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Regina 2 Sexta-feira, 21 de julho de 1950 O GLOBO SPORTIVO

* í.

SENDONada há, quanto à técnica, a aprender no football brhánico — ver-

[ dade que a Copa -Jules Rimet nos trouxe o fracasso do "cngiish-team"

j__ mag há um aspecto em que os ingleses continuam sendo "reis", o'de organização do football. E' o que nos diz, escrevendo para "11 Cálcio

Ilnstrato" o cronista italiano Nicolo Carosio, que foi a Londres "cobrir"

o jogo final da The Football Association, entre oarsenal e o JLiverpooí, vencendo aquele, como se sa-be, por 2x0. Não reproduzimos aqui as suas impres-soes sobre a classe dos jogadores ingleses, já quecies aqui estiveram; vamos nos concentrar nas suasobservações sobre o que nos pode ser proveitoso noterreno da organização.

Explica Carosio, por exemplo, o estado quaseperfeito dos gramados, informando que são usadosapenas uma vez por semana; aos sábados, que -é,salvo exceções, o dia em que há jogos. Os treinossão realizados, por conseguinte, em outros campos.Durante as partidas, nas margens dos campos, nãosão vistos massagistas, nem dirigentes, nem intru-sos que fumam, que se agitam como se quisessemtransmitir aos adversários o seu próprio afã, e queàs vezes os excitam e açulam num sentido nadaaprovavel. Acrescenta o cronista: "São precisamen-te essas pessoas que não deveriam estar juntas aoscampos as que, entre nós, causam a miúdo grandesaborrecimentos. Todos os que têm alguma ligaçãocom os quadros em luta devem permanecer senta-

dos nos postos que lhe foram destinados, e que, sem exefluir os massagistas,estão bem longe do contacto com ós jogadores.

Recorda Carosio que nos campos não existem "alambrados" como emoutras partes e que cinco ou seis agentes de policia costumam tomar soba sua responsabilidade a manutenção da ordem. "Na Inglaterra — prós-segue — nãn se conhecem as invasões de campo com intenção hostil e sãorarisshnas as inspiradas por propósitos pacíficos. Todos ficam em suaslocalidades e não se entregam nunca a gestos de fanatismo, nem levam«>s jogadores em triunfo.

"O que interessa é ver jogar bem, apreciar o espetáculo. Naturalmente,há também lá "tifosi" (torcedores) que se vestem de maneira característica,que sofrem, mas cad.a qual refreia os seus sentimentos sem pretender deque deles participem os seus vizinhos, ou, quando muito, prorrompem emmanifestações de júbilo ou em demonstrações de comedida desaprovação.

E' que o público inglês não vai ao estádio para ver a todo custo a bolano fundo da rede, ainda que empurrada com a mão. O jogo deve ser cor-reto e leal, e a vitoria, fruto de uma verdadeira superioridade. Inclusivequando reina o riais vivo entusiasmo, em torno do retânguio verde se res-pira sempre uma atmosfera de ordem c disciplina.

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Não seja do "Contra"!

Faça o regime ENO -"Sal de Fructa" ENOlaxante e antiácidoao deitar e ao íevan-tar para garantir oseu bom humor diário!

"SAL DE FRUCT

Como no Brasil, onde há um campo baldio há um pequeno clube na vizinhança

"Uma particularidade digna de ser assinalada — observa Carosio —é a exatidão cronométrica com que se iniciam todos os matches. Não se tolera ne-nhum atraso. Quando faltam dez minutos para o começo, nos vestiário se fazemouvir, com breves intervalos, três toques d e campainha. Ao soar o terceiro, as equi-des devem estar em campo.

As entradas vendidas correspondem se mpre ao número de localidades ou lugaresdisponíveis. Ninguém se atreveria a acomo dar-se num assento que não lhes corres-pondesse. Respeito para os demais e para si mesmo, como o exige o código dn dig-

nidade pessoal*'.Acrescenta o cronista que o público de todos os setores pode chegar

com a maior facilidade aos postos de venda de refrescos. "Não se dá,pois. o caso de rapazes que. como sucede nas estreitas passagens dosnossos estádios, passar na frente ou por detrás de um espectadorempurrando, c levando bandejas ou caixas de garrafas de refrescosou sorvetes. Em vez de uma publicidade enervante, ou uma banda demúsica, abreviam o periodo de espera de uma forma louvável. Nin-guem é molestado na sua liberdade pessoal, ninguém é obrigado asuportar coisas nuc não são do seu agrado".

Quanto aos árbitros, o que Carosio diz está longe de constituirnovidade, mas ainda assim é interessante; "A serenidade da partidaé mantida não só pela correção dos jogadores como também pelo tipode arbitragem, verdadeiramente singular. Não se espantem os leito-res se eu "hcs disser que no jogo de campeonato entre o Charlton.Atletic e Manchester United o árbitro, Mr. C. P. Jacobs, que não édos mais renomados, passou quase vinte minutos sem ter feito soaro apito uma só vez. Mérito dos jogadores? Mérito dos árbitros. Cre-mos que um pouco de todos. Mas o certo é que esses juizes têm emcampo um corportamento austero, sem excessiva severidade, sem per-sonalizações, sem repentes de virtuosismós, mas com pulso firme."Alem do mais, na Inglaterra, o juiz não é objeto de excessivaatenção por parte do público, que não se interessa por conhecer an-tecipadimente o seu nome. E' coisa esperada e lógica que um árbi-tro cumpra seu dever e saiba dirigir uma partida. A seu respeitonão são sequer imagináveis as extravagâncias, on atuações de "uramau dia" m

Nenhum cronista, por outro lado, se dá ao trabalho de censurarum juiz tão a miúdo como entre nós. O homem que dirige umapartida é, portanto, uma figura, não diremos insignificante, mas desegundo plano, que jamais abusa do poder que o regulamento lheconfere, que não se faz inimigo do público, que conhece seu'oficioe que merece não muitas libras esterlinas semanais. Não é, em suma,um herói ou um sábio, mas exerce a profissão com plena serenidadee competência"

Terminando as suas observações,escreve Nicolo Carosio: Foolballis-ticamente falando, porque só dis-to devemos ocupar-nos, o inglês éum grande povo. Tem uma tra-dição, uma severa escola, uma bri-Ihante (,classe e uma férrea disei-pima". e diz ainda: "Frocuremtirar algum proveito destas notasos jogadores que por ventura asleiem. Julgamos que há semprealguma coisa que aprender dos quedemonstram ser melhores do quenós, e os footballers ingleses o são

// em todo sentido".

m Cabelos sadios, jwvoois, «B« fixados mas não colados.;ll Isso você conseguirá K

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 21 de julho de 1950 Página 3

MAMO FILHO

__§___•_» _k F L O

DA PRIMEIRA FILA

IAS NOVE horas da manhã José Lins do Rego

estava na Gávea. Não era porque tinha medode perder o lugar. José Lins do Rego podia sentar-se em três cadeiras, reservadas para êle: uma parao membro do Conselho Nacional de Desportos, ou-tra para o secretário da Confederação Brasileira deDesportos, e outra ainda para o paredro do Flamen-

go. José Lins do Rego, porém, não podia ficar emcasa numa manhã de Fla-Flu. Queria ver o campovazio, tomar nota dos madrugadores. José Lins doRego estava certo de que ia ser o primeiro. Mas

quando chegou na Gávea já encontrou o ArnaldoCosta, o Cabeça. José Lins do Rego não esperava,em absoluto, ver o Cabeça na Gávea. O ArnaldoCosta fizera uma operação, há quinze dias estava noHospital dos Acidentados, José' Lins do Rego fize-ra-lhe uma visita.

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2 NADA PODIA animar mais José Lins do Regodo que a presença do Cabeça na Gávea. O Ca-

beca, cons certeza, pedira alta ao doutor Mário Jor-

ge, o doutor Mário Jorge dera-lhe alta compreen-dendo que, nu*ss dia de Fla-Flu, o lugar de um bomFlamengo era no campo. José Lins do Rego ficoucom o Cabeça no bar do Flatssengo, junto da lagoa.Os dois iam almoçar juntos. Era cedo ainda parapensar em almoço. O "garçon", porém, veio dizer

que o menu estava bom: maionese de batata, maçar-rão com raviolí, compota de frutas. Barcos saíamda garage nos braços dos remadores. Era uma ma-nhã bonita, nem quente nem fria, uma manhã deprimavera. E os outros madrugadores iam chegando.

3 FRANCISCO Abreu e dona Amparo, Marino Machado e dona lolanda, Carvalho Rego e dona

Mariza, Dario de Melo Pinto e dona Maria de Lour-des. Doisa Iracema veio com dona Maria de Lour-des. O bar se enchia de gente. José Lins do Regoviu o Curvelo passar com o Flavio Costa. Teve von-tade de Ir atrás deles, fazer perguntas. O melhor eranão fazer perguntas. O Curvelo diria que ia ser mui-to difícil, o Flavio pintaria o quadro do "match"

com cores sombrias. Mania do Flavio. Pensando nem,o Flavio tinha razão. Nada de cantar vitória antes.O que o Flavio dizia aos jogadores do Tlamengo Jo-sé Lins do Rego dizia aos amigos.

4FIÁVIO es» i' 2 -xcitado. Não *ra por nsêdo de

perder o jogo. Era porque tudo estava bom, boitsde mais. Quando o Flamengo entrasse em campoa terra ia tremer. Os torcedores tinham trazido bom-bas. Bombas para a entrada do Flamengo etrs casrs-

po, bombas para os gôls do Flamengo. Em outrascircunstâncias as bombas pouco siginificariam. Ho-je, não. Hoje a torcida precisava dizer ao time queconfiava nele. Flavio levou o Curvelo até o portão.O Curvelo tomou o táxi que estava na porta, o táxifez a volta da praça, já vinha gente das arquibar.-cadas. As bilheterias ainda estavam fechadas. O po-vo. porém, sabia que só havia lugar para quem che-gasse cedo.

