Bioinseticidas Final

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BIOINSETICIDAS Bioengenharia I

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Trabalho de Bioinseticidas

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  • BIOINSETICIDAS

    Bioengenharia I

  • Pesticidas

    Os pesticidas ou praguicidas so todas as substncias ou misturas (de origem qumica / biolgica) que tm como objetivo impedir, destruir, repelir ou mitigar qualquer praga*;

    Praga: Diversos seres vivos que disseminam doenas, incomodam pessoas, destroem plantaes, etc;

  • Pragas

  • Classificao dos pesticidas

    Acaricidas: para o controle de caros,

    Bactericidas: para o controle de bactrias,

    Fungicidas: para o controle de fungos,

    Herbicidas: para o controle de ervas daninhas,

    Inseticidas: para o controle de insetos,

    Nematicidas: para o controle de nematides (vermes),

    Rodenticidas: para o controle de ratos e outros tipos de roedores.

    Moluscicidas: para o controle de moluscos.

    Foco deste trabalho!

  • Inseticidas qumicos

    Todo composto qumico capaz de combater insetos denominado inseticida. So utilizados em lavouras, no combate de pragas que assolam as plantaes, em indstrias e tambm em residncias.

  • Inseticidas qumicos

    O uso de substncias inseticidas remontam s civilizaes gregas, romanas e chinesas,

    Por volta do sculos XIX, na Europa e nos EUA iniciou-se o uso de produtos como o Verde de Paris (arsnico + acetato de cobre) e a Calda bordaleza (sulfato de cobre + hidrxido de clcio) em pragas

    agrcolas,

    O uso de inseticidas qumicos se intensificou por volta dos anos 40-50, em iniciativa de campanhas de sade

    pblica,

    O precursor dos inseticidas modernos DDT foi sintetizado em 1939.

  • Classificao dos inseticidas* *De acordo com o grupo qumico que o princpio ativo pertence

    Organoclorado

    Benzoil Ureia

    Diacilhidrazina

    Neonicotinide

    Nicotinide

    Organofosforados

    Organofosforados sistmicos

    Amidino Hidrazona

    Carbamato

    Carbamato Sistmico

    Ditiocarbamato

    Ciclodienoclorados

    Triazinamina

    Feniltioureia

    Piretride

    Deltametrina

    Cipermetrina

    Lambdacialotrina

    Imidacioprido

  • Principais classes inseticidas

  • Mtodos de ao

  • Mtodos de ao

    Ao no sistema neuromotor

  • Mtodos de ao

    Ao no sistema neuromotor

  • Efeitos vida

    De acordo com Henao & Corey (1986), inseticidas organoclorados como o DDT, outros produtos

    como organofosforados, carbamatos e piretrides,

    mesmo que em baixos nveis de exposio podem

    causar srias doenas e desordens na sade,

    incluindo cncer, dano aos sistemas: nervoso,

    reprodutivo e outros rgos, anormalidades no

    desenvolvimento e comportamento, disfunes

    hormonal e no sistema imunolgico.

  • Efeitos ao meio ambiente

    Os efeitos so devastadores, pois atuam desde os extratos inferiores da cadeia alimentar chegando, por vezes, a elimin-los comprometendo toda a

    populao local.

  • Efeitos ao meio ambiente

    Outros efeitos ambientais conhecidos (RIBEIRO et al., 2001 apud SOUZA SILVA & FAY, 2004):

    Supresso da fotossntese no nvel de fitoplncton;

    Aumento da mortalidade e malformaes em peixes jovens;

    Embries mortos e deformados em tartarugas de gua doce;

    Diminuio da espessura dos ovos e malformaes embrionrias de vrias espcies de aves;

    Feminizao e infertilidade em guias de cabea branca, habitantes dos Grandes Lagos (Amrica do Norte);

    Tumores e leses em baleias;

    Disfuno do sistema imune em gaivotas.

