Impacto ambiental, analise de riscos
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- 1. Impacto Ambiental Analise de risco Principio de Precauo e Imprevisibilidade Prof. Dra. Adriana Dantas UERGS, Caxias do SUL, RS
2. Conceitos AVALIAO DOS RISCOS (risk assessment) um processo de base cientfica que consiste em quatro etapas: identificao do perigo; caracterizao do perigo; avaliao da exposio; caracterizao do risco. 3. GESTO ou MANEJO DE RISCOS um processo de ponderao de alternativas a luz dos resultados da anlise de riscos e se requerido, seleo e implementao de controles (opes) associados, incluindo medidas regulatrias. 4. COMUNICAO DOS RISCOS Consiste no intercmbio interativo, durante todo o processo de anlise dos riscos, de informaes e pareceres relativos a perigos e riscos, fatores relacionados com riscos e percepo do risco, entre avaliadores e gestores dos riscos, consumidores, empresas do setor de biotecnologia, comunidade universitria e outros interessados diretos e indiretos, incluindo a explicao de resultados de avaliaes dos riscos e a base das decises de gesto dos riscos. 5. RISCO X PERIGO RISCO uma medida dos efeitos de uma ocorrncia em termos de sua probabilidade e da magnitude de suas consequncias. PERIGO entende-se a propriedade de uma substncia ou processo que cause dano sade e ao meio ambiente 6. a avaliao sistemtica de riscos associados com as ameaas sade humana e a segurana ambiental, decorrentes das atividades capazes de causar impactos, contnuos ou acidentais, no meio ambiente. PROCEDIMENTOS Identificao dos perigos Estimao da magnitude dos mesmos Estimao da frequncia de sua ocorrncia Avaliao dos riscos ANLISE DE RISCO AMBIENTAL 7. METODOLOGIA EMPREGADA PARA CONHECER: Como a informao obtida sistematicamente? Como sua incerteza determinada? Como eventos potenciais futuros e seus impactos so explorados de maneira objetiva e reproduzvel? Como a probabilidade destes eventos est demonstrada clara e compreensivelmente? (Gliddon, C., University of Wales, 1999) http://www.publications.parliament.uk/pa/ld199899/ldselect/ldeu com/11/11we22.htm ANLISE DE RISCO AMBIENTAL 8. RISCO a medida dos efeitos (injrias, ambientais, econmicos) de uma ocorrncia em termos de probabilidade e da magnitude de suas conseqncias. POTENCIALMENTE PERIGOSO a propriedade de uma substncia ou processo que causa dano (injria ou perda). DANO a manifestao de uma substncia ou processo perigoso. MANEJO DE RISCOS um processo de ponderao de alternativas a luz dos resultados da anlise de riscos e se requerido, seleo e implementao de controles (opes) associados, incluindo medidas regulatrias. ANLISE DE RISCO AMBIENTAL 9. CONCEITOS BSICOS DE GERENCIAMENTO DE RISCO Conforme apresentado em livro do Center for Chemical Process Safety (CCPS) do American Institute of Chemical Engineers, Gerenciamento de Riscos pode ser definido como: Aplicao sistemtica de polticas de gesto, procedimentos e prticas de anlises, avaliao e controle dos riscos, com o objetivo de proteger os funcionrios, o pblico em geral, o meio ambiente e as instalaes, evitando a interrupo do processo De uma maneira geral, o gerenciamento de riscos pode ser entendido como um processo, cujos passos bsicos so: 1. Identificao dos perigos; 2. Anlise dos riscos; 3. Implementao de um plano de controle/reduo dos riscos; 4. Monitorao do plano 5. Reavaliao peridica do plano 10. Passos Bsicos Conforme indicado no quadro acima, os dois primeiros passos constituem a fase de anlise do gerenciamento dos riscos: Primeiramente, busca-se identificar todos os perigos (ou seja, as fontes de risco). O segundo passo consiste na avaliao dos riscos decorrentes dos perigos identificados. Este passo essencial para se poder traar um plano de controle/reduo de riscos que seja otimizado, ou seja, que aloque os recursos existentes de acordo com o nvel de risco de cada perigo. 11. Os trs passos seguintes: A implementao A monitorao A reavaliao peridica do plano de controle/reduo de risco Fase de gerenciamento propriamente dita. 12. Gerenciamento de Risco: um processo de deciso no qual escolhas podem ser feitas dentre um conjunto de alternativas capazes de atingir a um resultado requerido Os resultados requeridos de um Programa de Gerenciamento de Risco: Exigncias regulatrias (legislao) Normas ambientais internacionais ou Normas ou procedimentos da prpria empresa Em ltima instncia, os seus resultados devem sempre resultar na reduo dos riscos para nveis tolerveis ou aceitveis dentro das restries impostas pelos recursos disponveis. 