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ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DUAS EMPRESAS DO SETOR VAREJISTA DE ELETRODOMÉSTICOS Thayana Avelar Silva Fraga (IFMG ) [email protected] Thiago Henrique Freitas Policarpo (IFMG ) [email protected] Renata Veloso Santos Policarpo (IFMG ) [email protected] Icaro de Souza Medeiros Barbosa (IFMG ) [email protected] No artigo apresentado foram detalhados fundamentos teóricos e apresentadas fórmulas de índices como de endividamento, liquidez e rentabilidade. Foram escolhidas duas empresas concorrentes do setor de atacado e varejo para análise comparativva e avaliação de desempenho financeiro, procurando identificar qual delas possui melhor saúde financeira e maior possibilidade de lucro. Também foi feita análises verticais e horizontais, a fim de identificar possíveis tendências a evolução e retrocessos dessas empresas. Depois de realizada as avaliações da empresa Magazine Luiza e Via Varejo, os indicadores apontam para um desempenho favorável de ambas as organizações. Contudo, ao comparar as duas concorrentes, a Via Varejo possui melhores índices em relação a sua concorrente direta. Palavras-chave: Análise económico-financeira, rentabilidade, liquidez, endividamento XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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ANÁLISE DE DESEMPENHO

ECONÔMICO-FINANCEIRO: ESTUDO

COMPARATIVO ENTRE DUAS

EMPRESAS DO SETOR VAREJISTA DE

ELETRODOMÉSTICOS

Thayana Avelar Silva Fraga (IFMG )

[email protected]

Thiago Henrique Freitas Policarpo (IFMG )

[email protected]

Renata Veloso Santos Policarpo (IFMG )

[email protected]

Icaro de Souza Medeiros Barbosa (IFMG )

[email protected]

No artigo apresentado foram detalhados fundamentos teóricos e

apresentadas fórmulas de índices como de endividamento, liquidez e

rentabilidade. Foram escolhidas duas empresas concorrentes do setor

de atacado e varejo para análise comparativva e avaliação de

desempenho financeiro, procurando identificar qual delas possui

melhor saúde financeira e maior possibilidade de lucro. Também foi

feita análises verticais e horizontais, a fim de identificar possíveis

tendências a evolução e retrocessos dessas empresas. Depois de

realizada as avaliações da empresa Magazine Luiza e Via Varejo, os

indicadores apontam para um desempenho favorável de ambas as

organizações. Contudo, ao comparar as duas concorrentes, a Via

Varejo possui melhores índices em relação a sua concorrente direta.

Palavras-chave: Análise económico-financeira, rentabilidade, liquidez,

endividamento

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1. Introdução

A competitividade cada vez mais acirrada no mercado, onde as empresas devem reduzir ao

máximo suas despesas, gerando grande volume de lucro e mantendo principalmente sua saúde

e capacidade financeira, torna-se essencial o uso de ferramentas que conduzam a boa gestão.

Elas possibilitam ao administrador verificar o desempenho passado da organização e tomar

decisões relativas ao futuro. Também permitem uma avaliação externa, proporcionando

direção aos possíveis investidores e credores.

Nesse sentido, as demonstrações contábeis são as maiores fontes de informação para análise

quantitativa do desempenho das empresas. Através dos dados contidos nelas, é possível

mensurar índices a partir de sua decomposição, avaliando fatores positivos e negativos que

compõe o cenário da organização.

Esse trabalho objetiva a partir dos índices econômico-financeiros, analisar e comparar duas

empresas específicas do setor de atacado e varejo, procurando entender a situação

mercadológica que cada uma se encontra, e através de tais índices julgar a capacidade e saúde

financeira.

2. Análises econômico-financeiras das demonstrações contábeis

Segundo Neto e Lima (2010), a análise das demonstrações financeiras constitui uma das

ferramentas mais importantes para o estudo da saúde corporativa. Para análise interna, as

ferramentas visam avaliar o desempenho geral do negócio, projetando assim o desempenho

futuro da organização. Já para analistas externos, os objetivos são mais específicos, podendo

ser o retorno sobre o investimento no caso de acionistas da empresa por exemplo.