  • Resistncia ao inseticida

    Mesmo sendo altamente txico, o uso seguido de inseticidas qumicos apresenta o surgimento de insetos

    resistentes ao produto.

    Segundo Ferrari (1996) a capacidade de um inseto resistir a um determinado inseticida uma caracterstica

    gentica que, normalmente, ocorre numa frequncia

    mdia nas populaes.

    Populaes de insetos resistentes surgem atravs da seleo exercida pela presso do uso de inseticidas, os

    quais matam os insetos suscetveis, favorecendo o

    aumento da frequncia de genes dos que conferem

    resistncia.

  • Movimento ambientalista

    ... Ns permitimos que esses produtos

    qumicos fossem

    utilizados com pouca

    ou nenhuma

    pesquisa prvia

    sobre seu efeito no

    solo, na gua, nos

    animais selvagens e

    sobre o prprio

    homem.

    Rachel Carson, 1962

  • Bioinseticidas

    So produtos desenvolvidos a partir de bactrias, fungos, vrus ou nematides, para o controle de insetos .

  • Bioinseticidas

  • Bacillus thuringiensis - Bt

    Conforme Rabinovich (1997) Bacillus thuringiensis (Bt) uma bactria Gram positiva, aerbia facultativa, mesfila e

    quimioheterotrfica.

    Possui forma de bastonete com dimenses que se aproximam de 1,1m de largura e 4,0m de comprimento sendo capaz de

    se movimentar devido presena de flagelos.

  • Bacillus thuringiensis - Bt

    O Bt uma bactria patognica* que constitui a microflora intestinal dos insetos;

    Como membro do gnero Bacillus possui a habilidade de formar endosporos que so resistentes inativao

    por calor, dissecao, solventes orgnicos, cidos e

    radiaes;

    Os endosporos so formados quandos as condies ideais para a diviso celular deixam de existir;

    Fases de esporulao (Descrita por Murrel em 1969):

  • 1- Formao de um filamento axial de DNA em toda a extenso da clula vegetativa (Fase I);

    2- Invaginao da membrana citoplasmtica, prxima a um dos plos da clula, englobando o material gentico (Fase II);

    3- Formao do septo do pr-esporo (Fase III);

    4- Formao do crtex, polmero glicopeptdico que se deposita entre as membranas interna e externa do pr-esporo

    (Fase IV);

    5- Formao da capa do esporo (Fase V),

    6- Formao do exoesporo (Fase VI);

    7- Lise celular com liberao do esporo maduro (Fase VII)

  • Esporo rico em cido dipicolnico, componente que na forma de sal de clcio desempenha o papel de termorresistncia.

    Simultaneamente ao processo de

    esporulao, ocorre

    produo de uma

    incluso cristalina a

    qual txica a larvas

    de Lepidoptera,

    Coleoptera, Diptera e

    ainda nematides e

    caros (FEITELSON et al, 1992; FEITELSON, 1994). Os cristais formados

    so denominados

    delta-endotoxinas, cuja

    composio proteica

    forma cristalogrfica

    variam de acordo com

    as linhagens de BT.

  • Os cristais formados so denominados

    delta-endotoxinas, cuja

    composio proteica

    forma cristalogrfica

    variam de acordo com

    as linhagens de BT.

  • Lepidoptera O ciclo de vida dos lepidpteros engloba quatro etapas: ovo, larva

    (quando especificado por lagarta), pupa (especificada como crislida)

    e imago (a fase adulta).

  • Coleoptera

  • Diptera

    Aedes aegypti Anopheles gambiae - vetor Malria

  • Nematides

  • caros

  • Ao dos cristais de Bt em lepidpteras

    pH alcalino do intestino Toxinas ativadas destroem as clulas do intestino

    O intestino pra de funcionar, o pH reduz e os esporos

    de Bt germinam. Com a morte do inseto, os esporos se

    perpetuam no ambiente

  • Produo de Bt

    Este bioinseticida tem como caracterstica a seleo natural

    Deve ser economicamente e ambientalmente vivel.

    Estes microrganismos podem desenvolver-se artificialmente(in vitro) e naturalmente(in vivo).

    Em meio artificial (in vitro):

    Pode ser produzido em larga escala

    Utiliza tcnicas de fermentao.

    Em meio natural ( in vivo):

    Necessidade de um hospedeiro vivo para a sua multiplicao.

    Necessidade de criao de insetos livres de doenas e com uma dieta artificial.

  • Produo de Bt

    A produo desses bioinseticidas se faz necessria a seleo de uma linhagem isolada de

    fontes naturais, os quais devem ser obtidos por

    manipulao gentica, tendo as seguintes

    caractersticas:

    Boa adaptao ao processo fermentativo;

    Maximizao da produo.

  • Produo de Bt

    Condies adequadas:

    So estudadas as condies timas de produo de

    toxinas e linhagem mais potente ao processo

    fermentativo;

    Qualidade do fermentado:

    A qualidade deste depender diretamente do

    controle do processo de produo.

  • Processo Fermentativo

    Para o desenvolvimento de bioinseticdas a base de Bt necessrio um processo denominado

    fermentao submersa descontinua, que trata-se

    de um processo de batelada.

    Nesta fermentao um recipiente contendo meio de cultura lquido inoculado com o micro-

    organismo sem haver acrscimo ou retirada do

    meio fermentado.

  • Fermentao em meio solido

    Inocula-se uma determinada cepa previamente

    crescida em meio contendo caldo nutritivo

    complementado com sais minerais como:

    MgSO4, FeSO4, ZnSO4 e MnSO4

    Este que deve ser mantido sob agitao constante

    por 4 dias uma temperatura de 30C.

  • Preparao dos substratos do meio de

    cultura:

    Dois exemplos utilizando massas diferentes.

    No primeiro caso foi utilizado 50 gramas de arroz

    misturados com glucose de milho e farelo de soja

    autoclavados por 20 minutos a uma temperatura de

    120C e inoculados com 20ml da cepa e levados a estufa por 5 dias a uma temperatura de 30C.

    Num segundo caso foi utilizado o procedimento foi o

    mesmo do anterior diferindo apenas na quantidade

    de arroz que neste foi 100g e na quantidade de

    cepa que neste foi de 40ml.

  • Resultados do bioteste

  • Processo Fermentativo

    No processo industrial so seguidos os seguintes

    passos:

    Pr inoculo( em frascos pequenos);

    Pr fermentador(1/5 do volume da fermentao);

    Fermentado final.

    Durante todos essas etapas deve ser analisada a

    cultura quanto a possveis contaminaes.

    Os reatores utilizados nesse processo permitem o

    controle adequado das condies de cultivo que so

    as seguintes: temperatura, pH, aerao e agitao.

  • Processo Fermentativo

  • Processo Fermentativo

    Composio do meio de cultura:

    O meio de cultura composto basicamente por

    gua, carbono e nitrognio estes que esto voltados

    para biossntese de energia. E os minerais que so

    responsveis pelo crescimento do microrganismo.

    O balano adequado dos minerais auxiliam no

    equilbrio do pH do caldo de fermentao.

    O pH do caldo deve estar entre 5,4 e 8,4 e pode ser

    controlado pela adio de nutrientes, no qual a

    acidez provem de carboidratos e a alcalinidade de

    protenas.

  • Separao de toxinas

    As toxinas produzidas dividem-se em endo e exotoxinas;

    As endotoxinas so aquelas ligadas a clula

    microbiana, j as exotoxinas so excretadas no

    meio de cultura.

    O caso de estudo o Bt, este possui uma endotoxina

    denominada delta-endotoxina e uma exotoxina

    denominada beta- toxina.

