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    Curso de Gesto de Problemas

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    1. INTRODUO

    Os problemas surgem diante das metas estipuladas por uma organizao.

    Esse resultado esperado seria o desejo de algo que no se sabe como obter,necessidade no-satisfeita, o qual a partir do momento em que trabalhada a

    situao indesejvel presente ou futura, surgem os obstculos, ameaas,

    desvio entre o que se objetiva e a realidade. Esses so os problemas, que

    podem se multiplicarem por tantos outros quando mal administrados.

    Uma situao definida como problema quando se tem uma sensao de

    estado anormal, diante de uma expectativa ou planejamento. a diferena

    entre o que se espera e o que de fato acontece. Para ser de fato um problema,

    a situao deve comportar uma viso de como esto as coisas e de como

    deveriam estar. Essa percepo levar o solucionador de problemas a redefinir

    as metas solucionando os problemas evidenciados.

    Uma tima maneira de identificar um problema traando uma linha

    cronolgica e identificando os acontecimentos que possam por ventura ter

    retirado a linha de seu eixo. Ou seja, uma mudana que tenha proporcionado

    uma consequncia indesejada. Sendo possvel dizer o que era esperado, fica

    mais fcil apontar aonde aconteceu o imprevisto.

    1.1. CONHECENDO O PROBLEMA

    O problema tem a caracterstica de ser percebido por meio de sensao

    individual subjetiva. Alguns indivduos podem ter dificuldade em identificar um

    problema, outros em aceit-lo, assumi-lo ou de se sentirem fracos perante ele,

    e diversos podem ainda nem identific-lo. Importante que o problemas poder

    ser de intensidade leve a grave, a qual pode ter ou no relao com a origem

    do mesmo.

    Autores descrevem duas modalidades distintas de problema: quantitativos e

    qualitativos. Os primeiros podem ser descritos como aqueles passveis de

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    serem expressos em nmeros, enquanto os qualitativos envolvem comparao

    e conhecimentos de valores.

    No mundo dos negcios sempre existiram instabilidades, ditas como at

    mesmo necessrias para estimular a evoluo, melhoria contnua. E tudo isso

    gera um efeito marcante nas pessoas e nas organizaes, afinal uma vez

    solucionado um problema, a experincia vivenciada naquela situao ser

    acumulada vida do indivduo ali envolvido e organizao tambm, a qual

    ter mais competncia na soluo de conflito similar futuro.

    1.2. AS PESSOAS COMO PROBLEMAS

    O indivduo pode estar totalmente satisfeito no seu trabalho e ento conseguir

    trabalhar alinhado com as metas da organizao, porm quando esse

    funcionrio demonstra insatisfao, por motivos internos ao trabalho ou at

    mesmo externo, mas que influenciam no seu desempenho profissional, isso

    pode demandar um problema.

    Esse tipo de problema pode vir a ser de grande extenso, quando, por

    exemplo, a alta cpula administrativa no consegue perceber de imediato o

    fato, o que s faz decrescer a produtividade. Essa disperso empresarial pode

    se d em empresas que possuem alto poder de controle, com muita hierarquia

    e com lderes despreparados. Mas ainda a parte pior, que quando a empresa

    no percebe esse problema em virtude dos funcionrios conseguirem disfarar

    bem suas insatisfaes.

    A empresa possui meios de extinguir esses tipos de problemas ou at mesmo

    de no t-los. Ela pode, por exemplo, quando for contratar verificar bem se os

    anseios dos candidatos coadunem com o da organizao, se eles so bons de

    relacionamentos, enfim selecionar profissionais com perfis adequados

    realidade da instituio.

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    1.3. A EXTENSO DO PROBLEMA

    Os problemas podem vir de situao simples ou complexas, e independente da

    origem serem simples ou complexos. Nessa hora de avaliar essa extenso,

    deve-se ter muita cautela, pois quando o problema for de menor intensidade

    no convm usar mtodos de combate complexos, despender uma energia

    fsica, financeira ou emocional extrema quando se poderia resolver tal

    problema sem muito desgaste.

