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Antiagregação e anticoagulação
30 de outubro
Antiagregação e anticoagulação
6 de novembro
Antiagregação e anticoagulação
15 de novembro
Antiagregação e anticoagulação
27 de novembro
Antiagregação e anticoagulação
O conceito
Antiagregação e anticoagulação
antiagregantes anticoagulantes
prevenção primária prevenção secundária
perfil etário em Portugal polimedicação
Antiagregação e anticoagulação
in Pordata – acedido em Out2012
O conceito
Antiagregação e anticoagulação
in Pordata – acedido em Out2012
Antiagregação e anticoagulação
in Pordata – acedido em Out2012
Antiagregação e anticoagulação
Salim Yusuf, MD: I think the major challenge today is that we are not using the knowledge we have in practice in most countries of the world, .... We now know that simple drugs, such as aspirin, beta-blockers, ACE [angiotensin-converting enzyme] inhibitors, and statins - very safe and relatively inexpensive, ... are used in Canada and Sweden, in less than 50% of the people in the middle income countries, like Argentina, Brazil, and others, it's about 25-30%. in poor countries, like India, Bangladesh, or African countries, it's under 10%.
And 50% of the people in the world who have had a heart attack or a stroke get nothing, absolutely nothing. This is not to mention the challenges of getting people to stop smoking, eat the right diet, and exercise.
So we have a huge gap in not translating our knowledge into practice. While it's wonderful to continue to do new research to find new mechanisms, new therapies, the low-hanging and obvious fruit is to have systems in place that will improve just use of simple, proven, safe therapies. ... We are now at the stage that discovery is less important than implementation.
O desafio
Antiagregação e anticoagulação
melhora a sobrevida / qualidade de vida?
substitui medicamento/s existente/s?
aumenta os encargos com o tratamento?
é custo /eficaz?
há algo de novo?
se sim altera a prática clínica?
O conceito
Antiagregação e anticoagulação
Aníbal Albuquerque:do ponto de vista conceptual em que fase estamos no que se refere à doença cardiovascular?
Antiagregação e anticoagulação
HORIZONS-AMI2008
1916 1936
19401950s 20121970s 1976 1980s 1990s 2000s
Dicumarol
Uso clinico da Warfarina
Warfarina / mecanismo vit.K
SKno EAM
Warfarina / ensaios na FA
Heparina
Uso clinico da Heparina
Heparina contínua/aPTT
HBPM Fondaparinux
1897
Aspirina
1933
SK
Aspirinano EAM
GISSI1986
ISIS 21988
Clopidogrel
CAPRIE1996
Aspirina +clopidogrel
CURE2000
OASIS 5-62006
AspirinaPrev. secundária
AntithromboticTrialists - 2002
Bivalirudina
CAPTURE, EPIC,EPILOG, EPISTENT
Inib.IIb/IIIa
HBPM estudos clinicos
Dabigatrano
RE-LY2009
Rivaroxabano
ROCKET,ATLAS
2011
Prasugrel
TRITON2007 Ticagrelor
PLATO2010
Terapêutica antitrombótica
nas doenças cardiovasculares
Antiagregação e anticoagulação
in Pordata – acedido em Out2012
16-20% 12-15% 8-12% 6-10% 4-8%
Mort
e /
En
fart
e
nas
SC
As
Hemorragias
1988
Aspirina1992
Aspirina
+ Heparina
1998
Aspirina +
Heparina +
Inib.GpIIb/IIIa
2003
Aspirina +
Enoxaparina +
Clopidogrel +
ICP
Terapêutica antitrombótica
nas doenças cardiovasculares
Antiagregação e anticoagulação
Miguel Cortez:Na prática clínica, o que são estratégias consolidadas e o que é que perspetiva para o futuro na doença cardiovascular?
Antiagregação e anticoagulação
• As doenças associadas á trombose,
arterial e venosa, são a principal causa de
mortalidade e morbilidade.
