A SEMANA » Edição 427

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Ano VIII • número 427 • 7 A 13 de junho de 2012 • dIstrIbuIção grAtuItA Rua Direita - Mariana/MG Douglas Couto Whinter gonçalves Vitória de Celso no tse dá mais gás às eleições Oposição se frustra ao tentar impedir a entrada de ex-prefeito na disputa PÁgInA 4 PAtrImÔnIo tombAndo... Rose Brasil / ABR Igreja de São Francisco de Assis, segunda mais visitada de Mariana, é interditada com problemas na cobertura e estrutura do prédio, que está infestado por cupins e ameaça desabar. PÁgInA 5 Divulgação terezinha “expulsa” Chico do “blocão” Pré-candidatos não se entendem e grupo de oposição começa a rachar PÁgInA 3 Protesto contra reajuste do ônibus PÁgInA 3

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Jornal A SEMANA Edição 427

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Ano VIII • número 427 • 7 A 13 de junho de 2012 • dIstrIbuIção grAtuItA Rua Direita - Mariana/MG

Douglas Couto

Whi

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çalve

s

Vitória de Celso no tse dá mais gás às eleiçõesOposição se frustra ao tentar impedir a entrada de ex-prefeito na disputa PÁgInA 4

PAtrImÔnIo tombAndo...

Rose Brasil / ABR

Igreja de São Francisco de Assis, segunda mais visitada de Mariana, é interditada com problemas na cobertura e estrutura do prédio, que está infestado por cupins e ameaça desabar.

PÁgInA 5

Divulgação

terezinha “expulsa” Chico do “blocão”Pré-candidatos não se entendem e grupo de oposição começa a rachar

PÁgInA 3

Protesto contra reajuste do ônibus

PÁgInA 3

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oPInIãoPÁGINA 2 • A SEMANA 7 A 13 dE juNho dE 2012

expediente

Os artigos, cartas, e-mails enviados e assinados são de intei-ra responsabilidade de seus autores. O conteúdo não expres-

sa, necessariamente, a opinião do jornal A Semana.

joRNAL A SEMANA LTdACNPj: 06.22.538/0001-02

24 de março de 2004FundaçãoWalMiR De a. costadiretor-PresidenteDoUGlas coUtojornalistaWHiNteR GoNÇalVesDiagramação

Colaboração:Érica anicetoFlávio almeidaReginaldo Vilela

Studio Élcio Rocha (31) 3557-1995

REdAÇÃoEndereço: Rua jatobá, 137ª, Bairro Rosário. Mariana-MGTelefone: (31) 3557-3455E-mail: [email protected]

CoMERCIALE-mail: [email protected]

CIRCuLAÇÃoMariana | ouro Preto | ItabiritoIMPRESSÃoSempre Editora Ltda.

editorialÀs vezes, é preferível ser surdo a ouvir certas críticas

infundadas que nos são dirigidas. Desta vez, fomos acusados de “apequenar o debate político” e de desrespeito a Terezinha Ramos, ao reportar aos leitores, em nossa última edição, que a prefeita cassada, viúva do ex-prefeito João Ramos, declarou seu apoio ao “grupão”, que tem (ou tinha) entre os pré-candidatos Chico da Farmácia, denunciado pelo Ministério Público como suspeito de mandar matar João Ramos.

Não acusamos ninguém. Apenas dissemos o que está nos autos. Jamais desrespeitamos a memória do ex-prefeito. Ao contrário. Fomos os únicos que vêm cobrando uma resposta ur-gente da Justiça para este assassinato que, há quatro anos, aba-lou Mariana e perece na penumbra. Aqueles que nos criticam, o que fizeram? Ao menos foram à tribuna? Não. Esconderam-se atrás de um silêncio ensurdecedor.

Sobre a reunião do “grupão”, nos limitamos a narrar os fatos. Fazemos um desafio a alguém provar o contrário. É certo que o texto agradou a alguns e desagradou a outros. Nem Cristo conseguiu agradar a todos.

