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    AULA 00: AULA DEMONSTRATIVA

    SUMRIO PGINA

    1. Apresentao 2-7

    2. Cronograma 8

    3. Desenvolvimento 9

    3.1. Embasamento Legal 10

    3.2. Segurana Alimentar 18

    3.3. Regulamentao do Processo Produtivo 18

    3.4. Introduo s Boas Prticas de Fabricao (BPFs) 20 3.4.1. Legislao em vigor 20

    3.4.2. Conceitos 23

    4. Questo prtica 25-26

    5. Gabarito 26

    6. Questo comentada 27-28

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    1. Apresentao

    Ol pessoal! Como vocs esto? Ansiosos pelo concurso da ANVISA?

    Imagino que sim! Ento, vamos estudar juntos?!

    Ser um prazer ajud-los a entender um pouquinho mais sobre o

    famoso assunto: Boas Prticas de Fabricao. Este tpico est descrito

    na ementa do edital do concurso para os cargos de Tcnico em

    Regulao e Vigilncia Sanitria e Especialista em Regulao e

    Vigilncia Sanitria (Todas as reas).

    Bem, fazer parte do grupo seleto da ANVISA um sonho para

    muitos profissionais. No s pela boa remunerao e pela estabilidade de

    um concurso pblico, mas tambm pela realizao de exercer uma

    atividade de extrema importncia para a sade da populao. Ento

    concurseiros, se este o SEU SONHO, mos obra! A hora agora!

    Vamos juntos aprender sobre este contedo que normalmente no

    cai, mas despenca (!!) nas provas na rea de vigilncia sanitria!

    Primeiramente vou me apresentar, para que vocs saibam um

    pouco mais a respeito da sua professora.

    Meu nome Nicolle Fridlund Plugge, sou Mdica Veterinria formada

    pela Universidade Federal do Paran (UFPR). Terminei a graduao no

    ano de 2004 e, logo em seguida, fui aprovada em um processo seletivo

    para participar do programa de Aperfeioamento Tcnico da UFPR, na

    rea de Patologia Clnica Veterinria. Trabalhei durante este ano com

    anlises laboratoriais e citologia diagnstica, ficando responsvel pela

    rotina do laboratrio clnico do Hospital Veterinrio. Em 2006 iniciei o

    Mestrado em Cincias Veterinrias, tambm pela UFPR, tendo a

    oportunidade de trabalhar com cultivo celular e diagnstico sorolgico.

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    Pra ser bem sincera, ainda na faculdade j estava decidida a passar

    em um concurso pblico. O meu primeiro contato com o mundo dos

    concurseiros foi em 2005. Antes mesmo de estar com o diploma nas

    mos, fui aprovada em 3 lugar no concurso pblico para Fiscal do

    Conselho Regional de Medicina Veterinria do Paran (CRMV/PR) e em 7

    lugar no concurso pblico do Instituto de Tecnologia do Paran TECPAR.

    Mas pasmem, s tinha 1 vaga!!! Imagina a frustrao...! Bom, vamos

    pensar pelo lado positivo, este momento foi muito importante na minha

    trajetria, pois vi que era possvel SIM ser aprovada em um concurso

    pblico na minha rea, bastava ter dedicao, afinco e, claro, um pouco

    de sorte!

    Foi no final de 2006 que eu vi a chance que tanto esperava, quando

    finalmente saiu o edital para o concurso do Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento (MAPA), que oferecia vagas para Mdicos

    Veterinrios, Engenheiros Agrnomos, Zootecnistas, Qumicos e

    Farmacuticos. Nesse momento, me atirei de cabea aos estudos. Tinha

    muito pouco tempo, apenas 1 ms para tentar relembrar todo o contedo

    da faculdade e ainda aprender sobre as legislaes especficas (que eram

    muitas!!) descritas no edital.

    Enfim... O que eu posso dizer hoje que valeu a pena! Fui aprovada

    em 9 lugar no concurso pblico do MAPA e em 2 lugar no concurso

    pblico para Mdico Veterinrio da Secretaria de Agricultura e

    Abastecimento do Paran (SEAB/PR). Tive a opo de escolher onde

    gostaria de trabalhar! Hoje fao parte do seleto grupo de Fiscais Federais

    Agropecurios do MAPA, graas ao esforo e dedicao que tive naquele

    momento!

    E isso que espero de vocs! No desistam, mesmo que o edital

    seja enooorme, como o caso deste da ANVISA! Prometo que vou

    ajud-los a decifrar esta matria para que acertem o maior nmero de

    questes da prova! Combinado?

