açúcares - Nestlé Portugal | Nestlé...como xilitol, sorbitol, maltitol, manitol, que resultam da...

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publicação destinada a profissionais ® açúcares em ponto de equilíbrio 7 Jul. 10 contributo do chocolate preto na saúde NATURNES – refeições do século XXI informação nutricional de produtos NESTLé | 2010

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  • publicação destinada a profissionais

    ®

    açúcares em ponto de equilíbrio

    7Jul. 10

    contributo do chocolate preto na saúde

    NaturNes – refeições do século XXI

    informação nutricional de produtos Nestlé | 2010

  • o mundo Nestlé

    na vanguarda da investigação

    açúcares em pontode equilíbrio

    novidades Nestlé

    sumário editorial

    ficha técnica

    Nestlé Portugal, S.A.

    Apartado 10022791-701 Carnaxide

    Ana Leonor PerdigãoAlexandra Ribeiro

    Companhia das Cores

    Pré&Press

    3 000 exemplares

    264763/07

    Editor

    Morada de contacto

    Coordenação editorial

    Paginação

    Impressão

    Tiragem

    Depósito legal nº

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    4

    6

    10

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    Tendo origem na Índia há mais de 6000 anos, onde era designado como sharkara, o açúcar, chegou à língua portuguesa através do árabe, como al zukkar.

    A presente edição de NESvIDA dedica a sua atenção aos açúcares, destacando a sua influência sobre a saúde e a importância de um consumo equilibrado.

    Resultado de uma contínua aposta na inovação e na busca de produ-tos práticos e nutricionalmente equilibrados, são apresentados no ca-pítulo das novidades, os produtos NATuRNES, DIRECTo Ao foRNo e NESTLÉ CoRN fLAkES.

    Nesta edição, fique também a conhecer o Relatório de Criação de valor Partilhado, que sistematiza as práticas utilizadas pela Nestlé para rentabilizar a produção dos produtos de forma ecologicamente sustentável.

    Adoce o seu saber!

    Subscreva gratuitamente esta publicação em www.nestle.pt, na área dedicada aos Profissionais de Saúde.

    Ana Leonor Perdigãounidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar Nestlé Portugal, S.A.

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    A investigação neste centro vai proporcionar exce-lentes oportunidades para a inovação numa cate-goria de produtos muito importante, que permitirá oferecer aos consumidores, na América Latina, bis-coitos mais saborosos, saudáveis e mais nutritivos.

    o negócio de biscoitos da Nestlé encontra-se em crescimento sendo que é na América Latina que está o maior mercado de biscoitos, representando 60% das vendas globais de biscoitos da Nestlé. No Chile, a Nestlé está presente há 76 anos e hoje pos-sui 7 unidades de produção em diferentes partes do país.

    o Centro de I&D actuará em conjunto com outras redes de investigação e desenvolvimento da Nes-tlé, distribuídas pelo mundo e participará em inicia-tivas governamentais e parcerias com universida-des internacionais, como a universidade Católica, de Santiago do Chile. A rede global de investigação e desenvolvimento da Nestlé engloba 28 Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia e emprega, aproximadamente, 5.000 pessoas.

    A Nestlé abriu um Centro de Investigação e Desen-volvimento (I&D) em Santiago, no Chile, dedicado ao desenvolvimento de biscoitos mais saudáveis e snacks de cereais.

    Este novo centro reunirá especialistas em nutrição, engenharia, desenvolvimento de produto e controlo de qualidade, para desenvolver formas de tornar estes produtos mais saudáveis.

    Reduzir a gordura e os níveis de açúcar, para fazer bis-coitos leves, sem comprometer o sabor ou a textura é um dos objectivos. Estas características aliadas ao facto dos biscoitos conterem ingredientes como cereais integrais, fruta e frutos secos torna-os alimentos mais saudáveis, podendo os biscoitos fazer parte de uma alimentação saudável e equilibrada.

    A investigação incidirá também sobre o desenvol-vimento de biscoitos com ingredientes bio-activos para melhorar a saúde digestiva e produtos enri-quecidos para combater as deficiências locais de micronutrientes.

