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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA RECONSTRUCAO DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE COM PINOS NAO-METALICOS CURITIBA 2011

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

RECONSTRUCAO DE DENTES TRATADOS

ENDODONTICAMENTE COM PINOS NAO-METALICOS

CURITIBA

2011

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RECONSTRUC;AO DE DENTES TRA TADOS

ENDODONTICAMENTE COM PINOS NAO-METALICOS

CURITIBA

2011

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Afonso Luiz Monteiro da Rocha

RECONSTRUCAo DE DENTES TRATADOS

ENDODONTICAMENTE COM PINOS NAo-METALICOS

Trabalho de Conclusao de cursoapresentado ao curso de Odontologia daFaculdade de CiE'>ncias Biol6gicas e daSaude da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito parcial para a obtem;ao dograu de cirurgiao dentista.Orientador: Mary Aparecida Pereira Heck

CURITIBA

2011

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TERMO DE APROVAr;AOAfonso Luiz Monteiro da Rocha

RECONSTRUr;AO DE DENTES TRATADOS

ENDODONTICAMENTE COM PINOS NAO-METALICOS

Essa Monografia foi julgada e aprovada para a obten<;:ao do titulo de Cirurgiao Dentista nocurso de Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana

Curitiba, __ de junho de 2011

OdontologiaUniversidade Tuiuti do Parana

Orientador:

Professor Ms. Natanael Henrique Ribeiro MattosUniversidade Tuiuti do Parana

Professor Dr. Luciano Loureiro de MeloUniversidade Tuiuti do Parana

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AGRADECIMENTO

Agradec;:o a Deus pelas oportunidades que me foram dadas na vida,

principalmente por ter conhecido pessoas e lugares interessantes, mas

tambem por ter vivido fases dificeis, que foram materias-primas de

aprendizado.

Nao posso deixar de agradecer aos meus av6s Alceu Gaspar da Rocha e

Terezinha Kaluzn da Rocha, sem os quais nao estaria aqui, e por terem me

fornecido condic;:6es para me tornar 0 profissional e Homem que sou.

A minha mae, Adriangela C. Monteiro, por sempre estar ao meu lado e tolerar a

bagunc;:ado meu quarto nesses ultimos tempos.

A minha irma, Ana Claudia Monteiro da Rocha, que me obriga a ser forte em

momentos de fraqueza.

A minha orientadora, Mary Aparecida Pereira Heck, que me forneceu bons

momentos de discussao sobre 0 tema a ser abordado, e material de pesquisa.

A minha amiga, Regina Moreira da Silva Nani, que esteve ao meu lado,

dividindo comigo seus pensamentos e conhecimentos.

A todos s6 posso dizer: Muito Obrigado.

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LlSTA DE FIGURAS

Figura 01 - Sistema RFC Postec 11

Figura 02 - Sistema Reforpost... 11

Figura 03 - Fotomicrografia Pino de Fibras de Carbono (MEV) 13

Figura 04 - Suporte Osseo Adequado 16

Figura 05 - Suporte Osseo Inadequado 16

Figura 06 - Fratura Radicular. 16

Figura 07 - Sequencia Clinica 20

Figura 08 - Sequencia Clinica 20

Figura 09 - Sequencia Clinica ..

Figura 10 - Sequencia Clinica 20

. .20

Figura 11 - Sequencia Clinica 20

Figura 12 - Sequencia Clinica 20

Figura 13 - Sequencia Clinica 20

Figura 14 - Sequencia Clinica 20

Figura 15 - Sequencia Clinica . .. ..20

Figura 16 - Sequencia Clinica 20

Figura 17 - Sequencia Clinica 20

Figura 18 - Sequencia Clinica .

Figura 19 - Sequencia Clinica.

. 20

.. 20

Figura 20 - Sequencia Clinica 20

Figura 21 - Superficie de um Pino (MEV) 23

Figura 22 - Superficie de um Pino (MEV) 23

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SUMARIO

RESUMO. . viii

ABSTRACT ix

1 INTRODUCAO 01

2 REVISAO LlTERATURA 03

2.1. ASPECTOS CLiNICOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS NO

PLANEJAMENTO DAS RESTAURAC;:OES DE DENTES TRATADOS

ENDODONTICAMENTE . ...03

2.1.1 Quantidade de Estrutura Dental Remanescente 03

2.1.2 Comprimento da Raiz 04

2.1.3 Forc;as Atuantes 05

2.1.4 Diametro do Pino 05

2.1.5 Suporte Osseo da Estrutura Dental. 05

2.1.6 Localizac;ao do Dente no Arco Dental. 06

2.1.7 Oclusao 07

2.1.8 Particularidades Anat6micas 08

2.1.9 Tipo de Restaurac;ao a ser Utilizada 08

2.2. SISTEMA DE PINOS NAo-METALICOS 08

2.2.1 Pinos de Fibras de Vidro 10

2.2.2 Pinos de Fibras de Carbono 11

2.2.3 Pinos de Fibra de Carbono com Quartzo 13

2.2.4 Pinos de Fibra de Ceramica com Resina 13

2.2.5 Pinos de Fibras de Aramida 13

2.2.6 Pinos de Fibras de Polietileno 14

2.2.7 Pinos Acess6rios de Fibra de Vidro 14

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2_2_8Pinos Anatomicos ._..__.__.__.__.__. .__.__.__. . ._____ ___15

2_3_PROTOCOLO CLiNICO PARA 0 usa DE PINOS

INTRA-RADICULARES_ ___ __.__._. .__.__.__. . . 15

2_3_1Comprimento do Pino .._.__. ... __. ... __.__.__.__.__.__.__. .__.__.__.. 16

2_3.2 Configurac;:ao do Desenho e da Forma de Retenc;:ao dos Pinos___ __17

2_3_3Diametro do Pino .._. _.._ _.._ __.__.__.__.__.__. .__.__. 18

2_3A Desenho do Pino .__.__._ __.__.__.__. . .__.__. .__.__.__. 18

2_3_5Material do Pino .__.__.__.__. . .__. .__. 18

2_3_6Capacidade de Adesao .__.__.__.

