Hidrovia Do Madeira - Transporte de Cargas - V2 Final

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 Brasília, 2011 TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS 2010 HIDROVIA DO MADEIRA

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  • Braslia, 2011

    TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS

    2010

    HIDROVIADO MADEIRA

  • AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIRIOSSUPERINTENDNCIA DE NAVEGAO INTERIOR

    Gerncia de Desenvolvimento e Regulao (GDI)

    TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS HIDROVIA

    DO MADEIRA 2010

  • FICHA TCNICA

    AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS

    Diretor-Geral (DG)Fernando Antnio Brito Fialho

    Diretor (DR)Tiago Pereira Lima

    Superintendncia de Navegao Interior SNIJos Alex Botelho de Oliva

    Gerncia de Desenvolvimento e Regulao da Navegao Interior GDIAdalberto Tokarski

    Equipe Tcnica - GDIFbio Augusto GianniniArthur YamamotoJos Renato Ribas FialhoEduardo PessoaMarcos Gomes Coelho

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  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Instalaes porturias na hidrovia do Madeira ......................................................................................... 6

    Tabela 2.1. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, por grupo de mercadoria 2010 .............................. 7

    Tabela 2.2. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, no sentido jusante, por grupo de mercadoria 2010 ... 8

    Tabela 2.3. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido montante por grupo de mercadoria - 2010 8

    Tabela 2.4. Transporte de combustveis e leos minerais e produtos com destino a TUP Manaus - 2010 .......... 9

    Tabela 3.1.1. Transporte de soja na hidrovia do Madeira, por instalao porturia de origem e destino 2010 10

    Tabela 3.1.2. Destinos internacionais da soja exportada por instalaes porturias selecionadas - 2010 ........... 11

    Tabela 3.1.3 Produo de soja por regio, em toneladas e e relao da produo com o transporte na hidrovia do Madeira - 2010 ..................................................................................................................................................... 12

    Tabela 3.2.1. Transporte de milho na hidrovia do Madeira por instalao porturia de origem e destino - 2010 ... 13

    Tabela 3.2.2. Destinos internacionais do milho exportado por instalaes porturias selecionadas - 2010 ........ 13

    Tabela 3.3.1 Transporte de semi-reboque ba na hidrovia do Madeira por instalao porturia de origem e destino - 2010 ........................................................................................................................................................... 14

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  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira, no sentido jusante, por grupo de mercadoria - 2010 ... 7

    Figura 3.1.1. TUP Hermasa Graneleiro .................................................................................................................. 10

    Figura 3.1.2. Movimentao de soja mensal na hidrovia do Madeira em toneladas 2010 ................................. 10

    Figura 3.1.3. Destinos da soja com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santar - 2010 ....................... 11

    Figura 3.1.4. Comparativo da quantidade de soja transportada (t) na hidrovia do madeira em relao a produo de soja de algumas regies do pas 2010 ............................................................................................................. 12

    Figura 3.2.1. Destinos do milho com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santarm - 2010 .................. 13

    Figura 3.3.1. Transporte de semi-reboque ba na Regio Hidrogrfica do Amazonas .............................................. 14

    Figura 4. Rotas de exportao de soja para Rotterdam a partir de Sorriso-MT ..................................................... 15

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  • SUMRIO

    1- Introduo........................................................................................................................ 62- Transporte de cargas na hidrovia do rio Madeira............................................................. 73- Detalhamento dos principais produtos transportados na hidrovia do Madeira................ 10

    3.1. Soja ............................................................................................................... 103.2. Milho ............................................................................................................. 123.3. Semi-reboque ba ......................................................................................... 14

    4. Consideraes finais .................................................................................................... 15

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  • A HIDROVIA DO RIO MADEIRA

    1. Introduo

    Afluente da margem direita do rio Amazonas, o rio Madeira uma fundamental via de escoamento para os mercados consumidores do exterior da produo de soja do Centro-Oeste, bem como da prpria regio amaznica, e de vital importncia para o desenvolvimento regional devido sua posio estratgica. Constitui-se praticamente como a nica via de transporte para a populao que vive nas cidades s suas margens, excluindo-se as cidades de Humait AM e Porto Velho - RO, que contam com acesso rodovirio.