Os indicadores usados para a análise das demonstrações financeiras são a análise vertical,

análise horizontal, indicadores de liquidez, indicadores de atividade, indicadores de

endividamento e os indicadores de rentabilidade.

2.1. Análise horizontal e vertical

Na análise horizontal é possível avaliar a evolução dos elementos das demonstrações

financeiras ao longo de determinado tempo. Ela permite verificar o percentual ou índice de

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crescimento de um elemento a partir do ano-base estabelecido, dando clara visão do

desempenho da organização naquele elemento.

O crescimento horizontal desses elementos é obtido através da divisão do valor do ano em

análise pelo valor do ano-base. Por exemplo, se uma organização efetuou R$ 100,00 em

vendas no ano-base e R$ 140,00 no ano em análise, podemos afirmar que as vendas cresceram

1,4 vezes em relação ao ano-base (aumento de 40%).

Figura 1 - Exemplo do cálculo do índice de crescimento

Fonte: Elaborada pelos autores

Para Neto e Lima (2010), a análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores

absolutos de um elemento da demonstração financeira em diferentes exercícios sociais. Por

meio dessa análise é possível caracterizar tendências sobre cada conta da demonstração

financeira, permitindo melhor gestão pelos administradores.

A análise vertical também é um método comparativo, porém é desenvolvida em relação a um

grupo de contas de uma mesma demonstração financeira. Ela permite o cálculo das alterações

ocorridas na estrutura das demonstrações financeiras, completando a interpretação da análise

horizontal (NETO; LIMA, 2010).

Para Souza e Martins (2010) a análise vertical tem como principal objetivo avaliar a

composição das contas da demonstração financeira, sendo tomado por base o total de um

grupo de contas. No balanço patrimonial, a base é composta pelo Ativo Total e Passivo Total,

analisando em seguida o percentual que cada conta representa no grupo maior. No

Demonstrativo do Resultado do Exercício a Receita Operacional Líquida é tomada como base

e as demais contas são representadas em termos percentuais da base.

Segundo Matarazzo (2003) essa análise é importante para mostrar a participação de cada

conta em relação ao seu grupo financeiro e, através da comparação com anos anteriores e o

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ramo de atuação da empresa, verificar se há itens fora do padrão e o desempenho da

organização frente aos concorrentes.

Figura 2 - Exemplo de gráfico de composição do ativo

Fonte: elaborada pelos autores

Avaliando graficamente a composição do ativo, tem-se uma ideia sobre a capacidade que a

empresa tem de liquidez. Com o Ativo Circulante representando 62% do Ativo Total, vê-se

que a empresa tem alta liquidez a curto prazo.

As Análises Vertical e Horizontal são conclusões primárias do estudo econômico-financeiro

organizacional e devem ser complementadas. As conclusões tomadas durante esta etapa

podem ser confirmadas ou anuladas por outras análises que são cruciais para um

entendimento assertivo do desempenho da empresa.

2.2. Índices de liquidez

De acordo com Gitman (2007), índices de liquidez representam a capacidade que uma

organização tem de cumprir suas obrigações a curto prazo. “Quanto mais líquido o negócio,

menor a possibilidade de se encontrar em uma situação de insolvência, isto é dificuldade de

pagar as dívidas ou de comprar ou ativos necessários” (ROSS, 2013, pg. 58). Para Gitman

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(2007) a avaliação do índice depende de qual setor ela está inserida, tornando a análise

dependente dele, pois determinados setores podem apresentar menor liquidez que outros.

Para se calcular a Liquidez Corrente é necessário o balanço patrimonial do exercício e, a

partir das informações contidas nele, dividir o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante,

obtendo-se assim o índice.