2A_ SEQUENCIA CLiNICA. _

__. 19

___.20

2A_1 Exame Radiogr;!lfico e Avaliac;:ao Clinica .__.__.__.__.__. .__.__.__.___ _.21

2A.2 Prepar~ do CanaL .__.__.__.._. .... ._..__. ._.. .__. .__.__.__. .__. .21

2A_3 Teste do Pino no Interior do CanaL .__.__.__.__. .__.__.__. . . .22

2AA Corte do Pino .__.__.__.__.__.__.__.__.__.__.__.__.__.__. _.__.__.__. .__.__.__.__. . .22

2A_5 Condicionamento da Estrutura Dental.. __. .__. _.._..... .__.__.__.__... __.__. .22

2A_6 Tratamento da Superficie do Pino ... .__.__.__.__.__.__.__. .... __.__. 23

3DISCUSSAO___. __.__. .__.__.__. _.__.__.__.__.__.__.__.__.__.__. .__.__.__.__. .25

4CONCLUSAO _______________________.__.__.__.__._..__.__.__.__.__. .__.__.__.__. .27

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. .__.._.__.__._..__.__. _.__.__.__. .__.__.__.__. .28

ANEXOS

ix

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RESUMO.

Desde 0 comego, a Odontologia, tem evoluido conforme a necessidade do

meio em que vivemos. Nos dias atuais, apes um tratamento endod6ntico, 0

dente se torna muito mais suscetivel a fraturas devido a mudanga em sua

estrutura e necessidade de material que Ihe proporcione forma de retengao e

uma maior resistencia.

Este trabalho, por sua vez, tem 0 objetivo de mostrar uma parte dessa

evolugao. A criagao de pinos de fibras entrou para suprir estes problemas.

Quando bem utilizados, proporcionam maior resistencia as forgas externas

exercidas sobre 0 remanescente dental, bem como retengao para a

restauragao de estruturas perdidas.

PALAVRAS-CHAVE.

Tecnica para retentor intra-radicular; Pinos dentarios; Pinos de fibras

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ABSTRACT.

From the beginning, dentistry has evolved as the need of the environment in

which we live. Nowadays, after an endodontic treatment, the tooth becomes

more susceptible to fractures due to a change in its structure and need for

material that gives you shape retention and a greater resistance.

This work, in turn, aims to show a part of that evolution. The creation of fiber

posts went to meet these problems. When used properly, provide greater

resistance to external forces exerted on the remaining tooth structure and

retention for the restoration of structures lost.

KEYWORDS.

Post and core technique dentin, Intra-radicular cast post; Fiber post

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REVISAO DE LlTERATURA.

1. ASPECTOS CLiNICOS QUE DEVEM

PLANEJAMENTO DAS RESTAURA~6ESENDODONTICAMENTE.

Os aspectos clinicos que devem ser observados no planejamento das

SER OBSERVADOS NO

DE DENTES TRAT ADOS

restaurayoes de dentes nao vita is podem ser listados: comprimento radicular,

anatomia dentaria, diametro da raiz, configurayao do canal, quantidade de

estrutura dentaria coronal, forya de toryao, estresse, desenvolvimento da

pressao hidrostatica , desenho do pino, material do pino, compatibilidade dos

materia is, capacidade de adesao, retenyao do nucleo, reversibilidade, estetica,

material da coroa e outros 06.

2.1.1 Quantidade de Estrutura Dental Remanescente.

Quando 0 uso de uma coroa total e necessaria e 0 dente em questao

apresenta menos de 50% de sua estrutura coronaria, lanya-se mao de pinos

intra-radiculares e nucleos para conferir retenyao a restaurayao 07,08,09,10,11. No

entanto, sabendo-se que a resistE!ncia a fratura de um dente despolpado esta

diretamente relacionada com a massa (volume e corpo) de dentina

remanescente, cuidados devem ser tomados para que se preserve ao maximo

a estrutura dental sadia durante a terapia endod6ntica e subsequentes

procedimentos restauradores. 12,13,14

No caso de decisao do uso de pinos em dentes posteriores faz-se

necessaria a analise das estruturas ja perdidas.Se houve remoyao de cristas

marginais, estruturas que funcionam como vigas da arquitetura dental e

associ adas ao teto da camara pulpar impedem a deflexao das cusp ides, por

consequencia, sua ausencia aumenta 0 risco de fratura do dente,

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A maioria dos metod os utilizados para aumentar a reten9ao dos nucleos

enfraquece a estrutura radicular ja comprometida, aumentando a chance da

raiz ter uma fraturaW Alargamento excessive do conduto para inser9ao de

pinos de grande diametro debilita a raiz, que aumenta a chance de fraturas sob

cargas funcionais. Uma vez que a resistEmcia a fratura da raiz esta relacionada

com 0 volume de dentina remanescente,15,16 0 conduto deve ser alargado

apenas 0 suficiente para proporcionar reten9ao e resistencia suficiente para 0

nucleo.

Eo importante destacar ainda que, em dentes com estrutura

remanescente muito reduzida, as cargas fisiol6gicas podem produzir fraturas

em areas de menor circunferencia, tais como a jun9ao cemento esmalte,

principalmente, quando ha perda de tecido por abfra9ao, abrasao ou erosao. A

fratura pode seguir 0 percurso de trincas pre-existentes e atingir a por9ao

radicular.

Tecnicas restauradoras, com nucleos, tornam-se mais dificeis quando a

raiz exibe amplo alargamento devido ao extenso envolvimento por les6es

cariosas, restaura9ao previa com nucleo de diametro excessiv~, causas

iatrogenicas, reabsor9ao interna ou anomalias de desenvolvimento,17

2.1.2 Comprimento da Raiz.

o tamanho e a forma do remanescente radicular determinam 0

comprimento e a forma do pino e devem ser considerados em sua sele9ao.

Trabalhos demonstraram que quando os pinos apresentam maior comprimento

o resultado sera de maior reten9ao e melhor distribui9ao de estresse ao longo

do remanscente dental.18

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Para isto existem sistemas de pinos como par exemplo Refarpost

(Angelus, Br) que trazem no seu kit uma regua de acetato com a desenho dos

pinos que pode ser sobre-posta a radiografia do dente a ser tratado, 0 que

auxilia na escolha do pino.

