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Vol. XIX • N° 336 • Montreal, 1 de outubro de 2015 Cont. na pág 2 Vítor Carvalho ADVOGADO Escritório Telef. e Fax. 244403805 2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓS Leiria - Estremadura (Portugal) Editorial Votar, para quê? Por Carlos DE JESUS P or vezes temos a impressão que o nosso voto pouco ou nada conta. Que votar ou não votar é irrelevante. Que à partida os jogos estão feitos. Isto é, que a escolha não somos nós que a fazemos. Não há nada mais falso. Pensar que o nosso voto não tem peso é como pen- sar que não é uma gota de chuva que faz transbordar o ribeiro. A prova, foram as últimas eleições. Lembram-se? Ninguém pensava que o Bloc Québécois sofresse uma tão grande derrota. E afinal sofreu. Porquê? Porque muitos e muitos eleitores se convenceram que a política federal ca- nadiana merecia melhor sorte e que o tem- po de apoiar um partido que nada pode fazer senão falar, tinha chegado ao fim. Sim, para que serve um partido cuja ação se resume a falar, a protestar, a vilipendiar sem jamais poder agir? Se acreditarmos nas últimas sonda- gens que vieram a lume nos últimos dias, o Bloc Québécois (BQ), de mãos dadas com os Conservadores que eles juram, mão no peito, quererem derrotar – nunca se viu tanta hipocrisia – tiraram alguns pontos de benefício graças à história da muçulmana que participou na cerimónia da cidadania vestida do véu islâmico inte- gral (niqab), o mesmo é dizer de cara ta- pada. Ora, para quem segue a política fede- ral sabe muito bem que este episódio foi programado pelo Partido Conservador (PC) para conquistar os votos daqueles que só seguem a política dos slogans, dos títulos dos jornais e das linhas abertas. Dos desprevenidos. Como dizia a chefe do Parti Vert no 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud

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Vol. XIX • N° 336 • Montreal, 1 de outubro de 2015

Cont. na pág 2

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Editorial

Votar, para quê? • Por Carlos DE JESUS

Por vezes temos a impressão queo nosso voto pouco ou nada conta. Quevotar ou não votar é irrelevante. Que àpartida os jogos estão feitos. Isto é, que aescolha não somos nós que a fazemos.

Não há nada mais falso. Pensar queo nosso voto não tem peso é como pen-sar que não é uma gota de chuva que faztransbordar o ribeiro. A prova, foram asúltimas eleições. Lembram-se? Ninguémpensava que o Bloc Québécois sofresseuma tão grande derrota. E afinal sofreu.Porquê? Porque muitos e muitos eleitoresse convenceram que a política federal ca-nadiana merecia melhor sorte e que o tem-po de apoiar um partido que nada podefazer senão falar, tinha chegado ao fim.Sim, para que serve um partido cuja açãose resume a falar, a protestar, a vilipendiarsem jamais poder agir?

Se acreditarmos nas últimas sonda-gens que vieram a lume nos últimos dias,o Bloc Québécois (BQ), de mãos dadascom os Conservadores que eles juram,mão no peito, quererem derrotar – nuncase viu tanta hipocrisia – tiraram algunspontos de benefício graças à história damuçulmana que participou na cerimóniada cidadania vestida do véu islâmico inte-gral (niqab), o mesmo é dizer de cara ta-pada.

Ora, para quem segue a política fede-ral sabe muito bem que este episódio foiprogramado pelo Partido Conservador(PC) para conquistar os votos daquelesque só seguem a política dos slogans, dostítulos dos jornais e das linhas abertas.Dos desprevenidos.

Como dizia a chefe do Parti Vert no

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

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Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Jules Nadeau• Lélia Pereira Nunes• Adelaide Vilela• Melo e Castro• António da Silva Cordeiro• Vitória Faria

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 7 e 8)

Fotos LusoPresse.

Eleições americanas – um debate-maratona• Por Dr. António da Silva CORDEIRO

Registarei nesta minha crónica dehoje algumas notas sobre o comportamentodos vários candidatos neste segundo debateque durou mais de três horas. Além de umexercício de debate, foi também um exercíciode preparação física dos participantes.

1 – Começo pela vencedora do debate,segundo as sondagems e a media – CarlyFiorina, que melhorou substancialmentea sua posição na corrida. Desmentiu a teo-ria/acusação democrata de que os Republica-nos estão envolvidos numa “guerra contraa mulher”. Os Democratas acusam o outropartido de estar surdo aos problemas da mu-lher. Interessante notar que os Republicanosestão a ameaçar “encerrar o governo” naCasa dos Representantes, se fundos governa-mentais forem concedidos à organização“Planned Parenthood”, que protege o direi-to ao aborto. No Senado, de maioria republi-cana, os senadores mais conservadores estãotentando propor uma lei limitando o abortoàs primeiras 20 semanas. O sucesso de Fio-rina no debate e na corrida à Casa Branca éum sonho republicano que duvido chegue arealizar-se. Há que contar com a atitude anti-feminista dos eleitores das primárias e tam-bém ter em conta a história pessoal de CarlyFiorina como business woman e que causoua sua derrota por 10 pontos quando concor-reu a Senadora na California em 2014. SeMrs Fiorina não for a candidata votada, teráa possibilidade de ser Vice-Presidente, o queatrairá muito voto feminino para o lado re-publicano. O candidato republicano nas pre-sidenciais depende em grande parte do votofeminino e do hispânico.

2 – Donald Trump chegou ao deba-te com grande avanço sobre todos os outroscandidatos. Esperava-se que surgisse um no-vo Trump, com pormenores, planos deta-lhados, com informações concretas do mui-to falatório que tem aparecido nos media.Grande desapontamento. Grande desilusão.Cedo se mostrou o mesmo Trump: sem hu-mildade, falando só de si e dos sucessos emtodos os seus negócios, o mesmo zaraga-teiro que diz que faz tudo, que sabe tudo e oresto é tudo estúpido, ignorante, incompe-tente. O mesmo caráter vazio, o mesmocharlatão, o mesmo mentiroso do primeirodebate, mas sempre subindo nas sondagens,não se sabendo como e porquê. O Outonoestá chegando e a campanha começará a aque-cer ainda mais. Os candidatos que vão à fren-te começam a pensar e sonhar com a campa-nha presidencial: preparar a campanha emcada estado, constituir as equipas de peritosem todos os setores do governo: Economia,Defesa, Trabalho, Política Externa, Educa-ção, etc.

3 – Outros candidatos: Dr. Ben Car-son. Pessoa muito delicada, em extremocontraste com Trump, mas não é político eisso implica certas limitações. Trump falamuito, enquanto este doutor fala mansinho,dando a impressão de que tudo se resolvecomo se o Presidente fosse um Médico deFamília. Todos os problemas têm soluçãocom um reenvio para o especialista apropri-

ado. Embora nas sondagens esteja acima doscandidatos com experiência executiva e legis-lativa, não creio que os conhecimentos médi-cos sejam suficientes para governar este país.

Jeb Bush – Finalmente parece ter acor-dado. Infelizmente pouco mais disse que erahomem independente do pai e do irmão.No entanto, todos os seus conselheiros eperitos são do tempo do pai e do irmão.

Senador Ran Paul – Cada vez maisfraco, entra numa situação em que o melhorque pode fazer é arrumar as botas e, comoainda é novo, tentar a sua sorte na próximacorrida. Mas mesmo aí duvido que tenha su-cesso.

Governador Mike Hackabee –Foi ministro evangélico, depois governadore é mais extremista do que o Tea Party e osmais extremistas evangélicos. Não tem pos-sibilidade de sobreviver. Como já é a segundavez que concorre, tem a sorte de poder teremprego na Fox News.

Senador Marco Rubio – Melhordo que no primeiro debate, em que estevemuito nervoso. Jovem e com boa apresenta-ção, não teve porém originalidade.

Senador Ted Cruz – Talvez tão ex-tremista como Mike Hackabee. Neste mo-mento muito ligado a Trump, talvez na espe-rança de aproveitar os votos dos seguidoresde Trump no caso da desistência deste.

Governador Scott Walker – Tem-se apagado muito e parece já estar a desa-pontar os irmãos Koch, bilionários queapoiaram Mitt Romney em 2012 e apos-taram desde o princípio da campanha nestejovem governador.

Governador John Kasich – Im-pressionou pela experiência de político, busi-nessman e executivo depois de vários anosna Casa dos Representantes. Penso que, porser moderado, o que é uma raridade no Par-tido Republicano do tempo presente, terádificuldade com o Tea Party e os evangélicos(ele é católico). Como os votantes das pri-márias são de extrema-direita, dificlmente da-rão o seu voto a um moderado.

Governado Chris Christie – Subiubastante neste debate, mas tem sérios proble-mas desconhecidos fora do Estado de NewJersey. É acusado de não ser de direita e deser amigo de Obama. Imagine-se até ondechega a polarização partidária: ele é acusadodo “crime” de ter dado um abraço ao Presi-dente Barak Obama durante uma visita doPresidente ao Estado de New Jersey, poucodepois do furacão Sandy. Até insinuaram queChris Christie abandonou Mitt Romney du-rante o final da eleição de 2012. Mas o gover-nador de New Jersey tem outros problemasmuito sérios que estão a ser objeto de váriasinvestigações estatais e federais ainda em cur-so. Gente muito próxima dele já está a serjulgada em vários tribunais de New Jersey ede New York, acusada de corrupção políticae de violação de leis eleitorais, por exemplo.

Whiting , New Jersey

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debate dos chefes em francês, o que éque o niqab vem fazer no debate quandohá assuntos mais importantes a tratar?

É evidente que muita gente tem re-ceio da religião muçulmana e que para agrande maioria dos eleitores o véu islâmi-co integral mete medo. Compreende-se.Num país civilizado nenhum cidadão de-via abusar do direito às suas convicçõesreligiosas ou outras para andar de cara ta-pada. Num país civilizado espera-se quetoda a gente ande de cara ao léu. Mas, nocaso presente, estamos a falar duma mu-lher entre milhares que receberam a cida-dania canadiana. Alguma pobre mulherdaquelas bandas do Afeganistão onde oscostumes ancestrais de há milénios, vãolevar séculos a mudar.

É muito provável que muitas mu-lheres muçulmanas, algumas com cursossuperiores, andem de lenço na cabeça co-mo arma ideológica. Como forma de ba-nalizar a religião de Maomé e de se pode-rem dedicar ao proselitismo.

