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Vol. XIX • N° 327 • Montreal, 16 de abril de 2015 Cont. na pág 14 Foto Nuno Cansado/LusoPresse. Editorial Um cravo no caixão Por Carlos DE JESUS Depois de vermos as tristes ce- nas que nos ofereceram alguns professo- res da Université du Québec à Montréal (UQAM), e em particular as declarações da presidente do sindicato dos ‘eméritos’ docentes daquela instituição aos microfo- nes da Radio-Canada, em relação ao vanda- lismo e aos atos de sabotagem dos estu- dantes mascarados, que dizer senão, para- fraseando Churchill, que se aos 18 anos não és revolucionário, és um jovem sem ideais, mas se continuas nessa vereda aos 50 és um grandessíssimo asno! Sim, só duma turma de burros – que se intitulam professores – é que se podia esperar que fossem ao ponto de se inter- porem entre a polícia e os malfeitores – ditos ‘estudantes’ – em nome da ‘sacros- santa’ universidade que lhes paga o salário e de acusarem depois o próprio reitor de ser o responsável. Foram ao ponto de pe- dir a demissão dele, imagine-se! O que eles, os professores, acabam Frango inteiro 10 99 com este cupão 4495 St-Laurent, Montréal 514.313.1080 MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

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Vol. XIX • N° 327 • Montreal, 16 de abril de 2015

Cont. na pág 14

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Editorial

Um cravo no caixão• Por Carlos DE JESUS

Depois de vermos as tristes ce-nas que nos ofereceram alguns professo-res da Université du Québec à Montréal(UQAM), e em particular as declaraçõesda presidente do sindicato dos ‘eméritos’docentes daquela instituição aos microfo-nes da Radio-Canada, em relação ao vanda-lismo e aos atos de sabotagem dos estu-dantes mascarados, que dizer senão, para-fraseando Churchill, que se aos 18 anosnão és revolucionário, és um jovem semideais, mas se continuas nessa vereda aos50 és um grandessíssimo asno!

Sim, só duma turma de burros – quese intitulam professores – é que se podiaesperar que fossem ao ponto de se inter-porem entre a polícia e os malfeitores –ditos ‘estudantes’ – em nome da ‘sacros-santa’ universidade que lhes paga o salárioe de acusarem depois o próprio reitor deser o responsável. Foram ao ponto de pe-dir a demissão dele, imagine-se!

O que eles, os professores, acabam

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António RodriguesConselheiro

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Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Filipa Cardoso• Anália Narciso• Nuno Cansado• Lélia Nunes• Vitória Faria

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 5 e 7)

Décimo quinto Dia da Mulher do LusoPresse

Breves dados sobre as 15 homenageadasDepois de aqui se ter relatado o que foi a Festa do 15° Dia da Mulher do LusoPresse,

este ano com dois dias de promoções, hoje queremos apresentar, para ficar para a História Co-munitária, um breve resumo do que são ou fizeram as 15 Mulheres escolhidas pelo LusoPresse,nomeadamente, no decorrer da sua atividade profissional.

Com o slogan de «15 anos, 15 Mulheres», o LusoPresse, em mais uma inédita iniciativa,conseguiu reunir um leque de Mulheres de grande valor, de todos os quadrantes da comunidade,e de todos os domínios de atividade, do Desporto ao Jornalismo; da Dança à Educação; da Po-lítica à Gastronomia e por aí adiante.

Pena é que o LusoPresse não tenha decidido escolher, neste 15° aniversário – uma eternidadepara este tipo de iniciativa – o dobro de Mulheres, pois que nomes com capacidade para issonão faltariam... Mas regras são regras e por isso ficaram de fora Mulheres com tanta capacidadecomo as que agora foram escolhidas.

Mas haverá mais Dias da Mulher organizados pelo LusoPresse no futuro, estamos certos.E com eles, outras iniciativas serão levadas a efeito sempre com a intenção de valorizar a Mu-lher Portuguesa desta comunidade.

Posto isto, cá ficamos à espera de março do próximo ano.

Norberto Aguiar

Luísa QueridoChegou ao Canadá em 1970. Em 1972

começou a trabalhar no projeto Perspective Jeu-nesse, o primeiro de suporte aos imigrantesportugueses, o qual consistia na ajuda do pre-enchimento dos formulários para o desempre-go, a emigração, o socorro social, etc. Depoisde vários projetos sempre de ajuda aos imigran-tes, trabalhou também em projetos de verãocom as crianças da comunidade.

Tendo organizado encontros da comuni-dade portuguesa com representantes do gover-no do Quebeque, aí surgiu o convite para umprograma de televisão em português, o qualcomeçaria em fins de 1973, sob a direção deCarlos Querido, a TV Comunitária.

Profissionalmente trabalhou em contabi-lidade, em bancos, no Turismo de Portugal.

Depois da morte do marido, continuou oprograma de televisão comunitária com o filho,Pedro Querido, o qual viria a acabar em 1997.Em 2001 voltou a animar uma nova emissãotelevisiva em português até à sua aposentação.

Odete CláudioChegou ao Canadá em 1972, com o mari-

do, cinco filhas e dez anos de experiência comoprofessora primária. Depois de pequenos em-pregos e a opinião do oficial da emigração deque nunca poderia trabalhar na sua profissão,acabou por ser convidada pela Luísa Queridopara um projeto junto dos imigrantes. Foi as-sim que acabou como professora na escola daMissão Santa Cruz. Resolveu voltar aos estu-dos e começou na Universidade Concordia um

programa de Psicologia, tendo mudado para aUQAM para um Bac de ensino do Francês emescolas inglesas. Foi neste ensino que fez carrei-ra desde 1976 até à sua aposentação, em 2002.Paralelamente, ensinou na escola portuguesao nível secundário, organizou programas deensino, encontros de professores, elaboroucadernos de exercícios, participou no programaPELO, e foi professora de português dos ne-tos. Só terminou esta atividade em 2012 porrazões de saúde. Publicou livros de históriaspara crianças em português e para adultos emfrancês e inglês sobre espiritualidade.

Adelaide VilelaChegou ao Canadá em 1978, vinda de An-

gola, após o fim da guerra colonial. Depois dealguns pequenos empregos e ajudar mesmo omarido no trabalho de limpezas, começou atrabalhar no Hospital Royal Victoria, onderecebeu a formação de enfermeira auxiliar comoentão se fazia, e aí continuou durante 14 anos.Entretanto voltou aos estudos para estudarjornalismo. Trabalhou no Emigrante, na Vozde Portugal e é colaboradora do LusoPressedesde há anos. Também ensinou, mas a suaprincipal atividade tem sido a escrita. Publicouaté agora oito livros de poesia, tendo algunssido traduzidos em espanhol. É presidente deduas associações de artes na Venezuela e mem-bro de outras na América Latina, como a Casado Poeta. Orgulha-se que a filha aqui nascidafale português e que a neta, cujo pai é marro-quino, também fale a nossa língua. Insiste mui-to para que as famílias leiam às crianças para

perpetuar a nossa língua e conta publicar embreve um livro de histórias para elas.

Jacinta AmâncioNascida numa pequena aldeia, estudou em

Angola, deu um salto a Lisboa para continuaros estudos mas acabou por voltar para Angola,onde se formou em História. Depois da chega-da ao Canadá ensinou na escola portuguesa,dando aulas de português e de história. Come-çou quase imediatamente a trabalhar na CaixaDesjardins Portuguesa, onde subiu todos osescalões até chegar ao posto de diretora. Adorao trabalho que faz, não só porque gosta denúmeros, mas pelo contacto com os clientese o clima de confiança que a Caixa estabeleceucom eles. A Caixa Portuguesa tem uma belaaura na rede das Caixas Desjardins e é conhe-cida pela inovação, os produtos oferecidos àclientela e a qualidade do seu serviço.

Paula de VasconcelosChegou ao Canadá com 4 anos, numa fa-

mília que nunca opôs barreiras à sua vocação.Como muitas meninas estudou ballet, mas ce-do descobriu que, sendo tímida, preferia sercoreógrafa a dançar. Estudou teatro na Concor-dia onde conheceu o marido, com quem fun-dou a companhia Pigeons International em1987, de que é a diretora artística. Tem criadovários espetáculos de teatro-dança, de grandebeleza, sempre saudados elogiosamente pelacrítica. Desde a Trilogia da Terra, “Kill Bill” eem 2014 “Grâce à Dieu, ton corps”. Para alémdesses espetáculos, inovadores, com dançari-nos de todos os horizontes, neles têm partici-pado artistas de teatro de grande prestígio, co-mo Sylvie Moreau e Pascale Montpetit. Temapresentado os seus espetáculos em Portugale através do mundo, além de ensinar em diver-sas universidades do Canadá e ser membro dejúris na área das artes em comités canadianos.Sempre viveu na comunidade portuguesa, oseu atelier de dança é na avenida do Parc, e as-sim é natural que alguns dos seus espetáculostenham raízes portuguesas, como um dos últi-mos, “Boa Goa”, sobre a viagem de Vasco daGama à Índia e o seu impacto nessa sociedade.

Alexandra MendesChegada ao Canadá em 1978, com 15 anos

de idade, nunca viveu na comunidade portugue-sa e tem pouco contacto com ela, pois semprehabitou Brossard. Foi educada pela mãe nalíngua francesa enquanto viveram em Portugal

Luísa Querido Odete Cláudio. Adelaide Vilela. Jacinta Amâncio. Paula Vasconcelos. Alexandra Mendes.

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Página 316 de abril de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

smas o português impôs-se quando aqui desem-barcaram. Viveu o 25 de Abril em Portugal efoi aí que se apaixonou pela política. Trabalhoudurante 15 anos na Maison International, umorganismo comunitário, de ação política nãopartidária. Aos 38 anos decidiu entrar na políti-ca ativa e fê-lo como assessora do deputadodo seu distrito eleitoral. Quando o deputadose retirou aceitou ser candidata do Partido Libe-ral do Canadá por Brossard em 2008, e ganhouas eleições depois de uma recontagem de votos.Foi presidente do Partido Liberal e será de no-vo candidata nas eleições federais no fim desteano. Confessou neste momento viver a maisextraordinária experiência da sua vida, a de seravó a tempo inteiro, de um bebé de poucosmeses de idade.