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    Quem quiser saber um pouquinho mais sobre minha carreira

    profissional, segue o link para o currculo Lattes, disponvel no site do

    CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico):

    http://lattes.cnpq.br/3300778291054405

    Bom, agora que j sabem da minha trajetria, vamos falar sobre o

    que mais interessa, O NOSSO CURSO!

    O mdulo ser composto de teoria e algumas questes

    comentadas de Boas Prticas de Fabricao, que a partir de agora

    passarei a chamar de BPFs, ok?

    Nossa base ser a legislao vigente da ANVISA, tendo como

    referncia os editais e provas anteriores na rea de Vigilncia Sanitria.

    Em linhas gerais nossas aulas tero a seguinte estrutura (no

    obrigatoriamente todas e nesta ordem):

    ESTRUTURA DAS AULAS DO CURSO

    1. Introduo

    2. Desenvolvimento (parte terica)

    3. Questes comentadas de concursos anteriores (quando houver)

    4. Listas das questes (para o aluno poder praticar sem olhar as respostas)

    5. Gabarito das questes

    6. Concluso, com nfase aos tpicos mais relevantes.

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    Para preparar este curso para vocs, analisei as legislaes

    disponveis da ANVISA que orientam o trabalho dos seus colaboradores e

    delineiam tambm o trabalho das vigilncias sanitrias estaduais,

    distritais e municipais.

    Vale a pena ressaltar que esta aula demonstrativa no ir abranger

    todo o contedo BPFs, pois no se destina a transmitir todo o

    conhecimento, e sim apresentar a metodologia do professor.

    Em outras palavras, este tema ser tratado durante o todo curso,

    no decorrer das aulas 00, 01, 02, 03 e 04.

    Outro fato importante que esta uma aula demonstrativa, ou

    seja, serve para mostrar a vocs a didtica do professor e de que forma

    os assuntos sero abordados. Aqui teremos uma breve introduo ao

    tpico de Boas Prticas de Fabricao, o que os ajudar a se situarem no

    tema. Como esta aula de apresentao, alguns assuntos aqui tratados

    sero novamente vistos na aula 01.

    Explico tambm que o nmero de questes comentadas em cada

    aula ser varivel, pois alguns assuntos so rotineiramente exigidos nos

    concursos, enquanto outros aparecem com menos frequncia.

    Como nem sempre encontraremos modelos que abranjam todo o

    contedo em concursos anteriores, em algum momento poderei inventar

    algumas questes ao estilo da Banca Cetro, para que vocs possam ir

    treinando. O exerccio das questes fundamental para o treinamento e

    absoro do contedo! Ok?!

    Ao final desta aula demonstrativa, darei o exemplo de uma questo

    referente ao nosso assunto que j caiu em provas anteriores do concurso

    da ANVISA.

    Ahhh, informao importante! Lanarei mo da nossa mascote, a

    corujinha, para prender a sua ateno em aspectos relevantes da matria!

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    Para finalizar, uma observao sobre o contedo: este material,

    preliminarmente, no contemplar o seguinte tpico descrito no edital:

    - Boas prticas de controle de qualidade e produtos estreis.

    Nosso curso ser focado para a rea de alimentos, dando nfase

    para as BPFs e demais legislaes que regulamentam as atividades dos

    estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos, assim como

    para servios de alimentao.

    Mas vocs podem achar informaes de interesse sobre os outros

    tpicos do edital em legislaes especficas que estarei repassando ao

    longo do curso.

    Com relao ao estudo de Boas Prticas de Fabricao, vai uma dica

    importante: no estudem essa matria apenas por obrigao, e sim com

    prazer. Sabem por qu?

    Quando aparecerem

    estas corujinhas,

    FIQUEM ATENTOS! O

    contedo importante!

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    Simplesmente porque as BPFs podem fazer parte do cotidiano de

    qualquer um! No se aplicam somente a grandes indstrias, mas tambm

    ao nosso dia a dia! So prticas de organizao e higiene necessrias

    para garantir produtos seguros em todas as etapas do processo, inclusive

    na manipulao e armazenamento executadas pelo consumidor, ou seja,

    por ns, cidados comuns!

    Alm disso, claro, quem tiver a felicidade de conquistar uma vaga

    no concurso para Tcnico em Regulao e Vigilncia Sanitria e

    Especialista em Regulao e Vigilncia Sanitria poder lidar com esse

    assunto diariamente, durante vrios e vrios anos em sua rotina de

    trabalho.

    Para quem no busca apenas dinheiro, e sim realizao profissional,

    um cargo pblico na rea de Vigilncia Sanitria muito gratificante, pois

    torna possvel colaborar na melhoria da qualidade sanitria dos produtos

    que chegam ao consumidor, sendo diretamente ligado sade da

    populao.