Stephen Harper e os seus estrategasestavam muito conscientes do trunfo queeste falso problema lhes ia dar e foi porisso que deixaram a questão arrastar-seaté aos tribunais por razões absoluta-mente falsas. Se eles quisessem ter im-posto o juramento da cidadania com acara destapada deviam ter feito uma leinesse sentido a tempo e horas. Assim,deixaram que uma decisão administrativa(e não uma lei, sublinhe-se), fosse con-testada em tribunal para fazerem desteinócuo incidente um cavalo de batalha.“Jamais direi à minha filha que uma mu-lher deve esconder o rosto” faz parte doseu slogan da campanha eleitoral.

E foi assim que o PC, coadjuvadopelo BQ, orquestrou esta armadilha paraapanhar o voto dos desprevenidos.

Apesar deste incidente ter ocupadotantos debates e isso ter feito aumentaras intenções de voto nas sondagens aoPC, a verdade é que os três principaispartidos, no conjunto do Canadá estãoempatados.

Se esta tendência se mantiver, vamoster um governo minoritário. Seja ele con-servador, liberal ou democrata.

No fundo é uma boa coisa. Emboraa tradição política canadiana não estejamuito inclinada para os governos de coli-gação, o país e os eleitores teriam tudo aganhar com este cenário. Porquê? Porqueo partido no Governo e os partidos naOposição teriam de se acomodar ao pro-grama de uns e dos outros para tornaremo governo viável, o mesmo é dizer queos eleitores iriam finalmente ter cons-ciência de que o seu voto teve algum va-lor.

EDITORIAL...Cont. da pág 1

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Página 31 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Siza Vieira em Montreal«A Arquitetura serve para acomodar, reunir, partilhar...»

• Reportagem de Vitória FARIA

A fim de sublinhar a doação dumaparte do seu espólio ao Centro Canadiano deArquitetura (CCA), o arquiteto português SizaVieira veio a Montreal no passado dia 24 desetembro e o público montrealense teve aoportunidade de o ouvir numa bastante con-corrida palestra sobre a sua experiência profis-sional. Para acomodar o excesso de especta-dores foi instalado um ecrã na biblioteca paraque todos pudessem beber as palavras do mes-tre.

Com esta conferência foi também inaugu-rada a exposição “Coin, îlot, quartier, villes.Álvaro Siza à Berlin et à La Haye” onde se en-contram expostos vários exemplares da suaobra, desde maquetas, esboços, planos e foto-grafias dos seus trabalhos.

Álvaro Siza Vieira é um dos maiores arqui-tetos portugueses de envergadura internaci-onal, laureado com os maiores prémios, entreos quais o Prémio Pritzker, considerado comoo Nobel da arquitetura mundial.

Natural de Matosinhos, onde nasceu em1933, Siza Vieira, como é conhecido interna-cionalmente (embora aqui no CCA o tenhamnomeado por Álvaro Siza) começou a sua car-reira como aluno de Fernando Távora, seu con-terrâneo e amigo, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, tendo com ele colaborado emvários projetos urbanísticos.

São incontáveis as obras deste inspiradoarquiteto espalhadas por todo o mundo, daÁsia à América, passando por quase todos ospaíses europeus, o Brasil e Bogotá.

Na conferência da semana passada falou-nos mais em pormenor da sua participação na

construção dum aglomerado urbanístico, naHolanda, em Haia e outro em Hamburgo ondehavia uma forte componente populacional dereligião muçulmana e das dificuldades que teveem impor a sua visão. No início, os promotoresestavam dispostos a fazer tipos de casa especí-ficos para os muçulmanos, ideia que o repu-gnava. Para ele a arquitetura deve servir paraacomodar, reunir, partilhar e não isolar, sepa-rar, confrontar. E levou a sua avante. Muitosanos depois, quis ver como é que os muçul-manos tinham tirado proveito da disposiçãodas casas mas, lamentou-se, não o deixarampassar além do hall de entrada.

Uma grande parte da assistência a estaconferência era composta de jovens, que pelointeresse com que seguiam o que ele dizia e pe-las perguntas que formularam no final da pales-tra, davam a ideia de serem estudantes em arqui-tetura.

Siza Vieira, falou-nos também dos seusprimeiros tempos em Portugal. Das dificulda-des que teve com o regime, até “ao dia em queo homem caiu da cadeira abaixo” e dos novoshorizontes que se lhe abriram. Falou tambémdo período revolucionário que se seguiu ao 25de Abril em que participou nas Brigadas doSAAL, um projeto que teve como objetivomelhorar as condições de habitação dos por-tugueses.

Apesar dos seus 82 anos, e de alguma difi-culdade auditiva, Siza Vieira continua entusias-mado com a profissão que escolheu e com aherança que deixa. A outra parte do espóliodeixou-o à Fundação Gulbenkian de Lisboa eà Fundação Serralves, do Porto.

No dia seguinte voou para Toronto ondefoi dar também outra conferência sob o patro-cínio do CCA.

Álvaro Siza Vieira.

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NO FERREIRA CAFÉ

KEN PEREIRA LANÇA LIVROLUSOPRESSE – Ken

Pereira, o sindicalista de origemportuguesa que teve coragem pa-ra enfrentar o establishment à vol-ta dos contratos da construçãono Quebeque, que resultaram nu-ma comissão de inquérito quedesmascarou muita gente grada,está com um livro entre mãos,sobre toda a história, para apre-sentar no dia 23 de outubro, nasinstalações do Ferreira Café, pe-rante toda a Imprensa e outrosconvidados de marca.

Antes, porém, Ken Pereiraestará no programa da Rádio Ca-nadá «Tout le monde en parle»,no dia 11 de outubro, onde daráuma entrevista sobre o lança-mento do seu livro e respetivasconsequências. E no dia 12 seráa vez de Ken Pereira passar noprograma da LusaQ TV.

Editado pela Québecor, olivro escrito pelo nosso compa-triota estará em breve nas ban-cas, chamando-se a atenção dacomunidade para a sua compra,pois trata-se de um livro de sumaimportância, para além do pres-tígio que, mais uma vez, mereceráo nosso lusodescendente.

O LusoPresse e a LusaQ TVprometem estar em cima doacontecimento.

L P

viagens4057, boul St-Laurent, Montréal, QC H2W 1Y7514-987-7666

A Agência de Viagens Confort informa:Novo na Comunidade

A partir de agora, Viagens Confort e Viagens Lisboa estão juntas

para melhor vos servir.Joaquim da Silva, da Viagens Confort,

e José Luís Alexandre, da Viagens Lisboa, estão, como sempre, ao vosso dispor para vos aconselhar na reserva da sua próxima viagem.

Titulaire d'un permis du Québec

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Página 41 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Alma do Lugar• Por Lélia Pereira NUNES

Quando da passagem do músico,cantor e realizador Zeca Medeiros por Flo-rianópolis para a exibição do seu filme “OLivreiro de Santiago” e do documentário“Partilha – O Império de João do Bom”,do produtor Tiago Rosas nesta breve digres-são por terras do Chile e Brasil, uma obser-vação do carismático e talentoso artista ditalá no “Rancho Açoriano”, Ribeirão da Ilha,deixou-me encasquetada – “Lélia, será queos açorianos fazem ideia do que significa atal herança açoriana na Ilha de Santa Cata-rina? Do seu passado ao seu presente?” Tal-vez, as palavras textuais do Zeca não tenhamsido exatamente estas. Mas, o sentido eraeste. Respondi na lata e sem hesitar: – Acre-dito que sim. Por todos, ilhéus dos Açorese das comunidades da diáspora, que aqui jáestiveram, seja em breve visita oficial, partici-pando de colóquios, apresentando-se emfilarmônicas, grupos folclóricos ou apenas“turistando”. Anos a fio de ir e vir.

Não sei se a minha resposta soou con-victa porque as pessoas enxergam o que que-rem e nem todos percebem o cerne, a identi-dade que anima nossa Ilha de Santa Catarinadesde o século XVIII. Sim, falei anima dolatim, significando essência, vida, energia ealma. Pronto, eis o que de facto dá significa-do e nos identifica enquanto povo: a ALMAe, por ela, já brandia o Brigadeiro José daSilva Paes, primeiro governador da Provínciade Santa Catarina, em suas longas cartas aoRei –”[...] eu me não posso escuzar de repre-zentar a V. Magestade que todas estas pre-venções e obras, sem gente que as guarnessa,e juntamente povoe, e cultive as terras, sãocorpos sem alma” (PIAZZA,W.F,1992:60).

A alma do lugar que espelha os senti-mentos de pertença dos moradores que, deforma consciente ou não, carregam no seujeito de ser, de estar, de bem viver e que nes-ta tessitura de renda fina configura a identida-de cultural da cidade – a cara de Florianópolise da Ilha de Santa Catarina, humorada e irre-

verente, com tantas ilhas dentro de si.Para o ilhéu Arante José Monteiro Filho,

o Arantinho do Pântano do Sul, lá no extremosul da Ilha, a alma do lugar está bem ali diantedaquele marzão azul com ondas a quebrar naareia molhada, enquanto na vigia olhos cansa-dos procuram a mancha prateada a cintilar,alertando os pescadores que hoje tem arrastão,que tem peixe de corso bailando no mar. Estána Festa do Divino Espírito Santo vivida inten-samente por toda a comunidade desde o “tirara Bandeira” na coleta de prendas, doações e aoferta de fitas de promessas que são atadas nomastro até a festa. É quando realizam as cerimô-nias religiosas e os rituais tradicionais: as no-venas do Divino, o almoço partilhado em agra-decimento à abundância no mar e à fartura namesa; a procissão da Corte Imperial da casa doMordomo à Igreja para a Missa da Coroação eo “tirar as sortes” do próximo ano; a entregadas alfaias do Divino ao novo Casal Impera-dor. Tudo isso acompanhado dos dobradosda centenária Banda Musical de Amor à Arte eda cantoria dos Foliões a enunciar os passosdo ritual da solene celebração. Defensor da cul-tura ilhoa, o Arantinho conhece bem as tradi-ções vivenciadas no Arraial do Pântano doSul. Seus pais, o pescador Arante José e donaOsmarina Maria Monteiro, no ano de 2003,

fizeram a Festa do Divino e o irmão, tambémpescador, Amarante Arante José Monteiro esua mulher, Anadir Ramos Monteiro, nesteano de 2015, pela segunda vez, assumiram idên-tico compromisso.