    O transporte de cargas ocorre tanto no sentido jusante, quando desce o rio, quanto no sentido contrrio. O caminho pela hidrovia do rio Madeira de Porto Velho at Itacoatiara (descendo o rio) leva 70 horas. No sentido oposto, contra a correnteza, so necessrias 130 horas. J o percurso de Porto Velho a Santarm, com uma distncia de 1603 km, o tempo estimado de viagem de 174h 57min para subir o rio e 108h 42 min para descer. Entretanto, o tempo no tem sido um empecilho utilizao da via.

    Fazem parte da hidrovia os rios Madeira, desde Porto Velho RO at sua foz, na confluncia com rio Amazonas, no estado de mesmo nome, e o rio Aripuan, afluente da margem direita daquele.

    Na hidrovia do Madeira esto em operao um porto organizado e seis terminais de uso privativo, todos localizados no municpio de Porto Velho, discriminados no tabela abaixo.

    Tabela 1. Instalaes porturias no rio Madeira

    Fonte: ANTAQ

    A seguir, so apresentadas informaes a respeito do transporte de cargas nesta hidrovia. Os dados so oriundos do Sistema de Desempenho Porturio SDP, da ANTAQ. A mensurao das cargas transportadas seguiram a metodologia utilizada no Anurio Estatstico da Navegao Interior, disponvel em http://www.antaq.gov.br/Portal/Estatisticas_NavInterior.asp.

    6

    Rio Nome da Instalao Porturia

    Rio Madeira

    Porto de Porto VelhoTUP Belmonte

    TUP Ipiranga Base Porto VelhoTUP Passaro

    TUP CaimaTUP Cargill AgrcolaTUP Fogs

  • 2. Transporte de cargas na hidrovia do rio Madeira

    A hidrovia do rio Madeira vem se consolidando como um relevante eixo de ecoamento de cargas, em especial devido ao seu papel de conexo entre as regies Norte e Centro-Oeste a portos de grande porte, por onde as cargas so enviadas a outros pases. Destaca-se a presena de grandes operadores como a Hermasa Navegao da Amaznia S.A. e a Transportes Bertolini Ltda.

    Em 2010, foram transportados pela hidrovia do rio Madeira mais de 4 milhes de toneladas, incluindo tanto as cargas embarcadas nas instalaes porturias de Rondnia, quanto as ali desembarcadas.

    Tabela 2.1. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, por grupo de mercadoria 2010

    * No trecho compreendido entre Porto Velho RO e a foz do rio Madeira, no rio Amazonas (1.017,38 km de extenso)

    Do total de mercadorias transportadas na hidrovia do rio Madeira, 89,9% foram embarcadas em Porto Velho RO e seguiram no sentido jusante, consistindo basicamente de cinco grupos de mercadorias: soja, milho, semi-reboque ba, contineres e acar. Essas mercadorias representaram aproximadamente 99% do total transportado no sentido jusante, em toneladas, conforme tabela.

    7

    GRUPO DE MERCADORIA QUANTIDADE (t) % % ACUMULADA TKU (MILHES) *

    SOJA 2.554.790 63,74% 63,74% 2599,22MILHO 496.822 12,40% 76,13% 505,46SEMI-REBOQUE BA 353.490 8,82% 84,95% 359,64CONTINERES 204.614 5,10% 90,06% 208,17FERTILIZANTES ADUBOS 131.057 3,27% 93,33% 133,34COMBUSTVEIS E LEOS MINERAIS E PRODUTOS 96.941 2,42% 95,75% 98,63PRODUTOS QUMICOS ORGNICOS 48.024 1,20% 96,95% 48,86CAMINHO 46.979 1,17% 98,12% 47,8ACAR 29.138 0,73% 98,84% 29,64CARGAS DIVERSAS 19.739 0,49% 99,34% 20,08VEIC. TERRESTRES PARTES ACESSOR 7.606 0,19% 99,53% 7,74AUTOMOVEIS PASSAGEIROS 4.596 0,11% 99,64% 4,68OBRAS DE PEDRA, GESSO, AMIANTO E MICA 3.360 0,08% 99,73% 3,42ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS, GESSO E CAL 3.333 0,08% 99,81% 3,39FERRO GUSA 2.525 0,06% 99,87% 2,57CIMENTO 2.517 0,06% 99,93% 2,56GORDURA, LEOS ANIMAIS/VEGETAIS 615 0,02% 99,95% 0,63REATORES, CALDEIRAS, MQUINAS 580 0,01% 99,96% 0,59CARNES BOVINAS CONGELADAS 493 0,01% 99,98% 0,5MADEIRA 471 0,01% 99,99% 0,48ARROZ 253 0,01% 99,99% 0,26BEBIDAS, LQUIDOS ALCOLICOS E VINAGRES 180 0,00% 100,00% 0,18LEITE E LATICNIOS, MANTEIGA, OVOS E MEL 42 0,00% 100,00% 0,04CARGA DE APOIO 8 0,00% 100,00% 0,01

    TOTAL 4.008.173 4.078

  • Tabela 2.2. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira no sentido jusante por grupo de mercadoria - 2010

    * No trecho compreendido entre Porto Velho RO e a foz do rio Madeira, no rio Amazonas (1.017,38 km de extenso)

    Figura 2.1. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido jusante por grupo de mercadoria - 2010

    Quando se observa o sentido montante, a quantidade transportada foi de aproximadamente 405 mil toneladas, o que representa pouco mais de 10% do total transportado na hidrovia, revelando baixa incidncia de carga de retorno e grande vocao exportadora no sentido Centro-Norte. Os principais grupos de mercadorias no fluxo para montante so (i) fertilizantes e adubos 32,2%, (ii) combustveis e leos minerais 23,9%, (iii) semi-reboque ba 16,3%, (iv) produtos qumicos orgnicos 11,8% e (v) caminhes 11,6%.

    Tabela 2.3. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido montantepor grupo de mercadoria - 2010

    8

    71%

    14%

    8%5%1%1%0%0%

    SOJA MILHO SEMI-REBOQUE BA CONTINERESACAR CARGAS DIVERSAS VEIC. TERRESTRES

    PARTES ACESSOROBRAS DE PEDRA, GESSO, AMIANTO E MICA

    GRUPO DE MERCADORIA Quantidadet % % acumulada

    SOJA 2.554.790 70,91% 70,91% 2.599,19MILHO 496.822 13,79% 84,70% 505,46SEMI-REBOQUE BA 287.314 7,97% 92,68% 292,31CONTINERES 194.868 5,41% 98,09% 198,25ACAR 29.138 0,81% 98,89% 29,64CARGAS DIVERSAS 19.739 0,55% 99,44% 20,08VEIC. TERRESTRES PARTES ACESSOR 5.541 0,15% 99,60% 5,64OUTROS 14564 0,40% 100,00% 14,82

    TOTAL 3.602.776 100,00% 3.665

    TKU (milhes) *

    Grupo mercadoria Transporte % % acumuladaFertilizantes adubos 131.057 32,3% 32,3%Combustveis e leos minerais e produtos 96.844 23,9% 56,2%Semi-reboque ba 66.176 16,3% 72,5%Produtos qumicos orgnicos 48.024 11,8% 84,4%Caminho 46.979 11,6% 96,0%Contineres 9.746 2,4% 98,4%Cimento 2.517 0,6% 99,0%Outros 4.054 1,0% 100,0%Total 405.397 100,0% 100,0%

  • Praticamente metade do fertilizante vem de Israel e baldeado ou transbordado em terminais no rio Amazonas, no identificados pelo SDP, para embarcaes de menor porte. A outra metade tem origem em Itacoatiara, no TUP Hermasa Graneleiro, o qual no tem registro de desembarque de fertilizantes e adubos de outro tipo de navegao.

    No que se refere ao grupo de mercadoria combustveis e leos minerais e produtos, duas origens foram registradas: TUP Manaus (95.687 t), localizado no municpio de Manuas e TUP Madenorte (1.157 t), localizado em Breves - PA. Este ltimo no apresentou registros de desembarque de combustveis e leos minerais e produtos. J o TUP Manaus desembarcou o referido grupo de mercadoria de pases como Estados Unidos, Holanda, Dinamarca e do prprio Brasil. Aproximadamente 3% dos combustveis e leos minerais e produtos que chegam ao TUP Manaus se destinam a Porto Velho.

