17, a 57,25;purl.pt/14328/1/j-1244-g_1891-03-24/j-1244-g_1891-03-24_item2/j...Agreste. —Consta que...
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19816NATCB1 NAS PBOT1NCUS
S mexes, pagamento adiantado ljl*
k correspondência sobre administração, a Rodri
Ço de Mello Carneiro Zagailo, trayeasa da Queima
da 35, !.• andar.
AKSIfiMITUBA EU L19SOA
1 mei... 300 réis ànnnncios: linha, 20 réis; na l.«
2 mexes. $00 » pagina, 100 réis; no corpo do
Avulso. • 10 » Jornal ccm travessão, 60 réis.
Commumcados e outros artigos contractam-se na
administração.
EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvallio
Séde da redacção, administração, typographia e impres-
são, travessa da Queimada, 35—Lisboa.
- Está completamente restabele-
cido da grave doença que soflreu o
sr. visconde de Alverca.
Muito nos regosijamos.
—Experimentou hontem alguns
allivios o nosso querido amigo o sr.
Serpa Pinto.
Votos muito sinceros para que
elles se accentuem, até um comple-
to restabelecimento.
Pequenas noticias
Visitou hontem as obras do porto
de Lisboa o sr. ministro das obras
publicas.
—Os empregados superiores da
alfandega vão fazer publicação de
um semanario intitulado «Varieda-
des».
—Está a coucurso o partido me-
dico de Silves. Ordenados, 550^000
réis.
—Reúne no dia 8 d'abril a assem-
bleia geral da sociedade do Monte
Estoril.
—Em pleno tribunal, jogaram o
sopapo em Montemór-o .Novo dois
procuradores e um advogado.
—No dia 18 foi inaugurado o te-
lephone entre Paris e Londres.
—Desde o anno de 1880 até 1890
emigraram da ilha Terceira para o
Império do Brazil, 4:6Sí pessoas.
—Hontem muitos passageiros par-
tiram para Sevilha com os bilhetes
baratos de ida e volta, estabeleci-
dos pelos caminhos de ferro de Les-
te e Norte.
—No mez de fevereiro findo en-
traram no porto de Ponta Delgada
31 navios de longo curso, sendo
a vapor, com a capacidade de 31:214
toneladas, tripulados por 739 pessoas
e conduzindo 360 passageiros.
—Muito ventoso o dia de hontem.
Agreste.
—Consta que haverá em outubro
uma segunda época de exames.
—Uma companhia de feira que se
acha em Elvas, com macacos, ca-
bras e cães amestrados, parte por
estes dias para Coimbra, onde pre-
tende dar uma serie de espectácu-
los^
Falleceu o sr. Carlos do Avellar
Pereira, governador do porto de
S. Martinho.
Chegou hontem a Lisboa, no
«Sud Expresso», o actor Guilher-
me da Silveira.
0 numero telepkonico d'es-
te jornal é 462.
Janella gradeada do quarto
de (lamiilo
A nossa estampa de hoje 6 a
que no «Romance do romancista,
viáa de Camillo Castello Branco»,
agora publicada pelo nosso colle-
ga Alberto Pimentel, rememora o
facto de Camillo ter estado na
cadeia da Relação do Porto, em
1SG0, sendo ali retido por um dra-
ma de amor.
Do capitulo XV d'esse livro,
quo está tendo uma prouura ex-
traordinaria, arrancamos a des-
cripção do quarto de Camillo, cu-
ja janella a nossa estampa repre-
senta:
"Camillo Castello Brancs, reco-
lhido desde logo a um quarto de
malta, foi transferido para outro
melhor, quando um preso de ap-
pellido Marinho, saindo aftiança-
do, o deixou devoluto.
«•Camillo descreve o seu novo
quarto:
«De lsl sahira para a forca, em
1829, o conselheiro Gravito; ali
estivera o duque da Terceira, du-
rante o reinado provisorio da Jun
ta. Alguns coevos de Gravito,qu e
Cótiveiam simultaneamente pre-
sos, me disseram que n um lanço
da parede do meu quarto tinham
sido escriptos os nomes dos sup-
plicaido8 na • Praça-nova», com
bellas e floreadas lettras romanas,
por um dos padecentes, na base
d'uina imagem de NoBsa Senhora
da Esperança, pintada com me-
diana arte. Nenhum vestigio ha-
via d'isso. Além de ser o quarto
forrado a papel modernamente,
constava que o carcereiro de 1529
mandára passar a broxa de cal so-
bre a imagem e os nomes.
«Inscripções vi só duas abertas
na porta, e nas portadas da ja-
nella, com datas do século passa-
do. Uma é o nome do preso, já car-
comido como o seu proprietário;
a outra é um nespauhol que se
mostra descontente da sua situa-
ção, e declara ali estar ha tempos
infinitos e sem esperanças de sa-
hir. Cobre este lettreiro {uma co-
roa ducal. Emquanto a mim, a in-
signia nobliarchica, que o preso
se deu, não passa d uma innocen-
te distracção de canivete. Não vá
por ahi algum romancista, á con-
ta d'aquelle duque, enganar a
gente cm quatro volumes.
Era o meu quarto virado ao
nascente, e sobranceiro á porção
da cidade velha. A'quem d'um bo-
leado horisonte de serras acciden
tavam-8e agradaveis pontos, e o
mais dilecto dos meus olhos, al-
gumas vezes turvos de lagrimas,
era a egreja do Bomfim. Eacon-
trára eu ali um dia a felicidade, e
reteve a uma hora comigo. Fiquei
depois olhando para lá, como a
procurai-a, e de lá para o ceu,
onde eu cuidava que cila devia
estar.
«Deram-me flores inverniç^s,
que eu alinhei no parapeito da ja
nella. D'uma japoneira cuidava
eu com todo o esmero; mas o ar
do cárcere empcstava-lhe os bo-
toes, que despegavam amarelleci-
dos antes de desabotoarem. Tam-
bém me deram uma avesinha,cha-
mada «viuva». Tinha sido de Al-
varo Ramos, que morrera delega-
do em Moçambique. O meu servi-
ço de todas as manhãs era cuidar
do aceio da gaiola, e do alimento
da avesinha. Conhecia-me tanto
que já se deixava afagar. O cau-
tar da viuva era um encadeamen-
to de notas gemebundas, e d'este
carpir penso tu que lhe vem o
nome, como quem dá a entender
que assim se lastima a viuva in-
consolável. Foi ella a minha com-
panhia de um anno...»
Por um livro de Julio Cesar
Machado, «Seen as da Minha Ter-
ra», sabemos que Camillo abrira
duas inscripções na parede do seu
quarto, porque o romancista, co-
mo vimos, apenas se refere a ou-
tras duas que já encontrara qnan-
•do entrou.
Julio Machado escreve:
• Camillo estava no quarto em
que gemeu o duque da Terceira
durunta todo o tempo da Junta, e
do onde o Gravito marchou para
a forca era 1829; quarto, ainda
assim, melhor do que eu esperava
quando subi as escadas da ca-
deia. Uns livros n'uma estante,
alguns papeis sobre uma meza
d'escripta, nenhnm jornal, e nas
paredes estas duas legendas:
Rebus in angustis facile est eon-
temnere vitam
Fortier illo facit, qui miser esse
potest.
• O que pode traduzir-se assim:
E' fácil despresar na angustia a
vida
Coragem é viver forte na angus-
tia!
CfcSA Nine]
239, Rua Augusta, 241
Ll«nOA
Enxovaes para noivas, recein
nascidos e collegiaes.
Camisaria para homens.
Sua Magestade a Rainha não re
cebe hoje 24 do corrente, mas con
tinuará a receber, como de costu
me, nas seguintes terças feiras.
o rnxinor,
M «CAÉÉ
UIUCOCDOO 23.
Sua Magestade a Rainha passeiou
hontem em carruagem descoberta. Dr. Alfredo Martins
Medico especialista
Doença* da bocca e dos dentes
garganta, fossas nazaes e ouvidos.
Extracção e obturação de den-
tes.
Prolhese dentaria
CHIADO, 29, !.•
Sua Altesa o Senhor Infante D.
Alfonso passeiou hontem no seu
«dog-cart».
Fazem ámanhã annos as ex
(Ex-contramestre da Casa Keil Marqueza de Rio Maior.
I). Adelaide de Sampaio Dias.
D. Eugenia da Costa.
D. Georgina Adelaide Monteiro Li-
ma.
D. Anna Francisca de Carvalho
Gorjão.
D. Irene da Annunciação da Fon-
seca.
D. Maria Estephania de Figueire-
do Leitão.
1). Maria Sophia Schiappa Pietra.
1). Maria do Ceu da Silva Men-
des.
D. Mana Frederica de Faria Quin-
tella Emauz.
I). Maria de Menezes Pessoa de
Amorim.