    Nestlé abre Centro de Investigação de biscoitos no Chile

    centro de investigação e desenvolvimento

    Nestlé – Santiago, Chile

    o mundo Nestlé

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    na vanguarda da investigaçãona vanguarda da investigação

    O papel da motivação na perda de peso

    Com o objectivo de avaliar o papel da motivação nos programas de perda de peso, pesquisadores da Universidade de Kentucky e da Universidade da Carolina do Norte analisaram dois tipos de motiva-ção, autónoma e controlada, e a sua relação com a adesão a programas de perda de peso.

    Para medir os dois tipos de motivação, foi utilizado um questionário on-line de auto-regulação, durante 16 semanas, para identificar os participantes motivados por controlos intrínsecos e extrínsecos. A motivação autó-noma corresponde ao sentimento de que o desempe-nho é a melhor maneira de se ajudar a si mesmo e fazer as alterações por motivos pessoais. Pelo contrário, na motivação controlada os participantes são motivados apenas por controlo externo, tais como pressão perce-bida de outros e sentimentos de culpa.

    A motivação para a perda de peso foi medida no iní-cio e na 4ª, 8ª, 12ª e 16ª semanas. Além disso, os participantes do estudo registaram semanalmente a sua ingestão alimentar, exercício e peso corporal.

    Mais de metade dos participantes (37 de 66) perde-ram 5% do peso corporal inicial ao fim de 16 sema-nas. Para estudar a relação entre os dois tipos de motivação e perda de peso, a amostra foi dividida em dois grupos: um grupo composto pelos indiví-duos que tinham perdido 5% do peso corporal ini-cial durante as 16 semanas e outro grupo com os que não tinham atingido os 5% nesse período (37 e 29 participantes, respectivamente).

    Verificou-se que a maioria dos participantes tiveram um aumento significativo na motivação autónoma e

    investigação estratégia de inovação

    controlada entre o início e a quarta semana de inter-venção, não estando, no entanto, claro o que cau-sou o aumento da motivação: a sessão presencial dada no início do estudo, o sucesso precoce com perda de peso, ou qualquer outro factor.

    Esta motivação foi clara no grupo que atingiu uma perda de peso sustentável de 5%, em que a sua moti-vação autónoma entre a 4ª e 16ª semana aumentou, no entanto, no grupo que teve menos sucesso, veri-ficou-se uma diminuição significativa na motivação autónoma e controlada ao longo do tempo.

    Os autores também verificaram que a motivação autó-noma, em quatro semanas foi um dos principais fac-tores de adesão ao auto-controlo e perda de peso.

    Foi encontrada uma correlação positiva entre a perda de peso em quatro semanas e os níveis mais eleva-dos de motivação autónoma, especialmente quando comparado com os participantes que tinham níveis mais elevados de motivação controlada.

    Parece que o período entre a 4ª e a 8ª semana, pode ser uma importante janela para os programas de controlo de peso, a considerar neste período o uso de técnicas destinadas a aumentar a motiva-ção autónoma, inclusive dando apoio mais intenso ou diferentes tipos de intervenções, como activida-des para aumentar a motivação autónoma.

    Estes resultados sugerem que o desenvolvimento de motivação pode ser um meio eficaz de promoção à adesão e perda de peso.

    Webber K, Tate D, Ward D, Bowling J.

    Motivation and its Relationship to Adherence to Self-monitoring and Weight

    Loss in a 16-week Internet Behavioral Weight Loss Intevention.

    Journal of Nutrition Education and Behavior; 2010; 42(3): 161-7.

  • Chocolate preto, um contributo positivo para a saúde(Investigação Nestlé Research Center)

    Os cientistas do Nestlé Research Center conduzi-ram um estudo com o objectivo de perceber de que forma o chocolate preto poderia influenciar positiva-mente o metabolismo em pessoas saudáveis.

    Foram recrutados 30 indivíduos e classificados de acordo com os seus níveis de ansiedade. Todos eles ingeriram 40 g de chocolate preto – Noir Intense, 74% de cacau, Nestlé – diariamente, durante duas semanas. De forma a analisar os resultados, no decorrer do estudo, foram colhidas e analisadas amostras de sangue e de urina.

