Atps de Sociologia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP POLO DE JUNDIAI - SP Curso Serviço Social – Segundo Semestre Disciplina sociologia ATPS SOCIOLOGIA Egle Teixeira Collete Santos 430006627 1 Mariana Manzini 430006627 5 Profº. EaD: Maria Clotilde Pires Bastos Profº. Tutora Presencial: Emanuel Domingues Profº. Tutora a Distância: Msc. Rafael Aroni

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

POLO DE JUNDIAI - SP

Curso Serviço Social – Segundo Semestre

Disciplina sociologia

ATPS SOCIOLOGIA

Egle Teixeira Collete Santos 4300066271Mariana Manzini 4300066275

Profº. EaD: Maria Clotilde Pires Bastos

Profº. Tutora Presencial: Emanuel Domingues

Profº. Tutora a Distância: Msc. Rafael Aroni

Jundiaí / SP

2012

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SUMÁRIO.

1. Introdução _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 03

2. As aproximações e distanciamentos entre a declaração dos direitos da Virginia e a

declaração universal dos direitos humanos_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 04

3. A formação histórica e particular dos Estados Unidos e França, e a diferença entre

suas publicações de independência _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ 06

4. As principais temáticas abordadas no texto “A era das revoluções 1789 – 1848”,

HOBSBAWN, ERIC. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ 08

5. Os principais marcos da afirmação dos direitos humanos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __10

6. A realidade dos direitos humanos o Brasil _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _12

7. Considerações finais _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ -

_14

8. Bibliografia _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 15

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1. INTRODUÇÃO

Pensar em sociologia, foi algo desafiador para nós enquanto grupo, fomos inseridos,

em um mundo de conceitos, teorias, fundamentos, muito novo a nosso ver, e ao contrario de

outras matérias como a filosofia, a sociologia em nenhum momento, nos é apresentada,

infelizmente, no ensino fundamental ou médio, o que nos distancia e retarda muitas vezes

impede que conheçamos mais de toda esta riqueza histórica e social que a temática nos traz.

Porem, descobrir o individuo como ser social, o transformar em fato social para

poder estuda-lo, ler e se alimentar de teorias de diversos pensadores, como o positivimismo de

conte, a consciência coletiva de Durkheim, a mais – valia de Marxs, e o espírito do

capitalismo de werber, fez com que nos apaixonássemos por essas teorias, pela veracidade e

aplicação delas ate os dias atuais e principalmente, pela sociologia.

Traçar uma linha histórica e segui-la, ao decorrer da execução das atividades

propostas juntamente com as rodas de conversa e discussões sobre os temas enriqueceram e

foram de grande valor para o aprendizado do grupo.

Procuramos executar cada passo de cada uma das etapas, juntas, sem divisão de

tarefas, pois ao contrario de outras atividades, entendemos que nesta, o aproveitamento seria

ainda maior, se estivéssemos unidas, passo a passo, dialogando e buscando juntas, material, e

conhecimentos suficientes para a execução de cada passo.

Todas estas etapas estão devidamente contempladas ao longo desse estudo, na

tentativa de trazer cada temática para nossa realidade e para a área de ação do assistente

social.

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2. AS APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTO ENTRE A DECLARAÇÃO

DOS DIREITOS DA VÍRGÍNIA E A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS

DIREITOS HUMANOS.

Após dar inicio as atividades práticas supervisionadas de sociologia, pesquisar e

ler os textos propostos na primeira etapa, nosso grupo reuniu-se para trocar

experiências, foi um momento muito rico em diversidade de opiniões e acrescentou

muito ao conteúdo do primeiro relatório parcial.

O entendimento do grupo ao relacionar e procurar semelhanças e diferenças entre

a declaração universal dos direitos humanos e a declaração de direitos do bom povo de

Virgínia mudou completamente após ler a teoria de Émile Durkheim, sobre

consciência individual, coletiva e solidariedade mecânica e orgânica.

De inicio, as diferenças que notamos nos dois documentos, estavam relacionadas

ao seu alcance, as suas raízes, ao fato da Virginia ter sido colonizada por ingleses, e

em sua declaração, ficar claro o rompimento com o sistema monárquico e o

surgimento dos fundamentos democráticos, ao reconhecer que o poder emana do povo

e que todos são iguais perante a Lei, mas tudo isso de uma maneira mais generalizada,

pra todo o grupo de moradores locais, de menor alcance, pois foi feita por um povo

para suprir suas necessidades particulares.

Já a declaração universal dos direitos humanos, até por seu nome, pelo modo em

que foi escrita, nos da de inicio, uma ideia de grandeza, de longo alcance e nos

pareceu muito mais detalhada, a nosso ver, como se fosse a declaração do povo de

Virginia adaptada para os dias atuais.

Durkheim falou que a consciência individual do ser humano está muito ligada a

sua personalidade, as suas escolhas, as suas peculiaridades. Já consciência coletiva

(comum), são os nossos valores morais, o que acreditamos ser certo ou errado, ou seja,

a consciência individual diz respeito aos valores do grupo social em que o homem esta

inserido enquanto individuo e que a soma da consciência individual com a consciência

coletiva e que forma o ser social.

Sendo assim a solidariedade social se da a partir da consciência coletiva, e o

tamanho ou intensidade dessa consciência e que mede a ligação entre os indivíduos.

A solidariedade social se apresenta de duas maneiras, na solidariedade mecânica,

o indivíduo está ligado diretamente à sociedade, sendo que enquanto ser social

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prevalece em seu comportamento sempre aquilo que é mais considerável à consciência

coletiva, e não necessariamente seu desejo enquanto indivíduo.  Já na solidariedade

orgânica, devido às mudanças na sociedade, ao capitalismo, por exemplo, as divisões

de serviços, especializações, divisões de classes, o homem começa a se diferir dentro

de seu próprio meio, por isso também, os interesses, saem do âmbito comum para o

individual, as pessoas permanecem juntas, mas agora interligadas, cada uma com sua

peculiaridade, o coletivo passa a dar lugar ao individual, as pessoas ainda vivem em

grupo, graças a base, aos traços coletivos, mas agora valorizam o individuo.

Voltando para as declarações de direitos, podemos perceber que a declaração do

bom povo da Virginia, aparece com traços fortes de solidariedade mecânica, pois fala

de características gerais, fala ao povo, mas é voltada para o grupo, para a sociedade,

para os interesses em comum. No caso da declaração universal dos direitos humanos,

percebe-se claramente, que foi feita, para uma sociedade muito mais moderna,

justamente pra sociedade atual, e por mais que a respeito aos diretos referidos, servirão

parar a vida em sociedade o foco é totalmente individualista e ali podemos perceber a

solidariedade orgânica.

È importante deixar claro, que em nenhum momento o grupo, voltou-se pra

questão de qual solidariedade nos parecia ou não a mais correta, com base em tudo o

que estudamos, refletimos e discutimos, a solidariedade mecânica foi mais evidente

nas formações mais simples de sociedade e depois de tantas transformações,

mudanças, processos, sofridos ao longo do tempo, hoje, podemos afirmar que vivemos

em uma sociedade e temos um tipo de comportamento de solidariedade orgânica, mas,

com traços, da solidariedade mecânica, que nos permite ainda, vivermos bem em

grupo, convivendo entre si, uma não anula a outra, elas podem e a nosso ver devem

coexistir.

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3. A FORMAÇÃO HISTORICA E PARTICULAR DOS ESTADOS UNIDOS E

FRANÇA, E A DIFERENÇA ENTRE SUAS PUBLICAÇÕES DE

INDENPENDENCIA.

O segundo relatório parcial da ATPS referente ao passo dois de sua segunda etapa, nos remete

a historia da revolução norte- americana e francesa e para executar esta etapa nos foi

necessário, empenhar tempo e disposição para realmente entender o que nos foi pedido.