A Segunda-Feira do Espírito Santo, co-nhecida por “Segunda-Feira da Pombinha”, éo Dia dos Açores – instituído para celebrar aAutonomia e a consagração da identidade aço-riana, conforme Decreto Regional de 21/8/1980. Na Ilha de Santa Catarina, a Festa do Es-pírito Santo é o símbolo maior dessa herançaque nos identifica. Nas palavras do Arantinho,o pensar dos moradores do Pântano do Sul:“A Festa do Divino Espírito Santo é a realiza-ção do nosso povo. Ela ultrapassa os limitesgeográficos dos santos paroquiais, ela englobatoda gente numa festa só porque ela é a almado lugar”.

Sem jactância, estou convencida que “al-ma açoriana”, ancorada nesta esquina das Ilhas,é o fundamento da nossa identidade cultural.O que me faz lembrar a visita que fiz ao artistaplástico João Otávio Neves Filho – o Janga,morador ilustre da encantadora Santo Antôniode Lisboa, situada na costa ocidental e umadas mais antigas póvoas da Ilha de Santa Cata-rina. Ali preserva-se a história no traçado bo-nito da bucólica freguesia pesqueira, fundadaem 1753, tendo o centenário casario debruçadosobre a baía pontilhada de barcos, aberta comouma toalha rendilhada de bilros no vaivém ma-nhoso de suas ondas.

Pois, o Janga é um artista por inteiro. Faze vive Arte com “A” maiúsculo. Pintor, dese-nhista, crítico de arte e “revolucionário”. Ilhéu.Muito jovem levantou voo e buscou outroshorizontes além da linha do mar que espiavada Praia de Fora. Estudou Belas Artes em PortoAlegre. Andou por São Paulo. Curtiu o Rio deJaneiro e resolveu que era o momento de re-gressar. Anos setenta. A Ilha de Santa Catarinafervilhava de novidades e de gente chegandode todos os lados. Tempos modernos. A pro-vinciana Florianópolis urbanizara e crescia de-sordenada, sem freio, menosprezando a culturalocal. “A especulação imobiliária empurrava o‘manezinho ilhéu’ para longe da sua praia dan-do vez aos prédios e condomínios ‘miamiza-dos’ que nada tem a ver com a nossa culturaibérica”, recorda Janga sem esconder a angústiasentida pela ameaça da perda de identidadecultural local, o que parecia inexorável.

Surge uma intensa movimentação cul-tural e política sacudindo as freguesias deSanto Antônio de Lisboa, Cacupé e Sam-baqui, um movimento de resistência e va-lorização das tradições da Ilha denomina-do Mão-de-Pilão. No mesmo processonasce a Associação do Bairro de Sambaqui(ABS), o grupo de Boi de Mamão de Sam-baqui e a Associação de Moradores deSanto Antônio de Lisboa (Amsal), mu-dando completamente o perfil da regiãoque passou a ser reduto de artistas e inte-lectuais, local de grande agito cultural.

O irrequieto Janga queria mais, muitomais. Queria mostrar a alma do lugar queparecia acuada. Assim, a 13 de junho de1985, dia de Santo Antônio, nascia o Cen-tro Cultural Casa Açoriana Artes & Tramó-ias com a ideia de juntar os artistas locais,os artesãos, os ceramistas, os escultores,os escritores para dar visibilidade à “almado lugar”, a identidade cultural local, porta-dora de um estilo de vida singular e firmadono sentimento de açorianidade, de “cons-ciência de ilhéu” de que falava VitorinoNemésio – o nosso modo de afirmação nomundo, a alma que sentimos, na formado corpo que levamos (Açorianidade, in:Insula, jul-ago. 1932). É preciso compre-ender o modo de ver, sentir o mundo e aíntima relação com o estar neste espaço.E “estar é muito mais verbo para ilhéu doque viver”, escreveu Nemésio. Não sei oquanto Janga conhece da obra de VitorinoNemésio. Mas, sem dúvida, Janga é “ocara”. Ao seu lado, a artista plástica JandiraLorenz e o fotógrafo Campolino Alves,companheiros da proposta inovadora ede reconhecimento dos valores culturaispróprios da Ilha. Corajoso, sensível, crí-tico, ousou e fez a íntima ligação entre ohomem e o espaço, um link revolucio-nário para mostrar a sensibilidade do ho-mem nascido no mar, maresia impregnadana pele, o imaginário insular, o jeito de sere estar, e a sua mundividência, onde se as-senta toda a criação cultural, celebrativa,alegre, solar, única.

O casarão construído há mais de 200anos, sede do Centro Cultural Casa Aço-riana Artes & Tramóias, transformou-senum polo catalizador e de irradiação da ar-te genuína. Espaço pioneiro e de maiorefervescência cultural da Ilha de Santa Ca-tarina, onde cerca de noventa artistas, arte-sãos tradicionais, artistas contemporâneoscom linguagem vanguardista realizam ofi-cinas, cursos, e expõem com dignidade acultura popular no patamar que merece.

No decorrer destes trinta anos, a CasaAçoriana, deu vez e voz a quem tinha algoa dizer na pluralidade e na diversidade desua arte, como a renda de bilro cravada nalouça de barro da ceramista Índia Brasilem “Rendas e Tramóias”, a crônica emArte Naif do pintor Neri de Andrade na“Festa da Vila” ou na Art Brut de SauloFalcão. A comunhão da insularidade naessência da criação, a representação estéticada identidade do Ilhéu – da açorianidadeherdada e nossa brasilidade.

Com certeza, a compreensão do ver-dadeiro sentido de pertença é a respostapara desvendar a alma do lugar.

L P

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Página 51 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O vosso programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO vvvvvvvvvvoooooooooosssssssssssssssoooooooo ppppppppppprrrrrrrrooooooogggggggggrrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeelllllllllllleeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããoooooooooo eeeeeeeemmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo6:00 Cantonese LusaQ TV Int’l Docs LusaQ TV Punjabi Mandarin Int’l Docs6:307:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Cantonese Mabuhay7:30 Il est écrit 8:00 Il est écrit ESCU TV Cantonese Int’l Docs Il est écrit Il est écrit Punjabi8:30 Look I Cook Il est écrit Voix Succès Hay Horizon9:00 Punjabi Look I Cook Bossbens Show Punjabi Mandarin Int’l Docs Bossbens Show9:30 Cidade Brasil

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uuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiarsussus

Sexta-fefeiriraa SáSábado DDomiminngogg

PROGRAMA SEMANAL

3204 ,Jarry Est514-729-9494

8042, St-Michel514-376-2652

5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Página 61 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

São Miguel, verso amado e canção• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

S. Miguel, Ponta Delgada,és verso amado e cançãoquando te deixei choravade saudade, minha paixão!

PONTA DELGADA, Açores - Carosleitores, desta vez escolhemos Ponta Delgadapara nova aventura poética. Levamos até lá avoz da poesia. Os livros já lá estavam à nossaespera. A segunda edição de “Laços e Abraços”foi apoiada pela editora Letras Lavadas daPubliçor, sob responsabilidade do grandeempresário Ernesto Resendes. A organizaçãoe apresentação do livro esteve a cargo da profes-sora e escritora Ana Isabel Ferreira. Embora ailha verde, S. Miguel, se encontre a cerca de du-as horas de avião de Lisboa, se alguém me per-guntasse se gostaria de ali viver, diria sim semrefletir, pela imagem que tenho, quer da Ilhaquer do povo. São gentes interessantes, acolhe-doras e com um saber enriquecedor para encan-tar quem os visita! São inovadores e têm umaqualidade de vida sem ausências de motivaçãopara a prática de quaisquer atividades. Não te-mos ideia de que exista falta de cultura. O mun-do é belo mas ali reside um céu aberto, da cordo mar, entre espaços verdes e floridos, que dábeleza e prestígio a todo o arquipélago. Pode-mos dizer, pelo que observamos, que as tradi-ções seguem a seu ritmo, sem conservadoris-mos, adaptando-se aos tempos e às gentesmodernas de hoje. Pela parte que me toca, te-nho consciência que deixei lá o coração, belosamigos e muita saudade.

Um dia recebi um convite para ir a S. Mi-guel apresentar o novo livro. Senti um grandeestímulo e uma honra, para assim dizer. Emjulho, depois do quinto encontro do grupo dacompanhia do Manganês de Angola, organi-

zado por Fernando Monteiro, fiz as malas e lávou eu, enquanto o meu marido e o resto dafamília tomam a decisão de passear pelos Al-garves. A poesia é só para quem ama as le-tras… para muitos não é coisa que valha a pe-na.

À minha espera, no aeroporto João PauloII, estavam Ana Isabel e seu esposo AntónioFerreira. Claro está, ao pisar de novo aquelechão verti uma lágrima, sobretudo ao abraçaro belo casal, ela de S. Miguel e ele de Trancoso.Um dia o Tó Ferreirinha foi trabalhar para Pon-ta Delgada e rendeu-se à beleza daqueles boni-tos olhos azuis, e por lá ficou há quase três dé-cadas. São ambos professores mas o tranco-sense é presidente do Sindicato dos Professo-res, nas ilhas. Têm três filhos bem formados.Infelizmente só conheci o Rodrigo, o biólogomarinho: morenaço “como um mouro”, deolhos claros como a mãe! Esta foi a bela famíliaque me recebeu.

Ora, embora o cansaço, no primeiro diaalcancei a primeira surpresa. Ao cair da noitefomos ao Coliseu de Ponta Delgada ouvir umconcerto que nos ficaria no ouvido e na memó-ria. Em cena esteve o magnífico Orfeão Ed-mundo Machado dirigido pela maestrina Cris-tiana Spadaro. E para que o espetáculo ga-nhasse uma lua cheia, de bons sentimentos emais paixão musical, subiram ao palco micae-lense Lúcia Moniz, Kátia Guerreiro e RicardoRibeiro. Foi lindo! No fim do serão encontra-mo-nos nos bastidores com os protagonistasda noite e tiramos algumas fotografias. Gran-des artistas, possuem uma presença humanaluminosa e evidente! Vai deixar saudade… Saícalmamente – admirando as belezas do Coliseu,com brilho tal no olhar – como se me tivessemposto ao peito uma medalha de mérito.

Nos dias seguintes fizemos a volta da Ilha.

