Empresas, Organizações e Modelos de...

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ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD STC 4 Página 1 de 12 Formador Amélia Soares Tema DR2-Empresas, Organizações e Modelos de Gestão Realizado por Inês Sousa Data 05/04/2011 Empresas, Organizações e Modelos de Gestão

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Introdução Com este trabalho procuro conhecer e perceber a organização, gestão e estrutura de uma empresa. Irei explicar no que consiste uma empresa, passando pelas pequenas áreas que caracterizam a sua organização e o seu funcionamento. Mostrarei também os pontos imprescindíveis que permitem a sustentação de uma empresa. Este trabalho irá ser realizado com base em pesquisas feitas na internet e pequenos documentos que possuo.

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EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES:

Uma empresa é um conjunto de meios técnicos, humanos e financeiros, organizados com vista à concretização de um determinado fim económico, o qual passa pelo exercício de uma actividade orientada para a satisfação das necessidades dos seus vários stakeholders, nomeadamente: os seus clientes (pela oferta de bens ou serviços), os trabalhadores (através do emprego e da contraprestação salarial), os accionistas (pela realização do lucro que remunera o risco incorrido), os credores (pelo reembolso do capital e juros em prazo acordado), dos fornecedores (pela procura de bens ou serviços), o Estado (pelo cumprimento das obrigações fiscais e legais), etc. As categorias da empresa são divididas pelo:

- Sector económico: Dependendo do tipo de prestação da empresa, tem-se as seguintes categorias:

* Sector primário - correspondendo à agricultura * Sector secundário - correspondendo à indústria * Sector terciário - correspondendo ao sector de serviços * Sector quaternário - correspondendo às organizações não governamentais

- Número de proprietários: O proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, caso das empresas individuais, como podem ser mais de uma, formando sociedades. Existem as seguintes modalidades na legislação portuguesa:

* Empresa em nome individual * Sociedade por quotas * Empresa de Responsabilidade Limitada * Sociedade Anónima * Cooperativas

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- Tamanho: A empresa pode ser ainda categorizada pelo seu tamanho, de acordo com um ou uma série de critérios, como o número de empregados, volume de negócios, etc. Uma forma rápida para traduzir genericamente este compêndio de critérios é dizer que a empresa pode ser:

* Micro Empreendedor Individual * Microempresa * Macroempresa * Empresa de pequeno porte * Empresa de médio porte * Empresa de grande porte

- Fim: As empresas podem ter ou não fins lucrativos

* Com fim lucrativo - É uma empresa que gera lucros, ganha dinheiro, produz, vende ou presta serviço, mas cobra pelos seus serviços e pelas suas vendas de produtos. Portanto, com as suas vendas e cobranças gera lucro e torna-se uma empresa lucrativa. * Sem fim lucrativo - As organizações sem fins lucrativos são organizações de natureza jurídica sem fins de acumulação de capital para o lucro dos seus directores. Todo o seu lucro deve ser reinvestido numa estrutura ou noutras áreas da pessoa jurídica. Algumas das mais conhecidas organizações sem fins lucrativos são a Fundação, a Organização Não Governamental e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

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ORGANIZAÇÃO: Na generalidade a organização é o modo em que se organiza um sistema, facilitando o alcance a um objectivo. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objectos, documentos e informações. Organizar é o processo de reunir recursos físicos e humanos essenciais à consecução dos objectivos de uma empresa. A estrutura de uma organização é representada através do seu organograma. Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. Os organogramas mostram como estão dispostas as unidades funcionais, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre estes.

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A organização tem dois sentidos:

A combinação de esforços individuais, que tem por finalidade realizar propósitos colectivos. Exemplo: empresas, associações, órgãos do governo, isto é, qualquer entidade pública ou privada. Ou seja, a organização numa empresa determina o que fará cada integrante para alcançar o objectivo colectivo, do grupo.

O modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho. Ou seja, um conjunto bem determinado de procedimentos, divididos e sequenciados (geralmente num organograma) necessários para se realizar um trabalho.

- Áreas Organizacionais:

Organização documental: organizar os documentos em ficheiros devidamente arquivados

Divisão do trabalho: atribuir tarefas diferenciadas a pessoas distintas

Controlo na execução: o trabalho, depois de executado, deverá ser verificado por outra pessoa que não o executante

- Evolução da Organização: As empresas mostraram uma necessidade de se expandir numa fase posterior à Revolução Francesa, altura em que surgem novos conceitos, como a produção em série e a linha de montagem. As empresas, de dimensões cada vez maiores, inseridas num mercado muito denso, procuram a eficácia e melhor qualidade na produção a preços competitivos. Por consequência, devido ao grande desenvolvimento industrial, assiste-se a fortes movimentos sociais, a uma forte exploração do trabalhador e à desumanização do trabalho. Foi nesta altura que surgiram as primeiras preocupações com o estudo da organização das empresas, pois, era através dela, que previam o sucesso e o rendimento.

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Neste contexto surgiram as teorias que são actualmente designadas como “clássicas”, com um carácter científico, cujos princípios seriam criar regras ideias que seriam utilizadas pelos gestores de forma a promover a máxima eficiência do sistema produtivo e adaptar o indivídou à máquina.

MODELOS DE GESTÃO: A gestão é a optimização do funcionamento das organizações através da tomada de decisões racionais e fundamentadas na recolha e tratamento de dados e informação relevante e, por essa via, contribuir para o seu desenvolvimento e para a satisfação dos interesses de todos os seus colaboradores e proprietários e para a satisfação de necessidades da sociedade em geral ou de um grupo em particular. Compete à gestão actuar através de actividades de planeamento, organização, liderança e controlo de forma a atingir os objectivos organizacionais pré-determinados. Existem várias teorias da gestão, que por vezes, conjugadas entre si, melhoram o desempenho e desenvolvimento de uma empresa. Estas podem ser divididas em várias correntes ou abordagens. Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de gestão.

- Teorias de gestão:

* Abordagem clássica da gestão - Gestão científica - Teoria clássica da gestão

* Abordagem humanística da gestão - Teoria das relações humanas

* Abordagem neoclássica da gestão - Teoria neoclássica da gestão - Gestão por objectivos

* Abordagem estruturalista da gestão - Teoria da burocracia

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- Teoria estruturalista da gestão

* Abordagem Comportamental da gestão - Teoria comportamental da gestão - Teoria do desenvolvimento organizacional

* Abordagem sistémica da gestão - Princípios e conceitos sistémicos - Cibernética e gestão - Teoria matemática da gestão - Teoria geral de sistemas - O Homem funcional

* Abordagem Contingencial da gestão - Teoria contingencial - Mapeamento ambiental - Desenho organizacional - Adhocracia - O Homem complexo

* Técnicas Modernas de gestão - Gestão participativa - Gestão Japonesa - Gestão holística - Benchmarking - Downsizing - Gestão de qualidade - Learning organization - Modelo de excelência em gestão - Reengenharia - Readministração - Outsourcing

Teoria clássica da gestão: A Teoria clássica da gestão foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pelo ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem económico e pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado na sua experiência na alta administração.

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Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da gestão científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem os seus princípios. A Teoria da gestão científica estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção enquanto a Teoria Clássica da gestão a estudava privilegiando a estrutura da organização. Ambas as teorias procuravam alcançar o mesmo objectivo: maior produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a gestão científica se caracterizava pelo ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. A consequência destas Teorias foi uma redução no custo dos bens manufacturados. Aquilo que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. Mais importante foi o facto de que tornaram possível o aumento dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos produtos.

Teoria das relações humanas: A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Essas teorias criam novas perspectivas para a gestão, visto que procuram conhecer as actividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria clássica de forma muito mecânica. Com os novos estudos o foco mudou e do “homo economicus” o trabalhador passou a ser visto como “homo social”. A partir daqui começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações para eles. A Escola das Relações Humanas surgiu efectivamente com a Experiência de Hawthorne, realizada numa fábrica em Chicago, EUA.

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O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na linha de produção, à procura de variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, a produção. Mayo fez estudos sobre a influência da luminosidade, do trabalho em grupo, da qualidade do ambiente e descreveu-as afirmando que o cuidado com os aspectos sociais era favorável aos empresários. Com as conclusões iniciais tomadas a partir da experiência de Hawthorne, novas variáveis são acrescentadas ao dicionário da gestão:

- A integração social e comportamento social dos empregados; - As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e sanções não-materiais; - O despertar para as relações humanas dentro das organizações; - O ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas; - A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas.

Teoria Neoclássica da Gestão: A teoria Neoclássica da Gestão representa uma actualização dos princípios clássicos da gestão nas áreas de departamentalização, na organização racional do trabalho, na estrutura linear e na estrutura funcional. Não forma propriamente uma escola definida, mas um movimento heterogéneo com a contribuição de diversos autores. Caracteriza-se por um carácter eclético, ou seja, abrange as diversas teorias administrativas que lhe antecederam. Para os neoclássicos, a gestão e administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para atingir um objectivo comum, sendo um bom administrador aquele que alcança esse propósito com o mínimo de recursos, esforço e com menos conflitos. As principais características desta teoria são:

- Ênfase na prática da administração - Reafirmação dos postulados clássicos - Ênfase nos princípios gerais da administração - Ênfase nos objectivos e nos resultados - Ecletismo nos conceitos

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O Homem Complexo: O homem complexo consiste no conceito do homem inserido numa organização, como possuindo um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. Tal como a maior parte dos sistemas, o homem complexo preocupa-se com manter o seu equilíbrio interno e simultaneamente resolver problemas e responder aos desafios e forças impostos pelo seu ambiente externo (família, amigos, colegas, etc.). As motivações do homem complexo são hierarquizadas, mas estão sujeitas a mudanças e ao aparecimento de novas motivações decorrentes de novas experiências e novas interacções com o meio ambiente.

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Conclusão Com este trabalho tive a oportunidade de aprender acerca do funcionamento interno das empresas. Com a investigação que efectuei aprendi acerca das teorias desenvolvidas, organizacionais e de gestão, para promover nas empresas não só um melhor desempenho e rentabilidade na produção e vendas, como também o respeito pelos trabalhadores que devem ser vistos como humanos. Investiguei acerca da evolução destas teorias ao longo da história, que mostram a constante evolução e consciencialização do ser humano. Por fim, com este trabalho, passei a ter conhecimento da estrutura, organização e gestão das empresas, conhecimentos importantes que poderão um dia ser-me úteis.