Versão 1...Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria Versão...

21
Protocolo Clínico Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria Versão 1.0 2019

Transcript of Versão 1...Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria Versão...

  • Protocolo Clínico

    Divisão Médica/03/2019

    Sedação e Analgesia em

    Pediatria Versão 1.0

    2019

  • Protocolo Clínico

    Divisão Médica/03/2019

    Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0

  • ® 2019, Ebserh. Todos os direitos reservados

    Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh

    www.ebserh.gov.br

    Material produzido pela equipe de pediatras da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e

    Pediátrica do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em

    parceria com o Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais.

    Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais.

    Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Ebserh

    – Ministério da Educação

    Protocolo Clínico: “Sedação e Analgesia em Pediatria” – Divisão Médica, Uberaba, 2019, 18p.

    Palavras-chaves: 1 – sedação; 2 – analgesia; - 3 – pediatria.

  • HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

    ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES

    (EBSERH)

    Avenida Getúlio Guaritá, nº 130

    Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG

    Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.uftm.edu.br

    ABRAHAM WEINTRAUB

    Ministro de Estado da Educação

    OSVALDO DE JESUS FERREIRA

    Presidente da Ebserh

    LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE

    Superintendente do HC-UFTM

    DALMO CORREIA FILHO

    Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM

    MARIA CRISTINA STRAMA

    Gerente Administrativa do HC-UFTM

    GEISA PEREZ MEDINA GOMIDE

    Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM

    ELIENE MACHADO FREITAS FELIX

    Chefe da Divisão Médica do HC-UFTM

    EXPEDIENTE

    Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica

    Produção

  • HISTÓRICO DE REVISÕES

    Data Versão Descrição Gestor do

    Protocolo

    Autor/responsável

    por alterações

    24/04/2019 1.0 Sedação e Analgesia em Pediatria Eliene Machado

    Freitas Felix

    Fabiana Jorge Bueno

    Galdino Barsam,

    médica intensivista em

    UTI/Pediátrica

    Validadores:

    Pavila Virgínia O.

    Nabuco, médica diarista

    em UTI/Pediátrica

    Valquíria C.A. Chagas,

    médica diarista em

    UTI/Pediátrica,

    Valéria C.A. Cunali,

    médica diarista em UTI

    Pediátrica

    Registro e Validação

    final: Unidade de

    Planejamento

    Aprovação: Colegiado

    Executivo

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 5 de 18

    SUMÁRIO

    1 – DEFINIÇÕES............................................................................................................................7

    2 – OBJETIVOS.............................................................................................................................8

    3 – PÚBLICO ALVO......................................................................................................................8

    4 – ÂMBITO DE APLICAÇÃO.....................................................................................................8

    5 – SEDAÇÃO E ANALGESIA.....................................................................................................8

    6 – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA EM PEDIATRIA ...........................................................10

    7 - REFERÊNCIAS .......................................................................................................................11

    8 - APÊNDICES.............................................................................................................................12

    9 - ANEXOS...................................................................................................................................17

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 6 de 18

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 7 de 18

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

    Hospital de Clínicas

    Divisão de Enfermagem

    PC/DM: 03/19

    Versão: 1.0

    Protocolo Clínico

    SEDAÇÃO E ANALGESIA EM PEDIATRIA

    1 - DEFINIÇÕES

    Dor: experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesões reais ou potenciais. No entanto,

    cada vez mais tem se caracterizado a dor como tudo aquilo que o paciente refere como dor.

    Sedação: estado de depressão do nível de consciência induzido por drogas, em diferentes níveis de in-

    tensidade. De acordo com as doses administradas e respostas individuais, o resultado varia desde a

    consciência com leve tranquilidade até a inconsciência.

    Sedação mínima: estado induzido por drogas durante o qual o paciente responde normalmente ao co-

    mando verbal, porém com algum comprometimento na coordenação e funções cognitivas, mantendo

    preservadas as funções cardiovasculares e respiratórias.

    Sedação moderada (“sedação consciente”): estado induzido por drogas no qual o paciente responde

    ao comando verbal com ou sem leve estímulo táctil. A via aérea está preservada bem como a ventilação

    espontânea. A função cardiovascular está normalmente mantida.

    Sedação profunda: estado de inconsciência induzido por drogas no qual o paciente não apresenta res-

    posta ao comando verbal e perde os reflexos protetores. Só há resposta a estímulos dolorosos profundos.