5 DE OUTRAS vezes, a caminho de um sorteiode juizes, o Curvelo pensava em nomes, enfi-

leirava os juizes, escolhia um. Agora não pensavaem ninguém. Qualquer juiz servia. O Mossoró es-tava suspenso, não havia perigo do sorteio apontaro Mossoró. E fora do Mossoró qualquer um servia.Qualquer um servia, vírgula.. Belgrano dos Santosnão servia. Mário Viana, fora. Pereira Gomes api-tara o Vasco e Bangu. O Curvelo imaginou o GastãoSoares de Moura tirando do bolso um mapa de jui-zes. O Vinhais atcanva a pedra, Gastão Soares deMoura ia ver, no mapa, se o juiz era "persona gra-ta" do Flamengo ou não. Para saber se um juiz era"persona grata" do Fluminense Gastão Soares deMoura não precisava consultar o mapa.

GASTÃO Soares de Moura arrastou os pés pe-Io corredor da Federação. O sorteio Ia ser na

sala da presidência. Gastão Soares de Moura arras-tava os pés por causa dos calos. Os calos do Gastãoeram na sola do pé. Êle tinha de espalhar os pés,pisar com cuidado, nada de pisar em cima de umcalo. Enquanto se dirigia para a sala da presiden-*bia Gastão Soares de Moura pensava em Nandinho,em Pirombá, em Jango. O Velasquez fizera bem oufizera mal ? Gastão Soares de Moura concordava,intimamente, co ma escalação de Nandinho. O Nan-dinho queria ver a caveira do Flameigo. Ninguémdesejava mais ver a caveira do Flamengo do que oNandinho.

7 O CORDEIRO tinha caçoado a valer do Gastãopor causa disso. Para o Cordeiro o Nandinho

nem ia pegar na bola. O Gastão não concordava como Cordeiro. Se fosse contra outro clube, vá lá. Con-tra o Flamengo, porém, o Nandinho se mataria emcampo. O Cordeiro ficou rindo. "Eu só me admirode uma coisa, Gastão ?". "De quê'; 'Da sua ingenuidade". "Ingenuidade?" "Sim. Basta o Biguá fazer uma careta para o Nandinho, e o Nandinho vaipara o meio doe campo". "Vamos ver". Antes deentrar na sala da presidência, Gastão Soares deMoura parou, deu passagem ao Curvelo. E se a ra-zão estrvesse com o Cordeiro ? E se o" Nandinho nãopegasse na bola ? Agora não tinha mais jeito. OGastão foi sentar-se, o sorteio começava. Primeirojogo: São Cristóvão e Botafogo. Azilar Costa.

or un 111 ii uua. ¦

¦

8 GASTÃO Soares de Moura riscou o nome de Al-zilar Costa. Sobravam sete juizes, pois o Mário

Viana estava longe, o Pereira Gomes apitara navéspera, o Mossoró, suspenso, o Fioravanti não iaentrar no sorteio, o Guilherme Gomes pedira licen-ça. O número diminuiu com a escolha de Rocha Dias-para o Bonsucesso e Madureira, com a escolha deSolon Ribeiro para o jogo do Canto do Rio e Amé-rica. Vinhais cantou a primeira pedra: Belgrano dosSantos. Gastão Soares de Moura ouviu a voz doCurvelo: "Recuso". O Flameigo podia ainda recusarum juiz. Luís Vinhais cantou a segunda pedra: "Dur-

vai Caldeira". O Curvelo disse: "Aceito". •

LUTA — Isto não faz parte do baseball, mas acon-tece de vez em quando, como em todos os esportes...

9 GASTÃO Soares de Moura tirou o mapa, estu-dou cuidadosamente o mapa. Três pedras res-

tavam: a de Milstein, a de João Aguiar e a de Pe-reira Peixoto. Se fosse para cair nas mãos de Pe-reira Peixoto. Gastão Soares de Moura recusariaDurval Caldeira. Durval Caldeira andara prejudi-cindo o Fluminense. Talvez isso fosse um bom si-nal. O Fluminense podia dar uma oportunidade pa-ra o Durval Caldeira se reabilitar. Durante dez mi-nutos Gastão Soares de Moura ficou pensando. De-

pois tomou uma decisão: "Aceito". Só na porta doelevador Gastão Soares de Moura curvou a cabeça,lembrou-se do Gallotti, teve pena do Gallotti.

Não ze conhece exatamente a origem do baseball. Al-

guns historiadores afirmam que ele vem de um velho jogoinglês, o "rounders". Outros o consideram trazido pelosHuguenolcs. A favor dessa última alegam esses historiadoresa semelhança com o "tchequê", antigo jogo francês.

Dc qualquer forma sempre foi muito apreciado pelopoxo inglês. Em 1930. é proibido por Eduardo III, a práticadesse jogo junto ao palácio do Governo, pois, o barulho dosjogadores perturbava as reuniões da assembléia.

O! historiador inglês Strutt, que estudou o esporte na In-

glaterra, conta no seu livro "O esporte como passatempo do

povo inglês", publicado em 1801, que assistiu a uma partid*de baseball em que doze nobres de Chesters competiram cO-.<

doze de Derbyshire.

Em Shakespeare encontramos menções a esse jogo. . ,Atualmente é um jogo essencialmente norte-americam*.

sendo mesmo considerado como o esporte nacional daqu«~»

Ia grande nação. Há nos Estados Unidos em Nova York, uyimportante estádio, onde se joga exclusivamente o baseball.

O baseball desperta grande interesse por parte do povo norb--

americano e é intensamente praticado pelos estudantes un»-

versitarios que a ele se entregam com paixão.

No continente europeu não é quase praticado, a não ser

pelos estudantes norte-americanos que, inscritos nas Uni ver-

sidades do Velho Mundo, levam consigo seu esporte predi-leto.

Uma partida de baseball exige dezoito jogadores que sãodivididos em dois campos. Como se depreende de seu próprionome. é um jogo de bola. Exige força, estratégia e habili-

4f| LUÍS GALLOTTI ainda não se resolvera. O Fia- dade. Do ponto de vista, da educação física é um dos me-I" Flu assustava-o, com Pirombá, Nandinho e Jan- lhores esportes e um dos que mais entusiasmo desperta e»»-'go. O melhor seria assistir a outro jogo, ir, por exem- ^ Qg jovenspio, para o campo do Vasco. O jogo São Cristóvãoe Botafogo talvez fosse bom. E lá em São Januário Foi diversas vezes introduzido entre nós, no Rio de Ja-ele saberia como as coisas iam andando na Gávea. \ nefro e em gão Paulo. No entanto, apesar de suas qualidadesPodia olhar para o placard com todos os resultados, acabaij~os de assinalar, não desportou entre nós o mes-

- _¦* » .—* A. 2 ___. _tJ___-__k _í„,,--.»-*-\í-J.»A

mo interesse que desperta entre os jovens norte-americanose não pode ser considerado como fazendo parte de nossa

vida esportiva.

Antes da guerra atual, só praticavam o baseball no Brasil,

alçumas associações esportivas onde predominava o elemento

japemés.

podia não olhar. Questão de força de vontade. Aidéia de fugir do Fla-Flu agradava a Gallotti. Se oFluminense vencesse êle ficaria contente de qual-quer jeito. Se o Fluminense perdesse éle sofreria me-nos, de longe. Dona Antonieta perguntou:

"Não estána hora de ir para o Fla-Flu, Luis ?" "Eu vou vero São Cristóvão • Botafogo* — respondeu Luís Gal-

lottl.

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Sexta-feira, 21 de julho de 1950 BO SPORTIVOO GLO

JUI-f- EMr. REABER - BRASIL (1) x URUGUAI (2)

O match finalista da Copa do Mundo de 1950 con w_m uma boa arbitragem. Mr. Gcorpeatuou bem, ratificando o alto conceito internacional em que é tido como apitador. (O GLOBO)

Beadet

** **

GRANDE ÊXITOFINANCEIRO

Ninguém discutemais que o êxito fi-aanceiro do Cam-peonato do Mundo,rece m-encerradosuperou a expecta-tiva. Os mais oti-mistas não se aba-lançavam a levaraté trinta milhõesde cruzeiros os seuscálculos sobre arenda total do cer-tame. No entanto,a "Copa", segundoos dados de quedispomos rendeunada menos queCr$ 36.760.303,00.O primeiro turno(semi-finalista) —com dezesseis jogosdistribuídos entreRio, São Paulo, Be-Io Horizonte, Por-to Alegre, Curitibae Recife, proporcio-naram uma arre-cadação de CrS ..17.279.236,50, e Osegundo turno (ofinalista) com ape-nas 6 jogos, rendeuCr$ 19.281.068,50.Tudo isso, bem en-tendido, como ren-da bruta, sujeitaaos descontos.

A PARTE DAFIFA

Não se poderáainda calcularquanto caberá à C.B. D., em meiodesses milhões, masquanto à FIFA, jáse poderá adiantaralguma coisa. As-

sim é que, de açor-

do com o Regula-mento do campeo*-nato a FIFA terá 5

por cento sobre arenda bruta dos jo-gos eliminatórios e

os do 1.° torno (se-mi-flnal) e 10 porcento sobre a rendabruta dos jogos doturno finalista. So- ^bre os jogos climi-natorios, d i s p u - j_tados fora do país,não temos elcmen-tos para os cál-

culos, más quantoao| disputados aquipodemos adiantaralguma coisa, su-feito a retificaçõesmínimas Assim eque, pelos 5 porcento do turno se-mi-final a FIFAterá de percenta-gem CrS 863.961,82e pelos dez por cen-to do turno fina-lista terá Cr? ...1.928.106,50. Essetotal, aliás, aindavai crescer, alemdos três milhões

porque a FIFA terámais 15 por centosobre o saldo líqui-do que viera serapurado. Desse sal-do liquido a C. B.D. terá 30 por cen-to e os outros 55

por cento serão di-vididos entre asNações que concor-reram ao certame.