2.1.3 Fon;;as Atuantes.

Pino e nucleo restauradar de dentes tratados endodonticamente estao

sujeitos a tipos de fon;:as: compressao, tensao e cisalhamento, sendo a ultima

a mais prejudicial para 0 dente restaurado.19 Ha uma relac;:ao direta entre a

forc;:a de compressao e 0 efeito cunha imprimido pelo pino a raiz,

principalmente em dentes posteriores. Ja a forc;:a de cisalhamento esta ligada

ao vetor de forc;:aobliqua que incide, principalmente, sobre os dentes anteriares

no ate da mastigac;:ao. No entanto para evitar acidentes como fratura radicular

decarrente dos fatores acima citados, os principios de desobturac;:ao radicular,

confecc;:ao e instalac;:ao do pino devem ser seguidos rigorosamente06

2.1.4 Diiimetro do Pino.

Preservar a estrutura dentaria, reduzir as chances de perfurac;:ao e

permitir que 0 dente restaurado resista a fratura sao objetivos a serem

alcanc;:ados com a selec;:ao do diametro do pino.20 A restaurac;:ao de dentes com

pino de maior diametro torna a raiz mais suscetivel a fratura devido a

diminuic;:ao da espessura do remanescente dentario. No entanto, seu diametro

deve ser suficiente para manter sua rigidez e dar 0 minima de retenc;:ao

necessaria06

2.1.5 Suporte Osseo da Estrutura Dental.

Outra estrutura de relevancia na decisao do tipo de restaurac;:ao a ser

realizada e 0 suporte osseo ou estrutura periodontal, tambem responsavel pelo

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prognostico do tratamento. Mesmo um periodonto saudavel, em algum

momento, pode exigir 0 restabelecimento das distfmcias biologicas, seja por

tragao ou cirurgicamente, e, nestes dois casos, 0 comprimento das raizes deve

permitir tal intervengao. Oeve-se ter sempre em mente que a raiz necessita de

um bom suporte osseo e ter comprimento adequado para que se indique 0 usa

de um pino no interior do canal radicular21,22 A estrutura ossea de suporte deve

ser suficiente para que 0 pino fique envolvido pela crista ossea e para que

desta forma ao receber a agao dos esforgos mastigatorios nao desempenhe

agao de cunha sobre 0 remanescente dental levando-o a fratura radicular.

Outro ponto a ser considerado e a idade do paciente em questao, po is com 0

passar dos anos ocorre reabsorgao fisiologica da crista ossea alterando a

quantidade de estrutura de suporte do dente. Tal processo pode fazer com que

pinos, que anteriormente apresentavam uma estrutura de suporte suficiente,

passem a perde-Ia com 0 tempo. Portanto sempre que se indica 0 preparo de

uma raiz, deve-se policiar 0 risco de em algum momenta 0 suporte osseo corra

o risco de se tomar inadequado para 0 comprimento do pino a ser utilizado.

2.1.6 Loealizac;:ao do Dente no Areo Dental.

Conforme a sua localizagao no arco dentes anteriores ou posteriores

suportarao agao de diferentes cargas funcionais, por isso, apresentarao

necessidades diferentes de reforgos restauradores. Os dentes posteriores sao

mais exigidos, sofrendo maior agao de cargas oclusais. Todavia, estes dentes

apresentam uma anatomia que Ihes proporcionam um diametro cervical maior,

e, alem disso, as forgas serao verticais. Estes fatores podem denotar que nem

sempre necessitem de reforgos intra-canal, permitindo a opgao por altemativas

de retengao que sejam mais conservadoras.

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Um importante aspecto mecanico a ser considerado nos dentes

posteriores e a flexao das cuspides devido a sua morfologia oclusal e 0 fato de

que sucessivos procedimentos restauradores aumentam esse fenomeno,

principalmente em dentes que sofreram terapia endodontica (remo<;:ao da

camara endodontica) e periodontal (aumento de coroa clinica e diminui<;:ao de

suporte osseo), podendo leva-los a fratura.

Deve-se fazer uma analise com especial aten<;:ao dos pre-molares

superiores, pois, esses estao sujeitos a constantes for<;:as de cisalhamento e,

na dependencia da somatoria desses fatores, podem necessitar de uma

reten<;:ao intra-radicular. Dentes com coroa clinica longa tambem devem ser

considerados com muito cuidado, pois, devido a incidencia de for<;:as laterais de

grande intensidade, assim como nos molares onde ocorreram grandes

destrui<;:oes de coroas, a utiliza<;:ao de retentores intra-radiculares pode prevenir

fraturas.

2.1.70clusao.

Pacientes que apresentam habitos parafuncionais ou bruxismo,

situa<;:oes em que ocorre grande incidencia de for<;:as de cisalhamento exigem

aten<;:ao especial nos casos de dentes com terapia endodontica. Para esses,

esta indicada a coloca<;:ao de um retentor intra-radicular para que ocorra a

dissipa<;:ao das for<;:as incidentes na coroa ao longo da estrutura radicular.

Outra preocupa<;:ao com rela<;:ao a oclusao na restaura<;:ao de dentes

posteriores com tratamento endodontico e 0 traspasse vertical muito acentuado

com dentes long os e/ou cuspides altas, pois nesses casos as cusp ides sofrem

deflexao sob a<;:aode for<;:as de cisalhamento. Para protege-las da incidencia

de fratura estao indicados os pinos intra-radiculares.

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2.1.8 Particularidades Anatomicas.

A anatomia corona ria e capaz de influenciar na escolha do material e da

tecnica restauradora.