    Como vocs iro ver na sequencia das aulas, as indstrias devem

    atender todas as premissas relacionadas s Boas Prticas de Fabricao

    de seus produtos, com foco na qualidade e segurana do consumo e/ou

    utilizao. Cabe fiscalizao certificar que estes procedimentos esto

    sendo realizados de acordo com que a legislao sanitria federal

    regulamenta de maneira geral e especfica.

    Diferente de alguns assuntos do colgio, que ns at hoje no

    sabemos para que servem (rsrsrs), saibam que esta matria ser muito

    importante na sua vida profissional dentro da ANVISA! Dessa maneira,

    no estudem nossos tpicos de modo vago. Procurem enxergar como

    cada detalhe funciona no dia-a-dia, imaginem-se como tcnicos e

    especialistas fiscalizando as empresas. Assim fica muito mais fcil para

    entender e memorizar as regras da legislao da Vigilncia Sanitria!

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    2. Cronograma

    O cronograma de nosso curso ser o seguinte:

    AULA ASSUNTO DATA

    Aula 00 Aula demonstrativa: Apresentao e Introduo s

    Boas Prticas de Fabricao. 28/03

    Aula 01 Boas Prticas de Fabricao (BPF) - definies,

    evoluo e aspectos gerais. 11/04

    Aula 02

    Sanitizao e higiene, controle da potabilidade da

    gua, higiene e sade dos manipuladores, manejo

    dos resduos, registros/documentao.

    25/04

    Aula 03

    Instalaes e equipamentos, controle integrado de

    vetores e pragas urbanas, seleo de matrias-

    primas, ingredientes e embalagens, recolhimento de

    produtos, reclamaes, registros/documentao.

    09/05

    Aula 04

    Noes de boas prticas para servios de

    alimentao, boas prticas de produo, autoinspeo

    e auditorias de qualidade, treinamentos, inspeo

    sanitria.

    23/05

    EM 5 AULAS VOCS SAIRO CRAQUES EM BPFS!

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    3. Desenvolvimento

    No edital da ANVISA para o concurso deste ano, temos os seguintes

    assuntos relacionados ao nosso curso:

    Boas Prticas de Fabricao - BPF: definies; evoluo; aspectos gerais;

    sanitizao e higiene; qualificao e validao; reclamaes; recolhimento

    de produtos; contrato de produo e/ou anlise; autoinspeo e

    auditorias de qualidade; pessoal; treinamento; higiene pessoal;

    instalaes; equipamentos; materiais; documentao; boas prticas de

    produo.

    Mas afinal de contas... O que a ANVISA? E o que ela faz?

    Criada pela Lei n 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agncia Nacional

    de Vigilncia Sanitria (ANVISA) uma autarquia sob regime especial, ou

    seja, uma agncia reguladora caracterizada pela independncia

    administrativa, estabilidade de seus dirigentes durante o perodo de

    mandato, e autonomia financeira.

    A Agncia tem como campo de atuao no um setor especfico da

    economia, mas todos os setores relacionados a produtos e servios

    que possam afetar a sade da populao brasileira.

    Sua competncia abrange tanto a regulao sanitria quanto a regulao

    econmica do mercado.

    Alm da atribuio regulatria, tambm responsvel pela

    coordenao do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria (SNVS), de

    forma integrada com outros rgos pblicos relacionados direta ou

    indiretamente ao setor sade. Na estrutura da administrao pblica

    federal, a ANVISA encontra-se vinculada ao Ministrio da Sade e integra

    o Sistema nico de Sade (SUS), absorvendo seus princpios e diretrizes.

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    Como misso, a ANVISA cita:

    "Proteger e promover a sade da populao, garantindo a

    segurana sanitria de produtos e servios e participando da

    construo do seu acesso.

    Fonte: Portal ANVISA (http://www.anvisa.gov.br/institucional/index.htm)

    3.1. EMBASAMENTO LEGAL

    Como vocs viram no texto acima, a ANVISA atua na

    regulamentao, controle e fiscalizao de setores e servios que

    possam causar riscos sade pblica. Ento vamos entender quais

    so objetos desta atuao.

    So bens e produtos submetidos ao controle e fiscalizao

    sanitria:

    Medicamentos de uso humano, suas substncias ativas e demais

    insumos, processos e tecnologias;

    Alimentos, inclusive bebidas, guas envasadas, seus insumos, suas

    embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgnicos,

    resduos de agrotxicos e de medicamentos veterinrios;

    Cosmticos, produtos de higiene pessoal e perfumes;

    Saneantes destinados higienizao, desinfeco ou desinfestao em

    ambientes domiciliares, hospitalares e coletivos;

    Conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnstico;

    Equipamentos e materiais mdico-hospitalares, odontolgicos,

    hemoterpicos e de diagnstico laboratorial e por imagem;

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    Imunobiolgicos e suas substncias ativas, sangue e hemoderivados;

    rgos, tecidos humanos e veterinrios para uso em transplantes ou

    reconstituies;

    Radioistopos para uso diagnstico in vivo, radiofrmacos e produtos

    radioativos utilizados em diagnstico e terapia;

    Cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumgero,

    derivado ou no do tabaco;

    Quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de risco sade,

    obtidos por engenharia gentica, por outro procedimento, ou ainda

    submetidos a fontes de radiao.

