Caderno de Resumos - Jell

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ 12ª JELL 12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS 24 a 27 de junho de 2009 DIVERSIDADE LINGUÍSTICA, CULTURA E ENSINO CADERNO DE PROGRAMAÇÃO E RESUMOS PROMOÇÃO: CURSO DE LETRAS MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PARANÁ 1

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

12ª JELL

12ª JORNADA REGIONAL E2ª JORNADA NACIONAL

DE ESTUDOS

LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

24 a 27 de junho de 2009

DIVERSIDADE LINGUÍSTICA,

CULTURA E ENSINO

CADERNO DE

PROGRAMAÇÃO E RESUMOS

PROMOÇÃO:

CURSO DE LETRAS

MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PARANÁ

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12ª JELL

12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL

DE ESTUDOS

LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

DIVERSIDADE LINGUÍSTICA,

CULTURA E ENSINO

Agradecimentos:

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras

Coordenação do Colegiado do Curso de Letras

Centro Acadêmico de Letras

Fundecamp

Prefeitura de Marechal Cândido Rondon

Caixa Econômica Federal

Cercar

Faville

Apoio:

Fundação Araucária

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL

DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenação GeralProf. Dr. Ciro Damke

Vice-CoordenaçãoProf. Ms. Clóvis Alencar Butzge

Secretaria GeralMayara da Fontoura das Chagas

Sessão de ComunicaçõesProfa. Clarice Braatz S. NeukirchenProfa. Dra. Márcia Sipavicius Seide

Profa. Dra. Rejane Klein

Sessão das Mesas de DebateProfa. Dra. Clarice Lottermann

Profa. Dra. Rita Felix Fortes

Sessão das OficinasProfa. Esp. Elise Schmitt

Profa. Dra. Luciane Thomé Schröder

Comissão de Recepção e FrequênciaProfa. Esp. Adriana da Cunha Werlang

Profa. Ms. Clarice CorbariProfa. Esp. Suely E. T. Tierling

Expedição de CertificadosProfa. Ms. Denise Scolari VieiraProf. Ms. Osnir Pereira Barbosa

Sessões CulturaisProfa. Esp. Luciana Inês Gallaztegui

Prof. Dr. Stéfano Paschoal

Setor de Apoio LogísticoProfa. Dra. Izabel Cristina de Souza Gimenez

Profa. Dra. Roselene Fátima Coito

Comissão de DivulgaçãoProf. Dr. Antonio Donizeti da Cruz

Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel

Cerimonial de AberturaProfa. Dra. Clarice Lottermann

Comissão de EditoraçãoProf. Ms. Clóvis Alencar ButzgeProf. Ms. Osnir Pereira BarbosaProf. Dr. João Carlos Cattelan

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DADOS GERAIS

DESCRIÇÃO DO EVENTO

A JELL é um evento anual que está em sua 12ª edição regional e 2ª edição nacional.Neste evento, desenvolvem-se estudos e debates sobre assuntos da área da Linguística e daLiteratura. A programação é composta por palestras, oficinas, mesas redondas e sessão decomunicações sobre temas relacionados às áreas supracitadas. O evento conta com aparticipação de docentes dos Cursos de Letras da Unioeste e de outras universidades nasmesas de debate, oficinas e palestras, além de abrir espaço para discentes e docentesapresentarem comunicações. A JELL de 2009 estará voltada para a área de Linguística,com foco na diversidade linguística, cultura e ensino.

OBJETIVOS

a) Divulgar perspectivas teóricas e didáticas acerca do ensino de Língua Portuguesa,Línguas Estrangeiras e Literatura;

b) Criar um espaço de formação e debate para a comunidade regional, sobre o ensino de Língua Portuguesa, Línguas Estrangeiras e Literatura;

c) Propiciar a oportunidade para os pesquisadores da região tornarem públicos seustrabalhos;

d) Promover a integração entre a universidade e a região;

e) Ser um espaço regular de debates e informações a respeito de temas atuais ligados àLinguística, à Literatura e às Línguas Estrangeiras Modernas.

CERTIFICADOS

Será fornecido um certificado de participação de 30 horas aos participantes quetiverem carga horária igual ou superior a 80% de frequência às atividades.

CLIENTELA

Docentes e discentes dos cursos de Letras e demais licenciaturas da Unioeste ede outras instituições, alunos do PDE, professores e interessados.

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PROGRAMAÇÃO

24 de junho (noite)

Local: Campus da Unioeste

Entrega do material: 19h00

1 MESAS DE DEBATE: 19h30 às 22h30

1.1 Interfaces linguísticas e culturaisProf. Dr. Ciro Damke (Unioeste)Profa. Dra. Clarice N. von Borstel (Unioeste) (coordenadora)Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge (Unioeste)Profa. Dra. Márcia Sipavicius Seide (Unioeste)Profa. Dra. Maria Ceres Pereira (UFGD)

1.2 Aprender e ensinar no século XXI: outros perfisProfa. Esp. Adriana da Cunha Werlang (Unioeste)Prof. Ms. Osnir Pereira Barbosa (Unioeste)Profa. Dra. Rejane Klein (Unioeste) (coordenadora)Profa. Dta. Rita Maria Decarli Bottega (Unioeste)

1.3 Pesquisa em Literatura e Cultura na América Latina ContemporâneaProfa Ms. Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (Unioeste) (coordenadora)Prof. Ms. Flávio Pereira (Unioeste)Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck (Unioeste)Profa. Ms. Jacicarla Souza da Silva (Unioeste)Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste)

1.4 Literatura e interfaces culturaisProf. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste)Profa. Dra. Clarice Lottermann (Unioeste)Profa. Dra. Izabel de Souza Gimenez (Unioeste) Profa. Ms. Maria Beatriz Zanchet (Unioeste) Profa. Dra. Rita Felix Fortes (Unioeste) (coordenadora)

1.5 Interdiscurso: paráfrase e polissemiaProf. Dr. Alexandre Ferrari Soares (Unioeste)Profa. Ms. Fernanda Lunkes (Unioeste)Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste) (coordenador)Profa. Dra. Luciane Thomé Schröder (Unioeste)Profa. Dra. Roselene Fátima Coito (Unioeste)

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1.6 A literatura alemã e sua historiografiaProf. Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM)Prof. Esp. Elise Schmitt (Unioeste)Prof. Dr. Gerson Luís Pomari (UNAR)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste) (Coordenador)

1.7 Línguas Estrangeiras: linguagem, literatura e ensinoProfa. Ms. Any Lamb Fenner (Unioeste) (Coordenadora)Profa. Ms. Clarice Cristina Corbari (Unioeste)Profa. Ms. Denise Scolari Vieira (Unioeste)Profa. Esp. Luciana Inês Gallaztegui (Unioeste)Profa. Esp. Suely Eiko Takashima Tierling (Unioeste)

1.8 Significação e contexto: as múltiplas faces de um relacionamento (des)necessárioProfa. Dta. Débora L. M. Eleodoro (Unioeste)Prof. Dr. Ivo José Dittrich (Unioeste) (Coordenador)Profa. Ms. Maridelma M. Martins (Unioeste)Profa. Ms. Nildicéia A. Rocha (Unioeste)

25 de junho (noite)

Local: Igreja de Deus

Rua Sergipe, 1250, esquina com Rua Dom Pedro - Centro

Abertura oficial do evento: 19h15Apresentação cultural: 19h45CONFERÊNCIA: 20h00 às 22h15Diversidade linguística e cultural na onomásticaProfa. Dra. Maria Vicentina de Paula A. Dick (USP)Sessão de lançamento de livro e autógrafos.

26 de junho (noite)

Local: Igreja de Deus

Apresentação cultural: 19h15CONFERÊNCIA: 19h30 às 22h15Formação de professores letradores para o Ensino FundamentalProfa. Dra. Stella Maris Bortoni-Ricardo (UnB)Sessão de lançamento de livro e autógrafos.

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27 de junho (manhã)

Local: Campus da Unioeste

2 OFICINAS: 8h00 às 12h00

2.1 Leitura e mediação pedagógica: contribuições da sociolinguística para a compreensãoda leituraProfa. Dra. Stella Maris Bortoni-Ricardo (UnB)

2.2 Estratégias para ensinar a gostar de lerProfa. Dra. Clarice Lottermann (Unioeste)Profa. Esp. Neusa Anklam Stiehl (SEED/PR)

2.3 Teatro e interpretaçãoProf. Esp. Givaldo Moisés de Oliveira (Uniguaçu/Anglo-Americano)

2.4 A linguagem poética no entre-lugar da cultura latino-americanaProf. Dr. Wellington Ricardo Fioruci (Facemed/UTFPR) (coordenador)Prof. Ms. Cleiser Langaro Schenatto (Facemed)Prof. Ms. Otaviana Unser (Facemed)

27 de junho (tarde)

Local: Campus da Unioeste

3 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES: 13h30 às 17h00

3.1 Comunicações individuais

3.2 Seminário Avançado de Linguagem e Ensino do Programa de Mestrado em Letras daUnioeste - Prof. Dr. Ciro Damke e Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel (coordenadores)3.3 Seminário Avançado de Literatura do Programa de Mestrado em Letras da Unioeste -Profa. Dra. Clarice Lottermann (coordenadora)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

UNIOESTE

Alcibíades Luiz Orlando

REITORIA

Geysler Rogis Flor Bertolini

PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO

Wilson João Zonin

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS

Fabiana Scarparo Naufel

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Eurides Kuster Macedo Júnior

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

___________________________________________________________

Davi Félix Schreiner

DIREÇÃO DO CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

José Edézio da Cunha

DIREÇÃO DO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, EDUCAÇÃO E LETRAS

Izabel Cristina de Souza Gimenez

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS-PORTUGUÊS

CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

___________________________________________________________

CIRO DAMKE

COORDENAÇÃO GERAL DA 12ª JELL

JORNADA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

CLÓVIS ALENCAR BUTZGE

VICE-COORDENAÇÃO GERAL DA 12ª JELL

JORNADA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL

DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

CONFERÊNCIA

FORMANDO PROFESSORES PARA SEREM AGENTESLETRADORES

Stella Maris Bortoni-Ricardo (UnB)www.stellabortoni.com.br

[email protected]

Para ensinar os alunos a ler com compreensão e a escrever com razoável coesãotextual, é preciso que os professores que estejam em formação inicial ou continuadadesenvolvam sua própria competência leitora, ampliando seu conhecimento de mundo. Épreciso também que o currículo dos cursos de formação de professores reserve cargahorária e investimento adequados a uma atualizada pedagogia da leitura. Na primeira parteda palestra, discutimos essa questão à luz da matriz das habilidades do aluno de Letras quesubsidiou a prova do ENADE (antigo provão) de Letras 2008. Na parte conclusiva,discutimos o papel do professor como agente de letramento, mediando a compreensãoleitora durante a leitura de textos de livros didáticos por alunos de Ensino Fundamental eMédio. Enfatizam-se aí as estratégias de mediação do professor pesquisador e asestratégias de compreensão do aluno leitor. Quando os leitores interpretam e integramideias e informação a partir do texto, necessitam fazer uso de seu conhecimento de mundo,estabelecendo conexões que podem ser implícitas ou podem estar abertas a interpretaçõesbaseadas em sua própria perspectiva. Ao interpretar e integrar ideias e informação do texto, fazem uso de seus conhecimentos e experiências anteriores, que são reflexos de seusantecedentes sociolinguísticos. Essa é a ênfase da palestra, que se complementa com aoficina de construção de protocolos de leitura.

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL

DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

OFICINAS

LOCAL: Tribunal do Júri - Bloco 2 - Térreo

OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLOS DE LEITURA COM A

MEDIAÇÃO DE PROFESSORES PESQUISADORES

Stella Maris Bortoni-Ricardo (UnB)www.stellabortoni.com.br

[email protected]

Analisa-se no seminário a construção de protocolos de leitura elaborados comestudantes provenientes de grupos sociais com cultura predominantemente oral. Osleitores, maduros ou iniciantes, associam as informações do texto a suas própriasexperiências; vocabulário e modos de falar, que são componentes de seu repertóriosociolingüístico, de modo a construir sentidos sobre o que estão lendo. Durante as sessõesde leitura, conduzidas com cada aluno individualmente, a professora pesquisadoradesenvolve estratégias para facilitar a compreensão do texto; em outras palavras, constróiandaimes, faz uma mediação de modo a tornar o texto lido mais compreensível. São usadosdados do Projeto Letramento no Ensino Fundamental (LEF) e do Projeto Leitura eMediação Pedagógica, conduzidos na Universidade de Brasília.

Local: Miniauditório – Prédio da Direção Administrativa

ESTRATÉGIAS PARA ENSINAR A GOSTAR DE LER

Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)Neusa Anklam Stiehl (SEED/PR)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Ensino, Oficina.

Nesta oficina serão apresentados relatos de experiências de leitores de diferentesidades e nível de escolarização, buscando apreender o que os leva à leitura. Da mesmaforma, será focalizada a experiência docente com práticas de leitura na escola e na

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biblioteca, dinâmicas que envolvem o leitor e a vivência de alunos de diferentes níveis(ensino fundamental, médio e superior).

Local: Sala 48 – Bloco 2 – 2º Piso

TEATRO E INTERPRETAÇÃO

Prof. Esp. Givaldo Moisés de Oliveira (Uniguaçu/Anglo-Americano)

PALAVRAS-CHAVE: Teatro, Interpretação, Ação.

A arte milenar chamada teatro, desde os primórdios busca integrar, sociabilizar,entreter, criticar, enfim, demonstrar todo o universo que envolve o homem no campo social político histórico e emocional. O teatro é a mimese da natureza, e por isso provoca a catarse do indivíduo. Esse encontro catártico pode ocorrer de modo identificativo, ou seja , seencontra com a situação apresentada. Ou repulsiva, negando ou rejeitando a cena exposta. Isso gera a magia do teatro, a dualidade aceitação e negação da natureza humana,envolvendo seus conflitos existenciais e emocionais.

Local: Sala 49 – Bloco 2 – 2º Piso

A LINGUAGEM POÉTICA NO ENTRE-LUGAR DA CULTURA

LATINO-AMERICANA

Prof. Dr Wellington R. Fioruci (UDC-FACEMED / UTFPR)Profa. Ms.Otaviana Unser (UDC-FACEMED)

Profa. Ms.Cleiser Langaro Schenatto (UDC-FACEMED)

PALAVRAS-CHAVE: Linguagem, Literatura, Diversidade.

A oficina tem como objetivo apontar possíveis caminhos para o estudo comparadode textos poéticos tanto na língua portuguesa como na língua espanhola, discutindo assimas possibilidades de análise da linguagem poética, fonte de dúvidas e dificuldades para osacadêmicos de letras. Por outro lado, a aproximação entre as diferentes línguas revelar-se-á fecunda para a construção de um olhar crítico e reflexivo sobre a diversidade cultural queune e separa a um só tempo as fronteiras hispano e luso-americanas.

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONALDE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

MESAS DEDEBATE

Os resumos apresentados a seguir, correspondentes às mesas de debate realizadas na 12ª JELL, aparecem na mesmasequência que aparecem no prospecto de divulgação.

24 de junho de 2009 – 19h15 às 22h30

Local: Salas de aula da UNIOESTE

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ÍNDICE DOS RESUMOS DAS MESAS

Adriana da Cunha Werlang (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Alexandre S. Ferrari Soares (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Alexandre Villibor Flory (UEM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Antonio Donizeti da Cruz (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Any Lamb Fenner (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Ciro Damke (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Clarice Cristina Corbari (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Clarice Lottermann (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Clarice Nadir von Borstel (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Clóvis Alencar Butzge (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Débora L. M. Eleodoro (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Denise Scolari Vieira (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Dra. Lourdes Kaminski Alves (UNIOESTE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Elise Schmitt (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Fernanda Lunkes (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Flávio Pereira (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Gerson Luís Pomari (UNAR). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Gilmei Francisco Fleck (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Ivo José Dittrich (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Izabel de Souza Gimenez (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Jacicarla Souza da Silva (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

João Carlos Cattelan (UNIOESTE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Luciana Inês Gallaztegui (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Luciane Thomé Schröder (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Márcia Sipavicius Seide (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Maria Beatriz Zanchet (UNIOESTE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Maria Ceres Pereira (FACALE/UFGD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Maridelma M. Martins (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Nildicéia A. Rocha (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Osnir Pereira Barbosa (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Rejane Klein (UNIOESTE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Rita Felix Fortes (UNIOESTE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Rita M. Decarli Bottega (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Roselene Fátima Coito (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Stéfano Paschoal (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Suely Eiko Takashima Tierling (UNIOESTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

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RESUMOS DAS MESAS

MESA 1. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 48

INTERFACES LINGUÍSTICAS E CULTURAIS

Prof. Dr. Ciro Damke (UNIOESTE) Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel (UNIOESTE)

Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge (UNIOESTE)Profa. Dra. Márcia Sipavicius Seide (UNIOESTE)

Profa. Dra. Maria Ceres Pereira (FACALE/UFGD)

OS 180 ANOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ AO PARANÁ

Ciro Damke (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Imigração alemã, Comemoração dos 180 anos, História.

No ano em que se comemora os 180 anos da imigração alemã ao Paraná, achamosoportuno fazer algumas considerações que envolvem aspectos referentes à história dosimigrantes alemães e de seus descendentes no nosso estado. Diversas atividades, festas,eventos, que são realizadas pelo Governo do Estado, pela Assembléia Legislativa, peloInstituto Goethe e em diversos municípios do Paraná, fazem parte destas comemorações.No entanto, os trabalhos acadêmicos abordando o tema são bastante raros, motivo que nosleva a contribuir para sanar esta lacuna. A data que os historiadores hoje aceitam como oinício da imigração alemã ao Paraná é 19 de fevereiro de 1829, dia em que vieram osprimeiros imigrantes desta etnia para a região de Rio Negro. Nos anos seguintes vierampara outras regiões do interior do estado. Somente na segunda metade do século XX aRegião Oeste foi colonizada por descendentes de imigrantes alemães vindosprincipalmente dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Neste trabalho, baseado em alguns autores que tratam do assunto, fazemos um breve resumo da história daimigração deste povo cuja contribuição foi importante para a colonização e odesenvolvimento do Estado do Paraná.

ALTERNÂNCIA DE CÓDIGO DE LÍNGUAS ALÓCTONES EM CASOS DEROMUALDO: CONTOS GAUCHESCOS

Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Bilinguismo situacional; Alternância de código; Romualdo:contos gauchescos.

Este estudo tem como objetivo analisar os usos de alternância de código, traços delínguas alóctones, como fenômenos essencialmente discursivos com valor

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semântico-pragmático e sociolinguístico. Pretende-se mostrar o uso bilíngue situacionaldestes recursos em situações enunciativas, utilizados pelos personagens nos Casos deRomualdo: Contos Gauchescos de João Simões Lopes Neto, em mais de um códigolinguístico: no português/italiano e no português/alemão. Evidenciando as situaçõesenunciativas e narrativas de fatos históricos e culturais da linguagem em enunciados deinterlínguas, narrados pelo escritor nos contos.

DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NA ORALIDADE E NA ESCRITA DEACADÊMICOS DE LETRAS

Clóvis Alencar Butzge (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Variação, Sociolingüística, Cultura.

Está muito difundida, em nossa sociedade, a expectativa de que os egressos doCurso de Letras dominem a “gramática normativa” e a apliquem tanto em sua fala quantoem sua escrita. Não raramente, acadêmicos, bacharéis e licenciados em Letras vêem-seavaliados e, conforme sua variante linguística, discriminados social e profissionalmente.Esta apresentação, resultado preliminar de pesquisa vinculada à linha de pesquisaLinguagem, Cultura e Ensino da Unioeste, visa analisar algumas falas e textos escritos deacadêmicos do Curso de Letras da Unioeste para verificar quais variações em relação à“norma padrão” acontecem nessas duas modalidades verbais, e se essas variações se dãosimultânea ou separadamente. Também será analisada a relação das variações constatadascom o contexto sociocultural dos sujeitos envolvidos. Para isso, serão utilizadosinstrumentais teórico-metodológicos da sociolinguística.

O NOME PRÓPRIO E O APELIDO: aspectos linguísticos, culturais e textuais

Márcia Sipavicius Seide (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Linguística Textual, Onomástica, Lexicologia.

Ao longo desta comunicação, serão divulgados e analisados resultados parciaisdo projeto de pesquisa “Mecanismos de Coesão Lexical” vinculado ao Grupo de Pesquisa:Linguagem, Cultura e Ensino. Esse projeto tem por objetivo analisar textual eretoricamente os mecanismos de coesão lexical utilizados numa amostra de textosjornalísticos vinculados por três revistas brasileiras (Istoé, Época e Veja) durante osegundo semestre de 2008. A descrição definida, a descrição indefinida, os sinônimos, oshiperônimos e o nome próprio são apontados pela Lingüística Textual como recursoslinguísticos utilizados com função anafórica de retomada de referentes entendidos comoobjetos- do –discurso. Durante análise parcial do corpus, foram encontradas algumasocorrências de uso do apelido com função anafórica, possibilidade não prevista naliteratura, dando ensejo a análises e reflexões de cunho onomástico que visam explicitar osefeitos de sentido causados pelo uso de apelido, suas funções retórico-discursivas e osvalores culturais, sociais e simbólicos que, possivelmente, nortearam a escolha dessasalcunhas.

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MESA 2. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 49

APRENDER E ENSINAR NO SÉCULO XXI: OUTROS PERFIS

Profa. Esp. Adriana da Cunha Werlang (UNIOESTE)Prof. Ms. Osnir Pereira Barbosa (UNIOESTE)

Profa. Dra. Rejane Klein (UNIOESTE)Profa. Dra. Rita M. Decarli Bottega (UNIOESTE)

REPENSANDO A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE LETRAS

Adriana da Cunha Werlang (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Educação, Profissionalização, Prática profissional.

São unânimes os educadores em reconhecer o impacto das atuais transformaçõeseconômicas, políticas, sociais e culturais na educação e no ensino, levando à reavaliação do papel da escola e dos profissionais envolvidos. Vivemos atualmente, com razão, um surtode pessimismo quanto à profissionalização dos professores. A cada dia aumentam osparadoxos entre a profissionalização e a prática profissional. Buscando compreender umpouco essa situação na área de Língua Portuguesa e Literatura no município de MarechalCândido Rondon, realizei uma pesquisa junto aos profissionais atuantes nessa área, paraverificar quais as maiores dificuldades encontradas durante a realização do seu curso degraduação, bem como, no início de suas atividades profissionais. Analisar o que osprofissionais apontam como dificuldades é importante para localizar as suas percepçõessobre a relação Universidade – Prática Pedagógica e repensar o Aprender e Ensinar noSéculo XXI.

EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI: NOVOS OU VELHOS DESAFIOS?

Osnir Pereira Barbosa (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Educação, Pedagogia, Fenomenologia.

O presente trabalho tem por finalidade discutir aspectos do processo de formaçãodiscente, pondera sobre expectativas, limites e possibilidades da atividade docente diantede desafios culturais cotidianos utilizando como referencial analítico-compreensivocaracteres da Fenomenologia merleaupontyana. Situando a relação pedagógica comoprática dialógica mediadora da busca de sentido e significação das relações no mundo,constituintes e afirmadoras da intencionalidade que caracteriza o humano, reflete sobreperspectivas da educação no século XXI evocando para interlocução proposiçõesfilosóficas de Jorge Larrosa e Antropológicas de Clifford Geertz.

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AS EXPERIÊNCIAS DE LEITURA E COM AS TECNOLOGIAS DO EGRESSOEM LETRAS

Rita Maria Decarli Bottega (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Perfil dos estudantes, Ensino, Profissionalização.

O trabalho objetiva conhecer o perfil do egresso do Curso de Letras do campus deMarechal Cândido Rondon. Este perfil é recortado e se atém às experiências de leituraanteriores e ao uso das tecnologias pelos estudantes. Para a pesquisa, serão analisadosquestionários escritos respondidos pelos alunos que ingressaram no curso em 2009, a partir de alguns referenciais da Análise do Discurso de Linha Francesa e do exposto por Forbes(2008). A proposta de pesquisa se justifica em função de que os estudantes egressos sãomembros de uma geração identificada com algumas das referências que compõem o séculoXXI (tecnologia, realidades virtuais, formas de estudos diferenciadas, expectativas emrelação à profissão). Estas referências estão presentes no processo de formação doprofessor de Português.

MESA 3. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 50

PESQUISA EM LITERATURA E CULTURA NA AMÉRICA LATINA

CONTEMPORÂNEA

Profª. Ms. Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (UNIOESTE)Prof. Ms. Flávio Pereira (UNIOESTE)

Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck (UNIOESTE)Profa. Ms. Jacicarla Souza da Silva (UNIOESTE)

Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (UNIOESTE)

ANJO OU DEMÔNIO? A IMAGEM DA MULHER NA LÍRICA BRASILEIRACONTEMPORÂNEA

Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Mulher, Lírica, Contemporaneidade.

O presente trabalho tem como objetivo investigar como se dá a formatação daimagem da mulher na lírica brasileira contemporânea, focalizando a produção poética deescritoras como Adélia Prado, Arriete Vilela e Adélia Maria Woellner. Parte-se dopressuposto de que, ao contrário do que ocorre em outros momentos da história literária, nacontemporaneidade, e mais especificamente na obra das poetas em questão, a imagem damulher desvincula-se dos comuns arquétipos do feminino que, por um lado, ligam essaimagem ao pecado, a potencialidades demoníacas, e, por outro, apresentam a mulher comouma figura idealizada, sublime, frágil e inatingível. Nota-se que, nos poemas dessasautoras, ocorre a valorização de uma imagem pautada em uma perspectiva mais realista dafeminilidade, centrada na cotidianidade. Pressupõe-se que tal mudança esteja alicerçada

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nas transformações sociais, econômicas e culturais vivenciadas pela sociedadecontemporânea, sendo possível perceber uma acentuada alteração nos papéis, espaços eimagens relacionados à mulher. Assim, pretende-se observar como, nacontemporaneidade, os mitos sobre o feminino são modificados, principalmente no que diz respeito a sua presença na lírica.

DOS ENTORNOS DO “BOOM” À PRODUÇÃO ATUAL: O QUE RESTA DAEXPLOSÃO?

Flávio Pereira (Unioeste/Foz do Iguaçu)

Esta reflexão é uma tentativa de repensar criticamente o conceito de “boom danarrativa latino-americana”, remetendo às suas origens e ao modo em que críticos comoAndré Trouche o puseram em questão já no final do século XX. Na seqüência, poderemoslançar um olhar sobre a produção narrativa posterior do continente, como um início deresposta à questão: depois do “boom”, o que resta? Mais que oferecer respostas, trata-se delançar uma provocação, o que acreditamos ser uma das principais funções da críticaliterária. Neste caso, talvez este exercício seja, antes de tudo, uma crítica à crítica danarrativa latino-americana.

ABORDAGENS À LÍNGUA, LITERATURA E CULTURA HISPÂNICAS NOCONTEXTO LATINO-AMERICANO

Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Língua espanhola, Literaturas hispânicas, Cultura hispânica.

O processo de ensino/aprendizagem da língua, literatura e cultura hispânicas nocontexto brasileiro deve considerar o processo histórico/cultural dessas áreas no universomaior da realidade latino-americana no que concerne ao processo de conquista ecolonização desse território americano pelas civilizações ibéricas. Assim, a dimensãocomunicativa, buscada ao longo do processo de ensino da língua espanhola, deve aliar-se àdimensão intercultural, proporcionada pelo estudo da literatura e da cultura hispânica, paraque o contato do aprendiz brasileiro com o mundo hispânico ocorra de formacontextualizada e crítica. Desse modo, há de se considerar as colocações de Artur UslarPietri (1985, p. 346) que, diante da constatação de que o processo de mestiçagem naEuropa, por questões históricas, foi, de certo modo, interrompido, declara que “en cambio,la América Hispánica es tal vez la única gran zona abierta en el mundo actual al procesode mestizaje cultural creador”. Uma mensagem que se irmana com as menções de Silviano Santiago (1978, p. 18) de que “a América latina institui seu lugar no mapa da civilizaçãoocidental graças ao movimento de desvio da norma, ativo e destruidor, que transfigura oselementos feitos e imutáveis que os europeus exportavam para o Novo Mundo”. A línguaespanhola, assim, deve ser abordada em suas múltiplas variações; a Literatura de línguaespanhola deve, pois, contemplar também os aspectos, inovadores e desconstrucionistas aela incorporados pelos expoentes hispano-americanos, e a inclusão de tópicos de cultura no processo de aprendizagem do idioma é fator essencial.

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A CRÍTICA FEMINISTA ATRAVÉS DA POESIA LATINO-AMERICANA DEAUTORIA FEMININA DO SÉCULO XX

Jacicarla Souza da Silva (Unioeste/Cascavel-CNPq-UNESP/Assis)

PALAVRAS-CHAVE: América Latina, Crítica feminista, Poesia.

É a partir da década de 80 do século XX, como se sabe, que aparecem notáveisreflexões em torno dos estudos da crítica feminista na América Latina que, por sua vez, iráenfatizar as particularidades das mulheres inseridas nesse contexto, atentando para aimportância de olhar as especificidades existentes na produção de autoria femininalatino-americana, propondo, desta forma, uma releitura das teorias vindas de outros países,em especial, as discussões apresentadas pelas feministas francesas e anglo-americanas.Nesse sentido, pretende-se realizar um breve panorama sobre as principais tendências eperspectivas dessa vertente teórica, como forma de destacar a sua contribuição aos estudosliterários. Para isso, serão utilizados alguns textos poéticos de autoras latino-americanasque dialogam e vão ao encontro das propostas da crítica feminista na América Latina.

REFLEXÕES SOBRE LITERATURA COMPARADA NA AMÉRICA LATINA:A QUESTÃO DO OUTRO

Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada, texto, revitalização, diálogointertextual.

Silviano Santiago apresenta uma crítica de abordagem interpretativa da obraliterária, em oposição à prática de análise textual vigente nos estudos estruturalistas, que seamplia com a perspectiva dos teóricos da intertextualidade. Abre-se assim, interessanteperspectiva metodológica para a Literatura Comparada na América Latina, uma vez que se começa a (re)pensar noções de apropriação, autoria e de autoridade do texto paterno.Aliado aos estudos de Foucault, Deleuze e Derrida, Silviano Santiago fundamenta umacrítica literária latino-americana que se interessa em repensar a questão das relaçõesculturais entre os países, uma vez que coloca em xeque as idéias de verdade e de origem.Desta forma, o crítico brasileiro aproxima-se das reflexões de Coutinho quando o mesmoobserva que o texto segundo não é mais o “devedor” no processo de comparação, mastambém, o responsável pela revitalização do primeiro, importando ao comparatista estudar o elemento de diferenciação que o texto segundo introduz no diálogo intertextualestabelecido com o primeiro

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MESA 4. LOCAL: BLOCO 1 – 1º PISO - SALA 01

LITERATURA E INTERFACES CULTURAIS

Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (UNIOESTE)Profa. Dra. Clarice Lottermann (UNIOESTE)

Profa. Dra. Izabel de Souza Gimenez (UNIOESTE)Profa Ms. Maria Beatriz Zanchet (UNIOESTE)

Profa. Dra. Rita Felix Fortes (UNIOESTE)

A NARRATIVA LÍRICA DE ANA CRISTINA CESAR

Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Modernidade, Alteridade, Ana Cristina Cesar.

A narrativa lírica de Ana Cristina Cesar apresenta um diálogo e realiza a crítica damodernidade. A escritora - Artista da palavra - publicou as seguintes obras: Luvas depelica; Cenas de Abril; Correspondência completa; Literatura não é documento. Em 1982 publicou A teus pés. Após sua morte em 29 de outubro de 1983, a reunião de seus escritosinéditos resultaram em três obras, organizadas por Armando Freitas Filho: Inéditos edispersos (prosa e poesia) (1985); Escritos da Inglaterra (1988) e Escritos no Rio (1993). Aobra poética de Ana Cristina Cesar privilegia a linguagem crítico-reflexiva, o tema daidentidade, da alteridade, da memória lírica, a síntese poética e os questionamentos,enquanto marcas da modernidade.

ROMANCE DE APRENDIZAGEM NA LITERATURA JUVENIL BRASILEIRA

Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Romance de formação, Lygia Bojunga, Retratos de Carolina.

Neste trabalho é apresentado o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla naqual pretende-se estudar como, em narrativas juvenis brasileiras contemporâneas, oprocesso de aprendizagem do herói recupera o gênero do romance de formação e, em quemedida, pode-se configurar, nessas narrativas, ritos de passagem através dos quais o heróivivencia processos de amadurecimento espiritual e se constitui como sujeito. Assim, nestaocasião, o presente estudo abarca a análise da obra “Retratos de Carolina”, de LygiaBojunga, a partir da focalização do conceito de romance de formação, particularmente oconceito de romance de aprendizagem feminino.

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DE BUXILA A NGA MUTÚRI: o rito de passagem em Nga Mutúri, de AlfredoTroni

Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Nga Mutúri, Rito de passagem, Literatura angolana.

Este trabalho tem por objetivo apresentar uma leitura da obra Nga Mutúri (Senhoraviúva), da literatura angolana. Este texto, denominado por Ferreira de “romancinho” e porSantilli de “noveleta”, foi escrito por Alfredo Troni e publicado em folhetins em 1882. Aanálise procurará mostrar o rito de passagem de uma criança angolana, que, vendida pelotio a um negociante branco, passa de buxila (escrava e ou concubina) a Nga Mutúri,(Senhora viúva). Nesse percurso, podem ser também observados os aspectos históricos,culturais e religiosos de Luanda, onde se ambienta a história. As concepções teóricas quenortearão a análise do rito de passagem estarão baseadas em Durkheim e Eliade.

CAMA, COITO E CANÇÃO: o erotismo no poema de Drummond

Maria Beatriz Zanchet (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Erotismo; Drummond; Transgressão.

A trajetória literária de Carlos Drummond de Andrade tem sido enquadrada a partirde certas tendências ou fases que se distribuem ao longo de sua obra e, via de regra,denunciam um poeta fortemente impregnado das impressões de seu tempo. Ao primeiroDrummond, vibrante no humor crítico e nos versos de circunstância, segue-se um poetavoltado para o social cuja luta com as palavras é marca visível em José e Rosa do povo.Quando publica Claro enigma (1951) as opiniões críticas se dividem ante a imagem de umnovo poeta: pessimista, distante das lutas concretas, cansado da busca; contudo, quando dolançamento de Boitempo e Menino antigo, a presença memorialista reafirma o lirismoaltissonante capaz de casar ironia e confissão. Saltando tendências e na surpresa de versosinovadores, a coletânea O amor natural (1992) que reúne seus poemas eróticos, além de,aparentemente, revelar uma nova fase, provoca na crítica e nos leitores uma visívelinquietação, desassossego e estranheza. Publicados, no todo, apenas depois de sua morte,os poemas mergulham no universo das sensações, desnudam o corpo e investem natransgressão. Especificamente, este artigo objetiva analisar o erotismo, presente em Oamor natural, a partir da análise detalhada do poema que serve de introdução ao livro“Amor – pois que é palavra essencial”, tendo em vista discutir as premissas que estruturamas coordenadas eróticas: a fusão de corpo e alma, feminino e masculino, texto de saber etexto de prazer, enfim, a presença da canção no ato do amor.

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“CAMPO GERAL”: um tristonho arremedo de casa-grande

Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Campo Geral; Guimarães Rosa, herança patriarcal.

Este estudo se atém à base sociológica que sustenta a obra de João Guimarães Rosacomo um todo. Base esta, usualmente, obscurecida pela grandeza temática e encantatóriagrandiloqüência lingüística, capaz de dar à cor local – sempre muito colorida e berrante nosescritores regionalistas brasileiros – um tom pastel tão sutil que só se revela aos leitoresempenhados em desvendar o que subjaz ao maravilhoso aluvião da linguagem rosiana. Aestes é dado perceber como, para além das inovações da linguagem e dos temas universaishá, também, o empenho do autor em registrar o sertão arcaico e em vias de se transformar. É por isso que na obra rosiana como um todo, pautada, sempre, neste mundo arcaico, hávários indicativos de que o universo do sertão está se alterando por causa da inevitávelmodernização, a qual está de tocaia, pronta para adrentar naquele mundo e alterar umaforma arcaica de vida que tanto encanta quanto espanta. Tendo em vista este diálogo com atradição, objetiva-se analisar como em “Campo geral”, ou “Miguilim”, Guimarães Rosa seatém com precisão a alguns dos arquétipos mais representativos da cultura brasileira no que se refere às relações afetivas e sociais entre homens e mulheres, adultos e crianças ebrancos e negros. Estes arquétipos advêm da profunda consciência do autor em relação àsrígidas delimitações de papéis no contexto patriarcal e semipatriarcal rural ao qual ele sereporta em toda a sua obra.

MESA 5. LOCAL: TRIBUNAL DO JÚRI

INTERDISCURSO: PARÁFRASE E POLISSEMIA

Prof. Dr. Alexandre S. Ferrari Soares (UNIOESTE) Profa. Ms. Fernanda Lunkes (UNIOESTE)

Prof. Dr. João Carlos Cattelan (UNIOESTE)Profa. Dra. Luciane Thomé Schröder (UNIOESTE)

Profa. Dra. Roselene Fátima Coito (UNIOESTE)

A MEMÓRIA DO DIZER: O SILÊNCIO PRODUZINDO SENTIDOS SOBRE AHOMOSSEXUALIDADE

Alexandre Sebastião Ferrari Soares (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Interdiscurso, Discurso publicitário, Análise Pêcheutiana.

Como o silêncio divide, significativamente, o que se conta e o que não se conta,produzindo assim uma configuração para a homossexualidade? Esta é uma das formaseficazes da violência simbólica, no confronto das relações de força, no jogo de poder quesustenta efeitos de sentido: o silenciamento que a acompanha. (ORLANDI, 1990). A partirdas formulações teóricas da Análise de Discurso Pêcheutiana (AD) analiso o anúncio de

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Doritos Y.M.C.A. Ela tem por objetivo discutir, sobretudo, o conceito de Interdiscurso,fundamental nesta abordagem teórica, e compreender os sentidos produzidos pelapropaganda para, então, entender o porquê da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais eTransgêneros (LGBT) se “incomodar” com a campanha publicitária e solicitar aoConselho de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) a sua suspensão. Para tanto,formulei algumas perguntas que irão me auxiliar na compreensão dos efeitos de sentidoproduzidos tanto pelo anúncio quanto pelo documento enviado ao CONAR pelaAssociação que defende os interesses da comunidade LGBT. 1) A quem fala o anúncio deDoritos? 2) Que lugar ele ocupa para produzir os sentidos que efetiva? 3) Por que oAssociação LGBT pediu ao CONAR a sua suspensão? 4) Por que O CONAR votoufavoravelmente por ela? E, finalmente, 5) Quais memórias são ressignificadas sobre ahomossexualidade nos discursos da Associação e no anúncio de Doritos?

A CONSTRUÇÃO POLISSÊMICA ACERCA DO CORPO DEPRESSIVO NAREVISTA SUPERINTERESSANTE

Fernanda Luzia Lunkes (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Corpo, Mídia.

Esta pesquisa preliminar, que tem como base teórica e analítica a Análise doDiscurso de linha francesa, objetiva analisar as memórias (ORLANDI, 2001) convocadasem três matérias da revista Superinteressante com vistas a traçar as representações do corpo do sujeitocom depressão. Compreendo que o conhecimento na mídia não consegue serneutro (PÊCHEUX, 1997) e, portanto, está alicerçado em condições de produçãorelacionadas ao que pode e deve ser dito em determinado momento histórico. Para MariaRita Kehl, (2009), a depressão foi “demonizada” na sociedade ocidental, o sujeito vive nocontexto pós-moderno (LYOTARD, 1998) sob a obrigação de ser feliz. Como serárepresentado o corpo do sujeito depressivo na mídia nessa tensão entre a interdição datristeza e a obrigação de estar bem? Meu gesto de leitura é o de que, nos recortesempreendidos para este estudo, nas memórias que a mídia convoca há uma tensão entre umcorpo cujo mal-estar pode ser controlado com remédios e um corpo atravessado pelodiscurso do sujeito do inconsciente, ou seja, o sujeito consegue controlar suas emoçõespelo pensamento.

PAIXÃO E DISCURSO: por que sentimos o que sentimos?

João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Sensibilidade, Injunção, Determinação.

Este estudo pretende, mais do que apresentar considerações finais e cabais sobre um objeto de estudo quantitativamente significante, formular e tentar dar uma base mínima dedemonstração à hipótese de trabalho que sentimos o que sentimos movidos pela formaçãoideológica e discursiva a que pertencemos. Parece bem assentado que pensamos à luz daformação ideológica que nos açambarca; também parece inegável que dizemos o que nossa formação discursiva determina. A hipótese que se deseja assentar de uma forma relativa é

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que os nossos afetos e as nossas paixões também são movidos e vividos à luz da formaçãoque estabeleceu limites para as possibilidades da “nossa” sensibilidade afetiva.

“SÓ POR HOJE”

Luciane Thomé Schröder (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Memória, Historicidade, Discurso.

Este estudo tem por objeto de análise o panfleto temático “Só por hoje” utilizadopelo grupo de apoio a familiares de viciados em drogas. Conhecido como Grupo FamiliarNar-Anon, o funcionamento do grupo se dá, basicamente, por meio de reuniões semanais,onde pessoas que convivem com o problema da adicção de um parente ou amigo seencontram para reflexão sobre textos e para a troca de experiências, sendo estas a base doprograma de recuperação do grupo, a exemplo de outras entidades do mesmo perfil, como a dos Alcoólicos Anônimos (A.A.) e dos Narcóticos Anônimos (N.A.), de quem o discursodo Nar-Anon se originou. Para este momento, tomaremos apenas o panfleto indicado,objetivando, primeiro, um estudo sobre a negação do Nar-Anon de se dizer “espiritual,porém não religioso”. Este discurso é reiterado a fim de divulgar seus encontros comopossíveis de serem freqüentados por pessoas de diferentes credos. Nesse sentido, o estudotem como segundo objetivo mostrar como o discurso do grupo, organizado sob a bandeirada democratização de crenças e que prega o poder da espiritualidade individualista, é, naverdade, interdiscursivamente atravessado e marcado por uma posição enunciativa deorientação religiosa cristã, ainda que se materialize pelo invólucro da auto-ajuda e pelanegação da religião, denunciando seu pertencimento a uma dada memória sócio-histórica e ideológica à qual o Nar-Anon se filia, mesmo que não o saiba.

O INTERDISCURSO NA IMAGEM: a imagem como discurso?

Roselene de Fátima Coito (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Interdiscurso, Imagem, Discurso.

O conceito de interdiscurso advem da teoria de Análise de Discurso de orientaçãofrancesa. Este conceito, preconizado no primeiro momento da Análise do Discurso porMichel Pêcheux, relaciona-se diretamente com a memória do dizer. Esta memóriamaterializada em textos se manifesta nos enunciados, os quais, para a Análise do discursoformam um arquivo do dizer. Este arquivo do dizer se constitui de enunciados que sãoprocessados em estratégias discursivas as quais ocultam a natureza “ideológica” dodiscurso. Por isso, numa reflexão inicial, tentaremos entrever se há ou não possibilidade deconsiderar um texto imagético como discurso.

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MESA 6. LOCAL: BLOCO 2 – 3º PISO - SALA 58

A LITERATURA ALEMÃ E SUA HISTORIOGRAFIA

Prof. Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM)Profª. Esp. Elise Schmitt (UNIOESTE)Prof. Dr. Gerson Luís Pomari (UNAR)

Prof. Dr. Stéfano Paschoal (UNIOESTE)

A LITERATURA AUSTRÍACA COMO QUESTÃO PARA AHISTORIOGRAFIA LITERÁRIA ALEMÃ

Prof.Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM)

PALAVRAS-CHAVE: Historiografia, Literatura austríaca, Contextualizaçãoliterária.

Nesta comunicação pretendo desenvolver argumentos em duas frentes. Emprimeiro lugar, discutir a dificuldade objetiva de se enquadrar alguns autores austríacosnuma série literária homogênea que almeje um estatuto sistemático. Essa dificuldade sedeve, em grande parte, a idiossincrasias históricas e sociais que são trabalhadas pelos temas e, sobretudo, pela forma literária, que não espelham esse processo social, mas o expressame problematizam. Num segundo momento, a partir das considerações anteriores, pretendodiscutir a pertinência e alcance de se entender a literatura como historiografia inconscientede uma época e de seu „Zeitgeist“. Sendo assim, a literatura será concebida como umaescrita da história, não na condição de documento (que é externo e a subordina à história),mas como forma (que é interna e a relaciona com a história). Essa leitura também nãocoloca os literatos no lugar dos historiadores, mas os insere numa dialética que aprofundaambos os lados, contribuindo para a busca da mediação entre o processo social e formaliterária. Essa problematização almeja o „teor de verdade“ (literária e histórica) na dialética entre a subjetividade da literatura (que tem na forma seu substrato objetivo) e aobjetividade da escrita da história (que tem sua subjetividade na perspectiva de onde sefala).

O MURO DE BERLIM SOB AS PERSPECTIVAS DE PETER SCHNEIDER

Elise Schmitt (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Berlim Ocidental, Berlim Oriental, Alemanha.

Em seu romance “Os saltadores do muro”, escrito em 1982, o jornalista e escritorPeter Schneider atribuiu a seu personagem narrador uma forma de ver o Muro de Berlimsob várias perspectivas. Uma delas, cujo conceito muito contribuiu para o sucesso do livro,foi “o muro na cabeça”. Na obra, menciona que “demolir o muro na cabeça das pessoasdemorará mais tempo do que alguma empreiteira precisa para a demolição do murovisível.” Esta frase, que o autor já usara anos antes da queda do muro, também foi usada,

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com freqüência, por muitas pessoas e, após sua queda, até os dias de hoje. Objetiva-se falar, neste trabalho sobre os personagens que, de alguma forma e por algum motivo, saltaram omuro não só do leste para o oeste, mas também do lado ocidental para o oriental.

AS MÜNCHENER FLIEGENDE BLÄTTER COMO UM ESPELHO DE SUAÉPOCA.

Prof. Dr. Gerson Luís Pomari (UNAR)

PALAVRAS-CHAVE: Fliegende Blätter, Biedermeierzeit, Sociedade.

O século XIX foi um momento decisivo na formação da Alemanha que hoje seconhece. Nesse período, inicialmente marcado pelo regime ditatorial conhecidopoliticamente como Restauração e culturalmente como Biedermeierzeit, originaram-sealgumas tensões que foram eclodir na segunda metade daquele século, quando ascondições históricas se modificaram e o processo de industrialização levou as sociedadeseuropéias a uma reconfiguração. Essas pressões latentes encontram nos meios deexpressão da segunda metade do século uma válvula de escape e, em alguns casos, uminstrumento de protesto. O novo modelo de sociedade industrializada e francamentecapitalista transforma também o paradigma cultural da sociedade de expressão alemã.Nessa nova ordem cultural, o jornal ocupa um lugar proeminente, quer seja pela suavelocidade, quer seja pela suas facilidades de veiculação. Dentre os veículos que surgementão, destaca-se o longevo periódico humorístico ilustrado Fliegende Blätter, da cidadede Munique, que circulou entre 1845 e 1944. Essa produção foi o mais fiel espelho dasociedade de expressão alemã enquanto circulou e fundamentava seu sucesso no conteúdocrítico-humorístico e nas generosas ilustrações que continha. Como produto cultural, esseperiódico é o resultado de um processo histórico que condensou o compromisso com arealidade, próprio da expressão jornalística, e acentuada sensibilidade e consciênciaestética, típicas das manifestações artísticas mais apuradas. Como produto sociológico, elefoi ao encontro da demanda gerada pela necessidade burguesa de se reconhecer como parteintegrante da sociedade e, ao mesmo tempo, legitimar seu modo de vida também junto aosnovos meios de expressão de sua época.

DIFICULDADES DO ENSINO DE LITERATURA ALEMÃ EM CURSOS DEGRADUAÇÃO DE LETRAS NO BRASIL: algumas reflexões

Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura alemã, Contexto histórico, Estratégias de leitura.

Nesta comunicação serão discutidas as principais dificuldades do ensino deliteratura alemã nos cursos de graduação em Letras Português / Alemão no Brasil: desde afalta de referencial histórico até a ausência de um material apropriado, bem como adivergência entre o nível de alemão geralmente adquirido em três anos de graduação e alinguagem literária das obras em questão, sem falar ainda de outras fases da língua alemã,como o Althochdeutsch e o Mittelhochdeutsch. Serão apontadas ainda algumas sugestõespara que o aprendizado ou contato com obras de literatura alemã possa ser intensificado.

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MESA 7. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 51

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: LINGUAGEM, LITERATURA E ENSINO

Profa. Ms. Any Lamb Fenner (UNIOESTE)Profa. Ms. Clarice Cristina Corbari (UNIOESTE)

Profa. Ms. Denise Scolari Vieira (UNIOESTE)Profa. Esp. Luciana Inês Gallaztegui (UNIOESTE)

Profa. Esp. Suely Eiko Takashima Tierling (UNIOESTE)

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O DESENVOLVIMENTO DALÍNGUA ESTRANGEIRA NAS SÉRIES INICIAIS

Any Lamb Fenner (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Língua estrangeira, Séries iniciais, Escola pública.

Neste trabalho pretendemos abordar, a partir de estudos e experiências, o ensinoda língua estrangeira em séries iniciais na rede pública de ensino. No contexto brasileiro, abibliografia sobre aquisição de língua estrangeira nas séries iniciais – embora ainda sejaescassa, pois o enfoque é no ensino-aprendizagem para/de adolescentes e adultos – nãoimpede o crescente interesse por essa área. Até há pouco tempo o ensino de uma línguaestrangeira era privilégio de poucos e era ofertado apenas em instituições privadas. Diantedas exigências de um mundo que se quer globalizado, estreitando-se e respeitando-sesempre mais os laços culturais, não há como passar ao largo das discussões da inserção dalíngua estrangeira também em séries iniciais do ensino fundamental, ou até mesmodirecionada às crianças na Educação Infantil. Partimos de questionamentos que sãolevantados pelos professores, pais e envolvidos com a comunidade escolar: O querepresenta, para a criança nessa fase, adquirir uma língua estrangeira? Trata-se de umprocesso que pode ser prejudicial à aquisição da escrita da língua materna? Encontramosna literatura defensores da idéia de que quanto mais cedo se iniciar o ensino de uma línguaestrangeira, tanto melhor. Por essas razões explicitadas, e que certamente desencadearãoainda muitas outras, compartilhamos aqui vários projetos que estamos desenvolvendo comprofessores e acadêmicos do curso de Letras e órgãos educacionais da região nesse sentido.

INGLÊS PADRÃO, WORLD ENGLISHES E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Clarice Cristina Corbari (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa, Variedades lingüísticas, Ensino.

Este trabalho investiga as principais características de algumas das principaisvariedades do inglês falado no mundo (World Englishes), procurando-se estabelecer umarelação com o ensino de língua inglesa como língua estrangeira. Tradicionalmente, oensino de línguas estrangeiras privilegia a variedade padrão em detrimento das variedadesde uso da língua-alvo (as quais, diga-se de passagem, o professor muitas vezes

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desconhece). Resulta daí a tendência de se avaliar como erradas certas construções que osalunos desenvolvem em seu processo de aquisição ou aprendizagem da língua,ignorando-se que muitas dessas construções são efetivamente usadas em vários contextosem que se fala a língua-alvo como língua oficial ou como segunda língua. Nesse sentido,este trabalho discute algumas questões relevantes quando a língua inglesa é estudada ouutilizada como uma ferramenta para a comunicação internacional, dentre as quais asseguintes: (a) a importância de se perceber certos juízos de valor com relação às variedadesde inglês como preconceito; (b) a percepção de que as diferenças entre todas as variedadessão similares e comparáveis; e, principalmente, (c) a necessidade de se estabelecer umatolerância para a variação, dado que é um fenômeno natural, normal e contínuo.

LUGARES E ANTEPASSADOS EM POEMAS AMERICANOS (1963)

Denise Scolari Vieira (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Poesia Argentina; Rubén Vela; História Cultural; Identidade.

Escrito entre 1957 e 1962, tempo de sua residência na Bolívia, a obra PoemasAmericanos significa a transformação temática a que Rubén Vela submete a elaboração deseu projeto estético. Na América Latina essa é considerada uma época privilegiada para areflexão de como foi organizado o campo intelectual, pois havia o debate sobre asdesigualdades da estrutura sócio- política, bem como, sobre a busca da identidadeoriginária; poetas descobrem o vasto manancial da América, e muitos tornam visível omesmo discurso anteriormente legitimado pelo olhar estrangeiro. Mas como Rubén Velahaveria de definir seu objeto? O escritor, em Poemas Americanos (1963), consagralugares, dos 20 poemas presentes na obra, seis deles referem-se ao espaço: América,Macchu Picchu, Tiwanaku para recordar, Necrópolis de Paracas, En la selva de Beni,Chichén-Itzá; há uma espécie de inventário que se forma e se projeta gradualmente pelo fiocondutor dos elementos materiais. Outro privilégio concedido aos leitores é a presença depersonagens típicos da mentalidade imaginária e histórica dos povos da América, poemascomo Viracocha, Huitzilopochtli, Moctezuma, Caupolicán, Pachamama, são marcadospela modelagem simbólica. Rubén Vela conclui esta obra com cinco homenagens, sãopoemas dedicados aos artistas que, como ele viveram o fascínio de fazer uma estética e uma política, diante da degradação de sua época; desde Alfredo Martínez Howard, AlbertoHidalgo, Antonio Porchia, Gambartes a Oliveiro Girondo circulam estilos, linguagens ecrenças. Portanto, nessa comunicação pretende-se apresentar possibilidades de análise, afim de focalizar como o autor sustentou em seu discurso um sistema dinâmico de símbolospara falar da cultura americana.

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ENTRE A LÍRICA URUGUAIA E BRASILEIRA: semelhanças na poética deBenedetti e Quintana

Luciana Ines Gallaztegui (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Mario Benedetti, Mario Quintana, lírica.

Mario Benedetti e Mario Quintana. O primeiro: grande poeta uruguaio, sempreesbanjou sua aguda capacidade criativa na poesia; o segundo, não menos criativo, foi eleitopor seus colegas o Príncipe dos Poetas Brasileiros. Autores que compartilham não apenasum nome em comum, mas sim uma extrema facilidade em transformar simples palavras embelos poemas. Assim, o presente artigo tem como objetivo apontar algumas característicascomuns às poesias destes dois grandes poetas que tanto marcaram o mundo da lírica através da simplicidade no modo de contar a vida. Por meio da comparação entre poemas que falam sobre o amor, o tempo, a saudade, a infância, entre outros, os dois poetas abrilhantam o queé trivial, passando em suas criações, uma visão cristalina do cotidiano, acompanhada deuma linguagem leve e encantadora.

ALGUMAS DICAS PARA UMA BOA PRONÚNCIA EM LÍNGUA INGLESA

Sueli Eiko TakashimaTierling (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação, Pronúncia, Ensino de língua inglesa.

Aprender uma boa pronúncia quando se estuda a língua inglesa é fundamental esão várias as formas de se obter sucesso nesta jornada. Assim, devido à complexidade demateriais que estudam essa questão, citarei apenas algumas dicas para uma boa pronúnciaem língua. Os pontos a serem abordados nesse artigo são: a pronúncia de consoantes nofinal das palavras, s-cluster, uso do L no final das palavras, pronúncia de sons nasais epalavras com H.

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MESA 8. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 52

SIGNIFICAÇÃO E CONTEXTO: as múltiplas faces de um relacionamento

(des)necessário

Profa. Dta. Débora L. M. Eleodoro (UNIOESTE)Prof. Dr. Ivo José Dittrich (UNIOESTE)

Profa. Ms. Maridelma M. Martins (UNIOESTE)Profa. Ms. Nildicéia A. Rocha (UNIOESTE)

REFLETINDO SOBRE A INTERAÇÃO LÍNGUA, CULTURA E RETÓRICANA ESFERA ESCOLAR

Débora Raquel Massmann Eleodoro (Unioeste/Foz do Iguaçu/USP)

PALAVRAS-CHAVE: Língua, Cultura, Retórica.

Língua, cultura e retórica são termos que, de forma isolada, já foram amplamentediscutidos e definidos em diferentes domínios disciplinares. No entanto, são raros osestudiosos que se interessam pela relação que estes três termos estabelecem entre si nasuperfície textual. É justamente desta relação que trato neste trabalho. Partindo do conceitoindividual de cada um destes elementos, meu objetivo é tecer relações entre eles a fim demostrar como o contexto e a significação também afetam e são afetados pela interação entre língua, cultura e retórica. É preciso esclarecer que a aproximação que estou propondo –entre língua, cultura e retórica – só se torna legítima à medida que o termo retórica éconcebido em um sentido muito pontual: de retórica escolar. Por retórica escolar, estouentendendo o conjunto de convenções discursivo-textuais que são aprendidas e ensinadasnos bancos escolares. Percebe-se assim que refletir sobre o modo como língua, cultura eretórica escolar interagem na superfície textual significa abordar um tema complexo. Paracompreender esta complexidade, retomo algumas questões que, direta ou indiretamente,estão envolvidas neste trabalho, como, por exemplo, a aproximação entre língua, discursoe cultura e a interação entre os gêneros do discurso, as tipologias textuais e a retóricaescolar. Percorrendo este conjunto de elementos, que apesar de pertencerem a níveisdistintos, mostram-se solidários entre si e, até certo ponto, interpenetram-se, entendo queserá possível elucidar a interação entre língua, cultura e retórica escolar. Para isso,fundamento-me teoricamente em Benveniste (1989), Vignaux (1989) e Charaudeau(2001).

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Page 32: Caderno de Resumos - Jell

SIGNIFICAÇÃO E CONTEXTO: múltiplas faces de um relacionamento(des)necessário

Ivo José Dittrich (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Significado, Contexto, Interpretação.

Vinculados a área de estudos da linguagem, os conceitos de significação econtexto inscrevem-se no universo daqueles que têm origem e funcionamento nalinguagem corrente, cujo uso não parece apresentar maiores dificuldades para a interaçãoverbal. Todavia, quando se trata de precisar seu sentido e sua abrangência teórica, umadiversidade de recortes e perspectivas começa a revelar-se. Diferentes disciplinas, mesmofora do universo das ciências da linguagem, delimitam o sentido técnico destas expressõese, cada uma a seu modo, estabelecem um vínculo mais ou menos estreito entre elas: pareceque uma não se explica sem a outra. Assim, o conjunto inter e multidisciplinar que se dedica à análise de discursos, à comunicação, aos estudos sociolingüísticos, ao ensino das línguas,ao lado de outros, abordam a produção e interpretação de sentidos de acordo com oprivilégio que a noção de contexto alcança em seu arcabouço teórico-metodológico. Seolhar para estas diferentes perspectivas analíticas acentua, por um lado, a amplitude e acomplexidade em que se inscreve o processo da significação, por outro, aponta possíveisinterfaces que podem favorecer a descoberta de convergências, indicando que suaabordagem exige um tratamento que possa superar os limites e fronteiras metodológicasem que as diferentes áreas do conhecimento procuram enquadrá-lo.

CONTEXTO E ENSINO DE GRAMÁTICA – QUESTÕES “AQUÉM” E“ALÉM” DO “NECESSÁRIO”

Maridelma Laperuta Martins (Unioeste/Foz do Iguaçu)

Mariangela Garcia Lunardelli (Unioeste/Foz do Iguaçu)

PALAVRAS CHAVE: Contexto, Ensino, Gramática.

Muito já foi falado e discutido nas diferentes áreas da ciência da linguagem, sobdiferentes concepções teóricas, sobre o ensino de gramática na escola. Sua relevância, seudesmerecimento; como, quando, por que (não) se ensinar gramática. O assunto é exaustivoe o que se vê, (in) felizmente, ainda nos dias de hoje, são divergências sobre a temática, quetrazem, como é possível observar nas escolas, grandes prejuízos para os alunos. De umlado, temos o ensino (professores e escolas) que não conhecem (aceitam, aderem)propostas inovadoras sobre o tema; de outro lado, temos outro ensino (professores/escolas) que aceitam e se propõem a colocar em pratica o arcabouço teórico-metodologico de áreasrecentes da lingüística, como a sociolingüística, por exemplo, mas com grandes dúvidas equestionamentos sobre a teoria e, principalmente, a metodologia a ser utilizada. Assimsendo, este artigo pretende discutir um pouco mais sobre esse ensino de gramática (umaquestão aquém do necessário) sob a contextualização da sociolingüística, e de práticas deleitura e escrita de textos por meio de gêneros discursivos e análise lingüística (umaquestão (além) do necessário).

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DEESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

SEMINÁRIO AVANÇADODE

LINGUAGEM E ENSINO

Mestrado de Letras da Unioeste

Coordenação:

Prof. Dr. Ciro Damke

Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel

Os resumos apresentados a seguir estão organizados emordem alfabética, conforme o nome do apresentador.

27 de junho de 2009 – 13h30 às 15h50

Local: Sala 52 – Bloco 2 – 2º Piso

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DANONINHO VALE POR UM BIFINHO

Alex Sandro de Araujo Carmo (PG - Unioeste)Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste/Marechal Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Topos, Prática discursiva, Efeitos de sentido.

Por meio da análise de um slogan do petit suisse Danoninho, este estudo buscaelucidar certas estratégias discursivas que ocorrem nas relações com a memória discursivadeste grupo de consumo, com o objetivo de verificar quais os efeitos de sentido que sãoveiculados pelo enunciado “Danoninho vale por um bifinho”. Para estudar o corpuspretendido, procurou-se aporte teórico, na teoria da argumentação na língua e em trabalhosbakhtinianos (as teorias aqui utilizadas serão vistas de uma perspectiva discursiva). Destamaneira, busca-se mostrar o “lugar comum” da prática discursiva da Danone, ao apresentar o seu produto, o Danoninho.

LÍNGUAS EM CONTATO: o alemão e o português em propaganda comercial

Andréia Cristina de Souza (PG - Unioeste)Prof. Dr. Ciro Damke (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Identidade cultural, Língua alemã, Línguas em contato.

O presente trabalho tem como objetivo verificar como a publicidade faz uso deaspectos sociolinguísticos e sócio-culturais como um mecanismo de persuasão e/ouidentificação do público com o produto anunciado. Para tanto, foi selecionada para objetode pesquisa uma propaganda da Volkswagen, na qual um alemão e um brasileiro falamsobre as qualidades dos carros produzidos pela empresa. A partir de estudos sobre o uso dalíngua alemã, além de interferências e transferências desta para a língua portuguesa, foramanalisados os aspectos sociolinguísticos e sócio-culturais presentes na propaganda.

CRENÇAS E CULTURAS DE APRENDER DE ALUNOS DO CURSO DEINGLÊS DO SESC – CASCAVEL – UM ESTUDO PRELIMINAR

Andréia Viola Labastia (PG - Unioeste)Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Crenças, Culturas de aprender, Língua inglesa.

Esta pesquisa de caráter etnográfico tem por objetivo apresentar uma proposta deinvestigação voltada para sala de aula de língua inglesa visando identificar e caracterizar ascrenças e culturas de aprender de alunos em um instituto particular. Com o intuito de numprimeiro momento investigar as crenças educacionais interferentes na aprendizagem dasala de aula de língua inglesa, mostrar e delimitar a identidade dos alunos que freqüentam o

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curso de inglês, e finalmente demonstrar como as crenças podem interferir naaprendizagem de uma segunda língua dos alunos adolescentes que buscam o curso doSESC - Serviço Social do Comércio em Cascavel. O embasamento teórico a ser utilizado éformado a partir dos estudos sobre crenças no Brasil (Almeida Filho, 1993), (Barcelos,1995), e (Felix, 1998). A coleta de dados será com os alunos entre 12 e 16 anos do curso deinglês do SESC, a pesquisa será um estudo de caso. O instrumento de coleta de dados a serutilizado inicialmente será o questionário. Num segundo momento, serão utilizadas asentrevistas com o objetivo de aprofundar questões importantes que possam emergir a partirdas respostas obtidas nos questionários. Posteriormente a análise e a discussão dos dadoscoletados serão apresentadas no corpo da dissertação. Desse modo, os resultados esperados são: investigar as crenças dos alunos sobre como aprender inglês o que eles dizem sernecessário fazer e o que fazem realmente para aprender, caracterizar o perfil identitário dosalunos adolescentes na faixa etária entre 12 e 16 anos, e demonstrar como as relaçõessociais interferem na aprendizagem de uma segunda língua ou língua estrangeira.

A INTERNET COMO MOTIVADORA DE NOVOS GENÊROS TEXTUAIS

Franciele Maria Martiny (PG - Unioeste)Profa. Dra. Clarice Nadir Von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais, Internet, Linguagem.

Este artigo visa debater questões inicias sobre estudos de gêneros textuaissituando-os no surgimento das novas tecnologias, quando a esfera social internetpossibilitou a criação de novos gêneros na própria rede. O estudo, assim, vem de encontrocom a necessidade de conhecer as novas formas de comunicação – linguagens – presentesno meio online, permeado pela interação oral/escrita. Para tanto, foram selecionadosautores que tratam sobre esta problemática. Entre eles Bakhtin (2000), Bazerman (2006),Marcuschi (2003), Rojo (2005) e Costa (2008). O estudo revela a internet comomotivadora para a criação de novos gêneros textuais, uma vez que estes surgem denecessidades da situação histórica, cultural e social de uma determinada sociedade, comoneste caso, da era virtual.

O PARTIDO PERONISTA FEMININO – CONTEXTUALIZAÇÃO DA OBRALA RAZÓN DE MI VIDA DE EVA PERÓN

 Paulo Cesar Fachin (PG - Unioeste)Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Peronismo, Mulheres, Movimento Político.

O presente artigo pretende investigar o contexto de produção da obra La razón de mi vida (1951), livro cuja autoria, ou papel de ghost-writer é tributado a Manuel Penella daSilva, jornalista espanhol, segundo estudiosos sobre Eva Perón, a exemplo do sociólogoHoracio Gonzalez (2009). O livro que foi publicado na Argentina, trata-se de obra de

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caráter autobiográfico que ratifica a imagem de uma mulher que se tornou um ícone doperonismo de visão quase messiânica no contexto latino. Esta representação de Eva Perónevoca também considerações de gênero, ou seja, revela a consciência de uma mulher quetransgrediu os padrões de uma época, conseguindo transformar-se em líder de ummovimento político, o movimento do partido peronista, movimento este que surgiu naArgentina na década de 1940. Com a sanção do voto, o propósito peronista de reunirsimpatizantes com a causa teve em Eva Perón uma referência central incontestável.Durante o período de 1947 a 1955, o Peronismo promoveu políticas para elevar o apoio dasmulheres, independente destas trabalharem ou não fora de casa, com uma organização depolítica própria, uma seção separada dos homens, denominada Partido das MulheresPeronistas ou Partido Peronista Feminino (PPF).

A LÍNGUA INGLESA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: língua internacionalou língua franca?

Rubia Carla Pozzebon (Unioeste/Cascavel)Prof. Dr. Jorge Lidarra (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa, Língua internacional, Comunicação global.

Este trabalho é uma extensão do estudo iniciado pela autora durante seu trabalhomonográfico intitulado “A língua inglesa como língua internacional e as implicações nacomunicação e no ensino”, defendido e aprovado em novembro de 2008, pelaUniversidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Cascavel. Assim,este estudo faz um recorte do capítulo “A língua inglesa como língua internacional” dotrabalho acima mencionado, propondo-se a investigar qual o status ocupado pela línguainglesa no mundo contemporâneo e que papel ela desempenha na comunicação global.Primeiramente, apresenta-se estudo comparativo entre o que se entende pelos termoslíngua internacional, global, mundial e língua franca, e a quais requisitos uma línguaprecisa atender para alcançar determinado status. Pretende-se com tal estudo demonstrarque estes quatro termos podem ser utilizados para denominar a situação da língua inglesahoje. Contempla-se, também, uma discussão específica sobre língua internacional,verificando se a língua que atinge esta posição pode ser considerada uma ameaça àexistência de outras línguas. Na parte final do trabalho, considerando-se a língua inglesacomo língua internacional, empreende-se uma análise de quais são as implicações distopara a comunicação global. Fazem parte do suporte teórico que norteia este trabalho asobras de Barber (2000), Crystal (1997) e Kirkpatrick (2007), que embasam a pesquisaacerca da difusão da língua inglesa e seu status no mundo contemporâneo; e os estudos deDewey (2007), Held et al. (2007) e Seidlhofer (2005) que auxiliam na abordagem do papelda globalização na propagação do inglês.

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REPRESENTAÇÃO DAS IDENTIDADES SOCIAIS NO LIVRO DIDÁTICO DELÍNGUA INGLESA: uma perspectiva das vozes de professores e alunos

Susana Aparecida Ferreira (PG - Unioeste)Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS–CHAVE: Identidade, Livro didático, Aluno de escola pública.

Este trabalho tem por objetivo, realizar uma pesquisa de campo qualitativa parainvestigar de que forma as identidades sociais dos alunos do Ensino Fundamental e Médiosão representadas no Livro Didático ou material de ensino mais especificamente de LínguaInglesa e se esses mesmos alunos sentem-se representados no mesmo. Por outro lado,também pretende-se observar o que os professores desses alunos do Ensino Fundamental eMédio entendem por construção de identidade social e se eles percebem essas mesmasidentidades trabalhadas no LD ou materiais de ensino. Serão analisados os documentosoficiais , para entender de que forma os documentos apresentam a necessidade dasrepresentações dos alunos no ensino de língua estrangeira (PCNs, as OrganizaçõesCurriculares para o Ensino Médio, diretrizes curriculares estaduais – DCE/Pr.). Osreferenciais teóricos utilizados versam sobre a representação da identidade tais comoStuart Hall (2006), Ferreira (2006, 2009), Moita Lopes (2002), bem como LetramentoCrítico (Coradim, 2007), Braga (1998), entre outros a serem selecionados de forma acontribuir com a pesquisa. Os resultados esperados desta pesquisa são entender de queforma ocorre a representação da identidade social do aluno no LD ou materiais de ensino de Língua Inglesa e se esses alunos conseguem se ver representados, bem como os professores entendem a representatividade desses alunos.

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Page 38: Caderno de Resumos - Jell

27 de junho de 2009 – 13h30 às 15h50

Local: Salas de aula da UNIOESTE

CRONOGRAMA DOS SEMINÁRIOSAVANÇADOS DE LINGUAGEM E ENSINO

SALA 52 - BLOCO 2 – 2º PISO

13h30: DANONINHO VALE POR UM BIFINHO

Alex Sandro de Araujo Carmo (PG - Unioeste)Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste/Marechal Cândido Rondon - Orientador)

13h50: LÍNGUAS EM CONTATO: o alemão e o português em propagandacomercial

Andréia Cristina de Souza (PG - Unioeste)Prof. Dr. Ciro Damke (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

14h10: CRENÇAS E CULTURAS DE APRENDER DE ALUNOS DO CURSODE INGLÊS DO SESC – CASCAVEL – UM ESTUDO PRELIMINAR

Andréia Viola Labastia (PG - Unioeste)Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

14h30: A INTERNET COMO MOTIVADORA DE NOVOS GENÊROSTEXTUAIS

Franciele Maria Martiny (PG - Unioeste)Profa. Dra. Clarice Nadir Von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h50: O PARTIDO PERONISTA FEMININO – CONTEXTUALIZAÇÃO DAOBRA LA RAZÓN DE MI VIDA DE EVA PERÓN

Paulo Cesar Fachin (PG - Unioeste)Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

15h10: A LÍNGUA INGLESA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: línguainternacional ou língua franca?

Rubia Carla Pozzebon (Unioeste/Cascavel)

15h30: REPRESENTAÇÃO DAS IDENTIDADES SOCIAIS NO LIVRODIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA: uma perspectiva das vozes de professores ealunos

Susana Aparecida Ferreira (PG - Unioeste)Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

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Page 39: Caderno de Resumos - Jell

12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DEESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

SEMINÁRIO AVANÇADODE

LITERATURA

Mestrado de Letras da Unioeste

Coordenação:

Profa. Dra. Clarice Lottermann

Os resumos apresentados a seguir estão organizados emordem alfabética, conforme o nome do apresentador.

27 de junho de 2009 – 13h30 às 17h10

Local: Tribunal do Júri da UNIOESTE

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AS RELAÇÕES SUBJETIVAS DO NARRADOR/PERSONAGENS FEMININASEM PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM

Ana Lúcia Moreira Rios Coimbra de Araújo (PG - Unioeste)Profa. Dra. Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste/Foz do Iguaçu - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVES: Subjetividade, Narrador, Personagens femininas.

Esta comunicação tem por objetivo apresentar a articulação das relações subjetivasdo narrador/personagens femininas em Perto do Coração Selvagem. A voz da personagemJoana, em Perto do Coração Selvagem representa também as denúncias, os conflitos nouniverso feminino, personagens inseridas num contexto familiar patriarcal que exercemdiferentes papéis que a sociedade lhes destina. Assim, os padrões de comportamento e devalores das instituições sociais fazem com que as personagens clariceanas convivam com afantasia do inconsciente, estabelecendo relações subjetivas do narrador e personagensfemininas que emergem como efeito, num processo de produção dirigido à geração dosmodos de existir, pensar e agir. Outro importante fator a observar é a busca da autonomiafeminina que recusa a reproduzir os esquemas tradicionais e aumenta a vontade dasmulheres de participar igualmente do processo de individualização, passando pela práticade projetos pessoais distintos daqueles em que estão inseridas. O narrador produzcondições discursivas determinando o que pode ou não ser dito. A tendência pela qual osujeito restaura a unidade perdida de si mesmo toma lugar no centro da consciência, quepassa a ser fonte de energia no seu processo mental. Esse reconhecimento pode serobservado nas passagens, no romance, em que Joana fica frente a frente com outraspersonagens femininas como afirmação de sua identidade.

A POESIA DE HELENA KOLODY: o essencial e o sintético

Ana Maria Zanini (PG - Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Helena Kolody, Haikai, Lírica.

Helena Kolody, poeta brasileira, filha de emigrantes ucranianos, nascida em CruzMachado, Paraná (1912-2004). Helena passou parte da infância na cidade de Rio Negro,onde fez o curso primário. Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima e a divulgação deseus trabalhos, na época, era através da revista Marinha, de Paranaguá. Com doze livrospublicados, várias antologias e obras completas, Kolody realiza um fazer poético enquantobusca da síntese, projetada nas formas escolhidas e no enxugamento dos textos. Os poemassintéticos, tais como os dísticos, tercetos, quadras, epigramas, tankas e haicais, são formaspoéticas escolhidas pela poeta. Helena se tornou uma das poetisas mais importantes doParaná, e praticava principalmente o haicai, que é uma forma poética de origem japonesa,cuja característica é a concisão, ou seja, a arte de dizer o máximo com o mínimo. Assim, opresente trabalho objetiva, através da perspectiva crítica, analisar um dístico e um haikaide Helena Kolody, buscando compreender a intencionalidade da autora. O métodoutilizado é o diático.

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Page 41: Caderno de Resumos - Jell

FATALIDADE TUPINIQUIM

Bernardo Antonio Gasparotto (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada, Anton Tchecov, Artur de Azevedo.

O presente trabalho tem por objeto de estudo os contos Fatalidade (1973) de Arturde Azevedo e Fatalidade (1975) de Anton Tchecov, e busca realizar uma análise destes, noâmbito da Literatura Comparada, tecendo paralelos acerca de elementos que sãodesenvolvidos nos textos em estudo. Assim, são focalizados elementos narrativos etemáticos que possibilitam aproximação ou distanciamento em relação às obras cujostítulos são homônimos. Como base teórica foi utilizada, sobretudo, as obras: Literatura esociedade (1985) de Antonio Candido; Literatura Comparada: história, teoria e crítica(1997) de Sandra Nitrini; e Paródia, Paráfrase e CIA (1985) de Affonso RomanoSant’Anna.

NELSINHO, O HERÓI SEM MEDALHAS

Enio Alves de Oliveira (PG - Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Imaginação, Herói, Desejo.

O Presente trabalho tem por finalidade investigar aspectos imaginários de Nelsinhona obra O Vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan, (1965), primeiro capítulo. O herói vaga ficcionalmente, em sua Curitiba, “Pensilvânia Universal,” em busca de mulherespara amar e com elas realizar seus sonhos. Vive momentos de grande tensão, é imaturo esem experiência. Angústia, tensão, medo, são aspectos que marcam a personagem, que não realiza seu intento. Seus pensamentos são alucinantes, eróticos. Vê inúmeras mulheres,porém não consegue nenhuma. A imaginação do herói, vai além, muito além de uma meraconquista que possa o satisfazer. Entra em constante levitação, vindo à tona suaimaturidade, na arte da conquista, já que se trata de um jovem. Fica evidente a prostituiçãoexistente na capital paranaense.

REFLEXÕES SOBRE A MEMÓRIA EM PEDRO NAVA: uma leitura deGalo-das-trevas: as doze velas imperfeitas

José Carlos da Costa (PG - Unioeste)Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Memória e ficção, Memória e história, Pedro Nava.

Este trabalho aborda a obra memorialista de Pedro Nava no contexto da ficçãocontemporânea, focando o estudo em Galo-das-trevas: as doze velas imperfeitas(Memórias 5) e refletindo sobre as fronteiras e os cruzamentos, entre memória, história e

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Page 42: Caderno de Resumos - Jell

ficção. O fundamento do trabalho está no “estatuto” da representação, sua conformação notexto literário, relativamente à perspectiva do romance histórico e as marcas maisfreqüentes nesse tipo de romance, em particular a freqüência de um discurso metaficcional, preocupação que é uma presença constante na obra de Nava. Memorialista cauteloso, oautor constrói o seu relato fundamentado não apenas em suas recordações, mas também emdocumentos guardados e pesquisas sobre os fatos da época a qual está narrando, fotografias de pessoas e de eventos dos quais participou Esse conjunto de "elementos de apoio"fundamenta a verdade do seu relato e completa as lacunas da memória. A seleção dessaobra, entre os sete volumes de memória de Nava, justifica-se pela mudança significativa daforma do relato, introduzida a partir da segunda parte do livro. Nesse ponto, ao tratar doinício de sua atuação profissional, Nava redimensiona seu projeto memorialista inicial e anarração passa a ser conduzida por a um narrador onisciente que narra em terceira pessoa.Esse fato muda o fulcro da narrativa para a vida de seu alterego: José Egon de BarrosCunha, assumindo uma nova direção e rearticulando o "pacto autobiográfico" em "pactoromanesco".

O REGIONALISMO HISTÓRICO EM O CORONEL E O LOBISOMEM

Kelly dos Santos Moreira (PG - Unioeste)Profa. Dra. Rita das Graças Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Patriarcalismo, Decadência, O Coronel e o lobisomem.

O presente estudo objetiva analisar como ocorre a tentativa de transposição dasociedade patriarcal para a sociedade capitalista no romance O Coronel e o lobisomem, deJosé Cândido de Carvalho. O indivíduo pós-moderno só pode ser compreendido em suatotalidade através do gênero romance. Assim, para melhor conceituar este gênero,utilizaremos os postulados de Georg Lukács, Antonio Candido e Mikhail Bakhtin. Sendo oplurilinguismo uma das características do romance, constata-se que a obra supracitadatransita pela forma regionalista-histórica e político-grotesca, trabalhando com elementoshistóricos, políticos e surreais. Objetiva-se, ainda, analisar a frustração sofrida pelo coronel que, por fazer parte de uma sociedade em transição, não tem clareza de onde se situasocialmente, o que torna o romance em análise uma obra simbólica da decadênciapatriarcal e do poder devorador do capitalismo que implicou a fragmentação do sujeitopós-moderno.

FÉLIX, O HOMEM DE SEU TEMPO

Michele de Oliveira Jimenez (PG – Unioeste) Profa. Dra. Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste/Foz do Iguaçu - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis, Construção de identidades, Sociedadebrasileira.

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A presente comunicação pretende investigar a construção da personagem Félix doromance Ressurreição, de Machado de Assis, enfatizando como a personagem écaracterizada pela dubiedade de seu caráter, marcado pela inconstância de espírito, e aposição privilegiada que ocupa, visto ter condições econômicas estáveis para sobreviver,além de representar a própria contradição de homem de seu tempo, marcado pela divisãoentre a nova ordem (burguesa) e antiga ordem. Dessa forma, pretende-se mostrar comoRessurreição – uma obra de 1872, da primeira fase de Machado – apresenta os homensilustrados, intelectuais, sem preocupações com sua situação financeira, representados porFélix, analisando assim, como o indivíduo oitocentista se constitui. Nesse sentido,pretende-se descrever criticamente esta personagem, a percepção que as pessoas e onarrador tem da mesma, e questionar que tipo de indivíduo é Félix, a partir das discussõesde Muricy (1988) e DaMatta (1983), além de descrever como Machado de Assis apresentaa crítica à sociedade burguesa brasileira, da qual Félix é um representante.

CAPITALISMO VERSUS SOCIALISMO: o casal Honório de São Bernardo

Roberta Cantarela (PG - Unioeste)Profa. Dra. Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: São Bernardo, Capitalismo, Socialismo.

Este trabalho busca realizar um estudo sobre o relacionamento entre o casalHonório – Paulo Honório e Madalena, do romance São Bernardo de Graciliano Ramos –,considerando os aspectos sociais, históricos e econômicos da época em que o livro foiescrito, 1934, que desencadeia o dualismo entre o capitalismo e o socialismo. O foco danarrativa esta centrado no personagem protagonista Paulo Honório, o narrador, que conta ahistória de sua vida, iniciando no presente, passando para o passado e voltando ao presente,com intuito de relatar suas batalhas, sua luta pelo capital, seu estilo de vida e sua decadência humana, resultado da morte de sua esposa Madalena, que se suicida após poucos anos decasamento, e da falência de sua fazenda São Bernardo. Assim, pretende-se analisar a obrapelo viés da Sociologia da Literatura, com base teórica nos estudos de Georg Lukács eLucien Goldmann.

POESIA E MEMÓRIA EM LINDOLF BELL: uma leitura de O código das águas

Rosana Salete Piccininn (PG – Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS - CHAVE: Poesia, Memória e tempo.

Lindolf Bell (1938-1998) é poeta catarinense, nascido em Timbó, Estado de SantaCatarina – Brasil. O presente trabalho contempla uma leitura de sua obra O Código dasÁguas. Os temas recorrentes na lírica de Lindolf são o fluxo temporal e da memória. Alinguagem para falar do imemorial e do anterior à memória, que requer uma palavraanterior à palavra. Este referencial será abordado a partir da parte I, denominada Poemas,

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que discute a efemeridade das coisas, mostrando que a liberdade de todos tem, na verdade,sempre o controle de alguém ou de alguma coisa, evidenciando que o tempo é misterioso,revelador, breve e eterno. Assim, faz-se necessário fazer uma reflexão sobre a poesia,demonstrando que por meio da palavra recriamos a realidade, exploramos sentimentos ememória. Para fins de análise, partiu-se dos pressupostos apresentados por Henri Bergsonna obra Matéria e Memória e em Ecléa Bosi na obra Memória e Sociedade.

INCIDENTE EM ANTARES: um meio de crítica ao regime ditatorial

Samuel Carlos Wiedemann (PG - Unioeste)Prof. Ms. Maria Beatriz Zanchet (Unioeste/Marechal Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Incidente em Antares, Ditadura, Alegoria.

Este artigo tem por objetivo verificar como o Érico Veríssimo, na obra Incidente emAntares, mesclando recursos ficcionais subjacentes às características textuais da crônica eda fábula alegórica, organiza um romance que pode ser lido como uma crítica ao regimeditatorial instaurado no Brasil a partir, cujo tempo da estória se passa até o ano de 1963,sem aludir diretamente ao sistema ditatorial e, graças a esta estratégia, não ser censurado, já que obra foi escrita em 1971, no auge a repressão da liberdade de expressão. Com base nasposições críticas de Fabio Lucas (1989), segundo as quais o romance dialoga com aHistória do Brasil e do Rio Grande do Sul de um lado, e a construção fictícia de outro, oestudo pretende analisar o discurso das personagens a partir do célebre incidente,compondo um painel entre idéias reacionárias e libertárias que permearam a sociedadebrasileira nesse período.

O DISCURSO POLIFÔNICO E DIALÓGICO NA OBRA MACUNAÍMA

Silvana Nath (PG – Unioeste)Prof. Dr. Acir Dias da Silva (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Linguagem, Polifonia, Dialogismo.

Neste artigo objetiva-se analisar a configuração do discurso polifônico e dialógicopresente na obra Macunaíma, de Mário de Andrade, tomando como escopo teórico ospressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin, que são visíveis na construção do enredo, comoo dialogismo representado pela heterogeneidade de vozes. Desta perspectiva, éapresentado um estudo sobre a linguagem e as múltiplas vozes que constroem e efetivam aidentidade cultural nacional na obra supracitada, principalmente a voz da personagemMacunaíma que deixa transparecer uma série de diferentes manifestações culturais ereligiosas, que resgatam o folclore, as lendas e crendices que existem em nosso país naconstrução de uma unidade cultural nacional. Busca-se desvendar a importância destediálogo na elaboração e efetivação da cultura brasileira. Trata-se de uma pesquisaeminentemente bibliográfica, que recupera estudos de diferentes autores sobre o tema.

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27 de junho de 2008 – 13h30 às 17h10

Local: Tribunal do Júri da UNIOESTE

CRONOGRAMA DOS SEMINÁRIOSAVANÇADOS DE LITERATURA

TRIBUNAL DO JÚRI - BLOCO 2 - TÉRREO

13h30: AS RELAÇÕES SUBJETIVAS DO NARRADOR/PERSONAGENSFEMININAS EM PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM

Ana Lúcia Moreira Rios Coimbra de Araújo (PG - Unioeste)Profa. Dra. Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste/Foz do Iguaçu - Orientadora)

13h50: A POESIA DE HELENA KOLODY: o essencial e o sintético

Ana Maria Zanini (PG - Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

14h10: FATALIDADE TUPINIQUIM

Bernardo Antonio Gasparotto (Unioeste/Cascavel)

14h30: NELSINHO, O HERÓI SEM MEDALHAS

Enio Alves de Oliveira (PG - Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

14h50: REFLEXÕES SOBRE A MEMÓRIA EM PEDRO NAVA: uma leitura de Galo-das-trevas: as doze velas imperfeitas

José Carlos da Costa (PG - Unioeste)Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

15h10: O REGIONALISMO HISTÓRICO EM O CORONEL E O LOBISOMEM

Kelly dos Santos Moreira (PG - Unioeste)Profa. Dra. Rita das Graças Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

15h30: FÉLIX, O HOMEM DE SEU TEMPO

Michele de Oliveira Jimenez (PG – Unioeste)Profa. Dra. Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste/Foz do Iguaçu - Orientadora)

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15h50: CAPITALISMO VERSUS SOCIALISMO: o casal Honório de SãoBernardo

Roberta Cantarela (PG - Unioeste)Profa. Dra. Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

16h10: POESIA E MEMÓRIA EM LINDOLF BELL: uma leitura de O códigodas águas

Rosana Salete Piccininn (PG – Unioeste)Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

16h30: INCIDENTE EM ANTARES: um meio de crítica ao regime ditatorial

Samuel Carlos Wiedemann (PG - Unioeste)Profa. MS. Maria Beatriz Zanchet (Unioeste - Orientadora)

16h50: O DISCURSO POLIFÔNICO E DIALÓGICO NA OBRA MACUNAÍMA

Silvana Nath (PG – Unioeste)Prof. Dr. Acir Dias da Silva (Unioeste/Cascavel - Orientador)

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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DEESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

SESSÃODE

COMUNICAÇÕES

Os resumos apresentados a seguir estão organizados emordem alfabética, conforme o(s) nome(s) do(s)

apresentador(es).

27 de junho de 2009 – 13h30 às 17h00

Local: Salas de aula da UNIOESTE

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O UNIVERSO MULTICULTURAL AMERÍNDIO E A IDENTIDADE HÍBRIDAAMERICANA EM THE HEIRS OF COLUMBUS (1991), DE GERALD

VIZENORAbel Santos de Oliveira Junior (Unioeste/Cascavel)

Gilmei Francisco Fleck (Unioeste /Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Mestiçagem, Identidade americana, Romance histórico.

Em The heirs of Columbus, Gerald Vizenor apresenta aspectos como a mestiçagem,a hibridização e a fusão das culturas ameríndias desde a aventura descobridora deCristóvão Colombo até a contemporaneidade. Os personagens do romance são tricksters,figuras enigmáticas oriundas do folclore americano que, em sua existência contemporânea, encontram-se integrados na sociedade capitalista norte-americana. Contudo, em umprimeiro momento da obra, os tricksters buscam cultivar antigas práticas culturais tribais afim de manterem vivas as tradições de suas manifestações originais. Na busca daconservação de uma identidade autóctone, a obra revela uma segunda ação dos nativos quese volta à conscientização de sua identidade híbrida e mestiça, que na atualidade precisaconsiderar também o contexto no qual os herdeiros de Colombo estão inseridos. Nestasegunda etapa há uma abertura para a vivência da multiculturalidade, necessária àscomunidades mestiças de nosso continente. The heirs of Columbus pode ser visto comomodelo de obra na qual prevalece a confluência de ficção, história e cultura dos ameríndios. É para essa confluência que se volta nosso estudo.

A LEITURA SOB O PONTO DE VISTA DOS ALUNOS E PROFESSORES DAESCOLA ESTADUAL DOM CARLOS EDUARDO

 Adeonilde Gregorini Chiamenti (Unioeste –PDE)Greice da Silva Castela (Unioeste – orientadora)

PALAVRAS CHAVE: Leitura, Compreensão, Estratégias.

  Para entender a realidade do ensino de leitura na Escola Dom Carlos Eduardo,situada em Realeza/Pr., que atende a alunos da segunda fase do Ensino Fundamental, foirealizada esta pesquisa envolvendo alunos de quintas e sextas séries e alguns professoresdas várias disciplinas. Sabemos que a leitura é fonte principal da aprendizagem e que ashabilidades de compreensão leitora precisam ser mais bem desenvolvidas, pois comovárias pesquisas já demonstraram a leitura está em crise no ensino em nosso país. Apesardos vários estudos já publicados, o conhecimento sobre os processos que envolvem acompreensão leitora e os fatores que interferem nesse processo não foram desvendadosainda. Perceber o que ocorre com as pessoas envolvidas no ensino/aprendizagem da leituraé o passo principal para traçar objetivos e encontrar estratégias para amenizar esteproblema.

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O PEDAGOGO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR Adriane Wengrad (Unipar)

Mayara Leilane Hohnke (Unipar) Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogo, Atuação hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar.

A prática pedagógica na sociedade está em constante atualização, ganhando cada vez mais espaço na sua atuação, não somente em instituições escolares, mas também emoutros ambientes como hospitais. Atendendo a essa necessidade, o profissional deve teruma formação continuada, preparando-se para lidar em diversas áreas, inclusive emdependências hospitalares onde se encontram crianças e adolescentes internados,exercendo assim a pedagogia hospitalar. Nesse contexto, o pedagogo que atua em hospitais disponibiliza de brinquedotecas que auxiliam as crianças na adaptação deste momentoespecial, sendo de suma importância para a recuperação e estabilidade do paciente, além deser um ambiente de descontração em que a criança usufrui de um espaço lúdico através derecreação, favorecendo a sua recuperação. Objetiva-se apresentar uma revisãobibliográfica sobre o pedagogo e sua atuação na Brinquedoteca Hospitalar. Este artigo é aprimeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano dePedagogia – Campus Toledo – Universidade Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população da região oeste do Paraná, sobreos benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.

LITERATURA E CRÍTICA SOCIAL: diálogos especulares entre Kafka,Guimarães Rosa e Saramago

Adriano Rodrigues Alves (UDC-FACEMED)

PALAVRAS-CHAVE: Kafka; Guimarães Rosa; Saramago.

O presente trabalho terá ênfase em um assunto característico de nossa realidadecontemporânea, a saber, a crise humana perante o materialismo, partindo-se, para tanto, deuma linguagem especular entre obras literárias de autores de nacionalidades e épocasdiferenciadas, as quais detêm peculiares dimensões estilísticas. Nesse sentido, buscar-se-áestabelecer um diálogo entre as obras: de Franz Kafka A Metamorfose (1912), deGuimarães Rosa “A Terceira Margem do Rio”, incluso em Primeiras Estórias (1962) e oconto de José Saramago “Embargo”, pertencente à obra Objecto Quase (1978). Dessaforma, será esboçado, mormente, um quadro histórico-literário em que o homem semprebusca uma “fuga” da realidade sufocante e que geralmente resulta em patologias sociais,como por exemplo, a perda de identidade e sua nulidade enquanto indivíduo imersosocialmente. Com efeito, possuindo Saramago uma visão de mundo marxista, pode-sevislumbrar em sua poética o choque social da disputa de classes, colocando-se, assim, emdiscussão os mecanismos como essas agem umas com as outras, culminando, por sua vez,na intertextualidade que enseja o diálogo profícuo entre os três autores.

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VERBOS MODAIS, MODALIZAÇÃO OBJETIVA E MODALIZAÇÃOSUBJETIVA

Adriano Steffler (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Verbos modais, Modalização objetiva, Modalização subjetiva.

Este trabalho discute nuances de significado dos verbos modais. Embora esta classede verbos possua uma característica comum – a modalização –, que serve inclusive paradenominá-la, seu uso em contextos diversos produz nuances de significado que, não raro,passam despercebidas. Tendo como foco a perspectiva do falante e a intencionalidade deseus atos de fala, propomos aqui uma categorização que extrapola o “uso comum” destaclasse de verbos, permitindo subdividi-los em grupos. Para tanto, consideraremos amodalidade do enunciado, a intensidade da modalização, bem como seu caráterintrassubjetivo e extrassubjetivo.

MODALIZAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO NO ARTIGO DE OPINIÃOAlcione Tereza Corbari (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Argumentação, Modalização, Artigo de opinião.

Estudos contemporâneos têm revelado ser a argumentatividade uma característicaessencial da interação social que se dá por intermédio da linguagem humana (cf.DUCROT, 1987; KOCH 2002; GUIMARÃES, 2001). Nessa perspectiva de análise, nãohá texto livre da argumentação. No entanto, é possível observar que a orientaçãoargumentativa apresenta-se de forma demarcada em certos gêneros textuais (e.g. artigo deopinião), enquanto em outros ela se dá de forma velada (e.g. artigo científico). Por se tratarde um gênero que apresenta explicitamente uma opinião, vinculada à assinatura de umautor engajado com o conteúdo da mensagem, o artigo de opinião retrata um espaçopropício para a expressão de um alto grau de argumentatividade. Esta pode ser demarcadalinguisticamente por meio de diferentes estratégias, dentre as quais destacamos amodalização, um recurso ao qual o produtor recorre para alinhar o interlocutor à tesedefendida. Considerando essa relação entre modalização e argumentação, por um lado, eentre essas duas categorias e o gênero artigo de opinião, por outro, propomos uma análisedo texto É uma vergonha!, de Boris Casoy. Buscamos, com esse estudo, observar as marcas modalizadoras que preenchem o espaço argumentativo propiciado pelo gênero em questão.

LITERATURA E IDENTIDADE: João Gilberto Noll e Clarice LispectorAlessandra Pajolla (UEM)

Sandro Adriano da Silva (UEM)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura, João Gilberto Noll, Clarice Lispector.

Este artigo visa divulgar alguns pressupostos teóricos e análises que fundamentamos projetos de pesquisa “Grupos de Estudos em Literatura Brasileira”/UNB; “Literatura deAutoria Feminina”- LAFEB/UEM e “Literatura e Identidade”/UEM, aos quais autora eautor vinculam-se, respectivamente. Literatura e identidade, construtos radicadoshistoricamente, configuram o elemento histórico-social em uma realização estética, tendo,

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nas alteridades e socialidades que engendram, o conteúdo semiótico-discursivo dessarealização. Neste artigo serão arroladas, subliminarmente, três tendências contemporâneasde crítica literária: feminista, pós-colonialismo e estudos queer, no tratamento das relaçõesentre literatura e sujeito materialmente enraizadas na força configuradora da história e suasprojeções na literatura e nos estudos literários. Rastrear a produção e a recepção literáriassob a perspectiva das relações identitárias e de gênero implica desconstruir a naturalizaçãoancorada na centralidade do sujeito masculino, ampliando as práticas interpretativas,propondo estratégias de leitura que subvertam o binarismo masculino/feminino e sua visãohierarquizada. Tais críticas compreendem um sujeito constituído no gênero, não apenaspela diferença sexual, mas por códigos linguísticos e representações culturais, de classe,raça; um sujeito engendrado e múltiplo, em vez de único, e contraditório, em vez desimplesmente dividido. Tal posicionamento crítico substitui o padrão monolítico por umenfoque dialógico, rompendo com essencialismos. O texto também estabelececonsiderações sobre João Gilberto Noll e Clarice Lispector, cujas narrativas retratam afixação e reificação do espaço social e seus códigos particulares e arbitrários, que,configurando um modo de vida cultural e histórico, são representações de uma realidadeconcebida natural, universal, necessária, eterna, irreversível.

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR Alessandra Venancio Justino (Unipar)

Valdirene Aparecida Souza Nicola (Unipar) Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar, Atuação

Na sociedade atual, prática pedagógica tem ganhado cada vez mais espaço na suaatuação, sendo que o Pedagogo, não atua mais em instituições escolares, mas também emoutros ambientes como hospitais. Assim sendo, este profissional precisa adaptar-se a estanova realidade e necessidade, através de uma formação continuada, bem como,preparando-se para lidar também nesta nova área, ou seja, em dependências hospitalaresonde estará em contato com crianças e adolescentes internados, exercendo assim apedagogia hospitalar. Nesse novo contexto de atuação, o pedagogo poderá atuar embrinquedotecas, que auxiliará tais internados a adaptar-se a este momento especial. Esteespaço se faz importante para a recuperação e estabilidade do paciente, visto ser umambiente de descontração e onde a criança usufrui de um espaço lúdico através derecreação, favorecendo a sua recuperação. Objetiva-se aqui fazer uma revisãobibliográfica sobre a atuação do Pedagogo na Brinquedoteca Hospitalar. Este artigo é aprimeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano dePedagogia – Campus Toledo – Universidade Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população da região oeste do Paraná, sobreos benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.

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SENTIDO E SUJEITO ATRAVÉS DO DISCURSO JORNALÍSTICO: ahomogeneização das narrativas e a cristalização dos sentidos

Alessandro Alves da Silva (PICV/PRPPG/Unioeste)Alexandre Sebastião Ferrari Soares (Unioeste - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Mídia, Formação Discursiva.

Este texto integra o projeto de pesquisa intitulado “Memória e discurso religioso nacoluna sentimental”. Objetiva-se, neste breve artigo, a partir da concepção francesa deAnálise do Discurso (AD), apresentar uma análise das cartas de leitores publicadas em2007 na coluna Espaço Sentimental pelo jornal Folha Universal, para observar como ahomogeneização das narrativas das cartas publicadas produz a cristalização dedeterminados sentidos. Nessa coluna são publicadas cartas de leitores interessados emnamoros, casamentos ou em conhecer pessoas. As colunas dos jornais destinadas àpublicação das cartas dos leitores são espaços em que (em parte) é “permitida” a “fala”destes leitores. Soma-se a isso o fato de que historicamente, foram sendo construídas noimaginário do público leitor (de forma quase que geral), crenças de que o discursojornalístico se organiza a partir dos mitos de verdade, objetividade, neutralidade eimparcialidade (MARIANI, 2005) e que a linguagem veiculada é, exclusivamente, uminstrumento de transmissão de informações.

A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E SUA FUNÇÃO NO HOSPITAL Aline Cristina Eger de Melo (Unipar)

Dione Maria de Col Bomfim (Unipar)Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Brinquedoteca Hospitalar, Hospital, Inserção.

A Pedagogia Hospitalar não deve ser compreendida como uma sala de auladentro do hospital mas um ambiente que procura desenvolver o ensino-aprendizagem decrianças e adolescentes que estão enfermos. Devido a essa pedagogia, cria-se nos hospitais, Brinquedotecas. Um ambiente estimulante, com atividades lúdicas que propiciammomentos de distração e aprendizagem ao mesmo tempo. Nela interagem tanto médicos,enfermeiros (as) como também a família, que é de grande importância na recuperação dacriança e adolescente. A Brinquedoteca hospitalar serve como um reforço educacional para a criança recuperar sua atividade escolar. Deste modo, o processo de socialização ocorrepor meio de interações entre pacientes e educadores da brinquedoteca. Por isso ela não éapenas um lugar de lazer e de diversão, mas de reflexões sobre valeres e até mesmo daprópria existência. Esse âmbito educacional desenvolve a comunhão, a amizade, aaprendizagem, o modo de se colocar no lugar do outro, a integração ao ensino, o processode superação de sua enfermidade. Enfim, a construção da humanização e politização dasrelações. Logo, tem-se aqui o objetivo de uma revisão bibliográfica que aborde aBrinquedoteca Hospitalar e sua inserção no Hospital. Este artigo é a primeira parte de umprojeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano de Pedagogia – Campus Toledo– Universidade Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar oconhecimento da população da região oeste do Paraná, sobre os benefícios daBrinquedoteca Hospitalar em um hospital.

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GÊNERO DISCURSIVO MANGÁ: uma reflexão sobre sua recepção no BrasilAmanda Bordin (Unioeste)

Rosana Becker Fernandes (Unioeste – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Gênero discursivo; Condições de recepção; Mangá.

O presente trabalho vida problematizar a questão da recepção do gênero textualmangá no Brasil, pautando-se nas concepções e conceitos de gênero discursivo propostaspor Bakhtin (1992) e Marcuschi (2006). Será realizada uma explicitação de sob quaiscondições este gênero chega no Brasil. Historicamente, o mangá só chega ao Brasil emdezembro do ano dois mil (2000), com os mangás “Dragon Ball” e “Cavaleiros doZodíaco” (no original Saint Seiya). Em decorrência das versões em animações terem sidoexibidas em televisão aberta, já eram títulos de grande prestígio. Também será abordada aforma como o gênero textual mangá é avaliado pela sociedade brasileira,fundamentando-se em Moliné (2004) que discute o tema em sua obra “O grande livro dosmangás”. Com relação às condições de recepção atuais do mangá, abordaremos a questãodas modificações realizadas no suporte textual no momento da adaptação e quanto aosmeios de veiculação.

REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM OFICINAS DEEXTENSÃO

Amanda Maria Elsner (Unioeste)Greice da Silva Castela (Unioeste - Orientadora/ PG - UFRJ)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Leitura, Avaliação, Ensino.

O presente artigo tem o objetivo de relatar a experiência da oficina intitulada“Avaliação da aprendizagem” a qual foi ministrada no projeto de extensão “Leitura emação: formando cidadãos”, que é desenvolvido pelo Centro de Educação, Comunicação eArtes (CECA) na Unioeste, em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior (SETI) junto a professores do município de Três Barras do Paraná – PR.Essa oficina também faz parte do Projeto de Extensão: “Interação entre os processos deleitura e formação de leitores”, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da Unioeste, tendosido oferecida a acadêmicos e professores da área de Letras e Pedagogia em Cascavel. Estafoi pensada partindo da premissa de que esta é uma das maiores preocupações da escolaatualmente. Neste sentido, o trabalho por nós desenvolvido nestas oficinas foi o de rever asituação atual da avaliação na escola e seus problemas e discutir as quatro perguntasfundamentais para uma boa avaliação da aprendizagem: quem avaliar? quando avaliar?como avaliar? para que avaliar? Também refletimos sobre as três concepções de avaliaçãoda aprendizagem, propostas por Luckesi (2000), que predominam na prática docente narealidade educacional brasileira: a abordagem objetivista, a abordagem subjetivista e aabordagem histórico-crítica. Além disso, objetivamos promover o desenvolvimento deuma disposição reflexiva sobre a finalidade da avaliação conforme estabelecem os PCNs(1998) e os teóricos Leal, Albuquerque e Morais (2007).

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“LIVRO DE RECEITAS” – O PASSO A PASSO NA CONSTRUÇÃO EMANUTENÇÃO DO SUSPENSE NA OBRA JUVENIL DE MARCOS REY

Ana Cecilia Hildebrand Seyboth (Unioeste) Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Novela de detetive, Receita, Marcos Rey.

Apesar da divergência de opiniões sobre esse postulado, o romance policial ounovela de detetive, subgrupos integrantes das histórias de narrativa trivial, segundo FlavioKothe (1994), seguem basicamente uma receita para a sua constituição e desenvolvimento,ou seja, pressupõem a existência de uma técnica ou, pelo menos, a obediência a certasnormas para caracterizá-los como tal. A partir dessas afirmações e de análises feitas sobreesse tipo de narrativa, seguindo, como ponto de partida, os estudos de Kothe (1994) eAlbuquerque (1979), considerando sua trivialidade, a repetição e superficialidade de tipos,enredos e finais em nível de estrutura profunda e também o fato de terem sua estruturasuperficial repetitiva e restrita (KOTHE, 1994); avaliando as seis regras básicas, que,segundo François Fosca, são aplicadas à criação e desenvolvimento de uma narrativa desuspense (ALBUQUERQUE, 1979); e confrontando também as vinte regras postuladaspor S. S. Van Dine para se escrever um bom romance policial (ALBUQUERQUE, 1979), oobjetivo desse trabalho é analisar as obras juvenis do autor Marcos Rey (1925-1999), quese dedicou, entre 1981 a 1999 à escrita dessa vertente de narrativa para jovens, com ointuito de verificar o seguimento desse “passo a passo” e também a inovação na criação desuas narrativas, buscando encontrar os meios utilizados pelo autor para a manutenção dosuspense em suas histórias.

COESÃO TEXTUAL: um olhar sobre o emprego dos artigos definidos eindefinidos

Ana Cristina Garbato (Unioeste/Cascavel)Rosana Becker (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Textualidade, Referenciação, Artigos.

Considerando que um texto não é um emaranhado de frases soltas, mas sim umaunidade sóciocomunicativa, semântica e formal (Costa Val, 1991), este trabalho tem porobjetivo apresentar reflexões iniciais sobre o uso dos artigos definidos e indefinidos, comoelementos coesivos (Koch, 1989; Koch e Elias, 2006). Para tanto, será utilizado uma versão da fábula Assembléia dos Ratos de Esopo, publicada pela Enciclopédia Mundo da Criança,1992, buscando observar a produção de diferentes sentidos que esse elemento coesivocausa dentro dos textos dependendo da forma que for utilizado. Parte-se do pressuposto deque os artigos não são empregados aleatoriamente. Eles funcionam como elementos quecontribuem para o autor do texto atingir seus propósitos em relação ao leitor para o qual otexto se destina, bem como seus sentidos estão relacionados ao gênero discursivo ao qual otexto pertence. Apresentam-se, também, considerações sobre como é geralmente abordado o ensino dos artigos na escola.

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A CRIANÇA NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR Andressa Bezen (Acadêmica UNIPAR)

Bruna Heloísa Inocêncio (Acadêmica UNIPAR)Noeli Pufal Schulz (Professora UNIPAR)

PALAVRAS-CHAVE: Criança, Brinquedoteca Hospitalar, Brinquedo.

Uma criança, quando hospitalizada, conhece durante o período de internação, a dorde uma injeção, o soro na veia, a agressividade dos exames, e assim fica muitas vezes porum longo período em companhia apenas de aparelhos sofisticados, o que a faz sofrer. Nesse período de internamento, ela sofre um corte em sua experiência diária, fica triste edeprimida, longe de sua casa, irmãos, escola, amigos, bichos de estimação e dosbrinquedos. Para estimular a fantasia destas crianças internadas, fazer renascer a alegria,faz-se uso da brinquedoteca, um lugar repleto de brinquedos, histórias, músicas, desenhos,teatros. Ali, em companhia dos profissionais pedagogos, relaciona-se com outras crianças,envolve-se num mundo imaginário e ilusório fazendo-a esquecer do lugar onde está dosexames e dos remédios. Através do brincar e das brincadeiras ela consegue dominar suasangústias e seus impulsos relacionados à doença. Daí a importância da brinquedoteca numhospital. Pretende-se aqui, apresentar uma revisão bibliográfica sobre a criança naBrinquedoteca Hospitalar bem como a importância desta na vida da criança hospitalizadavisto que este artigo é a primeira parte de um projeto que será desenvolvido pelosacadêmicos do 1º Ano de Pedagogia - Campus Toledo - Universidade Paranaense, nodecorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população daregião oeste do Paraná, sobre os benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.

O DISCURSO DE VEJA SOBRE EDUCAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR NOBRASIL E AVALIAÇÃO DE QUALIDADE: DITOS E INTERDITOS

Andressa Guedes Kaminski Alves (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Ideologia, Imaginário, Educação;

Este artigo tem como proposta verificar, a partir de estudos da Análise doDiscurso de linha francesa, qual ideologia e que imaginário está sendo formado sobre aavaliação da educação no Brasil e políticas públicas de inclusão no contexto do EnsinoSuperior. Nessa perspectiva, pretende-se investigar qual formação discursiva, sujeitosenunciatários, imaginário e ideologia estão sendo manifestados no corpus estudado,considerando-se a Revista Veja como um dos veículos formadores de opinião.

FORMAÇÃO DO HOMEM BRASILEIRO: vida social, linguagem e negóciosAntônio Kaminski Alves (FVJ - Faculdade do Vale do Jaguaribe)

PALAVRAS-CHAVE: Cordialidade, Brasileira, Contrapontos.

A formação do povo brasileiro, a idéia das raças, de nação, e da inteligênciabrasileira pode ser melhor compreendida a partir da leitura de obras que são verdadeirosdocumentos sociológicos sobre o Brasil. Raízes do Brasil (1902) de Sérgio Buarque deHolanda aborda sobre a forma como se manifesta o homem brasileiro na vida social, na

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linguagem, nos negócios, tratando também sobre a religião e a exaltação dos valorescordiais. A obra já foi muito lida e há alguns textos que dialogam sobre o posicionamentodo autor que merecem serem retomados pela condição de debate que propõem sobre o temada chamada cordialidade do povo brasileiro.

NIETSCHE, FELIPE FORTUNA, SÍSIFO E O ETERNO RETORNOAntonio Rediver Guizzo

PALAVRAS-CHAVE: Nietzsche, Felipe Fortuna, Eterno Retorno.

A ontologia temporal de Heidegger abre duas questões relevantes: a existênciacomo projeção para o futuro e uma imagem da circularidade para o tempo (relaçãofuturo-passado). Nietzsche, apontando ao conceito de amor fati, acredita na eternarepetição da mesma estrutura indefinidamente pelo tempo; Aquiles está condenado amorrer na Guerra de Tróia eternamente, Sócrates está fadado a ser condenado à morteinfinitas vezes. Sísifo, o herói que substitui Prometeu na modernidade, é fadado a repetir omesmo trabalho in aeternum – rolar uma imensa pedra até o topo de uma montanha e,quando quase lá, vê-la ser empurrada para baixo por uma força a qual não pode resistir.Neste artigo, pretende-se estabelecer a relação entre a perspectiva do eterno retorno, ascontingências do mundo hodierno e o aspecto temporal cíclico da seção “Seres”, da obraEstante (1997) de Felipe Fortuna.

PROFESSORES DE LÍNGUAS: produção de materiais e práticas sociaisProfa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores, Práticas sociais, Materiais de ensino.

Esta comunicação apresentará os resultados de reflexões sobre como 13 professores de línguas (professores de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Língua Espanhola) seveem passando do processo de consumidores de materiais de ensino de línguas aprodutores do seu próprio material de ensino. Estes 13 professores refletiram sobre aprodução de materiais de ensino e produziram materiais de ensino acerca de temas queenvolvessem práticas sociais, tais como cidadania, diversidade e relações étnico-raciais, no contexto em que eles estavam exercendo sua práxis. A metodologia adotada para trazer osresultados foi a análise dos relatos produzidos pelos professores. Durante o processo deanálise, as respostas dos professores foram categorizadas em temas. Os aportes teóricosque embasaram a discussão e a análise dos dados foram: prática reflexiva (WALLACE,1991; SCHÖN, 1983) e letramento crítico e práticas sociais (PENNYCOOK, 2001;LANKASHEAR, 2001). Os resultados da análise dos dados apontaram para a necessidadede propiciar aos professores de línguas momentos de reflexão acerca dos materiais deensino e de temas emergentes e que polemizem o cotidiano vivenciado pelos alunos eprofessores. Concluo que a produção de materiais com temas emergentes e de cunho social, além de trazer o esclarecimento para o professor acerca dos temas propostos, também fazcom que se torne mais motivado e interessado em ensinar línguas. Sendo assim, torna-senecessário discutir questões de letramento crítico e práticas sociais nos cursos de formação

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de professores, para que, assim, tais professores estejam preparados para abordar essestemas em sala de aula.

LETRAMENTO: leiturasAparecida Ellen dos Santos Cipriano (Unica - União de Ensino Superior de Cafelândia)

Marly de Fátima Tavares Biezus (Única - União de Ensino Superior de Cafelândia -Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Letramento, Leitura, Ensino.

Pretende-se com esse trabalho frisar a importância de aprender a ler – não apenas dedecodifica, mas interpretar o mundo que nos cerca - e que esse aprender seja um processolivre de concepções absolutas que a leitura não se torne um “hábito”, ou seja, algo queprecisa ser feito de determinada forma. Ressalta-se que é imprescindível que o professorseja apaixonado por leitura (s) e seja transparente aos alunos. Que ler é um prazer, que olivro é um amigo que, segundo Proust, na leitura, essa amizade é levada à pureza primitiva.Na primeira parte, apresenta-se o conceito do termo letramento, que este artigo o sentidorestrito: a escrita e a leitura como prática social. Apresenta-se concepções leitura de acordocom Maria Helena Martins a qual em seu livro, “O que é leitura? 2007) aborda três níveis de leitura: sensorial, emocional e racional, em contrapartida analisa-s estratégias de leiturabaseando-se em Ângela B. Kleiman (2004) no capitulo 4 de seu livro “Oficina de Leitura”, Estratégias Cognitivas e Estratégias Metacognitivas”. Finalmente é sugerido uma maneirade trabalhar a leitura de forma coletiva envolvendo várias disciplinas que interagem noconteúdo escolhido proporcionando ao aluno informações diversas para a (re) construçãode significados no desenvolvimento social do conhecimento.

A RELAÇÃO DO PILOTO ANÔNIMO EM PORTUGUÊS E EM ITALIANO:notas sobre a tradução

Benilde Socreppa Schultz (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Tradução, Língua italiana, Literatura de viagem.

A carta de Pero Vaz de Caminha é considerada a certidão de nascimento do Brasile permaneceu na Torre do Tombo, ignorada praticamente de todos, até o ano de 1773. Namesma armada de Cabral, viajaram outras duas pessoas que também deixaram suasimpressões sobre a terra descoberta: a carta do Mestre João Farias e a Relação do PilotoAnônimo. Essa última foi traduzida e publicada na língua italiana, por FracanzanoMontaboddo, já em 1507 e em 1550 novamente por Ramusio, na obra Navigationi etviaggi, em três volumes. Para essa comunicação, faremos uma discussão entre a Relaçãodo Piloto Anônimo e a tradução da mesma na língua italiana apresentada na obra deRamusio. Verificaremos a presença da utilização do conceito de equivalência ou traduçãoliteral, e da criação de neologismos, sobretudo das estratégias de nomeação de objetosinexistentes no universo lexical italiano. Nessa linha de pensamento, afirma Assunção Jr.(1986): “a tradução consiste na aquisição de forma léxica ou locução estrangeira, atravésda substituição, por forma léxica vernácula, de significação equivalente criada para essefim”. Considerando que a equivalência é um conceito irrenunciável na tradução, Morini

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(2007) acrescenta que a “tradução literal é determinada do contexto histórico-social eideológico e da percepção pessoal do estudioso e/ou do tradutor”.

REGIONALISMO BRASILEIRO: uma introduçãoBruna Bechlin (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Reg. sem Tensão Crítica, Reg. de Tensão Social, Reg. deTensão Psicológica.

Esta comunicação tem como objetivo introduzir o assunto abordado em um estudojá iniciado sobre o Romance Regionalista. Baseado em estudos de Afrânio Coutinho,Alfredo Bosi e outros teóricos respeitados na comunidade acadêmica, esta apresentaçãosugere a divisão do Regionalismo Brasileiro em três etapas. A primeira tendo início noRomantismo, com um Regionalismo sem Tensão Crítica, passando pelo Neorealismo, jáno século XX, dando ao Regionalismo um teor Social e então chegando à modernidade umRegionalismo de Tensão Psicológica. Não prima à análise de obras literárias, oportunidadeque será aproveitada futuramente, antes prioriza a abordagem do Regionalismo sob estastrês “épocas” similares e, paradoxalmente, muito distintas.

RELATOS DE VIAGEM DO INTERCÂMBIO DO BRASIL COM O PARAGUAIBruna Otani Ribeiro (Unioeste/bolsista PROEX)

Greice da Silva Castela (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Intercâmbio, Espanhol, Cultura.

O presente trabalho tem como objetivo comentar relatos de viagem deacadêmicos do curso de Letras (Português-Espanhol) que participaram do projeto deextensão “Intercâmbio Lingüístico entre Brasil, Argentina e Paraguai” desenvolvido naUnioeste em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cascavel. Dessamaneira, revelam-se a desconstrução de estereótipos, a aprendizagem de vocabulário e dacultura dos países da tríplice fronteira, a interação e a troca de experiências acadêmicas decaráter científico-cultural.

LINK DA COMUNICAÇÃO: PERSPECTIVAS INOVADORAS PARA OENSINOCamila Alves (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

Diana Milena Heck (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático, Metodologia de ensino, Gêneros textuais.

Este estudo apresenta uma análise do capítulo “Como vai seu humor?” retirado da coleção de livros didáticos Link da Comunicação (ano) voltado para a 7ª série de autoria deCarla Yared, Thaís Barbosa e Maris Leite. A escolha pelo material deveu-se ao caráterinovador com que ele se apresenta ao seu público alvo, adolescente de 12 a 13 anos.Pode-se dizer que a coleção procura inovar na sua forma de apresentação (diagramação) e

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no aspecto metodológico de aplicação das atividades, sejam elas voltadas para a reflexãosobre o uso da língua ou sobre a prática de leitura e atividade de interpretação. Para estemomento, a análise irá se deter sobre a diversidade de gêneros discursivos a que o aluno éexposto num mesmo capítulo temático, ressaltando-se, sobretudo, o encaminhamento detrabalho com os textos pensados pelas autoras que visam propiciar ao aluno reflexões sobre o discurso humorístico em seus diferentes suportes de apresentação.

A MAIOR FLOR DO MUNDO, DE SARAMAGO: uma experiência de trabalhocom uma turma de segunda série do Ensino Fundamental do Município de

CascavelCamylla Galante (Unioeste /Cascavel)

Rosana Becker (Unioeste/Cascavel – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Linguagem não-verbal, Leitura, Produção textual.

Durante o Estágio Supervisionado realizado no Ensino Fundamental, trabalhamosdois dos conteúdos propostos para as segundas séries no Currículo Básico de Cascavel:leitura e interpretação de textos verbais e não-verbais e produção textual. Tomando comobase o livro O que é leitura?, de Maria Helena Martins e o artigo Unidades Básicas doEnsino de Português, de João Wanderley Geraldi, nos propomos a trabalhar com ascrianças o livro de José Saramago A Maior Flor do Mundo e a animação homônima doespanhol Juan Pablo Etcheverry, que é uma tradução do livro do escritor lusitano.Traduções fílmicas nunca são completamente iguais à obra que lhe serviu de referência, por mais “fiel” que possam parecer, e as diferenças existentes entre uma obra e outra foramapontadas e compreendidas pelos alunos que as compararam. Durante a leitura do livro deSaramago, surgiram dúvidas linguísticas, ora quanto ao vocabulário, ora quanto à sintaxe,por conta do estranhamento do português de Portugal, com o qual as crianças não estavamacostumadas. Não ocorreram, porém, dúvidas quanto à interpretação da história trazidapelo livro e pela animação. O presente artigo visa apresentar/demonstrar que é possível ouso de ferramentas pouco usuais no ensino de Língua Portuguesa, como as utilizadas nestaexperiência, que são normalmente julgadas como “difíceis” para as séries iniciais.

DA COMPAIXÃO À CRUELDADE: um estudo do Ensaio sobre a cegueiraCaroline Arenhart De Bastiani

Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Saramago, Antropologia da Arte, Situações Limites.

O romance “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago, narra umacontecimento inusitado e apavorante: uma sociedade indeterminada é atingida por umsurto de cegueira branca. Sem conseguir encontrar explicações e soluções para o problemaque se alastra rapidamente, as autoridades ordenam que todos os cegos ou possíveiscontaminados sejam enviados a um antigo e desocupado hospício para que fiquem dequarentena. A partir deste ponto, Saramago coloca o leitor perante situações dedesumanidade, crueldade e abandono, mas também de compaixão e solidariedade. Estacomunicação se focará especificamente nessas situações, mostrando-as como

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situações-limites impostas pelo significado da quarentena e pelas conseqüências que elaacarretou para as personagens do romance, apontando situações em que o indivíduo age deforma brutal e desumana, enquanto em outros momentos age com solidariedade. Esteestudo se baseia no fato de que, devido ao romance ser contemporâneo e de um autorportuguês, quase não há trabalhos voltados para a essa temática que, acredita-se, ser defundamental importância para que se possa entender as relações dos indivíduos com asinstituições detentoras de poder e autoridade.

ORIGENS E SIGNIFICAÇÕES DAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS

DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO BRASILCassiano Ricardo Galli (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Etimologia, Expressões idiomáticas, Origens.

Sendo a Etimologia o estudo da composição dos vocábulos e das regras de suaevolução histórica, tenho por finalidade investigar as origens de algumas expressõesidiomáticas pertencentes à Língua Portuguesa, para resgatar alguns aspectos históricosreferentes à mesma. Primeiramente, buscarei investigar em que contexto essas expressõessão ditas, e, logo em seguida, sua origem e significação. Estudar a etimologia da origem dealgumas expressões idiomáticas da Língua Portuguesa, dentro do ambiente acadêmico édemonstrar que, na maioria das vezes, há uma explicação para o surgimento e a evoluçãodas expressões, por mais antigas que sejam. Para constituir o corpus deste trabalho,realizou-se uma pesquisa com acadêmicos e professores do Curso de Letras da Unioestecampus de Foz do Iguaçu. Esta pesquisa está fundamentada na hipótese de que de cada dezexpressões idiomáticas apresentadas, os sujeitos investigados parecem ter dificuldades decontextualizar e de atribuir sentido a pelo menos três. Através deste estudo, pretende-seelaborar um material teórico (baseado em pesquisas já existentes de Etimologia) quedisponibilize, aos acadêmicos, informações adicionais para o estudo de novas expressõesidiomáticas, da própria Etimologia e de domínios disciplinares afins. A Etimologiaapresenta-se como uma disciplina de grande interesse para qualquer comunidadelinguística. É necessário, no entanto, que ela seja revitaliza e se torne mais conhecida entreos falantes da Língua Portuguesa. Através da consolidação de diferentes estudosetimológicos, a população pode resgatar um pouco de sua história e de sua cultura.

A CRIANÇA E SUA RELAÇÃO COM A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR

Cátia dos Santos Rodrigues Morgenstern (Unipar) Vanessa Mafort (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar, Criança

Abordar o tema Brinquedoteca Hospitalar, faz com que se tenha que destacar avivência das crianças internadas. Neste ambiente, é preciso abordar a importância dopedagogo que contribui para o desenvolvimento da criança em relação aoensino-aprendizagem. Da mesma forma que a brinquedoteca torna-se fundamental como

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ambiente apropriado para que haja interação entre a criança e o meio e, com isso, uma boarecuperação. Tem-se aqui, o objetivo apresentar uma revisão bibliográfica sobre a criançana brinquedoteca hospitalar, bem como o papel do pedagogo nessa área. Este artigo é aprimeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano dePedagogia – Campus Toledo – Universidade Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população da região oeste do Paraná, sobreos benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.

UMA REFLEXÃO SOBRE O ETHOS EM PUBLICIDADES REFERENTES AOPNLD 2010

Cínthia Morelli Rosa (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Publicidade, Livro didático, PNLD 2010.

O presente artigo tem por objeto de estudo duas publicidades retiradas da revistaNova Escola, edição de maio de 2009, nº222, pertencente à editora Abril; as publicidadessão referentes à divulgação de livros didáticos, tendo em vista a mobilização das empresaseditoras em torno do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2010. Por meio dasanálises, pretendemos demonstrar como as duas empresas selecionadas buscam persuadirseus interlocutores a adotarem a coleção por elas divulgadas. Nesse sentido, a reflexãopretende analisar como ocorre a organização dos discursos selecionados em torno daconstrução da imagem positiva que ambas constroem de si a fim de tornarem-se atraentesao seu público alvo, no caso, professores da rede pública de ensino. O trabalho toma comofundamentação teórica o conceito de ethos, na perspectiva discursiva de Maingueneau(2005; 2008) e a mobilização de alguns conceitos da análise de discurso de linha francesa.

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A PARTIR DO MATERIALDIDÁTICO:

uma denúncia sobre o seu caráter reducionista Clariane Leila Dallazen (Unioeste)

Maria Juliana Mazur (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Material didático; Educação de jovens e adultos, Discurso.

Este estudo apresenta uma análise das atividades referentes ao Caderno 2, Unidade1, do material didático utilizado para a Educação de Jovens e Adultos produzido pelaSecretaria de Estado da Educação do Paraná. Para este momento, analisaremos o texto“Seu dotô me conhece?” e as respectivas atividades cuja temática se refere ao tema davariação lingüística. Por meio da análise, sob a perspectiva da prática discursivabakhtiniana e da teoria interacionista, buscaremos demonstrar o quão restritivo e limitadoro referido material se apresenta tanto no que se refere ao seu conteúdo teórico quanto àprática de formação de alunos críticos e reflexivos.

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ALGUNS ASPECTOS DA FORTUNA CRÍTICA DE OS SINOS DA AGONIA, DE AUTRAN DOURADO

Claudinei Francisco Pioner (PIBIC - Unioeste).Profa. Dra. Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon -

Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Fortuna crítica, Os sinos da agonia, Autran Dourado.

Os sinos da agonia é uma obra de Autran Dourado, escritor mineiro nascido emPatos de Minas. O romance ambienta-se em Ouro Preto, na segunda metade do séculoXVIII. Este trabalho tem o objetivo de apresentar alguns aspectos da fortuna crítica doromance citado, verificando os comentários e análises que determinados críticos fizeramda obra, assim como o que o próprio autor tem a dizer sobre o livro. Para tanto, forampesquisados, entre outros, autores como Ângela Senra, Maria Lúcia Lepecki e AutranDourado. Destaca-se que é o resultado da primeira parte de uma pesquisa, realizada pormeio do PIBIC, cujo objetivo principal é verificar a representação do contexto histórico das Minas Gerais no período em que se insere a obra. É, portanto, uma pesquisa em andamento.

REPRESENTAÇÕES MASCULINAS EM OBRAS DE LYGIA BOJUNGACris Marilda Fites (PIC/V)

Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura infanto-juvenil, Lygia Bojunga, masculino.

Este trabalho apresenta uma leitura das obras: Seis Vezes Lucas, A Cama, Retratosde Carolina, Aula de Inglês e Sapato de salto, de Lygia Bojunga, tendo como objeto deestudo as imagens masculinas presentes nestas obras. A análise incide sobre as váriaspersonagens masculinas e sua relação com as personagens femininas, sobretudo a relaçãoentre pais e filhos/filhas. Para tanto, buscou-se referências teórico-críticas nos estudos degênero e na área da Literatura Infanto-juvenil uma vez que as obras dirigem-se,prioritariamente, a leitores jovens (crianças e adolescentes). Nas obras analisadas, apresença de pais, amigos, filhos, maridos, sedutores, estupradores, assassinos, professores, artistas, ou seja, de todo um universo masculino com as quais as personagens femininas serelacionam no ambiente familiar, do trabalho, da rua, das festas, ou seja, da vida, apontapara a importância de se fazer um estudo desta perspectiva.

NARRATIVA E INTERTEXTUALIDADE EM O SONHO DE ELECTRADaniela Viviane Lusa – (Unioeste)

Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Mito de Electra, O sonho de Electra, Intertextualidade.

Este estudo sobre a obra O sonho de Electra, da autora inglesa BidishaBandyopadhyay, trata-se de uma leitura do romance no qual será analisada aintertextualidade com o mito de Electra. Para tanto, considerar-se-á estudos de autorescomo Carlinda Pate Nuñez (2000) e Laurent Jenny (1979), bem como o mito de Electra,apresentado na tragédia Electra, escrita pelo tragediógrafo grego Sófocles.

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EL ESPAÑOL COLOQUIAL EN SHREK IDari José Klein (Unioeste/Toledo)

PALAVRAS-CHAVE: Lenguaje coloquial, Shrek I, Películas.

El estudio y actividad se proponen a abordar las expresiones del lenguaje coloquialen el aula de español como constituyente del currículo; y, para su consecución, plantea unapropuesta metodológica por medio de un ejercicio práctico con expresiones del lenguajecoloquial, presentes en el guión de la película Shrek I (2001), de Dream Works, película basada en un libro de William Steig (1990). La propuesta se insiere en la perspectiva deutilización de material multimedios - en el caso, películas en español provenientes devarios países – y utilizarlas como material pedagógico u objeto de aprendizaje en eldesarrollo comunicativo de ese idioma, pero en la condición de que se presente y ejecuteuna actividad escrita, un ejercicio material formal de comprensión, análisis e interpretación que aborden aspectos argumentativos y lingüísticos como secuencia de la actividad.

ANÁLISE SÓCIO-LINGUÍSTICA E CULTURAL DE PROVÉRBIOS EMLATIM

Diego Engelmann (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Latim, Provérbios, Análise;

É amplamente conhecida a importância da língua latina, como língua-mãe daslínguas românicas e, no nosso caso, da língua portuguesa. Se, de um lado, como veículo decomunicação, o latim clássico é considerado língua morta, de outro deve ser visto comolíngua bem viva, levando-se em conta que as línguas românicas não são nada menos que um latim modificado ao longo dos séculos. Ao lado desta realidade, há ainda um númerobastante expressivo de provérbios, geralmente de fundo moral e de expressões de cunholinguístico e sócio-cultural usado numa forma petrificada ou fossilizada de latim. Se aforma pouco mudou ao longo dos séculos, o que mudou, geralmente, é o seu aspectosócio-cultural. Mesmo com forma e carga semântica herdadas ainda do latim clássico, suaadaptação à sociedade foi modificada e adequada conforme nossa realidade. Dessamaneira estes brocardos são amplamente utilizados, nem sempre na forma com osignificado correto, nas ciências jurídicas. O levantamento e análise destes provérbios sejustifica, então, já que a adequada utilização, de acordo com a correta significação, éimprescindível, bem como o estudo de seus aspectos lingüísticos e sócio-históricos sãomuito característicos.

A NOVA MÔNICADouglas Corrêa da Rosa (Unioeste)

Verônica de Jesus de Lima Ávila (Unioeste)Rosana Becker (Unioeste – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Textualidade, Coerência, Tirinha;

O presente trabalho tem por objetivo analisar, sob a perspectiva da Linguística dotexto e do discurso os fatores de textualidade, coerência, intertextualidade, conhecimento

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superestrutural e intencionalidade que contribuem para a construção dos sentidos em umatirinha da turma da Mônica, do autor Mauricio de Sousa. Através destes elementospercebe-se os intentos do autor: primeiramente o riso e, por conseguinte, desconstruir aimagem que o leitor possui da personagem Mônica. Este estudo expõe o quão precioso,complexo pode ser um texto do gênero tirinha que, neste caso, é destinado ao públicoinfantil e contem apenas duas falas. A fundamentação das análises será baseada emKoch(1989), Koch e Elias (2006) e Costa Val (1991). A análise será de basequalitativa-interpretativa.

AS MARCAS DE VANGUARDAS NO POEMA RAMÓN COLLARElaine Maria Gracioli Rodrigues

PALAVRAS-CHAVE: Poesia Hispanoamericana, Vanguardas Literárias, CésarVallejo.

O movimento de vanguarda surge na Europa, mais precisamente na França nasprimeiras décadas do século XX. Este movimento inovador ocorre nas diversas formas demanifestações artísticas como: a arte, a pintura, a escultura, música e a literatura, foi ummanifesto revolucionário que rompeu com as formas consideradas “tradicionais”. Aliteratura do século XX reflete toda a problemática do homem moderno, que se vêenvolvido por um turbilhão de acontecimentos entre os quais se destacam os avançostecnológicos e científicos, em contraponto ao caos provocado por tiranias políticas degovernos autoritários, resultando em miséria e a injustiça social, vivenciada porcampesinos e trabalhadores urbanos. Para muitos poetas toda esta situação conturbadaserviu de inspiração para suas criações poéticas, em que se reflete a problemática socialsentida e observada por eles. O poeta peruano César Vallejo consegue captar estaatmosfera que lhe rodeia e a expressa através de uma poesia com fortes marcas dasvanguardas, em que foge às formas métricas estabelecidas e produz poesia em formasbastante livres como é o caso do poema VIII; Ramón Collar, do livro Aparta de mí estecáliz, em que está escrito em forma de carta. Essas marcas Vanguardistas se observam naforma inusitada do poema e na linguagem empregada, com expressões idiomáticas, poucocomuns em poesias. Esse poema, embora revestido de muita ternura na descrição daausência de Ramón Collar de sua família e amigos, traz o drama de um miliciano quedeixou o campo e foi lutar na Guerra Civil Espanhola.

A REPRESENTAÇÃO DISCURSIVA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NAREVISTA NOVA ESCOLA

Eliana Cristina Pereira Santos (Unioeste)João Carlos Cattelan (Unioeste - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Imagem, Professor.

A imagem interpretada como discurso revela a eficácia do homem em expressar,comunicar e informar por meio dos signos. Nas capas das revistas, as imagenstransformam-se no lugar das relações sociais e produzem uma realidade. Portanto, elas sãomensageiras de verdades em forma de enunciados, disseminando assim um determinado

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discurso. Neste trabalho tem-se como objetivo esboçar uma leitura e análise da imagem deprofessor apresentada na revista Nova Escola, enquanto signo, vista a luz da teoriapeirceana. Salvo, contudo, que uma capa é fundamentalmente imagens e palavrastraduzidas em discursos, além da imagem de professor será considerado o enunciado:“Como alfabetizo todos os meus alunos na 1ª série”; discursos de verdades determinantesde comportamento social. Para fundamentar tal análise, busca-se embasamento teórico nosestudos de Santaella(2002); Foucault(1990); Orlandi( 2005)e Maingueneau (1989).

GRETCHEN E MARGARIDA: a desgraça à luz do amorElisângela Redel (Unioeste)

Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada, Gretchen, Margarida.

Este trabalho discute a trajetória de Gretchen, da obra Fausto. Primeira Parte, deJohann Wolfgang von Goethe, e de Margarida, da obra O Seminarista, de BernardoGuimarães. Não obstante as diferenças cronológicas e culturais que as abrigam, elas têmem comum a abordagem de um tema universalmente discutido: o amor. A comparaçãoentre suas personagens faz-se possível mais ainda pela forma de abordagem do amor: paraelas, ele se revela como elemento causador de destruição, é o elemento de perdição que, acada momento alimentado, consome e destrói suas vítimas.

TOPONÍMIA E MEMÓRIA SOCIAL: um estudo sobre Terra Roxa-PRElizeth Pereira da Silva (Unioeste)

Alessandro Alves da Silva (Unioeste)Márcia Sipavicius Seide (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Toponímia, Terra Roxa, Memória Social.

Objetiva-se apresentar algumas pesquisas feitas através de uma linha documental acerca do Litotopônimo “Terra Roxa” para observar, dentre outras coisas, de que formas amemória social se materializa no ato de denominar, isto é, dar nome a algo. O suporte deanálise é linguístico e extralinguístico, o que quer dizer que leva em consideração tanto olinguístico quanto o social, e se vale, principalmente, da Toponímia, ciência linguística quetem por objetivo investigar o léxico toponímico considerando-o como sendo expressãolinguístico-social que reflete aspectos culturais, históricos e ideológicos de núcleoshumanos existentes ou preexistentes e que estuda as motivações dos nomes próprios delugares.

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ASPECTOS DA REFERENCIAÇÃO EM ENTREVISTAS PUBLICADAS PELAREVISTA CULT

Eviliane Bernardi (PIBIC/Unioeste/PRPPG – Unioeste)Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Referenciação, Objetos-de-discurso, Revista Cult.

Para a realização desta pesquisa, partimos do pressuposto de que a referenciaçãorepresenta uma atividade discursiva, perspectiva essa defendida por autores como Koch(2002), Marcuschi (2002), Mondada & Dubois (2003), cujas pesquisas estão inseridas emuma concepção sociocognitiva e interacional da linguagem. Nessa vertente, a atividade dereferenciação consiste na construção e na reconstrução de objetos de discurso. Nessesentido, as expressões referenciais contribuem para elaborar o sentido, indicando pontos de vista, assinalando direções argumentativas, além de atuarem na progressão e na coesãotextual. Dessa forma, pretende-se, com o presente trabalho, realizar uma análise inicial decomo os elementos referenciais podem auxiliar na construção da argumentação. Para isso,escolheram-se como corpus de pesquisa entrevistas da Revista Cult, com o objetivo deverificar a ocorrência de elementos referenciais presentes na superfície textual e comoesses elementos contribuem para a construção de sentidos e para a coesão textual.Inicialmente, a pesquisa prevê a identificação dos elementos referenciais, passando-se, emseguida, à análise do teor argumentativo garantido pela seleção dos objetos-de-discurso nocorpus selecionado. Espera-se, com esta pesquisa, demonstrar o processo de referenciaçãoocorre primordialmente no interior do discurso, e que o locutor realiza determinadasescolhas lexicais em função de um querer-dizer, o que garante um teor argumentativo.

O LÉXICO SEMÂNTICO-PRAGMÁTICO DO ENTRETENIMENTOINFANTIL: em atividades recreativas

Evelin K. Schmidt (PICV/PRPPG - Unioeste)Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Neologismo, Léxico, Entretenimento infantil.

Apresenta-se um estudo sobre o léxico do entretenimento infantil com base eminformação do campo semântico-pragmático. Tratar-se-á da investigação de itens lexicaisdo português-alemão e a utilização deste, em brincadeiras, no contexto escolar e familiar,por crianças na faixa etária de 10 a 11 anos de idade, na Escola Estadual Vinícius de Morais– Ensino Fundamental, de Alto Santa Fé, Distrito de Nova Santa Rosa, Paraná. Abordar-se-á estudos sobre as unidades lexicais de natureza sociolingüística quemotivaram e, ou motivam o surgimento de neologismos do falar regional desta pequenacomunidade de base rural, observando os elementos extralinguísticos culturais, históricose étnicos, através da coleta de narrativas orais dos alunos e pais.

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A ILUSTRAÇÃO NA OBRA “CHAPEUZINHO AMARELO” DE CHICOBUARQUE.

Evelyn Werner (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Ilustração, Narrativa infantil, Chapeuzinho Amarelo.

O objetivo do presente trabalho é refletir sobre o papel da imagem presente nasobras literárias endereçadas ao público infantil, que além de ser essencial para as criançasantes da aprendizagem da leitura da palavra, prepara o leitor para a leitura de textos denatureza diversa. Para tanto se enfatizará o valor da imagem, o papel que ela exerce dentrode uma obra destinada a crianças e, a partir disso, será apresentada uma análise comparativa da ilustração feita por Ziraldo e da feita por André Letria na obra “Chapeuzinho Amarelo”de Chico Buarque.

ENCAMINHAMENTOS DIDÁTICOS ADOTADOS PARA O TRABALHO COM A DISCIPLINA LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL DO CURSO DE LETRAS

Fernanda Lünkes (Unioeste – Cascavel)Rosana Becker (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Escrita acadêmica; Plano de ensino; Gêneros discursivos.

A presente comunicação objetiva relatar reflexivamente sobre o trabalho que temsido desenvolvido com a disciplina Leitura e Produção Textual do primeiro ano do Cursode Letras da Unioeste – campus Cascavel. Implantada a partir de 2003, quando dareformulação do Projeto Político Pedagógico do Curso, a disciplina tem como focoprincipal o desenvolvimento de práticas de leitura e escrita de gêneros discursivos da esfera acadêmica, a saber: resumos, resenhas e artigos científicos. Nesta apresentação, serãoobjeto de análise: a) ementa; b) objetivos propostos; c) seleção e organização do conteúdoprogramático; d) metodologia e concepção de avaliação. Especificamente, serão relatadosalguns procedimentos didáticos norteadores do trabalho desenvolvido com o gênerodiscursivo resumo escolar acadêmico durante o primeiro trimestre letivo de 2009.

A METALINGUAGEM NA OBRA RETRATOS DE CAROLINA DE LYGIABOJUNGA.

Gisela Johann Recalcatti (PIC/V - Unioeste)Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Metalinguagem, Retratos de Carolina, Literatura.

A metalinguagem vem ganhando espaço e invadiu também a literaturainfanto-juvenil e de uma maneira muito pertinente, indo além da dicotomia ficção versusrealidade e se aprofundando também no rompimento das convenções a respeito da autoria,pois quando há um narrador-autor, dentro do texto literário, surge nos leitores a expectativa de que esse narrador existe e então, a ficção pode parecer realidade. Revolucionariamente,nesse ponto, o leitor precisa ter uma aceitabilidade, em relação ao texto que está lendo, queprovocaria uma postura altamente interpretativa. É nessa área metaficcional que LygiaBojunga, em suas obras mais recentes como Retratos de Carolina, tem inserido seus textos

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literários. Em sua construção literária, a Escritora citada está preocupada com o aspectoestético, o que implica na manipulação da matéria literária. Desta forma esse estudopretende analisar aspetos que da metalinguagem _ a intertextualidade, a recepção do leitor,a linguagem falando de si própria e a escrita falando do ato da escrita- a partir da obraRetratos de Carolina de Lygia Bojunga.

A INTERTEXTUALIDADE NAS OBRAS DE MONTEIRO LOBATOGleika Schlindvein Back (Unioeste)

Luana Aguiar da Silva (Unioeste)Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura infantil, Monteiro Lobato, Intertextualidade.

O presente trabalho visa analisar a intertextualidade nas obras infantis O PicapauAmarelo e o Minotauro de Monteiro Lobato. Nelas, Lobato recupera os personagens doscontos de fadas europeus, figuras da mitologia greco-romana e personagens dos contosorientais d’As mil e uma noites, fazendo com que tais personagens dialoguem com osheróis do sítio, num universo onde realidade e fantasia coexistem, se alteram e seconfundem. Para realização desse trabalho busca-se o embasamento teórico em autorescomo: Koch, Travaglia e Dominique Maingueneau, especialmente em relação à definiçãode intertextualidade.

FUNÇÕES DO OPERADOR ARGUMENTATIVO E EM CRÔNICAS DEARNALDO JABOR

Graziele Boff (Mestrado – Unioeste)Profa. Dra. Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Argumentatividade; Operador argumentativo; Conjunção “e”.

Este trabalho tem por proposta analisar o uso do operador argumentativo e nointerior de textos opinativos. Pretende-se verificar quais funções esse operador exerce naconstrução de encaminhamentos argumentativos. O corpus que compõe esta pesquisacompreende 34 textos de teor opinativo, de autoria de Arnaldo Jabor, extraído da obraPornopolítica: paixões e taras da vida brasileira. Para a análise, tomamos por base Ducrot(1989), para quem a marca da relação argumentativa encontra-se na própria estruturasemântica, uma vez que considera o argumento a partir de diretivas que levam a umadeterminada conclusão. Esse processo seria realizado por meio de morfemas que servempara levar os argumentos a terem uma relação de menor ou maior força para umadeterminada conclusão. A análise toma os vários perfis do e, partindo do pressuposto doque Koch (1987) denomina da busca pela adesão do outro. Para a autora, há na línguamecanismos que podem ser usados na estruturação do texto para direcionar aargumentação. Sendo assim, as funções assumidas por um elemento do porte do e auxiliamna tarefa de provocar diferentes efeitos de sentido, os quais são variáveis justamente peloaspecto de aparente neutralidade desse conector. Espera-se, com esta pesquisa, contribuirpara o entendimento das funções que os conectores assumem principalmente na orientaçãoargumentativa no interior de textos opinativos.

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DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL: a aprendizagem de inglês na escolapública

Profa. Ms. Isis Ribeiro (Unioeste/Foz do Iguaçu)

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos, DCE, Ensino de inglês.

As abordagens e métodos de ensino de língua estrangeira, ao longo da história,estiveram baseados em diferentes pressupostos teóricos acerca da natureza dalíngua/linguagem, os quais motivaram diferentes estratégias didáticas e a prática dediversos professores. Atualmente, diversas pesquisas em lingüística aplicada acerca doensino de línguas são orientadas pela concepção de língua enquanto prática social, ou seja,considerando que a linguagem não é neutra, e sim uma construção histórica e cultural,dotada de sentido e ideologia, pois é através da língua que diferentes discursos se realizam(BAKHTIN, 1997; CRISTOVÃO, 2001; MARCUSCHI, 2002; MOITA LOPES, 1996;PAIVA, 2005). Neste sentido “a língua estrangeira apresenta-se como espaço para ampliaro contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos deconstrução da realidade” (PARANÁ, 2008 p. 53). As Diretrizes Curriculares do Estado doParaná (DCE) para o ensino de língua estrangeira foram elaboradas a partir destaconcepção de língua, que contempla os diferentes discursos e as relações sociais nelesmanifestas. Assim, o conteúdo estruturante escolhido para atender a perspectiva de que alíngua é um “espaço de construção de sentidos” foi o Discurso como prática social,concretizado em diferentes gêneros que circulam em uma variedade de espaçosdiscursivos. O objetivo desta comunicação é apresentar exemplos práticos de atividadesem que a proposta da DCE vem sendo implantada no ensino de inglês em turmas de 5ª e 6ªséries em um colégio estadual de Foz do Iguaçu.

REPRESENTAÇÃO DE GÊNERO EM LIVROS DIDÁTICOS E NASHISTÓRIAS DAS CRIANÇAS

Prof. Ms. Ivone Maria Battistela (SEED/PR)

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático, identidade, gênero.

Levando em consideração de que a criança constrói sua identidade através de suainteração com as diferentes práticas sociais que estão disponíveis a ela, e de que alinguagem visual e a linguagem escrita presentes nos livros didáticos é um meio quedisponibiliza tais práticas, este trabalho tem o intuito de apresentar uma análise sobre arepresentação de gênero feminino (meninas e mulheres) e masculino (meninos e homens)em livros didáticos, e a influência dessa representação nas histórias escritas por crianças. Omaterial analisado foi uma coleção de quatro livros das quatro primeiras séries do ensinofundamental, e onze textos produzidos por crianças entre 8 e 10 anos. A metodologiaadotada para a análise foi qualitativa. Em conclusão, percebeu-se uma visão aindatradicional da representação de gêneros representados nos livros; em relação aos textosproduzidos pelas crianças, percebeu-se que houve uma correlação da análise dos livros emrelação a alguns aspectos.

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INTERDISCIPLINARIDADE: a Guerra de Canudos e Os Sertões de Euclides daCunha

Jael dos Santos (Unioeste)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Material didático, Pré-Modernismo, Estratégias de leitura.

Para se entender uma obra literária qualquer, é necessário que se conheça também o contexto histórico que a abriga. Não que a obra não tenha significado por si e que ocontexto histórico venha a justificar tudo o que ela contém, anulando a individualidadeinclusive estilística de seu autor. Num estudo didático, contudo, o conhecimento docontexto histórico coopera para discussões acerca da obra num âmbito mais amplo, queprocura investigar sua temática, suas formas de expressão, bem como as próprias opções de seu autor. O caminho inverso também é possível, ou seja, pode-se buscar apoio em textosliterários para a ilustração ou mesmo explicação de um determinado contexto histórico.Neste sentido, este estudo propõe estratégias para a formulação de um material didáticosobre a Guerra de Canudos que, não obstante estar abrigado no interior da área de Históriado Brasil, busca utilizar trechos da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, numa relaçãointerdisciplinar. Seu foco recai sobre as cooperações da História para a elaboração de talmaterial.

MISÉRIA, OPRESSÃO E VIOLÊNCIA: o caipira na perspectiva de GracilianoRamos e Monteiro Lobato

João Paulo Frai (Unioeste)Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Infância, Urupês, Vidas Secas.

Partindo da análise dos contos “Bucólica” e “Urupês”, de Monteiro Lobato, e dasobras Vidas Secas e Infância, de Graciliano Ramos, neste trabalho objetiva-se discutir ascondições de miséria e abandono do trabalhador rural brasileiro no final do século XIX einício do século XX. Apesar dos escritores tratarem de regiões geográficas distintas – um osemi-árido nordestino e outro o interior paulista – ambos perceberam o abandono ao qualestava sujeito o homem do campo e apontam algumas das mazelas da sociedade brasileiranas primeiras décadas do século XX. Embora de perspectivas diferentes – Lobato sob aótica elitista e distanciada do latifundiário, Graciliano Ramos justapondo-se à perspectivado caboclo oprimido – ambos apresentam o coronelismo como fator preponderante nocontexto rural da Velha República. Este sistema político, vinculado à Republica Velha,substituiu o patriarcalismo monarquista, mas manteve o trabalhador rural na ignorância ena miséria. Graciliano Ramos e Monteiro Lobato percebem a violência à qual estavamsubmetida as crianças daquele período. Diante disso, este trabalho buscará, além de se aterà miséria rural, compreender a violência contra a criança relacionando-a às origenspatriarcais herdadas dos colonizadores europeus, aos fatores religiosos, políticos eeconômicos vigentes na época.

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ESTUDO DO FILME VEM DANÇAR SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DODISCURSO

Job Lopes (PIBIC/CNPq – Unioeste)João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Filme, Representações, Discurso

O presente estudo desenvolve uma análise do filme Vem Dançar, sob o viés daAnálise do Discurso de linha francesa, buscando verificar as representações construídas do professor Pierre Dulaine, interpretado por Antônio Banderas. Uma das causas quejustificam a pesquisa é à busca da compreensão do motivo de construção da imagem doprofessor. Além disso, analisa-se como este docente tenta ajudar seus estudantes, nosdiferentes contextos em que eles se encontram. O seu discurso não é só examinado noâmbito escolar, numa relação pedagógica entre professor/aluno, mas nos diversosambientes em que esse personagem se apresenta. O objetivo geral desse estudo visa a umaanálise discursiva das representações que o longa-metragem constrói sobre o professor,preocupando-se com os propósitos textuais, com a explicação das formas narradas e com odiscurso construído sobre o elemento fundamental do método ensino-aprendizagem. Ametodologia usada para a pesquisa está inserida na perspectiva da Análise do Discurso, ouseja, unindo texto e contexto. Para Análise do Discurso, o sentido é um resultado desubstituição de expressões, conforme o contexto, a cultura e as experiências adquiridaspelo locutor, que passa conceber a experiência a partir das condições que sua formaçãodiscursiva possa lhe oferecer para esse julgamento. Assim, passa-se a analisar as produções narradas do educador no filme, relevando a cultura onde ele está inserido, para que se possacompreender a razão do filme em apresentá-lo dentro da formação discursiva e ideológica,na qual ele é colocado.

O BRINCAR COMO RECURSO DE APRENDIZAGEMJocielly Marques de Oliveira Citon (Unioeste)

Greice da Silva Castela (Unioeste - Orientadora)Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Brincar, Extensão, Ensino-aprendizagem.

Desde muito, vem sendo realizados estudos acerca da importância do brincar noprocesso de desenvolvimento da criança. No entanto, a utilização desse método, aindadeixa a desejar, já que muitos professores não desenvolveram o hábito de levarbrincadeiras e jogos para a sala de aula, seja por acreditarem que não estarão realizando umtrabalho sério ou por não terem esses recursos ou apoio. Tendo em vista que privar osalunos do “brincar” pode resultar em danos futuros, principalmente em se tratando decrianças pertencentes às séries iniciais, desenvolvemos duas oficinas intituladas ‘O brincarcomo recurso de aprendizagem’ e ‘Jogos pedagógicos na prática de sala de aula’, a fimcolaborar com a ação dos professores. O presente artigo tem o objetivo de relatar aexperiência destas duas oficinas, as quais foram ministradas nos projetos de extensão“Leitura em ação: formando cidadãos”, parceria da Unioeste com a Secretaria de Estado daCiência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) junto a professores do município de TrêsBarras do Paraná – PR, e “Interação entre os processos de leitura e formação de leitores”,

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vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da Unioeste, tendo sido oferecida a acadêmicos eprofessores da área de Letras e Pedagogia em Cascavel.

A JANGADA DE PEDRA: em busca do resgate da identidade portuguesaJoice Oliveira Noll (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Identidade, Passado, Portugal.

A obra “A Jangada de Pedra, do escritor José Saramago, é uma busca pelo resgateda identidade histórica e social portuguesa. Portugal está preso a sua identidade passada –fase heróica, período das Grandes Navegações, expansão do império, enriquecimento doreino; que foi de forma esplendorosa narrada por Camões em sua obra prima “Os Lusíadas” – não consegue se inserir no mundo globalizado do presente que pretende impor umaidentidade global.

O GÊNERO PROPAGANDA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE DOCENTESJosé Vinicius Gouveia Torrentes (PG-Unioeste / Bolsista Seti)Greice da Silva Castela (Unioeste/ PG – UFRJ - Orientadora)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Extensão, Propaganda, Pocentes.

O artigo tem como objetivo mostrar os resultados da oficina ‘Publicidade ePropaganda’ aplica no projeto de extensão “Leitura em ação: formando cidadãos”, inserido no Programa Universidade Sem Fronteiras da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior (SETI), voltado para capacitação de professores de séries inicias deescolas rurais e urbanas da rede municipal situadas em Três Barras do Paraná. Essa oficinatambém foi ministrada no projeto de extensão intitulado “Interação entre os processos deleitura e formação de leitores”, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da Unioeste edestinado à comunidade e a alunos do curso de Letras e Pedagogia. Relatamos asexperiências com a oficina e os resultados obtidos. A partir de fundamentação teóricavoltada para publicidade, propaganda e leitura, trabalhamos a relevância e as possíveisleituras do gênero propaganda, a fim de contribuir para que os docentes despertem em seusalunos a motivação pela leitura, o interesse pelo gênero e a compreensão crítica deste,observando a influência que a propaganda exerce no consumo em nossa sociedade.

VALORES MORAIS VERSUS PODER AQUISITIVO NO CONTO OENFERMEIRO DE MACHADO DE ASSIS

Josiane Cristina Neri (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Consciência, Valores, Sociedade.

Este trabalho presta-se a verificar e analisar como no conto O Enfermeiro, deMachado de Assis, a consciência de Procópio entra em conflito num paradoxo, ora se

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sentindo culpado, ora inocente do crime que cometeu e, ainda, como Machado de Assis fazuma crítica à sociedade capitalista da época, demonstrando ironicamente a influência dopoder aquisitivo e questionando, ao mesmo tempo, a essência moral dos valores humanos.

O LÚDICO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR Juliana Cristina Ribeiro (Unipar)

Patrícia Siveres (Unipar) Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Brinquedoteca Hospitalar, Hospital; Lúdico

A Pedagogia Hospitalar compreende os procedimentos necessários à educaçãode crianças e de adolescentes hospitalizados de tal forma a desenvolver uma singularatenção pedagógica aos escolares internados e ao próprio hospital na concretização de seusobjetivos. Uma vez verificada a ação pedagógica nos hospitais, percebe-se a necessidadede uma contribuição especializada, sempre objetivando o melhor à criança, ou adolescente, hospitalizado na idade escolar. Dentro do enfoque formativo, centrado na pessoa, torna-serelevante o conhecimento e a formação do pedagogo, bem como a aprendizagem quanto asua ação em hospitais pediátricos, que nasce da convicção de que criança e adolescente, emidade escolar, não devem interromper o seu aprendizado. Assim, na brinquedotecahospitalar, um espaço criado para favorecer o brincar, fazer novas descobertas, recebernovos estímulos, pretende-se resgatar o lúdico e a ludicidade infantil com o intuito desalvaguardar a infância, nutrindo-a com elementos indispensáveis ao crescimento dospacientes, embora estes estejam afastados de seus afazeres escolares. Pretende-se aqui,apresentar uma revisão bibliográfica sobre o lúdico na Brinquedoteca Hospitalar, visto queeste artigo é a primeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1ºAno de Pedagogia – Campus Toledo – Universidade Paranaense, no decorrer do ano de2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população da região oeste doParaná, sobre os benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.

REVISTA VEJA E A SUPERIORIDADE DOS ASIÁTICOS EM “CULTURA DOSUCESSO”

Juliana Karina Voigt (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso, Revista Veja, “Cultura do sucesso”.

O trabalho que aqui se apresenta tem por objetivo analisar os efeitos de sentidosveiculados por Veja sobre a educação nacional. Para tal, faz- se uso da matéria “Cultura dosucesso” publicada no dia 23 de maio de 2007, edição 2007. A Revista Veja é o semanáriomais vendido no Brasil e ocupa a quarta posição em vendas no cenário mundial e, como tal,apresenta-se em um lugar privilegiado no que diz respeito à formação de opinião pública.Por esse motivo, busca-se entender qual é a construção discursiva utilizada pela revistapara cristalizar determinados conceitos. Tendo como aporte teórico a Análise do Discursode corrente francesa (AD), faz-se ainda, observações sobre a materialidade lingüística dotexto e, por conseguinte, de uma gama de pressupostos que evidencia qual é o discurso darevista sobre educação.

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IMAGENS PICTÓRICAS EM O ENFERMEIRO (1999) – MARIO FARIASJulie Fank (Unioeste)

Acir Dias (Unioeste – Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Pintura, Cinema, Machado de Assis

Na tentativa de compreender as significações no universo da Arte, a presenteproposta de pesquisa buscará compreender as intersecções dos dizeres artísticos e aconstrução de signos imagéticos na Pintura e no Cinema. Para isso pautaremo-nos numaabordagem teórico-metodológica da Literatura Comparada para a leitura crítico-analíticado filme O Enfermeiro (1999), de Mario Farias, baseada em obra literária de mesmo nome,do machado de Assis. A investigação da construção das personagens através dos signosimagéticos no cinema servirá de base para um posterior levantamento iconográfico designos representativos da figura do “velho” e do “enfermeiro” e sua construção muitomarcada pelo contraste claro x escuro, encontradas também nas obras de Caravaggio eRembrandt. Dessa forma, se procurará perceber as relações dialógicas existentes entreesses signos e os meios de expressão que o representam e a significação por eles produzida,tanto sob a perspectiva da pintura, quanto sob a perspectiva do cinema.

GÊNERO DISCURSIVO MANGÁ: um percurso por sua históriaKaline Cavalheiro (Unioeste)

Rosana Becker (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Gênero discursivo, Mangá, Contexto de produção.

Este trabalho, fundamentando-se no conceito de gênero discursivo (Bakhtin, 1997)e nas reflexões sobre gênero textual apresentadas por Marcuschi (2006) analisa o gêneroliterário mangá. A partir de um panorama histórico de sua origem no Japão do período Nara a sua evolução até os dias de hoje, apresentam-se as modificações pelas quais esse gêneropassou, tanto na escrita como no desenho. Relacionam-se as características deste gênerotextual ao perfil de estilos de escrita e de desenho. No Japão o gênero textual mangáapresenta-se em uma grande diversidade de estilo, traçado, conteúdos, temáticasdependendo da faixa etária do público leitor a que se destina. A terminologia adotada noJapão para definir esta variedade é a seguinte: shonen mangá, mangá para meninos; shoujomangá, mangá para meninas, yonenshi mangá, mangá para crianças, shonensi mangá,mangá para adolescentes, yangushi mangá para jovens adultos, seinenshi ou otonashimangá, mangá para adultos, gekigá mangá, que é uma corrente mais realista voltada aopúblico adulto e, ainda, os gêneros seinen mangá, para homens jovens e josei mangá paramulheres.

A PROBLEMÁTICA DA POLÍTICA LINGUÍSTICA DA UNILAKarina Mendes Thomaz

PALAVRAS-CHAVE: política lingüística, UNILA.

Em final de 2007, assina-se o projeto de lei que cria a UNILA - UniversidadeFederal da Integração Latino-Americana - com sede na cidade de Foz do Iguaçu. A

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previsão de início das atividades da instituição é o segundo semestre de 2009. A políticalingüística da instituição prevê que a seleção docente e discente ocorra em português e emespanhol. Essa decisão contraria o histórico exclusivista e proibitivo das políticaslingüísticas adotadas no Brasil desde a colonização do país. Tendo como objetivo geraldivulgar e conscientizar sobre a política lingüística da UNILA, a presente pesquisafundamentará a expressão política lingüística, discorrerá sobre o histórico das políticaslingüísticas adotadas no Brasil, exporá as orientações do Mercosul no tocante à políticalingüística do bloco regional e problematizará o objeto da pesquisa propondo, por fim,ações que transcendem o âmbito interno da UNILA. A dominação lingüística é um fato. Ese o dominado não souber por que meios está sendo dominado mais fácil é de se evitarrevoltas contra a dominação. Se não se conhece a localização das tropas dos inimigos, o que atacar? Se hoje não há a valorização das línguas do território nacional, se hoje se tem quelutar pela implantação de um sistema que atente para a questão da política lingüística,deve-se olhar para a história desse país e encontrar em uma série de ações contra as línguasa razão da atual situação do país. Nessa trajetória, a população brasileira é vítima e não aculpada por não pensar a língua.

O PODER NA OBRA DE RUTH ROCHAKarine Cristine Leonardo Inácio (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

Taiana Grespan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura infanto-juvenil, Ruth Rocha, Poder.

Ruth Rocha viveu num período, de 1964 a 1984, conturbado na política nacional,que foi a ditadura militar brasileira. Durante este período, as pessoas não podiamexpressar-se, não podiam dizer o que queriam sobre o governo ou denunciar a censura. Mas a autora conseguiu tais objetivos através da literatura: a literatura para crianças,considerada um gênero “menor”.Neste ambiente ditatorial, suas obras representavam seusquestionamentos diante das situações vividas, seu descontentamento com as injustiças doperíodo militar, com a censura. A autora era contra a literatura pedagógico-moralizante, eacreditava no seu papel de formação dos cidadãos. Combatia a literatura de causa (tomadade posição), porém, pelo contexto político da época acabou tornando-se utilitarista(defendia claramente uma causa – era da esquerda política). Escreveu sobre vários temas,inclusive literatura pedagógica. Mas o tema que predomina em sua obra é o poder, e nãosomente o poder do Estado, mas o poder em todas as esferas sociais: o poder na família, naescola, entre os colegas e até mesmo o poder da palavra e da língua. Ruth, através dalinguagem metafórica, deseja que as crianças associem as suas histórias às situações nasquais elas vivem, assim, instigando-as a questionarem sobre os diversos abusos de poder.

Em seu principal livro, Marcelo, marmelo, martelo, Ruth, além de discutir anecessidade de uma organização e padronização da linguagem, estimula os leitores aquestionarem o “porquê” das coisas, e assim, cumprindo com a sua responsabilidade comoescritora: a de formar cidadãos críticos e ligados com o mundo.

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RELIGIÃO E GÊNERO: um estudo comparativo de personagens femininas emromances do final do séc. XIX e da sociedade contemporânea

Kayanna Pinter (Unioeste)Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Antropologia da arte, Literatura, Gênero.

A presente comunicação tem por objetivo apresentar uma relação entre a literaturarealista do século XIX e a literatura brasileira contemporânea, tendo como pano de fundo aconcepção de religião destas duas épocas. Para que este estudo fosse realizado, duas obras e suas personagens femininas são tomadas como representações paradigmáticas da mudança de concepção da religião nessas duas épocas históricas. A partir do surgimento do romancecomo gênero literário, no século XIX, a crítica a toda uma sociedade e seu sistemaeconômico foi ainda mais difundida, se estendendo aos dias atuais.. Neste contexto, aspersonagens femininas têm um papel fundamental em determinadas obras literárias, tantona literatura realista – ou humanista – do século XIX quanto nas obras literáriascontemporâneas. Esse papel é visível na representação de Amélia, principal personagemfeminina presente na obra “O crime do padre Amaro”, de Eça de Queirós e também deValeska, protagonista do conto “A senhora que era nossa”, de Marcelino Freire.Considerando as representações dessas duas personagens, observamos que são figurasopostas, em virtude do momento de criação dessas narrativas. Enquanto Amélia épraticamente a figura do pecado por ter seduzido Amaro com o frescor de sua juventude,Valeska é a figura da salvação mundana procurada pela religião.

O BOTICÁRIO: igualdade x subjetividade Keli Adriana Vidarenko da Rosa (Unioeste)

Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste - Orientador

PALAVRAS-CHAVE: O Boticário, Análise do Discurso, Efeitos de sentido.

A análise da propaganda (vídeo) “Repressão” da marca “O Boticário” tem porobjetivo analisar o uso de algumas estratégias discursivas que buscam criar no leitor efeitos de sentido articulados à beleza, à sociedade e à sensualidade e que visam persuadi-lo acomprar os produtos da marca em questão. Será enfatizada a relação entre as linguagensenvolvidas, percebendo não apenas o dito, mas as condições de produção do que se diz.Esse estudo se valerá do método retrodutivo, em que as cenas da propaganda serãodesmontadas, partindo do produto final em direção ao inicial, buscando entender algunsdos efeitos de sentido propagados por este vídeo propagandístico.

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UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM A LINGUAGEM PUBLICITÁRIALiliane Alcântara (Unioeste)

Rosana Becker Fernandes (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Anúncios publicitários, Prática de ensino, Análise deresultados.

O objetivo desta comunicação é apresentar reflexões a respeito do trabalhodesenvolvido com o gênero textual “anúncios publicitários” junto a alunos de duas turmasde 8ª séries e uma turma de 1º, 2º e 3° anos do Ensino Médio de um colégio da rede públicade ensino da cidade de Cascavel. Tal experiência foi decorrente das atividades de estágiosupervisionado de Prática de ensino de Língua Portuguesa do curso de Letras Unioeste –Cascavel, no ano de 2007. De forma específica refletiremos sobre a) a seleção do conteúdoe do material utilizado; b) a necessidade de aprofundamento teórico; c) elaboração do plano de aula, estabelecendo relação com o planejamento anual da disciplina na escola; d)necessidade de elaboração de material de apoio; e) análise da metodologia trabalhada. Parafinalizar a comunicação, serão analisadas algumas produções dos alunos.

A MELANCOLIA PRESENTE NA OBRA HAMLET, DE WILLIAMSHAKESPEARE

Liziane Regina Paiz (Unioeste)Paula Kracker Francescon (Unioeste)

Valdomiro Polidorio (Unioeste - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Melancolia, Hamlet, Universalidade.

Neste trabalho, teremos como objetivo apresentar algumas reflexões sobre apresença do sentimento da melancolia na obra Hamlet, de William Shakespeare. Estedramaturgo inglês é conhecido pela universalidade e atemporalidade de suas obras. Isso sedeve ao fato de que Shakespeare apresenta assuntos e discussões sobre sentimentoshumanos que são compreendidos e discutidos até os dias de hoje, apesar de o mesmo terescrito no século XVII. Assim, procuraremos refletir sobre o conceito de melancolia apartir de Freud (1969), observando como que a mesma é apresentada no texto da peça deShakespeare. Dessa forma, a partir da análise desse aspecto da natureza humana na obrashakespeariana, será possível, portanto, representar as características de atemporalidade euniversalidade pelas quais as obras de Shakespeare são altamente aclamadas.

O QUE ESTÁ ERRADO NA EDUCAÇÃO?Lucia Sehnem Gauer

PALAVRAS-CHAVE: Educação, Reflexão, Evolução.

Sempre que se faz uma reflexão sobre o fracasso escalar, procura-se um culpado,quando na verdade é um conjunto de desajuste entre escola, aluno, comunidade,governantes e a evolução da sociedade. Enquanto não houver uma sintonia um trabalho emconjunto, ficara difícil uma educação de qualidade, ou seja, que face sentido na vida doeducando. Uma reflexão, sobre o modelo de escola, que, apesar do desenvolvimento e da

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maior acessibilidade à tecnologia, continua praticamente o mesmo: alunos, divididos emgrupos por faixa etária, em salas, e um professor na frente ditando as regras. Muitas escolas, ainda não incorporaram os computadores e as novas tecnologias como instrumentosessenciais do cotidiano, bem como muitos professores ignoram, ou proíbem o uso datecnologia pelos alunos, porque há certa resistência ao desconhecido. De nada adianta aescola entupir o aluno de informação, conteúdo, se a função principal deveria ser inspirar oaluno, ensinar a pensar, a resolver problemas, ou seja, construir uma aprendizagemagradável, interessante, significativa e capaz de se mostrar autônoma, permitindo aoeducando o uso desses saberes para a conquista de muitos outros.

AS DUAS FACES DO DISCURSO ECOLOGICAMENTE CORRETO Luciane Lucyk Bartmanovicz (Unioeste)

Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Efeito de sentido, Ecologia.

Para analisar o discurso publicitário, especificamente no que diz respeito apropagandas, deve-se verificar que ele é criado a partir de um efeito buscado; é necessário,portanto, detectar o efeito de sentido que ele provoca. Este trabalho tem por objetivoanalisar os efeitos de sentido de duas propagandas que utilizam o tema do ecologicamentecorreto, contrapondo-as entre si. A primeira, da Ong WWF Brasil, utiliza efetivamente odiscurso com o objetivo de preservação ambiental com o seguinte slogan: “Uma hora vaivoltar pra você. Conserve seu planeta, ainda dá tempo”. A segunda, da empresa Grendene,que divulga a sandália Ipanema, tem por finalidade a venda de um produto, associando amarca à preservação ambiental. Buscar-se-á identificar qual a relação dessas propagandascom o tema, como elas dialogam entre si e o que as diferencia. Unir-se-á o texto escrito comas imagens expostas, relacionando ambos ao contexto histórico-cultural. Será utilizada ateoria da AD como suporte de análise, pois ela é uma teoria que trabalha com as relaçõesentre a língua e o sujeito, mediadas pela ideologia, ficando aberta ao dito e ao não-dito. Apropaganda é um gênero discursivo que se vale da linguagem, assim como os demais, paraestabelecer um efeito de sentido entre objetos e pessoas. O discurso eminente nestetrabalho está voltado para um “jogo” dos sujeitos e dos sentidos que se entrelaçam e se (re)significam por meio das vozes do simbólico (exploração X preservação).

IMIGRAÇÃO ALEMÃ: um estudo sobre cartas familiaresLuciane Watthier (Unioeste)

Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Linguagem, Cultura, Identidade.

Considerar a linguagem numa concepção sociocultural é tratá-la como umaatividade social, um conjunto de signos capaz de representar o real e, portanto, produto deuma necessidade histórica do homem, criado devido à necessidade de trocar experiências ede se organizar socialmente. Tendo a carta familiar e/ou pessoal como corpus de pesquisa,o estudo busca analisar peculiaridades fônicas, semânticas e pragmáticas da época em queforam escritas, bem como a identidade das pessoas envolvidas no processo de interação

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(escritor e destinatário), aspectos os quais são revelados por meio da linguagem. Dessaforma, objetiva-se analisar cartas familiares de um falante bilíngue alemão/português,escritas na década de cinquenta do século passado, identificando os traços acima citados,bem como o resultado do contanto entre estas línguas. Para tanto, o aporte teóricosustenta-se em Bakhtin (2004) e Hall (2006), entre outros, os quais apresentam reflexõesacerca de língua, cultura e identidade, a partir dais quais a reflexão se volta,particularmente, à cultura alemã, o que será utilizado como base para as análises a seremrealizadas.

RELAÇÃO LETRA/MÚSICA: aspectos de modalização na música Palhaço (Maisclara, mais crua), de Egberto Gismonti

Luciano Dallastra (Unioeste/Cascavel)

PALAVRAS-CHAVE: Modalização, Letra, Música.

Este trabalho pauta-se na análise de alguns elementos que constituem umacanção, a saber: música e letra (com enfoque nos elementos modalizadores).Considerando-se a riqueza da música brasileira, tanto quando se fala em melodia, harmonia ou ritmo e também quando se refere ao texto, o corpus de análise para este trabalho éformado por uma canção do compositor brasileiro, radicado na Europa, Egberto Gismonti,considerado um gênio, tanto no papel de músico quanto no de compositor. Em princípio,selecionou-se a música Palhaço do álbum Circense, do referido artista. A proposta paira na análise dos elementos lingüísticos modalizadores que reforçam a temática proposta para aletra e, em forma de cotejo, projeta-se análise dos efeitos de sentido que o arranjo musical eo improviso gravado pelo saxofonista Mauro Senise acarretam. Parte-se da hipótese de quea modalização lingüística imprime valores que, sob nossa expectativa, variam do grau maispróximo ao mais distante, em termos de engajamento. A modalização processada peloarranjo pode demarcar um alto grau de engajamento (o artista empenha-se de tal forma quese aproxima da ficção do que é a verdade) ou mesmo um grau de distanciamento. Assim,embasando-se nas teorias acerca de modalizadores do discurso e também na teoria musical, pretende-se, com este trabalho, apontar indícios de como a melodia, a harmonia e ritmopodem oferecer aspectos de modalização, assim como o material lingüístico. Para tanto,será analisada a junção letra e música de tal forma que se possam evidenciar os efeitos desentido provocados pelo arranjo musical e pela letra.

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS NO PORTUGUÊSBRASILEIRO: o caso dos prefixos

Luizane Schneider (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Morfologia, Prefixos, Léxico.

Os processos de formação de palavras são os mecanismos linguísticos maiseficazes presentes na renovação do léxico, pois é por meio deles que a língua opera demaneira eficiente para o surgimento de novos itens lexicais. Desse modo, este trabalhoapresenta uma revisão do tratamento dado aos prefixos a partir de uma perspectiva datradição gramatical, bem como da teoria linguística dedicada ao estudo da morfologia em

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geral. De início, abordam-se autores consagrados de gramáticas normativas, como Said Ali (1971), Cegalla (1978), Bechara (s/d), Sacconi (1984) e Cunha & Cintra (2007). Emseguida, discutem-se algumas referências que tratam da questão prefixal a partir de umavisão mais voltada à teoria linguística: citam-se Cabral (1974), Sandmann (1992), Rocha(1998), Laroca (2003) e Basilio (2004). Dessa sondagem teórica considera-se que osprefixos têm características específicas que o tornam parte do processo de derivação, umavez que são formas presas, isto é, são partes integrantes das palavras, apresentam umaidentidade semântica e funcional e não se adjungem a qualquer base.

ESTRANGEIRISMOS: influência no léxico da cidade de Foz do IguaçuMacirlene Lima de Leite Queiroz (Unioeste/Foz do Iguaçu)

PALAVRAS-CHAVE: Empréstimos, Dicionário, Ocorrências

Este trabalho trata da influência das palavras de origem estrangeira no léxico doportuguês utilizado na cidade de Foz do Iguaçu. Nele são encontradas informações arespeito da forma como este processo de formação de palavras ocorre, da origem dosempréstimos, dos tipos de estrangeirismos e de seu comportamento na língua receptora,além de discussões envolvendo o emprego de estrangeirismos ao longo do tempo, entreteóricos estudiosos do português. Este trabalho traz ainda informações a respeito domunicípio de Foz do Iguaçu e de características de composição desta cidade que justificamo estudo dos empréstimos lexicais neste local, além de ocorrências do emprego deestrangeirismos, devidamente fotografadas, verificadas em placas, fachadas e painéis, amaioria em estabelecimentos do comércio, na região centro-sul do município. Por fim estetrabalho traz um confronto entre as ocorrências registradas na cidade e os dicionários delíngua portuguesa Houaiss e Aurélio, onde foi verificado se as palavras contidas nas fotoscapturadas constam como entradas no léxico do português, e considerações a respeito dacontribuição dos empréstimos para o enriquecimento da língua.

PEDAGOGIA HOSPITALAR E SUA ATUAÇÃO NA BRINQUEDOTECAHOSPITALAR

Márcia Elaini Luft (Unipar/Toledo) Mônica Brandt Kochen (Unipar/Toledo)

Noeli Pufal Schula (Unipar/Toledo - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar, benefícios

A Pedagogia Hospitalar consiste em dar atendimento às crianças hospitalizadasque por estarem enfermas estão afastadas de seu ambiente. Neste contexto faz-senecessário um atendimento diferenciado, para que o tratamento da enfermidade seja menos doloroso e mais eficaz. Por isso, a Brinquedoteca Hospitalar torna-se indispensável nosentido de auxiliar na recuperação dos pacientes, pois interagindo com os brinquedos acriança volta a sonhar e se sentir mais saudável e feliz. Percebe-se que neste ambienteocorrem mudanças de comportamento positivas, já que as crianças passam a aceitar asmediações e o tratamento de maneira mais tranqüila, consegue ver a equipe médica como

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amigos que tem por finalidade auxiliá-los na sua enfermidade. Objetiva-se aqui apresentaruma revisão bibliográfica sobre Pedagogia Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar e osbenefícios que esta apresenta. Este artigo é a primeira parte de um projeto que serádesenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano de Pedagogia – Campus Toledo – UniversidadeParanaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimentoda população da região oeste do Paraná, sobre os benefícios da Brinquedoteca Hospitalarem um hospital.

O TEXTO COMO OBJETO DE ENSINO E APRENDIZAGEMMargarete Aparecida Nath (Unioeste/PDE)

Terezinha da Conceição Costa-Hubes (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Ensino. Análise lingüística

O presente estudo tem como finalidade discutir o texto como objeto de estudo e de investigação linguística. Consideramos que o educando está cercado de textosconfigurados nos mais diversos gêneros que atendem a diferentes situações sociais de usoda língua. Pretendemos a partir dos estudos teóricos sobre o texto, realizados por MickhailBakhtin, João Wanderley Geraldi, Roxane Rojo, Jean Paul Bronckart, Joaquim Dolz eBernard Schenewly, entre outros, apresentar uma análise lingüística considerando ogênero história em quadrinho. Entendemos o gênero textual como um todo organizado,que cumpre uma dada função social, partindo de interlocutores reais situados socialmentee, ainda, que o contexto social de produção interfere na produção do gênero. Considerar otexto / gênero como instrumento de ensino é oportunizar ao aluno uma reflexão mais críticae consciente da função social que o texto cumpre na sociedade e de como a linguagem estáassociada às nossas práticas diárias, independente do lugar social que ocupemos.

OTIMISMO E DESENCANTO DE JULIEN SOREL: espelho das instabilidadessociais e históricas

Maria Carolina Payão de Almeida (UEL)Profa. Dra. Edna Salla (Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Perfil psicológico, Aspetos sociais, Contexto histórico.

O presente estudo apresenta, como objetivo, uma análise acerca do perfilemocional, psicológico e social de Julien Sorel, protagonista de O Vermelho e o Negro, deStendhal, autor expoente do Realismo francês. Reiteradamente mencionado no decorrer do romance, observa-se que o contexto histórico adquire grande relevância na medida em quese torna uma espécie de leitmotiv que legitima os pensamentos, as ações e oscomportamentos do personagem. Ressalte-se que as atitudes e as ambições de Julienespelham os costumes e as práticas da sociedade francesa no período da Restauração.Muitas vezes, indiferente às intrigas que o rodeia, Julien mantém-se concentrado em seusinteresses, e o fascínio e a admiração por Napoleão Bonaparte, figura que passa a ser a suafonte de inspiração, é o perfeito exemplo de força para atingir seu objetivo dereconhecimento e prestígio na sociedade que acaba por ingressar. Considerando-se seuperfil emocional, suas decisões e suas atitudes, percebe-se que Julien é, na verdade, fruto de

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uma sociedade abalada pelas instabilidades sociais e, sobretudo, pelos problemas queemergem no momento da pós-revolução.

TRANSFORMAÇÕES NOS SABERES LINGÜÍSTICOS NA PASSAGEM DOSÉCULO XIX AO XX: questões referentes a dicionários de língua espanhola

Mariana Girata Francis (Unioeste/ PG-UEL)Dra. Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão (UEL – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Lexicografia, Língua espanhola, Instrumento lingüístico.

O trabalho a ser exposto constitui uma breve reflexão sobre o discursolexicográfico no que se refere às características de dicionários de língua espanhola natransição do século XIX para o XX. Consideraremos, para desenvolver a análise, conceitosprovindos da História das Idéias Lingüísticas (HIL) e da Análise do Discurso (AD)relacionados à busca de sentidos nos dicionários como instrumentos lingüísticos, visto queessas duas áreas do conhecimento relacionam fatos lingüísticos aos históricos eideológicos. Interessa-nos averiguar algumas particularidades referentes à voz dolexicógrafo como normatizador da língua espanhola, assim como a introdução deelementos léxicos de origem americana no espanhol peninsular, ressaltando que houveuma reformulação discursiva desses construtos após a formação e a independência dasnações hispano-americanas em relação à Coroa Espanhola, durante o processo deconsolidação dos estados americanos. Mediante a análise dos discursos contidos nosprefácios e em algumas definições presentes nessas obras lexicográficas, e selecionadaspara o estudo, foi-nos possível perceber, nos diferentes espaços de produção, algumasideologias que permeiam o sentido dos textos.

PARA CURAR A POLÍTICA: uma leitura da correspondência eleitoralMariana Lioto (Unioeste)

João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Ethos discursivo, Papel social, Discurso político

Este trabalho, que se filia à Análise do Discurso de linha francesa, tem comoobjetivo analisar um exemplar de correspondência enviado por políticos para casa de umpossível eleitor, por ocasião das eleições municipais de 2008. A correspondência foienviada pelo então prefeito da cidade, que buscava a reeleição. Partindo do conceito deethos, enquanto imagem que o sujeito constrói no discurso, proposta por Maingueneau(1993; 2005), esse trabalho pretende examinar como o remetente do discurso lida com aimagem que ele já possuía – o seu ethos prévio – tentando transformá-lo de modo com queele seja visto como uma boa opção para voto. Partindo das informações que circulavam naocasião, se faz indispensável relacionar os argumentos trazidos na carta com as condiçõesde produção do discurso, e de como eles se dispõem a fim de construir determinados papéispara o locutor, socialmente reconhecidos como adequados a um bom governante. Dessemodo, a correspondência pode ser lida como propaganda destinada a “vender” umcandidato e se constitui de maneira complexa: entra em cena um jogo de valores erepresentações, que habitam o imaginário popular referentes ao sujeito político. É preciso

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criar e manter os aspectos positivos de uma imagem ou ainda buscar meios de reverterpossíveis pontos negativos.

O ESPAÇO NA OBRA el coronel no tiene quien le escriba, DE GARCÍAMÁRQUEZ

Maricélia Nunes dos Santos (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: El coronel no tiene quien le escriba, literaturahispano-americano, espaço na narrativa.

O presente trabalho propõe uma análise da obra El Coronel no tiene quien leescriba (1961), de Gabriel García Márquez, com especial atenção para a construção dosespaços na narrativa como um dos elementos relevantes da sua estrutura. Tendo em vistaque se trata de uma obra literária que se volta à realidade sócio/cultural diferenciada daAmérica hispânica, o elemento supracitado adquire uma significação singular notratamento poético que lhe é dispensado. Objetiva-se verificar em que nível este elementoda narrativa contribui para o todo da obra, que se centra na descrição da vida de um coronelque, ao lado da esposa, acompanha todas as semanas a chegada do correio a sua vila com acontínua esperança de receber uma correspondência do governo e, assim, a concessão desua aposentadoria. Segundo Bachelard (1989), os diferentes espaços adquirem, nouniverso poético, cargas simbólicas de diversas conotações que podem projetar-se a outroselementos, impregnando-os com seus significados a fim de intensificar a projeção de suassimbologias. Interessa-nos, pois, desvelar algumas dessas significações na obra de GarcíaMárquez.

A REFERENCIAÇÃO COMO ARTIFÍCIO DE CONSTRUÇÃO DE OBJETOSDISCURSIVOS

Marly de Fátima Gonçalves Tavares Biezus.Profa. Dra Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Coesão textual, Referenciação, Leitura.

Justifica-se o presente trabalho de pesquisa pela necessidade de se estudar oselementos referenciais na construção do texto. Objetiva-se, por meio deste estudo, umaverificação das funções desses elementos no interior do texto de tal forma que se possaenfocar a aplicação ao ensino da leitura em sala de aula. O ensino da língua reclamaresultados de práticas efetivas, significativas e contextualizadas para que o aluno sejacapaz de interagir com os textos por meio do conhecimento das funções dos elementoslinguísticos presentes nos textos, pois são esses elementos que os deixam coesos ecoerentes. A referenciação, segundo Koch (2005), é um recurso que o produtor do textoutiliza para a sua particular forma de retratar conhecimento de mundo. A referenciação éum exercício de construção de juízos de valor, de opiniões, e também de desvelamento doentendimento do produtor do texto. Considerando-se essa orientação teórica,intenciona–se não só possibilitar ao leitor o entendimento de como os textos, produzidosem língua escrita, contam com o aparato da referenciação para construção de objetos

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discursivos, mas também criar situações em que os leitores tenham oportunidades derefletir sobre os textos de forma contextualizada. O presente artigo enfoca alguns textosextraídos da revista Caros Amigos, Seção Picadinhas, nos quais se percebe o processo dereferenciação como auxiliar na construção de sentidos.

A INTERNET COMO FERRAMENTA NO ENSINO/APRENDIZADO DELÍNGUA INGLESA (LI)

Maura Bernardon (Unioeste/Toledo)

PALAVRAS-CHAVE: Ensino/aprendizado, Língua Inglesa, Internet.

Esta comunicação relata algumas experiências no ensino/aprendizado de LínguaInglesa com o uso da tecnologia multimídia. As incontáveis possibilidades que a Internetoferece para o ensino /aprendizado de idiomas, a torna uma ferramenta para complementaros conteúdos de sala de aula, auxiliar no desenvolvimento da autonomia e aumentar amotivação em aprender devido ao aspecto interativo. Porém, alguns aspectos devem serconsiderados ao utilizarem-se os meios tecnológicos: o planejamento cuidadoso, acoerência com os conteúdos, os esclarecimentos aos alunos sobre os objetivos com asatividades, o uso de métodos estruturados e bem orientados, as atividades motivadoras eque resultem em reflexões, entre outros. As experiências podem ser positivas, poisproduzem aulas mais reais, ampliam o conhecimento e transformam os aprendizes emprodutores da linguagem.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA ESCOLAMichely Fernanda Azeredo Coutinho Scherer (Unioeste)

Sabrina Passig Schilke (Unioeste)Adriana da Cunha Werlang (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: ECA, Escola, Aluno.

O projeto “Estatuto da Criança e do Adolescente na escola” é um projeto que estasendo desenvolvido pelo Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e daJuventude - NEDIJ de Marechal Cândido Rondon, devido à necessidade de divulgação eesclarecimento do Estatuto para a comunidade escolar. Nosso objetivo é apresentar eexplicar os direitos e deveres da criança e do adolescente, com base em estudos ediscussões acerca desse assunto, através de palestras ministradas nas escolas de sériesiniciais do ensino fundamental. Outro estudo é quanto aos tipos de violências praticadascontra a criança, e pela mesma, bem como a forma com devem ser trabalhadas nas escolas,levando em conta o contexto histórico, social, cultural e educacional dos alunos e dasescolas visitadas. Os estudos constituem-se na relação entre indisciplina escolar e atoinfracional, averiguando as dificuldades encontradas por professores e alunos, ressaltandoa função da família e da escola na educação do individuo. Os aspectos principais para odesenvolvimento desse projeto constituem na interação do lúdico com a aprendizagem,através de jogos pedagógicos elaborados pela equipe pedagógica do NEDIJ, que são: ojogo dos sete erros, trilha, caça-palavras e jogo da memória, todos aplicados em sala deaula. O presente trabalho busca apresentar os resultados até então obtidos no Projeto.

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AS PERSONAGENS FEMININAS DE “UM RIO CHAMADO TEMPO, UMACASA CHAMADA TERRA”

Miriam Juliana Pastori Bosco (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Mia Couto, Personagens femininas, Sagrado e profano

O estudo das literaturas africanas, especialmente as de língua portuguesa,mostra-se importante considerando a necessidade de mais estudos a esse respeito, a riqueza desta literatura e a relação que o Brasil tem com os povos do além-mar. O presente trabalhopretende realizar uma análise das personagens femininas da obra Um rio chamado tempo,uma casa chamada terra, do moçambicano Mia Couto. Para tanto, objetiva-se observaraspectos relacionados ao místico, ao sagrado e ao profano que envolvem as mulheres dafamília: Tia Admirança, Dulcineusa, Mariavilhosa, Miserinha, cujos nomes já dizemmuito de si, e Nyembeti , motivo de mistérios e revelações. Criadas pela prosa poética deMia Couto, essas personagens, em suas manifestações espirituais e carnais, são pontosfundamentais no tecer da trama que Mariano, o personagem narrador, vai desvendando.

A SOLIDÃO EM CAIO FERNANDO ABREUMirian Carla Barbosa (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Solidão, Literatura, Contos.

Caio Fernando Abreu considerado como um dos mais importantes contistas daliteratura brasileira contemporânea procurou desenvolver em suas obras uma temáticasingular, onde a solidão se constitui matéria privilegiada. Tal afirmação pode ser percebidanos seguintes contos do escritor gaúcho “O Rapaz mais Triste do Mundo”, “Dama daNoite” e “Os Dragões não conhecem o paraíso” que dá nome ao livro de narrativaspublicado pelo autor no final da década 80 do século XX, nosso objetivo consistirá emapresentar, de modo sucinto, alguns aspectos da contística de Caio Fernando Abreu.Pretende-se demonstrar a maneira como o referido autor, com personagens quase sempreanônimas e em crise existencial, retrata as sensações de solidão e estranhamento própriosda vida em grandes cidades, para tanto, além dos elementos referentes á narratologia,essenciais a quase todo tipo de análise de narrativas, buscar-se-á apoio teórico nos estudosreferentes à psicanálise.

GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA JURÍDICA NO MATERIAL DIDÁTICOPARANAENSE

Mirian Schröder (UFPR-FALURB)

PALAVRAS-CHAVE: Gênero textual, Material didático, Transposição didática.

Com o intuito de valorizar a prática dos professores da rede, de trabalhar osgêneros textuais e de estar mais próximo à realidade escolar, foi desenvolvido, em 2006, oLivro Didático Público “Língua Portuguesa e Literatura” pela Secretaria de Estado daEducação do Estado do Paraná (SEED-PR). Sua autoria é assinada por profissionais darede estadual de ensino e seu público-alvo abrange as três séries do Ensino Médio. A obra éapresentada como possibilidade de interação do estudante com o mundo, para tanto os

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autores buscaram “contemplar as práticas da oralidade, da escrita e da leitura” (LÍNGUA,2006, p. 12). Em nossa trajetória acadêmica, é de grande interesse o trabalho com aprodução e compreensão de gêneros textuais. E esta obra, de acordo com a propostadetalhada em sua apresentação, procura trabalhar com gêneros variados: crônicas, piadas,charges, cordel, entre outros. O presente estudo é uma pesquisa descritiva bibliográfica que procura examinar, com base nas Sequências Didáticas propostas por Dolz, Noverraz eSchneuwly (2004), como se dá a transposição didática da teoria dos Gêneros Textuais nolivro “Língua Portuguesa e Literatura”, especificamente, em seu segundo capítulo. Nesteestudo também é observada a interferência do suporte “livro didático” na interpretação dosgêneros nele fixados.

CONCEPÇÕES DE ESCRITA EM PLANOS DE TRABALHO DOCENTE DELÍNGUA PORTUGUESA

Mônica Cristina Metz (UEM)

PALAVRAS-CHAVE: Escrita, Plano de Trabalho Docente, Língua Portuguesa

A prática de produção de textos nas aulas de língua materna se delineia a partirdas concepções de linguagem, de ensino-aprendizagem e de escrita do professor de LínguaPortuguesa. A adesão do professor a determinadas concepções implicará em uma práticaque, inevitavelmente, reflete a perspectiva da escrita como produto ou processo. E é noPlano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa, documento em que os professoresdefinem e delineiam o trabalho a ser realizado com a leitura, a escrita, a oralidade e a análise linguística em uma turma específica durante um bimestre ou semestre, que se podeverificar quais concepções teóricas estão imbricadas em seu trabalho com a escrita. Nessesentido, apoiado em estudiosos da linguagem da perspectiva sociointeracionista queconcebem a escrita como um processo e não como um produto (ANTUNES, 2003; KOCH;ELIAS, 2009, GERALDI, 2006), este trabalho objetiva averiguar a concepção de escritasubjacente a um Plano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa, elaborado para umaturma de 5ª série do ensino fundamental de uma escola pública de Guarapuava-PR,analisando como essa concepção perpassa os conteúdos, os objetivos, a metodologia e osistema de avaliação definidos para a prática de produção de textos na sala de aula.

A ALFABETIZAÇÃO, O LETRAMENTO E A INELEGIBILIDADEDECORRENTE DE DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL

Mônica Engelmann (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Letramento, Analfabeto, Inelegibilidade.

Discussão atual e permanente nos tribunais brasileiros, a inelegibilidade decandidatos a cargos públicos eletivos no Brasil por analfabetismo é polêmica e aflora aralação deste com o letramento. Conforme disposição constitucional (art. 14, §4º), nãopodem ser eleitos aqueles candidatos que são analfabetos, porém não há regulamentação arespeito deste conceito, que é variável e tem obtido diferenciadas decisõesjurisprudenciais, conforme o caso in loco. O problema centra-se em como taxar o candidato como analfabeto. Poderia um teste (arbitrário e subjetivo) atestar esta condição? Sabe-se

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que cargos políticos podem exigir mais conhecimentos do que aqueles que a alfabetizaçãoapresenta, que é saber ler e escrever e, com isto, transmitir um recado simples, apenas. Ocandidato, segundo grande parte da jurisprudência, deve passar por um teste a ser aplicadopelo juiz eleitoral local. Neste, o político necessita demonstrar que conseguirá realizar ostrabalhos inerentes à sua função, no que tange à interpretação e composição de textos, ouseja, exige-se o letramento do candidato. Chega-se à conclusão, então, de que faltaregulamentação para o termo “analfabeto” presente na Constituição Federal, ainda que istoseja difícil, já que, nos próprios estudos sociolinguísticos, não há definição exata eacabada. A regulamentação servirá, contudo, para reduzir as discrepâncias e os recursoseleitorais a respeito da relação e da definição terminológica de letramento e dealfabetização.

O ESCOCÊS LITERÁRIO – VIVO E FLORESCENTENewton Sabbá Guimarães (Unicentro/Irati)

PALAVRAS-CHAVE: Escocês, Literatura, Ressurgimento.

A língua escocesa (que não se confunde com a Scotch Gaelic, língua céltica)ficou, por muito tempo, relegada ao descaso e somente falada na região conhecida comoLowlands (as Terras Baixas), pelos camponeses. Co-dialeto do inglês, teve destinointeiramente alheio ao da língua oficial do Reino Unido, mas sempre teve os seus cultoresentusiastas e um dos grandes poetas do século XVII, Robert Burns, escreveu os seusmelhores poemas em Scots, elevando aquela fala, antes considerada com desprezo pelaelite escocesa, como “a peasant dialect”, à dignidade e grandeza literária. Com incentivodos movimentos revivalists europeus, o escocês vem experimentando, nos últimos tempos, uma espécie de renascimento. Publicam-se revistas de alto nível como Lallans, e obras degrandes poetas como T. S. Law, cuja obra At The Pynt o The Pick and Other Poems, tevegrande aceitação. John Law traduziu Pablo Neruda ao Scots, tarefa das mais sérias e nobresem favor da sua língua. São publicados, ainda, boas gramáticas normativas e dicionáriosbilíngües. Um dos grandes esforços dos defensores da língua escocesa tem sido a detraduzir nela toda a obra de Shakespeare e clássicos universais. Neste estudo, dos primeiros já feitos em universidades paranaenses, tenta-se uma apresentação da língua e do seumovimento literário atual. Junta-se boa bibliografia, inclusive na língua estudada.

DIAGNOSE DE ERRO E ENSINO Nilse Dockhorn Hitz (Col. Est. Mal. Gaspar Dutra)

PALAVRAS-CHAVE: Sociolingüística, Diagnose de erro, Ensino.

Devido a controvérsias a respeito do ensino da escrita da língua mais prestigiada,nos propusemos a investigar os erros e interferências na língua escrita. É uma propostaalternativa de conhecimento com sentido, principalmente, para o professor entender comoo aluno aprende, e isso requer saberes mais específicos sobre o ensino da ortografia. Nossoreferencial de estudo são textos de alunos das 5ª séries, moradores do município de NovaSanta Rosa, colonizado por descendentes de alemães, esse fator histórico faz surgir nocontexto linguístico escolar alunos bilíngues (Weinreich, 1953), ou monolíngues com

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interferências linguísticas nas produções escritas devido ao uso de duas línguas, Línguasem Contato, ou seja, a Língua Portuguesa e a Língua Alemã, às vezes em forma deBrasildeutsch (Heye, 1986 e Damke, 1997). Além, das interferências, é também objeto deestudo o erro de escrita de natureza arbitrária e transposição dos hábitos da fala para aescrita (Bortoni-Ricardo, 2005). Através da diagnose do erro classifica-se o erro emcategorias sociolingüísticas para que o professor possa elaborar estratégias de ensino daescrita monitorada. O estudo vem colaborar com uma educação linguística escolar(Bagno, 2002) que considera as interferências naturais, sob o reconhecimento da realidade heterogênea, histórico-social, mas que tenha também o princípio da sistematização doensino sobre a língua.

SER BILÍNGÜE NUM CONTEXTO DE LÍNGUAS EM CONTATONoeli Pufal Schulz (Unipar)

PALAVRAS-CHAVE: Bilingüismo, Línguas em contato, Manutenção.

Há diferentes definições sobre o que é ser bilíngüe bem como inúmeras são asvantagens e desvantagens apresentadas ao bilingüismo. Na atual época globalizada, umapessoa bilíngüe poderá destacar-se no mundo dos negócios, ou ser encorajado pelaintegração econômica e querer viajar para diversos países, que será mais fácil e eficiente,sendo bilíngüe. Oposto a esta realidade, há os imigrantes que tem seus filhos encorajados aabandonar sua língua e assimilar a língua e a cultura da sociedade na qual vivem. Ou seja,ao mesmo tempo em que o bilingüismo é incentivado na sociedade capitalista, ele tambémpode servir de estigma, rejeição. Quando da existência de uma diversidade lingüística, deuma realidade entre línguas em contato numa determinada situação social, o indivíduo élevado muitas vezes a adotar uma postura com relação à língua escolhida como veículo deinteração, que pode resultar a longo prazo, numa situação de manutenção, ou não, destecódigo pelo indivíduo ou comunidade que decide, ou não, continuar usando a língua oulínguas que tradicionalmente vinha usando. Tem-se como objetivo fazer tal abordagem: oque é ser bilíngüe num contexto de línguas em contato e até que ponto o uso de uma línguaajuda na manutenção ou perda da mesma, a partir de revisão bibliográfica.

“O COBRADOR” DE RUBEM FONSECA: uma leitura sociológica do HomoBrutalisPablo Jamilk Flores (Mestrado Letras/Unioeste)Regina Coeli Machado (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Rubem Fonseca, Sociologia, Violência

O presente trabalho tem como objetivo promover uma leitura crítica da obra doescritor contemporâneo Rubem Fonseca, sob a perspectiva dos estudos sociológicos eantropológicos, a fim de verificar a figura do Homo Brutalis como mote do texto ‘OCobrador’ (1989). Para tal fim, fez-se necessário situar a obra do escritor em seu contextode produção, bem como selecionar o arcabouço teórico mínimo para o trabalho com o textofonsequiano. Para a análise de cunho fenomenológico-hermenêutico, a revisãobibliográfica contemplou a leitura da obra mencionada, além do aporte teórico para indicar

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as origens da representação da decadência das relações sociais na pós-modernidade. Dabibliografia concernente à análise sociológica, merecerão destaque os textos de Zaluar(1992), Sodré (2002), Morais (1985) e Oliven (1986) a fim de perscrutar o topos daviolência e da criminalidade no Brasil. É importante mencionar que o conceito de Homobrutalis é concebido a partir da obra de Pereira (1975), segundo a qual a figura do homosapiens ter-se-ia modificado, transmutando-se em uma nova configuração na qual a vazãoà violência e à agressividade é gratuita e motivada pelo próprio entorno. Por meio de umcotejo entre os textos da tradição sociológica e fonsequianos, estabelecemos arepresentação literária da referida figura (homo brutalis) na obra do escritor brasileiro, afim de fornecer mais uma possibilidade de leitura e análise do texto literário.

A DIMENSÃO SOCIAL DO DISCURSO ATRELADO À HISTÓRIA DARETÓRICA

Pamera Francieli Corrêa Pereira (Unioeste)Márcia Sipavicius Seide (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Retórica, História.

O objetivo desta comunicação é promover uma reflexão acerca da amplituderetórica constante nos discursos que nos cercam diariamente e mostrar a importância de seadotar uma abordagem da história para a compreensão da realidade discursiva nas suasvariadas segmentações sociais. Para tanto, nessa comunicação, será apresentada uma breve retomada da história da retórica e de seus fins discursivos. Também serão analisados oselementos discursivos da retórica, bem como, o uso dos mesmos na atualidade através deuma análise da repercussão social desses discursos. Serão abordadas, ainda a retóricaenquanto arte, a retórica aplicada à imagem, ao cinema, à música, à persuasão, ànegociação e à argumentação.

A INFLUÊNCIA DA MULHER NO LÉXICO INFANTILPatrícia Lucas (Bolsista PIBIC/CNPq/Unioeste)

Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Léxico, Mulher, Mercado de trabalho.

Este trabalho, objetiva analisar itens lexicais encontrados em uma pesquisarealizada no segundo semestre de 2008, no Colégio Cristo Rei, com crianças da quarta série do ensino fundamental, sobre o léxico do entretenimento infantil. Em específicoprocurar-se-á apontar as consequências sociais e culturais da ascensão da mulher nomercado de trabalho. Considerando que linguagem e sociedade são aspectosinstrinsicamente ligados e que o meio no qual o sujeito está inserido molda suacomunicação, fica evidenciado que o papel da mulher na sociedade atual têm influenciadona formação da linguagem das crianças e na manutenção ou perda de aspectos culturais dacultura italiana/alemã no contexto familiar.

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A RELAÇÃO ENTRE CASAL SOB A ÓTICA DE LUIZ VILELAPatrícia Martins Cozer (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Casamento, Dominação masculina, Antropologia da arte.

Antigamente, o casamento, consolidado na grande maioria das vezes pordinheiro, era simplesmente visto como um contrato. Algumas décadas depois dos anos 60,é raro encontrar esse tipo de situação – agora, a problemática consiste em dois momentos: oda ascensão feminina no mercado de trabalho e a delegação das tarefas domésticas aoshomens. Ocorre o que chamamos de “inversão de papéis”, visto que por muito tempo adominação masculina se sobrepôs – e até certo ponto é a que predomina ainda hoje peranteos olhos da sociedade. Naturalmente, essa mudança não é unânime, ou seja, não pode serobservada em todos os casais que constituíram famílias. Mas é, de modo claro, o resultadoda individualização no feminino, partindo para a construção da mulher como indivíduo,desviando a idéia mais conhecida e aceita, que é a da mulher como natureza –desempenhando, basicamente, cuidados relacionados ao lar e aos filhos. Esse estudo sepropõe a investigar porque, apesar dos grandes avanços alcançados no universo feminino,a dominação masculina continua presente em muitas relações conjugais. Os contosescolhidos para análise desses casos, do escritor Luiz Vilela, apontam justamente para orebaixamento da personagem mulher mediante o machismo de seu marido, e demonstramque o papel do homem dentro de casa e fora dela é relevante para a condição a que ficaexposta sua parceira.

A MULHER NO ESPAÇO DA REPRESENTAÇÃO: além da beleza físicaPaula Maria Lucietto Dylbas dos Santos (Unioeste)

Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Mulher na representação e Literatura, Padrões de beleza,Personagens femininas.

Este trabalho está voltado à comparação entre os contos Inmensamente Eunice(1999), da escritora Andrea Blanquét, e Reminisção (1985), de Guimarães Rosa. A leiturarecai sobre as estratégias utilizadas pelos contistas na configuração discursiva daspersonagens femininas Eunice – protagonista do conto de Blanquét – e Nhemaria – figuracentral do conto de Rosa. Estas personagens foram selecionadas como objeto de estudoporque elas são estereótipos opostos aos padrões de beleza vigentes atualmente. Taispersonagens vivenciam conflitos pessoais gerados pela aparência física que se distancia domodelo de perfeição imposto à mulher pela mídia contemporânea: Eunice, personagem doprimeiro conto, é uma mulher excessivamente obesa que cria artifícios para disfarçar suaaparência, pois se sente discriminada e Nhemaria, personagem de Rosa, é a representantede todo e qualquer oposto de padrão de beleza, já que, segundo o narrador, ela é “a figura do feio fora-da-lei” (ROSA, 1985, p. 93). Ambas vivem, no espaço ficcional, conflitostambém experimentados por muitas mulheres no mundo real, uma vez que muitas sofrem,também, uma série de problemas criados na sociedade contemporânea que impõem ummodelo de beleza feminino que, na atualidade, valoriza aspectos que são inatingíveis paraum grande número de pessoas. Apresentamos, ainda, reflexões sobre o papel da Literaturacomo meio de representação capaz de evidenciar os conflitos vivenciados por umasociedade em determinado tempo, podendo, assim, servir, ainda hoje, como catarse já que

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as personagens eleitas para nosso estudo comparativo evidenciam comportamentosartificiosos que procuram representar a realidade de grande parcela da sociedadecontemporânea.

ESTUDOS ACERCA DA FORMAÇÃO DO TEATRO TRÁGICO ANTIGO E DO DRAMA TRÁGICO CONTEMPORÂNEO: RELAÇÕES SÓCIO-HISTÓRICAS

E INTERTEXTUAISPedro Leites Jr. (PIBIC/CNPq -Unioeste)

Lourdes Kaminski Alves (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Teatro trágico antigo, Drama trágico contemporâneo,Relações dialéticas.

Por meio da representação mimética, a Literatura e o teatro, assim como a arte emseu âmbito geral, influenciam e são influenciados pelo meio social, e historicamentedelimitável, ao qual estão inseridos, tendo o poder de revitalizarem-se nos processos dere-leituras ao longo do tempo. Assim, o estudo dos textos das tragédias antigas é relevantepara a compreensão sócio-cultural da sociedade grega helênica, na medida em querepresenta a história e a memória daquele contexto e instaura diálogos com a produçãoartística contemporânea. Tal como a tragédia antiga, o drama trágico contemporâneocompõe-se remetendo à conjuntura social da modernidade, refratando em seu arranjoartístico os conflitos e contradições recorrentes ao meio histórico-cultural ao qual estáinserido. Nesse sentido e fundamentando-se nos postulados teóricos da LiteraturaComparada e da intertextualidade, o presente trabalho tem por intuito desenvolver umestudo teórico acerca da evolução do gênero trágico em seu avanço histórico da sociedadeantiga à contemporânea, propondo reflexões acerca do conceito de trágico, do surgimentoda tragédia grega e da dialética entre a formação da sociedade ocidental moderna e areferida evolução do gênero. Para tais discussões serão de grande valia as contribuições deteóricos como Aristóteles (1984), A. Lesky (2006), Victor Hugo (2004), Werner Jeager(2001), Peter Szondi (2001,2004), entre outros.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMINOLOGIA BILÍNGUE E CONFECÇÃO DE GLOSSÁRIOS

Polyana Lucena Camargo de Almeida (UEL)Eidele Maria Raimundo(UEL)

PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa, Terminologia bilíngue, Glossário.

Este trabalho objetiva apresentar o projeto de pesquisa em ensino de graduaçãointitulado “Trabalhando Princípios Básicos da Terminologia Bilíngue e Confecção deGlossários”. O projeto visa criar oportunidades para que os alunos de graduação conheçame reflitam sobre os princípios básicos da Terminologia bem como desenvolvam ahabilidade de elaborar glossários. Constata-se, atualmente, que as pesquisasterminológicas se tornaram importantes, não só no domínio de uma mesma língua, mastambém no estabelecimento da equivalência ou da correspondência das noções de umalíngua a outra. Os dicionários bilíngues e plurilíngues têm sido cada vez mais requisitados.

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Esta comunicação expõe alguns conceitos de Terminologia, assim como a metodologiautilizada para a pesquisa em andamento, a saber: escolha do domínio e da língua detrabalho; delimitação do subdomínio; coleta do corpus do trabalho; classificação dostermos em fichas terminológicas elaboradas para esse fim. Toma como exemplo, oresultado parcial da pesquisa terminológica temática bilíngue (português-francês) determos jurídicos do estatuto da criança e do adolescente. Espera-se, desse modo, contribuirpara o enriquecimento profissional do futuro professor de Letras e para o desenvolvimentodas pesquisas terminológicas nos diversos domínios do conhecimento.

MULHER, MULHERES: representações na narrativa de Luiz RuffatoPriscila Yamany Medeiros (Bolsista PIBIC/Unioeste)

Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Literatura contemporânea, Cultura, Representação feminina

Considerando estudos acerca da relação literatura, cultura e sociedade,pretende-se com a presente comunicação apresentar algumas observações sobre asmúltiplas representações da mulher na literatura brasileira contemporânea. Levando emconsideração as diferentes formas de ser mulher em nossa sociedade, é importanteestudá-la na literatura, que a revela em suas múltiplas faces e papéis, como as mulheresdescritas no romance do autor Luiz Ruffato, Eles eram muitos cavalos. Na obra analisadahá a presença marcante da mulher como mãe, como esposa, trabalhadora. Em seu oposto hátambém a mulher como prostituta, fracassada e desiludida no amor. Para compreender asdiversas representações da mulher encontradas na obra citada, a comunicação seráelaborada a partir de uma breve observação sobre cultura e sociedade como camposinseparáveis e em sua relação com a literatura; algumas considerações antropológicassobre a mulher e como ela está inserida na sociedade, como surgiram seus diferentes papéise, por fim, a análise desses temas enquanto manifestações das representações femininas emnossa sociedade, presentes na narrativa de Ruffato.

A RELAÇÃO DE PODER ENTRE FABIANO E O SOLDADO AMARELO EMCOMPARAÇÃO COM A FORMA ESTATAL DA CONSTITUIÇÃO DE 1937

Rafael Felipe Prais (Unioeste)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Constituição de 1937, Vidas Secas, Teoria de Estado.

Apresenta-se neste trabalho uma discussão cujo foco é o entrosamento doficcional e do real na relação de poder entre o Soldado Amarelo e Fabiano, personagens daobra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, abrigada pelo movimento cultural intituladoSegunda Geração Modernista, que se dedica, dentre outras coisas, ao romance regional,cuja temática mais freqüentemente explorada é a seca no Nordeste brasileiro. Tal análiseserá feita à luz do texto constitucional de 1937. Por não haver menção à época em que sepassa o enredo da obra, adotamos aqui o ano de 1938, em que ela foi escrita. A relação depoder entre as personagens – em passagens específicas – ilustra a política totalitária estatallegitimada pela Constituição de 1937.

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OCORRÊNCIA DE MODALIZAÇÃO JORNAL ONLINE PARAGUAIO.Rejane Hauch Pinto Tristoni (Unioeste)

PALAVRAS CHAVE: Modalizadores, Crenças, Juízos de valores.

Este trabalho é parte de uma pesquisa, ainda, em andamento, cujo objetivoconsiste em investigar o papel modalizador em vocábulos a partir da análise de recortes dojornal La nación veiculado na internet durante o ano de 2008 e 2009, considerando o modocomo as pessoas conseguem comunicar-se por meio da língua, transmitindo suas crenças eseus juízos de valor. O interesse em promover uma análise neste contexto reflete umatentativa de contribuir, com a pesquisa a respeito da modalização lingüística. O percursotraçado para o desenvolvimento deste trabalho, busca demonstrar que modalizadoresretirados do jornal La nación retratam uma atitude avaliativa do produtor do texto emrelação à mensagem expressa ou, ainda, estabelecem uma interlocução mais ativa com oleitor no sentido de tentar convencê-lo a respeito da validade da opinião na qual o produtordo texto expõe juízos de valor. Os estudos sobre modalização realizados por autores comoParret (1988), Castilho e Castilho (1992), Neves (1996) subsidiam a hipótese de que amodalização está centrada mais diretamente em certos vocábulos que, quando utilizados,demarcam o objetivo do autor de levar o leitor à concordância e à aceitação da proposiçãodirecionando, ora, por meio da imposição, ora, pelo conselho a realizar a vontade sobre oleitor, com isso, o autor, muitas vezes, o autor acaba imprimindo sua marca.

PRINCÍPIOS DA PICARESCA COMO SUBSTRATOS DA NARRATIVA EM OCHALAÇA (1994)Robert Thomas George Würmli (Unioeste/ Cascavel)

Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/ Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: O Chalaça (1994), Novo romance histórico brasileiro,Picaresca.

Em sua iniciativa de recontar a história do Brasil por meio de seu romanceGalantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, O Chalaça(1994), José Roberto Torero alia as características de um novo romance histórico àspremissas da picaresca espanhola, compondo, deste modo, uma narrativa híbrida quepermite recuperar, não apenas a trajetória do gênero narrativo, mas também a confluênciada ficção e da história com uma perspectiva de releitura crítica do passado. Essaconfluência torna-se o nosso foco de analise da obra, além de nos voltarmos às estratégiasdesconstrucionistas empregadas pelo autor para reelaborar as imagens consagradas pelodiscurso histórico sobre o imperador brasileiro D. Pedro I. Entre tais estratégias, destaca-sea paródia, segundo a concepção bakhtiniana. Além disso, vale ressaltar que a obrautiliza-se de uma narração autodiegética, segundo teoria de Gerard Genette (s/d), seno opróprio Chalaça, exemplo de personagem criado a partir da picaresca e que conta a históriado Brasil sob uma ótica interior aos fatos.

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GÊNEROS TEXTUAIS EM OFICINAS DE FORMAÇÃO CONTINUADARosiane Moreira da Silva Swiderski (Unioeste)

Greice da Silva Castela (Unioeste/ PG - UFRJ - Orientadora)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Gêneros textuais, Práticas pedagógicas..

O objetivo que norteia o presente artigo é apresentar reflexões e proposiçõessobre os gêneros textuais trabalhados em três oficinas de formação continuada. Oplanejamento das oficinas, que contemplam o corpus deste artigo, pauta-se teoricamentena filosofia de linguagem do Círculo de Bakhtin, na proposta teórico-metodológica daSequência Didática proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e adaptada porCosta-Hübes (AMOP, 2007a; 2007b), nas estratégias de leitura apresentadas por Solé(1998) e nos pressupostos da etnomatemática apresentadas por D´Ambrosio (1998, 2005).As oficinas possuem dois públicos distintos: acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Letrasque integram o projeto de extensão (PROEX – Cascavel/Pr), intitulado “Interações entre os processos de leitura e formação de leitores”; e professores do Ensino Fundamental dacidade de Três Barras/Pr participantes do projeto “Leitura em ação – formando cidadão”,vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras (SETI-PR).

O RESUMO ACADÊMICO COMO INSTRUMENTO PARA ACONSTITUIÇÃO DA ESCRITA NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL

Rubia Mara Bragagnollo (UEM)Prof. Dr. Renilson José Menegassi (Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Escrita, Formação docente, Gênero discursivo resumoacadêmico.

Esta pesquisa apresenta um relato de experiência acerca da constituição da escrita por meio do gênero textual resumo acadêmico na formação docente inicial de acadêmicosdo curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá, na disciplina Linguística I. Apartir das concepções de linguagem e de escrita como trabalho abordadas por Vygostky(1988), Bakhtin/Volochinov (1992) e Bakhtin (2003), inseridas na perspectivasócio-interacionista de linguagem, e também da noção de gêneros textuais, realizou-se umestudo comparativo com a produção do gênero escolhido, observando o processo de escrita de dois alunos, como mostra representativa do todo. Com o emprego da abordagem denatureza qualitativa-interpretativa, as produções foram analisadas, comparando-se o alunoque considerou o papel do mediador em sala de aula, enviando seu resumo para correção epossíveis sugestões, consequentemente reescrevendo seu texto várias vezes, com oacadêmico que apresentou poucas versões do seu texto. Com as análises, demonstramos asdiferenças existentes na constituição da escrita, no processo de formação docente, expondo as etapas que permearam a produção do gênero e percebendo como a mediação interfere. Apesquisa é conduzida junto ao Grupo de Pesquisa “Interação e Escrita” (UEM/CNPq).

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COMO USAR A TELEVISÃO NA SALA DE AULARuth Winterkorn (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

PALAVRAS-CHAVE: Televisão, Utilização, Sala de aula

O presente artigo propõe uma série de procedimentos básicos que permitemincorporar a programação televisual como documento sócio-histórico, fonte deaprendizado e catalisadora de debates em sala de aula. Estimular a reflexão do profissionalde ensino sobre o fenômeno social da TV e sua articulação com a escola: um passoimportante na formação de cidadãos críticos e conscientes. Com a chegada das novastecnologias surge a necessidade de integrá-las em escolas públicas ou privadas, como umanova ferramenta de ensino, e uma nova perspectiva de trabalho para os professores. Assim,é preciso descobrir novos métodos e técnicas mais eficientes para trabalhá-las com osalunos, despertando neles o interesse e o prazer em pesquisar, organizar e criar suas idéias,fazendo uso da tecnologia da informação e da comunicação que é a TV. A integração dasnovas tecnologias com a escola propicia outras possibilidades para a educação, por outrolado, exige o desenvolvimento de novos métodos. Nesse sentido, a criação de projetos parautilização da tecnologia da comunicação e da tecnologia da informação, em destaque TV eVídeo, com finalidade educativa, pode contribuir para o aprimoramento do processoensino-aprendizagem. A utilização da TV em sala de aula, e a sua relação com a educaçãodevem ser cuidadosamente analisadas, especialmente no que tange a possível utilizaçãoequivocada de programas considerados “pouco culturais” como recurso pedagógico, nabusca de um processo de ensino/aprendizagem mais eficaz e dinâmico, pois estes podemtornar-se apenas um preenchimento do tempo, nada acrescentando ao intelecto dosestudantes.

MACHO NÃO GANHA FLOR: uma leitura do conto de Dalton TrevisanSalete Schmidt Rutkauskis (CEPR)

PALAVRAS-CHAVE: Conto, Discurso, Entimema;

O presente trabalho apresenta uma breve leitura do conto Macho não ganha flor,de Dalton Trevisan. Tem como objetivo analisar os julgamentos de valor presumidos nodiscurso. Tomando por base a concepção bakhtiniana de que a realidade socialmanifesta-se no discurso, e, este é social, ideológico e cultural por natureza. Há conexãoentre enunciado verbal e o meio social. Procura-se mostrar que há uma voz presente noconto: a voz da vítima de um estupro, da narradora, protagonista da obra – e que representaa voz das mulheres denunciando os horrores sofridos através dessa forma de violência.Essa voz social aparece na narrativa (em primeira pessoa), entremeadas aos diálogos doagressor. Pode-se dizer que o discurso é um depoimento que revela a morte da vítima, nãofísica, mas a morte da mulher.

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O SENTIDO OBJETIVO E O SENTIDO SUBJETIVO NO USO DO ADJETIVOSimone Beatriz Cordeiro Ribeiro (Unioeste – Mestrado/ Bolsista Fund. Araucária)

Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Redação de vestibular, Expressividade adjetiva, Sentidoobjetivo e subjetivo.

A Redação de Vestibular consiste em uma tarefa árdua, na qual os candidatos, emapenas trinta linhas, precisam convencer e mostrar a Banca de Correção do Vestibular deque têm argumentos e uma boa desenvoltura escrita para cursar uma universidade. OConcurso Vestibular/2008 da Unioeste disponibilizou para a Prova de Redação duasmodalidades textuais: a dissertação/texto argumentativo e a carta. Para o desenvolvimentodeste texto serão utilizadas apenas as dissertações. Nestas serão observados os usos dosadjetivos buscando verificar se estão antepostos ou pospostos ao substantivo, comotambém se essa mudança de ordem influencia no sentido da expressividade quando unidasas duas classes gramaticais nas formações SUBSTANTIVO+ADJETIVO ouADJETIVO+SUBSTANTIVO. Conforme os estudos de Callou e Serra (2003) quando oadjetivo está depois do substantivo apresenta valor objetivo e quando está antes dosubstantivo apresenta valor subjetivo e afetivo. Sendo assim, será verificada a incidênciade mudança de expressividade quanto aos sentidos objetivo e subjetivo, ou quando háocorrências de usos inversos ou não que apenas servem como um recurso enfático que nãocontribuem para modificar o sentido da expressão, apenas dão realce ao uso. Tambémserão analisados os usos já cristalizados que quando se encontram no processo inversocontribuem apenas para gerar estranheza da expressão.

LÍNGUA, LITERATURA E CULTURA – UMA CONFLUÊNCIA NECESSÁRIANO ENSINO DE L. E.

Stanis David Lacowicz (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua estrangeira, Mestiçagem, Identidadelatino-americana.

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira leva,necessariamente, a um enfrentamento do aprendiz com seu universo histórico/cultural à medida em que este encontrar em contato com a cultura do “outro”. A língua, nessecontexto, não deve ser vista, pois, como um todo em si, mas como uma das maisimportantes manifestações culturais de um povo. Estas aliadas a outras, como a Literatura,além de manifestações culturais significativas do modo de viver dos representantes dalíngua alvo, podem fornecer uma visão mais ampla do “outro” e, assim, motivar o aprendiza se aprofundar nesse universo. A literatura, nesse contexto, é um dos meios mais ricos para aproximar o aprendiz de mostrar variadas da língua alvo, bem como de estratégias decomunicação comuns entre os nativos. A abordagem a tópicos de cultura contextualiza oemprego das variantes da língua, aproxima povos pelo conhecimento de suasespecificidades culturais, além de enriquecer o universo da “leitura de mundo” doaprendiz, envolvendo-o com o contexto histórico que gerou a utilização da língua alvocomo meio de comunicação entre povos. Discutir essas implicações no processo de ensinode Língua Estrangeira, a partir do pressuposto de que vivemos em um contexto de culturas

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híbridas e mestiças, leva-nos a advogar por uma abordagem multicultural na execuçãodesse processo no Brasil.

A SIMBOLOGIA DA ÁGUA EM POEMAS DE HELENA KOLODYSuellen Chaves Borges (Unioeste)

Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Imagem da água, Simbologia, Helena Kolody.

Este trabalho resulta de pesquisas realizadas ao longo do ano de 2008 junto aogrupo L.E.R. –Literatura, Educação e Recepção, da Universidade de Brasília, e pretendeinvestigar as ricas representações simbólicas da água em poemas da autora paranaenseHelena Kolody. Buscar-se-á identificar como a imagem desse elemento vital se transmutano interior da expressão poética, ora surgindo no vigor das fontes, ora aparecendo nacalmaria dos rios ou ainda vindo à tela na placidez dos orvalhos, mas com a permanentesugestão de serenidade e convite à contemplação, tão próprios do eu-poético kolodyano.Paralelamente a essa discussão, procurar-se-á estabelecer leituras que delineiem os traçossutis e reveladores do inextricável vínculo homem-natureza, aspecto importante nospoemas da paranaense e que lhes confere particulares tons de abundante cristalinidade. Ascontribuições de Bachelard (2001), Chevalier & Gheerbrant (1993), Durand (1996),Staiger (1975) e Paz (1991) constituem substrato essencial nas análises tecidas neste artigo.

ESTUDO DE ASPECTOS SÓCIO-HISTÓRICOS DE UMA COMUNIDADEUCRANIANA DE IRATI/PR

Tadinei Daniel Jacumasso (Unicentro - Unioeste/Bolsista CAPES)

PALAVRAS-CHAVE: Diversidade cultural, imigração, comunidade ucraniana

O presente trabalho tem por objetivo principal fazer um levantamentosócio-histórico da comunidade ucraniana de Itapará, localizada na área rural do municípiode Irati/PR. A relevância deste estudo se apresenta no tocante à discussão que fazemos emrelação à valorização dos elementos culturais trazidos pelos imigrantes ucranianos e queainda são conservados pelos seus descendentes. Nesse estudo, abordamos, de maneirageral, as três etapas da imigração ucraniana para o Brasil e os fatores que motivaram a vinda e a permanência desses imigrantes em solo brasileiro. Fazemos, além disso, neste estudo,um levantamento sobre a diversidade cultural e étnica na região Centro-Sul do estado doParaná.

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O LETRAMENTO NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: estratégias para a formação do cidadão

Tatiana de Medeiros Canziani (IFPR)

PALAVRAS-CHAVE: Língua, Educação linguística escolar, Ensino médioprofissionalizante.

Esse artigo pretende repensar o trabalho com a língua portuguesa no EnsinoMédio integrado à educação profissional, dentro de um contexto educativo que visagarantir uma formação científica, tecnológica e humanística, capaz de possibilitar umaformação integral do profissional e do cidadão. Mediante a essa perspectiva educacional,busca-se apresentar como se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem de línguaportuguesa no Instituto Federal do Paraná (IFPR), Campus Paranaguá, instituição criadaem 2008 e que faz parte do plano de expansão Rede Federal de Educação Profissional,Científica e Tecnológica. O letramento surge como uma estratégia eficaz dentro desseprocesso de educação lingüística escolar, uma vez que através da intensa prática de leitura,escrita e oralidade, o aluno passa a reproduzir, de modo contextualizado, atividadeslingüísticas de seu cotidiano. Nesse sentido, a escola abre suas portas para aheterogeneidade da língua materna, possibilitando ao estudante o acesso à língua padrão –como uma entre tantas variedades –, ao mesmo tempo em que reconhece o papel do sujeitocomo usuário dessa língua, que é passível de adaptação diante das necessidades de seusfalantes.

O PRECONCEITO LINGÜÍSTICO NAS COMUNIDADES DO ORKUTThiago Benitez de Melo (Unioeste)

PALAVRAS-CHAVE: Preconceito lingüístico, Meios de comunicação, Orkut.

Este trabalho tem como objetivo efetuar uma análise sociolingüística dascomunidades do Orkut e apresentar o preconceito lingüístico presente nessascomunidades. Partiremos da premissa de que o preconceito lingüístico, na verdade, é umpreconceito social. O falante é discriminado segundo critérios inexistentes de padrõeslingüísticos, que acabam gerando critérios sociais. A profissão do indivíduo, como se vestee de que maneira se comporta, influenciam em seu julgamento lingüístico. A mitologia daintolerância lingüística, conhecida pelo sendo comum, colabora com a discriminação paracom o falante. Enquanto os meios de comunicação, em especial a internet, não deixarem dedivulgar textos preconceituosos, os falantes continuarão sendo discriminados econsiderados estrangeiros em sua própria língua.

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A (IM)POSSIBILIDADE DE VER O “OUTRO”: o discurso da descoberta daAmérica

Toni Juliano Bandeira (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

PALAVRAS-CHAVE: Descobrimento da América, Cristóvão Colombo, Pero Vaz deCaminha.

O presente trabalho tem como objeto de análise fragmentos da Carta de Pero deVaz de Caminha (1500) e do Diário de bordo de Cristóvão Colombo (1492-1493). Nessecorpus, buscamos revelar aspectos antagônicos relativos à cultura ibérica e a dos povosautóctones das terras americanas. Nossa atenção se volta ao choque cultural entre asdiferentes concepções do “outro”, conforme afirma Todorov (1983). Para tanto,realizar-se-á uma análise discursiva de partes dos textos, ancorando-nos nos registros deBeatriz Pastor (1983) e outros, para buscar no corpus elementos de ordem histórica eantropológica que possam elucidar os distintos valores vigentes na sociedade européia emcontraposição aos das sociedades nativas descritas por Caminha e Colombo e como essesvalores atuaram na configuração da negação da alteridade nos primeiros contatos entreibéricos e aborígenes americanos, já que os relatos evidenciam que as percepções daquelesem relação aos costumes e crenças destes são figuradas de acordo com sua própria visão, econsequentemente anulando a possibilidade de ver o “outro” como ele realmente é.Percebe-se, tanto no Diário quanto na Carta, um olhar atento dos exploradores em relaçãoàs novas terras. Em seus registros, nota-se a presença marcante da ideologia mercantilista edo ideal de cristianização que movia as ações exploratórias das nações européias. Dessemodo, esse corpus tem, além de seu valor literário, grande valor como documentohistórico, segundo expressa Bosi (2000, p. 14).

MEMÓRIA E HISTÓRIA NA DRAMATURGIA DE JORGE ANDRADE Vanessa Cristhina Zorek Daniel (Unioeste)

Profa. Dra. Lourdes Kaminski Alves (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Jorge Andrade, Memória, Dramaturgia.

Este trabalho tem como proposta realizar investigações sobre o teatro de JorgeAndrade ressaltando-se a importância deste dramaturgo para a renovação teatral brasileira.Renovação esta marcada a partir da década de 1930 no Brasil. A Moratória (1955), foi umadas primeiras peças a apresentar uma dramaturgia de qualidade, e de grande destaque para a carreira do autor. A partir das dez obras dramáticas que compõem o ciclo Marta, a Árvore eo Relógio (1986). Propomos observações à cerca das personagens, memória e históriapresentes nos textos dramáticos. A obra dramática de Jorge Andrade é reconhecida peloseu valor literário, e temáticas sociais que retratam importantes momentos históricosbrasileiros. O dramaturgo dedica as dez peças a observar e a questionar o passado históricodo Brasil, principalmente a partir da perspectiva paulista e de classes economicamenteprivilegiadas. Rosenfeld (1986) considera a obra como única, pela grandeza da concepçãoe pela unidade e coerência com que as peças se subordinam ao propósito, que foi mantidapelo autor por muito tempo com, persistência a aprofundar-se nas próprias origens, deprocurar a sua verdade individual através do conhecimento do grupo social ao qualpertencia. O ciclo trata principalmente da realidade paulista e brasileira, abordando seus

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aspectos históricos, sociais e morais, o autor faz a reconstrução desse mundo socialutilizando-se de varias formas de realismo. Assim, por meio da ficção de Jorge Andradetemos a imagem de períodos marcantes na historia do Brasil, decorrente de uma volta assuas próprias origens, descrevendo sua versão da história a partir de uma realidade familiare de experiências vividas, no entanto, apesar de o autor se basear em suas memórias eexperiências a sua obra não deixa de alcançar verdades universais.

O MONÓCULO CRÍTICO DE EÇA DE QUEIRÓS EM A RELÍQUIA Vanessa Micheli Faraom (UDC – FACEMED)

PALAVRAS-CHAVE: Eça de Queirós, crítica social, Ironia;

A obra A Relíquia apresenta um questionamento acerca do que retrata: a hipocrisiada sociedade burguesa e clerical de sua época. Eça de Queirós faz uma crítica contra areligiosidade fanática e a hipocrisia burguesa, transmitindo ao leitor um retrato fiel deaspectos que permeavam a sociedade da época. Através das atitudes e comportamentos dospersonagens vemos explicitamente a crítica feita em torno do que diz respeito àqueles quevivem de aparência para comportar o que a burguesia exigia. A hipocrisia ficaextremamente representada pelo personagem Teodorico, o qual leva uma vida dupla, émentiroso, dissimulado e finge adaptar-se ao conservadorismo beato da casa da tia,quando, na verdade, longe dos olhos vigilantes de D. Patrocínio, leva uma vida mundana,cujos prazeres carnais são sua preferência. Teodorico, almejando sempre a fortuna esabedor da repugnância desta pelas coisas mundanas, vale-se da ironia ao referir-se aquiloque secretamente adora para permanecer no bom conceito que a tia faz dele. Eça deQueirós, fazendo jus ao período a que pertenceu, a saber, o Realismo, utilizava de umalinguagem clara, sendo a ironia, a denúncia da hipocrisia da sociedade burguesa e o relatodos acontecimentos do cotidiano sua característica marcante. A crítica ensejada pelapoética de Eça traz à luz um retrato fiel da sociedade portuguesa, levando-nos a umareflexão acerca do valor da aparência e da essência em que vivia a burguesia e o clero daépoca.

POLIFONIA NA ENTREVISTA DE DÉCIO PIGNATARIVanessa Raini de Santana (PIBIC/CNPq/Unioeste)

Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Polifonia, Enunciados negativos, Entrevista Décio Pignatari.

Verificar como se opera argumentativamente um enunciado permite identificaras perspectivas enunciativas abordadas na elaboração de determinado discurso. Oacionamento de pontos de vista que recaem não sobre a responsabilidade do locutor dotexto, mas de seus enunciadores, revela a existência de polifonia, ou seja, o trabalho dolocutor com vozes alheias ao seu discurso. A utilização de mecanismos que auxiliam naconstrução da argumentação é de grande importância durante a realização da enunciação.Tal manobra discursiva se efetiva por meio de elementos capazes de direcionarargumentativamente o interlocutor a chegar a determinada conclusão. Considerandoestudos que versam sobre a Semântica Argumentativa, como os de Ducrot (1987/1989) e

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de Koch (1984), percebe-se que uma das formas de manifestação da polifonia é a utilizaçãode enunciados negativos, que, ao serem utilizados em determinado contexto, revelam aorientação argumentativa sugerida pelo enunciador. Visando a identificar como esseprocesso ocorre, optou-se por fazer uma análise da entrevista cedida à Revista Cult porDécio Pignatari, em setembro de 2000. A presente pesquisa está vinculada ao projeto deIniciação Científica intitulado “Ocorrência de polifonia por meio de operadoresargumentativos em entrevistas da Revista Cult”. Pretende-se, portanto, explanar sobre osresultados parciais obtidos na pesquisa, ou seja, demonstrar o efeito argumentativo geradopela presença de polifonia em enunciados negativos retirados presentes no gêneroentrevista.

ALMAS AGRADECIDAS E OUTROS CONTOS: as classes sociais e o olhar deMACHADO de Assis

Vera Regina Vargas (PIC-V/Unioeste)Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Classes sociais, Machado de Assis, Contos.

O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa bibliográfica e analítica noconto “Almas Agradecidas” e outros contos machadianos, com o intuito de observar comorepresentam estilisticamente as classes sociais, na época, no Brasil. Para isto, tomar-se-ácomo objeto de estudo os cenários fluminenses e personagens que esses contosapresentam, de modo a investigar como se davam as relações de poder, com o interesse dedetectar marcas dessa sociedade hierarquizada revelada pelo autor. Para a consecuçãodesta análise, o trabalho fundamenta-se nas considerações teóricas de Raymundo Faoro(2001), Alfredo Bosi (1999) e Machado de Assis.

OS SINOS DA AGONIA: o confronto entre as versões das personagensViviane Bezerra (Unioeste)

Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Os Sinos da Agonia, Estrutura do romance, Vozes daspersonagens

Este trabalho realizará uma leitura do romance Os sinos da agonia, de AutranDourado. Nele, o autor delega voz às personagens para que elas conduzam a narrativasegundo seus pontos de vista. Para isso, cada personagem está inserido em um bloco oujornada, ou seja, cada uma narra em seu devido tempo, na seguinte ordem: Januário najornada intitulada “A farsa”; Malvina em “Filha do Sol e da luz”; Gaspar em “O destino dopassado” e, simultaneamente, as três versões se encontram finalizando a obra na jornada“A roda do tempo”. Todavia, alguns detalhes são desconhecidos pelas personagens,cabendo ao narrador unir as vozes ao longo da história. Para isso, o narrador se vale dacondição de onisciente para emitir juízos valorativos elas. Essa arquitetura labirínticacompõe o estilo deste romance de Autran Dourado.

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TEMA E ESTRUTURA NA PEÇA ANJO NEGRO DE NELSON RODRIGUESWallisson Rodrigo Leites (Unioeste/Cascavel)

Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

PALAVRAS-CHAVE: Anjo Negro, Nelson Rodrigues, Estrutura, temática.

As peças rodriguinianas deram ao teatro um novo caráter literário, a temáticauniversal encontrada em suas obras ao resgatar aspectos do trágico antigo e aclimatá-los àrealidade sócio-cultural brasileira, coloca o teatro nacional ao lado das grandes obras danossa literatura. O teatro de Nelson Rodrigues devido à complexidade estética naelaboração de personagens, no tratamento do gênero e de temas, tem suscitado variadaspesquisas no Brasil e na América Latina. Contudo, sua obra ainda não foi de todo esgotada,podendo motivar pesquisas qualitativas na área da crítica cultural, historiográfica e estudos comparados. O estudo de suas peças representa um olhar aguçado para a condição humanaà medida que refletem aspectos do consciente e do inconsciente coletivo. Este textoapresenta uma breve reflexão sobre os elementos estruturadores e temáticos na peça AnjoNegro (1947) de Nelson Rodrigues, com o objetivo de verificar os processos estilísticosque resultam numa aproximação da figura do herói trágico sob o discurso da dramaturgiacontemporânea, como discurso possível num determinado período histórico.

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27 de junho de 2009 – 13h30 às 17h15

Local: Salas de aula da UNIOESTE

ENSALAMENTO DA SESSÃO DE COMUNICAÇÕESSALA 07 - BLOCO 1 – 2º PISO

13h30 – 13h45: A Relação do Piloto Anônimo em português e em italiano: notassobre a tradução

Benilde Socreppa Schultz (Unioeste/Cascavel)

13h45 – 14h00: Origens e significações das expressões idiomáticas da línguaportuguesa falada no Brasil

Cassiano Ricardo Galli (Unioeste)

14h00 – 14h15: Análise sócio-linguística e cultural de provérbios em latim

Diego Engelmann (Unioeste)

14h15 – 14h30: Toponímia e memória social: um estudo sobre Terra Roxa-PR

Elizeth Pereira da Silva (Unioeste)Márcia Sipavicius Seide (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h30 – 14h45:O léxico semântico-pragmático do entretenimento infantil: ematividades recreativas

Evelin K. Schmidt (PICV/PRPPG - Unioeste)Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h45-15h00: Processos de formação de palavras no português brasileiro: o casodos prefixos

Luizane Schneider (Unioeste)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: Estrangeirismos: influência no léxico da cidade de Foz do Iguaçu

Macirlene Lima de Leite Queiroz (Unioeste/Foz do Iguaçu)

15h30 – 15h45: Transformações nos saberes lingüísticos na passagem do séculoXIX ao XX: questões referentes a dicionários de língua espanhola

Mariana Girata Francis (Unioeste/ PG-UEL)Profa. Dra. Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão (UEL – Orientadora)

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15h45 – 16h00: A influência da mulher no léxico infantil

Patrícia Lucas (Bolsista PIBIC/CNPq/Unioeste)Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

16h00 – 16h15: Princípios Básicos da Terminologia Bilíngue e Confecção deGlossários

Polyana Lucena Camargo de Almeida (UEL)Eidele Maria Raimundo(UEL)

16h15 – 16h30: Gêneros textuais da esfera jurídica no material didáticoparanaense

Mirian Schröder (UFPR-FALURB)

16h30 - 16h45 - Representação de gênero em livros didáticos e nas histórias dascrianças

Prof. Ms. Ivone Maria Battistela (SEED/PR)

16h45 - 17h00: A problemática da política linguística na Unila

Karina Mendes Thomaz

SALA 08 - BLOCO 1 – 2º PISO

13h30 – 13h45: Sentido e sujeito através do discurso jornalístico: ahomogeneização das narrativas e a cristalização dos sentidos

Alessandro Alves da Silva (PICV/PRPPG/Unioeste)Alexandre Sebastião Ferrari Soares (Unioeste - Orientador)

13h45 – 14h00: A representação discursiva das práticas pedagógicas na revistanova escola

Eliana Cristina Pereira Santos (Unioeste)João Carlos Cattelan (Unioeste - Orientador)

14h00 – 14h15: Para curar a política: uma leitura da correspondência eleitoral

Mariana Lioto (Unioeste)João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

14h15 – 14h30: Estudo do filme Vem Dançar sob a perspectiva da Análise doDiscurso

Job Lopes (PIBIC/CNPq – Unioeste)João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientador)

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14h30 – 14h45: Revista Veja e a superioridade dos asiáticos em “Cultura doSucesso”

Juliana Karina Voigt (Unioeste)

14h45-15h00: As duas faces do discurso ecologicamente correto

Luciane Lucyk Bartmanovicz (Unioeste) Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: A dimensão social do discurso atrelado à história da retórica

Pamera Francieli Corrêa Pereira (Unioeste)Márcia Sipavicius Seide (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

15h30 – 15h45: O discurso de Veja sobre educação no ensino superior no Brasil eavaliação de qualidade: ditos e interditos

Andressa Guedes Kaminski Alves (Unioeste)

15h45 – 16h00: O Boticário: igualdade x subjetividade

Keli Adriana Vidarenko da Rosa (Unioeste) Prof. Dr. João Carlos Cattelan (Unioeste - Orientador

16h00 – 16h15: Uma reflexão sobre o ethos em publicidades referentes ao PNLD2010

Cínthia Morelli Rosa (Unioeste)

16h15 – 16h30: A educação de jovens e adultos a partir do material didático: umadenúncia sobre o seu caráter reducionista

Clariane Leila Dallazen (Unioeste) Maria Juliana Mazur (Unioeste)

16h30 – 16h45: Professores de Línguas: produção de materiais e práticas sociais

Profa. Dra. Aparecida de Jesus Ferreira (Unioeste)

16h45 – 17h00 A internet como ferramenta no ensino/aprendizado de línguainglesa (li)

Maura Bernardon (Unioeste/Toledo)

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SALA 09 - BLOCO 1 – 2º PISO

13h30 – 13h45: “Livro de Receitas” – O passo a passo na construção e manutençãodo suspense na obra juvenil de Marcos Rey

Ana Cecilia Hildebrand Seyboth (Unioeste) Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

13h45 – 14h00: A ilustração na obra “Chapeuzinho Amarelo” de Chico Buarque

Evelyn Werner (Unioeste)

14h00 – 14h15: A metalinguagem na obra Retratos de Carolina de Lygia Bojunga.

Gisela Johann Recalcatti (PIC/V - Unioeste)Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h15 – 14h30: A intertextualidade nas obras de Monteiro Lobato

Gleika Schlindvein Back (Unioeste)Luana Aguiar da Silva (Unioeste)

Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h30 – 14h45: O poder na obra de Ruth Rocha

Karine Cristine Leonardo Inácio (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)Taiana Grespan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

14h45-15h00: Representações masculinas em obras de Lygia Bojunga

Cris Marilda Fites (PIC/V)Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: A melancolia presente na obra Hamlet, de William Shakespeare

Liziane Regina Paiz (Unioeste)Paula Kracker Francescon (Unioeste)

Valdomiro Polidorio (Unioeste - Orientador)

15h30 – 15h45: Otimismo e desencanto de Julien Sorel: espelho das instabilidadessociais e históricas

Maria Carolina Payão de Almeida (UEL)Profa. Dra. Edna Salla (Orientadora)

15h45 – 16h00: As marcas de vanguardas no poema Ramón Collar

Elaine Maria Gracioli Rodrigues

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16h00 – 16h15: O espaço na obra El coronel no tiene quien le escriba, de GarcíaMárquez

Maricélia Nunes dos Santos (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

16h15 – 16h30: “As personagens femininas de “Um rio chamado tempo, uma casachamada terra”

Miriam Juliana Pastori Bosco (Unioeste)

16h30 – 16h45: Da compaixão à crueldade: um estudo do Ensaio Sobre a Cegueira

Caroline Arenhart De BastianiRegina Coeli Machado e Silva (Unioeste - Orientadora)

16h45 – 17h00: A Jangada de Pedra: em busca do resgate da identidadeportuguesa

Joice Oliveira Noll (Unioeste)

SALA 11- BLOCO 1 – 2º PISO

13h30 – 13h45: Tema e estrutura na peça Anjo Negro de Nelson Rodrigues

Wallisson Rodrigo Leites (Unioeste/Cascavel)Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

13h45 – 14h00: Os Sinos da Agonia: o confronto entre as versões das personagens

Viviane Bezerra (Unioeste)Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

14h00 – 14h15: Almas Agradecidas e outros contos: as classes sociais e o olhar deMachado de Assis

Vera Regina Vargas (PIC-V/Unioeste)Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

14h15 – 14h30: A simbologia da água em poemas de Helena Kolody

Suellen Chaves Borges (Unioeste)Clarice Braatz Schmidt Neukirchen (Unioeste - Orientadora)

14h30 – 14h45: Macho não ganha flor: uma leitura do conto de Dalton Trevisan

Salete Schmidt Rutkauskis (CEPR)

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14h45 – 15h00: Princípios da picaresca como substratos da narrativa em O chalaça(1994)

Robert Thomas George Würmli (Unioeste/ Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/ Cascavel - Orientador)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: A mulher no espaço da representação: além da beleza física

Paula Maria Lucietto Dylbas dos Santos (Unioeste)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

15h30 – 15h45: Religião e gênero: um estudo comparativo de personagensfemininas em romances do final do sec.XIX e da sociedade contemporânea

Kayanna Pinter (Unioeste)Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste - Orientadora)

15h45 – 16h00: Gretchen e Margarida: a desgraça à luz do amor

Elisângela Redel (Unioeste)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

16h00 – 16h15: Literatura e Crítica Social: Diálogos especulares entre Kafka,Guimarães Rosa e Saramago

Adriano Rodrigues Alves (UDC-FACEMED)

16h15 – 16h30: Narrativa e intertextualidade em O Sonho de Electra

Daniela Viviane Lusa – (Unioeste)Antonio Donizeti da Cruz (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

16h30 – 16h45: Literatura e identidade: João Gilberto Noll e Clarice Lispector

Alessandra Pajolla (UEM)Sandro Adriano da Silva (UEM)

16h45 – 17h00: Miséria, opressão e violência: o caipira na perspectiva deGraciliano Ramos e Monteiro Lobato

João Paulo Frai (Unioeste)Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

SALA 12- BLOCO 1 – 2º PISO

13h30 – 13h45: Nietsche, Felipe Fortuna, Sísifo e o eterno retorno

Antonio Rediver Guizzo

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Page 109: Caderno de Resumos - Jell

13h45 – 14h00: A (im)possibilidade de ver o “outro”: o discurso da descoberta daAmérica

Toni Juliano Bandeira (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

14h00 – 14h15: O universo multicultural ameríndio e a identidade híbridaamericana em The heirs of Columbus (1991), de Gerald Vizenor

Abel Santos de Oliveira Junior (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste /Cascavel - Orientador)

14h15 – 14h30: Imagens pictóricas em O Enfermeiro (1999) – Mario Farias

Julie Fank (Unioeste)Acir Dias (Unioeste – Orientador)

14h30 – 14h45: Valores morais versus poder aquisitivo no conto O enfermeiro deMachado de Assis

Josiane Cristina Neri (Unioeste)

14h45-15h00: Estudos acerca da formação do teatro trágico antigo e do dramatrágico contemporâneo: relações sócio-históricas e intertextuais

Pedro Leites Jr. (PIBIC/CNPq -Unioeste)Lourdes Kaminski Alves (Unioeste - Orientadora)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15-15h30: Memória e História na dramaturgia de Jorge Andrade

Vanessa Cristhina Zorek Daniel (Unioeste)Profa.Dra.Lourdes Kaminsk Alves (Unioeste – Orientadora)

15h30 – 15h45: Alguns aspectos da fortuna crítica de Os sinos da agonia, deAutran Dourado

Claudinei Francisco Pioner (PIBIC - Unioeste).Profa. Dra. Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon -

Orientadora)

15h45 – 16h00: Regionalismo Brasileiro: Uma Introdução

Bruna Bechlin (Unioeste)

16h00 – 16h15: A solidão em Caio Fernando Abreu

Mirian Carla Barbosa (Unioeste)

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16h15 – 16h30: “O cobrador” de Rubem Fonseca: uma leitura sociológica do homo brutalis

Pablo Jamilk Flores (Mestrado Letras/Unioeste)Regina Coeli Machado (Unioeste - Orientadora)

16h30 – 16h45: A relação entre casal sob a ótica de Luiz Vilela

Patrícia Martins Cozer (Unioeste)

16h45 – 17h00: Mulher, mulheres: representações na narrativa de Luiz Ruffato

Priscila Yamany Medeiros (Bolsista PIBIC/Unioeste)Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste – Orientadora)

SALA 48- BLOCO 2 – 2º PISO

13h30 – 13h45: Estatuto da Criança e do Adolescente na escola

Michely Fernanda Azeredo Coutinho Scherer (Unioeste)Sabrina Passig Schilke (Unioeste)

Adriana da Cunha Werlang (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

13h45 – 14h00: O que está errado na educação?

Lucia Sehnem Gauer

14h00 – 14h15: Como usar a televisão na sala de aula

Ruth Winterkorn (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

14h15 – 14h30: Reflexões sobre avaliação da aprendizagem em oficinas de extensão

Amanda Maria Elsner (Unioeste)Greice da Silva Castela (Unioeste - Orientadora/ PG - UFRJ)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

14h30 – 14h45: Discurso como prática social: a aprendizagem de inglês na escolapública

Profa. Ms. Isis Ribeiro (Unioeste/Foz do Iguaçu)

14h45– 15h00: Link da comunicação: perspectivas inovadoras para o ensino

Camila Alves (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)Diana Milena Heck (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)

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INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: O preconceito lingüístico nas comunidades do Orkut

Thiago Benitez de Melo (Unioeste)

15h30 – 15h45: Língua, literatura e cultura – uma confluência necessária no ensino de L. E.

Stanis David Lacowicz (Unioeste/Cascavel)Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)

15h45 –16h00: Ser bilíngüe num contexto de línguas em contato

Noeli Pufal Schulz (Unipar)

16h00 – 16h15: Imigração alemã: um estudo sobre cartas familiares

Luciane Watthier (Unioeste)Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientadora)

16h15 – 16h30: Estudo de aspectos sócio-históricos de uma comunidade ucranianade Irati/PR

Tadinei Daniel Jacumasso (Unicentro - Unioeste/Bolsista CAPES)

16h30 – 16h45: O Escocês Literário – Vivo e Florescente

Newton Sabbá Guimarães – (Unicentro/Irati , PR )

16h45 – 17h00: Relatos de viagem do intercâmbio do Brasil com o Paraguai

Bruna Otani Ribeiro (Unioeste/bolsista PROEX)Greice da Silva Castela (Unioeste)

SALA 49- BLOCO 2 - 2º PISO

13h30 – 13h45: Verbos modais, modalização objetiva e modalização subjetiva

Adriano Steffler (Unioeste)

13h45 – 14h00: Modalização e argumentação no artigo de opinião

Alcione Tereza Corbari (Unioeste/Cascavel)

14h00 – 14h15: Relação letra/música: aspectos de modalização na música Palhaço(Mais clara, mais crua), de Egberto Gismonti

Luciano Dallastra (Unioeste/Cascavel)

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14h15 – 14h30: Ocorrência de modalização jornal online paraguaio

Rejane Hauch Pinto Tristoni (Unioeste)

14h30 – 14h45: O sentido objetivo e o sentido subjetivo no uso do adjetivo

Simone Beatriz Cordeiro Ribeiro (Unioeste – Mestrado/ Bolsista Fund. Araucária)Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)

14h45-15h00: Coesão textual: um olhar sobre o emprego dos artigos definidos eindefinidos

Ana Cristina Garbato (Unioeste/Cascavel)Rosana Becker (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: Aspectos da referenciação em entrevistas publicadas pela RevistaCult

Eviliane Bernardi (PIBIC/Unioeste/PRPPG – Unioeste)Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

15h30 – 15h45: A referenciação como artifício de construção de objetos discursivos

Marly de Fátima Gonçalves Tavares Biezus.Profa. Dra Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

15h45 – 16h00: Polifonia na entrevista de Décio Pignatari

Vanessa Raini de Santana (PIBIC/CNPq/Unioeste)Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

16h00 – 16h15 Funções do Operador Argumentativo e em Crônicas de ArnaldoJabor

Graziele Boff (Mestrado – Unioeste)Profa. Dra. Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)

16h15 – 16h30: O monóculo crítico de Eça de Queirós em A Relíquia

Vanessa Micheli Faraom (UDC – FACEMED)

16h30 – 16h45: A relação de poder entre Fabiano e o Soldado Amarelo emcomparação com a forma estatal da Constituição de 1937

Rafael Felipe Prais (Unioeste)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

16h45 – 17h00: Interdisciplinaridade: a guerra de canudos e Os Sertões deEuclides da Cunha

Jael dos Santos (Unioeste)Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)

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Page 113: Caderno de Resumos - Jell

SALA 50 - BLOCO 2 - 2º.PISO

13h30 – 13h45: A leitura sob o ponto de vista dos alunos e professores da EscolaEstadual Dom Carlos Eduardo

Adeonilde Gregorini Chiamenti (Unioeste –PDE)Greice da Silva Castela (Unioeste – orientadora)

13h45 – 14h00: Letramento: leituras

Aparecida Ellen dos Santos Cipriano (Unica - União de Ensino Superior de Cafelândia)Marly de Fátima Tavares Biezus (Única - União de Ensino Superior de Cafelândia -

Orientadora)

14h00 – 14h15: A Maior Flor do Mundo, de Saramago: uma experiência detrabalho com uma turma de segunda série do ensino fundamental do município deCascavel

Camylla Galante (Unioeste /Cascavel)Rosana Becker (Unioeste/Cascavel – Orientadora)

14h15 – 14h30: Concepções de escrita em Planos de Trabalho Docente de LínguaPortuguesa

Mônica Cristina Metz (UEM)

14h30 – 14h45: A alfabetização, o letramento e a inelegibilidade decorrente dedisposição constitucional

Mônica Engelmann (Unioeste)

14h45-15h00: Gêneros textuais em oficinas de formação continuada

Rosiane Moreira da Silva Swiderski (Unioeste)Greice da Silva Castela (Unioeste/ PG - UFRJ - Orientadora)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: Gênero Discursivo Mangá: um percurso por sua história

Kaline Cavalheiro (Unioeste) Rosana Becker (Unioeste - Orientadora)

15h30 – 15h45: Gênero discursivo mangá: uma reflexão sobre sua recepção noBrasil

Amanda Bordin (Unioeste)Rosana Becker Fernandes (Unioeste – Orientadora)

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Page 114: Caderno de Resumos - Jell

15h45 – 16h00: A nova Mônica

Douglas Corrêa da Rosa (Unioeste)Verônica de Jesus de Lima Ávila (Unioeste)

Rosana Becker (Unioeste – Orientadora)

16h00 – 16h15: O resumo acadêmico como instrumento para a constituição daescrita na formação docente inicial

Rubia Mara Bragagnollo (UEM)Prof. Dr. Renilson José Menegassi (Orientador)

16h15 – 16h30: O gênero propaganda na formação continuada de docentes

José Vinicius Gouveia Torrentes (PG-Unioeste / Bolsista Seti)Greice da Silva Castela (Unioeste/ PG – UFRJ - Orientadora)Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

16h30 – 16h45: Encaminhamentos didáticos adotados para o trabalho com adisciplina leitura e produção textual do curso de letras

Fernanda Lünkes (Unioeste – Cascavel)Rosana Becker (Unioeste/Cascavel - Orientadora)

16h45 – 17h00: O letramento no ensino de língua portuguesa: estratégias para aformação do cidadão

Tatiana de Medeiros Canziani (IFPR)

SALA 51- BLOCO 2 - 2º PISO

13h30 – 13h45 O texto como objeto de ensino e aprendizagem

Margarete Aparecida Nath (Unioeste/PDE) Terezinha da Conceição Costa-Hubes (Unioeste - Orientadora)

13h45 – 14h00: Uma experiência de ensino com a linguagem publicitária

Liliane Alcântara (Unioeste)Rosana Becker Fernandes (Unioeste - Orientadora)

14h00 – 14h15: Diagnose de erro e ensino.

Nilse Dockhorn Hitz (Col. Est. Mal. Gaspar Dutra)

14h15 – 14h30: El español coloquial en Shrek I

Dari José Klein (Unioeste/Toledo)

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Page 115: Caderno de Resumos - Jell

14h30 – 14h45: O brincar como recurso de aprendizagem

Jocielly Marques de Oliveira Citon (Unioeste)Greice da Silva Castela (Unioeste - Orientadora)Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)

Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)

14h45-15h00: O Pedagogo na Brinquedoteca Hospitalar

Adriane Wengrad (Unipar) Mayara Leilane Hohnke (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

INTERVALO (15h00 – 15h15)

15h15 – 15h30: A Brinquedoteca Hospitalar e sua função no Hospital

Aline Cristina Eger de Melo (Unipar) Dione Maria de Col Bomfim (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

15h30 – 15h45: A criança e sua relação com a Brinquedoteca Hospitalar

Cátia dos Santos Rodrigues Morgenstern (Unipar) Vanessa Mafort (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

15h45 – 16h00: O lúdico na Brinquedoteca Hospitalar

Juliana Cristina Ribeiro (Unipar) Patrícia Siveres (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

16h00 – 16h15: Pedagogia Hospitalar e sua atuação na brinquedoteca hospitalar

Márcia Elaini Luft (Unipar/Toledo) Mônica Brandt Kochen (Unipar/Toledo)

Noeli Pufal Schula (Unipar/Toledo - Orientadora)

16h15 – 16h30: A atuação do Pedagogo na Brinquedoteca Hospitalar

Alessandra Venancio Justino (Unipar) Valdirene Aparecida Souza Nicola (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)

16h30 – 16h45: Formação do homem brasileiro: vida social, linguagem e negócios

Antônio Kaminski Alves (FVJ - Faculdade do Vale do Jaguaribe)

16h45 - 17h00: A criança na brinquedoteca hospitalar

Andressa Bezen (Unipar)Bruna Heloísa Inocêncio (Unipar)

Noeli Pufal Schulz (Unipar/Toledo - Orientadora)

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