    Os resultados mostram que a ingestão de choco-late preto reduz a excreção urinária de hormonas do stress – cortisol e catecolaminas – e estabiliza par-cialmente o metabolismo da microflora intestinal.

    Conclui-se que mudanças subtis nos hábitos ali-mentares do indivíduo, tais como ingerir chocolate preto, podem trazer benefícios para a saúde, devido à diminuição dos níveis de ansiedade e à melhoria do metabolismo da microflora intestinal.

    Martin FP, Rezzi S, Pere-Trepat E, Kamlage B, Collino S, Leibold E, Kastler J,

    Rein D, Fay L, Kochhar S.

    Metabolic Effects of Dark Chocolate Consumption on Energy, Gut Microbiota,

    and Stress-Related Metabolism in Free-Living Subjects.

    Journal of Proteome Research; 2009; 8(12): 5568-579.

    Redução energética na melhoria da imunidade

    Um estudo recente demonstrou que os indivíduos que seguem um regime alimentar pobre em ener-gia, não só perdem peso como também aumentam significativamente a resposta imune.

    No estudo em causa participaram 46 homens e mulheres com excesso de peso (não obesos) com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos. Os indivíduos restringiram a energia da alimentação em 10% e 30% durante 6 meses.

    Para a realização do estudo, os pesquisadores acom-panharam os marcadores biológicos. A resposta imu-nitária foi avaliada através de um teste cutâneo, deno-minado DTH (hipersensibilidade tardia). Nesta pesquisa também foram estudados os efeitos da restrição ener-gética sobre a função das células T e de outros facto-res imunitários dos indivíduos.

    O teste DTH e a resposta proliferativa das células T foram significativamente maiores em ambos os gru-pos que praticaram restrição energética.

    Os resultados deste estudo demonstram, pela pri-meira vez, que a restrição energética de curta dura-ção, seis meses em humanos, melhora a função das células T.

    Ahmed T, Das S, Golden J, Saltzman E, Roberts S, Meydani S.

    Calorie Restriction Enhances T-Cell–Mediated Immune Response

    in Adult Overweight Men and Women.

    J Gerontol A Biol Sci Med Sci; 2009; 64(11): 1107-1113.

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  • hidrogenação de mono e dissacáridos; oligossacári-dos, constituídos por três a dez unidades de monos-sacáridos; e, polissacáridos, constituídos por mais de dez unidades de monossacáridos.Os três primeiros são também designados por açú-cares simples, caracterizam-se por apresentarem absorção mais rápida relativamente aos complexos e serão objecto de análise no presente artigo.

    Adoçantes naturais versus adoçantes artificiaisÉ sobejamente conhecido o poder adoçante dos açú-cares. Os adoçantes, também designados por edul-corantes, podem ser divididos em naturais ou artificiais e são utilizados para conferir sabor doce aos géneros alimentícios ou utilizados nos adoçantes de mesa.Os adoçantes naturais, como glicose, frutose, saca-rose, lactose, xilitol, maltitol, manitol, sorbitol existem naturalmente na natureza, ou são produzidos por via biotecnológica, e contribuem para o aporte energé-tico diário.De entre os adoçantes referidos, a sacarose corres-ponde ao mais utilizado na Europa, representando

    açúcares em ponto de equilíbrio

    Os hidratos de carbono (HC), ou glícidos, são um macronutriente, cuja principal função é fornecer ener-gia (4 kcal/g) para a realização de todas as funções do organismo.Do mais simples para o mais complexo, os HC clas-sificam-se em monossacáridos como glicose, fru-tose, galactose; dissacáridos, constituídos por dois monossacáridos unidos por ligação glicosídica, sendo exemplo a sacarose (glicose + frutose), a maltose (gli-cose + glicose), a lactose (glicose + galactose); polióis, como xilitol, sorbitol, maltitol, manitol, que resultam da

    O açúcar teve origem na Índia há 6000 anos a.C., onde era designado como sharkara (grãos de areia), porém, chegou à língua por-tuguesa através do árabe, como al zukkar.