Maria Fernanda OliveiraChegou ao Canadá em 1960, vinda do Fai-

al, depois da erupção do vulcão dos Capeli-nhos. O marido já tinha sido proprietário deum restaurante e acabou abrindo dois restau-rantes em Montreal. Ela dedicou-se à família eimplicou-se como benévola na comunidade.Em 1979, quando o deputado liberal fez pres-são para que os portugueses se naturalizassem,ela iniciou uma grande ação junto dos com-patriotas e, nas vésperas do referendo de 1980,tinha conseguido que 1 500 se tivessem torna-do cidadãos canadianos e, assim, tivessem ad-quirido o direito de voto. Fez campanha aberta-mente pelo “Não”, o que nem sempre lhe trou-xe simpatias, tendo chegado a ser insultada emesmo agredida, mas conseguiu obter que osportugueses tivessem o direito de se exprimir,sem passar pelas mesmas dificuldades que teveà sua chegada aqui. Recebeu diversas homena-gens do governo canadiano e em 1986 foi no-meada presidente da comunidade portuguesado Quebeque. Ainda hoje, depois de mais demeio século de trabalho benévolo, continuade serviço, certas pessoas chegam a contactá-la pelo telefone, indo mesmo bater-lhe à porta.Foi a primeira mulher portuguesa a ter-se can-didatado a um posto político, ao nível muni-cipal.

Sílvia GarciaNasceu em Lisboa e era pequena quando

os pais emigraram para a cidade de Quebeque.Aí frequentou a escola inglesa, e depois fez es-tudos de arquitetura e de engenharia. Com 16anos começou a militar no Partido Liberal doQuebeque e em 1994 apresentou-se num distri-to eleitoral considerado como seguro. Não ga-nhou as eleições por uma razão circunstancial.Entretanto trabalhou durante vários anos nassuas duas carreiras, ora como arquiteta, ora co-mo engenheira, e ainda hoje é membro dasduas ordens. Foi em seguida conselheira doPrimeiro-Ministro Jean Charest durante 4 anos,

e depois das ministras da Cultura Christine St-Pierre e da Justiça Kathleen Weil. Em 1999 vei-o viver para Montreal, cidade que para ela tinhauma aura de festa, pois era aqui que os pais vi-nham ao Soares & Filhos abastecer-se de pro-dutos portugueses, além de que o pai foi o ar-quiteto da igreja portuguesa. O marido, um ca-nadiano francês, não só fala bem o português,também cozinha à portuguesa. Os filhos falame escrevem bem a nossa língua e até puderambeneficiar do ensino da história portuguesaque ela não teve. Hoje é Chefe de GabineteAdjunta do presidente da Câmara Municipalde Montreal, Denis Coderre.

Ana Maria RodriguesChegou ao Canadá com 3 anos de idade.

Nessa altura ainda não havia escola portuguesaem Montreal e foi em casa com os pais queaprendeu a ler e escrever o português. Foi umadas primeiras da sua geração a fazer estudosuniversitários. Tendo estudado linguística, deuaulas numa escola inglesa mas isso não a satis-fez pois não gostava dos programas que nãotinha qualquer possibilidade de mudar. Cedotinha descoberto que havia muitas injustiçasna sociedade e também falta de apoio aos imi-grantes. Começou então a trabalhar no Centrode Referência e de Promoção Social, e em 1996começou a desenvolver o programa de lutacontra a pobreza e de apoio aos recém-chega-dos. Analfabetos puderam aprender a ler e aescrever, e crianças catalogadas como poucointeligentes puderam completar os seus estu-dos. Entre elas, existe alguém que foi até umpós-doutoramento.

Isabel dos SantosNatural de Faro, chegou ao Canadá nos

anos 90. Depois de estudar em Lisboa no Con-servatório, trabalhou como atriz, nos anospós 25 de Abril, em que o teatro tinha tudo ainventar. A máxima “Torna-te no que tu és”guiou-a e fundou a primeira companhia de tea-tro do Algarve. Pediu então uma bolsa paravir ao Quebeque ver o que aqui se fazia e, apesarda feminista que era, procedeu ao contrário,tomando marido e país nesta terra. Hoje omarido não só fala português como possuitambém o passaporte português. A primeiraoportunidade foi-lhe dada por Michelle Rous-signol no Théâtre d´Aujourd´hui. Trabalhouem vários projetos, no teatro, no cinema, natelevisão e também em política municipal. Nasua passagem pela Câmara Municipal de Mon-treal realizou o projeto dos bancos portugue-ses do Boulevard St-Laurent e só lamenta nãoter tido tempo para os fazer classificar comoarte pública e não simples mobiliário urbano.Tendo deixado a política, voltou à sua antigapaixão e estará este verão no Teatro Prosperonuma tragédia grega.

Julie PereiraÉ filha de imigrantes, pertence à segunda

geração, e é profissional de carreira. Apesardos açorianos em geral não incitarem os filhosa prosseguirem os estudos para além da escolasecundária, ela completou uma formação emcontabilidade e finanças e é Comptable Agréé.Depois de ter atingido o topo na empresa emque trabalhava como revisora oficial de contas,como não queria associar-se mudou para outraempresa como fiscalista onde é presentementediretora-geral. O marido também é um luso-descendente e os dois filhos falam português.Depois de ter estudado ballet, aos 16 anos in-tegrou um grupo de dança folclórica, onde hojeensina e a filha e ela própria dançam. Utilizaesse ensino dentro do rancho folclórico comouma forma de privilegiar o uso do portuguêsentre os jovens. Tem pena que a nossa comuni-dade tenha ainda hoje uma das mais baixas ta-xas de diplomação universitária.

Helena LoureiroChegou ao Canadá em 1988 e foi exata-

mente Maria Fernanda Oliveira, uma das home-nageadas deste ano, quem lhe forneceu o pri-meiro contrato de trabalho. Começou a traba-lhar numa creche mas inscreveu-se imediata-mente no Instituto de Hotelaria, pois queriaaprender a cozinhar “com manteiga”, vistoque já sabia fazê-lo “com azeite”. Depois daexperiência duma caldeirada com cenouras numclube português, qualquer coisa de insólito pa-ra ela, e da cozinheira da creche ter ficado doen-te, nunca mais deixou de cozinhar, tanto nodito clube como na creche. Em 2010, porqueos filhos já estavam mais crescidos, abriu oprimeiro restaurante, o Portus Calle. Diga-secomo um parênteses, que ele foi classificadoentre os 10 melhores restaurantes de Montreale há poucos dias entre os 100 melhores do Ca-nadá. Em 2012 abriu o segundo restaurante, oHelena, e em 2014 o Cantinho de Lisboa. Temuma surpresa para este ano mas não avançoumais. O livro de cozinha “Helena: 100 recettesportugaises”, que escreveu para os canadianos,vendeu 8 000 exemplares, um imenso sucesso.Começou a preparar um novo livro de receitas,ainda para o meio canadiano. Mesmo se os di-as na restauração são muito longos, adora oque faz, pois “vende prazer todos os dias”.

Clementina SantosChegou ao Canadá em 1977, no mês de

janeiro, e no dia seguinte houve uma das maio-res tempestades do século passado, com auto-carros que não circulavam, escolas fechadas etudo o resto. A partir daí, o tempo nunca maisa assustou. Embora tivesse uma formação deeducadora infantil que exercia em Portugal commuito sucesso, como no centro da emigraçãolhe disseram não ter qualquer hipótese nesse

ramo, pôs a ideia de lado. Começou a trabalharno Centro Comunitário St-Louis, onde par-ticipou num teatro inovador para a época, comCarlos Querido, e num projeto de alfabetização.Havia na comunidade muitos analfabetos, al-guns assumidos mas muitos que o escondiam.No Centro havia também um jornal em 5 lín-guas e uma rádio comunitária, que é hoje a Ra-dio Centre-Ville. Esteve ausente durante a in-fância da filha, mas mais tarde voltou ao mun-do do trabalho colaborando na Télé-Québece na Radio Centre-Ville, onde ainda continua,como uma das grandes promotoras deste meiode comunicação comunitário. Presentementeé a Conselheira das Comunidades Portuguesasdo Canadá pelo Quebeque.

Cristina PaulinoNascida no Canadá, é proprietária duma

escola de ballet. Formou-se em Direito poisqueria seguir jornalismo e completou um mes-trado em Ciências da Comunicação. Comotambém gostava muito da dança que praticavadesde criança, foi para a frente com o projetodo negócio de abrir uma escola. Contudo, de-pressa compreendeu que as duas coisas nãoeram possíveis. E escolheu a dança, procurandocriar na sua escola um ambiente calmo, propí-cio ao desenvolvimento das crianças, e de a-companhar a formação dos professores. Atra-vés da escola, situada no boul. St-Laurent,aproximou-se da comunidade portuguesa. Foicriada no meio de portugueses, os amigos dospais eram portugueses, sempre frequentou osrestaurantes portugueses e tem muito orgulhode pertencer a esta comunidade.

Meghan BenfeitoPor estar em competição na Itália não

pode estar presente. Nascida em Montreal em1989, é uma atleta em saltos para a água, indivi-dualmente e em duo com Roseline Filion. Aprimeira medalha ganhou-a aos 16 anos, noCampeonato Mundial da Fina em Montreal.As duas atletas ganharam a medalha de bronzeem 2005, na sua cidade. No ano seguinte volta-ram a ganhar o bronze nos Jogos do Com-monwealth em Melbourne. Meghan ganhouainda nesse ano uma medalha de bronze emcompetição individual na China. Nos primeirosJogos Olímpicos onde participaram, em Pe-quim, classificaram-se em 7º lugar. O ano de2010 foi um de grandes sucessos para ela e noano seguinte ganhou a medalha de prata noCampeonato Mundial da Fina. Nos Jogos O-límpicos seguintes, os de Londres em 2012,ganhou a medalha de bronze com RoselineFilion. A lista de todas as medalhas ganhas,em duo ou em solo, é longa. Este pequenoenunciado é apenas para dar uma ideia da atletaexcecional que ela é.