    So servios submetidos ao controle e fiscalizao sanitria:

    Aqueles voltados para a ateno ambulatorial, seja de rotina ou de

    emergncia, os realizados em regime de internao, os servios de apoio

    diagnstico e teraputico, bem como aqueles que impliquem a

    incorporao de novas tecnologias;

    As instalaes fsicas, equipamentos, tecnologias, ambientes e

    procedimentos envolvidos em todas as fases de seus processos de

    produo dos bens e produtos submetidos ao controle e fiscalizao

    sanitria, incluindo a destinao dos respectivos resduos.

    Independentemente da regulamentao acima, a Agncia poder

    incluir outros produtos e servios de interesse para o controle de riscos

    sade da populao, alcanados pelo Sistema Nacional de Vigilncia

    Sanitria.

    Fonte: Portal ANVISA (www.anvisa.gov.br)

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    Como o nosso curso voltado para a atuao da ANVISA na rea

    de alimentos, vamos entender quais as legislaes que regulamentam

    estas atividades no controle sanitrio de alimentos:

    Constituio Federal, art. 200: Ao Sistema nico de Sade compete,

    alm de outras atribuies, nos termos da lei:

    I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de

    interesse para a sade e participar da produo de medicamentos,

    equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos;

    II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica,

    bem como as de sade do trabalhador;

    III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade;

    IV - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de

    saneamento bsico;

    V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e

    tecnolgico;

    VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle

    de seu teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo

    humano;

    VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda

    e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

    VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do

    trabalho.

    Lei 8080/90, art. 6, inciso VIII:

    Compete ao Sistema nico de Sade fiscalizar e inspecionar, guas e

    bebidas para consumo humano.

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    Lei 9782/99, art. 8:

    Regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e servios que envolvam

    riscos sade pblica, incluindo alimentos, bebidas, guas envasadas,

    seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de

    contaminantes orgnicos, resduos de agrotxicos e de medicamentos

    veterinrios.

    Decreto-Lei 986/69: Normas Bsicas sobre Alimentos

    Outra observao importante que a responsabilidade do controle

    de fiscalizao de alimentos no Brasil compartilhada entre rgos e

    entidades da administrao pblica.

    Em outras palavras, o controle da fiscalizao de alimentos no Brasil

    uma responsabilidade compartilhada entre rgos e entidades da

    Administrao Pblica, com destaque aos rgos da Agricultura e do

    Sistema nico de Sade.

    Em alguns momentos da cadeia h atuao tambm do Ministrio

    Pblico, interferindo em situaes onde h prejuzos ao consumidor.

    Como por exemplo, podemos citar as fraudes em produtos formulados ou

    a adio de gua em excesso nas carcaas de frango. Nestes casos, as

    multas para as empresas fraudadoras podem ser estipuladas no s pelos

    rgos fiscalizadores responsveis, mas tambm pelo Ministrio Pblico.

    Enquanto ANVISA cabe o controle dos estabelecimentos

    comerciais, servios de alimentao, supermercados, produtos

    alimentcios expostos venda e o controle das indstrias

    processadoras de alguns tipos de alimentos; ao Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) cabe o controle da

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    produo primria (animal e vegetal); das indstrias de

    processamento de produtos de origem animal; beneficiadores de

    produtos de origem vegetal e processamento de bebidas.

    importante ressaltar que aqui falaremos de alimentos que no

    esto sob a competncia de regulamentao, controle e fiscalizao do

    MAPA, e sim sob a rea de atuao da ANVISA, foco do nosso concurso

    atual.

    COMPETNCIAS COMPARTILHADAS NO CONTROLE SANITRIO DE ALIMENTOS

    MAPA ANVISA

    Produo primria Estabelecimentos comerciais

    Indstrias de produtos de origem animal Servios de Alimentao

    Indstrias de produtos de origem vegetal in

    natura Supermercados, etc.

    Bebidas Produtos expostos venda

    Vinagre Indstrias processadoras de outros

    alimentos

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    Mas, aproveitando que estamos fazendo esta comparao, no dia

    18/03/2013 foi publicada no DOU (Dirio Oficial da Unio), a Portaria n

    74, de 15 de maro de 2013, que autoriza a realizao de concurso

    pblico para provimentos de cargos no MAPA, com previso de 736

    vagas no total! Fiquem atentos que em breve ser publicado o edital!