    As funções cardiovasculares estão geralmente mantidas, enquanto que o suporte respiratório é necessá-

    rio.

    Anestesia: é um estado induzido por drogas em que há perda total da consciência. Ocorre depressão

    respiratória e ausência de atividade neuromuscular, sendo mandatório suporte respiratório. As funções

    cardiovasculares podem estar comprometidas.

    Analgesia: alívio ou supressão da dor, associada à lesão tecidual real ou potencial.

    Bloqueio neuromuscular: usado para conseguir relaxamento dos músculos esqueléticos através da abo-

    lição ou redução da transmissão nervosa entre nervos motores e músculo esquelético na placa motora.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 8 de 18

    Tolerância: diminuição no efeito da droga com o passar do tempo, ou a necessidade de um aumento na

    dose do fármaco para obter o mesmo efeito.

    Abstinência: aparecimento de sintomas e sinais físicos (taquicardia, sudorese, agitação, tremores, febre,

    entre outros) em resposta à retirada ou à redução abrupta da droga.

    Dependência física: refere-se à necessidade do organismo em continuar a receber a droga, para evitar os

    sinais de abstinência.

    2 - OBJETIVOS

    Orientar os profissionais quanto ao uso adequado de sedação/analgesia do paciente pediátrico com a fi-

    nalidade de evitar a síndrome de abstinência.

    3 - PÚBLICO ALVO

    Profissionais que atuam diretamente no cuidado dos pacientes pediátricos.

    4- ÂMBITO DE APLICAÇÃO

    Unidades Assistenciais Neonatais e Pediátricas do HC-UFTM.

    5 – SEDAÇÃO E ANALGESIA

    Escalas de dor e sua aplicabilidade

    Grau de recomendação A uso de ferramenta de idade apropriada para

    avaliar dor aguda e crônica em crianças gravemente doentes (Utilizar

    escalas comportamentais COMFORT e FLACC)

    Escala comportamental de FLACC (face, legs, activity, cry, consolability):

    • Crianças mais velhas 0 -7 anos / dor pós-operatória

    • Indicadores comportamentais: expressão facial, movimentos de membros

    inferiores, atividade, choro, consolabilidade:

    - Valores de 1 – 3 - dor leve;

    - Valores de 4 – 6 - dor moderada;

    - Valores de 6 – 10 - dor severa.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 9 de 18

    Escala de COMFORT:

    • Criada inicialmente para avaliar o nível de sedação

    • Tem sido utilizada como ferramenta para avaliar a dor no pós-operatório e em

    crianças criticamente enfermas.

    - Escore menor que 17 - indica sedação excessiva;

    - Escore entre 17 e 26 - sedação adequada;

    - Escore maior que 26 - sedação insuficiente.

    Quando utilizar:

    Crianças graves (Nível A de Recomendação);

    Ventilação mecânica (VM) / intubação orotraqueal;

    Alteração do padrão de sono associada à desorientação, distúrbios psicológicos e fadiga;

    Procedimentos invasivos (cateterização vesical/punção lombar/ punção de acessos venosos);

    Pós-cirúrgico;

    Hipertensão intracraniana;

    Hipertensão pulmonar.

    * Aplicar a escala a cada 6 horas ou de acordo com as condições clínicas do paciente.

    Tratamento não farmacológico da dor:

    - Permanência de pais e cuidadores na unidade; musicoterapia; controle da luz e ruídos; respeito ao ciclo

    sono-vigília; atividades lúdicas e recreativas, conforme o estado da criança permita.

    * Em recém-nascidos (RN): enrolamento, sucção não nutritiva, solução glicosada (sacarose/glicose

    25%).

    OBSERVAÇÃO:

    Não há dados suficientes na literatura para promover o uso de infusão contínua (INF) de midazolam

    como sedativo para RNs. Apesar de o midazolam ser usado muitas vezes de forma indiscriminada, de

    modo isolado ou em associação ao fentanil nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, foi

    demonstrado que o seu uso em INF em RNs prematuros está associado a efeitos adversos graves, como

    morte, leucomalácia e hemorragia peri-intraventricular, além de movimentos discinéticos, mioclonias e

    atividade epileptiforme.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 10 de 18

    6 – SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA EM PEDIATRIA

    A síndrome de abstinência origina-se da interrupção brusca dos sedativos e analgésicos em pacientes

    que apresentam tolerância física através da administração prolongada destes fármacos.