Por Vitória Faria e Nuno Cansado

Fernanda Oliveira. Sílvia Garcia. Ana Maria Isabel dos Santos. Julie Pereira Helena Loureiro. Clementina Santos. Christine Paulino.

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Crónica sem título...• Por Osvaldo CABRAL

Com esta crónica termino a mi-nha colaboração no “Correio dos Aço-res”, que também vinha sendo publicadano “LusoPresse”.

Foram quase quatro anos a comen-tar os principais acontecimentos do nos-so burgo regional, sempre com a convic-ção de que a interpretação dos factos – aminha interpretação – era comungada pormuitos dos leitores, a julgar pelo númerodaqueles que se me dirigiam, pessoalmen-te, por mensagem ou nos comentáriosdas redes sociais, muitos deles tambémde Montreal.

Espero ter cumprido o desafio paraque me tinham convidado, num momen-to difícil, que foi substituir o registo acuti-lante, profundo e irónico deste grandeMestre que foi Jorge do Nascimento Ca-bral.

Não é um adeus definitivo.É apenas um mudar de endereço, por-

que continuarei a escrever, mas desta vezno jornal centenário “Diário dos Aço-res”, que também pertence ao mesmogrupo do “Correio”.

Passarei a assumir as funções de Dire-tor Executivo de um “Diário” renovadoe mais virado para os nossos tempos mo-dernos.

Como expliquei no primeiro edito-rial, publicado ontem, parto para esta no-va etapa “em nome de duas causas: primei-ro, porque não podia recusar o desafio deAmérico Natalino Viveiros e Paulo Vivei-ros, que vêm desenvolvendo um trabalhoestoico na defesa e manutenção de umaimprensa livre e exigente, numa regiãocada vez mais conformada com as corren-tes dominantes e onde o pensamentopróprio e corajoso vai rareando; segundo,porque é o cumprimento de uma obriga-ção que impus a mim próprio, ou seja, fi-nalizar a minha carreira de 35 anos de jor-nalismo na escola onde aprendi – a im-prensa escrita”.

Por acordo entre o “Diário dos Aço-res” e o “LusoPresse”, este jornal passaráa publicar os meus artigos que assinareino “Diário” e também poderá publicartodos os conteúdos que entender, numaparceria relevante a que chegamos com oquerido amigo Norberto Aguiar.

É por isso que digo que esta crónicanão é um adeus.

É apenas uma crónica de explicação– por isso sem título.

No fundo, é um até já.

Sopram os ventosDa Juventude nas margens Atlânticas

• Por Lélia Pereira DA SILVA NUNES

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“Ficou-nos esta sina de permanecermosunidos. Porque somos irmãos. Continuamospor cá. Entre mar e céu, entre marés e monta-nhas. Divinos, quase. As coisas ou nós? Tudo.[...] Desde o “cagarro” de Santa Maria ao‘manezinho’ da Ilha. Vocês continuam porcá. E nós estamos aí.”

(Daniel de Sá, 2008)

A afirmação “minha cidade de Florianó-polis” já não é mais simples força de expressãode uma moradora tubaronense que há quarentae cinco anos optou por aqui viver. Fato sacra-mentado pelo Vereador Afrânio Boppré(PSOL) e outorgado pela Câmara Municipalde Florianópolis. No dia 23 de março, data doaniversário de 289 anos de cidade, fui agraciadacom o título de Cidadã Honorária, uma honrainegável e incontestável.

O aniversário de Florianópolis coincidiucom a comemoração dos 30 anos de criaçãodo Núcleo de Estudos Açorianos da Universi-dade Federal de Santa Catarina. Tal celebraçãomotivou a vinda dos representantes do Gover-no Regional dos Açores – Rodrigo Oliveira,Subsecretário Regional da Presidência para asRelações Externas e Paulo Teves, Diretor Re-gional das Comunidades.

Em atenção ao convite do Prefeito Muni-cipal de Florianópolis, Cesar Sousa Júnior, es-tive presente por ocasião da visita do Subsecre-tário da Presidência, Rodrigo de Oliveira e doDiretor das Comunidades, Paulo Teves. Umaconversa mais produtiva e cordial, impossível.Tanto Rodrigo Oliveira como Cesar Sousa Jú-nior falaram cheios de entusiasmo dos Açorese de Florianópolis, reiterando o desejo de estrei-tar a parceria e proximidade institucionais como aprofundamento das relações culturais, eco-nômicas e turísticas.

O Subsecretário historiou os Açores deontem e passeou com propriedade pelos Aço-res de hoje, onde vivem cerca de 250 mil habi-tantes, numa área de 2 333km2, ressaltando aprivilegiada localização geográfica, o que lhe

séculos de história cultural por canadas de suaescrita, da sua arte. Por artérias da convergênciao mundo das nossas Ilhas se aproximou deforma tímida numa iniciativa do IHGSC e daUFSC. Seguiram as assinaturas de protocoloscom o Governo Regional dos Açores duranteas visitas oficiais dos Presidentes João BoscoMota Amaral, Alberto António Madruga daCosta e Carlos Manuel Martins do Vale Césarem cujo governo multiplicaram-se as ações eapoios a projetos culturais sempre visando for-talecer os laços identitários e promover o co-nhecimento da comunidade diaspórica.

Sorrio, deliciada, ao lembrar a passagemmeteórica dos músicos Zeca Medeiros e de LuísAlberto Bettencourt; da apresentação da peça“Os sonhos do Infante” de Álamo Oliveirapelo Grupo Alpendre; a aventura das Filarmô-nicas União Praiense e União e Progresso Ma-dalense da Ilha do Pico a desfilarem desde Flo-rianópolis até São Joaquim e da emoção doPadre Marcos Martinho na coroação à modado Pico na Festa do Divino de Santo Antôniode Lisboa; da alegria da nossa gente ao rece-berem as Coroas do Espírito Santo doadaspelo Governo dos Açores e, também, pelaAssociação de Municípios Ilha do Pico; davinda de colegas professores da Universidadedos Açores e dos saberes partilhados; do en-cantamento dos jornalistas da RTP Açores,Isabel Gomes e João Simas com a Ilha de cá ea participação de Alzira Serpa Silva na secularProcissão do Senhor dos Passos, logo na suaprimeira visita, escancarando a porta açoriana,de lés a lés, para o vento benfazejo das açõesconcretas, educativas, formadoras, num cres-cente intercâmbio de ideias, experiências, pro-jetos literários e artísticos. A edição do Cami-nhos do Mar, Antologia Poética: Açores –Santa Catarina (orgs. Bettencourt,U/Jun-kes,L.) e o “Encontro Travessias”, realizadoem outubro de 2005 em Florianópolis e PortoAlegre, reuniu os escritores açorianos ÁlamoOliveira, Eduíno de Jesus, Ivo Machado, JoelNeto, Vamberto e Adelaide Freitas e escritorese jornalistas catarinenses, renascendo o diálogoplural, desde a Ilha de Santa Catarina até o“Porto dos Casaes”, embalado pela travessiaempreitada ou pelo movimento incessante dasmarés.

Inesquecível a minha emoção ao pisar aIlha de São Miguel a 2 de novembro de 1986.Sem dúvida amor à primeira vista. Fui precedidapor Walter Piazza, Celestino Sachet e OsvaldoFerreira de Melo – agraciado com a ComendaInfante Dom Henrique em 1989, outorga doPresidente Mario Soares. De lá para cá, muitaágua rolou por este “Rio Atlântico” — doOnésimo Teotónio Almeida e que aqui estevea palestrar, em julho de 2002.

Muito se fez nestes anos todos e muitohá pra se fazer. A necessidade premente de in-centivar as relações institucionais entre cidades-irmãs, valorizando as afinidades e desenvolven-do as potencialidades econômicas e sociais ecito, à guisa de exemplo, a geminação de Flori-anópolis com as cidades de Angra do Heroís-mo em 1995 e Ponta Delgada desde junho de2003, por ocasião da visita oficial da PrefeitaAngela Amin (retribuída anos mais tarde porBerta Cabral).

Quem sabe se, na visita que o prefeito deFlorianópolis pretende fazer aos Açores, nãopossa incluir um encontro às cidades-irmãs?Que tal vir para as Grandes Festas do EspíritoSanto do Concelho de Ponta Delgada em ju-lho? Fica aí a sugestão.

Esse é o momento da nova geração, o fu-

confere uma posição geopolítica e geoestraté-gica e um inevitável processo de interação como exterior, expandindo-se em convivências so-ciais e globais. Não deixa de ser uma portaaberta para os irmãos catarinenses. É bom lem-brar que os Açores de hoje vive um momentode mudanças quer no campo econômico, ondea agropecuária é uma das principais fontes derenda da região, em que se observa o visívelcrescimento do setor turístico; quer na produ-ção científica e cultural, na educação das novasgerações e na promoção social da população.

Já o Prefeito de Florianópolis, não deixoupor menos, ao falar sobre o crescimento sócioeconômico, com destaque para os avanços nosetor de serviços e no turismo. Sobretudo, res-saltou o desenvolvimento social do município(melhor IDH do País entre as capitais) e asconquistas no campo da educação. Tudo issofaz da capital dos catarinenses a cidade de me-lhor qualidade de vida do País.

Assisti a uma conversa animada entre doisjovens gestores que carregam no olhar a maturi-dade de quem faz uma trajetória profissional epública respeitada. Incluo Paulo Teves, cujotrabalho dedicado às comunidades é uma refe-rência desde a inigualável administração de Al-zira Serpa Silva, a grande impulsionadora dasrelações entre Açores e Santa Catarina.

Cesar Sousa Júnior e Rodrigo Oliveira fala-ram de projetos futuros como a cessão de espa-ço no Mercado Público para Casa dos Açores(aliás, na administração Angela Amin foi ce-dido um espaço público para o mesmo fim,com o apoio do Governo dos Açores e quenão teve a continuidade esperada); a presençados Açores no futuro Museu da Cidade, emprédio edificado pelo açoriano Thomas Joa-quim da Costa e da próxima visita do Prefeitode Florianópolis aos Açores. Olhando-os, per-cebi que, naquele instante, eu testemunhava onascimento de uma nova era. Senti o forte so-prar dos ventos da nova geração a oxigenar oslaços estabelecidos ao longo da nossa históriacomum. Diante de mim desenhava-se a certezade que o construído num passado, não tãodistante, não estava fadado a desaparecer, mui-to menos de arrefecer a memória indelével dosafetos partilhados nas duas margens e consoli-dada por tantas ações de cooperação e tanto ire vir pelos caminhos do mar. Sei que naquelasala eu representava o ontem, a página escritaque jamais será apagada.

Novos rumos se abrem. Novas vozes en-riquecem o diálogo iniciado, em 1984, com aida aos Açores dos Professores Ernani Bayer eHamilton Savi, na época Reitor e Vice-Reitorda UFSC, que tiveram no professor GeorgeAgostinho Silva um grande incentivador dessaaproximação e com a vinda do Professor An-tônio Machado Pires, então reitor da Universi-dade dos Açores.

Um caleidoscópio de imagens, lembranças ecores me transportam no tempo fazendo re-cordar das primeiras caras açorianas que chega-ram por cá e dos catarinenses por aí, cheios decuriosidades para desvendar a sua história. Go-vernantes, reitores, professores, investigado-res, escritores, poetas, cineastas, músicos, arte-sãos, artistas plásticos, fotógrafos, jornalistas,empresários, estudantes. Vozes que romperam

turo. Chegou a sua vez de colocar na vitrina as“nossas” potencialidades e avançar por aveni-das de mar e de se encontrar na esquina dasIlhas.

Afinal, sopram os ventos da Juventude...

L P

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Perante vasta plateia...Denis Lebel senta-se à mesa com Manuel Puga

• Reportagem de Nuno CANSADO, estagiário

Desta vez foi em Blainville, no HotelLe Mirage, que o jornal LusoPresse seguiu deperto mais um evento de apresentação da can-didatura pelo Partido Conservador do Canadáde Manuel Puga. Depois do restaurante portu-guês Étoile de l’océan, onde Manuel Puga e ochefe de campanha Jean Charles Gaudet deramuma conferência de imprensa aos jornalistas,agora foi a vez de um hotel pertencente aopróprio candidato ser o palco do almoço ofi-cial de apresentação da sua candidatura. Alémdo jornal LusoPresse, a LusaQ TV esteve tam-bém no local e conseguiu falar, não só com ocandidato Manuel Puga, mas com a sua esposaConceição Puga, e o próprio ministro do Par-tido Conservador, Denis Lebel.

Denis Lebel, o ministro responsável portodos os projetos que envolvem infraestruturasno Canadá, sentou-se à mesa com o candidatoportuguês, demonstrando assim o apoio à suacandidatura da circunscrição que engloba as ci-dades de Sainte-Thérèse, Blainville, Lorraine eBois-des-Fillion.

Durante cerca de duas horas o ministro,para além de discursar para toda a sala, aindateve tempo para, de mesa em mesa, saudar to-dos os convidados e falar pessoalmente comalgumas figuras que fizeram parte das cerca de100 pessoas que marcaram presença no HotelLe Mirage, na cidade de Blainville, como sim-patizantes e apoiantes da candidatura de ManuelPuga.

O encontro realizou-se no passado dia10 de abril, e contou com a presença de váriaspessoas da comunidade local de negócios da-quela cidade e arredores. Para além da sua esposae os seus filhos, muitos foram aqueles que fize-ram parte da sala que se encheu para ouvir ocandidato Manuel Puga, mas também para ou-virem algumas palavras do atual ministro dasinfraestruturas do Canadá Denis Lebel.

Das cerca de 15 mesas que estavam distri-buídas pela sala, pelo menos 4 eram constituí-das por portugueses.

Durante a cerimónia, que começou porvolta das 12:00, o ministro usou da palavra efalou a todos os que ali compareceram. DenisLebel deu como exemplo a sua última eleiçãopara falar sobre esperança. Nunca pensou queum dia viesse a ser eleito, nem tão pouco minis-tro… Para além de ter tido uma concorrênciaforte, representava a zona mais independen-tista do Quebeque, o que à partida lhe poderiaroubar muitos votos para os partidos da opo-sição. Depois de muito trabalho, insistência eesperança, conseguiu aquilo que muita gentenão acreditava, e é atualmente o ministro dasInfraestruturas do Canadá em representaçãodo Partido Conservador e responsável da pro-víncia do Quebeque no seio do Conselho deMinistros.

Um pouco emocionado pela presença dasua família, o candidato Manuel Puga tambémfez questão de transmitir algumas palavras pe-rante todas as pessoas. Para além de agradecerà sua família pelo apoio que tem recebido aolongo dos anos, e muito necessário nesta al-tura, disse que aderiu ao Partido Conservadorporque é o partido que melhor defende os in-teresses que como candidato também define

como prioridade. Manuel Puga diz que o Par-tido Conservador é pouco intervencionista eé o partido que melhor defende os interesseseconómicos do País, bem como os interessesde todas as suas famílias. Notou-se que ManuelPuga é um ferrenho admirador do primeiro-ministro Stephen Harper.

L P

A apresentação oficial da candidatura de Manu-el Puga mereceu honras da presença de DenisLebel, o mais importante ministro conservadorno Quebeque. Na foto de Nuno Cansado/Luso-Presse, vê-se o ministro, na presença do candidatoe outros jornalistas, a prestar declarações à LusaQTV.

Conceição Botelho,na companhia de dois dosseus três filhos, explica como será feita a gerênciado hotel de que são donos, caso Manuel Pugaseja eleito e tenha, por isso, de passar a desem-penhar a função de deputado federal. Foto deNuno Cansado/LusoPresse.

Muita gente conhecida no grupo de portuguesesque marcou presença no Hotel Le Mirage paraassistir ao lançamento de candidatura de Ma-nuel Puga às eleições federais do próximo outo-no sob as cores do Partido Conservador do Ca-nadá. Foto de Nuno Cansado/LusoPresse.

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Página 816 de abril de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Caro Norberto,

É a ti que cabem os nossos agrade-cimentos sinceros, pois foi a tua iniciativa evontade que tornaram possível que as mu-lheres da nossa comunidade se sintam reco-nhecidas e apreciadas.

Não conheço outro organismo ou ór-gão de comunicação que não seja “femini-no” que tenha demonstrado tanto empe-nho, ao longo de quinze anos sem interrup-ção, em ho-menagear as mulheres.

Permite-me que através de ti, preste asminhas homenagens sinceras às mulheresque te formaram e apoiaram tão bem, paraque hoje sejas o homem generoso e confianteque conhecemos: a tua Mãe e a tua mulher.Comove-me sempre quando te ouço agradecera Anália, sente-se que te vem do coração eque não tens a menor hesitação em reconhecera parte importante – fundamental mesmo– que ela representa no teu sucesso.

E embora nunca tenha conhecido a tuaMãe, ficou-me gravada a imagem forte queadivinhei nas vossas palavras quando doseu funeral.

Com um grande abraço muito agrade-cido,

Alexandra

Alexandra MendèsCandidateParti libéral du Canada Brossard - Saint-LambertLiberal Party of Canada Brossard - Saint-Lambert(514) 260-9315http:/alexandramendes.liberal.ca/https://www.facebook.compages/AlexandraMend%C3%A8s44955761430

Esta é a nota que Alexandra Mendes,galardoada no 15° Dia da Mulher do Luso-Presse, enviou ao nosso Editor e chefe deredação, Norberto Aguiar, como forma deagradecimento por tudo quanto ele tem feito– mais as suas equipas – a favor da Mulherportuguesa comunitária.

Por serem mais ou menos do mesmoteor, dispensamos de publicar outros textosde outras Mulheres galardoadas na mesmaocasião. L P

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Página 916 de abril de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Bilhete de Lisboa

Desporto• Por Filipa CARDOSO

Em Portugal o “desporto rei” é, e julgo quecontinuará a ser, o futebol.

Contudo o desporto nacional tem conquistadolugares, ao mais alto nível, em várias modalidades.

– Nelson Évora, especialista no triplo-salto,ganhou, recentemente, mais precisamente no pas-sado dia 7 de março, a medalha de ouro nos Europeusde Pista Coberta de Praga (República Checa).

Natural de Cabo Verde, com 30 anos de idade,conquistou várias medalhas de ouro, a saber: em2007, no Mundial de Atletismo, em Osaka, em 2008nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2009 nas Uni-versíadas de Belgrado e em 2011 nas Universíadasde Shenzhen.

No ano de 2012 Nelson sofre uma lesão gravee é operado a uma das tíbias sendo-lhe colocado fer-ros e parafusos... Passados cerca de 4 meses foi ope-rado novamente pois sofria de uma infeção correndoo risco de ser amputado.

A operação foi bem-sucedida. Com muita per-sistência, apoio do seu treinador João Ganço e a in-tervenção competente da equipa médica que o assis-tiu, Nelson Évora consegue com um extraordináriosalto de 17,21 metros subir ao pódio e ganhar umanova medalha de ouro.

– Ana Filipa Martins é atualmente a primeirano ranking mundial de ginástica artística.

Em outubro do ano passado ganhou a medalhade ouro na Taça do Mundo de Ginástica Artísticano exercício do solo e ficou em terceiro lugar naprova de saltos.

Tem 19 anos, é natural do Porto e aposta tudo numbom resultado nos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil.