As lagoas, cada uma delas tem seus mistérios eencantos! Não há no mundo beleza igual à-quela! Agora, é absolutamente impressionanteo campo do Golfe da Batalha. A curiosidadelevou-nos a fazer uma visita de carro (durouuma eternidade), tal é a dimensão do lugar.Ainda há quem se queixe da falta de oportuni-dades para regalar as vistas e alargar a alegria deviver. Acabamos sempre por encontrar a luzno caminho, no Golfe da Batalha encontra-mos a nossa! Andava por lá um dos funcioná-rios, João Paulo Sebastião, que gentilmentenos ofereceu boleia. Nada melhor, fomos fo-tografar o que nunca tínhamos visto: um cam-po tão bonito, com o mar a servir de pano-de-fundo, com aquelas pequenas lagoas azul-céu,no meio do verde e das árvores coloridas! Deu-nos vontade de aprender a dar umas tacadas.Nunca se sabe se o golfe não será a minhapróxima paixão, para além da escrita, na próxi-

ma visita a S. Miguel.Isto, para justificar a nossa bela viagem,

almoçamos à beira da Lagoa das Sete Cidades– uma das 7 maravilhas de Portugal – diria mes-mo do mundo! O restaurante dá por nome deGreen Love. Obedecem às suas tradiçõesno serviço oferecido aos clientes mas os pratosmais convencionais trazem gosto e requinte àmesa. Digamos que o “Green Love” ainda hápouco nasceu e já tem pernas para andar, andanas bocas do mundo, pela positiva.

Não podemos esquecer que fomos alta-mente recebidos pela Comunicação Social: Le-na Goulart na RDP Açores, Sílvia na RTP Aço-res, no programa Açores Hoje, e na S. MiguelTV (SMTV), por Marco Borges e José Rai-mundo da Silva. Os jornais Açores Today eDiário dos Açores também divulgaram o eventofacilitando assim a minha aproximação paracom o povo. Todos estes jornalistas valori-zaram o meu projeto e a minha ida a S. Miguel,cabe-nos agora a nós retribuir e saudar todosestes profissionais, destacando a imprensa fala-da e escrita de Ponta Delgada. Enviamos tam-bém palavras de apreço aos Açorianos da Diás-pora.

Com grande demonstração de carinho,grande empenho e profissionalismo, o lança-mento do livro e a exposição de fotografias:“Imagens de alma lusitana”, foram levados acabo pela professora Ana Isabel Arruda Ferrei-ra, na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.Houve música ao piano pela professora e pia-nista Svetlana Pascoal. A russa açoriana fez-nos chorar de emoção logo no começo. OAntónio Ferreira com grande ternura poéticacantou um dos meus poemas acompanhado àguitarra. A participação da Ana Isabel Ferreirafoi exuberante e natural ao declamar a poesiaenquanto o marido tocava e cantava. A jovemMaria Melo Pereira fez um número de dançaenérgico e digno de nota.

A autora da obra foi apresentada pelasprofessoras e boas amigas, Rita Simas e AnaIsabel. A crítica literária levou voz e palavrassábias de uma grande senhora. Pois é! quemsubiu ao palco foi a candidata às presidenciais,a Doutora Maria Graça Castanho, em presençada vereadora da Cultura, Luísa Magalhães e daDiretora Regional de Educação Fabíola JaelCardoso.

Participantes e organizadores do livro Laços e Abraços, em Ponta Delgada.

No Coliseu de Ponta Delgada, Adelaide Vilela e Ana Isabel Ferreira felizes comos artistas da noite.

Cont. na Pág. 14...

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Página 71 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Eleições Legislativas em Portugal

Mas valerá mesmo a pena votar?• Por Norberto AGUIAR

Há eleições em Portugal no próximodomingo, dia 4 de outubro. Desta vez os portu-gueses são convidados a votar para as Legisla-tivas, que darão na escolha de 230 deputados,em representação de algumas forças políticas– a maioria dos partidos concorrentes não temhipóteses de eleger deputados... Depois, o par-tido, ou coligação, mais votado será mandatadopelo Presidente da República para formar go-verno. Para sermos mais precisos, esse desí-gnio está destinado à coligação «Portugal àFrente», formada pelo PSD e CDS (atualmenteformam governo) ou ao PS. E os candidatos aprimeiro-ministro são naturalmente apenasdois: Passos Coelho e António Costa.

Pela EmigraçãoPela emigração temos quatro deputados

em cada legislatura. Dois representam os por-tugueses a viver na Europa e os outros dois

Açorianas durante vários anos. Acompanham-na Jorge Rosmaninho, de São Paulo, TiagoPereira, de Macau, e Nélia Alves-Guimarães,de Massachusetts, nos Estados Unidos.

Apelo ao votoAmbas as listas, nos seus panfletos de

propaganda, apelam ao voto nos seus candida-tos, certos de que podem ser os nossos melho-res representantes. Mas serão mesmo?

De quem nos tem representado até agora,uns dizem que nada foi feito de jeito em relaçãoà comunidade... Outros, os mais otimistas, di-rão que sim, que alguma coisa foi feita em rela-ção ao apoio às escolas e outros organismos.

Como deputado investido em funções go-vernamentais (secretário de Estados das Comu-nidades) José Cesário tem tido pelo menos omérito de ter visitado a comunidade com algu-ma frequência, o que deixa marcas de positi-vismo, sobretudo em pessoas «sensíveis»...

Da parte do Partido Socialista, que agoraparece ter adotado uma política de maior apro-ximação com a(s) comunidade(s) local, por viada visibilidade de Alzira Silva, estiveram anos afio sem ter mostrado nenhum interesse pornós. É verdade que não tinha deputado eleito.Mas, caramba, nunca houve ninguém no parti-do que pensasse que uma visita ao Quebequeseria apreciada pela comunidade e que isso po-deria trazer dividendos no futuro?...

Agora, para esta eleição, é possível quemuitos abdicam de votar socialista precisamen-te por terem sido ostracisados todos estes anos.

Seja qual for o partido que vençaVença quem vencer este ato eleitoral de

domingo próximo, o ideal para a comunidadedo círculo eleitoral «Fora da Europa» seria quetivéssemos a partir de domingo próximo doisdeputados eleitos por partidos diferentes. Por-quê? Porque fazendo um (ou uma) parte dogoverno, o outro poderia «fiscalizá-lo» nas suasações e relacionamento com os eleitores e orga-nismos, puxando as coisas mais para o equilí-brio que, agora, nitidamente não existe.

Têm a palavra os eleitores. E não se es-queçam que o seu voto tem de dar entrada noscorreios canadianos até amanhã, sexta-feira.

marcam presença pelo círculo eleitoral de «Forada Europa», o que quer dizer que representamtodos os portugueses das Américas, África,Ásia e Oceânia. Um verdadeiro «andamento»...

Até agora, se a memória me não atraiçoa,os deputados que têm sido eleitos pelo círculo«Fora da Europa», que é evidentemente o nos-so, têm sempre feito parte das listas do PartidoSocial-Democrata. Na legislatura que agora aca-ba, isso não foi diferente, pois os nossos de-putados foram José Cesário, oriundo de Viseu,e Maria João Ávila, natural do Faial (Açores),mas radicada em Nova Jérsia, nos Estados Uni-dos.

Entretanto, para a legislatura que se avi-zinha, os candidatos a deputados pela coliga-ção «Portugal à Frente» são os mesmos damagistratura anterior: José Cesário e MariaJoão Ávila. A completar a lista estão CarlosPáscoa, residente no Rio de Janeiro, e o popularAntónio Simões, antigo jogador do Sport Lis-boa e Benfica.

Já o Partido Socialista, que como já se dis-se, nunca elegeu nenhum deputado por estecírculo eleitoral, apresenta como cabeça de listaAlzira Silva, conhecida neste lado do Atlânticopor ter sido diretora regional das Comunidades

José Cesário, cabeça de lista pela Coli-gação «Portugal à Frente», que concorrepelo círculo eleitoral «Fora da Europa».Foto Port.com

Alzira Silva, cabeça de lista pelo PartidoSocialista, que se apresenta pelo círculoeleitoral «Fora da Europa». Foto Luso-Presse.

L P

Steven Vitória ainda é do BenficaLUSOPRESSE – Steven Vitória, o defesa central que fez carreira no futebol portu-

guês até chegar ao grande Benfica, está agora ao serviço do União de Filadélfia, nos EstadosUnidos.

De passagem por Montreal em agosto passado, quando a sua equipa veio defrontar oImpacto de Montreal, e que contra todas as expectativas venceu o desafio por 1-0, passoupor um dos melhores restaurantes da comunidade, o Ferreira Café. A visita ao famoso res-taurante fê-la na companhia de Carlos Moleirinho, conhecido empresário de restauração nacomunidade (Café Central) e grande amigo do jovem torontoense, pois foi na cidade deToronto que Steven Vitória nasceu.

No bate-papo com Carlos Moleirinho, Steven Vitória aflorou alguns dos aspetos dofutebol americano em relação ao futebol português, nomeadamente em questões de treino,parece que menos evoluído do que em Portugal.

Outra das questões que vieram à baila é o facto de Steven Vitória continuar a ser joga-dor do Benfica. O seu empréstimo aos americanos do União termina em dezembro, mêsem que acaba a época na Major League Soccer. L P

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Página 81 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

LUA AFLITAComeçando a semana, recada no salãoe convosco andando mão na mão,vejo a lua prenhe de tanta cor garridae pergunto: serão sinais de despedidapelos migrantes que dão a vida ao mar?Será que vai raivosa e nos quer avisar…pela passagem desastrosa de um cometaque arrase com gentes loucas do Planeta.Vi a lua azul, brilhante e logo encarnada,fiquei em sobressalto mas não disse nada…Chorei e orando a Deus pedi com paixão:Pai dá um lar aos migrantes e bom pão.Vi a lua sorrir, lá do alto, até à Terrae pensei que talvez se acabe a guerraque tantos povos inocentes faz morrer…e todos nascem com direito de viver.

Adelaide Ramos Vilela© Copyright, setembro de 2015

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Historiadora canadiana diz:Navegador Rodrigues Cabrilho nasceu em Espanha

LOS ANGELES, Califórnia (USA) – Uma historiadora canadia-na garantiu que o navegador Juan Rodriguez Cabrillo, o primeiro europeua pisar a costa oeste dos Estados Unidos, terá nascido em Palma delRío (Córdova), sul de Espanha, e não no norte de Portugal.

De acordo com relatos anteriores, o navegador da costa californianasempre foi descrito como sendo originário da região portuguesa de Ca-

bril, pertencente atual-mente ao distrito deVila Real, que distamenos de 40 quiló-metros da fronteiraespanhola.

Mas de acordocom a recente desco-berta pela historia-dora Wendy Kramer,o descobridor do sé-culo XVI nasceu emPalma del Río (Cór-dova), no sul da Es-panha, segundo opróprio Cabrilhoconfirmou num de-poimento, agora des-coberto, apresentadoa um tribunal que in-vestigou o roubo deouro pertencente àCoroa de Espanha abordo de um navioque partiu de Veracruz(México) em direçãoa Sevilha em 1532.

Cabrilho foi umdos moradores da ci-dade Santiago (capital

colonial espanhola na Guatemala) que estavano navio que transportava essa mercadoria pre-ciosa, que o procurador da Guatemala, GabrielCabrera, teve de entregar às autoridades espa-nholas.

“Em dois documentos, ele refere que oseu nome (Juan Rodríguez Cabrillo) é de Palmade Micergilio (antiga nomenclatura de Palmadel Río)”, disse Kramer numa conversa comagência espanhola EFE, em que a historiadorareleu os antigos documentos manuscritos emespanhol.

De acordo com a académica, a recentedescoberta parece ter resolvido o mistério sobreo local de nascimento de “Juan Rodriguez Ca-brillo”, cujas origens foram localizadas tantoem Portugal como em Espanha.

Os manuscritos são digitalizados e estãodisponíveis gratuitamente ao público no Por-tal Arquivos Espanhóis (PARES), do Ministé-rio da Educação, Cultura e Desportos da Espa-nha, cujo catálogo está se expandindo comotextos históricos à medida que são digitalizadose postados na Internet.

Kramer acredita ser improvável que Cabri-lho tenha mentido em tribunal, o qual não ti-nha por hábito torturar suspeitos para obterconfissões, até porque havia pessoas que co-nheciam o explorador.

Há evidências de que Cabrilho casou emSevilha em 1532 com Beatriz Sánchez Ortega,filha de um comerciante, com quem mais tardese estabeleceu em Guatemala.

precisamente o de regressar a Espanha para se casar.A notícia sobre a origem do explorador não caiu bem na comuni-

dade portuguesa no sul da Califórnia, que anualmente celebra um Festivalem honra do navegador.

“Provavelmente, algumas pessoas ficaram chateadas”, admitiu opresidente do comité organizador do Festival Cabrilho, Idalmiro daRosa, que tentou minimizar o significado desta nova informação sobrea origem do explorador.

“Nós não temos 100% de certeza de que é a mesma pessoa”, disseDa Rosa, que considerou necessário encontrar uma certidão de nasci-mento de Cabrilho para se apurar a verdade.

Da Rosa dá mais crédito aos escritos de Antonio Herrera e Tor-desilhas, cronista espanhol, que em 1615 publicou “História Geral dosfactos dos castelhanos nas ilhas e continente do Mar Oceano”, cujaspáginas referem que Cabrilho foi um português que serviu na conquistaespanhola da América.

Pesquisas posteriores põem em causa a origem do primeiro europeua pisar a costa oeste dos Estados Unidos, quando estava ao serviço deD. Pedro Alvarado na campanha para o “descobrimento da especiaria”.

Com a morte de D. Pedro Alvarado, a expedição foi anulada e D.Antonio Mendonza, Governador da Nova Espanha, encarregou o na-vegador português de procurar o famoso estreito de Anian na costaocidental da América do Norte.

Segundo a crença geral da época, o estreito de Anian permitia apassagem entre o Atlântico e o Pacifico.

A 27 de junho de 1542, Cabrilho partiu da Costa Ocidental da No-va Espanha à frente de uma pequena expedição de dois barcos, o “SanSalvador” e o “La Victoria”, seguindo pela Costa do México.

Depois de passar a Punta del Engano, a 21 de agosto de 1542, Ca-brilho continuou em frente, ao longo da costa do México até avistar aponta da Califórnia, onde encontrou um porto seguro para ancorar osnavios.

Nesse mesmo local, a que chamou “puerto de la Posesion” (atual-mente Port of San Quentin), o navegador desembarcou para tomarposse formal da terra em nome do rei Filipe de Espanha e de D. AntonioMendonza, vice-rei de Espanha, e fez-se de novo ao mar.

A 25 de setembro, após três meses de viagem, Cabrilho chegou ao

O objetivo de Ca-brilho, que viajou debarco, de acordo coma tese de Kramer, foi

que é hoje a baía deSan Diego, no extre-mo Sul do Estado daCalifórnia, e perma-neceu seis dias no lo-cal.

Cabrilho faleceua 03 de janeiro de1543.

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Página 91 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Página 101 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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José Cesário em Montreal

«Tenho mais propostas a fazer...»

Festival do Filme Black de Montreal

Regresso com programação enriquecida• Por Jules NADEAU

Esteve em Montreal como deputado-candidato a substituir-se a si próprio, o aindaSecretário de Estado das Comunidades Portu-guesas, José Cesário.

Num dia de forte chuva a assistência foirazoável e o Dr. Luís Aguilar, professor doInstituto Camões em Línguas Portuguesas naUniversidade de Montreal, levou consigo umadezena de alunos seus do curso de Língua Portu-guesa que lecciona na supra Universidade.

Um jovem, falando em nome do grupo,expressou-se num Português bastante com-

preensível — deve dizer-se que estes alunosestão nos primeiros tempos de aprendizagem— convidando José Cesário a visitá-los numaaula do grupo porque, na sua opinião, eles sãoagora embaixadores de Portugal, através daaprendizagem da nossa Língua.

A mensagem que Cesário trouxe até nósé uma de esperança e confiança no futuro.Aprecia-se o facto de não ter procurado seguira via fácil dos louvores duvidosos e ter sidopragmático na sua apreciação da situação quese atravessa em Portugal, dizendo que estamosainda longe de atingir o que seria ideal porém,

os alicerces existem e calmamente e sobretudocom lucidez, poderemos conseguir estabilizara economia e procurarmos produzir em maiorquantidade aquilo que de bom podemos fazerno país.

É evidente que se não se produzir, se for-mos obrigados a adquirir no estrangeiro aquiloque podemos fazer nós próprios, é difícil —ver impossível — equilibrar a economia nacio-nal. Se o valor das importações for superiorao das exportações, não é preciso ser doutorem finanças para compreender que o déficeaumentará. E que o défice só poderá ser atenu-ado com mais empréstimos. E quem diz em-préstimos diz juros a pagar.

Em contrapartida, Portugal tem subidobastante na área do turismo. Sendo um paísbonito com gente acolhedora e Sol muro amuro, excelente clima, boa gastronomia a pre-ços bastante acessíveis e deslocações facilitadaspor uma boa rede de transportes, Portugal estána linha da frente, não apenas na ocupaçãotemporária para período de férias, como tam-bém, na presença de alguns milhares de estran-

geiros que já adoptaram o nosso país comolocal de residência permanente.

Neste campo, muito têm contribuído asdiásporas espalhadas pelo mundo que, atravésdos conhecimentos que têm nas sociedadesonde estão inseridos, têm encorajado a visita aPortugal de muitos membros dessas comuni-dades. E de visita em visita, de grupo em grupo,os que vão ficam contentes e entusiasmamoutros a seguir-lhe as peugadas. Deste modo,podem-se contar por centenas ou mesmo mi-lhares, os estrangeiros que desembarcam emLisboa ou qualquer outro aeroporto do país,voltando encantados com o tempo lá passado.

José Cesário dispôs-se depois às pergun-tas da assistência, a que respondeu com clareza,garantindo que se continuar no posto, tem al-gumas propostas a fazer, não apenas ao gover-no como também aos portugueses espalhadospelo mundo, numa procura de harmonizaçãoentre as comunidades e os dirigentes em Portu-gal, no interesse comum.

Melo e CastroL P

O Festival do Filme Black está emplena atividade desde quarta-feira passada, diado lançamento da sua 10ª edição no CinemaImpérial. Martin Luther King III, o filho maisvelho do campeão das liberdades civis nos Es-tados Unidos, foi homenageado pelos organi-zadores do festival que lhe atribuíram o PrémioHumanitário 2015. A homenagem coincidecom o 50º aniversário da marcha histórica deSelma a Montgomery.

A programação deste festival (FIFBM),criação da Fundação Fabienne Colas, enrique-ce-se de ano para ano e é preciso consultar oportal para conhecer todos os filmes de temasdiferentes que é possível ver até domingo pró-

ximo, dia 4 de outubro. Lembramos que se tra-ta do maior evento de filme black no Canadá.

A aparição de Martin Luther King III eraansiosamente esperada no tapete vermelho de-pois da chegada das muito elegantes vedetasda soirée. Reservado e polido, o filho do heróide Selma prestou-se mesmo ao jogo de algu-mas breves trocas amigáveis e de apertos demãos, honra concedida também ao represen-tante do LusoPresse.

Para o nosso público, mencionemos ofilme co-apresentado pelo LusoPresse e a Lu-saQ TV. O documentário «Cidade de Deus: 10anos depois» conta a história dos jovens atoresda longa-metragem de Fernando Meirelles eKátia Lund que recebeu numerosas recom-pensas. Como é que as suas vidas evoluíram

Cont. na Pág. 14...

Os principais organizadores do Festival posam orgulhosamente na companhia deMartin Luther King III no «Tapete vermelho». Na ordem habitual vemos ÉmileCastonguay, Fabienne Colas e o convidado de honra, e Pras Michel. Foto Luso-Presse.

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Com o sistema Entrada Expresso...Portugueses têm entrada facilitada no Canadá

O Sistema de Imigração Canadianode Entradas Expresso acolhe imigrantes qualifi-cados de Portugal de forma mais rápida do queanteriormente Proporcionando oportunidadesde sucesso no Canadá aos candidatos qualifi-cados e com experiência.

No passado mês de janeiro, o governo doCanadá lançou com sucesso o sistema de En-trada Expresso, uma aplicação moderna de ges-tão da imigração para o Canadá. Este sistemaproporciona aos potenciais imigrantes portu-gueses com aptidões, uma alternativa nova erápida de emigrar para o Canadá. A EntradaExpresso dirige-se a pessoas que possuam co-nhecimentos especializados e experiência comprocura no mercado laboral e na economia doCanadá, assegurando a obtenção dos respecti-vos vistos de forma mais rápida do que anterior-mente.

A emigração para o Canadá através da En-trada Expresso é uma opção que os portuguesesque estão a pensar emigrar devem considerar.A página internet recentemente lançada emportuguês facilita a obtenção de informação.

O Canadá é um dos países mais multicul-turais do mundo, com cidades limpas e hospita-leiras, universidades de renome internacional,uma economia forte, com oportunidades paraempresas e oportunidades de trabalho. A eco-nomia canadiana teve um dos melhores desem-penhos dos países do G-7 nos últimos anos etem um dos mais elevados padrões de vida dospaíses do G-20.