    Por isso, digo que a reflexo essencial na hora de resolver situaes, tente

    sempre pensar antes de d alguma resposta, d alguma ordem ou tomar

    alguma deciso, diante de um problema ou no. Quero dizer com isso que os

    problemas so relativos, um mesmo problema pode gerar danos catastrficos

    em uma multinacional e no causar nada em uma microempresa (difcil! Mas

    comparao), assim como para uma empresa pequena mais fcil identificar

    um problema, por possuir menor espao de anlise, tambm pode vir a ser

    mais fcil solucionar problemas existentes ou pretensos a existir. Ou seja, a

    intensidade dos problemas est relacionada com o impacto nos envolvidos e

    no com outra variante.

    Exemplo da relatividade:

    O dinheiro pode trazer felicidade, como pode representar perda de qualidade

    de vida em razo da falta de tempo e preocupaes que surgem. Ter sempre

    "mais" ou ser "maior" no necessariamente "melhor", da mesma forma que

    ter "menos" ou ser "menor" no significa necessariamente "pior".

    Faz-se necessrio analisar bem o contexto da situao e do problemas para

    enfim tomar decises adequadas, se a problemtica institucional deve-se ater

    s questes direcionadas a finalidade precpua da empresa, esse ponto o

    primordial para a organizao, caso tenha problemas em diversos

    departamentos em uma empresa que fabrica meias, por exemplo, o foco

    primeiro deve ser na problemtica que envolva o mercado, a matria prima, a

    produo, no seria por exemplo o setor de limpeza, mas seria este se aempresa prestasse servio terceirizado de limpeza. Entenderam? de suma

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    importncia saber administrar as diferenas nessa questo, mas no

    esquecendo que todo e qualquer problema dentro da organizao deve ser

    solucionado, antes ou depois, mas deve ter ateno especial na sua hora e

    vez.

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    2. ZONA DE CONFORTO

    Essa zona corresponde quela em que o indivduo se encontra supondo-se

    feliz e satisfeito, mesmo estando rodeado de problemas. Sabe porque issoocorre? Respondo. Acontece que muito mais fcil acreditar que os problemas

    se resolvero sozinhos, ou que so irrisrios ou mesmo fingir que eles no

    existem, a fim de que no saia da zona de conforto vivida.

    Mas saibam que toda zona de conforto tem um limite pessoal, sempre que um

    problema for suportvel ao ver do indivduo ele no combatido, s ser

    enfrentado quando ele ultrapassar o nvel de razovel na viso subjetiva.

    2.1. RESISTNCIA

    A pior reao aos problemas a de resistncia, a qual as pessoas preferem

    incorpor-los sua vida reconhec-los como casos a serem enfrentados.

    Preferem conviver tranquilamente com um problema at determinado limite de

    incmodo, pois entendem que as medidas necessrias para solucion-los

    traro ainda mais desgaste.

    2.2. REAO

    Aps a percepo do desconforto surge a hora de movimentar-se em busca de

    solucionar o cenrio, lembre-se, isso ocorrer quando o indivduo percebe que

    o problema causa incmodo maior do que deixar as coisas como esto.

    Nessa hora deve ser emprenhada na soluo esforo proporcional ao

    desconforto sentido. Ento deve-se atacar seus efeitos ou sua origem,

    conforme tempo disponvel, grau de interesse e urgncia.

    2.3. FUGA DOS PROBLEMAS

    Os problemas no so bem vindos na vida de ningum, mas mesmo assim

    eles devem ser observados e combatidos para que a vida das pessoas

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    envolvidas no seja levada a costumes inadequados capazes de proporcionar

    ao quadro atual propores imensas futuras.

    Mesmo assim ns temos sempre que lembrar, como j dito antes, que natural

    que alguns problemas sejam protelados, quando de menor potencial ofensivo,

    enquanto outros demandam uma ateno mais imediata, por terem capacidade

    de incomodar muito mais de causar prejuzos de gigantescas propores.

    Por isso, por muitas vezes evitar uma discusso pode parecer uma maneira de

    diminuir o stress e os problemas, mas dependendo do grau de importncia do

    assunto tratado, no administr-lo da maneira correta pode acarretar situaes

    ainda piores no futuro.

    2.4. RELACIONAMENTOS

    Nas relaes do dia a dia temos que ter conscincias que as pessoas so cada

    vez mais individualistas e s se concentram nos seus interesses, o que eleva

    as divergncias de ideias e faz surgir conflitos problemticos.