  • Meios de Cultura

    Os meios de cultura para o Bt possuem fontes de

    nitrognio, carbono e sais minerais.

    Fontes de carbono: Fornecem matria prima e energia para o desenvolvimento da bactria.

    Fontes de nitrognio: Responsvel pela sntese proteica e cidos nucleicos.

    Sais minerais: Responsvel pelo controle de osmolaridade celular.

  • Meios de cultura

  • Ensaio e Formulao

    Diferentemente do inseticidas qumicos os quais os

    ingredientes ativos so quimicamente definidos o

    bioinseticida a base de Bt pode possuir ate 3

    principios ativos, so eles:

    Esporos

    Cristais

    Exotoxina

    Portanto necessitam de um bioteste para verificar

    sua eficcia.

  • Ensaio e Formulao

    Bioteste para o Bt:

    Esporos: Contagem dos esporos e bioensaios com

    insetos para determinar a potencia do produto.

    Esse bioteste no tem relao com a atividade da

    toxina visto que o processo de obteno pode

    modificar a atividade dos componentes txicos.

  • Ensaio e Formulao

    O caldo fermentativo deve ser estabilizado antes de

    sua utilizao a fim de no reduzir sua eficcia, pois

    haver a remoo de fragmentos celulares e

    compostos intermedirios da fermentao que

    podem inibir o composto toxico.

    Estabilizao feita realizada por lavagem e

    centrifugao da biomassa com solues de pH

    controlado permitindo assim a limpeza e

    estabilizao da toxina.

  • Vantagens do uso dos Bioinseticidas

    Mtodos de produo em bioreatores;

    Utilizao dos mesmos equipamentos usados para aplicao de inseticidas qumicos;

    Inocuidade mamferos e outros vertebrados;

  • Vantagens do uso dos Bioinseticidas

    Amplo espectro de ao com alta especificidade;

    No agride o meio ambiente;

    No intoxicam trabalhadores e consumidores;

    So mais especficos, tornando a praga menos resistentes;

  • Desvantagens do uso dos Bioinseticidas

    Elevados custos para produo

  • Antes de ser comercializado o produto formulado deve passar

    por testes de anlise de

    qualidade que atestem a sua

    potncia txica;

    Testes que assegurem a segurana ambiental e

    sade humana.

    Comercializao dos Bioinseticidas

  • Nos Estados Unidos esses testes so regulamentados pela

    Agncia de Proteo Ambiental;

    No Brasil essa licena expedida pela ANVISA (Agncia

    Nacional de Vigilncia

    Sanitria);

    Comercializao dos Bioinseticidas

  • Comercializao dos Bioinseticidas

    A comercializao de bioinseticidas

    correspondente cerca de 5% do mercado mundial

    de pesticidas;

    Estimam-se que os produtos base da bactria Bt corresponde a cerca de 90% do mercado

    mundial de bioinseticidas

    Os maiores produtores de produtos base de Bt so Estados Unidos e Canad , que respondem

    por cerca de 50% da produo mundial

  • Comercializao dos Bioinseticidas em nvel Mundial

    Os bioinseticidas base

    de bactrias como o Bt so

    os mais produzidos e

    vendidos em todo o mundo

    para o controle de lagartas desfolhadoras.

  • Comercializao dos Bioinseticidas no Brasil

    No Brasil os

    bioinseticidas mais

    pesquisados so o do

    Vrus da Poliedrose

    Nuclear da lagarta-da-

    soja Anticarsia gemmatalis.

  • Satisfao do cliente

    Caractersticas:

    - Fsicas;

    - Qumicas;

    - Microbiologicas;

    - Envolvendo desde:

    - Matria prima

    - embalagens

    - Segurana

    - Formulao

    - Eficincia a campo

  • Formulao

    Principais tipos de

    formulaes de

    bioprodutos;

    P seco;

    P molhvel;

    Grnulos;

    leo emulsionvel;

    Suspenso concentrada

    Iscas