Figura 3 - Índice de liquidez corrente

Fonte: Gitman, 2009

Para Higgins (2014) a Liquidez Seca é similar à corrente, porém na liquidez seca o estoque é

subtraído do ativo circulante, já que, o mesmo em muitas situações não possui a solvência

necessária para a geração de caixa. Ross (2013), afirma que se deve subtraí-lo porque

geralmente a qualidade do estoque não é considerada.

Gitman (2007) complementa que o Índice de Liquidez Seca deve ser igual ou maior que um,

taxa que também depende do setor em que a empresa se encontra. Para calcular o índice, é

necessário dividir o Ativo Circulante, subtrair o Estoque, pelo Passivo Circulante.

Figura 4 - Índice de liquidez seca

Fonte: Neto e Lima, 2010

A liquidez imediata considera apenas as disponibilidades, ou seja, as contas com resgate

rápido (Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, tais como poupança) em relação ao passivo

circulante (OLIVEIRA et al. 2010). Para Neto e Lima (2010, p. 108), este índice mostra a

possibilidade de saldar as dívidas a curto prazo. Assim, para calculá-lo, dividem-se as

Disponibilidades pelo Passivo Circulante.

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Figura 5 - Índice de liquidez imediata

Fonte: Neto e Lima, 2010

Por meio da liquidez geral é possível conhecer a saúde financeira da empresa a longo prazo

(OLIVEIRA et. al. 2010). Neto e Lima (2010) explicam que o indicador é uma análise do

quanto a empresa registra de ativos para cada real de dívida de passivos de mesma

maturidade, circulante e realizável a longo prazo. Seu cálculo é feito através da divisão:

Figura 6 - Índice de liquidez geral

Fonte: Neto e Lima, 2010

Neto e Lima (2010) ressaltam que se os prazos dos ativos e passivos forem muito diferentes,

haverá distorções nas análises de folga. Assim, para que se obtenha uma melhor interpretação

das folgas financeiras da organização, é importante realizar a análise de liquidez integrada.

2.3. Índices de endividamento

De acordo com Gitman (2007), índices de endividamento são fundamentais para perceber

quanto uma empresa depende de capitais de terceiros para gerar lucro. Logo, para que uma

empresa seja sólida e resista a oscilações externas e mudanças na economia, é necessário que

seu capital próprio seja mais significativo do que o capital de terceiros (FARIAS, 2015).

Através do índice de endividamento geral, dimensiona-se o grau de endividamento da

organização para financiamento do ativo total da empresa. Quanto maior esse financiamento,

mais suscetível ao ambiente externo a empresa é, e consequentemente maiores riscos passa a

correr (GITMAN, 2007).

Figura 7 - Índice de endividamento geral

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Fonte: Neto, 2006

Além do índice de endividamento geral, há também o índice de imobilização do patrimônio

líquido. Segundo Oliveira et. al. (2010), os ativos circulantes e permanentes são “financiados”

pelo patrimônio líquido da empresa, logo, quanto maior o investimento em ativos

permanentes, menos recursos sobram para os ativos circulantes, consequentemente a

organização precisará de capital de terceiros.

Figura 8 - Índice de imobilização do patrimônio líquido

Fonte: Neto, 2006

Por fim, considera-se o índice de passivo oneroso sobre o ativo – POSA, que representa a

porcentagem de endividamento a longo prazo que as empresas possuem, principalmente com

instituições financeiras e debêntures. Assim, quanto menor o índice de passivo oneroso sobre

o ativo, melhor, o que significaria menor dependência de capital financeiro de terceiros

(NETO, 2006).

Figura 9 - Índice do passivo oneroso sobre o ativo

Fonte: Neto, 2006

2.4. Índices de rentabilidade

A Demonstração de resultado é a principal fonte para o cálculo dos índices de rentabilidade.

Em geral os índices são avaliados da seguinte forma: os lucros obtidos pela empresa serão

avaliados em relação aos investimentos feitos na mesma, às vendas efetuadas, ou ainda em

relação aos seus níveis de ativos (GITMAN, 2007).