    Com isso sempre comum assistirmos as pessoas jogarem culpas de

    problemas uns nos outros, sempre julgando-se certas, ento, digo,

    importante que algum tenha a humildade de reconhecer seu erro e ajudar a

    resolver um problema crucial, e no simplesmente e sempre se envolver em

    situaes apenas para salvar o seu, passando por cima de quem quer que

    seja.

    Ressalvo que a sociedade s ser melhor se as pessoas tornarem-se mais

    flexveis, ouvirem mais uns aos outros e deixarem de querer que os problemas

    se resolvam sempre do seu ponto de vista.

    2.5. EXPECTATIVA DE COMPORTAMENTO

    Atualmente ns sofremos presso para sermos bons profissionais, bons filhos,bons estudantes, s que nem todas as pessoas conseguem suportar tal

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    presso e no se desenvolvem e precisam de incentivo externo para

    evolurem.

    H pessoas que se tornam bem eficientes e conseguem desempenhar funes

    sem fiscalizao e conquistam a confiana dos que esto prximos (tanto do

    ponto de vista pessoal como profissional). Mas nem sempre esse ponto alto

    ser benfico ao ambiente de convivncia.

    As expectativas de comportamentos que temos sobre as outras pessoas

    geralmente so as melhores, as quais podem ser frustradas por questes de

    risco ou sofrimento, real ou imaginria, originada de experincias anteriores,

    crenas inadequadas, esquemas rgidos de pensamento, relatos de

    pessoas etc.

    Enfim, certo fenmeno pode ocorrer como se espera ou no, com a intensidade

    que se deseja ou no, obtendo o resultado esperando ou no, ou seja, poder

    haver a decepo, geralmente difcil de ser encarada. Apesar de difcil, uns

    aceitam com mais facilidade a ocorrncia de eventos que no aqueles

    desejados, ao passo que outros j no reagem to bem mesma situao.

    2.6. PERFIL

    Geralmente as organizaes refletem o perfil dos seus lderes no modo de

    administrar, por isso as organizaes tm a misso de sempre buscar pessoas

    com compatibilidade para parcerias profissionais, a fim de manter

    caractersticas intrnsecas.

    Algumas pequenas adaptaes so bem vindas ao propsito de viabilizar uma

    interao institucional. Mas, diferenas acentuadas tendem a gerar desgaste e

    at mesmo a tirar a empresa do planejamento traado.

    A qualidade e competncia das pessoas so fundamentais, isso no h dvida,

    mas o perfeccionismo exagerado pode trazer problemas, at de sade, entobusque o sentido do saudvel e no fique abaixo de suas capacidades.

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    Os grandes resultados no acontecero de repente, s chegaro por meio de

    esforos desempenhados para executar um projeto e para solucionar os

    problemas no meio do percurso surgidos. Nada nessa vida vem muito fcil, a

    superao dos obstculos o que agrega valor a nossa conquista.

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    3. ESTMULO

    As dores por dificuldades encontradas na nossa vida profissional ou pessoal

    so os nossos maiores estmulos de superao, ou pelo menos deveria ser. Asdores podem servir como artificio de manuteno da autoestima.

    E mais uma vez digo, essas dores sero obstculos a serem superados, a

    encaminhar o indivduo para uma situao melhor que a atual.

    Mas no vejam essa exaltao a dor como estmulo busca de problemas

    (risos). Alis todos sabemos que em nossas vidas eles sempre surgem e so o

    tempero emocional para a histria de cada um. O enfrentamento de situaes

    difceis geram bem estar e amadurecimento individual ou empresarial: quanto

    maior o sacrifcio para atingir um objetivo, maior ser a satisfao com o

    resultado.

    Mesmo assim no estamos distantes do erro, preciso esforo e disposio

    para enfrentar possveis erros. Retomo que no se deve buscar o erro, mas

    aceitar a possibilidade de ele acontecer, e de v-los como possibilidade de

    melhoria.

    3.1. DOR COMO FORTALECIMENTO

    fundamental enfrentar a dor ao invs de fugir, evitar ou conter os prejuzos

    possveis, muito tem a ganhar quem se prope a encarar de frente o quadro,

    pois certamente colhers frutos depois. necessrio enfrentar as dificuldades

    para delas sair mais forte.