Da mesma forma, a anatomia radicular tambem exerce grande influencia

no que se refere a indicayao do uso de pino intra-canal. A altura, a forma e 0

volume da camara pulpar e a inclinayao ou curvatura dos canais radiculares

podem interferir na indicayao do nucleo a ser utilizado. Muitas vezes, dentes

com raizes curtas ou com canais radiculares com excess iva expulsividade ou

curvaturas contra-indicam 0 usa de retentores intra-radiculares.23.24

Se um canal requer preparo extenso, um nucleo fundido bem adaptado

sera mais retentivo e biol6gicamente mais favoravel que um pino pre -

fabricado que nao se equivale a forma do canal.24

2.1.9 Tipo de Restaura!fao a ser Utilizada.

A escolha do material restaurador e do tipo de restaurayao depend era

da estrutura dental remanescente e na dependencia dessa decisao estara a

indicayao do usa de um pino intra-canal. Quando a indicayao relacionar-se a

uma restaurayao com recobrimento total do remanescente coronario,

provavelmente teremos que usar um pino intra-canal. Porem, quando a

indicayao for a realizayao de uma restaurayao adesiva indireta parcial do tipo

"onlay"/"inlaye endocrown", este nao sera necessario. 25

2.2. SISTEMA DE PINOS NAo-METAucos

o usa de um material restaurador com retenyao intraradicular e uma

situayao frequentemente observada em dentes extensamente destruidos ou

com perda excess iva de estrutura.

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Diante da variedade de OP90es restauradoras e considera90es

existentes para se restaurar um elemento extensamente destruido, torna-se

fundamental 0 conhecimento sobre os principais sistemas de retentores

intrarradiculares, para que possam ser indicados adequadamente, de acordo

com cada situa9ao clinica26

Pinos pre-fabricados nao mettllicos, que apresentam como vantagem:

menor desgaste de estrutura dental, adesao a dentina por meio de cimentos

resinosos associados a adesivos e por apresentarem propriedades mecanicas

proximas as da estrutura dentaria como 0 modulo de elasticidade semelhante

ao da dentina, 0 que possibilita melhor distribui9ao da ten sao ao longo do

remanescente dentario. Pinos com modulo de elasticidade proximo ao do

remanescente dentario distribuem mais equitativamente 0 estresse pela

estrutura dental, de forma a proteger a raiz de fraturas dentarias.

As fibras de refor90 foram introduzidas na odontologia por tambem

apresentarem resultados para restaura9ao de espa90s proteticos associadas amaterias resinosos. A infra-estrutura dos compositos refor9ados por fibras e

translucida, nao precisando de material opaco, 0 que promove bom resultado

estetico e servem como transmissores opticos dentro de uma estrutura,

conduzindo luz, isto as torna vantajosas na confec9ao de nucieos intra-

radiculares. Outra vantagem e a ausencia de oxida9ao quando comparadas

com as estruturas metalicasn

As fibras de refor90 atuam nas resinas compostas de maneira

semelhante a arma9ao metalica no concreto. Uma ampla estrutura de resina

tambem precisa de refor90 no seu interior, que pode ser feito com metal ou

com materiais mais atuais como as fibras. Os pinos de fibras, podem ser

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compostos par varios materias, cada um com caracteristicas especificas,

inerentes ao material utilizado para sua fabricayao. Falaremos sobre algumas

delas.

2.2.1 Pinos de Fibras de Vidro.

As fibras de vidro sao constituidas de: silica, aluminio e oxido de

magnesio. Suas qualidades sao: facilidade de estirar na forma de fibras de alta

resist€mcia a partir do seu estado fundido que associado a um material plastico

(resina) produz um composito com alta resistencia e inercia quimica que torna

o composito util para aplicayao em meio a uma variedade de ambientes

corrosivos.28

as pinos reforyados com fibra de vidro, de facil manipulayao e com

custo/beneficio bastante interressante para 0 profissional,29,30 apresentam

propriedades fisicas e mecanicas mais proximas as da estrutura dental do que

os pinos metalicos. Apresentam excelente adesividade,31 nao se soltando na

presenya de esforyos, pois, formam com a estrutura dental um corpo unico

capaz de resistir aos impactos mastigatorios sem se deslocar ou provocar

efeito de cunha.29,32 Possuem boa translucidez, transmitindo a luz ate 0 apice

do preparo do canal, 0 que facilita 0 uso de cimentos fotopolimerizaveis,

podendo ser usados com agentes cimentantes de dupla cura,

A sua composiyao e basicamente de fibras de vidro longitudinais (+- 42%),

arranjadas de forma paralela envoltas numa matriz de BIS-GMA(29%) e

particulas inorganicas (+- 29%). Sao encontrados na forma c6nica (Luscent

Anchors, DentatuslWilcos) e paralela (FibreKor, Jeneric/Pentron, Reforpost,

Angelus), disponiveis em tres diametros. A sua utilizayao e simples, porem a

tecnica deve ser seguida passo a passe para evitar futuras falhas da

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restaurac;;ao. Outra vantagem e a facilidade de remoc;;ao do canal radicular

quando ha necessidade, pois e de facil desgaste.

Como sao bons transmissores de luz, permitem a refrac;;ao e transmissao

das cores internas dos dentes quando usados em restaurac;;6es livres de metal.

As figuras 1 e 2 mostram diferentes marcas comerciais dos pinos de fibra de

vidro.

Figura 1 - Sistema RFC Postec, pinos de fibras de vidro com a forma c6nica e as fresasutilizadas para 0 prepare do canal.

Figura 2 - Sistema Reforpost, pinos de fibras de vidre com forma cilindrica serrilhado quepreporciona 0 aumento da reten920 e as fresas utilizadas para 0 prepare do canal.

2.2.2 Pinos de Fibras de Carbono.

A fibra de carbona foi inicialmente utilizada na odontologia em 1983, na

Franc;;a. Em 1985, surgiu tambem na Franc;;a0 precursor dos pinos de carbono.

