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CADERNO DE RESUMOS E SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
II SEMINÁRIO REGIONAL DE HUMANIDADES
DIÁLOGOS & RELAÇÕES DE PODER
Simpósios Temáticos
05/11/2013 13h às 17h30min S2- Linguagens, Corpo e Sexualidade.
Profa. Dra. Thaís Leão Vieira (UFMT/CUR) e
Prof. Dr. Miguel Rodrigues de Sousa Netto (UFMS/CPAQ)
S3- Estudos do Léxico.
Profa. Dra. Márcia Regina Pavoni de Carvalho (UFMT)
S4- Relações de poder na sociedade tecnológica: diálogos possíveis.
Prof. Ms. Valter Cardoso da Silva (IFMT) e Prof. Dr. Wilson José Soares (IFMT)
S7- Linguística de Corpus Aplicada ao Ensino de Língua Inglesa
e aos Estudos da Tradução
Profa. Dra. Emiliana F. Bonalumi (UFMT/CUR)
06/11/2013 13h às 17h30min
S1- Manuais didáticos e ensino de história: limites, desafios e possibilidades.
Profa. Dra. Ana Paula Squinelo (UFMS/CPAQ) e Prof. Dr. Jiani Langaro (UFGD)
S6- Letramentos na perspectiva crítica
Profa. Ms. Delvânia Aparecida Góes dos Santos (UFMT/CUR)
Profa. Dra. Flávia Andrea Rodrigues Benfatti (UFMT/CUR)
S9- Encontros interdisciplinares: história, cidades e literatura
Prof. Dr. Edvaldo Correa Sotana (UFMS/CPAQ)
S10- Diversidade étnico-racial e diversidade afetivo-sexual
Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (UFMT/CUR)
e Prof. Ms. Luiz Ricardo Prado (Museu/ROO)
S2- Linguagens, Corpo e Sexualidade.
Profa. Dra. Thaís Leão Vieira (UFMT/CUR) e
Prof. Dr. Miguel Rodrigues de Sousa Netto (UFMS/CPAQ)
S1- Manuais didáticos e ensino de história: limites, desafios e possibilidades.
Profª. Drª. Ana Paula Squinelo (UFMS/CPAQ), Jiani Fernando Langaro (UFGD)
As Representações Imagéticas da Guerra Do Paraguai nas Obras Nossa Pátria (1917) e
História do Brasil (1900) de Rocha Pombo
Ana Paula Squinelo (UFMS/CPAq)
O Ensino de História Local na Construção de Memórias Públicas de Toledo-Pr
Jiani Fernando Langaro (UFGD)
Aula Oficina na Formação do Professor de História
Profª Ms. Paula Faustino Sampaio (UFMT/CUR/ICHS)
Influência da Maçonaria Na Revolução Farroupilha (1835–1845) - Um Olhar Além do
Material Didático
Edílson Luis Ferrarini (UFMT)
Divisão do antigo Mato Grosso: impasse no processo de ensino-aprendizagem
Leilane Pedrozo de Souza (UFMS/CPAQ)
Investigando a Consciência Histórica de Jovens em Processo de Escolarização a Partir de
Suas Narrativas Históricas
Ronaldo Alves Ribeiro dos Santos
História Local: Ressignificando a História de Rondonópolis e os Espaços de Memórias
Carlos Alexandre da Silva Souza (PIBID/UFMT)
S2- Linguagens, Corpo e Sexualidade - Profa. Dra. Thaís Leão Vieira
(UFMT/CUR) e Prof. Dr. Miguel Rodrigues de Sousa Netto (UFMS/CPAQ)
Homossexualidade & Mídia: A Atuação de João Silvério Trevisan no Jornal Lampião Da
Esquina (1978-1981)
Miguel Rodrigues De Sousa Neto (UFMS/CPAQ)
A questão do intelectual em Allegro Desbundaccio de Oduvaldo Vianna Filho (1973)
Thaís Leão Vieira (UFMT/ROO/ARTE.COM)
Cantiga e Espasmo: Amor e Turbulência Social no Medievo Português
Benjamin Rodrigues Ferreira Filho (UFMT/ROO)
Homem Disciplinado, Discurso Higienizado: Processos de Higienização da Linguagem Shirlene Rohr De Souza (UNEMAT)
O Discurso De Modernização Cultural Em Mato Grosso Na Década De 1940
Antonio Ricardo Calori De Lion (IC/FAPEMAT/UFMT/ROO)
Hardcore Brasileiro: Análise De Sonho Médio (1999) De Dead Fish E O Conflito Entre O
Nacional E O Estrangeiro
Thales Biguinatti Carias (UFMT/ROO)
Configurações Espaciais Do Desejo Homoerótico Em Lábios Que Beijei, De Aguinaldo Silva
(1992)
João Carlos Nunes Ibanhez (UFMS/CPAQ)
O Livro De Pré- Coisas E O Cenário Natural Na Obra Do Poeta Manoel De Barros
Fernanda Da Rosa Borges (PIBID/CAPES/UFMS)
Computa, Computador, Computa – O Humor E O Teatro De Resistência Nos Anos De
Ditadura Militar No Brasil
Gustavo Henrique Ferreira Rodrigues (UFMS/ROO)
Uma Investigação Sobre A Noção Das Reminiscências Do Protagonista e a Temporalidade
No Romance The Remains Of The Day
Ângela Tavares Nates Moreira (UFMT/ROO)
A pesquisa como jornada interpretativa: uma leitura metafórica do filme “A lenda do
pianista do mar” Elni Elisa Willms (UFMT/ROO)
S3- Estudos do Léxico - Profa. Dra. Márcia Regina Pavoni de Carvalho
(UFMT)
Características Toponímicas Gerais da Mesorregião Sudeste Mato-Grossense
Maria Aparecida de Carvalho (SEPLAN-MT)
Atlas Linguístico da Mesorregião Sudeste de Mato Grosso Marigilda Antonio Cuba (UFMS/CAPES)
S4- Relações de poder na sociedade tecnológica: diálogos possíveis - Prof. Ms.
Valter Cardoso da Silva (IFMT) e Prof. Dr. Wilson José Soares (IFMT)
Biopolítica: Uma Trajetória Do Olhar Sobre O Governo Da Vida
Ms. Ideylson da Silva Vieira dos Anjos (UFMT/ROO)
O Olhar Dos Moradores De Santa Maria (Rs) Sobre A Cidade Após O Incêndio Na Boate
Kiss: Um Estudo De Caso No Facebook.
Cayron Henrique FRAGA (UFG)
Profissão Docente: Espaço De Interação E Aprendizado
Rosana Maria Cavassan Dourado (Escola Estadual Major Otavio Pitaluga)
S6- Letramentos na perspectiva crítica – Profa. Ms. Delvânia Aparecida Góes
dos Santos (UFMT/CUR) e Profa. Dra. Flávia Andrea Rodrigues Benfatti
Ensino De Inglês: Uma Experiência De Letramento Crítico Na Feira Da Vila Aurora
Jonathan de Paula Camargo (UFMT/ROO)
Ensino-Aprendizagem De Inglês E Conflitos Identitários
Fernanda de Mello Cardoso (UFMT/ROO)
Literatura em Língua Inglesa na Escola Pública: um caminho impossível?
Victor Souza Rodrigues (UFMT-ROO)
Ensino crítico de inglês: o uso de metáforas em canções de Bob Marley
Raimundo Alessandro Correia/UFMT-CUR
S7- Linguística de Corpus Aplicada ao Ensino de Língua Inglesa e aos Estudos
da Tradução – Profa. Dra. Emiliana F. Bonalumi (UFMT/CUR
Estudo De Dois Vocábulos Recorrentes E Preferenciais Da Obra Gabriela Cravo E Canela
De Jorge Amado E Sua Respectiva Tradução Para A Língua Inglesa
Emiliana Fernandes Bonalumi (UFMT/ROO)
A apropriação de práticas docentes em língua inglesa na segunda licenciatura: Vozes dos
professores da Escola Pública
Profa. Ms. Ana Cristina Lobo-Sousa (UFMT/ROO) Profa. Ms. Maria Aparecida dos Santos (UFMT/ROO)
O ensino-aprendizagem de línguas e literaturas estrangeiras: Embates entre o discurso
hegemônico e o da inclusão
Prof. Ms. Marki Lyons (UFMT/ROO)
Uma Investigação da Tradução de um Phrasal Verb por Meio de Corpora On-Line e do
Livro Didático Valéria Carrijo Tavares Fidelis (UFMT)
Elaboração de Material de Gramática da Língua Inglesa Nível Intermediário, por meio de
Corpora On-Line
Ronaldo Adriano Santos (UFMT/ROO)
Uma Análise de Vocábulos Recorrentes e Preferenciais Encontrados em um Corpus
Literário Paralelo da Obra Perto Do Coração Selvagem, de Clarice Lispector e sua
Tradução para a Língua Inglesa
Gesiane Santos Paula (UFMT/ROO)
Desafio de Ensinar Língua Enstrangeira para Alunos Surdos
Edilucy Oliveira Santana Da Silva (UFMT/ROO)
Análise Dos Vocábulos Recorrentes E Preferenciais Na Obra Remembering Babylon, De
David Malouf
George de Santana Mori (UFMT/CUR)
S9- Encontros interdisciplinares: história, cidades e literatura - prof. Dr.
Edvaldo Correa Sotana (UFMS/CPAQ)
A Mulher na Vida Politico-Pública em Goiás entre 1980 a 2000
Wallan Pereira da Silva (UEG)
A luta da UFMT de Rondonópolis para se tornar UFR
Ana Paula Campos Santos (UFMT/ROO)
Experiência e modos de vida dos produtores da economia solidária em São José do Povo
(1997)
Renata Leão Gomes (UFMT/ROO)
A Igreja na formação sócio histórica do município de São José do Povo-MT
Denise Coleti Barbosa (UFMT/ROO)
Gleba Rio Vermelho experiências da formação sócio histórica
Patrícia Regina Teixeira de Medeiros Santos (UFMT/ROO)
S10- Diversidade étnico-racial e diversidade afetivo-sexual – Prof. Ms. Aguinaldo
Rodrigues Gomes (UFMT/CUR); Prof. Ms. Luiz Ricardo Prado (SMCR)
História e Arte, Corpo e Ruptura
Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (UFMT/ROO)
A Religiosidade Africana no Livro Didático
Prof. Me. Luiz Ricardo Prado (SMCR)
Memória mato-grossense: Permanências e Ressignificações das danças Siriri e Cururu
Erika Cristina Soares da Silva (UFMT/ROO)
Barreira Indígena Ao Progresso: Discurso Oficial E Política Indigenista Em Mato Grosso
(1880-1930)
Adalto Vieira Ferreira Júnior (UFMT)
Performance, Para Além Dos Palcos Em Ney Matogrosso: Diálogos Com Os Mecanismos
Constitutivos Do Seu Fazer Artístico, Por Meio Da Mídia No Ínicio Da Década De 1980.