    Sempre h aqueles que vislumbrem num problema uma oportunidade de se

    aprimorar, a partir da reviso de todo o processo e levantamento de novas

    possibilidades. Mas, repito, h os que o veem apenas como empecilho a ser

    evitado a qualquer custo.

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    O fundamental imaginar que a resoluo de um problema pode, no mximo,

    retornar as coisas ao estado que se encontravam antes da dificuldade surgir e

    assim ser mais fcil a convivncia com os problemas.

    3.2. PRESSO DAS LIDERANAS

    Geralmente liderar causa dor, pois as presses necessrias para o

    desenvolvimento de uma equipe podem no ser bem vinda, no ser vista com

    bons olhos por todos os atores envolvidos num planejamento empresarial,

    familiar etc. , por isso, fundamental em um lder saber fomentar a cooperao

    geral e ainda conter as desavenas internas e problemas pessoais externos,

    estar focado sempre e exclusivamente na ao proposta de liderar com

    qualidade. Esses lderes devem possuir a capacidade de administrar conflitos

    possveis entre pessoas de vrios estilos, ou ainda conseguir equilibrar os

    diversos estilos diferenciados e no deixar o conflito atingir o mbito pessoal ou

    se tornar nocivo, deve ficar apenas no mbito gerido.

    Por vezes a liderana pode ser auxiliada por um intermediador habilidoso, que

    favorea a relao entre gerencia e colaboradores, a fim de preservar a linha

    de comando e preservar os sentimentos pessoais.

    Lderes ou intermediadores, pessoas que lidam com pessoas, devem usar de

    tom compatvel a causar estmulo em seus liderados, quando na solicitao de

    algo ou na determinao de uma ordem, pois uma mesma mensagem ter o

    condo de incentivar e animar ou de causar medo e constrangimento a

    depender do tom utilizado na comunicao. Um foco de recompensageralmente tido como uma ordem que motiva os colaboradores.

    Jamais esqueam de extrair pontos positivos dos problemas enfrentados, pois

    todos eles possuem essa vertente, bastando cada um aprender a lidar com ele

    de forma real e clara.

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    4. COMO DIAGNOSTICAR PROBLEMAS

    O diagnstico inicial deve ser na busca da causa, e saiba que no uma tarefa

    fcil, pois as situaes so sempre complexas o que causa dificuldade emacertar o cerne da causa, ainda mais quando h vrias fontes para a causa.

    Outra questo saber identificar a variedade de fatores de um determinado

    problema, pois acontece de uma varivel gerar reflexos em outros fatos, o que

    leva o solucionador de problemas a considerar diversas possibilidades.

    Essa identificao deve ser feita para que o trabalho de enfrentamento da

    situao seja eficaz, para que de fato seja atirado no alvo certo, sem

    desgaste de esforos.

    4.1. PRECAUAO

    Por mais que a situao seja conflitante demais e exija soluo rpida e

    enrgica, deve-se sempre lembrar que preciso no ter pressa e analisar

    cuidadosamente as hipteses de combate ao problema sem muita ansiedade.

    Poder haver casos em que decises imediatistas solucionem as

    adversidades, mas saiba que um combate bem estudado, pode aperfeioar

    ainda mais um quadro no s combatendo o problema presente, mas at

    prevenindo um outro que possa surgir num curto intervalo de tempo.

    Lembrem-se de identificar o problema, sempre tentando chegar s suas razes,

    o que facilitar na determinao de quais so os fatores relevantes (recursos,

    interesses, alcance, contexto etc) que se precisa trabalhar naquele problema.

    Certamente que isso um processo gradativo e paciente, porm que ir

    apontar possibilidades melhores fundamentadas e com maior probabilidade de

    eficcia.

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    Tudo isso trar para o cenrio um conflito com bases reais, fatdicos. Dele

    poder surgir divergncias de opinies e interesses, o que normal, afinal

    todos temos experincias de vida diferentes o que nos leva a acreditar em fatos

    diferenciados e divergirmos uns dos outros.

    4.2. A CONTINUAAO DO PROBLEMA

    Se a identificao do problema e suas causas no forem bem feitas ao final de

    todo o planejamento e trabalho ocorrer aborrecimento e frustrao. Pois

    muitas tentativas de resolver a situao podem fracassar por vrias razes. E

    a a situao poder persistir, sinal de que as aes anteriores foram

    ineficazes.

    E diante disso o problema persistir, mas no se pode desistir, pelo contrrio, a

    dedicao deve continuar a mesma ou aprimorar-se.

    Isso pode ainda ocasionar uma fase ruim, de incmodos e ganhar grande

    proporo e tudo parecer desmoronar simultaneamente. Nessas horas, o

    desejo de se ver livre de tudo faz com que, por vezes, deseje-se resolver tudo

    simultaneamente, mas lembre-se essa ttica raramente funciona.

    Entenda-se ainda que a identificao da causa da problema e o seu combate

    primordial para a sobrevivncia de uma situao agradvel, pois se assim no

    for feito, ficar o tempo todo tomando decises paliativas, nos efeitos, sem

    cortar o problema pela raiz, fazendo com que ele perdure at que se combate

    a origem.

    No cuidar adequadamente da origem pode agravar a situao e gerar

    reincidncias e acmulo de pendncias em mdio e longo prazo.

    4.3. SELECIONANDO PROBLEMAS

    Repito, deve-se selecionar os problemas menos ou mais importantes paraajudar no foco, para facilitar a ao separada, uma de cada vez. Problemas

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    mais importantes so os urgentes, aqueles de risco em curto prazo, e os

    menos importantes so os que podem ser deixados para serem solucionados

    no futuro, sem risco imediato.

    Para essa identificao poder haver necessidade de ajuda externa, porque

    geralmente quem est envolvido no quadro a ser trabalhado no consegue

    compreender o conflito como um problema, a automaticidade e os padres no

    lhe permite, e quanto mais tempo se tem vivenciando aquela situao, mais

    difcil fica de aceit-la como controversa.

    4.4. ESTUDANDO PROFISSIONALMENTE O PROBLEMA

    Aqui podemos tomar por referncia os sinais perceptveis que esto na ponta

    da cadeia de fatos. A quando se aprofunda nas razes que levaram a tais

    efeitos, questionando tais sinais, as informaes vo ser tornando mais

    abstratas, dependendo de um esforo interpretativo. Portanto, quanto mais

    questionamento forem respondidos, maior o conhecimento dos fatos e,

    consequentemente, das possibilidades de se obter um diagnstico confivel

    dos tipos de problemas.

    De um modo geral, aconselhvel que a viso v se afunilando medida que

    a investigao avana, visando contemplar o maior nmero possvel de

    aspectos envolvidos. O objetivo relacionar o maior volume possvel de fatores

    e variveis relevantes para o contexto. Assim, formulam-se o maior nmero de

    perguntas visando reunir uma quantidade de informaes suficientes para

    sentir segurana na constatao do diagnstico.

    Um consultor profissional, toma esse ponto de partida no estudo dos fatos. O

    que depois de realizado, o diagnstico problemtico, pode parecer fcil, mas

    no o .

    Esse processo levar a uma concluso de solubilidade ou no da questo, o

    que importa dizer que se as informaes prestadas pelos profissionais foremrealmente pertinentes, os problemas tero uma soluo (mesmo que seja uma

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    falta de soluo). A base slida o que separa um diagnstico de uma mera

    opinio.

    Depois de recolhidos dados e informaes, o consultor ir traar uma relao

    entre eles. Essa conexo entre os fenmenos e suas respectivas razes de ser

    constituem a base do problema. Uma vez que se compreendam as condies

    que levaram ao surgimento daquele obstculo, ser mais fcil visualizar uma

    maneira de elimin-lo.

    No esqueamos que as falhas sempre podero existir, enfim falando de

    problemas isso fica ainda mais evidente, por isso, para se certificar que a

    soluo encontrada vlida, recomenda-se observar efeitos especficos

    advindos da ao implementada, se de fato os efeitos esto compatveis com

    os que se busca.

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    6. PROCESSO DE MUDANAS

    Todos ns, para iniciarmos mudanas em qualquer aspecto de nossas vidas,

    devemos primeiro olhar para dentro de ns mesmos e verificarmos onde est anossa parcela de culpa para que a situao atual seja a que se verifica e

    depois perguntar o que ns mesmo podemos fazer para mudar os fatos.

    Entenda que nesse processo, voc ser tentado a culpar os outros, a julgar

    atitudes alheias, o que prejudicar o processo, ento entenda, voc precisa se

    livrar de seus apegos e convices, de seus interesses prprios e aceitar que

    todas as respostas no viro e que a melhor soluo compartilhar interesses.

    Nesse quadro, a resistncia a esse processo pode ser fatalmente prejudicial ao

    desenvolvimento pessoal, profissional ou institucional, portanto busque sempre

    estudar e assimilar a mudana antes de encar-la.

    As mudanas sempre so difceis, d uma sensao de que tantos sacrifcios

    para se chegar ao ponto que estar ser perdido, mas entenda que quando h a

    necessidade de mudanas adi-la causa um desgaste muito maior.

    6.1. TENDNCIA NATURAL

    Na vida pessoal ou no nosso trabalho normal que surja nos nossos eventos

    rotineiros obstculos de variadas intensidades, e devemos ir enfrentando-os

    para que eles no se acoplem as demais atividades do dia a dia, de forma a

    ficar mais adaptados s novas circunstncias.

    Uma tendncia, acho que quase gentica, das pessoas mudar de

    pensamento sem mudar de atitude, o que no gera progresso nenhum para a

    vida. Deve-se enfrentar as mudanas e tomar atitudes concretas proporcionais

    a necessidade do caso.

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    6.2. MUDANAS PLANEJADAS

    Nesse processo necessrio identificar as vertentes positivas, que as

    impulsionaro, e as negativas, que podem lhe colocar em desestmulos, isso

    no garantir uma mudana sem sofrimento, mas ajudar a superar

    dificuldades futuras.

    As mudanas dentro de um organizao por exemplo, podem ser impostas, um

    mtodo que pode ser repelido, porm se for embasado nas vertentes positivas,

    sero uma tima opo por serem de mais fcil e rpida implementao.

    Esse tipo de estudo reduz e muito a insegurana e incerteza que se enfrentar

    em um processo de mudana, lgico que no se pode deixar de lado as

    variaes de percepes individuais, mas regra geral gera segurana, que

    consequentemente ser transmitida ao grupo.

    Esse planejamento envolve ainda uma postura pr-ativa diante da realidade,

    focada no que deve ser feito por voc e nada de ficar imaginando o que o outro

    poderia fazer ou ter feito para auxiliar nesse processo.

    Isso um projeto, e como tal deve ser calado em planejamento e estudo

    prvio, aliados com determinao e disciplina com os compromissos

    assumidos com os outros e consigo. Jamais esquea de ter f que o que est

    no imaginrio ir se concretizar e de trabalhar para promover as mudanas

    pensadas.

    6.3. INOVAO

    Diante de um contexto diferente a percepo de fatos novos pode causar

    encantamento, essa reinveno exigem atitudes que agreguem valor, a fim de

    que envolva com afinco os membros dessa mudana.

    Nesse cenrio de inovao a rotina e os hbitos no podem subsistir com forae energia comuns, devem ser surpreendidos por coragem e determinao em

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    ressurgir mais forte diante de mudanas e inovaes, essenciais nesse mundo

    de constante mudanas em que vivemos.

    Permanecer na situao atual a certeza de deixar as coisas como esto, e se

    como as coisas esto, estar lhe causando algum incmodo, ela deve ser

    mudada, por isso no se pode ter medo de errar, de tentar algo, o medo deve

    ser o de ficar esttico, o de no inovar.

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    7. FOCANDO O PROBLEMA

    Os problemas adviro de fatos naturais ou de comportamentos humanos, os

    quais frustram os objetivos traados por uma pessoa ou grupo de indivduos.

    Eles surgiro em grande intensidade ou no, ocasionando ataques

    proporcionais s suas dimenses e consequncias. Por isso observe bem as

    variveis da questo e as veja como superveis, jamais limite-se por questes,

    polticas, fsicas ou econmicas.

    Outro detalhe lembrar-se que o indivduo sempre estar em destaque, em

    primeiro plano, por mais que os empecilhos paream saltar aos olhos,

    destaque as relaes e atitudes dos indivduos, pois so elas que causaram os

    problemas ou que produziro solues.

    7.1. DESPESAS DO PROBLEMA

    Como j fora dito aqui, sobre conhecer o problema, relembro em outra vertente

    essa importncia, pois veja, aqui deve-se analisar muito bem o custo que se

    ter para solucionar um problema, pois se tal valor for maior que o prprio

    problema pode ser mais interessante deixar a situao como est, afinal no

    adianta demandar grandes esforos sem resultados benficos maiores que os

    custos.

    Alm disso importante observar os efeitos imediatos das aes a serem

    tomadas, mas muitssimo fundamental ser conhecer os efeitos consequentes

    das atitudes de combate ao problema, pois podem existir solues vantajosas

    sob um ponto de vista, mas que surjam efeitos involuntrios capazes de gerar

    enormes perdas.

    Aprenda ainda que haver situaes em que ser necessrio regredir a um

    momento anterior para se estudar melhor a situao e logo em seguida

    progredir duas vezes mais.

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    7.2. TIPOS COMPORTAMENTAIS

    Na hora de analisar as atitudes das pessoas atenha-se as intenes das

    pessoas em provocar um constrangimento ou no, pois muitas vezes a

    negligencia leva o indivduo a cometer erros, mas falhas humanas acontecem.

    Aprenda a distinguir cuidadosamente o impacto das aes individuais e para

    isso faz-se necessrio deixar de lado histricos pessoais e popularidade de

    quem as cometeu.

    Tente entender bem a inteno da pessoa que fala, para no ocorrer distores

    entre a inteno do interlocutor e o que se conclui do que ele diz.

    Caso sinta-se surpreendido com um tom voz elevado, ou at agressivo,

    questione o motivo da empolgao, pois as ms impresses sempre devem ser

    esclarecidas, para que o dilogo possa prosseguir com sucesso. No deixe

    que, s vezes, uma simples atitude seja generalizada e integrada ao carter de

    uma pessoa.

    Acredito que exteriorizao de sentimentos podem auxiliar nas mtuas

    compreenses, pois muitas das vezes os problemas surgem por dores

    acumuladas, ressentimentos, os quais devem ser tratados para eliminar os

    desconfortes entre as partes.

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    8. FOCANDO O DILOGO

    Um bom dilogo deve ser focado na importncia a ser dada na opinio alheia,

    na posio de humildade a fim de ver a comunicao em via dupla.

    Isso ajudar na fluncia das conversas e evitar impasses, geralmente

    causados por incompatibilidade de interesses, mas se mesmo assim a

    comunicao estiver difcil d um tempo, adie as conversas a fim de que a

    deciso final seja tomada com mais conscincia.

    E voltando ao assunto do indivduo, bom que as pessoas estejam dispostas a

    dialogar, estejam interessadas em ouvir e acatar decises que no sejam

    necessariamente as suas. Pois do contrrio o dilogo no ter sucesso, ser

    desgastante, situao em que seria melhor nem ter ocorrido.

    Entenda que em um dilogo no haver finalidade de atingir uma verdade e

    sim de conceituar vrias possibilidades amparadas por percepes individuais

    vlidas.

    Tente entender o ponto de vista alheio, adote uma postura de abertura,

    comprometendo-se a buscar os mritos daquele raciocnio novo que se

    apresenta, compreenda-o. Vale frisar que compreend-lo diferente de

    concordar. O simples fato de aceitar j torna o dilogo mais construtivo.

    8.1. LIDANDO COM PESSOAS DIFCEIS

    As pessoas fechadas, retradas so pessoas de difcil convivncia tanto por

    simplesmente no serem de fcil comunicao como pelo fato de uma forma

    ou de outra procurarem extravasar suas retraes com atitudes desconexas e,

    s vezes, ofensiva, o que causa imagem negativa do indivduo que vai

    reiteradamente sendo levada a tornar-se uma caracterstica do carter.

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    Tal situao impulsionar a revelia das demais pessoas que o circundam,

    fazendo um crculo vicioso que s prejudica cada dia mais a comunicao.

    8.2. DILOGO DE APRENDIZADO

    aquele baseado na aprendizagem, na partilha de sentimentos, no trabalho

    junto com o outro a fim de descobrir um modo de lhe d com problema dali em

    diante.