    A cana-de-açúcar e a beterraba são as maio-res fontes de açúcares na alimentação, cor-respondendo, a nível mundial, a 75-80% e 20-25% do consumo, respectivamente.

    açúcares em ponto de equilíbrio

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  • 75% dos açúcares adicionados na alimentação (1). Contrariamente aos anteriores, os adoçantes artifi-ciais, como aspartame, acessulfame-k, sacarina, sucralose, são produzidos industrialmente e corres-pondem a aditivos alimentares, que substituem os adoçantes naturais na produção de alimentos de baixo valor energético.Admitindo como referência a sacarose, a quanti-dade de adoçante artificial necessária para conferir o mesmo poder adoçante é tão reduzida que não se considera a sua contribuição para o aporte energético diário, isto devido ao seu elevado poder adoçante.Os edulcorantes artificiais que revelam maior poder adoçante são a neo-hesperidina di-hidrochalcona e a sucralose, sendo cerca de 1500 – 1800 e 600 vezes mais doces do que a sacarose, respectivamente (2). Os adoçantes naturais encontram-se, por exemplo, na fruta (frutose), açúcar de mesa (sacarose), geleia (sacarose), compota (sacarose), leite (lactose). Já os artificiais encontram-se em néctares de fruta (aspar-tame) e refrigerantes light (acessulfame-k), iogurtes sem açúcares adicionados (aspartame), pastilhas elás-ticas sem açúcares adicionados (xilitol), entre outros.Os edulcorantes só podem ser usados na alimenta-ção após rigorosa avaliação efectuada por parte de instituições científicas competentes como Joint Food and Agriculture Organization/World Health Organiza-tion (FAO/WHO) Committee of Experts on Food Addi-tives (JECFA) e European Food Safety Authority. A ingestão diária de adoçante artificial considerada segura pode ser variável, de acordo com o adoçante em questão e entidade que recomenda. No que res-peita, por exemplo, ao aspartame, a ingestão máxima diária considerada segura corresponde a 40 mg/kg de peso corporal, segundo JECFA, já as recomenda-ções nos Estados Unidos apontam para 50 mg/kg de peso corporal/dia. Este edulcorante está contra-indicado em fenilceto-núricos porque o organismo é incapaz de metaboli-zar a fenilalanina que contém.

    Os açúcares no rótuloInformação nutricionalNa legislação alimentar a informação nutricional no rótulo pode apresentar-se de forma simplificada, designando-se por Grupo 1 – contém valor energé-tico, teor proteico, hidratos de carbono e lípidos –, ou completa, designando-se por Grupo 2 – além das menções anteriores, apresenta teor de açúcares, ácidos gordos saturados, fibras alimentares e sódio. Pode ainda ser incluída no Grupo 2, caso exista no alimento, a quantidade de amido, polióis, ácidos gor-dos monoinsaturados, ácidos gordos polinsaturados, colesterol, vitaminas e sais minerais.

    Alegações nutricionaisSegundo o Regulamento (CE) N.º 1924/2006 do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezem-bro de 2006, relativo às alegações nutricionais e de saúde sobre os alimentos, o rótulo, no que se refere

    ao teor de açúcares, deve admitir as seguintes alega-ções nutricionais:Sem açúcares: O produto não contém mais de 0,5 g de açúcares por 100 g ou por 100 ml.Sem adição de açúcares: O produto não contém qualquer mono ou dissacárido adicionado, nem qual-quer outro alimento utilizado pelas suas propriedades edulcorantes. Caso o produto contenha naturalmente açúcares o rótulo deve ostentar a seguinte alegação «Contém açúcares naturalmente presentes».Baixo teor de açúcares: O produto não contém mais de 5 g de açúcares por 100 g para os sólidos ou de 2,5 g de açúcares por 100 ml para os líquidos.Light (relativamente ao teor de açúcares): O produto apresenta uma redução mínima de 30% do teor de açúcares em relação ao produto original.Segundo o Regulamento (CE) N.ª 1333/2008 do Par-lamento Europeu e do Conselho de 16 de Dezem-bro de 2008, quando o produto contêm polióis e/ou aspartame e/ou sal de aspartame e/ou acessulfame- -k, o rótulo deve ostentar as seguintes alegações nutricionais:– Polióis: “o seu consumo excessivo pode ter efeitos

    laxativos”;– Aspartame/sal de aspartame e acessulfame-k:

    “contém uma fonte de fenilalanina”.