    Sinais e Sintomas:

    • Variam em apresentação e gravidade, dependendo do fármaco e da situação do paciente;

    • Ativação do Sistema Nervoso Central (SNC): irritabilidade, reflexos exaltados, tremores, clônus, hi-

    pertonicidade, delírios e convulsões;

    • Alterações gastrointestinais (intolerância digestiva, náuseas, vômitos e diarreia);

    • Ativação do sistema nervoso simpático (taquicardia, hipertensão e taquipneia).

    Têm-se descrito essa síndrome com a administração da maior parte de sedoanalgésicos, como os opi-

    áceos, benzodiazepínicos, barbitúricos e propofol, geralmente por mais de 5 dias.

    Diferentes métodos são utilizados para evitar o aparecimento da síndrome de abstinência, como a re-

    dução gradual da dose e a administração de metadona e lorazepan.

    No HC-UFTM, utiliza-se a redução gradual da dose endovenosa (EV) e associação de uma medica-

    ção equivalente por via oral (VO).

    Na retirada do fentanil utiliza-se a metadona, iniciando com a dose de 0,05 mg/Kg/dose até de 6/6

    horas.

    Na retirada do midazolan, utiliza-se o lorazepan, na dose inicial de 0,05 mg/Kg/dose até de 6/6 horas.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 11 de 18

    7 – REFERÊNCIAS

    1. LAGO, Patrícia M. et al. Analgesia e sedação em situações de emergência e unidades de trata-

    mento intensivo pediátrico. J Pediatr (Rio J) 79:S223-S230, 2003.

    2. HARRIS J et al. Clinical recommendations for pain, sedation, withdrawal and delirium assess-

    ment in critically ill infants and children: an ESPNIC position statement for healthcare profes-

    sionals. Intensive Care Med , 42:972–986, 2016.

    3. BARTOLOME, Santiago Mencía; CID, Jesús López-Herce; FREDDI, Norberto. Sedação e

    analgesia em crianças: uma abordagem prática para as situações mais frequentes. J Pediatr;

    83(2):S71-82, 2007.

    4. PIVA E CELINY. Medicina Intensiva em Pediatria. 2ª EDIÇÃO. REVINTER. 2014.

    5. SILVA, Yerkes Pereira e et al. Sedação e analgesia em neonatologia. Rev. Bras. Anestesiol,

    57:5, p. 575-587, 2007.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 12 de 18

    8 – APÊNDICES

    Principais Medicações Utilizadas em Pediatria:

    1 - Sedativos:

    Droga

    Dose Pediátrica

    Início

    Duração

    Observação

    Hidrato de cloral

    VO: 25-75 mg/kg

    Após 30 min, pode-se

    repetir de 25-50 mg/

    kg

    Dose máxima (máx):

    1g (lactentes) e 2g

    (crianças) ou 120 mg/

    kg

    Dose máx. diária: 2 g

    VO: 10-20

    minutos

    (min)

    VO: 4 a 8

    horas

    Efeitos não confiáveis

    se idade > 3 anos

    Não interfere no ele-

    troencefalograma

    Diazepam

    EV: dose inicial 0,04 a

    0,3 mg/ kg a cada 2-4

    horas

    Dose máxima

    0,6mg/kg/8horas

    EV: 1 a 3

    min

    EV: 15 a

    30 min

    Maior depressão res-

    piratória quando usa-

    do com combinação

    com outros neurodre-

    pressores

    Lorazepam

    VO: 0,05 mg/kg/dose

    a cada 4 a 8 horas

    (0,02 a 0,1

    mg/kg/dose)

    Dose máxima: 2 mg

    VO: 60 min

    VO: 8 a 12

    horas

    1- Meia vida longa,

    usado para o tratamen-

    to de abstinência;

    2- Apresentação en-

    dovenosa até o presen-

    te momento não dis-

    ponível no Brasil;

    3- Vide Diazepam.

    Midazolam

    EV: 0,05 a 0,5 mg/

    kg/dose

    Dose máxima: 20mg

    INF: dose inicial: 0,06

    a 0,12 mg/ kg/hora

    Titular até o efeito de-

    sejado

    Intramuscular (IM):

    0,1 a 0,5 mg/kg

    Dose máxima: 10 mg

    Intranasal (IN): 0,2 a

    0,3 mg/kg

    EV: 1 a 5

    min

    IM, IN: em

    até 5 min

    EV: 20 a

    30 min

    IM: 2 ho-

    ras (até 6

    horas)

    IN: 30 a

    60 min

    1- Maior depressão

    respiratória quando

    usado em combinação

    com outros;

    2- Usar doses menores

    para sedação consci-

    ente em procedimen-

    tos (0,05 a 0,1 mg/kg

    até 10 mg)

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 13 de 18

    Propofol

    EV: 1 mg/ kg, seguido

    por 0,5 mg/kg, em do-

    ses repetidas, confor-

    me necessário

    EV: 30 se-

    gundos (seg)

    EV: 3 a 10

    min

    1- Hipotensão;

    2- Depressão respira-

    tória; 3- Diminuição

    da Pressão intracrani-

    ana (PIC)

    Tiopental

    EV: 1 a 3 mg/kg/dose

    Dose máxima: 6mg/kg

    ou

    150 a 200 mg/ dose

    EV: < 1 min

    EV: 15

    min

    1- Hipotensão

    2- Laringoespasmo

    3- Depressão respira-

    tória

    4- Diminuição da PIC

    2 - Analgésicos:

    Droga

    Dose Pediátrica

    Início

    Duração Observação

    Fentanil

    EV: 1 a 4

    µcg/kg/dose

    INF: 0,5 a 5

    µcg/kg/h

    EV: quase

    imediata

    EV: 30 a 60

    min

    1- Depressão respirató-

    ria.

    Reduzir a dose quando

    usado em combinação

    com benzodiazepínicos;

    2- Infusão rápida pode

    causar rigidez torácica.

    Infundir em 3 a 5 min

    3- Diminuição da motili-

    dade intestinal.

    Morfina

    Analgesia: EV, IM:

    0,05 a 0,2

    mg/kg/dose

    Dose máxima: 15

    mg

    VO: 0,2 a 0,5

    mg/kg/dose

    INF inicial: 20 a 30

    µcg/kg/h

    Titular até efeito de-

    sejado

    EV: 5 a 10 min

    VO: 1 hora

    EV, IM: 3 a

    5 horas

    VO: 3 a 5

    horas

    1- Depressão respirató-

    ria.

    Reduzir a dose quando

    usado em combinação

    com os benzodiazepíni-

    cos;

    2- Liberação de histami-

    na.

    Contraindicado na asma

    grave;

    3- Diminuição da motili-

    dade intestinal.

    Metadona 0,05 a 0,2 mg/kg a

    cada 4 a 6 horas,

    VO.

    Dose máxima: 10

    mg/kg.

    45 min 8 a 12 horas 1-Tem sido cada vez

    mais usada no tratamen-

    to e na prevenção da abs-

    tinência e da dependên-

    cia; 2- Efeito acumulati-

    vo que pode levar à se-

    dação mais prolongada

    que a desejada.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 14 de 18

    Tramadol IV: 1-2 mg/kg/4-6 h

    INF: 0.2-0.4

    mg/kg/h/

    Dose máx: 400

    mg/dia

    10 min 6 horas 1-Boa tolerância hemo-

    dinâmica

    2-Menos depressão res-

    piratória

    3 - Drogas Dissociativas

    Droga

    Dose Pediátrica Início

    Duração Observação

    Ketamina

    EV: 0,5 a 2 mg/kg

    INF: 5 a 20

    mcg/kg/min

    Titular para o

    efeito desejado

    IM: 3 a 7 mg/ kg

    EV: 30 seg

    IM: 3 a 4 min

    Dissociação

    EV: 5 a 10

    min

    IM 12 a 25

    min

    Recuperação

    EV: 1 a 2 ho-

    ras

    IM: 3 a 4 ho-

    ras

    1- Múltiplas contraindi-

    cações;

    2- Sonhos desagradáveis

    ou alucinações raras em

    crianças;

    3- Frequentemente ad-

    ministrado com atropina

    ou glicopirolato para

    controlar hipersalivação;

    4- Aumenta a PIC;

    5- Pode melhorar o

    broncoespasmo.

