DOENÇA DE CHAGAS

36
NOME DA MATÉRIA NOME DO(A) PROFESSOR(A) NOME DA MATÉRIA NOME DO(A) PROFESSOR(A) Tripanossomíase americana (Doença de Chagas)

description

FACULDADE FMN-CGPARASITOLOGIA HUMA

Transcript of DOENÇA DE CHAGAS

Page 1: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Tripanossomíase americana

(Doença de Chagas)

Page 2: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

INTRODUÇÃO

O Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença

de Chagas.

Seus hospedeiros invertebrados são numerosas espécies

de hemípteros hematófagos da família Reduviidae (REY,

2003).

A doença de Chagas é um dos maiores problemas de

saúde pública em nosso país (NEVES et al., 2003).

O protozoário e a doença foram descobertos e descritos

pelo grande cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justiniano

das Chagas (BRENER, 1989; CIMERMAN; CIMERMAN,

1999).

Page 3: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Epidemiologia da doença de Chagas

Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres

têm sido encontrados infectados pelo Trypanosoma

cruzi (REY, 2003).

Os mais importantes no ciclo doméstico são aqueles

que coabitam ou estão muito próximos do homem

como o cão, o rato, o gambá e o tatu (PESSÔA;

MARTINS, 1982).

Prevalência- Brasil: 4,1%; Argentina: 10%; Chile, 18,5%.

Atualmente, cerca de 90 milhões de pessoas vivem

em áreas onde há risco de infecção, das quais 16 a 18

milhões estariam infectadas (NEVES et al., 2003).

Page 4: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Nos Estados Unidos da América, o parasitismo foi

encontrado em muitas espécies de triatomíneos e em

mamíferos silvestres.

Estima-se que naquele país haja mais de 300.000

imigrantes portadores da doença (REY, 2003).

Casos isolados, que até recentemente eram detectados

de maneira isolada na Amazônia, vêm aumentando nos

últimos anos, o que significa que a endemia pode se

expandir geograficamente (COURA et al., 2002).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a

doença de Chagas constitui uma das principais causas

de morte súbita que pode ocorrer na fase mais produtiva

do cidadão (NEVES et al., 2003).

Page 5: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Histórico

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas

Oswaldo Cruz

Instituto Soroterápico Federal, 1900

Page 6: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Formas do parasita e o inseto vetor encontrados por Chagas, denominado “Schizotrypanum cruzi“

Epimastigota

Panstrongylus megistus

Tripomastigota

Page 7: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Page 8: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fato inédito para a época, Chagas descreveu o agente etiológico, sua biologia no hospedeiro vertebrado e invertrebado, seus reservatórios e diversos aspectos da patogenia e sintomatologia da doença.

Page 9: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Filogenia do gêneroTrypanosoma

Sub-reino Protozoa;

Filo Sarcomastigophora;

Ordem Kinetoplastida;

Família Trypanosomatidae;

Gênero Trypanosoma;

Espécie Trypanosoma cruzi.

Outras espécies

Trypanosoma rangeli

Trypanosoma gambiense

Trypanosoma rhodesiense

Page 10: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Vetores da doença de Chagas

Os triatomíneos são insetos grandes, hematófagos,

que medem de 1 a 4 cm de comprimento.

Os gêneros de maior interesse para a medicina são:

Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius (NEVES et al.,

2003).

As espécies mais encontradas no ciclo doméstico

são: Triatoma infestans, Panstrongylus megistus,

Triatoma sordida, Triatoma brasiliensis, Triatoma

pseudomaculata e Rhodnius neglectus (NEVES et al.

2003).

Pertencem à classe Insecta, Ordem Hemíptera, família

Reduviidae e subfamília Triatomidae; são conhecidos

como barbeiro, chupão ou chupança (REY, 2003).

Page 11: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

– espécies hematófagas:

– Reduviidae - Triatominae (barbeiros)

– Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são hematófagos

Vetores de T. cruzi : Hemíptera

Page 12: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata

Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis

Triatomíneos mais importantes na transmissão da doença de Chagas

NO CO

Page 13: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Ciclo de vida

Page 14: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Rhodnius prolixus : repasto sanguíneo

1º Passo: a infecção

Gota de fezes e urina

Page 15: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

2º Passo: A invasão de células pelas tripomastígota metaciclíca

Fatores importantes: •Adesão celular

•Fagocitose induzida

(macrófagos ou outras cel.)

•Ação lítica-hemolisina para escape do lisossomo

•Perde o flagelo e se transforma em amastígota (4 micrômetros- 36h- e se repete a cada 12 horas

•Após 5 dias completam o ciclo intracelular e as tripomastígotas rompem o macrófago

Page 16: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Detalhes notáveis das tripomastígota metacíclica Formas finas: 20µ/ e 2 de larg. Aspecto de S + rápida e + patogênicas Formas largas: 12µ/4µ, Aspecto de C, lentas, mais infect. para os triatomíneos

Page 17: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

3º Passo: a disseminação no hospedeiro vertebrado

Infecção local

Nódulos linfáticos

Sistema nervoso central

Coração

Aparelho digestivo

Page 18: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

4º Passo: a contaminação do vetor invertebrado

Tripomastigota sangüíneo

Page 19: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Transmissão da doença de Chagas

Transmissão vetorial (CIMERMAN; CIMERMAN, 1999).