    Tabela 2.4. Transporte de combustveis e leos minerais e produtos com destino a TUP Manaus - 2010

    9

    Destino Origem Pas de Origem Navegao Vias Interiores Total de CargasFortaleza - CE BRASIL CABOTAGEM 149.468

    ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 177.698Itaqui - MA BRASIL CABOTAGEM 819.458

    ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 149.207BRASIL CABOTAGEM 71.624ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 180.302

    Porto de Santos - SP BRASIL CABOTAGEM 486.561Porto do Rio de Janeiro - RJ BRASIL CABOTAGEM 423.386

    HOLANDA LONGO CURSO 106.558BRASIL CABOTAGEM 324.224DINAMARCA LONGO CURSO 35.525

    TUP ALMIRANTE SOARES DUTRA - RS BRASIL CABOTAGEM 126.346TUP MADRE DE DEUS - BA BRASIL CABOTAGEM 470.181TUP NORTE CAPIXABA - ES BRASIL CABOTAGEM 60.685

    Total 3.581.2232,67%

    Tup Manaus AMTup Manaus AM HoustonTup Manaus AMTup Manaus AM Lake CharlesTup Manaus AM Paranagua - PRTup Manaus AM PasadenaTup Manaus AMTup Manaus AMTup Manaus AM RotterdamTup Manaus AM Sao Sebastiao - SPTup Manaus AM SkagenTup Manaus AMTup Manaus AMTup Manaus AM

    Transporte de Tup Manaus a Porto Velho / Total desembarcado no Tup Manaus

  • 3. Detalhamento dos principais produtos transportados na hidrovia do Madeira

    3.1 Soja

    Como visto, mais de 3,6 milhes de toneladas de cargas (equivalentes a 3,66 bilhes de TKU) foram transportados a partir de Porto Velho, das quais mais de 2,5 milhes referem-se a soja.

    A soja representou, portanto, 70,9% do total das cargas que seguiram no sentido jusante, transportada por caminho at as instalaes porturias da cidade de Porto Velho, oriundas principalmente da regio norte do Mato Grosso. De Porto Velho, foram registradas duas linhas de transporte aquavirio de soja: (i) Porto Velho RO) Itacoatiara (AM), com mais de 1,8 milhes de toneladas e (i) Porto Velho (RO) Santarm (PA), com aproximadamente 721 mil toneladas.

    Tabela 3.1.1. Transporte de soja na hidrovia do Madeira por instalao porturia de origem e destino - 2010

    Figura 3.1.1. TUP Hermasa Graneleiro

    Os meses de maior quantidade de soja transportada em 2010 foram fevereiro, maro e abril, coincidindo com a poca de cheia do rio. A menor utilizao da referida hidrovia para o transporte de soja no mesmo ano ocorreu nos meses de agosto, setembro e outubro, sendo que em setembro a navegao praticamente foi paralisada devido severa e atpica seca verificada naquele ano.

    Figura 3.1.2. Movimentao de soja mensal na hidrovia do Madeira, em toneladas. 2010

    10

    Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro NovembroDezembro0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    300.000

    350.000

    400.000

    450.000

    Hidrovia madeira Itaquatiara HERMASA Santarm CARGIL

    Linha Distncia Sentido Total de Soja (t)

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 1.833.525 1.949

    Porto Velho (RO) - Santarm (PA) 1.623 1 721.265 1.171

    Milhes de Tku

  • Grande parte desta soja tem como destino principal a Europa. Pases como Itlia, Noruega, Holanda, Rssia, Espanha, Romnia, Litunia, Grcia, Crocia, Dinamarca, Portugal e Gr Bretanha esto entre os destinos destas cargas. Os registros zona internacional referem-se a pases no informados pelas instalaes porturias a ANTAQ.

