da BGS
6,8 0,47
Limites Admissíveis para N de projeto - 4,5x107NoSubleito
NaSuperfície BinderRolamento
Na camda de Rolamento
Na camda de Binder
52 1,07.10-4 7,9 1,04.10-4
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
348
trincamento, permitindo a infiltração de água, para a interface e para o interior da base, a
qual percolando entre os grãos vai contribuir para a saturação da base e da camada
inferior. Como a dissipação das cargas na base se processa através do atrito entre os
grãos, o contato entre os grãos maiores origina um processo de abrasão que resulta
numa produção de finos provenientes do desgaste dos mesmos, tal processo acelera o
crescimento do número de vazios na camada, mesmo os finos não sendo plásticos,
podem produzir, na presença de água, um excesso de pressão nos poros (devido à
drenagem lenta), além de aumentar os vazios na parte superior da camada, o que causa
uma queda no seu comportamento estrutural, levando-o a um aumento na deformação do
pavimento que pode produzir duas situações: o trincamento imediato em revestimento de
CBUQ, pela sua rigidez, e a aceleração do fenômeno de fadiga, causando trincas
prematuras no mesmo vindo a comprometer a estrutura como um todo.
5.7 – Resultados da Pesquisa Volumétrica Classificatória
Neste item mostra-se uma nova projeção do número N, através das pesquisas
volumétricas classificatórias, efetivadas no posto de cobertura (C-117), situado entre o
acesso à cidade de Ingá e Campina Grande, durante 72 horas, no período compreendido
entre os dias 7, 8 e 9 de julho (quarta, quinta e sexta-feira), do ano de 2004. No anexo D,
constam os resultados da pesquisa realizada, que indicaram os resultados médios
apresentados na tabela 5.35.
Tabela 5.35 – Volume médio diário medido em julho 2004 nesta pesquisa.
A pesquisa realizada foi corrigida sazonalmente com os dados coletados no “site” do
DNIT. Não houve necessidade da correção horária, uma vez que a pesquisa em questão
foi realizada com duração integral de 24 horas. Os dados estão apresentados na tabela
5.36 e geraram o coeficiente C1 que serviu para corrigir mensalmente a pesquisa
realizada no mês de julho.
TIPOS AUTO ÔNIBUS 2C 3C nSi OUTROS TOTAL V.H.M V.H.P
VMD 2449 134 282 328 143 221 3557274 7,7%
% 68,9 3,8 7,9 9,2 4,0 6,2 100
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
349
Tabela 5.36 – Volume médio diário anual (www.dnit.gov.br) consultado em 08/10/2005.
A definição dos volumes médios diários devidamente corrigidos, representando a média
anual de 2004 está apresentada na tabela 5.37.
Tabela 5.37 – Volume médio diário corrigido sazonalmente para o trecho estudado desta
pesquisa.
Na figura 5.77, consta um comparativo entre a distribuição de tráfego referente a
contagem realizada em 2004 com a projeção segundo o projeto executivo da rodovia para
julho de 2004.
TIPOS AUTO ÔNIBUS 2C 3C nSi OUTROS TOTAL
VMD 2449 134 282 328 143 221 3557
C1 1,021
VMD
CORRIGIDO 2501 137 289 335 146 226 3634
COORDENAÇÃO PNV ANO VMD ANUAL km
13a230BPB0220 1998 5919 143,8
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
6384 5948 5355 5651 5442 6084 5795 5677 6171 6805 - -
C1 = VMDANUAL / VMDJULHO = 5919/5795 = 1,021
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
350
Figura 5.77 – Distribuição percentual do tráfego pela contagem de 2004 e pela projeção
segundo o estudo de tráfego do projeto.
Observa-se na figura 5.76, que em termos de volume, a distribuição do tráfego referente à
projeção se mostrou bastante coerente com a contagem realizada nesta pesquisa,
diferenciando-se apenas no percentual de veículo do tipo 3C e automóveis.
Segundo DER/PB (1999), a obtenção do crescimento do tráfego baseou-se nos dados
históricos coletados e utilizou-se o método estatístico dos mínimos quadrados, onde as
melhores correlações indicaram as equações de regressão linear que, aplicadas ao longo
da série 1987/2013, indicaram as taxas médias anuais de crescimento mostradas na
tabela 5.38. Os resultados obtidos pelas regressões indicaram uma compatibilidade de
crescimento com a economia regional, da ordem de 3% ao ano para os principais
indicadores econômicos. Nesta pesquisa adotou-se as mesmas taxas de crescimento
obtidas no projeto e indicadas na tabela 4.2. Na tabela 5.39, consta a projeção do número
N, utilizando as taxas de crescimento linear indicadas na tabela 5.38.
AUTO73%
ÔNIBUS4%
2C9%
3C10%
Nsi4%
DISTRIBUIÇÃO DO TRÁFEGO NO ANO DE 2004 - PELA CONTAGEM
AUTO65%
ÔNIBUS5%
2C10%
3C16%
Nsi4%
DISTRIBUIÇÃO DO TRÁFEGO NO ANO DE 2004 - PELA PROJEÇÃO DE PROJETO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
351
Tabela 5.38 – Taxas de crescimento anual linear e exponencial (DER/PB, 1999).
Tabela 5.39 – Projeção do tráfego por tipo de veículos.
Neste estudo não foram realizadas pesquisas de pesagem de eixos, o que impossibilitou
determinar realmente as cargas por eixo que solicitam o pavimento, uma vez que, no
dimensionamento tomaram-se os valores dos fatores de veículos indicados pela “lei da
balança”.
Com a evolução da fabricação dos veículos de carga, no Brasil e em outros países, tem
ocorrido muita pressão dos operadores no sentido da elevação dos limites de carga.
Segundo FERNANDES JR. et al. (1995), há vantagens financeiras imediatas para quem
trafega sobrecarregado e, conseqüentemente, a deterioração dos pavimentos torna-se
acentuada e os custos de operação crescem. No caso do Brasil, os maiores custos
operacionais decorrentes da sobrecarga são repassados ao valor dos fretes sem maiores
dificuldades, pois não há nível de competição intermodal nem intramodal como ocorre em
ÔNIBUS FROTA
2C 2C 3C 2S2 2S3 3S2 3S3 2C2 2C3 COMERC.
2004 2501 137 287 335 16 96 2 14 5 14 3406 905
2005 2581 139 292 344 16 99 2 15 5 14 3507 926
2006 2664 141 297 354 17 103 2 16 5 15 3614 950
2007 2749 143 302 364 18 107 2 17 5 16 3723 974
2008 2837 145 307 374 19 111 2 18 5 17 3835 998
2009 2928 147 313 384 20 115 2 19 5 18 3951 1023
2010 3022 149 319 395 21 119 2 20 5 19 4071 1049
2011 3119 151 325 406 22 123 2 21 5 20 4194 1075
2012 3219 153 331 417 23 127 2 22 5 21 4320 1101
2013 3322 155 337 429 24 132 2 23 5 22 4451 1129
2014 3428 157 343 441 25 137 2 24 5 23 4585 1157
2015 3538 160 349 453 26 142 2 25 5 24 4724 1186
3,6% a.a. 3,6% a.a. 3,6% a.a.
REBOQUES E SEMI-REBOQUESCAMINHÃO
2,8% a.a. 3,6% a.a.
AUTOSANO
TAXA DE CRESCIMENTO
LINEAR
VMD
3,6% a.a. 3,6% a.a. 3,2% a.a. 1,6% a.a. 1,8% a.a.
TIPOSAUTO E
2CSÔNIIBUS CAM. 2C
CAM.3C
nSi TOTAL
EXPONENCIAL 2,8% 1,4% 1,6% 2,4% 2,9% 2,5%
LINEAR 3,2% 1,6% 1,8% 2,8% 3,6% 3,0%
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
352
outros países do primeiro mundo. Esta questão envolve também o comprometimento do
conforto e da segurança do usuário da rede viária.
A carga por eixo, independentemente dos fatores ambientais, do comportamento
estrutural dos pavimentos e da ação combinada de outros fatores de tráfego, é a que mais
afeta a deterioração dos pavimentos. Pode, muitas vezes, não ser o único fator
significativo, mas tem que ser considerada, sempre, quando se tratar dos efeitos das
solicitações do tráfego sobre o desempenho dos pavimentos (FERNADES JR., 1994).
Apesar desta pesquisa não ter contemplado uma campanha de pesagem de eixos, o
excesso de carga por eixo como já se sabe pode reduzir a vida útil dos pavimentos. É
bem provável que os veículos que trafegam na rodovia em estudo estejam transportando
sobrecargas, no entanto, o excesso de carga não é fator preponderante para o
desencadeamento do trincamento prematuro do pavimento, e sim, um fator acelerador do
processo de degradação da estrutura, tendo em vista que, as simulações realizadas com
o FEPAVE2 a partir dos parâmetros obtidos em ensaios laboratoriais, bem como, nos
módulos obtidos por retroanálise, mostraram uma incompatibilidade de rigidez entre o
revestimento e a base, sendo este o aspecto mais relevante para o comportamento
estrutural apresentado pelo pavimento. Não se quer dizer com isso, que o excesso de
carga não seja importante, e sim, levantar a questão de que mesmo sem excesso de
carga o pavimento viria a trincar, porém com um número bem maior de solicitações. É
sabido também, que a camada de brita graduada mesmo compactada na energia do
Proctor modificado (56 golpes), em alguns casos, não ficam suficientemente compactadas
como citado no Manual de Execução de Serviços Rodoviário do DER-PR (1991) e, sendo
assim, sugerem que a determinação da energia seja feita por intermédio da curva
“máxima densidade aparente seca x energia de compactação”. Segundo NEVES et. al.
(1995), a execução de bases de brita graduada acarretou alguns insucessos, na década
de oitenta, principalmente com o surgimento prematuro no pavimento de trincas ou de
deformações plásticas excessivas. Tais degradações foram creditadas à deformabilidade
da camada de brita graduada. Os autores citam ainda que, para evitar tal empecilho em
obras de maior porte têm sido empregadas britas graduadas tratadas com cimento na
base, ou na sub-base (compondo assim o denominado “pavimento invertido”). A prefeitura
de São Paulo na IP-05 (instrução de projeto) para dimensionamento de pavimentos
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
353
flexíveis para tráfego meio pesado (1,4x106 < N < 3,1x106), pesado (1,0x107 < N <
3,3x107) e muito pesado (3,3x107 < N < 6,7x107) e faixa exclusiva de ônibus (1,0x107 < N
< 5,0x107), restringe adoção de camada de base granular para N> 107, devendo-se utilizar
somente base cimentada, com a finalidade de evitar a fadiga prematura nas camadas
betuminosas.
Em dezembro de 2000, foram realizadas pesquisas de pesagem de eixos na rodovia BR-
101/PE, com balança móvel do DER/PE no segmento: Recife – Cabo de Santo Agostinho,
resultando nos fatores de veículos indicados na tabela 5.40. Para a nova projeção do
número N, foram adotados os fatores de veículos obtidos na pesquisa citada por ser mais
representativa do que os fatores constantes na “Lei da Balança”.
Tabela 5.40 – Fatores de veículos da BR-101/PE (DNIT/PE, 2000).
Na tabela 5.39, não constam os fatores de veículos para os tipos comerciais 2C2 e 2C3.
Desta forma, os fatores de veículos foram obtidos considerando-se os limites legais por
eixo mais a tolerância de 7,5% sobre os limites do peso bruto total conforme Lei no
7408/85. Os resultados obtidos constam na tabela 5.41.
TIPO DE
CAMINHÃOUSACE AASHTO
2O 2,49 0,37
3O 1,96 0,89
2C 2,08 1,33
3C 11,36 1,64
2S1 7,14 2,31
2S2 4,48 1,96
2S3 6,84 2,52
3S1 12,14 3,92
3S2 25,65 8,22
3S3 22,02 3,73
2C-2-2 27,47 11,81
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
354
Segundo SOARES e MOTTA (1998), a determinação do fator de veículo considerando os
“eixos individuais” ou o “conjunto de eixos” leva a valores bem diferentes, isto se deve, a
falta de clareza nas recomendações na literatura nacional. Sendo assim, os autores
advertem, que o fator de eixo deve ser determinado considerando-se o “conjunto de
eixos” e não “eixos individuais”. Com base neste critério, foram determinados os fatores
de veículos para os tipos comerciais 2C2 e 2C3.
Tabela 5.41 – Fatores de veículos para os tipos comerciais 2C2 e 2C3.
De posse dos fatores de veículos indicados, mais as projeções do tráfego, calcularam-se,
mediante o conhecido algoritmo, os “Números de Repetições do Eixo Simples Padrão N”,
pelas metodologias do “USACE” e da “AASHTO”, utilizando a equação 4.1 apresentada
no Capítulo IV, e indicada a seguir:
Sendo:
• k = fator de carregamento para a faixa de projeto (para pistas simples: 0,50
= 50% do tráfego dos dois sentidos alocado na faixa de projeto; para pistas
duplas: 80% do tráfego = 0,40 do tráfego nos dois sentidos);
• Vm = volume médio diário de cada categoria de veículo comercial;
• Fvi = fator de veículo médio de cada categoria de veículo comercial;
2C2 tf2C2+7,5%
PARTICIPAÇÃO(%)
FCUSACE
FCAASHTO
FCxPARTIC.USACE
FCxPARTIC.AASHTO
CONJUNTODE
EIXOS
FVUSACE
FVAASHTO
6 6,45 17 0,372 0,447 6,19 7,4610 10,75 28 5,171 2,394 143,63 66,5110 10,75 28 5,171 2,394 143,63 66,5110 10,75 28 5,171 2,394 143,63 66,51
TOTAL 36 38,7 4,37 2,07
2C3 tf2C3+7,5%
PARTICIPAÇÃO(%)
FCUSACE
FCAASHTO
FCxPARTIC.USACE
FCxPARTIC.AASHTO
CONJUNTODE
EIXOS
FVUSACE
FVAASHTO
6 6,45 14 0,372 0,447 5,18 6,2410 10,75 23 5,171 2,394 120,25 55,6810 10,75 23 5,171 2,394 120,25 55,6817 18,28 40 12,710 2,216 502,49 87,60
TOTAL 43 46,23 7,48 2,05
EIXO
S
4 8,21
17,48
29,93
Σ
Σ
EIXO
S
4 8,28
DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE VÉICULOS DE 2C2 E 2C3
( )∑= iianual xFvVmxkxN 365
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
355
Adotou-se o ano de 2006 como sendo o ano de abertura. Primeiramente o tráfego foi
evoluído até o ano de 2006, e em seguida os “N’s” anuais foram acumulados ano-a-ano
desde 2006 até 2015. Na tabela 5.42, consta o número N para um período de projeto de
10 anos, que foi de 3,6.107.
Segundo PINTO e PREUSSLER (2002), a relação entre o N NUSACE e NAASHTO é em torno
de 4, ou seja, NUSACE = 4xNAASHTO. Isto se deve, ao fato, do critério de deslocamento
vertical na interface pavimento/subleito (USACE) ser mais rigoroso que o da variação de
serventia (AASHTO). Observa-se na tabela 5.42, que o número N determinado pela
metodologia da AASHTO é cerca de 8 vezes menor que o obtido pela metodologia do
USACE. Isto pode ser atribuído aos baixos fatores de veículos obtidos na pesquisa de
pesagem de eixos da BR-101/PE (ver tabela 5.37).
Tabela 5.42 – Determinação do número N para um período de projeto de 10 anos.
5.8 – Métodos de Dimensionamento de Reforço e Estudo Paramétrico
Neste item, apenas a nível especulativo, será analisado com base nos parâmetros
resultantes dos levantamentos e a nova projeção do número N, que espessura de reforço
é exigida pelos dois principais métodos de dimensionamento do atual DNIT, o DNER
PRO-11/79 (procedimento B)(DNER, 1979) e o DNER PRO-269/94 (DNER, 1994e). Será
realizado também, um estudo paramétrico, a fim de indicar uma solução que restabeleça
2C 3C 2S2 2S3 3S2 3S3 2C2 2C3 FVm ANUAL ACUMUL. FVm ANUAL ACUMUL.
2006 2664 141 297 354 17 103 2 16 5 15 3614 950 1,64 3,7.105 3,7.105 7,06 6,9.106 6,9.106
2007 2749 143 302 364 18 107 2 17 5 16 3723 974 1,65 3,9.105 7,6.105 7,11 7,2.106 7,2.106
2008 2837 145 307 374 19 111 2 18 5 17 3835 998 1,66 4,0.105 1,2.106 7,15 7,5.106 7,5.106
2009 2928 147 313 384 20 115 2 19 5 18 3951 1023 1,67 4,2.105 1,6.106 7,19 7,7.106 7,7.106
2010 3022 149 319 395 21 119 2 20 5 19 4071 1049 1,67 4,3.105 2,0.106 7,22 8,0.106 8,0.106
2011 3119 151 325 406 22 123 2 21 5 20 4194 1075 1,68 4,4.105 2,5.106 7,26 8,3.106 8,3.106
2012 3219 153 331 417 23 127 2 22 5 21 4320 1101 1,69 4,6.105 2,3.106 7,29 8,6.106 8,6.106
2013 3322 155 337 429 24 132 2 23 5 22 4451 1129 1,69 4,7.105 3,4.106 7,33 8,9.106 1,7.107
2014 3428 157 343 441 25 137 2 24 5 23 4585 1157 1,70 4,9.105 3,9.106 7,36 9,2.106 2,7.107
2015 3538 160 349 453 26 142 2 25 5 24 4724 1186 1,71 5,0.105 4,4.106 7,39 9,5.106 3,6.107
AASHTO - 0,4 1,3 1,6 2,0 2,5 8,2 3,7 8,3 8,2 - -USACE - 2,5 2,1 11,4 4,5 6,8 25,7 22,0 17,5 29,9 - -
AUTOS ÔNIBUSCAMINHÃO FORTA
COMERCIALREBOQUES E SEMI-REBOQUES VMD
O fator climático (FR) foi considerado como sendo igual a 1,0.
Nanual = 365x0,5x0,8xFVmx(ônibus+2C+3C+nSi)anual
USACEAASHTOANO
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
356
a condição estrutural da estrutura, apresentando uma estimativa de custo por quilômetro
de rodovia.
5.8.1 – Dimensionamento da Camada de Reforço
Com base nos estudos realizados serão verificadas quais espessuras são exigidas
segundo os dois métodos de dimensionamento de camada de reforço citados no item
anterior. Para este estudo, foram considerados apenas os segmentos homogêneos 03,
07, 12 e 19, pelo fato de cada segmento contemplar um furo de sondagem. Na tabela
5.44, apresenta-se sumarizados os cálculos necessários para a determinação da camada
de reforço segundo os métodos utilizados. As espessuras exigidas pelos dois métodos
estão apresentadas na tabela 5.43.
Tabela 5.43 – Espessuras de reforço exigidas.
Salienta-se que, os métodos supracitados apresentam limitação quando aplicados para
dimensionamento de espessuras de reforço de pavimentos asfálticos que se encontram
estruturalmente comprometidos, porém com condições funcionais ainda satisfatórias. Este
fato vem ressaltar a importância da mecânica dos pavimentos no dimensionamento
racional de pavimentos novos e de reforço.
