Ictericia Neonatal

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Icterícia Neonatal (NANDA 00194) Raquel Ylamas Vasques Domínio 2: Nutrição Classe 4: Metabolismo Cor amarelo-alaranjada da pele e das mucosas do neonato que ocorre após 24hs de vida em conseqüência de bilirrubina não conjugada na circulação.

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Page 1: Ictericia Neonatal

Icterícia Neonatal (NANDA 00194)

Raquel Ylamas Vasques

Domínio 2: Nutrição Classe 4: Metabolismo Cor amarelo-alaranjada da pele e das mucosas do neonato que ocorre após 24hs de vida em conseqüência de bilirrubina não conjugada na circulação.

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Hemácia

Hemoglobina

HEME globina

ferro BILIRRUBINA Não Conjugada

Glicuronato de bilirrubina conjugada

Excretado pelas fezes e diurese na forma de esterco e urobilinogênio

Glicuronil transferase

Albumina

Ação de enzimas bacterianas

FÍGADO

INTESTINO

_________________

_________________

(Kenner, 2001)

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• Manifesta-se 48 a 72 horas após o nascimento

• Pico sérico máximo em torno do 3o. ao 5o. Dia

(12mg/dl)

• Desaparece por volta do 7o. dia

• Maior catabolismo da porção heme e menor tempo de vida média do glóbulo vermelho

• Maior reabsorção intestinal

• Imaturidade hepática

ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

(Harrison, 2002 e Kenner, 2001)

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Aparece dentro das primeiras 24 horas após o nascimento

O nível sérico eleva-se acima de 13 mg/dl nas primeiras 24 horas de vida

Principal causa é a incompatibilidade sangüínea (eritroblastose fetal incompatibilidade ABO ou Rh)

Outras causas podem ser infecções, anormalidades biliares, hepáticas ou metabólicas

ICTERÍCIA PATOLÓGICA

Hiperbilirrubinemia

(Harrison, 2002 e Kenner, 2001)

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Hiperbilirrubinemia

Fatores de risco:

• Prematuridade

• Desconforto respiratório

• Asfixia

• Hipoxemia

• Hipotermia

• Hipoglicemia

• Aumento ácido graxos e drogas (sulfonamidas, salicilatos)

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Diagnóstico

• História perinatal

• Exame físico do recém-nascido

• Exames laboratoriais

• Exame físico (localizar zonas I, II, III, IV e V)

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Kernicterus ou Encefalopatia Bilirrubínica

• Níveis séricos de bilirrubina não-conjugada de aproximadamente 20 mg/dl ou mais

• Fase 1: hipotonia, vômitos, letargia, choro, reflexo de sucção deficiente, reflexo de Moro diminuído

• Fase 2: espasticidade, podendo existir o opistóteno, espasmos musculares

Hiperbilirrubinemia

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• Fase 3: espasticidade diminuí, a esclera aparece acima da íris (sinal do sol poente), convulsões esporádicas

• Fase 4: hemorragias gástricas, pulmonares e no

SNC

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• A termo: BI > ou = a 14mg/dl

• Pré Termo:

• Abaixo de 1250g – fototerapia profilática

• 1250 – 1500g - BI > ou = 8mg/dl

• 1501 – 2000g - BI > ou = 10mg/dl

• 2001 – 2500g - BI > ou = 12mg/dl

• > 2500g referencial do neonato de termo

Valores Referênciais – Hiperbilirrubinemia Não Hemolítica

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FOTOTERAPIA

Desde 1958, seu uso favorece a diminuição dos níveis séricos de bilirrubina indireta.

Bilispot

Biliberço Octofoto

FOTOISOMERIZAÇÃO

Radiômetro

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Espectro ultravioleta

(de 290 a 380 nm) Espectro visível

(de 380 a 770 nm)

Espectro infra-

vermelho

(de 770 a 1000 nm)

Espectro de luz visível (cor branca)

violeta azul verde amarelo laranja vermelho

290

380

400 500

770

1000

Fonte: FANEN.

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LUZ

Isômero geométrico

Eliminação lenta (bile)

Isômero estrutural (lumirrubina)

Eliminação rápida (bile e urina)

Fonte: FANEN.

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Evolução tecnológica...

FOTOTERAPIA:

• 1956 – Reino Unido

Pela enfermeira J. Ward.

• 1958 – Dr. Cremer e Dr. Perryman

Aparelho composto por 08 lâmpadas de 40 watts montadas em uma calha de alumínio côncava.

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FOTOTERAPIA:

1960 – Brasil

Dr. Humberto da Costa Ferreira (FM-USP) usa pela 1ª vez. Sua defesa de Mestrado em 1963 comprova a eficácia das lâmpadas fluorescentes.

1969 – Brasil

Lançada pela Fanem® a Fototerapia 007F, com 04 lâmpadas fluorescentes.

1ª Fototerapia produzida a nível industrial.

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Hiperbilirrubinemia

• Fezes amolecidas

• Exantemas maculosos eritematosos

• Hipertermia

• Desidratação

• Síndrome do lactente bronzeado (bebê bronze)

• Distúrbios eletrolíticos (hipocalcemia)

• Separação mãe-filho

• Efeitos sobre a retina

Complicações: FOTOTERAPIA

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Possíveis Diagnósticos de Enfermagem (NANDA 2009-2011)

Risco de lesão (resultado de condições ambientais interagindo com os recursos adaptativos e defensivos do indivídio)

- Relacionado à metabolismo insuficiente

de bilirrubina.

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Proteção ineficaz (diminuição na capacidade de proteger-se contra ameaças internas ou externas, como doenças ou lesões)

- Caracterizada por BTF alterado,

icterícia. - Relacionado a imaturidade hepática para

metabolizar a bilirrubina, a ausência de enzimas gastrointestinais, ao clampeamento tardio do cordão umbilical.

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Risco de integridade da pele prejudicada (risco da pele ser alterada de forma adversa)

- Relacionado ao uso de adesivos para

fixação do protetor ocular, à incontinência associada à fototerapia.

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Risco de vínculo prejudicado (distúrbio do processo interativo que leva ao desenvolvimento de uma relação recíproca de proteção e cuidado entre pais/pessoa significativa e criança/bebê)

- Relacionado à fototerapia. (separação)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• HARRISON, T. R. et al. Medicina Interna.

15 ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Mc Graw

Hill, 2002.

• KENNER, Carole. Enfermagem neonatal. 2

ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso

Editores, 2001.