    Tabela 3.1.2. Destinos internacionais da soja exportada por instalaes porturias selecionadas. 2010

    Figura 3.1.3. Destinos da soja com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santarm. 2010

    A quantidade de soja transportada no rio Madeira altamente relevante em termos nacionais, representando 151% de toda soja produzida no norte do pas, ou 13% do total da produo de soja do Mato Grosso. Se compararmos com a produo nacional de soja de 2010, 3,7% passaram pela hidrovia do rio Madeira.

    11

    Origem Pais de Destino Total de CargasSantarm - PA Zona Internacional 392.696

    Itlia 294.329Noruega 265.039Holanda 206.401Rssia 196.383

    Santarm - PA Gr Bretanha 111.270Santarm - PA Holanda 110.134

    Espanha 107.108Romnia 64.512

    Santarm - PA Portugal 53.410Litunia 50.235Grcia 38.500Crocia 20.842Dinamarca 11.741

    TUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AM

    TUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AM

    TUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AM

    16%

    15%

    14%10%

    6%6%

    33%

    HOLANDA ITLIA NORUEGA RUSSIAGR BRETANHA ESPANHA OUTROS

  • Tabela 3.1.3. Produo de soja por regio em toneladas e relao da produocom o transporte na hidrovia do Madeira. 2010

    Fonte: ANTAQ/CONAB

    Figura 3.1.4. Comparativo da quantidade de soja transportada (t) na hidrovia do Madeira em relao a produo de soja de algumas regies do pas - 2010

    Fonte: ANTAQ/CONAB

    3.2. MilhoAo se observar o transporte do grupo de mercadoria milho, constam trs linhas a partir de Porto Velho: (i) Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM), (ii) Porto Velho (RO) - Belm (PA) e (iii) Porto Velho (RO) - Santarm (PA). A primeira rota foi a mais representativa, transportando mais de 314 mil toneladas de milho e Santarm foi a segunda linha com maior quantidade de milho.

    12

    Regio/UF Produo de Soja (t) 2010 Soja rio Madeira/regioNorte 1.691.700 151,02%RR 3.900 65507,44%RO 384.300 664,79%PA 232.500 1098,83%TO 1.071.000 238,54%NORDESTE 5.309.500 48,12%MA 1.330.600 192,00%PI 868.400 294,20%BA 3.110.500 82,13%CENTRO-OESTE 31.586.700 8,09%MT 18.766.900 13,61%MS 5.307.800 48,13%GO 7.342.600 34,79%DF 169.400 1508,14%SUDESTE 4.457.600 57,31%MG 2.871.500 88,97%SP 1.586.100 161,07%SUL 25.642.700 9,96%PR 14.078.700 18,15%SC 1.345.200 189,92%RS 10.218.800 25,00%NORTE/NORDESTE 7.001.200 36,49%CENTRO-SUL 61.687.000 4,14%BRASIL 68.688.200 3,72%

    Transportada na Hidrovia do Madeira

    Total produzido na regio nordeste

    Total produzido no MT

    Total produzido no MS

    Total produzido no Sul

    Total produzido no Brasil

    0

    10.000.000

    20.000.000

    30.000.000

    40.000.000

    50.000.000

    60.000.000

    70.000.000

  • Tabela 3.2.1. Transporte de milho na hidrovia do Madeira por instalao porturia de origem e destino - 2010

    Desses trs destinos apenas o TUP Hermasa Graneleiro e o Porto de Santarm apresentaram registros de exportao de milho atravs de navegao de longo curso. A Amrica do Sul, a Africa, a Repblica Dominicana e a Europa foram os destinos internacionais do milho partindo desses terminais no ano de 2010.