D. Maria José Machado de Sousa
e Silva.
I). Marianna Benedicta Correia.
1). Guilhermina de Jesus Victal
Lacerda.
D. Catliarina Amelia Santos.
D. Maria da Annunciação Pinheiro
Taborda.
Conselheiro José Gabriel llolbe
Alberto Zamith.
Alfredo O'Neill.
Henrique de Sampaio.
Dr. Daniel Cardoso de Girão
Antbero J. Correia.
Affonso de Castro Monteiro.
Está em Lisboa o sr. dr. Pedro
Anguftin Monteiro Castello Branco.
—Part" hoje para o Porto o sr.
Oliv.-ira Monteiro.
—Panin hontem, no «Equateur»,
para a Bahia, onde vae exercer o cargo de « lianceller do consulado
d»» Portugal, o sr. João Leme de
Sande e Castro.
Foram a bordo despedir-se do
illustre viajante os srs. D. Vasco da
Camara (Belmonte), D. Salvador de
Mello (Sabugosa), Luiz Coruche, Es-
Eirito Santo Lima. Balthasar Cabral,
duardo Perestrello de Vasconcellos
e Julio Cesar Cau da Costa.
—No «Sud-Express» de hontem
Krtiu para Paris, com destino a S.
tersburgo, o sr. conde de Selir.
—Regressou de Paris o sr. dr.
Francisco da Silva Carvalho.
—Partiu para Madrid o sr. Manuel
de Carvalho da Silva Leal.
—Regressou do estrangeiro o sr.
Antonio Machado.
—Partiu para Madrid o sr. Anto-
nio da Fonseca Cruz.
AM ILLO JANELLA GRADEADA DO QUARTO DE
Joaquim Augusto da Gosta
FABRICANTE
Vornecedorexclaclvo do
Ministério «los Nego-
cio» Estrangeiro», tte-
cledade de tte o|n-
phla, Inisltato do Co-
imbra, et©.
Gom officina na ma de S.
Julião, 110, 3.°, onde teia qb
completo sortimento no sen
genero e deve ser dirigida
lod*» Mrresponiíeneia
PreçoMwem competencla
men o a 25 por cento
do» conhecido» até acfut As solemnidades da Semana
Santa na freguezia das Mercês
celebram-se este anno com gran-
de pompa.
VIUVA SOARES & FILHO Em S. Carlos vimos hontem, as-
sistindo aos «Huguenotes». as ex.ma'
sr." marqueza de Fontes Pereira de
Mello (D. Emilia), marqueza da Foz,
condessa da Foz, D. Anna Bemex de
Serpa Pimentel e filhas, viscondes-
sa de Condeixa, D. Margarida Cha-
ves dos Santos e Silva, D. Elisa dos
Santos e Silva Bastos, marqueza de
Pomares, D. Alice Munró dos Anjos
e filhas, marqueza de Fronteira e
Aloma, condessa d'Avila, Andrades
Bastos, condessa de Villa Real e fi-
lhas, D. Josephina C. Branco Ribei-
ro da Cunha, viscondessa de Tavei-
ro, D. Josepha Sandoval de Vascon-
cellos e Sousa, D. Maria Carlota de
Sá Pereira de Lencastre, D Maria
Luiza de Sá Pereira, condessa do
Lavradio, D. Adelaide Arouca, D.
Paulina Benevides, viscondessa de
Sacavém (D. Mathilde), D. Ernestina
e D. Ruflna Iglezias, condessa de
Gouveia, D. Izabel O'Neill, D. Maria
das Dores de Mello e Castro Calhei-
ros, condessa da Silva Sanches e fi-
lhas, viscondessa do Sisteilo, D.
Emilia Rio Vez, I). Rachel Lobo. con-
dessa de Bomfim, madame Leger e
filha, D. Fernanda Bregaro, D. Joan-
na Romero, madame Bemsaude e
irmã, madame Soares Franco Scho-
roter, D. Maria Luiza Pedroso Pos-
solo e irmãs, etc., etc.
*
Está doente a extremosa mãe do
nosso amigo sr. dr. Ariosto de Mon-
cada.
—Continua doente a sr.a D. Anna
de Vasconcellos Peito dc Carvalho.
Convida a V. Ex.* a visitar a sua expo-
sição Rua Áurea, 57 e 59, onde tem um com-
fpleto sortimento de objectos de ourivesaria ul-
timas novidades, nacionaes e estrangeiras
Ppeços sem compètencia
59. R. Áurea, 59, LUboa
A ceremonia de lava pés na Ca-
pella do hospital da Ordem 3." de
S. Francisco da Cidade é feita
pela enfermeira-mór a 12 irmãs
pobres.
Na Confeitaria Parisiense, sita
ua rua de S. Bento, n.° 24 (junto
da vaccaria) encontram se á ven-
da esplendidas amêndoas. O seu
proprietário tem sido incansavel
para graugear um bom numero
de consumidores aos seus produ-
ctos e por isso uao se poupa em
servir bem e preços convidati-
vos.
An jardin de Paris
Desnecessário seria recommen-
dar o estabelecimento da rua Nova
do Carmo n.° 31, já muito conhe-
cido da nossa sociedade elegante,
se n'esta occasião de festas da
Paschoa ali não estivesse em ex-
posição grande profusão de flores
artiliciaes e naturaes, bouquets de
caroage, brute-parfums do Japão,
uma rica collecção de preciosas
porcelanas do Japão, China, Vie-
me-Roueu, açafates e cestos em
faience da maior novidade, que
o actual proprietário vende por
preços excepcionae8, para brindes
da Pachoa.
A nossa aristocracia tem-se for-
necido d'aquelle estabelecimento
dos melhores e mais ricos artigos
de phantasia o agora terá ensejo
de admirar e adquirir muitos ou-
tros artigos, ultimamente chega-
dos de Paris.
Vide o aununcio na secção res-
pectiva.
Falleceu a sr,a D. Esmeralda
Zulima Militâo.
Pedimos uma esmola para a fi-
I lha do maestro Casimiro.
Mora na rua da Atalaya, 219,
2.° andar.
Donativos régios
Suas Magestadea enviaram réis
90£000|ao8 promotores da «mati-
née», que ante-hontem se reali-
sou em S. Carlos.
Florista franceza
59, Bua da Trindade, 59
Primaveras de Nice, lilazes,
brancos, muguets, etc.
Plantas variadas, bouquets, cor-
beillcs e flores exóticas, tudo se
encontra n'este estabelecimento,
assim como sementes de todas as
flores.
Março 24
Faz hoje 223 annos que por
sentença foi annuliado o casa-
mento de el-rei D. Affonso VI
(O Victorioso) com a rainha D.
Maria Francisca Izabel de Sa-
boya, filha do duque de Nenaours
Aumale.
Falleceu, victima d'uma tysica
que ha muito lhe minava a exis-
tência, o sr. Alfreio Augusto Mon-
teiro da Fonseca, irmão do sr. Ar-
thur Leão Monteiro da Fonseca.
Supplica áa almas piedssaa uma
esmol», pira não morrer ã min-
gua, o velho e doente professor
Antonio O ympio Martins, rua de
S. João da Praça, 51, l.° E.
Sua Magestade a Rainha D.
Maria Pia mandou hontem en
tregar á ex.ma sr.* D. Maria Emi-
lia Seabra de Castro, o valioso
donativo de 2245000 réis, ^ara a
«Caixa de Soccorros aos Estudan-
tes Pobres »
Hontem, vento; amanha, trevas
A minha lyra não canta
Nem eem brisas, nem nem luz.
Portanto, musa, recolhe-te.
Durante a Semana Santa
Nao penses senão na Cruz.
r
IftSASkiO BLÍ IIIITBAD9
As procissões
Dissertaram vários collegas a
proposito da Procissão do Trium-
pho, de domingo ultimo, fazendo
a critica d'estes actos do culto
externo.
Uns limitaran-se arondemnar
que o acto religioso se celebras-
se sob chuva torrencial, sujei-
tando a doenças pobres creanças,
ijue vestiam de anjos, só para
que os festeiros não deixassem
sair da sua mão o costeio da ce-
rimonia, porque segundo o com-
promisso da confraria, quando a
procissão deixa de realisar-se, a
importancia d'ella ó entregue á
Santa Casa da Misericórdia.
Applaudimos esta censura, que
r justa, e que deve servir de ra-
zão justificativa para que simi-
lliante abuso não torne a repetir-
se, devendo intervir a auctorida-
de, que fiscalisa a saúde publica,
impedindo que ella seja sacrifi-
cada a quaesquer interesses e
ganancias.
Outros collegas, porém, foram
mais longe: opinaram que as pro-
cissões deviam acabar por com-
pleto; que se acabasse de todo
com essas festas ao divino no
meio das ruas, que não se bar-
monisavam com o tempo, e mais
considerações pbilosopbicas d'es-
te tomo, sai d as do bojo das orien-
tações do progresso.