Antiagregação e anticoagulação
Cérebro – AIT, AVC
Coração – DC, FA, próteses valvulares mecanicas
Artérias – doença carotídea e arterial periférica
Tromboembolismo venoso – TVP e TEP
Antiagregantes plaquetários
Anticoagulantes
Antiagregação e anticoagulação
Antiagregação e anticoagulação
Abciximab
Eptifibatide
Tirofiban
Aspirin
a
Dipiridamol Cilostazol
Ticagrelor
Cangrelor
Elinogrel
Ticlopidina
Clopidogrel
Prasugrel
Antiagregação e anticoagulação
Aspirina
• Inibição irreversível da COX-1
• Inibição da função plaquetária reduzida
• Eficaz em prevenção secundária (SCA, DC, AVC, DAP)
• Risco hemorrágico; efeitos gastro-intestinais
• Baixo custo
• Ótima relação custo-beneficio
Antiagregação e anticoagulação
Ticlopidina
• tienopiridina
• Inibição indireta irreversível do receptor P2Y12
• Inibição da função plaquetária mais potente
• Eficaz na prevenção secundária após AVC
• Eficaz na prevenção secundária após SCA com ICP e
stent (aas + ticlopidina mais eficaz que aas)
• Risco hemorrágico; efeitos gastro-intestinais e efeitos
hematológicos
Antiagregação e anticoagulação
Clopidogrel• tienopiridina
• Inibição indireta irreversível do receptor P2Y12
• Inibição da função plaquetária mais potente
• Eficaz na prevenção secundária
• Risco hemorrágico; efeitos hematológicos
Antiagregação e anticoagulação
Clopidogrel
• Eficaz na prevenção secundária
– SCA (aas + clopidogrel durante 1 ano mais eficaz que monoterapia)
– EAM prévio (clopidogrel ou aas + clopidogrel com efeito idêntico
ao aas)
– AVC recente (clopidogrel ligeiramente mais eficaz que aas)
– AVC prévio (efeito idêntico ao aas)
– DAP (efeito idêntico ao aas)
Antiagregação e anticoagulação
Dipiridamol• Derivado pirimidopirimidínico
• Inibição das fosfodiestérases plaquetárias
• Bloqueio da recaptação da adenosina (efeito antiagregante e
vasodilatador)
• Eficaz na prevenção secundária após AVC (aas +
dipiridamol mais eficaz que aas)
• Cefaleias, tonturas; hipotensão; rash, flushing; efeitosgastro-intestinais
Antiagregação e anticoagulação
Precisamos de novos antiagregantes plaquetários?
•Persistência de risco trombótico elevado
•Limitações dos fármacos disponiveis
Variabilidade da resposta individual
Inibição moderada e incompleta da função plaquetária
Inicio de acção lento
Efeito irreversivel
Antiagregação e anticoagulação
Prasugrel
• tienopiridina
• Inibição indireta irreversível do receptor P2Y12
• Metabolização no metabolito ativo mais eficiente e previsivel
• Inibição da função plaquetária mais rápida, potente e
consistente
Antiagregação e anticoagulação
Prasugrel
• Eficaz na prevenção secundária após SCA (aas + prasugrel
mais eficaz que aas + clopidogrel em doentes submetidos a ICP)
• Risco hemorrágico acrescido em relação ao clopidogrel(menor beneficio se > 75 anos, < 60 Kg ou AVC / AIT prévio) exceptoem doentes diabéticos com EAMCsSST
Antiagregação e anticoagulação
Ticagrelor
• Inibição direta e reversível do receptor P2Y12
• Inibição da função plaquetária mais rápida, potente e
consistente
Antiagregação e anticoagulação
Ticagrelor
• Eficaz na prevenção secundária após SCA (aas + ticagrelor
mais eficaz que aas + clopidogrel)
• Risco hemorrágico sobreponivel excepto hemorragia majornão relacionada com CRM, incluindo HIC fatal, que é mais frequenteem relação ao clopidogrel
• Precauções especiais: dispneia; bradicardia; risco hemorrágicoelevado; AVC prévio; hiperuricemia
Antiagregação e anticoagulação
Abílio Reis:No domínio da anticoagulação, o que é prática consolidada e o que é que são as prespetivas de futuro?