Com relação a comparação entre diferentes métodos de dimensionamento de pavimentos
novos ou de reforço, vários estudos no Brasil mostram que não é uma tarefa fácil, haja
vista os diferentes parâmetros utilizados por cada um. Considerou-se que todas as
premissas estabelecidas quanto aos requisitos exigidos em projeto para os tipos de
materiais, indicados em termos de resistência e deformabilidade, bem como para o
controle de execução dos serviços estejam em conformidade com a norma. Logo
ST DNER PRO-269/94DNER PRO-11
(MÉTODO B)/79
03 6 9
07 8 12
12 3 5
19 17 18
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
357
podemos tecer as seguintes indagações com relação as soluções indicadas na tabela
5.44. São elas:
AV
AL
IAÇ
ÃO
DA
S C
AR
AC
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TIC
AS
FUN
CIO
NA
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357
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0/PB
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Hom
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eo
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1FC
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)(0
,01
mm
)(0
,01
mm
)(%
)(%
)(%
)(%
)(%
)(%
)(%
)(m
m)
(mm
/m)
341
40+
042
28+
017
60D
8013
0CB
UQ
262
912
00
00,
217
744
92+
045
08+
032
0E
9611
7CB
UQ
2550
1868
00
01
43
1250
34+
050
98+
012
80D
6517
6CB
UQ
610
00
00
00,
134
1953
62+
054
10+
096
0E
137
82CB
UQ
00
100
100
00
02,
883
Rodo
via
BR23
0/PB
DN
ER P
RO -
269
Segm
ento
Hom
ogên
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REFO
RÇO
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I 2(0
,01m
m)
(cm
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m)
(cm
)(c
m)
(kgf
/cm
²)(c
m)
(0,0
1mm
)(c
m)
(cm
)(c
m)
341
40+
042
28+
06
55III
01
3,6.
107
5312
8,5
8,5
623
.860
2,51
744
92+
045
08+
05
55III
01
3,6.
107
5312
6,8
6,8
814
.444
4,15
1055
,812
,812
,810
1250
34+
050
98+
06
55III
01
3,6.
107
5312
10,8
10,8
342
.280
1953
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054
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35III
01
3,6.
107
5312
4,3
017
5.42
611
,06
1053
,913
,413
,49
Rodo
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BR23
0/PB
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01m
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341
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28+
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O12
1250
34+
050
98+
047
,95,
3RE
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O5
1953
62+
054
10+
047
,918
,3RE
FORÇ
O18
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
358
• Na condição estrutural em que se encontra o pavimento a adoção de uma das
soluções acima atenderia ao período de projeto pré-estabelecido?;
• Apesar da faixa direita se apresentar menos trincada, deveríamos considerar
diferentes soluções?
• Adotar por exemplo geogrelhas ou camadas ante-reflexão de trincas
minimizaria o efeito reflexivo das trincas ou as impediria?
• A fresagem de parte do revestimento com adoção de novas espessuras de
concreto asfáltico atenderia a vida útil de 10 anos?
• Nas condições estruturais exteriorizadas através do trincamento de superfície e
discutidas até então, a adoção de uma camada para a estrutura não exigiria
que a mesma fosse dotada de elevada resistência a tração na flexão?
• Que tipo de solução atenderia ao binômio técnico-econômico diante das
condições em que se apresenta a estrutura da rodovia BR-230/PB?
Em decorrência das características funcionais e estruturais exteriorizadas pelo pavimento
em estudo, as medidas corretivas que se fazem necessárias se enquadram entre o
espectro “conviver com o problema”, ou seja, adotar soluções de recapeamento que
venham rejuvenescer e impermeabilizar a superfície do pavimento permitindo uma sobre-
vida de 3 a 4 anos, ou a de reforço, adotando soluções que restabeleçam as condições
estruturais do pavimento e garanta uma vida útil maior ou igual a dez anos.
5.8.2 – Estudo Paramétrico
Neste item, é proposta uma solução baseando-se no restabelecimento estrutural do
pavimento, através da reciclagem de toda a plataforma das camadas de revestimento e
base com incorporação de cimento em peso. Primeiramente, deverá ser removido todo
revestimento existente, em seguida, realiza-se a reciclagem da base de brita graduada
simples adicionando a percentagem estipulada em laboratório de cimento em peso. Sobre
a camada reciclada será executado um TSD com polímero e como capa uma camada de
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
359
SMA, cujas características estão apresentadas na tabela 5.45, sendo o fator campo-
laboratório utilizado para os modelos de fadiga de 104.
Segundo (NAPA, 2002 apud MOURÃO, 2003), o SMA é uma mistura flexível, estável,
resistente a afundamentos de trilha de roda que tem no contato grão/grão o responsável
por sua resistência e no mástique a durabilidade da mistura. O SMA apresenta ainda, boa
estabilidade a altas temperaturas, flexibilidade a baixas temperaturas, elevada resistência
ao desgaste, resistência a derrapagem e redução do nível de ruído.
Tabela 5.45 – Característica mecânicas da mistura SMA (modificado MOURÃO, 2003).
A reciclagem da base com incorporação de cimento configura uma base semi-rígida
análoga à BGTC (brita graduada tratada com cimento). Preconiza-se a resistência mínima
a compressão simples aos 28 dias de 9 MPa. Deverão ser realizados ensaios de
dosagem com diferentes teores de cimento (2%, 4%, e 6%), a fim de obter o teor de
cimento que possibilite à mistura atender à resistência pré-estabelecida A camada deverá
ser reciclada e compactada na umidade ótima com energia do Proctor modificado. A
incorporação do cimento será concomitantemente à passagem da recicladora.
Tendo em vista que um dos fatores responsáveis pelo trincamento de materiais tratados
com cimento é uma concentração expressiva desse estabilizante na mistura, é sugerida a
execução de tratamento superficial duplo com polímero, objetivando resguardar o
pavimento dos efeitos indesejáveis do trincamento, conseqüência dos esforços de
retração que surgem no seio das misturas cimentadas, decorrentes da rigidez exacerbada
da camada reciclada com cimento Portland nas suas consideráveis dimensões
longitudinal, transversal e altura.
1A CAP 50/60 49 6,5 0,3 2,44 2,8 84,7 22300 2453 7,6 0,76Vazios (%)Mistura
Tipo de Ligante
Penetração do CAP
DesvPadrã
CARACTERÍSTICAS DA MISTURA DE SMA
MÓDELOS DE FADIGA A TENSÃO CONTROLADA
RBV (%)MR 25oC(kgf/cm²)
DesvioPadrão
RT 25oC(kgf/cm²)
CAP (%)
Teor de Fibra (%)
DensidadeAparente
15,4112495 ⎟⎠⎞⎜
⎝⎛
Δ×=
σN
15,413 10510,5 ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛×= −
i
Nε
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
360
Nas análises empírico-mecanísticas a contribuição do TSD no sistema pavimento/subleito
optam-se entre:
• atribuir valor de módulo de resiliência para a camada tendo em vista a
impossibilidade de se obter o módulo em laboratório;
• incorporar o TSD a camada de base existente;
• não considerar a sua contribuição estrutural.
No estudo paramétrico optou-se por não considerar na simulação a camada de TSD,
devido à pequena influência na rigidez global do sistema pavimento/subleito. Alguns
autores atribuem valores de módulo resiliente para o TSD, como é o caso de MALYSZ
et.al. (2004), que realizaram análise com o ELSYM5 considerando um módulo resiliente
de 5.000 kgf/cm2 e NETO et. al. (2005), que atribuíram 2.000 kgf/cm2. Outra opção seria a
incorporação de sua espessura na camada de base, o que não é possível pelo fato da
base ser constituída de mistura estabilizada com cimento, cuja rigidez é muito superior a
do TSD.
Na figura 5.78 mostra-se a estrutura utilizada para análises paramétricas utilizando os
programas FEPAVE2 e ELSYM5.
Figura 5.78 – Estrutura considerada na simulação com o programa FEPAVE2.
Primeiramente, realizou-se uma análise não-linear com o programa FEPAVE2 sendo
considerados os seguintes parâmetros:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
361
• Para o revestimento de SMA considerou-se o módulo resiliência médio obtido
por MOURÃO (2003) a diferentes temperaturas no ensaio de resistência a
tração por compressão diametral;
• Para BGTC o módulo de elasticidade utilizado foi estimado a partir da
resistência a compressão simples requerida aos 7, 28 e 56 dias, utilizando o
modelo apresentado na tabela 5.46;
• Para as camadas de sub-base e subleito foram utilizados os módulos de
resiliência da tabela 5.24, referentes ao furo 1 (4153-LD) e 4 (5381+15-LE)
obtidos em laboratório.
Segundo PERERA (1991), para pavimentos semi-rígidos convencionais, a camada
tratada com aglomerante hidráulico posicionada logo abaixo do revestimento asfáltico,
pela sua maior rigidez, passa a ser a camada crítica da estrutura, no que diz respeito à
fadiga.
A análise realizada foi desenvolvida de forma determinística, ou seja, não foram
consideradas variações nos parâmetros de dimensionamento. Foram simuladas duas
situações, onde na primeira utilizaram-se os resultados do furo 1 (4153-FD) e na outra os
resultados de furo 4 (5381+15-FE).
Tabela 5.46 – Modelos utilizados para a estimativa do módulo da camada de BGTC.
Segundo BALBO (1997), os elevados valores modulares alcançados pela BGTC indicam
que valores subestimados de 8.000 MPa a 10.000 MPa para material íntegro podem
IDADE DA BGTC RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES MÓDULO DE ELASTICIDADE(dias) RCS (MPa) ME (MPa)
7 8 996428 13,25 1715856 13,68 17613
14912429129
Observação: A brita graduada utilizada é de origem granítica, na faixa B da ABNT e compactada na energia do Proctor modificado e com umidade de compactção de 1,5% abaixo da umidade ótima da BGS. A rela
MODELO DE BALBO (1997)
Média do ME (MPa)Desvio Padrão (MPa)
Coeficiente de Variação (%)
25525396828 RCSRCSME ×−×+−=
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
362
representar erros grosseiros de cálculo de tensões de tração na flexão em fase de projeto.
Sendo assim, buscou-se estimar o módulo em função do ganho de resistência da BGTC
com o tempo.
A resistência à tração por compressão diametral da BGTC foi estimada com base na
relação proposta por BALBO (1997) para amostras com 56 dias de idade.
Sendo:
Rt – resistência à tração por compressão diametral, em MPa;
RCS – resistência à compressão simples, em MPa.
Logo, a resistência à tração por compressão diametral da BGTC utilizando-se a equação
5.9 para uma resistência à compressão simples de 9,0 MPa, resulta em RT = 1,75 MPa.
O modelo de fadiga da BGTC utilizado foi o proposto por BALBO (1993), em ensaios
dinâmicos sob compressão diametral, o qual é utilizado pela prefeitura de São Paulo na
IP-08 (Análise à fadiga de estruturas de pavimentos), indicado na equação 5.11.
Sendo:
Nf – é o número de repetições de carga à fadiga;
SR – é a relação entre a tensão de tração aplicada na BGTC e sua tensão de
ruptura.
Segundo TRICHÊS (1995), a fadiga de misturas cimentadas obtidas em laboratório são
mais severas que as condições verificadas em campo, e uma possível explicação para tal
diferença de comportamento é que os modelos de laboratório apenas indicam o momento
em que as fissuras (trincas) começam a se formar, ou ainda, que no caso do laboratório,
uma única trinca principal se propaga através da amostra levando-a à ruptura. O fator
campo laboratório segundo os estudos realizados por DE BEER (1989) apud TRICHÊS
xRCSRT 115,0712,0 += (5.9)
)608,19137,17(10 xSRNf −= (5.10)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
363
(1995), para obter os valores de solicitações para a ruptura por fadiga em campo são
cerca de 102 a 103 vezes maiores do que aqueles previstos em laboratório.
Para a tensão vertical admissível no topo do subleito (HEUKELOM & KLOMP, 1962):
LogNMrSub
V .7,01.006,0
+=σ
Na tabela 5.47, constam os critérios admissíveis para as camadas de SMA, BGTC e
subleito. Para este cálculo o módulo de resiliência do subleito foi considerado 1.000
kgf/cm2, pois quando da retroanálise todos os módulos do subleito foram superiores a
este valor.
Tabela 5.47 – Critérios admissíveis de dimensionamento.
A tensão de tração máxima atuante na fibra inferior da BGTC deverá ser de menor ou
igual a 10,6 kgf/cm2 para atender a relação SR admissível de 0,48 (0,48x22,1kgf/cm2 =
10,6 kgf/cm2).
Observa-se na tabela 5.48, que todos os critérios admissíveis para o número de
solicitações de 3,6x107, foram atendidos.
Tabela 5.48 – Resultados obtidos a partir da simulação com o FEPAVE2.
FURO 1 (4152 - FD)
D0SMA BGTC SUBLEITO
εt Δσ σt σv (10-2mm) 10-5(cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
10,6 -2,1 2,50 -1,6 0,05
FURO 4 (5381+15 - FE)
D0SMA BGTC SUBLEITO
εt Δσ σt σv (10-2mm) 10-5(cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
15,0 -2,5 2,4 -2,4 0,04
N
CRITÉRIOS ADMISSÍVEIS
D0
SMA BGTC SUBLEITO
εt Δσ SR σv
3,6.107 (10-2 mm) 10-4 (cm/cm) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
27 1,51 13,5 0,48 0,96
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
364
Para simulação com o programa ELSYM5, foram utilizados os módulos de resiliência das
camadas de sub-base e subleito obtidos na retroanálise. Simulou-se a aplicação do semi-
eixo com duas rodas distanciadas de 30cm e pressão de 5,6 kgf/cm2 conforme figura 5.79
As camadas consideradas para o revestimento e base foram as mesmas da simulação
efetuada com o FEPAVE2. Nesta análise, considerou-se o método probabilístico de
Rosenblueth, em que os parâmetros estatísticos de cada variável independente de projeto
são determinados pela média e a variância dos mesmos.
O método consiste no cálculo da média e variância dos 2N valores da variável
dependente, sendo que “N” corresponde ao número de variáveis independentes
envolvidas na análise. Neste caso, as variáveis independentes são os módulos resilientes
das camadas do pavimento e do subleito e as variáveis dependentes os parâmetros
resposta de deformabilidade da estrutura. Neste método, as equações utilizadas são:
E[YM ] = 1/2 . (Y M ++ Y M- ), para n=1
E[YM] = 1/4 . (Y M +++ Y M+-+ Y M -++ Y M
--), para n=2
E[YM ] = 1/8 . (Y M++++ Y M ++--+ ... +Y M ----), para n=3
E[YM ] = 1/2N . (YM+++++ +.....+ YM ------), para N variáveis, onde a média da variável
dependente é igual a E[Y] (M=1) e sua variância é igual a V[Y] = E[Y2 ] – (E[Y]2 ). Os
parâmetros ++++, ----- representam as combinações (2N ) considerando o valor médio + o
desvio padrão para a determinação dos valores médios.
Sendo as variáveis aleatórias envolvidas na análise da estrutura (módulo de resiliência do
revestimento, da BGTC, da sub-base e do subleito), tem-se que N=4. Portanto, o número
de combinações das variáveis dependentes (Dadm, εt, σt e σv) é 16. De posse dos
valores modulares apresentados na tabela 5.48, definiu-se para cada camada do
pavimento, os seus respectivos valores máximos (média mais um desvio padrão) e
mínimos (média menos um desvio padrão).
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
365
Figura 5.79 – Ilustração dos pontos de análise com o ELSYM5.
Tabela 5.49 – Módulos de resiliência das camadas e desvio padrão.
A tabela 5.50, exemplifica a rotina para a aplicação do método de Rosenblueth.
CAMADA MR DEVIO PADRÃO MR+ MR-(kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²) (kgf/cm²)
SMA 22300 2453 24753 19847BGTC 149115 42907 192022 106208
SUB-BASE 772 475 1247 297SUBLEITO 2899 876 3776 2023
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
366
Tabela 5.50 – Rotina utilizada para a aplicação do método de Rosenblueth.
Utilizando-se o ELSYM5, determinou-se para a estrutura ilustrada na figura 5.78, a
deflexão no topo do revestimento (D), o maior valor para a deformação específica de
tração na fibra inferior do revestimento. Para a BGTC o maior valor da tensão de tração
atuante na fibra inferior da mesma. E por fim, determinou-se o maior valor da tensão
vertical atuante no topo do subleito para cada uma das posições, em baixo da roda ou
entre as rodas. Os parâmetros foram obtidos para cada uma das combinações de valores
modulares indicados na tabela 5.50. Determinados os valores dos parâmetros de
deformabilidade, foram calculados a média, desvio padrão e o coeficiente de variação
destes parâmetros, conforme apresentado na tabela 5.51.
CAMADAS VALORES DOS MÓDULOS(kgf/cm²) CRÍTERIOS
1 MREV+ MBGTC+ MSB+ MSL+ 33130 101182 1261 3776 εt++++ D++++ σv++++ 2 MREV+ MBGTC+ MSB+ MSL- 33130 101182 1261 2023 εt+++- D+++- σv+++- 3 MREV+ MBGTC+ MSB- MSL+ 33130 101182 462 3776 εt++-+ D++-+ σv++-+ 4 MREV+ MBGTC+ MSB- MSL- 33130 101182 462 2023 εt++-- D++-- σv++-- 5 MREV+ MBGTC- MSB+ MSL+ 33130 95502 1261 3776 εt+-++ D+-++ σv+-++ 6 MREV+ MBGTC- MSB+ MSL- 33130 95502 1261 2023 εt+-+- D+-+- σv+-+- 7 MREV+ MBGTC- MSB- MSL+ 33130 95502 462 3776 εt+--+ D+--+ σv+--+ 8 MREV+ MBGTC- MSB- MSL- 33130 95502 462 2023 εt+--- D+--- σv++-- 9 MREV- MBGTC+ MSB+ MSL+ 25930 101182 1261 3776 εt-+++ D-+++ σv-+++
10 MREV- MBGTC+ MSB+ MSL- 25930 101182 1261 2023 εt-++- D-++- σv-++- 11 MREV- MBGTC+ MSB- MSL+ 25930 101182 462 3776 εt-+-+ D-+-+ σv-+-+ 12 MREV- MBGTC+ MSB- MSL- 25930 101182 462 2023 εt-+-- D-+-- σv-+-- 13 MREV- MBGTC- MSB+ MSL+ 25930 95502 1261 3776 εt--++ D--++ σv--++ 14 MREV- MBGTC- MSB+ MSL- 25930 95502 1261 2023 εt--+- D--+- σv--+- 15 MREV- MBGTC- MSB- MSL+ 25930 95502 462 3776 εt---+ D---+ σv---+ 16 MREV- MBGTC- MSB- MSL- 25930 95502 462 2023 εt----- D----- σv----
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
367
Tabela 5.51 – Parâmetros resposta obtidos com aplicação do método de Rosenblueth.
A última etapa da análise consiste em determinar qual o nível de confiabilidade deste
dimensionamento, ou seja, a probabilidade de sucesso do mesmo. Neste estudo, ele é
traduzido pela probabilidade das variáveis dependentes apresentarem valores menores
que os critérios admissíveis. A determinação destas probabilidades foi feita utilizando-se
as tabelas de distribuição normal.
DEFLEXÃO(0,01mm)
DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA DE TRAÇÃO (cm/cm)
TENSÃO VERTICAL (kgf/cm²)
εt(REVEST.)