    Tabela 3.2.2. Destinos internacionais do milho exportado por instalaes porturias selecionadas - 2010

    Figura 3.2.1. Destinos do milho com origem no TUP Hermasa Graneleiroe Porto de Santarm - 2010

    13

    39%

    29%

    14%

    7%7%3%

    COLMBIA MARROCOS ARGLIAREPBLICA DOMINICANA

    VENEZUELA HOLANDA

    Instalao Porturia de Origem Pas de Destino Total de Milho (t)Colmbia 140.435Marrocos 125.832

    Santarm - PA Arglia 33.046Santarm - PA Repblica Dominicana 31.000Santarm - PA Venezuela 29.999Santarm - PA Colmbia 27.849

    Arglia 27.499Holanda 13.654

    Total 429.314

    TUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AM

    TUP Hermasa Graneleiro AMTUP Hermasa Graneleiro AM

    Linha Distncia Sentido Total de Milho (t)

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 314.714 334.471.387 334

    Porto Velho (RO) - Belm (PA) 2.468 1 447 1.103.339 1

    Porto Velho (RO) - Santarm (PA) 1.623 1 181.661 294.873.751 295

    Tku Milhes de Tku

  • 3.3. Semi-reboque baNo que tange ao transporte de semi-reboque ba na hidrovia do Madeira, duas linhas apresentaram registro de transporte: (i) Manaus (AM) Porto Velho (RO), sendo que neste caso o sentido da carga ocorreu de Porto Velho a Manaus, e (i) Porto Velho (RO) Itacoatiara (AM). Praticamente todo transporte foi realizado na primeira linha.

    Tabela 3.3.1. Transporte de semi-reboque ba na hidrovia do Madeira por instalao porturia de origem e destino - 2010

    Figura 3.3.1. Transporte de semi-reboque ba na Regio Hidrogrfica do Amazonas

    4. Consideraes finais

    Conforme exposto, foram transportadas mais de 4 milhes de toneladas de cargas pela hidrovia do rio Madeira em 2010, sendo importante mencionar que este nmero relativo somente navegao interior. A quantidade transportada por esta hidrovia pode ser comparada a hidrovia Paran-Tiet, onde foram transportadas aproximadamente 5,4 milhes de toneladas em 2010, segundo dados da Administrao da Hidrovia do Paran (AHRANA) e do Departamento Hidrovirio da Secretaria de Transportes do Estado de So Paulo (DH-SEST-SP).

    Percebe-se uma ampla predominncia do transporte de gros. A quantidade de soja que passou pela hidrovia em anlise representou quase 4% da produo nacional de soja em 2010 ou 13% da produo do Mato Grosso.

    14

    Linha Distncia Sentido

    Manaus (AM) - Porto Velho (RO) 1.171 2 281.082 329

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 6.232 7

    Total de Semi-reboque ba (t) Milhes de Tku

  • Alm desses pontos, cabe mencionar a contribuio da hidrovia do rio Madeira no comrcio exterior brasileiro pelo prisma logstico. A hidrovia garante uma conexo mais vantajosa da regio Centro-Oeste que concentra a maior produo de gros do pas com o mercado europeu. Por exemplo, segundo Ojima1, tomando-se Sorriso-MT como regio de origem e o porto de Rotterdam (Holanda) como destino, comparando-se a alternativa rodoviria-martima com sada pelo j congestionado porto de Santos-SP, a via rodo-hidroviria-martima passando pelo Madeira com sada por Santarm proporciona reduo de 3,3 mil quilmetros no trajeto percorrido pela soja, equivalendo a economia de US$14,8/tonelada no frete, com alvio no trfego de caminhes e proporcionando reduo nas emisses de CO2, diminuio de acidentes de trnsito e menores danos s rodovias, dentre outros benefcios econmicos, ambientais e sociais.

    Figura 4. Rotas de exportao de soja para Rotterdam a partir de Sorriso-MT

    Sorriso Porto de Santarm - Rotterdam por rodovia e hidrovia do rio Madeira

    Sorriso Porto de Santos Rotterdam por rodovia

    Alm disso, a coincidncia de ocorrncia de maior demanda de movimentao da soja com o perodo de cheia do rio (maro a julho) torna o uso mais intensivo da hidrovia do rio Madeira rumo a Santarm ou Itacoatiara uma opo extremamente interessante aos produtores que visam a exportao ao mercado europeu.

    Logo, entende-se que a hidrovia do rio Madeira ainda tem um grande potencial a ser explorado, haja vista sua localizao estratgica, principalmente para o caso da soja.

    1 OJIMA, Andra Leda Ramos de Oliveira. Informaes Econmicas, SP, v 36, n. 1, jan 2006.

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