Ata (carolina sousa n ¦3 9-¦a) corrigido

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Ata ----------Aos três dia do mês de agosto de mil quatrocentos e noventa e sete, pelas dezanove horas, no Olimpo, realizou-se uma reunião de deuses mitológicos romanos, com a seguinte Ordem de Trabalhos:---------------------------- ---------------------Ponto um: Discutir o destino dos portugueses, se chegarão ou não à Índia;----------------------------------------------------------------------------------------- - --------------------------Ponto dois: Discutir as características e qualidades do povo português.-------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------Ponto três: Mostrar aos portugueses a terra africana onde serão bem acolhidos e onde se poderão abastecer e pedir informações sobre a rota no Índico para chegar à Índia; ----------Estiveram presentes todos os deuses mitológicos romanos, desde as zonas geladas até às mais escaldantes, do Oriente ao Ocidente, não se tendo assim registado nenhuma ausência.----------------------------------------------------------- ------------------A Reunião foi presidida por Júpiter, pai de todos os deuses.---------- ------------------Todos os deuses ocuparam os seus lugares de forma hierárquica, tendo por critério a antiguidade e o prestígio de cada um. Em seguida, o presidente do concílio deu início à sessão.--------------------------------------------------- ----------Júpiter, pai dos deuses, manifestou o seu apoio à chegada dos portugueses à Índia, tendo enaltecido a sua bravura e coragem, quer no passado, quer no presente ao navegarem por mares desconhecidos, em frágeis barcos. Acrescentou também que tal decisão estava escrita nas leis inquebrantáveis do Fado (Destino).------------------------------------------------------------ -------------------Baco, deus do vinho e adorado na Índia, desaprovava a chegada dos portugueses, tendo escondido as suas suspeitas razões para tal decisão, embora os presentes soubessem que estas se baseavam no facto de recear perder as honras que lhe eram aí dirigidas.-------------------------------------------------- --------------------Vénus, deusa do amor, apoiava a chegada dos portugueses à Índia, por razões conhecidas: por um lado, o caráter do povo português semelhante ao do seu povo amado, o romano, e, por outro, por razões linguísticas, uma vez que a língua portuguesa, sem grandes alterações, lhe fazia lembrar o latim. A discussão entre os deuses tornou-se tumultuosa. Então tomou a palavra Marte, amante de Vénus e deus da guerra, que expressou o seu apoio à chegada dos portugueses à Índia, baseando a sua decisão nos seguintes argumentos: o facto de este ser um povo forte, guerreiro e corajoso e como tal mereciam alcançar o seu objetivo; o afeto que sentia por Vénus que o obrigava moralmente a tomar uma decisão em prol de sua amada. Em seguida, Marte apelou ainda a Júpiter pedindo-lhe que não ouvisse mais razões dos seus discípulos e que pusesse o futuro em prática, uma vez que a sua decisão já tinha

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Ata ----------Aos três dia do mês de agosto de mil quatrocentos e noventa e sete,

pelas dezanove horas, no Olimpo, realizou-se uma reunião de deuses

mitológicos romanos, com a seguinte Ordem de Trabalhos:----------------------------

---------------------Ponto um: Discutir o destino dos portugueses, se chegarão ou

não à Índia;----------------------------------------------------------------------------------------- -

--------------------------Ponto dois: Discutir as características e qualidades do povo

português.--------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------Ponto três: Mostrar aos portugueses a terra africana onde serão

bem acolhidos e onde se poderão abastecer e pedir informações sobre a rota no

Índico para chegar à Índia;

----------Estiveram presentes todos os deuses mitológicos romanos, desde as

zonas geladas até às mais escaldantes, do Oriente ao Ocidente, não se tendo

assim registado nenhuma ausência.-----------------------------------------------------------

------------------A Reunião foi presidida por Júpiter, pai de todos os deuses.----------

------------------Todos os deuses ocuparam os seus lugares de forma hierárquica,

tendo por critério a antiguidade e o prestígio de cada um. Em seguida, o

presidente do concílio deu início à sessão.---------------------------------------------------

----------Júpiter, pai dos deuses, manifestou o seu apoio à chegada dos

portugueses à Índia, tendo enaltecido a sua bravura e coragem, quer no

passado, quer no presente ao navegarem por mares desconhecidos, em frágeis

barcos. Acrescentou também que tal decisão estava escrita nas leis

inquebrantáveis do Fado (Destino).------------------------------------------------------------

-------------------Baco, deus do vinho e adorado na Índia, desaprovava a chegada

dos portugueses, tendo escondido as suas suspeitas razões para tal decisão,

embora os presentes soubessem que estas se baseavam no facto de recear

perder as honras que lhe eram aí dirigidas.--------------------------------------------------

--------------------Vénus, deusa do amor, apoiava a chegada dos portugueses à

Índia, por razões conhecidas: por um lado, o caráter do povo português

semelhante ao do seu povo amado, o romano, e, por outro, por razões

linguísticas, uma vez que a língua portuguesa, sem grandes alterações, lhe fazia

lembrar o latim. A discussão entre os deuses tornou-se tumultuosa. Então

tomou a palavra Marte, amante de Vénus e deus da guerra, que expressou o

seu apoio à chegada dos portugueses à Índia, baseando a sua decisão nos

seguintes argumentos: o facto de este ser um povo forte, guerreiro e corajoso e

como tal mereciam alcançar o seu objetivo; o afeto que sentia por Vénus que o

obrigava moralmente a tomar uma decisão em prol de sua amada. Em seguida,

Marte apelou ainda a Júpiter pedindo-lhe que não ouvisse mais razões dos seus

discípulos e que pusesse o futuro em prática, uma vez que a sua decisão já tinha

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sido tomada. Sugeriu, então, a Júpiter que mandasse o seu mensageiro

Mercúrio guiar os portugueses até à costa africana onde seriam bem recebidos,

sugerindo igualmente que aí fossem informados da rota a seguir até à Índia.

Júpiter concordou com as palavras de Marte e espalhou néctar sobre os deuses,

dando assim por terminado o concílio.-------------------------------------------------------

----------E, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão, da qual se lavrou

a presente ata que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada, nos termos da

lei.------------------------------------------------------------------------------------------------------

O Presidente: Júpiter

A Secretária: Carolina Sousa, 9ºA

(texto base da aluna com alterações)