    4 - Alfa-2 Agonista Adrenérgico

    Droga Dose Pediátrica Início Duração Observação

    Dexmedetomidina IV: 1 μg/kg

    INF: 0,2-0,75

    μg/kg/h 2-5

    2 - 5 min 2 horas 1- Fornece uma

    “sedação conscien-

    te” e analgesia, sem

    depressão respira-

    tória;

    2- Eefeitos analgé-

    sicos, levando a

    uma menor utiliza-

    ção dos opioides.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 15 de 18

    5 - Antagonistas (fármacos de reversão)

    Droga Dose Pediátrica

    Início

    Duração Observação

    Naloxona

    (Antagonista a opi-

    oides)

    EV ou IM:

    0,1 mg/kg/dose

    até no máximo

    de 2mg/kg/dose.

    Pode-se repetir a

    cada 2 minutos,

    se necessário.

    EV: em até 2

    min

    IM: 2 a 5 min

    EV, IM: 20

    a 60 min

    1- Se efeito de reversão

    for menor, pode ser neces-

    sário o uso de doses seria-

    das;

    2- Doses repetidas podem

    ser necessárias por dura-

    ção do efeito menor do

    que a maioria dos opioides

    Flumazenil

    (Antagonista a

    benzodiazepínicos)

    EV: 0,021

    mg/kg/dose

    Dose máx: 0,2

    mg

    Pode- se repetir

    a cada 1 min até

    0,05mg/kg ou 1

    mg

    EV: 1 a 3

    min

    EV: < 1 ho-

    ra

    1- Se o efeito de reversão

    for menor, pode ser neces-

    sário uso de doses seriadas

    2- Doses repetidas podem

    ser necessárias por dura-

    ção do efeito menor do

    que a de outros benzodia-

    zepínicos.

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 16 de 18

    6 - Bloqueadores Neuromusculares:

    Os bloqueadores neuromusculares (BNM) estão indicados para a intubação endotraqueal e durante a

    VM para eliminar o assincronismo com o respirador em crianças com insuficiência respiratória grave

    ou para reduzir o risco de extubação acidental em crianças com via aérea instável. Para os pacientes

    com doença pulmonar ou cardíaca graves, os maiores benefícios com o seu uso incluem: redução no

    consumo de oxigênio e no gasto de energia, pela eliminação da contração muscular esquelética.

    Droga Ação Dose

    (mg/kg)

    Início

    (min.)

    Duração

    (min)

    Vantagens Comentários

    Succinilcolina Despolarizante 1-2

    Não se usa

    em INF

    Imediato 3-5 Curta

    duração

    (intubação)

    Hiperpotassemia.

    Fasciculações

    Vecurônio Não despolari-

    zante

    Bolo inicial:

    0,08-0,2

    INF: 0,08-

    0,2mg/kg/h

    2-4 20 Sem efeitos

    cardiovas-

    culares

    Debilidade mus-

    cular

    Pancurônio Não despolari-

    zante

    Bolo inicial:

    0,1

    INF:0,1mg/

    kg/h

    2-4 30-45 Maior

    duração

    Taquicardia, há

    aumento de PIC

    Atracúrio Não

    despolarizante

    Bolo inicial:

    0,3-0,6

    INF:0,3-0,6

    mg/kg/h

    2-3 25-30 Não

    metaboliza-

    do no fíga-

    do e rim

    Broncoespasmo

    Bradicardia

    Rocurônio Não

    despolarizante

    Bolo inicial:

    0,6-1,2

    INF:5-

    15mcg/kg/h

    1-2 30-40 Sem altera-

    ções cardi-

    ovasculares

    Taquicardia com

    altas doses.

    Cisatracúrio Não despolari-

    zante

    Bolo inicial:

    0,15

    INF:

    1,5mcg/kg/h

    3-4 30 Não meta-

    bolizado

    em fígado e

    rim

    Sem efeitos cardi-

    ovasculares

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 17 de 18

    9 – ANEXOS

    ANEXO 1 – Versão final da Escala FLACC

  • Protocolo Clínico/Divisão Médica/03/2019 Sedação e Analgesia em Pediatria

    Versão 1.0 Página 18 de 18

    ANEXO 2 – Escala de Sedação COMFORT:

    Fonte: Pereira e Silva, 2007

  • HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO

    MINEIRO (HC-UFTM)

    Avenida Getúlio Guaritá, 130

    Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG |

    Divisão Médica

    Telefone: (34) 3318-5212 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm