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GESTÃO DA QUALIDADE NO ALMOXARIFADO DE UMA PRESTADORA DE SERVIÇO DE ENGENHARIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, MONTAGEM E MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA Marli Alves de Souza (FEAMIG) [email protected] GESTÃO DA QUALIDADE NO ALMOXARIFADO DE UMA PRESTADORA DE SERVIÇO DE ENGENHARIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, MONTAGEM E MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA ALESSANDRA MOREIRA FAGUNDES FERNANDA DE FÁTIMA GONZAGA MARLI ALVES DE SOUZA WILSON JOSÉ VIEIRA DA COSTAA Resumo: Em empresas de qualquer tipo deve haver controles gerenciais, o setor mais capacitado para realizar esse tipo de trabalho é o almoxarifado. O almoxarifado deve possuir uma sistemática de controle que permita constituir uma disponibilidade mínima de itens em estoque para nunca parar o fluxo produtivo de uma obra. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância de procedimentos dos processos padronizados para a gestão do almoxarifado. Tal gerenciamento permite identificar falhas e propor soluções - através do uso de ferramentas de qualidade. Aplicação de questionários, análise de documentos e controles da empresa, entrevista com o gestor responsável, observação e vivência de fatos foram às formas de coletas de dados adotadas durante a pesquisa. Para a análise dos dados utilizou-se o PDCA, Diagrama de Ishikawa e o Plano de Ação como ferramenta para a proposição de melhorias na gestão do almoxarifado da empresa analisada. Após análises e estudos, foram estabelecidas as propostas de melhorias a fim de organizar o setor em estudo. Com as propostas aplicadas, percebeu-se um desenvolvimento na área, sendo totalmente benéfico para empresa. Este artigo demonstra como salutar as práticas de armazenagem de um almoxarifado, demonstrando primeiramente - através de fatos constatados - o que é errado e posteriormente - através de propostas e análises - a melhor forma de se trabalhar corretamente no setor aqui citado. Palavras-chave: almoxarifado, gestão; qualidade; PDCA. WILSON JOSÉ VIEIRA DA COSTA e-mail: [email protected] CPF: 030.894.066-08 MARLI ALVES DE SOUZA [email protected] CPF - 028.557.106.00 FERNANDA DE FATIMA GONZAGA [email protected] CPF - 05088035608 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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GESTÃO DA QUALIDADE NO

ALMOXARIFADO DE UMA

PRESTADORA DE SERVIÇO DE

ENGENHARIA, CONSTRUÇÃO CIVIL,

MONTAGEM E MANUTENÇÃO

ELETROMECÂNICA

Marli Alves de Souza (FEAMIG)

[email protected]

GESTÃO DA QUALIDADE NO ALMOXARIFADO DE UMA

PRESTADORA DE SERVIÇO DE ENGENHARIA, CONSTRUÇÃO

CIVIL, MONTAGEM E MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA

ALESSANDRA MOREIRA FAGUNDESFERNANDA DE

FÁTIMA GONZAGAMARLI ALVES DE SOUZAWILSON JOSÉ

VIEIRA DA COSTAAResumo:Em empresas de qualquer tipo deve

haver controles gerenciais, o setor mais capacitado para realizar esse

tipo de trabalho é o almoxarifado. O almoxarifado deve possuir uma

sistemática de controle que permita constituir uma disponibilidade

mínima de itens em estoque para nunca parar o fluxo produtivo de uma

obra. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância de

procedimentos dos processos padronizados para a gestão do

almoxarifado. Tal gerenciamento permite identificar falhas e propor

soluções - através do uso de ferramentas de qualidade. Aplicação de

questionários, análise de documentos e controles da empresa,

entrevista com o gestor responsável, observação e vivência de fatos

foram às formas de coletas de dados adotadas durante a pesquisa.

Para a análise dos dados utilizou-se o PDCA, Diagrama de Ishikawa e

o Plano de Ação como ferramenta para a proposição de melhorias na

gestão do almoxarifado da empresa analisada. Após análises e

estudos, foram estabelecidas as propostas de melhorias a fim de

organizar o setor em estudo. Com as propostas aplicadas, percebeu-se

um desenvolvimento na área, sendo totalmente benéfico para empresa.