Em 1996, foi lanc;;ada no mercado americana a marca comercial de pinos C-

Post (Bisco), constituidos de 64% de fibras de carbona longitudinais, com 8].Jm

de diametro e 36% de uma matriz ep6xica. A resistencia a fadiga dos pinos de

carbona e de cerca de 1440 Mpa, duas a tres vezes maior que a apresentada

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pelo pino de titanio. A resistencia a flexao fica caracterizada em torno de 1300

GPa. Existe vantagem de se usar os pinos de carbona com nucleo de

preenchimento em resina composta quando comparados com nucleos

metalicos: Os nucleos metalicos levam it fratura do remanescente radicular

quando submetidos a cargas excessivas, enquanto os nucleos de

preenchimento em resina composta e pinos de carbona fraturam antes da

estrutura dental remanescente. 0 motivo e que os pinos de fibra de carbona

apresentam urn m6dulo de elasticidade de (21Gpa) pr6ximo ao da dentina (18

Gpa), 0 que causa menor estresse ao dente.33.34 Alem disto, os pinos de

carbona sendo rnais resistentes a a"ao de cargas do que os pinos de a"o inox

com 0 mesmo diametro, permitem 0 uso de pinos com menores diametros que

mostram resistencia equivalente a estes ultimos produzindo

consequentemente menor desgaste da estrutura dental remanescente.35

Apresentam, ainda, boa aceita"ao biol6gica e nao sofrem corrosao. Suas

principais desvantagens sao: a ausencia de radiopacidade e estetica (Sua

colora"ao escura pode interferir no resultado estetico de trabalhos livres de

metal).

Urn sistema de brocas especiais (produzido pelo pr6prio fabricante)

utilizadas em baixa rota"ao permite sua remo"ao com facilidade, porem nada

impede que sejam removidos de forma cuidadosa com brocas esfericas em

baixa rota"ao.

Apesar das limita,,6es, constituem uma alternativa de tratamento que

tern mostrado bons resultados quando comparados aos pinos metalicos02

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2.2.3 Pinos de Fibra de Carbono com Quartzo.

Devido a desvantagem da colorac;:ao acinzentada, pinos de carbona

recobertos com fibra mineral estetica tambem estao disponiveis no mercado,

apresentando como caracteristicas resistencia flexural entre 1200-1500 MPa,

resistencia a tensao de 55 MPa e modulo de elasticidade de 55 Gpa.36 Este

sistema de pinos apresenta rigidez maior que seu antecessor, 0 pino de

carbono, quando associado as restaurac;:6es em porcelana pura, apresenta

menor resistencia a compressao que os dentes higidos.

2.2.4 Pinos de Fibra de Ceramica com Resina.

Estes pinos, por estarem no mercado odontologico por urn tempo muito

reduzido nao permitiram estudos clinicos nem laboratoriais. Sao compostos por

urn polimero otimizado por ceramica que, de acordo com 0 fabricante,

apresenta menor potencial de danos que os pinos metalicos. Seu fabricante

afirma que estes pinos apresentam uma resistencia flexural de 1000Mpa e

modulo de elasticidade similar ao da estrutura dental (FRC Targis System,

Ivocair). Com a forma paralelo-conica estao disponiveis em dois tamanhos.

2.2.5 Pinos de Fibras de Aramida.

Possuem como caracteristica: alta resistencia a fratura, alto modulo de

trac;:ao,e 0 rnais resistente de todos esses materiais sendo relativamente fracos

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quando submetidos a compressao, sao quimicamente susceptive is a

degradayao por acid os e bases fortes, alta tenacidade, alta resistencia ao

impacto, alta resistencia a fluencia (deformayao ao longo do tempo de um

material submetido a uma carga ou tensao constante) e falha por fadiga, sua

colorayao prejudica a estetica.37

2.2.6 Pinos de Fibras de Polietileno.

Possuem colorayao esbranquiyada com propriedades camaleonicas, sao

biocompativeis, possuem alta resistencia, alto peso molecular, sao tratadas

com plasma de gas frio, sao dez vezes mais fortes que 0 ayo, podem ser

tranyadas, unidirecionais, entrelayada.28

2.2.7 Pinos Acess6rios de Fibra de Vidro.

Estes pinos podem ser utilizados para aumentar a resistencia de dentes

com grandes destruiyoes intemas do conduto, causadas por grande amplitude

do canal, carie, reabsoryoes internas ou preparos inadequados para confecyao

de nucleo. Varios estudos tem mostrado a necessidade de reforyo da estrutura

radicular debilitada com 0 usa de material resinoso.35.38 Outros autores tem

demonstrado que pinos fibroresinosos intra-radiculares tornam 0 remanescente

dental mais resistente a fratura quando comparados aos demais. Estes

conceitos associados ao conceito de que uma maior quantidade de fibras no

interior de materiais resinosos auxilia na distribuiyao de foryas entre as

estruturas as quais estao incorporadas39, 0 que aumenta 0 limite para inicio das

fraturas. Quando utilizados em dentes com raizes debilitadas acrescentam

resistencia as mesmas40

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2.2.8 Pinos Anatomicos.

Outra tecnica proposta para 0 tratamento de canais amplos e a utilizay80

de pinos anatomicos, por meio da moldagem do conduto radicular com resina

composta associ ada a pinos pre-fabricados de fibra. Essa tecnica, amplia sua

indicay80 por reduzir quantidades excessivas de material na hora da

cimentay80. Vale lembrar que 0 cimento resinoso tem baixa quantidade de

carga inorganica e n80 tem propriedades fisicas e mecanicas idea is em grande

espessura, ou seja, como material de preenchimento, cabe a resina composta

essa tarefa. A individualizay80 do pino permite boa adaptay80 ao conduto

radicular 0 que possibilita a formay80 de uma camada fina e uniforme de

cimento resinoso, assim criam-se condiy6es favoraveis para a reteny80 do

pino41

2.3. PROTOCOLO CLiNICO PARA 0 usa DE PINOS INTRA-RADICULARES

A reconstruy80 de dentes tratados endodonticamente frequentemente

requer a utilizay80 de pinos e nucleos para 0 restabelecimento da estetica e

funy80.

Os fatores que influ€mciam na Seley80 dos pinos intra-radiculares, como

ja citados, podem ser listados: comprimento radicular, anatomia dentaria,

largura da raiz, configuray80 do canal, quantidade de estrutura dentaria

coronal, forya de tory80, estresse, desenvolvimento da press80 hidrostatica,

desenho do pin~, material do pin~, compatibilidade dos materia is, capacidade

de ades80, reteny80 do nucleo, reversibilidade, estetica e material da coroa. 06

Contudo, para que a restauray80 tenha sucesso a longo prazo, um

sistema de pino ideal deveria ter os seguintes criterios: propriedade fisicas

similares as da dentina, maxima reteny80 com minima remOy80 de dentina,

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distribuic;;ao uniforme de estresse funcional ao longo da superficie radicular,

compatibilidade estetica com a restaurac;;ao definitiva e as tecidos

circunjacentes, minima estresse durante a instalac;;ao e a cimentac;;ao,

resistencia ao deslocamento, boa retenc;;ao do nucleo, reversibilidade,

compatibilidade do material com a nucleo, facilidade de usa, seguranc;;a,

confiabilidade e custo razoavel. 06

2.3.1 Comprimento do Pino.

o comprimento do pino e de grande significancia na retenc;;ao intra-

radicular da restaurac;;ao. Como regra basica a preparo para pino deve

apresentar uma extensao tal que permita a preservac;;ao de 4-6 mm de

obturac;;ao a que garante um bam selamento apical42 e alcanc;;ar no minima

metade da distancia entre a crista 6ssea alveolar e a apice radicular. Pinos

muito curtos au com seu extrema apical posicion ado acima da crista 6ssea

podem resultar em falhas de retenc;;ao e predispor a dente a fraturas

radiculares43

Figura 4. Em C vemos 0 comprimento da coroa clinica. R representa 0 comprimento radicular comsuporte osseo adequado com P comprimento ideal do pino no interior da raiz totalmente suportada porosso.Figura 5. Em C esta representada uma coroa clinica com comprimento maior do que a extensao dopino P que esta no interior da raiz R parcialmente suportada por osso.Figura 6. 0 comprimento inadequado do pino e a lalta de estruturas de suporte radicular levam aIratura.

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2.3.2 Configurac;iio do Desenho e da Forma de Retenc;iio dos Pinos.

Na dependemcia da configura<;:ao do canal, a escolha entre um pino de

desenho personalizado ou um pino pre-fabricado. Se 0 pino selecionado

apresentar conforma<;:ao e ajuste pr6ximo a forma e ao tamanho do canal, pode

ser uma op<;:ao mais conservadora, pois uma menor remo<;:ao de dentina sera

requerida, aumentando a resistencia a fratura do dente bem como a reten<;:ao

do pino06

Se um canal requer um preparo extenso, um nucleo fundido bem

adaptado sera mais retentivo e biologicamente mais favoravel que um pino pre-

fabricado que nao se equivale a forma do canal.24

o desenho do pino como regra deve ter a forma do canal, po is sua

adapta<;:ao e um fator importante para a reten<;:ao. Em casos de canais ov6ides

e elipticos devem-se utilizar pinos individualizados fundidos qua vao adaptar-se

a forma do canal. 06

Pinos com forma cilindrica sao mais retentivos que pinos conicos, isto

pode gerar duvidas com rela<;:ao ao tipo de preparo e na sele<;:ao do pin~, po is

para gerar reten<;:ao perde-se estrutura dental e consequentemente resistencia.

Os sistemas de pinos esteticos atualmente utilizados permitem a preserva<;:ao

de estrutura dental com maior reten<;:ao, pois, apresentam pinos com a forma

cilindrica que associados aos sistemas adesivos proporcionam uma excelente

reten<;:ao em menores diametros. Existem tambem sistemas com a forma

cilindrica/paralela que apresentam um diametro distinto na por<;:ao coronaria e

outro na por<;:ao apical que permitem resguardar estrutura dental na pon,ao

apical onde a raiz possui 0 menor diametro.

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18

2.3.3 Diametro do Pino.

Preservar a estrutura dentaria, reduzir as chances de perfurac;:ao e

permitir que 0 dente restaurado resista a fratura sao criterios na selegao de

diametro do pino.

o diametro do pino nao deve ser maior que um tergo (1/3) da largura da

raiz em sua dimensao mais estreita, onde 0 pino deve ser circundado por um

minima de 1mm de dentina saudavel, s61ida44,45

A restauragao de dentes com pino de amplo diametro torna a raiz mais

susceptivel a fratura devido a dimuic;:ao da estrutura do remanescente

dentinario. No entanto, seu diametro deve ser suficiente para manter sua

rigidez e dar 0 minima de retengao necessaria.

2.3.4 Desenho do Pino.

Os desenhos dos pinos podem ser classificados de acordo corn suas

caracteristicas de forma e superficie, podendo ser paralelos, conicos ou a

combinagao de paralelo e conico. De acordo com a superficie os pinos podem

ser ativos e passivos. Os pinos de fibras, passivos depend em da cimentac;:ao e

da intima adaptagao as paredes do canal para sua retengao06

2.3.5 Material do Pino.

Para alcangar 6timos resultados, 0 material usado na fabricac;:ao dos

retentores intra-radiculares deveria ter prioridades fisicas similares as da

dentina, unir-se a estrutura dental, ser biocompativel na cavidade oral, alem de

agir como um amortecedor de impacto, transmitindo pouco estresse a estrutura

dental remanescente.

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Infelizmente, os materiais utilizados para pinos e nucleos, bem como os

agentes cimentantes, tem propriedades fisicas distintas das da dentina e

exibem fundamentalmente diferentes comportamentos em rela9ao a fadiga.19

2.3.6 Capacidade de Adesiio.

Nucleos podem ser unidos ao pino e a estrutura dental de forma que 0

sistema dente-pino-nucleo-coroa possa funcioanar como uma so estrutura42

No entanto, isso pode ser dificil devido as diferen9as nas propriedades fisicas

dos materiais e da estrutura dental. Entre os cimentos disponiveis, 0 cimento

de fosfato de zinco e 0 mais testado ao longo do tempo. Contudo, a uniao do

pino a estrutura dental pode ser conseguida com a utiliza9ao da tecnica

adesiva associada aos novos agentes cimentatens resinosos, tendo em vista

que os cimentos tradicionais produzem somente resistencia friccional. Alem

disso, os compositos para nucleos podem tambem ser unidos ao dente e ao

pino com agentes adesivos, melhorando, dessa forma, 0 prognostico de dentes

restaurados com pino-nucleo pelo aumento da reten9ao e pelo refor90 da

estrutura dental, principalmente na regiao anterior, contra for9as obliquas de

cisalhamento.46

Tendo em vista a importancia da adesividade na reten9ao dos pinos, os

agentes cimentantes resinosos mostram boa adesao aos pinos de fibras de

carbona e de vidro enquanto adesao insatisfatoria aos pinos de zirconia. Alem

disso, observa-se tambem a nao necessidade de tratamento de superficie do

pino de fibra de carbona quando comparado ao pino de zirconia. A despeito da

cria9ao de microreten9ao sobre 0 pino de zirconia, a adesao entre 0 pino e 0

agente cimentante nao e uniforme, comprovando que a natureza do material e

responsavel pela adesao dos pinos a estrutura dental. 06,46

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2.4. SEQUENCIA CLiNICA.

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07 ---S:-ObServe II remoyio de gula..percna dO Inlenor ClOcan""---~09· Com II brace do sistema de pinos escolhldo prepara-se 0 canal.

10- lIa pro'18 do PWlO\'eritca-se sulllldaptac;aoeindinac;io.

11· Cortedopino girando sobreseu proprio ei)Cl) e sobretigerac;io.

12 - Condicionllmento dll estrutura dent!!!.

13- /I.4l0s lavar abundanlemente removem.5e os excessosde agull CXIm

ponladepapel absorvenle,

t<: - Agente silano na superfcie do pilo a!iluardar lite que 5e mostre

15· Apllca-se 0 sistema adesivo na superide do pno.

16. Aplica-se 0 sistema ade 51'/0 (dupla-polimenmyio) no interior do

C8nll~ removendG-Se os excesso 5 cnm ,,",ves jatos de ar e

btoplineriza.5e,

17 -Com uma broca Lentullo leVZl-sl! 0 cmenlo resiloso (Dual)

lIutop'oimertzii~'eI80 interior do canal e com um 'micto-brush"

aplica-senasuperficie dopila.

18 - Lew-sl! 0 pino em posic;io no internr do canal e btopollmerizlI-4e

o tempo recomendado pelo febriClnte.

19/20- Preenchimento do remanescente coromirio com resina composl8.

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2.4.1 Exame Radiografico e Avalialfiio Clinica.

o exame radiogrilfico se faz importante neste momento, pois permite a

avaliat;:ao da qualidade da obturat;:ao do canal, da condit;:ao periapical, das

condit;:6es das estruturas osseas de suporte, comprimento, anatomia e

eventual curvatura da raiz, bern como a espessura de paredes do canal

radicular. Estruturas que definem a possibilidade de instalat;:ao de retentores

intra-radiculares.

Oeve-se ter 0 cuidado de remover a restaurat;:ao pre-existente ou a

restaurat;:ao proviso ria, pois isto possibilita a analise detalhada do volume,

altura, bern como do formato e do diametro do canal.

Estes dois exames associados a uma analise critica e minuciosa das

expectativas e necessidades do paciente proporcionarao condit;:6es para a

tomada de decisao de que tipo de material deve-se usar bem como 0 diametro

e comprimento do pino a ser utilizado.

2.4.2 Prepar~ do Canal.

Apos 0 isolamento absoluto, com um calcador endod6ntico pre-aquecido

ou uma broca de Gates Glidden remove-se a obturat;:ao do canal ate 0

comprimento desejado, de forma que permanet;:a no interior do canal urn

remanescente apical da obturat;:ao entre 4 - 6 mm, isto vai garantir 0 selamento

apical do canal. 0 preparo para adaptat;:ao do pino deve ser realizado com a

broca especifica indicada pelo fabricante sistema de pino selecionado, no

diametro adequado ao do pino a ser utilizado evitando assim urn desgaste

desnecessario das paredes do canal. Estes procedimentos devem ter 0

comprimento de trabalho controlado pelo uso de um cursor que deve ser

posicionado no calcador e nas brocas de acordo com a medida desejada.12,13,14

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2.4.3 Teste do Pino no Interior do Canal.

Permite a avaliayao de sua adaptayao no canal previamente preparado,

sua inclinayao quando adaptado ao interior do canal e seu comprimento. Neste

momento, pode-se obter uma radiografia para conferir se 0 prepar~ e a

adaptayao do pino estao adequados.

Nao devem ser realizados desgastes para a obtenyao de um diametro menor,

porque 0 efeito de instrumentos cortantes sobre a superficie longitudinal gera 0

deslocamento de fibras causando falhas estruturais no pin~, 0 que leva ao

enfraquecimento do mesmo.

2.4.4 Corte do Pino.

Para prevenir falhas clinicas os pinos devem ser cortados com pontas

diamantadas sob refrigerayao ou discos de diamante para que 0 corte se de na

forma mais regular possive!. Irregularidades produzirao uma interface entre 0

material de preenchimento e 0 pin~, com consequente ayao das foryas ociusais

e deslocamento de fibras do interior da matriz. 0 uso de jato de oxido de

aluminio na superficie do pino para aumentar sua retenyao, e considerado

inadequado por causar exposiyao das fibras pela remoyao da camada

superficial, 0 jateamento nao aumenta a retenyao do pino altera sua estrutura

superficial alem reduzir sua resistencia a trayao, po is as particulas de aluminio

impregnam-se na resina ep6xica do pino.36,47

2.4.5 Condicionamento da Estrutura Dental.

Com um gel de acido fosf6rico a 35%, condicionam-se as paredes do

interior do canal, camara pulpar e estrutura dental remanescente. Lava-se

abundantemente e remove-se 0 excesso de agua com pontas de papel

absorventes.48

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2.4.6 Tratamento da Superficie do Pin~.

23

Alguns fabricantes de sistemas adesivos recomendam 0 tratamento da

superficie do pino com agente silano. Qutros recomendam 0 uso do sistema

adesivo presumindo que a resina epoxica responsavel pela uni130das fibras,

apresenta radicais livres que permitem a liga9130com 0 BIS-GMA; componente

dos cimentos resinosos. Microscopicamente ocorrem mudan9as na superficie

do pino tratado por silano, cuja 0 objetivo e favorecer uma uni130quimica da

pino.

Por913oorgEmica do cimento resinoso com a resina presente na composi913o do

Figura 21 - Mostra a superficie de um pino defibra antes da aplicac;:ao do agenteativador de selam vista p~r meio deMEV.