– Rui Bragança, de 23 anos, natural de Guima-rães, estudante do 5º ano de medicina é o campeãoda Europa de taekwondo (arte marcial coreana) nacategoria de -58 quilos.

Ainda muito jovem Rui iniciou-se na nataçãomas passado pouco tempo, e estando já na equipade competição, foi obrigado a abandonar a modalida-de por ser alérgico ao cloro.

Esta situação levou a que ingressasse nos treinosde taekwondo, e em 2007, com apenas 13 anos, al-cançou o 3º lugar no Campeonato da Europa de Ju-niores.

– Marcos Freitas, de 27 anos, natural da Madeira,é hoje em dia o segundo melhor mesa-tenista euro-peu e o nono melhor do mundo, sendo naturalmen-te o melhor português da modalidade.

Marcos emigrou para a Áustria há uma décadapara poder treinar com a elite do ténis de mesa.

– Telma Monteiro, de 29 anos, é a menina boni-ta do judo português.

Soma 4 títulos de campeã europeia, 3 títulos device campeã mundial e acaba de ascender a líder mun-dial na categoria de -57 quilos.

Telma foi escolhida para ser a porta-estandarteda Comitiva Portuguesa aos Jogos Olímpicos deLondres.

Por fim, havendo muitos outros atletas merece-dores de serem mencionados, retenho-me no arqui-teto e cavaleiro Bruno Pica da Conceição.

Natural do Barreiro, conseguiu pela primeiravez, em 2014, na Áustria, ganhar as três provas deum Campeonato do Mundo de Equitação de Traba-lho (Dressage, Maneabilidade e Velocidade), tendogarantido o título de Campeão do Mundo, que somaao de Campeão da Europa conseguido, em 2013,em Itália. L P

Francisco José Viegas em Montreal

Francisco José Viegas, professor, romancista, radialista,jornalista, político, autor de As Duas Águas do Mar, Um CéuDemasiado Azul e Longe de Manaus, está de volta a Montreal,desta vez para participar no Festival Internacional de LiteraturaMetropolis Bleu, onde irá participar em vários eventos, de que sedestacam os seguintes:

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, 23 de abril de2015, das 16 às 19 horas, num encontro-tertúlia com vários auto-res lusófonos, lusitanos e ou lusófilos. Este encontro-tertúliadesenrola-se à volta de um dos bancos com citações de autoresportugueses, em português e em francês.

Oficina de Escrita, 24 de abril, das 10 às 12 horas, no Goethe-Institut, Bureau 100, 1626 BoulevardSaint-Laurent. Esta oficina desenrola-seem português.

Lecture-Espresso, no dia 26 de abril,das 13 às 14 horas na Livraria do Festival,no Hotel 10, sito em 10 SherbrookeOuest, Montreal:

Eurapéro littéraire, no dia 26 deabril, das 17 às 19 horas, no Blu Il Risto-rante, 1112, rue Sherbrooke Ouest,Montreal.

Tivemos a notícia, em primeira-mão, do próximo romance policial deFrancisco José Viegas: o pano de fundodo livro é Montreal e os personagensprincipais são figuras reais ou ficcionadasdesta metrópole da América do Norte.

A participação de Francisco José Vi-egas está a ser organizada pelos EstudosLusófonos da Universidade de Montreale pelo Consulado-Geral de Portugal emMontreal com o apoio do Camões, Ins-tituto da Cooperação e da Língua inte-gra-se no projeto Lisez l’Europe e é fi-nanciada pela EUNIC (European UnionNational Institutes for Culture in Ca-nada).

BIOBIBLIOGRAFIAhtt p://www.bertrandeditora.pt/

autores/ficha?id=2884Francisco José Viegas nasceu em

1962. Professor, jornalista e editor, é res-ponsável pela revista Ler e foi tambémdiretor da revista Grande Reportagem eda Casa Fernando Pessoa. De junho de2011 a outubro de 2012 exerceu o cargode Secretário de Estado da Cultura doXIX Governo Constitucional. Colabo-rou em vários jornais e revistas, e foi au-tor de vários programas na rádio e tele-visão.

Da sua obra destacam-se livros depoesia (Metade da Vida, O Puro e o Im-puro, Se Me Comovesse o Amor) e osromances Regresso por um Rio, Crimeem Ponta Delgada, Morte no Estádio,As Duas Águas do Mar, Um Céu Dema-siado Azul, Um Crime na Exposição,Um Crime Capital, Lourenço Marques,Longe de Manaus (Grande Prémio deRomance e Novela da Associação Portu-guesa de Escritores 2005), O Mar emCasablanca e O Colecionador de Erva(2013).

Os seus livros estão publicados emItália, Alemanha, Brasil, França, Colôm-bia e República Checa.

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LusoPresse e LusaQ TV...

Convidados a bordo com o comandante Robert Piché• Reportagem de Nuno CANSADO, estagiário

O jornal LusoPresse e o programade televisão LusaQ TV tiveram a honra de serconvidados a embarcar no voo que fez partedo grande evento «La Grande envolée du com-mandant Piché». Realizado com o objetivo daobtenção --de fundos para a Fundação RobertPiché, o evento teve como principal atraçãouma viagem durante uma hora de voo num dosAirbus A330 com parceira de negócios AirTransat, comandado pelo piloto que se tornoucélebre por ter aterrado de emergência em agos-to de 2001 no aeroporto das Lajes, na ilha Ter-ceira, com mais de 300 passageiros a bordo, nasua maioria portugueses.

Antes de iniciado o voo, houve a possibili-dade de visitar o comandante no cockpit a fimde se fazerem registos fotográficos, bem comoentrevistas com os meios de comunicação socialpresentes. Karene Aguiar foi quem conduziu aentrevista do comandante para o programa se-manal LusaQ TV, entrevista que será transmitidano próximo sábado pelas 11h00 no canal 47(sinal aberto), canais 16 ou 616 em alta definição(Videotron), canais 216 Fibe ou 1216 em altadefinição (Bell). Também para a LusaQ TV foientrevistado o Cônsul-geral de Portugal emMontreal, José Guedes de Sousa, e Manuel Vi-deira, membro da organização do evento.

O preço dos bilhetes para o voo foi de

500 $ e ainda havia 12 lugares disponíveis emclasse executiva a 1 000 $ cada. Um Cocktaildînatoire, servido no Hotel Marriot do termi-nal do Aeroporto Pierre-Elliot-Trudeau, espe-rava depois do voo todos os convidados quedurante uma hora sobrevoaram a província que-bequense. Os valores dos bilhetes até pareciamelevados, não fossem a maioria dos presentesfiguras conhecidas da sociedade canadiana quefizeram questão de se envolver de forma a con-tribuir para a fundação que se dedica à reabilita-ção e inserção social na comunidade de pessoasque sofrem ou sofreram de uma dependência.Entre as várias presenças, havia antigos gover-nantes, celebridades ligadas ao desporto, humo-ristas, atores, etc.

O nome de Robert Piché ficará para a his-tória da aviação, depois de ter planado sobre oOceano Atlântico com um Airbus A330 duran-

te mais de 20 minutos antes de aterrar comcerca de 300 passageiros a bordo.

O incidente ocorreu no dia 24 de agostode 2001.

Um dia antes, o voo da Air Transat sai do

aeroporto internacional Pearson de Toronto,com destino ao aeroporto da Portela, em Lis-boa. Dos 304 passageiros, mais de 250 eramportugueses. Após 5 horas, Piché e o seu copi-loto Dirk Jager verificam alguns indicadoresde que algo não estaria bem com a aeronave.Cerca de meia hora mais tarde surge novamen-te um alerta na cabine, havia uma quantidadede combustível muito superior num dos tan-ques que possui o avião o que seria necessáriofazer uma repartição do combustível para ummaior equilíbrio da aeronave. Tentativa que serevela falhada, o que implicou por parte da tri-pulação a ter de tomar uma decisão que se reve-lou a mais acertada. Verificam que não haviacombustível suficiente para chegar a Lisboa edecidem voltar para trás, tentando assim aterrarnos Açores. Depois de entrarem em contatocom uma das torres de controlo de tráfego aé-

reo instalada no arquipélago, recebem a indica-ção que o aeroporto mais próximo é nas Lajes,na ilha Terceira.

Alguns momentos depois de decidiremfazer a aterragem nas Lajes o motor do ladodireito do avião fica sem combustível e para, oque fez com que o avião ficasse a funcionar

apenas com um motor. Dez minutos maistarde o motor esquerdo também para, obrigan-do o A330 ao sabor das leis da física planandonaquele que foi o maior voo com passageirosplanado da história da aviação registado atéhoje.

Claro que com os motores desligados, oavião planou durante mais de 20 minutos emdireção ao aeroporto das Lajes, aterrando aliem segurança. Um papel importante tiveramtambém aqueles que naquela noite estavam aoserviço na torre de controlo que, segundo sesabe, tiveram durante todo o tempo enquantoo avião descia em direção à ilha em contacto

com a tripulação do avião.

A Fundação Robert PichéCriada com o objetivo de reabilitar pessoas

com problemas de dependência com o álcoole outros tipos de droga, a Fundação que temcomo diretor geral Elphège Roussel, trabalhapara reintegrar socialmente e de forma adequadaas pessoas na comunidade.

Desde 2010 que a fundação procura solu-ções no sentido de se autofinanciar, bem comopara obter uma maior notoriedade junto dacomunidade e de futuros parceiros de negócio.Expedições, parcerias e eventos, são algunsexemplos que a fundação se tem vindo a apoiarpara levar avante o seu objetivo. No ano de2010 Robert Piché e a sua equipa subiram atéao cume do Kilimanjaro, situado a norte daTanzânia na fronteira com o Quénia. Tambémconstam expedições ao Evereste, situado nascordilheiras dos Himalaias, a Machu Picchuno Peru, na Patagónia, entre muitos outroslocais. Para além das expedições, também sãorealizados anualmente os clássicos torneiosde golfe, bem como soirées e outros tipos deencontros com o Jet-7 canadiano. Não só afundação agradece como o próprio públicofaz questão de apadrinhar a causa ligada aomuito famoso piloto canadiano.

Analisando todo o trabalho desenvolvidona última década, pode dizer-se que o pilototem conseguido aproveitar e canalizar toda asua popularidade em prol da fundação.

Karene Aguiar, pela LusaQ TV, e NunoCansado, pelo LusoPresse, seguiram novoo «La grande envolée du commandantPiché» que durante uma hora percorreuos céus do Quebeque... Franck Pierronfoi o operador de câmara que acompa-nhou os dois jovens jornalistas.

L P

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O complexo de Édipo• Por Osvaldo CABRAL

Da autoria de Carlos TaveiraLivro sobreMarie-Josèphe-Angé-liqueCom a chancela de “Les Éditions

L’Interligne”, Otawa, aqui vai a capa e o comu-nicado de imprensa do meu novo romance“Mots et marées 02” (Palavras e marés tomo2), disponível a partir do dia 15 de abril. Títulosecundário: “Les maux de Marie-Josèphe-An-gélique” (As mágoas de Marie-Josèphe-Angé-lique).

A heroína do romance é uma escrava ne-gra, nascida em Lisboa por volta de 1705 e en-forcada em Montreal aos 29 anos.

A realidadeMarie-Josèphe-Angélique existiu. Aos

nove anos de idade foi vendida em Lisboa aum flamengo que se instalou em Nova Iorque.Adulta, foi comprada por um canadiano daNova-França instalado em Montreal. Algunsanos depois é acusada de ter posto fogo àmoradia dos mestres provocando um incêndioque destruirá umas quarenta casas. Julgada etorturada segundo os trâmites legais da época,é enforcada na baixa da cidade.

A ficçãoNicolas Dasilva, filho de Pedro da Silva dito

o Português (objeto do romance anterior: «Motset marées»), descobre no cofre do defunto paiuma mensagem proveniente de Lisboa quenão tinha sido entregue. Nicolas, um cons-trutor independente da cidade do Quebeque,aproveita e realiza um antigo sonho: uma ca-valgada pelo «Chemin du roy» até à cidade deMontreal para entregar essa mensagem à es-crava condenada.

Ficha técnicaTítulo: Mots et marées tome 2.Título secundário: Les maux de Marie-Josèphe-Angélique.Editor: Les Éditions L’InterlignePáginas: 216.ISBN: 9782896994373.Distribuição: Prologue (http:/www.prologue.ca/668838-43-livreVie_pratique_et_vie_familialeMots_et_marees_02.html?&Recherche=taveira&Critere=Aueur&tri=10_desc_1_asc&pRetour=00_800&page=1)

Conta a mitologia grega que numatarde cinzenta e invernosa, em pleno cenáriobucólico – provavelmente semelhante à pacateznatural de uma ilha açoriana – Laio, Rei de Tebas,terá sido abordado por um Oráculo, que o aler-tou para o seu futuro inesperado: “vais ser as-sassinado pelo teu próprio filho!”.

Incrédulo, Laio jamais pensaria que o filho,de seu nome Édipo, fosse capaz de tal traição,ele que demonstrava tanto amor ao pai e à mãe.

Um mito é um mito e a história diz que elese confirmou.

O ato de Édipo foi estudado, muitos anosdepois, por um senhor psicanalista chamadoSigmund Freud.

No livro “A interpretação dos sonhos”,publicado em 1899, Freud explica o porquêdeste fenómeno como conjunto de desígniosamorosos e hostis que uma criança experimentaem relação aos pais, dando-lhe o nome de “com-plexo de Édipo”.

Para o psicanalista, o desejo edipiano –disputa entre a criança e o progenitor – é umfenómeno universal psicológico inato dos se-res humanos e a causa de culpa inconsciente.

Recordo esta história por uma razão muitosimples: olhe-se para o que o PSD dos Açoresse prepara para fazer a Mota Amaral.

O complexo de Édipo acaba mal.Depois de matar o pai, Édipo

automutilou-se... •••

OUTROS COMPLEXOS – Os Aço-res sofrem de uma patologia crónica a que euchamei, numa nota de há alguns meses, ofenómeno do “há-de-se ver”.

Vem aí tempestade?Vêm aí as low-cost?Vêm aí as quotas leiteiras?Pois há-de-se ver...Atente-se a isto: dez dias depois da entrada

em vigor do novo modelo de transportes aé-reos é que a SATA criou um site na internet pa-ra facilitar a vida aos passageiros que pretendemencaminhamentos.

Onze dias depois foi a vez do SecretárioRegional de Turismo anunciar uma linha telefó-nica de apoio aos passageiros para quaisqueresclarecimentos sobre o novo modelo.

Uma semana depois é que os taxistas vie-ram avisar que irão colocar placas informativascom os tarifários da bandeirada.

Quase quinze dias depois da operação éque “descobriram” que a TAP tinha abando-nado as rotas do Faial e Pico, que isso era “com-petência da República” e que, afinal, havia “umacordo entre a TAP e SATA” para estas rotas.

Três dias depois é que também descobri-ram que os CTT, afinal, não estavam prepara-dos para pagar os re-embolsos.

Mesmo em cima do início do novo mo-delo é que o Secretário Regional fez romariapelas ilhas, em sessões de esclarecimento pro-movidas pelo partido, para explicar a novaoperação, enquanto os comerciantes e o muni-cípio de Ponta Delgada, por seu lado, reuniam-se na Câmara de Comércio para debater o im-pacto do novo cenário.

Tudo em cima do joelho.A patologia não tem cura.

•••

FESTIVAIS – Outra doença regional éaquela em que o que é de fora é que é bom.

As nossas autarquias são pródigas nestaaposta dos de fora para cabeças de cartaz, en-quanto os de cá de dentro vão minguandopor uma oportunidade para mostrarem as suasqualidades.

Não é só na área artística e festivaleira.A parada já vai em ilustres personalidades

desconhecidas promovidas a celebridades.Quem é Sampaio da Nóvoa?Qual a sua ligação aos Açores?Desde quando um candidato a candidato

presidencial é condição para ser orador numafesta comemorativa de elevação de vila a cidade?

Apenas por afinidade partidária?Há gente que se deslumbra com o dinhei-

ro dos contribuintes.L P

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Liga dos Combatentes

Jantar de confraternização• Por Anália NARCISO

A Liga dos Combatentes, secção doQuebeque, levou a efeito um jantar de confrater-nização dos seus membros, antigos soldados,esposas destes, familiares, e outros amigos,muitos deles sem filiação ao exército portu-guês, mas ligados, por amizade, aos membros

efetivos desta organização muito peculiar.O jantar, de qualidade superior, teve lugar

no Clube Portugal de Montreal, «a nossa casa»,como diria o presidente do organismo, SenhorAntónio Santiago. Foi composto de uma entra-da saborosíssima de camarão ao alho, uma belasopa, seguida de uma salada fresquíssima; obife de vitela, a nossa escolha e do Norberto,estava de maneira que quase se derretia na boca... Reparem que o que aqui se diz é verdade pura!

Note-se, entretanto, que antes, durante edepois do belo repasto, o convívio foi muitoagradável, pela simpatia das pessoas, havendoalgumas que nem conhecíamos.

No decorrer da simples mas agradável soi-rée ficámos a saber que a Liga dos Combaten-tes, secção Quebeque, assenta a sua organiza-ção no interior do Clube Portugal de Montreal,numa colaboração sempre de louvar.

Antes do final do convívio, o primeirodeste ano, o presidente António Santiago, nacompanhia de Manuel dos Santos, um soldadoagraciado pelo governo português mercê dosseus atos de bravura aquando da guerra na Gui-

né-Bissau, entregou diplomas aos sócios emembros presentes, num gesto de plena ami-zade.

Num aparte, gostaríamos de deixar aquimais uma nota positiva e que tem a ver com asmodificações que notámos terem sido feitasnas instalações do popular Clube. Parabénspelos melhoramentos. Com eles, o Clube estámuito mais airoso; mais atraente. Então a vi-draça da sua fachada, vem dar um toque de mo-dernismo que não é de desprezar.

Dia 23 de abrilLiteratura Portuguesa no Dia Mundial do Livro

Os Estudos Portugueses e Lusófonos do Departamento de Literaturas e LínguasModernas da Universidade de Montreal e o grupo «Lisez l´Europe» com o apoio do «Fonds duLivre du Canada de Patrimoine canadien», da «Société de développement des entreprises cultu-relles», do «Conseil des arts du Canada» e do «Ministère de l’Éducation, du Loisir et du Sport» edo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua participam nas comemorações do «Dia Mun-dial do Livro e dos Direitos de Autor». Ao longo de vinte anos que a iniciativa já percorreu, pra-ticamente todas as literaturas se fizeram representar, menos a portuguesa. Foi desta! A propostaganhadora apresentada pelos Estudos Lusófonos da Universidade de Montreal foi selecionadapela sua originalidade, pela ligação com o tema, pelo seu impacto no enriquecimento da vida li-terária e pela ampliação e variedade dos públicos visados.

No dia 23 de abril de 2015, das 16 às 19 horas, convidam-se os membros da comunidadeportuguesa e montrealense a marcarem presença num dos 12 bancos com citações de autoresportugueses espalhados pela Avenida Saint-Laurent, no coração do Bairro Português, levandoum livro para trocar com outro, como manda a tradição e participar nas tertúlias que se desenrolamà volta das várias peças de mobiliário urbano.

Conta-se com a participação do escritor Francisco José Viegas e de vários autores lusófonos, lusitanose ou lusófilos: Manuel Carvalho, Isabel dos Santos, Patrice Lessard, Mary Soderstrom, entre outros.

Espera-se que este acontecimento tenha uma grande participação e constitua um grandemomento de promoção e difusão da literatura e de autores portugueses.

Combatentes - Ojantar, que estavauma delícia, e adistribuição ded i p l o m a s . D e -pois, a equipa doClube responsá-vel pelo bem-co-mer dos convivas.Finalmente, o no-vo bar do «ve-lho» Clube. FotosLusoPresse.

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Em maio...

Fado de Coimbra vem até Montreal• Reportagem de Nuno CANSADO, estagiário

FERREIRA CAFÉ, Montreal – Foino Restaurante Ferreira Café, em Montreal, queLeonardo Soares, presidente da muito recenteLusobec (Fundação sem fins lucrativos criadapor estes dias) divulgou o programa para agrande noite do Fado de Coimbra, que terá lu-gar no dia 9 de maio de 2015, na cidade deMontreal. O espetáculo que contará com a pre-sença de artistas locais, e não só, como CathyPimentel, do diretor artístico português do gru-po Lusitaniae Musica, Filipe Batista, do vio-lonista Mario Giroux e da pianista Ingrid Hol-lerbach, irá também contar com a presença detrês guitarristas provenientes do continenteportuguês.

Os «mestres» da guitarra portuguesa sãotrês, e vêm de Coimbra. Rui Pato é médicopneumologista diplomado por aquela Univer-sidade e desde muito cedo dedica-se ao estudoda viola e da guitarra clássica; Octávio Sérgio,diplomado em ciências físico-químicas, tam-bém pela Universidade de Coimbra; e PauloAlexandre, formado em economia, também

pela Universidade de Coimbra. Os portuguesesirão comparecer no dia 9 de maio na IgrejaSaint-Jean-Baptiste, em Montreal, para pro-porcionarem uma noite que promete ficar namemória de todos aqueles que poderão estarpresentes.

Para além de Leonardo Soares, também oartista Filipe Batista fez questão de falar e expli-car às cerca de 30 pessoas presentes, na suamaioria membros da comunicação social local,o que distinguia essencialmente o fado cantadoem Coimbra e o fado que se canta em Lisboa.Segundo Filipe Batista, o fado de Coimbra émais lírico, abstrato e intelectual, por ter umaligação aos cânticos italianos que aparecerama partir do século XVII.

Desempenhando um papel importantena comunidade no que corresponde à comu-nicação, o presidente da rádio Centre Ville, RuiCosta, também aproveitou para deixar umabreve explicação acerca do papel que tem a rá-dio na comunidade portuguesa e, neste casoconcreto, como po-derá ajudar na promo-ção do evento «Fadode Coimbra».

Antes de termi-nada a conferência ejá com algumas pes-soas a sair da sala, Fili-pe Batista e Cathy Pi-mentel, acompanha-dos pela pianista In-grid Hollerbach e o vi-olonista Mario Gi-roux, deixaram um«cheirinho» do quepoderá ser a grandenoite do dia 9 de maio,na Igreja Saint-Jean-Baptiste.

Desde 2011 queo Fado é consideradopatrimónio oral eimaterial da humani-dade pela UNESCO.Não será de admirarque haja interesse emlevar a qualidade damúsica portuguesa àscomunidades imi-grantes espalhadas

em cada país, lembrando-lhes que o Fado épatrimónio da humanidade, sim, mas nuncadeixará de ser sempre nosso…

2ª edição do Festival Portugal Internacio-nal de Montreal

Joe Puga, o responsável máximo pelo«Festival Portugal Internacional de Montreal»,que se realiza pelo segundo ano consecutivo,também anunciou o programa para o próximofestival que se realizará em pleno bairro portu-guês, no seio da comunidade lusa em Montreal.De 10 a 14 de junho, entre a rua Rachel e St-Urbain, vai haver muita música – portuguesacom certeza!

O dia 10, em que se comemora o Dia dePortugal, de Camões e das Comunidades Portu-guesas, será dedicado à comunidade portuguesaresidente na zona da grande Montreal. No dia12, o comediante Mike Rita terá a missão defazer rir o público que com certeza irá compa-recer, e no final danoite, vindo direta-mente dos Açores,um set com Dj Souza.O dia 13 ficará reser-vado essencialmentepara o Fado e o Jazz.A luso-descendenteSuzi Silva & Trio Jazzserão os primeiros aentrar em palco, se-guido de Paulo Filipe,acompanhado pelosseus músicos. A fadis-ta Marta Raposo tam-bém irá marcar pre-sença no festival e a

sua subida ao palco está agendada para as 19h30.No dia 14, domingo, será feito um desfile e haverádanças folclóricas. Haverá também um espetá-culo realizado com artistas da lusofonia e a atua-ção do finalista do concurso de karaoke. L P

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gente muito jovem para liderar uma equipa compretensões a apurar-se para a fase final da MLS.E se bem que McInerney já tenha dado provasde que tem potencial para jogar no Impacto,aliás, como fê-lo no ataque do União de Filadél-fia, a verdade é que precisa de estar mais acom-panhado. Não que os seus dois jovens compa-nheiros não tenham igualmente valor, masporque a equipa não pode esperar que os seusatacantes tenham todos, ao mesmo tempo,falta de experiência. Como é da vida, em qual-quer ramo de atividade um jovem só progridese tiver ao seu lado um homem com mais calo...

Chegando à conclusão que uma das pechasda equipa é o seu ataque, por falta de maturida-de, repita-se, os responsáveis negros e azuisdecidiram avançar para a contratação do talatacante experiente, se possível possante paracontrabalançar com a pouco robustez dos jo-vens citados, que era uma outra das carências.E esse jogador foi encontrado na pessoa deKenny Cooper, um matulão de mais de 6,3pés e 210 libras.

Oriundo do Texas, Kenny Cooper, de 30anos, alinhava ultimamente no poderoso

KENNY COOPER...Cont. da pág. 15

EDITORIAL...Cont. da pág 1

de fazer é pregar a última cavilha no caixão queos vai levar à cova.

Qual é o pai que vai pagar para um filhoque queira ir para aquela universidade?

Qual é o aluno que vai querer ter um diplo-ma da UQAM, quando já, muito antes destestristes acontecimentos, os diplomas daquelauniversidade eram considerados como de se-gunda ordem? Agora, para além da desvaloriza-ção do canudo, vão também ter que enfrentara fama de que são alunos arruaceiros, anarquis-tas, comunistas, revolucionários que poucasempresas terão a coragem de aceitar nos seusquadros.

Foi nesta galera que a direção do sindicatodos professores da UQAM resolveu embarcar,mal sabendo que quando os alunos começarema escassear vai ser o posto de trabalho delesque vai para o ar. Linda solidariedade asinina.

Felizmente que nem todos os professoresbebem daquela água. E no início desta semanaquase duas centenas de professores daquela ins-tituição enviaram uma carta aos mídia a denun-ciarem o seu próprio sindicato. Entre ossignatários estava o ex-líder estudantil, antigo

Em Anjou, no Domingo de PáscoaHouve festa no Centro Comunitário

O Centro Comunitário do Espírito Santo deAnjou organizou no dia 5 de abril, domingo de Páscoa,um almoço de confraternização entre vários membrosda comunidade portuguesa residente. Parte do valorpago por cada refeição reverterá em forma de donativopara a Associação Cultural de Educação Bo-neca deTrapos dos Açores. Esta associação, Ana Isabel Ferreiraé a diretora, dedica-se ao apoio a crianças ca-renciadas.

A freguesia de Anjou possui cerca de 40 000 habi-tantes e tem o português Luís Miranda como presidentehá mais de 20 anos.

Carlos Almeida é o presidente do Centro Comuni-tário, que juntou no último domingo de Páscoa cercade uma centena de pessoas que compareceram naquelelocal, não só para almoçar mas também para partilharum sentimento comum de união nesta data consideradaSanta pela maioria da comunidade.

O LusoPresse soube que de serviço à cozinha es-tiveram os «chefes» Vilela (Manuel e Miguel), que seofereceram, como de costume, para mostrarem os seusdotes culinários à comunidade. Segundo consta, foramaprovados com distinção.

Entre continentais e açorianos, a boa disposiçãodurou toda a tarde. Não só não faltou o bom vinho,como havia queijo português, massa sovada e o famosopão-de-ló... Havia também biscoitos que se misturaramcom boas vozes, acordeões e guitarras bem afinadas.No fim de cada cantiga, o que não faltou foi palmas.

Se na cozinha os irmãos Vilela «deram cartas», namúsica houve também quem se chegasse à frente parafazer aquilo que se pedia. O Manuel de Fátima, na voz,no acordeão esteve Jorge Pimentel, e a sua esposa MariaPimentel acompanhou com a guitarra portuguesa.

– Cantaram e encantaram…

Sounders de Seattle, depois de ter passado porFC Dallas, Timbers de Portland e Nova IorqueRed Bull, onde realizou a sua melhor época,ao marcar 18 golos no decorrer do Campeo-nato. No Sounders, Kenny Cooper estava tapa-do pela classe de Dempsey, Martins e ChadBarrett. Daí que sejamos de opinião que estejogador serve perfeitamente os intentos daequipa técnica montrealense. Não se esqueçaque Kenny Cooper é um jogador muito expe-riente, sendo antigo internacional americano,com passagens pelos campeonatos da Ale-manha e Inglaterra... Foi mesmo aqui, maisprecisamente no Manchester United que Ken-ny Cooper deu os seus primeiros passos comojogador.

Por tudo o que fica dito, concordamosperfeitamente com a contratação deste avan-çado, o qual, pela sua categoria e postura vaipreencher a lacuna evidente que se nota noataque do Impacto.

Este reforço até vem em boa altura. Ken-ny Cooper vai estar no México a tempo depoder ajudar a sua nova equipa nesta final quemuito promete.

dirigente do PartiQuébécois e antigoprimeiro-ministro,Bernard Landry.