Este artigo demonstra como salutar as práticas de armazenagem de um

almoxarifado, demonstrando primeiramente - através de fatos

constatados - o que é errado e posteriormente - através de propostas e

análises - a melhor forma de se trabalhar corretamente no setor aqui

citado.Palavras-chave: almoxarifado, gestão; qualidade;

PDCA.WILSON JOSÉ VIEIRA DA COSTAe-mail:

[email protected]: 030.894.066-08 MARLI ALVES

DE [email protected] CPF - 028.557.106.00

FERNANDA DE FATIMA

[email protected] - 05088035608

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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ALESSANDRA MOREIRA FAGUNDES

[email protected] -01280721642

Palavras-chaves: almoxarifado, gestão; qualidade; PDCA.

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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2.2

1 Introdução

Um dos maiores desafios de uma organização hoje consiste em atender a demanda produtiva e

equacionar os investimentos de modo que não mobilize grandes investimentos nos itens de

almoxarifado. É necessário que haja um controle eficiente a fim de atender as demandas de

uma empresa, e, esse controle, é melhor estabelecido pelo setor em estudo. O almoxarifado

deve possuir uma sistemática de controle que permita constituir uma disponibilidade mínima

de itens em estoque para nunca parar o fluxo produtivo de uma obra. Além disso, é preciso

que este setor atente para reaproveitar o que sobra em determinada etapa da obra reciclando e

reaproveitando os resíduos e rejeitos.

Entretanto, os setores da construção civil têm características particulares no seu processo

produtivo e do próprio mercado, podendo assim dificultar a implantação de novas

metodologias de gestão. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância de procedimentos

dos processos do almoxarifado para identificação de falhas e propor soluções através do uso

da ferramenta PDCA da gestão de qualidade em uma empresa no ramo da construção civil.

2 Referencial Teórico

2.1 Gestão da qualidade nos processos produtivos

O cliente é decisivo para a sobrevivência da empresa, a satisfação da clientela está

diretamente relacionada com os níveis de qualidade de um serviço ou produto. Para que essa

qualidade atenda satisfatoriamente, o controle de qualidade deve ter altos níveis de eficácia,

evitando assim que o produto ou serviço venha a ter necessidade de manutenção e retrabalho.

Campos (2004) conceitua qualidade como

um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma

confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo ás necessidades do

cliente. Portanto, em outros termos pode-se dizer: projeto perfeito, sem defeitos,

baixo custo, segurança do cliente, entrega no prazo certo no local certo e na

quantidade certa (CAMPOS, 2004, p. 22).

Qualidade é definida por vários autores, dentre os quais cita-se Juran (1991) que a define

como “adequação ao uso através da percepção das necessidades dos clientes”, ainda segundo

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o autor “qualidade são aquelas características dos produtos que atendem às necessidades dos

clientes e, portanto, promovem a satisfação com o produto e “qualidade consiste na ausência

de deficiências (JURAN, 1991). Já para Deming (1982) “qualidade é a perseguição às

necessidades dos clientes e homogeneidade dos resultados do processo” ou ainda “atender e,

se possível, exceder as expectativas do consumidor”.

Os clientes exigem serviços e produtos com qualidade, por isso as organizações têm que estar

atenta às exigências e reclamações de seus clientes. De acordo com Gil (1993, p. 67) o

sistema de gestão de qualidade passa mais a ser visto como uma política que objetiva a

mobilização continua dos integrantes da empresa com vistas ao aprimoramento da qualidade

de seus produtos e serviços.

O Controle Total da Qualidade é um sistema efetivo para integrar os esforços dos vários

grupos dentro de uma organização, no desenvolvimento, na manutenção e no melhoramento

da qualidade, de maneira que capacite marketing, engenharia, produção e serviço com os

melhores níveis econômicos e permitam a completa satisfação do cliente (NETO, 2009).

A Figura 1 representa os fatores que devem ser observados pelos administradores para a

elaboração das políticas necessárias como referência. As fontes de variações que o processo

pode apresentar e todos os possíveis pontos de partida para os problemas que podem

apresentar o processo produtivo.

Conforme Deming, (1990).

Todo gerenciamento do processo consta em estabelecer a manutenção nas melhorias

dos padrões montados na organização, que servem como referências para o seu

gerenciamento. Neste caso, introduzir o gerenciamento do processo significa

implementar o gerenciamento repetitivo via PDCA (DEMING, 1990, p. 75).

Figura 1 – PDCA – Aplicado com os objetivos de manter e melhorar

Fonte: Adaptado de Campos, 1996, p. 271

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Segundo Slack et al. (1996, p. 71) “qualidade significa „fazer certo as coisas‟, mas as coisas

que a produção precisa fazer certo visão de acordo com o tipo de operação”. O ciclo PDCA

foi desenvolvido por Shewart na década de 20, mas começou a ser conhecido como ciclo de

Deming em 1950, por ter sido amplamente difundido por este. É uma técnica que visa o

controle do processo, podendo ser usado de forma contínua para o gerenciamento das

atividades de uma organização.

Em gestão de qualidade o PDCA torna-se ferramenta importante para o planejamento,

execução, controle e ação de melhorias contínuas dos processos produtivos. Todo esse

processo é diagnosticado por meio de um instrumento específico denominado ferramentas de

controle de qualidade.

Como ferramenta complementar ao PDCA, o diagrama de causa e efeito trabalha em cima dos

processos e controles do almoxarifado de uma empresa da construção civil. Assim sendo,

torna-se necessário discutir almoxarifado no contexto da logística empresarial. O diagrama de

causa e efeito atua como um guia para a identificação da causa fundamental de um efeito que

ocorre em um determinado processo, geralmente este tipo de ferramenta é aplicado por grupos

interdisciplinares como forma de possibilitar condições de detectar diversas e possíveis causas

para o efeito.

Esta pesquisa utilizará das ferramentas da qualidade para melhorias nos processos e controles

do almoxarifado de uma empresa da construção civil. Assim sendo, torna-se necessário

discutir o almoxarifado no contexto da logística, assim como logística de distribuição

2.3 Logística

O termo logistique é uma derivação do posto de Marechal de Logis, responsável pelas

atividades administrativas relacionadas com os deslocamentos, alojamento e acampamento

das tropas do exército francês durante o século XVII.

O Dicionário Aurélio (2010) conceitua o termo Logística como

a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de projeto e

desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação,

manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos

(FERREIRA, 2010).

Kotler (2000) afirma que a Logística de mercado envolve o planejamento, a implementação e

o controle dos fluxos físicos de materiais e de produtos finais entre os pontos de origem de

uso, com o objetivo de atender às exigências dos clientes e de lucrar com esse atendimento.

Para Ballou (1993) a Logística empresarial, é definida por

todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de

produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final.

Assim como os fluxos de informações que colocam os produtos em movimento,

com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um

custo razoável (BALLOU, 1993, p. 24).

Porter (1992) relata que a função da logística é responder por toda a movimentação de

materiais, seja no ambiente externo ou no ambiente interno da empresa. As cinco categorias

genéricas de atividades primárias estão envolvidas na concorrência em qualquer indústria:

logística interna; operações; logística externa; marketing e vendas e serviço.

Na classificação de Porter (1992), logística é, portanto, uma atividade primária e recentemente

identificada como Movimentação de Materiais.

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2.3.1 Logística de distribuição

A logística de distribuição é área responsável pelo armazenamento e movimento do produto,

isto é, desde matéria-prima até o produto acabado fornecido ao cliente, também é uma das

áreas responsáveis pela competitividade da organização. Gurgel (2002) escreve que a logística

de materiais é aquela que lida com os fluxos de materiais de fora para dentro da manufatura,

incluindo matéria-prima e outros insumos (peças, componentes, outros produtos acabados que

vão integrar o processo produtivo). Ainda de acordo com o autor, a logística de materiais é

também chamada de suprimento, abastecimento e em empresas menores de setor de compras

– envolve atividades ligadas – à extração e transporte de suprimentos, armazenagem de

insumos de matéria-prima etc. (GURGEL, 2002).

O presente estudo está relacionado com as atividades de estoques e com o funcionamento do

almoxarifado, assunto seguinte.

2.4 Gestão de Almoxarifado

Segundo Viana (2000) “a atividade almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais

confinados pela empresa, objetivando sua preservação e integridade até o consumo final”.

Para Martins e Alt (2000), o almoxarifado deverá

assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no local certo,

quando necessário;

impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;

preservar a qualidade e as quantidades exatas;

possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição

suficientes a um atendimento rápido e eficiente (MARTINS e ALT, 2000, p.

85).

Além disso, ainda segundo Martins e Alt (2000) são também responsabilidades do

departamento de almoxarifado

determinar permanência dos itens;

determinar a periodicidade de reabastecimento;

determinar o volume necessário de estoque para um determinado período;

acionar o departamento de compras;

receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as

necessidades;

controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações

sobre a posição do estoque;

manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estado dos

materiais estocados;

identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados, conforme

(MARTINS e ALT, 2000, p. 89).

Ainda de acordo com Araújo (1980) não existe um padrão preestabelecido que determine o

dimensionamento adequado de um almoxarifado, variando assim em função das atividades

desenvolvidas, das áreas necessárias à funcionalidade do serviço, das áreas específicas de

estocagem de acordo com as quantidades e tipos de produtos a serem estocada, da

periodicidade das aquisições e intervalo de tempo da entrega dos mesmos pelos fornecedores,

do sistema de distribuição e da quantidade de equipamentos e acessórios pertencentes ao

almoxarifado.

Segundo Araújo (1980) as técnicas de estocagem variam de acordo com as características dos

materiais e podem necessitar de processos simples ou de sofisticados equipamentos e

investimentos em tecnologia.

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3 Metodologia

De acordo com Vergara (2007), os tipos de pesquisa são conceituados quanto aos fins e aos

meios. A pesquisa, quanto aos fins, pode ser exploratória, descritiva, explicativa,

metodológica, aplicada ou intervencionista. As pesquisadoras optaram pela modalidade

exploratória através de estudo de caso, uma vez que pretendem investigar, analisar e intervir

no almoxarifado da empresa propondo e realizando as modificações que se fizerem

necessárias.

Os dados para esta pesquisa foram coletados através de entrevista com o gestor do

almoxarifado central, aplicação do questionário, bem como, observação e análise do

almoxarifado da empresa estudada, realizada durante visita técnica, análise de documentos e

controles da empresa.

A análise dos dados utilizou o PDCA, Diagrama de Causa e Efeito e Plano de Ação como

ferramenta para a proposição de melhorias na gestão do almoxarifado da empresa analisada.

3.1 Caracterização da organização em estudo

A empresa estudada é composta por 7 sócios, sendo que um detentor de 60%; dois, 10%; três

5% e um com 4%. O comando é exercido pelo sócio majoritário, a organização é uma

sociedade empresarial limitada. Atua no ramo da construção civil e montagem

eletromecânica, foi fundada em 1992, atualmente são quatro unidades em funcionamento nos

Estados da Bahia (matriz) e filiais em Rio de Janeiro, Sao Paulo e Minas Gerais. Obras de

Construção e Montagem Eletromecânica; Paradas de Manutenção; Contratos de Manutenção,

bem como fabricação e manutenção de permutadores de calor, vasos de pressão, filtros e

equipamentos estáticos em geral e Spool (Engenharia de fabricacao industrial de tubulações)

além de Serviços com Saca Feixes e Torqueamento Hidráulico.

4 Análise de resultados

4.1 Categoria 1 – Análise e mapeamento dos processos do almoxarifado

Diante do primeiro objetivo específico foram realizados os levantamentos dos processos do

almoxarifado, descrevendo e representando suas entradas e saídas. Para análise de processo

foram realizadas as visitas técnicas e o mapeamento dos processos; pode-se notar que não há

conformidade nos processos, uma vez que não há registros eficazes, somente uma anotação

simplória: o que foi deslocado, quem o deslocou, quantidade de materiais, não tendo

informações para local de destino e data. Foi analisado também o fluxo dos pedidos e de

compra. Durante o período de estudo foram identificadas falhas tanto no processo de entrada

quanto na saída, já que, muitas vezes, há a saída de material sem a entrada e vice-versa.

Assim prossegue-se com o segundo objetivo: analisar o fluxo de informação em relação ao

ciclo dos pedidos internos do almoxarifado da empresa estudada; o que se conclui que todo

material que é adquirido para as obras é comprado pelo almoxarifado central da empresa,

diante do exposto foi proposto um fluxograma (Fig. 2) que será utilizado, quando da

intervenção, propondo um novo formato de funcionamento para o almoxarifado.

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Figura 2 – Fluxograma de entrada de materiais na obra

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

4.2 Categoria 2 – Principais falhas nos processos mapeados no almoxarifado

Com base nesta análise prévia, segue uma proposta de mapeamento de todas as atividades do

almoxarifado da empresa, salientando que, durante a realização das visitas no setor, as

pesquisadoras foram informadas de todo o processo que é elaborado para obtenção do pedido.

1. Inicialmente o responsável pela obra passa o pedido para o almoxarifado que o

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analisa;

2. depois da análise e verificado que o material pedido não se encontra disponível,

encaminha o pedido para o departamento de compras;

3. o departamento de compras realiza pesquisa com fornecedores, faz-se a coleta de

preços e recebe as propostas e emite o pedido de fornecimento;

4. o departamento de compras acompanha a entrega do material e verifica se o

mesmo está conforme com o pedido, caso contrário providencia a devolução para

troca e se estiver dentro das conformidades, passa o material para o almoxarifado;

5. o almoxarifado recebe o material e cadastra, enviando-o para o almoxarifado da

obra onde foi feito inicialmente o pedido, que também o cadastra e distribui para

quem realizou o pedido, lançado como saída, finalizando esta etapa do processo.

O quadro 1 faz uma comparação entre o funcionamento atual que foi verificado na empresa

com o funcionamento ideal proposto com base na literatura.

Quadro 1 - Funcionamento atual x Funcionamento proposto

Funcionamento atual Funcionamento proposto

Registro de entrada Ineficiente Criação de tabela Excel ou uso de software específico para registro

Registro de saída Ineficiente Tabela com data, assinatura e local enviado ou software específico

Pallets Não Para empilhamento de material de maior vulnerabilidade e/ou

perecível

Racks Não Armazenar peças longas como tubos, barras, vergalhões

Prateleiras Sim Uniformizar o uso e catalogar

Inventário Sim Catalogar periodicamente

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

Nota-se que a empresa não apresenta registros de entrada de materiais do almoxarifado,

apenas anotações simples de saída de material. A desorganização das prateleiras e o

inventário precário provocam uma verdadeira desordem generalizada conforme ilustrado nas

figuras 5 e 6. O estudo propõe melhor funcionamento do almoxarifado através de

acompanhamento de entradas e saídas, com software especifico ou tabelas do Excel,

colocação de racks, pallets para armazenamento correto, catalogar todo material

periodicamente descartando os que não estão em conformidade.

Diante do exposto no quadro 1 foram observadas as reais dificuldades em relação à

organização do almoxarifado, não há lançamento de registros entrada e quando há requisição

de saída, a mesma é feita de forma simplória, apenas com o nome de quem a retirou, sem

maiores detalhes. A figura 4 demonstra com nitidez como o entulhamento de material era uma

prática assídua no dia a dia do almoxarifado, e os EPI‟s se misturavam com outros

equipamentos, como carrinhos de mão, escadas, telas de proteção dentre outros.

O estudo propõe a criação de tabelas para controle e acompanhamento de entradas e saídas

dos materiais do almoxarifado; formulário de controle; dados como quem o solicitou, quem o

retirou; datas de entrada, saída e devolução; setor e função, matrícula, etc. Com essas

providências, a gestão do almoxarifado passa a ter o controle total, evitando assim, os

desperdícios de materiais, e até mesmo a falta, dessa forma fica impossibilitada de gerar a

previsão de compras para atender a demanda.

4.3 Categoria 3 – Fluxo de informação em relação ao ciclo dos pedidos internos do

almoxarifado da empresa

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O almoxarifado é de suma importância dentro de todo o processo da empresa, bem como é o

fluxo de informação da empresa, é mediante a esse que temos o controle de todo o processo

interno do setor e de como estão sendo tais controles, isso se resume do que o processo de

entradas e saídas de materiais.

É sabido que a empresa estudada encontra-se com problemas de conformidade nos processos

de entrada e saída de materiais do almoxarifado, fato que está gerando bastante problema para

a empresa: retrabalhos e até insatisfação dos clientes. A falta de controle e padronização

destes processos é um agravante prejudicial ao crescimento da empresa, pois com as

reclamações geradas, defini-se a falta de organização – fator causador de desordem em todo o

setor.

E seguindo com o terceiro e último objetivo do estudo de caso: identificar as falhas nos

processos mapeados no almoxarifado - considerando que a literatura prevê técnicas de

estocagem que variam de acordo com as características dos materiais e podem necessitar de

processos simples ou de sofisticados equipamentos e investimentos em tecnologias. No caso

da empresa estudada, por se tratar de obra, produtos estocados são às vezes perecíveis e

vulneráveis. Dessa forma, a empresa deveria: (1) Indicar se a pallets (estrado de madeira

padronizado em diversas dimensões – padrão internacional 1.100mm x 1.100mm) ou carga unitária para

cimentos, argamassa e todo produto que seja vulnerável a temperatura/tempo ambiente. (2)

Racks ou raques para armazenar peças longas como tubos, barras, vergalhões etc. (3)

Prateleiras para EPI´s, identificados e visíveis. Todo material deverá ser catalogado na

entrada, registrado pelo almoxarife e inventariado periodicamente.

O processo inicia-se (Fig. 3) com o envio da requisição de compra pelo solicitante ao

almoxarifado central que verifica se há a mercadoria para pronta entrega, caso contrário envia

o pedido de compra com todos os campos preenchidos de forma correta e descrevendo todas

as informações sobre o produto a ser adquirido para o departamento de compras.

Ao chegar ao departamento de compras é verificada a lista de fornecedores do material pedido

e solicitam-se 3 (três) cotações aos fornecedores; a cotação deverá ter documento

discriminando empresa, contato, telefone, valores, condições de pagamento e prazo de

entrega. Solicitação enviada por correio eletrônico, fax ou telefone e preenchido para a coleta

de preços dos produtos a serem adquiridos.

Logo em seguida são recebidas as informações e é feita uma planilha de comparação de

preços e qualidade do produto fornecido, mediante análise de melhor preço e qualidade envia-

se pedido de compra ao fornecedor.

A compra é efetuada, quando na entrega são verificadas as condições do material, se dentro

dos conformes, esse vai direto para o almoxarifado, caso contrário o mesmo é devolvido para

o fornecedor. Quando finalizada a compra, a nota fiscal é enviada ao departamento financeiro

para programar pagamento.

Após dar entrada no almoxarifado central, a mercadoria é enviada ao destino inicial do pedido

- o almoxarifado da obra, que a repassa ao responsável pelo pedido.

Ao chegar ao almoxarifado da obra, o pedido é cadastrado em entradas de materiais, logo a

seguir, feito é dado baixa (saída) no material e enviado ao responsável pelo pedido que assina

estar recebendo conforme pedido e dentro das especificações exigidas.

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Figura 3 – Fluxograma de informação proposto para a empresa em estudo

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

4.4 Categoria 4 – Planos de Ação de Melhorias na Gestão do Almoxarifado da

Empresa.

Após análise e levantamentos das não conformidades identificadas/discriminadas no quadro 1,

coluna funcionamento atual, identificadas através de entrevista com gestor do almoxarifado

central, aplicação de questionário, análise de documentos e diagrama de causa e efeito (Fig.

4), foi notado o quanto é importante criar um plano de ação - quadro 2 - para mapeamento dos

processos.

Dando continuidade ao processo de levantamento das causas, foi elaborado o quadro 2,

propondo ações; a seguir o detalhamento da coluna COMO do quadro Plano de ação do

almoxarifado:

a) Criar o programa de motivação dos empregados, no qual será feita avaliação dos

desempenhos de acordo com os resultados, haverá bonificação e promoção, esta

avaliação é proposta para 5 (cinco) anos – tempo necessário e suficiente para análise

dos dados;

b) Criar procedimentos para treinar e capacitar os funcionários na utilização do processo;

c) Planejar e definir o local adequado para armazenamento;

d) Contratar pessoa capacitada para implantar o projeto do processo, bem como dar

continuidade a padronização dos procedimentos;

e) Fazer calendário das reuniões e divulgá-lo;

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f) Contratar um profissional da área de manutenção para desenvolver o plano de

manutenção de todos os equipamentos para controlar e preservar a vida útil dos

equipamentos;

g) Desenvolver treinamento relacionado ao processo;

h) Designar pessoal para fazer pesquisas e buscar novas tecnologias para empresa;

i) Contratar especialista para a implantação de novos softwares para sua execução;

j) Contratar especialista em planejamento para aproveitar o espaço físico oferecido;

k) Utilizar os espaços somente com o que será necessário para o processo, evitar acúmulo

de materiais desnecessários na empresa, descartá-los;

l) Utilizar-se do layout para definições dos equipamentos e materiais em locais

adequados para agilidade no processo e organização da empresa

m) Padronizar o processo de armazenamento utilizando-o para controlar e armazenar

adequadamente conforme procedimento, utilizando tabela Excel ou software

específico para registro;

n) Padronização do processo de matéria-prima, conforme procedimento, utilizando tabela

Excel ou software específico para controle.

o) Sinalizar os setores com setas e placas educativas e segurança.

Figura 4 – Diagrama de causa e efeito do almoxarifado

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

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Quadro 2 – Plano de ação do almoxarifado

PLANO DE AÇÃO

O QUE POR QUÊ COMO

Falta de motivação Não há plano de cargos e

salários

Criar um plano de cargos e salários (a)

Ausência de pessoas capacitadas

Não há procedimentos

Criar procedimentos para capacitação

dos funcionários (b)

Falta de padronização para

armazenagem

Não há padronização de

materiais e ferramentas

Adquirir local adequado para

armazenamento dos produtos (c)

Falta de padronização dos

procedimentos

Para uniformizar e agilizar seu

processo

Implantação destes processos (d)

Falta de definição de

responsabilidade

Todos têm acesso ao

almoxarifado

Colocar um responsável pelo

almoxarifado

Falta de interação entre os

setores

Falha de comunicação

Reunião envolvendo todos os setores

(e)

Falta de manutenção preventiva

Para garantir danos maiores

com manutenção de

equipamentos

Fazendo plano de manutenção de todos

os equipamentos (f)

Ineficiência da padronização Pessoas sem treinamentos Treinamento para todos envolvidos no

processo (g)

Ferramentas obsoletas

Falta de atualização das

ferramentas

Verificar e adquirir novas ferramentas

no mercado (h)

Falta de controle no processo do

almoxarifado

Não há controle de entrada e

saída de materiais

Implantar software de controle de

entrada e saída (i)

Estrutura não conforme

Falta de padronização

Organizar de acordo com os materiais

(j)

Falta de espaço físico

Não há espaço suficiente para a

guarda de materiais e

ferramentas

Utilizar somente o necessário (k)

Layout inadequado

Falta de organização

Definir adequadamente layout (l)

Falha no armazenamento

Não existe controle

Controlar e armazenar adequadamente

conforme procedimento (m)

Falta de controle da matéria-

prima

Não existe procedimento

adequado para atender as

necessidades da empresa

Elaborar procedimentos treinar todos

os colaboradores (n)

Falta de padronização

Devido à falta de procedimentos

Padronizar o setor por cores, setas,

letreiros explicativos (o)

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

Figura 5– Layout da nova estrutura do almoxarifado EPI´s

Figura 6 – Nova estrutura do almoxarifado

Fonte: Autoras da pesquisa, 2011

Após a organização proposta com ajuda da criação do layout, o almoxarifado foi estruturado,

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

14

facilitando o manuseio e a organização dos materiais estocados (Fig. 5). Também no

almoxarifado de EPI‟s foram estabelecidas regras de estocagem, facilitando a visualização

dos materiais, quantidade e condições dos mesmos (Fig. 6)

5 Considerações finais

O objetivo geral deste artigo foi demonstrar a importância de procedimentos dos processos do

almoxarifado para identificação de falhas e, através do uso da ferramenta PDCA da gestão de

qualidade em uma empresa no ramo da construção civil, propor soluções. O uso das propostas

estabelecidas pelo estudo foi verificado como eficiente conforme demonstrado nos itens 4.3 e

4.4 desta pesquisa, as soluções propostas foram aceitas e obtiveram êxito, assim como a

intervenção realizada trouxe melhorias no processo de qualidade, dentre as quais maior

direcionamento do material estocado, bem como melhor visibilidade e organização do

almoxarifado, com a nova estrutura é possível identificar com rapidez o pedido.

Atualmente, após as pesquisas e análise de resultados obtidos – a empresa encontra-se em fase

de instalação um software que levará em conta as proposições do estudo e a

demanda/necessidade do setor.

Referências

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