A Entrada Expresso permite aos trabalha-dores qualificados que desejem inscrever-se nosprincipais programas de imigração do Canadá,criar um perfil online e indicar o seu interesseem residir no Canadá permanentemente. Todosos que reúnam os critérios mínimos serão colo-cados num grupo e classificados de acordo comvários fatores, incluindo o domínio da língua,educação, experiência de trabalho. Os melhoresclassificados do grupo serão convidados a can-

didatarem-se. As candidaturas completas serãoprocessadas no prazo máximo de seis meses.

Informações gerais• O Canadá é um país grande com muitasoportunidades. O site jobbank.gc.ca pode aju-dar os novos imigrantes a encontrar empregoe tem informação útil sobre o mercado de tra-balho em todo o Canadá.• Para obter informação sobre viver no Canadáe as suas cidades, consulte o siteKeepexploring.ca• O Canadá é um país bilingue com o inglês eo francês a serem falados de costa a costa. E,embora a maioria da população canadiana delíngua francesa resida no Quebeque, existemmuitas e dinâmicas comunidades francófonasnoutras províncias e territórios de todo o Ca-nadá.

Citação“O Canadá sempre recebeu os imigrantes

portugueses de braços abertos. Briosos e tra-balhadores, os imigrantes portugueses têm aju-dado a construir o nosso grande país e estatradição continua nos dias de hoje. Com aEntrada Expresso, planeamos aceitar mais imi-grantes portugueses no Canadá com estatutode residente permanente de forma mais rápidado que anteriormente.”

Chris Alexander, Canada’s Citizenshipand Immigration Minister

SitesBackgrounder – Express Entr yCanada.ca/EntradaExpresso

Siga-nos emtwitter.com/CitImmCanadafacebook.com/CitCanadaContactos:Minister’s OfficeCitizenship and Immigration Canada613-954-1064.

Protocolos de cooperação...Entre Lagoa e Associação dos Emigrantes

A presidente da Câmara Municipalde Lagoa assinou um protocolo de coope-ração com a Associação dos EmigrantesAçorianos, tendo para o efeito recebido opresidente da Associação, Luís Venânciode Resendes Silva, no salão nobre do edifí-cio dos Paços do Concelho.

Trata-se de um protocolo que tem emvista objetivos comuns entre a Câmara Mu-nicipal de Lagoa e a Associação de Emigran-tes Açorianos (AEA), designadamente noâmbito do desenvolvimento e cooperaçãoem ações de índole cultural e social.

Para Cristina Calisto Decq Mota “esteprotocolo não representa apenas uma for-ma de consolidação de um elo de ligaçãoentre o povo açoriano, mas sim um fatorde dinamização interna concelhia, bem co-mo de dinamização da sua abertura ao exte-rior, através do estabelecimento de laços

de cooperação institucional, que têm co-mo objetivo o reforço do seu potencial eo alargamento das respetivas esferas deatividades”.

Este protocolo de cooperação tam-bém será profícuo para a Câmara Muni-cipal de Lagoa, na área das tecnologias ecomunicação, sob o ponto de vista dainstalação do Nonagon – Parque Tecno-lógico de São Miguel no concelho, paraque a AEA se sirva desse espaço para or-ganizar grupos de trabalho para a investi-gação, estudo e análise de questões de emi-gração, organizar encontros, colóquios,conferências e seminários sobre a temá-tica migratória, bem como promover ointercâmbio e a cooperação com associa-ções e organismos nacionais, regionais eestrangeiros que prossigam os mesmosobjetivos.

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Mais de 100 medalhas para o atleta de Orientação Pedestre• Por Adelaide VILELA (texto) e António BATISTA (fotos)

J oão António dos Santos Bernardinoé um jovem atleta, na área de Orientação Pedes-tre, a residir na Marinha Grande.

Com esta visita descobrimos duas ricasmaravilhas, o atleta que já ganhou mais de 100medalhas, algumas de ouro, em provas de cortamato. Logo a seguir, conhecemos mais um re-canto natural e belo de Portugal. O João pro-porcionou-nos uns dias em beleza numa dascasas de seus pais, que usam normalmente paratrocar com outros visitantes, através da empre-sa: www.trocacasa.com/pt/. Naquelecantinho do paraíso, a 10 Km da Nazaré, des-frutamos de uns momentos de prazer, alegriae bem-estar, à beira da praia. Um sincero obri-gado ao João por ter convidado o Jornal Luso-Presse, disposto a compartilhar com os leito-res a sua história de atletismo e momentos delazer. O João é um atleta que ama e valoriza odesporto ao ar livre. Interagindo com a nature-za, não se incomoda com os riscos que estamodalidade lhe possa trazer. Soubemos que játeve alguns problemas com os joelhos e quese perdeu algumas vezes, mas não se preocupacom tal facto. Atravessa o caminho, disponibi-lizando tempo e energias com o objetivo deadquirir melhores resultados. Assim, estrate-gicamente nunca falta aos treinos nem às suascompetições. Pedimos-lhe para nos explicarou descodificar alguns códigos desta modali-dade e foi notória a sua resposta: “No tempolimite, o sprint é uma prova urbana de curtadistância. Na distância média, a prova mais

técnica é no pinhal. A maior distância é a esco-lha de itinerários”. França, Espanha, Macedó-nia, Eslovénia, Turquia e Roménia são lugaresconquistados pelo jovem atleta que, no cum-primento da sua missão, tem trazido para Por-tugal algumas medalhas e troféus.

Uma das tristezas de que nos fez parte éque: “Hoje em dia quem quer seguir uma carreiradesportiva tem que viajar para o estrangeiro”.O que quer dizer que a “pedagogia” governativanão dá apoio suficiente, ou talvez nenhumconforto aos nossos jovens atletas. Depoisqueixam-se que Portugal perde os seus melho-res profissionais. Não me admira… pois, nãovai ainda há muito tempo que ouvimoso próprio primeiro-ministro convidar os jo-vens licenciados a saírem do País, a emigrarem.Que bela política (ou politiquice) vai no paísde Luís Vaz de Camões.

O jovem contou-os que começou a corrercom 10 anos com o seu professor escolar, eainda hoje é seu treinador. A sua curiosidadelevou-o a pesquisar sobre a dinâmica desta mo-dalidade e, com o incentivo do mestre em educa-ção física, em dois passos e meio, pôs-se a mi-lhas por serras e montes, de Portugal e domundo.

É com o Clube de Orientação doCentro de Leiria que o jovem segue viagem,inovando com o apoio da Federação - ClubeCoc de Leiria - que lhe paga metade dasdespesas. “Contudo, os meus pais são respon-sáveis por tudo o que possa vir a necessitar no

que o ajudarão a crescer no futuro, também lhetraz dificuldades e dissabores que ele aprende acontornar. Contou-nos que a elevação do ter-reno pode constituir um problema para estegénero de atletismo, e deu-nos por exemplo oGerês onde o terreno é rochoso, elevado ecom uma densa vegetação.

A cultura não morre solteira, para esteatleta de ORIENTAÇÃO PEDESTRE, porisso arranjou outra ocupação. Nos tempos li-vres vai surfar com o irmão Diogo. Evidente-mente que ele e o irmão já se especializaramnaquelas praias dos arredores da Nazaré, conse-guindo competir com os melhores. Não hánenhuma onda que lhes faça frente, eles derro-tam-na rapidamente e sem medo.

O Diogo Bernardino entrou este ano naUniversalidade Católica, em Viseu. É evidente,se o tempo for bem aproveitado, daqui a unsanos já temos mais um dentista que nos permitaconservar, com saúde, o sorriso que Deus nosdeu. Quanto ao nosso atleta ainda tem algunsanos pela frente até chegar à escola de altosvoos, à universidade, pelo que pode continuara desafiar a natureza adquirindo dados que lhevenham a servir de apoio a muitas das suas de-cisões futuras. Notícia de última hora, o Joãotem 16 anos, mas tal é a sua experiência quecompete muitas vezes com profissionais maisvelhos.

Meu querido João contamos com o teutalento e com mais medalhas para a Portugal.Sentimos por ti admiração e grande orgulho.

Maior sorte, equilíbrio e vontade de estu-dar também para o Diogo.

que respeita a cadaprova”.

Este rapazinho étão querido como be-la é a sua humildade,confessou-nos quenão fica alarmadoquando se dá contaque comete algum er-ro no percurso, ou seperde no tempo paraatingir a meta. Nesteseu projeto, para alémde construir desafios

João Bernardino, o jovem «papa meda-lhas», é caso para dizer.

Os irmãos João e Diogo na praia Pare-des da Vitória, na Nazaré.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

L P

Porque caem as folhasdas árvores no outono?

No ocaso deste mês, no hemis-fério norte, principia a terceira estação doano, o outono. Uma das estações mais bo-nitas do ano, o outono é uma estação deessência poética, nostálgica e melancólica,onde a queda das folhas das árvores, as pa-letas naturais de cores amarelas, castanhase vermelhas da natureza, o tom cinzentodo céu e o sabor dos frutos amadurecidos,simbolizam o processo de transformaçãoda vida.

Na esteira desta mundividência, aquise apresenta um poema intitulado “Porquecaem as folhas das árvores no outono?”,que faz parte do meu último livro de poesia“Terra”, magnificamente ilustrado pelomestre-pintor Orlando Pompeu.

Daniel Bastos

Embaladas pela dança do ventoas folhas secas de Outonosoltam-se dos ramos das árvorescaindo suavemente no chão.Ressequidas pelos vendavaisagitam-se ansiosamentenuma dança contagiantede melodias e cores naturais.Desaparecendona voragem da estaçãoas folhas secas de Outonocaem porque têm que cair,sinal da vida que se renova,são o novo dia que está por vir.

Daniel Bastos, “Porque caem as folhasdas árvores no Outono?”, in Terra L P

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FC Montreal

Terminou a época• Por Norberto AGUIAR

O Futebol Clube Montreal, paraquem ainda não sabe, é a segunda equipa doImpacto de Montreal, e que em Portugal sechama de equipa reserva. No nosso país, a se-gunda equipa de um qualquer clube, nunca po-deria ter um nome diferente da formação prin-cipal. Mas aqui, por razões que desconhecemose que admitimos tenham foco em questõesadministrativas, é diferente.

Há o FC Montreal que pertence ao Im-pacto de Montreal, já o dissemos. Há o Toron-to FC II que tem como equipa titular o Toron-to FC. E há o Real Monarchs SLC que é a se-gunda equipa do Real Salt Lake. Outra é o Van-couver Whitecaps FC 2 e por aí adiante... Mashá também o Louisville City FC que funcionacomo filial do Orlando City. Todas estas equi-pas, e são 24 – 4, por ora, não são filiadas,pois a MLS só tem 20 equipas –, disputam oCampeonato da United Soccer League, que emtermos portugueses representa o terceiro esca-lão de futebol. Mas atenção, que nesta liga háalgumas condicionantes, a começar por seremequipas que têm por principal objetivo desen-volver os jovens jogadores. Os reservistas elesionados, ou jogadores fora de forma e quequerem regressar ao primeiro time, tambémpodem jogar nestas «reservas» que, bem vistasas coisas, não o são.