O que nos resta saber é que tipo de imprensa as nossas autoridades querem. Que sejamos meros “reprodutores” de releases oficiais? Que façamos um “agradinho” publicando seus belos rotos posados nas colunas sociais? Desculpe-nos. Isso não é jornalismo. Quando damos a notícia, cuidamos para que tenha conteúdo suficiente de maneira que o leitor forme a sua própria opinião.

Querer transferir para um jornal a culpa pela incoerência de certas atitudes políticas é algo que merece melhor reflexão. Por fim, recorremos ao saudoso Millôr Fernandes para lembrá-los que: “Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.

twittess

em destaque

As frases acima são reproduzidas na íntegra. o jornal A semana não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas, assim como possíveis desvios relacionados ao uso da norma culta da Língua Portuguesa.

jornALIsmo É oPosIção

entre aspas“Estão mais preocupados em tirar Celso Cota das eleições no tapetão da Justiça do que disputá-las com ele nas urnas e, quem sabe, até ganhar”ozanan santos, advogado, em artigo publicado no blog

IsrAeL QuIrIno

Inicia-se a caçada ao elei-tor e, para tal, todos os agrados são possíveis. Nesta savana, as iscas para atrair voto não se li-mitam mais aos retratos emol-durados em Fotoshop, aquilo que chamamos de santinhos (?) e que sempre trazem traços renascentistas nas feições do candidato. Musiquinhas gru-dentas irão nos emporcalhar os ouvidos.

Encherão as nossas caixas de correspondência (física e eletrônica) de mensagens ten-tando nos convencer das qua-lidades dos pretendentes aos cargos públicos eletivos. As mentiras, mesmo com pernas curtas, irão correr por todos os rincões. Uma festa democráti-ca!

Em uma situação regular (e por definição legal), o plei-to eleitoral justo e equilibrado deveria se pautar apenas nes-ses argumentos e arranjos de convencimento do eleitorado. No entanto, por baixo do pano, sobrevive uma prática antiga de aliciamento do eleitor com algum agrado, presentinho ou promessa de interesse pessoal.

Aqui e ali alguém leva alguma vantagem. É um com-portamento que existe desde quando fora criado o processo de escolha do líder por votação. Portanto, a corrupção eleitoral é quase que um defeito da demo-

Votos À VendAcracia.

Em 1999, conseguimos aprovar uma lei casuística de proteção à lisura do pleito elei-toral e de combate à corrupção eleitoral – Lei 9.840 – que pune a chamada compra de voto com a perda do registro de candida-to ou do mandado. De lá para cá, candidatos foram punidos a rodo. Só não temos registro de candidato a Presidente da República que houvesse perdi-do o registro de candidato por compra de voto. No mais, can-didatos a prefeito, vereador, de-putado, senador e até governa-dores de estado foram punidos com o rigor da Lei da Compra de Votos. Por outro lado, uma onda de denuncismo, falso ou verdadeiro, armado ou arranja-do, deu asas à imaginação dos envolvidos nas disputas eleito-rais e encheram os arquivos da Justiça Eleitoral de processos, com ou sem razão, com verda-des ou mentiras, com justiça ou nem tanto.

Sou daqueles idealistas que acreditam que as pessoas não fazem as coisas proibidas por medo da punição, mas devem fazer o certo por convicção. No entanto, na política não tem sido assim. Os candidatos fa-zem, mesmo sabendo que cor-rem o risco de serem punidos. O risco parece fazer parte do negócio. É excitante!

A Justiça, por sua visão vesga, entende que apenas o

@_alexbruno_ (Alex bruno)Meu amigo @walterrodrigues pode zerar a enquete e voltar com o nome do Celso Cota.

@rodriguspaiva (rodrigo Paiva)E fica a pergunta: Cadê o resultado da pesquisa encomendada pelo “BLOCÃO”? kkk.. –Por que ninguém divulga isso?

@flavioas (Flávio Almeida)Rubens Ricúpero nunca esteve tão em voga: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”...

francisco neves @xykonevesMacaco matuta: O imóvel do canil de Mariana pertence ao prefeito, que aluga p/3º, q/aluga p/MUNICÍPIO. Peculato CULPOSO? OU Peculato Erro de 3º?

@allanalmeida(Allan Almeida)Fogos em Mariana. Cuidado pré-candidato! O foguetório pode ser interpretado pela oposição como vitória eleitoral antecipada.

candidato-comprador merece punição. Isso pelo fato de con-siderar que eleitor que se vende é apenas uma vítima do sistema e não um criminoso em poten-cial. Por outro lado teme punir o eleitor vendilhão e com isso inibir as denúncias. Fato é que o eleitor, por si só, vicia o pro-cesso eleitoral, escondido sob o manto de uma falsa hipossufi-ciência que o leva a extorquir o candidato.

Muitos são vendedores profissionais de votos, vendem a família inteira, fecham cur-rais de votos por atacado. Al-guns são oportunistas, vendem muito e a todos. Outros são os mesmos que se vendem a todo pleito eleitoral e se camuflam de apoiadores, cabos eleitorais etc. Tem de tudo nesse mercado negro das eleições.

Ao eleitor, discreta ou in-discretamente, doam-se mate-riais de construção, cestas bá-sicas, remédios, óculos, cadeira de rodas, prestação de carro, conta de TV a cabo, até invasão de terrenos particulares são per-mitidas. Vale tudo! E seria hi-pocrisia demais dizer que não é assim, convenhamos! De ver-dade mesmo temos que o toma lá dá cá do processo eleitoral nunca acabou. Os que foram pegos pela lei são minoria, um alfinete num iceberg! Decerto foram traídos pelo eleitor que se vendeu ao adversário.

Nos bastidores, tudo se ne-

gocia, todos têm preço. Partidos são negociados, cargos, contra-tos, benesses, tudo!

Um dos mecanismos mais sutis na famigerada prática de agrado ao eleitor é a máquina pública de assistência social. Vocês verão que “nunca na história deste país” se distri-buiu tanta cesta básica, telha de amianto, sacos de cimento, remédios e outras coisinhas de afago ao eleitor, inclusive cargos de confiança criados ao apagar das luzes. Se isso é ou não compra de voto, pode ser que sim, pode ser que não. Vale o entendimento do juiz eleito-ral.

Aqui nestas paragens, onde as eleições irão acontecer sem a presença física do Poder Ju-diciário (ao que tudo indica seremos assistidos por Juízes de Ouro Preto), a vigilância aos atos atentatórios à lisura do Pleito deverão merecer um cui-dado ainda maior.

Com o aval da Câmara de Vereadores, o Executivo em campanha já reforçou as dota-ções orçamentárias destinadas aos materiais de distribuição gratuita. Recentemente, criou dezenas e cargos em comis-são... sei não. É melhor ficar de olho. Afinal, cachorro mordido por cobra tem medo até de lin-guiça.

Israel Quirinoprofessor e advogado

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PoLÍtICA PÁGINA 3 • A SEMANA7 A 13 dE juNho dE 2012

terezinha entra e Chico sai do “blocão”

Pré-candidatos não se entendem e grupo de oposição começa a rachar

A chegada de Tere-zinha Ramos (PTB) no “blocão” provocou a saí-da de Chico da Farmácia, pré-candidato do PMN a prefeito de Mariana. A de-cisão foi confirmada após a ampla repercussão da matéria, publicada no jor-nal A SEMANA, sobre a presença da viúva de João Ramos ao grupo, que tinha entre os pré-candidatos o empresário, que é acusado de ser o mandante do as-sassinato do ex-prefeito de Mariana.

A “expulsão” foi co-municada em nota da coor-denação do grupo ‘Todos por Mariana’, publicada na “Folha Marianense”, sob o argumento de que a “a imagem de Chico da Farmácia passou a ser as-sociada de forma negativa por parcela da imprensa”. Ele não participa mais das reuniões e dos encaminha-mentos do recém-criado

grupo. “Na política, vale mais

a versão do que os fatos. Infelizmente, Chico carre-ga uma carga política ne-gativa, ele não soma politi-camente ao grupo. Ele está respondendo a um proces-so e cabe ao judiciário dar uma resposta à sociedade”, disse o empresário Walter Rodrigues, presidente do PDT, em entrevista a uma rádio local.

Com a saída do PMN, o grupo é formado hoje pelo PTB, PDT, DEM, PT e PV. Cada um dos partidos tem pré-candidato e o grupo se comprometeu a fazer pes-quisa para indicar quem tem condições de enfrentar Celso Cota nas urnas.

Criado há um mês, o alardeado “blocão” pode não resistir às eleições. O prefeito Roberto Ro-drigues não abre mão de concorrer à reeleição pelo PTB. Seu nome não é una-

nimidade dentro do grupo. A médica Dra. Beth Silva e o professor Rinaldo Ur-zedo disseram, na última reunião, que “não subiriam no mesmo palanque que Roberto”. Pré-candidata do PV, Sônia Azzi também descartou a possibilidade de compor chapa com o petebista. “Não comungo com as ideias dele”, disse Azzi, em entrevista à mes-ma rádio.

Presidente do PDT e irmão do atual prefeito, Walter Rodrigues tentou amenizar o racha. “O gru-po está nascendo, seus in-tegrantes tem diferenças e estamos na fase de supe-ração. Isso é um processo. Ainda não estamos prepa-rados. Vamos construir a força a partir do diálogo. Estamos perto da unidade política, talvez não a ideal, mas a possível ante ao es-forço e tempo que dedica-mos a isso”, disse Walter.

Jornal Ponto Final / Divulgação

No lançamento do “blocão”, na Câmara de Mariana

A notícia de que um acordo político pode colocar a viúva, Terezinha Ramos, e o principal acusado de matar o ex-prefeito João Ramos Fi-lho no mesmo palanque, que foi publicada com exclusi-vidade pelo A SEMANA, repercutiu em todo o esta-do. Os rumores da “aliança macabra” pela Prefeitura de Mariana foram publicados na edição de ontem, pelo Jornal Hoje em Dia, da ca-pital.

Na matéria, o repórter

Campanha “macabra” em mariana, diz jornal

Ezequiel Fagundes traz con-firma toda a trama política que começou a ser armada com o surgimento do gru-pão governista “Todos por Mariana”, criado para fazer frente ao pré-candidato tuca-no Celso Cota.

Em entrevista ao jor-nal, um dos articuladores do “blocão”, o empresário Walter Rodrigues, classifi-cou de “delirante” a possibi-lidade de Chico da Farmácia (PMN) apoiar algum candi-dato. Ele atribuiu a participa-

ção de Chico a uma tentativa do grupo de Celso de “des-gastar” a imagem do grupo.

“Quem vai querer o apoio de um acusado de ser mandante de um assassi-nato? Se ele (Chico da Far-mácia) tem culpa ou não, é a Justiça que tem que dizer. Isso não passa de uma intri-ga para enfraquecer o nosso grupo”, disse Walter Rodri-gues.

Chico e Terezinha não foram localizados pela re-portagem.

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PoLÍtICAPÁGINA 4 • A SEMANA 7 A 13 dE juNho dE 2012

tse mantém elegibilidade de ex-prefeito Celso CotaOposição tentou barrar na Justiça a entrada do tucano nas eleições

Por seis a zero, o Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) deu a vitória ao ex-prefeito Celso Cota (PSDB), e jogou um balde de água fria nos oposicio-nistas que tentavam deixar o tucano inelegível e impe-dir a sua entrada na briga pela Prefeitura de Mariana. A decisão da Corte, em Bra-sília, na terça-feira, foi co-memorada com foguetório.

Conforme publicado no A SEMANA, a ação era movida pela defesa do pre-feito Roberto Rodrigues, pré-candidato à reeleição pelo PTB, e questionava uma ação de 2008, quando Celso foi condenado pelo Tribunal Regional Eleito-ral (TRE-MG) à perda dos direitos políticos por três anos, devido à “publici-dade irregular na impren-sa escrita”. No entanto, a pena de inelegibilidade perdurou até 2011.

Por unanimidade, o

TSE julgou improcedente a Ação de Investigação Ju-dicial Eleitoral (Aije) em que Celso era considera-do inelegível. O ministro Arnaldo Versiani, relator, afirmou ao votar que o fato apurado como abuso de poder econômico foi ape-nas a divulgação, por um

Pense direitoContInuAção

FAzer justIçA não É FAzer dIreItoCArtA desAbAFo do juIz CArLos roberto LoIoLA

Assim, cada palavrinha, cada expressão da sentença foi lá co-locada da maneira mais pertinente, mais ajustadinha possível com o que havia ocorrido na audiência. Para mim, a sentença não poderia ter cara diferente do processo, pois isso não era Justiça, era hipocrisia travestida de Direito. Só isso. Utilizar aquelas expressões que eu es-tava usando na sentença anterior era pedantismo para com as partes, que nem queriam ouvir nada do Juiz, só queriam sentença. No final das contas, o que ambas queriam era apenas saber quem ganhou e quem perdeu. Só isso. Ninguém estava ali para discutir teses, teses e mais teses; montanhas de injustiças. Então a sentença não poderia ser outra. Foi aquela que foi.

Tenho visto muito Direito nos processos dos Juizados Especiais. Nas contestações, principalmente, quem se der ao trabalho de pes-quisar, vai encontrar muito Direito compilado (teclas copiar e colar, do computador). Outro dia apareceu uma, de 60 páginas, 6 teses só de preliminares e mais um tantão delas de mérito: o valor da causa era de R$0,06 (seis centavos de Real). O advogado gastou mais na-tureza para contestar o pedido do que o próprio valor da causa. É Direito. Não é Justo. Mas quem se importa com valores hoje em dia? Há algum tempo atrás, uma advogada até colocou o dedo em riste dizendo que estava se lixando para as minhas sentenças, porque ela já sabia o que eu pensava sobre o caso que ela estava defendendo. Era um simples processo de cobrança de telessexo em conta de tele-fone, cujo valor não chegava a R$10,00, mas a advogada, com sua preposta, não queria nem participar da sessão de conciliação, alegava que já sabia mesmo qual seria a sentença, pois já conhecia o meu pensamento sobre tais cobranças e não queria participar da sessão. Não permiti. Está na Lei que ela deveria participar, sob pena de reve-lia. Ela disse que iria até o Supremo, ainda que o valor da causa fosse R$0,01, mas ela não deixaria de utilizar de todos os instrumentos legais para não permitir a procedência da causa. Só se interessava pelo Direito. A tese dela era a de que, como o Jornal O Estado de Minas favorecia a prostituição abertamente em suas páginas de clas-sificados (e isso é verdade!), inclusive com a anuência do Ministério Público, que havia firmado com o Jornal um Termo de Ajustamento de Conduta (também verdade!), então, só por isso, ela entendia que a empresa de telefonia que ela defendia podia cobrar telessexo li-vremente, tese com a qual não concordei e já havia sentenciado um bocado de processos.

Mas, 40 dias depois dessa audiência, essa mesma advogada entrou chorando no meu gabinete. O seu pai estava num Hospital, internado, e o plano de saúde não autorizava certo procedimento mé-dico. Ela queria agora uma liminar para obrigar o plano de saúde a fornecer o tratamento. Agora só lhe interessava Justiça. O Senhor, disse ela, não pode nem dar prazo para o plano de saúde se mani-festar sobre o pedido de liminar senão o meu pai morre! Agora ela só queria Justiça. Não se importava mais com o Direito, nem com o processo. Então, não entendo porque tanto alvoroço, porque dizer que algumas de minhas decisões são diferentes. “Ser diferente é nor-mal”. Fazer Justiça não é fazer Direito. Fazer Justiça é muito mais que isso. Fazer Direito, só pelo Direito, sem se importar com Justiça, isso é mediocridade. Essa regra eu sempre recuso. Fazer Direito com olhos na Justiça, isso é muito bacana, chega a ser genial em alguns casos.

Continua na próxima edição

Flávio de [email protected]://flavioals.spaces.live.com/

jornal, com circulação de três mil exemplares, em um município de 60 mil habitantes, com a manche-te de que os candidatos continuavam na disputa da prefeitura, o que, no seu entendimento, não configura abuso de poder econômico.

Os ministros do TSE reconheceram que o ‘Ter-ritório Notícias’, na época, noticiou a verdade, “a pos-sibilidade de se continuar a campanha do Roque”. Por seis votos a zero deram a vitória a Celso e o decla-ram elegível, dando novo fôlego à corrida eleitoral.

Divulgação TSE

Em Brasília, a corte do TSE dá vitória a Celso por seis votos a zero

novas lideranças criam PPs jovem de mariana

Os jovens dão novo fôlego à política de Mariana. A menos de cinco meses das eleições, é lançado, oficialmente, o PPS Jovem (JPS Mariana), formado por lideranças políticas que têm como objetivo “a luta por uma sociedade mais justa, socialista e humanista”.

Sob a presidência do empresário Alex Bruno, a JPS Mariana é formada por jovens de 14 a 29 anos. A deputada estadual Luzia Ferreira, presidente do PPS-MG, esteve presente no lançamento do PPS Jovem de Mariana.

O evento contou ainda com o presidente do diretório municipal do partido, Leandro Henrique, do vereador Juliano Duarte, representante do PPS na Câmara, além do ex-prefeito Celso Cota (PSDB) e Duarte Junior (PPS), pré-candidatos nas eleições 2012.

Divulgação

Alex Bruno recebeu apoio na criação do

PPS Jovem de Mariana

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CIdAdes PÁGINA 5 • A SEMANA7 A 13 dE juNho dE 2012

Cupins ameaçam igreja de 245 anos

Igreja de São Francisco é interditada com problemas no telhado e estrutura

Por falta de segurança e risco de desabamento, a Pre-feitura de Mariana interditou a igreja de São Francisco de Assis, construída em 1766, que há décadas sofre com desaso e vem sendo devo-rada por cupins. Segundo templo mais visitado da ci-dade, a igreja está situada na Praça Minas Gerais, e compõe um dos expoentes da arquitetura sacra.

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Walkíria Carvalho, disse ao “Estado de Minas” que a medida foi tomada a partir de um laudo do Instituto do Patri-mônio Histórico e Nacional (Iphan), que apontou pro-blemas na cobertura e estru-tura do prédio.

O laudo mostra compro-metimento da estrutura de madeira existente na capela-mor, devido à ação de umi-dade do solo e infestação de cupins, bem como infiltração de águas pluviais nas abó-badas do coro e corredores

laterais. A Prefeitura já con-tratou o projeto de restauro. Todo o serviço de recupera-ção também ficará a cargo do município.

Em nota, a Prefeitura informa não possuir prazo específico para o restauro. Segundo a diretora de Patri-mônio, Érica Oliveira, a não

especificação do tempo para o restauro se deve pelo deta-lhamento que o projeto exige.

O promotor de Justiça, Antônio Carlos de Oliveira, já pediu, com base em outro laudo do Iphan, a interdição da Casa do Conde de As-sumar, localizada atrás da igreja de São Francisco. O

Divulgação CMM

InterdItAdA. Igreja de São Francisco tem portas fechadas outra vez

local abriga um comércio e, de acordo com o promotor, oferece riscos.

Essa é a segunda vez que a construção é fechada. A pri-meira foi em abril de 2009, por determinação judicial, quando o templo teve portas lacradas e ficou longe dos cul-tos e dos olhos dos turistas.

mPe notifica Câmara contra show na praçaA medida que proíbe

a realização de shows na Praça Minas Gerais foi alvo de críticas na Câmara de Mariana. Sob a alega-ção de que eventos desse porte podem abalar os mo-numentos, os vereadores querem explicação para o fato de as cidades de Ouro Preto, Diamantina e Saba-rá terem autorização para promover eventos no cen-tro histórico.

Ao receber a denúncia de que a Câmara prepara-va uma série de atrações, como Zé Ramalho e Padre Antônio Maria, para encer-rar a festa do tricentenário do legislativo, o Ministério Público Estadual (MPE) notificou a Presidência da Casa para que não realizas-se shows na praça.

“Essa gente que faz esse tipo de denúncia, eu as classifico como inimi-gas de Mariana. Isso é pi-cuinha de quem não quer o bem da cidade. Fizemos

reuniões com MPE e o Iphan, contratamos estudo de especialista em patrimô-nio da PUC Minas, que nos apontou os limites que po-demos chegar. Escolhemos a praça Minas Gerais por-que é a imagem que gente quer ‘vender’ para os turis-tas do Brasil e o mundo”, argumentou o presidente da Câmara, Geraldo Sales de Souza “Bambu” (PDT).

O vereador Fernando Sampaio (PRB) questionou ainda o impacto que a so-lenidade do Dia de Minas causa ao centro histórico. “Só porque o governador vem à cidade ninguém questiona nada?”, interro-gou Sampaio.

No ano passado, por exemplo, a sertaneja Paula Fernandes, na vizinha Ouro Preto, levou uma multidão à Praça Tiradentes, que teve a presença estimada de 10 mil pessoas. O show comemorava o aniversário da cidade.

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CIdAdesPÁGINA 6 • A SEMANA 7 A 13 dE juNho dE 2012

Passagem de ônibus fica mais cara

Prefeito autoriza reajuste na tarifa dos circulares a partir do dia 11

O centro histórico de Ouro Preto foi palco de protesto contra o reajuste no preço das passagens de ônibus. O ato organizado pelas redes sociais levou os manifestantes ao Plenário da Câmara, cobrando uma reação dos vereadores.

O reajuste nas tarifas dos ônibus circulares de Ouro Preto foi autorizada pelo prefeito Angelo Oswaldo (PMDB), que assinou decreto de 30 de maio, publicado no Diário Oficial do Município. Com aumento, as passagens sobem R$ 0,10, passando de R$ 1,90 para R$ 2,00.

O decreto entra em vigor a partir de segunda-feira, 11 de junho. O

aumento vale também para o serviço de táxi-lotação.

A SEMANA

Tarifa de ônibus vai subir para R$ 2,00

homem se mata após atirar contra mulher

Um homem de 44 anos se matou depois de atirar contra a companheira, de 42 anos, que conseguiu sobreviver. O crime foi no sábado (26), na rua Caldeireiro, bairro Santa Rita de Cássia, em Mariana.

Segundo a Polícia Militar, a mulher estava no tanque de casa, lavando roupa, quando foi surpreendida pelo marido,

que estava armado. Após uma discussão, ele atirou contra ela, que foi baleada no pescoço. Em pânico, a mulher correu em direção à casa da mãe, que fica nas imediações do local do crime.

O agressor tentou correr atrás da companheira, mas voltou para a residência do casal. Lá, deu um tiro

no próprio peito e morreu na hora. A mulher foi socorrida e encaminhada ao Hospital Monsenhor Horta. O estado de saúde dela não foi informado. A perícia encontrou no bolso do homem um frasco de chumbinho - veneno para matar rato - que foi apreendido. (Fonte: O TEMPO Online)

homem morre atropelado ao atravessar rodovia

Um homem de 41 anos morreu ao ser atropelado por uma motocicleta na noite da última quinta-feira, 31, na MG-1730, em Mariana. A vítima, que não teve a identidade

divulgada, estava atravessando a via numa área rural quando foi atingida.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o acidente aconteceu na

altura do Km 3. O condutor da moto, de 24 anos, foi socorrido e encaminhado em estado grave para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

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VArIedAdes PÁGINA 7 • A SEMANA7 A 13 dE juNho dE 2012

As vozes angelicais do Canarinhos de Itabirito encantaram quem foi con-ferir de perto a apresenta-ção ocorrida no sábado, 2 de junho, na Catedral da Sé, em Mariana. O pú-blico aplaudiu de pé mais esta edição da série de concertos especiais.

Sob a regência do ma-estro Éric Lana e acompa-nhado pelo organista pau-lista Julio Amstalden, o coral apresentou repertó-rio minuciosamente sele-cionado no acervo do Mu-seu da Música de Mariana para a série “Fundarq/Pe-trobras de Concertos”.

O coral Canarinhos, no alto dos seus 39 anos de auxílio à formação humana de crianças e jo-vens, permanece firme em seu propósito: proporcio-nar à criança e ao jovem de Itabirito e região, sem

mariana se rende às vozes dos Canarinhos de Itabirito

distinção de credo, raça ou cor, uma educação so-ciocultural através da arte.

Ao longo do mês de junho, haverá mais apre-sentações na Catedral da Sé. No dia 16, é a vez de o Coral Vozes de São Vicente, com regente Al-

Cristiano Casimiro / Divulgação

As vozes do Coral Canarinhos emocionaram o público na Catedral da Sé

Apresentação do coral ao som do secular Arp Schnitger arranca aplausos

sAgArAnAConfira a programação do fim de semana no Sagarana: 5° tem Samba bem (Ouro Preto) 6° tem Banda Acaiaca e sábado tem banda Letal, tocando os clássicos do Matallica. Imperdível!

ConCertosAo longo do mês de junho, haverá apresentações especiais na Catedral da Sé. No dia 16, quem canta e encanta é o Coral Vozes de São Vicente, com regente Alcemir José Moreira; no dia 23, é a vez do Coral Madrigal Roda Viva (Conselheiro Lafaiete), sob a regência de Geraldo Vascon-celos. As apresentações acontecem sempre às 18 horas.

Órgão no FerIAdãoConfira as apresentações no órgão Arp Schnitger, na Cate-dral da Sé, durante o feriadão: no dia 8 de junho, sexta-feira, a organista Josinéia Godinho se apresenta às 11h15. Já no domingo, dia 10 de junho, às 12h15, a organista se apresenta junto com o violinista André Cavazotti. Prestigie!

exPosIção no sesIAté o dia 30/06, exceto no dia 24, você pode conferir, na Galeria Sesi-Mariana, a exposição de fotografias “Reflexos e poesia nas linhas de Minas”, da artista plástica Regina Cunha. Visitações das 9 às 19h, de terça a domingo.

FeIjoAdANão perca a 7ª Feijoada Casa Lar Estrela 2012, no dia 17/06, a partir das 10h. Feijoada e caipirinha liberadas, shows e muita gente bonita! Quem se interessar em patrocinar o evento, entre em contato no tel 3558-5477. Camisas à venda na loja Fuxico (Rua do Catete, 29). Venha se divertir!

CuLturA em reVIstAVisite o site “Cultura em Revista” - revista cultural de Mariana e Ouro Preto. O site vem promovendo o desenvol-vimento cultural nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Acesse www.culturaemrevista.com.br e confira!!!

dIVIrtA-se

cemir José Moreira, se apresentar, e no dia 23 o espetáculo fica por conta do Coral Madrigal Roda Viva (Conselheiro La-faiete), sob a regência de Geraldo Vasconcelos. As apresentações acontecem sempre às 18 horas.

Essas apresentações especiais são iniciativa da Fundação Cultural e Edu-cacional da Arquidiocese de Mariana (Fundarq), com patrocínio da Petro-bras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

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Foto: Álbum de família

soCIAIsPÁGINA 8 • A SEMANA 7 A 13 dE juNho dE 2012

Foto: Álbum de família

No sábado (02/06), o casal Ney e Andreza reuniu familiares e amigos para uma festa junina bastante animada. Alegria não faltou!

Foto: Reginaldo Vilela

Nosso amigo Eric modesto prestigia nossa coluna ao lado

de sua irmã. Felicidades!

Foto: Eduardo Campos / Divulgação

Na última semana aconteceu em Mariana o lançamento do PPS Jovem

(JPS Mariana), sob a presidência de Alex Bruno, com apoio da deputada

estadual Luzia Ferreira, presidente do PPS-MG, do diretório municipal

do partido, Leandro Henrique, o vereador Juliano Duarte (PPS), além do ex-prefeito Celso Cota (PSDB) e

do Duarte Junior (PPS).

Foto: Álbum de família

O “padre” Denimar (Deni Motos) e sua noiva Mise curtiram a festa a valer. Felici-dades!

A Cooperouro e a Unimed Inconfidentes acertaram a adoção de um plano-empresa, que vai proporcionar uma assistência médica ética e de qualidade aos funcionários da loja de Ouro Preto e também da futura loja de Mariana. Sucesso!

Foto: Divulgação

O cantor Jeferson Coimbra e sua banda animaram o Arraiá

de Ney e Andreza. Sucesso puro!

Foto: Àlbum de família

Uma galera pra lá de animada agitou a festa de Ney e Andreza!

Muitas risadas!

Foto: Reginaldo Vilela

A linda Thayná comemorou seus 15 anos no dia 26/05. Linda!