εt(REVEST.) σt (BGTC) σt (BGTC) σv
(SUBLEITO)σv
(SUBLEITO)
M = 1 M = 2 M = 1 M = 2 M = 1 M = 2 M = 1 M = 286 7,4.101 2,1.100 7,29.100 7,8 60,94 0,24 0,06
12,2 1,49.102 3,00.100 9,00.100 8,6 73,96 0,19 0,0411 1,21.102 3,20.100 1,02.101 9,2 84,64 0,16 0,0314 1,96.102 3,30.100 1,09.101 9,6 92,16 0,14 0,0210 1,00.102 3,80.100 1,44.101 6,5 42,25 0,31 0,10
14,5 2,1.102 4,30.100 1,85.101 7,2 51,94 0,25 0,0613,9 1,93.102 4,60.100 2,12.101 7,9 62,41 0,22 0,0517,5 3,06.102 3,80.100 1,44.101 8,3 68,89 0,19 0,048,7 7,57.101 2,80.100 7,84.100 7,9 62,41 0,25 0,0612,3 1,51.102 3,10.100 9,61.100 8,6 73,96 0,19 0,0411 1,21.102 3,30.100 1,09.101 9,3 86,49 0,17 0,0314 1,96.102 3,40.100 1,16.101 9,7 94,09 0,14 0,0210 1,00.102 4,00.100 1,60.101 6,6 43,56 0,32 0,10
14,7 2,16.102 4,50.100 2,03.101 7,3 53,29 0,26 0,0714 1,96.102 4,80.100 2,30.101 8,0 64,00 0,22 0,05
17,7 3,13.102 5,10.100 2,60.101 8,4 70,56 0,19 0,04Σ 2,04.102 2,72.103 5,97.101 2,31.101 1,31.102 1,09.103 3,44 0,78
E[εt] 12,8 - 3,73.100 - 8,18.100 - 0,22 -E[εt²] - 169,93 - 1,44.101 - 6,78.101 - 0,05V[εt] 7,21 5,25.101 9,02.101 2,80.10-3
σ[εt] 2,68 7,24.101 9,49.101 5,00.10-2
CV[εt] 21,05 19,41 11,61 24,39
( ) ∫ ⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −=≤x
xadmissíveladmissível
xxxpσ
μ
(5.11)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
368
Sendo:
X – parâmetro em análise;
X admissível – limite de aceitação;
μx – média do parâmetro analisado;
σx – desvio padrão do parâmetro analisado.
Dos parâmetros analisados determinou-se apenas a probabilidade de sucesso em relação
a deformação de tração na fibra inferior da camada de BGTC e a tensão vertical no topo
do subleito, pelo fato das deformações específicas na camada de SMA apresentarem-se
em compressão.
Para a deflexão no topo do revestimento, temos:
( ) [ ]∫∫ =⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡×
×−×=×≤ −
−−− 3,5
1068,2108,1210271027 2
222ωp
Pela tabela de distribuição normal (SPIEGEL, 1977), temos que p(D0 < 27x10-2) = 100%
Para a camada de BGTC, temos:
( ) [ ]∫∫ =⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −=≤ 7884,2
95,018,883,10/13 2cmkgfp tσ
Pela tabela de distribuição normal (SPIEGEL, 1977), temos que p(σt < 13kgf/cm2) = 99,7%
Para o subleito, temos:
( ) [ ]∫∫ =⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ −=≤ 8,14
05,022,096,0/96,0 2cmkgfp vσ
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
369
Pela tabela de distribuição normal (SPIEGEL, 1977), temos que p(σv < 0,9613kgf/cm2) =
100%
Segundo MEDINA (1997), o nível de confiabilidade do dimensionamento dos pavimentos
depende de dois fatores, a classe e localização. Na tabela 5.51, constam os níveis de
confiabilidade recomendados pela AASHTO (1993).
Tabela 5.52 – Níveis de confiabilidade recomendados pela AASHTO (MEDINA, 1997).
Como neste caso se trata de uma rodovia interestadual, localizada em zona rural, a
confiabilidade deve estar entre 80 a 99,9%. Uma vez que, os níveis de confiabilidade
obtidos foram superiores a 80%, em todos os critérios analisados, pode-se concluir que a
estrutura atenderá de forma adequada.
Foi realizada uma estimativa do custo por quilômetro da solução apresentada. Na figura
5.80, consta a ilustração da seção transversal da solução proposta. Para a estimativa de
custo utilizou-se o SICRO 2 do DNIT/PB com data base de julho de 2005, onde os
serviços considerados foram:
• Fresagem descontínua do revestimento asfáltico (descontínua pelo fato de
existirem dois segmentos em pavimento composto de 2 km cada) à frio na
espessura de 12 cm com bota-fora;
• Reciclagem da base existente em toda a plataforma com incorporação de 4% de
cimento em peso na espessura de 20 cm;
• Imprimação;
CLASSE FUNCIONAL ZONA URBANA ZONA RURAL
INTERESTADUAL 85 a 99,9 80 a 99,9
ARTÉRIA PRINCIPAL 80 a 99 75 a 99
COLETIVA 80 a 95 75 a 95
VICINAL 50 a 80 50 a 80
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
370
• Tratamento superficial duplo com polímero em toda a plataforma na espessura de
2,5cm;
• Pintura de ligação;
• SMA na pista de rolamento na espessura de 4,0 cm;
Figura 5.80 – Seção transversal ilustrativa da solução paramétrica estudada.
Na tabela 5.45, são apresentadas comparações dos custos por quilômetro da alternativa
proposta e de outras duas opções, divergindo apenas quanto ao tipo de revestimento
adotado, pois em ambas foi considerada a mesma base composta de BGTC. Também é
apresentada na tabela 5.45 a estimativa de custo de intervenção do tipo “conviver com o
problema”, com aplicação de TSD com polímero ou de micro revestimento asfáltico com
polímero em toda a pista de rolamento. Considerou-se que as intervenções deste tipo
deveriam ocorrer a cada 3 anos. Não foram orçados os custos concernentes as soluções
requeridas pelos métodos PRO 11 e PRO 269, apresentadas na tabela 5.43, por
estudarmos unicamente 4 segmentos homogêneos, os quais dispomos de todas as
informações necessárias para o dimensionamento. Para a correta estimativa de custos
seria necessário o estudo detalhado de todos os segmentos homogêneos, constando
todas as informações preconizadas pelos métodos retro mencionados. Nos custos
apresentados para as opções estão inclusos o transporte e a aquisição de materiais
betuminosos, considerando um BDI de 32,68%.
As opções de intervenção foram as seguintes:
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
371
• Opção 1 – Aplicação de TSD com polímero em toda a pista de rolamento;
• Opção 2 – Aplicação de micro revestimento asfáltico com polímero em toda a pista
de rolamento;
• Opção 3 – Fresagem descontínua do material do revestimento asfáltico, com
reciclagem do material de Base, aplicação de TSD e camada de 4 cm de
SMA;
• Opção 4 - Fresagem descontínua do material do revestimento asfáltico, com
reciclagem do material de Base, aplicação de TSD e camada de 5 cm de
Asfalto Borracha;
• Opção 5 - Fresagem descontínua do material do revestimento asfáltico, com
reciclagem do material de Base, aplicação de TSD e camada de 10 cm
de CBUQ reciclado a quente em usina.
Na tentativa de realizar um comparativo entre as opções acima elencadas, foi utilizado o
método do Valor Presente Líquido (VPL), que tem como fundamento a determinação do
valor de investimento, no instante considerado inicial, a partir de um fluxo de caixa,
formado por uma série de receitas e despesas. Na presente pesquisa, o fluxo de caixa é
composto apenas pelas despesas relativas aos custos de execução das intervenções.
Determinamos o VPL das soluções propostas utilizando os valores apresentados no
apêndice G. Para determinação do VPL utilizou-se a equação 5.9 (GARNETT NETO,
2001).
Sendo;
VPL – valor presente líquido (R$)
F – valor futuro (R$)
i – taxa de atratividade (12%)
t – período considerado (anos)
(5.9)( )tPL iFV
+=
11.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
372
Para intervenções do tipo aplicação de TSD com polímero temos uma estimativa de custo
por quilômetro em torno de R$118.500,00, já a utilização de um micro revestimento
asfáltico com polímero fica em torno de R$173.000,00 por quilômetro. Estas intervenções
ocorreriam na pior das estimativas 3 vezes durante a vida de projeto de 10 anos, aos 3
anos, aos 6 anos e aos 9 anos. Assim, o VPL destas intervenções adotando uma taxa de
juros de 6% a.a. e uma taxa de atratividade de 12% a.a. é determinada nas tabelas 5.53 e
5.54.
Tabela 5.53 – Valores Futuros das intervenções do tipo “conviver com o problema”.
Tabela 5.54 – VPL das intervenções do tipo “conviver com o problema”.
Os valores para as intervenções de reforço estrutural são ilustrados na tabela 5.55, sendo
este seu VPL, uma vez que seriam realizados na época de seu levantamento com o
objetivo de atingir a vida útil de 10 anos sem intervenções.
Valor Presente Líquido de Cada Intervenção (R$/km)
IntervençãoImediata 3 anos 6 anos 9 anos
TSD com polímero 118.000,00 100.457,40 85.161,91 72.195,30
Micro revestimento com aplicação de polímero 173.000,00 146.659,30 124.329,20 105.399,04
ValorInicial
(R$/km)
Valor Futuro de Cada Intervenção (R$/km)
3 anos 6 anos 9 anos
TSD com polímero 118.500,00 141.135,40 168.094,51 200.203,26
Micro revestimento com aplicação de polímero 173.000,00 206.045,77 245.403,81 292.279,86
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
373
Tabela 5.55 – Alternativas de restauração do pavimento.
Salienta-se que, torna-se imprescindível uma análise empírico-mecanística das opções 4
e 5, a fim de verificar se atendem aos critérios de fadiga do revestimento asfáltico e
deformação permanente.
A opção 5 apresenta a vantagem de permitir a reutilização de misturas deficientes e evitar
prejuízo ambiental com o descarte do material fresado.
A intervenção como medida de correção estrutural da rodovia, demonstrada nas opções
3, 4 e 5, são bastante onerosas, tendo em vista, o pouco tempo de serviço do pavimento
existente. A opção com base na “convivência do problema” economicamente torna-se
mais adequada. Logo, o VPL do custo por quilômetro considerando-se a aplicação de
TSD com polímero 4 vezes durante a vida útil de projeto de 10 anos indicou valor em
torno de R$375.814,00. Já a opção de micro revestimento asfáltico com polímero nas
mesmas condições apontou valor em torno de R$549.387,00.
Ë importante salientar que, esta análise trata-se apenas de um estudo paramétrico,
devendo ser realizados ensaios laboratoriais e de campo, objetivando a obtenção de
parâmetros mais realistas para a camada da base reciclada (BGTC) em termos de
OPÇÃO ESPESSURA (cm) R$/km
1 – TSD com polímero 2,5 375.814,61
2 – Micro revestimento
asfáltico com polímero2,5 549.387,54
3 - SMA 4,0 581.364,20
4 - Asfálto borracha 5,0 613.834,83
5 - CBUQ reciclado a
quente em usina com
agente rejuvenescedor
10,0 631.521,38
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
374
módulo de resiliência e resistência à tração por compressão diametral, como também,
modelos de fadiga.
Ressalta-se a grande importância na realização do controle de qualidade dos serviços
executados a través de controle deflectométrico. Afirma TRICHÊS (2004), que somente a
partir da década de 1990 algumas especificações construtivas, então editadas,
começaram a contemplar o controle deflectométrico das camadas durante o processo
construtivo, como um dos parâmetros a serem verificados para a aceitação e liberação do
serviço executado. Salienta ainda que, tal preocupação teve respaldo na constatação de
que muitas rodovias brasileiras, embora não externem problemas de ruptura plástica, têm
apresentado um trincamento precoce do revestimento, o qual tem sido associado ao
elevado nível deflectométrico da estrutura.
Portanto, fica registrado que alguma medida deve ser tomada, de forma a evitar a
deterioração acelerada do trecho em estudo, e venha garantir assim, boas condições de
segurança, conforto e rolamento.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
375
CAPÍTULO VICONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
6.1 – Conclusões
• Com base nos resultados obtidos pode-se inferir a seguinte premissa: que a
incompatibilidade de rigidez da base com o revestimento frente ao número de
solicitações na qual a estrutura esteve submetida foi um dos fatores que
culminaram no trincamento prematuro do revestimento.
• Embasado no estudo paramétrico realizado com o programa ELSYM5, é proposta
solução de reciclagem da base existente com incorporação de cimento em peso,
com porcentagem a ser determinada em laboratório, por atender aos critérios de
deformação específica de tração sob a camada de SMA e deformação plástica no
topo do subleito para a projeção do novo número N.
• Com fundamento no método do VPL, foi estimado os custos relativos as
intervenções funcionais, que resultaram em custos menores que a opção de
restauração do trecho em estudo. A opção de execução de TSD com polímero
resultou em R$375.814,00/km e a de execução de micro revestimento com
polímero em R$549.387,00/km.
• Os métodos DNER PRO-11 e DNER PRO-269 apontaram espessuras de reforço
para os quatro segmentos homogêneos bastante diferentes. Os métodos retro
mencionados possuem limitação quando utilizados em trecho apresentando
condição estrutural comprometida, porém características funcionais satisfatórias.
Este fato vem ressaltar a importância da mecânica dos pavimentos no
dimensionamento racional de pavimentos novos e de reforço.
• Foi realizada simulação mecanística com o FEPAVE2 visando avaliar a influência
da variação de umidade da camada de BGS no sistema pavimento-subleito,
utilizando as umidades obtidas na curva de compactação. Foram confeccionados
corpos de prova para cada teor de umidade e em seguida realizados os ensaios
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
376
triaxiais dinâmicos. A análise indicou que o pequeno coeficiente de variação nos
parâmetros de deformabilidade para a camada de Binder é um indicativo de que a
variação no teor de umidade da camada de base não é fator preponderante no
comportamento estrutural do pavimento, e sim, a diferença de rigidez desta em
relação a camada de Binder, fato este corroborado nos baixos valores de módulos
encontrados na retroanálise para esta camada. No que concerne ao critério de
confiabilidade constatou-se que a camada de ligação, quanto à deformação
específica de tração, atenderia o nível de confiança de 95% para um número N de
9,9x106 e para a diferença de tensões atenderia a um numero N de até 2x107.
Portanto, a assertiva ponderada na primeira conclusão é verdadeira, ou seja, um
dos fatores preponderantes para o surgimento prematuro de trincamentos na
superfície do pavimento foi a incompatibilidade de rigidez entres as camadas de
binder e base.
• A retroanálise dos módulos de resiliência mostrou que a camada de base
constituída de brita graduada simples apresentou módulos bastante baixos
corroborando com os valores normalmente encontrados para este tipo de material
em outras estruturas de pavimentos flexíveis nacionais.
• Verificou-se que as camadas de base e sub-base são demasiadamente resilientes
contribuindo em média com mais de 65% na deflexão total seguida do subleito com
mais de 25% para ambas as faixas de tráfego.
• Os módulos do subleito obtidos pelo EVERCALC5 foram os que mais se
aproximaram do modelo proposto pela AASHTO (1993) para a obtenção rápida e
precisa do módulo desta camada.
• O estudo correlacionando os defeitos de superfície com os módulos resilientes da
camada de revestimento, indicou aumento dos módulos para as estações
apresentando trincamento FC-3 com baixo nível de severidade. Este
comportamento deve-se fundamentalmente a oxidação da massa asfáltica, ao
longo do tempo, que contribui para o seu enrijecimento, tornando-o mais “duro” e
“quebradiço”.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
377
• O comparativo entre os programas de retroanálise através de bacias recalculadas
com o programa ELSYM5 indicou que os melhores ajustes foram obtidos com o
EVERCALC5 e RETROANA. O ajuste obtido com o ELMOD4 não foi satisfatório,
pois o programa subestimou os módulos do subleito, ocasionando a obtenção de
módulos para as outras camadas com uma menor acurácia.
• As medidas de deflexões com a viga Benkelman foram, em geral, maiores do as
obtidas com o FWD. A faixa direita apresentou uma menor dispersão nas deflexões
medidas, tendo em vista, a menor quantidade de defeitos existentes nesta faixa.
• Os levantamentos dos defeitos de superfície indicaram que todos os segmentos
homogêneos para ambas as faixas de tráfego, excetuando o SH-19(FE) com
conceito ruim, apresentam conceito variando de regular a ótimo.
• A relação entre os parâmetros da bacia (Área, ICS, ICB e IDB) e os módulos de
retroanalisados mostram uma pobre relação entre os parâmetros, devendo os
parâmetros das bacias ser utilizados apenas como fator “especulativo” das
condições estruturais do pavimento/subleito, não devendo ser utilizado em nível de
projeto.
6.2 – Sugestões para pesquisas futuras
• Realizar campanha de pesagem de eixos com objetivo de verificar se os veículos
que trafegam a rodovia estão transportando excesso de carga por eixo;
• Extrair corpos-de-prova do revestimento para a realização de ensaio de módulo de
resiliência para amostras da camada de binder e rolamento;
• Realizar levantamento de defeitos pela norma DNIT 007/2003-PRO que permite
quantificar os defeitos de superfície através da medição de sua área, como
também, utilizar outras metodologias para levantamento de defeitos, como por
exemplo: PCI, SHRP ou VIZIR;
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
378
• Realizar levantamento deflectométrico com o FWD considerando diferentes níveis
de carga, a fim de analisar a não linearidade das camadas de base, sub-base,
reforço e sub-leito;
• Realizar estudo de retroanálise considerando a presença de camada rígidas nos
segmentos em cortes;
• Realizar “in situ” ensaios de permeabilidade nos segmentos apresentando
tricamento e não trincados.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
379
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ANEXOS
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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ANEXO ADNIT 006/2003 – PRO e IGG
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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ANEXO BDNER PRO-273/1994
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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BACIAS DEFLECTOMÉTRICAS - FAIXA DIREITA
Trecho: CABEDELO-DIVISA PB/CESubtrecho: ENTR. PB-090/PB-ENTR. BR-104(A)/BR-408(B)/PB-095 (Campina Grande)
Lote: 03Extensão: 30,6 km
Localização Carregamento Deflexões - FWD (10-2mm) Temperatura
Estaca kmPressão Força
r1 r2 r3 r4 r5 r6 r7Superf. Ar0
cm20cm
30cm
45cm
60cm
90cm 150 cm
(Kpa) KN D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 (oC) (oC)4002 30,34 561 39,6 53,2 36,5 28,4 18,1 12,8 6,3 3,2 34 264006 30,26 549 38,8 48,7 35,2 26,4 15,3 10,0 4,1 2,0 34 264010 30,18 565 40,0 28,5 19,0 13,9 8,0 5,4 2,5 1,3 34 264014 30,10 572 40,4 34,4 21,8 15,6 8,9 6,2 2,9 1,2 34 264018 30,02 571 40,4 46,5 32,3 24,1 13,5 8,4 2,9 0,9 34 264022 29,94 571 40,3 47,1 31,1 22,9 12,7 7,9 2,8 1,2 34 264026 29,86 557 39,4 54,2 33,5 25,1 14,7 10,2 4,4 2,1 34 264030 29,78 561 39,7 43,2 28,2 20,1 11,1 7,3 3,2 1,5 34 264034 29,70 569 40,2 43,7 32,3 24,5 14,8 9,9 4,6 2,1 34 264038 29,62 566 40,0 44,3 32,7 24,8 14,5 9,6 4,0 2,0 34 264042 29,54 572 40,4 56,0 37,6 28,0 16,4 11,0 4,9 2,3 34 264046 29,46 560 39,6 47,4 31,5 22,8 12,3 7,6 2,9 1,2 34 264050 29,38 566 40,0 40,2 29,0 22,0 13,1 8,9 4,0 2,0 34 264054 29,30 565 39,9 44,1 31,4 24,6 15,2 10,4 4,6 2,2 34 264058 29,22 564 39,9 52,6 35,8 26,7 15,9 10,9 5,1 2,5 34 264062 29,14 564 39,9 44,7 34,0 26,8 16,7 11,6 5,3 2,7 34 264066 29,06 547 38,7 51,0 31,0 22,0 11,5 7,0 2,9 1,5 34 264070 28,98 569 40,2 28,7 14,9 9,7 5,3 3,5 1,9 1,0 34 264074 28,90 571 40,4 41,9 30,7 23,5 14,7 10,6 5,6 3,0 34 264078 28,82 564 39,9 35,2 27,1 21,9 14,0 9,9 5,0 2,8 34 264082 28,74 558 39,4 36,5 25,2 18,9 11,6 8,3 4,3 2,4 34 264086 28,66 582 41,1 26,6 18,9 15,5 10,5 7,9 4,4 2,2 34 264090 28,58 566 40,0 54,4 35,7 24,2 14,1 10,0 5,7 3,0 34 264094 28,50 562 39,7 56,1 33,1 21,4 12,2 8,3 4,6 2,2 34 264098 28,42 564 39,9 46,7 32,4 24,1 14,2 10,0 5,1 2,7 34 264102 28,34 562 39,7 51,2 32,9 23,9 15,1 11,1 6,2 3,2 34 264106 28,26 574 40,5 49,7 36,1 26,6 15,8 11,0 4,9 2,4 34 264110 28,18 562 39,7 52,3 32,7 22,6 11,5 7,3 3,7 2,2 34 264114 28,10 559 39,5 48,0 31,9 22,7 12,6 8,3 3,8 2,2 34 264118 28,02 569 40,2 43,7 31,3 23,8 14,5 10,1 4,9 2,4 34 264122 27,94 564 39,8 49,0 31,8 22,7 12,7 8,5 4,0 2,2 34 264126 27,86 567 40,0 43,6 31,7 24,9 15,9 11,2 5,3 2,6 34 264130 27,78 560 39,6 45,7 34,3 26,9 17,5 12,8 6,5 3,0 34 264134 27,70 574 40,6 48,8 37,5 29,7 19,6 14,2 6,8 3,0 34 264138 27,62 568 40,1 57,4 39,2 28,9 17,1 11,7 5,8 3,0 34 264142 27,54 564 39,8 60,4 41,6 30,9 18,0 12,1 5,9 3,1 34 264146 27,46 562 39,7 54,9 40,1 30,8 17,6 11,8 5,3 2,7 34 264150 27,38 564 39,9 45,5 34,6 24,4 13,5 9,0 3,9 2,1 34 264154 27,30 563 39,8 48,6 32,6 24,2 14,6 10,2 5,1 3,0 34 264158 27,22 561 39,7 51,3 36,8 28,2 17,3 11,8 5,7 2,7 34 264162 27,14 575 40,7 43,5 31,8 24,8 15,4 10,6 4,6 2,4 34 264166 27,06 567 40,1 58,7 38,0 27,0 14,7 9,8 4,9 2,7 34 264170 26,98 570 40,3 55,6 36,1 25,9 14,2 9,3 4,2 2,2 43,1 37,8
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
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4174 26,90 566 40,0 53,6 36,6 27,9 16,9 11,9 5,4 1,9 46,4 37,74178 26,82 552 39,0 70,5 49,6 35,7 19,0 11,6 3,4 0,8 46,4 37,64182 26,74 564 39,9 56,5 36,3 25,6 14,6 9,5 3,6 1,4 46,4 37,24186 26,66 571 40,4 58,4 37,3 26,3 15,0 9,7 3,5 1,4 45,8 37,34190 26,58 563 39,8 49,5 38,0 29,0 17,4 11,8 5,3 2,4 45,7 37,84194 26,50 571 40,4 51,8 39,3 30,0 18,0 12,1 5,3 2,3 45,1 36,94198 26,42 564 39,8 66,0 45,0 31,7 15,8 9,8 4,5 2,7 45,6 374202 26,34 564 39,9 69,0 46,7 32,3 15,9 9,6 4,4 2,7 45,1 37,24206 26,26 564 39,8 70,6 49,1 36,6 20,3 13,2 5,4 2,5 45,2 37,54210 26,18 556 39,3 72,9 49,9 36,3 20,0 12,8 5,1 2,5 45,8 37,14214 26,10 563 39,8 52,5 39,4 30,8 18,7 12,8 5,9 2,7 45,7 36,94218 26,02 557 39,4 53,6 40,3 31,2 19,0 12,9 6,0 2,8 45,9 37,14222 25,94 563 39,8 42,1 33,0 26,5 16,9 11,8 5,2 2,6 45,8 37,14226 25,86 578 40,9 44,1 34,5 27,7 17,5 12,2 5,2 2,4 45,5 37,34230 25,78 567 40,0 68,2 48,7 35,8 21,6 15,2 7,9 4,0 45,7 37,64234 25,70 560 39,6 70,8 49,9 36,5 21,7 15,1 7,6 4,0 45,2 384238 25,62 567 40,1 54,1 40,1 30,4 17,7 11,9 5,5 2,6 45,3 37,64242 25,54 562 39,7 56,4 41,4 31,1 18,1 12,1 5,5 2,7 46,1 37,74246 25,46 565 39,9 55,2 39,2 29,5 16,7 11,0 4,4 1,5 46,1 38,24250 25,38 557 39,4 56,9 40,0 29,5 16,4 10,7 4,2 1,3 46,4 37,64254 25,30 571 40,4 51,8 36,8 28,2 16,5 10,8 4,3 2,0 46,4 37,94258 25,22 558 39,5 54,1 38,1 29,1 16,7 10,9 4,2 1,9 46,4 38,24262 25,14 567 40,1 52,9 39,4 30,5 19,1 13,2 5,8 2,2 46,3 384266 25,06 565 40,0 55,3 40,5 31,4 19,3 13,4 5,6 2,1 47,6 37,54270 24,98 570 40,3 52,7 40,4 31,9 20,4 14,4 7,0 3,3 47,5 384274 24,90 571 40,4 54,6 42,2 33,3 21,0 14,7 6,9 3,4 46,9 37,84278 24,82 562 39,7 68,8 49,4 37,2 21,5 14,1 5,5 2,5 47,3 38,44282 24,74 553 39,1 70,0 49,9 37,3 21,2 13,6 5,3 2,4 46,3 38,34286 24,66 568 40,1 50,5 35,5 27,2 16,5 11,2 4,6 1,4 46,3 37,94290 24,58 566 40,0 53,3 37,0 28,0 16,7 11,4 4,5 1,3 49,3 37,64294 24,50 568 40,1 54,6 38,0 28,4 16,6 11,1 4,8 2,3 49,4 38,34298 24,42 561 39,6 56,2 39,2 29,1 16,8 11,3 4,8 2,3 49,3 38,64302 24,34 572 40,4 54,3 38,6 29,6 17,3 11,5 4,4 1,5 49,6 38,34306 24,26 561 39,7 55,5 39,9 30,3 17,7 11,6 4,4 1,6 48,2 38,64310 24,18 563 39,8 49,2 35,9 27,2 16,0 10,4 3,7 1,5 48,7 38,44314 24,10 571 40,4 52,4 38,1 28,6 16,8 11,0 3,9 1,4 47,8 38,34318 24,02 564 39,9 66,6 45,9 34,4 20,4 14,0 6,7 3,6 48,3 38,14322 23,94 559 39,5 68,8 46,7 34,9 20,5 14,0 6,5 3,6 48,3 384326 23,86 569 40,2 66,7 50,3 39,8 25,7 18,2 8,1 3,5 48,8 38,14330 23,78 554 39,2 68,6 51,5 40,5 25,8 18,1 7,8 3,1 49,9 38,64334 23,70 566 40,0 41,2 28,7 21,5 12,4 8,3 3,3 1,2 50,1 38,64338 23,62 569 40,2 43,3 30,3 22,7 13,0 8,6 3,3 1,1 47,2 38,64342 23,54 565 39,9 49,9 37,2 29,2 18,4 13,0 6,2 2,8 48 38,74346 23,46 572 40,4 51,7 38,3 29,9 18,7 13,2 6,2 2,7 47,6 394350 23,38 564 39,9 57,2 43,1 34,0 21,6 14,9 6,5 2,7 48,1 394354 23,30 549 38,8 57,8 43,4 34,1 21,5 14,8 6,3 2,6 48,3 38,64358 23,22 568 40,2 47,7 36,7 29,2 18,2 12,8 5,5 2,2 48,8 394362 23,14 580 41,0 50,2 38,6 30,3 19,0 13,3 5,6 2,2 47,5 39,34366 23,06 561 39,6 73,9 54,3 40,9 23,5 14,9 5,2 1,5 47,8 39,44370 22,98 562 39,7 76,4 55,8 41,4 23,3 14,7 5,0 1,2 47,9 39,24374 22,90 563 39,8 59,0 47,3 38,7 26,2 19,2 9,3 4,0 48,4 39,34378 22,82 561 39,7 60,9 48,7 39,8 26,6 19,4 9,3 4,0 49,2 38,64382 22,74 570 40,3 63,1 48,6 39,6 25,6 17,9 7,1 2,0 48,9 38,84386 22,66 564 39,9 65,1 49,9 40,4 25,9 17,9 6,9 1,8 46,4 39,2
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
454
4390 22,58 569 40,2 56,3 41,8 33,3 21,0 14,4 5,0 0,9 46,1 39,34394 22,50 561 39,6 58,5 43,2 34,4 21,5 14,6 4,9 0,8 45,7 38,94398 22,42 561 39,6 56,5 43,1 34,4 22,1 15,9 7,6 3,4 45,9 38,74402 22,34 554 39,2 57,7 43,6 34,8 22,1 15,7 7,4 3,4 49,4 38,94406 22,26 568 40,2 52,6 40,5 31,6 19,1 12,9 6,0 2,6 49,3 38,64410 22,18 576 40,7 54,4 41,8 32,5 19,6 13,2 6,1 2,9 48,8 37,84414 22,10 560 39,6 62,1 45,3 36,3 22,7 15,7 7,2 3,2 48,8 384418 22,02 557 39,3 63,2 45,8 36,6 22,8 15,7 7,2 3,2 49,2 384422 21,94 563 39,8 46,7 34,4 26,7 16,1 11,0 5,0 2,4 49,1 38,44426 21,86 570 40,3 48,6 35,9 27,8 16,7 11,3 5,1 2,4 49,1 38,14430 21,78 559 39,5 62,2 46,3 36,7 22,4 15,2 6,5 2,7 48,1 37,44434 21,70 562 39,7 55,6 39,8 31,4 19,6 13,3 5,4 2,1 47,6 37,74438 21,62 567 40,1 48,9 35,4 27,4 16,6 11,2 4,6 1,7 47,5 38,24442 21,54 576 40,7 49,6 37,4 29,8 19,0 13,2 5,5 1,8 46,3 38,34446 21,46 560 39,6 68,8 51,6 40,8 25,2 17,4 7,4 3,1 46,3 38,14450 21,86 558,5 39,5 52,8 40,1 31,7 19,9 13,8 5,9 2,4 48,2 38,84454 21,78 568 40,1 54,4 40,7 31,9 20,2 14,1 6,3 2,7 47,8 38,854458 21,70 567 40,1 46,6 33,7 25,9 15,7 10,8 4,8 2,0 48,65 38,64462 21,62 560 39,6 54,9 40,1 31,0 19,1 13,2 5,6 2,2 49,35 38,354466 21,54 564 39,9 67,7 48,5 37,4 23,1 16,1 7,3 3,5 48,3 38,054470 21,46 567,5 40,1 59,5 42,0 31,5 18,6 12,5 5,3 2,5 48,25 38,354474 21,38 560 39,6 52,8 40,0 32,1 20,7 14,5 6,0 1,6 46,6 38,14478 21,30 558 39,4 42,0 33,0 26,6 17,2 12,3 5,7 2,6 47 384482 21,22 572 40,4 48,8 35,7 28,2 18,3 13,3 6,5 2,8 46,1 38,44486 21,14 563 39,8 61,5 44,7 34,7 21,0 13,8 4,6 0,9 46,1 37,94490 21,06 562 39,7 51,7 40,8 33,3 20,9 14,3 5,2 1,6 47 38,34494 20,98 565 39,9 42,2 31,1 24,4 15,0 10,2 3,9 1,5 46,9 38,34498 20,90 568 40,2 43,3 33,0 26,2 16,3 11,1 4,2 1,5 46,4 38,54502 20,82 562 39,7 45,7 34,1 26,0 15,2 10,0 3,9 1,4 46,7 38,84506 20,74 570 40,3 68,5 52,3 41,8 25,1 16,7 5,9 1,8 47,9 39,34510 20,66 557 39,4 56,6 40,4 30,1 16,7 10,5 4,2 2,0 47,7 38,84514 20,58 569 40,2 53,0 40,1 31,1 18,5 11,9 4,3 1,8 49,7 38,64518 20,50 571 40,3 42,5 29,7 22,4 12,6 7,9 2,9 1,4 49,5 39,44522 20,42 567 40,1 77,2 57,6 43,2 23,7 14,7 4,2 0,6 49,3 39,24526 20,34 558 39,4 86,7 62,4 47,6 27,6 18,6 6,6 1,4 50,3 38,84530 20,26 567 40,1 60,9 46,5 36,8 22,5 15,3 5,9 2,2 50,7 38,24534 20,18 555 39,2 48,9 33,1 23,3 12,0 7,3 2,9 1,5 51,3 38,74538 20,10 561 39,6 40,6 29,1 21,6 12,4 8,0 3,3 1,6 51,3 38,44542 20,02 569 40,2 35,4 25,0 17,6 9,0 5,8 2,6 1,4 50,4 37,94546 19,94 570 40,3 43,6 30,3 22,8 12,7 8,2 3,2 1,6 50,7 384550 19,86 551 38,9 81,6 57,8 41,7 22,2 13,7 5,6 2,1 50,6 37,74554 19,78 563 39,8 58,5 44,2 34,9 22,2 15,1 6,0 2,2 50,1 37,44558 19,70 569 40 48,3 37,4 29,8 18,5 12,5 4,8 1,5 49,7 36,94562 19,62 566 40,0 53,5 34,2 25,9 15,4 10,7 5,3 2,7 49,8 37,24566 19,54 559 39,5 46,8 32,6 24,2 13,0 8,1 3,3 1,8 49,8 37,14570 19,46 572 40,4 46,8 33,8 25,2 14,0 8,9 3,8 1,9 50,7 37,44574 19,38 563 39,8 72,4 50,8 36,8 20,6 13,2 5,2 2,4 51 37,44578 19,30 567 40,1 61,8 40,8 29,7 16,8 11,2 5,0 2,5 52,4 374582 19,22 561 39,6 78,8 59,0 43,0 22,3 13,8 4,6 2,1 52,3 36,84586 19,14 567 40,0 67,0 51,0 37,6 20,2 13,0 4,1 1,2 52,7 374590 19,06 566 40,0 73,2 55,9 44,4 26,8 17,8 5,5 1,0 51,5 36,44594 18,98 556 39,3 79,9 64,7 53,2 35,3 25,3 10,7 3,6 50,4 37,14598 18,90 560 39,6 68,8 51,1 39,8 24,8 16,8 6,5 2,5 50 36,64602 18,82 584 41,3 49,9 38,5 30,7 19,4 13,5 5,4 2,1 50 36,4
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
455
4606 18,74 532 37,6 93,0 72,8 58,3 37,4 25,9 10,3 4,0 49,6 36,34610 18,66 577 40,8 29,2 21,1 16,1 9,9 7,1 3,5 1,7 49,2 36,44614 18,58 562 39,7 44,6 34,0 27,0 16,8 11,6 4,7 1,8 49,3 36,14618 18,50 572 40,4 46,4 32,9 24,8 13,5 8,1 2,8 1,6 49,3 364622 18,42 562 39,8 53,4 41,6 33,0 20,5 14,4 6,0 2,5 48,6 35,54626 18,34 572 40,4 47,4 34,1 24,6 13,6 8,8 3,8 2,0 48,1 35,94630 18,26 565 40,0 63,2 48,5 37,9 23,0 15,7 7,7 4,1 49,2 35,44634 18,18 563 39,8 53,2 36,8 27,4 16,2 11,1 5,7 3,2 35,5 29,34638 18,10 564 39,9 42,6 33,5 27,2 18,0 12,9 6,6 3,4 35,9 29,64642 18,02 565 39,9 43,7 33,9 27,3 17,8 12,8 6,6 3,3 35,5 29,14646 17,94 568 40,2 37,0 28,1 21,3 12,7 8,5 3,3 1,0 35,8 29,24650 17,86 574 40,6 38,3 29,4 22,3 13,0 8,7 3,3 1,0 36,9 28,84654 17,78 566 40,0 42,3 32,0 25,9 17,0 12,1 5,2 2,0 37,1 29,24658 17,70 553 39,1 42,5 32,1 25,9 16,9 11,9 5,1 2,0 36,3 29,54662 17,62 565 39,9 29,8 23,6 19,1 12,8 9,4 4,6 2,2 36,4 29,54666 17,54 566 40,0 30,3 23,9 19,4 12,9 9,4 4,6 2,2 35,6 29,54670 17,46 566 40,0 37,9 30,5 25,2 17,7 13,5 7,6 4,1 35,8 29,74674 17,38 572 40,4 38,9 31,2 25,7 18,0 13,6 7,6 4,1 35,2 294678 17,30 565,00 40,0 40,8 31,0 24,5 15,6 11,0 5,0 2,7 35,30 29,504682 17,22 563,00 39,8 41,3 31,0 24,4 15,5 10,9 4,9 2,6 35,70 29,504686 17,14 571,00 40,4 55,2 44,4 36,9 25,1 18,4 8,0 2,9 35,70 29,504690 17,06 566,00 40,0 55,8 44,6 37,3 25,4 18,4 7,9 2,8 33,40 29,204694 16,98 561,00 39,6 45,8 37,3 31,0 21,5 16,0 7,6 2,6 33,60 29,104698 16,90 549,00 38,8 45,3 36,3 30,2 20,8 15,3 7,1 2,4 36,00 29,404804 14,78 565,00 39,9 45,3 34,5 27,4 17,8 12,6 5,5 2,3 36,50 29,654808 14,70 567,00 40,1 45,2 34,5 27,4 17,9 12,7 5,6 2,3 36,40 29,504812 14,62 563 39,8 45,4 34,4 27,3 17,7 12,5 5,4 2,3 36,6 29,84816 14,54 564 39,9 39,2 29,9 23,5 15,2 11,0 5,5 3,0 36,7 294820 14,46 564 39,9 40,3 30,5 24,0 15,3 10,9 5,4 2,9 36 29,24824 14,38 556 39,3 39,6 30,3 24,3 16,0 11,5 5,4 2,5 36,2 29,54828 14,30 569 40,2 23,1 17,8 14,4 9,4 6,6 2,8 1,0 36,6 29,24832 14,22 571 40,4 23,2 18,0 14,6 9,4 6,5 2,7 1,0 36,6 28,94836 14,14 567 40,1 28,5 20,8 16,1 10,2 7,3 3,4 1,4 36,2 29,34840 14,06 555 39,3 28,5 20,6 15,8 9,9 7,0 3,3 1,3 36,3 28,94844 13,98 566 40,0 22,1 15,9 12,1 7,6 5,4 2,9 1,5 33,5 29,24848 13,90 588 41,6 23,4 16,6 12,7 7,8 5,6 2,9 1,5 33,9 294852 13,82 567 40,1 41,3 32,5 24,5 14,6 10,3 5,6 3,2 35,5 29,14856 13,74 566 40,0 42,4 33,2 24,6 14,5 10,1 5,5 3,2 35,8 29,14860 13,66 565 39,9 66,3 48,6 37,2 22,3 15,0 6,2 3,0 33,3 28,94864 13,58 563 39,8 67,3 48,8 37,0 21,9 14,6 6,0 2,9 33,6 28,74868 13,50 562 39,7 41,7 28,4 21,2 12,7 9,2 4,7 2,5 33,5 28,74872 13,42 567 40,0 43,3 29,0 21,4 12,7 9,1 4,6 2,5 33,5 28,84876 13,34 563 39,8 34,6 25,9 20,4 12,9 9,2 4,5 2,5 32,8 28,64880 13,26 556 39,3 34,7 25,9 20,1 12,7 9,0 4,4 2,4 33,5 28,74884 13,18 568 40,2 27,9 21,1 16,4 10,3 7,6 4,3 2,5 36,2 28,64888 13,10 572 40,4 29,0 21,8 16,7 10,4 7,5 4,3 2,4 36,3 28,54892 13,02 565 39,9 37,8 30,0 24,1 15,5 10,8 4,3 1,4 36,8 27,74896 12,94 561 39,7 38,2 30,3 24,4 15,4 10,7 4,2 1,4 37,1 28,74900 12,86 565 40,0 34,5 25,1 19,7 12,0 8,5 4,2 2,1 35,9 284904 12,78 569 40,2 35,6 25,5 20,0 12,0 8,4 4,2 2,2 35,7 28,54908 12,70 564 39,9 40,7 31,4 24,9 15,8 10,9 4,1 1,2 35,6 28,34912 12,62 558 39,4 41,2 31,6 25,0 15,7 10,8 4,0 1,2 35,5 28,34916 12,54 568 40,2 32,4 23,7 18,3 10,7 6,9 2,5 0,9 35,7 28,14920 12,46 568 40,1 33,4 24,2 18,6 10,6 6,8 2,4 0,9 35,6 28
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
456
4924 12,38 564 39,8 27,2 20,2 15,8 10,2 7,1 3,5 1,7 35 28,54928 12,30 557 39,4 27,7 20,3 15,9 10,0 7,1 3,4 1,6 35,1 284932 12,22 563 39,8 27,8 21,9 17,5 11,6 8,4 3,6 1,0 32,4 27,94936 12,14 561 39,7 28,1 21,8 17,4 11,4 8,2 3,5 1,0 32,7 27,94940 12,06 567 40,1 26,1 20,5 16,7 11,2 8,4 4,3 2,0 33,8 27,84944 11,98 563 39,8 26,3 20,6 16,5 11,1 8,4 4,3 2,2 33,7 27,64948 11,90 571 40,4 27,2 20,6 16,5 10,5 7,4 3,5 1,5 32,5 27,54952 11,82 565 40,0 27,6 20,9 16,7 10,5 7,4 3,4 1,5 32,8 27,74956 11,74 563 39,8 35,0 27,2 22,0 14,4 10,3 4,1 1,0 31,9 27,54960 11,66 570 40,3 36,3 28,0 22,5 14,6 10,3 4,0 0,9 32,5 27,84964 11,58 563 39,8 31,9 23,1 18,0 11,0 7,8 3,6 1,8 32,7 27,34968 11,50 576 40,7 33,3 23,8 18,3 11,3 7,8 3,5 1,8 32,8 27,74972 11,42 562 39,7 42,8 28,3 20,3 11,4 7,6 3,2 1,3 32,3 27,64976 11,34 560 39,6 43,8 28,7 20,4 11,3 7,5 3,1 1,3 32,5 27,84980 11,26 563 39,8 34,4 26,9 21,7 14,7 11,1 5,5 2,3 32,2 27,44984 11,18 572 40,4 35,3 27,6 22,2 15,0 11,2 5,5 2,2 32,4 27,24988 11,10 565 39,9 48,6 36,9 28,7 17,3 11,6 4,5 1,9 33,7 27,74992 11,02 555 39,2 48,7 36,5 28,3 16,8 11,4 4,3 1,8 34,2 27,64996 10,94 564 39,8 28,1 22,8 18,8 12,7 9,3 4,3 1,9 32,8 27,75000 10,86 573 40,5 29,0 23,5 19,4 13,1 9,5 4,4 1,9 33,3 27,85004 10,78 574 40,6 54,9 41,5 32,5 21,1 15,0 5,8 1,8 32,5 27,55008 10,70 567 40,0 55,7 42,1 33,2 21,3 14,9 5,7 1,8 33 27,65012 10,62 566 40,0 59,0 47,1 38,3 26,0 19,3 9,3 4,0 35,9 27,25016 10,54 548 38,7 59,0 46,7 37,9 25,6 18,7 8,9 3,8 34,5 275020 10,46 570 40,3 42,4 32,8 26,0 17,4 13,0 6,9 3,3 34,8 26,45024 10,38 569 40,2 43,4 33,2 26,3 17,4 13,0 6,8 3,2 35,5 26,35028 10,30 566 40,0 48,5 37,2 29,1 17,9 12,1 4,8 2,5 34,8 26,95032 10,22 563 39,8 49,4 37,4 29,1 17,9 11,9 4,7 2,3 34,9 26,85036 10,14 567 40,1 45,8 34,3 26,1 16,2 11,2 4,9 2,2 34,8 26,65040 10,06 565 39,9 46,9 35,0 26,4 16,2 11,1 4,8 2,1 34,8 26,65044 9,98 569 40,2 55,1 45,2 37,9 26,0 19,4 9,0 3,2 35,4 26,55048 9,90 561 39,7 55,4 45,4 37,9 26,0 19,2 8,8 2,9 35,5 26,45052 9,82 565 39,9 45,4 35,9 27,7 17,4 12,6 5,7 1,9 35,1 265056 9,74 563 39,8 46,0 36,1 27,7 17,1 12,1 5,4 2,0 34,8 26,15060 9,66 562 39,7 47,2 37,4 30,1 20,1 14,6 6,5 2,0 34,6 25,95064 9,58 569 40,2 48,6 38,2 30,6 20,1 14,6 6,3 1,9 34,4 26,25068 9,50 565 39,9 52,0 39,7 31,0 19,5 13,4 5,4 2,2 32,6 25,85072 9,42 567 40,0 53,1 40,1 31,6 19,4 13,3 5,3 2,1 32,7 26,15076 9,34 564 39,9 42,6 30,7 23,4 14,4 9,9 4,5 1,8 33 26,35080 9,26 560 39,6 42,9 31,1 23,5 14,3 9,8 4,3 1,9 33,3 25,55084 9,18 567 40,1 33,5 27,8 23,7 17,3 13,3 6,7 1,8 32,9 25,75088 9,10 568 40,1 33,9 28,1 23,9 17,3 13,3 6,5 1,7 33,6 25,55092 9,02 567 40,1 43,3 34,5 28,4 19,4 14,2 6,8 3,0 33 25,35096 8,94 566 40,0 44,4 35,0 28,7 19,4 14,2 6,7 2,9 34,1 25,55100 8,86 565 39,9 47,8 35,4 28,8 19,0 13,4 6,0 2,1 32,5 25,65104 8,78 560 39,6 48,5 35,6 28,9 18,9 13,2 5,8 2,0 33,7 25,85108 8,70 564 39,9 51,8 39,6 31,6 20,5 14,6 6,3 2,2 32,1 25,95112 8,62 577 40,8 55,0 41,9 33,2 21,3 15,2 6,5 2,3 31,2 265116 8,54 565 39,9 51,6 39,7 32,2 21,9 16,0 7,8 3,1 32,90 25,905120 8,46 564 39,8 52,8 40,4 32,8 22,0 15,9 7,6 3,0 31,50 25,505124 8,38 562,00 39,7 52,9 39,7 30,7 19,1 13,3 5,7 2,3 31,30 26,305128 8,30 559,00 39,5 54,8 40,8 31,5 19,3 13,3 5,6 2,2 32,10 25,705132 8,22 565,00 39,9 44,2 32,0 24,0 14,5 9,6 3,9 1,6 31,30 26,405136 8,14 566,00 40,0 45,8 32,7 24,5 14,5 9,6 3,8 1,6 35,50 26,40
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
457
5140 8,06 568,00 40,1 43,4 32,8 26,1 16,8 11,9 5,3 1,9 32,30 26,205144 7,98 567,00 40,1 44,3 33,2 26,4 16,9 11,9 5,1 1,9 34,00 26,005148 7,90 562,00 39,7 56,4 43,3 34,7 22,9 16,7 7,8 2,8 33,10 26,405152 7,82 563,00 39,8 58,3 44,3 35,3 23,2 16,9 7,8 2,8 31,90 26,405156 7,74 565,00 40,0 45,6 36,0 29,9 20,6 15,3 7,2 2,5 32,40 26,705160 7,66 562,00 39,7 46,5 36,4 30,2 20,6 15,2 7,0 2,4 32,30 27,005164 7,58 572,00 40,4 43,2 34,9 28,7 19,8 14,9 7,2 2,8 30,80 27,205168 7,50 555,00 39,2 43,2 34,6 28,5 19,5 14,6 6,9 2,6 38,60 27,005172 7,42 569,00 40,2 36,4 29,7 24,6 17,0 12,6 6,5 2,9 40,10 27,005176 7,34 566,00 40,0 37,0 30,2 25,0 17,1 12,6 6,5 2,6 39,90 27,105180 7,26 566,00 40,0 40,4 30,6 24,3 16,1 12,0 6,4 3,1 39,40 27,605184 7,18 572,00 40,4 41,7 31,5 24,9 16,4 12,1 6,4 3,1 40,00 27,305188 7,10 562,00 39,8 43,9 33,9 27,0 17,7 12,7 6,1 2,7 39,40 27,705192 7,02 562,00 39,7 44,6 33,8 27,1 17,6 12,5 6,1 2,7 40,10 27,605196 6,94 565,00 39,9 39,2 29,2 23,1 14,7 10,5 4,9 2,0 34,50 27,505200 6,86 570,00 40,3 40,6 30,0 23,7 15,0 10,5 4,9 1,9 33,10 27,905204 6,78 572,00 40,4 53,7 43,3 35,6 24,4 18,3 9,3 4,0 33,60 27,705208 6,70 559,00 39,5 53,5 42,8 35,0 23,9 17,8 8,9 3,9 33,50 27,405212 6,62 568,00 40,1 48,0 37,7 30,2 19,4 13,6 5,6 2,5 34,10 27,305216 6,54 554,00 39,2 48,5 37,9 30,2 19,2 13,4 5,5 2,3 34,10 27,705220 6,46 569,00 40,2 36,3 27,1 21,6 14,0 9,9 4,9 2,0 34,10 27,505224 6,38 573,00 40,5 37,3 28,1 22,3 14,5 10,1 4,8 2,0 34,00 27,605228 6,30 567,00 40,1 47,6 35,4 28,3 18,3 13,0 5,6 1,9 34,00 27,205232 6,22 553,00 39,1 48,4 35,8 28,3 18,1 12,8 5,4 1,8 34,10 27,105236 6,14 565,00 39,9 34,7 28,3 23,6 17,1 13,3 7,3 3,1 34,40 26,905240 6,06 564,00 39,8 35,5 28,9 24,0 17,3 13,4 7,3 3,1 34,50 26,605244 5,98 569,00 40,2 44,9 35,4 28,2 19,1 14,1 7,2 3,5 34,90 26,605248 5,90 561,00 39,6 45,9 36,1 28,7 19,3 14,2 7,3 3,4 34,70 27,205252 5,82 568,00 40,1 47,3 36,2 28,5 17,8 12,5 5,4 2,5 34,40 26,405256 5,74 567,00 40,1 48,4 36,8 28,9 17,9 12,4 5,3 2,4 34,30 26,305260 5,66 569,00 40,2 52,1 40,9 34,1 23,3 16,9 7,7 2,5 34,40 26,805264 5,58 571,00 40,4 53,6 42,1 34,9 23,8 17,2 7,7 2,4 34,20 26,005268 5,50 566,00 40,0 56,1 43,5 34,8 23,5 17,2 8,5 3,7 33,70 26,305272 5,42 563,00 39,8 57,1 44,1 35,1 23,6 17,1 8,3 3,6 33,50 26,405276 5,34 562,00 39,7 61,4 46,0 36,4 23,3 16,4 7,2 2,9 33,80 25,905280 5,26 554,00 39,2 62,6 46,3 36,4 22,9 16,1 6,9 2,8 34,20 26,405284 5,18 566,00 40,0 35,4 28,2 23,2 16,0 11,9 5,5 2,0 34,50 26,205288 5,10 583,00 41,2 37,0 29,5 24,3 16,6 12,3 5,8 2,0 34,60 26,205292 5,02 565,00 39,9 61,6 43,5 32,7 19,2 12,9 5,1 2,4 34,60 26,105296 4,94 562,00 39,8 64,4 45,0 33,5 19,4 12,8 4,8 2,1 34,60 26,005300 4,86 564,00 39,9 61,1 48,6 39,7 26,2 18,5 7,5 1,5 34,00 26,105304 4,78 546,00 38,6 60,3 48,2 39,1 25,5 17,9 7,0 1,3 34,00 25,505308 4,70 568,00 40,2 38,3 29,8 24,5 16,5 12,0 5,4 2,2 33,70 26,205312 4,62 556,00 39,3 38,8 30,2 24,6 16,4 11,8 5,4 2,2 33,50 25,505316 4,54 569,00 40,2 29,9 23,8 19,6 13,5 10,0 4,7 1,7 33,40 26,205320 4,46 575,00 40,6 31,3 25,0 20,6 14,1 10,5 4,8 1,7 33,40 25,905324 4,38 569,00 40,2 49,2 37,6 30,7 20,9 15,6 7,7 3,2 32,50 25,305328 4,30 558,00 39,4 49,4 37,4 30,3 20,4 15,1 7,3 2,9 32,70 25,605332 4,22 575,00 40,6 43,2 33,1 26,7 18,5 13,6 6,6 3,0 37,10 25,905336 4,14 559,00 39,5 43,1 32,8 26,4 18,1 13,2 6,3 2,8 41,60 25,505340 4,06 568,00 40,2 49,0 35,9 27,2 16,1 10,7 4,5 1,8 41,00 25,905344 3,98 568,00 40,1 51,0 37,1 27,9 16,4 10,7 4,4 1,7 38,20 26,005348 3,90 566,00 40,0 45,4 33,1 25,8 16,6 12,0 6,0 2,7 32,50 25,805352 3,82 555,00 39,2 46,4 33,6 26,0 16,4 11,8 5,6 2,4 32,40 25,60
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
458
5356 3,74 564,00 39,9 35,3 28,6 23,7 16,6 12,6 6,8 3,4 32,30 25,905360 3,66 574,00 40,6 36,8 29,7 24,5 17,0 12,9 6,9 3,4 32,20 26,005364 3,58 562,00 39,7 50,8 39,6 32,4 22,0 16,1 8,1 3,8 30,70 25,505368 3,50 566,00 40,0 53,5 41,7 33,9 22,9 16,6 8,2 3,8 30,70 25,805372 3,42 563,00 39,8 43,3 33,8 26,5 16,9 11,4 4,0 0,9 31,30 25,205376 3,34 564,00 39,9 44,1 34,4 26,9 17,1 11,5 4,0 0,8 30,20 25,805380 3,26 568,00 40,1 37,0 29,3 24,0 16,0 11,4 4,9 1,8 29,70 25,605384 3,18 579,00 41,0 38,2 30,4 24,9 16,5 11,7 5,0 1,6 29,50 25,705388 3,10 589,00 41,7 45,8 36,6 30,2 20,8 15,5 7,6 3,4 30,00 25,805392 3,02 542,00 38,3 50,6 41,4 34,5 24,5 18,6 8,5 3,6 29,90 26,205396 2,94 560,00 39,6 53,5 43,7 36,4 25,8 19,5 8,7 3,5 30,20 26,405400 2,86 564,00 39,9 46,4 38,1 31,5 21,5 15,9 7,2 2,0 32,20 26,205404 2,78 570,00 40,3 47,6 39,0 32,2 21,9 16,1 7,2 2,0 30,70 25,905408 2,70 563,00 39,8 47,6 37,2 30,3 20,0 14,3 5,6 1,7 30,80 26,405412 2,62 565,00 39,9 48,7 38,3 31,1 20,4 14,3 5,6 1,6 30,90 25,905416 2,54 565,00 39,9 40,1 32,5 27,2 19,7 15,1 7,9 3,3 31,80 26,205420 2,46 561,00 39,6 40,6 32,7 27,5 19,7 15,1 7,9 3,1 31,70 25,805424 2,38 565,00 39,9 40,9 34,4 29,3 21,8 16,9 8,9 3,4 34,90 26,105428 2,30 569,00 40,2 38,9 32,9 27,8 20,1 15,4 7,8 2,8 31,80 26,405432 2,22 571,00 40,4 33,5 26,3 21,4 14,7 11,1 6,0 3,4 32,40 26,40
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
459
BACIAS DEFLECTOMÉTRICAS - LADO ESQUERDO
Trecho: CABEDELO-DIVISA PB/CESubtrecho: ENTR. PB-090/PB-ENTR. BR-104(A)/BR-408(B)/PB-095 (Campina Grande)
Lote: 03Extensão: 30,6 km
Localização Carregamento Deflexões - FWD (10-2mm) Temperatura
Estaca km Pressão Forçar1=0cm
r2=20cm
r3=30cm
r4=45cm
r5=60cm
r6=90cm
r7=150cm Superf. Ar
(Kpa) KN D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 (oC) (oC)4000 30,86 561,00 39,64 532 365,3 283,8 180,6 128,4 62,70 31,50 34 264005 30,76 549,00 38,83 487 352,0 264,2 152,8 99,70 40,80 19,80 34 264008 30,7 565,00 39,96 285 189,9 138,8 79,70 54,20 25,30 13,30 34 264012 30,62 572,00 40,43 343 218,3 156,3 89,20 61,70 28,60 11,60 34 264016 30,54 571,00 40,38 464 322,5 240,5 134,7 83,90 29,40 9,10 34 264020 30,46 571,00 40,33 470 310,6 229,2 126,5 78,90 28,10 11,90 34 264024 30,38 557,00 39,37 541 334,7 250,8 147,2 101,7 43,70 21,20 34 264028 30,3 561,00 39,65 432 282,1 201,4 111,2 72,80 31,80 15,10 34 264032 30,22 569,00 40,21 436 323,2 245,1 148,0 98,80 46,10 21,00 34 264036 30,14 566,00 40,01 442 326,5 248,4 144,6 95,90 40,20 20,10 34 264040 30,06 572,00 40,43 560 376,2 279,8 164,4 109,5 48,80 23,20 34 264044 29,98 560,00 39,58 473 315,1 227,9 123,1 76,10 28,70 12,30 34 264048 29,9 566,00 40,03 401 289,8 219,6 131,1 89,20 39,60 20,10 34 264052 29,82 565,00 39,90 440 314,3 245,5 151,6 104,3 46,00 21,70 34 264056 29,74 564,00 39,85 526 357,8 267,0 159,0 108,5 51,20 25,20 34 264060 29,66 564,00 39,87 447 339,5 267,8 167,4 115,7 53,40 27,00 34 264064 29,58 547,00 38,65 509 310,2 220,1 114,9 70,10 29,40 14,80 34 264068 29,5 569,00 40,18 287 149,3 96,50 52,70 34,80 18,90 10,00 34 264072 29,42 571,00 40,38 419 306,7 235,3 147,2 105,7 55,60 30,20 34 264076 29,34 564,00 39,85 352 271,2 219,2 140,0 98,90 50,20 27,80 34 264080 29,26 558,00 39,43 365 251,7 189,1 116,2 83,00 43,00 24,20 34 264084 29,18 582,00 41,14 266 188,8 154,8 105,0 78,90 43,70 22,20 34 264088 29,1 566,00 40,01 544 357,4 242,4 141,3 100,3 57,00 29,90 34 264092 29,02 562,00 39,71 560 330,5 213,6 121,5 83,00 45,90 21,50 34 264096 28,94 564,00 39,85 467 323,6 241,1 142,4 100,1 51,10 27,40 34 264100 28,86 562,00 39,73 512 328,5 238,8 150,5 110,7 62,30 31,80 34 264104 28,78 574,00 40,54 497 361,2 266,3 158,0 109,9 48,90 23,80 34 264108 28,7 562,00 39,71 522 326,7 225,9 114,5 73,20 36,70 22,00 34 264112 28,62 559,00 39,48 479 319,1 227,1 125,8 82,50 38,10 22,30 34 264116 28,54 569,00 40,18 436 312,5 238,1 144,9 100,8 48,80 24,00 34 264120 28,46 564,00 39,83 489 318,0 227,2 126,6 84,50 39,90 21,80 34 264124 28,38 567,00 40,04 436 317,0 249,0 158,6 112,4 53,30 25,80 34 264128 28,3 560,00 39,57 456 342,8 268,9 175,4 128,0 65,20 29,60 34 264132 28,22 574,00 40,56 487 374,8 297,3 196,0 141,8 68,10 30,20 34 264136 28,14 568,00 40,14 573 392,3 288,9 171,3 117,1 57,70 29,90 34 264140 28,06 564,00 39,83 604 416,4 309,2 179,8 121,4 58,90 31,30 34 264144 27,98 562,00 39,73 549 400,8 307,6 175,6 117,9 53,10 27,10 34 264148 27,9 564,00 39,85 454 345,6 243,8 135,4 90,00 38,60 21,00 34 264152 27,82 563,00 39,76 485 326,1 242,4 145,9 101,5 50,50 29,60 34 264156 27,74 561,00 39,68 512 368,3 282,4 172,6 118,4 57,00 27,30 34 264160 27,66 575,00 40,67 434 317,6 247,9 154,4 106,3 46,10 23,60 34 264164 27,58 567,00 40,06 587 379,5 270,1 147,4 98,20 49,00 26,70 34 264168 27,5 570,00 40,26 555 360,7 258,5 142,0 92,50 42,40 22,10 34 264172 26,94 553,00 39,09 45,5 33,74 26,09 15,70 10,54 4,71 2,30 46,50 35,40
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
460
