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www.academiadefilosofia.org twitter! @filosofialivre í está um dos temas bem atuais e que tem preocupado o homem moderno. Vemos cartazes, propagandas, empresas empenhadas em associar seus produtos à ecologia, panfletos, e atividades de ONGs defendendo a bandeira ecológica, mas, será que estamos no sentido certo de uma solução verdadeiramente eficaz? Em primeiro lugar, para respondermos esta pergunta temos que de entender verdadeiramente o que é ecologia e buscar as reais causas da poluição que tem atingido nosso planeta e seus outros seres vivos. Ecologia vem do grego oikos que significa casa, habitat, e logos, que significa estudo, inteligência, ou seja, é uma parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente. Já cabe aqui uma primeira análise e correção na origem da ciência, pois o meio ambiente compõe-se do planeta e seus recursos naturais, que também são seres vivos e, muito embora não tenham uma constituição bio- lógica idêntica à nossa. Não somente as plan- tas e os animais têm vida, mas tudo o que existe: os ventos, a água, a terra, os minerais etc.,pois tudo é criação de Deus e dele vem e, se Deus é pura vida, tudo o que vem dele também é vivo e conceber o contrário não é inteligente. Este fato, por si só, já faz uma enorme diferença para a ecologia, uma vez que entendendo que tudo tem vida, isso nos leva a uma atitude diferente da de hoje, quando cremos que toda a natureza está à disposição do homem para servi-lo em tudo o que precisa. Se quisermos praticar a verdadeira ecologia, temos de, primeiramente, não mais isolar o homem como sendo o centro de tudo e sim inseri-lo no sistema, onde deve imperar a harmonia. Destarte, se entendermos que o cosmo é um sistema absolutamente harmônico, entenderemos que a essência da ecologia é buscar a harmonia do homem no sistema ecológico, ou seja, temos de trabalhar atuando no elemento que está desarmônico e não no que está harmônico. A pergunta que lanço agora é: as baleias, os pinguins, a água, as tartarugas, estão em desarmonia com a natureza? Ou será o homem que está em desarmonia? E se a conclusão é que temos de trabalhar o homem, como fazer isto então? Será que esta não é a verdadeira ecologia? Ao invés de trabalharmos os efeitos da desarmonia do homem, devemos trabalhar as causas desta desarmonia através da verdadeira educação. Nas atuais investidas do homem a favor da ecologia, vemos ainda uma cegueira não somente quanto à verdadeira causa do desequilíbrio ecológico, mas também quanto aos efeitos deste desequilíbrio. Senão, vejamos a poluição que há nos rios, os detritos lançados nas ruas, a contaminação do solo, da água e do ar são formas de poluição densas, as quais podemos detectar com nossos privilegiados sentidos. Porém esta contaminação vai muito além do que podemos detectar, mesmo por aparelhos sofisticados. Estou falando da poluição sutil que o homem tem produzido com seu comportamento egoísta - as formas mentais, que também se constituem de matéria sutil, o chamado inconsciente coletivo de Jung. Estas formas mentais individuais e coletivas poluem o planeta e são produzidas pelo declínio espiritual da humanidade e se fazem-se exteriorizar por palavras, pensamentos e atos, as mais perversas formas de poluição, que vão-se agregando na atmosfera como uma densa e negra nuvem que contamina todo o meio ambiente onde inserimos o homem. A Frase de Mahatma Gandhi. “Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.” 1869 - Mahatma Gandhi (na imagem), um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano (m. 1948). A Ecologia e o Homem. Boletim I

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í está um dos temas bem atuais e que tem preocupado o homem moderno. Vemos cartazes, propagandas, empresas empenhadas em associar seus produtos

à ecologia, panfletos, e atividades de ONGs defendendo a bandeira ecológica, mas, será que estamos no sentido certo de uma solução verdadeiramente eficaz?

Em primeiro lugar, para respondermos esta pergunta temos que de entender verdadeiramente o que é ecologia e buscar as reais causas da poluição que tem atingido nosso planeta e seus outros seres vivos.

Ecologia vem do grego oikos que significa casa, habitat, e logos, que significa estudo, inteligência, ou seja, é uma parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente.

Já cabe aqui uma primeira análise e correção na origem da ciência, pois o meio ambiente compõe-se do planeta e seus recursos naturais, que também são seres vivos e, muito embora não tenham uma constituição bio-lógica idêntica à nossa. Não somente as plan-tas e os animais têm vida, mas tudo o que existe: os ventos, a água, a terra, os minerais etc.,pois tudo é criação de Deus e dele vem e, se Deus é pura vida, tudo o que vem dele também é vivo e conceber o contrário não é inteligente.

Este fato, por si só, já faz uma enorme diferença para a ecologia, uma vez que entendendo que tudo tem vida, isso nos leva a uma atitude diferente da de hoje, quando cremos que toda a natureza está à disposição do homem para servi-lo em tudo o que precisa. Se quisermos praticar a verdadeira ecologia, temos de, primeiramente, não mais isolar o homem como sendo o centro de tudo e sim inseri-lo no sistema, onde deve imperar a harmonia.

Destarte, se entendermos que o cosmo é um sistema absolutamente harmônico, entenderemos que a essência da ecologia é buscar a harmonia do homem no sistema ecológico, ou seja, temos de trabalhar atuando no elemento que está desarmônico e não no que está harmônico.

A pergunta que lanço agora é: as baleias, os pinguins, a água, as tartarugas, estão em desarmonia com a natureza? Ou será o homem que está em desarmonia?

E se a conclusão é que temos de trabalhar o homem, como fazer isto então? Será que esta não é a verdadeira ecologia?

Ao invés de trabalharmos os efeitos da desarmonia do homem, devemos trabalhar as causas desta desarmonia através da verdadeira educação.

Nas atuais investidas do homem a favor da ecologia, vemos ainda uma cegueira não somente quanto à verdadeira causa do desequilíbrio ecológico, mas também quanto aos efeitos deste desequilíbrio. Senão, vejamos a poluição que há nos rios, os detritos lançados nas ruas, a contaminação do solo, da água e do ar são formas de poluição densas, as quais podemos detectar com nossos privilegiados sentidos. Porém esta contaminação vai muito além do que podemos detectar, mesmo por aparelhos sofisticados. Estou falando da poluição sutil que o homem tem produzido com seu comportamento egoísta - as formas mentais, que também se constituem de matéria sutil, o chamado inconsciente coletivo de Jung.

Estas formas mentais individuais e coletivas poluem o planeta e são produzidas pelo declínio espiritual da humanidade e se fazem-se exteriorizar por palavras, pensamentos e atos, as mais perversas formas de poluição, que vão-se agregando na atmosfera como uma densa e negra nuvem que contamina todo o meio ambiente onde inserimos o homem.

A

Frase de Mahatma Gandhi.“Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.”1869 - Mahatma Gandhi (na imagem), um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano (m. 1948).

A Ecologia e o Homem.

Boletim I

Page 2: A Ecologia e o Homem. Aacademiadefilosofia.org/.../uploads/2011/02/boletim1.pdf · 2015. 12. 21. · Que podemos viver 100 anos e termos este momento de lamentação, com um sentimento

A BUSCA PELA JUVENTUDE INTERIOR. Em primeiro lugar, quando falamos em ‘busca pela juventude interior’, o que nos vem à mente é a dificuldade que temos em aceitar o nosso envelheci-mento gradativo e inevitável. Pensamos, então, que devemos saber envelhecer e isto faz com que nos deparemos com a questão de como vemos a velhice. O que é a velhice para nós? A juventude interior anda de mãos dadas com a sabedoria e sabedoria é fazermos o que deve ser feito e bem feito e, às vezes, a sabedoria mostra-se nas pequenas coisas de nossa vida, assim como a felicidade está no simples, não no que é complexo ou imponente.

CONSIDERAÇÕES DE SÊNECA Sêneca faz considerações importantes sobre esta questão em seu livro “Sobre a Brevidade da vida”. Sêneca diz que o homem, quando chega perto da morte, faz uma reflexão de sua vida, de como viveu, do que fez e, em meio a seu espanto, exclama e lamenta, dizendo que ‘gostaria de ter mais tempo para fazer tudo o que deixei de fazer’... Sêneca diz, então, que devemos fazer o que achamos o certo, o quanto antes, não devemos esperar o momento da morte para despertarmos e que, ao mesmo tempo, não importa a quantidade de anos que vivemos, mas o que fazemos de nossa vida. Que podemos viver 100 anos e termos este momento de lamentação, com um sentimento de não termos aproveitado de fato estes anos, fazendo coisas de fato úteis. Assim, a nossa relação com o tempo deve ser consciente, no sentido de sabermos que, na nossa ilusão perante ele, o tempo passará de qualquer forma, façamos coisas ou não e que devemos então utilizá-lo da melhor forma possível, dando um sentido às nossas vidas. Temos um ciclo básico, onde: nascemos, vivemos e morremos... e nascer e morrer, soa muito natural, pois fomos equipados pela natureza com o que precisamos e, ao desencarnar, simplesmente morremos, mas a dificuldade está em viver, e como viver. Equipados estamos, mas temos de manter nossas estruturas, administrá-las, agregando-as no mundo ao nosso redor; e esta dificuldade surge quando começamos a colocar coisas em nossa vida que não nos levam a qualquer tipo de evolução, coisas que se tornam pesos, que se tornam fardos. Assim, vamos complicando a vida, que é simples em sua grandeza, pois achamos que o perfeito tem de ser complexo e complicado. É a confusão que fazemos e acabamo-nos perdendo nisso.

AIKIDO

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O aikido é uma arte marcial japonesa não competitiva, criada pelo mestre Morihei Ueshiba, na primeira metade do século XX. Para ele, o verdadeiro espírito das artes marciais encontra-se na busca da perfeição física e mental.

Com o tempo, o praticante, independente de idade e sexo, descobre que por trás da suavidade dos movimentos do aikido, encontram-se técnicas vigorosas e dinâmicas. As imobilizações, torções e projeções compõem movimentos que aprimoram a concentração, a agilidade e o equilíbrio.

Os benefícios da prática do aikido vão além da defesa pessoal e do condicionamento físico, estimulando o desenvolvimento de qualidades pessoais e profissionais e o respeito entre os indivíduos e a sociedade.

Em meados da década de 20 ocorreu o episódio no qual ele saiu ileso de um combate com um oficial da marinha. Conta-se que o jovem desafiante lutava com uma espada, enquanto o mestre Ueshiba apenas esquivava-se dos golpes. Exausto, o agressor deu-se por vencido e abandonou o desafio.

As meditações de Ueshiba a respeito do que havia ocorrido, levaram-no a vislumbrar o desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma arte marcial que aproximasse e unisse as pessoas. Segundo o mestre, uma atividade física e espiritual com a capacidade de integrar o homem à energia do universo.

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