A United Soccer League tem 24 equipas,como já dissemos. O todo é dividido em duaszonas, Este e Oeste, por meio de zonas geográ-ficas. É por isso que o FC Montreal e o Toron-to FC II jogam a Este e o Vancouver White-caps FC 2, joga a Oeste. Estas são as únicasformações canadianas da liga. E este foi o pri-meiro ano em que participaram no campeo-nato.

Quanto à classificação do FC Montreal,

que disputou 28 jogos, não foi famosa, quedan-do-se pelo 10° lugar entre as 12 equipas que fa-zem parte da Zona Este, com 28 pontos, oque dá uma média de um ponto por jornada.Ainda assim foi melhor que o Toronto FC II,que, na mesma zona, ficou um lugar abaixo(11°), com 23 pontos, menos cinco que a for-mação do Quebeque e mais quatro que o Wil-mington, último classificado.

Entretanto, neste momento disputa-se afase eliminatória, tendo-se apurado as seguintesequipas: Rochester (1° do campeonato), Louis-ville City (2°), Charleston Battery (3°), NovaIorque Red Bull II (4°), Pittsburgh Riverhound(5°) e Richmond Kickers (6°), pela Zona Este.Já pela Zona Oeste, o campeão foi o OrangeCounty Blues FC, seguido do OKC Energy FC,do Colorado Springs, do Sacramento RepublicFC, do La Galaxy II e do Seattle Sounders 2. OVancouver Whitecaps FC 2 terminou a épocaem penúltimo lugar, com 30 pontos, mais umque o Real Monarchs SLC (29 pontos).

As seis equipas representativas das duasséries vão agora defrontar-se em jogos de elimi-nação direta até encontrar o máximo vencedor,depois dos dois vencedores por zona e dovencedor do campeonato, que foi o RochesterRhinos, com 68 pontos.

Recapitulando a participação do FC Mon-treal e pelo que vimos nalguns dos seus jogos,o que podemos dizer é que a equipa tem poten-cial, apesar da inexperiência da maior parte dosseus jogadores, que estamos em crer poderãofazer muito melhor em 2016, já com outrotraquejo e com mais alguns retoques.

Dos seus elementos, destaque para Ales-sandro Riggi, um italiano atrevido, apesar dasua baixa estatura. Tem raça e é muito habili-doso, para além de ser extremamente veloz.Tudo junto fez dele o melhor marcador da equi-pa e um dos bons jogadores da liga. Se um diapoderá chegar ao Impacto? Talvez... L P

Alessandro Riggi festeja com os companheiros mais um dos seus golos. Foto Impacto..

Do ConsuladoEleição para a Assembleia da República

(4 de outubro 2015)

O Consulado-Geral de Portugal em Montreal informa que, encontrando-se a decorrero processo de votação de Eleitores residentes no estrangeiro, foi detetado que nos sobrescritospara devolução do boletim de voto é necessário acrescentar, à mão, a palavra, PORTUGAL.

Sendo assim, a morada de destino completa é a seguinte:

Secretaria-Geral do Ministério da Administração InternaAdministração EleitoralPraça do Comércio, Ala Oriental1149-018 LisboaPORTUGAL

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

L P

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Página 141 de outubro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FESTIVAL...Cont. da pág. 10

SÃO MIGUEL...Cont. da pág 6

Alguns artistas micaelenses declamarame encantaram, e nós ficamos deslumbradoscom a presença dos poetas seguintes: Rita Si-mas Bonança, Armando Moreira, CarolinaCordeiro, Pedro Paulo Câmara e António Fer-reira.

Gostaríamos de reconhecer o trabalhoperfeito que fizeram os fotógrafos e afirmarque nos sentimos felizes por terem estado con-nosco: Inês, Family Pic, e Duarte Silvestre Pe-reira.

Para concluir, saúdo agradecida o EditorErnesto Resendes, Publiçor, pela confiançacom que me brindou, e por ter enviado os li-vros para Portugal continental. Agradou-nosimenso sentir o apoio, a presença, o carinho ea colaboração da Publiçor no lançamento dolivro Laços e Abraços, na Biblioteca Públi-

João Paulo Sebastião, Golfe da Bata-lha.

depois do sucesso mundial? As recordaçõesdos que tinham então uma quinzena de anos eque conheceram os desportos, a violência e amiséria das favelas. A projeção terá lugar do-mingo, dia 4 de Outubro, às 17 horas, no Ciné-plex Odéon do Quartier Latin. Preço do bilhe-te: 10 dólares.

«Este ano o FIFBM abre um novo capítu-lo depois de 10 anos de existência. Com umanova programação e novas ideias, o prestigiosofestival conta redefinir o seu modelo de festivalde filmes. Em seis dias, os festivaleiros têm apossibilidade de encontrar atores e realizadoresdos quatro cantos do mundo e partilhar a suapaixão. Há para todos os gostos nos diferentescinemas, menciona o comunicado.

O filme de encerramento de 4 de outubroé sobre a história da luta dos Negros Ameri-canos pelos seus direitos fundamentais. «TheBlack Panthers, Vanguard of the Revolution»será apresentado às 19 horas na sala Hall daUniversidade Concordia. Trata-se da primeiralonga-metragem documentário que estuda omovimento político, a sua pertinência na cul-tura americana, assim como as lições dolorosasa tirar do descarrilamento desta organizaçãorebelde. O documentarista Stanley Nelson in-terroga as testemunhas dessa época: polícia,informadores do FBI, jornalistas, apoiantesbrancos, detratores, fiéis do Black Panthers edesertores do Partido.

Para mais pormenores sobre uma rica pro-gramação e outros acontecimentos do festivalconsultar:

www.montrealblackfilm.com

ca de Ponta Delgada.Caros amigos, lanço aqui o repto: se al-

guém necessitar de uma gráfica esta é a melhor,pelo serviço honesto, eficácia e profissiona-lismo. A editora Publiçor, Letras Lavadas, serápara sempre o meu porto de abrigo, a minhaeditora preferida, em S. Miguel, Açores.

Resta-me agradecer à empresa EXPLO-RADVENTURAS AZORES e ao NunoArruda, organizador turístico, pelo apoio pres-tado na viagem de regresso a Lisboa. Açorianosou turistas contam agora com uma agência

AZORES AIRLINES APONTA AO FUTURO

O Grupo SATA viveu esta semana um período de forte entusiasmo, na expectativade melhorar todas as operações e encarar o futuro com maior otimismo e racionalidade.

A administração da companhia aérea reuniu, em Ponta Delgada, com os quadros da empresapara apresentar resultados, definir novas estratégias e partilhar objetivos futuros. Ao mesmotempo, a SATA homenageou todos os funcionários que se reformaram nos últimos dois anose premiou todos os funcionários no ativo que completaram 25 anos de carreira na empresa.

Para o presidente da SATA, Luís Parreirão, os próximos anos são “os maiores desafios pa-ra toda a operacionalidade da companhia, nunca descorando o papel fundamental que representapara os Açores. O enfoque está agora centrado no cliente, na nova frota de longo curso que estáa chegar, ao mesmo tempo que se sente ter-se ganho uma nova confiança dos mercados.”

A SATA é a companhia mais antiga de Portugal e está nesta fase a comemorar os 75 anosde atividade. Nos últimos tempos tem recuperado prestígio e toda a informação financeira dis-ponível aponta para um futuro mais sustentado e credível.

Recentemente firmou protocolos com relevantes instituições portuguesas e acompanhaos principais agentes económicos da Região nos passos decisivos que conduziram os Açoresà classificação de um dos melhores destinos de turismo sustentável do mundo. L P

prestadora de serviços para visitar as ilhas outomarem parte noutras atividades, é só con-tactarem o Nuno Arruda em Ponta Delgada.

Renovamos os nossos agradecimentosao Casal Arruda Ferreira por nos ter recebidoprincipescamente e a todos quantos dis-puseram do seu tempo para colaborar com es-te nosso Evento literário, naquelas ilhas deencanto.

Fiquem bem leitores: adeus, até à próximadescoberta, nas viagens de Adelaide.

Pousada da Juventude de Lagoa...

Regista boa afluência de turistasNuma estatística da Pousada da Ju-

ventude de Lagoa, entre o período de abril eagosto de 2014 e o período homólogo de2015, verificou-se neste equipamento, uma su-bida de turistas internacionais de 10,2% e umaexpressiva subida de turistas nacionais de90,2%. Um facto que é também resultado daentrada das low coast nos Açores.

Desde a sua abertura, em abril de 2012, apousada já notou um aumento significativonas dormidas, sendo que, nesse mesmo ano,entre os meses de abril e agosto, a afluência deturistas internacionais era de 472, passando a1150, no período homólogo, em 2013, regis-tando assim um aumento de mais de 143%,em relação a 2012. Já no período homólogo a2014, assistiu-se a cerca de 1706 dormidas, numaumento de cerca de 48%, sendo que em 2015,cresce ainda mais 10%, registando um númerode 1880 dormidas de turistas internacionais

em apenas cinco meses.Contudo, é através do turista nacional que

os números de dormidas neste equipamentotêm ganho uma enorme expressividade, umavez que entre os meses de abril e agosto de2012, se registaram 1075 dormidas, passandoa 1475 no mesmo período homólogo em2013, num aumento de mais de 37%. Mas éem 2015, que estes números quase duplicam,com 2653 dormidas entre os meses de abril eagosto, que assim regista um aumento de cercade 90%.

Neste sentido, e comparando os mesesde abril a agosto de 2014 e 2015, a Pousada daJuventude de Lagoa regista um crescimentonas dormidas, entre abril e agosto de 2015 de46,2%, sendo o número de dormidas nesteperíodo em 2014 de 3101 dormidas e em 2015de 4533.

A presidente da Câmara Municipal de La-goa, Cristina Calisto Decq Mota, salienta que

“estes são resultados que comprovam que a Pousadada Juventude de Lagoa foi uma boa aposta em termosde investimento autárquico, visto ser um equipamentoque tem contribuído para dinamizar turística e econo-micamente o concelho através de um maior e notórioafluxo de turistas que foi reforçado, nos últimos tem-pos, com a liberalização do espaço aéreo.