Duas observações surgiram no momento de discussão e permearam nossos estudos sobre

o tema proposto, a primeira foi o fato que revolução francesa, mesmo sem domínio no

assunto, não nos soava como algo novo, de alguma forma, já havíamos ouvido falar sobre, o

que não foi o caso da revolução norte – americana, porem e segundamente, Estados Unidos da

America, é conhecido mundialmente também pela paixão, patriotismo e festa democrática de

seu povo.

Após sair de uma guerra longa, Inglaterra, que colonizava as 13 colônias da America do

norte, precisou se reerguer financeiramente e viu como uma das formas de fazer isso, usar

essas colônias em seu favor, assim, aumentou impostos, criou taxas abusivas, leis absurdas e

medidas inaceitáveis ao ver dos colonos, que se revoltaram , se uniram , formaram uma

comissão que funcionaria como sua voz perante a nobreza e buscaria os poucos direitos que

tinham e lhe foram tomados, mas ao contrario do que esperavam seus pedidos não foram

atendidos, então os colonos se armaram , obtiveram ajuda de outras tropas e partiram em

busca de sua liberdade em 1776 foi escrita a Declaração de Independência dos Estados

Unidos da América”, foram às primeiras colônias a conseguir sua liberdade, aboliu a

monarquia o regime hierárquico se tornando Estados Unidos da America uma nação de

historia marcada por lutas, por união e pela paixão pela democracia, que é a representação da

liberdade do País.

A frança que foi umas das tropas a guerrear ao lado dos estados unidos e motivada pelas

conquistas dos norte americano e influenciada pelos ideias iluministas, iniciou uma serie de

lutas e acontecimentos que levaram a abolição da servidão e os direitos feudais e proclamou

os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, em 26 de agosto de 1789

escreveu em assembleia a declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que ganhou o

mundo e foi a real inspiradora da política dos direitos humanos, sendo desde aquela época

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espalhada pelo mundo, o que sempre Foi uma preocupação dos franceses, de poder, mostrar

sua luta e ajudar outras colônias e conquistas o tão sonhado dia de sua liberdade.

Baseado em tudo isso, acreditamos que o fato de hoje os Estados unidos ter um povo tão

patriota e valorizar tanto a democracia e a frança ser o berço dos direitos humanos, esta

diretamente ligada e é resultado de toda historia que vezes se confundem, vezes se completa,

vezes se enfrenta, desses dois países.

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4. AS PRICIPAS TEMÁTICAS ABORDADAS NO TEXTO “ A Era das

Revoluções 1789-1848” HOBSBAWN, ERIC.

O Terceiro relatório parcial, referente ao passo 4 da etapa 2 das atividades pratica

supervisionado de sociologia, nos levou mais a fundo da revolução francesa, algumas coisas

começaram a ficarem mais claras para o grupo e o entendimento já não foi tão dificultoso,

construímos um caminho e nesse momento estamos entrando, a fundo na historia da

revolução francesa, nos atentando a detalhes que passaram despercebidos, nas etapas

anteriores, percebendo ligações, que antes não nos eram claras.

O final do século XVIII foi marcado por uma série de revoltas e agitações políticas nos

diversos cantos do planeta, revoluções, guerras civis, colônias buscando autonomia, Estados

lutando por independência e no meio de tudo isso a Revolução Francesa pode ser apontada

como a que teve maior alcance e repercussão.

A crise do antigo regime não se limitou a França e nem a Revolução Francesa foi um

fenômeno isolado, como dissemos a cima, varias revoltas marcaram o final do século,

entretanto suas consequências foram mais profundas. Primeiramente porque aconteceu na

frança, Estado com maior população e poder de toda a Europa, em segundo por que esta

revolução foi ainda mais radical que outras revoltas que haviam acontecido antes dela e em

terceiro por que outros países que fizeram parte da revolução estavam preocupados com

outras coisas e resolvendo outros problemas, como guerras internas, por ultimo e não menos

importante, a revolução Francesa foi a única marcada por um caráter ecumênico, promoveu a

união de todos inclusive da igreja. Justamente por isso, a frança sofreu muito mais

perseguição e o conflito entre o velho regime e as forças ascendentes foi ainda agudo.

Um grupo foi responsável por dar a unidade efetiva ao movimento revolucionário, a

“burguesia”. Suas exigências foram norteadoras da famosa Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão, de 1789. A característica marcante desse documento é ser contra a

sociedade hierárquica e de privilégios da nobreza, mas não um manifesto a favor de uma

sociedade democrática e igualitária. O burguês liberal clássico não era democrata, mas sim

um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular com liberdades civis e garantias para

a empresa privada e de um governo de contribuintes e proprietários. Ou seja, os burgueses,

não estavam felizes com a situação que enfrentavam com a monarquia, pois não podiam

interferir, eram sempre prejudicados, pagavam impostos e não teriam nunca chance de chegar

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ao poder, porque o mesmo, vinha por hereditariedade; O que o burguês queria, era um Estado

livre, que tivesse, seus lideres eleitos, mas eleitos, pelos proprietários de terras, de

estabelecimentos, pelas empresas privadas e pelos contribuintes, mantendo assim, o poder

com a elite do terceiro setor.

Ficou-nos claro que essas ainda não foram todas as lutas enfrentadas pela frança no

processo de revolução e pós-revolução, mas acreditamos que todos esses acontecimentos e

lutas fizeram com que a revolução francesa se tornasse um marco em todos os países.

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5. OS PRINCIPAIS MARCOS DA AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS

HUMANOS.

No quarto relatório parcial, referente à etapa 3 desta atps, após ler o texto que nos foi

proposto, conversamos muito sobre os direitos humanos, falamos muito do que sabíamos dos

achismos, do senso comum, das criticas, dos elogios e em modo geral, imaginamos que nosso

nível de conhecimento em relação a este tema era bom, fomos novamente surpreendidas a nos

deparar com tantos detalhes históricos, tantos fatos, tantas manifestações que se fizeram

necessária para que hoje pudéssemos ser respaldado por ele.

Há quem diga que os direitos humanos tem origem divina, há quem diga que há pessoas,

organizações, países, que usam os direitos humanos para seu próprio interesse, outros alegam

que os países só se comprometeram porque a ONU, por exemplo, não tem como obrigar

nenhum deles a cumprir com as medidas impostas, o fato é que independe da diversidade de

opiniões que rodeiam o tema, resolvemos nos prender a historia da fundação do direito

internacional dos direitos humanos.

Há muitos anos o homem já entende que existem certos direitos que ele tem por

merecimento apenas pelo fato de ser um ser humano e que obviamente estes direitos são

comuns a todos os outros homens. Todavia, é apenas a partir da segunda metade do século

XX que o reconhecimento desses direitos passa a ser concretizado internacionalmente pela

elaboração de cartas de direitos, tratados e convenções internacionais, e da incorporação do

tema na elaboração da política externa de diversos Estados.

Alguns marcos foram fundamentais para a firmação dos diretos humanos internacionais,

sendo eles: A assinatura da Carta de fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) em

1945, a carta de fundação do Tribunal de Nuremberg em 1945-1946 e a Declaração Universal

dos Direitos Humanos de 1948.

Assinada em São Francisco, em 26 de junho de 1945 a Carta das Nações Unidas ou Carta

da ONU foi o documento fundante da Organização e reconhece como legítima a preocupação

internacional com os direitos humanos, o Tribunal de Nuremberg estabelece a

responsabilidade individual pela sua proteção, e a Declaração Universal dos Direitos

Humanos que foi adotada e proclamada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral

das Nações Unidas veio a definir com precisão os “direitos humanos e liberdades

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fundamentais” enumerando o conjunto de direitos civis, políticos, econômicos e sociais,

considerados fundamentais, universais e indivisíveis.

As assembleias, os fóruns, os diálogos sobre todos os temas, que os direitos humanos

abordam, jamais terão fim, enquanto houver seres humanos com direitos básicos, existira

quem os defenda, e como a sociedade, o mundo, estar sempre em transformações, nem

sempre é bom, a ONU precisa estar pronta para garantir, mesmo que por intervenção que

esses direitos básicos chegarão a cada ser humano em qualquer lugar do mundo.

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6. A REALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL.

Depois de ler inúmeros artigos, documentos, cartas, declarações, que relatam a historia de

tantas revoluções, conquistas, direitos, foi gerado em nosso coração, certa esperança, afinal,

algo que precisou de tanta luta para se afirmar, algo que surgiu de uma forma primitiva e foi

evoluindo, que teve tantos pensadores, e defensores de causa, não pode ser aceito hoje, como

algo não aplicável verdadeiramente.

O fato é que a realidade que nos cerca, é totalmente diferente do que deveria ser direitos

humanos neste país, nem conhecidos é, serve apenas para nos lembrar esporadicamente que

alguns delinquentes e criminosos, são humanos, por mais que suas atitudes neguem isso, e que

precisam do mínimo de condições de subsistência, o que a eles, devido à superlotação dos

presídios raramente consegue ser garantido.

Mas os miseráveis, os excluídos, os analfabetos, ou aqueles, que cheiram mal e que

tentam limpar os vidros de seu carro com uma água que provavelmente vai apenas mancha-lo

mais, aquela criança, que cresce sem referencia, de família, de lar, sem teto, sem algo que lhe

garanta segurança em dias de chuva, dias de frio, ou apenas em dias que ela sentiu medo;

aquele idoso que trabalhou a vida toda, mas chegou ao fim, sem alguém para lhe cuidar,

aquela tribo indígena que é cada vez mais usurpada de seu espaço, de seu meio, usurpado de

sua historia; O que os direitos humanos garantem a eles? Nada. Para essas pessoas, direitos

humanos, são apenas palavras, vazias, mais vazias que seus próprios estômagos que roncam

de fome.

Às vezes, raramente, em casos especiais, edições limitadas de direitos são distribuídas, só

para o povo provar, sentir o gostinho doce de se ter o mínimo de valor pra sociedade, mas

nem de longe, chegam a suprir sua real necessidade, só lhes deixam com saudade de algo que

eles nunca conheceram efetivamente.

Pensamos que nosso país funciona como uma grande maquina o governo, é toda a parte de

comando, computadorizada, os pesquisadores, intelectuais, são responsáveis por fazer os

comandos funcionarem bem, os trabalhadores são as engrenagens da maquina, a força do

brasileiro é a energia que a faz funcionar, a garra é o movimento das engrenagens, o dinheiro,

ao contrario do que todos pensam, não é o produto final, não, o dinheiro é quem da à ordem

para quem comanda a maquina; E aquela estopa, suja, jogada no canto da sala, embaixo da

maquina, empurrada pela bota Louis Vuitton, para onde ninguém veja e também não precise

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limpa-la, são eles, os não dignos dos direitos humanos universais, a estopa suja de graxa, que

fede que é feia, que não têm atrativos e que muitas vezes, nem para votar servem, ou por não

ter idade, ou por ter passado dela, ou talvez pelo fato de serem analfabetos, então que

serventia teria? Nenhuma!

“Welcome to Brazil”, terra da alegria, da união entre os povos, do samba, do futebol, do

carnaval, da biodiversidade, da felicidade, terra da diversidade, terra da desigualdade, terra do

desumano, do descaso, terra que acolhe quem chega e que despreza quem nasce.

Se pudesse dar um conselho a quem ainda não chegou, diria, “antes de você

nascer, antes mesmo de abrir seus olhinhos, dar seu primeiro choro, encher teu pulmão de ar,

reze e peça para não ser mais um órfão da grande Mãe Gentil.”.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao dar inicio as atividades pratica supervisionadas de sociologia, o grupo se deparou

com uma serie de temas ate então nunca estudados por nenhuma de nós, como cartas,

documentos, textos extensos de linguagem cientifica, palavras desconhecidas e foi-se

necessário, mas do que nunca o uso de um dicionário ao nosso lado, ou como ferramenta

online, para nos garantir o sucesso da execução de tudo que nos foi proposto.

