Distúrbios Circulatórios - docs.ufpr.brtostes/arquivos/circula1.pdf · 30/06/2010 2 Pressão...

Post on 08-Oct-2018

218 views 0 download

Transcript of Distúrbios Circulatórios - docs.ufpr.brtostes/arquivos/circula1.pdf · 30/06/2010 2 Pressão...

30/06/2010

1

Distúrbios Distúrbios CirculatóriosCirculatórios

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁCOORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIACOORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

DISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIADISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA

CirculatóriosCirculatóriosParte 1Parte 1

Prof. Raimundo Tostes

Distúrbios Circulatórios

HIPEREMIA/CONGESTÃOHIPEREMIA/CONGESTÃO

HEMORRAGIA

Distúrbios Circulatórios

HIPEREMIAConceito:Aumento do volume sangüíneo localizado emum órgão ou parte dele, com conseqüentedilatação vascular.

Ocorre por alteração no sistema:

Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar

30/06/2010

2

Pressão Arterial e ResistênciaPré e Pós-Capilar

Fluxo de Saída Fluxo de Retorno

Sem fluxo ativo

Pressão hidrostática

Pressão colóido-osmótica

Fluxo de Saída Fluxo de Retorno

Fluxo de Saída

Classificação da Hiperemia

Hiperemia Ativa ou ArterialAumento do afluxo sangüíneo arterial porAumento do afluxo sangüíneo arterial por aumento da Pressão Arterial e/ou diminuição da Resistência Pré capilar.

Hiperemia Ativa Fisiológica

Hiperemia Ativa Patológica

Hiperemia Ativa Fisiológica

Aumento do suprimento de O2 e t i t l l t há d dnutrientes, paralelamente há demanda

de maior trabalho. Ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva

se tornando funcionais.

30/06/2010

3

Exemplos:

Tubo gastrointestinal durante a digestão

Glândula mamária durante lactação

f óf ó

Musculatura esquelética Musculatura esquelética durante exercícios físicosdurante exercícios físicos

Rubor facial após Rubor facial após hiperestimulaçãohiperestimulação psíquicapsíquica

Hiperemia Ativa Patológica

Aumento do fluxo sangüíneo devido à liberação local de mediadores inflamatórios (devido a agressão ao tecido), com relaxamento de esfíncteres pré-capilares e diminuição da Resistência pré-capilar. Do mesmo modo que na hiperemia fisiológica, ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais.

Exemplos: Injúria térmica (queimaduras ou congelamento) Irradiações intensas Traumatismos Infecções Inflamação aguda

30/06/2010

4

Rim normal

Rins congestos

Características da Hiperemia Patológica

Características MacroscópicasAumento de volume, avermelhamento, aumento da temperatura local (quando em superfícies corporais) e as vezes pulsação.

Características MicroscópicasIngurgitamento vascular, com hemácias em posição periférica no fluxo laminar (H.Ativa Fisiológica)

Ingurgitamento vascular, com leucócitos em posição periférica no fluxo laminar.

"Marginação, pavimentação e diapedese leucocitária”(H. Ativa Patológica).

30/06/2010

5

Hiperemia Passiva(ou venosa: ou estase ou ainda congestão)

Conceito:Diminuição da drenagem venosa por aumentoda Resistência Pós Capilar.

Hiperemia Passiva local:Hiperemia Passiva local:

Obstrução ou compressão vascularTorção de vísceras (H. Passiva aguda)Trombos venososCompressão vascular por neoplasias, abscessos, granulomas

30/06/2010

6

Hiperemia Passiva(ou venosa: ou estase ou ainda congestão)

Conceito:Diminuição da drenagem venosa por aumentoda Resistência Pós Capilar.

Hiperemia Passiva sistêmicaHiperemia Passiva sistêmica

Insuficiência Cardíaca CongestivaTrombose e embolia pulmonarLesões pulmonares extensas(enfisemas graves em equinos, TB, neoplasias pulmonares, etc).

30/06/2010

7

al d

o S

ang

ue

Flu

xo N

orm

a

I.C

.C. E

sq O2

P= 35 P= 20

DC= 4 l/min

alvéolo pulmonar

O2

capilares pulmonares

art.pulmonarP= 18 mm Hg

NO

RM

AL

Débito Cardíaco6 l/min

veiaspulmonaresP= 8 mm Hg

I.C

.C. D

ir

O2

P= 18 P= 8

DC= 4 l/min

VE

P= 5 P= 85

tecido periférico

veia cava cauda

P= 5 mm Hg

aorta

P= 85 mm Hg

capilares sistêmicos

AD

VD VE

AE

VD

P= 15 P= 85

EDEMA

rdía

ca C

on

g.

Esq

.In

sufi

ciên

cia

Car

30/06/2010

8

30/06/2010

9

pát

ica

Pas

siva

Co

ng

est

ão H

ep

noz-moscada

Fígado em noz-moscada

30/06/2010

10

Conseqüências da Hiperemia

Edema (ativa e passiva)O aumento da Pressão Hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar.

Hemorragias (ativa e passiva)P di d t d ilPor diapedese ou por ruptura de capilares e pequenas vênulas.

Degenerações e Necrose (passiva)Por redução do fluxo de O2 e nutrientes.

Trombose (passiva)Por diminuição da velocidade do fluxo.

Distúrbios Circulatórios

HEMORRAGIAConceito: Extravasamento sangüíneo paraExtravasamento sangüíneo para fora do sistema cardiovascular.

30/06/2010

11

Classificação das Hemorragias

Quanto à origem:

Venosa Venosa

Arterial

Capilar

Cardíaca

Classificação das Hemorragias

Quanto à relação com o organismo: Externas ou superficiais Internas com fluxo externo Internas com fluxo externo

prefixo + rragia Ocultas (sem fluxo externo)

VisceraisCavitárias (Hemo + sufixo)

30/06/2010

12

Classificação das Hemorragias

Quanto ao mecanismo de formação:

Por rexe (ruptura)

Por diabrose ou erosão dos vasos

Por diapedese (diátese)

Classificação das Hemorragias

Quanto à morfologia: Petéquias (1 a 2mm) Púrpuras (~1cm) Equimoses (2 a 3cm) Sufusões (manchas) Hematomas

30/06/2010

13

30/06/2010

14

Lembrete importante!

Verifique sempre se seus dedos estão em local seguro antes de bater a porta do carro!

Etiologia das HemorragiasEtiologia das Hemorragias

Traumática

Hemática

Intoxicações

Hipovitaminose

Hepatopatias

Coagulopatias

Vascular

Hipovitaminose

Trombocitopenia

Hipertensão intravascular

Toxinas e Agentes Infecciosos

Peste Suína Clássica e AfricanaPasteurella multocidaBacillus anthracis

Conseqüências das Hemorragias

Depende de fatores como:local, volume, velocidade de perda

GRAVEGRAVE Quando afeta órgão essencial Perda rápida de grande volume de sangue Risco de morte / Choque

MODERADALEVE

30/06/2010

15

Resolução das Hemorragias

Hemostasia

Absorção do coágulo (nas menores)

Organização e Fibrose (nas maiores)

Encistamento

Colonização bacteriana e Supuração

Material usado exclusivamente para fins didáticos, permitida a reprodução, desde que , p p ç , q

citadas as fontes.