    Estaro disponveis vagas para ensino fundamental, mdio e superior.

    No percam os novos cursos que estaro sendo ofertados pelo site

    Estratgia Concursos! Esta mais uma oportunidade para voc conquistar

    o seu sonho, concurseiro!!

    Vou repassar o contedo do edital de autorizao aqui, para vocs

    j irem se organizando. A princpio, as vagas estaro assim distribudas:

    Cargos Destinados Reposio de Pessoal

    Carreira/Cargo Quantidade

    Carreira de Fiscal Federal Agropecurio

    Fiscal Federal Agropecurio 172

    Cargos de Atividades Tcnicas da Fiscalizao do Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento

    Agente de Atividades Agropecurias 50

    Agente de Inspeo Sanitria e Industrial de Produtos de

    Origem Animal

    100

    Cargos do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE

    Administrador 23

    Agente Administrativo 50

    Bibliotecrio 2

    Contador 6

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    Economista 4

    Engenheiro 3

    Engenheiro Agrnomo 2

    Gegrafo 3

    Psiclogo 2

    Tcnico de Contabilidade 5

    TO TA L 422

    Cargos Destinados Substituio de Terceirizados

    Carreira/Cargo Quantidade

    Cargos de Atividades Tcnicas da Fiscalizao do Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento

    Auxiliar de Laboratrio 70

    Tcnico de Laboratrio 184

    Cargos do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE

    Agente Administrativo 60

    TOTAL 314

    As remuneraes podero variar de R$ 2.299,42 at R$

    9.986,59!!!! Fiquem ligados!

    Bom, agora que vocs j sabem que h uma tima oportunidade de

    fazer parte do quadro de servidores do MAPA, vamos voltar ao nosso

    assunto de hoje, hehehehe!

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    O desenho ilustrativo abaixo demonstra a competncia

    compartilhada entre os rgos governamentais no controle e fiscalizao

    dos alimentos, dando uma ideia da interveno de cada um na cadeia

    produtiva:

    BPAS

    PRODUO PRIMRIA

    MAPA

    PROCESSO PRODUTIVO

    BPFS POP PAC APPCC

    INSPEO SANITRIA REGULAMENTOS

    TCNICOS PADRES DE IDENTIDADE

    E QUALIDADE DOS PRODUTOS

    ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS PRODUTOS EXPOSTOS VENDA

    BP/POP

    LEGENDA BPA: Boas Prticas Agrcolas BPFs: Boas Prticas de Fabricao BP: Boas Prticas POP: Procedimento Operacional Padronizado PAC: Programa de autocontrole APPCC: Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle

    ANVISA

    ORIENTAO AO CONSUMIDOR CORRETA AQUISIO, MANIPULAO E ARMAZENAMENTO DOS PRODUTOS NOS LOCAIS DE

    VENDA

    ROTULAGEM ADEQUADA DOS PRODUTOS EDUCAO DOS CONSUMIDORES

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    3.2. SEGURANA ALIMENTAR

    Como segurana alimentar, compreende-se um conjunto de normas

    de produo e elaborao, transporte e armazenamento de alimentos com

    foco na obteno de produtos adequados ao consumidor. Alguns

    alimentos possuem padres de identidade e qualidade pr-definidos, ou

    seja, caractersticas microbiolgicas, fsico-qumicas e/ou sensoriais

    padronizadas, sob as quais o alimento considerado apto para o consumo

    humano.

    Em geral, a legislao de segurana dos alimentos exige que as

    indstrias garantam a presena de uma especificao detalhada que

    atenda legislao e que seja consistente com os padres de

    composio, de segurana e de Boas Prticas de Fabricao; garantam

    que seus fornecedores so aptos para produzir o produto e/ou matrias-

    primas especificadas e que cumprem os requisitos legais; estabeleam e

    mantenham um programa de avaliao de riscos para inspeo, teste e

    anlise de produtos e monitorem e tratem as reclamaes dos

    consumidores.

    Para garantir o atendimento a todos os itens, as indstrias devem

    ter o controle das operaes durante todo o processo.

    Os perigos identificados nos alimentos que o tornam imprprio

    podem ser de origem biolgica, qumica ou fsica. Todos estes vo ser

    abordados com detalhes a partir da aula 01.

    3.3. REGULAMENTAO DO PROCESSO PRODUTIVO

    Como regra geral, as indstrias utilizam ferramentas para orientar e

    direcionar seus processos produtivos, com a finalidade de elaborar

    produtos com os padres de qualidade e inocuidade esperados.

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    O controle das operaes em todas as etapas tem como objetivo

    produzir um alimento seguro e adequado ao consumo humano,

    mediante:

    A formulao de requisitos relativos s matrias-primas, composio

    ao processamento, distribuio e utilizao por parte dos

    consumidores, a serem atendidos durante a fabricao e manipulao dos

    produtos alimentcios especficos; e

    O planejamento, a implementao, o monitoramento e a reviso da

    eficcia dos sistemas de controle.

    O fundamento destes controles traduz-se por:

    Reduzir o risco de que os alimentos no sejam seguros, adotando

    medidas preventivas que garantam a segurana e a adequao dos

    alimentos, em uma etapa apropriada da operao mediante o controle

    dos perigos.

    Fonte: Codex alimentarius

    As principais ferramentas de controle de processo utilizadas so:

    BOAS PRTICAS DE FABRICAO

    (BPFs)

    PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

    PADRONIZADOS (POP)

    SISTEMA APPCC

    PRODUTO SEGURO

    FALAREMOS DE CADA UMA

    DESTAS FERRAMENTAS NAS PRXIMAS

    AULAS

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    3.4. INTRODUO S BOAS PRTICAS DE FABRICAO

    (BPFS)

    As Boas Prticas de Fabricao (BPFs) compreendem um conjunto de

    medidas que devem ser tomadas pelas indstrias para garantir a

    qualidade e a conformidade dos seus produtos, de acordo com as

    legislaes vigentes, sendo aplicveis em produtos para sade,

    medicamentos, alimentos, entre outros.

    3.4.1. Legislao em vigor

    Dentre os setores de atuao da ANVISA, temos algumas

    legislaes as quais regulamentam os procedimentos a serem executados

    pelo setor produtivo.

    A legislao em Boas Prticas relacionada a produtos para a sade

    determina os requisitos aplicveis aos estabelecimentos que fabriquem ou

    comercializem esses produtos de forma a garantir a qualidade do

    processo, visando a segurana e eficcia dos mesmos e o controle dos

    fatores de risco sade do consumidor.

    Abaixo esto citadas algumas das legislaes de Boas Prticas de

    Fabricao de Produtos para Sade vigentes atualmente:

    Resoluo - RDC n. 95, de 08 de novembro de 2000:

    Aprova e institui o "Certificado de Boas Prticas de Fabricao e Controle -

    BPF&C de Produtos para Sade".

    Resoluo - RDC n. 354, de 23 de dezembro de 2002:

    Aprova e institui o "Certificado de Boas Prticas de Armazenamento e

    Distribuio para Produtos para a Sade - "CBPADPS", conforme modelo

    disponvel no site da ANVISA.

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    Resoluo - RDC n. 59, de 27 de junho de 2000:

    Determina a todos fornecedores de produtos mdicos, o cumprimento dos

    requisitos estabelecidos pelas "Boas Prticas de Fabricao de Produtos

    Mdicos".

    Resoluo RDC n. 331, de 29 de novembro de 2002:

    Estabelece a auto-inspeo como um dos instrumentos de avaliao do

    cumprimento das Boas Prticas de Fabricao de Produtos Mdicos, para

    fins de prorrogao da validade do Certificado de Boas Prticas de

    Fabricao de Produtos Mdicos.

    Portaria n. 686, de 27 de Agosto de 1998:

    Determina a todos os estabelecimentos que fabriquem produtos para

    diagnstico de uso "in vitro", o cumprimento das diretrizes estabelecidas

    pelas "Boas Prticas de Fabricao e Controle em Estabelecimentos de

    Produtos para Diagnstico de uso "in vitro".

    Resoluo RDC n. 167, de 02 de julho de 2004:

    Institui Roteiro de Inspeo para verificao do cumprimento de Boas

    Prticas de Fabricao para Estabelecimentos que Fabriquem ou

    Comercializem Produtos para Diagnstico de Uso in vitro, a ser observado

    pelos rgos de Vigilncia Sanitria em todo o territrio nacional.

    Resoluo n. 9/MS/ANVS, de 21 de outubro de 1999:

    Aprova o "Regulamento Tcnico para Boas Prticas de Fabricao (BPF)

    de Bolsas de Sangue" e Anexos, contendo normas tcnicas e condies

    necessrias para garantir a qualidade das bolsas plsticas para coleta e

    acondicionamento de sangue humano e seus componentes.

    Na rea de medicamentos, a Resoluo RDC n 17, de 16 de

    abril de 2010, foi publicada com o objetivo de estabelecer os requisitos

    mnimos a serem seguidos na fabricao de medicamentos para

    padronizar a verificao do cumprimento das Boas Prticas de Fabricao

    de Medicamentos de uso humano durante as inspees sanitrias.

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    Na rea de alimentos, temos a legislao geral, que regulamenta as

    medidas que devem ser tomadas pelas indstrias de alimentos, a fim de

    garantir a qualidade sanitria e a conformidade dos produtos alimentcios

    com os regulamentos tcnicos; e a legislao especfica, aplicada a cada

    categoria de alimentos.

    Abaixo esto citadas algumas das legislaes gerais de Boas

    Prticas de Fabricao em alimentos, vigentes atualmente:

    Resoluo - RDC n 275, de 21 de outubro de 2002:

    Atualiza a legislao geral, introduzindo o controle contnuo das BPF e os

    Procedimentos Operacionais Padronizados, alm de promover a

    harmonizao das aes de inspeo sanitria por meio de instrumento

    genrico de verificao das BPF. Portanto, ato normativo complementar

    Portaria SVS/MS n 326/97.

    Portaria SVS/MS n 326, de 30 de julho de 1997:

    Baseada no Cdigo Internacional Recomendado de Prticas: Princpios

    Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex

    Alimentarius, e harmonizada no Mercosul. Estabelece os requisitos gerais

    sobre as condies higinico-sanitrias e de Boas Prticas de Fabricao

    para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

    Portaria MS n 1.428, de 26 de novembro de 1993:

    Diretrizes gerais para o estabelecimento de Boas Prticas de Produo e

    Prestao de Servios na rea de alimentos.

    Resoluo - RDC n 216, de 15 de setembro de 2004:

    Regulamento Tcnico de Boas Prticas para Servios de Alimentao.

    No mbito do MAPA, a Portaria n 368, de 04 de setembro de

    1997, estabelece o Regulamento Tcnico sobre as condies higinico-

    sanitrias e de Boas Prticas de Fabricao para estabelecimentos

    elaboradores/industrializadores de alimentos.

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    3.4.2. Conceitos

    Aqui vou colocar alguns conceitos que so importantes para

    entender o contedo das prximas aulas. Mas fiquem tranquilos, pois

    trataremos mais profundamente cada um deles e outros tambm de

    relevncia durante o curso!

    Contaminao: introduo ou a presena de contaminante nos alimentos

    ou no meio ambiente alimentar.

    Contaminante: qualquer agente biolgico ou qumico, matria estranha

    ou outras substncias no intencionalmente adicionadas que possam

    comprometer a segurana e a adequao dos alimentos. Podem ser

    considerados nocivos ou no para a sade humana.

    Desinfeco: reduo do nmero de microrganismos no meio ambiente,

    por agentes qumicos e/ou mtodos fsicos, em um nvel que no

    comprometa a segurana ou adequao do alimento.

    Limpeza: remoo de terra, resduos alimentares, sujidades, gordura ou

    outro material indesejvel.

    Higienizao: operao que se divide em duas etapas, limpeza e

    desinfeco (conceito RDC n 275/2002).

    Antissepsia: operao destinada reduo de microrganismos presentes

    na pele, por meio de agente qumico, aps lavagem, enxgue e secagem

    das mos.

    Perigo: agente biolgico, qumico ou fsico presente no alimento ou

    condio do alimento com potencial para causar efeitos adversos sade.

    Alimento seguro: alimento que, ao ser ingerido, no causar riscos

    sade ou a integridade fsica do consumidor.

    Segurana dos alimentos: garantia de que os alimentos no causem

    danos ao consumidor quando preparados e/ou consumidos de acordo com

    o uso a que se destinam.

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    Procedimento Operacional Padronizado (POP): procedimento escrito

    de forma objetiva que estabelece instrues sequenciais para a realizao

    de operaes rotineiras e especficas na produo, armazenamento e

    transporte de alimentos. Este procedimento pode apresentar outras

    nomenclaturas desde que obedea ao contedo estabelecido nesta

    Resoluo.

    Boas Prticas de Fabricao (definio voltada para a rea de

    alimentos): procedimentos necessrios para garantir a qualidade e

    segurana dos alimentos. So efetuados desde a matria-prima e

    insumos at a obteno do produto final, em qualquer etapa de

    processamento, armazenamento e transporte.

    As BPFs so necessrias para controlar as possveis fontes de

    contaminao cruzada e para garantir que o produto atenda s

    especificaes de identidade e qualidade.

    (...) FIM DA AULA DEMONSTRATIVA! (...)

    Bem, antes de nos despedirmos, vamos treinar um pouco?

    So consideradas ferramentas essenciais

    para a elaborao de um produto incuo para

    o consumo humano, sendo pr-requisitos

    fundamentais para a implantao de um

    programa APPCC (Anlise de Perigos e

    Pontos Crticos de Controle).