Diga-se que estareação, um pouco tar-dia para não dizer pu-silânime, surgiu no se-guimento das declara-ções da atual presiden-te do Conselho de Ad-ministração daquelaUniversidade, LiseBissonnette que, cora-josamente, ousou de-fender frontalmente oreitor da UQAM eoferecer-lhe a sua soli-dariedade. Convém di-zer que Madame Bis-sonnette é uma figuraintelectual que temmerecido o respeito detodo o Quebeque, des-de os tempos em quedirigiu o jornal Le De-voir, passando pelasua aclamada ação comprincipal obreira danova Biblioteca Naci-onal do Quebeque.Convém respigar aqui,algumas passagens dasua declaração:

«Si sanctuaire il ya à l’université, c’estcelui de la pensée,poursuit-elle. Unepensée qui n’est pasunanime, qui se cons-truit sur une constantemise à l’épreuve desconnaissances, échan-ge et choc des idées qui,sauf si elles exprimenthaine, menace et cen-sure, ne devraient pasconnaître d’entraves.»

«Ce qui a heurtécette liberté à l’U-

QAM, ce n’est pas l’intervention policière,mais l’irruption dans une partie du campus debandes organisées, substituant le hurlement àla parole, décrétant que l’enseignement, doncle libre cours des idées, y était hors d’ordre.»

O que é duma tristeza infinita, no meio detudo isto é que são os próprios estudantes, fu-turos contribuintes, que vão ter de pagar a fatu-ra. Vão começar por arrecadar todos os prejuí-zos que estão a causar a si próprios, protelandoo fim dos estudos. Vão continuar por sofrerdepois a falta de verbas que a universidade deviaconsagrar ao ensino e que vão ser desviadospara reparar os estragos e aumentar a segurança,isto sem contar com a mencionada desvaloriza-ção do curriculum académico perante os futu-ros empregadores.

Por este andar é o próprio movimentoestudantil que vai ir por água abaixo.

L P

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Jeudi 23 avril 2015 de 9h à 19h

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Page 15: Editorial Vol. XIX • N° 327 • Montreal, 16 de abril de ...lusopresse.com/2015/327/Textos corrigidos/WEB_LusoPresse.pdf · e de acusarem depois o próprio reitor de ser o responsável.

Página 1516 de abril de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Campeonato da Major League Soccer

Para quando uma vitória do Impacto?• Por Norberto AGUIAR

FC Montreal

Nova derrota• Por Norberto AGUIAR

Como já todos sabem, o Impactotem uma segunda equipa, o FC Montreal.Ela joga na divisão United Soccer LeaguePro, o que em termos de futebol norte-ame-ricano se pode definir como a Terceira Divi-são.

A USL PRO conta com 24 equipas, divi-didas em duas divisões de 12. As seis primei-ras equipas no fim do Campeonato avança-rão para as eliminatórias de fim de temporadade forma a que, depois, se possa encontrarum vencedor.

Para quem não saiba, diga-se que cadaequipa disputará dois jogos com as forma-ções da sua zona, em casa e em casa do adver-sário respetivo, para além de mais seis jogoscom equipas da outra zona, isto em situaçãocondicionada por razões geográficas.

Na divisão do Impacto estão, nomeada-mente, as equipas do Toronto FC II, NovaIorque Red Bull II, reservas daqueles clubes...e Kickers de Richmond, Battery de Charles-ton, Riverhounds de Pittsburg que em tem-pos idos alinharam juntamente com o Im-pacto na Segunda Divisão.

O treinador do FC Montreal é o antigoadjunto da formação principal Philippe Eul-laffroy. Quanto ao plantel, ele é formado es-sencialmente de jogadores jovens saídos dasua Academia e de jogadores que vêm à expe-riência na tentativa de ingressarem no con-junto principal. Os jogadores da primeiraequipa que estejam em baixa de forma ou emrecuperação de alguma lesão também farãoparte do plantel do FC Montreal. O segundoclube utilizará preferencialmente o campo 2do complexo Saputo.

Dois jogos, duas derrotasO primeiro jogo do FC Montreal foi

contra o Toronto FC II, disputado no pas-sado dia 28 de março. O encontro teve lugarno Estádio Olímpico, horas antes do jogoImpacto x Orlando. A vitória sorriu ao con-junto torontoense, por 2-0. Um dos golosfoi apontado pelo luso-descendente MarcosNunes. Outro luso-descendente, Marcus Go-dinho, também participou no embate, en-trando aos 64 minutos.

Por banda do FC Montreal, o jogadormais conhecido a alinhar na partida foi Has-soun Camara.

No segundo encontro, disputado sába-do último, também em Montreal, o FC Mon-treal voltou a perder, desta vez contra o Rhi-nos de Rochester, por 3-0.

Para quem queira seguir a carreira destanova equipa, as informações podem ser ob-tidas através impactmontreal.com.

Novo reforçoKenny Cooper, um atacante

• Por Norberto AGUIAR

No plantel escolhido pela equipa técnica do Im-pacto para este ano, desde a primeira hora que se notou u-

Em 2015, para o Campeonato da MLS,o Impacto de Montreal já realizou 4 jogos,iguais a duas derrotas e dois empates. É verdadeque ainda só disputou um desafio em casa,contra o Orlando City SC, quando o resultadose cifrou num empate a 2 golos... Nas trêsdeslocações que fez, o melhor resultado (0-0)fê-lo contra o Revolution, em Bóston, diantedo finalista da Taça MLS da época passada.Em Washington (DC United) e em Houston(Dynamo), o Impacto foi incapaz de parar osseus antagonistas (0-1 e 0-3).

Depois de uma campanha muito interes-sante na Liga dos Campeões, que o colocouna respetiva final, pensava-se que o Impactopudesse marcar uma outra carreira no Campeo-nato da MLS, para o qual, todos sabemos, vi-sa o apuramento para as eliminatórias de fimde ano...

Mas com o percurso até agora realizado,já há quem comece a questionar o valor daequipa, dos seus jogadores, já para não falarna capacidade do treinador...

Neste momento com três jogos adiados(Nova Iorque Red Bull, Chicago Fire e San Jo-se Earthquakes) para o princípio do outono,por via de estar a disputar a Liga de Campeões,espera-se que o conjunto montrealense, quan-do retomar o campeonato, possa vir com apredisposição de ganhar jogos, única maneirade avançar na classificação e, por via disso,«puxar» os adeptos ao estádio...

Final da Liga de campeõesDepois de já em 2015 ter eliminado, suces-

sivamente, o Pachuca (2-2, fora e 1-1, em casa),o Alajuelense (2-0, em casa e 2-4, fora), esteúltimo encontro a contar para as meias-finaisda Liga de Campeões da CONCACAF, o Im-pacto prepara-se para defrontar a equipa doAmérica, o clube mais rico e mais medalhadode toda a América do Norte, Centro e Caraíbas!

Todos sabemos que os grandes tambémcaem. Mas, para sermos honestos, pensamosque o Impacto está condenado a perder estafinal. Pela categoria do antagonista, que noseu plantel conta com muitos internacionaismexicanos, paraguaios..., e americanos – sim,dos Estados Unidos! –, pelo poder económi-co, que é fabuloso, fazendo parte de um aglo-merado financeiro do qual até faz parte um ca-nal de televisão, e pelos adeptos, que no jogocaseiro contarão com o apoio de 100 mil al-mas, que é quanto alberga o Estádio Azeteca!

Verdade que o Impacto também contarácom uma assistência que, agora, a duas semanasdo jogo, podemos avaliar em mais de 50 mil,mas nunca será a mesma coisa. Primeiro por-que os nossos adeptos não são ferrenhos co-mo os mexicanos. Segundo, porque o poderdo adversário, sobretudo jogando em casa, atéintimida a arbitragem, que muitas vezes se deixainfluenciar pelos ambientes escaldantes de es-tádios e equipas como estes.

Oxalá que isto seja apenas suposições eque, no final dos dois jogos, o Impacto possacantar vitória. Seria maravilhoso para todos.Para o Impacto, seus adeptos e organização;para o Canadá e, sobretudo para a Major Lea-gue Soccer que desde que a Liga de Campeõesé disputada neste formato (2008/09) nuncaL P

teve um campeão... O clube que foimais longe foi o Real Salt Lake, queem 2011 também chegou à final,perdendo-a no entanto para o Mon-terey, em sua própria casa, por 1-0,depois de ter ido ao México arrancarum excelente empate (2-2).

No formato antigo, La Galaxyde Los Angeles (2000) e DC United(1998) foram seus campeões.

Resta dizer que na lista de Cam-peões da CONCACAF o grande lí-der é o Cruz Azul, também mexi-cano, com seis títulos conquista-dos. O Clube América, que teve osseus melhores anos nesta compe-tição nos anos setenta e princípiosde 90, já não ganha esta prova desde2006... Mais uma razão para nãoquerer perder esta oportunidade derenovar um título que lhe tem fugidohá anos e que lhe daria a possibilida-de de igualar o seu grande rival mexi-cano.

Os dois jogos da final da Ligade Campeões da CONCACAF dis-putam-se já no dia 22, na cidade doMéxico, e uma semana depois, maisprecisamente no dia 29, em Mon-treal, no Estádio Olímpico que se-gundo as previsões vai encher.

Aconselhamos os adeptos defutebol portugueses a presenciaremestes desafios, uma boa maneira dese inteirarem, de uma vez por todas,da qualidade do futebol que se pra-tica aqui para os lados da Américado Norte!

L P

ma carência de atacantes. Edos que ficaram ou foramescolhidos para esta tem-porada, que se quer de êxito,eles são muito jovens, ain-da sem grande experiênciapara poderem arcar comtanta responsabilidade, so-bretudo quando as coisasnão estiverem a correrbem. Pelos vistos, o pro-blema com os atacantes jácomeçou... E muito maiscedo do que se pensou.

Com a lesão grave dopromissor americano Ca-meron Porter (21 anos),que não jogará mais estaépoca, o Impacto ficoucom apenas três pontas delança: Jack McInerney,americano de 22 anos; An-thony Jackson-Hamel, ca-nadiano de 21 anos; e Ro-mario Williams, jamaicanode 20 anos.

Como se pode ver,Kenny Cooper com a ca-misola da Seleção dosEstados Unidos. Cont. na Pág. 14...

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