    A Organização Mundial de Saúde recomenda que a ingestão de açúcares adicionados (mono e dissacáridos adicionados aos alimentos pelo consumidor ou durante o processamento industrial ou confecção, incluindo os açúca-res naturalmente presentes no mel, xaropes e fruta) deva ser inferior a 10% do total de ener-gia consumida diariamente, o que numa dieta de 2000 kcal diárias corresponde, no máximo, a 50 g de açúcares (3).

    Impacto dos açúcares na saúdeOs açúcares são substân-cias seguras que podem ser incluídas no âmbito de uma alimentação sau-dável. Porém, se ingeridos com frequência em quantidades superiores às recomendadas podem contribuir para um balanço energético posi-tivo, aumentando o risco de obesidade e, conse-quentemente, o de patologias associadas, tais como dia-betes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardio-vasculares (DCV), entre outras (4).

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  • Índice glicémicoO índice glicémico (IG) corresponde ao somatório da área sob a curva da resposta da glicose sanguí-nea a uma porção de alimento-teste, com uma por-ção de HC, sendo expresso como a percentagem da resposta à mesma quantidade de HC de um ali-mento padrão (glicose ou pão branco), consumido pelo mesmo indivíduo (9).É comum classificar o IG dos alimentos como baixo (≤ 55), moderado (56-69) ou elevado (≥ 70) (10).Hortícolas e frutos são exemplos de alimentos de baixo IG; leguminosas e massa de moderado IG; e alimentos refinados e batata de elevado IG (11).Os alimentos de baixo IG são digeridos e absorvi-dos lentamente o que se traduz num aumento gra-dual da glicémia e insulinémia pós-prandial, auxi-liando na promoção da saciedade. Já os alimentos de moderado e alto IG produzem um efeito hiper-glicemiante e hiperinsulinemiante mais acentuado. Mesmo quando se iguala a ingestão de nutrientes e energia, os alimentos de baixo IG induzem maior saciedade do que os de moderado e alto IG e são seguidos por uma menor ingestão energética em refeições subsequentes (12).Uma vez que não existe limite da hidrólise de polissa-cáridos em glicose, os alimentos constituídos por HC complexos não apresentam necessariamente um IG menor do que os mono e dissacáridos. Por exemplo, o arroz e a batata (ricos em polissacáridos) apresen-tam alto IG, contrariamente à maçã (rica em monos-sacáridos – frutose) que possui baixo IG (12).Estudos indicam que a ingestão de alimentos de baixo IG, comparativamente aos de alto IG, apre-senta efeitos metabólicos benéficos, tanto na pre-venção como no controlo de DM2, obesidade, DCV e certos tipos de cancro.Segundo Murakami et al., existe uma correlação posi-tiva entre IG e índice de massa corporal (IMC) (13).Spieth et al., verificaram uma redução significativa do

    IMC através de uma dieta ad libitum com alimen-tos de baixo IG, quando comparada com uma dieta pobre em gordura e hipoenergética (14).

    Perturbações do metabolismo dos açúcares

    Intolerância à lactoseA intolerância à lactose corres-ponde à incapacidade do orga-nismo hidrolisar a lactose em

    glicose e galactose através da enzima lactase.

    O tratamento dos indivíduos que apresentam um défice desta enzima, consiste em eliminar os alimen-tos que contêm lactose da alimentação ou ingeri-los de acordo com a tolerância, de forma a prevenir per-turbações gastrointestinais, que incluem diarreia, fla-tulência, distensão e desconforto abdominal (15).

    Estudos em seres humanos demonstraram que die-tas ricas em frutose aumentam os níveis de trigli-cerídeos no sangue. Contudo, outros estudos indi-cam que a ingestão de frutose proveniente do mel e da fruta não produz os mesmos efeitos metabóli-cos adversos como a frutose adicionada aos alimen-tos, este facto deve-se provavelmente à presença de antioxidantes naturais e/ou fibras dietéticas daque-les alimentos (5). A relação entre alimentação e cárie dentária (CD) está bem determinada, sendo que um regime alimentar rico em alimentos cariogénicos se caracteriza por ser rico em açúcares e outros HC fermentáveis, que pro-duzem ácidos orgânicos que causam diminuição do pH da saliva para valores inferiores a 5,5 (6). Os alimentos aos quais são adicionados açúcares durante o processamento tecnológico e os alimentos como os sumos de fruta, mel, xaropes e açúcar de mesa branco ou amarelo possuem elevado potencial cariogénico (3). Segundo alguns autores, a sacarose corresponde ao açúcar mais cariogénico uma vez que provoca diminuição do pH salivar e permite uma maior aderência das bactérias à coroa dos dentes (7).Pelo contrário, alimentos como leite e derivados, grãos, fruta, hortícolas não são considerados alimen-tos cariogénicos (3).O consumo regular de pastilhas elásticas com xilitol pode ter benefício na prevenção de CD, porque as bactérias orais não são capazes de fermentar o xili-tol não reduzindo o pH salivar. Além disso, o acto de mascar permite a remoção de partículas dos dentes e tecidos moles. De salientar que, segundo a evidên-cia, para o mesmo consumo de açúcares, o risco

    de CD está aumentado quando a higiene oral é menos eficaz (8).

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    açúcares em ponto de equilíbrio

  • GalactosémiaA galactosémia é uma doença metabólica hereditária em que o indivíduo é incapaz de converter galactose em glicose devido à diminuição da actividade das enzi-mas galactocinase, galactose-1-fosfato, uridil transfe-rase e uridina-difosfogalactose 4-epimerase (16). No recém-nascido, os sintomas desta patologia passam por intolerância alimentar grave, desnutri-ção, lesões de órgãos e morte. Se nos primeiros 10 dias de vida a dieta for isenta de lactose os sinto-mas são atenuados e as complicações podem ser prevenidas (17).

    Açúcares e exercício físicoÉ consensual, entre a comunidade científica, a rela-ção positiva entre a ingestão de alimentos fornece-dores de HC e desempenho desportivo, sendo fun-damental a sua ingestão antes, durante e após o exercício, de forma a prevenir a fadiga muscular e a promover o aumento das reservas de glicogénio mus-cular e hepático – principal substrato energético utili-zado nos exercícios aeróbios (18).No que respeita aos açúcares, particularmente durante a prática de exercício físico, contribuem para a estabilidade da glicemia e melhoram a utilização de ácidos gordos livres a nível muscular, diminuindo a taxa de degradação de glicogénio, o que contribui para atrasar a fadiga, resultando num melhor desem-penho desportivo.Após o exercício, pretende-se recuperar efectiva-mente as reservas de glicogénio, a fim de assegu-rar um bom desempenho em sessões subsequentes. Nesta altura, alimentos com IG moderado e alto pare-cem mais interessantes para atingir esse objectivo.O exercício provoca alterações na homeostase da glicemia. Assim, nos diabéticos, o exercício aeróbio provoca, geralmente, hipoglicémia, enquanto o anae-róbio pode provocar hiperglicémia. No caso dos dia-béticos descompensados, por apresentarem hipergli-cémias sucessivas, a consciência de que o exercício regular melhora o perfil glicémico pode contribuir para aumentar a adesão a estilos de vida saudáveis (19).

    Em sumaOs HC constituem a principal fonte de energia para todas as células do organismo, particularmente as do cérebro e músculo, sendo fundamentais para a realização de todas as funções físicas e intelectuais diárias.Graças ao seu poder adoçante, os açúcares e ali-mentos que os contêm situam-se, muitas vezes, no topo das preferências alimentares. A sua ingestão está recomendada, no âmbito de um regime alimen-tar completo, equilibrado e variado.