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De acordo com Gitman (2007), a margem bruta mede quanto de lucro uma empresa tem em

relação as suas vendas, após dedução do custo de vendas do produto. Quanto maior o índice

melhor, pois significa que menor custo tem o produto, aumentando o lucro da organização.

Figura 10 - Índice de margem bruta

Fonte: Gitman, 2009

Para Gitman (2007) a margem líquida considera o lucro líquido, onde os impostos, despesas,

custos com o produto e a parte dos acionistas foram deduzidas, em relação as vendas do

produto. Logo, a margem líquida estabelece o percentual do lucro líquido em cada unidade

monetária vendida (OLIVEIRA et. al. 2010).

Figura 11- Índice de margem líquida

Fonte: Gitman, 2009

De acordo com Gabriel et. al, 2003 o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) é um dos mais

importantes índices de rentabilidade, pois influencia a longo prazo o valor das ações no

mercado, e indica quanto os proprietários e acionistas, no prazo de um ano, receberam de

retorno em relação aos investimentos feitos. Logo, quanto maior o índice, maior a

rentabilidade do investimento (OLIVEIRA et. al. 2010).

Figura 12 - Índice de retorno sobre o patrimônio líquido

Fonte: Gitman, 2007

Um outro índice de rentabilidade é o índice de retorno sobre o ativo – ROA que demonstra a

lucratividade que uma organização é capaz de obter através dos seus ativos totais (GABRIEL

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et. al. 2003). Quanto maior esse índice melhor, pois significa que a empresa não possui

obrigações com taxas de juros comprometendo sua receita (GITMAN, 2007).

Figura 13 - Índice de retorno sobre o ativo

Fonte: Gitman, 2007

3. Metodologia

Foram pesquisadas duas empresas do setor de atacado e varejo e com base nos balanços

patrimoniais e demonstração de exercícios, aplicou-se fundamentos teóricos e fórmulas como,

índice de endividamento, liquidez, rentabilidade, análise horizontal e vertical, que indicam a

saúde financeira da empresa. Além disso, foi feita uma análise temporal das duas

organizações, procurando reconhecer possíveis tendências a retrocesso ou evolução durante

seu exercício, que possibilitaria ao investidor empregar seus recursos da forma mais lucrativa.

Após a análise e cálculo dos índices, foi realizada uma comparação setorial, a fim de

descobrir qual empresa possui melhores resultados, visto que são concorrentes diretas.

4. Análises dos resultados

A partir da análise horizontal da empresa Magazine Luiza, vê-se que ocorreu um aumento em

termos reais no ativo total, de 12,22% entre os anos de 2013 e 2014, isso se deu ao aumento

no ativo circulante, e principalmente ao caixa e equivalentes de caixa que cresceu 47,06%.

Sobre o passivo circulante, percebe-se aumento real de 39,09% dos empréstimos e

financiamentos à curto prazo e 8,38% de fornecedores, isso devido ao aumento de contas a

receber e estoques. No passivo não circulante, empréstimos e financiamentos a longo prazo

cresceram 25,15% e outras obrigações, 60%. Isso indica que a empresa não teve capacidade

de arcar com sua alavancagem financeira, e como consequência precisou recorrer a capital de

terceiros a longo prazo. O patrimônio líquido cresceu 8,62%, logo, comparando-o com o

passivo não circulante e circulante, conclui-se que a Magazine Luiza passou a depender mais

de capital de terceiros de um ano para o outro.

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Figura 14 - Balanço patrimonial Magazine Luiza

Fonte: Adaptado de Econoinfo, 2015

Na análise horizontal do balanço patrimonial da Via Varejo, observa-se aumento do ativo

total em termos reais de 18,9% de 2013 para 2014, ocorrido em proporções parecidas ao ativo

não circulante e circulante, onde o caixa e equivalentes de caixa cresceram 26,76%

melhorando o valor monetário de disponibilidades da empresa. O estoque também aumentou

27,74% junto as contas a receber 4,38% o que levou a empresa a procurar fontes de recursos

para o financiamento das atividades a curto prazo, assim os empréstimos e financiamentos a

curto prazo tiveram aumento de 11,56% e os fornecedores de 31,19%. Com relação aos

empréstimos e financiamentos a longo prazo, vê-se diminuição significativa que influenciou

na regressão do passivo circulante, o que representa que a empresa não precisou recorrer a

capital de terceiros para financiar atividades de longo prazo.