Robson Pereira da Silva (PIBIC/CNPq/UFMT/ROO)
Poesia com príncipe encantado de pau duro e bocetinha falante de Cinderela: Liberdade
erótica e poesia marginal no Brasil nos anos 1970.
Alexandre Vinícius Gonçalves Nascimento (UFMT/ROO)
Interpretações acerca do Engajamento no Teatro no Brasil
Iza Debohra Godoi Sepulveda (UFMT/ROO)
Patrulhas Ideológicas e Disputas por Memória sobre o Brasil da década de 1970
Cristiane Pereira Martins (UFMT/ROO)
S1- Manuais didáticos e ensino de história: limites, desafios e possibilidades – Profa. Dra. Ana Paula Squinelo (UFMS/CPAQ), Jiani Fernando Langaro (UFGD)
AS REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS DA GUERRA DO PARAGUAI NAS OBRAS
NOSSA PÁTRIA (1917)E HISTÓRIA DO BRASIL (1900)DE ROCHA POMBO
Ana Paula Squinelo (UFMS/CPAq)
apsquinelo@yahoo.com.br
Tenho como objetivo analisar as representações imagéticas da Guerra do Paraguai a partir dos
capítulos dedicados ao temacontidos nas obras Nossa Pátria (1917)e História do Brasil (1900),
de Rocha Pombo. Tais imagens reportam-se auma concepção de História de viés positivista,
alicerçada na consolidação de uma memória ligada a heróis, fatos e batalhas. Nesse sentido,
analiso as representações presentes sobre o líder guarani Solano López, os heróis brasileiros
como, Almirante Barroso e General Osório, assim como as batalhas de Riachuelo, Avahy,
Paissandu e Campo Grande – imortalizadasem obras de Pedro Américo e Victor Meirellese
presentes nas obras de Rocha Pombo. Tal proposição permite compreender a história e a memória
gestadas e consolidadas a respeito da história política do Brasil e que educou gerações durante o
século XX por meio das obras citadas de Rocha Pombo.
Palavras chave: Imagens; Guerra do Paraguai; Rocha Pombo
O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL NA CONSTRUÇÃO DE MEMÓRIAS PÚBLICAS DE
TOLEDO-PR
Jiani Fernando Langaro (UFGD)
O trabalho discute o processo de construção de memórias públicas em Toledo-PR, tendo como
foco o ensino de História, mais precisamente o projeto “Conhecendo Toledo”, empreendido pela
prefeitura municipal desse município, na década de 2000. O objetivo do trabalho é analisar como
o ensino de História e a produção local de livros didáticos contribuiu para cristalizar
determinadas versões sobre a fundação da cidade, conferindo visibilidade a determinados grupos
sociais em detrimento de outros. Mais que refletir sobre a didática adotada em tal projeto, propõe-
se analisar o conteúdo ensinado, com vistas a perceber suas relações com as memórias públicas
circulantes sobre o local.
PALAVRAS-CHAVE: História local; Projetos pedagógicos; História e memória.
AULA OFICINA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA
Profª Ms. Paula Faustino Sampaio (UFMT/CUR/ICHS)
Esta comunicação objetiva apresentar o desenvolvimento e alguns resultados da metodologia aula
oficina na formação do professor de história. A ementa da disciplina Estágio Supervisionado em
História III, Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em História – 2009, Campus
Rondonópolis, estabelece: Preparação e apresentação de micro-aulas; Regência de aulas de
história em escolas de ensino fundamental e médio; Elaboração de relatório final. Por sua vez, a
Escola Estadual Profª Elizabeth de Freitas Magalhães, instituição acolhedora do Estágio
Supervisionado – Turma B, por mim supervisionado, solicitou atividades relacionadas a Lei
Federal 10.639/03, sobre ensino de história da África, e a Lei Federal 11.645/08, sobre educação
étnico-racial. Diante desta situação, os oito estagiários e eu realizamos leituras, debates,
pesquisas, reflexão sobre a formação teórica, revisão de conteúdos. Ambicionamos envolver
todos em sistema de cooperação e desafios no processo de seleção de conteúdos, metodologia,
fontes históricas pertinentes e, especialmente, na percepção sobre o que sabíamos ou não sobre as
leis supracitadas. Foi fazendo, experimentando e lendo que conhecemos a metodologia da aula
oficina, que segundo Isabel Barca, historiadora portuguesa, preocupa-se com o ensinar, com a
produção de conhecimento histórico, em formar sujeitos conscientes do que aprenderam e do que
falta aprender, tendo em vista o desafio de aprender como força motivadora. Ao longo das
64horas-aulas, produzimos as seguintes aulas oficinas: História e Meio Ambiente; Racismo e
diversidade étnica; Daniel Munduruku e a decolonialidade; Manoel de Barros e a cultura;
Religião e religiosidade; Deficiência física em pauta; Cuiabaneidade e estigmas; Desigualdade
social de Darcy Ribeiro aos raps. As aulas oficinas visam a produção de conhecimentos tendo o
fazer, a pesquisa, a discussão e a reflexão como metodologia para (des)construir as consciências
histórias.
Palavras-chave: estágio supervisionado; formação de professores; aula oficina
INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA
(1835–1845) - UM OLHAR ALÉM DO MATERIAL DIDÁTICO
Edílson Luis Ferrarini (UFMT)
Graduando do curso de graduação em Licenciatura Plena em História UFMT/CUR/ICHS
edilferrasini@hotmail.com
Orientador Prof. Dr. Ney Iared Reynaldo
neyhis@yaho.com.br
Abdicação de Dom Pedro I inicia no Brasil, um novo período histórico, a prerrogativa de
reconfiguração do Estado, incorporado à idéia de nação brasileira, a primeira metade do século
XIX, figura a ameaça de uma possível desintegração da unidade nacional. Período protagonizado
por inúmeros conflitos envoltos a interesses das elites dominantes das províncias de norte a sul. O
poder centralizado e homogeneizado entre a aristocracia agrária exportadora do centro e a Corte
Carioca, no político e econômico a possibilita sobrepor-se às demais províncias entre divisões e
várias concepções políticas aos arranjos institucionais. No Rio Grande do Sul esse ranço culmina
na Revolução Farroupilha, assolando a província por dez anos. Neste estudo analiso como as
relações maçônicas influenciaram o movimento Farroupilha em 20 de setembro de 1835, na
província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e de que maneira essa temática é tratada nos livros
didáticos. Nessa perspectiva, analisar o regional, significa adentrar num espaço tradicionalmente
produzido pela historiografia sobre a América Platina e do Rio Grande do Sul, isto é, a Maçonaria
e a Revolução Farroupilha. A pesquisa sobre a influência da Maçonaria e Revolução Farroupilha,
vem ao encontro de uma problemática preocupante e muito debatida a partir de 2008, acerca dos
critérios avaliativos ao PNLD, adotados pelo MEC. Estes envolvem as perspectivas acerca dos
livros didáticos e sua funcionalidade como aporte teórico metodológico, utilizado por professores
e alunos em salas de aula do ensino fundamental e médio. Aliados à herança do controle dos
conteúdos por parte do Estado, pela compactação do livro por seus agentes de produção e sua
característica mercadológica, aparecem muitas lacunas. Estas muitas vezes distorcem a temática
histórica, entre erros conceituais, composição e a articulação dos conteúdos, e evidenciam a
possibilidade de um ensino estereotipado por meio de leituras ideológicas, mediada pelo livro
didático.
Palavras chave: livro didático; maçonaria; Revolução Farroupilha.
Divisão do antigo Mato Grosso: impasse no processo de ensino-aprendizagem
Leilane Pedrozo de Souza – leilaneps1@hotmail.com (UFMS/CPAQ)
Drª Ana Paula Squinelo – apsquinelo@yahoo.com.br (ORIENTADORA/UFMS/CPAQ)
Busco compreender como se efetiva o processo de ensino aprendizagem relacionado ao tema
Divisão do Mato Grosso. Para tal, pretendo trabalhar com a analise de alguns livros didáticos
utilizados em diferentes períodos para tratar do assunto, questionários e acompanhar as aulas
relacionadas a este conteúdo. Procuro compreender qual a metodologia aplicada pelos
professores, os materiais didáticos utilizados e o processo de aprendizagem dos alunos. Ainda em
fase inicial, estou fazendo leituras teóricas (WEINGARTNER; VALLE; BITTAR) que tratam
desde a gênese do processo de Divisão, que se inicia no século XIX, até a assinatura da Lei
Complementar que dividiu o Mato Grosso e criou o Estado do Mato Grosso do Sul (1977).
INVESTIGANDO A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DE JOVENS EM PROCESSO DE
ESCOLARIZAÇÃO A PARTIR DE SUAS NARRATIVAS HISTÓRICAS
Ronaldo Alves Ribeiro dos Santos (PIVIC/PIBID/UFMT)
Flávio Vilas Boas Trovão (Orientador/Rondonópolis/UFMT)
Marcelo Fronza (Coorientador/Cuiabá/UFMT)
A pesquisa em educação histórica reflete sobre a cognição histórica, partindo do esforço em
identificar os sentidos que alunos e professores atribuem à História. O objetivo desta pesquisa é
compreender por meio de uma pesquisa empírica quais narrativas são construídas acerca do
conhecimento histórico pelos jovens do Ensino Médio a partir da relação dinâmica entre saberes
históricos escolares e saberes históricos cinematográficos. Os estudantes são de uma escola
pública e outra da rede privada, do município de Rondonópolis-MT. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, que utiliza o método etnográfico associado à observação participante, no qual o
observador participante deve fazer o esforço de ser aceitável como pessoa e não simplesmente
respeitável como um cientista. A discussão acerca de ensino de História e Cinema propõe uma
das formas de compreender como os homens representam o passado. Tal questão no âmbito do
ensino de História deve ajudar os professores e os jovens a perceberem como as tramas históricas
construídas por meio das obras cinematográficas não revelam "a verdade" sobre os fatos
históricos representados, mas constroem discursos que são praticados como representações
históricas entre jovens e professores. Dessa forma, o papel do professor enquanto mediador de
enunciados que chegam aos jovens por meio dos documentos cinematográficos, deve também ser
de problematizador dessas linguagens. Assim, propomos compreender como se apresentam os
saberes históricos construídos via obras cinematográficas e por meio do enunciado dos
professores, identificando a partir das narrativas históricas dos jovens quais os sentidos atribuídos
à História por esses jovens a partir da relação dinâmica saberes históricos escolares e saberes
históricos cinematográficos.
Palavras-chave: Obras Cinematográficas, Narrativas Históricas, Verdade Histórica
HISTÓRIA LOCAL: RESSIGNIFICANDO A HISTÓRIA DE RONDONÓPOLIS E OS
ESPAÇOS DE MEMÓRIAS
Carlos Alexandre da Silva Souza (PIBID/UFMT)
Ronaldo Alves Ribeiro dos Santos (PIVIC/PIBID/UFMT)
Ivanildo José Ferreira (Coordenador do PIBID/CUR/UFMT)
O projeto Os Jovens e a História foi articulado pelos bolsistas do PIBID, do Curso de
Licenciatura Plena em História/ICHS/CUR/UFMT, tem como objetivo principal construir
conhecimento histórico acerca da História de Rondonópolis, no sentido de possibilitar aos jovens
a ressignificação dos sentidos atribuídos aos lugares de memória. O uso da história local oferece
aos alunos a possibilidade de se perceberem como sujeitos históricos, de compreensão que a
história local está associada à história nacional, talvez os efeitos não sejam sentidos tão
fortemente, mas incidem sobre o local. Nesse sentido, refletir sobre a história local nos dá a
possibilidade de construção de uma nova identidade, também de ressignificar a consciência
histórica, que segundo Schmidt (2005) tem “função prática de dar identidade” aos sujeitos que
são alunos e professores no cotidiano em aulas de história. Assim, optamos pela história local
pela possibilidade de utilizar a metodologia da história oral, a exploração do patrimônio
construído ou natural, bem como o explorar de locais de memórias que marcam cada um de nós.
Palavras-chave: Conhecimento Histórico, História Local, História de Rondonópolis.
S2- Linguagens, Corpo e Sexualidade - Profa. Dra. Thaís Leão Vieira (UFMT/CUR) e Prof. Dr. Miguel Rodrigues de Sousa Netto (UFMS/CPAQ)
HOMOSSEXUALIDADE & MÍDIA: A ATUAÇÃO DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN NO JORNAL
LAMPIÃO DA ESQUINA (1978-1981)
Miguel Rodrigues de Sousa Neto
UFMS/CPAQ/LABDIS
Objetivo, por meio da presente comunicação de pesquisa, abordar a produção midiática do
escritor, diretor e jornalista paulista João Silvério Trevisan, na passagem da década de 1970 para
a seguinte, com vistas a compreender sua atuação e as formas de seu engajamento presentes na
imprensa escrita voltada para o público homossexual. Compreender sua atuação auxilia no
processo mais amplo de entendimento das feições dos movimentos sociais contemporâneos e seus
embates – entre os diversos grupos e com o poder hegemonicamente estabelecido –, bem como a
díade ruptura/permanência que tem marcado o movimento homossexual brasileiro (hoje,
movimento LGBT) em contato com os demais setores da sociedade.
A questão do intelectual em Allegro Desbundaccio de Oduvaldo Vianna Filho (1973)
Thaís Leão Vieira UFMT/ROO/ARTE.COM
O golpe civil militar de 1964 representou, para o Partido Comunista Brasileiro, a derrota de um
projeto político. A ditadura significou perda de espaços públicos de debate e uma proposta que
precisaria ser reformulada. Diante da perplexidade produzida pelos acontecimentos Oduvaldo
Vianna Filho retoma a revista e o teatro de costumes, que por não obedecerem a uma lógica
clássica e linear exprimiam os fatos caóticos de seu tempo. Assim, o propósito principal neste
artigo é discutir o problema do intelectual diante de sua participação e/ou negação na sociedade
de consumo a partir da comédia Allegro desbundaccio (Se Martins Penna fosse Vivo) de 1973 de
Vianinha. A hipótese aqui é a de que a opção pelo cômico tem um nexo histórico: a situação
encaminhada a partir do golpe e as contradições advindas dele são apreendidas por Vianinha
revelando que contra a perda de conexões com o público e sua realidade o dramaturgo opta pela
forma do não encadeamento da narrativa.
Cantiga e espasmo: amor e turbulência social no medievo português
Benjamin Rodrigues Ferreira Filho (UFMT, Campus Rondonópolis)
As cantigas de amigo da literatura portuguesa medieval desenham um contexto sentimental, no
qual as mocinhas reclamam da ausência de seus amados. Este contexto amoroso, no entanto,
também é composto de invasões, investidas, guerra e turbulência social. Neste período histórico,
os cristãos lutam contra os árabes pela conquista de terras da Península Ibérica e os conflitos são
constantes. Do conjunto de suspiros e lamentos amorosos não estão ausentes os gritos e os
tormentos da guerra. Pretende-se, aqui, fazer uma leitura desse tempo de amor e violência.
Palavras-chave: Literatura medieval Portuguesa. Cantigas. Amor. Guerra.
HOMEM DISCIPLINADO, DISCURSO HIGIENIZADO: PROCESSOS DE
HIGIENIZAÇÃO DA LINGUAGEM
Shirlene Rohr de Souza (UNEMAT)
Desde o Século XVIII, o Ocidente investe em corpos saudáveis – para aumentar a população,
para o trabalho, para a defesa das fronteiras. O investimento no corpo saudável alterou
significativamente o percurso da linguagem que, agora, acompanha o novo modelo de homem,
mais limpo, mais disciplinado. Os gritos, os palavrões e as gargalhadas foram, paulatinamente,
substituídos por vozes moderadas, frases cuidadas e sorrisos cordiais. As funções corporais
passam a ser referidas por meio de eufemismos. É sobre a linguagem colocada sob a égide da
higiene que trata esta comunicação, bem como dos processos concomitantes que deram as feições
e a linguagem do homem contemporâneo. Na base da discussão, Aristóteles, Michel Foucault,
Norbert Elias e Mikhail Bakhtin.
O DISCURSO DE MODERNIZAÇÃO CULTURAL EM MATO GROSSO NA DÉCADA
DE 1940
Antonio Ricardo Calori de Lion (IC/FAPEMAT/UFMT/CUR)
Thaís Leão Vieira (Orientadora) Departamento de História/UFMT/CUR
Email: thaisleaovieira@gmail.com
No final dos anos 1930 e início dos anos 1940, no governo do Interventor Federal Júlio Strübing
Müller, houve um planejamento de urbanização e modernização de Cuiabá que almejava o
“progresso” para o Estado de Mato Grosso bem como a tentativa de encobrir as heranças
coloniais do passado forjado nas tortuosas ruas da “Cidade Verde”. Partindo das teorias de
Anthony Giddens e Marshall Berman para entendermos a modernidade e os planos de
modernização, interpretamos como foram construídas várias obras em Cuiabá na tentativa de dar
caráter moderno à cidade e consequentemente trazer o novo para o cotidiano da população da
época. Nesta perspectiva, tentou-se angariar com esta imagem de civilização urbanizada e
“aproximada” do Sudeste brasileiro o progresso cultural de Mato Grosso, mais especificamente
em sua capital, materializado na construção do Cine-Teatro Cuiabá onde o cinema e o teatro
foram apropriados pelo Estado e representados pela população como símbolos de uma sociedade
moderna. Intenta-se então a perceber como foi construído o discurso de modernização pelo
progresso cultural tendo em vista as ligações entre as personalidades políticas e civis da época
para a legitimação desta memória. Estes discursos modernizadores em Cuiabá nos leva a tecer
uma análise no bojo da historiografia regional que nos fornece a base para compreendermos estas
memórias e enxergarmos além dos documentos oficiais. Deste modo, caminhamos com as
análises interpretativas utilizando como documentos obras artísticas, tais como peças teatrais
representadas no Cine-Teatro Cuiabá, as propagandas publicadas no jornal O Estado de Mato
Grossoe a própria construção deste espaço, analisando sua arquitetura e os modelos incorporados
à sua estética. Para tanto, lançamos mão dos métodos dispostos na História Cultural, onde nos
valemos de análises das práticas culturais no período estudado com os objetos mencionados e as
representações destes nas imagens criadas nestes discursos, tendo como referencial a obra de
Roger Chartier, Rosangela Patriota e Robert Paris que nos apontam como trabalhar com estes
objetos artísticos e quais são os lugares deles na História. A consulta aos documentos produzidos
pelo governo da época também se faz de extrema importância para entendermos como foram
produzidas as ideias de modernização para o Estado e como isto foi passado para esta sociedade
na construção dos discursos políticos. Para esta análise trabalhamos na perspectiva de Mikhail
Bakhtin entendendo o discurso como uma constante interação social. Constatamos que houveram
várias construções discursivas sobre o planejamento da modernização em Mato Grosso no
decênio de 1940. Estes discursos foram legitimados por um grupo da elite política da época
utilizando várias meios, tais como a propaganda, o jornal, o cinema, o teatro, a arquitetura, etc.
Com isto, percebemos também que há poucos estudos sobre o teatro musicado e as várias
manifestações artísticas no Cine-Teatro Cuiabá durante a Intervenção de Júlio Müller. Desta
maneira, sentimos a necessidade de nos voltarmos para tais objetos e enxergarmos os momentos
históricos e os fatos construídos sem ter a visão tradicional dos “documentos oficiais” como única
fonte, notando que tanto nos discursos “oficiais” quanto nos discursos produzidos pela imprensa e
nas artes há a intenção de legitimar o processo de modernização em Mato Grosso.
Palavras-chave: modernização, Cine-Teatro Cuiabá, progresso cultural.
HARDCORE BRASILEIRO: ANÁLISE DE SONHO MÉDIO (1999) DE DEAD FISH E O
CONFLITO ENTRE O NACIONAL E O ESTRANGEIRO
Thales Biguinatti Carias (UFMT)
Luciano Carneiro Alves (UFMT. Orientador, professor assistente no Departamento de História da
Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis)
Quando nos propomos a estudar gêneros musicais vinculados ao rock n’ roll, uma das críticas
mais preponderantes e, talvez, precipitadas diz respeito à hipótese deste ser um sintoma da
assimilação, por parte dos jovens, de culturas e valores provenientes dos Estados Unidos da
América. O estudo sobre hardcore no Brasil por meio de análise do álbum Sonho Médio (1999)
do grupo Dead Fish inicia-se com essa discussão. Neste sentido, o seguinte trabalho procura
argumentar que esta crítica, ao desconsiderar o processo de globalização no contexto sócio-
político do qual o trabalho de Dead Fish se insere, constitui-se enquanto uma visão que atribui
demasiado passividade aos sujeitos e impossibilita que sejam encarados como agentes históricos.
Essa discussão faz-se pertinente para podermos atingir o objetivo principal destes estudos, a
saber: Evidenciar que o álbum de Dead Fish possibilita-nos uma interpretação do processo de
redemocratização do Brasil (1985 – 1999).
Palavras-chave: Globalização, hardcore e discursos jovens.
Configurações espaciais do desejo homoerótico em Lábios que Beijei, de
Aguinaldo Silva (1992)
João Carlos Nunes Ibanhez
Curso de Geografia (Bacharelado) do UFMS/CPAQ
Por meio deste trabalho buscamos compreender as relações espaciais do desejo homoerótico que
configuram a obra Lábios que Beijei de Aguinaldo Silva, publicado pela editora Siciliano em
1992. O cenário urbano do bairro da Lapa funciona como uma espacialidade que influencia no
abstrato e no impalpável de personagens homoeróticos. A Lapa, sendo um bairro boêmio, amarga
as transformações da década de 1960 no Rio de Janeiro, voltadas para a higienização da cidade e
apagamento dos grupos marginais. Com o subtítulo de romance da Lapa, na obra se narra a
história de personagens que se interligam, através das combinações várias, no espaço marginal a
ser higienizado. Aguinaldo Silva recria o espaço social em que eróticas desviantes trazem
desconforto ao coletivo hegemônico, mas que insistem em não aceitarem serem apagados.
O Livro de Pré- Coisas e o cenário natural na obra do poeta Manoel
de Barros.
Fernanda da Rosa Borges
Curso de História UFMS/CPAQ
Neste trabalho realizo uma breve análise do Livro de Pré-Coisas, do poeta Manoel de Barros,
publicado em 1985, obra na qual aborda o Pantanal como tema principal por meio de uma
“anunciação” sobre o mesmo. Barros é um poeta que fala do canto dos pássaros, da enchente tão
temida pelos ribeirinhos, mas que ao mesmo tempo renova aquele cenário, e trata ainda da beleza
natural deste cenário pantaneiro. O poeta ‘brinca’ de certa maneira com as palavras trazidas em
sua escrita, criada por meio de um eu lírico, que pode ser observado em seus poemas. A proposta
por meio deste trabalho é mostrar este cenário trazido no Livro de Pré- Coisas, por Bernardo, que
revive o Pantanal em uma viagem de lancha.
COMPUTA, COMPUTADOR, COMPUTA – O HUMOR E O TEATRO DE
RESISTÊNCIA NOS ANOS DE DITADURA MILITAR NO BRASIL
Gustavo Henrique Ferreira Rodrigues
Este trabalho tem como objetivo compreender o papel da dramaturgia de Millôr Fernandes e a
importância desta no período da ditadura militar no Brasil. Para isso, destacamos a obra
Computa, Computador, Computa do mesmo, como parte deste processo. Partindo do pressuposto
que em determinado momento uma sociedade ou uma realidade social é “dada a ler”, buscaremos
identificar e analisar o texto de Millôr Fernandes. Como o olhar do autor lê a sua realidade e a
capacidade que ele tem de, através de seu texto, dialogar com o seu tempo, trazendo em seu texto
questões sociais, culturais e políticas. Neste ponto que Millôr Fernandes em seu texto nos chama
atenção, pois é utilizando da linguagem dramatúrgica que ele dialogará com questões como a
crítica à classe media e a crítica do sistema político a partir do Humor como chave para pensar e
refletir os diálogos e as situações presentes em seu texto. Destacaremos também, como essa
dramaturgia se insere no movimento do teatro de resistência do fim dos anos 1960 e começo dos
anos 1970 no Brasil.
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A NOÇÃO DAS REMINISCÊNCIAS DO
PROTAGONISTA E A TEMPORALIDADE NO ROMANCE THE REMAINS OF THE
DAY
Ângela Tavares Nates Moreira (UFMT)
Henrique de Oliveira Lee (Orientador/UFMT)
Este trabalho se propõe investigar a obra do autor Kazuo Ishiguro: The Remains of The Day,
originalmente publicada em 1989. Possui título vertido para o português Resíduos do dia e
Vestígios do Dia (Brasil) e Despojos do dia (Portugal). Estas são as versões encontradas para os
livros e filmes. Este trabalho pretende propor uma investigação sobre o modo como as
representações da temporalidade expressam a passagem das narrativas modernas e pós-modernas,
por meio de uma análise da obra sob a perspectiva da noção de “reminiscências” do personagem-
protagonista ao refletir sobre as tomadas de decisões em sua jornada, bem como seus conflitos
interiores. Para tanto, a leitura, análise e interpretação da obra de Ishiguro, bem como de textos
teóricos, foram fundamentais para a compreensão deste romance. Tendo em vista a proposta de
analisar o romance, este trabalho pode constatar que a investigação das “reminiscências” do
protagonista foram fundamentais para identificar as amarguras e arrependimentos tardios de Mr.
Stevens no final da narrativa em relação a sua trajetória. Mesmo percebendo os erros que
cometeu pela obediência cega ao seu primeiro patrão, Mrs. Stevens termina reconhecendo as
oportunidades perdidas e a frustração amorosa. Em tempo de restaurar o que ainda resta em sua
vida, o narrador-protagonista não percebe ou não se empenha em perceber que possui potencial
para mudar o rumo dos eventos, desse modo Stevens abandona seu destino voltando a exercer sua
função de mordomo na mansão Darlington Hall.
Palavras-chave: reminiscências, temporalidade e protagonista.
A pesquisa como jornada interpretativa: uma leitura metafórica do filme “A lenda do
pianista do mar”
Marcos Ferreira-Santos (FE-USP)
Rogério de Almeida (FE-USP/FAPESP)
Elni Elisa Willms (ICHS/CUR/UFMT)
O texto objetiva apresentar uma leitura metafórica do filme “A lenda do pianista do mar”
(TORNATORE, 1998), baseado no monólogo Novecentos de Alessandro Baricco (2000). Mais
do que procurar compreender o filme encerrado em seu sentido narrativo, partiremos de sua
narrativa para estabelecer comparações com o trabalho do pesquisador. Ancoramos nossas
reflexões teóricas nas contribuições de Paul Ricouer a respeito da metáfora e da interpretação
hermenêutica além de Marcos Ferreira-Santos e Rogério de Almeida acerca de jornada
interpretativa. Com Friedrich Nietzsche trataremos da ordem trágica do filme. Concluímos que o
pianista, tendo se recusado a sair do navio, recusou o próprio mundo, como possibilidade de
exploração, de pesquisa, de vida, optando pelo que já conhecia e, desta forma, não afrontou a
vida.
Palavras-chave: Pesquisa, Jornada Interpretativa,Trágico.
S3- Estudos do Léxico - Profa. Dra. Márcia Regina Pavoni de Carvalho (UFMT)
CARACTERÍSTICAS TOPONÍMICAS GERAIS DA MESORREGIÃO SUDESTE
MATO-GROSSENSE
Maria Aparecida de Carvalho (SEPLAN-MT)
As unidades lexicais, quando usadas para dar nomes a determinados pontos nos espaços
geográficos, nomeiam os acidentes físicos ou antrópicos, os particularizam e fazem com que os
topônimos sejam pontos de referência nas regiões onde se encontram. A ação de nomear lugares,
objeto de estudo da Toponímia, estabelece relações que denotam aspectos variados das atividades
humanas. Esses aspectos podem apresentar-se com características regionais, mais específicas ou
gerais. É certo também que algumas destas características são mais produtivas em acidentes
físicos que em acidentes antrópicos, mas isso não constitui regra; podem apresentar-se,
diferentemente, em um ou em outro nível, variam de acordo com as especificidades das regiões.
A proposta metodológica, para o desenvolvimento desta pesquisa que resultou em nossa tese de
doutorado, teve por base a teoria desenvolvida por DICK (1980, 1992, 1996). Os objetivos
propostos foram apresentar o resultado do estudo toponímico nos municípios mato-grossenses
que integram a mesorregião Sudeste Mato-grossense e a análise da representatividade dos
topônimos indígenas no geral e dos tupis em particular. Foram coletados e classificados
taxionomicamente 2.348 (dois mil, trezentos e quarenta e oito) topônimos nas áreas territoriais
dos 22 (vinte e dois) municípios que a compõem. Estes foram agrupados em 04 (quatro)
microrregiões mato-grossenses: Alto Araguaia, Primavera do Leste, Rondonópolis e Tesouro.
Esta pesquisa toponímica deu continuidade ao projeto de elaboração do Atlas Toponímico do
Estado de Mato Grosso e ratifica, uma vez mais, a riqueza toponímica existente no Estado. A
expressiva quantidade dos topônimos, registrados nos mapas e nas cartas topográficas da
mesorregião Sudeste Mato-grossense, também demonstra este fato.
Palavras-chave: topônimos, mesorregião, Toponímia.
ATLAS LINGUÍSTICO DA MESORREGIÃO SUDESTE DE MATO GROSSO
Marigilda Antonio Cuba (UFMS/CAPES)
Aparecida Negri Isquerdo (orientadora)
Esta comunicação visa a apresentar resultados da pesquisa, produto de dissertação de Mestrado,
que teve por objetivo a elaboração do Atlas Linguístico da Mesorregião Sudeste de Mato Grosso.
O estudo pautou-se nos princípios teórico-metodológicos da Dialetologia Pluridimensional e foi
realizada em uma rede de oito pontos (Alto Araguaia, Campo Verde, Dom Aquino, Guiratinga,
Itiquira, Poxoreo, Rondonópolis e Tesouro), segundo alguns critérios: antiguidade; aspectos
histórico-culturais; representatividade das quatro microrregiões que formam a Mesorregião
Sudeste; densidade demográfica; natureza do povoamento; distribuição geográfica dos pontos na
área investigada; pontos propostos por Nascentes (1958) para essa região de Mato Grosso; pontos
que integram a rede de pontos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil e do Projeto Atlas
Linguístico de Mato Grosso. As entrevistas foram realizadas in loco, com o auxílio de um
questionário linguístico, contendo 161 perguntas que apuraram variantes fonéticas e 157 que
buscaram documentar variantes lexicais. Em cada localidade foram inquiridos quatro informantes
– um masculino e um feminino –, de duas faixas etárias – 18 a 30 e 45 a 70 anos –, com
escolaridade até a 8ª série do Ensino Fundamental, nascidos no local. O Atlas contém 122 cartas
fonéticas e 121 lexicais. Os dados mapeados nas 243 cartas linguísticas apontam algumas
tendências na fala dos habitantes da região investigada, dentre outras: i) a evidência de mudanças
em curso na fala dos habitantes da área geográfica pesquisada; ii) a presença de traços de
conservadorismo na fala dos informantes da segunda faixa etária e de inovação na fala dos
jovens; iii) a manifestação de marcas de influências interculturais e linguísticas na fala dos
habitantes dos municípios estudados, decorrentes do contato entre povos de diferentes regiões
brasileiras que ali se fixaram e iv) marcas de regionalismos mato-grossenses.
Palavras chave: Mato Grosso; variação linguística, atlas linguístico.
S6- Letramentos na perspectiva crítica – Profa. Ms. Delvânia Aparecida Góes dos Santos (UFMT/CUR) e Profa. Dra. Flávia Andrea Rodrigues Benfatti (UFMT/CUR)
Este simpósio propõe uma discussão sobre os vários conceitos de letramento que convivem na
atualidade – Letramento Digital, Letramento Visual, Novos Letramentos e Multiletramentos. Os
letramentos são vistos como elementos constitutivos, criados socialmente nas práticas
discursivas, entretanto, a perspectiva crítica dos letramentos considera e contesta as relações de
poder mediadas pelo uso cotidiano da língua e aponta para a necessidade de compreender as
implicações desse uso da língua nas realidades sociais.
ENSINO DE INGLÊS: UMA EXPERIÊNCIA DE LETRAMENTO CRÍTICO NA FEIRA
DA VILA AURORA
Jonathan de Paula Camargo (UFMT – Campus Rondonópolis)
Profa. Ms. Delvânia Aparecida Góes dos Santos (orientadora)
Monte Mór (2009, 2010, 2011) sinaliza a relevância do trabalho de letramento crítico como
prática de leitura comprometida com a expansão de perspectivas do aluno. Tal expansão consiste
no exercício de construção de sentidos nas dimensões individual, comunitária e global, de forma
a relacioná-las e, sobretudo, compreendê-las em suas semelhanças e diferenças. De acordo com
essa perspectiva, promover a aprendizagem para além dos muros da escola, em outros espaços
sociais, é colaborar para um projeto de formação mais significativo. O principal objetivo deste
estudo é compreender de que forma um espaço social pode ser utilizado e transformado em um
espaço de letramento crítico. Inicialmente foi realizado um estudo exploratório para identificar
possíveis alunos-participantes e os conteúdos/temas de seu interesse. Os dados coletados nessa
fase preliminar foram utilizados para a elaboração de um curso dividido em quatro unidades
temáticas. As atividades foram pensadas de modo que o aluno pudesse perceber a conexão entre o
conhecimento de mundo e o conteúdo proposto, bem como refletir sobre a língua em seu uso
cotidiano. Também foi levada em consideração a necessidade de promover a consciência cidadã e
desenvolver o senso crítico dos alunos, conforme as orientações dos documentos oficiais (LDB,
PCNs e Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso).
Palavras-chave: Letramento Crítico; Espaço de Letramento, Ensino de Língua Inglesa.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS E CONFLITOS IDENTITÁRIOS
Fernanda de Mello Cardoso (UFMT/CUR)
Profa. Ms. Delvânia A. Góes dos Santos (orientadora) (UFMT/CUR)
Este trabalho em andamento apresenta uma proposta de estudo referente ao ensino-aprendizagem
de inglês na perspectiva dos novos letramentos (STREET; LUKE E DOOLEY; MENEZES DE
SOUZA; MONTE-MÓR) e ensino crítico da Língua Inglesa. A pesquisa está vinculada ao
projeto “Letras, pra que te quero?” desenvolvido por alunos da graduação da Universidade
Federal do Mato Grosso, Campus de Rondonópolis, e tem como objeto de estudo língua, poder e
identidade. É uma pesquisa de cunho qualitativo, colaborativo que busca compreender e refletir
sobre a constituição da identidade do aprendiz de Língua Inglesa no contexto do ensino médio,
afim de investigar os temas geradores de debate acerca do objeto que possam tornar o ensino-
aprendizagem de inglês em uma oportunidade de letramento critico.
Palavras-chave: Letramento crítico. Identidade. Ensino-aprendizagem.
Literatura em Língua Inglesa na Escola Pública: um caminho impossível?
Victor Souza Rodrigues/UFMT-CUR
Profa. Ms. Delvânia A. Góes dos Santos/orientadora/UFMT-CUR
Essa comunicação se propõe a apresentar um projeto de monografia ligado aos estudos referentes
ao ensino-aprendizagem de inglês na perspectiva dos letramentos (STREET; LUKE AND
FREEBODY, MENEZES DE SOUZA; MONTE-MÓR) e ensino crítico da Língua Inglesa.
Trata-se de um estudo vinculado ao grupo de pesquisa "Letras pra que te quero?" desenvolvido
por alunos da graduação da Universidade Federal do Mato Grosso, Campus de Rondonópolis.
Este trabalho qualitativo tem por base metodológica a colaboração e busca a Literatura como
objeto e recurso no processo de aprendizagem da língua, com o propósito de investigar de que
modo os textos literários em língua inglesa podem ser trabalhados para ampliar as possibilidades
de aprendizagem em sala de aula.
Palavras - Chaves: Letramento crítico, Literatura, ensino- aprendizagem.
Ensino crítico de inglês: o uso de metáforas em canções de Bob Marley
Raimundo Alessandro Correia/UFMT-CUR
Profa. Ms. Delvânia A. Góes dos Santos/orientadora/UFMT-CUR
Essa comunicação expõe um projeto de monografia ligados aos estudos referentes ao ensino-
aprendizagem de inglês na perspectiva dos letramentos (STREET; LUKE AND FREEBODY) e
das metáforas discursivas (KRAMSCH; DUFVA) e ensino crítico da Língua Inglesa. Trata-se de
um estudo vinculado ao grupo de pesquisa "Letras pra que te quero?", desenvolvido por alunos da
graduação da Universidade Federal do Mato Grosso, Campus de Rondonópolis. Esse trabalho
qualitativo tem como alicerce metodológico a cooperação e averigua de que modo o uso da
metáfora se encaixa no processo de aprendizagem da língua, com o propósito de investigar de
que maneira as metáforas em canções de bob Marley podem ser aplicadas a fim de ampliar os
sentidos atribuídos e abordar as práticas sociais da linguagem do buscando trazer uma perspectiva
de criticidade às discussões em sala de aula.
Palavras - Chaves: Língua Inglesa, Letramento Crítico, Metáforas.
S7- Linguística de Corpus Aplicada ao Ensino de Língua Inglesa e aos Estudos da Tradução – Profa. Dra. Emiliana F. Bonalumi (UFMT/CUR)
ESTUDO DE DOIS VOCÁBULOS RECORRENTES E PREFERENCIAIS DA OBRA
GABRIELA CRAVO E CANELA DE JORGE AMADO E SUA RESPECTIVA
TRADUÇÃO PARA A LÍNGUA INGLESA
Emiliana Fernandes Bonalumi (UFMT-CUR)
Esta comunicação faz parte de um Projeto de Pesquisa maior intitulado: “Análise de vocábulos
recorrentes e preferenciais em traduções literárias, jornalísticas, jurídicas, nas áreas da culinária,
moda e medicina”, que vem sendo desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso,
Campus de Rondonópolis, desde maio de 2011. Almejamos apresentar a discussão de dois
vocábulos recorrentes e preferenciais da obra Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado e sua
respectiva tradução para a língua inglesa Gabriela Clove and Cinnamon, traduzido por James L.
Taylor e William L. Grossman, a fim de identificar, comparar e analisar os vocábulos recorrentes
e preferenciais selecionados para análise. Nesta comunicação, tivemos como intuito investigar as
semelhanças e diferenças sobre o uso dos vocábulos recorrentes e preferenciais em relação às
traduções literais, omissões e variações extraídas do corpus literário traduzido para a língua
inglesa, com base na literatura e na linguística de corpus. Fundamentou-se esta pesquisa nos
estudos da tradução baseados em corpus de Baker (1993, 1995, 2004) bem como em princípios e
métodos da Linguística de Corpus de Berber Sardinha (2004).
Palavras-chave: Estudos da tradução baseados em corpus, linguística de corpus, vocábulos
recorrentes e preferenciais.
A APROPRIAÇÃO DE PRÁTICAS DOCENTES EM LÍNGUA INGLESA NA SEGUNDA
LICENCIATURA:
VOZES DOS PROFESSORES DA ESCOLA PÚBLICA
Profa. Ms. Ana Cristina Lobo-Sousa (UFMT/ROO)
Profa. Ms. Maria Aparecida dos Santos (UFMT/ROO)
Por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR, já se
tem formado em nosso campus de Rondonópolis da Universidade Federal do Mato Grosso –
UFMT/R cerca de 30 alunos nas segundas licenciaturas de língua inglesa. Cada um desses alunos
empreendeu pesquisa, seja de natureza teórica, seja de natureza experimental, versando sobre, na
maioria das vezes, dificuldades e metodologias no ensino de Língua Inglesa. Entretanto, após o
regresso como licenciados para o ensino de língua estrangeira, não se tem um acompanhamento
efetivo do modo como a prática docente desses alunos pode ter sido alterada, que mudanças
aconteceram ou não. Nesse sentido, esse simpósio pretende discutir a prática e a formação
docentes, no sentido de relacionar os conteúdos apreendidos por ocasião da segunda licenciatura
e as alternativas, propostas e práticas docentes, implementadas após esse momento de formação
inicial. Esperamos relatos de experiência, narrativas ou apresentações de pesquisa que promovam
a autonomia do professor frente ao desafio de ensinar uma segunda língua na escola pública.
O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS E LITERATURAS ESTRANGEIRAS:
EMBATES ENTRE O DISCURSO HEGEMÔNICO E O DA INCLUSÃO
Prof. Ms. Marki Lyons (UFMT/ROO)
O ensino de línguas estrangeiras é, tradicionalmente, um dos lugares que mais convida a
perpetuação de discursos hegemônicos. Enquanto em tempos pós-modernos esses discursos
começaram a ser confrontados por aqueles que sentem o peso total do seu caráter excludente,
muitos desses discursos continuam a circular de forma mais dissimulada, seja como parte de
nossas crenças, seja como parte de nossas práticas dentro e fora da sala de aula, ou de alguma
outra maneira. Mas esses discursos não são concretos e, por essa razão, a nossa intenção é trazer à
tona o que, muitas vezes, permanece abaixo da superfície ou nas entrelinhas, como uma forma de
descobrir onde os contradiscursos estão tomando conta e, como tal, desafiando as práticas
tradicionais do professor de língua estrangeira para que, desse modo, possamos enfrentar com
maior criticidade a inclusão necessária à interação na sociedade contemporânea.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Língua estrangeira. Discurso. Hegemonia. Inclusão.
UMA INVESTIGAÇÃO DA TRADUÇÃO DE UM PHRASAL VERB POR MEIO DE
CORPORA ON-LINE E DO LIVRO DIDÁTICO
Valéria Carrijo Tavares Fidelis (UFMT)
Profa. Dra. Emiliana Fernandes Bonalumi (Orientadora - UFMT)
Ao pensarmos em tradução, logo vem a nossa mente a prática de traduzir um texto, por
exemplo, que normalmente esta é uma língua estrangeira e passará a língua materna. Nessa
pesquisa toma-se como foco identificar, classificar e generalizar o uso de um phrasal verb por
meio dos corpora on-line COMPARA e Corpus Multilíngue para Ensino e Tradução (COMET) e
também do livro didático New English File Intermediate. Partindo do livro didático, foi escolhido
para análise o seguinte phrasal verb pick up. Dessa forma, na segunda parte da pesquisa, buscou-
se a tradução deste phrasal verbs nos corpora on-line. Observa-se, por meio da pesquisa, que
ainda está em andamento, que nas traduções foram usadas todas as definições, compreendendo-se
que o phrasal verb tem diferentes significados. Além disso, notamos que o tradutor utiliza a
variação de significados e também a variação por meio de palavras sinônimas utilizadas nas
traduções. Verificamos que os tradutores, para fazer a tradução, necessariamente precisam ter um
amplo conhecimento da língua, isto é, uma fluência para poder utilizar conhecimentos da língua
para que o texto de chegada seja compreensível para o leitor; nesses casos, o tradutor poderá
fazer uso das omissões e variações.
Palavras-chave: Estudos da tradução baseados em corpora, Linguística de corpus, Phrasal Verbs.
ELABORAÇÃO DE MATERIAL DE GRAMÁTICA DA LÍNGUA INGLESA NÍVEL
INTERMEDIÁRIO, POR MEIO DE CORPORA ON-LINE
Ronaldo Adriano Santos (UFMT – Tutor do Programa de Tutoria em Língua Inglesa da
UFMT/PROEG)
Profa. Dra. Emiliana Fernandes Bonalumi (Orientadora/Departamento de Letras, UFMT)
Quando se trata de aprender um novo idioma, uma das questões que mais pega os alunos é a
gramática. Observa-se que nos livros didáticos voltados para o ensino e aprendizagem da língua
Inglesa (LI), a metodologia estruturalista acaba limitando em grande parte o desenvolvimento
deste aprendizado e não satisfazendo as inquietações que os próprios alunos têm em relação à
gramática e suas aplicações no contexto da prática escrita e oral. Considerando estes pontos, nos
voltamos à Linguística de Corpus, valendo-se dos corpora on-line para trabalhar então o ensino e
aprendizagem da LI tendo como objetivo a investigação de um método que ajude na aquisição e
compreensão da gramática por meio da elaboração de exercícios de gramática baseados no
próprio livro didático e nos corpora on-line. Os corpora on-line oferecem tanto ao professor
quanto ao aluno a oportunidade de trabalhar a língua em uso em vários contextos e em uma
variação muito mais ampla do que aquela oferecida pelos livros didáticos. E um dos resultados
até o momento alcançado foi o de capacitar os alunos a fazerem suas próprias pesquisas de modo
que encontrem respostas para suas inquietações. Contudo, o trabalho ainda se encontra em
andamento e aos poucos alcançando bons resultados a partir do uso desta ferramenta que é os
corpora on-line, para a elaboração de material de gramática da LI.
Palavras-chave: Linguística de corpus; Corpora on-line; Aprendizado Movido por Dados.
UMA ANÁLISE DE VOCÁBULOS RECORRENTES E PREFERENCIAIS
ENCONTRADOS EM UM CORPUS LITERÁRIO PARALELO DA OBRA PERTO DO
CORAÇÃO SELVAGEM, DE CLARICE LISPECTOR E SUA TRADUÇÃO PARA A
LÍNGUA INGLESA.
Gesiane Santos Paula (UFMT)
Profa. Dra. Emiliana Fernandes Bonalumi (Orientadora – UFMT)
No que tange ao foco do nosso trabalho, propomos identificar, comparar e analisar, seis
dos vocábulos recorrentes e preferenciais encontrados no corpus de texto escrito originalmente
em língua portuguesa e sua tradução para a língua inglesa, usando como fonte de pesquisa a obra
literária Perto do Coração Selvagem (Near to The Wild Heart) de Clarice Lispector, por meio do
programa computacional WordSmith Tools. A obra foi traduzida para o inglês por Giovanni
Pontiero. No trabalho, observamos as similaridades e as diferenças, ou seja, as variações nesses
mesmos vocábulos apresentados no corpus, em relação à tradução para a língua inglesa, levando
o pesquisador a empreender, de um modo mais completo e abrangente, um estudo de natureza
descritiva e comparativa em uma extensão consideravelmente maior do que por meio de
amostragens. Embora a pesquisa esteja em seu início, observa-se a variação em alguns casos. Um
exemplo dessa variação é o primeiro vocábulo recorrente e preferencial analisado: “medo”,
traduzido como “fear” e “afraid”. Verificamos que o tradutor nem sempre faz uso de vocábulos
exatamente iguais ou com mesmo sentido. Após essa fase, nossos estudos se voltarão também
para os casos de omissão, onde poderemos analisar as estratégias usadas pelo tradutor.
Palavras – chave: Estudos da tradução baseados em corpus, linguística de corpus, vocábulos
recorrentes e preferenciais.
DESAFIO DE ENSINAR LÍNGUA ENSTRANGEIRA PARA ALUNOS SURDOS
Edilucy Oliveira Santana da Silva (UFMT-CUR)
Marki Lyons (Orientadora UFMT-CUR)
Este estudo investiga as possibilidades do ensino de língua estrangeira para alunos surdos. A
questão que lança nosso desafio é como ensinar uma língua estrangeira para alunos que não
ouvem e não falam. Esse questionamento traz consigo os múltiplos discursos sobre o surdo e a
aprendizagem, o conceito de língua materna e língua estrangeira, além de um enfoque em
métodos de ensino de língua estrangeira e as implicações para o professor de língua estrangeira e
o aprendiz que não ouve ou fala. A nossa intenção, por meio de uma abordagem crítica-reflexiva,
é de investigar os discursos que circulam sobre o ensino-aprendizagem de língua estrangeiras
quando se trata de aprendizes surdos. Assim, a nossa espera é de ampliar as perspectivas de
inclusão desse aluno na aula de língua estrangeira.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem de língua estrangeira; Surdos; Inclusão.
Análise Dos Vocábulos Recorrentes E Preferenciais Na Obra Remembering Babylon, De
David Malouf
George de Santana Mori (UFMT/CUR)
Emiliana Fernandes Bonalumi (Orientadora) (UFMT/CUR)
O presente trabalho apresenta a análise dos vocábulos recorrentes e preferenciais nos corpora
literários na tradução do livro “Remembering Babylon”, de David Malouf, escrito originalmente
em língua inglesa e sua tradução para a língua portuguesa com o título “Lembrando Babilônia”,
por Rubens Figueiredo. A pesquisa apresenta a investigação de seis vocábulos recorrentes e
preferenciais, na qual se realizou uma análise da tradução dos vocábulos ao que se refere à
tradução literal, variação e omissão apresentadas no corpus literário escrito originalmente em
língua inglesa em relação ao corpus traduzido para a língua portuguesa. A presente pesquisa
justifica-se devido sua observação a partir de corpus paralelo para que o pesquisador possa
empreender de modo mais completo e abrangente, um estudo de natureza descritiva e
comparativa, em uma extensão consideravelmente maior do que por meio de amostragens. A
pesquisa foi fundamentada nos estudos sobre tradução de Baker (1995, 1996); nas pesquisas
sobre variação e omissão de Bonalumi (2010); nos trabalhos sobre os princípios da linguística de
corpus adotados por Berber Sardinha (2003, 2004). Utilizou-se o programa WordSmith Tools com
a finalidade de proporcionar melhores recursos, como a análise de diversos aspectos da
linguagem com maior eficiência.
Palavras – chave: Estudos da Tradução, Corpora online, Textos Literários.
S9- Encontros interdisciplinares: história, cidades e literatura - prof. Dr. Edvaldo Correa Sotana (UFMS/CPAQ)
ESCRITOS EM PÁGINAS IMPRESSAS: CAMPO GRANDE E A INSTALAÇAO DA TV
MORENA (1965).
Dr. Edvaldo Corre Sotana
(Docente – Curso de História/UFMS)
e-mail: sotana.ufms@gmail.com
Em 1965, a TV Morena surgia como primeira emissora televisiva do então Estado do Mato
Grosso. Por iniciativa dos irmãos Eduardo, Elias e Ueze Zahran, a emissora fora instalada em
Campo Grande e não na cidade de Cuiabá, capital do Estado à época. Antes mesmo de ir ao ar,
notícias sobre o empreendimento figuravam nas páginas da imprensa escrita campo-grandense,
tal como demonstra uma breve investigação nas páginas dos jornais Correio do Estado e Jornal
do Comércio. Matérias jornalísticas sobre a área de construção e a transformação do panorama da
cidade, a chegada e as características da antena, a construção do auditório, as previsões para o
funcionamento da emissora e as primeiras transmissões numa “fase experimental” figuraram nas
páginas impressas. A assinatura do decreto, por Castelo Branco, autorizando o funcionamento da
emissora e, também, diversas peças de propaganda abordando o processo de comercialização dos
aparelhos também foram pauta dos jornais campo-grandenses. Portanto, são objetivos da presente
comunicação de pesquisa apresentar e refletir sobre os escritos jornalísticos relativos à instalação
da TV Morena considerando, sobremodo, os registros sobre o impacto provocado pela chegada
da “caixa mágica” na cidade.
Palavras – chave: TV Morena, história, Campo Grande
A MULHER NA VIDA POLITICO-PÚBLICA EM GOIÁS ENTRE 1980A 2000
Wallan Pereira da Silva
Graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás
Orientadora: Ms Sandra Rodart Araújo
Ao contrário do que se pensa a mulher já era objeto de estudo pensada desde a antiguidade. Eram
pensadas exclusivamente no campo filosófico. O problema estava em torno de distinguir sua
diferença do sexo masculino. No século XX, a mulher não estará sendo pensada exclusivamente
no campo filosófico, mas nas ciências humanas e sociais: Sociologia, Antropologia, Psicanálise e
na História. A História anterior ao surgimento da Escola do Annales não tinha como preocupação
a história social dos excluídos: camponeses, operários, escravos; as pessoas comuns. Com a
pluralização do objeto na história as mulheres são tidas como objeto e sujeito na história. Esse foi
o fator principal para que houvesse a criação de uma história das mulheres. Os estudos sobre
mulheres só tiveram desenvolvimento graças à grande reviravolta da história na ultimas décadas
do século XX, que voltou-se para temáticas de grupos sociais até então excluídos de seu
interesse. A História Cultural, ao preocupar-se com as identidades coletivas de uma ampla
variedade de grupos sociais, favorece a pluralização dos objetos de investigação histórica,
concedendo às mulheres a condição de objeto da história. O tema abordado será a participação da
mulher no espaço publico goiano através da figura da jornalista e advogada Consuelo Nasser. O
interesse por este tema se deu pelas crescentes manifestações de homenagens públicas a sua
atuação no contexto jornalístico, feminista, no cenário político goiano. Atualmente a figura da
mulher ganha destaque internacional devido suas conquistas de poder e autonomia tanto no
âmbito familiar quanto no social-político. Delimitado o tema, definimos os objetivos, tomando
como fundamental necessidade de revelar os condicionantes históricos que contribuíram para a
atuação sócio-política de Consuelo Nasser. É nessa perspectiva que o trabalho se pauta, na
procura de compreender os fatores históricos que definem a participação feminina no espaço
político/público e jornalístico em Goiás.
A luta da UFMT de Rondonópolis para se tornar UFR
Ana Paula Campos Santos
Profa. Dra. Laci Maria de Araújo Alves (Orientadora) (UFMT/CUR)
A Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis vem
conquistando seu espaço na sociedade Rondonopolitana com muita luta e empenho dos seus
professores, alunos e técnicos ao longo desses quase quarenta anos de existência. A Universidade
Federal de Mato Grosso surge quando a cidade se desponta economicamente no cenário mato-
grossense e essa expansão capitalista em Rondonópolis que de 1970 em diante, é acelerada.
Embora a política educacional do município e do estado fosse voltada para o Ensino Fundamental
e Médio em 1976 começa tomar um novo rumo com a implantação do Ensino Superior
inicialmente com dois cursos de curta licenciatura – Ciência e Estudos Sociais. A construção de
uma sede própria foi um longo processo de reivindicações junto a instancias superiores da
UFMT, e ao mesmo tempo em que isso significava uma conquista, surgiram várias dificuldades.
A distância do Centro da cidade, a irregularidade do transporte coletivo, a deficiência do
fornecimento de energia elétrica e hídrica, a escassez de professores, o excesso de poeira e lama,
a distância geográfica em relação a Reitoria da UFMT, etc. Nesse quadro, a maior parte dos
recursos continuava sendo aplicado na sede, ou seja, em cursos da UFMT Cuiabá, em detrimento
dos cursos ofertados em Rondonópolis. No entanto, apesar da política de “racionalização de
gastos” e de “desmantelamento das universidades publicas”, o Campus de Rondonópolis
continuou investindo na criação de cursos e de programas e intensificando o desejo de ser uma
Universidade autônoma. Este trabalho é uma tentativa de entender melhor o processo de luta pela
criação da Universidade Federal de Rondonópolis, o envolvimento da sociedade local, da classe
política e da comunidade acadêmica posto que uma Universidade independente é um avanço
positivo para toda a Região Sul de Mato Grosso.
Experiência e modos de vida dos produtores da economia solidária em São José do Povo
(1997)
Renata Leão Gomes (UFMT/CUR)
Profa. Dra. Laci Maria de Araújo Alves (Orientadora) (UFMT/CUR)
A proposta dessa pesquisa parte de uma primeira analise referente à formação histórica regional
de São José do Povo. A partir dessa perspectiva, observaremos a forma pela qual se deu a
ocupação de povoamento, bem com a expansão dessa região e as associações que surgiram, assim
como a associação “Dando as Mãos”, os tipos de produtos cultivados pelos pequenos produtores
na região de São José do Povo e para onde é escoada tal produção. O objetivo e evidenciar as
principais necessidades e deficiências dentro das propriedades rurais dos assentamentos e como
se deu o processo de criação e manutenção da associação “Dando as Mãos”. Tal pesquisa tem a
pretensão de discutir a experiência dos agentes ativos na sua própria forma de manutenção da
vida e de uma economia que contribui para o crescimento econômico do município.
Analisaremos esta questão a partir da história oral. Desse modo, evidenciaremos esses sujeitos
como detentores de sua própria história, e, por conseguinte suas memórias estão interligadas com
a memória do município de São José do Povo.
Palavra-chave: Experiência, economia solidaria, São José do Povo.
A Igreja na formação sócio histórica do município de São José do Povo-MT
Denise Coleti Barbosa
Profa. Dra. Laci Maria de Araújo Alves (Orientadora) (UFMT/CUR)
Este trabalho tem por objetivo mostrar a mediação da Igreja Católica no processo de organização
do município de São José do Povo, nas lutas por melhorias e nos movimentos sociais. Evidenciar
a influência de uma associação criada pela Igreja Católica “Sociedade dos Amigos de São José do
Povo” na emancipação de São José do Povo. Mostrar a contribuição e a participação da Igreja
Católica no desenvolvimento do Município, especialmente, no aspecto cultural e na organização
das pessoas em comunidades. Sendo estes algumas das principais questões a serem evidenciadas.
E outras questões como: a influência da Igreja na emancipação desta região? Sua contribuição
para a vida das pessoas dessa comunidade? Entre outras que serão respondidas ao decorrer do
Trabalho de Conclusão de Curso. Em uma porção do Mato Grosso que privilegia os grandes
produtores, voltar os olhos para a pequena produção é também uma forma de mostrar as muitas
possibilidades “do viver e do fazer” em nossa região. Tenho utilizado a História Oral por meio de
entrevistas com antigos moradores do Município, o Pároco atual e algumas freiras franciscanas
que permaneceram por vários anos na Paróquia São José do Povo, pois acredito que estas
revelarão dados importantes com relação à organização das pessoas no município. Dessa forma,
além de mostrar a Igreja como mediadora da organização das pessoas e na formação sócio
histórica do Município, tem por objetivo contribuir para a ampliação da leitura a respeito deste
contexto, pois há poucos documentos (fontes e referências) sobre este assunto.
Palavras-chave: Organização, Igreja Católica, Movimentos Sociais.
Gleba Rio Vermelho experiências da formação sócio histórica
Patrícia Regina Teixeira de Medeiros Santos (UFMT/ROO)
Profª Drª Laci Maria Araújo Alves (Orientadora) (UMT/ROO)
Este trabalho é parte de um estudo que se dedica a compreender as relações dissonantes na
estruturação da Gleba Rio Vermelho que está localizada no município de Rondonópolis – BR
364, no KM- 208, desde sua formação no ano de 1986 e sua atual formatação. Contanto
buscaremos elucidar como se apresentam as relações sociais e comerciais sendo este um dos
fornecedores de produtos alimentícios não industrializados, de maneira que esta atividade
contribua para manutenção da própria Gleba. Metodologicamente a análise da formação e
estruturação da Gleba será procedente de revisão bibliográfica já existente e compreensão da
vinculação das matérias dispostas na imprensa local sobre as atividades sócio econômicas. A
proposta desse trabalho é evidenciar questões iniciais na conquista da terra e como experiências
foram legitimando ou resignificando outras realidades, considerando também outras práticas
cotidianas.
Palavras chave: Experiência, Questão agrária e História local.
S10- Diversidade étnico-racial e diversidade afetivo-sexual – Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (UFMT/CUR); Prof. Ms. Luiz Ricardo Prado (SECULT)
HISTÓRIA E ARTE, CORPO E RUPTURA
Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (UFMT/ROO)
A ampliação temática e documental ocorrida no campo da história a partir dos anos 1960
propiciou aos pesquisadores a discussão de temas, até então, marginalizados pela historiografia
clássica, a exemplo das reflexões sobre o corpo e suas diversas representações, incluso as
imagéticas. Assim me proponho aqui, por meio da articulação do binômio história e imagem,
discutir as representações do corpo nas artes pictóricas e midiáticas como meios capazes de
produzir e ou resinificar padrões corporais. Compartilhando da ideia de E. Gombrich de que
“nenhuma imagem é, então, “verdadeira” ou “falsa”, mas apenas adequada a uma cultura ou
momento para expressar significados, buscarei apresentar como a arte criou alegorias corporais
que influenciaram o público leitor de imagens, muitas levando-os a serem aprisionados por
padrões de aparência ideais inatingíveis. Felizmente a arte tem também a capacidade de libertar
através de releituras e desconstruções a exemplo de artistas plásticos contemporâneas como
Carolee Schneemann, Fernanda dos Anjos, Talita Squivel, Lucian Freud e Herman Nitsch que
valendo do conceito de grotesco de (Kaiser, 1986) constroem outros padrões corporais em suas
obras que permitem a sociedade uma ruptura com padrões e imagens tradicionais.
Palavras chave: História, Corpo e Imagem.
A RELIGIOSIDADE AFRICANA NO LIVRO DIDÁTICO
Prof. Me. Luiz Ricardo Prado (SECULT)
O livro didático da área de história no Brasil, material de apoio e embasamento dos Professores
de ensino médio e fundamental, sempre foi permeado pelo racismo e a discriminação, trazendo
imagens dos negros de forma cômica e depreciativa, mas sempre representando o negro de forma
inferior do ponto de vista dos saberes, da cultura da arte e da intelectualidade. Outro preconceito
que também aparece no livro didático diz respeito a religião destes sujeitos. No Brasil em 2003,
foi aprovada lei 10.639, que tornava obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira,
esta lei foi reformulada em 2008, pela lei 11.645 que acrescentou a obrigatoriedade da a história
indígena na educação básica. Assim o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as
possíveis modificações nos livros didáticos de história no que tange as representações a cerca das
religiões africanas na atualidade.
MEMÓRIA MATO-GROSSENSE: PERMANÊNCIAS E RESSIGNIFICAÇÕES DAS DANÇAS
SIRIRI E CURURU
Erika Cristina Soares da Silva (UFMT/ROO)
Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (Orientador/UFMT/ROO)
O siriri e o cururu estão presentes no cotidiano de parte da baixada cuiabana há muitos anos, sendo
mantidas por famílias tradicionais já que fazem parte de sua religião e cotidiano. Sua existência é
defendida por vários personagens, que diante do crescimento industrial e da força de outras culturas foi
perdendo força, especialmente Senhora Domingas criadora do Festival de Siriri e Cururu no estado de
Mato Grosso desde o ano de 2001. O cururu é uma dança religiosa, em homenagens a vários santos,
dançado e tocado apenas por homens. As festividades em que são dançadas o cururu são as festas do
Divino Espírito Santo e de São Benedito. Já o siriri é uma dança mais ampla abordando tanto assuntos
religiosos e naturais, valorizando a região onde é executada e quem a executa, seus movimentos são
leves lembrando uma brincadeira de roda. A intenção desta comunicação é discutir a importância do
mantimento dessa cultura por alguns moradores, da baixada cuiabana da através da tradição oral e a
história de seus descendentes índios coxipônes e como a briga por reconhecimento dessas
manifestações, levou a serem reconhecidas como danças típicas do estado, e como uma opção de
divulgação a execução do festival de siriri e cururu do estado, que todo ano seleciona alguns dos
quarenta e oito grupos de siriri e das dez federações de cururu do estado, para participar do festival,
durante o ano todo os grupos selecionados se preparam e arrecadam dinheiro em suas apresentações e
em outros eventos para as despesas do grupo. Com o festival de Siriri e Cururu inúmeras mudanças
foram sendo desenvolvidas nas danças, como mudanças na coreografia, nos tecidos das vestimentas e
nos instrumentos, sendo motivo de discussão entre os participantes, já que alguns participantes apóiam
essas mudanças e outros não, entre essas mudanças estão a estrutura e a religiosidade já que o Cururu é
executado somente em comemorações religiosas, suas apresentações fora das desse contexto ainda são
questionadas por alguns. Além do conservadorismo um dos principais concorrentes dessa cultura local
é o baile (evento onde ocorre músicas diversas como o Lambadão e o Rasqueado músicas também do
estado) além do baile a grande procura pela massa popular são músicas de outros estados, como o
sertanejo, forró, pagode sendo concorrentes na indústria cultural.
A BARREIRA INDÍGENA AO PROGRESSO: DISCURSO OFICIAL E POLÍTICA
INDIGENISTA EM MATO GROSSO (1880-1930)
Adalto Vieira Ferreira Júnior (UFMT)
Prof. Ms. Aguinaldo Rodrigues Gomes (Orientador/UFMT)
Este é um estudo sobre a questão indígena na província – e depois estado – de Mato Grosso, na
virada do século XIX e início do século XX. Nosso objetivo é perceber como o discurso que toma
força na década de 1930, ressaltando a necessidade de se ocupar os vazios demográficos do
interior do Brasil, está presente no discurso oficial no final do século XIX em Mato Grosso. Para
isso, analisamos os relatórios provinciais disponíveis no site do Center of Research Libraries.
Nestes relatórios é possível perceber que os indígenas são representados como obstáculo ao
progresso da província que com suas constantes “correrias” inviabilizam a consolidação de um
projeto modernizador. Este discurso que se estende por todo o século XIX culmina com o projeto
de expansão da fronteira agrícola na primeira metade do século XX, durante o governo de Getúlio
Vargas. A política de ocupação dos territórios do interior do Brasil é justificada pela necessidade
de se ocupar os territórios até então “inabitados” e com isso promover o desenvolvimento da
indústria agrícola na região. As sociedades indígenas, habitantes seculares destas terras, lutaram e
sofreram as consequências da instauração do projeto modernizador (CASTRO, 1993), que em
nome de um discurso que se arrogava verdadeiro, não conseguia compreender a diversidade
étnica existente na província mato-grossense (LEOTTI, 2001).
Palavras – chave: modernidade; relatórios provinciais; política indigenista
PERFORMANCE, PARA ALÉM DOS PALCOS EM NEY MATOGROSSO: DIÁLOGOS
COM OS MECANISMOS CONSTITUTIVOS DO SEU FAZER ARTÍSTICO, DIANTE
DA MÍDIA NOS PRIMEIROS ANOS DA DÉCADA DE 1980.
Robson Pereira da Silva (PIBIC/CNPq/UFMT/ROO)
Thaís Leão Vieira (Orientadora/UFMT/ROO)
O fazer artístico de Ney Matogrosso esteve desde o primórdio de sua carreira como cantor
relacionada a uma performance interligada ao campo midiático, uma vez que no início de sua
carreira junto a banda pop-rock, Secos & Molhados, deu-se no contexto da emergência da
videotecnologia na indústria televisiva brasileira. Esse tipo de experiência performática
proporcionou, principalmente pelas proposições tropicalistas, já no final da década de 1960, uma
expansão do diálogo entre arte e audiência, relação esta que, ambos os agentes envolvidos em tal
dinâmica geram determinados “horizontes de expectativas”. A partir desses pressupostos a
presente proposta de trabalho procura apresentar o debate que se refere as experiências da
performance de Ney Matogrosso, no início da década de 1980 (1981-1982), de modo que se
possa evidenciar a ampliação das obras do cantor neste período, sendo essa ampliação trazer à
baila as contradições e os mecanismos que circundam a relação autor/obra/recepção, por meio das
preposições metodológicas da História Cultural. Faremos essa análise por meio das críticas
apresentadas a jornais e revistas da época, como Jornal Folha de S. Paulo e a Revista Veja.
Desse modo, poderemos observar as negociações e interpretações que envolvem as produções
artísticas com a recepção, sendo a crítica uma das formas de interpretar as proposições
performáticas, mas como um dos mecanismos de legitimação ou descaracterização destas,
configurando assim a crítica como um campo que infere na formação do fazer artístico. Destarte,
como contraponto evidenciaremos o modo o qual Ney Matogrosso se relacionou com o
dinamismo desse campo, e como este se utiliza deste mecanismo de sustentação, difusão e adesão
de suas propostas performáticas.
Palavras-chaves: Ney Matogrosso, performance, crítica.
POESIA COM PRÍNCIPE ENCANTADO DE PAU DURO E BOCETINHA FALANTE DE
CINDERELA: LIBERDADE ERÓTICA E POESIA MARGINAL NO BRASIL NOS ANOS
1970.
Alexandre Vinícius Gonçalves Nascimento (UFMT/ROO)
Thaís Leão Vieira (Orientadora/UFMT/ROO)
A poesia tida como marginal faz parte de uma postura que se contrapõe a um regime político
autoritário instaurado no país; a uma cultura vigente; a uma visão iluminada e cristalizada de
poesia; a uma canonização do vocabulário e da estrutura do texto literário; a uma hierarquização
da obra poética e do público leitor desta literatura. Poetas que foram chamados de marginais por
se posicionarem “à margem” de um sistema tradicional de poesia legitimado pela crítica literária
e pela Academia. A ideia de pensar na poesia como um texto caracterizado por palavras
rebuscadas e por uma erudição que evidencia a subjetivação, o lirismo e a cristalização foi
abandonada por esses poetas. Dentre eles estavam intelectuais, críticos literários, professores
universitários, compositores, repórteres, letristas e escritores. Levantando várias questões acerca
desse movimento, tomamos a antologia 26 poetas hoje para propor uma problemática que reflita
sobre o teor contracultural ligados à uma liberdade erótica, um vocabulário direto que dialogava
com as perspectivas de uma época em que a questão da sexualidade, do corpo, da cultura, do
posicionamento político e ideológico por meio da liberdade sexual estavam em voga. Nesse
sentido, queremos pensar além da perspectiva que enxerga apenas a ruptura estética da poesia
diante dos versos escritos pelos “atores” desse movimento, mas na proposta contracultural e de
liberdade erótica, sexual, corporal posta nos poemas da poesia conhecida como marginal. A
antologia 26 poetas hoje (1976), organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, nos oferece uma
reunião de trabalhos que se destacaram nessa geração de poetas e que, nesse sentido, nos é de
extrema importância para refletirmos acerca de nossa problemática. Vendo a marginalidade dos
poetas, num modo geral, como pensa a integrante desse movimento, Ana Cristina César: “não
como alternativa, mas sim, como ameaça ao sistema, como possibilidade de agressão,
transgressão”.
INTERPRETAÇÕES ACERCA DO ENGAJAMENTO NO TEATRO NO BRASIL
Iza Debohra Godoi Sepulveda (UFMT/ROO)
Thaís Leão Vieira (Orientadora/UFMT/ROO)
Ao estudar a memória constituída acerca do Teatro engajado no Brasil torna-se necessário
identificar um consenso de noções, experiências e conceitos que embasam "uma hierarquia e uma
carga valorativa de autores e obras ". O objetivo não é construir uma história "verdadeira",
inclusive por que isso não é possível, mas de atribuir ao movimento, artista ou obra a sua
historicidade intrínseca. Dessa forma, pretende-se estabelecer um diálogo com o Teatro engajado
da década de 1960 no Brasil, construindo -o a partir da análise da historiografia que se tem e
como percebe-se uma memória positivada nessa escrita. Pensando principalmente na
conceituação presente nesses textos. Pode-se citar Iná Camargo Costa, com os conceitos de
Vanguarda, Moderno e Político, por exemplo. Discorrer sobre o processo dessa escrita torna
indispensável pensar na participação dos agentes do teatro brasileiro, seja com entrevistas ou
mesmo os escritos deles sobre eles mesmos, e esse material sendo utilizado para reconstruir "o
que foi" o Teatro político no Brasil. Nos depoimentos dos militantes da época percebe-se uma
exaltação de duas grandes peças, Eles não usam Black Tie e Revolução na América do Sul, e isso
também se encontra na escrita de Iná Camargo. Sem querer retirar a Historicidade inerente dessas
obras, mas observar que a escrita do teatro engajado brasileiro passa muitas vezes pelas
percepções e interpretações dos sujeitos históricos que participaram diretamente dessa produção
"revolucionária". O discurso desses agentes, em sua maioria pede um teatro que atinja as camadas
menos abastadas da população tentando levar-lhes formas de como fazer a revolução se
juntarmos com as interpretações dos intelectuais da época, ao exemplo da interpretação do
Nacional- Popular de Gramsci, que ganha resignificações no Brasil, tornando justificada essa
conduta em prol da revolução. Dessa maneira os discursos deles revalidam suas posturas
políticas. Compreende- se a negação da tradição teatral no País e outras ações também escrita por
Iná Camargo. A ideia de um teatro genuinamente brasileiro, negando todo uma tradição teatral
pode ser pensada como uma ação na busca de uma identidade para essa nova proposta de um
teatro engajado. Os parâmetros para analise do teatro, até então segue com as bases do teatro
europeu. Trata-se então de pensar de maneira mais elaborada como é construída essa memória e
como isso aparece na Historiografia.
PATRULHAS IDEOLÓGICAS E DISPUTAS POR MEMÓRIA SOBRE O BRASIL DA
DÉCADA DE 1970
Cristiane Pereira Martins
Thaís Leão Vieira (Orientadora/UFMT/ROO)
A proposta é discutir as “disputas de memórias” entre as Patrulhas Ideológicas e Patrulhas
Odaras, por meio de uma reflexão acerca de suas principais características, no processo artístico
cultural do Brasil na década de 1970. Em setembro de 1978, a expressão “Patrulhas Ideológicas”
enunciada pelo cineasta Carlos Diegues em resposta às criticas direcionadas ao filme Xica da
Silva (1976), ganha destaque nos meios de comunicação em cadeia nacional quando a entrevista
ao Jornal de São Paulo é reeditada no Jornal do Brasil. Cacá Diegues defendia a liberdade de
criação frente aos cerceamentos impostos pelos compromissos ideológicos, mas foi duramente
censurado pela a esquerda radical. Caetano Veloso, um dos "patrulhados", já se posicionara nesse
debate quando lançou em 1977 o disco Bicho, no qual cantava provocativamente em “Odara”:
“deixa eu cantar/ pro meu corpo ficar odara/ minha cuca ficar odara/ deixa eu cantar/ que é pro
mundo fica odara/ pra ficar todo mundo jóia rara”. Após a criação pelo cartunista Henfil da
expressão “Patrulhas Odaras”, que seriam segundo sua opinião criações apolíticas de atitudes
escapistas, estavam nomeados os dois lados dessa disputa. Assim, procuramos discutir como
naquele contexto se estabeleceu este embate no sentido de definir quais atuações eram mais
legítimas no contexto do enfretamento do Regime Militar.
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