Como já dissemos outras vezes ao longo desta, nesses dias passamos momentos

muito ricos em diversidade de opiniões e acrescentou muito ao conhecimento mutuo.

 De inicio pareceu-nos um tanto complexo, mas a matéria foi tomando forma e às

respostas se enredando e foi exatamente nesta busca que formamos nossa base e linha de

raciocínio, que possibilitou a execução e entendimento de todo o restante da atividade sendo

de grande importância para o resultado final do estudo.

Nossa linha de raciocínio permeou o tema “direitos humanos”, sempre tentando

trazer os temas para o trabalho do assistente social.

Começamos em Émile Durkheim, conhecendo e estudando sua teoria sobre a

consciência individual, coletiva e a solidariedade mecânica e orgânica. Depois de entender a

relação entre esses elementos, a relação da consciência coletiva com a solidariedade

mecânica, e o fato da solidariedade orgânica estar ligada a uma sociedade moderna e

capitalista, que por meio das divisões de trabalho social acaba se tornando uma sociedade

mais individualista, menos voltada para o coletivo e focada nas necessidades de cada

individuo que se relaciona dentro dela. Depois passamos pela revolução francesa, revolução

norte- americana, discutimos e adentramos na historia, muito mais detalhadamente, a partir

dai da revolução francesa e dos princípios universais de "Liberdade, Igualdade e

Fraternidade" que foram a real inspirador da política dos direitos humanos, direitos esses,

contemplados nas etapas seguintes desta atps, primeiro falando de sua historia, de como se

tornou internacional e universal, do papel da ONU em tudo isso e por fim, dos direitos

humanos em nosso país, o que nos remete quase que instantaneamente a responsabilidade de

nossa profissão, de zelar pelos direitos dos cidadãos, de assegurar que todos tenham seus

direitos garantidos, de assistir aos necessitados e lhes dar condições de vida digna, de torna-

los protagonistas de sua própria historia.

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Referências Bibliográficas

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RIBEIRO, Paulo Silvino. Émile Durkheim: os tipos de solidariedade social, disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/Emile-durkheim-os-tipos-solidariedade-social.htm, acessado em 25 de novembro 25 de novembro de 2012, às 14h.

CANCIAN, Renato. Divisão do trabalho social, disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/, acessado em 25 de novembro de 2012, às 14h.

A sociologia em Émile Durkheim: disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm, acessado em 25 de novembro de 2012, as 14h45.

Luta de classes, disponível em: http://www.infoescola.com/sociologia/luta-de-classes, acessado em 25 de novembro, às 16h.

As revoluções liberais, americana e francesas I, disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/2008/05/22/000.htm, acessado em 25 de novembro, as 16h12.

As revoluções liberais, americana e francesa II, disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/2008/05/22/001.htm, Acessado em 25 de novembro, as 16h37.

A independência dos EUA e a revolução francesa, disponível em: http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-independencia-dos-eua-revolucao-francesa.htm, acessado em 25 de novembro, as 16h40.

HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções 1789-1848, resenha, disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/resenhas/1779346, acessado em 25 de novembro, as 16h43.

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A revolução Francesa, disponível em: http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-revolucao-francesa-985177.html, acessado em 25 de novembro às 17h.

O universalismo dos debates, disponível em: http://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/gt2/sessao1/Wilson_Vieira.pdf, acessado em 25 de novembro as 19h15.

REIS, Rossana Rocha. Os Direitos Humanos e a Política Internacional, disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/n27/04.pdf, acessado em 25 de novembro as 18h30.

A ONU e os direitos humanos, disponível em:

http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-direitos-humanos, acessado em 25 de novembro, as 19h00.