Outras formas (NEVES et al., 2003; REY, 2003):

Transfusão de sangue contaminado;

Transmissão congênita;

Transmissão oral (via digestiva);

Aleitamento materno;

Coito;

Transmissão direta de animais infectados;

Acidentes laboratoriais;

Transplante de órgãos.

J

Page 20: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fisiopatologia da doença de Chagas

Abordagem tradicional

Fase aguda

Sinal de Romaña (Edema bipalpebral unilateral)

Chagoma de inoculação (complexo cutâneo-

linfodonal)

Febre, hepatomegalia, esplenomegalia,

insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas

(DE CARLI, 2002).

Fase indeterminada

Muitos hospedeiros jamais saem desta fase, vindo

a falecer por outras causas (REY, 2002).

Page 21: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Sinal de Romaña

Page 22: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fase crônica

Tem início quando surgem novos sintomas da

doença (REY, 2002).

Cardiopatia chagásica crônica: insuficiência

cardíaca congestiva, fenômenos tromboembólicos

(NEVES et al., 2003).

Forma digestiva: megaesôfago e o megacólon -

tosses, náuseas, salivação excessiva, desnutrição

crônica, constipação, obstrução e perfuração do

intestino (REY, 2003).

Page 23: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fase crônica: Cardiomegalia e aneurisma de ponta

Page 24: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fase crônica: Miocardite chagasica

Page 25: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Fase crônica: Megacôlon

Page 26: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Frequência e natureza de patologias observadas em pacientes crônicos da doença de Chagas: Os “megas“

Page 27: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Diagnóstico

Clínico

Sinal de Romaña; chagoma de inoculação.

Laboratorial

Direto: exame de sangue ou biópsia;

Indireto: sorologia, cultura, inoculação em cobaias,

xenodiagnóstico (DECARLI, 2002; OMS, 1994).

Page 28: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Xenodiagnóstico

Page 29: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Tratamento

Nenhuma droga conseguiu suprimir a infecção e promover

uma cura definitiva da doença (NEVES et al., 2003).

A diversidade genética do parasita dificulta o tratamento.

O nifurtimox é eficiente em chagásicos crônicos na

Argentina, porém pouco eficaz em Minas Gerais (MURTA,

1998; REY, 2003).

O Benzonidazol (5-6 mg/kg peso em 30-60 dias) possui

efeito apenas contra as formas sangüíneas. É indicado

nos casos agudos e na prevenção da transmissão por

transplantes de órgãos (VILLARREAL et al., 2004).

Page 30: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

O nitrofural inibe a tripanotiona redutase. Porém,

não é utilizado devido aos efeitos adversos que

promove (FERREIRA; VARANDA; CHUNG, 2001).

Chung et al. (2003) alteraram a molécula do nitrofural

e produziram o hidroximetilnitrofural. Atualmente,

está sendo avaliada a toxicidade do composto em

ratos e camundongos.

Vacinas:

O alvo ideal seriam antígenos da fase amastigota (resposta celular -> Amastigote surface protein 2)

Page 31: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Existem poucos estudos sobre a capacidade vetorial de triatomíneos nesta área

A distribuição de vetores de T. cruzi

Page 32: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

- Área endêmica Brasil: 1/4 território

- 8 milhões de pessoas infectadas

(MG,RS,GO,SE,BA)

- 25 milhões de pessoas expostas

ao risco de infecção

Região amazônica: enzootia emergente?

Áreas de risco de infecção com T . cruzi

Onde há presença de vetores existe a possibilidade de infecção

Page 33: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

- Depois da descoberta (anos 10 e 20 do século passado) por Chagas, tentativas frustradas de eliminação do vetor Panstrongylus megistus usando querosene, água fervente e até lança-chamas em casas de pau-de-pique.

Primeiras tentativas de controle de vetor

- Nos anos 40: introdução de DDT ineficiente contra triatomíneos

- Outros organoclorados, dieldrina e HCH (Lindan): eficientes

- Chagas, Pellegrino e Dias perceberam que a melhoria das moradias mostrou grande efeito

Page 34: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

• A primeira campanha em solo brasileiro foi incentivada pelo sucesso obtido na Venezuela (anos 70): • No começo dos anos 80: Introdução dos piretróides sintéticos

Primeira campanha nacional (1984), objetivo: erradicação do Triatoma infestans:

• Mapeamento dos lugares infestados por triatomíneos

• borrifação das moradias

• Notificação do reaparecimento de triatomíneos por postos descentralizados.

Page 35: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

Revés: O programa ficou suspenso, quando o combate à reintrodução de Aedes aegypti foi declarado prioritário em 1986

A reintrodução dos vetores também ocorreu, exigindo um esforço multilateral para sucesso do controle.

Dias et al. 2002 MIOC

Inte

rnaçõ

es

Page 36: DOENÇA DE CHAGAS

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

NOME DA MATÉRIA

NOME DO(A) PROFESSOR(A)

A Iniciativa Cone Sul 1991-2000

- Objetivos: - Erradicação do Triatoma infestans

- Controle dos bancos de sangue para contenção do risco de infecção transfusional

- Diminuição do impacto econômico e social da Doença de Chagas.