CIFRAS QUEIMPRESSIO-

NAM

Um detalhe in-teressante ainda domovimento finan-

ceiro do Campeo-nato do Mundo é ode que só o jogoBrasil 1 x Uruguaisuperou a renda to-tal do CampeonatoSul - Americano de1949. O jogo de do-min go último noEstádio Municipalrendeu Cr$ 6.262.959,00 — carenda total dos 28jogos do Sul-Ame-ricano de 49 foi deCr$ 5.804.829,50. Ese fossem incluídasna renda do jogoBrasil x Uruguai ascadeiras cativas,por certo que seriasuperada até a ren-da total da tempo-rada do Arsenal,que foi de Cr$ ...6.833.663,00. Comose vê, são cifras

que impressionam,que falam bem ai-to da vitalidade dofootball brasileiro,essa vitalidade quenão deve desapare-cer apenas porquetivemos a trifelici-dade de perder a"Copa" de 1950 naúltima cartada.

Greorge Reader dirigiu bem aque a partida se degenerasse

Bom trabalho do árbitro Rea-der. Mostrou-í^e digno da de-cisão de uma Copa do Mundo.(DIÁRIO DA NOITE)

Teve boa atuação. (A NOITE)

"t" *r *T* *r

Mais uma grande arbitragemofereceu-nos o preiio decisivoentre Brasil e Uruguai. MisterReader, o excelente apitadoringlês, confirmou realmente suafama e seu título de juiz nume-ro um do mundo, atuando demaneira perfeita. M.arcou com¦•¦•Tisão as faltas, "mpre^sio-

nando ainda o modo comoacompanha tão de perto totfosos lances. — (CORREIO DAMANHA)

LUTARA CONTRA 0

partida difícil. Souem violências. (FO

refrear o excessivo vigor de alguns jogadores, impe-¦¦'* CARIOCA)

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"ROMANCEI LUSTRADO"52 páginas com três romances completos primorosa-mente ilustrados e um conto selecionado. Preço Cr$ 3,00

%

Henry Axmstrung, ú miúdomuito castigado e nunca ven-cido em suas lutas, hoje comtrinta e seis anos, e que háonze era detentor de três títulosmundial de box (peso-pluma,peso-leve e meio-pesado). anun-ciou. recentemente, que agorasó tratará de mtar contra odiabo, já que foi ordenado sa-cerdote batista, e percorrerá osEstados Unidos pregando oEvangelho aos pecadores.

E' crença geral de que Joe Louisfoi o boxeur que liquidou um adver-sario em menos tempo, e cita-se aluta com Schmeling, em que pós oaiemão a knock-out aos dois minutose quatro segundos do primeiro tem-po. Entretanto, o australiano Tom-my Bunr, em 1908, foi mais rápidoao pôr a K. O. o campeão da Irlan-da, Jem Roche, com um minuto eoito segundos do primeiro round.

Clarence DeMar venceu pela primeira vez o campenato de maratonados Estados Unidos em 1911, e a últi-ma, em 1930. Ao todo, venceu _etevezes a maratona.

Primo Carnera, o ex-campeão detodos os pesos e atualmente prósperolutador de "cateb'\ servia-se habitualmente, numa refeição, de um pr*t«de ameixas com creme, quatro bifes, seis ovos, trezentas gramas de pre-sunto, «eis bananas, um pão de quilo e uma montanha de macarrão oioutro prato de massa italiana

+ *** ^

Lottie Dod venceu o prrmeiro dos seus cinco campeonatos "simples",em Wimbledon, quando tinha quinze anos, em 1887. Vestia-se para ostorneios sem nenhuma elegância — um chapéu de cricket, meias pretase sapatos brancos, por exemplo — mas elegância era o que não lhe íal-tava no estilo de jogo.

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—*** _w *¦" ^Sm*r^ _*«'*_?

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- B_m____m mam j_Wêm <íyyCOMEÇO

Não sei onde está a bola?...

A equitação foi desde muitos anos praticada pelas tribosnômades, pelos povos guerreiros, e. em cada nação, pelos mili-tares.

Já 400 anos antes de Cristo, Xenofonte, mestre na arte demontar, traça os seus princípios no livro "Da montada e direçãodos cavalos".

Só vinte séculos depois surge o segundo tratado de equi-ta ção.

Os romanos a cultivaram com entusiasmo, chegando a co-nhecer a sela.

No século XVI, teve a equitação maior desenvolvimento na Itália; a cidade de Nápoles Unhaentão uma escola freqüentada pelos jovens das mais ilustres famílias.

No século XVIII o hipismo começa a se desenvolver nà Inglaterra, *As modificações introduzidas nos arreios. o invento de diversos modelos de selas e especial-

mente de estribos, provocaram variações na arte de cavalgar. Seus preceitos, de resto, variavamconforme os exercícios postos em prática pelo cavaleiro: ladear, ajoelhar, etc.

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O GLOBO SPORTÍVO Sexta-feira, 21 de julho de 1950 Página 5

BOLA VELHA—. Certa vez encontrei um leão

disse um explorador africano.Como não tinha arma de ne-

nhuma espécie, apelei para umrecurso extremo: sentei-me e pus-me a olhar a fera fixamente.

K então? — perguntaram osouvintes ansiosos.

Saí-me da melhor maneira.O leão não se moveu sequer, paratocar-me.

Parece incrível! Por que se-ria?

Bem — respondeu o expio-rador. As vezes me inclino a acre-ditar que foi porque me senteinum galho de uma árvore muitoalta.

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___HB_B^'B_____à 91 Bf __! _v _H Ü BILHAR DE CAMPOMELL (ou bilhar de campo) é um jogo de muitos adeptos

na Inglaterra, onde foi introduzido por Iord Hacking, que éainda hoje o seu principal animador. Jogado com bolas e tacosespeciais, como ilustra a gravura, exige especial habilidade ejá possui autênticos campeões, todos eles de idade madura, jáque o novo esporte não atraiu até agora a mocidade.

#ln_ysl_B_t_.J__Sã—çteaS*" gMp£gS_E .kS__Üh_. "lis«i«_àiÉL 3_É*_lb„i '^^__._J_L?if__^_ror^%_X'BW^^^M '¦^y-w8^_sf^_x™^SÍfe^^8 sh°

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CONVERSA DE R

A MARCHA DO TEMPOA ÚLTIMA — Em 1889, realizou-se em solo norte-

americano a última luta em que os adversários atua-rom sem luva. Foi uma tremenda batalha que durousetenta e cinco rounds, entre Jake Kilrain e John L.Cullivan, vencendo este. E' desse encontro o flagranteacima, mostrando, entre outros detalhes curiosos, aassistência apoiada nas cordas do ring.

Julho, 14 — O Flamengo, perdendo por

IÊa JÊ -fi*! "x1, con5efíue empatar com o Madureira

%8 0LlS úe 2x2, por intermédio de Jorge. Renda:W ¦¦ %sf 20:432$300. — O Vasco da Gama, mesmo

jogando com nove jogadores no segundotempo, ganha do São Cristóvão por 2x1.

— O Fluminense mantém a liderança, vencendo o Bon-sucesso por 3x1. — Albatroz vence no hipódromo da Ga-¦?e o Grande Prêmio 1 de Julho. — 16: São Paulo iniciaum movimento para a padronização de luvas e ordenadosaos jogadores de football. — Há um período de disciplinanos campos de football e o Sr. João de Freitas Guimarãespassa a considerar praticamente resolvido o problema dosjuizes. — O DIE protesta contra* referencias desabonado-ras a crônica esportiva contidas no "Livro Rubro", doAmérica. — 17: O Vasco vence a Portuguesa de São Paulopor 2x0. — Vitima de um desastre de automóvel, faleceo extrema direita "Paulista" (Lauriston Neves), do Bon-sucesso. — 18: "A idéia da uniformização de luvas e

ordenados nasceu no Botafogo", esclarece o Sr. João Ura•Pilho.ir, - —

MARIO FILHO — A derrota foi um golpe. Ninguém deixou de senti-lo. Quando o Uruguai marcouo segundo goal o silencio que se fez no Estádio — o siíenclo de duzentas mil pessoas — chegava aassustar.. Era a desolação da derrota. A multidão ficou parada sem querer acreditar no que via. OEstádio não se enchera para aquilo. Não fora para aquilo que se travara a batalha das cadeiras, dasarquibancadas e das gerais.

VARGAS NETTO — Mas senhores, por que devo eu recteber pêsames?... Pêsames merecem todosos brasileiros e, principalmente, os atletas e os dirigentes do football nacional. Eu sou um cidadãocomo outro qualquer. Sinto a derrota do Brasil como osque mais a sentirem, mas não tenho cargos nem responsa-bilidade alguma na direção do nosso football. Não os tenhonem quero tê-los.

GERALDO ROMUALDO — O Uruguai foi o premiado.Justo prêmio. Nada de loteria. Eles, os orientais, se consa-graram em luta memorável. Pela capacidade inata que têmde batalhar como ninguém; de pelejar como ninguém pelejae de brigar como ninguém briga.

MARIO FILHO — Todos se deixaram dominar pelo ner-vosismo. Não agüentaram a ameaça de derrota. A ameaçade derrota que para os uruguaios não chegava a ser ameaça,que era um desfecho natural do match. """""*—

FLAVIO COSTA — Infelizmente, não nos foi possível con-ter a onda de otimismo que invadiu São Januário na vésperado encontro. Não houve compreensão dos visitantes gentedo interior, caravanas imensas de "torcedores", caravanas depolíticos, cada qual falando mais alto em "campeões do mun-do", cada qual apregoando mais, com mais convicção, que otítulo estava no "papo". Um desastre.

AJNTONIO OLINTO — Agora começamos, pouco a pouco,a voltar à vida. As paisagens se reconstituem, adquirem mo-vimento, retomam seus lugares. Dentro em pouco, o foot-bali estará novamente dominando as multidões. Haverá no-vas emoções. Novos desesperos.

JOSÉ* LINS DO REGO — Aquilo me doeu no coração.E de repente, chegou-me a decepção maior, a idéia fixa que»e grudou na minha cabeça, a idéia de que éramos mesmoum povo sem sorte, um povo sem as grandes alegrias dasvitoria, sempre perseguido pelo azar, pela mesquinharia dodestino. A vil tristeza de Camões, a vil tristeza dos que nadatêm que esperar, seria assim o alimento podre dos nosso, co-rações. '

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— "...E agora vou lheum mergulho de costa!

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SABE?D

1 — Qual é jmundo apuradaesportivo?

maior renda donum espetáculo

— Por que score o Uruguaivenceu a Argentina em 1930, aoconquistarem o Campeonato Mun-dial?

— Em que ano morreu JohnL. Sullivan?

— Em que ano o Brasil venceno seu primeiro Campeonato Sul-America».» de Football?

— Qual é a idade de ObdulioVarela?

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Página 6 Sexta-feira, 21 de julho de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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JUVENAL — o sóZido ?nec?zo bo-tafoguense — num desenho do lei-tor Norberto Valle, de Recife, Per-nambuco.

JOSÉ FERNANDO PINTO —FRANCISCO ZANETE — ANTO-NIO GAMA — BELO HORIZONTE

1) — Os resultados do Vasco em1946 foram estes: Primeiro turno:Vasco 3 x Botafogo 0 — Bangu 6x Vasco 2 — Canto do Rio 2 x Vas-co 1 — Vasco 4 x Madureira 0 —Vasco 2 x Flamengo 2 — Vasco 5x América 1 — Vasco 2 x Bonsu-cesso 2 — Fluminense 2 x Vasco0 — Vasco 3 x S. Cristóvão 1. —Returno — Vasco 1 x Botafogo 1

Vasco 1 x Bangu 1 — Vasco 3 xCanto do Rio 1 — Vasco 2 x Ma-dureira 2 — Vasco 4 x Flamengo3 — América 3 x Vasco "1 — Vas-co 4 x Bonsucesso 3 —Vasco 3 xFluminense 2 — Vasco 1 x São Cris-tóvão 1. — 2) — Chico tem 28 anos

Eli, 29 — índio. 30. — 3) — Ape*nas Gerson foi para a Colômbia.Otávio e Paraguai, não. — 4) — Ma-neca tem 25 anos — Ipojucan 24 eMário, 23. — 5) — Ademir joga no"Rio desde 1942. quando começou no/asco. Em 46 e 47 atuou pelo Flu-minense e em 48 voltou ao Vasco. —5) — O Fluminense foi vice-cam-peão em 1949, com 13 vitórias. 5•mpates e 2 derrotas, tendo 31 pon-los ganhos e 9 perdidos. As duasúnicas derrotas foram ante o Vas-

¦a, campeão invicto do ano

CLÁUDIO FERNANDES GIUDI-CELI — ARAXÊ — MINAS — 1)

O Fluminense na sua excursão,io time principal pelo Pacífico até

Uruguai, disputou 17 jogos, ven-cendo 6, empatando 8 e perdendo 3.No Peru os resultados foram estes:Universitário 3 x Fluminense 0 —luminense 6 x Sucre 2 — Munici-

pal 2 x Fluminense 1 — Fluminen-e 1 x Alianza 1 e Fluminense 5 x

Arequipa 3. Na Bolívia foram ês-**«•": Fluminense 1 x Ferroviário 1Fluminense 2 x El Litoral 2 e•fluminense 2 x Bolívar 1. No Equa-

CARLOS ARlAS

dor foram estes: Fluminense 6 xBarcelona 4 — Fluminense 7 x Nor-te America 4 e Fluminense 2 x Eme-lec 2. No Chile os resultados foram:Colo-Colo 3 x Fluminense 0 — Flu-minense 2'x Seleção Chilena 2 —Fluminense 1 x Colo-Colo 1 e Flu-minense 6 x Wanderes 1. No Uru-guai: Fluminense 1 x Seleção uru-guaia 1 e Fluminense 3 x Seleçãouruguaia 3.-2) — Os resultadosdo Bangu na temporada de janeirodeste ano, no Chile, foram estes: —Bangu 3 x Universidade Católica 2— Bangu 2 x Cclo-Colo 1 — Ban-gu 3 x Universidade Católica 0 —(match desempate) — Bangu 1 XSfileção Chilena 1.

OIDÍ — o destacado meia tricô-lor — num desenho do leitor Ro-drigo Pavel Aragão, de Juiz deFora, Minas.

—oOo—ANTÔNIO SILVA — RIO DE

JANEIRO — 1) — Não senhor, oMário Faccini, da Rádio ê um e oMário Facini, antigo juiz de fute-boi é outro. — 2) — Os dois lo-cutores que o senhor cita, não têmnenhum parentesco. São diferentesaté na côr da pele, um branco e ooutro colored, sendo o branco o da

__oOo—

Mairinque. — 3) — Não sabemospor onde anda o rapaz do futebol debotões. Também não temos notíciashá muito, do veterano arqueiro Ta-deu.

—oOo—

PAULO TRINDADE — BELOHORIZONTE — MINAS — Na filaos seus desenhos de Flavio Costa* edo basquetebaler Alfredo.

—oOo— «r

ELMO ALMEIDA FABRES —RIO DE JANEIRO — 1) — Cremosque o senhor está certo. Depois doFlamengo é o Vasco que tem maiortorcida. — 2) — Mário Provenza-no é carioca. — 3) — As opiniõesvarias. O senhor aponta Ademir co-mo o maior. Mas há os que indicamZizlnho como o jogador mais desta-cado, desde 1944. — 4) — Isso desaber qual o locutor mais ouvidoé consulta para o I. B. O. P. E., nãopara nós.

—oOo—

JURANDIR HENRIQUE ALVES— CARANGOLA — MINAS — Des-culpe, mas o seu desenho de Ade-mir não estava em condições de ser

publicado. Foi rejeitado.

HERSH BASBAUM — S. PAU-LO — CAPITAL — 1) — O Corln-tians foi campeão paulista nos anosde 1914 _ 1916 — 1922 — 1923

1924 — 1928 — 1929 — 1930 —1937 — 1938 — 1939 e 1941. Ao to-do doze vezes. — 2) — A maiorderrota do Botafogo foi ainda noamadorismo: 11 a 2 ante o América.

3) — o Corintians foi o cam-peão do torneio Rio-São Paulo, masisso não basta para dar-lhe um ti-tulo de "campeão dos campeões".

—oOo—

WILSON FURTADO DO VALES. JOÃO NEPOMUCENO — MI-

NAS — Muito obrigados, pelas suasreferências amáveis para com estarevista. Mas quanto a fotografia nãotemos para ceder. O senhor poderá,todavia, tentar a sorte com o Jaimede Cai-valho nos têrmcs do anúnciona página ao lado.

—oOo—

NEDICE BATISTA DA S|LVABARRETO — NITERÓI — 1) —

O Flamengo já levantou dez cam-peonatos da cidade, nos anos de —1914 — 1915 — 1920 — 1921 — 1925

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MURILO — ex-zagueiro do Atlè-tico Mineiro ora no Corintians —num desenho do leitor Edú deSouza. Uberaba, Minas.

— 1927 — 1939 — 1942 — 1943 —1944. — 2) — O Vasco levantou oi-to campeonatos, a saber — 1923 —1924 — 1929 — 1934 — 1936 —1945 __ 1947 — 1949. — 3) — oFlamengo começou a disputar oscampeonatos de futebol na divisãoprincipal da cidade em 1912 e o Vas-co em 1923.

PEDRO NUNES COTTAR —PONTA GROSSA — PARANÁ —1) — As idades pedidas são estas:Castilho 23 anos — Pindaro, 25 —Pinheiro. 18 — Valdir, 21 — Emil-son. 20 — Flavio. 23 — Santo Cris-to, 28 — Carlaile, 24 — Silas. 28 —Orlando, 26 — Rodrigues. 25 — La-faiete, 20 e Tite, 21. — 2) — Cas-tilho e Garcia são igualmente bonsarqueiros. — 3) — O melhor cons-trutor, parece-nos ser Zizinho.

NELIO 8ILVA — MADUREIRA«. mo — 1) — O zagueiro Danilo

está na Colômbia, Pedro Nunes es-tá jogando em um clube de Niteróie o zagueiro Rubens, foi congeladopelo Botafogo, não tendo atuadomais por nenhum outro clube. — 2)— Não temos os resultados dos jo-gos com os clubes de São Fidelis. —3) — (Jm jogador nunca está im-pedido quando recebe a bola de umarremesso lateral. Mesmo que náotenha dois adversários entre êle e alinha de fundo o jogador que rece-be o lateral não está impedido.

—oOo——

JOÃO LUIZ PERETRA DE BER-REDO — IRAJÁ — RIO — Rejei-tado o seu desenho de Adãosinho.Tecnicamente" estava limpinho, maso diabo é aue não ?e parecia nadacom o centro eaucho. Mnis fácil-mente, poderia ser tomado peloBrandãesinho...

—oOo—

ALEXANDRE VILALOBOS —CRATO — CEARA — 1) — O pri-meiro jogo do Flamengo num cam-peonato da cidade foi contra o E.C. Mangueira, a 3 de maio de 1912.O encontro teve lugar no campo doAmérica c o Flamengo venceu por16 a 2. Marraram os gôls rubro-ne-gro: Gustavinho 5 — Arnaldo 4 —Amárante 4 — Bprgérth 2 e Gallo1. tendo Gustavinho feito o primei-ro gôl. O time formou assim: Bae-na — Pindaro e Neri — Coriol —Gilberto e Gallo — Baiano — Ar-naldo — Amárante — Gustavinhoe Bprgérth;. — 2) — Sim. senhor.A seção de futebol do Flamengonasceu de uma cisão no Fluminen-se, campeão de 1911. T^do o timetricolor, com exceção de OsvaldoGomes e Calvert, passou-se para oFlamengo, disputando por 6 s t e ocampeonato de 1912. E no primeiroFla-Flu o Fluminense vence upor 3a 2... — 3) — A assinatura anualde O GLOBO SPORTIVO custa ..Cr$ 40,00, porte simples pelo Cor-reio. Não temos assinaturas rob re-gisto aéreo. — 4) — Não sabemosquais os clubes das preferências doslocutores que o senhor cita. A nãoser o do Ari Barroso que não fazsegredo para ninguém que é Fia-mengo até debaixo d'água...

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REMO — o meia do São Paulo— num desenho do leitor DarcyOliveira Reis, de S. Paulo.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 21 de julho de 1950 Página 7

MORTE RONDA O RLUm reeord trágico: quatorze pugilistas morreram em conseqüência delutas em 1949 — Aamblção dos managers aumenta a legião dos ex-hoxeurs enfermos e incapacitados para nova vida — Os sintomas dedescontrole no ring e a opinião de um veterano médico especializado

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A miséria e a vagabundagem dos desocupados... um sistemanervoso alterado... e mesmo a cegueira... são essas as consequen-cias que aguardam os pugilistas mal orientados.

O box, sem dúvida o mais leal e decente de todos os esportes —um homem contra outro num quadrilátero isolado — não mereceuma maneira de existir que não seja grandiosa — mas é comumentevergonhosa. K isso devido ao procedimento de alguns ambiciosos, queimpedem o progresso do esporte para um plano mais elevado. A in-cuitseieneia utsses indivíduos, mais do que a crueldade, e a historiaque se ergue atrás dos destroços humanos e do sempre crescentenúmero de mortes no ring.

O ano de 1940 fez registar um total reeord de mortes -— de-zoito. ,

Fará pavimentar o caminho para uma nova situação, tantomanagers como treinadores devem aceitar o fato — comprovadopor uma bem apurada media — que nenhum pugilista profissionalse mantém no cume da eficiência por mais de cinco anos. Os luta-dores precisam ser observados cuidadosamente antes e depois dosencontros rara que se possa proteger de maneira adequada o seufuturo, segundo a opinião do Dr. Vincent Nardielio, veterano médicoda Comissão Atlética de Nova York.

Posso dizer sem dificuldade quando um pugilista passa atuaralem das suas possibilidades normais físicas — esclarece o Dr. Nar-tliello pelo estado das pernas. Basta observar como "os oponentesse dirigem para os "corners". Se se mostram cambaleamtes, de pas-sos indecisos, é sinal que perderam completo controle sobre si mes-mos. A medida mais aconselhável a adotar, nessas ocasiões, é exa-minar o lutador em seu "corner". Se conseguir de responder rapi-damente a todas as perguntas, e com clareia, é de todo provávelque continue em boas condições. Em caso contrario, a luta deveser suspensa.

O Dr. Nardielio defende há longo tempo a idéia de que se deverealizar um programa médico extensivo para preservar o bem-estardos puçilislas em sua vida após-ring.

Creio que já decorreram cinco anos desde que a data apre-rentei nm programa dessa espécie ao nosso diretor, V.ddie Eagan —adiantou-nos ainda. Deveríamos examinar os pugilistas que fossempostos a knock-out, com o máximo cuidado — e com o equipamentomais moderno possível, como aparelhos para pesquisa do funciona-mento do cérebro e coração. Nenhum lutador que sofresse severos

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MASFOLI I | MATHIAS GONZALEZ | TEJERA [ GAMBETTA j OBDUHO VARELLA | | RQDRIqJàkÍ

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Pôde ser apenas um ponto de vista, até mesopinião. A verdade, porém, é que faltou orientação jscratch, orientação técnica exterior, de fora paraição técnica com instruções para que os nossos scdcassem o sistema de jogo que vinham praticando]e sem resultado. Assim como os uruguaios tiveram)conduziu estrategicamente a ação da equipe, o nofteve quem o orientasse quando se viu que alguierrada. Aliás, os orientais não fizeram segredo deriam em execução contra os brasileiros. Dezoitomatch final da Copa do Mundo e quatro dias antdjcida a tabela de jogos dos quatro finalistas, uni jo.frizonte publicou declarações atribuídas a Hectorquais o veterano campeão olímpico teria dito que ovantagem sobre o Brasil pelo senso estratégico dos 1e pela melhor preparação física dos seus jogadorejftou no Rio, dias depois, quando a Suécia caiu fulrum football de alta classe, cheio de malicia e deinteressantes, desmentir o que disse o jornal da bmas alguém o aconselhou a não fazê-lo. "Deixa conlcomo fica". E deixando ficar como estava ScarromJção de ver confirmada a sua previsão. O Uruguai iisobre o Brasil em virtude do senso estratégico do salum cérebro'a orientar as ações da equipe, teve üirela a gritar em campo, constantemente, para os i«a"Mira, pibe: Ia "celeste", mostrando-lhes a camisauà

Todavia, o plano estratégico inicial dos uruglevitar uma goleada. A Suécia e a Espanha não puf

Maspoii, apoiado por Gambetta, defende. Ademir tambem aparece, para tentar o goal

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O primeiro goal da peleja, feito por Fria 9* »

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wUGUAMOS Vitoria do coração, da técnica o da estratégia do football- Faltou orientação aos brasileiros na bora cruciante dodesaoçpero »e VASC© HOCMA

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não souberam evitá-la. Desconhecendo a classe do football brasi-lelro. desconhecendo as características do football brasileiro, nãoconhecendo os pontos altos e os pontos baixos do scratch brasileiro,os espanhóis e*os suecos foram presas fáceis. O Uruguai não queriaficar na mesma situação. Tinha que evitar uma goleada. Como fa-zê-lo? Ai é que entrou em cena o senso estratégico previsto porScaxrone. A direção técnica traçou os planos de ação e experimen-tou-os contra a Suécia, quatro dias antes do match com o Brasil.Em síntese o plano oriental era o seguinte .inicialmente, destruiros pontNo saltos dos adversários; depois, explorar os seus pontosfracos, com a realização de uma serie de contra-ataques, de surpre-sa, longos, aprofundados, para construir a sua superioridade. E foiassim que os suecos caíram vencidos por três a dois depoisde és-tarem vencendo por dois a um até quando faltavam pouco

'menosde quinze minutos para o término da peleja. E contra o Brasil oUruguai usou a mesma estratégia? — pergunta-se. Usou e não fezsegredo disso. À véspera do match o técnico Juan I_opez explicavaaos jornalistas brasileiros o que pretendia fazer: anular os pontosaltos do scratch brasileiro e explorar os seus pontos baixos. Partianular os pontos altos realizaria uma marcação severa sobre a ati-vidade de Danilo e Bauer, base de todo o poderio do ataque brasi-leiro, destruindo assim todo o sistema tático das deslocações deZizinho, Ademir e Jair. Depois, quando levados os brasileiros aodescontrole/desarticulando a ofensiva, impotente na sua ânsia degolear, o Uruguai reagiria com um jogo de penetração profunda,explorando, com contra-ataques de surpresa, os pontos baixos, dadefesa, tentando, nos minutos finais, decidir a peleja."

Qual foi o ponto fraco da defesa brasileira? Bigode. E quefizeram os uruguaios a nartir do décimo quinto minuto do segundoteirSpExplorlr esse setor. E exploraram com insistência, com per-_*£_-. Sm inteligência e ™.^^W»™%££oues dos orientais passou a ser feito pela dneita. E por que.' roíqueSgode que se colara com Bassora, a ponto de nao deixar ao espa-nhoL a'iniciativa de antecipar-se na bola, resolvera descolar-se deÒtehte deixando^ „Vre. vigiando-o apenas à distancia. Bigode fez

^sponte suV^? Não. Todo o receio de fracasso repousava emkTgust^ Precisava-se, pois, cobrir as possíveis falhas de AugustoE Juvenal passou a cobrir as falhas de Augusto. E para cobrir aausS-S de^ Juvenal no seu setor de marcação, Bigode teve queperStrar um pouco mais na área, vigiando Gighia à distancia. Au-

gusto, apo-adoT recuperou-se. Bigode, porem, colocado entre Gi-ehia é Júlio Perez, descontrolou-se. Fracassou. Essa anomalia de-fenhou-se antes mesmo da conquista do tento de empate^ Houvetempo portanto para que fosse corrigida, podia ser reparada. Mas,não foi Persistimos no erro. Erro que os uruguaios souberam ex-piorar, com inteligência, fazendo todo o jogo pela ponta direita.atacando de contra-golpe, de su^resa. Veio o segundo tento dosorientais e o erro clamoroso persistia, evidente, observado por du-zentos mil brasileiros, anotado por 45 milhões de brasileiros, por-que os locutores de radio gritavam a pleno pulmões contra a ano-malia Ninguém saiu em socorro de Bigode, até que o mesmo serecuperasse do descontrole. O erro do sistema defensivo foi latalpara o scratch," para o scratch que era o mais indicado ganhadorda Copa do Mundo, que tinha tudo a seu favor: campo, torcida,moral e preparo técnico. (Continua na página seguinte)

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—gn-rJcasos 2 minutos da segunda fase O goal de empate, feito p«- ScWafHno, «w 28 minuto». d-Mfefacastrou e o meia emendou

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Página 10

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Sexta-feira, 21 cfe /ulfio da 7950 O GLOBO SPOETWQ

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1 — 2.650.000 dólares,luta Gene Tunney x JackDempsey, em 1927.

2'— 4 a 2— 1918— 1919— Trinta e três anos.

(Continuação da página anterior)

Mas, o erro não foi apenas defensivo. Tam-bem na tática ofensiva devesia ser alterada.Quando se verificou que Zizinho, Ademir e Jairestavam sob severa vigilância e que n.o pode-riam desenvolver o mesmo jogo usado contra aSuécia e contra a Espanha, com manobras tá-ticas dentro da área, no centro cia grande área,dever-se-ia abrir o jogo, explorar mais a colabo-ração de Chico para obrigar a defesa orientala abrir-se. Mas, não se alterou o sistema ofen-sivo. Os ingleses, contra os norte-americanos,em Belo Horizonte, quando viram que a ofen-siva não estava rendendo o máximo, fizeramuma alteração. Não alteraram, porém, a quali-dade do jogo, não modificaram o sistema ofen-sivo. Mudaram as posições dos jogadores. Mas,o excesso de passes continuou, o preciosismonão foi abandonado. O scratch brasileirp pode-ria realizar varias manobras no sentido de fu-gir à marcação dos, uruguaios, poderia estenderos passes para as pontas, poderia abrir brechasna cerrada defesa oriental. Não teve o scratchbrasileiro um cérebro par aorientar as suas ma-nobras. Por isso, não foi além de um tento, umtento que foi a razão direta da reação dos uru-guaios, reação no sentido de explorar mais ain-da o setor direito da defesa brasileira, onde abrecha já estava aberta.

O triunfo uruguaio foi indiscutível, merecido.Venceram os orientais não porque houvessemjogado um melhor football, não porque tecni-camente superassem os brasileiros. Vencerampela argúcia, pela inteligência, pela estratégia,pelo melhor aproveitamento das falhas encon-tradas na defesa brasileira. Venceram, sobre-tudo, pelo coração, pelo amor à camisa, peloapego à tradição, pelo ardor combativo, pelaenergia. Os brasileiros iniciaram bem, atacandocom energia e defendendo-se com ardor. Osorientais, com um plano previamente traçado,qual o de defender-se antes de desfechar ata-quês, dispuzeram as coisas de tal modo que aofensiva nacional não encontrou com facilida-de, como das outras vezes, o caminho da mete.Mas, durante todo um tempo de 45 minutos osbrasileiros carregaram sem cessar, sem ciar tre-guas aos defensores do último reduto uruguaio.Registou-se um dominio acentuado dos nacio-nais, traduzido pelo número de ataques dirigi-dos, das defesas produzidas pelo arqueiro Mas-poli e pelo número de escanteios concedidos pe-los orientais. Desdobrou-se a defesa uruguaiaem afastar o perigo, em anular os pontos fortesda ofensiva, marcando com severidade e efi-ciência, cumprindo uma atuação verdadeira-mente assombrosa. E em face dela nada pude-ram conseguir os nossos, nenhum tento obti-veram os brasileiros no primeiro período daluta. Todavia, a impressão deixada no espíritoda grande assistência era a de que os uruguaiosnão suportariam, por muito mais tempo, o vo-lume tremendo das investidas realizadas pelosnacionais, mesmo porque não estariam capaci-tados, fisicamente, para resistir ao assedio dosatacantes brasileiros.

(Continua na página seguinte)

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Maspoli antecipando-se a Ademir, num lance da pelejaOutra vez com os olímpicos a Taça do Mundo I

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A defesa urturuaia às voltas com o ataque brasileiro, num dos mo-mentos de dominio

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A bola passou por Maspoli, mas foi para fora

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O GLOBO SPORTIVO

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Sexfa-feiVa, 2? de julho de 1950 Página II

0 TEMPO DECISIVO NA COPA DE 1950

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Maspoli, o captain vencedor, com o embaixador GiordamEccher

( Continuação da pág. anterior )Reiniciado o prelio para o pe-

ríodo final verificouse que osbrasileiros continuavam entu-siasmados e decididos a buscar otriunfo, atacando incessantemen-te. E foi assim que, aos dois mi-mitos, surgiu o tento nacional. Abola correu de Bauer para Dani-lo e deste para Ademir, o quaicentrou na frente de Maspolipira a direita. Friaça, severaraen-te marcado por Rodriguez An-drade, venceu-o na corrida, ai-cançou a bola e arrematou, cru-zado, para assinalar o goal. Ver-dadeiro delirio apossou-se da as-sistencia. Afinal, a vitoria doBrasil parecia desenhar-se naconquista daquele tento. .. Mas,refeitos da surpresa, os uru-guaios puseram em ação a segun-da parte do seu plano: atacar deimprevisto, contra-atacando ra-pidamente. Já haviam observadoo ponto fraco da defesa: Bigodenão estava exercendo boa vigi-láncia sobre a ala direita orien-tal, deixando Gighia à solta. Epor ali, enquanto se defendiamde outros perigosos ataques dosbrasileiros, os uruguaios passa-ram a atacar, de surpresa. Aos 21minutos o ponteiro Gighia ven-

_________ I ceu Bigode na corrida, íintou-o,passou por cima da "tesoura"

e centrou para trás, à meia altura. A defesa brasi-Schiaffino entrou de cabeça e conquistou o

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Os captains abraçam-se depois da peleja, vendo-se a tristezade Augusto

que lhe deu o médio brasileiroleira estava desguarnecida, deslocadatento de empate. Não se abateram os brasileiros com o empate. Com ele ainda seriamcampeões do mundo.. Descuidaram-se, assim, um pouco, como conformados. Os uru-guaios, ao contrario, continuaram lutando, desfechando outros ataques de surpresa,contra-atacando, valendo-se da velocidade e das falhas do setor de Bigode. Aos 34 mi-nutos os orientais foram à ofensiva com um novo golpe imprevisto. Gighia recebeu deJúlio Perez. .Estava livre. Controlou bem e quando Bigode correu sobre ele, teve acalma bastante para fintá-lo com maestria. O ponteiro uruguaio investiu para a áreae vendo Barbosa que saia da meta, atirou entre o arqueiro e a balisa, tendo a sortede ver que a pelota escapulira da defesa do goleiro para penetrar nas redes. Estava se-lada a derrota do Brasil. Todo o quadro brasileiro uniu-se para o revide, atirando-sede corpo e alma à luta. Mas, todo o desespero concentrou-se naquela diferença de con-tagem e por mais que cerrassem e desfechassem ataques tremendos à defesa contraria,

tnada conseguiram os jogtidores do Brasil. O milagre — porque só um milagre poderiaresolver a situação — não veio. E com o apito final foi decretada a derrota do Brasil,que deixou fugir para o Uruguai o título de campeão do mundo em 1950.

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Página 12 Sexta-feira, 2\ de julho de 1950 O GLOBO SPOR1VO

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A entrega do troféu aocaptam da equipe uru-gr u a i a. o presidenteJules Rimet passa pa-ra as mãos de ObdulioVarella a taça do foot-

bal mundial

Ü1AR0

(Conclusão)* *

Os campeões olímpicos por duas vezese campeões do mundo também por duasvezes, souberam, portanto, se conduzir deacordo com o programa traçado: anulaçãopositiva dos pontos fortes da ofensiva bra-siieira e exploração concreta dos pontos fra-©os de sua defesa, com a realização de con-ira-ataques rápidos, de surpresa. Atuaramos uruguaios com a seguinte formação:Maspoli; Matias Gonzalez e Tejera; Gam-beta, Obdulio Varela e Rodriguez Andrade;Gighia, Júlio Perez, Miguez, Schiaffino eHoran.

* *

Os brasileiros, que perderam a oportu-nidade única de se tornarem campeões domundo, tiveram, como se viu, atuação de-cepcionante em face da persistência emmanter características de jogo em desa-cordo com a situação e de não haver, emtempo corrigido a falha evidente, o claroimpressionante observado na defesa, com aatuação irregular de Bigode. Atuaram osbrasileiros assim formados: Barbosa; Au-gusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigo .de;|Yiaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico.

* *

A arrecadação do sensacional match«on-Stituiu um novo recorde mundial. Re-corde de bilheteria e de assistência, pois cal-cuia-se que a multidão presente ao EstádioMunicipal foi de mais de ^200 mil pessoas.Dessas, 172.772 pagaram ingressos, os quaisrenderam Cr$ 6.262.959,00.

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____.Contra a CASPAQUEDA DOS CABELOS

JUVENTUOEÍglALEXANDRE

Nâo tem substituto!USE E NÂO MUDE

Dois nomes: Figoli, o massa-gista de 24, 28 c 30, novamentevitorioso em 1950, e Andrade,sobrinho do grande Andrade,campeão olímpico e da primei-ra C/»pa. Ei-los reunidos na vi-torla do certame promovido pe-

Io Brasil

DE IMPREVISTOSForam catastróficos os resultados con-

seguidos pelas equipes mais bem colocadasna aisputa da décima quarta rodada doCampeonato Argentino de Football da 1.*Divisão. Foram derrotados o Racing e oSan Lorenzo, primeiro e segundo coloca-dos, respectivamente, os quais, entretanto,mantiveram sua posição.

A equipe dos Estudiantes de Ia Platasó conseguiu um empate, porém manteveigualmente seu terceiro lugar, o me_mo

ocorrendo com o Newells Old Boys, que,com um empate, conservou o quarto lugar.Foi, porem, alcançado pelo Huracan e oFerroçarril Oeste.

Houve também novidades nos últimospostos. O Independiente tem dc agora emdiante o Attanta, o Quiunes e o Tigre comocompanheiros, ficando assim quatro clubesno último lugar.

O encontro mais importante da jor-nada foi, sem dúvida, o realizado entre oSan Lorenzo e o River Plate, em que ven-ceu o segundo, de maneira completamenteinesperada. Tecnicamente, o San Lorenzodominou, frente a um adver_ario que jo-gava somente com seu grande entusiasmo.Por isso, a vitoria foi um prêmio ao maisanimado dos concorrentes, em uma partidasem qualidade.

Foi também imprevista a derrota doRacing, frente ao Huracan. O vencedor pa-receu se apossar de todas as habilidadeshabituais do vencido. Dominando a téc-nico e mais entusiastas, o Huracan aprovei-nic oe mais envusiast, o Huracan aprovei-tou um momento de fraqueza da linha mo-dia do Racing para conquistar dois tentos.

Outro acontecimento digno do dia foia vitoria do Independiente, até então soli-tario no último posto. Exibiu o vencedoruma vanguarda valorosa e uma defesa efi-caas, superando ao Tigre em luta renhida.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 21 de julho de 1950 Página ?3

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18. G»I%' BRASILO Hipódromo Brasileiro viverá mais uma das suas grandes jorna-

das no próximo dia 6 de agosto, quando pela 18-* vez, será realizadaa prova máxima do turf nacional, o Grande Prêmio Brasil, em 3.000metros, com a dotação de Cr$ 1.000.000,00.

O campo da empolgante carreira, com a chegada de alguns alie-nígenas e o afastamento de outros por diferentes motivos, já começaa tomar forma, permitindo ao cronista a\ançai- um vaticinio sobre asua composição.

Cru? Montiel, Salamalec, Manguari, Apuvo e Carrasco seguem apa-recendo como os calores em evidencia, havendo quase unanimidadeem torno do favoritismo de Cruz Montiel, magnífico defensor do StudSeabra, em quem divisa a cátedra a figura do ganhador do 18.""Sweepstake".

Entretanto, justo é que sejam salientadas as possibilidades comque cairão à Hça aqueles outros citados, mormente Manguari, Apuvoe Salamalec, que atravessam fase excepcional, estando Apuvo e Man-guari aptos a representarem condignamente a clevage nacional, daqual são ns grandes esperanças para a corrida do dia 6 de agosto.

No segundo grupo dos concorrentes à magna prova figuram Gua-raz, Kathleen Lavinia, Tirolesa, Quejido, Luzeiro, Meteco e Foxajax,precedendo Siiadito. Giro, Suspect, Mônaco, Cid e Globo, integrantesdo grupo de "out-siders", que se forma «% todas as grandes provasdo nosso turf

Pelo exposto as criações argentina e brasileira aparecem maisbem representadas que a uruguaia, cujo grande campeão, o soberboLuzeiro, vitima de um contratempo, dificilmente poderá recuperar asua melhor foi ma até o dia 6. Não esqueçamos, no entanto, da tra-dicional fibra oriental. Pode ser que ela prevaleça até mesmo nos seuspuros-sangue E' o que Luzeiro, capaz de fazê-lo, tentará mostrar na

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NAS PAGINAS l>E SHAZAM

o MAO VALENTE URUGUAI O TITULO E A TAÇAAO BRASIL O MAIOR E MELHOR FOOTBALL

0 POVO BRASILEIRO GANHOU A BATALHA MÁXIMA: A DA ESPORTIVIDADE

De ALBERT EAURENCE

O próprio patrono e padrinho da Taça Ju-les Rimet, o ilustre Presidente da FIFA, apro-vado aliás pela unanimidade dos membros maiseuuaea.es u;i Federação internacional, dos diri-gentes das Associações nacionais participantese dos jornalistas enviados especiais de todas aspartes do mundo, proclamou varias vezes,-antesde deixar o Brasil, que esta quarta edição doverdadeiro campeonato mundial de football foia mais bela, a mais perfeita, a mais grandiosa,indiscutivelmente. E estava com toda a razão.

Frente à imensa e dolorosa desilusão queconstituiu o desfecho tão amargo e injusto peloBrasil da última peleja, esta terra pode ergueruma serie impressionante de resuli-tíTas positivosmaravilhosos.

Do ponto de vista puramente esportivo, opiimeiro que devemos sempre encarar, o balançoé magnífico e especialmente lisonjeiro pelos bra-sileiros. A qualidade do jtgo toà extraordináriaíe todos os peritos europeus concordaram nestaafirmação que riunc? Unham visto um footballde tão alto nivel técnico e artístico como o doselecionado brasileiro frente a Suécia e sobre-tudo à Espanha. Houve aliás sobre um planoum pouco inferior outros grandes matches, taiscomo o Espanha x Inglaterra, o Brasil x Iugos-lavla, o Suécia x Uruguai, o Itália x Paraguaietc.

BALANÇO MARAVILHOSO

O mais admirável, o mais digno dos maioreselogios, foi a conduta perfeitamente correta dosjogadores, dos juizes e do público.

Não houve um jogador expulso do campoem todo o Torneio. Não houve praticamente inci-dentes. Não houve arbitragens escandalosasnem tecnicamente fracas. E sobretudo a dig-nidade, a esportividade que a torcida brasi-leira demonstrou quando seus jogadores lhe pro-porcionaram a imensa decepção, ganharam a ba-talha máxima. A da propaganda que vão fazerao Brasil todos os homens de boa fé que pre-senciaram o campeonato, quando voltarem pelapátria respectiva.

Não será impiedoso misturar com estas con-siderações puramente esportivas os números fa-bulosos das rendas, pois traduzem fielmente apaixão das multidões bras-ileiras pelo football.O "record" mundial foi esmagado com o resul-tado financeiro do jogo final: 6.272.000 cruzei-ros.*E o total geral do campeonato atingiu maisou menos a 36.500.000 cruzeiros. Mesmo dedu-zindo os aluguéis de estádios, despesas de orga-nização dos jogos e imposto da FIFA, ficammais de trinta milhões de renda "net" sem fa-lar na subvenção de cinco milhões e meio daPrefeitura do Distrito Federal, nos direitos deexclusividade da filmagem dos jogos (um milhãode cruzeiros) etc, o que dá um total de mais oumenos 37 milhões frente aos 16 ou 17 milhõesde previsão de despesas (viagens e estadas dasdelegações, juizes, dirigentes etc).

Devem ficar portanto cerca de 20 milhõesde cruzeiros de lucros que distribuídos entre aCBD, a FIFA e o» competidores segundo o Re-gulamento, ajudarão potentemente a difusão doesporte, pois não devemos esquecer que não setrata de empresas de espetáculos, porem de Fe-derações Esportivas puramente amadoras, cujoúnico objetivo é o desenvolvimento do movimea-to esportivo, no mundo inteiro.

TETRA-CAMPE AO: O URUGUAI

Pode parecer injusto só escrever agora •nome do campeão, o valente Uruguai.

Acho contudo que acima da vitoria de talou tal pais, o extraordinário balanço do conjuntoda competição merecia o tributo da nossa ad-miração.

Não vamos descobrir que o Uruguai, terrade grandes jogadores, é digno do título mun-dlal. O simples fato que os "celestes" venceramas quatro competições universais de football quedisputaram — Jogos Olímpicos de Paris (1924)— de Amstcrdam ^1928) — primeira Taça doMundo (Montevidéu, 1930) e quarta Taça JulesRimet (Brasil, 1950) — é bastante eloqüente.

Claro que desta ve* o Uruguai foi favorecido

peia sorte desde o inicio até o fim, com a com-posição das chaves quando ficou com um únicoadversário de classe inferior, a Bolívia, com odesfecho de pelejas que pareciam perdidas, con-.tra a Espanha, quando não foi alem do em-patc, e contra a Suécia, quando encheu comtanta dificuldade, e finalmente com a chancehabilmente explorada no jogo decisivo quandosua tática de defesa renhida e poucos contra,ataques triunfou paradoxalmente apesar dt> do-minio territorial e técnico dos Brasileiros. I*h** ocoração imenso dos orientais ilustrou mais umavez o valor do conselho do poeta francês: "Aiiie-toi, le Ciei faidera...". E ninguém poderá dt-zer que a vitoria dos Uruguaios não foi limpa,límpida, correta. Saudámos, portanto, com emo- ,ção o football de -Montevidéu, tetra-campeâo d*mundo!...

O TORNEIO ICONOCLASTA

E' muito cedo para poder tirar, com toda aobjetividade, a lição desta IV Taça Jules Rimet.Podemos escrever, contudo, que nunca assisti-mos a tão sensacional hecatombe de grandesnomes do football mundial.

Classificamos, antes do torneio, os 13 com-petidores em três categorias.

Candidatos "sérios" à vitoria: Brasil (nossofavorito) — Inglaterra — Itália e Uruguai."Outsiders": Espanha — Iugoslávia e talvezSuécia ou Paraguai."Sacrificados": México — Chile — EstadosUnidos — Suiça e Bolivia.

Começando pelo baixo da escala, teremosque constatar que somente o México e a Bolivia,entre os membros da última categoria, não seergueram acima do esperado.

A Suiça empatou com o Brasii e os Esta-dos Unidos realizaram a maior surpresa da his-toria do football mundial, vencendo a Inglater-ra. E até o Chile, depois de perder de modo bon-roso frente a Espanlia e a Inglaterra, esmagouos vencedores dos britânicos.

Os "outsiders" representaram brilhantemen-te seu papel, exceto talvez o Paraguai, cuja con-duta foi regular. Mas a Iugoslávia exigiu o " ma-xlmum" do Brasil. A Espanha eliminou a In-glaterra depois de um grande jogo de football,verdadeiramente. E a Suécia surpreendeu a to-

. dos, primeiro com a "bomba" inicial do torneio,a vitoria sobre a Itália, detentora do título mun-dlal, e depois com uma serie de resultados de-slguais que pelo menos lhe ganharam o terceirolugar na classificação geral do torneio <e o pri-mclro entre os europeus).

Os "favoritos" decepcionaram sucessiva-mente. A Itália perdeu praticamente o titulodesde o primeiro jogo. A InpTnterra sofreu ogolpe mais terrível, pois no mundo inteiro •prcsiigio dos "mestres.", cuidadosamente vigia-do desde trinta anos, saiu seriamente estragadodesta primeira confrontação oficial. E o BrasiLvencedor moral da Taça, caiu inesperadamenteno momento mesmo do triunfo final.

lrITORIA... NO CORAÇÃO DO MUNDO

Fica o Uruguai, o novo Uruguai, cuja con-duta nos jogos da recente Copa Rio Branco foicuriosamente desprezada por muita gente, e quenão precisa de Hsonjas, pois levou para Monte-vldéu o título e a Taça, o que basta para troafelicidade.

Haverá muito que escrever sobre o fato que,apesar dos progressos tão cantados do footballno domínio da organização tática do jogo, otítulo mundial foi conquistado pelo quadro quenunca quis abandonar a antiga escalação do"bon vieno tempos" (com os zagueiros fixo •volante, os médios de ala jogando -cm defesa ©o centro-medio "plvot") e confiou mais nos va-lores morais e espirituais do que em qualqueroutra arma. Será o assunto de próximos artigos.

Hoje preferimos concluir como começamos,afastando todo pensamento amargo para exaltaro magnífico triunfo esportivo desta ineaqut«h*»»tTaça Jules Rimet e a maravilhosa vitoria con*quistada no coração do mundo pela nona ge-nerosa terra de adoção: o Brasil.

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a0 Malmoe. mesmo assim nâo convençam muitoexperiência

^rfl^\^Z^ áe áes^zer a má impressão deixada pelo ca.nos nordicos sobre a soa^a«™eranacor resse todo o certame para que ficasse com-

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VITORIA DE B OM FOOTBALL

ÍV* suecos oue dias antes surpreenderam tecnicamente os uruguaios, s«V não

conseguindo cônler a famosa flama des defensores de 'Ma odecte^Winna^coij-La a Espanha o seu bom football. Desde os pnme.ro, momen os da parhda so-

,liH(iimpnte i "Fúria" que já na primeira iase Perdia l>or dois tentos

TXr&SSSffVvfftâ * ¦#- té«„ica_.„o.nteS.a,e1mente *•»¦- f„* »cna»-hói<< não conseeuiram neutralizar. Para a fase fmal, os íbcucos t

Sâ^aruL^rUTUa^oncontrou ro^oia „or «te do, suecos. ,ue I.

tiveram habilidade para neutralizar sempre as af^Í^^SS so-domínio das ações. Tanto assim que, a despeito dessa re^stenciao placard amda so

frP„ nnva alteração a favor da Suécia, que chegou a marcar, assim três a zero. í.ssa

nova conquttàí sueca provocou uma reação deçesp.rada dos espanhóis, que tentaram a

todo custo chegar ás redes de Svenson Conseguiram,af^'C™^^8^u^oitiram que nos minutos restantes tiressem e ?s proveito da insistência no ataque. oi

portanto uma grande vitoria do football su eco. que se ^^^ggtécnica ao adversário e cujos amadores ti /eram tombe» um entusiasmo notável :

contrapor à fibra dos famosos componen tes da Funa

(CONCLUI NA PÁGINA SEGUINTE)

toNAOHA

Também o organismo humano, aparelho deli-cadíssimo, nâo pode funcionar bem, se as suasvária» peças cstív«rem sujas c cheias de resíduos.

Uma das mais importantes dessas peças sãoos rins, a cujas funções se acham ligados outrosórgãos da máquina humana.

A limpeza e desinfecção periódica dos rins,feius com os comprimidos de HELMITOLde Bayer, garante ° scu perfeito funcionamento

e resulta na saúde atual e numavelhice sadia e livre de achaques.

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O ataque sueco em ação I

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O GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto Marinho e Mario Rodrigues Fi-lho. Diretor Superintendente: Henrique Tavares.Gerente: Rubens de Oliveira. Secretário: RicardoSerran. Redação, administração e oficinas: RuaBethecourt da Silva, 21, 1.° andar, Rio de Janeiro.Preço do número avulso para todo o Brasil: CrS0,80. Assinaturas: anual, Cr$ 40,00; semestrp'.

Cr$ 25,00.J

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 21 de julho de 1950

O primeiro goal da tarde foi conquista do ace quinze minutos, por Sundquist, sen-do que aos trinta e três a contagem foi elevada pelo centro-medio Melberg. Na fasefinal, aos trinta e quatro minutos, um magnífico passe de Joansen foi a Palmer quecompletou com pleno sucesso. Três minu tos depois fizeram os espanhóis tseu único

tento, numa arrancada de Zarra. As equipes for-moram com os seguintes jogadores:

CUECIA — Svenson; Samuelson e Erik Nilsson;Anderson, Nerdhall e Gaerd; Joansen, Malberg,Jeppson, Palmer e Sundquist.

ESPANHA — Eizaguirre; Ashensi e Lesmes;Alonso, Parra e Puchades; Bassora, Hernandez, Zar-ra, Molowni e Juncoza.

Dirigiu a partida o árbitro Van der Meer, queteve atuação satisfatória.

No Pacaembu compareceu uma assistência fra-ca, que deixou nas bilheterias a importância deCr$ 330.550,00, assistência essa que quase não pre-senciou aos lances da partida local, galvanizada pe-lo placard do Estádio Municipal, que acabou tradu-zindo a grande decepção. A saida do Pacaembu foiimpressionante, pois todo o público abandonou oestádio cabisbaixo.

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EM MONTREAL, a Austrália eliminou o Cana-dá, nas semi-finais eliminatórias da zona norte-ame-ricana para a disputa da Taça Davis, de tennis, edeverá agora disputar com o México o direito deenfrentar o vencedor do encontro Sueeia-Dinamar-ca, na zona européia. Frank Sigeman logrou aquarta vitoria da serie, vencendo Iorne^Main, doCanadá, por 6x1, 6x2, 6x3. Na quinta e última pro-va, o australiano Ken McGregor venceu BrendanMacken por 6x4 e 6x4.

em DIEPPE, o campeão de pesos-levés PierreMontana, de volta de uma "tournée" pela Itália,venceu Jean Julien, batendo-o por knock-out, no14.° round. Julien suportou bem até o 12.° round,mas foi depois desclassificado. Dois rounds depois,liberalmente aniquilado por um golpe de esquerda

do adversário, seguido de terrível direita no esto-mago, Julien caiu irremediavelmente knock-out.Em Laon, Emmanuel Clavel perdeu seu título derecente vencedor das "24 horas de Lemams".

EM MONTE CARLO, os campeonatos mundiaisde esgrima prosseguiram. A Itália, que vem1 domi-nando evidentemente o torneio, conseguiu novo ti-tnlo, o de espada por equipe, vencendo a França pornove vitorias a cinco. Na partida para classificação,a Suécia venceu a Bélgica por oito vitorias a oito,mas, em total, 32 "toques" contra 34.

EM COFENHAGUE, o encontro da equipe femi-nina da França e da Holanda, disputado em Car-cassona, viu novamente distinguir-se a famosa cam-

peã holandesa Fanny Blankers Koen, que acumulouvitoria sobre vitoria, vencendo os 80 metros com

carreiras, o salto em altura e os duzentos metros.Belo sucesso, também, foi registado jcela campeã,

olímpica francesa Micheline Ostermeyer, que lançou

g disco a 41 metros e 96 e o peso a 13 metros e 48.Finalmente, as francesas bateram as holandesas

por 49 pontos.

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Goal da Suécia, vendo-se Eizaguirre batido pelo shoot de Palmer

(Conclusão da 7.a página)castigos em combate deveria ter permissão para voltar ao ring sem:quc se tivesse a certeza absoluta de que estava completamentecurado.

Vejamos exemplos concretos:Quando Jake La Motta surgiu em 1940, destacava-se pela capa-

cidade de suportar o soco de quem quer que fosse. Cinco anos maistarde continuada assim, e então... bem, ele havia de ter um li-mitc !

Em fins de 1946, no Madson Square Garden, La Motta, apesarde favorito quase absoluto, foi liquidado por Billy Fox. Embora La-Motta não tivesse ido à lona, conduziu-se de tal maneira no quartoround, que o juiz, para poupá-lo, suspendeu a luta. Seis meses depoisdo encontro com Fox, LaMotta submeteu-se a tremendos treinospara baixar de peso e defrontar Tony Janiro. Ganhou a luta masperdeu a seguinte para Cecil Hudson.

La Motta manteve-se ativo e conseguiu arrancar o campeonatodo falecido Mareei Cerdan, em Detroit, por ter este atuado com ©ombro contundido Mas na luta seguinte, a obtenção do título, LaMotta voltou a ser o mesmo. Robert Viliemain esgotou toda a suaresistência, vencendo-©.

Em 1941, o público amante de box travou conhecimento comum novo e empolgante peso leve, Beau Jack, capaz de lutar tantoquanto vinte vezes num ano — e foi o que ele fez.

uniCK wergeies, fazendo irente a um sindicato que apoiavaBeau, garantiu a Ali Stols — então o mais classificado candidato aotítulo — dez mil dólares para lutar com Beau em 1942., Jack, na sua primeira grfcnde exibição no Garden, derrotouStolz por kr.ock-out no sétimo round. No mesmo dia Sammy Angottanunciou uma das suas muitas retiradas do ring c os homens do b«xde Nova York apressaram-se em fechar a brecha. Puseram-no dian-te de Tippy Larkm e ele venceu no terceiro round.

A pressão sobre o rapaz da Geórgia, foi das mais fones duranteo primeiro semestre de 1943 — lutou com Fritzic Zivic duas vezes,com Henry Armstrong e Bob Montgomery — tudo no espaço dequatro meses. Não faltava resistência a Beau. e ele prosseguiu es-murrando, vencendo quase sempre.

Mas o pieço do excesso não tardou a ser cobrado. No outonodaquele ano falhou a pequena e maravilhosa máquina de lutar quan-do Beau, diante de Ruffin, foi desclassificado por foui. Mas istoainda não o impediu de seis semanas mais tarde ir reconquistar •titulo das mãos de Montgomery.

Em vez de agir com cuidado, o manager Wergels lançou de novoBeau Jack no Madison duas vezes em janeiro e três vezes em marçode J944. Ele derrotou Luiu Constantino e empatou com Sammy An-got, perdeu por pontos, num encontro de 15 rounds, para Montgo-mery e venceu Bummy Davis e Juan Zurita. E em 1948, num gestode pura ambição e nenhuma consciência, colocaram o já esgotadoBeau diante de Ike Williams, com a esperança de reconquistaremo título. Ao sexto round, Ike pedia ao juiz para cessar * ínta. E •cansado Beau não era nem mesmo uma sombra do que fora quando,no ano passado, enfrentou Tuzo Português. Tinha sido um dos maislimpos pugilistas da historia e mostrou-se então um tsmurradorvulgar, cheio dc truques desleais e acovardado.

Em 1947, o número de mortes em conseqüência de iutas foi dedez, cinco das quais de pugilistas profissionais Em 19*8, o total su-biu a quatorze, contando nove profissionais entre as vítimas. Noano passado atingiu o chocante total de dezoito, com doze prof!»-sionaís.

Desde 1933 que o Madison Square Garden, centro mundial d«box, vem sendo cenário de lutas fatais, quando Ernie Schaaf morreuem conseqüência dc um knock-out que lhe impôs Primo Carnera.Mas mais alarmantes que essas mortes são a legião de incapazes eenfermos qoe o box vai formando ao longo dos anos. O remédio éum policiamento, e o próprio esporte deve constituir-se em poücta.Os managers precisam curvar-se aos sinais de decadência de umlutador e retirá-los do ring antes que se tornem patéticos sacos depancada.

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