DISCIPLINA: ERGONOMIA Manoel J.C. Serrão · Ergonomia Organizacional - no que concerne a...

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DISCIPLINA: ERGONOMIA

Manoel J.C. Serrão Engenheiro Civil – Universidade Federal do Pará

Especialista em . Seg. do Trabalho – Universidade da Amazônia / Faculdades Unidas do Amapá

Mestrando em Sustentabilidade Energética – Universidade Federal do Amapá

CURSO DE DESIGN - Objetivo

• bacharéis em Design com formação voltada para atuação profissional no mercado do Norte brasileiro, montando o seu próprio negócio(produto e/ou serviço), como também atuando nas ou para as empresas regionais, com forte ação empreendedora

Graduar

• profissionais capazes de analisar, planejar e propor melhorias nos produtos e processos (redesign ou novo produto), de acordo com as necessidades dos usuários, voltados para a realidade regional;

Formar

• a formação profissional, baseando-se no desenvolvimento do potencial crítico/analítico e criativo/inovador; Direcionar

• o profissional de Design para solucionar problemas projetuais na sua área de atuação, utilizando metodologias específicas, com criatividade e inovação, visando a materialização, de acordo com os diferentes meios e processos disponíveis no local.

Capacitar

CURSO DE DESIGN - Composição

Conteúdos Específicos

32,5% - 780h

Conteúdos Básicos

40% - 960h

Conteúdos Teórico – Práticos

27,5% - 660h

CURSO DE DESIGN – Conteúdos básicos

Conteúdos Básicos

40% - 960h

INTRODUÇÃO AO DESIGN

HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN

SOCIEDADE E CULTURA

DESENHO GEOMÉTRICO

METODOLOGIA CIENTÍFICA

ESTÉTICA

SEMIÓTICA

COMPUTAÇÃO GRAFICA I

DESENHO TÉCNICO

TECNOLOGIA I (PRODUTO)

ERGONOMIA I

ERGONOMIA II

COMPUTAÇÃO GRÁFICA II

GESTÃO DO DESIGN

DESIGN E MARKETING

ECODESIGN

CURSO DE DESIGN – Tópicos

Ergonomia

12,5% - 120h

Ergonomia I – 60h

Introdução e conceituação da Ergonomia.

Áreas de atuação e aplicação da ergonomia

como ferramenta no desenvolvimento de

produto. Aspectos antropométricos.

Antropometria dinâmica e estática.

Ergonomia do manejo. Design Universal

Ergonomia II – 60h

Ergonomia no processo de desenvolvimento

do produto. Diagnóstico ergonômico na

interface homem-tarefa-máquina. Metodologia

e avaliação ergonômica homem x produto e

Homem x ambiente de trabalho como estudo

de caso.

CURSO DE DESIGN – Tópicos

Ergonomia

12,5% - 120h

Ergonomia I – 60h

Segundas e Quartas: 33 encontros

Jan: 2

Fev: 8

Mar: 6

Abr: 7

Mai: 8

Jun: 2

Ergonomia II – 60h

Segundas e terças: 33 encontros

Jan: 2

Fev: 7

Mar: 7

Abr: 7

Mai: 8

Jun: 2

CURSO DE DESIGN – Tópicos

Ergonomia

12,5% - 120h

Ergonomia I – 60h

Segundas e Quartas: 33 encontros

Jan: 2

Fev: 8

Mar: 6

Abr: 7

Mai: 8

Jun: 2

Ergonomia II – 60h

Segundas e terças: 33 encontros

Jan: 2

Fev: 7

Mar: 7

Abr: 7

Mai: 8

Jun: 2

SUMÁRIO UNIDADE I: PRELIMINARES

• Introdução

• Conceito

• Desenvolvimento atual da ergonomia

• Classificação

UNIDADE II: APLICAÇÃO DA ERGONOMIA COMO FERRAMENTA NO

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO

UNIDADE III: ANTROPOMETRIA

• Aspectos antropométricos

• Antropometria dinâmica e estática

UNIDADE IV: ERGONOMIA DO MANEJO

UNIDADE V: DESIGN UNIVERSAL

UNIDADE VI: MÉTODOS DE ANÁLISE

DISCIPLINA: ERGONOMIA I

UNIDADE I: PRELIMINARES

Manoel J.C. Serrão Engenheiro Civil – Universidade Federal do Pará

Especialista em . Seg. do Trabalho – Universidade da Amazônia / Faculdades Unidas do Amapá

Mestrando em Sustentabilidade Energética – Universidade Federal do Amapá

INTRODUÇÃO

• O estudo das leis do trabalho Etimologia

•Do grego

• Ergon (trabalho)

•Nomos (regra)

Ergonomia

•Do grego

•Pomos (Trabalho escravo)

•Ergon (trabalho arte de criar satisfazer)

Trabalho •Ergonomia deveria

transformar o Pomos

em Ergon.

Objetivo

• Utilizado pela primeira vez em 1857 por W. Jastrzbowski

Ergonomia

CONCEITO • Conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e

necessário para os engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalhos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

MUREEL – 1949

Início da concepção de ergonomia

• É a tecnologia do projeto do trabalho. SINGLETON - 1972

• Conjunto de conhecimento relativos ao comportamento do homem em atividade, afim de aplicá-los na execução das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção.

LAVILLE

• Estudos dos problemas relativos ao trabalho humano e que devem ser levados em conta na projeção de máquinas, equipamentos e ambientes de trabalho.

AURÉLIO

DESENVOLVIMENTO ATUAL DA

ERGONOMIA

O desenvolvimento atual da

ergonomia pode ser caracterizado por

quatro critérios:

• Tecnológico;

• Econômico;

• Social;

• Organizacional.

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Classificação da ergonomia

Fases de desenvolvimento

Domínios de especialização

Abordagens da ergonomia

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Fases de desenvolvimento 1ª Fase

• Ergonomia de Hardware ou Tradicional surgiu durante a 2° Guerra Mundial e representa o início da ergonomia “human factors” como ciência formal. Incialmente concentrou-se no estudo das características físicas do ser humano (capacidades e limites) com utilização militar e em seguida direcionando-se para área civil, voltadas às questões físicas e fisiológicas e biomecânicas do ambiente de trabalho e na interação dos sistemas homem-máquina.

2ª Fase

• Ergonomia do Meio Ambiente que trata das questões ambientais naturais e artificiais (ruído, vibrações, temperatura, iluminação, aerodispersóides) que interferem no trabalho. Fortaleceu-se em função do interesse em compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente que se integram também com as questões ecológicas de reequilíbrio do planeta atualmente muito em voga.

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Fases de desenvolvimento

3ª Fase

• Ergonomia de Software ou Cognitiva lida com o processamento de informações, com o advento da informática de forma massiva a partir da década de 80. Essa modalidade está focada na interface da interação entre o homem e a máquina, que deixa de ser como na fase tradicional (antropométrica, biomecânica e fisiológica), e passa ter boa parte desse relacionamento intangível no campo físico, o operador não manuseia mais o produto, mas sim comanda uma máquina que está operando sobre o produto. A tecnologia da informação passa a ser uma extensão do cérebro e as interfaces para operação tem que levar em conta fatores cognitivos para facilitar o comando.

4ª Fase

• Macroergonomia diz respeito a uma visão mais ampla da ergonomia, deixando de se restringir ao operador e sua interação com a máquina, atividade e ambiente, ela entra no contexto organizacional, psicossocial e político de um sistema. Diferencia-se das anteriores por priorizar o processo participativo envolvendo administração de recursos, trabalho em equipe, jornada e projeto de trabalho, cooperação e rompimento de paradigmas. O que garante intervenções ergonômicas com melhor resultado, reduzindo o índice de erros, e gerando maior aceitação e colaboração por parte das pessoas envolvidas.

DOMÍNIOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA

ERGONOMIA

Domínios de especialização

Ergonomia física

Ergonomia cognitiva

Ergonomia organizacional

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Domínios de especialização da ergonomia

Ergonomia Física - no que concerne as características da

anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica

em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes

incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais,

movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueléticos

relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho,

segurança e saúde.

Ergonomia Cognitiva - no que concerne aos processos

mentais, tais como percepção, memória, raciocínio, e

resposta motora, conforme afetam interações entre seres

humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos

relevantes incluem carga mental de trabalho, tomada de

decisão, performance especializada, interação homem-

computador, stress e treinamento conforme estes se

relacionam aos projetos envolvendo seres humanos e

sistemas.

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Domínios de especialização da ergonomia

Ergonomia Organizacional - no que concerne a otimização

dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas

organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes

incluem comunicações, gerenciamento de recursos de

tripulações (CRM - domínio aeronáutico), projeto de trabalho,

organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto

participativo, ergonomia comunitária e trabalho cooperativo

novos paradigmas do trabalho, cultura organizacional,

organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

Domínios de especialização da ergonomia

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA

Abordagens da ergonomia

Abrangência

Momento ou ocasião

Interdisciplinaridade

ABORDAGENS DA ERGONOMIA

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA Abrangência:

Ponto de aplicação

• Análise do posto de trabalho (Física);

• Análise de sistemas.