Figura 15 - balanço patrimonial Via Varejo

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Fonte: Adaptado de Econoinfo, 2015

A análise vertical da empresa Magazine Luiza mostra que quase metade dos seus ativos

circulantes está comprometida com os estoques, impactando negativamente o índice de

liquidez seca da organização. Cerca de 65% do passivo não circulante está comprometido

com empréstimos e financiamento de longo prazo, ao comparar patrimônio líquido com o

passivo não circulante, verifica-se uso maior de capital de terceiros, sendo boa parte onerosa,

para financiar suas atividades. Na análise vertical da empresa Via Varejo, percebe-se as

disponibilidades como o grupo que possui expressão dentro do ativo circulante o que

contribui positivamente para a liquidez e capacidade de solvência da empresa. Apresentando

baixos níveis de passivo não circulante e consequentemente de empréstimos e financiamentos

a longo prazo, o que significa baixa dependência de capitais de terceiros para financiamento

de longo prazo. O passivo circulante é composto grande parte por fornecedores, empréstimos

e financiamentos a curto prazo.

Comparando as análises verticais das empresas Magazine Luiza e Via Varejo, percebe-se a

diferença de estoque entre as duas, onde mesmo a segunda possuindo maior valor monetário

investido em estoque, ainda possui menor porcentagem comprometendo o ativo circulante. Ao

comparar as empresas em nível de passivo circulante a Magazine Luiza depende menos de

capital de terceiros para o financiamento a curto prazo, porém em relação ao exigível à longo

prazo, possui maior dependência, o que mostra capital comprometido por longos períodos.

Sobre o patrimônio das empresas, a Via Varejo possui quase o dobro em termos percentuais e,

consequentemente, mais capacidade de financiamento de atividade com capital próprio.

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Figura 16 - Demonstração de resultado Magazine Luiza

Demonstração do Resultado 30/09/2014 30/09/2013 AH

Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 2.390,40 2.020,80 18%

Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -1.710,90 -1.448,40 18%

Resultado Bruto 679,5 572,4 19%

Despesas/Receitas Operacionais -531,7 -475,4 12%

Despesas com Vendas -423,1 -371,7 14%

Despesas Gerais e Administrativas -134 -121,2 11%

Gerais e Administrativas -105,8 -95,9 10%

Depreciação -28,2 -25,3 11%

Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos -4,8 -5,2 -8%

Outras Receitas Operacionais 3,7 10,6 -65%

Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas - 10,6

Resultado de Equivalência Patrimonial 26,5 12,1 119%

Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 147,9 97 52%

Resultado Financeiro -96,8 -65,4 48%

Receitas Financeiras 24,1 17,3 39%

Despesas Financeiras -120,9 -82,7 46%

Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 51,1 31,7 61%

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -9 -6,3 43%

Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 42,1 25,4 66%

*Em milhares de reais

Fonte: Adaptado de Econoinfo, 2015

Figura 17 - Análise horizontal da DRE da Via Varejo

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Demonstração do Resultado 31/12/2014 31/12/2013 AH

Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 22.674,00 21.755,90 4%

Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -15.319,00 -15.055,80 2%

Resultado Bruto 7.355,00 6.700,10 10%

Despesas/Receitas Operacionais -5.264,00 -4.462,80 18%

Despesas com Vendas -4.557,00 -4.419,00 3%

Despesas Gerais e Administrativas -531 -537,5 -1%

Outras Receitas Operacionais 20 854,7 -98%

Resultado com ativo permanente 0 -34

Outras receitas operacionais 20 888,7 -98%

Outras Despesas Operacionais -199 -376,1 -47%

Depreciações e Amortizações -139 -130,2 7%

Outras Receitas (Despesas) Operacionais -60 -245,9 -76%

Resultado de Equivalência Patrimonial 3 15,1 -80%

Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 2.091,00 2.237,40 -7%

Resultado Financeiro -679 -550,7 23%

Receitas Financeiras 357 263,9 35%

Despesas Financeiras -1.036,00 -814,6 27%

Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.412,00 1.686,60 -16%

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -474 -512 -7%

Resultado Líquido das Operações Continuadas 938 1.174,60 -20%

Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0 -30,1

Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 938 1.144,50 -18%

*Em milhares de reais

Fonte: Adaptado de Econoinfo, 2015

Figura 18 – Evolução dos índices de liquidez, endividamento e rentabilidade

2014 2013 Var. % 2014 2013 Var. %

Índices de liquidez

Liquidez corrente 1,22240 1,17513 4,02% 1,10269 1,15049 -4,15%

Liquidez seca 0,65990 0,66758 -1,15% 0,79566 0,85136 -6,54%

Liquidez imediata 0,25190 0,30565 -17,59% 0,45766 0,45245 1,15%

Liquidez geral 0,84432 0,85860 -1,66% 1,13597 1,13827 -0,20%

Índices de endividamento

Endividamento geral 0,84082 0,83972 0,13% 0,70539 0,70643 -0,15%

Imobilização de patrimônio líquido 1,82258 1,74065 4,71% 0,67444 0,66728 1,07%

POSA 0,45270 0,45327 -0,13% 0,31111 0,35321 -11,92%

Índices de rentabilidade

Margem bruta 0,28426 0,28325 0,36% 0,32438 0,30797 5,33%

Margem líquida 0,01761 0,01257 40,12% 0,04137 0,05261 -21,36%

ROE 0,05680 0,03642 55,98% 0,19894 0,28969 -31,33%

ROA 0,00904 0,00584 54,91% 0,05861 0,08728 -32,85%

Magazine Luíza Via Varejo

Fonte: Elaborada pelos autores

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A Magazine Luiza opera sem folga financeira, evidenciado pelo Índice de Liquidez Geral

abaixo de 1, caracterizando maior risco quanto à solvência de suas obrigações gerais. Seu

índice de Liquidez Seca fechou em 0,6599 apresentando queda de 1,15%. Isso reforça a

conclusão evidenciada na Análise Vertical do grande volume de capital imobilizado em

estoques. A concorrente possui 10,2% de folga financeira observada no Índice de Liquidez

Geral, mesmo após a queda de 4,15% em relação ao ano anterior. O Índice de Liquidez

Imediata mostra o impacto positivo de possuir grande volume de caixa para solvência das

obrigações com terceiros.

Na análise do Endividamento Geral, a Magazine Luiza apresentou pequeno crescimento em

relação ao ano anterior, o que significa aumento proporcional dos riscos externos. Esse

aumento, apesar de não ser expressivo, pode ser interpretado como preocupante num

ambiente político e econômico de incertezas, onde os juros se elevam. No caso da Via Varejo,

esse índice, além de menor, apresentou leve queda, mostrando menor suscetibilidade a riscos

externos quando comparado à Magazine.

Ao avaliarmos o Índice de Imobilização de Patrimônio Líquido observamos que os ativos

permanentes da Magazine Luiza são financiados por todo seu patrimônio líquido e ainda por

capital de terceiros, conforme evidenciado nas Análises Horizontal e Vertical. Houve aumento

de 4,71% face ao ano anterior, frente ao aumento de 8,62% do Patrimônio Líquido. Ela

também apresentou pequena redução no POSA, porém mostra que 45,27% do Ativo é

financiado por Passivo Oneroso, comprovado também pelo estudo da Análise Vertical.

Ao observarmos o mesmo índice da Via Varejo, vemos que 67,44% do Patrimônio Líquido,

que representa aumento de 1,07% em relação ao ano anterior, financia o Ativo Permanente,

comprovando a capacidade maior de financiamento próprio levantada na Análise Vertical. Há

também o fato de que seu Patrimônio Líquido aumentou 19%, representando mais que o

dobro de aumento em relação à Magazine Luiza. A Via Varejo também possui significativa

parcela (31,11%) de Passivo Oneroso Sobre o Ativo comprovado pelo indicador POSA. Mas

a queda de 11,92% nesse indicador mostra a efetividade dos esforços para redução dos

empréstimos de longo prazo conforme Análise Horizontal.

A Magazine Luiza apresentou leve aumento na Margem Bruta, porém grande aumento na

Margem Líquida. Esta variação aponta para um esforço na redução das despesas operacionais

e conseqüente aumento da margem. Pode-se confirmar na DRE, que houve acréscimo na

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receita de vendas não proporcional ao aumento das despesas e outros custos mensurados após

o resultado bruto. Já a Via Varejo mostra um cenário contrário, com aumento de 5,33% na

Margem Bruta, que pode ter sido ocasionado pela diminuição nos custos dos produtos

vendidos ou aumento de preços. Porém, houve significativa redução de 21,36% na margem

líquida, podendo ser justificada principalmente pela redução de 98% de outras receitas

operacionais observado na DRE.

A Magazine Luiza aumentou o Retorno sobre o Patrimônio Líquido em 55,98%, porém o

retorno ainda é baixo, representado apenas 5,6%. Houve queda expressiva de 33,09% para a

Via Varejo, proporcionando 19,89% de Retorno sobre o Patrimônio Líquido. Apesar de bom

retorno, deve-se considerar preocupante a queda expressiva e a empresa necessita tomar

providências para que esse cenário se reverta. Quanto ao ROA, a Via Varejo apresentou

queda de 32,85% em relação ao ano anterior, fechando com índice de 0,05861. Já sua

concorrente apresentou crescimento de mais de 50%, porém possui um índice muito baixo,

menor que 0,01 mostrando o comprometimento do lucro líquido com passivos onerosos.

5. Considerações finais

Após as análises de índices de desempenho das empresas analisadas, foi observado que,

apesar da grande diferença de volume de capital, a Magazine Luiza teve crescimento da

rentabilidade positiva, enquanto que sua concorrente apresentou queda. O primeiro caso

proporciona avaliação positiva pelos sócios. Ainda assim, a Via Varejo apresentou maior

ROE e ROA, provando que sua gestão a longo prazo tem sido mais eficaz. Outra questão que

aponta para essa eficiência são os índices de Liquidez Geral e Corrente que proporcionam

folga financeira de 13,59% e 10,26% respectivamente. Já a Magazine Luiza apresentou

Liquidez Geral menor que 1.

Pode-se concluir que a Magazine Luiza obteve melhor desempenho financeiro em relação ao

ano anterior, mostrando que tem trabalhado para aumentar seus índices de retorno, mas para

isso, tem comprometido principalmente suas disponibilidades. Já a Via Varejo, perdeu

capacidade de remunerar investimentos, porém ainda possui melhor percentual de retorno. Tal

fato reforça a ideia da gestão à longo prazo que pode ser a causa de um retorno alto. Os

indicadores de endividamento indicam que a Via Varejo gerencia melhor suas dívidas, mas

sua margem líquida encontra-se prejudicada principalmente pela diminuição de outras receitas

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operacionais, que indica que a anterior estava sob essa influência e agora está convergindo

para um número mais realístico.

Portanto, a curto prazo, o melhor desempenho foi da Magazine Luiza e deve ser considerado

para investimentos futuros. A Via Varejo deve ser levada em conta pela expressão de seus

retornos e pelo bom gerenciamento da dívida a longo prazo, mostrando-se uma empresa com

capital menos comprometido, abrindo margem para futuros investimentos e ganhos maiores.

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