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FUNDADOR: PEDRO CORRÊA DA SILVA
TELEPHONE N.* 117
Segunda feira 26 de agosto de 1895
Editor responsável J. M.|Baptists de Carvalho
AailfBSlnrsi eaa Lftsbos
1 mes... 300 réis Annuncios: linha, 20 rs.; 1.»
& meies. 900 » pag., 100 ri.; corpo do jor-
Avulso.. 10 » mal cosa travessão, 60 róis.
Communicados s outros artigos,. coatractasi-se
aa administrado.
A FONTE DOS PASSARINHOS EM CINTRA
caio entreveiu, porqne desmandos
ha que nem mesmo ià> descnlpi-
veis quando se volta do Senhor
da Serra.
das mulheres, coradas por an ex <
cessosito de piogoinhs.
O dia convidava para esia bam-
bochata d'ar livre e vinhaça, por- <
}ue# segando asseveram es gran-
es amantes de Bacibo, o divino
sammo da uva, que d'inverno
squece, de verão refresca.
Se a intensidade do refresco es-
teve na razão d'recta do calor,—
am sol de rachar pedras, hon-
temf—não seria peqaeno o namo-
ro de devotos do Senhor da Serra
e de Baocho que gosaram a ame-
nidade da noite estiraçados pelos
restolhos qae mus â m&o enoon
trassem, cosendo o sen vinho qua-
si beatificamente e castigando oa
seas corpos n'am tal despreso pe-
la carne que poderia aloanhar se
d'uncçSo de penitentes arrepen
didos, se d'aqui a oito dias não
provassem indubitavelmente qae
o arrependimento não existira e
qae, para elles, pouco representa
a maceração do corpo, quando o
estomago esteja bem replecto e a
cabeça se incline para a terra,
n'um balancear de espiga madura
açoutada pelo vento.
Consequentemente, as locandas
de fóra de portas estiveram ás
moscas, nâo tiveram frequentado
res os bsiles campestres, e nas
soirées a desanimação foi estu
pante.
Um dis perdido pars os salsi
frés da capital.
A' noite, de volts, houve os cos-
tamsdos episodios.
Ranchos chegavam, de braços
entrelaçados, cantando ao desafio,
n'uns esganiçsmsntos d'arrepiar.
A's portas, a guarda fiscal como
que os desnundava com o seu
I elhsr de lynce, e qusndo oi fo-
Theatros, theatros!
Approxima-se o mes em que se
costumam reabrir os theatros: se-
tembro.
Pois nada se sabe ao eerto so
bre as futuras companhias!
Apenas ama eipirança— a de
que a distinctissima actris Lucin-
da Simões consiga organisar am
gropo de artistas.
Do theatro, dito Normal, não
sabemos coisa alguma. Quando
reabre, com que peças conta, ori-
ginaes ou traduzidas, que modifi
cações fas no seu pessoal?
O que nos disem da Trindade?
Vem Sousa Bastos a tempo, é ex
piorado por outra empresa, com
que cantores e com que cantoras?
Tudo interrogações...
Pois se até nada podemos dizer
do nosso querido e sympatbico
Gymnasio!
Apenas ouvimos, mas casta-nos
a referir o que ouvimos... Ape
nas ouvimos que é possivel e até
provável que Valle não figure no
elenco!!
Vai a informação com dois pon
tos admirativos apenas, quando
podia e devia ir com quantos pos
suimos nos caixotins, porque o
Valle não se comprehende fóra do
Gymnasio, nem o Gymnasio se
comprehende sem o Valle. For-
mam am só todo, completam se.
N'este ponto, ergamos os olhos
em prece para qae o boato se des-
vaneça!
Tem o clou d'uma artista de pri
meira ordem.
Os olhos vivos, os dentes de neve,
e o cabdlo aloirado, cahidoy quasi
tempre, pelos bem torneados nom-
bro8y dão lhe uma graça infinita,
tornando-a a mulher predilecta do
nosso thtatro. E quando faz timbrar
a sua voz meiga e delicada, ou saltar
os finos dedos pelas cordas de uma
guitarra, acompanhando com versos
improvisados chtios de graça, apai-
xona todost que a admiram e ap
plaudem, sendo, por isso, immtnsos
os seus admiradores.
Como mulher, possue bello cara-
cter, é caridosa, e se alguém pensa
em organisar qualquer recita, a
ella se dirige, pois só ella lhe sabe
dar immensa alegria com as suas
engraçadíssimas cançonetas, em que
é eximia.
Canta o fadinho, seu canto pre-
dilecto,, e sabe dar lhe a expressão
que carece, a ponto de arrancar os
0pplau808 a todas as platéas. Além
d'isso, é uma exp endida actriz,
tanto na operetta, como na opera-
comtca%
Em fim, foi a alegria da Trinda-
de na epocha passada.
A. S.
Está quasi a 11, o cambio do
Brazil.
Qae suba, ó o que desejamos ar-
dentemente!
Que subs, para que as formosís-
simas brasileiras que por ahi ador-
nam o nosso Portugal possam os-
tentar oa brilhantes que o solo da
sua patria alimenta, as sedas que
t&o bem lhe emquadram a palli-
dez.
Que suba, para que de novo,
pelo oceano fóra, se encontrem as
as correntes de oiro fecundante,
os navios carregados, essas arté-
rias da vida, por onde as duas na-
ções se correspondiam, abraçan-
do-se.
Qae suba, para que as carava-
nas de brasileiros qae crasavam,
animavam e enriqueciam o nosso
pais, continuem a vir procurar
um sol tão alegre como o seu, ou
vindo em voz de colibri o rouxi-
nol, e em voz da viração salgada
da mais formosa das bahias o mur-
murar plangente do mais poético
dos rios.
Que subs, emfim, e qae se dei-
xe fiosr pelss sltaras! Beatriz e Valle
A sempre formosa actriz, estrel-
la do Gymnasio, e Valle, o grande
aotor comicc, aprestam so para
em breve irem dar algans cape
ctscalos em Cascaes.
Que a colonia balnear, anciosa
de divertimentos, vá aguçando o
appetite.
\Jr' padre da freguesia
K' janota, mas caidado,
Porque ás vezes o pastor
Tambam leva co o cajado.
A fonte dos Passarinhos
em Cintra
O caminho de ferro despoetisoa
b bella Cintra d'oatros tempos,
•roubando lhe grande parte do seu
enoanto.
Entrar ali ao romper d'alva,em
tipóia, pelo Ramalh&o, depois de
se ter feito a paragem do estylo
no Cacem, era um deslumbramen-
to.
Seguir depois até á Fonte dos
Passarinhos e beber um copo d'a-
quella agua incomparável, sem
ninguém nes acotovellar, tranqui-
lamente, gosando o fresco da ma
nbã á vontade, era uma delicia.
Hoje, é raro visitar se Cintra de
csrruagem e encontrar-se a Fonte
dos Passarinhos deserta. A tercei-
ra classe dos comboios despeja ali,
a toda a hora, uma turba-malta
que espanta os passarinhos, que
nos incommods, e que tem conse-
guido desenoantar a encantada e
velha fonte da nossa gravura.
Se fosse possivel voltar aos an-
tigos tempos, que bom era!
D Clarimunda Emma
Anda a faser um poemeto,
Que vale mais que um poema,
Em que tomou para thema
As glorias do Gato Preto.
Boa da Victoria
0 dia de bontem
Bellas attrabiu bontem toda es
parte da população alfacioba
que costuma pandegar dominical
mente. Logo de manhãsinha, car
roças preparadas de vespera, de
cavallos enfeitados de fitas e fio
res, seguiram por essa cidade fó
ra, campainhando alegremente.
Famílias compactas abandona
ram os lares, e, de filhos n'um bra-
ço e farnel no outro, lá foram pa-
gar o fôro annual ao Senhor da
Serra:-patuscada ao ar livre
com vinho em abandancia que
permittisse reboladellas na relva,
por entre as gargalhadas agudas
liões passavam emfim, algum
mais atrevido voltava-se para os
soldados, e dizia-lhe, na intimida-
de que é apanagio dos dois grãos
na asa:
—O' coisa, então eu não psgo
nada pelos cinco litros que aqui
levo?
E batia arrogantemente no es-
tomago. Gargalhadas, bravos, vi
vas, ovação estrondosa ao gracio
so requentado.
E o rancho seguia, desfazendo
se pouco a pouco:—um que ia pa-
ra casa, oatro que não estava pa-
ra mais, um outro que tinha de
faser.
E a policia, a paciente policia
que tanto supports, só em altimo
In peasmeeto p«r dia
De Montegasza: —«As ausên-
cias premeditadas são boas para
conservar o amor».
Mas lá se vae todo
o effeito, logo que se
descobre a arte da
representação.
A' roda d* «Pisara»
—Que me dizes? perguntava
certo actor a um amigo. Querem
me escriptarar para faser primei-
ros gal&s: ac3eito?
—Acceita, é ama experiencia.
Assim como assim, para os segui
dos já ta sabes qae não serves.
Pérolas litterarias
No desencontro em qae andámos
Fugiu o tempo, esvaiu se;
Se era destino, faltámos,
Se foi um dever, cumpriu-se.
O resto é só
Descer á terrs,
Cahir no pó.
Fernandes Costa.
(Do Poema do Ideal).
Abriu provisoriamente em Beja
o albergue D. Marianna, com que
o sr. visconde da Boa Vista dotou
aquella cidade.
Q íanto custa a passar a vida,
de dôres e maguas desprendida,
eicrever em phrase aprimorada,
sempre de luva branca calçade,
aBiim como ao correr da penna,
que a dura critica não condemna.
No albnm d'uma dama
Rabiscar no livro d'uma dama,
é misião assas diffijultosa,
Be ella ternus almas inflamma,
como nos jardins a branca rosa.
Q'importa que seja israelita,
embora pequena, mas bonita?
com admiradores a seus pés,
crente da sabia lei de Moysés.
Que ensejo tão afortunado...
para o seu servo dedicado!
A proposito d'uma penna
«—Qu'y-a-til de plus léger
qu'une plume?
«—La poussière.
«—Et de plus léger que la pous
sière?
«—Ls vent.
«—Et de plus léger que le vent?
«—La femme.
«—Et de plus léger que la
femme?
«—Rien.
Eu não eitou d'accordo.
A proposito da infausta morte
da lilba do sr. Conde de Fi-
calho
A minha Nereide, enternecida,
lhe fez estes sentidos versos:
D'onde vêm estes gemidos.
d'8quella serra d'alem;
cites ais enternecidos
que de lá p'ra aqui vem?
Sinto os eohos dos sinos
da poética villa d'alem;
da terra são os destinos,
que no mar echoam também.
Partiu se a alma gentil,
definida por Camõas;
ob prantos aqui são aos mil,
,.opprimindo os corações.
Foi para o oéo, d'onde era,
corpo gentil animando,
ainda na primavera,
ficando nói soluçando!!!...
Cascaes, 23-8—96.
Adgubto Jobó.
Correspondência
Bliadamanto-Já vê que
não foi para o limbo; as outras
sim, porque tomavsm os assump-
tos demasiadamente a serio. Está
enganado com os pseudonymos de
Manuel Colyteu, Vivalva, Pied de
Libure e Eva. Não pertencem á
illastre senhora a quem os attri-
bue.
—3E.—Em termos.
—Ciamln—Scientes.
—li. A» li.—Se estiverem em
termos, serão publicados, quando
lhes chegar a ves.
—<1 a-FIu—Apartado para se
publicar.
—Zé Pimento—Limbo, pa-
ra que não chame patetinha a uma
nossa gentil collaboradora. Pela
letra, é o mesmo que em tempo se
dirigia á sr.* Vivalma.
—Pied de Uèvre—Fsça
favor mande mais Notas Munda-
nas, que estavam sendo muito
apreciadas.
—Eosenie-Por toda a se-
mana será publicado o seu artigo
na secção—Litter a tura femenina.
E quando levanta o vêo?
Má, com esse mysttrio para
quem tem por divisa esta phrase
franceza—Faire sans dire.
—«J. S. P.—Desculpe-nos de
ainda não termos respondido á sus
carta. Procuramos opportunidude,
e antes d'isso conversaremos.
Em quanto á correspondences,
bem ve que é desagradavel para
alguém, o que não está no pro-
grsmma do jornal.
—Edgar—Não, porque Cas-
caes não merece os remoques. Es-
pere, e verá.
-J. O. C.—Ha de soffrer al-
gumas modificações.
Canta o ciúme! Pois metteu se
com boa vibora.
— F. M. CJ#—Apparecerá bre-
vemente.
—Barão—Irá, quando lhe
chegar o dia.
—A. T» C» P. St—Ers me-
lhor apparecer para conversarmos.
Prestarsm juramento para oa Jo-
gares de 2oa aspirantes da alfan-
dega os 3 °' aspirantes Edoardo
May d'Oliveira e Leopoldo Tava-
res Cardoso, classificados com a
nota de bom no concurso alli rea-
lisado ha tempos.
Os 3.0< aspirantes que tomaram
posse, já entraram em serviço.
REVISTA ALEGRE
Logo ao romper da manhã,
Carroças, gente, moçoilas,
Por entre as rubras papoils»,
Saltando montes de terra,
Pulando em doida alegria.
Vão todos em romaria
Até ao Senhor da Serra!
Eu sou a canninha verde!
Eu sou a verde canninhal
Salpicadinho de amor,
E de amor salpicadinha!
A' sombra dos arvorados,
Por entre ffritss e danças.
Sadiaa, soltas as tranças,
Cacncpas, corando a medo,
Oavem—qnem é qae resiste! —
Ao som da guitarra triste,
Vozcb cantando em segredo:
A perdiz onda no matto
Depenicando httxinhos.
Também eu depen*cava
Da tua bocca beijinhos...
Encostados uns sos outros
Voltam á noite os romeiros.
Vê® atras os piteireiros,
Vêm á frente as rspsrigss;
E ao longe, pelas chspadss,
Escurss e socegadas,
Ouvem-se ainda as cantigas:
Eu sou a canninha verde!
Eu sou a verde canninhat
Salpicadinha de amor,
E de amor salpicadinha.
O'hi ôhai
Quem escorrega também cahe..
Mossió.
24.° anno
Asslfaatwas mmu frsviaelas
8 meses, pagasscate adiantado.? 1JI&0
A correspondência sobro a administração, a
Rodrigo de Mello Carneiro Zagallo.
Numero 8:056
A1' IO IIi r »
A resistencia
Realisa-am-se hontem os comi-
cio3 da commissão de resistencia
Sue não resiste a cousa alguma;
a commi8s5o eleita pelos repre-
sentantes de 26... das 260 Ca-
maras municipaes do paiz.
Ao que hontem se passou em
meia dúzia de terras da Beira,
Minho e Alemtejo, combinou-se,
convencionou-8e chamar—eccos
da opinião publica. Gomo se lhe
poderia chamar outra qualquer
cousa.
A' excepção de Fornos, que foi
um pouco feroz, tudo se passou
em boa paz Rhetorica comesinha,
que não faz mal a ninguém.
No facto ha porém, a considerar
o direito de representação. Esse é
sagrado, e bom é que os poderes
constituídos ouçam todas as re-
clamações e as attendam no que
fôr de justiça.
Mas se porventura as represen-
tações vierem no estylo da re-
presentação projecto, que aqui
apreciámos nas suas audacias,
nas suas falsidades de historia e
de doutrina, e na sua insuficiên-
cia de graminatica, será bom que
o governo as não deixe chegar ao
chefe do Estado.
As falsidades da doutrina e
historia passam, porque deve'ser
consentida uma certa liberdade á
presumpção; a grammatica tam-
bém nos parece que não é exigi ia
no respeito que se dove á aucto-
ridade; mas em quanto ús auda-
cias e atrevimentos, a essa facili-
dade com que se enviam ao Rei
artigos de fundo, orientados pelos
de certa imprensa—alto lá!
Ahi, diremos ao governo, que
tire toda a força, que lhe resulta,
primeiro da sua hoarada adminis-
tração e depois dos desvarios
contiouados da3 facções e indiví-
duos que o combatem, para aca-
bar de vez com este 8ystema,que
só entre nó3 existe de represen-
tar em tom de descompostura. Se
o fizer, prestará mais um grande
serviço a este paiz, embora a ja-
cobinagem icnbe;il grite para ahi,
enrouquecendo, que se cerceiam
os direitos constitucionaes. Para
o mais simples requerimento ha
uma formula tradiccional de des-
pacho, quando se não pede con-
venientemente: requeira em ter-
mos. Mais se impõe, decerto, es-
ta formula para as representações
dirigidas ao chefe da nação.
Pode-se representar conve-
nientemente: deduzindo argu-
mentos, estabelecendo factos,
apontando razões. ISo caso sujei-
to, muito podem auctorisar a esta-
tística e a geographia. Assim
comprehende-se; mas vir-se, co-
mo se vinha no projecto de re-
presentação, com uma queatão de
politica geral—o que 6 o menos
—mas em fórma audaciosa de
homens bons avariados pela poli-
tiquice em attitudes desrespeito-
sas perante quem tem todo o di-
reito ao respeito máximo, o que
é o mais, não é comprehensivel,
por nossa parte, sempre cohe-
rentes em pedir qae a força da
auctoridade obrigue todos a oc-
cuparem os logares que lhes
pertencem.
387
FOLHETIM
JULES CARDOZE
O SINEIRO
SAINT-MERRY
TERCEIRA PARTE
VII
A ambição
(Lostisiado do aumero 8:055)
Vendo-o entrar, a desditosa se-
nhora, levantoa-se para ir ao en
contro d'elle.
—Então? perguntou ella ancio
sa.
—Entendi-me com a pessoa
qae habita esta casa, para qae
«stejaea sqai em toda a segu-
rança.
—Mas qae soubestes? interro-
gou Magdalene, que acreditava,
como lhe havia sffi mado o aeu
companheiro, que a oondutia pa-
Pela politica
e pela administração
Quer o Commercio de Portugal,
e nói desejamos tambsm o que
elle quer, que os comicios man
dem delegados á Coroa, a dizer-
lhe a verdade e ió a verdade.
Pois venham com esta verdade^
que não pode deixsr de ser eata:
que o paiz applaude um governo
que se\desinteresBa da politica para
fazer administração, e que sente e
manifesta o desprezo mats aviltan-
te pelos que pretendem, com a poli
tic a, impedir que se administre co-
mo as circumstoncias o exigem.
• •
Bom conselho do Economista:
«Os povos comprehendem a con-
veniência que lhes resulta, sem cer-
ceamento de vantagens e commo-
didades, e em geral com augmento d'ellas, de occorrerem com menores
sacrifícios ás despezas da adminis-
tração e da justiça.
•N'estas circumstancias o que era
de bom conselho é que os jornaes
prsgressistas fizessem o mesmo que,
segundo parece, tem feito o seu il-
lustre chefe: reconhecerem que a
remodelação concelhia e comarca
era uma necessidade, que o gover-
no estava prestando um serviço a
todos os partidos realisando-a n'este
momento, e não andarem todos os
dias a expectorar ameaças balofas,
que fazem rir toda a gente e são
uma prova pouco agradavel da nos-
sa maneira insensata de fazer poli-
tica.»
O conselho é excellente, é opti-
mo, maa perde-se n'squelle deser-
to, em que apenas se faiem ouvir
as voses do faccionismo estreme.
Parece terem-se debellado por
completo os receios de revolta na
Gorcngosa, por terem sido presos
os cabeças de motim Cambuemba
e Caetano de Sousa.
—Continuam as reunidas para
o fim da fasão das companhias de
Moçambique e da Zambesia.
—Agora anda fazendo o giro
dos jornaes progressistas da pro-
víncia a noticia de que vamos ter
uma situação presidida pelo sr.
Julio de Vilhena!
-PORTO, 25, á 1 da t.—Ao
Diário Ulustrado.
O comioio hcj 0 presidido pelo
Visconde da Fragozella, approvou
a representação a El Rei, pedindo
revogação do decreto de 1 de se-
tembro de 1894, na parte que tri-
buta o vinho produsido dentro das
barreiras.
a ^ M.
Pelo estrangeiro
Noticias e telegrammas
Um hospede Importuno
Conforme opportunamente no-
ticiámos, chegou ba tres meies a
Inglaterra o Sbabiada, filho se-
gundo do Emir do Afghanistan,
com a misião especial de visitar
a Rainha Victoria em nome de seu
pae, e de solemniaar a alliença
existente entre a Gran Bretanha t
aquelle remoto principado da
Asia.
O Shabiada, rapaz de côr mo
rena pronunoiadiísima, nariz rec
tilinio e olhar melancholico, foi
recebido nas palminhas. Em sua
honra houve paradas e recepções
officiaes. Os municípios de Lon-
drea e das demais povoações que
visitou, offoreceram lhe bailes,
j.-ntares o festas principescas. A
aristocracia disputava-o. Toda a
gente desejava que o Príncipe
afgbano voltasse ao seu pais com
a impressão de que a Inglaterra é
o povo mais rico, maia poderosos
a mais hospitaleiro do mundo. O
Shahzada foi, n'uma palavra, o
leão da season, e os jornaes con
sagravam todea os dias moitas
columnss de prosa á narrativa
des seus mininos actos.
Entretanto, notou-se a brevo
trecho que o moreno Principe pa
reoia idiota. A primeira vei que
fallou em publico, respondendo a
um discurso do lord corregedor,
limitou-8e a proferir esta phrase
banal: «Sou o filho segundo do
Emir do Afghanistan, e vim aqui
testemunhar a profanda estima
que meu pae vota a este pais».
Na noite d'aquelle mesmo dia,
respondendo a um brinde que lhe
foi feito, repetiu exactamente as
mesmiisimas palavras. No dia se-
guinte, idem; no immediato, idem;
e desde que está em Inglaterra
não disse ainda outra coisa. Via-
jou pelas províncias, e a todos
quantos por lá lhe dirigiam a pa-
lavra, impingia invariavelmente o
conhecido estribilho: «Soa o filho
segando do Emir do Afghsniitan,
etc »
Os inglezes supportavam-n'o a
principio, julgando que a sua de-
mora em Inglaterra fosse apenas
questão d'alguDB diss. Mas passa-
ram-se semaaas, decorreram me
zes, e o Shabzada não ae vae, de-
vendo notar se que o Thesouro da
índia ó quem paga a viagem do
Principe, e que o alojamento de
S. A. o do seu séquito em Dor-
chester House, e as suas peregri
nações pelas provinciaa importam
n'uma continha calada.
Hoje, ninguém faz caso d'elle
no Reino Unido, e deixuu de ser
o homem da moda. A aristocracia
fechou lhe as portas; 08 jornaes
não fallsm da sua pessoa nem
pouco neoi muito; nos centros of
ficiaes tratam-n'o como a um cão,
e a faooilia Real não lhe dá a me
nor ivportancia.
Apcsar d'isto, porém, 8. A. gos-
ta da Inglaterra, e vae ficando.
No Parlamento houve já doas
ou tres perguntas écerca da cifra
a que montam as despesas feitas
com tão maçador hospede, e so-
bre se este tem ainda alguma coi
sa que fazer em Londres. Entre-
tanto, o Shabzada não se dá por
entendido, e... moita. O governo
não sabe já o que ha de faz;r pa-
ra que elle se aafe, e os inglezes
estão fulos, com rasão.
Aquilio não é um Shahzads: é
uma csrreç*!
Paris, 24, t.
0 sr. Giokourtz, eh fe da casa
bancaria de Rouchild. da rua Laffi-
te, abrindo hoje, depois do meio
dia, ema carta dirigida pessoalmen-
te ao Barão de Rotschild, ella con-
tinha um fulminante collocado en-
tre dois cartões, havendo explosão
do fulminante e ficando o sr. Gio-
kourtz ferido n'um olho e na extre-
midade da mão direita. 0 auctor do
attentado é desconhecido.
ra junto de indivíduos, os únicos,
que podiam esclarecei-a sobre o
logar onde se achava a sua filha.
Sim, proseguiu animando se, con-
senti em vos seguir confiando na
promessa quo me tínheis feito.
—Compril a-hei, senhora, affir-
mou Mordicus.
—Minha filha? perguntou a in
feliz mãe cujo espirito tresvaria-
va agora.
—Por emquanto só posso pro
metter-vos que a encontrareis.
—Se sabeis onde ella está, por-
que tardais em dizer m'o? Náo vê-
des as minhas angustias, não vê
des que a desesperação me inva-
de a alma? Minha filha!... Qaero
a minha filha!
A mulher do chaveiro, a pedido
do gascão, retirara-se para a co
sinba afiro de deixar Mordicus fa-
lar livremente com a joven senho-
ra
O fcescão poude, pois, deixar Ma-
gdalena exhalar a sua dor e le
vsntar a voa no excesso da exal-
tação.
Esperou que tivesse passado o
primeiro acoesso de desesperação
para responder áquella que lhe
fallava com extrema vebemencia.
—Recebi o encargo d'aquelle
que manda, cujo poder e vontade
Sem eira nem beira...
Parte-se noa a alma ao contai c:
Um pobre clarim d'um doa re-
gimentos de cavall«ria de Lisboa,
essou. D'ahi a tempos, não ba
muitas meses, a mulher deu lhe
uma fiibinhB, maa o parto ia cus
tando a vida á deaventurada. So-
breveio uma fabre puerperal. Sem
meios para oscorrer ás despezas
extraordinarias occesionadas n'es
te duro transe, o infeliz militar
Eerdeu a ncção do dever e do
rio, apoderando se d'algnns arti-
gos de vestuário d'um seu cama-
rada, e indo empenhai oa.
Instaurou se o processo. As jus
tiçaa militares, qae são inexora
veis, condemnaram tontem o de-
linquente á pena de trinta mezes
de cárcere. Tanto monta dizer
que a mulher e a filhinha d'aquel-
le desgraçado—uma creança di
poucos me. es—luctarão, durante
esse largo período, com todos os
horrores da fjme e da miséria.
A'quella que em Lieb)a exerce
prodigamente a caridade, insti-
tuindo cróches, estabelecendo asy-
los, e creando cosinhas económi-
cas, á nobilíssima fidalga, que é
a protectora desvelada de todas
as creançis sem pão, vimoa pedir
a esmola d'um abrigo onde se
acoite a miaera creancinha hoje
sem amparo.
A's nossas bondosíssimas assi
gnante8 e leitoras, que nuncam
deixam de ouvir o app 11o aqui
formulado em favor de todos os
infelizes, supplicamos um auxilio
e um balsamo para oa infortúnios
d'aqaella triste aãe
Coama se a infortunada Maria
da Conceição Neves, e mora, ain-
da até hcj a por esmola, na rua
das Freiras, Becco Víçjso, em
Belem.
Da anonyma F. S 200 réis
Senhor da Serra
Pelo caminho de ferro o movi-
mento de bontem para Bellas foi
superior a 12:000 paesageiros, aa-
bidoa pelas estações de Santa Apo-
lonia, Rooio e Alcantara Terra.
Do ramal de Cascaes também
foi muita gente a Bellas com os
bilhetea baratos.
Em Bellas o movimento de com-
boios, entrados e sabidos, foi de
60, e na central do Rocio excedeu
100!
Felizmente tudo correu na me-
lhor ordem, o que nos apraz regis-
trar.
Ladroes sacrílegos
Ultimamente penetraram oi la-
rápios na capella privativa que a
Misericórdia de Braga p uae no
cemiterío publico, roubaBdo d'ali
alguns canos de metal na impor-
tância de ana 18£000 réis.
(iíauai).
Missa campal
Sua Ex.,Rev.B,1o Sr. Arcebispo
Primas, dignou ae conceder licen
ça para ae celebrar missa campal
no alto do Sameiro, por occasião
da peregrinação que hontem ae
realisou áquelle santuario.
Foi celebrante o rev. Antonio
João Fernandea de Miranda, ab-
bade de S. Laaaro.
vós conheceis, recebi o encargo,
repito, de voa proteger... Estaes
aqui em segurança, senhora.
—Mas, replicou Magdalena n'um
grito terrivel, eu devia encontrar
aqui esclarecimentos. Pedistes-
Tos... Quaes são ellea? Vamos,
falai, respondei!
Depois, como se um pensamen-
to sinistro lhe occorresse n'aquel
le momento, começou a tremer,
olhando desvairada para o seu in-
terlocutor.
—Mentistes me! Mentistes me!
exclamou. Ab! é cobarde, é infa-
me!
E chegando progressivamente
ao ultima grau da agitação e da
violência, accrescentou:
—Mas não vedes que o vosso
silencio obstinado me desespera e
me mata? Não vedea que se per-
sistis no vosso mutismo, vou en-
louquecer?
A infeliz levava as duaa mãos á
cabeça e contundia o craneo com
raiva.
Certamente que Mordicus pou-
de accreditar que ella ia recair na
loucnra, e vendo desvanecerem-ae
as suaa esperanças, estremeceu. \
Se Magdalena soffresse de novo
um ataque de alienação mental,'
Joaquim Angnsto da Cisti
FABRICANTE
Vornecedorexclaslva d«
Ministério dos Ne|ai
elos Estrangeiros, flii
eledade de Geogra*
pula» Institulo de Colai ■
bra, etet
Com officina na roa de S
Juliao, 110, 3.°. onde tea
am completo sortimento ■<
sen geuero e para onde devi
ser dirigida toda i corras
pondencia.
iam-se por agua abaixo os proje-
ctos do ambicioso gaicão.
Era necessário a todo o custo
fazer cessar a exaltação n'aquella
mulher que a dor e a cólera po-
diam fulminar immediatamente.
Maa era, como se sabe, um ho
mem de recursos, o antigo tenen
te daa guardaa do defuncto Car-
deal Maxarin.
Seria, seguramente, um excel-
lente deplomata, porque era aua
opinião que em todas ss cousas
se deve usar paciência e não che-
gar nunca aoa meies violentos, se-
não quando fosse absolutamente
indispensável.
Deixou, portanto, passar a bor-
rasca sem lhe oppôr resistencia,
sabendo bem que toda a cólera
cahe por falta de alimento.
Deixou poia explodir a palavra
ardente de Magdalena. Escutou
sem pestanejar todaa aa recrimi-
nações que ella lhe dirigia. Fez-
se surdo ás apreciações que, quer
a verdade que ae diga, eram pou-
co lisongeiras para o seu amor
proprio.
Aguentou, sem parecer mortifi-
cado, as expressões que Msgdale-
na empregára para qualificar o
procedimento d'elle para com ella.
., (Continúa/,
m-LIFE
E' na próxima quarta feira que
Sua Magestade El-Rei regressa das
Caldas da Rainha a Cintra.
Sua Magestade a Rainha, e Sua
Magestade a Rainha D. Maria Pia fo-
ram hontem em pic-mc aos Capn-
chos, nas suas elegantíssimas equi-
pagens de passeio.
Sua Alteza o Senhor Infante D.
Alfonso partiu hontem em comboio
especial das Caldas para Cintra, onde
chegou ás 10 1|2 da manbã.
•
Fazem amanhã annos as sr.".:
D. Julia de Miranda Duarte.
D. Mathilde Augusta de Caceres
Moraes.
D. Maria Carolina Lima da Cunha
Pimentel.
0 Miria Augusta de Sá e Vascon-
cello* Castro Guedes. D. E-nilia Pires Heitor.
D. Maria Augusta José de Mello.
D. Carolina Augusta d'Azevedo e
Cunha.
D. Elisa Galvão Talone.
D. Cecilia Postch da Costa Carva-
lho Talone.
E os srs.:
Par do Reino José Maria Raposo
do Amaral.
João José de Mello (Sabugosa).
Dr. José dos Passos Vella.
Dr. Alberto de Castro Pereira d'AI-
meida Navarro.
Roberto Talone da Costa e Silva.
Francisco de Mello Cabral.
José Maria Leotte.
Ignacio Carvalho Freitas.
Fernando Leite de Talosa Pereira
de Foyos.
João Maria Godair de Lacerda.
Francisco Nicolau de Araujo.
Luiz Maria Calado de Sousa.
Rupert Lazzolo.
•
Está em Cintra o sr. Conselheiro
Jayme Moniz.
—Partiu effectivamente hontem á
noite para a sua casa em Guimarães
o sr. ministro das Obras Publicas.
—Parte brevemente com sua ex.tta
esposa para o Bussaco o sr. dr. Ja-
cintho Candido da Silva.
—Está em Cintra com sua ex®1 es-
posa o sr. Eduardo da Costa Mo
raes.
—Está em Cascaes o sr. Albino
Pimentel, nosso collega do Diane
de Noticias.
—Está em Cintra o sr. dr. Antonio
Horta (Alte).
—Está em Cintra com sua ex 1
familia o sr. D. Antonio de Lencas-
tre. —Está na sua quinta de Castello
de Paiva o sr. conde do mesmo ti-
tulo.
—Encontra-se em Oeiras o sr.
João Augusto VellezTavares, Inoffi-
cial servindo de secretario geral do districto de Portalegre.
—Está em Cintra o sr. Conselheiro
José Baptista de Andrade.
—Está em sua casa da Estepha-
nia, em Cintra, a sr.» Condessa de
Penalva d'Alva.
—Estão em Cintra as sr." Bon de
Sousa—as formosas irmãs, que são
exemplares da belleza nacional
—Está em Cintra o sr. Conselhei-
ro Peito de Carvalho.
—Parte na próxima quarta feira
para Paix, no Sud-Express, o sr.
Paiva de Andrada.
—Chega hoje do Luso o sr. minis-
tro da Guerra.
—Partiu para o Porto o sr. Joa-
quim Lopes de Barros.
—Partiu para as Caldas de Aregos
o sr. Antonio Gomes Soares.
—Está em Espinho o sr. Henrique
da Cunha Pimentel.
—E' esperado na Figueira da Foz
o sr. Presidente do Conselho.
—Está no Gerez o sr. Visconde da
Torre, governador civil de Braga.
—Estào em Villa do Conde os srs.
Viscondes de Carcavellos.
—Regressou do Bom Jesus o sr.
Alfredo de Mesquita.
—Partiu para Paris o sr. dr. Fer-
reira Lima, secretario geral do go-
verno civil do Porto.
—Estão em Cintra os srs. Condes
de Carnide.
—Está em Bellas o sr. Raul Ser-
gio Ribeiro.
—Está em Lisboa o sr. coronel
Sousa e Silva, governador civil do
Funchal.
—Regressou d'Obidos o sr. dr.
Annibal Bettencourt.
—Está em Cintra o sr. D. João Re-
zende.
—Tem estado em casa do sr. Con-
de de Sobral, em Almeirim, o sr.
Conde de Ficalho.
—Estão nas Caldas da Rainha o
sr. dr. Augusto Dias Ferreira, sua
esposa a sr.* D. Maria Luciana Croft
de Moura Dias Ferreira e seus inte-
ressantes filhinhos.
—Regressou das Caldas da Rainha
a Cascaes o sr. Visconde d'Asseca.
Brevemente se realisa o consorcio
do sr. Carlos Luiz de Sousa com a
sr.* D. Bertha Borges Mendes.
0 noivo é em extremo sympathi-
co e filho do sr. Estevão de Sousa
que toJa Lisboa conhecia. A noiva
uma gentil menina que reúne em
si todos os dotes d'um coração bem
formado.
*
Em Abrantes, foi pedida em casa-
mento pelo sr. Antonio Augusto Cor-
rêa Campos, distincto cirurgião-aju-
dante de caçadores n.° 8, a sr.« D.
Maria Adelaide Guedes, gentil filha
do sr. dr. Ramiro Guedes.
0 enlace matrimonial realisar-se-
ha ali, em breve.
•
Inaugurou-se hontem em Espinho o novo Club High life. Houve soiree
dançante a que concorreram muitas
das famílias mais distinctas que ali
se encontram a banhos.
• Correu encantadoramente a soirée
de sabbado no Club Estephania, em
Cintra.
Alegrada a já tão alegre sala com
uma ornamentação pittoresca e ele-
gante, de hera e flores, leques e ar-
bustos, tendo ao cimo um C. E. em
hortencias, toda a noite, até ás 5 ho-
ras da madrugada, se dançou com
uma animação desusada, mantendo-
se sempre aquelle tom de familia-
ridadejque é timbre d esse club.
Durante a noite foi servida uma
abundantíssima e variada ceia, em
que a casa Ferrari se esmerou, e
onde as peças montadas e os gela-
dos se succederam quasi sem inter-
rumçào.
Tocava um sextetto que já este
anno fez as delicias das Caldas da
Rainha.
Terminou a deliciosa noite por um
cotillon muito fino, todo de marcas
despretenciosas, dirigido pela sr.4
D. Adelaide d'Oliveira e pelo sr. Ar-
thur Abobot Tavares de Mello.
A sala esteve sempre completa-
mente cheia de senhoras, fazendo
as honras da casa, com a distineção
e a amabilidade mais attrahentes os
actuaes directores do club.
Continúim animadíssimas as sex-
tas feiras da illustre secretaria de
Inglaterra, na sua vivenda em Cin-
tra.
Na ultima, jogaram toda a noite o
tennis os mais distinctos jogadores
que ali se encontram a ares, cor-
rendo animado em extremo o five ó-
clock, em que graciosamente fizeram
as honras os dois sympathicos di-
plomatas.
•
CINTRA, 25, ás 11 h. da manhã.
A ministra do Brazil continúa na
mesma gravidade.
M.
-CINTRA, 25, á tarde.
0 estado da ministra do Brazil tem
dado lugar a que seu marido rece-
ba muilas provas de sympathia. Ma-
dams Assis Brazil foi accommettida
d'uma febre de mau caracter depois
d'um movito.
M.
Hontem de manhã a illustre en-
ferma melhorára alguma coisa. Es-
tivera junto do seu leito, até ás 5
horas da madrugada, o sr. D. Anto-
nio de Laucastre, que com o sr. dr.
Alfredo Costa, é medico sssistente.
—Está complefamente restabele-
cido sr. Rodrigo Moreira Rato. —Está bastante doente em Cintra
o sr. Jayme de Vasconcellos Thom-
pson.
Pela polieia
Como era natural, o arraial de
Bellas fez com que voltassem para
a cidade algum turbulentos de oc-
casião.
Discua"e^ -imeiro, impreca-
ções depou, bofetões a seguir, e
no fim a policia a intervir, met-
tendo na esquadra os esquentados,
que, passadoa os effeitos de repe-
tidas libsçõís, se arrependerão
dos seus excessos.
Será tarde então, mas tenham
paciência, já que não tiveram
juiao.
Notas mnodanas
cxcv
Resposta a Vivalma.
Creia V. Ex.» que o fim da
minha resposta não é irri-
tai a on querer que se indis-
ponha comigo, porque isso
seria ingratidão, e eu preso-
me ae não ser ingrato; o que
desejo é que se perceba que
quem dá esperanças não pode
tiral-as. V. Ex • o afflrma,
dizendo que «As esperanças
são como os beijos, depois de
dados, ninguém os tira; que
o que se pode é não continuar
a dar esperanças, porqne, co-
mo tudo tem fim,o acabar mais
cedo ou mais tarde não é
crime nem peccado.»
Ora se ellas são como os
beijos que depois de dados
ninguém os tira, como é
pasbivei /ião continuar a dar
* jeranças?
Se os beijos, depois de da-
dos, nem mais cr do nem mais
tarde se tiram, como se pode
pouco a pouco tirar esperan-
ças?
0 que eu entendo é que, lo-
go que se deram, soffra-se o
que se soffrer, padeçs-se o
que se padecer, haja os pre-
juízos que houver, ninguém
deve, ninguém pode, mor-
mente por leviandade, por
uma falta de critério, tornar-
se o algoz de quem se nutriu
d'essas esperanças. Qnando ellas se deram pen-
sou-se\ n'esse caso, ha a cum-
prir um dever imposto pela
pessoa a si propria.
E que esse interno, que es-
tá dentro cm nós. que me con-
teste, se pode.
FnáDÂMANTO.
ALA DOS NOVOS
(Poeta* © provadores)
•OS HOMENS DA NEGRA CRUZ
AMOU E ODIO
(Trecho d'um romance inédito)
Maldito sejaea! Oi céoi se re-
voltem contra ti, mulher perverta,
■em alma e aem consciência! Que
o futuro se abra em densaa trevas,
onde eagotes a taça do amargo
fel que trasborda nos labioi das
victimai da tua vaidade.
Sim, falsa mulher! Deusé ojuis
supremo do genero humano. E'
elle que, com verdadeira justiça,
deicortina os segredos da alma
para premiar o bem e condemnar
o mal.
Corria branda a noite de sereno
luar; do meio da alameda, da som
bra das ramsgens, uma vos huma-
na, debatida em desespero, assim
echoava.
E quem ousaria perturbar na
solidão o desabafo do triste que
confiava aos murmurios das aguas
d'una pequeno regato os segredos
méis recônditos d'uma alma pun-
gida pela dôr?f Ninguém!...
Ninguém commetteria tão gran-
de sacrilégio. E o mortal que no
ermo se julgava ió, proseguia tris-
temente na linguagem que lhe op-
primia o peito. Era a sincera con-
fissão da alma, que ió os anjos na
mamão dos justos deveriam escu-
tar.
Sim, repetia o eeho.
Era a escrava da raça branca,
d'um pallido cadavérico, que, de-
Íois de ter ouvido o rufar do tam-
or no batalhão de amorosss con-
-quiitas, envolvendo o sen senhor
no mais estreito annel de audacio-
sa seducção, subjugando o capri-
chosamente até aos degráos do al-
tar.
Nasceu na montanha, e, inculta
como a rocha, bem cedo a tenra
creaoça veiu á povoação visinhs;
ó sombra do carvalho na tenda
urgia aprender do rude soldado
paternal de sua irmã.
No seu eipirito de Incides vivas,
mas em tréguas de virtude, desen-
cadeavam se desordenadas pai-
xões, que deixava alimentar em-
quanto outras não surgiam.
Mimosa como a flor de prima-
vera radiante de orgulho e pre-
tenciosa bellesa, eipedaçou com
• requintado escarneo os andrajos
de serva para se adornar no mais
moderno coquettismo, respondendo
• com destemidos sarcasmos aos sor-
risos ironicos das suas eguaes.
E compondo em seus gestos es-
tuisdos attractivos, e em seus lan-
guidos olhares a expressão d'um
sentimento que a alma desconhe
cia, buscava, na concorrência dos
amores, quem satisfisesse as suas
paixões.
A fatalidade collocou-me no seu
oiminho, e quanto mais me assus-
tava o presentimento do abysmo
que a approximsção d'aquella mu
lhar cavava a meus pés, maior era
o seu enthusissmo na senda do
triumpho!
Uma noite, em pleno baile, fe-
rida no seu orgulho pela supposi
ç&o d'uma rival, depôs, entre as
minhas, as suas tremulas e gela-
das mãos, sem que podesse repri
mir o desordenado bater do seu
peito d'encontro ao meu. Compa
decido, meus lábios pronunciavam:
—Porque treme?...
—E não tem dó de ver assim a
mulher que o estremece?! me res-
pondeu.
A vehemencia das suas pala
vras causava-me dolorosa pertur-
bação.
Era a luota ante o dever e o
despertar d'um sentimento ador
ene eido pelos vae vens da sorte.
O tempo urgia, e após elle o
desenfreado desejo da mulher mi-
nada pelo ciúme, sem que esper-
diçasse um momento para faser
valer a sua superioridade em bel-
lesa o dedicsção.
E quem poderia resistir ás ten-
tações da sereia em mar t&o agi-
tado?
—Ohf Negue, se é capas, que
aião era ella quem todas as manhãa
e ao pôr do sol, no percurso das
minhas occupsçÕes, vinha de fres-
ta em fresta seguir-me com o
•eu penetrante olhar, traduaindo
em acua aorriaoa a expressão do
•eotimento que não sabia compre-
header. Negue que n&o era ella
quem, nas manhãs de verão, agei-
tando a seu modo ps negocios de
familia, deixava que esta, sem ella,
sahiaae ao banho, para aó em caaa
diser-me, collando a mão ao peito,
que todo o seu amor era ió meu!...
Oh! negue ainda que não foi ella
que n'uma d'essas manhãs, como
penhor do aeu maia ardente amor,
me entregou a trança de aeua ca-
bélica, que por muito tempo guar-
dei junto ao peito!
A illusão vencia finalmente o
receio o dentro em pouco era ella,
DfABKO ILLUSTBÂDO
a meua olhos, a maia virtuoaa de
todaa aa mulherea, a deuaa de
meua sonhos, a guia dos meus pas-
sos, a estrella do meu porvir. Os
seus sorrisos eram o anhelo da
minha alma e o timbre de sua vos
o vislumbre dos meus affactoe! Oh!
por ella daria um mundo, um céo
de goso; e pouco seria o sacrifício
de toda a minha vida em troca do
seu amor!...
Recordo-me ainda, quando de-
pois de tantaa horaa de vigilia,
sutíocando na garganta a respira-
ção e no peito as convulsões d'amor
e receio, esperava, palpitante, o
romper da aurora e o afastar de
paasoa estranhos, para ir mansa
mente surprehendel a no seu leito
com o roçar de meus lábios em
suas faces.
Embalavam-se as doces impres-
côas de tão sublime ideal, quando
uma noite o teatemunho de dois
homens apontavam a janella de
seu antro como tbeatro de nova
oonquiata!
Conti a cuato ob eff sitos de tão
dolorosa m8goa, resolvido a aban-
donar o deteatavel ser que em tão
pouco apreço tinha os seus mais
sacrosantos juramentos. Mas bal
dado empenho!... A cratera que
se abriu no paíto vomitava em
bubb lavas o incandescente mate-
rial que na alma se edificou em
padrão d'amor ou odio!. •.
Falae, arbustos, e disei ás ara-
gens que occultem ao seu ouvido
as vibrações do meu sentir! Que
ignore que sobre a terra existe um
cor8ção que tão loucamente bateu
por ella!
Crescia o desalento, e era n'es-
tas paragena que o meu espirito
encontrava conforto, segregando ás
plantas o que pela sua condição
tinha de negar ao mundo; quando
um dia, a falsa mulher, valendo-se
da fraqueza da sua rival, a quem
pela origem e lealdade devia res
peito, pretende, sem pejo, lançar-
lhe aos olhos de toios a mancha
da deshonra! E se logrou conter
na illuião os imbecis que a cer-
cam, não logrou calar na vos do
povo a exaltação da sua infamia!
Treme, mulher perjura, sem al-
ma e s?m luz! Não vêi no horizon-
te aquella nuvem negra que te an-
nuncia o desencadear da tempes<
tade, cujo relampago de vingança
te ha de redusir & mais triste e
degradante condição?
E quando o mocho agoureiro
pousar sobre o teu beirsdo, olha
em torno de ti, que verás, já defi-
nhada pelo martyrio, a viva sen-
tinella, sombra implacavel da tua
existencia, que em sorrisos d'iro-
nia te apontará o passado como
vingança da tua crueldade!
Fica, miaeravel, que o Eterno te
condemne na angustia que brota
do peito daa tuas victimaa!
O echo calou se, e ao raiar da
aurora a alameda estava deserta.
Ala.
0 grande acontecimento
tanromachico
Sabemos que, além de outros
elementos de primeira ordem e
grande numero de novidadea, to-
marão parte com Badila e outro
picador na extraordinaria e bri-
lhantiaaima festa tauromachica de
8 de setembro, na elegante praça
d'Algét, o maia notável espada da
moderna pleiade, com a sua cua-
drilla.
Todos estes artistas tomarão
parte na corrida á hespanhole,
porque na tourada á portuguesa,
que também se effectua na mesma
tarde, só trabalharão artistas por-
tugueses.
Os bilhetes para esta nunca
vista festa, são já pedidos com o
maior empenho, e cremoa bem que
não chegarão para as encommen-
das. Segundo se dis, a venda co-
meçará ainda na presente se-
mana.
Pelos cálculos, este esplendido
espectáculo importa em cerca de
quatro contos de réis, t',ndo o
grupo de aficionados que o pro-
move de entrar com a quantia de
seis centos mil reis para prefszer
o total das despesas, isto porque
foi resolvido não augmentar os
preços doa logarea na praça, a fim
de que todo o publico possa gosar
a festa tauromachica mais pompo-
sa e completa, que nos últimos an-
nos se tem realisado em Portugal.
N'aquelle dia hrverá do Cães
do Sodré pas a Algés, um comboio
gratuito para toda a gente que
tiver bilhete para o grandioso es-
pectáculo.
Não se pode querer mais!...
Uma fo>ta ri** Nl ordem, sem
augmento pr y— oos logares e
ainda para cumulo, comboio gra-
tuito!
D'est* vez é que ha pancada
por bilhetes de toiros.
Um crntractador já propos á
coin mis ião a compra de todos os
bilhetes de eombra, mas esta não
acceitou, a bem do publico, proce-
dendo assim com toda a correcção.
As Caldas da Felgueira
(Notas d'um impressionista)
(Concluido do n.# 8:055)
Assim também, as mesas da sa
la de jantar estão quasi despo
voadas á hora do chá.
Pelas 10 horas, geralmente, tu
do recolhe aos quartos para, no
dia immediato, poder, sem maior
sacrifício, levantar cedo e conti-
nuar o tratamento das aguas. Naa
immediaçõea do Grande Hotdy aa
aim como noa paaaeios, enxameia
alluvião de mendigoa, andrajoaoa,
aujos, de todas aa edadea e sexo*,
que noa perseguem insiatentemen
te, impertinentemente, com um la
muriento peditorio, de que ae dea
taca a formula maia usual: «faça-
me uma esmolinha, meu senhor!»
E' a turba multa dos desvalidos,
dos miseráveis, d'envolta com os
que fogem ao trabalho, á lucta
honrada pala existencia. Na Beira,
apesar da constante e larga emi
gração, que saogra a sua miséria,
é evidente a ausência de braços e
dinheiro. Os logarejos e pequenos
casaes (quintas) revelam pobreza
extrema. Parece que da emigra-
ção não tem provindo para a Bei-
ra nem a derivação de trabalha-
dores ou colonos d'outros pontos,
nem o dinheiro, que, um ou outro
que volta rico de bens de fortuna,
mss indigente de saúde, costuma
empregar, estendendo grandezas,
naa terraa em que teve o lucro de
pau de larangeira
Estas impressõaa aão completa
e absolutamente pessoaes e pode
rão não traduzir rigorosa e exacta
observação, pois não conhecemos
toda a Beira Alta, nem estudámos
aa auaa condiçõea economicas, mas
cremoa que n&o andam muito ar-
redadas da verdade.
Keata-noa falar de doia medicoa
diatinctoa, cujos nomes andam, de
bocca em b >cca, entre os enfermos
em tratamento na Felgueira, e
que têm sido os mais extrenuos e
ardentes propagandistas d'estas
aguas.
A um d'elles, que exerce entre
os clinicos da escola de Lisboa a
kflaencia prestigiosa que Trous-
seau teve nos seus collegas pari-
sienses—professor erudito, clinico
eminente, homem de lettras dis-
tincto, já as empresas do Estabe-
lecimento thermal e do Grande Ho
tel manifestaram o seu reconheci-
mento, inaugurando-lhe o retrato
—uma soberba photographia am-
pliada de Camacho—nas suas sa
las. E' o dr. Manuel Bento de Sou-
i. Ao outro, o distincto medico
dr. Silva Carvalho, um dos novos,
que ha de ter, em breve, brilhan-
tíssimo futuro clinico, porque, en-
trega, com verdadeiro amor, a sua
intelligencia, o seu estudo, e o seu
trabalho á clinica, deve a empre-
sa das thermss também muita gra-
tidão, pela activa propaganda que
fas das propriedades curativas
d'estas aguas (confessadas por
tantos doentes melhorados e por
tantos outros completamente res-
tabelecidos com o uso d'ellas) e
pelo grande numero de enfermos
que para aqui manda, depois de
ter vindo, expres< amento á Fel-
gueira estudar em si proprio os
tffeitos das aguas, e a maxima do
se, em que convém applical-as.
Mas a quem as duas empresas
n&o devem, nem podem, regatear
louvores, pelo selo, dedicação e
intelligencia, com que dirige, de
facto, os dois estabelecimentos, é
ao dr. João Felicio, um clinico ba
bil, doublé d'um cavalheiro presti-
moso e amavel, que, com seu dili
gente e obsequioso irmão, formam
as duas columnas.que se não sus-
tentam, como as que SansSo aluiu,
os dois estabelecimentos, consoli-
dam—o que não é menos difE jil-
ós seus bons créditos, que muito
augmentarão ainda de futuro,
quando sejam attendidas 8a modi-
ficações e melhoramentos, que, de
leve, deixamos indicados e depois
de executados outros, cuja indis-
pensabilidade as direcções dos
dois estabelecimentos não podem,
de certo, desconhecer.
Julho de 1895.
João Semana.
ças, pelas senhoras da sociedade
e pelas irmãs de Santa Dorothea,
fazem snoualmente a catechese,
denominada: Obra Pia de Santa
Dorothea.
Madame Delphim Pereira ves-
tiu todas as creanças e mandou-
lhes servir o almoço no Hotel
François. Outros prémios e pre-
sentes lhes foram dados.
As mães e as seladoras da Obra
Pia acompanharam as creanças
em todos os actos, que foram so-
lemnes e estiveram muito concor-
ridos de povo.
M.
Campo, praias
thermas
Quelimane
CINTRA, 25, t.
Realisou-se hoje, na freguesia
de S. Pedro, a primeira comma-
nhão d'umaa 50 creanças d'ambos
as sexos, que durante o anno
aprenderam a doutrina, sendo lhes
eDsinados princípios de moral e
boa educação
Houve festa a grande instru-
mental, e sermão, sendo orador o
padre Conceição Vieira.
A' tarde, o Nuncio ministrou o
cbrisma; e 88 creanças, chegadas
á edade da reflexão, renovaram as
promessas do baptismo.
S. Pedro de. Cintra figura no
nomero das freguesias do diatricto
de Lisboa, em que oa parochos,
coadjuvados pelas mães das crean-
2 de julho de 1893.
Está outra vez governando o
districto o distincto capitão-te-
nente Eugénio Soares Andréa.
Official illustrado, e conhecendo
bem as necessidades do diatricto,
ha tado a esperar da sua boa von
tade, austetidade de princípios e
bonestiiade inconcussa.
E' ardua a tarefa, e entre as
questões que ha a resolver sobre-
8abem as do Matipuise eMagania
da Costa.
—Devido á iniciativa do reve-
rendo conego Couto, parocho da
freguesia de Nossa Senhora do
Livramento, festejou se nos dias
22, 23 e 24 de junho o centenário
de 8mto Antonio.
Houve, por esse motivo, festa
de egreja, illumineções, basar e
fogueiras, reinando sempre boa
ordem durante as noites dos fes-
tejos.
—Por noticias da Zambezia, sa
bemos que depois da chegada do
activo e emprehendedor gerente
da Companhia do Assucar, Mr.
Pitt Harnung, começaram em Ma-
pêa grandes trabalhos agrícolas,
em que têm dado magníficos re-
sultados as charruas a vapor, que
este senhor trouxe da Europa.
A Compinhia do Assucar lucta
com a falta de braços para traba
lho, o que forçou Mr. P. Harnung
a pedir ao inspector geral dos
prazos, o sr. F. I. Gorjão de Mou-
ra, para lhe fornecer 500 traba-
lhadores dos prazos Anguase e
Andone.
O sr. Gorjão de Moura, que é
um funccionario zeloso e iotelli-
gente, comprehendeu os graves
transtornos que resultariam para
a companhia, se não podesse des-
nvolver as suas plantações, e com
tão boa vontade e com tal energia
s j houve, que em menos de 12
dias conseguiu reunir em Queli
m<*ne e embarcar em lanchas os
500 colonos que Mr. Harnung lhe
tinba pedido.
As difficuldades com que o sr.
Gorjão de Moura teve de luctsr,
ió as podem avaliar bem aquelles
que por cá têm estado e conhecem
o amor do preto pela ocioaidade.
—Retiraram para Tete os srs.
Marisnno Machado, governador
da Companhia da Z*mb.zia, e
Jorge Montezuma, seu secretario
Torna-se bastante sensivel em
Quelimane a falta d'estes cava-
lheiros, que eram estimados por
todos que com elles conviviam, e
porque, infelismente, não abun
dam por cá os caracteres, como o
do sr. Machado.
—Parte brevemente para o
praso Madal, da que é arrendata-
rio, o sr. D. Pedro Angeja, rapas
bom conhecido do nosso Turf% e
pertencente a uma das families
maia nobres de Portugal.
N'uma das minhas próximas
cartas lhes darei noticias d'este
bello rapas e do enorme des
envolvimento agrícola e commer-
cial, que elle tem sabido imprimir
ao praso de que ê arrendatario.
15 de julho de 1895.
Por noticias telegrapbicas de
SennB, sabemos que ae subleva-
ram os colonos dos prasos Chem-
ba e Tambara, nos territorios da
Companhia de Moçambique, rea-
lisando se assim as minhas previ-
sões.
—Desde 12 de junho que não
ae reoebem, n'eate porto, noticiaa
da Europa, porque o vapor alie-
mão Peters, que devia aqui entrar
no dia 10, foi para o Chinde, de
onde »ó poderá aahir em 21 do
corrente, por falta d'agua na
barra.
—Os negociantes aqui eatabe-
leoidoa eap ram fdser um contra-
cto com a Companhia das Meaaa-
geries Maritimes, para se livra-
rem da pesada tabella que lhes
impoz a Companhia Allomã de
Navegação.
{Correspondente).
lima feira nova
Eate anno ha mais uma feira
franca no concelho de Castello de
Vide, em Povoa e Meadas. A fei
ra deve realiaar se todos os annos
no quarto domingo de setembro,
por occasião da festa de Santa
Margarida, que ali costuma cffa-
ctusr se eanualmente n'aquelle
dia.
Paço d'Arcos, 25 d'agosto.
Foi esplendida a soirée realiaa-
da hontem no Casino, d'esta praia,
onde, como sempre, reinou a maior
animação.
Eram 9 horas quando começou
o baile, que terminou perto das
três boras da madrugada, com um
lindo cotillon, offereaido pelas se
nhoras solteiras aos rapazes, e
habilmente marcado pela gentil
senhora D. Ermelinda Cordeiro e
pelo nosso amigo sr. Cohen,
que foram de uma distincção
e imparcialidade pouco vulgares^
sendo lhes por isso feitos osmiio-
rei elogios.
As marcas ersm boas e de um
tffeito surprehendente.
Eotre outros pares, tomaram
parte no cotillon os seguintes:
D. Leopoldina Cordeiro e Car
loa Torrie; D. Maria Augusta Co
hen e Carlos Pinto de Figueiredo;
D. Germana Patrício Alvares e
Brottas Cardoso; D. Graça Aze-
vedo Coutinho e Manuel Tarujo
Nunes Corrêa; D. Alice Felix da
Costa e Augusto Cardoso; D. Isa
'bel Cohen e Raul Gonçalves; D.
Maria Patricio Alvares e Silvério
Cardoso; D. Edith Banhos e Lu-
ciano Cordeiro; D. Bertha Botto
e Thomas Marques Moreira; D.
Beat-iz Pedroso e Alberto Mtia;
D. Jalietta Mendonça e Costa e
Eduardo Ferreira Maia; D. Hen
. riqueta Mendonça e A. d'Olivei-
ra; D L*ura Botto e Sabino Cal
das; D Eugenia Passos da Costa
e Teves; etc, etc.
Noticias agrícolas
Escrevem de Aveiro:
E' excellente o estado dos cam-
pos. Em todos os pontos que o
Agueda, o Vouga, o Certema e o
Antuã banham nas suas crescen-
tes, os milhos estão soberbos, não
se tendo jámais visto melhores. E'
um anno bom para os campos o
que vae correndo, mas spasar
a'isso o preço do milho não desce.
Aqui e acolá
Em princípios de setembro pro-
ximo ó esperado de passagem em
Paris o lord corregedor de Lon-
dres, que vae visitar a exposição
de Bordéus.
Preparam-se lhe grandes festas,
algumas daa quaes devem reali-
sar-ee no palacio do Elyaeu.
=Decidiu se já o pleito judicial
entre Zola e a empresa do Gil
Blas. Esta ultima negava-ie a pa-
gar ao celebre romanciata a som-
ma de 50:000 francoa, que por
contracto se promptificára a dar-
lhe pelo direito de publicar em
primeira mão o romance Lourdes,
nos folhetins do jornal. E negava-
ae, allegando não haver exiatido
cal exclusivo, poia Zola concedera
ao mesmo tempo, licença para que
a obra fosse traduzida em todas
as linguas.
Apesar d'esta allegação, o tri
bunal obrigou o Gil Blas a pagar
os 50:000 francos.
«Devia ter sido lançado ante-
hontem ao mar, em Portsmouth, o
novo couraçado ingles Prince-
George.
Levou um anno a construir, e
mede 390 pés de comprimento e
75 de largura.
O seu armamento comprehende-
rá 50 peçaa de diversos calibres.
=A propoaito de navioa:
Vae, também, brevemente, ser
lançado aos mares, o maior navio
de vela do mundo. Chama ae Po-
tosi e eatá sendo construído em
Jecotermund, por conta de uma
casa de Hamburgo.
Este gigante terá 120 metros de
comprimento, 15 de largura, 5
mastros, um gurupés e 11 com-
partimentos estanques. A sua lo-
tação será de 3:955 toneladas.
O Potosi é todo de aço.
=Microbios na pelle:
Um bsctereologo russo, o dr.
Wironga, acaba de aterrar a hu
manidade, disendo lhe que o ho-
mem e a mulher estão cheios de
microbios desde as pontas dos pés
até á raiz dos cabellos.
Assegura elle que, á altura do
peito, cada centimetrc qu Vado
de pelie, alberga 9:000 a 18:000
microbios, e que o dedo indicador
da mão direita chega a alojto-
mais de 23:000.
Este máximo encontra-se nos
operários, e o mínimo, que é de
120, nas pessoas dadas a traba-
lhos intellectuaes.
Estudando as mãos dos enfer-
meiros dos hospitaes, o dr. Wi-
ronga encontrou n'ellas microbios
de febre typhoide, de tuberculose
e de pneumonia.
Estes microbios reproduzam-se
e tranimittem-se d'om modo
scmbroso.
Pequenas noticias
Na Figueira da Foz é esperada em
setembro a companhia do Gymnasio
—Realisou se hontem em Braga a romana a Nossa Senhora do Samèi- ro Houve missa campal.
—Alguns estudantes reuniram em
comício, protestando contra a re-
forma de instrucçãD secundaria.
Aviso aos paes...
—Os jornaes do Porto chegados
bontem a noite, Já Dublicam annun-
cios para as festas de Salamanca.
—Em Rio Maior, foram ha dias
mandadas sellar todas as vasilhas
contendo vinho, sobre que ha sus-
peitas de falsificação, em algumas
casas de venda e depositos, até que
se faça a competente analyse.
- Durante o mex de julho ultimo
foram remettidos para Africa, pela
Sociedade da Cruz Vermelha. 14 vo- lumes com medicamentos e 79 com
i'«wooona importaDCi!l de réis
O* bandido* corsow
Naa proximidadea da aldeia do
Casamacciola foi morto na segnn-
da feira ultima o celebre bandido
João Casanova, por alcunha Cap-
pa. Foram ob gendarmes, que ba
muito o vinham perseguindo, que
se encarregaram de libertar a Cór-
sega do destemido e temivel ban-
doleiro.
Soissa em Lisboa
Durante esta semana se póie
Veí Dn ExP0,i*a° *®P®rial| Ave- nida-Palace, a formosa collecção
de cincoenta vistas da Saissa, con
89U8 magníficos passeios e pitto-
rescsB cidades como Beine, Lu-
cerna, 8. Gothardo, lago dos qua-
tro Cantões, cascata de Giessbacb,
etc., eto.
Por 100 réis cada pessoa se ad-
miram alli estas verdadeiras ma-
ravilhas.
Temos presente o Boletim do es-
tatística sanitaria do Porto, respa-
ctivo ao mes de maio findo.
Houve 448 nascimentos, 82 ca-
samentos e 282 obitos.
Dos nascimentos, 334 eram fi-
lhos legítimos, 111 reconhecidos a
3 de paes incognitos.
O, numero dos emigrados foi de
521, mas respectivos ao distri-
cto.
Abateram-se 1:417 bois, 1:146
vitellas, 344 lanígeros e suínos ao
peio de 44:789,50 kilos.
Te!«ir«Mií f- •>
PORTO, 25, ás 8 h. a» x- Ao
Diário Illustrado.
A festa a 8. Bartholomeu, na
Fos do Douro, esteve muito con-
corri áa. Um corneteiro ébrio pro-
moveu slli grande desordem, Bem
consequências.
—Realisou se de tarde a rega-
ta entre Ribeira e Fontainha.
—No Colyseu diminuta con-
corrência e tourada vulc^ • r bre-
sahindo apenas José tí .ro, Lobi-
to e o amador Carlos Silva. Oa
cartaae8 annunciavam a festa de
José dos Santos, o qual, contra o
costume, esteve infelis, a ponto
de ser coibido, ficando msguado
n'uma perna. Pegas boas.
M,
Secção útil
Nos portos do reino subiu o ba-
rometro entre 2 e 6 millimetros
mais ao N. do que ao 8., com au-
gmento de timperatura, e vento
predominante d'entre NE. e SE
Regi8taram-se trovoadas noa por-
tos do N. ^
Na Irlanda diminuiu a pressão
cerca de 3 millimetros.
Faltam boletins de França e do
Hespanba.
Entre os Açores e a nossa costa
persiste o anticyclone de hontem.
As pressões mais fracas estão na
Irlanda.
Eapeecaeolas
A's 8 3|4—AVENIDA.
Loteria Infernal.
THEATRO D. CARLOS I (feirado
Belem).
Barba Azul e Grand D' i .
THEATRO LISBONKí^iC -^ciem).
Festa da actriz M r .ona.
THEATRO BIJOU (em Belem).
Magníficos espectáculos pela com-
panhia infantil.
A VOLTA DO MUNDO.
Exposição de photographia trans-
parente colorida projectada peia lux
Diammond.
Todos os dias das 4 horas da tar-
de ás 11 da noite.
112, Avenida da Liberdade, !!4.
CAMARA ESCURA -—Todos os dias
desde as 10 horas da manhã ao sol
Sosto. Avenida da Liberdade e Praça
e D. Pedro. ^
Tyg. da T. da Qiiiimada 5»
Cabelleireira
RUA DA MOURARIA, 45, 2.*
DENTEIA por mez, ou avulso, L nos domiciUos.
AUER
Consumo de gaz garantido: quatro réis e míio por hora
Cautflla com as contrafacções baratas qnc saem caro
Encommendas: 13, L. do Corpo Santo, Lisboa
Peitoral de Cereja de Ayer
PEITORAL ^ara a prompta cura
Tosses, defluxos e
constipacoes, bron-
chite, catarrh o pul-
mouar, <la tisica pul-
monar no gráo inci-
piente, e par» propor-
cionar allivm ssocego
aos doentes da tysica
ou dos tubérculos
pulmonares, mesmo
110 estado mais adian-
DE AYEK. tado dessa moléstia.
A protecção que proporciona aos que applicão
â tempo este medicamento nas moléstias da
garganta e do peito, torna-o um remedio de
incalculável valor e que todos devem ter á mão.
Seria má economia não o ter cm casa, e quem o
tiver empregado, não deixará mais de servir-se
d'elle.
Por lhes serem conhecidas a sua composição
e effeitos, os medicos empregão muito o Peito*
ral de Cereja entre a sua clientela, e 6 tam-
bém recommendado pelo clero. Os seus effeitos
hygienicos são de uma certeza absoluta, e cu-
rará sempre que este flm desejado estiver dentro
1os limites da possibilidade.
PREPARADO PELO
Com este titulo, e em continuaçfio da Blbllotkeea
■•■ilea, que foi o maior sucoesso de livraria que tea bavidc e»
Portugal, está-ie publicando uma larga »érie de romance#, fahindo
ragul&rmente dois volumes por mea, ao preço de ÍOO réis caia
volume, de SOO paginai, em médlatt!
O que ha de mais imaginario, lensional e interessante na gale
ria romantica antiga e moderna, na litteratura francesa, hespanhola
italiana, inglesa, allemft e runa, tado lerá trasladado para a noifi
tegua; e assim, em breve, por diminutissimo dispêndio, IO© ré ta
y«r qolniena, terá cada familia constituído uma bibliotheoa
que enlrelentia. Instrua « eduque. Será o verdadeira
lliesouro das famílias.
Chamamoa para esta empresa a attenç&o de todoi, tícob e po-
lires, porque a todos utiliia, porque todos teem a ganhar cois s
a^quiiiçílo dos livros que ella se propõe publicar, sendo a sua preoo
iopeçáo constante bem servir o publico pela seleeçi#
Aos romances e pela maxima regularidade
publicação.
G ALICIA
Espera-se de 25 a 26 do corrente.
Para carga e passagens, trata-M
oo Caei da Sodré, 64, 1.*.
Os agentes, .
E. Pinto B asto A (?.■•
CEREJA
LISBON
Espera-se de 25 a 26 do corrente.
Para carga e passagens, trata-M
entes
iasto h G.B
PAQuiBOTB roera frabçaií
LINHA TRANSATLANTIC*
Para Dakar» PeraauH««
co. Bahia, Mie de «ffa*
nelro, Hoalevldeo #
Buenos-Ayres
í Sahirio es se-
jQâR^àZ U fintes pague-
tes: u PL,m> com mandante
HHBHBIHb Bau,e QQe se
pera de "Bordeaux de 7 a 8 de se-
tembro.
BRESIL, commandante Minier que
se espera de Bordeaux em 23 de se-
te mbro.
0 paquete La Plata nio fará ea-
cala por Pernambuco e Bahia.
Para Pernambuco. Ba*
tila. Bio de Janeiro,
Santos. Montevideo a
Lowell, Mass., Est.-Unidos.
A* venda nas principaes pharmaclas e droga-
rias do remo.
Ajrentcji aeracai JAMBA CASOBUI A OA
Mousinho da Silveira. 85.—Porto
Preço em toda a parte 1 £000 rs. o frasco
representa exactamente o ferro contido na economia.Experiraentado pelos principaes medicos do mundo, passa imincdiataracoto no sangue, não occasiona prisio de ventre, nâo cansa o estoraago, Dào ennegrece os dentes.— Tomem-se vinte gottas em cada comida. CxijA-se» TínUdiln Marca. — Teade-se tt to<« tsPkiraulu. por haioh : 40&42,rueSt-Lazare,PARIZ.
Sahirá o paquete:
CHARENTE, commandante Bouis,.
qui st espera de Bordeaux de 5 a
6 de setembro
Para Bordeaux, em [dl«
reitora
Sahirio os seguintes paqnetei:
CONG, commandante Le Gall, que
se espera do Brasil de 12 a 14 de
st tembro. CHILI, commandante Vjquier, que
se espera do Braiil de 22 a 24 de
setembro.
Redacção de preços
(a partir de 17 de Julho)
Preços reduzidos de passagem de
Lisboa a Bordeaux durante a epoch»
da exposição:
1.» classe francos 125
2.» » » 80
Para mais informações trata-se na
escriptorio de Torlades ft C.% anta
se acha estabelecida a agencia, na
Áurea, 12,1.»
Pela Agencia da Compagnie áe Mal-
sageries Mari times
GARRY
Espera-se em l de setembro.
Para carga trata-st no Cae
Sodré, 64, l.#. Os agentes,
E. Pinto Basto A C.
Sociedade de Sfgnros de vida dos Estados Uni-
dos. fundada rui 18^9
8ÉDE EM HOVA YORK
Capital de garantia superior a 169 000:000^000 réis
Os lucros revertem
exclusivamente em favor dos segurados
Excesso sobre a reserva legal réis 32.366:750*330, superior & de
l^3ovos0sfgu^f effectuidos em 18?fi3^20^8^
Total dot seguros em curso em 1893, 932.532:57/$000 réis.
Nos últimos 30 annos, a companhia tem pago seguros superiores a
fualquer outra companhia. As apólices são incontestáveis.
Seguros em caso de morte, em caso de vida, dotaes e sobreviven-
nas, rendas vitalícias,
ADMIMBTBAÇÃO E DIRECÇÃO DA BUCCUR8AL EM PORTUGAL
32.1.°. Rua do Ouro. 32
BARON HUNTLY
Espera-se em 30 do corrente.
Para carga e passagens trata-i
no Caes do Sodré, 64, 1.°. Os agentes
E. Pinto Basto A Ç
^CTOCO MPo^
AgçL , Pan PernMibne», Bahia, Ri* ái Ju«ir»a
Af BonUtideo, Bnenes lyres, T»lparaii« •
x&Mm&i Portos do Pacific#.
SAIRAO OS PAQTTETF^
Orellana a 4 de setembro. I Potosi a 2 de outubro.
•Oropesa a 18 de setembro I •Orcana a 16 de i u wro. ••Os paquetes Oropesa e Orcana *ão utm: at Kio de Janeirti
Os paquetes Orellana e Orcana nâo recebem passageiros 4e I.» cisne}
Fax-se abatimento às famílias que viajarem para as parias da Srail«
C RlSadpaa&agem de S.s classe por estes magnificas taparei, estft iitlmVj
ia vinho i hora da comida, cama, roupa, etc. à bordo ha «nados. e«fi*h»tros Dortnruexei a ■etiaa.
Preços de passagem de Usboa em 1.' classe
Para os portos do Brazil 29SOOO
Pra os portos do Rio da Prata 32£000
Vaccina da §occa.
EMBRANQUECE os DENTES,
FORTIFICA as GENGIVAS,
SANEIA A BOCCA.
0 anico Dentifrício qaesupprime a dôr deDentes
Acba-se em todas as Pharmacias, Perfumarias, etc.
Para a cura tfficat e prompta da*
Moléstias provenientes da impu-
reza do Sangue.
E* uma loucura andar a fazer experkmclaa
com misturas inferiores compostas de drogas
©rdinarias ou de plantas indígenas cuja efflcacia
ftão 6 confirmada pela sciencia, emquanto que a
moléstia cada vez vai ganhando terreno.
Lancem mão, sem demora, de um remedio
garantido cuja efflcacia seja facto assignalado <*
inquestionável
O Extracto Composto Concentrado db Salsaparrii.ii a DE Ayer 6 conhecido e re-
commendado pelos medicos mais intelligentea
dos paizes adiantados, já durante 40 annos.
Centenas de milhares de doentes tem
colhido benefícios do seu emprego e são outras
tantas testemunhas da sua efflcacia positiva o
IncomparaveL
PREPARADO PELO
eau DE sue* 1 ^-1 0.
riu VIKT lMH.0YMC9*UE I
fiuoTioiÉ* ,.1u IMFtCftl k",-
MAUX DE DENTS _ u —wo-x J\ Rnm*ttn-sr> a Brochura explicativa a quem a podir
Snr. SUEZ, 9,Rue de Prony, Pariz.
Para La Pallice (La Rouchelle) Plymonth
e Liverpool
O PAQUETE POTOSI
Ispera-se a 6 de setembro.
k companhia resolveu estabelecer os seguintes preços de passagem
reduxidos de Lisboa para U PALLICE durante s epochs da Exposição
Internacional de Bordeaux até ao flm de outubro proximo futuro.
1.» classe, lb. 4.4.0; 2.» classe, lb. 2.10.0; £• classe, (ida ejTolta)
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