Momento ou Ocasião:

Tempo em que se aplica

• Ergonomia de concepção

• Ergonomia de correção

• Ergonomia de conscientização

• Ergonomia de participação

Interdisciplinaridade:

Áreas do conhecimento

envolvidas

• Médicos do Trabalho

• Analistas do Trabalho

• Psicólogos

• Engenheiros e Arquitetos

• Designers

• Enfermeiros

• Engenheiros de Segurança e Manutenção

• Programadores de Produção

• Administradores

• Compradores

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Abrangência: Ponto de aplicação

Análise do posto de trabalho (Física): Análise do

posto de trabalho com vistas a aspectos ergonômicos

em função do fator humano v.s. máquinas e

ferramentas;

Análise de sistemas: Análise de um sistema composto

por postos de trabalhos, homem, máquina, entrada,

saída e processamento;

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Momento ou Ocasião: Tempo em que se

aplica

Ergonomia de concepção:

Ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante o

projeto do produto, máquina, ambiente ou sistema.

Contextualização:

• Alternativas poderão ser amplamente examinadas

• Exige maior nível de conhecimento técnico

• Utiliza-se modelos para testar as situações

verificadas

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Momento ou Ocasião: Tempo que se aplica

Ergonomia de correção:

É aplicada em situações reais, já existentes, para resolver

problemas que se refletem na segurança, fadiga excessiva,

doenças do trabalhador ou quantidade e qualidade da

produção.

Contextualização:

• Geralmente exige custos elevados de

implementação

• Mudanças de postura, dispositivos de segurança e

melhoria da iluminação são feitas com mais

facilidade

• Redução de carga mental ou ruídos são mais

difíceis

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Momento ou Ocasião: Tempo em que se

aplica

Ergonomia de conscientização:

Procura capacitar os próprios trabalhadores para a

identificação e correção dos problemas do dia-a-dia ou

aqueles emergenciais.

Contextualização:

• Conscientizar os trabalhadores através de cursos

de treinamento e frequentemente reciclagens

• Ele deve saber exatamente qual a providência a

ser tomada em uma situação de emergência

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Momento ou Ocasião: Tempo em que se

aplica

Ergonomia de participação:

Procura envolver o próprio usuário do sistema, na solução

de problemas ergonômicos.

Contextualização

• Baseia-se na crença de que eles possuem

conhecimento prático, cujos detalhes podem

passar desapercebidos ao analista ou projetista

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Interdisciplinaridade: Áreas do conhecimento

envolvidas

Médicos do Trabalho – podem ajudar na identificação dos

locais que provocam acidentes ou doenças ocupacionais e

realizar acompanhamento de saúde;

Engenheiros de projeto – podem ajudar sobretudo nos

aspectos técnicos, modificando as máquinas e ambiente de

trabalho

Engenheiros de produção – contribuem na organização

do trabalho, estabelecendo um fluxo raciona de materiais e

postos de trabalho sem sobrecargas;

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Interdisciplinaridade: Áreas do conhecimento

envolvidas

Engenheiros de segurança e manutenção – identificam

áreas e máquinas potencialmente perigosas e que devem

ser modificadas;

Desenhista Industriais – ajudam na adaptação de

máquinas e equipamentos, projetos de postos de trabalho e

sistemas de comunicação;

Analistas do trabalho – ajudam sobretudo no estudo de

métodos, tempos e postos de trabalho;

Psicólogos – geralmente envolvidos na análise dos

processos cognitivos, relacionamentos humanos, seleção,

treinamento de pessoal, podem ajudar na implementação

de novos métodos;

CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA -

ABORDAGENS DA ERGONOMIA –

Interdisciplinaridade: Áreas do conhecimento

envolvidas

Enfermeiros e fisioterapeutas– podem contribuir na

recuperação de trabalhadores com dores ou lesões e

podem também atuar preventivamente;

Programadores de produção – podem contribuir para criar

um fluxo mais adaptado de trabalho, evitando atrasos,

estresses, sobrecargas ou trabalhos noturnos;

Administradores – contribuem no estabelecimento de

planos e cargos e salários mais justos, que ajudam a

reduzir os sentimentos de injustiça entre os trabalhadores;

Compradores – ajudam na aquisição de máquinas,

equipamentos e materiais mais seguros, confortáveis,

menos tóxicos e mais limpos;