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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS: UMA ABORDAGEM AO PROCESSO DE EXECUÇÃO DE OBRAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Autor: ROGERIO FORTUNATO JUNIOR Trabalho de conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato - Sensu em Gestão Pública do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Gestão Pública. Orientador: Prof. Dr. Néocles Alves Pereira São Carlos Maio/2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS: UMA ABORDAGEM AO PROCESSO DE EXECUÇÃO DE OBRAS NA UNIVERSIDADE

FEDERAL DE SÃO CARLOS. Autor: ROGERIO FORTUNATO JUNIOR

Trabalho de conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato - Sensu em Gestão Pública do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Gestão Pública.

Orientador: Prof. Dr. Néocles Alves Pereira

São Carlos

Maio/2010

ROGERIO FORTUNATO JUNIOR

MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS: UMA ABORDAGEM AO

PROCESSO DE EXECUÇÃO DE OBRAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL

DE SÃO CARLOS.

Trabalho de conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato - Sensu em Gestão Pública do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Gestão Pública.

Orientador: Prof. Dr. Néocles Alves Pereira

São Carlos

Maio/2010

FICHA CATALOGRÁFICA

F7791 (Cutter) F7451 (Cutter – Sanborn) UFSCar/BCo

Fortunato Junior, Rogerio Modelagem de Processos de Negócios: uma

abordagem ao Processo de Execução de Obras na Universidade Federal de São Carlos / Rogerio Fortunato Junior. – São Carlos, 2010.

170p. Monografia (Curso de Pós-Graduação Lato

Sensu) – Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Engenharia de Produção.

1.Modelagem de Processos de Negócios. 2.Gestão por Processos.

I.Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Engenharia de Produção.

CDU: 658.5

ROGERIO FORTUNATO JUNIOR

TÍTULO: MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS: UMA ABORDAGEM AO PROCESSO DE EXECUÇÃO DE OBRAS NA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS.

OBJETIVO: OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM GESTÃO PÚBLICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UFSCAR

Data de Aprovação: ___ de ________ de 2010

Nota: ______

--------------------------------------------- Prof. Dr. Néocles Alves Pereira – Orientador

Universidade Federal de São Carlos

--------------------------------------------- Prof. Dr. Manoel Fernando Martins Universidade Federal de São Carlos

--------------------------------------------- Prof. Dr. Luiz Antonio Nigro Falcoski Universidade Federal de São Carlos

À minha esposa Janete e minha filha Barbara pelo apoio incondicional e In memoriam de Rogerio Fortunato.

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Professor Doutor Néocles Alves Pereira,

pela atenção, capacidade de transmissão de conhecimento,

organização, exigência acadêmica e ajuda na transposição de

dificuldades.

Aos docentes do Curso de Especialização em Gestão Pública pela

dedicação à Educação e Formação Profissional.

Aos companheiros de trabalho, Fernando Amorim de Souza, José

Cláudio Ferreira e Alex Elias Carlino, que colaboraram com a

disponibilização de informações, discussão ao longo trabalho,

apoio e valiosas sugestões.

EPÍGRAFE

"Mantenha seus pensamentos positivos,

porque seus pensamentos tornam-se suas palavras.

Mantenha suas palavras positivas,

porque suas palavras tornam-se suas atitudes.

Mantenha suas atitudes positivas,

porque suas atitudes tornam-se seus hábitos.

Mantenha seus hábitos positivos,

porque seus hábitos tornam-se seus valores.

Mantenha seus valores positivos,

porque seus valores ...

Tornam-se seu destino."

Mahatma Gandhi

RESUMO

Neste trabalho fazemos uma abordagem ao processo de execução

de obras numa Instituição Federal de Ensino Superior,

especificamente na Universidade Federal de São Carlos, com o

objetivo de registrar formalmente os processos das unidades

nele envolvidos, analisar e propor melhorias que conduzam à

melhoria de desempenho, produtividade, qualidade e redução do

lead-time.

A Modelagem de Processos de Negócios (MPN) é uma das

metodologias empregadas para registrar formalmente os meios e

modos como se desenvolvem as atividades de uma organização,

permitindo assim sua análise, identificação de problemas e

proposição de melhorias, além de permitir que pessoas

estranhas aos processos possam visualizar, compreender e

eventualmente se inserir nele.

Ao longo do trabalho será feito o detalhamento dos principais

processos, identificação de problemas e gargalos, e

respectivas análises, sendo então apresentadas diversas

considerações para a melhoria dos processos que podem ser

implantadas pela instituição em estudo, bem como por outras

organizações que apresentem estruturas processuais,

organizacionais similares.

ABSTRACT

In this work, we make an approach to the process of execution

of buildings in a Federal Institution of Higher education,

specifically in the Federal University of São Carlos, with the

objective of registering the processes of the units formally

in him involved, to analyze and to propose improvements,

increase productivity, quality and the lead-time reduction.

The Businesses Processes Modeling (BPM) is one of the

employed methodologies for the formal registry of the means

and manners of development and analysis of the activities of

an organization, this analysis become possible the

identification of problems and proposition of improvements,

besides allowing that strange people to the processes can

visualize, to understand and eventually to participate in him.

Along the work it will be done the study in a more detailed

way of the main processes, identification of problems and

bottlenecks, and respective analyses, being then presented

several suggestions for the improvement of the processes that

can be implanted by the other institutions, as well as

organizations that present similar procedural and

organizational structures.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. 1: Volume de recursos aplicados em obras e número de obras ................................................... 15

Figura 1. 2: Estrutura do Trabalho .......................... 20 Figura 2. 1: Elementos de um processo. ...................... 22 Figura 2. 2: Fluxo em Estruturas Funcionais................. 23 Figura 2. 3: Gestão por Processos. .......................... 24 Figura 2. 4: Caixa Preta versus Caixa Transparente. ........ 28 Figura 3. 1: Visão básica dos elementos do IDEFφ. .......... 33 Figura 3. 2: Esquema de detalhamento de funções do IDEFφ. .. 34 Figura 3. 3: Atividades realizadas durante a Modelagem de

Processos de Negócios da Organização. ................... 37 Figura 3. 4: Os doze processos teóricos de gestão de

Subempreiteiros. ........................................ 41 Figura 3. 5:Macroprocessos do Modelo de Processos para a

Gestão de Subempreiteiros - MPGEs. ...................... 42 Figura 3. 6: Os 14 (quatorze) processos definidos pelo Modelo

de Processos para a Gestão de Subempreiteiros - MPGSEs. . 43 Figura 3. 7: Simbologia adotada pelo fluxograma (MPGEs). ... 44 Figura 3. 8: Modelo de Processos para Gestão de

Subempreiteiros - MPGEs. ................................ 45 Figura 3. 9: (continuação): Modelo de Processos para Gestão de

Subempreiteiros - SEs (MPGEs) ........................... 46 Figura 4. 1: Estrutura Organizacional da UFSCar dos Órgãos

Colegiados da UFSCar e de primeiro escalão. ............. 53 Figura 4. 2: Organograma Geral da UFSCar .................... 54 Figura 4. 3: Interação entre os atores. ..................... 55 Figura 4. 4: Organograma da Prefeitura Universitária ....... 56 Figura 4. 5: Organograma Escritório de Desenvolvimento Físico

........................................................ 57 Figura 4. 6: Estrutura de abordagem para caracterização do

problema ................................................ 59 Figura 4. 7: Processos de Gestão e Controle da Prefeitura

Universitária ........................................... 61 Figura 4. 8: Macroprocessos da Gestão da Prefeitura

Universitária ........................................... 62 Figura 4. 9: SIPOC .......................................... 63 Figura 4. 10: Macroprocessos Divisão de Fiscalização de Obras

........................................................ 75 Figura 4. 11: Macroprocessos Divisão de Engenharia Elétrica e

Telecomunicações ........................................ 82 Figura 4. 12: Macroprocessos Secretaria de Administração e

Finanças ................................................ 84 Figura 4. 13: Macroprocessos Divisão de Serviços Gerais. ... 86 Figura 4. 14: Macroprocessos Divisão de Manutenção. ........ 88 Figura 4. 15a: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras ................................... 91 Figura 4. 16: Fluxograma Funcional AS-IS de uma obra na UFSCar

........................................................ 99 Figura 4. 17: Diagrama de Ishikawa – Causa-Efeito: Foco nos

obras com problemas de execução e desempenho ........... 108

Figura 4. 18: Diagrama de Ishikawa - Causa-Efeito: Foco nos Aditamentos ............................................ 113

Figura 5. 1: Forças Corporativas e seus vetores de influência ....................................................... 128

Figura 5. 2a: Proposta de Cronograma Detalhado de Execução de Obra (simulação) - gráfico de Gantt .................... 131

Figura 5. 3: Visão Geral da Caracterização do Problema .... 139 Figura 5. 4: Visão Geral das Propostas de Melhorias nos

Processos .............................................. 140

LISTA DE QUADROS

Quadro 2. 1: Características de Gestão: Foco na Estrutura Funcional x Foco nos Processos. ......................... 25

Quadro 3. 1: Comparativo dos Casos de Estudo................ 50 Quadro 4. 1: Descrição dos macroprocessos da Prefeitura

Universitária ........................................... 64 Quadro 4. 2: Descrição dos macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras ................................... 76 Quadro 4. 3: Primitivas EPC ................................. 90 Quadro 4. 4: Quadro resumo de informações relativas às obras

concluídas na UFSCar entre jan/2007 a dez/2008. ........ 100 Quadro 4. 5: Estimativa Esforço de Fiscalização – Obra Nova 102 Quadro 4. 6: Estimativa Esforço de Fiscalização – Obra de

Reforma ................................................ 104 Quadro 4. 7: Sete Desperdícios da Produção versus Obras,

adaptado de SILVA (2008) ............................... 109 Quadro 4. 8: Matriz B.A.S.I.C.O.: Problemas Gerais de

Fiscalização de Obras .................................. 111 Quadro 4. 9: Descrição Diagrama Ishikawa: Foco nos Aditamentos

....................................................... 114 Quadro 5. 1: Relação Sugestões de Melhoria X Causas Principais

e Secundárias do Diagrama de Ishikawa .................. 122 Quadro 5. 2: Matriz B.A.S.I.C.O.: Sugestões Específicas

Relativas a Aditamentos ................................ 124 Quadro 5. 3: Discriminação das Notas adotadas na Matriz

B.A.S.I.C.O. ........................................... 125 Quadro 5. 4: Discriminação dos Pesos adotados na Matriz

B.A.S.I.C.O. ........................................... 125 Quadro 5. 5: Matriz de Responsabilidades dos

Processos/Atividades Críticas Inter-Unidades ........... 127 Quadro 5. 6: Matriz de Responsabilidades Inter-Unidades ... 129 Quadro 5. 7: Proposta Novo Modelo de Cronograma Físico-

Financeiro Baseado em Cronograma Detalhado (simulação) . 134 Quadro 5. 8: Proposta de Modelo de Controle de Medições X

Cronograma Físico-Financeiro Projetado X Executado (simulação) ............................................ 135

Quadro 5. 9: Fases e técnicas utilizadas na pesquisa ...... 141

ABREVIATURAS e SIGLAS ARIS ARchitecture of Integrated Information Systems

BPM Businesses Processes Modeling

CASE Computer-Aided Software Engineering

CONFEA Conselho Federal de Engenharia

DiEET Divisão de Engenharia Elétrica e Telecomunicações

DiFO Divisão de Fiscalização de Obras

DiMan Divisão de Manutenção.

DiSG Divisão Serviços Gerais

DPN Descrição dos Processos de Negócios

EDF Escritório de Desenvolvimento Físico

ENEGEP Encontro Nacional de Engenharia de Produção

EPC Event Driven Process Chain

ERP Enterprise Resource Planning

FAI.UFSCar Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UFSCar

ICAM Integrated Computer Aided Manufacturing

IDEF Integrated Computer Aided Manufacturing Definition

IDEFφ Primeiro conjunto de padrões da família IDEF

MP Macroprocesso

MPGSEs Modelo de Processos para a Gestão de Subempreiteiros,

OHNUMA (2003)

MPN Modelagem de Processos de Negócios

NUMA Núcleo de Manufatura Avançada

PDCA Plan-Do-Check-Act.

PDPC Process Decision Program Chart

PJ Procuradoria Jurídica

PMBOK Project Management Body of Knowledge

PMI Project Management Institute

PROAD Pró-Reitoria de Administração

PU Prefeitura Universitária

SAF Secretaria de Administração e Finanças

SERPRO Serviço Federal de Processamento de Dados.

SEs Subempreiteiros (OHNUMA)

SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal

SIMEC Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle

do Ministério da Educação.

SIPOC Suppliers – Inputs – Process – Outputs e Customers

UML Unified Modeling Language

12

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................... 14

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................... 14

1.2. JUSTIFICATIVAS ....................................... 14

1.3. OBJETIVOS ............................................ 16

1.4. MÉTODO DA PESQUISA ................................... 17

1.5. DELIMITAÇÕES ......................................... 18

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................ 19

2. BASE CONCEITUAL .......................................... 21

2.1. GESTÃO POR PROCESSOS ................................. 21

2.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 2 ................... 30

3.APLICAÇÕES DA LITERATURA .................................. 31

3.1. CASO-1: Proposta de Modelagem do Processo de Desenvolvimento do Produto, visando o seu entendimento e melhoria (ESTORILIO et al., 2000). ........................ 32

3.2. CASO-2: Um estudo de aplicação de modelagem de processo de negócio para apoiar a especificação de requisitos de um sistema (ANDRADE et al., 2004). ........................... 35

3.3. CASO-3: Modelo de Processos para a Gestão de Subempreiteiros: Estudo de casos em empresas construtoras de edifícios (OHNUMA, 2003). ................................. 39

3.4. QUADRO COMPARATIVO DOS CASOS DE ESTUDO ............... 49

3.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 3 ................... 51

4.CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................ 52

4.1. UFSCAR ............................................... 52

4.2. GESTÃO DA UFSCAR ..................................... 52

4.3. PREFEITURA UNIVERSITÁRIA ............................. 58

4.4. MACROPROCESSOS RELATIVOS À CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA NA UFSCAR .................................................... 72

4.5. DETALHAMENTO DOS MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS - DiFO .............................. 89

4.6. ANÁLISE DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA NA UFSCAR .......................... 98

4.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 4 .................. 116

5. PROPOSTAS DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE RELATIVOS A OBRAS NA UFSCAR ....................... 117

5.1. PROPOSTA DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE VINCULADAS AO DIAGRAMA EPC DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS .................................... 117

5.2. PROPOSTA DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE VINCULADAS AOS DIAGRAMAS DE CAUSA-EFEITO ........ 119

5.2. DISCUSSÃO ........................................... 137

13

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................... 144

REFERÊNCIAS ................................................ 147

GLOSSÁRIO .................................................. 150

ANEXOS ..................................................... 153

14

1. INTRODUÇÃO

Este capítulo irá contextualizar a execução de uma obra por

uma Instituição Federal de Ensino Superior - IFES, e apresenta

os objetivos, método de pesquisa e delimitações do trabalho.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Este trabalho se propõe a mapear, diagnosticar e propor

melhorias dos processos envolvidos na gestão da execução de

obras na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar,

considerando a grande demanda dos setores envolvidos nessas

atividades, visto o crescimento constante da área física que

vem ocorrendo nos últimos anos.

Neste sentido será empregada a metodologia de Modelagem de

Processos de Negócios, observando as seguintes principais

etapas:

Base Conceitual;

Aplicações da Literatura;

Mapeamento dos Processos Atuais de Gestão da Execução

de Obras (AS IS);

Diagnóstico e

Proposta de Melhoria dos Processos de Gestão da

Execução de Obras (TO BE).

O objetivo a ser alcançado é a promoção de ações que permitam

a superação das dificuldades e problemas identificados, tendo

por conseqüência o aumento da eficiência da gestão de obras na

UFSCar.

1.2. JUSTIFICATIVAS

A Universidade Federal de São Carlos vem registrando na última

década um expressivo crescimento de sua área física e de seus

sistemas infra-estruturais, decorrentes de políticas de

investimento governamentais, tanto da esfera Federal como da

15

Estadual, de Emendas Parlamentares, de órgãos fomento à

pesquisa e também através de parcerias com empresas privadas

que buscam a excelência das pesquisas e aplicações

desenvolvidas na Universidade.

Importante salientar que estamos registrando um crescimento

expressivo a partir de 2006, tanto em volume de recursos como

em quantidade de obras fiscalizadas, conforme Figura 1. 1.

Figura 1. 1: Volume de recursos aplicados em obras e número de obras

Ainda na Figura 1. 1 encontram-se indicados o número de obras

corresponde a todas as intervenções civis realizadas,

abrangendo: obras novas, reformas, modernização de instalações

e redes de infra-estrutura, com prazos de execução variando

desde 30 dias até 240 dias.

Contudo esses recursos, muito importantes para o crescimento

da instituição, são disponibilizados de forma assistemática,

causando demandas superiores à capacidade de resolução

disponível atualmente, com severos impactos nos setores

técnicos responsáveis pelo desenvolvimento desses projetos,

das contratações, da fiscalização de obras e manutenção.

Visto que este quadro de crescimento da sua área construída e

da infra-estrutura vem se dando de forma inversa ao que ocorre

com seus quadros técnicos, que são os responsáveis pela

concretização das atividades envolvidas nestes processos,

16

provocando sobrecarga de trabalho por excesso de demanda, que

deve continuar em médio prazo, é necessário buscar

alternativas para a superação destes problemas, que devido à

sua complexidade, pouca sistematização, inexistência de

registros formais dos processos e capacidade de processamento

inferior a demanda, geram conflitos, retrabalho, recursos e

tempo adicionais

Assim, este trabalho se propõe a identificar os processos

envolvidos na concretização de uma obra, diagnosticar os

processos com suas inter-relações e proposição de melhorias,

utilizando para tanto os conhecimentos da área de Modelagem de

Processos.

1.3. OBJETIVOS

1.3.1. OBJETIVOS GERAIS

A proposta deste trabalho é identificar e registrar os

macroprocessos relacionados à concretização de uma obra na

Universidade Federal de São Carlos, identificar e analisar os

gargalos e propor melhorias que tornem esses processos mais

eficazes. Neste contexto empregaremos as técnicas da área de

Modelagem de Processos de Negócios – MPN e de métodos

auxiliares para identificar, analisar e priorizar os problemas

versus propostas de melhoria. De forma complementar, o

mapeamento dos macroprocessos e suas relações com os demais

setores, permitirá registrar explicitamente os processos e os

seus relacionamentos entre as diversas unidades envolvidas,

facilitando sua compreensão por novos partícipes.

1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O desenvolvimento do trabalho será estruturado da seguinte

forma:

I. Identificar os principais macroprocessos envolvidos na

concretização de uma obra na UFSCar, a partir de sua

contratação, execução, pagamentos, recebimento da obra,

entrega aos usuários e operação/manutenção da

17

edificação, demandando a interação intensiva de várias

unidades, que por sua vez executam as mais diversas

atividades, com diferentes graus de dependência e inter-

relacionamento.

II. Aplicar a Modelagem de Processos de Negócios, detalhando

os processos relativos à execução física das obras e

suas relações com os demais setores.

III. Analisar e identificar gargalos, através de técnicas de

análise.

IV. Racionalizar e/ou propor novos procedimentos, explicitar

responsabilidades e minimizar tempo e recursos, de forma

a tornar os processos mais eficazes.

V. Promover a transformação de conhecimento tácito em

conhecimento explícito, através do registro formal

desses processos, que contribuirá para a compreensão dos

processos na organização e facilitará a sua compreensão,

tanto por pessoas internas ou externas à organização.

1.4. MÉTODO DA PESQUISA

Neste trabalho foi empregada a metodologia da pesquisa-ação,

por seu caráter participativo, aplicável à solução de

problemas complexos, por sua aplicabilidade e consideração do

envolvimento e proximidade do pesquisador com o objeto da

pesquisa.

Para Thiollent (1997), apud FERRAZ (2009), o estudo dos

processos e de seus problemas se dará em conjunto com os

operadores, construindo uma resolução de um problema coletivo.

A pesquisa-ação será desenvolvida observando as seguintes

fases:

Fase exploratória: onde se conhece o universo a ser

estudado, seus membros, visões dos processos e problemas,

expectativas, através de entrevistas com os principais

atores envolvidos, e elaboração de um primeiro

diagnóstico.

18

Problematização: identificação do problema alvo e

limitações do trabalho.

Estudo da base conceitual relativa à Modelagem de

Processos de Negócios:

a. Processo

b. Gestão por Processos

c. Ferramentas de apoio à Modelagem de Processos de

Negócios - MPN

Estudo de Casos: busca de casos de aplicação de MPN em

situações similares.

Elaboração de modelos representativos dos processos:

elaboração de uma MPN relativa ao processo de execução de

obras na UFSCar.

Análise: desenvolver a análise do modelo, identificar

gargalos, retrabalho, fluxos, inter-relacionamento de

unidades e problemas.

Propostas de Melhorias: propor melhorias que os tornem os

processos mais eficazes.

1.5. DELIMITAÇÕES

Considerando que uma obra é um conjunto de processos

especializados, de alta complexidade, que exigem a interação

de diversos profissionais e setores, composto pelas seguintes

principais etapas:

Identificação de demandas;

Planejamento;

Captação de recursos;

Desenvolvimento de projetos;

Licitação;

Contratação;

Execução (empresas contratadas);

Fiscalização da Execução;

Entrega final do edifício;

Operação e

Manutenção.

19

Neste estudo iremos nos restringir aos processos relativos à

execução física das obras e fiscalização da execução, esta

última uma atribuição da Divisão de Fiscalização de Obras da

Prefeitura Universitária da UFSCar, e suas relações com os

demais setores, de forma a identificar gargalos e propor

melhorias que tornem esses processos mais eficazes.

As melhorias de procedimentos identificadas, bem como as

propostas que afetem somente a Prefeitura Universitária, serão

comunicadas com a recomendação para implantação imediata. Já

as propostas que implicam em alteração de procedimentos de

outras unidades deverão ser apresentadas aos participantes do

processo para discussão.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Além deste capítulo de introdução, nesta monografia foram

desenvolvidos mais cinco capítulos. O capítulo 2 aborda a base

conceitual relativa à Gestão por Processos, indicamos algumas

ferramentas empregadas para a modelagem de processos e

melhoria da qualidade, salientando a importância do

conhecimento e registro dos processos.

No capítulo 3 são apresentados três estudos de caso, onde foi

empregada a modelagem de processos, que foram sintetizados e

analisados isoladamente e, ao final do capítulo foi elaborado

um quadro comparativo dos três casos de estudo. Neste capítulo

constata-se a modelagem de processos permite uma visão geral

da organização e salienta práticas importantes para a melhoria

dos processos.

O capítulo 4 é feita a caracterização do problema, passando

por uma descrição da instituição, sua forma de gestão,

estrutura organizacional e principais atores relacionados à

gestão-execução-controle de obras. Foram elaborados desenhos

dos macroprocessos, de cada uma das unidades integrantes da

Prefeitura Universitária, o detalhamento dos processos da

20

Divisão de Fiscalização de Obras, por ser o setor responsável

pelas obras contratadas e as análises, identificação de

problemas e suas causas, identificando-se que problemas

gerados em fases anteriores à contratação das obras causam

diversas dificuldades durante a sua execução.

No capítulo 5 são feitas propostas de melhoria do processo de

gestão-execução-controle relativos a obras na UFSCar, tiveram

por base as análises e causas identificadas no capítulo 4,

sendo utilizadas técnicas de priorização, elaboração de matriz

de responsabilidades e propostas de detalhamento dos projetos

que podem minimizar problemas na fase de execução da obra.

O capítulo 6 apresenta as considerações finais do trabalho,

salientando a importância da modelagem e gestão por processos

para a melhoria do desempenho das organizações, indica as

principais contribuições deste trabalho e tece recomendações

quanto à sua implantação na instituição.

Figura 1. 2: Estrutura do Trabalho

A Figura 1. 2 é a representação simplificada da estruturação

das principais etapas e do desenvolvimento deste trabalho.

21

2. BASE CONCEITUAL

Este capítulo tem por objetivo apresentar alguns conceitos

fundamentais que serão necessários para o desenvolvimento das

análises e utilização da técnica de Modelagem de Processos de

Negócios - MPN. Assim, estaremos apresentando as definições de

processos, gestão por processos, ferramentas de apoio

empregadas em MPN e descrição do âmbito de atividades de

organizações similares à que este trabalho pretende abordar.

2.1. GESTÃO POR PROCESSOS

Neste tópico abordaremos a gestão por processos, definir seus

conceitos básicos e apresentar as principais diferenças entra

gestão organizacional sob a perspectiva de uma estrutura

organizacional e outra com foco nos processos.

2.1.1. PROCESSOS

O conceito de processo é aplicável aos mais diversos ramos de

atividades, processu, palavra de origem latina, sendo um verbo

que indica uma sucessão de mudanças numa direção definitiva,

maneira de operar, resolver ou ensinar ou ainda uma série de

ações sistemáticas visando a certo resultado.

Para a engenharia de software processo é um conjunto de passos

parcialmente ordenados, cujo objetivo é alcançar uma meta:

entregar um produto de software de maneira eficiente,

previsível e que atinja as necessidades de negócio.

Na gerência de operações, processo é a seqüência de passos,

tarefas e atividades que convertem entradas de fornecedores em

uma saída. Exemplos de processos incluem a formação,

preparação, tratamento ou melhora de materiais em suas

características físicas ou químicas, resultando na

sua transformação.

De modo geral pode-se dizer que: processo é qualquer atividade

ou conjunto de atividades que recebe um input (entrada),

22

adiciona valor e fornece um output (saída) (HARRINGTON, 1991),

conforme representado na Figura 2.1.

Figura 2. 1: Elementos de um processo.

Fonte: HARRINGTON, 1991.

Importante registrar que uma grande parcela das organizações

se orienta para a execução de tarefas, que normalmente se

vinculam às funções, que se restringem às suas estruturas

organizacionais tradicionais, assim, pensar a organização

através de seus objetivos vinculados a processos é uma tarefa

desafiadora, pois traz em si o conceito de transversalidade de

operações, compartilhamento de decisões e por que não dizer

redução de poder (HAMMER e CHAMPY, 1994, apud SARTORELI,

2006).

Divergindo das organizações tradicionais, onde o ótimo do todo

é buscado através do ótimo das tarefas individuais, sejam elas

de pessoas ou de unidades, o foco no processo busca o ótimo do

todo, prevalecendo sobre o ótimo das partes, pois o mais

importante e o resultado do processo e não os ótimos parciais

(ROTONDARO, 2001, apud SARTORELI, 2006).

2.1.2. O que é Gestão por Processos?

Na maioria das organizações estão estruturadas de forma

verticalizada, por funções, agrupadas por seus conhecimentos e

habilidades específicas, contudo os processos agregadores de

valor e suas saídas ocorrem de modo transversal pela

organização, causando sérias dificuldades ao se entrecruzar

com a estrutura funcional verticalizada.

Conforme o entendimento de Rados et al. (1998), a Gestão por

Processos busca o conhecimento dos fluxos de trabalho, seus

23

processos, impactos e dependências dos setores envolvidos

nessa cadeia processual, identificando processos-chave e

gargalos, permitindo que os colaboradores de níveis inferiores

possam atuar na resolução de problemas interdepartamentais,

com melhora de desempenho, de forma antagônica a solução de

problemas numa estrutura funcional tradicional a solução de

problemas interdepartamentais exige o envolvimento dos

gerentes de departamentos para sua solução, que restringem

iniciativas e obrigam a verticalização das soluções e

encaminhamentos, representados na Figura 2.2.

Figura 2. 2: Fluxo em Estruturas Funcionais.

Fonte: SANTOS, 2002.

Assim a gestão de uma organização por processos, mesclada a

uma estrutura organizacional tradicional é uma questão

complexa, mas por outro lado, identifica e orienta seus

esforços na melhoria de suas as vantagens competitivas.

Segundo Santos (2002), as principais vantagens potenciais

associadas à visão processual em uma organização são:

direciona a organização a manter seu foco nos clientes;

maior coordenação e integração do trabalho;

tempos de respostas mais rápidos;

antecipar e controlar mudanças;

facilita a efetivação de mudanças complexas;

melhoria dos seus inter-relacionamentos;

permite a visão sistêmica das atividades da organização;

24

mantém o foco no processo;

previne a ocorrência de erros;

auxilia a organização a entender melhor a sua cadeia de

valor;

desenvolve um sistema de avaliação complexo para as

áreas de negócio;

maior satisfação com o trabalho por parte dos

funcionários.

Figura 2. 3: Gestão por Processos.

FONTE: RADOS et al. , 1998.

A gestão por processos pode ser visualizada então, como uma

ação transversal à estrutura organizacional, conforme

representado na Figura 2.3.

Harrington, 1991, apud Sartorelli, 2006, apresenta um quadro

onde busca identificar as principais características entre as

diferentes formas de gestão de organizações, a visão com foco

na estrutura funcional está comentada na primeira coluna e a

visão com foco nos processos é comentada na segunda coluna,

cf. indicados no Quadro 2.1.

25

Foco na Estrutura Funcional

Foco nos Processos

Os problemas da organização são os funcionários

Os problemas da organização estão nos processos

Cada um cuida do seu serviço

As pessoas ajudam a fazer as coisas acontecerem

Cada um sabe do seu serviço

Todos sabem como seu serviço se encaixa no processo total

Avalia-se o desempenho dos indivíduos

Avalia-se o desempenho dos processos

Problemas? Mude os funcionários

Problemas? Mude os processos

Sempre é possível achar alguém melhor

Sempre é possível aperfeiçoar os processos

É preciso controlar os empregados

É preciso treinar as pessoas

Não confiar em ninguém Estamos nisso juntos

Quem é responsável pelo erro?

O que permitiu que o erro acontecesse?

Corrigir os erros Estabilizar o processo

Orientação para a própria organização

Orientação para os clientes. Daí decorre o lucro

Quadro 2. 1: Características de Gestão: Foco na Estrutura Funcional x Foco nos Processos.

FONTE: SARTORELI, 2006.

Podemos dizer que enquanto as estruturas organizacionais

funcionais compartimentam trabalhos, funções, conhecimento e

atribuições as estruturas focadas nos processos buscam a

minimização dessas barreiras, conhecimento amplo dos

processos, maior interação e aumento da eficiência.

2.1.3. Aplicações de Modelagem de Processos de Negócios - MPN A utilização da MPN segundo Pereira (2008) permite a

identificação das políticas gerenciais, dos fluxos de

informações, da forma de armazenamento das informações, dos

procedimentos, dos processos e o registro formal do

conhecimento da organização, com isso é possível proceder à

simulação de propostas de melhoria dos processos.

26

Para Santos et al. (2004) apud Pereira, as aplicações da MPN

são:

Redesenho de processos: tem por objetivo o re-projeto do

trabalho considerando os processos. Normalmente é feito

em duas etapas, sendo a primeira a construção de um

modelo da situação atual (AS IS), na segunda etapa é

feita a análise e proposta de melhorias (TO BE), podendo

abranger alterações dos processos, desenvolvimento e/ou

compra de sistemas de informação, revisão da estrutura e

alteração do fluxo de informações/processos.

Análise e melhorias de processos: estudo de possíveis

melhorias, empregando técnicas de análise, por exemplo:

5W1H, que permite simplificar, eliminar, reunir ou

padronizar os processos. Adicionalmente, se

considerarmos os tempos envolvidos das atividades, é

possível a identificação de gargalos, execução de

atividades em paralelo e otimização de recursos.

SIPOC (Suppliers – Inputs – Process – Outputs -

Consumers): método de análise mais abrangente,

considerando todos os envolvidos no processo, os

processos em si, além de efetuar mensurações, sejam dos

resultados, dos tempos, dos custos, da qualidade e

outros.

Sistemas Integrados de Gestão: suporta as etapas de pré-

implantação, implantação e pós-implantação de sistemas

ERP (Enterprise Resource Planning).

Projeto de Sistemas de Informação: permite o

conhecimento da organização, maior eficiência de seus

processos, evita sistemas redundantes, utilização de

base única ou integrada de dados, permitindo uso de

ferramentas do tipo CASE (Computer-Aided Software

Engineering).

Identificação, seleção e monitoração de indicadores de

desempenho: permite a adoção de indicadores mais globais

e representativos, visto que os processos atravessam a

organização de forma transversal, proporcionando

27

indicadores compartilhados e integrados, aos invés de

indicadores locais desbalanceados.

Análises Organizacionais: permite buscar o redesenho da

estrutura organizacional mais adequado à orientação por

processos.

Outras Aplicações: registro e gerência do conhecimento

organizacional, workflow, organização da documentação

técnica, inserção de novos colaboradores, benchmarking

com o uso de modelos de referência e outros.

2.1.4. Ferramentas de apoio à Modelagem de Processos

A modelagem dos processos é elemento fundamental para a

elaboração de uma representação dos processos executados numa

organização, de modo a permitir sua compreensão,

monitoramento, identificação de gargalos e proposição de

melhorias.

Segundo Santos (2002), a elaboração de um modelo deve observar

os seguintes princípios:

Aderência: identifica o quanto um modelo está perto de

representar a estrutura real modelada.

Relevância ou Suficiência: cada objeto representado em um

modelo deve ter um propósito, e sendo assim, um modelo

não deve conter mais informações do que o necessário.

Custo/Benefício: avaliar a quantidade de trabalho

aplicada para a criação do modelo versus a utilidade do

modelo versus tempo de uso do modelo.

Clareza: capacidade de transmissão do significado no

modelo.

Comparabilidade: orienta a comparação de diferentes

processos, sendo necessária a aplicação do mesmo método

para a elaboração de modelos com a utilização dos mesmos

objetos, correção/uniformização na nomenclatura e níveis

de detalhamento.

Estruturação Sistemática: capacidade de integração com

outras modelagens.

28

O fundamental é permitir a construção de uma representação

gráfica do modelo de negócios, saindo de uma situação de

„caixa preta‟ para uma situação de „caixa transparente‟, que

atenda os princípios da modelagem e permita o conhecimento dos

processos envolvidos (ROMANO et al.) conforme representado

pela Figura 2.4.

Figura 2. 4: Caixa Preta versus Caixa Transparente.

Fonte: ROMANO et al., 2001.

As ferramentas de suporte ao processo de modelagem podem

também ser classificadas sob o aspecto construtivo e

referencial metodológico utilizado (BASTOS e CAMEIRA, 2001

apud SILVA, 2009), conforme o seguinte:

I. Ferramentas de desenho gráfico, sem referencial

metodológico e não baseada em banco de dados: estas

ferramentas têm por objetivo principal permitir a

elaboração da representação de processos, diagramas de

fluxo, estruturas ideográficas e outros de forma clara e

compreensível, utilizando para tanto elementos gráficos

básicos, sem condicionantes de representação e/ou

metodológicas pré-determinadas. Exemplos: MS Power Point

e Corel Draw.

II. Ferramentas com referências metodológicas, não baseadas

em banco de dados: este grupo de ferramentas traz

embutido o agrupamento de objetos de representação

ideográfica vinculados a diversos tipos de metodologias

de engenharia de processos, tendo por principal vantagem

a padronização da representação. Exemplos: Visio®, Flow

Charter® e yEd Graph Editor®.

29

III. Ferramentas com referências metodológicas, baseada em

banco de dados: são ferramentas mais complexas, onde não

somente as referências metodológicas são fatores

condicionantes, mas também o desenho dos modelos, fluxo,

processos e inter-relacionamentos, vão sendo integrados a

uma base de dados que poderá ser manipulada, análises,

simulações, emissão de relatórios (com ou sem filtros),

consultas e demais facilidades que um banco de dados

permite. Exemplos: Aris Toolset, System architect e

Software e Arpo Modeler.

O procedimento de registro dos processos pode empregar

diversos tipos de representação, tais como:

Organogramas

Fluxogramas de processos

Fluxogramas de processos funcionais

Fluxogramas Geográficos

Diagramas EPC (Event Driven Chain Process)

Modelagem UML (Unified Modeling Language)

2.1.5. FERRAMENTAS DA QUALIDADE

As ferramentas da qualidade compreendem um conjunto de

técnicas de: registro e análise de dados, diagramas de

relacionamento, levantamento de idéias, propostas de melhoria

e técnicas de priorização de propostas, que podem ser

empregadas de forma isolada ou em conjunto, estas técnicas

podem ser buscadas em MARTINS (2009). A seguir relacionamos

algumas dessas ferramentas:

Folha de Verificação

Diagrama de Pareto

Diagrama de Causa e Efeito

Histograma

Diagrama de Dispersão

Fluxograma

Gráfico de Controle

30

Brainstorming

5W1H ou 5W2H (What/Why/Where/When/ Who/How/How much)

Diagrama em Árvore

Diagrama em Matriz

Técnicas de Priorização/Redução

PDPC (Process Decision Program Chart)

2.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 2

Neste capítulo abordamos os conceitos que serão aplicados no

desenvolvimento deste trabalho e apresentamos a base

conceitual que permitirá a identificação dos principais

macroprocessos, bem como o detalhamento das atividades da

Divisão de Fiscalização de Obras, através da elaboração de um

modelo do tipo EPC e de sua análise.

Salientamos a aplicabilidade do método em praticamente todas

as áreas onde se deseje o conhecimento, registro e melhoria

dos processos, podendo citar como exemplo:

Prestação de Serviços;

Linha de Manufatura;

Organizações Privadas e

Organizações Públicas.

31

3.APLICAÇÕES DA LITERATURA

Neste capítulo apresentaremos três casos da literatura, onde

foram utilizados os conceitos principais da Modelagem de

Processos de Negócios, com diferentes objetivos específicos,

mas que validam a aplicação modelagem dos processos, como

forma de identificar potenciais metodologias de abordagem e

construção de modelos, bem como possíveis formas de melhoria

de procedimentos a serem incorporadas.

O primeiro caso se trata da aplicação do método em duas

empresas do ramo industrial, focado nos processos de

Desenvolvimento do Produto, utilizando a metodologia IDEF

(Integrated Computer Aided Manufacturing Definition).

O segundo caso estudado é a aplicação da modelagem para a

identificação dos requisitos para o desenvolvimento de um

sistema informacional para uma instituição pública, empregando

a notação UML (Unified Modeling Language).

O terceiro caso estuda as formas de gerenciamento de serviços

de subempreiteiros de três empresas construtoras utilizando a

modelagem de processos para o conhecimento e proposição de um

modelo gerencial, com a notação básica de fluxogramas.

Em cada um dos casos é apresentado um Resumo, que é uma

transcrição dos casos de estudo citados, bem como uma síntese

e uma análise do mesmo. Na síntese buscamos descrever

sucintamente e imparcialmente o caso. Na análise procuramos

identificar pontos fortes e fracos do caso.

No final do capítulo apresentamos um quadro comparativo geral

dos três casos de estudo.

32

3.1. CASO-1: Proposta de Modelagem do Processo de

Desenvolvimento do Produto, visando o seu entendimento e

melhoria (ESTORILIO et al., 2000).

3.1.1. RESUMO As pressões geradas pela competição industrial têm levado as

empresas a buscarem recursos tecnológicos visando à redução no

tempo de desenvolvimento, menor custo e melhor qualidade.

Entretanto, muitas delas são introduzidas no processo de

desenvolvimento sem um planejamento adequado. Como

conseqüência, o processo vem apresentando um perfil cada vez

mais complexo, dificultando o seu entendimento e

gerenciamento. A questão é como manter a competitividade no

nível exigido beneficiando-se das tecnologias existentes, sem

perder a visão geral do processo e, consequentemente, o seu

controle. Partindo do princípio de que o processo precisa ser

entendido, otimizado, para então obter os reais benefícios

buscados com as tecnologias existentes, o artigo apresenta uma

proposta para o entendimento e modelagem do processo de

desenvolvimento do produto. A proposta baseia-se em duas

experiências práticas em campo industrial; a primeira numa

empresa de grande porte brasileira e a segunda numa empresa

global de médio porte, localizada na Inglaterra. O artigo

discute as limitações das abordagens adotadas nas duas

empresas e por que a nova proposta seria mais adequada para o

entendimento do processo.

3.1.2. SÍNTESE

O artigo aborda questões vitais para a sobrevivência das

empresas nos tempos atuais, tais como: competitividade,

qualidade, tempo de desenvolvimento de produtos, resolução de

problemas, tecnologia, otimização e gerenciamento. Neste

contexto complexo os autores propõem a utilização das

ferramentas de modelagem de processos, no caso específico

modelagem dos processos de desenvolvimento do produto, como

forma de permitir o entendimento dos processos envolvidos, a

forma como são feitos (AS IS), identificação de possibilidades

33

de otimização (TO BE), neste estudo foram objetos de estudo

duas empresas, uma nacional de grande porte e outra inglesa de

médio porte.

Para a compreensão de como essas empresas desenvolvem seus

processos foi feita através de um estudo de modelagem de seus

processos, utilizando-se ferramentas diferentes, no caso da

empresa nacional de grande porte foi empregada a modelagem

através de um flowchart utilizando-se o software VISIO 5.0,

para a representação da sua cadeia de atividades, através da

entrevista dos stakeholders, para obtenção de uma visão

global, detalhamento gradativo do modelo e sua validação

passo-a-passo.

No caso da empresa inglesa foi adotada uma variante da

metodologia IDEF (Integrated Computer Aided Manufacturing

Definition), que possui relação com a tecnologia de produção

integrada assistida por computador ICAM (Integrated Computer

Aided Manufacturing), e que permite a modelagem funcional do

sistema de produção, ver figuras 3.1 e 3.2.

Figura 3. 1: Visão básica dos elementos do IDEFφ.

FONTE: NUMA-SP

34

Figura 3. 2: Esquema de detalhamento de funções do IDEFφ.

FONTE: NUMA-SP

As figuras indicam a quantidade de informação agregada na

notação IDEFφ, figura 3.1, e também o processo de detalhamento

de um processo, figura 3.2.

Os modelos foram sendo validados paulatinamente pelos

envolvidos nos processos e apresentados em reuniões de

trabalho e seminários. Verificaram que a representação da

cadeia de processos foi mais facilmente compreendida através

de fluxogramas, e o modelo IDEFφ foi considerado mais complexo

para seu desenvolvimento e validação. Ressaltam que em ambos

os casos a modelagem dos processos foi considerada importante

para o conhecimento da organização e promoção de melhorias.

Os autores sugerem que a elaboração de modelos possa ser

iniciada através da elaboração de um fluxograma, que permitirá

o estudo e identificação de problemas, bem como possíveis

soluções, caso os problemas persistam, desenvolve-se uma

segunda etapa através da metodologia IDEFφ.

3.1.3. ANÁLISE O artigo é bastante interessante, pois mostra a versatilidade

e aplicabilidade da metodologia de mapeamento de processos,

35

especificamente na área de modelagem de processos, para a

compreensão da cadeia de processos para o desenvolvimento de

produtos, validando as hipóteses elaboradas ao longo do

processo.

Outro ponto relevante apresentado pelos autores é a proposta

de abordagem de complexidade escalonada para a modelagem,

conforme apresentado na figura 3.2., partindo de ferramentas

menos complexas, no caso o fluxograma, a partir de entrevistas

com os interessados, e avaliação dos resultados, e caso

necessário empregar ferramentas mais complexas, no caso o

IDEFφ, que seria construído através de reuniões e seminários.

Em ambos os casos a validação dos modelos deve ser feita

através de sua apresentação e redesenho, até sua estabilização

e aceitação pela maioria dos envolvidos.

A identificação dos principais processos se deu, inicialmente,

através das entrevistas com os stakeholders, que foi abordado

pelo demais participantes, estabelecendo um ciclo de registro,

depuração e validação.

3.2. CASO-2: Um estudo de aplicação de modelagem de processo

de negócio para apoiar a especificação de requisitos de um

sistema (ANDRADE et al., 2004).

3.2.1. RESUMO

Freqüentemente especificações de sistemas são criadas sem que

o real problema da organização seja contextualizado, ou sem

que haja real entendimento de suas necessidades. Por meio da

modelagem de processos de negócio é possível compreender

melhor o ambiente no qual o sistema a ser construído irá

funcionar, facilitando assim a identificação e análise de seus

requisitos. Este trabalho descreve um caso de aplicação de

técnicas de modelagem de processos de negócio como subsídio à

especificação de um sistema informatizado para uma instituição

pública do estado de Minas Gerais, descrevendo o processo

utilizado e apresentando os resultados obtidos.

36

3.2.2. SÍNTESE Trata-se do estudo de caso de aplicação de Modelagem de

Processos de Negócios, utilizando a notação UML (Unified

Modeling Language) em uma instituição pública do Estado de

Minas Gerais, aplicado por consultores contratados para o

desenvolvimento de sistemas computacionais de suporte às suas

atividades, como forma de conhecer os processos e dinâmica da

organização, bem como suas necessidades, problemas e

identificar possíveis melhorias, necessários para a elaboração

da solução de informatização para seus processos internos e

integração entre suas áreas.

Nesse processo foram identificados os seguintes principais

problemas: lentidão de vários processos, transferência de

dados de forma manual, retrabalho, excesso de material

impresso, grandes volumes de arquivamento físico,

descentralização, replicação e inconsistência de informação.

Para atingir seus objetivos a consultoria utilizou a MPN como

método estruturador tanto de seus trabalhos como para o

mapeamento da organização em foco, conforme figura 3.3.

A elaboração da MPN foi feita através de 11 oficinas, com

duração de 4 horas cada, ficando especificados 21 casos de uso

do negócio, envolvendo 18 dos 29 setores da organização, tendo

sido documentadas 183 atividades e identificados 101 entidades

de negócio, que permitiu visualizar 64 possíveis usos de

sistema e identificar três grandes produtos a serem

desenvolvidos.

A MPN também permitiu a documentação da execução interna de

seus processos, através dos relatórios Descrição dos Processos

de Negócios – DPN, que é a versão documental do MPN e a

possibilidade de fracionar o desenvolvimento do sistema.

37

Figura 3. 3: Atividades realizadas durante a Modelagem de Processos de

Negócios da Organização.

FONTE: ANDRADE et al., 2004

38

3.2.3. ANÁLISE

O artigo descreve a abordagem metodológica de uma empresa de

consultoria da área de desenvolvimento de software com o uso

da ferramenta MPN, para a identificação precisa dos processos

da organização pública, identificação de problemas e

proposição de melhorias.

Os autores verificaram que a aplicação da MPN é um fator de

redução de riscos para no desenvolvimento de sistemas de

informatização, pois as soluções são ajustadas pelo modelo,

que é validado pelos seus operadores, na fase de ajuste do

modelo.

Importante ressaltar que a MPN permite o fracionamento

racional do sistema, considerando que muitas vezes os recursos

disponíveis são insuficientes para o desenvolvimento integral

do sistema, mas fica prevista a sua integração futura.

A abordagem permitiu a identificação dos processos chave do

negócio, que segundo SCHMIDT (2003), podem ser identificados

por:

Representar sérios riscos para a vida humana, para o

meio ambiente e/ou colocam em risco uma grande

quantidade de recursos.

Seus resultados produzem alto impacto para os clientes.

Falhas nesses processos comprometem o desempenho de

todo o sistema.

São críticos para a consecução da estratégia da

organização.

Os autores ressaltam ainda que a MPN permite a integração de

novas pessoas na organização através do estudo dos documentos

gerados no processo.

39

3.3. CASO-3: Modelo de Processos para a Gestão de

Subempreiteiros: Estudo de casos em empresas construtoras de

edifícios (OHNUMA, 2003).

3.3.1. RESUMO Sob a ótica das empresas construtoras, a evolução do setor da

construção civil e, particularmente da construção de

edifícios, tem sido caracterizada pela necessidade de um

melhor tratamento da interface cliente-fornecedor, seja em um

ambiente interorganizações (empresa construtora com seus

fornecedores de materiais, de serviços de execução, de

projetos etc.) seja em um ambiente intra-organização (entre os

departamentos/funções da empresa).

De fato, ao atuar na sua interface com seus fornecedores, a

empresa construtora consegue melhor responder a diferentes

critérios competitivos que permitem que ela se imponha face a

seus concorrentes, num mercado cada vez mais disputado

(qualidade, custos, prazo, tecnologias etc.).

Dentre esses fornecedores, os de serviços de execução ou

subempreiteiros aparecem como tendo um papel cada vez mais

importante, devido a uma tendência marcante no sub-setor pela

subcontratação de tais serviços.

Nesse contexto de mudança de paradigmas, a busca por uma

integração interna na empresa entre os diversos processos (ou

departamentos) envolvidos no relacionamento com estes

fornecedores acaba sendo uma condição a ser alcançada para que

as empresas consigam melhorias (de qualidade, produtividade

etc.) na forma de gestão dos subempreiteiros (SEs).

O presente trabalho objetiva assim propor um Modelo de

Processos para a Gestão de Subempreiteiros (MPGSEs) voltado às

empresas construtoras de edifícios. Toda a pesquisa ocorre com

base numa revisão bibliográfica e em três estudos de caso

realizados em empresas construtoras. Num primeiro momento,

focam-se os principais conceitos envolvidos na gestão por

processos, comparando-a a pratica corrente de uma empresa

40

estruturada por departamentos. Realiza-se também um estudo dos

principais motivos que têm levado as empresas construtoras a

adotarem a estratégia da subcontratação dos serviços de

execução. Finalmente, são discutidas as principais atividades

envolvidas numa gestão de SEs com o propósito de se estruturar

um modelo de gestão, abrangendo o planejamento, a contratação

e o gerenciamento da produção.

A pesquisa revela que há em evidência nas empresas

construtoras pesquisadas uma sistemática na forma de gestão

dos SEs, principalmente em decorrência da implementação de

sistemas de gestão da qualidade com base na série de normas

NBR ISO 9000. No entanto, observa-se que ainda existe a

possibilidade da proposição de melhorias, seja na

compatibilização entre os processos de macroplanejamento &

orçamento da obra, de seleção para contratação, de controle da

qualidade e de medição dos serviços, ou numa definição mais

clara entre as atribuições/responsabilidades que estejam

envolvidas no processo de produção.

3.3.2. SÍNTESE O autor aborda a forma de gerenciamento da contratação de

subempreiteiros por três empresas construtoras, todas com

certificação ISO 9002, atuantes nos municípios de São Paulo e

Rio de Janeiro, que adotam a terceirização de forma parcial ou

integral diversos de seus processos e ou setores, tais como:

marketing, projetos e planejamento da produção, jurídico,

contabilidade, informática, vendas e serviços de execução

(subempreiteiros).

O estudo correlaciona as empresas sob os seguintes principais

aspectos:

Caracterização;

Estruturas Organizacional;

Tipo de serviços de execução subcontratados;

Processo de contratação de subempreiteiros;

Processo de Planejamento & Programação das atividades

dos subempreiteiros;

41

Processo de Controle da Qualidade dos serviços;

Processo de Avaliação e Qualificação de

subempreiteiros;

Processo de Medição e Pagamento do Serviço e Gestão do

Contrato de Subempreiteiros;

Matriz de responsabilidades;

Estes aspectos podem ser consultados nos quadros que se

encontram reproduzidos nos anexos 1 a 15.

A partir da análise dos levantamentos executados, o autor

identifica os principais processos que devem ser observados

pelas empresas que contratam serviços terceirizados de

execução, que ele chamou de “Os doze processos teóricos de

gestão de Subempreiteiros”, apresentados na figura 3.4.

Figura 3. 4: Os doze processos teóricos de gestão de Subempreiteiros.

Fonte: OHNUMA, 2003.

Outro ponto importante destacado no trabalho é a identificação

da Matriz de Responsabilidades, reproduzidas nos anexos 12 a

15 deste trabalho, que identificam os principais processos,

atores e responsabilidades envolvidos na Gestão de

Subempreiteiros, de fácil visualização e compreensão. Da

análise dessas matrizes identifica-se que o engenheiro de obra

é uma figura central desses processos.

42

Por fim o autor elabora um Modelo de Processos para a Gestão

de Subempreiteiros – MPGSEs, que considera os desafios de

gerenciar um grande número de informações dos processos, para

tomada de decisões, registro de dados, comunicação com

fornecedores e gestão do processo de produção, decorrentes da

prática de contratação de serviços de execução junto a

Subempreiteiros, descrevendo cada uma dessas atividades, cf.

detalhado nos anexos 1 a 15.

Esta situação obriga as empresas a mudar a forma de

relacionamento intra-organização, bem como a forma de se

relacionar com seus fornecedores, inter-organizações, assim o

autor apresenta o MPGSEs como uma forma de estruturar

metodologicamente esses processos, cf. figuras 3.5, 3.6, 3.7 e

3.8.

Figura 3. 5:Macroprocessos do Modelo de Processos para a Gestão de

Subempreiteiros - MPGEs.

Adaptado de OHNUMA, 2003.

Observamos que os macroprocessos apresentados na figuras 3.5 e

3.6 são formas de representação do ciclo PDCA (Plan-Do-Act-

Check), que é um dos pilares das teorias de melhoria contínua

da qualidade.

43

Figura 3. 6: Os 14 (quatorze) processos definidos pelo Modelo de Processos

para a Gestão de Subempreiteiros - MPGSEs.

FONTE: OHNUMA, 2003.

A figura 3.6 é uma representação dos macroprocessos do Modelo de Gestão de Subempreiteiros de OHNUMA, idealizado como três grandes macroprocessos, de Planejamento, de Contratação e de Gerenciamento, que por sua vez são detalhados nos principais quatorze processos do modelo.

44

Figura 3. 7: Simbologia adotada pelo fluxograma (MPGEs).

FONTE: OHNUMA, 2003.

A figura 3.7 apresenta a simbologia empregada pelo autor na

representação do modelo de gestão proposto por OHNUMA.

A seguir as figuras 3.8 e 3.9 apresentam o modelo completo,

observando a notação indicada na figura 3.7, que mostra os

quatorze principais processos, atividades e decisões a serem

executadas na aplicação do modelo.

45

Figura 3. 8: Modelo de Processos para Gestão de Subempreiteiros - MPGEs.

Fonte: OHNUMA, 2003.

46

Figura 3. 9: (continuação): Modelo de Processos para Gestão de Subempreiteiros - SEs (MPGEs)

Fonte: OHNUMA, 2003.

47

O trabalho identifica a importância de se ter uma visão

sistêmica da empresa como uma cadeia de processos, do seu

fluxo de atividades, não desconstrói a estrutura funcional das

organizações estudadas, salienta a matriz de

responsabilidades, ressalta importância do engenheiro de obra

como interlocutor de feedback e do gestor financeiro,

defendendo também o emprego de tecnologia como facilitador,

tanto dos processos construtivos como de registro de

informações e de controle.

3.3.3. ANÁLISE

O trabalho de OHNUMA, em relata e analisar a forma como se dão

os processos de gestão de contratos de subempreiteiros, em

três empresas atuantes no setor da construção civil, todas com

certificação ISO 9002, sob os aspectos dos macroprocessos de

planejamento, contratação e gerenciamento do contrato e da

execução e do feedback, de forma similar ao ciclo PDCA, ver

figuras 3.5 e 3.6.

Durante o estudo desenvolvido ele detalha os procedimentos

adotados pelas empresas, orientados pelos princípios da

Qualidade Total, identificando os quatorze principais

macroprocessos, listados a seguir:

Formação de Preços do Serviço;

Planejamento da Produção;

Planejamento de Contratações;

Avaliação Inicial ou Pré-Qualificação;

Seleção para Contratação;

Gestão de Cadastro;

Controle da Qualidade do Serviço;

Planejamento e Programação;

Treinamento;

Avaliação e Qualificação;

Medição do Serviço;

Pagamento do Serviço e

Gestão do Contrato.

48

Feita essa identificação, o autor OHNUMA propõe um Modelo de

Processos para Gestão de Subempreiteiros (MPGEs), representado

pelo fluxograma desses processos, ver figura 3.6, que se

adéqua às atividades do setor privado, mas que não pode ser

aplicado integralmente no setor público, decorrente das

prescrições legais impostas para a contratação de obras

públicas.

O modelo de gestão proposto, orientado para a gestão por

processos permite sua implantação em estruturas

organizacionais tradicionais, reduzindo assim os impactos

reativos que decorrem de grandes mudanças na estrutura

organizacional.

A Matriz de Responsabilidades permite identificar as

responsabilidades atribuídas a cada participante do processo,

bem como identificar todos os envolvidos em um determinado

processo, conforme definido no PMBOK Guide (2004), permite com

relativa facilidade a compreensão dos atores envolvidos,

canais de comunicação, produto esperado e direciona a

organização no sentido de documentar seus processos, que pode

ser aplicada também no setor público.

As considerações do autor ressaltam o papel do engenheiro de

obra como figura central no modelo de gestão de

subempreiteiros proposto, por sua participação em todas as

etapas, tanto nas empresas estudadas como na sua proposta de

seu modelo de gestão, bem como da importância da gestão

financeira e da aplicação de recursos tecnológicos, tanto nos

processos construtivos como no uso de ferramentas

informacionais que auxiliam esses processos.

Como o estudo foi feito com apenas três empresas, todas elas

certificadas pela NBR ISO 9002, seus resultados não podem ser

diretamente estendidos a outras empresas de mesmo porte não

certificadas, pois estas não possuiriam diversos conceitos

metodológicos e culturais presentes nas empresas estudadas,

implicando em processos de evolução a serem buscados por seus

gestores.

49

3.4. QUADRO COMPARATIVO DOS CASOS DE ESTUDO

Característica

Caso-1: Caso-2: Caso-3:

Objetivo Uso ferramentas de modelagem, conhecimento processos AS IS e TO BE

Conhecimento dos processos de uma instituição pública para a Especificação de requisitos de sistema informacional

Integração interna dos processos entre empresas construtoras e subempreiteiros, buscando melhoria da qualidade e produtividade, através de Modelo de Processos para Gestão de Subempreiteiros

Tipo de Empresa

Ramo industrial, sendo uma nacional grande porte e uma inglesa de médio porte

Empresa Pública do Estado de Minas Gerais

Empresas do setor de construção, certificadas NBR ISO 9002

Ferramenta de Análise

Fluxograma, Software VISIO®, detalhamento e validação gradativos

Modelagem de Processos de Negócios, notação UML, geração de MPN e relatório DPN

Fluxograma

Procedimentos Entrevistas, workshops e painéis para visualização, discussão e validação.

Elaboração de modelo para obtenção de informações dos processos, a partir de oficinas e especificação do sistema

Entrevistas, identificação das: estruturas organizacionais, processos, matriz de responsabilidades

Metodologia Fluxograma e IDEFφ

UML Fluxograma

Avaliação Geral

Recomenda uso de fluxogramas e importância do conhecimento do processo para proposição de melhorias.

A aplicação da MPN permitiu o conhecimento dos processos institucionais, forneceu parâmetros confiáveis para o desenvolvimento do sistema e sua modularização.

Identificação de procedimentos adotados pelas empresas e indicação dos principais macroprocessos a serem controlados.

50

Característica

Caso-1: Caso-2: Caso-3:

Identificação de Gargalos

Construção do fluxograma dos processos AS IS, permitindo análises e melhorias posteriores.

Através do desenvolvimento de MPN dos casos de usos de negócio.

Por meio da análise dos registros dos principais processos, suas inter-relações e comparação cruzada entre as empresas analisadas.

Ferramentas de Qualidade Empregadas

Fluxograma. Fluxograma. Fluxograma, Planejamento, Controle da Qualidade.

Pontos Positivos

Montagem do fluxograma e validações passo-a-passo com os envolvidos.

Permitiu validar a aplicação de MPN, com linguagem UML, passando pela identificação e registro formal de seus processos.

Cria um modelo para contratação de subempreiteiros, baseado em critérios de qualidade, desde o planejamento até a conclusão do contrato.

Pontos Negativos

Primeira abordagem através de IDEFφ.

A linguagem UML tem vocação para sistemas de Tecnologia de Informação (TI), não sendo de fácil assimilação por outras áreas.

Todas as empresas pesquisadas já tinham processos de certificação ISO 9002 em andamento, não sendo ainda uma característica geral do setor de construção civil.

Destaques Construção do modelo e redesenho como os envolvidos

Construção MPN, geração de DPN e possibilidade de modularização de sistemas.

Matriz de Responsabilidades, prevista também nos procedimentos recomendados no PMBOK.

Aplicabilidade no Serviço Público

Permite. Permite. Restrita a alguns processos em decorrência de legislação de licitações especificas do setor público.

Quadro 3. 1: Comparativo dos Casos de Estudo

O Quadro 3. 1 nos permite afirmar a importância da modelagem

para a compreensão dos processos, sua avaliação e proposição

de melhorias. A modelagem permite ainda a modularização, tanto

51

dos problemas como das soluções, permitindo a abordagem por

etapas, conforme a possibilidade e impactos.

3.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 3

Neste capítulo foram apresentados, comentados e sintetizados,

três casos de estudo, com aplicação de metodologias de

modelagens diferentes, com o objetivo de validar o método,

identificação de similaridades e sua aplicabilidade no

desenvolvimento do estudo dos processos envolvidos na execução

de uma obra na UFSCar.

52

4.CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

Neste capítulo será apresentada uma visão geral das atividades

desenvolvidas na Prefeitura Universitária, de forma a permitir

uma melhor compreensão das suas atividades, sendo um

detalhamento do apresentado no item 2.4 deste trabalho, focado

nas atividades da unidade.

4.1. UFSCAR

A Universidade Federal de São Carlos foi criada em 1968, tendo

iniciado suas atividades acadêmicas em 1970, então com apenas

96 alunos. O campus foi implantado na área da antiga Fazenda

Trancham, que foi desapropriada pela Prefeitura Municipal de

São Carlos, às margens da Rodovia Washington Luís,

inicialmente com a adaptação das instalações existentes, sendo

que esses trabalhos foram coordenados pro uma Comissão

Municipal.

De uma propriedade rural do final da década de 60, o campus da

UFSCar transformou-se numa pequena cidade, com uma população

flutuante da ordem de 10.000 pessoas/dias, mais de 150

edificações, totalizando uma área construída maior que 150.000

metros quadrados, sistemas infra-estruturais de produção,

reservação e distribuição de água potável, redes de esgoto, de

energia elétrica, sistema de telefonia com 1600 ramais,

sistema viário, equipes de manutenção, urbanização,

transporte, vigilância patrimonial, diversas unidades de

prestação de serviços, tais como: biblioteca, restaurante

universitário, quadras, ginásios, piscinas, serviço médico,

alojamentos estudantis, teatros, auditórios e postos

bancários.

4.2. GESTÃO DA UFSCAR

A gestão da Universidade Federal de São Carlos se dá através

de uma estrutura de Órgãos Colegiados, formuladores de

políticas e regramentos institucionais e de sua superposição à

estrutura administrativa de primeiro escalão, que promove o

funcionamento da instituição, conforme a Figura 4. 1.

53

Figura 4. 1: Estrutura Organizacional da UFSCar dos Órgãos Colegiados da

UFSCar e de primeiro escalão.

Fonte: BRASIL, UFSCar, 2009.

4.2.1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA UFSCAR Para a compreensão dos processos envolvidos na concepção,

execução e fiscalização de obras na UFSCar é importante ter

uma visão da interação entre estes atores e também da

estrutura organizacional geral da UFSCar e em detalhe dos

organogramas da Prefeitura Universitária e do Escritório de

Desenvolvimento Físico, por serem as unidades que se

relacionam estritamente durante a execução de obras, a

primeira por ser a responsável pela concepção e a segunda pela

fiscalização a execução, conforme representado na Figura 4. 2.

54

Figura 4. 2: Organograma Geral da UFSCar

Podemos identificar na estrutura os seguintes principais

níveis hierárquicos:

Administração Superior: Reitoria e Pró-Reitorias;

Centros Acadêmicos e

Unidades Especiais, Secretarias e Coordenadorias:

Prefeitura Universitária, Informática, Escritório de

desenvolvimento Físico e outras.

A interação entre os setores e atores envolvidos na execução

de uma obra na UFSCar pode ser visualizada na Figura 4. 3,

nela pode-se identificar que praticamente todos os envolvidos

se relacionam, daí a importância do esclarecimento das

atividades, responsabilidades e fluxo de informações nessas

comunicações.

55

Figura 4. 3: Interação entre os atores.

Podemos observar na Figura 4. 3 que praticamente todos os

atores se interrelacionam, em momentos distintos ou não, daí a

complexidade e ficarão explicitadas no decorrer do

detalhamento dos processos de fiscalização da execução de uma

obra na UFSCar e também nas análises desses processos.

4.2.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA A Prefeitura Universitária tem uma estrutura organizacional

que apresenta características funcionais, apresentada da

Figura 4. 4, sendo que a unidade tem por principais

atribuições: gerenciamento do espaço físico dos campi,

operação dos sistemas infra-estruturais, fiscalização de

obras, manutenção, logística e segurança patrimonial.

56

Figura 4. 4: Organograma da Prefeitura Universitária

57

4.2.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO ESCRITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO A estrutura organizacional do Escritório de Desenvolvimento

Físico, que é o setor responsável pelo desenvolvimento dos

projetos de: ocupação espacial, edificações, infra-estrutura,

sinalização corporativa e paisagismo, tendo também caráter

funcional e está apresentada na Figura 4. 5.

Figura 4. 5: Organograma Escritório de Desenvolvimento Físico

58

4.3. PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

A Prefeitura Universitária atua na gestão dos serviços de

logística, manutenção, segurança e infra-estrutura que

permitem desenvolvimento das atividades-fim da instituição e o

funcionamento das unidades de prestação de serviços à

comunidade, sendo também um setor estratégico para a

instituição.

Justifica-se o papel estratégico desta unidade para a

Universidade Federal de São Carlos, principalmente nos últimos

anos, ao se observar o crescimento registrado, tanto do seu

número de alunos e de suas instalações físicas, decorrentes de

políticas de Governo que investiram recursos para a expansão

do setor educacional, além da constante obtenção de êxitos na

captação de recursos extra-orçamentários, através da disputa

em editais públicos, de emendas parlamentares e através de

parcerias diversas, que são integralmente empregados na

melhoria de suas instalações, equipamentos e infra-estrutura

para o ensino e pesquisa, que acabam por gerar um esforço

adicional para o desenvolvimento dos projetos e execução de

obras.

Neste contexto é importante salientar que a execução das obras

na UFSCar está vinculada a proporcionar condições

satisfatórias para o desenvolvimento das atividades fim da

UFSCar, tendo se tornado um fator crítico de sucesso para a

instituição, contudo a demanda que vem se apresentando é muito

superior à capacidade de resolução dos setores envolvidos,

acabando por gerar problemas às unidades envolvidas nesses

processos.

Na Figura 4. 6 apresentamos as etapas que serão desenvolvidas

para a caracterização das principais atividades da Prefeitura

Universitária.

59

Figura 4. 6: Estrutura de abordagem para caracterização do problema

A Figura 4. 6 mostra a forma como será estruturada a

caracterização dos macroprocessos da Prefeitura Universitária,

sendo o primeiro registro formal da estrutura organizacional e

das suas atividades, e em maior nível de detalhamento os

macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras, por ser a

unidade responsável pela fiscalização da execução das obras no

campus, foco principal deste trabalho.

Apresentamos na Figura 4. 7 um panorama geral dessas

atividades desenvolvidas pela Prefeitura Universitária, onde

se poderá perceber a complexidade das atividades das unidades.

60

Essas atividades podem ser diagramadas e agrupadas em

macroprocessos, conforme apresentado na Figura 4. 8, que são

descritas no Quadro 4. 1: Descrição dos macroprocessos da

Prefeitura Universitária.

61

Figura 4. 7: Processos de Gestão e Controle da Prefeitura Universitária

62

Figura 4. 8: Macroprocessos da Gestão da Prefeitura Universitária

63

Nota-se que na Figura 4. 8 que há um conjunto de

macroprocessos que necessitam ser monitorados, delimitados em

tracejado, esse monitoramento, somado aos macroprocessos MP-30

e MP-35 convergem para o MP-40, referente à elaboração de

relatórios. As demais responsabilidades da Prefeitura

Universitária encontram-se abrangidas pelos macroprocessos MP-

45, MP-50, MP-55 e MP-60, onde MP significa Macroprocesso e o

número após o hífen a referência do macroprocesso.

A seguir apresentamos uma caracterização mínima de cada um dos

principais macroprocessos em termos das principais atribuições

e serviço, bem como seus principais INPUTS e OUTPUTS. Isto

permitirá uma melhor compreensão de cada macroprocesso, e

proceder ao aprofundamento da análise daqueles de maior

interesse, além disso, permite a continuidade de trabalhos

futuros de forma modular.

O Quadro 4. 1: Descrição dos macroprocessos da Prefeitura

Universitária, apresenta de forma simplificada, o previsto na

abordagem SIPOC da metodologia de Gestão por Processos, que

permite a identificação dos participantes, dos processos, da

agregação de valor e possibilita mensurações, representado na

Figura 4. 9.

Figura 4. 9: SIPOC

FONTE: SCHIMDT (2003)

64

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Divisão de Fiscalização de Obras - DiFO

MP-5

FISCALIZAR

CONTRATOS

DE EXECUÇÃO

DE OBRAS NOVAS

E REFORMAS

Compreende a execução de procedimentos de fiscalização de obras civis, regidos pela Lei Federal nº 8.666/93 (Lei de Licitações), Normas Técnicas, Instruções Normativas dos Ministérios, prescrições do Conselho Federal de Engenharia - CONFEA e demais legislações específicas, abrangendo a execução de obras novas, reformas e infra-estrutura, aplicando os conhecimentos técnicos de engenharia e observância dos contratos, especificações técnicas, planilha orçamentária, cronograma, pagamento dos serviços executados e recebimento provisório da obra. INPUTS:

- Unidades: Pró-Reitoria de Administração - PROAD, PU e Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico da UFSCar - FAI.UFSCar.

- Contratos de obras públicas, planilhas, cronogramas, projetos executivos - Solicitação de relatórios de obras para: Administração, Agências

Financiadoras e Ministérios (Saúde, Educação, Justiça, etc.) OUTPUTS:

- Unidades: PROAD, FAI.UFSCar, PJ, EDF e Empresas Contratadas - Medições de Serviços Executados; - Documentação das obras: cópia contrato, planilhas de medição, comunicações à empresa, diário de obras, fotos;

- Analisar solicitações de aditamento. - Relatórios de obras; - Atualização de informações sobre as obras nos sistemas:

SIMEC - Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação;

SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, integrante do SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados.

- Termo de Recebimento Provisório da Obra e

Quadro 4. 1: Descrição dos macroprocessos da Prefeitura Universitária

continua

65

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Divisão de Manutenção – DiMan

MP-10

EXECUTAR

A MANUTENÇÃO

PREDIAL E DA

INFRAESTRUTURA

Abrange as atividades de manutenção das instalações das edificações e da infra-estrutura do campus, gerenciando o trabalho de equipes especializadas de:

- manutenção civil norte, - manutenção civil sul, - administradores de edifício, - serviços de apoio, - serralheria; - controle equipamentos de proteção contra e combate a incêndios e - oficina de móveis.

INPUTS: - Todas unidades do campus: requisições de serviços de manutenção - PU: demanda para elaboração de termos de referência de contratos de serviços de manutenção continuados e especificações de serviços pontuais.

OUTPUTS: - PU, PROAD, PJ, e Empresas Contratadas - Medições de Serviços Executados, relatórios de serviços, comunicações às empresas

- Termos de Referência para contratação de serviços continuados e Especificações para contratação de serviços específicos.

- Orçamentos; - Orientações aos setores de manutenção civil e predial; - Especificações de materiais de manutenção; - Elaboração de relatórios setoriais;

continua

66

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Divisão de Engenharia Elétrica e Telecomunicações - DiEET

MP-15

DESENVOLVER

PROJETOS E MANTER

A INFRAESTRUTURA

DE ELÉTRICA,

LÓGICA E TELEFONIA

É o setor responsável pela operação e manutenção dos sistemas infraestruturais de eletricidade e telecomunicações do campus, fiscaliza a execução de instalações, especifica as diretrizes de projeto de instalações e de infraestrutura e elabora orçamentos, em apoio ao Escritório de Desenvolvimento Físico. INPUTS:

- PU, EDF, PROAD, FAI.UFSCar, Departamentos e Unidades - Requisições de Serviços de manutenção elétrica e de telefonia, solicitações de reformas de instalações elétricas e telefônicas, solicitação de projetos de instalações e de infra-estrutura de elétrica, lógica e telefonia

OUTPUTS: - Projetos de infraestrutura e instalações de elétrica, lógica e telefonia; - Orçamentos; - Especificações; - Requisições para contratação de serviços; - Orientações aos setores de manutenção elétrica e de telefonia; - Especificações de materiais de manutenção; - Requisições de materiais de manutenção das instalações; - Elaboração de relatórios setoriais; - Realizar medições de serviços realizados; - PU, PROAD, PJ, EDF e empresas contratadas e - Elaboração de Termos de Referência para contratação de serviços continuados e Especificações para contratação de serviços específicos.

continua

67

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Divisão de Serviços Gerais – DiSG

MP-20

GERENCIAR OS

SERVIÇOS DE

APOIO/LOGÍSTICA

Gerencia os serviços de apoio e logística para todas as unidades e setores do campus, nas seguintes áreas:

- Limpeza; - Vigilância; - Portaria; - Zeladoria de salas de aula (bedel); - Urbanização; - Transporte; - Gerenciamento e Manutenção da Frota e - Controle de Pragas.

INPUTS: - Recebimento de requisições de viagens; - Recebimento de demandas de segurança; - Recebimento de demandas da comunidade; - Recebimento de Requisições de Serviço; - Vistoria das dependências do campus e; - Demandas decorrentes de crescimento da área física.

OUTPUTS: - Monitoramento da execução de serviços de: limpeza, vigilância, portaria, zeladoria de salas de aula (bedel), urbanização, transporte e desinsetização.

- Elaboração de Termos de Referência para contratação de serviços continuados;

- Execução da Fiscalização dos contratos de serviços e - Elaboração de relatórios setoriais.

continua

68

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Prefeito Universitário

MP-25

MONITORAR

DESEMPENHO

E/OU EVOLUÇÃO

Monitora o desenvolvimento e promoção de ajustes às necessidades das atividades dos diversos setores da Prefeitura Universitária para atendimento das demandas da comunidade universitária INPUTS:

- demandas da comunidade universitária - demandas das Divisões da Prefeitura Universitária - relatórios parciais dos setores

OUTPUTS: - análises e relatórios dos trabalhos desenvolvidos - ajustes e garantia de condições de trabalho adequadas para melhoria de desempenho das equipes de manutenção, fiscalização de obras e logística.

Prefeito Universitário

MP-30

SOLICITAR RECURSOS

PARA CUSTEIO

ATIVIDADES DE APOIO

Solicita os recursos para o custeio das atividades de apoio, abrangendo plano de compras de material de consumo e contratação de serviços de terceiros. INPUTS:

- recebimento de demandas da comunidade e - recebimento de demandas das Divisões da Prefeitura Universitária

OUTPUTS: - previsão orçamentária anual; - relatório de execução orçamentária - encaminhamento de Requisições de Compras

continua

69

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Secretaria de Administração e Finanças – SAF

MP-35

CONTROLAR OS

RECURSOS

DE CUSTEIO

E PAGAMENTOS

Manter o controle dos recursos e gastos da unidade, obter cotações de materiais e serviços, encaminhar e controlar as requisições de compras, receber materiais e equipamentos, anotar e encaminhar as notas fiscais dos fornecedores para pagamento. INPUTS:

- requisições de compra de: materiais de consumo; - requisições para contratação de serviços; - requisições para contratação de obras; - requisições para compra de material permanente; - recebimento de materiais e equipamentos e - recebimento de Notas Fiscais de Serviços Executados

OUTPUTS: - requisições de compras classificadas e autorizadas pelo Prefeito Universitário;

- relatórios parciais de execução orçamentária Prefeito Universitário

MP-40

ELABORAR

RELATÓRIOS

Elaborar relatórios de prestação de contas da unidade. INPUTS:

- relatórios das Divisões da Prefeitura Universitária - anotações das demandas recebidas - anotações do monitoramento do desenvolvimento das ações dos setores

OUTPUTS: - relatórios de atividades da Prefeitura Universitária

continua

70

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Prefeito Universitário

MP-45

PARTICIPAR DO

GRUPO GESTOR

DE OBRAS

Participar das atividades do Grupo Gestor de Obras, ajudando no planejamento, acompanhamento e informando o desenvolvimento das obras. INPUTS:

- informações dos setores envolvidos na coordenação, desenvolvimento de projetos, jurídico, licitação, orçamento, fiscalização e administração Superior

OUTPUTS: - relatórios informacionais sobre a situação de desenvolvimento de projetos e execução de obras

Prefeito Universitário

MP-50

ELABORAR

PROPOSTAS DE

EMENDAS EXTRA-

ORÇAMENTÁRIAS

Elaborar propostas e projetos voltados à obtenção de recursos extra-orçamentários, focados na possibilidade de solução de problemas, oportunidades de investimento e atingimento de objetivos institucionais. INPUTS:

- demandas da comunidade - demandas identificadas pelas Divisões da Prefeitura Universitária - demandas da Administração Superior

OUTPUTS: - estudo preliminar - orçamento estimativo - proposta e justificativa de emenda ao orçamento da União

continua

71

MACRO PROCESSOS DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

DESCRIÇÃO

Prefeito Universitário

MP-55

PARTICIPAR

EM CONSELHOS

E ÓRGÃOS

COLEGIADOS

Participar dos seguintes colegiados: Conselho Universitário, Conselho de Administração e Conselho da Coordenadoria de Meio Ambiente. INPUTS:

- convocatória e pauta da Reunião - solicitação de esclarecimentos por parte dos integrantes - dos Conselhos ou Órgão Colegiado

OUTPUTS: - participação nas reuniões - apresentação de informações e relatórios

Prefeito Universitário

MP-60

ASSESSORAR

A REITORIA

Assessorar a Reitoria nas questões relativas à administração dos campi, planejamento, infraestrutura, reformas e objetivos institucionais relativos à infraestrutura dos campi. INPUTS:

- recebimento de demandas da Administração Superior OUTPUTS:

- estudo preliminar - orçamento estimativo - especificações técnicas - apresentação à Reitoria para apreciação

72

4.4. MACROPROCESSOS RELATIVOS À CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA NA

UFSCAR

Apresentaremos neste item os macroprocessos vinculados à

execução de uma obra na UFSCar, para cada uma das Divisões

constituintes da Prefeitura Universitária, de modo a fornecer

uma visão geral dos impactos de uma obra nas demais unidades,

e posterior ênfase central nos trabalhos da Divisão de

Fiscalização de Obras - DiFO.

4.4.1. MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS - DiFO A Divisão de Fiscalização de Obras - DiFO, foco principal

deste trabalho, tem por principal responsabilidade fiscalizar

a execução de todas as obras financiadas com recursos públicos

e contratadas junto a empresas do setor da construção civil,

através de licitação pública, observando as restrições legais,

prescrições técnicas, projetos executivos, planilha

orçamentária, cronogramas e normas técnicas vigente

A gestão da execução de uma obra pelo ente público é uma

operação tão ou mais complexa que sua execução no âmbito

privado, em decorrência da obrigatoriedade de dar

transparência total ao processo de execução de recursos

públicos.

Trata-se de um serviço de essencial importância para o campus,

visto que se encontra em permanente crescimento e modernização

de suas instalações, neste contexto as atividades e

responsabilidades da equipe de fiscalização de obras

apresentam características muito próximas às apresentadas no

item 3.3. CASO-3: Modelo de Processos para a Gestão de

Subempreiteiros: Estudo de casos em empresas construtoras de

edifícios (OHNUMA, 2003).

Assim, considerada a importância desse setor para o

desenvolvimento da instituição, bem como da execução das obras

de acordo com o projeto licitado e sua entrega ao usuário

final, passaremos a estudar mais detalhadamente os

73

macroprocessos envolvidos, tal como suas tarefas são

executadas hoje, apresentados na Figura 4. 10: Macroprocessos

Divisão de Fiscalização de Obras, que estão comentados no

Quadro 4. 2: Descrição dos macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras, onde apresentamos uma caracterização

dos principais macroprocessos, em termos das suas principais

atribuições e serviços, bem como seus principais INPUTS e

OUTPUTS. Isto permitirá uma melhor compreensão de cada

macroprocesso, e proceder ao aprofundamento da análise

daqueles de maior interesse.

No diagrama de macroprocessos da Figura 4. 10 podemos

compreender como acontece o fluxo principal do processo de

gestão da fiscalização de obras na UFSCar, nele encontram-se

delimitadas três regiões, que serão comentadas a seguir:

Região A: os macroprocessos MP-5.5 e MP-5.10 tratam dos

demandantes iniciais das atividades de fiscalização,

ainda antes da sua contratação, que ocorre após a

conclusão do processo licitatório. Nesta etapa já é

possível ter um indicador do esforço de fiscalização

necessário, considerando a concomitância de outras obras

e a equipe de fiscalização disponível.

Região B: o macroprocesso MP-5.25 é um marco de controle,

pois efetiva a relação entre a UFSCar e a empresa

contratada para a execução de uma obra, já o MP-5.30,

emissão da Ordem de Serviço, é o indicador da data

inicial a partir da qual o prazo para a execução da obra

passa a ser contado. Essa comunicação é condicionada ao

recebimento de cópia do contrato assinado, que faz com

que haja uma defasagem entre a data de assinatura e a de

efetivo início da obra, que pode variar entre 2 dias

úteis até casos extremos de 30 dias, devido

principalmente a problemas transitórios e/ou

burocráticos, tais como: férias, recessos, falta de

substitutos e outros.

74

Região C: envolve os macroprocessos relativos à resolução

de dúvidas, esclarecimentos e adequações, MP-5.45, MP-

5.55 e MP-5.60, respectivamente, sendo atividades de

responsabilidade de outras unidades, concorrem com os

outros trabalhos em desenvolvimento nesses setores,

podendo ocasionar grandes atrasos ou mesmo paralisação

dos serviços até sua resolução, com impactos no prazo da

obra. Os macroprocessos MP-5.60, MP-5.70 e MP-5.75,

compreendem as atividades de aferição dos trabalhos

executados, aferição de medições e lançamento de

informações dos sistemas SIAFI e SIMEC.

75

Figura 4. 10: Macroprocessos Divisão de Fiscalização de Obras

76

MACRO PROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

DESCRIÇÃO

EDF

MP-5.5

EDF ENCAMINHA

PROJETOS E

ESPECIFICAÇÕES

O Escritório de Desenvolvimento Físico - EDF encaminha uma cópia dos projetos e especificações da obra a ser licitada, para a Divisão de Fiscalização de Obra para conhecimento se familiarização com o novo projeto.

FAI.UFSCar

MP-5.10

FUNDAÇÃO

ENCAMINHA

PROJETOS E

ESPECIFICAÇÕES

A Fundação de Apoio Institucional da UFSCar – FAI.UFSCar encaminha uma cópia dos projetos e especificações da obra a ser licitada, para a Divisão de Fiscalização de Obra para conhecimento se familiarização com o novo projeto.

Secretaria da DiFO/PU-Gab

MP-5.15

RECEBER

PROJETOS, PLANILHA

ORÇAMENTÁRIA

E ESPECIFICAÇÕES

DA OBRA

Recebimento, conferência e protocolo da documentação recebida, neste momento a DiFO estuda o projeto e planeja o esforço de fiscalização que será necessário.

DiFO

MP-5.20

ABRIR

PASTA DE

DOCUMENTAÇÃO

DA OBRA

A DiFO faz a abertura de uma Pasta de Documentação da Obra, cf. previsto na Lei de Licitações, Lei Federal nº 8.666/93, onde serão arquivados todos os documentos relativos ao andamento da obra, planilha, especificações, comunicações, medições e termo de recebimento. INPUT: documentação da obra OUTPUT: pasta classificada para arquivamento da documentação oficial da obra

Quadro 4. 2: Descrição dos macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras

continua

77

MACRO PROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

DESCRIÇÃO

PROAD ou FAI.UFSCar

MP-5.25

PROAD

ENCAMINHA

CÓPIA

CONTRATO

A Pró-Reitoria de Administração – PROAD ou Fundação de Apoio Institucional da UFSCar – FAI.UFSCar encaminha uma cópia do contrato, juntamente com as especificações técnicas, após conclusão do processo de licitação, para a Divisão de Fiscalização de Obra, para que esta acione a contratada a dar início aos trabalhos.

DiFO

MP-5.30

EMITIR

ORDEM DE

SERVIÇO PARA

INÍCIO DA OBRA

A DiFO emite uma Ordem de Serviço – OS para a empresa contratada, autorizando o início dos trabalhos e convoca uma reunião para troca de informações, contatos, esclarecimentos. INPUT: cópia do contrato da obra OUTPUT: emissão da Ordem de Serviço

DiFO

MP-5.35

FISCALIZAR A

DA EXECUÇÃO

DA OBRA

É a tarefa mais complexa das atividades da DiFO, compreendendo uma rotina de vistoria diária das obras, sendo que ao longo do processo de construção é obrigatória a verificação e autorização expressa da Fiscalização em média de três serviços essenciais, cf. previsto nas especificações e/ou Normas Técnicas pertinentes, por etapa, sendo que uma obra é constituída de cerca de 15 etapas, gerando assim um total de 45 pontos de verificação para cada obra. INPUT: verificação da execução dos serviços contratados, baseado nos projetos e especificações OUTPUT: anotações no Diário de Obra e/ou comunicação à empresa no caso de não-conformidades

continua

78

MACRO PROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

DESCRIÇÃO

DiFO

MP-5.40

APROVAR

SERVIÇOS

Aprovar os serviços executados de acordo com as especificações e/ou Normas Técnicas, permitindo a continuidade dos serviços subseqüentes. INPUT: verificar a conformidade dos serviços OUTPUT: aprovação ou não dos serviços executados

DiFO

MP-5.45

RESOLVER

DÚVIDAS E/OU

ADEQUAÇÕES

DOS PROJETOS

O processo de esclarecimento de dúvidas pode levar a duas situações: - O esclarecimento não implica em aditamento de serviços e/ou quantidades, havendo continuidade dos trabalhos.

- O esclarecimento implica em aditamento de serviços e/ou quantidades, havendo necessidade de adequações de quantidades, serviços ou ambos, que necessita de autorização prévia do ordenador de despesa para a continuidade dos trabalhos.

- Observações: - Este processo implica no acionamento de setores externos à DiFO, ocasionando atrasos no cronograma até a resolução do problema.

- Muitas vezes ocorre a continuidade dos trabalhos após a autorização tácita pelo ordenador de despesa, para evitar atrasos no cronograma da obra.

INPUT: solicitação de esclarecimentos ou autorização de acréscimo de serviços/quantidades por parte do contratado OUTPUT: esclarecimento, com ou sem necessidade de aditamento ao contrato.

DiFO

MP-5.50

REPROVAR

SERVIÇOS E

SOLICITAR

CORREÇÕES

A fiscalização reprova os serviços executados, solicita a correção, indicando o problema identificado, volta a verificar se a correção foi feita, caso contrário notifica a empresa, podendo chegar à aplicação de penalização prevista em contrato, no caso de não atendimento às solicitações de correção dos serviços. INPUT: verificação de serviço não-conforme. OUTPUT: solicitar a correção de acordo com especificações e projeto.

continua

79

MACRO PROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

DESCRIÇÃO

EDF

MP-5.55

ESCLARECIMENTO

ESCR. DESENV.

FÍSICO - EDF

A DiFO encaminha o questionamento da empresa ao EDF para análise e manifestação. OBS.: este processo pode implicar na paralisação dos serviços dependentes, provocando atrasos no cronograma da obra.

DiEET

MP-5.60

ESCLARECIMENTO

DIV. ELÉTRICA E

TELECOM. DiEET

A DiFO encaminha o questionamento da empresa à DiEET para análise e manifestação. OBS.: este processo pode implicar na paralisação dos serviços dependentes, provocando atrasos no cronograma da obra.

DiFO

MP-5.65

EXECUTAR MEDIÇÕES

E LANÇAR NOTAS

FISCAIS NO SISTEMA

SERPRO (30/30DIAS)

A Fiscalização realiza a medição dos serviços executados pela contratada, verificando as quantidades realizadas, caso existam serviços de instalações elétricas/telefonia/lógica, encaminha para a DiEET se manifestar, e autoriza o pagamento caso todos os serviços estejam em conformidade, fazendo o lançamento no SIAFI. Este ciclo de atividades se repete a cada 30 dias. INPUT: recebimento de Boletim de Medição de Serviços executados. OUTPUT: aprovação da Medição e lançamento no SIAFI;.

continua

80

MACRO PROCESSOS DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

DESCRIÇÃO

DiFO

MP-5.75

INSERIR

INFORMAÇÕES DA

EVOLUÇÃO DA

OBRA NO

SISTEMA SIMEC

A Fiscalização de obra deve inserir informações no Sistema SIMEC do Ministério da Educação, sobre a evolução da obra, justificativas, valores pagos e fotos atualizadas. INPUT: Boletim de Medição OUTPUT: inserção de informações no SIMEC e sistemas de informação da Administração da UFSCar.

DiFO

MP-5.80

EMITIR TERMO DE

RECEBIMENTO

PROVISÓRIO

OBRA

Ao término da execução da obra, a Fiscalização emite o Termo de Recebimento Provisório, condicionado à execução de todos os serviços previstos nos projetos e especificações. INPUT: Recebimento e aprovação da última Medição da Obra OUTPUT: emissão de Termo de Recebimento Provisório

DiFO

MP-5.85

ENTREGAR OBRA

AOS USUÁRIOS

É feita a comunicação da conclusão da obra para a Administração e/ou interessado na edificação, indicando a disponibilidade da edificação para ocupação. INPUT: pagamento da última medição OUTPUT: comunicação oficial da entrega da obra à Administração Superior e/ou interessado.

81

4.4.2. MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E TELECOMUNICAÇÕES – DiEET A Divisão de Engenharia Elétrica e Telecomunicações – DiEET,

tem por atribuições e responsabilidades a operação e

manutenção dos sistemas infra-estruturais de eletricidade e

telecomunicações do campus, fiscalizar a execução de

instalações, desenvolver projetos e especificar as diretrizes

de projeto de instalações, coordenar o desenvolvimento de

projetos por terceiros, elaborar orçamentos, interagindo

fortemente com as atividades do Escritório de Desenvolvimento

Físico – EDF bem como nas atividades de projeto desenvolvidas

na FAI.UFSCar, desde sua concepção até a execução.

Assim apresentamos na Figura 4. 11, o dois conjuntos de

macroprocessos desenvolvidos na Divisão, o relativo a projetos

e o relativo à execução propriamente dita, vinculado ou não às

atividades da Divisão de Fiscalização de Obras.

Ainda em relação à Figura 4. 11: Macroprocessos Divisão de

Engenharia Elétrica e Telecomunicações, comentamos a seguir as

regiões nela indicadas:

Região D: delimita os macroprocessos relativos às

atividades de recepção de demandas, desenvolvimento de

projetos, orçamentos, especificações, encaminhamento ao

EDF para anexação ao projeto básico ou emissão de

requisição para a Pró-reitoria de Administração para

abertura de processo de licitação.

Região E: define os macroprocessos relativos à

fiscalização da execução de serviços ou obras de

instalações elétricas, de telefonia ou de lógica,

resolução de dúvidas, realização de medições de serviços

executados, lançamentos de informações nos sistemas SIAFI

e SIMEC, de forma independente ou mediante demanda da

Divisão de Fiscalização de Obras, conforme o escopo da

obra.

82

Figura 4. 11: Macroprocessos Divisão de Engenharia Elétrica e Telecomunicações

83

4.4.3. MACROPROCESSOS DA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS – SAF É a unidade da Prefeitura universitária responsável pelo

controle dos recursos disponibilizados e gastos da unidade,

obter cotações de materiais e serviços junto a potenciais

fornecedores, de modo a precisar o custo dos suprimentos

necessários à manutenção e outras atividades, encaminhar e

controlar as requisições de compras, receber materiais e

equipamentos, anotar e encaminhar as notas fiscais dos

fornecedores para pagamento.

Sendo uma unidade de gestão de recursos e suprimentos,

interage com todas as demais unidades da Prefeitura

Universitária.

Também é importante fornecedora de informações relativas às

despesas efetuadas, tanto para efeito de controle como para a

elaboração de relatórios de prestação de contas internos, tais

como: Conselho de Administração, Reitoria e Pró-Reitoria de

Administração, como para órgãos de controle da União.

Na Figura 4. 12: Macroprocessos Secretaria de Administração e

Finanças apresentamos os macroprocessos da unidade, observando

que possui uma forte interação com as unidades, que apresentam

as demandas e junto à Pró-Reitoria de Administração – PROAD,

que efetivamente realiza os processos licitatórios.

84

Figura 4. 12: Macroprocessos Secretaria de Administração e Finanças

85

4.4.4. MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE SERVIÇOS GERAIS - DiSG A Divisão de Serviços Gerais é responsável pela

disponibilização, fiscalização e gerencia dos seguintes

serviços de apoio e logística para a comunidade do campus:

- Limpeza;

- Vigilância;

- Portaria;

- Zeladoria de salas de aula;

- Urbanização;

- Transporte;

- Gerenciamento e Manutenção da Frota e

- Controle de Pragas.

Esse setor é impactado pela execução de obras no campus das

seguintes formas:

Aumento da área de limpeza;

Aumento da demanda por serviços de vigilância

patrimonial;

Aumento da demanda de serviços de apoio a aulas teóricas;

Aumento demanda de controle de pragas;

Aumento do esforço para contratação de serviços

continuados e

Aumento do esforço de fiscalização dos serviços

Estes serviços são solicitados pelo Prefeito Universitário e

são objeto de novas contratações ou aditamento de contratos

vigentes de mesma natureza.

Essas relações da DISG com obras novas estão apresentadas na

Figura 4. 13: Macroprocessos Divisão de Serviços Gerais.

86

Figura 4. 13: Macroprocessos Divisão de Serviços Gerais.

87

4.4.5. MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE MANUTENÇÃO – DiMan A Divisão de Manutenção desenvolve as atividades relativas à

manutenção da infra-estrutura, das instalações e de suas

edificações. Essas tarefas são executadas por administração

direta através de equipes compostas por servidores do quadro,

ou por administração indireta, que implica na contratação de

serviços especializados, de forma pontual ou continuada,

implicando nestes casos na elaboração de termos de referência,

especificações e previsão de custos, de modo a permitir a

abertura de processo licitatório.

Este setor é fortemente impactado pelo crescimento da

instituição, seja na operação e manutenção da infra-estrutura

existente, que já atingiu seu limite operacional, pelo

processo de envelhecimento das edificações e obsolescência de

suas instalações prediais, pela redução do quadro de pessoal

operacional.

Outro fator gerador de demanda é a adoção de tipologias

construtivas de difícil manutenabilidade e de alto risco de

ocorrência de eventos danosos, tais como: sistemas de

cobertura com uso de calhas em locais densamente arborizados

com alto risco de entupimento de calhas e bocais; elementos de

pouca durabilidade frente ao uso intensivo; elevadores de

baixa capacidade em locais de grande fluxo pessoas; elementos

de acabamento de difícil reposição sejam pelo seu custo, como

pela falta de disponibilidade no mercado; falta de sistemas de

segurança passivos, tais como: grades, caixilhos com vãos

menores, elementos que não permitam a sua escalada e outros.

Entendemos ser interessante a execução de relatório de

Avaliação Pós-Ocupação de edifícios com alto índice de ações

de manutenção, de forma a identificar e evitar a repetição de

soluções não-adequadas e onerosas para edificações públicas.

Apresentamos na Figura 4. 14 os macroprocessos da DiMan

relativos a obras novas ou reformas.

88

Figura 4. 14: Macroprocessos Divisão de Manutenção.

89

4.5. DETALHAMENTO DOS MACROPROCESSOS DA DIVISÃO DE

FISCALIZAÇÃO DE OBRAS - DiFO

Conforme premissa, iremos proceder somente ao detalhamento dos

macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras utilizando

a modelagem EPC – Event Driven Process Chain, Cadeia de

Processos Dirigida por Eventos, ficando em aberto a outros

estudiosos o desenvolvimento similar deste trabalho para

outras unidades da Prefeitura Universitária.

A modelagem detalhada dos processos envolvidos na execução de

uma obra permitirá:

A identificação de todas as atividades;

A validação dos processos junto a seus executores;

O registro formal desses processos;

Seu estudo e eventual proposição de melhorias e

Facilitação da inclusão de novos participantes nas

equipes.

Segundo XEXÉO (2006), o método de modelagem EPC é uma

simplificação do método ARIS, sigla para ARchitecture of

Integrated Information Systems, Sistemas de Informação de

Arquitetura Integrada, de grande aceitação, muitas vezes

associado à implantação de sistemas ERP. Neste método um

processo é modelado segundo uma cadeia de eventos e funções.

Ainda segundo XEXÉO, as primitivas para o desenvolvimento da

modelagem EPC são as seguintes:

Funções: representam atividades tangíveis, decisões,

processamento de informações, tarefas ou passos do

processo que precisam ser executadas; são possivelmente

iniciadas ou habilitadas por eventos; possivelmente geram

eventos; consomem recursos, exigem gerenciamento, tempo,

e atenção.

Eventos: representam situações, ou estados do sistema,

antes ou depois da execução de uma função; pode ser uma

90

pré-condição ou uma pós-condição para uma função e não

consome tempo nem recursos por si só.

Conectores Lógicos: permitem a unificação e separação de

fluxos segundo os conceitos de E, OU ou OU-exclusivo.

Apresentamos a seguir o Quadro 4. 3, com os símbolos

empregados na modelagem EPC, que serão empregados no decorrer

deste estudo.

Tipo Símbolo Definição

Evento

Um evento descreve uma

ocorrência que causa um

efeito (função)

Função

Uma função descreve uma

transformação (uma

mudança no estado do

sistema)

Conector XOR VV

Um conector estabelece

uma relação lógica entre

funções e eventos

Fluxo

Um fluxo descreve uma

relação lógica ou

temporal entre funções e

eventos

Caminho

Um caminho estabelece

uma relação entre

processos

Quadro 4. 3: Primitivas EPC

Fonte: XEXÉO (2006).

A seguir apresentamos o detalhamento da modelagem EPC dos

processos da Divisão de Fiscalização de Obras, da Figura 4.

15a até a Figura 4.14f, onde P significa Processo e o número

após o hífen a referência do processo.

91

Figura 4. 15a: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras

92

Figura 4.14b: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras

93

Figura 4.14c: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras

94

Figura 4. 14d: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras

95

Figura 4. 14e: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de

Fiscalização de Obras

96

Figura 4. 14f: Detalhamento dos Macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras

97

Analisando o diagrama EPC, ver Figura 4. 15, constatamos que

os procedimentos executados obedecem ao previsto em legislação

específica, orientações do Tribunal de Contas da União e

normas técnicas, não cabendo alterações dos procedimentos. Por

outro lado verificamos que as atividades de relacionamento

inter-unidades são fatores causadores de atraso, tornando-se

atividades alvo para melhoria da eficiência, potenciais tais

como:

aguardo de recebimento de cópias de documentos básicos

(contrato e termos aditivos), já tendo ocorrido demoras

de acima de 20 dias para recebimento da cópia do

contrato, sem a qual não é possível ao fiscal da obra

emitir a Ordem de Serviço;

aguardo de esclarecimentos de dúvidas: que podem se

originar na falta de dados no projeto, diferenças de

quantitativos, dados preliminares incorretos,

interferências de campo não identificadas e outros, isso

tudo somado ao excesso de demanda no setor de projetos

faz com que haja demora na resolução dos problemas, estes

atrasos podem ser superiores a 30 dias.

O esclarecimento de dúvidas torna-se um gargalo no processo de

fiscalização de obras à medida que impede a execução de

tarefas que dependam de sua definição, implicando em atraso na

entrega da obra, além de gerar custos adicionais, tanto pelo

consumo de horas adicionais em retrabalho como em custos

diretos decorrentes do acréscimo de serviços ou de

quantitativos.

98

4.6. ANÁLISE DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE NA

CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA NA UFSCAR

Neste item iremos a analisar o processo de Gestão-Execução-

Controle na construção de uma obra na UFSCar, empregando

algumas técnicas de análise de problemas, comumente conhecidas

como „Ferramentas da Qualidade‟ para a identificação de

problemas, levantamento de propostas de melhorias e

priorização de soluções, com o objetivo de implantar melhorias

nos processos e consequentemente da qualidade das obras na

UFSCar.

4.6.1. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NO PROCESSO DE ANÁLISE DA GESTÃO-EXECUÇÃO-CONTROLE DE OBRAS DA UFSCAR Nas análises deste trabalho empregaremos: Planilha de Obras

Executadas, Diagrama de Causa-Efeito, Brainstorming e Técnicas

de Priorização/Redução, tanto de problemas, como de propostas

de melhorias e de implantação.

A execução de uma obra na Universidade Federal de São Carlos é

um processo complexo, que envolve as seguintes principais

unidades funcionais da instituição:

Demandante: Reitoria, Centros Acadêmicos, Departamentos,

Docentes e Unidades Administrativas, ou seja,

praticamente toda a instituição pode apresentar demandas.

Escritório de Desenvolvimento Físico - EDF: unidade

responsável pelo desenvolvimento do projeto.

Pró-Reitoria de Administração- PROAD: setor responsável

pela alocação de recursos, autorização da realização da

licitação e realização do certame licitatório.

Procuradoria Jurídica – PJ: elaboração dos editais de

licitação e termos aditivos.

Prefeitura Universitária: unidade responsável pela

fiscalização da execução da obra contratada.

Como forma de compreender o relacionamento dessas unidades foi

elaborado um fluxograma funcional para uma obra nova ou

99

reforma na UFSCar, apresentado na Figura 4. 16: Fluxograma

Funcional AS-IS de uma obra na UFSCar.

Figura 4. 16: Fluxograma Funcional AS-IS de uma obra na UFSCar

100

Em complementação às informações do fluxograma da Figura 4. 16

podemos observar que o EDF é o receptor de todas as demandas

por obras, existe um excesso de demanda de projetos e que não

há uma priorização clara. Esse fluxograma é importante para

registrar o vínculo entre a execução de obra e o setor de

projetos, pois demonstra a interdependência das unidades e

permite visualizar o impacto e conseqüente gasto de recursos e

tempo para a execução de um termo aditivo, sendo uma das

causas da prorrogação de prazo de execução.

Analisando a Planilha de Obras Executadas entre janeiro/2007 a

dezembro/2008, ver ANEXO-16: Relação de obras concluídas na

UFSCar entre jan/2007 a dez/2008, construímos o Quadro 4. 4,

apresentado a seguir:

Informação Índice

Quantidade total de obras concluídas

54 obras

Quantidade total de obras com aditivo de valor

18 obras

Quantidade de obras que atrasaram

46 obras

% obras com aditamento de valor 33%

% obras com prorrogação de prazo 85%

Média % de atraso em relação ao previsto

29%

Quadro 4. 4: Quadro resumo de informações relativas às obras concluídas na UFSCar entre jan/2007 a dez/2008.

FONTE: Relatório da Divisão de Fiscalização de Obras

Analisando esses índices em conjunto com a equipe de

fiscalização de obras foram indicadas as seguintes principais

causas:

101

Projetos incompletos e/ou inclusos na obra: imprecisão de

dados, falta de interfaceamento de projetos, baixo nível

de detalhamento;

Demora na definição/ajuste/esclarecimentos: gerando

aditamentos de prazo e escopo;

Prazos Exíguos e/ou Insuficientes para execução;

Num processo de Brainstorming, também realizado junto aos

envolvidos com a fiscalização de obras, foram identificadas

ainda outras causas que levam a problemas de execução e

desempenho nas obras, apresentadas abaixo:

Quadro de servidores insuficientes;

Falta de Diretrizes de Projeto;

Falta de um sistema informatizado para controle das

obras;

Inexistência de um Fluxograma e Matriz de

Responsabilidades;

Como forma de aprofundar, identificar e relacionar esses

problemas foram desenvolvidos dois estudos do esforço de

fiscalização, desenvolvidos no item 4.6.2. ESFORÇO TRABALHO

RELATIVO AOS PROCESSOS DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS, e construído

um diagrama de causa-efeito focado nas obras que apresentaram

problemas de execução e desempenho potenciais, apresentamos na

Figura 4. 17, também construído em conjunto e validado pelos

integrantes da Divisão de Fiscalização e Obras.

4.6.2. ESFORÇO TRABALHO RELATIVO AOS PROCESSOS DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS Apresentamos a seguir dois estudos relacionados aos esforços

de fiscalização, com as seguintes características:

Obra Nova: construção de um departamento acadêmico, um

pavimento, estrutura convencional de concreto armado,

acabamento simples, instalações hidráulicas simples,

instalações de elétrica, dados e voz. Área de 1000 m2 até

1600 m2. Prazo Execução: 180 dias, ver Quadro 4. 5.

102

Obra de Reforma: reforma de dependências de um

departamento acadêmico, consistindo de reforma de

cobertura, reforma dos sanitários, adequações de redes

hidráulicas, alteração de lay-out interno, execução de

alvenarias, revestimentos, pisos e pintura. Área de até

400 m2. Prazo Execução: 120 dias, ver Quadro 4. 6.

Quadro 4. 5: Estimativa Esforço de Fiscalização – Obra Nova

OBRA NOVA - PRAZO 180 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA = 1000 até 1600 M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

180 MINUTOS HORAS

DEC. TOTAL

SERVIÇOS PRELIMINARES 5 0,00 0,00

LIMPEZA TERRENO 2 30 0,50 1,00

CANTEIRO DE OBRA 1 60 1,00 1,00

LOCAÇÃO 2 120 2,00 4,00

MOVIMENTO DE TERRA 10 0,00 0,00

CORTE/ATERRO 5 30 0,50 2,50

TRANSPORTE DE MATERIAL 5 30 0,50 2,50

COMPACTAÇÃO MECANIZADA 5 30 0,50 2,50

FUNDAÇÕES ESPECIAIS 24 0,00 0,00

LOCAÇÃO 1 120 2,00 2,00

EXECUÇÃO 20 30 0,50 10,00

ARRASAMENTO 3 15 0,25 0,75

INFRA-ESTRUTURA 35 0,00 0,00

ESCAVAÇÃO DE VALAS 3 30 0,50 1,50

ARMADURA 8 30 0,50 4,00

FORMAS 5 30 0,50 2,50

CONCRETAGEM 1 120 2,00 2,00

DESFORMA 2 30 0,50 1,00

TEMPO DE CURA 21 15 0,25 5,25

REATERRO 3 30 0,50 1,50

SUPERESTRUTURA 36 0,00 0,00

ARMADURA 10 30 0,50 5,00

FORMAS-ESCORAMENTO 10 30 0,50 5,00

CONCRETAGEM 1 120 2,00 2,00

TEMPO DE CURA 21 15 0,25 5,25

DESFORMA 4 30 0,50 2,00

VEDAÇÃO 36 0,00 0,00

MARCAÇÃO 1 150 2,50 2,50

ELEVAÇÃO 25 30 0,50 12,50

CINTAS E PILARETES 5 30 0,50 2,50

RESPALDO - ENCUNHAMENTO 5 90 1,50 7,50

ESQUADRIAS 11 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

INSTALAÇÃO ESQUADRIA 10 45 0,75 7,50

COBERTURA 7 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO TELHAS 1 45 0,75 0,75

VERIFICAÇÃO CALHAS RUFOS CONDUTORES

1 60 1,00 1,00

103

OBRA NOVA - PRAZO 180 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA = 1000 até 1600 M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

180 MINUTOS HORAS

DEC. TOTAL

MONTAGEM COBERTURA 5 45 0,75 3,75

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 8 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO REDES EXISTENTES 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO REDES EXTERNAS 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO PONTOS INTERNOS 1 120 2,00 2,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

VERIFICAR EXECUÇÃO 5 45 0,75 3,75

TESTES 1 120 2,00 2,00

INSTALAÇÕES ELÉTR-LÓGICA-TELEF 26 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO REDES EXISTENTES 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO REDES EXTERNAS 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO PONTOS INTERNOS 2 120 2,00 4,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 120 2,00 2,00

VERIFICAR EXECUÇAO 20 120 2,00 40,00

TESTES 3 120 2,00 6,00

IMPER E ISOLAÇÃO TÉRMICA 5 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 30 0,50 0,50

VERIFICAR EXECUÇÃO 2 45 0,75 1,50

TESTE ESTANQUEIDADE 2 45 0,75 1,50

REVEST. (PISOS/PAREDES/FORROS) 60 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

CHAPISCO 5 45 0,75 3,75

MASSA ÚNICA 20 45 0,75 15,00

REVESTIMENTOS-AZULEJOS 10 45 0,75 7,50

REGULARIZAÇÃO DE PISO 5 45 0,75 3,75

PISOS FUNDIDOS - GRANILITE 30 45 0,75 22,50

PISOS CERÂMICOS/VINILICOS 10 45 0,75 7,50

FORROS 10 45 0,75 7,50

VIDROS 6 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 30 0,50 0,50

VERIFICAR COLOCAÇÃO 5 45 0,75 3,75

PINTURA 36 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

PREPARO SUPERFICIES 5 30 0,50 2,50

PINTURA DE FUNDO 10 45 0,75 7,50

PINTURA DE ACABAMENTO 20 45 0,75 15,00

SERVIÇOS COMPLEMENTARES 10 0,00 0,00

CALÇADAS EXTERNAS 10 30 0,50 5,00

GRAMADOS 10 30 0,50 5,00

ÁRVORES 5 30 0,50 2,50

LIMPEZA INTERNA OBRA 10 30 0,50 5,00

LIMPEZA EXTERNA OBRA 5 30 0,50 2,50

EQUIPAMENTOS ESPECIAIS 30 0,00 0,00

ELEVADORES 30 20 0,33 10,00

COMPRESSORES 15 20 0,33 5,00

ALARMES 10 30 0,50 5,00

REGISTROS - INFORMAÇÕES - MEDIÇÕES

6 0,00 0,00

MEDIÇÕES 6 120 2,00 12,00

104

OBRA NOVA - PRAZO 180 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA = 1000 até 1600 M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

180 MINUTOS HORAS

DEC. TOTAL

LANÇAMENTO SISTEM SIAFI/SERPRO 6,00 20 0,33 2,00

DIÁRIO OBRA / COMUNICAÇÕES 168 20 0,33 56,00

INFORMAÇÕES INTERNAS - GRUPO OBRAS

24 15 0,25 6,00

SIMEC 6 40 0,67 4,00

QUANT. TOTAL DE HORAS DE FISCALIZAÇÃO OBRA 180 DIAS= 392,25

Nº MESES= 6,00

HORA/MÊS= 65,38

CARGA MENSAL

TRABALHO= 29,7%

Quadro 4. 6: Estimativa Esforço de Fiscalização – Obra de Reforma

OBRA REFORMA - PRAZO 120 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA: até 400M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

120 [MINUTOS] HORAS

DEC. TOTAL

SERVIÇOS PRELIMINARES 3 0,00 0,00

LIMPEZA TERRENO 1 30 0,50 0,50

CANTEIRO DE OBRA 1 60 1,00 1,00

LOCAÇÃO 1 120 2,00 2,00

MOVIMENTO DE TERRA 7 0,00 0,00

CORTE/ATERRO 4 30 0,50 2,00

TRANSPORTE DE MATERIAL 4 30 0,50 2,00

COMPACTAÇÃO MECANIZADA 3 30 0,50 1,50

FUNDAÇÕES ESPECIAIS 13 0,00 0,00

LOCAÇÃO 1 120 2,00 2,00

EXECUÇÃO 10 30 0,50 5,00

ARRASAMENTO 2 15 0,25 0,50

INFRA-ESTRUTURA 31 0,00 0,00

ESCAVAÇÃO DE VALAS 3 30 0,50 1,50

ARMADURA 4 30 0,50 2,00

FORMAS 4 30 0,50 2,00

CONCRETAGEM 1 120 2,00 2,00

DESFORMA 2 30 0,50 1,00

TEMPO DE CURA 21 15 0,25 5,25

REATERRO 3 30 0,50 1,50

SUPERESTRUTURA 30 0,00 0,00

ARMADURA 6 30 0,50 3,00

FORMAS-ESCORAMENTO 5 30 0,50 2,50

CONCRETAGEM 1 120 2,00 2,00

TEMPO DE CURA 21 15 0,25 5,25

DESFORMA 2 30 0,50 1,00

VEDAÇÃO 21 0,00 0,00

MARCAÇÃO 1 150 2,50 2,50

ELEVAÇÃO 14 30 0,50 7,00

CINTAS E PILARETES 3 30 0,50 1,50

RESPALDO - ENCUNHAMENTO 3 90 1,50 4,50

105

OBRA REFORMA - PRAZO 120 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA: até 400M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

120 [MINUTOS] HORAS

DEC. TOTAL

ESQUADRIAS 6 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

INSTALAÇÃO ESQUADRIA 5 45 0,75 3,75

COBERTURA 6 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO TELHAS 1 45 0,75 0,75

VERIFICAÇÃO CALHAS RUFOS CONDUTORES

1 60 1,00 1,00

MONTAGEM COBERTURA 4 45 0,75 3,00

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 8 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO REDES EXISTENTES 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO REDES EXTERNAS 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO PONTOS INTERNOS 1 120 2,00 2,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

VERIFICAR EXECUÇÃO 5 45 0,75 3,75

TESTES 1 120 2,00 2,00

INSTALAÇÕES ELÉTR-LÓGICA-TELEF 15 0,00 0,00

VERIFICAÇÃO REDES EXISTENTES 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO REDES EXTERNAS 1 120 2,00 2,00

MARCAÇÃO PONTOS INTERNOS 2 120 2,00 4,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 120 2,00 2,00

VERIFICAR EXECUÇAO 10 120 2,00 20,00

TESTES 2 120 2,00 4,00

IMPER E ISOLAÇÃO TÉRMICA 5 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 30 0,50 0,50

VERIFICAR EXECUÇÃO 2 45 0,75 1,50

TESTE ESTANQUEIDADE 2 45 0,75 1,50

REVEST. (PISOS/PAREDES/FORROS) 40 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 30 0,50 0,50

CHAPISCO 4 30 0,50 2,00

MASSA ÚNICA 15 30 0,50 7,50

REVESTIMENTOS-AZULEJOS 8 30 0,50 4,00

REGULARIZAÇÃO DE PISO 5 30 0,50 2,50

PISOS FUNDIDOS - GRANILITE 15 30 0,50 7,50

PISOS CERÂMICOS / VINILICOS 8 30 0,50 4,00

FORROS 5 30 0,50 2,50

VIDROS 3 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 30 0,50 0,50

VERIFICAR COLOCAÇÃO 2 45 0,75 1,50

PINTURA 19 0,00 0,00

VERIFICAR MATERIAIS 1 45 0,75 0,75

PREPARO SUPERFICIES 3 30 0,50 1,50

PINTURA DE FUNDO 5 45 0,75 3,75

PINTURA DE ACABAMENTO 10 45 0,75 7,50

SERVIÇOS COMPLEMENTARES 5 0,00 0,00

CALÇADAS EXTERNAS 5 30 0,50 2,50

GRAMADOS 5 30 0,50 2,50

ÁRVORES 2 30 0,50 1,00

LIMPEZA INTERNA OBRA 5 30 0,50 2,50

LIMPEZA EXTERNA OBRA 3 30 0,50 1,50

106

OBRA REFORMA - PRAZO 120 DIAS EDIF. DEPARTAMENTO ACADÊMICO ÁREA: até 400M2

DIAS FISCAL. DIARIA HORAS FISC.

120 [MINUTOS] HORAS

DEC. TOTAL

REGISTROS - INFORMAÇÕES - MEDIÇÕES

6 0,00 0,00

MEDIÇÕES 4 90 1,50 6,00

LANÇAMENTO SISTEMA SIAFI/SERPRO 4,00 20 0,33 1,33

DIÁRIO OBRA / COMUNICAÇÕES 120 20 0,33 40,00

INFORMAÇÕES INTERNAS - GRUPO OBRAS

16 15 0,25 4,00

SIMEC 4 40 0,67 2,67

QUANT. TOTAL DE HORAS DE FISCALIZAÇÃO

230,25

Nº MESES= 4,00

HORA/MÊS= 57,56

CARGA MENSAL= 26,2%

Considerando que em um mês são trabalhadas 220 horas, temos

uma equivalência de carga mensal de trabalho de 29,7% do tempo

de um engenheiro fiscal de obras, para uma obra de 180 dias e,

analogamente de 26,2% para obras de reformas de 120 dias, isto

implica em dizer que um engenheiro pode fiscalizar

adequadamente até 3 obras em concomitância, segundo o modelo

apresentado.

Os profissionais da Divisão de Fiscalização de Obras

argumentam que é possível realizar uma boa fiscalização de até

4 obras, pois nem todas têm o mesmo grau de dificuldade e/ou

complexidade e também pela questão da não-concomitância das

etapas que consomem maiores esforços da fiscalização, na

maioria dos casos.

Considerando que a equipe de fiscalização conta atualmente com

apenas 2 engenheiros do quadro de servidores efetivos, isto

implica em dizer que a capacidade máxima de fiscalização seria

de 8 obras concomitantes, além desse número a fiscalização

perde em qualidade, pois tem que reduzir o tempo e/ou a

freqüência das vistorias das obras.

As formas de contornar este problema são duas:

aumentar o número de engenheiros do quadro, que está fora

da governabilidade da instituição e/ou

107

contratar serviços de fiscalização de obras junto a

empresas especializadas, para as obras excedentes, que

implica em previsão destes custos no investimento da

obra.

O fato dos engenheiros fiscais de obras serem obrigados a

executar a fiscalização de um número de obras superiores ao

ideal traz como conseqüência problemas na execução e

desempenho da obra.

Apresentamos na Figura 4. 17: Diagrama de Ishikawa – Causa-

Efeito: Foco nos obras com problemas de execução e desempenho,

uma análise baseada no método de Ishikawa, variando

ligeiramente do original, no que diz respeito às causas

primárias, que foram levantadas num processo de brain-storming

e desenvolvidas em discussões.

108

Figura 4. 17: Diagrama de Ishikawa – Causa-Efeito: Foco nos obras com problemas de execução e desempenho

109

Avaliando a Figura 4. 17: Diagrama de Ishikawa – Causa-Efeito:

Foco nos obras com problemas de execução e desempenho, podemos

fazer uma correlação com os „Sete Desperdícios‟, conceituado

na Lean Manufactoring, citados por SILVA (2008), sendo que

encontramos diversos deles ocorrendo no processo de execução

de obras na UFSCar.

Principais

Desperdícios da

Produção em Massa

(Sete Desperdícios)

Correlação com o Processo de

Execução de Obras na UFSCar

Produção em excesso Grande impacto tanto nas equipes

de projeto como de fiscalização.

Espera

Atraso por falta de detalhamento

e demora na definição de ajuste

e/ou alteração, sendo um dos

gargalos da execução.

Transporte

Deslocamentos adicionais de

pessoas para reuniões de

trabalho para discussão de

ajuste e/ou negociações de

aditamentos e/ou supressão de

serviços.

Processamento

Falta de diretrizes claras de

projeto, de procedimentos, de

prazos e de responsabilidades.

Estoque

Levantamento de quantidades

imprecisos (por excesso e por

falta).

Movimentação

Falta de procedimentos

definidos, tramitação de

documentos e falta de

fluxograma.

Correção

Retrabalho, serviços rejeitados,

custos adicionais e insatisfação

dos usuários.

Quadro 4. 7: Sete Desperdícios da Produção versus Obras, adaptado de SILVA (2008)

110

Continuando o processo de avaliação dos problemas

identificados no Diagrama de Ishikawa na Figura 4. 17, foi

elaborada uma matriz de priorização, apresentada no Quadro 4.

8: Matriz B.A.S.I.C.O.: Problemas Gerais de Fiscalização de

Obras, conforme PEREIRA, esta técnica tem o objetivo de

relativizar e priorizar os problemas e seus impactos, de forma

a permitir o delineamento de ações que permitam a resolução ou

minimização desses problemas.

O método consiste em atribuir notas/pesos para cada um dos

problemas em relação às seguintes questões:

Benefícios para a Organização;

Abrangência de pessoas beneficiadas;

Satisfação interna;

Investimentos necessários;

Cliente, no nosso caso usuários/demandantes e

Operacionabilidade.

A escala adotada varia de 1 até 5, observando os critérios

apresentados junto ao Quadro 4. 8.

111

PROBLEMAS GERAIS DE FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

CRITÉRIOS

BENEFÍCIOS ABRANGÊNCIA SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNO

INVESTIMENTO REQUERIDO

CLIENTE EXTERNO SATISFEITO OPERACIONALIDADE

SCORE

PROBLEMAS B A S I C O INEXISTÊNCIA DE FLUXOGRAMA E MATRIZ DE RESPONSABILIDADES

3 3 4 5 2 5 22

QUADRO DE SERVIDORES INSUFICIENTES

5 4 4 1 2 2 18

PROJETOS INCOMPLETOS 5 5 5 2 2 2 21 FALTA DE DIRETRIZES DE PROJETO

4 4 4 3 3 3 21

ELEVADO NÚMERO DE ADITAMENTOS NOS CONTRATOS

5 5 5 4 4 3 26

PRAZOS EXÍGUOS PARA EXECUÇÃO DAS OBRAS

3 4 5 5 5 2 24

FALTA DE SISTEMA INFORMATIZADO PARA CONTROLE DAS OBRAS

3 4 3 4 2 3 19

Nota Benefícios Abrangência Satisfação interna Investimentos Cliente Operação

5 De vital importância

Total (de 70 a 100%) Muito grande Pouquíssimo

investimento

Impacto muito grande com o cliente

Muito fácil

4 Significativo Muito grande (de 40 a 70%) Grande Algum investimento Impacto grande Fácil

3 Razoável Razoável (de 20 a 40%)

Média Médio investimento Bom impacto Média facilidade

2 Poucos benefícios Pequena (de 5 a 20%)

Pequena Alto investimento Pouco impacto Difícil

1 Algum benefício Muito pequena Quase não é notada Altíssimo investimento

Nenhum impacto Muito difícil

Quadro 4. 8: Matriz B.A.S.I.C.O.: Problemas Gerais de Fiscalização de Obras

112

Analisando o Quadro 4. 8 podemos dizer que três problemas

impactam mais fortemente as atividades de fiscalização de

obras: o elevado número de aditamentos nos contratos, os

prazos exíguos para a execução das obras e insuficiência de

servidores na equipe de fiscalização, esta constatação é

corroborada pelos dados constantes no Quadro 4. 4. e através

do estudo do esforço de fiscalização apresentados no Quadro 4.

5 e no Quadro 4. 6.

Os outros problemas também podem ser considerados importantes,

visto que a faixa de variação da análise é relativamente

estreita, ficando entre 18 e 26, numa escala que permite uma

variação máxima de 6 a 30. Atribuímos essa pequena variação à

natureza e origem dos problemas, que se vinculam a projetos

pouco detalhados, baseados em informações incompletas e

imprecisas, que são constadas apenas durante a execução da

obra, obrigando o setor de projetos a fazer a sua revisão e

adequação através de termos aditivos.

Continuando com o mesmo procedimento de detalhamento dos

problemas elaboramos um novo Diagrama de Causa-Efeito, ver

Figura 4. 18, agora com foco no problema que apresentou a

maior pontuação, por entender que esse problema tem maior

importância visto que em 33% das obras houve aditamento de

valores e que em 85% foi necessária a prorrogação dos prazos

de execução, também em decorrência dos aditamentos, conforme

dados apresentados no Quadro 4. 4.

No Quadro 4. 9: Descrição Diagrama Ishikawa: Foco nos

Aditamentos, é feito um comentário detalhado da Figura 4. 18,

de modo a complementar as informações, pois consideramos ser o

principal fator de atrasos nas obras, além de seu impacto no

seu custo final.

113

Figura 4. 18: Diagrama de Ishikawa - Causa-Efeito: Foco nos Aditamentos

114

CAUSA PRINCIPAL

CAUSAS SECUNDÁRIAS DESCRIÇÃO

PROJETOS POUCO

DETALHADOS

PROGRAMA DE NECESSIDADES BÁSICO – PNB POUCO DETALHADO C-1

O processo de elaboração do PNB muitas vezes não é compreendido plenamente pelos clientes, por terem pouca familiaridade com a linguagem e leitura de elementos gráficos técnicos, sendo importante precisar os layouts no tocante a instalação de equipamentos, estes fatores acabam por gerar demandas e custos adicionais no decorrer da obra.

FALTA DE INTERFACEAMENTO DOS PROJETOS C-2

O interfaceamento dos projetos promove o desenvolvimento de soluções integradas, sua falta é notada principalmente nas falhas de desempenho, por não levar em conta experiências anteriores, compartilhamento de soluções, fatores limitantes, tanto físicos como financeiros, que facilitam os processos de ajustes e desenvolvimento dos projetos.

POUCO TEMPO PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PRELIMINARES, ANTEPROJETOS E PROJETOS EXECUTIVOS C-3

Há uma relação biunívoca entre o tempo para desenvolvimento de projetos e sua qualidade, que pode ser facilmente entendida pela citação de ADAMS (2008): “um litro d‟água não cabe num dedal, por mais rápido que você o despeje”.

PRAZOS EXÍGUOS

PRAZOS VINCULADOS EXECUÇÃO FINANCEIRA C-4

Devido ao elevado número de projetos pendentes, à sobrecarga de trabalho, prazo de execução financeira e tempo de desenvolvimento dos projetos, contabilizando um tempo total de atraso e deadline que condicionam a execução das obras dentro da sobra de tempo disponível, e não do tempo real necessário, de modo a adequar ao prazo de prestação de contas dos recursos.

PRAZOS POLÍTICOS C-5 FALTA DE DETALHAMENTO DO CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA C-6

Quadro 4. 9: Descrição Diagrama Ishikawa: Foco nos Aditamentos

continua

115

CAUSA PRINCIPAL

CAUSAS SECUNDÁRIAS DESCRIÇÃO

LEVANTAMENTO DE CAMPO IMPRECISOS

NÃO É FEITO ESTUDO DE SONDAGEM C-7

O levantamento de dados de campo é um fator critico para a localização, concepção, detecção de interferências, condicionantes, registro fotográfico, estudo de viabilidade, opções soluções técnicas, previsão de infra-estrutura, relação urbana e previsão de custos precisa, entre outros. Este trabalho, além de minuciosa vistoria do local, deve ser complementado por trabalhos técnicos complementares, tais como: levantamento planialtimétrico cadastral e sondagens de subsolo, entre os principais, devem ser executados em concomitância ao desenvolvimento do estudo de viabilidade. Podemos citar alguns exemplos das decorrências da não execução desses serviços antes da contratação das obras, todas levando a aditamento de serviços: Previsão incorreta da profundidade de fundações profundas;

Previsão incorreta de volumes de terraplenagem; Previsão incorreta de comprimentos de tubulações de infra-estrutura de água, esgoto e águas pluviais;

Impossibilidade de ligação de redes de esgoto por gravidade;

Interferências de natureza ambiental, tais como: árvores nativas e não-observância de distâncias de afastamentos de corpos d‟água;

Danos à infra-estrutura existente; Necessidade de desvio da infra-estrutura existente;

NÃO É FEITO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO C-8 VISTORIA DE CAMPO IMPRECISA (INFRAESTRUTURA E AMBIENTAL) C-9 INEXISTÊNCIA DE CADASTRO PRECISO DA INFRA-ESTRUTURA C-10

DIFERENÇA DE QUANTITATIVOS DE SERVIÇOS

IMPRECISÃO DE DADOS DE CAMPO C-12

FALTA DE TEMPO PARA REVISÃO DO ORÇAMENTO C-11

O tempo é um dos recursos mais escassos em todas a atividades e compromete a qualidade e precisão.

116

4.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 4

Neste capítulo transmitimos um panorama geral da organização,

detalhamos as estruturas organizacionais que estão mais

estritamente ligadas no processo de gestão da execução das

obras, que são: a Prefeitura Universitária, através da sua

Divisão de Fiscalização de Obras, responsável pela

fiscalização da execução e objeto principal de deste estudo, e

o Escritório de Desenvolvimento Físico, responsável pelo

desenvolvimento dos projetos e resolução de dúvidas ao longo

do processo de execução.

Descrevemos e modelamos os macroprocessos das unidades da

Prefeitura Universitária, com detalhamento aprofundado das

atividades da Divisão de Fiscalização de Obras, que é o objeto

principal deste trabalho, identificamos e analisamos os

principais problemas.

Foram utilizados os conceitos visitados no capítulo 2 e

empregadas algumas ferramentas da qualidade para a análise dos

problemas e sua priorização.

Neste processo de análise e priorização dos principais

problemas foram feitas diversas sugestões pelos integrantes da

fiscalização, que serão consideradas mais adiante neste

trabalho.

117

5. PROPOSTAS DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-

CONTROLE RELATIVOS A OBRAS NA UFSCAR

Neste capítulo serão elaboradas sugestões de melhorias nos

processos relacionados às atividades da gestão, execução e

controle relativos a obras na UFSCar, baseados nas análises

desenvolvidas no item 4.6. ANÁLISE DO PROCESSO DE GESTÃO-

EXECUÇÃO-CONTROLE NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA NA UFSCAR.

5.1. PROPOSTA DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-

CONTROLE VINCULADAS AO DIAGRAMA EPC DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO

DE OBRAS

Da análise do diagrama EPC, Figura 4. 15a: Detalhamento dos

Macroprocessos da Divisão de Fiscalização de Obras constatamos

que os procedimentos executados obedecem ao previsto em

legislação específica, orientações do Tribunal de Contas da

União e normas técnicas. Assim esse diagrama não deverá ter

suas atividades e eventos alterados, a variável que deve ser

melhorada são relativas às atividades que dependem de outros

setores, ou seja, nos momentos de recebimento de cópias de

documentos básicos (contrato e termos aditivos),

esclarecimentos de dúvidas, pois temos casos aonde esses

tempos chegam a ser superiores a 30 dias, implicando em atraso

tanto no início como na entrega da obra e durante a execução

pela empresa contratada, quando ocorre a não observância dos

cronogramas previstos em contrato, decorrente de causas

provocadas tanto pela própria contratada como por parte da

instituição.

Propomos que seja acordado entre os setores responsáveis pelas

atividades internas e externas ao processo, conforme o

seguinte:

Adoção e observância de prazos para encaminhamento de

documentos: sugere-se no máximo 1 dia útil após a

assinatura das partes, visto que apesar de serem

atividades de pouca agregação de valor, a documentação

constitui e valida os marcos legais para inicio das

relações entre as partes e rege o inicio formal da

118

execução das obras, tendo impacto no prazo de entrega da

obra.

Avaliação de pedidos de esclarecimentos: que seja feita

no período máximo de 2 dias úteis quanto à sua

pertinência e de prazo adicional máximo de 5 dias no caso

de necessidade de elaboração de termos aditivos. Esta

sugestão tem grande impacto na carga de trabalho dos

setores. A adoção deste regramento, qualquer que seja o

prazo estabelecido para resolução, representa grande

impacto no desenvolvimento dos trabalhos nas obras, sendo

comuns casos que justificam a prorrogação do prazo de

execução, com grandes impactos no planejamento geral da

instituição e dos usuários finais da edificação e também

nos custos das obras.

Criação de uma Matriz de Responsabilidades dos

Processos/Atividades inter-unidades: tendo por finalidade

o registro das responsabilidades dos envolvidos, tanto

dos atores internos à instituição como dos contratados,

formalizando as relações e permitindo a busca de

informações precisas ao longo do processo.

Prazos de execução: solicitar ao setor de projetos que

promova um planejamento mais detalhado dos prazos de

execução para as obras, o índice de 85% de obras

executadas em prazos superiores ao estimado não pode ser

atribuído somente a problemas de execução, verificamos a

recorrência de definição de prazos não factíveis, muitas

vezes vinculados aos prazos de execução financeira dos

projetos, desvinculados da realidade e/ou sem considerar

os custos adicionais decorrentes de produção forçada. A

melhoria das práticas de procedimentos de planejamento

permitirá observar de forma mais rígida os prazos de

execução previstos, juntamente com um maior esforço da

fiscalização de obras, tanto no acompanhamento do

cronograma, quanto na aplicação das penalidades previstas

em lei.

Observar a concomitância de obras e a disponibilidade de

absorção da equipe de fiscalização de obras, para poder

prever a necessidade de contratação ou não de serviços de

119

fiscalização complementares, com impacto no custo final

da obra, sendo essencial para a garantia da qualidade das

obras, sendo uma ação baseada em dados do planejamento

global das obras da instituição.

Estas sugestões têm o objetivo de eliminar tempo de espera,

que justifiquem atrasos na execução e entrega da obra e

garantia da qualidade das construções.

Não podemos deixar de mencionar a necessidade de promover

estudos similares de análise de processos nas unidades

participantes do processo global de planejamento e

desenvolvimento de projetos de obras, como forma motivar um

processo de melhoria global da qualidade dos processos

relacionados às obras na UFSCar.

5.2. PROPOSTA DE MELHORIAS DO PROCESSO DE GESTÃO-EXECUÇÃO-

CONTROLE VINCULADAS AOS DIAGRAMAS DE CAUSA-EFEITO

Os diagramas de causa-efeito, apresentados na Figura 4. 17 e

Figura 4. 18, bem como os comentários relativos ao Quadro 4.

8: Matriz B.A.S.I.C.O.: Problemas Gerais de Fiscalização de

Obras e Quadro 4. 9: Descrição Diagrama Ishikawa: Foco nos

Aditamentos, nos permitem a elaboração de um conjunto de

propostas de soluções que buscam minimizar os problemas

relativos a aditamentos, que por conseqüência deverão

minimizar a prorrogação dos prazos da obras e promover a

elaboração de projetos de maior completude técnica. Estas

propostas se complementam com as apresentadas no item anterior

e foram levantadas com a ajuda de integrantes da Divisão de

Fiscalização de Obras e incorporação da experiência decorrente

da gestão das atividades da Prefeitura Universitária e de suas

relações com o Escritório de Desenvolvimento Físico. As

propostas são as seguintes:

Conhecimento do diagrama EPC das atividades da

Fiscalização de Obras, desenvolvido neste trabalho, que

facilitará a compreensão e inserção de novos membros na

equipe de fiscalização;

120

Contratação de novos servidores e/ou colaboradores

temporários, considerando que o esforço de fiscalização

exigido e o quadro de servidores da Divisão de

Fiscalização de Obras, conforme demonstrado no Quadro 4.

5 e Quadro 4. 6, sendo que a instituição tem baixa

governabilidade desta alternativa, e/ou através da

contratação de consultorias especializadas tanto em

projetos como em fiscalização de obras, cujos custos

devem ser previstos ainda na etapa de planejamento,

dependendo da disponibilidade/capacidade da equipe de

fiscalização;

Elaboração e implantação de Diretrizes de Projeto, que

facilitarão as atividades tanto da Fiscalização como da

Manutenção e Operação das edificações;

Sistema informatizado para controle de obras, que

permitirá o registro e análise de informações das obras,

quanto ao seu desenvolvimento e custos, esta proposta é

parcialmente atendida pelo Sistema de Monitoramento de

Obras do Ministério da Educação – SIMEC;

Planejamento detalhado das obras, gerando prazos de

execução realistas e um cronograma detalhado da execução

da obra, conforme apresentado na Figura 5. 2, que deve

ser incluído no edital, e no Quadro 5. 7: Proposta Novo

Modelo de Cronograma Físico-Financeiro, que permitirá um

melhor acompanhamento de metas por parte da fiscalização

de obras e, caso necessário, a aplicação gradativa das

penalidades previstas em lei nos momentos de medição,

conforme proposto no Quadro 5. 8: Proposta de Modelo de

Controle de Medições X Cronograma Físico-Financeiro

Projetado X Executado;

Aumentar nível de detalhamento das demandas durante o

plano de necessidades básicas;

Prever tempo suficiente para desenvolvimento dos

projetos;

Promover reuniões de interfaceamento das equipes de

projeto;

Desenvolver um planejamento geral que contemple as

restrições de execução de ordem temporal, financeira e

121

políticas, para o desenvolvimento do projeto e execução

da obra;

Contratar empresa especializada para execução de um

levantamento cadastral e planialtimétrico do campus;

Elaborar lista de verificação de campo detalhada,

melhorando a precisão dos dados de campo;

Contratar serviços de topografia junto a empresas

especializadas;

Contratar serviços de sondagem junto a empresas

especializadas;

Promover a capacitação contínua dos profissionais em

metodologia e técnicas de orçamento e planejamento de

obras.

Desse conjunto de propostas, um grupo se destaca por ser

vinculada ao gargalo identificado neste trabalho, que são as

relacionadas ao aditamento de serviços e prazos nas obras.

Considerando a amplitude do conjunto de propostas, foi

elaborada uma matriz de relacionamento entre as causas

principais e causas secundárias da Figura 4. 18, sintetizado

no Quadro 5. 1., feito isto foi aplicado um método de

priorização, neste caso a matriz B.A.S.I.C.O., atribuindo

pesos diferenciados para os critérios, relacionados ao

aditamento, que é a atividade gargalo, conforme apresentado no

Quadro 5. 2.

122

SUGESTÕES DE MELHORIA

CAUSAS

PRINCIPAIS

CAUSAS SECUNDÁRIAS

AUMENTAR DETALHAMENTO

DAS DEMANDAS DURANTE

O PLANO DE

NECESSIDADES BÁSICAS

PREVER TEMPO

SUFICIENTE PARA

DESENVOLVIMENTO DOS

PROJETOS

PROMOVER REUNIÕES DE

INTERFACEAMENTO DAS

EQUIPES DE PROJETO

DESENVOLVER

CRONOGRAMA DETALHADO

DA EXECUÇÃO DA OBRA,

QUE DEVE SER INCLUÍDO

NO EDITAL

DESENVOLVER UM

PLANEJAMENTO GERAL

QUE CONTEMPLE AS

RESTRIÇOES DE

EXECUÇÃO FINANCEIRA E

POLÍTICAS

CONTRATAR EMPRESA

ESPECIALIZADA PARA

EXECUÇÃO DE UM

LEVANTAMENTO

CADASTRAL E

PLANIALTIMÉTRICO DO

CAMPUS

ELABORAR LISTA DE

VERIFICAÇÃO DE CAMPO

DETALHADA

CONTRATAR SERVIÇOS DE

TOPOGRAFIA DE EMPRESA

ESPECIALIZADA

CONTRATAR SERVIÇOS DE

SONDAGEM DE EMPRESA

ESPECIALIZADA

MELHORAR PRECISÃO DOS

DADOS DE CAMPO

ADOTAR E CAPACITAR OS

PROFISSIONAIS EM

METODOLOGIA E

TÉCNICAS DE ORÇAMENTO

PREVER TEMPO PARA

CONSTRUÇÃO DO

ORÇAMENTO

PROJETOS

POUCO

DETALHADOS

PROGRAMA DE NECESSIDADES BÁSICO POUCO DETALHADO

C-1

FALTA DE INTERFACEAMENTO DOS PROJETOS

C-2

POUCO TEMPO PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PRELIMINARES, ANTEPROJETOS E

PROJETOS EXECUTIVOS C-3

PRAZOS

EXÍGUOS

PRAZOS VINCULADOS EXECUÇÃO FINANCEIRA

C-4

PRAZOS POLÍTICOS C-5

FALTA DE DETALHAMENTO DO CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA

C-6

LEVANTAMENTO

DE CAMPO

IMPRECISOS

NÃO É FEITO ESTUDO DE SONDAGEM C-7

NÃO É FEITO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO C-8

VISTORIA DE CAMPO IMPRECISA (INFRAESTRUTURA E AMBIENTAL)

C-9

INEXISTÊNCIA DE CADASTRO PRECISO DA INFRA-ESTRUTURA

C-10

DIFERENÇA

DE

QUANTITA-

TIVO DE

SERVIÇOS

IMPRECISÃO DE DADOS DE CAMPO C-12

FALTA DE TEMPO PARA REVISÃO DO ORÇAMENTO

C-11

TIPO DE INTERAÇÃO/MELHORIA - FORTE - MÉDIA - FRACA

Quadro 5. 1: Relação Sugestões de Melhoria X Causas Principais e Secundárias do Diagrama de Ishikawa

123

O grau de relacionamento entre as sugestões e as causas,

apresentadas no Quadro 5. 1 já permitem uma identificação das

ações que apresentarão maior impacto para a redução do número

de aditamentos contratuais.

Nota-se uma clara correlação entre a necessidade de melhoria

da precisão do projeto, orçamento e planejamento, sem o que

não se conseguirá reduzir os aditamentos durante a fase de

execução das obras para a correção de falhas e ajustes.

124

CRITÉRIOS BENEFÍCIOS ABRANGÊNCIA

SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNO

INVESTIMENTO REQUERIDO

CLIENTE EXTERNO

SATISFEITO OPERACIONALIDADE SCORE

ii PN . SUGESTÕES

B Peso=3

A Peso=1

S Peso=1

I Peso=3

C Peso=1

O Peso=2

AUMENTAR DETALHAMENTO DAS DEMANDAS DURANTE O PROGRAMA DE NECESSIDADES BÁSICAS

3X3= 9

4x1= 4

3x1= 3

4x3= 12

4x1= 4

4x2= 8

40

PREVER TEMPO SUFICIENTE PARA DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS

5x3= 15

5x1= 5

5x1= 5

3x3= 9

5x1= 5

2x2= 4

43

PROMOVER REUNIÕES DE INTERFACEAMENTO DAS EQUIPES DE PROJETO

5x3= 15

4x1= 4

5x1= 5

3x3= 9

4x1= 4

3x2= 6

43

DESENVOLVER CRONOGRAMA DETALHADO DA EXECUÇÃO DA OBRA, QUE DEVE SER INCLUÍDO NO EDITAL

3x3= 9

5x1= 5

5x1= 5

4x3= 12

4x1= 4

3x2= 6

41

DESENVOLVER UM PLANEJAMENTO GERAL QUE CONTEMPLE AS RESTRIÇOES DE EXECUÇÃO FINANCEIRA E POLÍTICAS

5x3= 15

5x1= 5

5x1= 5

3x3= 9

4x1= 4

2x2= 4 42

CONTRATAR EMPRESA ESPECIALIZADA PARA EXECUÇÃO DE UM LEVANTAMENTO CADASTRAL E PLANIALTIMÉTRICO DO CAMPUS

5x3= 15

5x1= 5

5x1= 5

3x3= 9

3x1= 3

2x2= 4

41

ELABORAR LISTA DE VERIFICAÇÃO DE CAMPO DETALHADA

4x3= 12

5x1= 5

5x1= 5

4x3= 12

3x1= 3

4x2= 8

45

CONTRATAR SERVIÇOS DE TOPOGRAFIA DE EMPRESA ESPECIALIZADA

4x3= 12

4x1= 4

5x1= 5

4x3= 12

2x1= 2

4x2= 8

43

CONTRATAR SERVIÇOS DE SONDAGEM DE EMPRESA ESPECIALIZADA

4x3= 12

4x1= 4

5x1= 5

4x3= 12

2x1= 2

4x2= 8

43

MELHORAR PRECISÃO DOS DADOS DE CAMPO

4x3= 12

5x1= 5

5x1= 5

4x3= 12

4x1= 2

4x2= 8

44

ADOTAR E CAPACITAR OS PROFISSIONAIS EM METODOLOGIA E TÉCNICAS DE ORÇAMENTO

4x3= 12

5x1= 5

5x1= 5

3x3= 9

2x1= 2

3x2= 6 39

PREVER TEMPO PARA CONSTRUÇÃO DO ORÇAMENTO

5x3= 15

5x1= 5

5x1= 5

3x3= 9

2x1= 2

2x2= 4

40

Quadro 5. 2: Matriz B.A.S.I.C.O.: Sugestões Específicas Relativas a Aditamentos

125

Nota Ni

Benefícios Abrangência Satisfação interna

Investimentos Requeridos

Cliente Operaciona-

lidade

5 De vital

importância Total

(de 70 a 100%) Muito grande

Pouquíssimo investimento

Impacto muito grande com o

cliente Muito fácil

4 Significativo Muito grande (de 40 a 70%)

Grande Algum

investimento Impacto grande

Fácil

3 Razoável Razoável

(de 20 a 40%) Média

Médio investimento

Bom impacto Média

facilidade

2 Poucos

benefícios Pequena

(de 5 a 20%) Pequena

Alto investimento

Pouco impacto Difícil

1 Algum

benefício Muito pequena

Quase não é notada

Altíssimo investimento

Nenhum impacto

Muito difícil

Quadro 5. 3: Discriminação das Notas adotadas na Matriz B.A.S.I.C.O.

Critério Peso Pi

Justificativa

Benefícios 3 Tem o maior valor da escala adotada por considerar os benefícios na adoção da proposta de melhoria

Abrangência 1 Tem peso unitário por considerarmos que a nota em si já traduz a importância da abrangência

Satisfação Interna 1 Tem peso unitário por considerarmos que a nota em si já traduz a importância da satisfação interna

Investimentos 3 Tem o maior valor da escala adotada por ser um dos fatores limitantes para a implantação.

Cliente 1 Tem peso unitário por considerarmos que a nota em si já traduz a importância do cliente

Operacionalidade 2 Tem valor intermediário na escala adotada por considerarmos importante a diferenciação da implantação da proposta

Quadro 5. 4: Discriminação dos Pesos adotados na Matriz B.A.S.I.C.O.

126

No Quadro 5. 3 e Quadro 5. 4, apresentamos os critérios para

as notas e pesos adotados na composição da matriz

B.A.S.I.C.O..

Analisando o Quadro 5. 1 em conjunto com o Quadro 5. 2

verificamos que a faixa de variação do score das sugestões

varia de 39 a 45 pontos, numa escala que tem como limite

inferior 11 e superior 55 pontos, assim podemos dizer que

todas as sugestões são importantes para a redução do número de

aditamentos em obras, ficando a implantação restrita à

disponibilidade de recursos para investimento, salientando que

os recursos necessários para a contratação desses serviços

e/ou consultorias devem ser previstos na etapa de

planejamento.

Salientamos que caso não sejam observadas essas necessidades,

será mantida a situação atual de imprecisão de dados

fundamentais para o desenvolvimento dos projetos, propagando

erros e imprecisões que necessitarão ser corrigidos através de

aditamentos no decorrer da obra.

No Quadro 5. 5: Matriz de Responsabilidades dos

Processos/Atividades Críticas Inter-Unidades, apresentado a

seguir, são relacionadas às atividades inter-unidades, seus

responsáveis, as ações esperadas e prazo ou freqüência de

execução, que são consideradas críticas em razão de:

poder impactar a execução da obra;

provocar e justificar atrasos na entrega;

serem obrigações legais;

promover a integração das equipes;

registrar as experiências e

permitir e induzir a melhoria da qualidade das obras.

127

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES DOS PROCESSOS/ATIVIDADES CRÍTICAS INTER-UNIDADES PROCESSO/ATIVIDADE RESPONSÁVEL AÇÃO PRAZO ou FREQUÊNCIA

Encaminhamento contratos assinados e cópias proposta comercial da empresa

PROAD ou FAI.UFSCAR

Encaminhar cópias do contrato e proposta comercial da empresa para a Divisão de Fiscalização de Obras - DiFO

Máximo 2 dias úteis após assinatura

Esclarecimentos de projetos executivos

EDF e/ou DiEET

Análise, emissão de parecer e encaminhamento de cópia para a DiFO

Máximo 4 dias úteis a partir do protocolo no setor

Pedido de Aditamento de ordem técnica ou quantitativos

EDF Análise, emissão de parecer e encaminhamento de cópia para a DiFO

Máximo 4 dias úteis a partir do protocolo no setor

Pedido de Aditamento de prorrogação decorrente de intemperismo

DiFO

Análise, emissão de parecer e encaminhamento do pedido de prorrogação à PROAD

Máximo 10 dias úteis a partir do protocolo no setor

Projeto: Prazo Execução Obra

EDF Adoção de prazos realistas

Toda obra

Projeto: Cronograma Físico-Financeiro Detalhado

EDF

Elaboração de cronograma executivo detalhado, que permita a cobrança de metas da empresa contratada de forma precisa

Obras de maior vulto ou estratégicas

FEEDBACK

DiFO e DiEET e DiMan e EDF

Reunião para troca e formalização de feedback entre as equipes de projeto, fiscalização de obra e manutenção

Em dois momentos: - no decorrer da obra e - no máximo 15 dias do término da obra

Diário de Obras DiFO

Manter registro atualizado das principais ocorrências, e trabalhos em execução e eventuais problemas.

Diário

Quadro 5. 5: Matriz de Responsabilidades dos Processos/Atividades Críticas Inter-Unidades

128

O Quadro 5. 5 propõe um elemento novo no processo de gestão de

obras na UFSCar, que é a formalização de uma Matriz de

Responsabilidades, ela busca estabelecer os responsáveis por

processos/atividades que são consideradas críticas e, além

disso, estabelece prazos ou freqüências para a sua realização.

Podemos afirmar que seria o início da implantação de

princípios de qualidade no processo, por estabelecer um

regramento, tempos de resposta, registro de experiências,

feedback e integração dos participantes no processo, podendo

ser entendido como um alinhamento das forças corporativas e de

seus de vetores de influência, que pode ser exemplificado pela

Figura 5. 1.

Esta proposta depende da aceitação dos envolvidos ou através

de determinação feita por instância superior às unidades.

Figura 5. 1: Forças Corporativas e seus vetores de influência

Fonte: BOTAFOGO (2009).

129

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES INTER-UNIDADES

= APROVA = EXECUTA = CONTROLA

PRINCIPAIS

PROCESSOS

OU

ATIVIDAES

RESPONSÁVEIS

PREFEITURA UNIVERSITÁRIA – PU

PU & EDF

ESCRITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO - EDF

PREFEITO

UNIVERSITÁRIO

DIRETOR

DIVISÃO DE

FISCALIZAÇÃO

DE OBRAS

ENGENHEIRO

FISCAL DE

OBRAS

DIRETOR

DIVISÃO DE

ENGENHARIA

ÉLÉTRICA E

TELECOM.

DIRETOR

ESCRITÓRIO DE

DESENVOLV.

FÍSICO

DIRETOR

DIVISÃO

PROJETOS

DIRETOR

DIVISÃO

ENGENHARIA

EMITIR ORDEM DE SERVIÇO PARA INÍCIO DA OBRA

FISCALIZAR OBRA

EXECUTAR MEDIÇÕES

INSERIR INFORMAÇÕES SIAFI

INSERIR INFORMAÇÕES SIMEC

ESCLARECER DÚVIDAS DE PROJETO E/OU DE EXECUÇÃO

RECEBER SOLICITAÇÃO DE ADITAMENTOS

ENCAMINHAR PEDIDOS DE ADITAMENTO PARA PRORROGAÇÃO DE PRAZOS DEVIDO A INTEMPERISMO

ENCAMINHAR PEDIDOS DE ADITAMENTO PARA PRORROGAÇÃO DE PRAZOS E/OU VALORES, DECORRENTES DE ALTERAÇÕES TÉCNICAS (PROJETO E/OU QUANTITATIVOS E/OU MATERIAIS)

EMITIR TERMO RECEBIMENTO PROVISÓRIO DA OBRA

ENTREGAR OBRA AOS USUÁRIOS

Quadro 5. 6: Matriz de Responsabilidades Inter-Unidades

130

O Quadro 5. 1 propõe a formalização das responsabilidades dos

atores envolvidos no processo, sejam da Prefeitura

Universitária, sejam do Escritório de Desenvolvimento Físico,

sendo que as tarefas devem ser executadas conforme os padrões

estabelecidos, tanto pela sua criticidade, conforme Quadro 5.

5, como em razão da periodicidade estabelecida pela legislação

e contrato da obra.

Podemos identificar que a Divisão de Engenharia Elétrica e

Telecomunicações participa tanto das responsabilidades de

fiscalização como de esclarecimento de dúvidas de projeto,

visto que participa também da sua elaboração.

Considerando a importância de instrumentalizar a fiscalização

de obras com um cronograma detalhado, que deve ser parte

integrante do edital, que permita acompanhar a evolução da

obra de forma mais precisa e, ao mesmo tempo, garantir que o

planejamento da obra considere prazos realistas, apresentamos

a seguir na Figura 5. 2 uma proposta do grau de detalhamento

que criaria melhores condições de trabalho, tanto da

fiscalização como das empresas contratadas para a execução a

obra.

131

Figura 5. 2a: Proposta de Cronograma Detalhado de Execução de Obra (simulação) - gráfico de Gantt

132

Figura 5. 2b: Proposta de Cronograma Detalhado de Execução de Obra (simulação) - gráfico de Gantt - continuação

133

O cronograma detalhado das etapas de execução de uma obra,

conforme Figura 5. 2, permite à equipe de fiscalização da obra

exercer a cobrança de metas e, eventual penalização, ao longo

de todo o tempo de execução, além disso, demonstra que houve o

devido cuidado no planejamento da execução, reduzindo a

possibilidade de erros e adoção de tempos de execução muito

curtos, que implicam em custos adicionais, que comumente não

são considerados nos orçamentos, tais como: segundo-turno,

horas-extras, adicional noturno, transporte de pessoal e

outros.

Este detalhamento do cronograma também permite à equipe de

fiscalização identificar a possibilidade de atender a novas

demandas ou se haverá necessidade de solicitar a contratação

de serviços complementares, pois o esforço de fiscalização

varia ao longo da execução de uma obra.

Ainda como forma de auxiliar as tarefas da fiscalização de

obras, se propõe a adoção de um modelo de cronograma de

físico-financeiro, de uma obra fictícia com duração de 180

dias, conforme Quadro 5. 7 e Quadro 5. 8, que devem ser parte

integrante do edital, explicitando os percentuais a serem

executados, calculados de acordo com o cronograma detalhado da

execução da obra, já prevendo o seu uso como no processo de

aferição e medição dos serviços executados. Salientamos que

esses cronogramas deverão vincular-se ao planejamento da

execução da obra, de onde se originam os prazos e percentuais

a serem executados.

134

Proposta de Novo Modelo de Cronograma Físico-Financeiro

Quadro 5. 7: Proposta Novo Modelo de Cronograma Físico-Financeiro Baseado em Cronograma

Detalhado (simulação)

Proposta de Modelo de Controle de Medições X Cronograma Físico-Financeiro Projetado X Executado

135

Quadro 5. 8: Proposta de Modelo de Controle de Medições X Cronograma Físico-Financeiro

Projetado X Executado (simulação)

OBSERVAÇÃO: ESTE FORMULÁRIO DEVE SER PREENCHIDO E ENTREGUE À FISCALIZAÇÃO PELA EMPRESA CONTRATADA, JUNTO COM A PLANILHA DE MEDIÇÃO DETALHADA, COMO FORMA DE OBRIGAR A EMPRESA A DETECTAR EVENTUAIS PROBLEMAS E ATRASOS NA EXECUÇÃO, BEM COMO MELHORAR SEU DESEMPENHO E MÉTODOS DE CONTROLE.

136

O Quadro 5. 7 e o Quadro 5. 8, em conjunto com um cronograma

de execução detalhado, permitem à fiscalização da obra o

exercício pleno do acompanhamento da execução da obra e seu

término dentro do prazo previsto, além de servir como alerta

quando da constatação de atrasos em relação ao programado e,

eventualmente, como instrumento para a eventual penalização da

empresa executora da obra, gerado pelo próprio contratado.

137

5.2. DISCUSSÃO

O trabalho foi desenvolvido buscando observar uma estruturação

lógica, esboçada inicialmente na Figura 1. 2, e seguindo esse

plano, desenvolveu-se e aprofundou-se gradualmente na questão

em estudo, com a aplicação de diversos conceitos e

ferramentas, abordadas no capítulo 2.

Adicionalmente na Figura 5. 3 uma visão geral da

caracterização do problema e na Figura 5. 4 a visão geral das

propostas de melhoria dos processos, de forma a especificar a

contribuição do trabalho.

Importante salientar que foram feitas variações na amplitude

dos pesos adotados nas análises do Quadro 5. 2, na tentativa

de validar os resultados, em um processo similar aos

empregados na análise de sensibilidade de modelos,

verificando-se a manutenção do agrupamento das propostas. Esse

comportamento pode evidenciar que todas as ações propostas têm

semelhantes graus de importância e de impactos.

Ainda na seção 4.4.2, foi elaborada uma estimativa do esforço

de fiscalização com o objetivo de permitir um dimensionamento

apropriado da equipe de fiscalização versus o volume de obras,

bem como frequentes manifestações relativas ao excesso de

carga de trabalho por parte da Divisão de Fiscalização de

Obra, que podem ocasionar problemas que serão detectados

apenas na ocupação, causando transtornos aos usuários e via de

regra de correção mais trabalhosa.

As buscas por trabalhos afins, relativos ao tempo ou esforço

de trabalho de fiscais de obra não encontraram êxito, tanto na

literatura referente a planejamento e controle de obras na

construção civil, como em consulta feita junto a outros órgãos

de Instituições de Ensino Superior, constante nos Anexos 17,

18 e 19. Foram encontradas duas únicas abordagens referentes

ao esforço de fiscalização, vinculadas ao seu custo e rateio,

que são apresentadas a seguir:

138

Custo indireto da obra: como sendo um dos itens

componentes de despesas indiretas da Administração, assim

como custos de contabilidade, elaboração de folha de

pagamento, secretaria, aluguéis, equipamentos de

informática, comunicação e outros. Estes custos são

rateados entre as obras, de acordo com o volume de obras,

contudo não foram encontrados indicadores do tipo: número

de obras por engenheiro ou área de obra por

engenheiro/fiscal ou outros.

Custo direto da obra: neste caso o esforço e fiscalização

é computado diretamente no custo da obra, quando se

considera a presença contínua de um fiscal que tem por

atribuição a observação do projeto e qualidade da

execução, como forma de garantir ao investidor a execução

da totalidade do projetado e a qualidade da execução,

neste caso o esforço de fiscalização seria de no mínimo

uma obra por fiscal, aumentando o número de fiscais por

obra conforme a especialidade do serviço em execução,

sendo comum a necessidade da presença de pelo menos dois

profissionais de engenharia (civil e elétrica).

Considerando que as atividades de fiscalização de obras no

setor público são muito importantes, pois trata-se da gestão

da aplicação de recursos da sociedade, buscamos informações

junto a outras instituições de ensino do sistema federal, de

mesmo porte e maiores, através de consulta sobre o volume de

obras realizado e equipe de fiscalização empregada, contudo

não recebemos retorno de nenhuma delas sobre seus

procedimentos, tendo aguardado perto de um mês por alguma

manifestação. Assim não podemos afirmar categoricamente que a

relação estimada neste trabalho de quatro obras por

engenheiro, conforme a sua complexidade e área total máxima em

torno de 5000 m2 (área média de 1250 m2/obra), é usual ou não

no âmbito do setor público.

139

Figura 5. 3: Visão Geral da Caracterização do Problema

140

Figura 5. 4: Visão Geral das Propostas de Melhorias nos Processos

Na Figura 5. 3 temos delimitada a região F, que contém os

principais macroprocessos relativos aos objetivos do trabalho,

nas etapas de estudo, detalhamento e análises. Já na Figura 5.

4, a região G contém os macroprocessos onde foram elaboradas

sugestões de melhoria com as causas e a priorização das

sugestões. A região H consiste na sistematização das

propostas. Todas discutidas no capítulo 5.

141

Quanto à metodologia da pesquisa-ação, na qual este trabalho

foi desenvolvido, apresentamos no Quadro 5. 9, que foi

adaptado de KRAFTA et al. (2007) e do proposto no item 1.4

deste trabalho, um demonstrativo das principais etapas do

método, técnicas e tempo de execução.

FASE DO ESTUDO TÉCNICAS UTILIZADAS PERÍODO DE EXECUÇÃO

Fase Exploratória

Elaboração da Proposta de Trabalho (Monografia)

Entrevistas Observação Análise do material inicial MPN – macroprocessos

Agosto/2009 A

Setembro/2009

Fase Planejamento

Definição problemas prioritários

Detalhamento dos macroprocessos

Ferramentas de Análise Proposição de Melhorias Elaboração dos textos e análises

Outubro/2009 A

Abril/2010

Fase de Ação

Conclusão do Trabalho (Monografia)

Maio/2010

Divulgação do trabalho junto às unidades envolvidas

Negociação entre as partes envolvidas

Implementação das propostas em caráter experimental

A partir de julho/2010

Fase de Avaliação

Verificar os resultados Promover ajustes Ampliar a experiência a outras unidades.

Quadro 5. 9: Fases e técnicas utilizadas na pesquisa

Fonte: adaptado de KRAFTA et al. (2007)

O Quadro 5. 9 busca representar as fases teóricas da pesquisa-

ação com as etapas efetivamente percorridas no desenvolvimento

deste trabalho, explicitamos que as fronteiras indicadas são

muito tênues, tendo ocorrido alguns „saltos‟ e „retornos‟

decorrentes de ajustes ao longo do tempo, necessários para a

coerência do trabalho. Observamos ainda que as fases de Ação e

142

Avaliação ainda não se encontram concluídas, por ultrapassarem

o escopo e temporalidade proposta inicialmente neste trabalho.

5.3. RELAÇÃO COM OS DEMAIS PROCESSOS

As atividades de fiscalização de obras envolvem, além das

atividades técnicas diretamente vinculadas à execução dos

serviços, a participação concomitante dos seguintes setores da

instituição e usuários:

Reitoria, Pró-Reitorias e Administração Superior, em

relação ao alcance dos objetivos planejados, captação de

recursos e garantia de condições adequadas de

funcionamento da instituição.

Pró-Reitoria de Administração - ProAd, responsável pela

autorização da despesa, aditamentos referentes à obra e

ao acréscimo de serviços de apoio (segurança, limpeza,

manutenção predial, urbanização e outros), articulador da

área financeira, contábil e jurídica do processo da obra.

Setor Financeiro e Setor Contábil, pertencentes à ProAd,

para a execução dos pagamentos das medições e verificação

de quitação de tributos e demais obrigações.

Setor de Convênios, pertencente à ProAd, responsável pela

prestação de contas junto aos órgãos federais, às

agências financiadoras e outros tipos de fontes de

recursos.

Procuradoria Jurídica, vinculada à Advocacia Geral da

União – AGU, executando serviços junto à UFSCar,

relativos à execução contratual, confecção de termos

aditivos e aplicação de penalidades, conforme o caso.

Escritório de Desenvolvimento Físico - EDF, tanto nos

processos de obras já contratadas, como no planejamento

geral das obras dos campi, gerenciando o desenvolvimento

de projetos executivos e projetos para captação de

recursos junto a órgãos de fomento.

Setores de Arquitetura e de Engenharia, pertencentes ao

EDF ou FAI.UFSCar, para a promoção de ajustes técnicos no

decorrer da execução das obras, com influência direta no

143

prazo e custo da obra, bem como nos casos de aditamento

de serviços.

Interfaceamento junto aos usuários, tanto durante a

execução, através de visitas às obras, como na pós-

ocupação, na busca de solução de eventuais problemas de

funcionamento/uso da edificação.

Setores de manutenção civil, manutenção elétrica e

limpeza, vinculados à Prefeitura Universitária – PU, que

executará os serviços de manutenção e da operacionalidade

da edificação, vinculado diretamente aos tipos de solução

adotados pelo projeto, sendo altamente desejável a adoção

de padrões de materiais e componentes, com vistas a

facilitar as ações de manutenção e implicações nos custos

operacionais.

Setor de segurança, vinculado à PU, que será mais ou

menos impactado, conforme a concepção arquitetônica da

edificação, no caso de necessidades especiais de

segurança, tais como sistemas de alarme, estes custos

devem ser incluídos no custo da obra e no caso de

vigilância orgânica o custo da contratação de postos de

vigilância, representam grande impacto financeiro, que

deveriam ser submetidos previamente ao ordenador de

despesa, sob risco de não ter a necessidade atendida,

elevando os riscos ao patrimônio.

Portanto, as propostas deverão ser apresentadas, discutidas e

negociadas com essas unidades, em consonância com a

metodologia da pesquisa-ação, correspondendo às fases de ação

e de avaliação, mostradas no Quadro 5. 9.

144

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo identificado e registrado todos os macroprocessos da

Prefeitura Universitária, relacionados à execução de obras na

UFSCar, bem como executado análises para a identificação dos

principais gargalos e proposição de melhorias, podemos

considerar que os objetivos gerais deste trabalho, declarados

no item 1.3.1, foram atingidos.

Avaliando agora os objetivos específicos, apresentados no item

1.3.2., entendemos que:

os macroprocessos relativos à execução de obras na

UFSCar foram mapeados, conforme se observa no capítulo 4

do trabalho;

a caracterização do problema foi realizada de forma

abrangente e detalhada, permitindo o conhecimento dos

processos, seus problemas e elaboração de análises;

a base conceitual da Modelagem de Processos de Negócios

foi estudada e empregada em todas as etapas deste

trabalho;

os estudos de caso apresentados aplicaram a MPN de forma

diferenciada, com o objetivo de validar as diferenças de

métodos/detalhamento;

o detalhamento dos processos de execução de obras na

UFSCar foi elaborado;

os processos de análise, foram desenvolvidos de forma

sistemática, com uso de ferramentas simples e de fácil

compreensão por pessoas externas ao processo;

os inter-relacionamentos das unidades, bem como sua

intensidade e criticidade foram identificados e

que foram propostas diversas melhorias que objetivam o

aumento da eficiência do processo, de forma global, com

redução do lead time e de recursos, tanto humanos como

financeiros.

Desta forma, entendemos que o trabalho atingiu os objetivos

propostos.

145

Com relação às principais contribuições deste trabalho,

destacamos os seguintes tópicos:

registrar formalmente os processos, permitindo seu

conhecimento e facilitação da inserção de novos

colaboradores;

estimar/sugerir prazos de processamento para alguns dos

processos/atividades de unidades envolvidas, tais como:

esclarecimentos e tramitação de documentos, salientando

que este procedimento pode ser estendido às demais

unidades da instituição;

propor a adoção de uma Matriz de Responsabilidades, dando

clareza às relações e responsabilidades dos diversos

atores envolvidos, permitindo a rastreabilidade ao longo

do processo, entendemos que esta proposta também possa

ser adotada pelas demais unidades da instituição;

explicitar mais detalhadamente o cronograma de execução

da obra, indicando todas as principais tarefas, de forma

a calcular o prazo de execução o mais próximo do real o

possível, dando maior credibilidade ao planejamento;

estimar o esforço de fiscalização de uma obra e, por

consequência, identificar a quantidade de obras que a

equipe de fiscalização tem condições de fiscalizar

eficientemente.

e por último ratificar que, quanto maior for o nível de

detalhamento dos projetos, menores serão as ocorrências

de problemas durante a execução das obras.

Entendemos que a implantação das propostas apresentadas deverá

ocorrer após a realização de apresentações às unidades

externas à Prefeitura Universitária, obtendo a sua validação e

eventuais ajustes junto às demais unidades, de modo similar ao

processo desenvolvido por ESTORILIO (2000), apresentado no

estudo de caso-1, ver item 3.1.1., de que a modelagem deve

permitir a visão geral do processo, garantir sua compreensão,

possibilitar a implementação e sua avaliação, para então ser

otimizado.

146

Podemos ainda sugerir que este trabalho tenha continuidade

através do desenvolvimento do estudo aprofundado das outras

unidades da Prefeitura Universitária, de modo análogo ao

executado para a Divisão de Fiscalização de Obras, bem como a

realização de estudos mais aprofundados sobre o esforço de

trabalho relativo à fiscalização de obras.

E por fim, propor a extensão/aplicação deste estudo a outros

órgãos, tanto da própria instituição, como pela Administração

Pública, tais como: Prefeituras Universitárias, Órgãos de

Fiscalização e Auditoria e Unidades Administrativas, buscando

ampliar os conhecimentos, verificar a consistência de

procedimentos e identificar eventuais inovações/melhorias.

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SANTOS, R.P.C. Engenharia de Processos: análise do referencial teórico-conceitual, instrumentos, aplicações e casos. Dissertação Mestrado. 2002. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE.

SANTOS, R.P.C., CAMEIRA, R.F., CLEMENTE, A.A. CLEMENTE, R. G. Engenharia de processos de negócios: aplicações e metodologias. 2004. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Site: www.gpi.ufrj.br/index.html (último acesso: novembro/2008).

SARTORELI, E.V. Gestão por processos: uma pesquisa-ação em áreas administrativas de uma indústria cosmética. 2006. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos: Departamento de Engenharia de Produção.

SCHMIDT, A.S. Palestra: Gestão por Processos. 2003. Campinas: Universidade Estadual de Campinas: Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário. Site: http://www.prdu.unicamp.br/gestao_por_processos/palestras

/Gestao_Processos_UNICAMP_170903.pdf (ultimo acesso: 18/02/2010).

SILVA, F. P. C. et PEREIRA, N. A. Modelagem de processos de negócios na implementação de ERPs nacionais em PMEs. 2006. Artigo. Revista Produção, v.16, n.2, p. 341352.

SILVA, J.P.A.R. Lean Manufactoring – Os Sete Desperdícios. 2008. Lisboa. Site: http://www.scribd.com/doc/3487699/Lean-Manufacturing-2Os-7-Tipos-de-Desperdicio?secret_password=&autodown=pdf (último acesso: 07/03/2010).

SILVA, Y. C. P. Benefícios do Mapeamento de Processos para implantação de ERP – Como o Mapeamento de Processos pode contribuir para o sucesso de um ERP (Enterprise Resource Planning) implantado em uma empresa de médio porte. Monografia. 2009. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos: Departamento de Engenharia de Produção.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2002.

UFSC, Departamento Engenharia Produção. Apostila Curso Gerenciamento de Processos Grupo de Análise de Valor, 1999.

UFSCar, Prefeitura Universitária. Relatório de Atividades. São Carlos. 2007 e 2008.

XEXÉO, G. B. EVENT DRIVEN PROCESS CHAIN – EPC. 2006. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro: DCC/IM/COPPE/UFRJ. Site: wiki.xexeo.org/tiki-download_file.php?fileId=148 (último acesso: 25/02/2010).

GLOSSÁRIO

5W1H: sigla em inglês de: Who, When, What, Where, How, Why

(tradução: Quem, Quando, O quê, Onde, Como e Porquê).

ARIS: sigla em inglês de: sigla para ARchitecture of

Integrated Information Systems (tradução: Arquitetura de

Sistemas de Informação Integrados).

AS IS: do inglês: como é.

BENCHMARKING: é a busca das melhores práticas na indústria

que conduzem ao desempenho superior. É visto como um

processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa

examina como outra realiza uma função específica a fim de

melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O

processo de comparação do desempenho entre dois ou mais

sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são

chamadas de benchmark.

Brainstorming: do inglês: tempestade cerebral; tempestade de

idéias; consiste em deixar vir à tona todas as idéias

possíveis, geradas pelo grupo interessado, sem críticas

durante a sua exposição.

CASE: sigla em inglês de: Computer-Aided Software

Engineering (tradução: Engenharia de Software Auxiliada por

Computador). Uma ferramenta CASE é um aplicativo que auxilia

os profissionais envolvidos na tarefa de produzir sistemas.

O tipo de “ajuda” que a ferramenta fornece, depende

exclusivamente da proposta do fabricante.

CUSTOMERS: do inglês: consumidores.

EPC: sigla em inglês de: Event Driven Process Chain

(tradução: Cadeia de Processos Dirigida por Eventos).

FEEDBACK: é o procedimento que consiste no provimento de

informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta,

eventualidade ou ação executada por esta, objetivando

orientar, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações de

melhoria, sobre as ações futuras ou executadas

anteriormente.

FLOWCHART: fluxograma, representação de procedimentos,

etapas, sistemas e/ou módulos, composta por figuras

geométricas interconectada por linhas.

INPUTS: do inglês: entradas.

LEAD TIME: do inglês: tempo de aprovisionamento; é o período

entre o início de uma atividade, produtiva ou não, e o seu

término.

LEAN MANUFACTORING: do inglês: produção enxuta.

MARKETING: é uma função organizacional e um conjunto de

processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega

de valor para os clientes, bem como a administração do

relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização

e seu público interessado. (AMA - American Marketing

Association - Nova definição de 2005).

MEASURES: do inglês: medições, indicadores, controle.

OUTPUTS: do inglês: saídas.

PROCESS: do inglês: processo.

REQUIREMENTS: do inglês: requisitos, necessidades.

SCORE: contagem, pontuação.

STAKEHOLDERS: em português, parte interessada ou

intervenente, é um termo usado em administração que se

refere a qualquer pessoa ou entidade que afeta ou é afetada

pelas atividades de uma empresa, de maneira mais ampla,

compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser

de caráter temporário (como um projeto) ou duradouro (como o

negócio de uma empresa). Alguns exemplos possíveis

de stakeholders de uma empresa são: Acionistas, Donos,

Investidores, Empregados, Clientes, Fornecedores,

Sindicatos, Associações Empresariais, Associações

Profissionais, Comunidades onde a empresa tem operações:

associações de vizinhos, Governo (local, estadual, federal),

Concorrentes, etc.

SUPLIERS: do inglês: fornecedores.

TO BE: do inglês: como será.

WORKSHOPS: do inglês: reunião de grupos de trabalho

interessados em determinado projeto ou atividade para

discussão e/ou apresentação prática do referido projeto ou

atividade.

ANEXOS

ANEXO-1: Caracterização das três empresas construtoras

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-2: Caracterização da estrutura organizacional das três empresas construtoras

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-3: Organograma da empresa construtora A

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-4: Organograma da empresa construtora B

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-5: Organograma da empresa construtora C

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-6: Resultados obtidos dos entrevistados diante da subcontratação dos serviços de execução

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-7: Análise de alguns aspectos frente à subcontratação dos serviços de execução do ponto de vista das três empresas executoras.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-8: Processo de Planejamento & Orçamento da Obra das três empresas.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-9: Processo de Planejamento & Programação de Atividades dos Subempreiteiros das três empresas.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-10: Processo de Controle da Qualidade do Serviço das três empresas.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-11: Processo de Medição e Pagamento do Serviços – Gestão do Contrato de subempreiteiros das três empresas.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-12: Matriz de Responsabilidades da Empresa A.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-13: Matriz de Responsabilidades da Empresa B.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-14: Matriz de Responsabilidades da Empresa B.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-15: Matriz de Responsabilidades da Empresa B.

FONTE: OHNUMA, 2003.

ANEXO-16: Relação de obras concluídas na UFSCar entre jan/2007 a dez/2008

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

1 Reforma Centro Proc. Catali. Biot. - DEQ

07-nov-06 60 60 49.745,16

4-fev-07 0 1 87 27 45%

2

Fechamento, Acabamento Lab

Ciencias Informação

(Computação)

04-ago-06 120 120

883.805,82 9.397,47

15-jan-07 1 1 161 41 34%

3 Reforma

Sanitários Dep. de Química

24-out-06 60 + 90 150

73.392,63 9-mar-07 0 0 135 0 0%

4

Reforma e adaptações no edificio C4 (Revista

Fisioterapia)

11-dez-06 60 + 30 90 35.966,63

11-mar-07 0 0 90 0 0%

5 Reforma Ed. 102 - PROGRAD

11-dez-06 30 + 30 60 16.925,81

11-fev-07 0 1 60 0 0%

6

Obras de Intervenções no caminho entre AT4 e At5

13-dez-06 45 + 30 75

26.195,50 28-mar-07 0 1 105 30 40%

7 Reforma

Edifício 19 11-jan-07 60 60

46.937,77 11-mar-07 0 0 60 0 0%

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

8

Recapeamento, Tapa buracos e

melhoria sinalização

11-ago-06 90 90 302.124,50

11-jan-07 0 1 150 60 67%

9 Rede e

Cabeamento de Fibra Óptica

28-nov-06 60 60 29.496,70

22-fev-07 0 1 84 24 40%

10 USE 3° ETAPA - drenagem de

águas pluviais 18-dez-06 60 + 45 105

63.803,74 20-abr-07 0 1 122 17 16%

11 Plataforma

Elevatória AT2 0

26.000,00

16-fev-07 0 1 0

12 Calçadas e Gramado DECIV

30 30 10.100,00

18-abr-07 0 1 0 0%

13 Reforma e Adaptações

Artes 30 30

7.300,00 14-mar-07 0 1 0 0%

14 Barreiras

contra pombos - Música ed 21

30 30 1.100,00

3-mai-07 0 1 0 0%

15 Reforma

Reitoria - Ed 26

23-mar-07 45 45

13.739,70 8-mai-07 0 1 45 0 0%

16 Sala de Defesa

- CECH 30 30

7.302,30

13-jun-07 0 1 0 0%

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

17

Lab. Microscopia Eletronica -

LaMiEl

21-ago-06 150 + 120 270

368.973,23

28.298,91 41.591,27 10.659,60 6.219,45

20-mai-07 1 1 269 0 0%

18 Calçadas de ligação em

diversos locais 26-jul-07 60 60

19.494,88 26-set-07 0 1 60 0 0%

19 Reforma

Sanitários Edifício 92

0

16.620,91 0 0 0 0

20 Ed. Medicina - Fechamento e Acabamento

13-dez-06 180 + 90 + 20

290 1.978.999,24

8.315,60 97.407,71

9-nov-07 1 1 326 36 12%

21

Reparos emergenciais em

pavimento alfáltico Campus São Carlos

03-out-07 15 15

6.549,55 18-out-07 0 0 15 0 0%

22

Plataforma Elevatória Fechamento

Escada - DTO e Fisio

17-abr-07 90 + 60 +

45 195

85.470,95

14.946,00

2-nov-07 1 1 195 0 0%

23

Plataforma Elevatória e

Escada Interna - DQ

26-jul-07 60 + 45 105

68.951,95 10-nov-07 0 1 104 0 0%

24 Galpão Trilha da Natureza 26-nov-07 60 60

14.874,55 26-jan-08 0 1 60 0 0%

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

25 Construção do Edifício - SAC 21-jun-07 120 + 30 150

146.768,37

7.241,80 21-nov-07 1 1 150 0 0%

26 Fundação e

Estrutura Ed. Observatório

23-ago-07 45 + 60 + 30

135 115.739,76

9.936,00 4.824,60

15-jan-08 1 1 142 7 5%

27

Reforma e Adaptações do

Edifício 03 A - PPGEEs

04-dez-07 90 90

60.474,07 4-jan-08 0 0 30 0 0%

28

Reforma e Adaptações do Edifício 01 -

CECH

04-out-07 90 + 30 120

48.001,26

4.377,40 4-fev-08 1 1 120 0 0%

29 Reforma Ginásio

de Esportes 12-dez-07 90 90

119.813,44 12-mar-08 0 1 90 0 0%

30

Execução de Fundações e Estrutura em Concreto Pré-Fabricado -

Aulas Teóricas - ATVII

23-ago-07 120 120 1.110.419,42

23-dez-07 0 1 120 0 0%

31 Edifício CCDM 23-out-08 240+90+60

+ 60 450

1.382.750,05

43.994,98 145.467,06

23-jan-08 1 0 -270 0 0%

32 Sala de Ensaio da Orquestra

06-nov-06 120 + 120 140 201.407,00

11.971,95

3-nov-07 1 1 357 217 155%

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

33 Conclusão Lamiel 29-ago-07

90 + 45 + 60 195

323.542,37

64.612,77 13-mar-08 1 1 194 0 0%

34

Aquisição de Instalção de Ar Condicionado no

Lamiel

14-mar-08 30 30

86.641,29 14-abr-08 0 1 30 0 0%

35

Execução de Fundações e Estrutura em Concreto Pré-Fabricado - ED.

DTO

23-ago-07 120 + 90 210

922.540,93 23-mar-08 0 1 210 0 0%

36

Reforma e Ampliação do Ed. 08 -

Registro de Diplomas

19-dez-07 90 90 88.513,30

19-mai-08 0 1 150 60 67%

37 Ed. Convivência AEN

28-ago-07 120 + 120 240 320.454,99 6.411,08 28-abr-08 1 1 240 0 0%

38 Caminhos Preferenciais

17-dez-07 75 + 30 105 544.778,52

15-jun-08 0 1 178 73 70%

39 USE 4° ETAPA 06-jul-07 180 + 50 + 40 + 45

+ 30 345

1.043.250,00 14.292,47 61.813,74

31/6/2008 1

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

40

Cabine de Entrada de Energia Área

Norte

24-mar-08 45 45

107.466,04 12-mai-08 0 1 48 3 7%

41

Ed. Núcleo Form.

Professores - fechamento/ acabamento

02-abr-07 180 180

1.170.358,34 14.006,49 62.079,87

15-jan-08 1 1 283 103 57%

42

Reforma Laboratório Físico -

Quimica - DQ

19-nov-07 60 60

17.811,43 19-jan-08 0 1 60 0 0%

43

Reparos Emergenciais do

Alojamento Estudantil -

Módulos I, II, III, IV e V

04-out-07 60 + 30 +

60 150

59.998,48 11.213,07 1.646,40 4-mar-08 1 1 150 0 0%

44 Pórtico Sorocaba 01-jun-06 90 90

143.794,74 30-dez-06 0 1 209 119 132%

45

Ed. Gestão Acadêmica, Salas Aula e

Lab.

14-nov-06 120 120

2.367.574,26

424.638,00 8-abr-07 1 1 144 24 20%

46 Ed. Gestão Acadêmica

12-dez-06 120 120 955.649,17

3-nov-07 0 1 321 201 168%

47 Ed. Salas de

Aula 05-dez-06 120 120

1.177.627,56

8-nov-07 0 1 333 213 178%

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

48

Ed. Gestão Administrativa do Campus de Sorocaba

02-jan-07 210 210

1.467.494,31 3-dez-07 0 1 331 121 58%

49

Fundações, Estrutura

concreto pré-fabricado - Lab. de Pesquisa

10-abr-07 90 + 90 180

281.089,37 7.274,90 11.485,29

21-mar-08 1 1 341 161 89%

50

Fundações e Estrutura em Concreto Pré-Fabricado nas salas dos Docentes

08-ago-07 90 + 140 230

229.725,27 20.170,01 25.876,81 9-mai-08 1 1 271 41 18%

51

Obras de reforma do

Laboratório do Grupo de Estudos e

Pesquisas em Agropecuária-

GETAP

31-out-06 90 30.146,92

20/1/2007 0 1 80 80

52

Obra de recuperação da alvenaria e

fundo do canal de desvio da represa nº 3

01-nov-06 90 13.250,00

15/1/2007 0 1 74 74

RELAÇÃO DE OBRAS CONCLUÍDAS NA UFSCAR ENTRE JAN/2007 a DEZ/2008

Ref. Obra Data

Ass. do Contrato

Prazo +

Prorr. (dias)

Prazo Total (dias)

Valor Inicial (R$)

Valor(es) Aditado(s)

(R$)

Data de Conclusão da Obra

Indicador Aditivo De Valor

sim=1 não=0

Indicador Atraso Obra

atraso=1

ok=0

Duração efetiva da obra

Prazo Total Aditado

% tempo adit.

53

Rotatória, Ilhas,

capeamento asfáltico, calçadas,

sinalização.

08-dez-06 60 + 40 100

108.800,00

10.435,80 20-abr-07 1 1 132 32 32%

54 Urbanização

Salas de Aulas - CCA Araras

09-mar-07 120 + 60 180 230.019,97

20-mar-08 0 1 371 191 106%

FONTE: Divisão de Fiscalização de Obras / Prefeitura Universitária / UFSCar

ANEXO-17: Solicitação de Informações

ANEXO-18: lista unidades/instituições consultadas

Unidade Instituição

e-mail

Prefeitura Universitária Universidade Federal do Rio de Janeiro - RJ

[email protected]

Prefeitura Universitária Universidade Federal da Paraíba - PB

[email protected]

Pró-Reitoria de Infraestrutura Universidade Federal de Santa Catarina - SC

[email protected]

Prefeitura Universitária Universidade Federal de Uberlândia - MG

[email protected]

Diretoria Departamento de Obras Universidade Federal de Minas Gerais - MG

[email protected]

Superintendência de Infraestrutura Universidade Federal do Rio Grande do Sul - RS

[email protected]

Prefeitura Universitária Universidade Federal do Paraná - PR

[email protected]

Pró-Reitoria de Infraestrutura Universidade Federal do Rio Grande - RS

[email protected]

Secretaria de Projetos Estratégicos Universidade Federal de Campina Grande - PB

[email protected], [email protected]

Pró-Reitoria de Planejamento Universidade Federal Fluminense - RJ

[email protected], [email protected]

Prefeitura Universitária Universidade Estadual de Campinas - SP

[email protected], [email protected]

ANEXO-19: e-mail solicitando informações obras X fiscalização