Extrusão PVC Formatada
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PROPREPARAÇÃO E EXTRUSÃO DE COMPOSTOS DE PVC
REV. 00
Por questões de otimização e racionalização de espaço, este material não segue necessariamente as normas de metodologia científica.
Moldagem por Extrusão
ESCOLA TÉCNICA TUPY
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 31. CONCEITO 32. CARACTERÍSTICAS DO PVC 34. ADITIVOS 4
4.1 PRINCIPAIS ADITIVOS UTILIZADOS NA FORMULAÇAO DE PVC 54.1.1 PLASTIFICANTES 54.1.2 ESTABILIZANTES 54.1.3 LUBRIFICANTES 64.1.4 CARGAS OU REFORÇOS 64.1.5 RETARDANTES DE CHAMA 64.1.6 PIGMENTOS 7
4.2 OUTROS ADITIVOS 75. COMPOSTOS DE PVC 76. MOLDAGEM POR EXTRUSÃO 8
6.1 Extrusão de tubos e perfis rígidos de PVC 96.2 Extrusão de chapas de PVC 96.3 Extrusão de mangueiras e perfis flexiveis de PVC 106.4 Extrusão de filmes de PVC 106.5 Extrusão de isolamento de fios e cabos elétricos por PVC 10
REFERÊNCIAS 11
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INTRODUÇÃO
O desenvolvimento das resinas de PVC teve início em 1835, quando Justus Von Liebig
descobriu o monômero cloreto de vinila (MVC), um gás à temperatura ambiente com ponto de
ebulição de -13,8ºC. O primeiro registro da polimerização do MVC e obtenção do PVC ocorreu em
1872. E. Baumann detalhou a mudança do MVC induzida pela luz para um produto sólido branco,
que imaginou ser um isômero do monômero. As propriedades dessa substância, descritas por ele,
coincidem com as propriedades apresentadas pelo PVC.
Dentre os plásticos, o PVC é o mais versátil. Devido à necessidade de a resina ser
formulada mediante a incorporação de aditivos, o PVC pode ter suas características alteradas
dentro de um amplo espectro de propriedades em função da aplicação final, variando desde o rígido
ao extremo flexível, passando por aplicações que vão desde tubos e perfis para uso em construção
civil até brinquedos e laminados flexíveis para acondicionamento de sangue e plasma.
A grande versatilidade do PVC deve-se, em parte, também à sua adequação aos mais
variados processos de moldagem, podendo ser injetado, extrudado, calandrado, soprado,
espalmado, etc.
Utilizado para a confecção de produtos acabados, para a produção de
semimanufaturados, adição de pigmentos e aditivos e também para a remoção de umidade e
voláteis, bem como para reação de polimerização.
A moldagem por extrusão apresenta a caracteristica essencial, que a distingue de todos os
demais processos de transformações de material plástico por ser um processo continuo.
1. CONCEITO
O PVC é um polímero produzido a partir do Monômero de Cloreto de Vinila (MVC). Esse
monômero é altamente prejudicial à saúde se estiver presente no produto final, sendo este um
importante detalhe que é muito bem controlado pelos fabricantes de PVC. Modernos métodos de
polimerização tornaram o PVC um produto atóxico. Entretanto, os gases liberados pelo PVC
durante a combustão (HCl e Cl2) são altamente tóxicos quando inalados por quem queima o PVC
ou está próximo do local.
O PVC não é um material como os outros. É o único material plástico que não é 100%
originário do petróleo. O PVC contém, em peso 57% de cloro (derivado do cloreto de sódio – sal de
cozinha) e 43% de eteno.
2. CARACTERÍSTICAS DO PVC
É um polímero vinílico;
Polímero amorfo, devido ao grupo lateral volumoso (cloro);
PM = 50.000 – 100.000
Densidade = +/- 1,39 g/cm3
Tg = +/- 80ºC;
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Basicamente existem dois tipos: PVC Rígido e PVC Flexível;
Molécula polar, o que implica em alta energia coesiva;
Força Intermolecular Dipolo-Dipolo;
Por possuir estrutura polar, resiste quimicamente a substâncias apolares, como
gasolina, óleos e graxas, e é atacado por solventes fortemente polares, como acetona e
clorofórmio.
Material atóxico, duro, tenaz e transparente
Baixa combustibilidade;
Boa resistência à ignição
Auto-extinguivel;
Boa resistência à corrosão e à oxidação,
Boa isolação elétrica e térmica
Boa resistência à intempéries.
Densidade (g/cm3) – Rig 1,40 – 1,45 / Flex 1,10 – 1,45
3. APLICAÇÕES
4. ADITIVOS
A utilização pratica das resinas de PVC, salvo em aplicações extremamente especificas,
demanda sua mistura com substancias, compostos ou produtos químicos variados, conhecidos
como aditivos. A inclusão de aditivos na formulação ou composições de plásticos ou borrachas visa
aplicações específicas, por exemplo, baixar o custo, modificar ou melhorar diversas propriedades,
facilitar o processamento, melhorar a rigidez ou flexibilidade, dar transparência ou opacidade ao
produto ou ainda, apresentar resistência à exposição ao intemperismo.
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Os aditivos incorporados às formulações de PVC são tradicionalmente
quantificados em partes por cem partes de resina (pcr), o que representa a quantidade em
massa do aditivo em relação a 100 unidades de massa de resina.
Exemplo de formulação
Resina PVC 100 pcr 86,2%
Plastificante 5 pcr 4,3%
Lubrificante 1 pcr 0,9%
Estabilizante 4 pcr 3,4%
Pigmento 6 pcr 5,2 %
TOTAL 116 pcr 100%
4.1 PRINCIPAIS ADITIVOS UTILIZADOS NA FORMULAÇAO DE PVC
4.1.1 PLASTIFICANTES
Sua principal função é dar flexibilidade ao PVC
Principais tipos:
Acetil tributil citrato
Butil benzil ftalato (BBP)
Dibutil ftalato (DBP)
Diisobutil ftalato (DIBP)
Dioctil ftalato (DOP)
Diisononil ftalato (DINP)
4.1.2 ESTABILIZANTES
Tem com principal função evitar a degradação térmica do PVC. Considerando o fato de que
o processamento do PVC requer temperaturas da ordem de 100 a 220º C e se da em presença de
oxigênio, o mesmo se torna instável, necessitando do uso de vários aditivos como estabilizantes
térmicos, antioxidantes e estabilizantes ao U.V.
Principais tipos:
Ba/Cd, Ba/Zn, Ba/Cd/Zn líquidos
Carbonato básico de chumbo
Estabilizantes base Ca/Zn
Estearato dibasico de chumbo
Base estanho
Sulfato tribasico de chumbo
4.1.3 LUBRIFICANTES
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São aditivos que, quando adicionados ao PVC em pequenas quantidades, reduzem a
barreira ao movimento relativo entre as moléculas do polímero e entre a massa polimérica fundida e
sua vizinhança (equipamentos). Os efeitos dos lubrificantes devem ser sentidos somente durante o
processamento, sob efeito de temperatura e cisalhamento.
Principais tipos:
Acido esteárico (estearina)
Cera de polietileno
Cera parafinica
Estearato de cálcio
Etileno bisestearamida
Óleo mineral
4.1.4 CARGAS OU REFORÇOS
As cargas ou reforços são incorporadas ao PVC para trazerem não somente o beneficio
básico de redução de custos da formulação, mas também proporcionar algumas melhorias em
propriedades como, por exemplo: aumento da estabilidade dimensional, aumento da rigidez,
aumento da dureza, aumento da temperatura de amolecimento Vicat, aumento da tenacidade, etc.
Principais tipos:
Argila calcinada
Barita
Carbonato de Cálcio
Mica
Talco
4.1.5 RETARDANTES DE CHAMA
Reduzem a capacidade de propagação da chama e aumentam a tendência do PVC para a
auto-extinção.
Principais tipos:
Alumina trihidratada
Antimonato de sódio
Carbonato de magnésio hidratado
Hidróxido de magnésio
Oxido de molibdênio
Pentoxido de antimônio
4.1.6 PIGMENTOS
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Além de fornecerem a capacidade de coloração do composto produzido, os pigmentos
podem ser utilizados também para melhorar a estabilidade a radiação UV, melhorando assim a
resistência ao intemperismo.
Principais tipos:
Dióxido de titânio (anatase)
Negro de fumo
Pastas pigmentarias
Dióxido de titânio (rutilo)
4.2 OUTROS ADITIVOS
Auxiliares de processamentos – Aumento da viscosidade do fundido
Modificadores de impacto – Melhorar o comportamento mecânico sob impacto
Agentes de expansão – Promover a formação de uma estrutura celular
Controladores de viscosidade – Controlar a viscosidade do fundido
Solventes – Melhorar a viscosidade e facilitar a solubilidade da resina
Agentes promotores de adesão – Proporciona as formulações uma forte aderência
a superfícies metálicas, de vidro, fibras de vidro e tecidos sintéticos
Biocidas – Substancias capazes de inibir a formação de colônias de
microorganismos (bactérias, fungos e algas)
Antiestaticos – Evitar a formação de cargas eletrostáticas nos produtos finais
Antibloqueios e deslizantes – Reduzir a adesão entre diferentes camadas dos
mesmos, de modo a permitir sua manipulação e separação de camadas com maior
facilidade.
Fosqueantes – Promove a redução do brilho em produtos acabados
Desmoldantes – Evitar a tendência que as peças plásticas possuem em aderir as
paredes internas do molde
5. COMPOSTOS DE PVC
A utilização prática de resinas de PVC para a manufatura de produtos demanda sua
mistura com aditivos. Essa mistura é normalmente realizada em misturadores intensivos do tipo
batedeira, também denominados turbo-misturadores ou misturadores de alta velocidade.
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Fig 1: Misturador para compostos de PVC
Esses misturadores consistem basicamente em uma câmara cilíndrica em cujo fundo são
instaladas pás de mistura, as quais são movimentadas por motores elétricos potentes, capazes de
fazê-las girar em altas velocidades, necessárias para efetiva agitação do sistema e mistura dos
componentes. A câmara cilíndrica tem em seu topo uma tampa dotada de aberturas pelas quais os
aditivos podem ser inseridos conforme a seqüência de mistura desejada. As paredes da câmara do
misturador, bem como as pás de mistura e demais componentes metálicos que entram em contato
com a resina devem ser cromados, para reduzir ao mínimo a tendência de adesão dos ingredientes
da formulação durante o processo.
Compostos Rígidos: Adição dos componentes da formulação no início do processo; Mistura em alta velocidade; Temperatura necessária para que todos os componentes sofram fusão = 120 a 130ºC.
Compostos Flexíveis: Adição da resina, lubrificantes sólidos e estabilizantes térmicos no início do processo; Mistura em alta velocidade até a temperatura atingir 80 a 95ºC; Incorporação dos aditivos líquidos e plastificantes; Aumento da velocidade do misturador; Incorporação das cargas minerais; Descarga do composto quando a temperatura atingir 85 a 100ºC.
6. MOLDAGEM POR EXTRUSÃO
O processo de moldagem por extrusão é uma das técnicas de processamento mais
utilizadas para converter compostos de PVC em produtos comerciais. Considera-se que entre 45 e
50% de todos os produtos de PVC são obtidos por meio de processamento por extrusão. A
capacidade do PVC de aceitar várias modificações por meio de incorporações de aditivos permite
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seu uso em uma ampla diversidade de produtos, dentre os quais filmes, fios e cabos elétricos,
chapas, perfis, tubos e mangueiras
O processamento de compostos de PVC rígido apresenta alta viscosidade, fazendo
necessários cuidados especiais no projeto da extrusora, uma vez que seu processamento se dá
sob regime de alto torque em motores elétricos, roscas, eixos e acoplamentos. A alta viscosidade
do fundido também impõe maiores pressões ao processo, decorrente disto as temperaturas típicas
do processamento de compostos rígidos de PVC variam na faixa de 150 a 220º C.
Os compostos de PVC flexível, em função da incorporação de plastificantes, apresentam
menor viscosidade quando no estado fundido. Em função disto as temperaturas típicas de
processamento de compostos flexíveis são também menores que no caso dos compostos rígidos,
pois variam na faixa de 100 a 180º C.
Extrusoras monoroscas para PVC possuem relação L/D na faixa de 16/1 até 36/1, sendo
mais utilizadas na faixa entre 22/1 a 26/1. Para as extrusoras dupla roscas normalmente
apresentam a relação L/D 28/1.
6.1 Extrusão de tubos e perfis rígidos de PVC
A produção de tubos rígidos de PVC normalmente é feita por meio da utilização de
extrusoras de rosca dupla, a partir do composto na forma de dry blend.
O processo de produção de tubos rígidos de PVC inicia-se na extrusora, responsável pela
homogeneização e plastificação do composto na forma de pó. Uma vez fundido, o composto
alimenta a matriz, responsável pela conformação do material na forma do produto final. Na saída da
matriz encontra-se um calibrador a vácuo, o qual resfria o material fundido e dá as dimensões ao
produto final. Para linhas de maior produtividade ou em tubos de maiores espessuras é comum a
utilização de água gelada no resfriamento do calibrador, de modo a conseguir maiores taxas de
remoção de calor. Ao processo ainda são incorporados banheiras de refrigeração, puxadores e
sistemas de cortes.
6.2 Extrusão de chapas de PVC
O composto de PVC aquecido e fundido é então resfriado para adquirir sua espessura final.
Chapas de pequena espessura são normalmente resfriadas por meio de contato com rolos,
enquanto que chapas de maiores espessuras podem tanto ser resfriadas mediante contato com
rolos quanto por meio de calibradores a vácuo.
Chapas finas podem ser refiladas para ajuste da largura e continuamente embobinadas. Já
as chapas de maior espessura e conseqüentemente rigidez são puxadas, cortadas por serra ou
guilhotinas em comprimentos pré-determinados e empilhados.
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6.3 Extrusão de mangueiras e perfis flexíveis de PVC
O processo de fabricação de mangueiras e perfis flexíveis de PVC difere significativamente
do processo de produção de perfis rígidos de PVC. O composto é normalmente alimentado em
extrusoras de rosca simples na forma granulada e extrudado através da matriz. O material é então
resfriado por meio da passagem por um banho de água, sem a utilização de calibradores. Uma vez
resfriado, o produto é cortado em dimensões pré-definidas, ou ainda embobinado.
6.4 Extrusão de filmes de PVC
Filmes ou películas de PVC podem ser obtidos tanto por processo balão quanto mediante
matrizes planas.
Uma extrusora, normalmente monorosca, alimenta uma matriz tubular cujo anel de saída
tem abertura bastante delgada. O tubo fino assim extrudado sofre então expansão por meio de ar
confinado na forma de bolha, com conseqüente redução de sua espessura e aumento de largura. O
resfriamento da película se da por meio de sopro de ar imediatamente após a saída da matriz, bem
como por contato com o ar confinado no interior da bolha. O filme então é fechado por meio de
rolos pressores e tracionadores e embobinada sob tensão constante. Filmes mais espessos são
obtidos por meio de matriz plana, que sofre o resfriamento através de contato com cilindros
resfriados ou a película é imersa em água, para posteriormente serem refilados e embobinados.
6.5 Extrusão de isolamento de fios e cabos elétricos por PVC
Fios e cabos elétricos podem ser isolados com compostos flexíveis de PVC extrudados
através de matrizes transversais a linha de extrusão. O composto granulado é alimentado em
extrusoras de rosca simples que alimentam a matriz, especialmente desenhada para poder receber
o fio ou cabo a ser recoberto. Uma vez aplicada a camada de composto de PVC, o fio ou cabo
elétrico é resfriado pela passagem por uma serie de banheiras e embobinado em comprimentos
predeterminados.
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REFERÊNCIASBLASS, A. Processamento de Polímeros. 2ª Ed. Editora da UFSC. Florianópolis, 1988.
MILES, D. C. Tecnologia dos polímeros. São Paulo: Polígono (Ed. USP), 1975.
BRASKEM. Tecnologia do PVC. São Paulo: Proeditores / Braskem, 2002.
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