Figura 22 - Mostra a superficie deste pinoap6s a ac;:aodo agente ativadorde silano, tambem vista pormeio de MEV.

Varios estudos tern recomendado 0 emprego de agentes de siianiza9130

na superficie dos pinos de fibra, com 0 intuito de melhorar a ades130 entre a

cimenta913o.

superficie inorganica do pino e as moleculas polimericas dos agentes de

A for9a de ades130 entre os pinos e os agentes cimentantes e

relativamente baixa quando com parada a for9a de ades130 obtida com a

dentina, essa baixa adesao pode ser atribuida a ausencia de uma uniao

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quimica entre os metacrilatos da resina composta e a matriz ep6xica do pino de

fibra.

o silano com agentes de acoplamento ami nos e geralmente utilizado

como promotor de adesao na presenya de polimeros de resina ep6xica.

Estudos mostram que a ligayao quimica por meio do silano s6 pode ser

concretizada entre a resina composta e as fibras de vidro ou quartzo expostas

no pino. 01

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3 DISCUssAo

A reconstruyao de elementos dentais com coroas destruidas e

despolpados normalmente e um procedimento complexo, em muitas situay6es

clinicas essa destruiyao e acentuada e resulta em pequena quantidade de

estrutra saudavel, sendo necessaria a utilizayao de suportes intra-radiculares

para oferecer uma adequada retenyao e resistencia a restaurayao.

Apesar da sua vasta aplicayao clinica, a indicayao de nucleo metalico

fundido tem side questionada em razao do numero de sess6es clinicias

necessarias para sua confecyao, remoyao de maior quantidade de tecido

higido e por necessidade de procedimentos laboratoriais para sua confecyao, 0

que pode aumentar a ocorrencia de falhas.

A adequada resistencia dos pinos pre-fabricados, aliada as vantagens

como praticidade tecnica, maior retenyao ao preparo e menos desgaste de

estrutura dental, faz deste sistema uma boa opyao para 0 clinico em casos nos

quais a retenyao e fundamental.

A quantidade de retenyao de pinos pre-fabricados depende de fatores

como comprimento, diametro, forma anatomica e caracteristicas de superficie

do pin~, concord amos com HOLMES, que alem da influencia sobre a retenyao,

quanto mais longo 0 pin~, menor e a concentrayao de estresse. Diante do

exposto, preconiza-se a inseryao do pin~, com preparo ocupando dois teryo do

comprimento do conduto.

Dentes reconstruidos com pinos e submetidos a testes de compressao

apresentam melhores resultados em relayao aos padr6es de fratura e

possibilidade de reparo quando comparados a dentes restaurados com nucleos

metalicos fundidos.

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Sistemas de pinos pre-fabricados nao metalicos tem sido desenvolvidos

para minimizar os efeitos deleterios relativos a rigidez ou ao alto modulo de

elasticidade dos pinos metalicos. Entre eles podemos citar os pinos de fibras

de carbona e os de fibra de vidro, visto que ambos possuem modulo e

elasticidade semelhante ao da dentina, alta resistencia a fadiga, tecnica de

cimentac;;ao passiva e possibilidade de uniao quimica com cimentos resinosos.

Contudo, podemos afirmar que os pinos de fibra de vidro possuem vantagens

superiores no que se refere a estetica, melhor adesao ao cimento resinoso e

tramissao de luz durante a fotopolimerizac;;ao.

Em termos de resistencia, varios estudos tem determinado a fratura de

dentes restaurados com diferentes sistemas de pinos. Para dentes restaurados

com pinos de fibras, quando comparados a pinos metalicos, foram encontrados

valores menores, semelhantes e ate maiores.

Desta forma, podemos afirmar que os nucleos de preenchimento com

fibras quando bem indicados apresentam melhor resultado que os nucleos

fundidos.

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4 CONCLUSAO:

Tradicionalmente, a maioria dos dentes tratados endodonticamente e

restaurada com um sistema de pino e nucleo seguido por uma coroa. Contudo,

para que a restaura~ao tenha sucesso a longo prazo, um sistema de pino ideal

deveria ter os seguintes criterios: propriedades fisicas similares as da dentina,

maxima reten~ao com minima remo~ao de dentina, distribui~ao uniforme do

estresse funcional ao longo da superficie radicular, compatibilidade estetica

com a restaura~ao definitiva e os tecidos circunjacentes, minima estresse

durante a instala~ao e a cimena~ao, resistencia ao deslocamento, boa reten~ao

do nucleo, reversbilidade, compatibilidade do material com 0 nucleo, facilidade

de usa, seguran~a, confiabilidade e custo razoavel. Nao ha um procedimento

padrao em todos os casos para a coloca~ao de retentores intra-radiculares

devido as multiplas variaveis clinicas presentes e a orienta~ao quanto aos

principios biomecanicos basicos para a confec~ao de retentores que continuam

a guiar 0 progn6stico clinico, mesmo com 0 advento e divulga~ao dos

modernos nucleos/pinos e materias restauradores. Portanto, 0 clinico deve ter

conhecimento na sele~ao correta do tipo de sistema de pino e nucleos que

satisfa~a as necessidades biol6gicas, mecanicas e esteticas de cada dente

individualmente.

Para facilitar, de formar resumida anexamos uma tabela que mostra a

indica~ao de cada caso:

Nucleos RigidosEstrutura coroniuia com umaexagerada destruil'aoGrandes de esfor~os de cisalhamentoRetentores intra-radiculares multiplos

Nucleos de PreenchimentoRestaural'oes Unitanas

Canais com forma eliptica com expulsividadeexcessivaAlterayao de inclinayao na direl'ao do longo eixodo dente durante 0 preparo

Camera Pulpar ProfundaCanal Radicular com forma compativel ao sistemade pinos escolhidoRaizes divergentes com estrutura coronariaadequadaRemanescente coronario com altura minima de2mm.

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ANEXO 1 - SEQUENCIA CLiNICA EM PACIENTE:

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Secagem ap6s a Lavagem do Conduto

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Prova do Pino Cimenta<;:ao do Pino

do Preparo do Nucleo

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