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    Vou colocar uma questo de concurso, s para vocs j irem se

    acostumando com o contedo da nossa matria! Tentem responder

    primeiramente sozinhos e depois vejam a questo comentada!

    BOA SORTE!

    4. Questo prtica

    (ANVISA UNB CESPE/2004) Julgue os itens seguintes,

    relativos certificao de Boas Prticas de Fabricao:

    (certo ou errado)

    a) O Manual de Boas Prticas de Fabricao um documento que

    descreve as operaes realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no

    mnimo, os requisitos sanitrios dos edifcios, a manuteno e

    higienizao das instalaes, dos equipamentos e dos utenslios, o

    controle da gua de abastecimento, o controle integrado de vetores e

    pragas urbanas, o controle da higiene e sade dos manipuladores e o

    controle e garantia de qualidade do produto final.

    b) A higienizao consiste de apenas uma etapa: a limpeza.

    c) A antissepsia uma operao destinada reduo de

    microrganismos presentes na pele, por meio de agente qumico, aps

    lavagem, enxgue e secagem das mos.

    d) O procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instrues

    sequenciais para a realizao de operaes rotineiras e especficas na

    produo, armazenamento e transporte denominado procedimento

    operacional padronizado (POP). Esse procedimento no pode apresentar

    outras nomenclaturas em nenhuma circunstncia.

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    e) Os POPs devem abordar as operaes relativas ao controle da

    potabilidade da gua, incluindo as etapas em que a mesma crtica para

    o processo produtivo, especificando os locais de coleta das amostras, a

    frequncia de sua execuo, as determinaes analticas, a metodologia

    aplicada e os responsveis.

    5. Gabarito

    LETRA RESPOSTA

    a CERTO

    b ERRADO

    c CERTO

    d ERRADO

    e CERTO

    E ento caros alunos, conseguiram acertar esta questo?

    No se preocupem, devem ter surgido dvidas ao lerem os itens,

    afinal ainda no tivemos todo o contedo deste assunto. Mas se vocs

    perceberem, ns j aprendemos alguns conceitos nesta aula

    demonstrativa que foram cobrados no exerccio.

    Vamos l! Agora iremos acompanhar questo comentada, para

    identificar os erros e acertos:

    GABARITO

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    6. Questo comentada

    a) CERTO

    Esta definio faz parte da RDC n 275/2002, que dispe sobre o

    Regulamento Tcnico de Procedimentos Operacionais Padronizados

    aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de

    Alimentos e a Lista de Verificao das Boas Prticas de Fabricao.

    b) ERRADO

    Segundo a RDC n 275/2002, a operao de higienizao consiste

    em duas etapas, limpeza e desinfeco.

    Ou seja, a questo est errada, pois afirma que a higienizao

    consiste apenas de uma etapa, a limpeza.

    c) CERTO

    Esta definio est exatamente igual ao descrito na RDC n

    275/2002, e que vimos no tpico 3.4.2. desta aula demonstrativa.

    d) ERRADO

    Segundo a RDC n 275/2002, que dispe sobre o Regulamento

    Tcnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos

    Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a

    Lista de Verificao das Boas Prticas de Fabricao, o

    procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instrues

    sequenciais para a realizao de operaes rotineiras e especficas

    na produo, armazenamento e transporte de alimentos. Este

    procedimento pode apresentar outras nomenclaturas desde que

    obedea ao contedo estabelecido nesta Resoluo.

    Portanto a questo est errada, pois afirma que esse procedimento

    no pode apresentar outras nomenclaturas em nenhuma

    circunstncia.

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    e) CERTO

    Esta definio est exatamente igual ao descrito na RDC n

    275/2002, item 4.2.2. Requisitos especficos.

    Iremos tratar de todos os conceitos e aplicao da RDC n

    275/2002 com mais calma nas prximas aulas do curso.

    Ento isto a, meus queridos! Finalizamos nossa aula

    demonstrativa! Deu para ter uma ideia do que iremos aprender?

    Voc que est lendo esta aula hoje est no rumo certo! Adquira seu

    material de estudos e trilhe sua brilhante trajetria at a aprovao no

    concurso da ANVISA!

    Os cursos online, como os do Estratgia Concursos, possibilitam

    uma preparao de qualidade, com flexibilidade de horrios e contato

    com o professor da matria, atravs do frum de dvidas.

    Aproveito a oportunidade e passo os meus contatos:

    [email protected]

    [email protected]

    Por hoje s...! Aproveito para me despedir!

    Encontro vocs em breve, a caminho da aula 01!

    Um abrao a todos e bons estudos!

    Professora Nicolle Fridlund Plugge