Editorial n. clinico n.78 (nov dez 2010)
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2 • Nosso Clínico
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DIRETORESJosé Figuerola,Helena Ambrosio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola
EDITOR RESPONSÁVELFernando Figuerola
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PROJETO GRÁFICOStudio Figuerola
EDITOR DE ARTERoberto J. Nakayama
EDITORAÇÃO ELETRÔNICAMiguel Figuerola
MARKETINGMaster Consultoria e Serviços deMarketing Ltda.Milson da Silva [email protected]
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Lucas Marques ColoméClínica Cirúrgica [email protected]
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ASSINATURASIolanda AmbrosioTel.: (11) [email protected]
REVISTA NOSSO CLÍNICO(ISSN 1808-7191)é uma publicação bimestral daEditoraTroféu Ltda.
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2 • Nosso Clínico
A disputa por alimentosEm outubro passado, conforme declaração de Hélder Mu-
teia (representante da Organização das Nações Unidas paraAgricultura e Alimentação - FAO), noticiou-se que a populaçãohumana mundial deverá passar dos atuais 6 bilhões para 9 bi-lhões até 2050. Isto representa uma necessidade de incremen-tar em 70% a oferta de alimentos. Este fato provavelmente traráimpacto também para os pets. Devemos lembrar que a popu-lação de animais de companhia tem apresentado forte cresci-mento. Por exemplo, na Alemanha (que possui boas estatísti-cas), o número de nascimentos de gatos, cães e cavalos cres-ceram 70%, 22% e 92%, respectivamente, entre 1992 e 2004. Nomesmo período, naquele país, o nascimento de crianças redu-ziu-se em 12%. Isto implica em competição por alimentos. Seno período de 1992-96 o consumo de cerais no mundo dividia-se em alimentos de animais de produção e alimentação huma-na, projeta-se que em 2025 o consumo de cereais terá dois novosgrupos importantes: matérias-primas renovável (20 a 30% doconsumo) e 8 a 12% para consumo de pets. Ou seja, em ummomento que o mundo preocupa-se com a oferta de alimen-tos, o mercado pet eleva a demanda.
Considerando as tecnologias (existentes e em desenvolvi-mento) e o potencial de áreas agricultáveis, a oferta de alimen-tos conseguirá atender os desafios da crescente demanda. Noentanto, é bem possível que ocorram pressões políticas e eco-nômicas com relação ao direcionamento de alimentos parapets, tal como já ocorre com o setor energético. A diferença éque o setor energético encontra-se bem organizado e com re-presentações em diversos fóruns, conseguindo se defender dosataques. E o segmento pet? Está preparando para um cenáriode pressão e questionamento?
Passadas as eleições ocorridas em outubro, o leitor (e elei-tor) consegue identificar quem estará defendendo os interes-sas do segmento pet? Qual a sua bancada e força política? Tal-vez seja o momento de aumentar a representatividade e voz dosegmento, fortalecendo entidades de classe, ONGs e demaisagentes que possam assegurar o crescimento e sucesso dosprofissionais ligados aos animais de companhia no Brasil.
Roberto Arruda de Souza LimaProfessor da ESALQ/USP - Pesquisador do CEPEA