4176 26,86 552,00 38,98 61,2 45,46 32,73 17,06 10,76 4,58 2,36 45,50 35,604180 26,78 568,00 40,14 35,8 26,78 20,50 12,47 8,56 3,82 1,61 44,80 35,704184 26,70 564,00 39,87 37,3 28,38 22,32 13,88 9,76 4,64 2,24 45,30 34,804188 26,62 570,00 40,26 42,1 30,47 23,59 13,83 8,93 3,75 1,96 45,20 35,004192 26,54 560,00 39,57 43,2 28,94 20,26 9,94 5,95 2,60 1,73 45,40 35,304196 26,46 558,00 39,43 43,4 33,32 26,58 16,97 11,81 4,84 1,86 45,90 34,804204 26,30 570,00 40,29 33,3 23,92 17,59 10,12 6,62 2,87 1,46 45,30 35,004208 26,22 581,00 41,03 42,7 31,80 24,89 14,83 9,83 4,11 2,01 45,50 35,404212 26,14 556,00 39,32 80,2 58,16 40,65 20,76 13,37 5,54 2,86 45,20 35,304216 26,06 555,00 39,22 44,2 33,38 25,27 14,09 9,03 3,73 1,81 45,20 35,704220 25,98 568,00 40,11 31,7 23,00 17,37 9,74 6,19 2,45 1,35 44,90 35,704224 25,90 568,00 40,15 39,4 30,21 24,41 15,09 10,21 3,91 1,47 46,50 35,504228 25,82 563,00 39,82 65,4 49,61 38,69 21,73 13,93 3,81 0,74 48,20 35,804232 25,74 564,00 39,87 52,5 37,82 29,26 17,75 12,08 5,14 2,35 46,50 35,004236 25,66 560,00 39,57 72,3 51,87 38,78 22,14 14,17 5,76 2,56 47,90 35,604240 25,58 567 40,04 53,2 40,42 31,18 18,52 12,08 4,5 1,86 47,8 35,44244 25,5 567 40,1 52,0 37,45 27,34 14,8 9,13 3,6 1,91 48,1 35,24248 25,42 570 40,26 54,4 40,03 29,93 16,56 10,23 3,4 1,91 46,2 35,34252 25,34 564 39,83 56,4 38,53 28,47 16,22 11,03 5,65 3,19 46,6 33,94256 25,26 556 39,29 7,11 53,05 41,02 23,75 15,19 5,1 1,57 47,2 34,24260 25,18 566 39,99 64,8 48,19 34,84 17,98 10,99 3,83 2,06 46,8 34,34264 25,1 566 40,03 60,9 48,86 37,78 21,38 13,72 4,31 1,16 44,2 33,24268 25,02 559 39,48 59,1 40,83 28,8 14,36 7,67 2,72 1,52 44 34,14272 24,94 571 40,35 61,7 46,59 35,42 19,95 12,65 4,35 1,79 43,4 34,14276 24,86 564 39,83 75,4 57,56 42,15 23,68 15,13 5,6 2,08 43 33,74280 24,78 547 38,67 48,2 35,33 25,9 13,73 7,97 2,67 1,42 43,5 33,54284 24,7 567 40,1 40,9 33,32 26,02 16,33 11,48 4,87 1,67 41,5 33,64288 24,62 577 40,77 51,3 41,3 33,84 22,13 15,41 5,56 1,06 40 33,44292 24,54 570 40,29 66,6 48,53 35,92 19,4 11,53 3,68 0,78 41,6 344296 24,46 556 39,27 60,3 43,56 31,32 15,18 8,47 3,16 1,57 40,3 33,14300 24,38 564 39,89 49,2 36,09 27,31 15,17 9,43 3,16 1,52 44,4 33,94304 24,3 577 40,77 50,2 37,97 28,83 16,44 10,42 3,86 1,7 40,5 33,24308 24,22 557 39,36 75,8 52,33 36,37 16,29 8,37 2,23 0,95 45,5 33,34312 24,14 570 40,31 49,4 34,58 25,46 12,78 7,92 3,45 1,72 44,4 33,44316 24,06 557 39,34 70,7 54,13 39,92 23,13 15,07 4,68 2 44 32,94320 23,98 569 40,24 53,3 35,51 25,23 13,76 8,18 3,05 1,43 42,4 33,64324 23,9 563 39,78 57,1 44,93 36,01 23 15,9 5,99 1,67 43,3 32,94328 23,82 560 39,61 54,7 44,81 35,83 21,21 13,51 4,6 1,41 42,1 32,64332 23,74 567 40,08 38,9 30,72 24,19 15,01 10,33 4,37 1,99 41,8 32,94336 23,66 566 39,99 39,5 28,42 21,05 11,17 6,74 1,87 0,38 40,2 32,74340 23,58 567 40,08 34,0 23,49 17,51 10,13 6,9 3,15 1,88 39,7 32,44344 23,5 577 40,75 45,3 35,66 28,83 18,96 13,42 5,45 1,56 39,1 32,34348 23,42 558 39,43 65,1 44,84 33,39 19,74 13,13 4,69 2,07 39,3 32,84352 23,34 567 40,06 47,6 36,07 29,08 17,8 12,39 5,64 2,57 39,9 32,64356 23,26 562 39,75 51,1 39,43 31,5 19,26 13,52 5,84 2,6 40,5 32,24360 23,18 569 40,21 57,4 46,04 37,61 24,36 17,07 6,98 2,7 41,5 334364 23,1 567 40,08 59,8 46,77 38,77 24,94 17,31 7,58 3,04 43,4 32,14368 23,02 559 39,51 66,3 52,58 42 25,99 17,45 6,52 2,03 43,5 32,74372 22,94 572 40,4 47,3 37,55 30,82 20,68 14,93 6,72 2,58 42,4 33,24376 22,86 555 39,25 72,7 52,17 41,32 23,94 13,96 6,09 2,73 42,9 32,74380 22,78 571 40,36 59,7 47,08 36,84 21,32 14,17 4,92 2,25 43 32,74384 22,7 558 39,46 64,2 49,57 37,78 21,64 13,33 4,09 1,07 42,9 32,54388 22,62 562 39,71 62,4 47,9 38,28 22,56 14,53 4,41 0,81 43,3 32,64392 22,54 576 40,7 50,9 42,08 35,38 22,98 16,07 6,07 1,5 43,4 32,4
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
461
4396 22,46 560 39,57 57,7 44,52 36,08 22,99 15,64 6,01 1,44 42,8 31,74400 22,38 566 39,99 48,5 38,49 31,51 20,8 14,91 6,78 2,67 43,2 32,14404 22,3 563 39,78 61,5 43,73 33,65 19,8 12,87 4,09 1,31 43,4 32,24408 22,22 573 40,49 65,5 51,33 40,52 25,42 16,92 7,09 2,19 43,9 31,64412 22,14 569 40,21 61,0 42,52 30,72 14,75 9,14 2,94 0,69 43,4 31,54416 22,06 563 39,8 68,4 48,53 34,54 16,86 9,42 3,69 2,03 43,6 31,64420 21,98 559 39,5 64,9 48,27 37,93 23,1 15,38 5,06 1,2 43,2 31,44424 21,9 564 39,83 65,1 50,57 39,04 22,57 14,3 5,38 2,38 44,4 31,34428 21,82 566 40,01 64,8 49,82 40,19 24,76 17,57 7,55 2,91 43,8 314432 21,74 561 39,68 47,8 38,64 31,51 20,59 14,81 6,7 2,52 44,1 30,74436 21,66 572 40,4 43,5 33,94 27,81 18,47 13,21 5,5 1,48 42,4 31,14440 21,58 580 41,02 49,1 40,61 34,03 23,45 16,81 7,42 2,51 42,6 314444 21,5 549 38,81 76,3 57,04 43,77 25,56 16,47 6,88 3,48 42,8 30,64448 21,9 553 39,1 45,6 33,7 26,1 15,7 10,5 4,7 2,3 48 344452 21,82 550 40,8 44,5 31,9 24 13,7 9 4,2 2,3 51 354456 21,74 573 40,5 43,2 33,2 26,5 16,5 11,4 4,8 2 52 344460 21,66 557 39,37 63,0 49,86 39,74 24,81 17,11 7,25 3,03 41,967 34,54464 21,58 567 40,08 56,3 43,86 35,20 22,49 15,49 6,6 2,49 42,6 34,34468 21,5 548 38,75 72,0 55,74 44,24 27,34 18,78 7,4 2,77 36,2 34,44472 21,42 548 38,72 91,8 70,27 55,83 34 22,45 9,72 3,8 35,3 30,64476 21,34 548 38,7 71,2 57,11 45,81 28,97 20,85 8,05 2,76 35,8 30,44480 21,26 549 38,83 52,9 39,86 31,1 19,07 13,06 4,53 1,77 37,5 30,34484 21,18 547 38,67 72,5 55,34 43,32 25,87 17,86 6,41 0,84 37,1 30,64488 21,1 544 38,42 76,5 61,13 47,52 29,09 18,95 7,5 3,67 38 30,54492 21,02 548 38,76 41,0 32,09 24,84 15,69 11,15 4,8 1,34 37,8 30,84496 20,94 554 38,95 56,7 39,92 30,06 17,39 11,42 4,63 1,43 36,7 30,94500 20,86 553 39,05 31,3 23,63 18,48 11,12 7,52 2,94 1,21 36,5 30,54504 20,78 549 38,77 40,4 27,81 19,73 10,99 7,25 3,37 1,8 36,5 30,64508 20,7 550 38,86 33,5 23,29 17,27 9,56 6,22 3,11 2,32 36,1 30,64512 20,62 550 38,88 65,9 48,49 36,44 20,99 14,46 5,28 1,09 35,8 30,64516 20,54 535 37,84 107, 85,36 66,6 39,39 25,01 9,77 4,58 35,6 30,94520 20,46 546 38,58 60,5 44,26 33,18 18,28 12,32 5,46 3,04 36,4 30,34524 20,38 571 40,36 77,1 58,47 45,86 28,25 19,96 7,5 2,97 37,9 30,64528 20,3 555 39,23 87,4 66,74 50,91 29,64 20 7,87 3,24 36,5 31,14532 561 39,65 74,1 56,61 43,84 26,05 17,66 6,88 2,695 43,6 34,654536 20,14 558 39,46 58,3 41,01 30,73 16,48 9,85 3,97 2,07 36,9 30,94540 20,06 570 40,29 62,4 47,17 36,29 22,18 14,68 5,32 1,68 36,8 30,84544 19,98 565 39,92 68,4 51,8 38,36 22,99 15,51 5,99 2,52 37,1 30,94548 19,9 565 39,94 58,6 41,98 32,74 20,16 13,65 5,46 2,26 47,2 30,64552 19,82 560 39,58 70,1 51,35 38,2 21,53 13,36 5,56 2,89 44,5 30,44556 19,74 563 39,82 67,1 50,2 37,71 21,35 12,95 3,77 0,48 38,6 314560 19,66 556 39,32 56,2 40,48 31,05 18,36 12,1 4,56 1,42 37,1 30,84564 19,58 566 40,01 33,9 26,32 20,98 13,17 9,16 3,94 1,85 37,2 30,54568 19,5 576 40,7 48,3 34,27 25,19 14 8,45 2,22 0,42 37,2 30,24572 19,42 572 40,4 57,8 43,8 34,74 21,63 14,73 6,22 2,66 37,5 30,84576 19,34 562 39,71 82,1 57,98 42,01 22,74 14,12 5,84 2,92 37,8 30,84580 19,26 555 39,25 91,8 67,11 43,72 18,69 8,35 3,48 3,42 37,3 314584 19,18 572 40,4 69,1 50,23 38,45 23,23 16,07 7,27 2,99 37,3 314588 19,1 551 38,93 78,3 57,55 40,13 18,29 10,96 3,52 0,98 37,2 30,74592 19,02 568 40,17 37,9 25,99 19,69 11,54 7,62 3,33 1,71 37,8 314596 18,94 555 39,25 59,2 45,27 35,58 22,03 14,8 5,71 3 38 30,84600 18,86 576 40,68 49,9 36,94 28,5 16,48 10,94 4,29 1,56 37,7 30,94604 18,78 566 40,03 63,8 44,84 32,07 18,61 13 4,71 2,28 40,6 314608 18,7 556 39,32 65 48,42 33,63 15,65 10,65 3,07 0,86 40,2 31,1
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
462
4612 18,62 573 40,47 48 37,17 29,67 18,56 12,53 4,36 0,85 37,7 30,64616 18,54 558 39,43 57,8 43,74 33,77 20,17 13,34 4,71 2,22 37,9 30,94620 18,46 568 40,14 48,0 37,95 30,45 18,95 12,44 4,5 0,91 37,9 30,74624 18,38 577 40,77 64,5 49,99 39,9 24,94 17,56 7,3 2,01 37,2 30,84628 18,3 568 40,11 72,1 54,73 42,57 25,76 17,07 6,18 1,7 38,2 30,64632 18,22 579 40,91 75,1 53,54 39,07 21,8 13,91 4,95 1,49 38 30,14636 18,14 551 38,97 67,0 53,48 35,82 14,34 8,13 3,25 2,04 37,5 30,94640 18,06 559 39,51 76,0 52,96 38,29 20,89 14,76 7,69 3,75 38,8 30,54644 17,98 554 39,15 86,4 61,86 45,15 23,8 14,89 5,48 2,7 39,5 30,94648 17,9 569 40,24 5,35 40,19 29,83 16,1 9,75 2,52 0,77 40,1 30,54652 17,82 558 39,41 50,5 38,13 29,48 18,03 12,33 5,13 1,68 39,4 29,94656 17,74 564 39,85 31,5 22 16,58 9,93 6,88 3,59 1,87 40 29,74660 17,66 560 39,58 45,9 30,59 22,53 12,52 7,9 2,72 0,73 40,3 29,84664 17,58 573 40,52 29,9 18,21 12,61 6,48 4,2 2,36 1,27 39,7 30,34668 17,5 569 40,21 44,6 31,42 23,65 14,33 9,77 4,76 2,22 40,2 30,14672 17,42 545 38,49 49,1 34,41 25,82 15,95 11,66 7,12 3,9 42,8 30,14676 17,34 583 41,17 25,3 16,68 12,03 6,85 4,56 2,51 1,68 39,9 30,34680 17,26 554 39,18 49,9 34,89 25 12,43 7,64 4,16 2,65 38,6 30,44684 17,18 563 39,82 38,9 27,21 19,05 10,03 6,35 3,3 2,02 39 30,54688 17,1 565 39,92 50,0 36,66 28,31 17,07 11,52 5,12 2,59 39,7 30,14692 17,02 576 40,74 35,9 27,2 21,41 13,26 9,14 3,75 1,63 39,5 29,54696 16,94 542 38,33 49,8 36,07 27,85 16,93 11,87 5,75 2,69 40 29,84806 14,74 568 40,17 86,1 65,56 47,77 25,76 15,31 6,23 3,04 40,6 32,74810 14,66 559 39,48 69,5 49,51 37,49 21,86 14,42 5,36 2,06 41,3 324814 14,58 550 38,84 67,3 49,64 37,59 22,1 14,33 5,98 2,95 41,3 32,14818 14,5 569 40,22 34,5 25,83 19,62 11,9 8,37 4,36 2,44 41,7 31,84822 14,42 567 40,1 43,1 30,39 23,1 13,58 8,96 3,41 1,35 41,3 32,14826 14,34 551 38,95 66,6 50,29 37,58 21,41 13,88 5,38 2,8 40,3 31,64830 14,26 575 40,63 39,4 29,02 22,37 13,27 8,67 3,07 0,94 41 31,84834 14,18 562 39,71 59,6 42,7 31,25 15,36 9,41 3,11 1,25 40,2 31,74838 14,1 555 39,25 53,4 39,66 29,34 17,11 11,43 5,25 2,61 40,4 31,54842 14,02 570 40,31 40,9 29,78 22,46 13,38 8,92 3,84 1,6 40,1 31,54846 13,94 565 39,92 53,5 38,49 28,97 16,84 11,22 4,63 1,9 39,6 31,74850 13,86 569 40,18 61,3 44,51 32,82 18,04 11,37 4,63 2,05 39,1 31,74854 13,78 543 38,4 53,7 41,11 32,21 19,31 12,57 4,75 1,64 40,8 32,34858 13,7 579 40,89 28,3 20,4 16,04 10,11 7,33 3,99 2,12 40,8 31,74862 13,62 555 39,2 48,1 35,4 27,28 16,41 10,97 4,52 1,61 40,1 31,64866 13,54 582 41,1 33,1 23,49 17,67 10,6 7,18 3,54 2,03 40,3 32,14870 13,46 556 39,29 70,3 53,26 40,39 23,69 15,54 6,36 3,33 40,1 31,74874 13,38 559 39,5 40,7 29,51 22,15 12,82 8,7 4,33 2,42 40,5 31,64878 13,3 571 40,33 42,7 26,7 18,41 9,22 6,52 3,8 2,43 40,3 31,54886 13,14 556 39,3 39,7 29,63 23,03 13,69 9,31 4,18 2,17 40,5 31,44890 13,06 569 40,22 33,0 24,93 19,63 12 8,46 4,48 2,16 39,9 31,74894 12,98 577 40,77 31,4 24 17,7 10,46 7,33 4,39 2,97 40,1 31,74898 12,9 567 40,08 49,5 39,43 30,25 16,51 10,14 3,87 1,43 39,7 32,24902 12,82 551 38,95 58,4 44,51 33,94 19,68 12,57 4,23 1,96 39 31,64906 12,74 581 41,05 36,1 25,19 18,92 11,28 7,84 3,78 1,94 39,4 31,44910 12,66 563 39,76 67,4 49,96 36,28 21 13,72 5,8 2,04 37,7 31,14914 12,58 566 40,03 54,7 43,09 34,43 21,88 15,12 5,45 1,12 38,4 31,84918 12,5 554 39,12 78,5 58,52 43,97 24,83 15,37 6,34 2,62 39,1 324922 12,42 575 40,67 38,0 28,02 21,28 12,82 8,85 4,06 1,77 40,3 31,94926 12,34 543 38,37 63,7 50,12 40,05 23,36 15,74 5,81 1,99 40,2 31,44930 12,26 568 40,17 31,0 23,61 18,42 11,49 7,93 3,21 0,99 39,9 31,54934 12,18 577 40,75 26,7 19,08 14,4 8,65 5,76 2,61 1,49 39,9 31,3
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
463
4938 12,1 567 40,04 59,2 45,9 35,89 21,41 14,08 4,84 1,22 38,8 31,14942 12,02 558 39,46 55,7 40,55 29,7 17,43 11,54 4,65 2,12 38,3 31,24946 11,94 562 39,69 47,2 34,68 25,27 14,11 9,6 4,5 2,12 39 31,14950 11,86 562 39,71 44,1 29,66 20,74 11,4 7,32 3,61 1,94 38,9 31,64954 11,78 572 40,42 35,6 24,45 18,15 10,52 6,94 3,11 1,35 38,8 314958 11,7 568 40,15 44,8 34,38 27,38 17,55 12,47 5 1,43 37,4 31,44962 11,62 563 39,76 46,1 34,34 26,18 14,2 9,2 3,08 0,73 37,5 31,54966 11,54 564 39,83 50,4 36,13 27,11 15,89 10,26 3,72 1,16 37,5 31,14970 11,46 558 39,43 43,8 33,63 25,84 15,51 10,09 3,63 1,6 38,1 31,14974 11,38 578 40,82 35,1 27,27 20,78 11,99 7,79 3,43 1,83 38,5 314978 11,3 566 40,03 52,8 40,86 32,59 20,08 13,65 4,21 1,18 37,6 30,64982 11,22 561 39,68 40,3 29,03 21,85 12,67 8,61 3,79 1,49 38 30,64986 11,14 362 39,77 41,3 41,51 31,74 18,18 11,6 4,13 1,64 38,5 31,14990 11,06 557 39,36 91,7 68,29 50,62 25,65 14,74 4,28 1,79 38,5 30,64994 10,98 556 39,3 75,9 55,45 42,01 23,23 14,15 4,77 1,99 38,7 30,84998 10,9 564 39,83 54,8 40,74 30,57 16,94 10,43 3,45 1,05 37,6 30,75002 10,82 572 40,45 42,8 31,03 22,62 12,12 7,46 3,28 1,82 38,3 315006 10,74 560 39,58 73,8 58,12 45,24 27,04 17,85 6,53 2,05 38,7 30,85010 10,66 565 39,9 77,6 58,25 43,31 25,12 16,2 5,69 2,09 38,9 30,65014 10,58 568 40,14 77,6 61,46 48,79 30,18 20,58 7,89 2,35 38,2 30,85018 10,5 555 39,23 80,1 60,42 43,28 23,6 14,82 5,3 2,09 38,3 30,25022 10,42 569 40,24 73,2 54,37 42,05 23,92 15,33 5,86 2,06 37,7 30,65026 10,34 563 39,82 71,6 50,94 39 23,82 17,3 8,53 3,87 37,1 29,85030 10,26 561 39,65 64,0 54,82 41,89 24,88 17,51 6,76 2 35,6 30,35034 10,18 559 39,51 61,4 47,54 34,95 17,39 10,08 3,59 2,43 36,3 30,15038 10,1 563 39,78 57,8 44,4 30,81 15,89 9,95 3,38 1,53 36,8 30,65042 10,02 564 39,89 52,5 39,75 31,79 19,97 13,75 5,41 1,88 36,9 30,35046 9,94 576 40,72 47,2 34,88 25,31 14 9,17 3,97 1,86 36,4 305050 9,86 555 39,25 83,2 61,26 47,29 28,71 18,79 8,54 3,07 36,7 30,65054 9,78 564 39,89 48,6 38,39 31,05 20,76 15,36 7,45 3 36,3 30,45058 9,7 561 39,65 50,9 38,59 28,62 17,35 11,74 4,91 1,59 36,8 30,15062 9,62 574 40,58 54,6 41,81 32,75 19,84 13,21 5,08 1,67 36,4 29,85066 9,54 569 40,18 65,9 49,38 38,02 23,3 15,88 6,27 1,89 36,8 30,35070 9,46 563 39,78 68,3 52,09 40,66 24,7 16,52 5,67 1,13 37 29,95074 9,38 554 39,12 78,2 59,82 47,05 29,06 19,64 7,26 2,55 37,2 30,25078 9,3 565 39,94 59,1 43,99 33,08 18,94 12,35 4,62 1,9 37,2 29,85082 9,22 565 39,92 51,2 39,63 30,71 18,59 12,14 4,37 1,58 37 29,45086 9,14 573 40,52 45,9 34,34 27,03 17,39 12,31 5,36 1,84 36,6 29,55090 9,06 556 39,32 66,8 50,9 39,62 24,99 17,45 7,21 1,75 36,3 305094 8,98 571 40,36 46,3 34,26 27,27 17,62 12,92 6,11 2,2 36,4 30,25098 8,9 566 40,03 64,5 49,9 40,49 26,29 18,52 7,98 3,05 37,1 29,55102 8,82 562 39,73 75,2 57,04 43,77 26,44 17,5 6,7 2,65 37,1 30,35106 8,74 567 40,1 73,8 55,4 42,25 24,95 16,07 5,83 2,2 37 30,55110 8,66 560 39,57 81,6 63,39 49,13 29,81 19,87 7,21 2,49 36,8 29,65114 8,58 566 39,97 73,7 55,97 42,71 25,03 16,21 5,9 2,22 37,1 29,75118 8,5 564 39,85 81,4 62,76 48,86 29,67 19,88 7,3 2,82 37,2 30,35122 8,42 565 39,92 65,4 50,68 39,15 23,17 15,08 6,02 2,52 37,8 30,35126 8,34 556 39,52 65,4 48,75 37,57 22,6 15,15 6,33 2,81 37,9 29,95130 8,26 574 40,59 42,1 32,16 24,72 14,81 9,79 3,92 1,46 37,4 30,35134 8,18 555 39,23 68,2 52,56 41,7 26,09 17,62 6,74 2,07 36,9 29,95138 8,1 570 40,31 46,1 34,9 27,48 16,61 10,95 4,04 1,59 37,1 29,85142 8,02 580 40,98 49,7 35,79 26,76 14,8 9,15 3,43 1,74 37 29,95146 7,94 559 39,5 93,7 66,55 46,24 18,76 12,17 5,22 2,77 36,3 30,35150 7,86 570 40,28 84,6 62,68 45,82 25,3 15,26 6,19 2,86 38,1 30,2
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
464
5154 7,78 530 37,43 120 88,56 64,73 32,39 18,18 6,29 2,07 35,4 305158 7,7 582 41,1 52,9 43,73 37,02 26,29 19,85 10,01 3,56 37,6 29,45162 7,62 559 39,5 74,9 57,05 43,48 25,69 17,23 7,21 2,77 37,9 305166 7,54 544 38,47, 81,7 61,99 46,17 26,34 17,33 6,07 2,27 37,8 29,75170 7,46 578 40,88 34,6 26,97 21,33 13,29 9,18 3,9 1,87 37,3 30,15174 7,38 564 39,85 69,8 54,64 42 25,12 16,98 7,29 2,74 37,5 29,95178 7,3 553 39,11 59,0 46,27 36,24 21,81 14,17 6,34 2,97 36,7 305182 7,22 563 39,76 54,1 41,61 32,92 20,4 13,65 5,57 2,01 37,6 29,55186 7,14 571 40,35 43,3 30,42 23,91 15,67 11,92 6,98 3,72 39,2 305190 7,06 570 40,26 59,9 45,72 35,8 22,59 15,86 7,3 2,65 36,4 29,45194 6,98 557 39,37 57,7 44,51 34,73 21,14 14,35 6,44 3,06 36,8 29,85198 6,9 568 40,17 50,1 39,8 32,29 21,15 14,96 6,66 2,76 36,9 305202 6,82 576 40,7 55,4 40,96 31,39 17,13 11,25 4,66 2,26 37,1 28,85206 6,74 572 40,43 90,5 67,06 49,59 28,04 18,54 8,32 3,67 37 29,65210 6,66 558 39,41 94,4 69,82 51,85 28,9 19,06 8,12 3,69 37,1 29,95214 6,58 553 39,09 86,2 61,35 45,09 23,11 12,87 4,12 2,05 36,2 29,95218 6,5 561 39,68 48,4 36,72 28,3 16,36 11,09 4,8 2,57 37,3 29,75222 6,42 571 40,35 55,2 40,56 29,65 15,95 10,07 3,39 1,66 37 29,65226 6,34 569 40,21 62,8 45,25 32,64 17,75 11,35 4,07 1,71 36,1 305230 6,26 569 40,21 73,8 53,92 40,42 21,7 13 5,14 2,31 36,2 29,75234 6,18 555 39,23 95,0 68,84 49,12 22,62 13,11 4,25 2,04 36,5 30,25238 6,1 552 39,98 70,1 50,37 37,89 20,95 13,59 5,06 2,07 39,1 30,15242 6,02 579 40,93 41,8 32,47 26,68 18,34 13,98 7,28 2,83 37,2 305246 5,94 565 39,94 69,2 51,51 40,49 25,55 17,38 7,15 2,2 36,5 29,85250 5,86 558 39,44 71,2 54,39 41,83 24,41 15,98 6,79 3,55 37 305254 5,78 564 39,83 69,1 51,66 36,53 18,89 11,23 3,43 1,61 38,3 29,55258 5,7 570 40,29 70,7 51,76 38,11 20,14 12,37 4,66 2,52 36,6 29,85262 5,62 561 39,65 70,4 57,34 43,38 24,17 15,97 6,61 2,76 36,4 29,85266 5,54 561 39,68 70,3 58,74 45,56 29,23 20,74 7,34 2,45 36,2 29,55270 5,46 571 40,35 55,2 44,4 36,81 25,25 18,42 8,51 3,16 36,7 29,55274 5,38 555 39,25 81,0 60,23 45,89 25,86 16,87 7,68 3,46 35,9 305278 5,3 568 40,15 55,5 42,79 33,94 21,58 15,38 6,77 2,32 36,3 29,95282 5,22 561 39,68 66,6 49 38,3 21,63 13,83 5,92 2,75 36,6 29,75286 5,14 560 39,58 70,6 54,14 41,09 22,91 16,51 6,51 2,63 36,9 29,85290 5,06 564 39,89 51,4 40,86 32,86 21,01 14,5 5,47 1,26 37 30,45294 4,98 566 39,97 46,6 36,85 31 20,92 15,04 6,73 3,06 37,2 30,15298 4,9 554 39,16 50,6 40,4 32,08 19,89 13,54 5,35 2,02 38,1 29,85302 4,82 588 41,56 49,4 36,31 27,53 16,56 11,24 4,84 2,16 37,6 29,55306 4,74 545 38,49 87,2 66,2 50,87 30,52 20,33 7,21 1,41 37,6 29,45310 4,66 561 39,68 43,3 34,5 27,94 18,25 12,96 5,51 2,36 37,6 29,85314 4,58 570 40,28 42,9 33,21 26,6 17,21 12,22 5,48 2,34 37,7 30,25318 4,5 556 39,3 52,7 41,82 33,75 22,03 14,52 6,41 2,76 37,7 30,25322 4,42 561 39,68 41,6 32,76 26,57 17,41 12,3 5,32 1,87 37,9 30,15326 4,34 585 41,34 32,3 25,39 20,6 13,85 10,13 4,82 1,95 38,2 29,95330 4,26 561 39,68 76,7 61,53 50,26 33,01 23,67 10,13 3,26 37 30,35334 4,18 566 40,03 45,6 34,57 26,92 16,93 12,03 5,85 2,66 37,3 29,85338 4,1 566 40,01 59,9 45,45 34,73 21,06 14,84 6,74 3,06 37,5 29,35342 4,02 560 39,58 62,0 48,18 37,33 22,67 15,7 7,2 3,14 37,1 305346 3,94 565 39,94 54,1 40,74 31,06 19,09 13,28 5,97 2,47 37 305350 3,86 607 42,91 72,6 59,96 47,18 31,5 23,88 10,37 3,78 36 29,65354 3,78 570 40,29 56,8 43,74 34,06 20,9 14,24 5,55 2,22 36,2 29,85358 3,7 557 39,36 57,7 40,01 27,42 12,78 7,63 3,31 1,71 35,5 29,85362 3,62 571 40,36 62,0 48,17 37,81 23,61 16,7 8,19 3,95 35,8 29,65366 3,54 570 40,29 62,9 49,9 40,54 27,34 19,81 9,09 3,07 36,4 29,5
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
465
5370 3,46 571 40,33 88,8 66,35 51,09 30,38 20,64 9,24 4,22 36,9 29,45374 3,38 550 38,38 115 85,97 63,44 32,5 19,98 7,69 3,53 35 29,35378 3,3 572 40,43 85,7 66,13 49,03 25,92 15,82 5,55 2,03 36,5 29,45382 3,22 542 38,33 102 80,06 60,61 32,54 19,02 7,43 3,49 38,4 28,95386 3,14 563 39,78 59,9 45,94 37,05 23,5 14,58 5,7 2,27 39,2 28,75390 3,06 572 40,42 48,3 37,5 30,26 20,05 14,46 7,23 3,39 38,9 295394 2,98 557 39,37 73,0 59,68 47,36 33,44 24,62 10,87 4,08 36,6 28,95398 2,9 580 40,98 69,3 55,41 41,69 25,51 17,5 6,23 1,69 34,8 29,15402 2,82 568 40,17 105 76,6 57,29 29,66 17,62 5,61 1,69 34 28,75406 2,74 554 39,16 92,1 69,8 53,74 31,45 20,91 9,37 4,07 35,9 28,65410 2,66 553 39,09 82,2 66,49 52,73 31,01 23,48 10,09 2,94 36 28,85414 2,58 567 40,06 49,7 41,54 34,94 25,05 19,44 9,95 3,78 35,3 28,45418 2,5 566 39,97 57,5 47 39,26 23,73 18,19 8,68 3,31 36,1 28,35422 2,42 552 38,98 52,0 44,28 37,24 26,76 20,55 9,96 3,44 38,7 28,35426 2,34 550 38,9 69,7 55,63 45,42 31,34 22,92 10,59 4 37,1 28,15430 2,26 555 39,25 52,0 42,66 34,96 23,85 17,82 8,61 3,04 35,9 27,55434 2,18 563 39,82 42,6 34,32 28,04 19,1 14,09 7,02 3,31 35,2 28
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
466
ANEXO CDNER ME-024/1994
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
467
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4002 D A T 500 485 604006 D A D 500 489 444010 D A D 500 490 404014 D SNA E 500 486 495 56 36 1564018 D SNA E 500 482 724022 D SNA D 500 484 644026 D A D 500 484 644030 D A T 500 480 804034 D A T 500 485 604038 D A T 500 484 494 64 40 1304042 D A T 500 488 484046 D A T 500 485 604050 D A T 500 485 604054 D A T 500 488 484058 D A T 500 487 524062 D A T 500 490 497 40 28 2604066 D A T 500 484 644070 D A T 500 487 524074 D A T 500 487 524078 D A T 500 490 404082 D A T 500 489 444086 D A T 500 489 496 44 28 1954090 D A T 500 490 404094 D A T 500 483 684098 D A T 500 488 484102 D A T 500 484 644106 D A T 500 479 844110 D A T 500 482 493 72 44 1124114 D A T 500 484 644118 D A T 500 486 564122 D A T 500 486 564126 D A T 500 486 564130 D A T 500 485 604134 D A T 500 486 495 56 36 1564138 D A T 500 488 484142 D A T 500 483 684146 D A T 500 487 524150 D A T 500 486 564154 D A T 500 485 604158 D A T 500 484 494 64 40 1304162 D A T 500 485 604166 D A T 500 484 644170 D SNA T 500 480 804174 D A T 500 480 804178 D A T 500 487 524182 D A E 500 484 495 64 44 156
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
468
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4186 D A E 500 487 524190 D A E 500 488 484194 D A E 500 490 404198 D A E 500 475 1004202 D A 500 486 564206 D A 500 478 490 88 48 784210 D A 500 487 524214 D SNA 500 483 684218 D SNA 500 479 844222 D A 500 483 684226 D A 500 480 804230 D A 500 486 495 56 36 1564234 D A 500 490 404238 D A 500 483 684242 D A 500 486 564246 D A 500 481 764250 D A 500 480 804254 D A 500 485 494 60 36 1304258 D A 500 487 524262 D A 500 484 644266 D A 500 490 404270 D A 500 480 804274 D SNA 500 477 924278 D C 500 475 489 100 56 714282 D C 500 474 1044286 D A 500 480 804290 D A 500 483 684294 D A 500 482 724298 D C 500 480 804302 D SNA 500 480 804306 D A 500 483 493 68 40 1124310 D A 500 480 804314 D C 500 473 1084318 D C 500 485 604322 D SNA 500 487 524326 D SNA 500 480 804330 D SNA 500 483 494 68 44 1304334 D SNA 500 485 604338 D C 500 484 644342 D SNA 500 484 644346 D A 500 485 604350 D A 500 483 684354 D SNA 500 485 494 60 36 1304358 D A 500 484 644362 D A T 500 478 884366 D C T 500 480 80
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
469
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4370 D SNA T 500 483 684374 D A T 500 480 804378 D A T 500 483 684382 D C T 500 480 494 80 56 1304386 D SNA T 500 476 964390 D C T 500 480 804394 D C D 500 470 1204398 D C D 500 486 564402 D A D 500 480 492 80 48 984406 D C T 500 479 844410 D C D 500 478 884414 D A T 500 480 804418 D A T 500 483 684422 D A T 500 484 644426 D A T 500 480 804430 D C T 500 483 493 68 40 1124434 D C T 500 482 724438 D C T 500 480 804442 D A T 500 484 644446 D A T 500 481 764450 D A T 500 482 74 45 1084454 D A T 500 481 764458 D A T 500 483 704462 D A T 500 479 844466 D A T 500 478 884470 D A T 500 483 704474 D A T 500 483 684478 D A T 500 475 489 100 56 714482 D A T 500 478 884486 D A T 500 478 884490 D A T 500 480 804494 D SNA T 500 485 604498 D SNA T 500 490 404502 D A E 500 485 495 60 40 1564506 D A E 500 482 724510 D SNA E 500 479 844514 D A T 500 480 804518 D A T 500 478 884522 D A T 500 478 884526 D A T 500 479 491 84 48 874530 D A T 500 486 564534 D SNA E 500 484 644538 D SNA E 500 483 684542 D SNA E 500 485 604546 D A D 500 484 644550 D A D 500 485 495 60 40 156
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
470
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4554 D A D 500 484 644558 D SNA E 500 485 604562 D SNA E 500 490 404566 D SNA E 500 483 684570 D A E 500 485 604574 D A T 500 480 492 80 48 984578 D A T 500 483 684582 D A T 500 480 804586 D SNA T 500 485 604590 D SNA E 500 488 484594 D A E 500 480 804598 D SNA T 500 481 493 76 48 1124602 D SNA T 500 483 684606 D A T 500 485 604610 D SNA T 500 484 644614 D SNA T 500 485 604618 D SNA T 500 485 604622 D SNA T 500 484 495 64 44 1564626 D SNA T 500 487 524630 D T 500 486 564634 D SNA T 500 485 604638 D A T 500 487 524642 D A T 500 488 484646 D A T 500 487 496 52 36 1954650 D SNA E 500 485 604654 D SNA E 500 482 724658 D A E 500 485 604662 D A T 500 487 524666 D A T 500 488 484670 D A T 500 482 494 72 48 1304674 D A T 500 480 804678 D A T 500 484 644682 D A T 500 486 564686 D A T 500 483 684690 D A E 500 484 644694 D A E 500 479 491 84 48 874698 D A E 500 479 844808 D A D 500 483 684812 D A D 500 481 764816 D A D 500 487 496 52 36 1954820 D SNA D 500 490 404824 D A T 500 487 524828 D SNA T 500 493 284832 D SNA T 500 492 324836 D A T 500 483 684840 D SNA T 500 490 497 40 28 260
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
471
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4844 D SNA T 500 490 404848 D SNA T 500 490 404852 D SNA E 500 484 644856 D A E 500 482 724860 D SNA E 500 484 644864 D A E 500 479 491 84 48 874868 D A T 500 486 564872 D A T 500 488 484876 D A T 500 484 644880 D A T 500 486 564884 D A T 500 490 404888 D A T 500 489 496 44 28 1954892 D A T 500 490 404896 D SNA E 500 486 564900 D A E 500 485 604904 D A T 500 490 404908 D SNA T 500 488 484912 D SNA D 500 489 496 44 28 1954916 D SNA D 500 490 404920 D SNA E 500 486 564924 D A E 500 487 524928 D SNA E 500 489 444932 D A E 500 487 524936 D SNA E 500 488 496 48 32 1954940 D SNA T 500 486 564944 D A T 500 490 404948 D A T 500 489 444952 D A T 500 490 404956 D SNA D 500 488 484960 D SNA D 500 490 497 40 28 2604964 D SNA T 500 487 524968 D A T 500 486 564972 D A D 500 485 604976 D SNA D 500 489 444980 D SNA D 500 486 564984 D A D 500 487 496 52 36 1954988 D A T 500 485 604992 D A T 500 486 564996 D SNA T 500 485 605000 D A T 500 490 405004 D A T 500 488 485008 D A T 500 485 495 60 40 1565012 D A D 500 484 645016 D A D 500 478 885020 D A D 500 480 805024 D A T 500 484 64
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
472
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5028 D A T 500 485 605032 D A T 500 482 494 72 48 1305036 D A T 500 483 685040 D A T 500 486 565044 D SNA T 500 485 605048 D SNA T 500 484 645052 D SNA D 500 485 605056 D SNA D 500 488 496 48 32 1955060 D A T 500 486 565064 D SNA T 500 487 525068 D SNA T 500 485 605072 D A T 500 488 485076 D A T 500 484 645080 D A T 500 485 495 60 40 1565084 D SNA T 500 483 685088 D SNA D 500 487 525092 D SNA D 500 484 645096 D SNA T 500 485 605100 D A T 500 486 565104 D A T 500 484 495 64 44 1565108 D A T 500 485 605112 D A T 500 484 645116 D A E 500 481 765120 D A E 500 478 885124 D A E 500 480 805128 D A E 500 481 494 76 52 1305132 D A E 500 479 845136 D A T 500 482 725140 D A T 500 485 605144 D A T 500 483 685148 D A T 500 482 725152 D SNA T 500 479 491 84 48 875156 D A D 500 485 605160 D A D 500 485 605164 D A D 500 482 725168 D SNA D 500 488 485172 D SNA T 500 484 645176 D A D 500 486 496 56 40 1955180 D SNA E 500 481 765184 D A E 500 486 565188 D SNA E 500 481 765192 D A D 500 485 605196 D A D 500 488 485200 D A T 500 482 493 72 44 1125204 D A T 500 483 685208 D A D 500 480 80
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
473
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5212 D A D 500 479 845216 D A D 500 484 645220 D A D 500 484 645224 D SNA T 500 488 496 48 32 1955228 D A T 500 487 525232 D A D 500 483 685236 D A D 500 480 805240 D SNA D 500 481 765244 D SNA T 500 479 845248 D A T 500 480 492 80 48 985252 D A T 500 482 725256 D A T 500 484 645260 D SNA T 500 488 485264 D SNA T 500 482 725268 D A T 500 480 805272 D SNA T 500 481 493 76 48 1125276 D SNA T 500 482 725280 D A T 500 475 1005284 D A T 500 477 925288 D A T 500 477 925292 D A E 500 480 805296 D A E 500 475 490 100 60 785300 D SNA E 500 470 1205304 D SNA D 500 483 685308 D A D 500 484 645312 D A E 500 482 725316 D A E 500 486 565320 D SNA E 500 485 495 60 40 1565324 D A E 500 490 405328 D A E 500 485 605332 D A D 500 488 485336 D A D 500 486 565340 D A T 500 488 485344 D A T 500 487 496 52 36 1955348 D A T 500 488 485352 D A T 500 487 525356 D A T 500 487 525360 D A T 500 482 725364 D A E 500 482 725368 D A E 500 480 492 80 48 985372 D A T 500 485 605376 D SNA T 500 487 525380 D A T 500 480 805384 D A T 500 484 645388 D A T 500 487 525392 D A T 500 482 493 72 44 112
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
474
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5396 D A T 500 486 565400 D A T 500 484 645404 D A T 500 479 845408 D A D 500 482 725412 D A D 500 485 605416 D A E 500 483 494 68 44 1305420 D A E 500 487 525424 D SNA E 500 485 605428 D A E 500 486 565432 D A D 500 490 40
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25)k =
4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
475
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4000 E A D 500 484 644004 E A D 500 483 684008 E A D 500 485 604012 E SNC E 500 475 490 100 60 784016 E SNC E 500 478 884020 E SNC D 500 481 764024 E SNC D 500 484 644028 E SNC D 500 485 604032 E A T 500 481 764036 E A T 500 482 493 72 44 1124040 E A T 500 477 924044 E A T 500 482 724048 E A T 500 484 644052 E A T 500 478 884056 E A T 500 483 684060 E A T 500 481 492 76 44 984064 E A T 500 490 404068 E A T 500 490 404072 E A T 500 485 604076 E A T 500 483 684080 E A T 500 486 564084 E A T 500 485 494 60 36 1304088 E A T 500 484 644092 E A T 500 480 804096 E A T 500 480 804100 E A T 500 481 764104 E A T 500 482 724108 E A T 500 478 491 88 52 874112 E A T 500 480 804116 E A T 500 480 804120 E A T 500 477 924124 E A T 500 479 844128 E A T 500 479 844132 E A T 500 472 488 112 64 654136 E A T 500 484 644140 E A T 500 479 844144 E A T 500 478 884148 E A T 500 478 884152 E A T 500 486 564156 E A T 500 482 493 72 44 1124160 E A T 500 481 764164 E A T 500 486 564168 E SNC T 500 484 644172 E SNC T 500 482 724176 E A T 500 481 764180 E A T 500 480 492 80 48 98
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
476
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVAL0 Lf L25 D0 D25 R
(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4184 E A D 500 486 564188 E A D 500 483 684192 E A D 500 485 604196 E A D 500 488 484200 E PONTE S/ RIO BACAMARTE 0 5004204 E A T 500 488 484208 E A E 500 485 494 60 36 130,214212 E SNC E 500 477 924216 E SNC E 500 485 604220 E A E 500 481 764224 E A E 500 475 1004228 E A T 500 479 844232 E A D 500 475 490 100 60 78,1254236 E A D 500 480 804240 E A D 500 479 844244 E A D 500 481 764248 E A D 500 476 964252 E SNC T 500 473 1084256 E A T 500 485 495 60 40 156,254260 E A E 500 478 884264 E A E 500 480 804268 E A E 500 482 724272 E A E 500 478 884276 E C E 500 475 1004280 E C E 500 483 494 68 44 130,214284 E C E 500 480 804288 E A T 500 480 804292 E A T 500 483 684296 E SNC T 500 481 764300 E C T 500 477 924304 E A T 500 487 496 52 36 195,314308 E A T 500 475 1004312 E A T 500 483 684316 E C T 500 480 804320 E SNC T 500 480 804324 E SNC D 500 481 764328 E SNC D 500 481 493 76 48 111,614332 E SNC D 500 486 564336 E SNC D 500 484 644340 E SNC T 500 482 724344 E SNC T 500 482 724348 E A T 500 470 1204352 E SNC T 500 481 492 76 44 97,6564356 E SNC T 500 480 804360 E A T 500 483 684364 E SNC T 500 483 68
D0 = k (L0 -Lf)
D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 -D25)
k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
477
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4368 E C T 500 481 764372 E A T 500 482 724376 E A T 500 481 492 76 44 97,6564380 E A T 500 476 964384 E C T 500 476 964388 E C T 500 470 1204392 E C E 500 483 684396 E C E 500 482 724400 E A T 500 480 491 80 44 86,8064404 E C E 500 485 604408 E C E 500 476 964412 E C T 500 480 804416 E A T 500 477 924420 E C T 500 468 1284424 E A T 500 476 490 96 56 78,1254428 E A T 500 485 604432 E C T 500 479 844436 E C T 500 484 644440 E C T 500 485 604444 E A T 500 477 924472 E A T 500 470 488 120 72 65,1044476 E A T 500 475 1004480 E A T 500 485 604484 E A T 500 474 1044488 E A T 500 474 1044492 E A T 500 490 404496 E SNC T 500 476 490 96 56 78,1254500 E A T 500 478 884504 E A D 500 485 604508 E A D 500 483 684512 E SNC T 500 475 1004516 E A T 500 456 1764520 E A T 500 485 495 60 40 156,254524 E A T 500 480 804528 E A T 500 477 924532 E A T 500 480 804536 E A T 500 478 884540 E A T 500 483 684544 E A E 500 478 491 884548 E A E 500 479 844552 E A E 500 475 1004556 E SNC E 500 475 1004560 E SNC D 500 480 804564 E SNC D 500 480 804568 E SNC T 500 475 490 100 60 78,1254572 E A T 500 468 128
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
478
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4576 E A T 500 470 1204580 E A T 500 468 1284584 E A T 500 470 1204588 E SNC D 500 470 1204592 E A D 500 480 492 80 48 97,6564596 E A D 500 473 1084600 E SNC T 500 480 804604 E SNC T 500 470 1204608 E SNC T 500 470 1204612 E SNC T 500 475 1004616 E A T 500 470 487 120 68 60,0964620 E SNC T 500 470 1204624 E SNC T 500 468 1284628 E SNC T 500 470 1204632 E SNC T 500 470 1204636 E A T 500 470 1204640 E A T 500 468 486 128 72 55,8044644 E A T 500 470 1204648 E SNC T 500 485 604652 E SNC E 500 480 804656 E SNC E 500 485 604660 E A T 500 483 684664 E A T 500 485 495 60 40 156,254668 E A T 500 480 804672 E A T 500 480 804676 E A T 500 484 644680 E A T 500 478 884684 E A T 500 485 604688 E A E 500 485 494 60 36 130,214692 E A E 500 486 564696 E A E 500 485 604802 E A T 500 480 804806 E A D 500 470 1204810 E A D 500 470 486 120 64 55,8044814 E A D 500 475 1004818 E SNC D 500 485 604822 E SNC T 500 488 484826 E SNC T 500 485 604830 E SNC T 500 485 604834 E SNC T 500 483 494 68 44 130,214838 E SNC T 500 485 604842 E SNC T 500 485 604846 E SNC T 500 480 804850 E SNC E 500 475 1004854 E A E 500 488 484858 E SNC E 500 485 494 60 36 130,21
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
479
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
4862 E SNC E 500 484 644866 E A T 500 485 604870 E A T 500 485 604874 E A T 500 485 604878 E A T 500 475 1004882 E PONTE S/ RIO 0 500 0 -4886 E A T 500 480 491 80 44 86,8064890 E A T 500 485 604894 E C E 500 480 804898 E C E 500 485 604902 E A T 500 480 804906 E A T 500 480 804910 E A D 500 473 488 108 60 65,1044914 E SNC E 500 475 1004918 E SNC E 500 482 724922 E A E 500 484 644926 E SNC E 500 485 604930 E A E 500 485 604934 E A E 500 470 487 120 68 60,0964938 E SNC T 500 475 1004942 E A T 500 480 804946 E A T 500 483 684950 E A T 500 485 604954 E SNC D 500 478 884958 E SNC D 500 485 495 60 40 156,254962 E 0 D 500 480 804966 E 0 T 500 485 604970 E 0 T 500 478 884974 E 0 D 500 480 804978 E 0 D 500 485 604982 E 0 D 500 483 494 68 44 130,214986 E 0 T 500 483 684990 E 0 T 500 480 804994 E 0 T 500 482 724998 E 0 T 500 480 805002 E 0 T 500 480 805006 E 0 T 500 476 490 96 56 78,1255010 E 0 E 500 475 1005014 E 0 E 500 475 1005018 E 0 E 500 474 1045022 E 0 E 500 470 1205026 E 0 T 500 475 1005030 E 0 T 500 470 487 120 68 60,0965034 E 0 T 500 475 1005038 E 0 T 500 475 1005042 E 0 T 500 465 140
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
480
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5046 E 0 T 500 470 1205050 E 0 D 500 470 1205054 E 0 D 500 480 492 80 48 97,6565058 E 0 D 500 480 805062 E 0 T 500 475 1005066 E 0 T 500 475 1005070 E 0 T 500 480 805074 E 0 T 500 475 1005078 E 0 T 500 475 490 100 60 78,1255082 E 0 T 500 480 805086 E 0 D 500 475 1005090 E 0 D 500 480 805094 E 0 T 500 475 1005098 E 0 T 500 473 1085102 E 0 T 500 468 486 128 72 55,8045106 E 0 T 500 470 1205110 E 0 T 500 474 1045114 E 0 T 500 470 1205118 E 0 E 500 473 1085122 E 0 E 500 475 1005126 E 0 E 500 480 492 80 48 97,6565130 E 0 E 500 484 645134 E 0 T 500 477 925138 E 0 T 500 478 885142 E 0 T 500 478 885146 E 0 T 500 465 1405150 E 0 T 500 460 481 160 92 41,1185154 E 0 T 500 458 1685158 E 0 D 500 470 1205162 E 0 D 500 474 1045166 E 0 D 500 470 1205170 E 0 D 500 476 965174 E 0 D 500 470 486 120 64 55,8045178 E 0 D 500 480 805182 E 0 E 500 485 605186 E 0 E 500 476 965190 E 0 E 500 475 1005194 E 0 D 500 482 725198 E 0 T 500 480 491 80 44 86,8065202 E 0 T 500 475 1005206 E 0 D 500 460 1605210 E 0 D 500 475 1005214 E 0 D 500 465 1405218 E 0 D 500 476 965222 E 0 T 500 475 490 100 60 78,1255226 E 0 T 500 477 92
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
481
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5230 E 0 T 500 475 1005234 E T 500 475 1005238 E 0 D 500 480 805242 E 0 T 500 460 1605246 E 0 T 500 460 482 160 88 43,4035250 E 0 T 500 474 1045254 E 0 T 500 473 1085258 E 0 T 500 465 1405262 E 0 T 500 475 1005266 E 0 T 500 478 885270 E 0 T 500 460 481 160 84 41,1185274 E 0 T 500 473 1085278 E 0 T 500 475 1005282 E 0 T 500 475 1005286 E 0 T 500 471 1165290 E 0 T 500 473 1085294 E 0 E 500 475 489 100 56 715298 E 0 E 500 482 725302 E 0 T 500 483 685306 E 0 D 500 477 925310 E 0 E 500 475 1005314 E 0 E 500 485 605318 E 0 T 500 477 490 92 52 785322 E 0 E 500 483 685326 E 0 E 500 485 605330 E 0 D 500 481 765334 E 0 D 500 480 805338 E 0 T 500 475 1005342 E 0 T 500 479 491 84 48 875346 E 0 T 500 479 845350 E 0 T 500 478 885354 E 0 T 500 480 805358 E 0 T 500 470 1205362 E 0 E 500 484 645366 E 0 E 500 479 492 84 52 985370 E 0 E 500 470 1205374 E 0 E 500 480 805378 E 0 T 500 469 1245382 E 0 T 500 463 1485386 E 0 T 500 468 1285390 E 0 T 500 473 488 108 60 655394 E 0 T 500 468 1285398 E 0 T 500 472 1125402 E 0 T 500 469 1245406 E 0 D 500 468 1285410 E 0 D 500 474 104
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
482
ESTAÇÃO LADO SEÇÃO CURVA L0 Lf L25 D0 D25 R(est. ou km) (E-D) TRANSV. (E-D)
5414 E 0 E 500 472 487 112 60 605418 E 0 E 500 477 925422 E 0 T 500 483 685426 E 0 E 500 477 925430 E 0 D 500 480 805434 E 0 D 500 479 845440 E 0 T 500 484 494 64 40 130
D0 = k (L0 - Lf) D25 = (L25 - Lf) x k Rc = 6.250/ 2(D0 - D25) k = 4,00
DEFLEXÕES E RAIOS DE CURVATURA-VIGA BENKELMAN
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
483
ANEXOS DResultados dos ensaios dos furos 1 (estaca 4153-FD) e 4 (5381+15-FE)
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
484
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
485
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
486
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
487
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
488
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
489
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
490
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
491
ANEXOS EPesquisa Volumétrica Classificatória
AV
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ÃO
DA
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72
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-04
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34
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-05
134
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83
346
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630
610
164
11
674
06-0
795
715
161
51
18
149
07-0
811
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159
21
916
808
-09
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96
224
227
09-1
014
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1611
311
202
10-1
116
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12
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311
-12
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117
93
11
111
182
12-1
313
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1511
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194
13-1
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410
1413
46
1920
014
-15
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115
222
15-1
616
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1011
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214
16-1
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37
117
41
1519
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-18
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11
1417
018
-19
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98
11
1311
819
-20
612
56
214
9020
-21
432
45
559
21-2
228
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43
11
547
22-2
321
24
12
636
23-2
411
36
23
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18-19
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22-2323-24
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631
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95
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317
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018
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25
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1625
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-11
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177
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1422
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-12
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11-12
12-13
13-14
14-15
15-16
16-17
17-18
18-19
19-20
20-21
21-22
22-23
23-24
496
ANEXO FResultados dos Ensaios de Laboratório Realizado no ano de 2001
497
498
499
500
501
502
503
504
505
506
507
508
509
510
511
512
513
514
515
516
517
518
519
520
521
522
ANEXO GORCA das Soluções Estudadas
523
SMA
524
DISCRIMINAÇÃO(Subtotal dos Itens do Quadro de Quantidades)
1.0 - RECONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO 355.984,05
2.0 - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS 194.972,20
3.0 - TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS 30.407,95
581.364,20OBSERVAÇÕES:
RODOVIA : BR-230/PBTRECHO :Cabedelo - Divisa PB/CE
VALORES EM R$
R$ 581.364,20 / km com BDI 32,68%
RESUMO DOS PREÇOS
Qd. - 3.1
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528
Revestimento - Asfálto Borracha
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS DA RODOVIA BR-230/PB LOTE II
529
DISCRIMINAÇÃO(Subtotal dos Itens do Quadro de Quantidades)
1.0 - RECONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO 492.076,65
2.0 - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS 92.264,68
3.0 - TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS 29.493,50
613.834,83OBSERVAÇÕES:
COM 5 CM
RODOVIA : BR-230/PBTRECHO :Cabedelo - Divisa PB/CE
VALORES EM R$
R$613.834,83 / km com BDI 32,68%
RESUMO DOS PREÇOS
Qd. - 3.1
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Material Reciclado
534
DISCRIMINAÇÃO(Subtotal dos Itens do Quadro de Quantidades)
1.0 - RECONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO 382.486,89
2.0 - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS 219.236,18
3.0 - TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS 29.798,31
631.521,38OBSERVAÇÕES:
RODOVIA : BR-230/PBTRECHO :Cabedelo - Divisa PB/CE
VALORES EM R$
R$631.521,38 / km com BDI 32,68%
RESUMO DOS PREÇOS
Qd. - 3.1
VALOR TOTAL
COM RECICLADO10 CM
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539
DISCRIMINAÇÃO(Subtotal dos Itens do Quadro de Quantidades)
1.0 - RECONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO 24.089,00
2.0 - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS 81.720,84
3.0 - TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS 12.638,36
118.448,20OBSERVAÇÕES:
RODOVIA : BR-230/PBTRECHO :Cabedelo - Divisa PB/CE
VALORES EM R$
R$ 118.448,20 / km com BDI 32,68%
RESUMO DOS PREÇOS
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543
Micro Revestimento Asfáltico com Polímero
544
DISCRIMINAÇÃO(Subtotal dos Itens do Quadro de Quantidades)
1.0 - RECONSTRUÇÃO DO PAVIMENTO 51.557,00
2.0 - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS 103.571,65
3.0 - TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS 17.858,56
172.987,21OBSERVAÇÕES:
RODOVIA : BR-230/PBTRECHO :Cabedelo - Divisa PB/CE
VALORES EM R$
R$ 172.987,21 / km com BDI 32,68%
RESUMO DOS PREÇOS
Qd. - 3.1
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