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    Referências Bibliográficas

    1. Nestlé Corporate Wellness Unit. Food and Nutri-tion Communication: Sugar. 2008.

    2. Branen AL, Davidson PM, Salminen S, Thorn-gate J. Food Additives Sweeteners. 2nd ed. Helsin-ki; 2001. [citado em: 2010 Jul 15]. Disponível em: www.foodnetbase.com/ejounals/books/booksum-mary/summary.asp?id=2604.3. Joint WHO/FAO Expert Consultation. Diet, Nutri-tion and the prevention of chronic diseases, WHO Technical Report Series, 2003; 56; 105-19.4. Johnson R, Segal M, Sautin Y, et al. Potential role of sugar (fructose) in the epidemic of hypertension, obesity and the metabolic syndrome, diabetes, kid-ney disease, and cardiovascular disease. Am J Clin Nutr 2007; 86:899-906.5. Tappy L, Lê A. Metabolic effects of fructose and the worldwide increase in obesity. Physiol Rev, 2010; 90(1): 23-46).6. Touger-Decker R, Nutrição para a Saúde Oral e Dental. In: Krause Alimentos, Nutrição e Dietotera-pia. 11ª ed. São Paulo: Roca; 2005. 638-35.7. Sheiham A., Dietary effects on dental diseases. Public health Nutr. 2001; 4(2B):569-91.8. Levy SM., Warren JJ., Broffitt B, Hillis SL., Kanel-lis Mj., Fluoride beverages and dental caries in the primary dentition. Caries Res. 2003; 37(3):157-65.9. Carbohydrates in human nutrition. Report of a joint FAO/WHO Expert Consultation. FAO Food Nutr Pap. 1998; 66:1-140).10. Brand-Miller J, Foster-Powell K, Colagiuri S. The new glucose Revolution. New York. Marlowe. 2003.11. Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller J, Inter-national table of glycemic Index and glycemic load values. Am J Clin Nutr. 2002; 76(1):5-56).12. Ludwing DS. Dietary glycemic index and obe-sity. J Nutr. 2000; 130(2S):280S-83S.13. Murakami K, Sasaki S, Okubo H, Takahashi Y, Hosoi Y, Itabashi M. Dietary fiber intake, dietary glycemic index and load, and body mass index: a cross-sectional study of 3931 Japanese women aged 18-20 years. Eur J Clin Nutr. 2007.14. Spieth LE, Harnish JD, Lenders CM, Raezer LB, Pereira MA, Hangen SJ et al. A low glycemic index diet in the treatment of pediatric obesity. Arch Pe-diatr Adolesc Med. 2000. 154(9):947-51.15. Shaukat A, Levitt MD, Taylor BC, Macdonald R, Shamliyan TA, Kane RL, Wilt TJ. Systematic Review: Effective Management Strategies for Lactose Intol-erance. Ann Intern Med, 2010; 19.16. Liu G, Hale GE, Hughes CL. Galactose me-tabolism and ovarian toxicity. Reprod Toxicol, 2000; 14(5):377-84.17. Chung MA. Galactosemia in infancy: diagnosis, management, and prognosis. Pediatr Nurs. 1997; 23(6): 563-9).18. Jeukendrup AE, Chambers ES. Oral carbohy-drate sensing and exercise performance. Curr Opin Clin Nutr Metab Care, 2010; 13(4): 447.51. 19. Riddell M, Perkins BA. Exercise and glucose me-tabolism in persons with diabetes mellitus: perspec-tives on the role for continuous glucose monitoring. J Diabetes Sci Technol., 2009; 3(4):914-23.

  • novidades Nestlé

    Conheça as novidades Nestlé

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    Directo Ao FornoFácil, Prático, Saboroso!

    Cada vez mais são os consumidores que pro-curam receitas fáceis, saborosas e económicas. Cozinhar no forno, ainda que seja uma das for-mas mais saudáveis do ponto de vista nutricional, nem sempre é a primeira opção… dá muito traba-lho limpar o forno e exige conhecimentos de culi-nária que muitas donas-de-casa modernas reco-nhecem não ter.

    A pensar nestes consumidores, a marca MAGGI acaba de lançar no mercado um produto que pro-mete revolucionar a forma de cozinhar: DIRECTO AO FORNO, uma combinação de especiarias que permite preparar frango assado no forno, sem adi-cionar gordura e sem sujar nada.