Outros fatores contribuem para este sucesso, no-meadamente a sua localização, afirmando-se como umpólo de atração turística para o concelho, na medidaem que associada à mesma encontra um recinto despor-tivo que torna aquele espaço mais apelativo, podendoo hóspede beneficiar da prática de modalidades despor-tivas como seja o ténis, ou até mesmo, de aluguer debicicletas, serviço disponibilizado pela pousada, numespaço onde é o contacto com a orla costeira do conce-lho é visível e onde até a atividade dirigida a criançasnão é esquecida, localizando-se nas proximidades umparque infantil. Destaca-se igualmente outros fatoresque contribuem para fazer da Pousada da Juventude deLagoa um espaço ideal para férias, viagens de finalistasou para deslocações de trabalho como é disso exemploa qualidade dos quartos e dos serviços disponibiliza-dos, através de uma equipa simpática e acolhedora. A-liás, e neste âmbito, a Pousada da Juventude de Lagoatem acolhido alguns eventos que se associam, sobretu-do, à juventude como é disso exemplo conferências deimprensa de apresentação de competições desportivas,apresentações de projetos e até mesmo tertúlias ou ex-posições de fotografia.

A Pousada da Juventude de Lagoa, apesar de nãoestar incluída na rede regional de Pousadas da Juventudetem conseguido afirmar-se como um equipamento dequalidade e que, de forma progressiva, tem sido prefe-rida por muitos turistas que visitam os Açores.

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Em 2013 e 2014...Emigração estabilizouLISBOA – O Observatório da Emigra-

ção estima que a saída de portugueses do país em2013 e 2014 tenha estabilizado, em alta, nos 110mil por ano e que em 2015 comece a descer.

“A perspetiva era que em 2014 a emigraçãotivesse baixado, porque o número de pessoas comdisponibilidade para emigrar também se esgota.Fiquei surpreendido que ainda se tenha mantidoem 2014”, afirmou à agência Lusa o sociólogoRui Pena Pires, do Observatório da Emigração.

Segundo o também professor universitário,o “mais provável é que em 2015 comece a descer”.

O professor destacou que, apesar de a ten-dência de 2013 e 2014 ser de estabilização, o núme-ro de portugueses que emigraram só tem “paralelocom finais dos anos de 1960 e princípios dosanos de 1970”.

Os dados publicados pelo Observatório daEmigração sobre as saídas totais de portuguesessão estimados com base na soma de dados recolhi-dos em 15 países europeus, mais Angola, Brasil eMoçambique.

“Os dados que foram colocados são provi-sórios, porque são feitos com informação dispo-nível no final do primeiro semestre deste ano, fal-tando informação sobre a França e Suíça”, expli-cou o sociólogo, sublinhando que até ao final doano haverá uma ligeira correção em alta.

Questionado sobre quais os principais paísespara onde emigram os portugueses, Rui Pena Piresdisse que são Reino Unido, Suíça, França, Alema-nha e Espanha.

“Mas com o Reino Unido muito destacado,com cerca de 30 mil pessoas por ano”, disse.

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IMPACTO TEM CAMINHO ABERTO PARA A FASE ELIMINATÓRIA• Por Norberto AGUIAR

No nosso trabalho sobre a carreirado Impacto, publicado na edição passada, dáva-mos conta da subida de rendimento da equipade futebol do Impacto. Essa subida de rendi-mento consubstanciava-se na obtenção de me-lhores resultados que, agora, colocam a equipanuma posição favorável em relação à fase finalda temporada, e que é, como já sabem, disputa-da em jogos a eliminar e que, depois, levam osvencedores a erguerem a Taça da MLS, o seutroféu mais importante, mesmo se há, no en-tremeio, uma taça para entregar à equipa quetermina o Campeonato, de 34 jornadas, emprimeiro lugar...

Setembro muito positivoDepois de um mês de agosto difícil, o

Impacto entrou em setembro com ganas deprovar que tinha equipa para fazer melhoresresultados. E a verdade é que assim aconteceu.O primeiro jogo de setembro deu logo vitória,por 4-3, contra o Chicago Fire. Seguiram-se-lhe dois empates na Califórnia, perante o cam-peão de 2014, o La Galaxy, e diante do San Jo-se Earthquake. Dois empates (0-0 e 1-1) quese podem considerar quase como vitórias, prin-cipalmente no primeiro caso, por ter sido obti-do em confronto com uma equipa que é cam-peã e que tem nas suas fileiras dos melhoresjogadores de toda a América, como sejam Rob-bie Keane (internacional irlandês), Omar Gon-zalez (internacional americano), Steve Gerrard(internacional inglês), Giovani dos Santos (in-ternacional mexicano), entre outros ótimosjogadores.

De regresso a Montreal, o Impacto voltouàs vitórias ao bater, primeiro o Revolution daNova Inglaterra, por 3-0; depois, ao derrotaro DC United, agora por 2-0. Em ambos os jo-gos, o Impacto fez duas excelentes exibições,que não só resultaram em vitórias indiscutíveiscomo surpreendeu os seus valorosos adversá-rios, ambos classificados no pelotão da frenteda sua série, a de Este do continente. Outra vi-tória (2-1) do Impacto neste período aconte-ceu de novo contra o Chicago Fire, em jogoque estava marcado para abril passado mas quenão se realizou então porque o Impacto estavaa disputar a Liga de Campeões da CONCA-CAF.

A influência de DrogbaPara esta repentina melhoria do Impacto,

um jogador acabou por ter importância deci-siva. Esse jogador foi Didier Drogba que, emquatro jogos marcou sete golos, o que dá umamédia de quase dois golos por jogo.

A chegada de Drogba ao Impacto, quemereceu críticas mais ou menos veladas de des-portistas de meia-tigela, foi de uma visão espe-tacular, como o seu rendimento está a provar.Não só o internacional africano está a marcargolos decisivos, como está a motivar os seuscolegas para que dêem tudo o que têm em cam-po! A sua integração na equipa é de tal ordemque ele até chega a atribuir mérito seu aos seuscompanheiros, nomeadamente aos mais jo-vens. Que o diga Dilly Duka, no último jogo –vitória, por 2-0, diante o DC United. Sabe-se

que foi Drogba a marcar os dois golos da vitó-ria. E sabe-se que, no fim da contenda, Drogbafoi escolhido como melhor elemento em cam-po, coisa que se aceitou sem nenhuma formade oposição. Mas, ao lado, como companheirode ataque, esteve Duka, que também arrancouuma exibição de grande classe. Pois Drogba,falando para os jornalistas elencou que o me-lhor em campo devia ser o jovem americano.Todos ficaram surpreendidos, com o principalinteressado a reagir em forma de pergunta: – oDrogba disse isso? Acabou, como está bemde se ver, por ser uma bela prova de compa-nheirismo da parte de um atleta de classe mun-dial como é Drogba!

Mauro Biello no comandoNunca fomos com a cara – sobretudo com

a competência... – de Frank Klopas. Achámo-lo, no seu consulado, um treinador aquém dasnecessidades do Impacto. No aspeto tático,principalmente. E disso fizemos eco aqui nes-tas páginas. Mas não concordámos com a for-ma como foi despedido. Para nós, excetuandoa prestação do Impacto na Liga dos Campeõesda CONCACAF, muitas ocasiões houve paramandar embora o americano. Não o fizerame, quando a equipa esperava um reforço de ga-barito como Didier Drogba, «toma lá este brin-de...» e vá embora.

A conclusão da história é que Mauro Biel-lo, o seu adjunto principal, acabou por benefi-ciar de condições inigualáveis, como estão àvista, pois a inclusão de Drogba tem resolvidoquase tudo. Trouxe motivação aos colegas, ins-pirados agora por um jogador de nível mundial;e com ele vieram os golos. Tudo junto tem da-do para o Impacto ser uma melhor equipa.

Tal como os jogadores, também MauroBiello entrou na dança. E como a equipa come-çou a ganhar com melhor e maior sequência,tudo bem, que temos treinador. Mas sem ser-mos pessimistas nem agoirentos, vamos espe-rar para ver até que ponto Mauro Biello podeser o comandante do difícil barco que é o Im-pacto.

Cyle Laurin com muito para darNa equipa do Orlando SC há bons joga-

dores, a começar por Kaká. O lateral direitoRafael Ramos, produto das escolas do Benficade Portugal, também se está a formar comoum belíssimo jogador. Mais dois ou três anose temos homem para lutar pela ala defensivadireita da Seleção Nacional.

E podíamos ainda falar de Aurélien Col-lins, um francês que chegou a jogar pelo Vitó-ria de Setúbal... Ou do internacional americanoBrek Shea. Mas não. Vamos falar é de um joga-dor canadiano.

O seu nome é Cyle Laurin, nasceu emBrampton, no Ontário. Foi novo estudar paraos Estados Unidos. No ano passado ainda jo-gava nos colégios/universidades americanos.Foi a primeira escolha da MLS aquando da suareunião anual de defeso da temporada. Hojejoga como ponta de lança no Orlando SC. É omelhor marcador da equipa, com 14 golos,que fazem dele o melhor recruta de toda a ligaem 20 anos de existência. Atualmente já é oavançado da Seleção do Canadá apesar dos seus20 anos. Entroncado, com um 1,90 metros de

altura, velocidade quanto baste, poderoso nosremates, de preferência com o pé direito, Laurintambém é bom de cabeça, só lhe faltando, co-mo se compreende, um pouco mais de experi-ência para ser já vedeta do futebol internacional.Mas não faltará muito para que equipas de mais

prestígio o possam vir buscar.Quem viu, como nós, o recente Red Bull

Nova Iorque x Orlando SC, que terminou coma vitória do Orlando, por 5-2, apesar de estar ajogar fora e diante do primeiro classificado daZona Este da Major League Soccer, no qualCyle Laurin marcou três golos de grande opor-tunidade e classe, só pode acreditar que CyleLaurin será, a breve trecho, um dos pontas delanças mais requisitados internacionalmente.

Para bem do futebol canadiano, e norte-americano, oxalá que isso aconteça. Mas pri-meiro é preciso continuar a dar-lhe condiçõespara evoluir tranquilamente, e que ele não tenhaentretanto lesões...

Próximos jogos do ImpactoDia 3 de outubroOrlando x ImpactoDia 7 de outubroNova Iorque x ImpactoDia 10 de outubroColorado x ImpactoDia 17 de outubroRevolution x ImpactoDomingo, dia 25 de outubroEstádio Saputo, às 17 horasImpacto x Toronto FC.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

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Cyle Laurin. Foto Time Lapse Camera.

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Carlos de Jesus

Inês Faro

Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira