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Escola Municipal Albertina Alves do Nascimento Formando leitores com responsabilidade social CIÊNCIAS - TELETRABALHO Nº 04 - 1º TURNO - JULHO/2020 TURMA/ANO: 8° PROFESSOR: ALBERTO DATA: 03/07/2020 PEDAGOGA: Márcia Antônia Vida social, higiene e saúde Um dos maiores passos dados pela humanidade rumo a uma vida mais saudável foi o desenvolvimento de hábitos de higiene, que compreende um conjunto de princípios e de atitudes relativos à limpeza. Foi a descoberta dos micróbios e de seu papel como causadores de doenças, nos séculos XIX e XX, que fez da higiene um dos fundamentos para a manutenção da saúde. A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações diminui sensivelmente o risco de doenças causadas por fungos, bactérias, vírus, protozoários e vermes. Um dos maiores flagelos da humanidade, a peste bubônica, disseminou-se pela Europa na Idade Média, devido às precárias condições de higiene reinantes na época, chegando a matar cerca de 25% da população européia. Essa doença é causada pela bactéria Pasteurella pestis, transmitida de ratos para as pessoas por intermédio de pulgas. Como desconheciam as formas de transmissão dessa doença, as pessoas toleravam ratos em suas casas e pulgas em suas roupas. Com o aumento da organização das cidades, o poder público passou a assumir o papel de manter a higiene e zelar pela saúde da população, em troca de impostos. Na maioria das cidades modernas, as prefeituras mantêm serviços de coleta de lixo e os resíduos orgânicos são recolhidos pela rede de esgotos, sendo tratados e eventualmente aproveitados para a produção de gás natural(metano) e adubo orgânico. A água que recebemos em casa é submetida a tratamentos para torná-la saudável. Apesar disso, as aglomerações humanas nas grandes metrópoles geram tantos problemas que chegam a ultrapassar a capacidade de administrá-los. Os problemas de higiene e saúde pública no mundo, principalmente em países pobres, continuam longe de uma solução, por razões sociais, econômicas e políticas. Investimentos em saneamento básico e tratamento de água podem trazer mais benefícios à humanidade que o aumento do número de hospitais, por exemplo. Estudos científicos vêm mostrando que cada pessoa pode cuidar ativamente da manutenção de sua própria saúde, de modo a prevenir inúmeras doenças. Para isso é preciso ter, além de bom senso, alguns conhecimentos básicos sobre a saúde humana e também sobre as doenças mais comuns que afligem a humanidade. Entretanto, mesmo com todos os cuidados, é praticamente impossível evitar por completo alguns distúrbios eventuais, como problemas digestivos e dentários, gripes e varias outras doenças.

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CIÊNCIAS - TELETRABALHO Nº 04 - 1º TURNO - JULHO/2020

TURMA/ANO: 8° PROFESSOR: ALBERTO DATA: 03/07/2020

PEDAGOGA: Márcia Antônia

Vida social, higiene e saúde Um dos maiores passos dados pela humanidade rumo a uma vida mais saudável foi o desenvolvimento de hábitos de higiene, que compreende um conjunto de princípios e de atitudes relativos à limpeza. Foi a descoberta dos micróbios e de seu papel como causadores de doenças, nos séculos XIX e XX, que fez da higiene um dos fundamentos para a manutenção da saúde. A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e das habitações diminui sensivelmente o risco de doenças causadas por fungos, bactérias, vírus, protozoários e vermes. Um dos maiores flagelos da humanidade, a peste bubônica, disseminou-se pela Europa na Idade Média, devido às precárias condições de higiene reinantes na época, chegando a matar cerca de 25% da população européia. Essa doença é causada pela bactéria Pasteurella pestis, transmitida de ratos para as pessoas por intermédio de pulgas. Como desconheciam as formas de transmissão dessa doença, as pessoas toleravam ratos em suas casas e pulgas em suas roupas. Com o aumento da organização das cidades, o poder público passou a assumir o papel de manter a higiene e zelar pela saúde da população, em troca de impostos. Na maioria das cidades modernas, as prefeituras mantêm serviços de coleta de lixo e os resíduos orgânicos são recolhidos pela rede de esgotos, sendo tratados e eventualmente aproveitados para a produção de gás natural(metano) e adubo orgânico. A água que recebemos em casa é submetida a tratamentos para torná-la saudável. Apesar disso, as aglomerações humanas nas grandes metrópoles geram tantos problemas que chegam a ultrapassar a capacidade de administrá-los. Os problemas de higiene e saúde pública no mundo, principalmente em países pobres, continuam longe de uma solução, por razões sociais, econômicas e políticas. Investimentos em saneamento básico e tratamento de água podem trazer mais benefícios à humanidade que o aumento do número de hospitais, por exemplo. Estudos científicos vêm mostrando que cada pessoa pode cuidar ativamente da manutenção de sua própria saúde, de modo a prevenir inúmeras doenças. Para isso é preciso ter, além de bom senso, alguns conhecimentos básicos sobre a saúde humana e também sobre as doenças mais comuns que afligem a humanidade. Entretanto, mesmo com todos os cuidados, é praticamente impossível evitar por completo alguns distúrbios eventuais, como problemas digestivos e dentários, gripes e varias outras doenças.

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Nunca houve, na história da humanidade, tanta preocupação e tantos cuidados com a saúde como nos dias de hoje, e isso se deve principalmente ao avanço e à popularização dos conhecimentos científicos e médicos sobre o assunto. Por exemplo, atualmente a maioria das pessoas sabe que praticar atividades físicas traz benefícios à saúde, que o consumo excessivo de certos tipos de alimentos, como gorduras animais, por exemplo, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e que o háComo a Obito de fumar aumenta dezenas de vezes a probabilidade de adquirir doenças pulmonares e cardíacas. Se, por um lado, o desenvolvimento tecnológico trouxe benefícios à humanidade, por outro trouxe também novos riscos à saúde. A crescente poluição do ar, das águas e do solo, por exemplo, tem causado doenças de vários tipos em grande número de pessoas. O estresse provocado pelo ritmo de vida agitado, nas grandes cidades, vem aumentando significativamente a incidência de perturbações de origem nervosa e cardiovascular. A organização Mundial de saúde (OMS) define saúde como ‘’um estado de completo bem-estar físico, mental e social’’. Como se nota, essa definição é um pouco vaga, uma vez que existem diferentes maneiras de interpretar o que significa ‘’completo bem-estar’’, nos planos físico, mental e social. Entretanto, nos dias de hoje não há quem duvide de que para ter boa saúde a pessoa precisa de uma nutrição adequada, além de viver em condições igualmente adequadas de habitação e de higiene.. Portanto, é fácil concluir que a miséria, situação em que a pessoa não dispõe de condições mínimas de alimentação, moradia, higiene e educação, se contrapõe nitidamente à boa saúde. Assim, é um dever de todos os governos erradicar a miséria e promover a boa saúde de seus cidadãos em todos os níveis, como preconiza a organização internacional denominada OMS. O estado de saúde é dinâmico, pois a todo momento nosso organismo se reajusta a uma vasta gama de situações internas e externas. Dentro desse quadro, é natural que de vez em quando a saúde decline e adoeçamos, principalmente se negligenciamos alguns cuidados mínimos. Para manter a saúde a principal providência é uma alimentação correta. Cada pessoa deve conhecer qual é a dieta alimentar mais saudável para si, de acordo com sua constituição orgânica, preferências e lugar onde mora. A higiene pessoal, das habitações e dos locais públicos também tem relação direta com a manutenção da saúde. A sujeira cria condições para a proliferação de grande variedade de microrganismos, como fungos e bactérias, entre os quais há aqueles que podem se instalar em nosso corpo e causar doenças. Ritmos de vida extenuantes, excesso de trabalho, depressão e tristeza também comprometem a saúde. Fumo, álcool e outras drogas debilitam o organismo e, dependendo da dose consumida, podem ser altamente prejudiciais. Ao se falar em saúde, deve-se também considerar os componentes mentais, ou psicológicos de cada pessoa. A mente humana também necessita de cuidados para se manter saudável. Mente e corpo são indissociáveis, embora na cultura ocidental tenham sido tratados historicamente como coisas separadas. A literatura médica vem mostrando, cada vez mais, que há nítida correlação entre estados de depressão emocional e doenças como o câncer, por exemplo. A tendência atual aponta para uma visão mais abrangente de saúde, segundo a qual a pessoa deve se desenvolver como um todo, considerando diversos pontos de vista: físico e mental, individual e social, ético e moral.

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DISCIPLINA: CIÊNCIAS - TELETRABALHO Nº 05 - 1º TURNO - JULHO/2020

TURMA/ANO:8º - PROFESSOR: ALBERTO - DATA: 10/07/2020

PEDAGOGA: Márcia Antônia

Cadeias alimentares Os seres vivos podem ser classificados em dois grandes grupos: seres autotróficos, capazes de aproveitar substâncias inorgânicas, geralmente gás carbônico e água, para produzir substâncias que lhes servem de alimento, utilizando para isso energia proveniente de uma fonte não orgânica (em geral, a luz solar); seres heterotróficos, incapazes de produzir seu próprio alimento a partir de fontes inorgânicas, necessitando assim obter moléculas orgânicas sintetizadas por outros seres vivos. São seres autotróficos as plantas e as algas. Por serem os únicos capazes de produzir substâncias orgânicas a partir de compostos inorgânicos, esses organismos autotróficos constituem a fonte de alimento básica de seres heterotróficos: animais, protozoários e fungos. Entre os animais, há os que se alimentam exclusivamente de seres autotróficos, sendo por isso genericamente chamados de herbívoros. Gafanhoto e cavalos, por exemplo, são animais herbívoros. Animais que se alimentam exclusivamente de outros animais são denominados carnívoros. Se um animal se alimenta tanto de seres autotróficos quanto de seres heterotróficos, ele é denominado onívoro. Uma serie linear de seres vivos, em que um ser vivo serve de alimento para aquele que lhe sucede é chamada de cadeia alimentar. O primeiro componente de uma cadeia alimentar é sempre um organismo autotrófico, em geral um ser fotossintetizante, como uma alga ou uma planta. Esse componente inicial de toda cadeia alimentar é denominado produtor, pois é o único capaz de captar energia de fontes inorgânicas (energia luminosa, no caso dos seres fotossintetizantes, ou energia química, no caso dos seres quimiossintetizantes), utilizando-a para a síntese de matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas. Os demais componentes de uma cadeia alimentar são genericamente denominados consumidores, pois utilizam a energia originalmente captada pelos produtores e armazenada nas moléculas orgânicas produzidas por estes. Cada um dos elos componentes de uma cadeia alimentar constitui um nível trófico. Os produtores constituem o primeiro nível trófico de qualquer cadeia alimentar. Os seres que se alimentam diretamente dos produtores, como os herbívoros, por exemplo, são denominados consumidores primários e constituem o segundo nível trófico; os integrantes dos níveis seguintes, formados por organismos que se alimentam dos consumidores primários, são denominados consumidores secundários e constituem o terceiro nível trófico; e assim por diante. Ao morrer, produtores e consumidores dos diferentes níveis tróficos servem de alimento a certos fungos e bactérias. Estes seres decompõem a matéria orgânica de partes

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mortas , resíduos e excreções de outros seres para obter nutrientes e energia, sendo denominados decompositores. A decomposição realizada por bactérias e fungos é importante porque permite a reciclagem dos elementos químicos. Átomos que fizeram parte de moléculas orgânicas de um ser que morreu voltam ao ambiente graças aos decompositores, podendo mais tarde constituir outros seres vivos. Responda as questões na própria atividade e devolva através do site 1-Diferencie seres autotróficos de seres heterotróficos. 2-Cite exemplos de seres autotróficos. 3-Qual é o primeiro componente de uma cadeia alimentar? 4-Caracterize os diferentes níveis tróficos de uma cadeia alimentar. 5-Qual a importância da decomposição realizada por bactérias e fungos?

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Não é exagero afirmar que a saúde é mais que mera questão pessoal e social, sendo também uma questão ecológica. Isso significa que não podemos deixar de cuidar da limpeza e da preservação do ambiente terrestre, caso contrário a saúde das pessoas será prejudicada. Como é possível, por exemplo, manter-se saudável respirando o ar poluído, ingerindo água e alimentos contaminados por pesticidas e esgotos? Fica cada vez mais evidente que a humanidade, para preservar a saúde de suas populações terá de pensar globalmente e agir localmente, expandindo os limites de cada casa até as dimensões do próprio planeta. Se saúde é um estado de um equilíbrio harmonioso decorrente do funcionamento adequado de todos os sistemas corporais , doença é um estado em que uma ou mais funções normais do corpo humano encontram-se alteradas ou prejudicadas. Algumas doenças não podem ser evitadas. Por exemplo, não se pode evitar que o genes de uma pessoa sofra mutações e se transmitam aos filhos , produzindo neles características anormais. Muitas doenças, entretanto, podem ser prevenidas, principalmente as que resultam da subnutrição ou de dietas mal equilibradas, além das causadas por microrganismos(doenças infecciosas) e por outros microrganismos parasitas, como protozoários, vermes, etc. Além disso, não se pode esquecer as doenças que resultam de acidentes e da exposição das pessoas a agentes físicos ou químicos nem das doenças mentais e psicológicas. Os cuidados com a alimentação e a prática de exercícios físicos regulares permitem evitar muitas doenças causadas por disfunções de órgãos do sistema digestivo, cardiovascular e respiratório. Em termos populacionais, as doenças infecciosas podem existir na condição de epidemia ou de endemias. Fala-se em epidemia quando ocorre um aumento súbito de casos de uma doença em uma população. Fala-se em endemia quando uma doença se mantém praticamente constante em uma determinada região. Costuma-se também utilizar o termo pandemia para se referir a uma doença que atinge mais de um continente, em uma onda epidêmica que pode-se prolongar por vários anos. Surto é uma forma particular de epidemia, em que todos os casos estão relacionados entre si. Uma mesma doença pode ser endêmica em uma população, epidêmica em outra e não existir em uma terceira. Diversos fatores são responsáveis por esse quadro, que depende tanto das condições ambientais quanto do nível sociocultural das populações. De acordo com os cientistas devemos encarar a Terra não apenas como o lugar onde moramos, mas como um grande sistema vivo do qual fazemos parte. Assim, também é preciso cuidar da “saúde’’ de nosso planeta, evitando a poluição dos ambientes terrestres e superexploração dos recursos naturais, o que poderia tornar inviável a vida humana na Terra. Diversas doenças virais que atualmente se transmitem de pessoa a pessoa foram adquiridas originalmente de reservatórios animais. Existem indícios de que a varíola e o sarampo, por exemplo, originaram-se do gado bovino há menos de 10 mil anos, quando as populações humanas tornaram-se sedentárias e passaram a conviver com animais domesticados. Os vírus da gripe humana descendem de vírus de aves e de porcos. A expansão da população humana, com degradação do ambiente natural e conseqüentes distúrbios no equilíbrio ecológico, é um dos principais fatores que nos expõem a novos tipos de doenças virais.

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O caso mais dramático de cruzamento das barreiras naturais por um vírus é, sem dúvida, a AIDS. Há poucas décadas o vírus da AIDS era restrito a chimpanzés e a outras espécies de macacos africanos. O desmatamento, as guerras no continente africano e o crescimento das populações humanas foram alguns dos fatores que contribuíram para o aumento do contato entre a espécie humana e esses primatas, permitindo a passagem dos vírus. Responda as questões na própria atividade e devolva através do site. 1-Qual a importância dos investimentos em saneamento básico e tratamento de água? 2-Como a Organização Mundial de Saúde(OMS) define saúde? 3-Quais são os principais fatores que comprometem a nossa saúde? 4-Quais são os tipos de doenças que podem ser prevenidas? 5-Diferencie endemia de pandemia. 6-Quais são os principais fatores que nos expõem a novos tipos de doenças virais?

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CIÊNCIAS - TELETRABALHO Nº 06 - 1º TURNO - JULHO/2020

TURMA/ANO: 8°ANO - PROFESSOR: Alberto DATA: 17/07/2020

PEDAGOGA: Márcia

Relação do desmatamento com as pandemias

Estudos comprovam, há pelo menos duas décadas, a conexão entre a perda florestal e a proliferação de doenças. Crescente devastação na Amazônia pode gerar novas epidemias: a cada 1% de floresta derrubada por ano traz como conseqüência um aumento de 23% nos casos de malária. Faz pelo menos duas décadas que cientistas repetem o alerta: à medida que populações humanas avançam sobre as florestas, aumenta o risco de microrganismos, até então em equilíbrio, migrarem para o cotidiano humano e fazerem vítimas. Foi por isso que a noticia sobre a propagação do novo coronavírus, detectado pela primeira vez na China em dezembro de 2019 e que se espalhou pelo mundo, não pegou Ana Lúcia Tourinho de surpresa. Doutora em Ecologia, ela estuda como o desequilíbrio ambiental faz com que a floresta e a sociedade fiquem doentes. De acordo com a pesquisadora, quando um vírus que não faz parte da nossa historia evolutiva sai do seu hospedeiro natural e entra no nosso corpo é o caos. Está ai o novo coronavírus esfregando isso na nossa cara. No caso do novo coronavírus, batizado de Sars-cov-2, muito antes de infectar os primeiros humanos e viajar a partir da china, abrigado no corpo de viajantes, para outras partes do mundo, ele habitava outros hospedeiros num ambiente selvagem, morcegos, provavelmente. Isolados e em equilíbrio em seu habitat, como florestas fechadas, vírus como esse coronavírus não ameaçariam os humanos. O problema é quando esse reservatório natural começa a ser recortado, destruído e ocupado. Artigo publicado pelo Fórum Econômico Mundial diz que as pandemias, cada vez mais comuns e devastadoras, se devem à destruição das florestas fazendo escapar vírus e doenças que antes não alcançavam as populações humanas. O calculo é que 65% das doenças que surgiram nas últimas quatro décadas vieram de animais silvestres, seja por caça, comércio ou perda de habitat, que entraram em contato com as pessoas passando doenças que antes estavam restritas à selva. Os cientistas dizem que foi assim com o ebola, Aids e agora com o coronavírus cuja origem mais aceita é que tenha surgido no mercado de Wuhan, na China, que comercializava animais(vivos ou mortos) como morcegos, cobras, entre outros animais silvestres. Os pesquisadores não gostam nem de pensar sobre o impacto na saúde pública se a destruição da Floresta Amazônica seguir o ritmo acelerado. ‘’Se a Amazônia virar uma grande savana, não dá nem para imaginar o que pode sair de lá em termos de doenças. É

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imprevisível ‘’ dizem os pesquisadores. Além de ser importante para nós por causa do clima, da fauna, ela é importante para a nossa saúde. De acordo com os pesquisadores, a floresta fechada é como um escudo que protegem as pessoas do contato direto de animais que são hospedeiros de micróbios que causam doenças. O entra e sai da floresta fragmentada para tirar madeira, colocar gado, abrir garimpo também é apontado como um perigo para a saúde. As pessoas que entram nessas áreas de floresta podem ter contato com vírus e levar dentro delas o problema para centros urbanos.. Quando esses vírus chegam às cidades , a disseminação é rápida , justamente por toda a facilidade de deslocamento nesses centros, possibilidade de deslocamentos internacionais. A destruição de ambientes naturais favorece a disseminação de doenças naturais de outros primatas e animais silvestres, e o desmatamento faz com que espécies selvagens percam seu habitat e passem a viver próximas às pessoas, trazendo vírus que podem acabar causando pandemias. Responda as questões nos espaços reservados e devolva através do site. 1-Relacione a devastação na Amazônia com a malária. 2-Qual foi o alerta dos cientistas citado no texto? 3-De que forma o desequilíbrio ambiental favorece o surgimento de pandemias? 4-Descreva sobre o que diz o artigo publicado pelo Fórum Econômico Mundial. 5-Quais os problemas causados pelo desmatamento citados no texto.

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CIÊNCIAS – PROJETO PANDEMIA - TELETRABALHO Nº 07 – 1º TURNO - JULHO/2020

TURMA/ANO: 8° PROFESSOR: ALBERTO - DATA: 24/07/2020

PEDAGOGA: MÁRCIA

PROJETO: PANDEMIA

OBJETIVO: Identificar os fatores responsáveis pela disseminação dos vírus.

Os vírus que causam pandemias

Os vírus são os únicos organismos acelulares da Terra, seres muito simples e pequenos formados por uma cápsula protéica envolvendo o material genético. Os vírus não são formados por células. O vírus é uma partícula sem metabolismo próprio que, para executar seu ciclo de vida, busca um ambiente que tenha o que lhe falta. Esse ambiente é o interior de uma célula que efetuará a síntese de uma proteína do vírus e, simultaneamente, fará a multiplicação do material genético viral; por isso são parasitas obrigatórios do interior celular, pois se reproduzem pela invasão e controle da máquina de reprodução celular humana. O vírus muitas vezes adere à membrana da célula humana e ‘’injeta’’ o seu material genético como uma seringa, ou então entra por englobamento em que a célula humana ‘engole’ o vírus e o introduz em seu interior. A reprodução ocorre de duas maneiras: o vírus invade e assume o controle da célula humana, produz novos vírus, a célula se rompe e libera os vírus produzidos, que invadirão outras células; ou então, após a invasão o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada que continua suas operações normais; o material genético do vírus é duplicado nas células-filhas a cada divisão celular, causando doenças que podem ser incuráveis. Os vírus são os micróbios mais propensos a gerar pandemias, pois estão mais adaptados a pular de uma espécie para outra. Vírus zoonóticos são os que, vindo de outro animal, se adaptam aos humanos. Eles conseguem mudar, ganhando a capacidade de burlar nossa resposta imunológica rapidamente. A adaptação de um vírus zoonótico não acontece sempre, mas quando ocorre os efeitos podem ser devastadores. Dia 11 de março a Organização Mundial de Saúde(OMS) declarou pandemia a doença COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV. Alguns fatores contribuem para o aumento na taxa de surgimentos de novos vírus, sendo inevitável que, eventualmente, um deles seja melhor adaptado ao homem. Entre os maiores exemplos está o desmatamento e o aumento da demanda de carne para consumo humano. Animais criados em espaços confinados, seu transporte junto com outras espécies e seu processamento industrial aumentam a interação entre vírus de espécies diferentes.

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A hipótese mais provável é que o coronavírus teve origem em morcegos (que não adoecem dele por causa de seu especial metabolismo), daí passou para o pangolim e dele para os humanos. O pangolim é um mamífero que lembra o nosso tatu, procurado na China pelo sabor da carne e por ditas propriedades medicinais. Essa tripla passagem é rara, pois o curto espaço de vida do vírus exige que os três animais: o morcego, o pangolim e o humano, estejam juntos no mesmo tempo e lugar. Aí entra o mercado de Wuhan na China, onde animais vivos, domésticos e selvagens de todo o mundo, ficam empilhados em engradados, um em cima do outro, de modo que os debaixo recebem os resíduos dos que estão em cima e assim se contaminam, se algum acima carregar o vírus; e dali são comprados e consumidos por humanos. O período em que o humano é assintomático e a facilidade da transmissão explica a rápida expansão da pandemia. A conclusão dos cientistas é a seguinte: primeiro, a culpa não é dos morcegos; segundo, a maneira com que interagimos com as outras espécies leva à disseminação pandêmica do vírus. O coronavírus talvez seja o primeiro sinal claro, incontestável, de que a degradação ambiental pode matar os humanos com rapidez e pode acontecer de novo. Responda as questões nos espaços reservados e devolva através do site. 1-Por que os vírus são parasitas obrigatórios do interior celular? 2-Qual é a forma de reprodução dos vírus? 3-Por que os vírus são os micróbios mais propensos a gerar pandemias? 4-Qual é a hipótese mais provável para a origem do novo coronavírus? 5-Quais são as principais conclusões dos cientistas em relação à pandemia?

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CIÊNCIAS - TELETRABALHO Nº 08 - 1º TURNO - JULHO/2020

TURMA/ANO: 8° PROFESSOR: ALBERTO DATA31/07/2020

PEDAGOGA: Márcia

Degradação ambiental e pandemias

As florestas têm um papel fundamental na proteção de todas as espécies do nosso planeta. As árvores absorvem e armazenam carbono da atmosfera, mantêm nossas fontes de água intactas, preservam a cobertura da terra e o solo superficial e fornecem fontes de alimento e refúgio para uma abundância de espécies, incluindo a nossa. As árvores são essenciais para um ecossistema florestal saudável e em funcionamento, mas os patógenos que são agentes de doenças também são. E na natureza, esse equilíbrio ecológico frágil, mas intrínseco, que sustenta nosso mundo. Quando a integridade ecológica é interrompida por processos como desmatamento, são criadas condições que possibilitam a disseminação e o surgimento de doenças. É só então que somos lembrados de como a vida está interconectada na Terra. A derrubada ou queimada de florestas e a subsequente perda ou deslocamento da biodiversidade mudam a dinâmica e desequilibram o ecossistema. Isso permite que os patógenos e seus vetores, como carrapatos ou mosquitos se movam de uma espécie para outra ou para novos lugares. As derrubadas de florestas geralmente criam um habitat ideal nas bordas da floresta para a proliferação do mais importante transmissor da malária na Amazônia. O alastramento de doenças infecciosas para os humanos é mais provável nos trópicos porque a diversidade geral da fauna e dos patógenos é maior. Nessas regiões, já se estabeleceu a relação entre desmatamento e diversas doenças transmitidas por uma vasta gama de animais, desde insetos hematófagos a caracóis. Além das doenças conhecidas, os cientistas temem que diversas doenças mortais ainda desconhecidas estejam à espreita nas florestas, expostas com a invasão do homem. Os cientistas dizem que, se essas doenças ficarão confinadas à periferia das florestas ou se conquistarão um espaço entre os humanos, desencadeando uma possível pandemia, tudo depende da forma de transmissão. Alguns vírus, como o Ebola e outros, podem ser transmitidos diretamente entre humanos, o que teoricamente lhes permite viajar o mundo enquanto o homem existir. O vírus da Zica, descoberto em florestas da África no século XX, só pôde cruzar o mundo e infectar milhões de pessoas porque encontrou no Aedes aegpti, mosquito abundante em áreas urbanas, um hospedeiro. No Brasil, o mesmo mosquito que transmite o vírus da Dengue transmite também o vírus da malária e da Zica. Com as amplas queimadas que ainda continuam nas florestas tropicais da região amazônica, assim como em partes da África e do sudeste asiático, especialistas expressam preocupação quanto à saúde de quem vive às margens do desmatamento. Eles também temem que o desmatamento das florestas do nosso planeta deem origem à próxima pandemia.

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De acordo com estudos científicos, a destruição de ambientes naturais favorece a disseminação de doenças naturais de outros primatas e animais silvestres, e o desmatamento faz com que as espécies selvagens percam seu habitat e passem a viver próximas às pessoas, trazendo vírus que podem causar pandemias. Diversas pandemias já foram causadas por vírus transmitidos de animais para humanos, como AIDS, peste bubônica e a atual Covid-19. Essas e outras doenças podem ser causadas pelo desmatamento contínuo para uso agrícola do solo ou habitação humana, aproximando animais silvestres e seus vírus das pessoas. Segundo vários cientistas brasileiros, mudanças climáticas, urbanização desenfreada, proximidade de humanos a animais selvagens são os principais fatores que podem facilitar a ocorrência de pandemias. A propagação mundial dos vírus é acelerada por guerras, pela economia globalizada e pelo tráfego aéreo internacional. Depois que o novo coronavírus eclodiu em Wuhan, China, no final de dezembro de 2019, não demorou muito para que os teóricos da conspiração alegassem que o vírus teria sido fabricado em laboratório. O consenso científico, por outro lado, é que o vírus responsável pela Covid-19 seja o patógeno de uma doença zoonótica, ou seja, que passou de um animal para um ser humano. Provavelmente o vírus responsável pela Covid-19 se originou num morcego, antes de passar por outro morcego, até chegar ao homem. Em alguns casos, os cientistas observaram que, quando os animais do topo da cadeia alimentar desaparecem, os animais da base da cadeia alimentar, como ratos e camundongos que carregam mais vírus tendem a preencher esse espaço. As mudanças nos habitats também podem forçar os animais e seus vírus patógenos a irem para outro lugar, incluindo áreas povoadas por humanos. Segundo os cientistas, fazemos parte da natureza, fazemos parte do ecossistema em que nossa saúde está ligada à saúde da vida selvagem, à saúde do gado e à saúde do meio ambiente. Do colapso nos sistemas de saúde à ameaça de forte recessão econômica, são notórios os impactos negativos da pandemia do novo coronavírus na sociedade global. Mas o avanço da propagação da Covid-19 no mundo tem outro lado. Ele revela os efeitos devastadores da ação do homem sobre o meio ambiente ao longo das décadas e serve de alerta para o fato de que passou da hora de os habitantes do planeta pensarem em maneiras de conter a devastação ambiental ao mesmo tempo em que revisitam hábitos, costumes e culturas. A despeito de teorias criadas sem nenhum embasamento científico e disseminadas nas redes sociais acerca da origem da doença, pesquisadores e estudiosos explicam que vírus como coronavírus não se originam do nada. Esses microrganismos sempre estiveram presentes nas florestas ou nos animais silvestres e por lá ficariam não fosse a desastrosa intervenção humana cujo principal resultado é a degradação ambiental. Na CHINA, houve um agravante que é a questão cultural. A população tem por hábito ingerir animais silvestres e provavelmente foi ao consumir um animal infectado pelo vírus que a transmissão da Covid-19 entre humanos teve início. Não se trata aqui de culpar os chineses pela origem da doença, mas de alertar a população mundial para o fato de que a preservação de alguns costumes em uma época de forte degradação ambiental pode pôr em risco todo o planeta. Portanto, segundo os cientistas, o contato e o consumo de animais selvagens na nossa alimentação pode ser responsável pelo surgimento de pandemias. Os

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ambientalistas alertam que se a população do planeta não reverter os danos ao meio ambiente outras pandemias de coronavírus virão. A doutora em Ecologia e professora da Universidade Federal do Mato Grosso, Ana Lúcia Tourinho faz a seguinte afirmação: ‘’existe uma correlação entre o desmatamento e a destruição dos habitats florestais com o surgimento das doenças. Inclusive se sabe que as doenças causadas por mosquitos (dengue, Zika vírus, febre chikungunya, malária e leishmaniose, por exemplo) têm uma relação direta com o desmatamento. Quando desmata mais, surgem vírus. A fauna silvestre fica exposta e os vírus existentes no corpo dos animais silvestres se aproximam da gente. A transmissão desses vírus pode ocorrer pelo contato ou consumo de carne de animais silvestres. Responda as questões nos espaços reservados e devolva através do site: 1-Qual a importância das árvores de um ecossistema florestal? 2-Quais são os principais fatores que podem facilitar a ocorrência de pandemias? 3-Qual a provável origem do vírus responsável pela Covid-19? 4-Relacione Covid-19 com a ação do homem sobre o ambiente. 5-Cite exemplos de doenças que possuem relação com o desmatamento.