Não concordamos.
A procissão ó um acto religio-
so do conjuncto das formulas por
que se exercita o culto catholico.
Um paiz que tem esta religião
garantida no seu codigo funda-
mental, o que tem ó a castigar
quaesquer desacatos contra qual-
quer manifestação d'esse culto.
K com effeito, adjectivamente, lia
saneções penaes para castigo
d'esses abusos. Ninguém 6 obri-
gado a cníileirar-se de oppa, a
fazer alas ao cortejo, a sopezar
os andores; mas ninguém tem
direito a perturbar ea desrespei-
tar a fó e a crença dos outros.
Este 6 o estado da questão; e
os mil abusos que se tôm dado,
com um ou outro castigo perfei-
tamente esporádico, são manifes-
tações do nosso relaxamento so-
ciai, expresso e consagrsdo na
formula—brandura dos nossos
costumes.
Km geral (' o republicano quem
se manifesta contra estes actos
religiosos; e como a Inquisição
dizia—crê ou morres, elle diz—
não creias, ou, ridiculiso-tc.
De resto, tão absolutista 6 hoje
o jacobino como era d'antes o in-
quisidor.
Não são do nosso tempo as
procissões, dizem. São de todos
os tempos, diremos nós. E' claro
que não vamos tratar o assumpto
historicamente, para o que aliaz
facilmente podíamos forragear
citações. Só queremos fazer um
bocadinho de critica singela.
A procissão o que 6, afinal? E'
a representação ao vivo de um
acto da historia da religião; ô
mostrar ás multidões os que fo-
ram bons d'alma e bons do cora-
ção; ó apresentar-lhes os heroes
«lo Christianismo, de certo mais
úteis ã humanidade de quaesquer
heroes; é collocar a um santo
sobre um andor, como se colloca
a um poeta, a um general e a
um philosopho sobre um pedes-
tal. As procissões tém tanta razão
de ser como outras quaesquer
representações que tenham por
fim exemplificar as obras de ca-
ridade e amor No agiologio ha
heroes para a exemplificação de
tudo quanto 6 bondade, n'essa
multiplicidade de actos por onde
os ricos do coração exercitam a
virtude.
Mas 6 extraordinário que os
enthusiastas das procissões cívi-
cas sejam os principaes adversá-
rios e detractores das procissões
religiosasl E' extraordinário; por-
que nem Gamões, que escreveu
os Luziadas, tem comparação
com o humilde Nazareno, que
inspirou os Evangelhos; riem o
Marquez de Pombal, que fez a
carniceria dos Tavoras, Athou-
gias e Aveiros, não faltando o al-
goz áquella de quem um poeta
dizia que
São de sol os diamantes
Producção brilhante sua,
6 mais digno do culto da historia
que esses martyres que redimi-
ram a humanidade sem pensa-
rem na cottação dos vinhos de
Eugaddi, como o grande homem
pensou na cottação dos vinhos
de Oeiras!
Mas os que seguem no encalço
do sr. Magalhães Lima, que vem
de llespanha de conferenciar com
Salas Anton e Raphael Labra,
daudo vivas, todos se pejam de
que os crentes na grande obra
de Christo passeiem pelas ruas
da cidade os que com o coração
souberam interpretar a única
vida nova que tem feito bem á
humanidade—essa que rebentou
n'um canto da Palestina e encheu
o mundo de felicidade!
E o pobre povo anda cercado
do palavriado d'estes apostolos!
Mas querem por completo a
nossa opinião: é que a sociedade
portugueza requer aos seus diri-
gentes que elles façam respeitar
todas as auctoridades, desde o
rei aos padreã. Ninguém obriga
a ter certas opiniões; o que se
exige de todos ó o respeito pela
monarchia e pelo catholocismo,
que de facto são as leis politicas
e religiosas em que a grande
maioria dos portugnezes quer
viver.
Pela politica
Offerecemos hontem o Diário lllus-
trado ao sr. conselheiro Henrique
deliarros Gomes, parao caso de s.
ex.a desejar responder ao Diário
Popular. Hoje vamos fazer egual
convite a um outro illustre mem-
bro do partido progressista.
E' o caso.
A proposito da contadoria do
Hospital de S. José, acudiu em
defeza de decreto um illustre jor-
nalista, que redige um jornal pro-
gressista da noite, por signal que
é o mais antigo dos tres que se
publicam, e que tem andado de
esquina em esquina, do Quintella
para a Horta Secca, da Horta Sec-
ca para o Chiado.
Replicaram-lhe, e até com refe-
rencias pessoaes, um correligio-
nário da manha e um correligio-
nário da noite; e quando elle, ao
que se diz, se dispunha a dar tro-
co, recebeu uma ordem em fórma
de quem todo lo manda, para que
se mettesse nas encoepias.
E assim foram engulidas cm
secco as referencias pessoaes!
Ora, vitto que ,o collega pro-
gressista não pôde responder aos
seus correligionários na gazeta
que redige, aqui tem ás suas or-
ders o Diário lllustrado, que mui-
to se honrará com a collahoração
de sua ex." e com a do sr. conse-
lheiro Henrique de Barros Go-
mes.
* *
Reuniu hontem o Conselho d'Esfa-
do para a saneção da nova lei dos
tabacos.
A questão financeira
do Brazil
O sr. commendador Vieira da
Silva, nosso prosado amigo e di-
gno consul do Brazil n'esta corte,
recebeu de Londres, hontem, o
seguinte telegramma:
«Banco da Republica comprou
emissão do Banco do Brazil. O
cambio melhorou, estando a 18
3(4.
Como informações que obtive-
mos, o banco da Republica foi o
fundado sob os auspícios do sr.
Ruy Barbosa, £fundindo-se pouco
depois com um outro, de que nos
não recorda o titulo. Agora fica
com o poder emissor do antigo
Banco do Brazil, que assim pare-
ce limitar as operações do seu
fundo, que é de 100 mil contos, a
descontos e outras operações de
caixa.
A subida no cambio é grande,
como repentina, pois que a ultima
taxa conhecida era de 17 5(8. /
Outros telegrammas, recebidos
por diversas pessoas, dizem quo
ha grande baixa nos differentes
papeis de credito, e que ha gran-
de difliculdade em transacções
sem caução.
E' falso: apenas pediu ao nosso
governo noticia das informações
que tivesse sobre o facto.
—Diz-se que as negociações so-
bre o tratado peioraram nos últi-
mos dias.
Não tem fundamento rasoavel
esta affirmação.
— O Temps informa que seria
hontem assignada a nova conces-
são á Companhia de Moçambique,
contendo clausulas secretas com
respeito ao caminho de ferro do
Pungue.
Ora, segundo nos consta, o con-
tracto não foi assignado hontem,
nem é provável que o seja por
estes dias, nem tão pouco se pro-
jectam quaesquer clausulas secre-
tas.
A questão ingleza
Revista Commercial
Continuaram na semana finda
as mesmas hesitações eos mesmos
embaraços, nos grandes mercados
monetários, sem que se possa en-
contrar a verdadeira causa d'esta
situação indicisa.
Não se pode porém negar qua
houve uma pequeníssima vanta-
gem e que embora a melhoria não
fosse pronunciada, existem bons
auspícios para uma nova e vanta-
josa campanha de alta que se nao
deve demorar muito, atteudendo a
que vão entrar nos mercados im-
portantes sommas provimentes do
pagamento de coupons venciveis
em 1 d'abril.
N'uma qualquer época normal,
não poderia haver duvida de que
essas economias iriam ao merca-
do dos títulos procurar a sua na-
tural collocaçào e por consequên-
cia a alta seria uma indicação po-
sitiva; porém como as circumstan-
cias teem modificado profunda-
mente e em todos ospaizes a con-
fiança e a tranquilidade dos por-
tadores dos tituios, apenas se po-
de aílirmar que esses recursos,
quando immediatamente não de-
terminarem a alta, irão na sua
maior parte engrossar as fortes
disponibilidades dos mercados mo-
netários e dar mais largas facili-
dades ao movimento commercial.
De qualquer das formas, a situa-
ção actual não se pode considerar
sob um ponto de vista desanima-
dor, muito embora continuém a
existir graves preoccupações que
impõem uma grande e prudente
reserva nas operações de especu-
lação bolsista.
A taxa official do desconto man-
fem-se a 3 0(0 em Londres, Paris
e Berlim e no mercado livre a
2 3|8—3—e 2 1(2 0[0 respectiva-
mente.
O nosso 3 0[0 externo alcançou
uma ligeira vantagem subre a sua
anterior cotação, que fora de 56
1 [4 0(0 em Londres e 5G, 68 0|0
em Paris, ficando a 56 5[8 0(0 e
56, 93 OiO.
Ao mercado interno a situação
continua a mesma anterior, sem
vantagem d'especie alguma.
Muito embora fosse votado o
emprestimo destinado á consolida-
ção da divida fluctuante e sejam
por consequência esperadas em
breves dias avultadas remessas
de numerário, estes factos, só por
si, não bastam para reanimar de
prompto o mercado.
A crise tem sido longa e duran-
te ella os que se acham á frente
das nossas instituições financei-
ras não deram a menor prova dá
estudo ou de verdadeira compre-
hensão dos altos deveres que se
lhe impunham.
Limitaram-se a lançar mão do
expediente mais fácil, restringin-
do a circulação fiduciaria, o des-
conto, o emprestimo, a transfe-
rencia, a especulação cambial, dif-
ficultando o livre exercício do
uo£8o acanhado commereio, em-
baraçando cada vez mais o nosso
systema monetário, Aferrolhando
todo o ouro que podiam obter e
impondo o regimen da prata que
eomeça a levantar vivas e geraeô
reclamações.
Providencias de caracter bene-
fico ou simplesmente attenuantes
d88 desastradas condições a que
deixaram chegar o mercado, ne-
nhumas ee tomaram durante o
largo período de seis mezes em
que a crise tem sido mais ou me-
nos permanente.
N'estas circumstancias não ad-
mira que o mercado se encontre
vacillante, despeitado c pouco dis-
posto a iniciar um novo periodo
de actividade.
O movimento cambial foi regu-
lar e manteve se aos preços da
semana anterior, isto é:
Mercado de papeis de credito
nm pouco mais animado, do que
dão prova as seguintes cotações:
Inscripções, assentamento:
Março 16, a 57;
17, a 57,25;
18, a 57;
20, a 57,07 e 57,00;
21, a 57,12 e 57,15;
n
Tem corrido, nascido... bem
sabemos d'onde, diversos boatos,
no sentido de lançar a confusão
nos espíritos.
Assim :
—I)iz se que o govorno inglez
reclamou ou protestou contra o
aprisiouamento da Countess of j
10. •
coupons:
Março 16, a 67;
18, a 56,95;
20, a 57;
21, a 57,12.
»
»
»
Divida externa:
Março 16, a 56,50;
» 17, a f>6 e 56,65;
» 18, a 56,55;
» 19, a 56,90;
» 21, a 57,20.
Obrigações:
4 OiO, com prémios, a
21 £000, em 20;
4,5 0|0, coupons, a 79$400,
cm 16; a 78?S900, em 18; assenta-
mento, a 79.5800, em 17; a 79$400
em 21.
Fundos he8panhoc8, 4 0|0, ex-
ternos, a 73,50, em 17, 18 e 20.
Obrigações:
prediaes, 4,5 0|0, a 85.£500,
coupon8, em 19; a 86^000, em 21;
5 OjO, coupons, a 92$500,
em 19 e 20;
municipae8 ou districtaes,
5 0(Q, coupons, a 90£500, em 19,
20 e 21;
Caminho de ferro atravez
d'Africa, a 74£000, em 16,18 e
20;
Aguas, a 83$;>00, era 16,
17 e 18.
Companhia Nacional dos
Caminho de Ferro, a 59JS800, em
16.
Acções de Bancos:
Portugal, a 119.^000, em
16 e 17; a 1185500, em 18 e 19;
Commercial de Lisboa, a
109£000, era 18, 20 e 21;
Ultramarino, a 5i£000, em
17, 18 e 21.
Londres 90 dias, 53 9(16.
Londr»'s vista, 52 15i 16.
Paris 90 dias, 535.
Paris vista, 541.
Taxa ofiicial de descont® no
Banco de Portugal a 6 0(0 c de
6 1(2 a 6 0(0 nos restantes esta-
Camavon nas aguas do Limpopo.1 belecimentos de credito.
Os acontecimentos do
Porto
Mensagens
No «Diário do Governo» de
hontem publicaram-se as seguin-
tes:
—Da Junta de parochia de
Pereiras;
—Da Junta de parochia de
Msgo da Matta;
—Da Junta de parochia de
Castanheiro;
—Da Junta de parochia de
Belver;
—Da Junta de parochia de
Pombal;
—Da Junta de parochia de
Paranhos; „
—Da Junta de parochia da
Fontelonga;
—Da Junta de parochia de
Linhare ;
—Da . Junta de parochia do
Seixo;
—Da Junta de parochia de
Lavandeira;
—Da Junta de parochia de
Carrazeda de Anciães;
—Da Junta de parochia da
Beira Grande;
—Da Junta de parochia de
Alcains;
—Da Junta de parochia de
Arnedo;
—Da Junta de parochia de
Villarinhos da Castanheira;
—Da Junta de parochia de
Santa Maria da Palmeira;
—Da Junta de parochia de
Nogueiró;
—Da Junta de parochia de
Lômar;
—Da Junta de parochia da
Figueira e Barros;
—Da Junta de parochia de
S. Paio da Pousada;
—Da Junta de parochia de
Gu altar;
—Da Junta de paTochia de
Santa Maria de Ferreiros;
— Da Junta de parochia de
Celleiros;
—Do centro progressista do
concelho de Sant'Anna;
—Da Junta de parochia de
Villarinho da Saraarda;
—Da Junta de parochia de
Torquedo;
—Da Junta de parcchia de
Camprca;
— Da Junta de parochia de
Gemões;
—Da Junta de parochia de
Villa Cova;
—Da Junta de parochia de
S. Miguel da Gonça;
—Da Junta de parcchia do
Selho;
—Dá Junta de parochia de
Silvares;
—Da Junta de parochia de
Villa Nova de Saúde;
—Da Junta de parochia de
S. Paio da Vizella;
— Da Junta de parochia de
Airão;
—Da Junta de parochia de
Creixomis;
—Da Junta de parochia de
Gallefura.
Telegrammas
PORTO, 23, ás 10 h. e 20 da
manhã.
0 1.° conselho de guerra con-
demnou: a 6 annos de prisão cel-
lular ou na alternativa 9 de de-
gredo o 1.° sargento de caçado-
res 9 Abilio Francisco de Jesus e
o 2.° sargento do mesmo batalhão
Joaquim Antunes Galho; a 5 an-
nos de deportação os corneteiros
de caçadores 9 Abilio Teixeira e
Duarte Sousa Vaz e o soldado do
mesmo batalhão Abilio Gonçalves
Rodrigues; a 4 annos de prisão
cellular ou na alternativa 6 da
degredo o 2 ° sargento de caçado-
res 9 Manuel da Silva Nunes; a 4
annos de prisão cellular -seguidos
de 8 de degredo ou na alternativa
15 o reu civil H. J. Santos Car-
doso; a 4 annos de prisão cellu-
lar ou na alternativa 6 de degre-
do o reu civil João Pinheiro Cha-
gas; a 4 annos de deportação os
l.oa cabos A. A. R. Correia de Sá
e Manuel Rosa Pinto Almeida; a
3 e 3 e meio annos de deportação
03 cabos A. J. da Silva, José Pa-
tricio Valentim R. Pinto, Manuel
R. Gomes, João n.° 71, Amaro
Coelho Ramalho, Joaquim Ferrei-
ra Costa e Antonio Santos Arau-
jo, soldados João Francisco de
Barros, corneteiros Albino Tei-
xeira, Manuel de Sousa, Bernardo
Pinto da Silva Santos, soldados E.
Ferreira, Antonio José Ferreira,
Domingos n.° 65, Victor V. Bar-
bosa, Maximiano n.° 7, Antonio
Santos, Manuel da Silva, Joaquim
Vieira S. Leitão, Clirispim n.° 39,
Joaquim n.° 45, Manuel n.° 47,
José Rodrigues, Salvador da Sil-
va, Antonio Guedes, José da Sil-
va, Antonio Ferreira, Antonio
Pinto, José Marques Pinto, Anto-
nio Domingues Pedrosa, Manuel
n.° 39, Mauuel Alves Ferreira,
Antonio Caseiro, Antonio de Oli-
veira, todos de caçadores 9; a 3
annos de deportação os 1.°» cabos
Augusto Moura, José AfYonso Sil-
va, Antonio Rocha, Francisco San-
tos Videira, Joaquim Dias Coe-
lho, Victorino Dias Leite, Ma-
nuel da Costa, Alvaro n.° 79, Al-
fredo F. Velludo, José Santos Ba-
ptista, João Gonçalves, Joaquim
da Cesta Monteiro, Joaquim n.°
46, Victorino n.° 9, João da. Silva
Gomes, corneteiro E. Reis, solda-
dos Manuel José Ribeiro, Manuel
Fernandes, José Moreira, Manuel
Pereira, Manuel de Oliveira, Ja-
cintho n.° 32, Eduardo n.° 11,
Adolpho A. da Silva, Antonio n.®
28, Joaquim Lopes de Sá, Miguel
Ferreira da Silva, José Dias Cu-
biça, Amândio A. S. Brandão,
Vicinle n.° 52, José Martins, An-
tonio Rodrigues Cardoso, Agosti-
nho José Garcia, Alfredo Thcmaz
dos Reis, Domingos Leite, José
Carvalho, Joaquim n.° 17, Anto-
nio F. de Castro, Antonio Frago-
so Pereira, Manuel Dias Rezen-
de, Manuel de Oliveira, José Pin-
to da Silva, José Dias de Pinho,
Domingos Canedo, Joaquim Leite
da Silva, Luciano da Rocha, to-
dos de caçadores 9; a 2 annos de
prisão cellular ou na alternativa
3 do degredo os cabos Gallileu
Pinto Moreira e José Oliveira
Bemfeito e o reu civil Miguel H.
Verdial; a 2 annos de prisão cor-
reccional o reu civil Ednardo Af-
fonso de Sousa; a 18 mezes de
prisão correccional os reus civis
Joaquim Felizardo Lima, Joa-
quim José Amoiuho Lopes e Ma-
uuel Pereira da Costa.
Os restantes accusadcs perante
este conselho, onde estavam todos
os civis, foram absolvidos.
—O 2.° conselho condemnou:
a 6 annos da prisão cellular se-
guidos de 10 de degredo ou 20
em possessão de l.a classe o ca-
pitão Antonio do Amaral Leitão;
a 4 annos de prisão cellular ou 6
de degredo os 1.°" sargentos de
iufauteria 10 Joaquim Bernardo
Pinheiro, João Nunes Folgado e
Thadeu Gonçalves Freitas, o 2.°
sargento do mesmo regimento An-
tonio Pinto Villela e os 2.°* sar-
gentos de infanteria 18 Hermene-
gildo Pereira Silva, Alexandre
Theo Figueiredo e Abilio Vas-
concellos CardoBC; a 5 annos de
degredo em possessão de l.a clas-
se o 1.° cabo,de infanteria 10
Thoinaz Bastos.
Foram absolvidos: 1.° sargento
José Coelho Almeida, músicos
Manuel Diogo Capello e Augusto
Rebello, musico aprendiz João
Soeiro, espingardeiro Albino Pa-
checo Almeida, soldados José
Joaquim Oliveira, Antonio n.° 17,
João n.° 7, Carlos n.° 9, Manuel
n.° 38, Manuel n.° 9, José Cardo-
so, José n.° 5, Eugénio Almeida
Rangel, Antonio n.° 15, Joaquim
Curado Teixeira, Antonio n.° 8,
José n.° 4, Alfredo n.° 18, Fran-
cíéco n.° 13, Florido n.° 11, Au-
gusto Ferreira, Antonio n.° 32,
Francisco Amado, Julio n.° 14?
corneteiro Joaquim de Oliveira,
tambor Alberto Carneiro, todos
de infanieria 10, e soldado Ma-
nuel Paiva e tambor Joaquim
Pinto Valle de infanteria 18.
Os restantes reus d'este conse-
lho foram condemnados a 3 annos
de degredo em possessões de 1.*
e 2." classe.
—O 3.° cooselho condemnou:
a 4 aunos de prisão cellular se-
guidos de 8 de degredo ou na al-
ternativa pena fixa de degredo em
qualquer possessão de l.a classse
o 1.° sargento Guilherme da Ro-
cha, 2.°* sargentos A. Miranda do
Barros e M. Nunes de Pinho, 1.®-
cabo João Borges, todos da guar-
da fiscal, e o 2.° oargento de in-
fanteria 19 Alfredo Fernandes; a
4 annos de prisão cellular ou na
alternativa 6 de degredo em pos-
sessão de 1.» classe o 2.° cabo
João Ferreira Pires e o soldado
Justino n.° 165, ambos da guarda
fiscal; a 18 mezes de prisão mili-
tar o 2.° cabo Luiz Autonio da
Cunha e os soldados Avelino Abel,
Henrique Parente, Lucio Ribeiro,
Adelino Ferreira Rodrigues e
Balthazar Augusto, todos da guar-
da fiscal.
Os restant e accusados que res-
ponderam n'este conselho, praças
da guarda fiscal e addidos do&
differentes corpos, f^ram absolvi-
dos, incluindo o alferes Trin-
dade.
li.
PORTO, 23, ás 4 h. e 12 m.
da tarde.
O 2.° sargento José Castro Sil-
va, que respondeu no 1.° conselho
de guerra, foi condemnado a 3
annos e 4 mezes de prisão cellu-
lar ou 5 annos de degredo.
E»tá muito povo em frente do
quartel general, assistiudo à cht>
gada dos militares que vão rece-
ber guia de marcha.
Dos 502 presos militares, 81
foram absolvidos; e dos 22 presos
civis, fjram absolvidos 17.
li.
PORTO, 23, ás 10 n—Ao Diá-
rio Illustrado.
O assumpto geral das conversa-
ções no Porto foi o resultado das
sentenças.
Os militares absolvidos recebe-
ram guia, seguindo iuimediata-
mente aos seus destines.
Luiz Magalhães responde áma-
nhà, no «Primeiro de Janeiro», á
carta do capitão Lamare.
Partiu esta noite para Lisboa o
defensor do l.° conselho de guer-
ra, capitão Fernando Maia.
Consta que os advogados parti-
culares interpõem recursos oílicio-
"sos.
As prieõ s correcciouaes não
comprehendem a prisão aoffrida.
-ff.
#
Dizem do Porto:
Em seguida á notificação das
sentenças, os presos miJitarea quo
forem absolvidos serão conduzidos
para terra em turnos de 10, e re-
colhidos no Castello de Leça, para
seguirem logo acompanhados de
forças militares, para a estação
de Campanhã, onde tomarão o
comboio para Lisboa.
Os presos civis, absolvidos, de-
vem também ser conduzidos para
terra e entregues á auctoridade
administrativa, que os restituirá
á liberdade, um a um, e na occa-
sião que julgar mais eouveniente,
afim de evitar, por completo, qual-
quer manifestação. Por ordem su-
perior, serão tomadas providen-
cias militares e policiaes, indo
para o local fortes destacamentos
de cavallaria e infanteria.
Consta que t>»nr.o o transporto
«Índia» como o paqutte «Moçam-
bique, conduzindo os reus civis e
militares, condemnados, levanta-
rão ferro passadas 38 horas apoz
a leitura das sentenças, vindo es-
tacionar proximo de Lisboa, onde
esperarão as resoluções do Supre-,
mo Tribunal de Guerra e Mari-
nha.
Consta egualmente que as pra-
ças que forem absolvidas irão para
o ultramar completar o tempo de
serviço.
*
Os soldados implicados na re-
volta militar do Porto e que foram
absolvidos chegam esta mauhã a
Lisboa para serem distribuídos
pelos corpos da guarnição.
Dizem nos de Vendas Novas,
que João Ribeiro, Joaquim Pinto
Ruivo Soares e Rodrigo Ribeiro,
trabalhadores na linha ferrea, fe-
riram mortalmente a João ca
Costa Neves, e Antonio Soares,
evadindo se em seguida ao crime.
niASIlO lLLL§TRADO
Pelo estrangeiro
TELEGRAMAS
Roma, 22, t.
0 sr. Billot, embaixador da Repu-
blica franceza, apresentou esta tar- de ao rei Humberto os pezames do
governo francez pela morte de seu
cunhado o príncipe Xapoieão.
Buenos-Ayr ess 22, rn.
O sr. Roca saliiu do gabinete e
corre que o sr. Lopez vae igual-
mente dar a sua demissão. E" pro-
vável mudança completa do minis-
tério, estando actualmente projecta-
das grandes reformas na constitui-
ção dos Ranços e na cunhagem de
moeda.
New- York, 22, m.
Corre em varias cidades a lenda
de que os italianos residentes nos
Estados-Unidos estão organisando um verdadeiro corpo de exercito,
que sefcon centrará em Chicago, c
marchará d'ali sobre New-Orleans
para vingar on seus compatriotas
lynchados.
Buenos-Ayres, 22, t.
0 governo da província de Bue-
nos-AyreS suspenderá o pagamento
do coupon de abril, mas provavel-
mente o governo federal garantirá
esse coupon.
New-York, 22, n.
Os italianos residentas em Broo-
klin e Jersey City tiveram liontem
reuniões para protestar contra o as-
sassínio dos seus compatriotas èin
New Orleans. 0 presidente da re- união do Brookhn propoz que. se
fòr necessário, se reclame um navio
de guerra italiano para ir castigar
os assassinos.
Marselha, 23, ms
O «mistral» sopra desde hontem
com violência.
Mom, 23, in.
Ao comicio de hontem assistiram
10:000 pessoas. Os oradores recla-
maram o suirragio universal, e afílr-
inaram que rebentaria a gréve ge-
ral, se fosse rejeitada a revisão da
Constituição.
Londres, 23, m.
A rainha e a princeza de Battea-
berg embarcaram esta manhã em
Portsmouth com destino a Cherbourg e a Grasse.
0 marqiiez de Salisbury parte hoje
para Génova.
Diz um tclegramma de Philadel-
phia para o «Times» que as nego-
ciações relativas á importação dos
porcos americanos na Allémanha
não progridem, e que é provável
que os Estados-Unidos imponham ao
assacar allemão o direito de 2 cen-
tesiinos, por libra, se a Allémanha
não renuncia á prohibição da entra-
da do gado suino.
Bruxdlas, 23, t.
As negociações entre Portugal e
o Estado do Congo relativamente á
delimitação dos territorios contesta-
dos de Muata lanve entraram em
nova phase. Os plenipotenciários
acharam um terreno para accordo,
e está próxima a solução do litigio.
A «Independencia belga» annun-
cia a assignatura em Bruxellas do
convénio de extradição entre o Es- tado do Congo e a Allémanha, esti-
pulando esta pelo territorio do pro-
tectorado allemão na Africa.
(liavas).
Furtos
Foi preso e remettido a juizo
.José Simões «o Farello» sujeito
sem occupação nem domicilio, co-
mo auctor do furto de diflerentes
objectos de roupa no valor de
4.57(50 réi&, feito a José Maria do
Carvalho, morador na rua de 8.
Christovilo, 39.
Antonio Bernardo, ou Antonio
José, e José Torres foram presos
por terem furtado 70 saccas va-
rias, 3 pares de sapatos, 3 cha-
péus de chuva e uma manta no
valor do 35^000 réis, furto que
foi feito no depo8Í da fabrica de
moagem sita na rua do Barão.
#
* *
No commiseariado da 1." divi-
são acha se detido Antonio Cus-
todio da Silva, sem modo do vida
nem domicilio, accusado de diffe-
rent.es furtos, entre os quae» um
de 905000 réis feito ha tempo a
um almocreve nos sitio» do Cam-
po Grande.
*
* •
Carlos Francisco, carpinteira,
morador na rua da Amendoeira,
n.° 5, queixou-80 de que a sua
amante Maria d'A6sumpçao, com
quem vivia ha um anno, se ausen-
tou de casa levando-lhe todas as
roupas, corrente de ouro, relogio
de prata e 3 anneis de ouro.
# »
Maria da Conceição Pereira,
moradora na rua do Capellão, foi
presa por ter furtado um par de
calças a Antonio das Neves.
Eusébio da Silveira furtou uma
carteira com 175000 réis a Ma-
nuel Alves da Rosa, morador nas
barracas de Campo d'Ourique.
Foi preso, encontrando-se-lhe
ainda a carteira com a quantia
de 145800 réis.
José Gregorio, moço d'uma car-
voaria pertencente a Joào Rodri-
gues Domingues, na rua do Lu-
miar, furtou diversas quantias da
gaveta do estabelecimento.
O patrão queixou-se á policia e
o José Gregorio foi preso.
Confessou o crime, sendo-Jhe
apprehendida uma cadeia de ou-
ro, uma peça de 105000 réis e
alguma roupa.
O vapor inglez «Sportsman,»
chegado ante-bontem de Alexan-
dria, vem descarregar 10:000 sac-
C08 com a8sucar para o nosso
porto.
S. Carlos
Com um êxito menos que regu-
lar, cantou-8e hontem em S. Car-
iar a esplendida opera de Meyer-
beer—Os «huguenotoe».
Cahiu, em geral: além de mal
ensaiada, a destribuiçâo nunca po-
dia garantir bons efleitos.
O proprio Tamagno esteve lon-
ge da brilhante execução que deu
ao «Otello» e ao «Poliuto».
A plateia chegou a manifestar-
se desagradavclmente, e valha a
verdade, em momento menos op-
portuno. Por isso houve contra
manifestações justas.
Para hoje annuncia-se a opera
«Otello».
0 crimc de Campo Maior
Determinando-8e que as audiên-
cias geraes do 1.° semestre na co-
marca de Elvas sejam abertas no
corrente mez, nâo pode ter logar
em abril o importante julgamento
em que é réu José Vaz Touro;
maa o sr. conselheiro Abranches,
presidente da relação d'esta cida-
de, com o fim de providenciar
ácerca de tão importante proces-
so solicitou do ministério da jus-
tiça authoriaaçào para que as re-
feridas audiências geraes sejam
n'este semestre, abertas no pro-
ximo mez d'abril.
Fesla de caridade
Quem for esta noite ao theatro
do Gymnasio reúne o ut.il ao agra-
davel, porque concorrendo para
uma obra de caridade gosa ao
mesmo tempo ura bello espectá-
culo.
A festa é promovida por uma
commissão de senhoras e cava-
lheiros da nossa melhor socieda-
de, em beneficio d'uin infeliz di-
guo de toda a protecção.
Academia de Estudos Livres
Travessa das Merecs, 5,
ao Calhariz
Hoje, ás 8 horas da noite, con-
tinua oex.mo sr. dr. Adolpho Coe-
lho a serie das suas conferencias
sobre Etbnogenia Portuguesa.
A Sociedade de Geographia
vae mudar-se para o palacio onde
morou o sr. marquez da Foz, ás
Cbagas.
João Candido da Silva
Mais uma sorte grande saiu ao
acreditado cambista João. Candi-
do da Silva.
Nâo era de esperar outra cou-
sa !
O Silva lembra se sempre pelo
tempo de fastas de obsequiar os
seus freguezes.
Foram embarcados hontem para
Iuglaterra uo paquete inglez «Ma-
selle,» 5 caixas com 25:900 libias.
Os alumnos da Casa Pia, cu-
jas familias os quizerem levar a
ferias, podem sair hoje á tarde e
recolher no dia 30 até ás 7 e meia
da manhã.
Aggressões
Foi preso o pedreiro Justino
Ramos, por ter aggredido com
80CC0S e pontapés a Manuel dos
Reis, e Quitéria Maria, moradores
na ru^ da Bombarda, 4.
*
# *
Queixou-se á policia Manuel
Simplício, morador no Paço do
Lumiar, de que fôra aggredido
pelo seu visinho Marques de Mel-
lo, resultando-lhe ficar ferido na
cabeça.
Participou-se em juizo. *
# *
O carpinteiro José Ernesto Jor-
ge foi preso por insultar um cabo
de segurança da freguezia de S.
Miguel.
N'essa oceasiâo foi também pre
sa uma mulher de nome Felicida-
de dos Praaeres, por censurar o
serviço do cabo de segurança e
aggredil-o com soccos e pontapés.
Ferias da Faschoa
As ferias na Escola do Exerci-
ío começam amanhã o terminam
no dia 31 do corrente.
• »
Começaram hontem as ferias
na Escola medica. Terminam no
I dia 3 de abril.
Incêndios
Perto das 9 horas e meia da
manhã de hontem o conductor n.°
705 da estação do Cal vario pas-
sava na travessa do Conde da
Ponte e uotou que sahia grande
quantidade de fumo pelo telhado
da ollicina dos euccessores do sr.
Frederico Guilherme Burnay, e
vendo dirigir-se para ali uma
bomba de voluntários suppoz ser
fogo e deu a respectiva parte na
estação n.° 30, a que {pertence,
d'onde sahiu o carrinho de man-
gueiras.
O fumo, porém, era devido a
terem sido accesas as fornalhas
para a fundição de ferro.
Cerca das 11 horas e um quarto
da manhã houve alarme de fogo,
por toques d'apito, na rua da
Magdalcua.
Compareceram alguns bombei-
ros, que informaudo-se do succe-
dido souberam que ardera uma
toalha que estava dentro d'um
cesto na estalagem que tem o n.°
277, e pertence ao sr. José Filip-
pe Dourado.
O prédio é propriedade dos her-
deiros do general Palmeirim.
Não chegou a sahir o mate-
rial.
# * *
A' 1 hora da tarde sahiu para
a rua Direita de Alcantara o car-
rinho de mangueiras da estação
n.° 30 (Calvario).
No 2.° andar do prédio n.° 13
mera o sr. David Cardoso, com
Beguro na Tagus. Debaixo da
chaminé estava a palha inutili-
sada de um colchão velho, de que
se serviam para accender o lume;
uuia fan lha saltando do fogão pe-
gou fogo á palha, Bendo apagado
pela propria creada da casa.
Como sahisac algum fumo pela
janella, logo o vendedor de leite
Joaquim Jo8é correu & estação do
Calvário a chamar os soccórros,
que foram inúteis.
O prédio pertence ao sr. Joa-
quim Carvalho, com seguro na
Fidelidade.
Desastres
Hontem, de tarde, o trabalha-
dor Fortunato Mathias, rapaz de
18 annos de edade, que andava
nos trabalhos do caminho de ferro
em Caxias, ficou entallado entre
dois wagnons, resultando-lhe fra-
cturar a perna direita.
O pobre rapaz foi conduzido em
maca ao hospital de S. José, fi-
cando ahi em tratamento.
*
* *
José Francisco, morador em
Louia, indo hontem montado n'uma
égua, pela rua do Lumiar, cahiu
do animal, ferindo-se na cabeça.
Foi pensado u'uma pharmacia e
seguiu para sua casa.
Partiram hontem para Faro, a
canhoneira «Faroe e a lancha ca-
nhoneira «Guadiana» da fiscalisa-
ção aduaneira.
Hontem, cerca das 11 horas da
manhã, foi visto, boiando no Tejo,
em frente da Calçada de Santos,
um feto do sexo masculino.
Transportado para terra e de-
pois de comparecerem as auctori-
dades, foi removido para o cemi-
terio dos Prazeres.
A policia conduziu ao hospital,
de S José, por se acharem doen-
tes: Maria Engracia e Maria de
Jesns.
perienciadr sua especialidade, tem
conquistado largamente as sym-
pathias dos seus freguezes, nos
estabelecimentos que lhe tem sido
confiados.
Chamamos a attenção para o
annuncio correspondente.
A' caridade
Silvino José, morador no Caza-
linho do Carvoeiro, n.° 22, loja,
vive com 4 filhos menores na
maior {miséria, accrescendo o ter
um dos filhos em perigo de vida.
E' uma esmola bem emprega-
da, a que for mitigar a fome d'es-
te desgraçado. ••• — ■ ■■ - ■ -—
Em 15 do proximo mez deve
começar a vigorar o novo horário
nas linhas ferreas do norte, ltste
e oeste e seus ramaes.
Novo estabelecimento
Abre esta semana uma casa de
modas de qua são proprietários os
srs. Cardoso & Irmão. Este novo
estabelecimento merece que o re-
commendemos ao publico, porque
os negociantes que estão á testa
d'elle, além de uma grande ex-
A policia do porto prendeu a
bordo do vapor «Ville de Pernam-
buco,» por preteuder seguir via-
gem clandestinamente para o Bra-
zil, o refractario do exercito An-
tonio Ramalho Matta, filho de
Luiz Ramalho Matta, natural de
Soure, districto de Coimbra.
O preso foi mandado alistar em
infanteria 5.
E' esperada brevemente em
Lieboa a esquadra allemã, que
volta do Mediterrâneo. Consta-
nos que a esquadra se demorará
algum tempo nas aguas do Tejo.
E\ame medico legal
Até aqui os barbeiros con ten-
tavam-se em «curar», mas agora
vão mais longe.
Em Celorico da Beira, que é
séde de comarca, foi feita por um
barbeiro a autopsia ao cadaver
de um assassinado.
Que tal seria o relatorio!
Sociedade das casas de asyto
da Inlancia Desvalida de
Lisboa
As creanças matriculadas nos
Asylos d'esta Sociedade, vão pe-
las 10 horas da manhã do dia 24
do corrente, anniversario do fal-
lecimento de José Ferreira Pache-
co, ouvir as missas que o Conse-
lho de direcção manda celebrar
por alma do mesmo bemfeitor, nas
egrejas mais próximas d'aquelles
estabelecimentos. i
O secretario
A. J. d' Oliveira.
Telegraramas do Porto
PORTO, 23, ás 2 h. t. - Ao
Diário Illustrado.
A municipalidade indeferiu o
requerimento do3 bazares, para
se annunciarem por meio de ban-
deiras vermelhas no Porto.
A policia municipal fez hoje re-
tirar essas bandeiras.
R.
Enpeciaculoa
8 h—S. CARLOS
Othello
8 h—D. MARIA
Alcácer-Kibir.
8 h.—GYMNASIO.
A recita de Lacedemonios.
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Hotel Luso Brasileiro.
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Os portadores de obrigações teem
entrada por meios preços.
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acrobatica e cómica dirigida por D.
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ção da maior novidade do dia. As
tres maravilhas do mundo, Calçada
do Marquez d'Abrantes. 7 e 9.
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TÍSTICO E HIST0R1C0, estabelecido
permanentemente na Praça dos Res-
tauradores n.° 23 e 24 (Avenida da
Liberdade).
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animais. Vendas garantidas de ani-
maes, ovos, plantas, sementes, etc.
Recebe 'i-se animaes para deposito.
Musica aos domingos e dias santifi-
cados. Entrada 100 réis.
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yj^jTA
NO
Freire - Gravadcr
158, Bua da ouro—94. t. da vícto?
ti. K. Cookc A Weylandt
BERLIM S. W. 48
Fabrica premiada e r/randissima
da Europa de
SELLOS
DE, G0MMA E METAL
REPRESENTANTES SA0 BUsSCADO
V JGNXUIIEMF— orbssne—-s—ylh -* vm—j—rplrgr—rhmvisp—t—g—
vbtm—ohrrlwm—vmne—tfguej—e— q—y—ajem? Rnbcx—mlqqt—hzt—zv
kvo—ngtx—myky. 29
Objectos para brindes
pIIEGOU grande remessa de ob-
jectos (íe novidade, úteis e de
fantasia de Paris e Berlim e egual-
mente grande variedade de chro-
mos para boas festas e para felicitar
ao estabelecimento de MATTOS MO-
REIRA & IRMÃO, ROCIO, 07.
Este estabelecimento abre na
quarta, quinta feira e domingo de
paschoa. 28
Sorte grande
1430 9:G00$000
João Candido
da Silva
229, R. do Ouro, 231
Prémios maiores,
ta casa, 11a loteria
de março:
Números
MõOCautelIas
<870
2044.
4818.
im.
1471) Quintos
4«li7 Cautellas
• ?
99
99
99
99
vendidos n es-
de hontem, 23
Prémios
11:000^000
Mooo
:>oo$ooo
3008000
100^000
J00S00IÍ
1008000
!008000
Sabbado d'A leluia
Evlracao da loteria de Madrid
COM DOIS PRÉMIOS DE
M:400$000
Bilhetes, G£500 réis.
Décimos, 650 réis.
Cautellas de todos os preços.
Grande loteria
de Madrid
Extracção a {0 de abril
PREMIO MAIOR
!)0:000|000
Este sorteio consta de <2:000
bilhetes
Variadi ?simo sortimento de bi-
lhetes a 53£000, meios a 26^500,
quintos a 10$600, décimos a réis
5i300. Sociedades de 6$000 réis,
4^800,2.^400, IS200 e 600 réi*.
Cautellas de 3^300,2,3400, 1£200, .
600, 480, 240, 120 e 60 réis.
0 cambista
João Candido da
Silva
Chama a attenção do respeitá-
vel publico para esta importante
loteria por ser das mais vantajo •
sag que se fazem em Madrid, de-
vido ao pequeno numero de bilhe-
tes de que é composta e á impor-
tância dos prémios que distribuo.
Todos os pedidos ao cambista,
M SILVA
229, R. do Ouro. 231
Lisboa
AMÊNDOAS^
Confeitaria Ultramarina
249-R. da Prata—2ã/j
Ll«lioa
/"i PROPRIETÁRIO d'esta casa con- v 7vida os seus numerosos fre-
guezes e o publico em geral a visi-
tarem o seu estabelecimento e onde
encontrarão um variado sortimento
de cartonagens do melhor gosto, po-
dendo verificar o esmerado fabrico
das suas amêndoas, já muito conhe-
cidas ein Lisboa pelos muitos esta-
belecimentos que çlle fornece da sua
fabrica na rua de S. Boaventura 19.
Recommenda um sortimento com
avelã pistache, e baunilha fabricado
pelo systema da antiga casa dos srs.
Castellar & 0 «. que é uma verda-
deira especialidade.
HT AO u
dia 8 de abril proximo futuro ás 12 horas da manhã, no tribunal
casal inventariado do fallecido marquez de Vianna, cuja arrematação fo
annunciada no «Diário do Governo» de 9 e 10 do corrente.
Para mais esclarecimentos, na rua Nova do Almada 116, sobre-loja.
Au Jardin de Paris
LORES artificiaes e naturaes. Plantas verdes e de sala. Flores exoti- A cas. Coròas em todo o genero de llores. Enfeites em llores naluracs
para soirees. B0UT0NNIERES e BOUQUETS de CORSAGE. Ramos para noivas
e para soirées. Vasos, cachepots. açafates e cestos em FAIENCE e porce-
lana da China, do Japão e da India. BRULE PARFUMS do Japão. Christaes
de Baccarat de toda a especie. Mesas artísticas em charão da China, com
pés de Bambu. Poleiros de bambu a étagères, ein charão da China, para
cachepots. Columnas e CONSOLES artísticas. Jardineiras japonezas e chi-
nezas sobre pés em bambu da mais alta novidade. Grande variedade de
lindos objectos arabes para plantas e llores. Suspensões artísticas em por-
celana do Japão, retidas por cordões de seda l ma rica e muito rara col-
lecção de preciosas porcelanas antigas de VIE0X R0UEN para amadores.
Grande quantidade de musgo natural para guarnições de sala. Vasos, va-
riados ao infinito, e dos mais lindos modellcs, pára Jacinthos e outras
cebollas de llores, cultivadas nas salas. Uma immensa collecção de cebol-
las da llollanda para ornamentação das salas e dos jardins. Ricos biombos
e ÉCRANS chinezes. Grand j quantidade de cachepots, jardineiras, açafates
artísticos em vime, bambu etc., tudo de alta novidade. Grandes abatimen-
tos nos artigos, China, Japão. Vieux Ronen. Cestos e artigos de phantasia
para amêndoas adornados de finos bouquets.
Preços lixos e moderados
29, 31, 33, Rua Nova do Carmo
LISBOA
diário illi;ktkado
ARMAZ
I MODAS VIDACES
J. CARDOSO, antigo empregado da casa Magalhães (Chiado), vae abrir esta semana o seu
novo estabelecimento com parte do grande sortimento de artigos de moda da presente estação. Por
receber directamente das principaes casas de Paris e Allemanha, venderá tudo por preços excepcio-
naes.
J. CARDOSO C.
o
141 c 144— RVA c 144 (1.° c\uarleiv?\o)
(Proximo da Travessa de Santa Justa)
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de ouro PEDIR II TODO 0 MUNDO... AS ÀGUÂS DE GÂRÁBÂNÂ
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tão pouco saes de opio taes como Morphina ou Codeína,
esses productos ministrào-se com optimo êxito e segurança ás crianças sofTrendo de Tosse ou Coqueluche,
Depoaitoa nas Pharmacias do Mundo inteiro.
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h -1 pprovados Dela Academia de Medicina de Paris e incluídas na collccção j- oi/icial a&sprescripçôes legues por decreto ministerial do lo d* Março de 18à4.
« Uma ínnocuidade completa, uma cflkacia perfeitamente reconhecida na Grippe,Uronchites.Catarrhos,Defluxos,Tosseselrritaçòes garganta, coolifmárSim c alcançaram ao XAH0PE EA MASSA DE AUBEHGIER immensa fama. n (Extracto de Formulário med. <26- ediçdo)
do Stir Iiouchardat, Prof, na Facnl. de Aféd. de Paris. Venda por atacado em casa de COMAR y Cia, 26, Rue St-Claude,PARIS
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vendidos n'esta casa, na extrac-
ção do dia 23, foram:
2:703
3:944
1:923
2:244
1:000*000
2001000
!00$000
loopoo
A seguinte loteria portugueza
extrae se no dia 4 de abril.
BE FOftç
Anemia — Chloroee 5$^
Debilidade — Consumpção
a FERRO BR&VAIS
Jrepresenta exactamente o ferro contido na' economia.Experimentado pelos principaes medicos >lo mundo, passa immediatameote no sangue, i»âo occasiona prisào de ventre, nào cansa o
iu———11 estômago, nào ennegrece os dentes.— Toiuein-sel lO^ I vinte gottas em cada comida.
Exija-sí a Verdadeira Marca. — Teade-seem todas as Pfciroaelas. por maior : 40&42,rueSt-Lazare,PARIZ.
Nova Companhia dos Ascensores
Meclianicos de Lisboa
Sociedade anonyiua
Ac vcsçonsaliUidaàc limitada
Capital 400:000^000 réis
Q AO prevenidos os srs. accionistas d'esta Companhia que nos dias 24,
^ 25 e 2G do corrente, das 11 horas da manhã até ás 3 da tarde, está
a pagamento o dividendo de mil duzentos e cincoenta réis por acção, re-
lativo ao 2.° semestre do anno proximo passado, e bem assim a amorti-
sação de quinhentos réis por acção relativa ao mesmo anno. Depois dos
dias acima marcados este pagamento só poderá ter logar ás quintas
feiras.
Lisboa, 21 de março de 1891.
Os Directores
Antonio Pereira Ferraz.
A. J. Gomes Netto Junior.
J. A. Gomes Neves.
mm DE MADRID
Sorteio a 28 de marco
SÍBB1D0 D'ALLELUIA
GRANDE PALPITE
PREMIO MAIOR
I4:000$000
Bilhete* a G&500,
Meio» a 34*250.
UeclmoN a 050,
Alleluia!! Alleluia!! Alleluia!!
SORTE GRANDE
Campiao & C.a
Para imprenso
ou litograpliia
Arrenda-ne um van(o
armazém com caldeira
a vapor e veio* wuDtèr-
raneoft, onde eMIveram
j estabelecida* a* o filei -
| na* de David Corazzi, 11 a
I rua da Ro*a. SOO.
CINTRA
Hotel Sant'Anna
T3EABRIO e offerece a todos os Alseus hospedes serviço esmera -
do por preços eommodos. 12
TVÃO vos tenho podido avistar 11ainda que tenho muitas sauda-
des Será por nào usar lorgnon? 11
O nosso ninho
Theatro da Avenida
V. A...
T7M nome do nosso antigo amor,
^em nome da nossa autiga feli-
cidade, peço-lhe uma só palavra que
me prove que não me esqueceu!
Far-me ha o que lhe peço, não é
assim? Habito no mesmo... Não me
faça soffrer ..!
M. B.
CIGARROS INDIANOS
preparados com o CANNABIS INDICA
p,r GKIMAULT.C\Pln. Paris
Approvados pela Junta de Hygiene do Rio-de-Janelro.
Constituem a preparação
a mais eflicaz que se co-
nhece para combater a
asthma, a oppressao, as
suffocações, atosse ner-
vosa, os catarrhos e a
insomnia.
Deposito em PARIS, 8, Roa YiTionne.
'ILULAS
AfíA *004 $ oS-USOS 0>
Purgante nas Famílias.
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VENDE-SE nas principaes
pharmacias e drogarias.
Agentes geraes: James Cas3sel
& C." rua de Mousinho da Silvei-
ra, 137.1.°, Porto. 8
Empreza Nacional
Carreira d'Africa
O paquete portuguez «Cabo Ver-
de» sairá no dia G de Abril ao
meio dia para a Madeira, S. Vicen-
te, S. Thiago, Principe, S, Thomé,
Cabinda, Banana, Santo Antonio do
Zaire, Ambriz, Loanda, Novo Redon-
do. BengueJIa e Mossamedes.
Passageiros, malas e carga para
Bissau, Bolama e ilhas menores de
Cabo Verde serão baldeados cm S.
Vicente para o vapor Bolama.
Roga-se aos srs. carregadores o
favor de mandarem visar as ordens
de embarque na agencia.
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na Rua da Prata, n.° 8
Os agentes
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neiro, Santos, Montevideo
e Buenos Ayres
Sairá o paquete francez MAT AN PA
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Lisboa, 50 de fevereiro de 1891.
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da Conceicão em brilhantes. 3
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Carreira quinzenal
Para Lourenço Marques, com escala pela
Madeira, Cabo da Boa Esperança e Na-
tal.
Sahirão os paquetes
«Norham Castle», 16 de março; «Roslin
Castle«, 30 de março.
Pede-se aos srs. carregadores o obzeqnio de declara-
rem até ao dia 6 de março o logar que pretendem para o
paquete "Norham Caslle.
Para carga e passagens trata-se no
CaesdoSodré, 64, Io
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E. Pinto Basto & C.a
THE PACIFIC STEAM MMlTOM
Para o Rio de Janeiro, Montevideu
Buenos-Ayres, Valparaiso e portos do Paciflct
SAIRÃO OS PAQUETES
•iPotosi a 25 de março.
Galicia a 8 de abril.
* John Elder a 22 de abril.
Liguria a G de maio.
•• Os paquetes Potosi e John Elder farão escala por Perntnbuco
Bahia, para onde só recebem malas e passageiros.
Faz -se abatimento ás famílias que viajarem para os potros do Bruil
e Rio da Prata.
Ra passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores está incluído
vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.
À bordo ha creados cosinheiros portug^iexes e medico.
Para Bordeaux, Plymouth e Liverpool
O PAQUETE
MAGELLAN
Ispera-se a 24 de março.
Para carga e passagem* trata-se com os agentes:
EM LISBOA
E. Pinto Bastoa& C.1
64, Caes do Sodré 64
NO PORTO
H. Kendall A C.B
Rua do Infanto D. Henrique, 39