Antiagregação e anticoagulação
ATIII + Xa + IIa
(1:1 ratio)
Heparina
sc, iv
1930s
ATIII + Xa
Inibidores
indiretos do
Fxa
sc
2000
IIa
Inibidores
diretos da
Trombina
oral
2004
ATIII + Xa + IIa
(Xa > IIa)
HBPM
sc
1980s
II, VII, IX, X
(Protein C,S)
AVK
oral
1940s
IIa
Inibidores
diretos
da trombina
sc, im, iv, oral
1990sInibidores diretos
do FXa
oral
Xa
2008
Anticoagulantes – cronologia
Antiagregação e anticoagulação
X
VIIaTF
IX
IXa
Fibrinogénio Fibrina
II Protrombina
INICIAÇÃO
PROPAGAÇÃOGeração de Trombina
FORMAÇÃO DE COÁGULO
Fator inativo
Fator activo
Transformação
Catálise
Legend
Xa Va
ComplexoProtrombinico
Apixaban,Edoxaban,Rivaroxaban,e outros
IIa Trombina
Dabigatran e outros
“Cascata” da coagulação/Anticoagulantes
Adaptado de: Kubitza D and Haas S. Expert Opin Investig Drugs 2006;15:843–855
AVK
HeparinaIdrabiotaparinux
Fondaparinux
BivaluridinaArgatrobanHirudina
HBPM
Antiagregação e anticoagulação
Vantagens Implicações clínicas
Início de ação rápido S/ necessidade de “bridging” ou sobreposição
Efeito anticoagulante previsível S/ necessidade de controle
Inibição seletiva Menores risco de efeitos adversos
Escassas interações com alimentos S/ necessidade de restrições alimentares
Escassas interações com fármacos S/ restrições para outros fármacos
Semi-vida curta Facilita gestão das complicações hemorrágicas e intervenções
Eliminação extra-renal Segurança na insuficiência renal
Monitorização “Compliance”/ Complicações hemorrágicas
Antídoto Tratamento das complicações hemorrágicas
Novos ACO/AVK - Vantagens
Adaptado de: Eriksson et al. Annu. Rev. Med. 2011. 62:41-57
Antiagregação e anticoagulação
20
1
2
Antiagregação e anticoagulação
Novos ACO: Prós
Dose-resposta previsível (não monitorização)
Alto índice de eficácia/segurança
Início rápido de acção
Interação mínima com outras drogas ou
alimentos
Antiagregação e anticoagulação
Novos ACO: ContraGestão clínica do doente
Sem métodos de avaliação da compliance
Auto-ajuste da dose
Sem vigilância clínica apertada
Despreocupação com a terapêutica (trivial)
Potencial para aumentar a co-medicação
Antiagregação e anticoagulação
Jorge Coutinho:Na visão do Hematologista como se antecipa a evolução do estado da arte neste domínio?
Antiagregação e anticoagulação
indicações formais devem ser estritamente seguidas
é necessário “educar” o doente para o tratamento
é necessário esclarecer o doente sobre os efeitos laterais
Antiagregação e anticoagulação
O prescritor deve conhecer o medicamento que recomenda:
eficácia
efeitos laterais
como agir em caso de sobredosagem
como agir situações invasivas
Antiagregação e anticoagulação
As preferências do doente
segurança
eficácia
simplicidade
facilidade de controlo
As preferências do sistema
segurança
eficiência
Antiagregação e anticoagulação
Há um efeito de moda muito acentuado
A autorização à prescrição por parte dos
“reguladores” baseada em ensaios clínicos que
usualmente não reproduzem a prática clínica em que
o fármaco vai ser usado
Antiagregação e anticoagulação