    A partir disso o outro vai lhe d maior credibilidade e conseguir confidenciar

    ou relatar fatos com facilidade, voc ter conseguido persuadi-lo.

    Persuadir influenciar o outro, e isso acontecer com maior facilidade se voc

    se mostrar sujeito a ser influenciado no processo. A grande dificuldade consiste

    justamente nas partes terem a convico de que foram compreendidas.

    8.3. POSTURA

    Saiba que a credibilidade de um interlocutor influencia muito na concluso dos

    dilogos. As opinies sero mais respeitosas dependendo do contexto e de

    quem as manifestam.

    Tente extrair o melhor que cada opinio oferece, sem tentar sobrepor o outro,

    para no sair frustrado e perder tempo.

    Nos melhores dilogos os interlocutores devem estar dispostos areconhecerem suas culpas, a serem imparciais, mesmo que num primeiro

    momento eles se vejam como dono da verdade e porm prontos a defenderem

    seus interesses com relutncia.

    Antes de julgar os argumentos alheios procure embasar-se de elementos

    suficientes, voc pode conseguir isso fazendo perguntas, de preferncias as

    que limitem as respostas.

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    Procure expressar-se de maneira clara e sem indiretas, isso evita

    interpretaes equivocadas. Seja objetivo, v direto no foco central, no ponto

    chave e no deixe brechas para desvio do assunto discutido.

    Importantssimo, saber ouvir, permita que o outro conclua seu raciocnio,

    portanto, sua fala, no o interrompa por nada, mesmo que voc j conhea

    bem tudo que o outro est a dizer.

    H uma boa tcnica de reafirmao de ideias, que seria repetir com palavras

    diferentes tudo o que o outro disse, para que se tenha certeza se as

    compreenses esto seguindo o caminho correto.

    Seja stil no uso das palavras, procure no usar palavras agressivas. Por mais

    que hajam comentrios tolos, use astcia e sabedoria para supri-los. Jamais

    diga: Nossa, voc muito burro a ponto de pensar isso, ou, Voc louco de

    colocar isso aqui? etc. Para auxili-lo, digo ainda, quando algum exaltar o

    tom de voz, diminua a sua, isso no sinal de fraqueza, mas de sabedoria,

    valer para modificar o rumo do dilogo e retorn-lo ao ponto de produtividade.

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    9. FOCANDO NA RESPOSTA

    Para encontrar a soluo exata para problemas devemos tentar primeiramente

    o dilogo entre as partes, caso essa opo no seja suficiente deve-se buscarauxlio de uma pessoa externa relao, o mediador, para ajudar a encontrar a

    resposta para o conflito.

    H alguns tipos de opes na negociao de um conflito. Quais sejam:

    - AUTOCOMPOSIO - as partes administram o conflito.

    - CONCILIAO um terceiro auxilia as partes a chegarem a um acordo

    definitivo sobre um problema.

    - MEDIAO um terceiro auxilia as partes a administrarem suas diferenas e

    aprimorar o dilogo.

    - ARBITRAGEM as partes sujeitam-se ao arbtrio de um terceiro.

    - JUDICIAL as partes delegam ao Estado a responsabilidade da deciso do

    conflito.

    Diante de tudo aqui estudado, o foco na resposta conseguir trabalhar tudo

    aqui esclarecido com o mximo de respeito ao prximo, s suas limitaes,

    angstias, interesses e desinteresses. Estar voltado de corao aberto para

    resolver um conflito fundamentalmente essencial para encorajar as partes a

    desabafarem e elevarem a autoestima, o que as ajudaro a prosseguir e a ter

    fora para realizar o combate s divergncias.

    Algumas dicas finais:

    - no se deixe influenciar emocionalmente com o conflito, se o problema no

    seu, tente resolver a questo sem se envolver profundamente, e se for seu,

    tente ser racional e ouvir a outra parte.

    - procure ser um interventor equilibrado, no deixe deliberadamente que

    situaes constrangedoras lhe corroam e lhe abalem, e tambm no saia

    falando tudo que lhe faz mal a toda hora, sem antes refletir sobre o assunto.

    - Tente canalizar energias positivas e abstrair as negativas.

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    - Tenha disponibilidade para sair da zona de conforto, sem medo de enfrentar

    as mudanas e mudar o estgio atual.

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