    Com DIRECTO AO FORNO, o frango é prepa-rado no seu próprio suco, num saco especial para levar ao forno, que garante um resultado surpreen-dentemente suculento, saboroso e nutritivo.

    Só tem de comprar o frango, colocar no saco mis-turando o conteúdo da embalagem, levar ao forno e… já está!

    Alho e ervas aromáticas são as 2 variedades de DIRECTO AO FORNO que desde já vão surpre-ender e deliciar as famílias portuguesas.

    Melhores práticas em destaque no novo Relatório da Nestlé Criação de Valor Partilhado

    Para maximizar a produção e optimizar quer a rentabili-dade da cultura, quer a utilização da água, a Nestlé Itália iniciou um projecto-piloto com a duração de 3 anos em associação com 10 explorações de cultivo de tomate na região de Parma. Mediante o recurso a uma tecnologia com base em energia solar para efectuar o controlo da humidade do solo ao nível da raiz, a utilização da água foi optimizada, a produtividade quase que duplicou, o teor de açúcar do tomate aumentou e o consumo de água desceu para quase metade.

    Este é um dos diversos exem-plos da forma como a Nes-tlé cria e partilha valor com os seus parceiros focalizando os seus esforços nas áreas onde pode aportar maior valor. Estas áreas foram identifica-das como a Nutrição, a Água e o Desenvolvimento Rural e é com base nelas que a Nes-tlé lança o seu novo Relatório de Criação de Valor Partilhado com incidência nas activida-des desenvolvidas em 2009. Venha conhecer de perto esta abordagem à Responsabili-dade Social Corporativa e os exemplos no terreno.

    Para mais informação consultehttp://www2.nestle.com/CSV/Pages/CSV.aspx

    Beber com Saúde Vai um copo de água?

    A água é essencial para o corpo humano, assim como para todas as formas de vida conhecidas.

    Embora o seu teor varie com a idade, o género e con-dição física, a água representa 45 a 75% do peso cor-poral de um indivíduo.

    As funções da água no nosso organismo são muito diversas. Para além de intervir em inúmeras reacções químicas, como a glicolise e o ciclo de Krebs, desem-penha ainda um importante papel na termo-regula-ção e no transporte de nutrientes, oxigénio, enzimas, hormonas e detritos metabólicos. tem igualmente um

    papel estrutural, participa na lubrificação das articulações e protege estruturas vitais.

    Assim se compreende que seja indispensável à vida!

    A Nestlé Waters Direct Portugal tem vindo a assu-mir, nestes últimos anos, uma posição importante na criação do hábito de beber água e, como tal, lança agora no mercado um novo produto para o lar – a máquina de bancada MAX Junior. Esta é uma solução, bastante prática, que permite o acesso a água à temperatura natural ou fria, suportando garrafões de água de 11 ou 19 litros. A máquina MAX Junior é um modelo elegante e versátil, encontrando-se disponível em 2 cores: branca e cinzenta.

  • Respondendo à necessidade dos profissionais de saúde terem acesso à Informação Nutricional dos produtos mais frequentemente ingeridos pelos seus utentes, a Nestlé Portugal S.A. lançou em 2009 o dos-sier Informação Nutricional Produtos NESTLÉ.

    A constante inovação e renovação dos produtos Nestlé, sujeitam este documento a uma actualiza-ção periódica, pelo que foi recentemente lançada a edição 2010 do documento Informação Nutricional Produtos NESTLÉ.

    A informação nutricional dos produtos Nestlé é apre-sentada em sete categorias distintas: Nestlé Nutrition

    (que abrange Alimentação Infantil e Nutrição Clínica), Bebidas, Cereais de Pequeno-almoço e Barras de Cereais, Chocolates, Culinários, Gelados e Lácteos & Cereais.

    O documento em causa tem edição anual, pelo que a informação poderá sofrer alterações devido a modificações nas receitas e/ou introdução de novos produtos.

    Estes conteúdos encontrar-se-ão actualizados em www.nestle.pt, na área de Profissionais de Saúde.

    Informação NutricionalProdutos NESTLÉ | 2010

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