13. RISCO PARA PESSOAS E MEDIDAS DE PROTEO Uma das formas de classificao de riscos reside na sua diferenciao quanto ao tipo de recurso vulnervel que objeto do dano causado pelo acidente. Os riscos podem ser: Para pessoas, para o meio ambiente e para o patrimnio da empresa ou da sociedade. No que se refere aos riscos para pessoas, existe ainda uma forma de classificao baseada no tipo de conseqncia avaliada. As consequncias podem ser: fatalidades, ferimentos, doenas e defeitos genticos. As fatalidades podem ser imediatas (na mesma poca da ocorrncia do acidente) ou retardadas (alguns ou vrios anos aps o acidente). Os ferimentos podem tambm ser classificados em temporrios ou permanentes e as doenas podem ser agudas ou crnicas. O risco de defeito gentico causado pelos efeitos do acidente refere-se possibilidade de ocorrncia mutaes indesejadas em indivduos descendentes daqueles que sofreram os efeitos causados pelo acidente. De um modo geral, nas anlises quantitativas de risco realizadas para instalaes que lidam com produtos perigosos, avalia-se apenas os riscos de fatalidades imediatas, como indicador dos riscos das instalaes analisadas. De um modo geral, esse indicador suficiente para se obter uma clara diferenciao das instalaes de alto risco das de baixo risco. 14. Riscos para Pessoas De um modo geral, avalia-se apenas o risco de fatalidade imediata No setor nuclear, avalia-se tambm os riscos de fatalidade retardada e de defeito gentico 15. RISCOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE PROTEO A Resoluo CONAMA-001 indica que o diagnstico ambiental da rea de influncia do projeto de um empreendimento deve abranger: a) o meio fsico - o subsolo, as guas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptides do solo, os corpos d'gua, o regime hidrolgico, as correntes marinhas, as correntes atmosfricas; b) o meio biolgico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espcies indicadoras da qualidade ambiental, de valor cientfico e econmico, raras e ameaadas de extino e as reas de preservao permanente; c) o meio socioeconmico - o uso e ocupao do solo, os usos da gua, destacando os stios e monumentos arqueolgicos, histricos e culturais da comunidade, as relaes de dependncia entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilizao futura desses recursos. 16. Resoluo CONAMA-001 17. Principais riscos para cada um dos recursos vulnerveis Meio Fsico Contaminao do solo Contaminao de guas Contaminao atmosfrica Alteraes climticas Meio Biolgico e Ecossistemas Naturais Danos flora e fauna Meio Socioeconmico Destruio de stios/monumentos arqueolgicos Interrupo da atividade produtiva Comprometimento futuro de meios produtivos 18. Principais medidas de proteo Distanciamento fsico entre o agente do perigo e o recurso vulnervel. Zoneamento urbano e o planejamento ambiental. Outra medida importante a busca por projetos intrinsecamente seguros (por exemplo, pela eliminao/substituio de substncias poluidoras por outras menos poluentes. Tambm a implementao de PGRs fundamental para a reduo do nmero de acidentes. 19. Resoluo 237/1997 do Conama Dispe sobre a reviso e complementao dos procedimentos e critrios utilizados para o licenciamento ambiental, em particular o seu Artigo 1: Art. 1 - Para efeito desta Resoluo so adotadas as seguintes definies: III - Estudos Ambientais: so todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados localizao, instalao, operao e ampliao de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsdio para a anlise da licena requerida, tais como: relatrio ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatrio ambiental preliminar, diagnstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperao de rea degradada e anlise preliminar de risco. 20. CONCEITO DE IMPACTO AMBIENTAL Artigo 1 da Resoluo CONAMA-001: Para efeito desta Resoluo, considera-se impacto ambiental qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a sade, a segurana e o bem-estar da populao; II - as atividades sociais e econmicas; III - a biota; IV - as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais 21. Estudos de Impacto ambiental O risco imposto populao ou ao meio ambiente devido aos acidentes que podem vir a ocorrer durante a operao de um dado empreendimento industrial pode ser considerado como uma forma de impacto ambiental. Os trabalhos de EIA-RIMA caracteriza os impactos ambientais como aqueles decorrentes das alteraes ambientais causadas durante a fase de construo ou pelas operaes normais do empreendimento (emisso de efluentes, alteraes das condies sociais, etc). Estudos de EIA-RIMA incluem tambm alguma forma de identificao dos perigos de acidentes e de avaliao dos riscos associados, para os casos de empreendimentos que lidam com substncias perigosas ou que de alguma forma podem trazer riscos de acidentes maiores para as populaes situadas na sua rea de influncia (neste ltimo caso, estariam as barragens, por exemplo). 22. RELAO ENTRE EIA-RIMA, EAR E PGR Com a incluso da exigncia de realizao de anlises de riscos para os empreendimentos considerados perigosos, alguns rgos de controle ambiental passaram tambm a exigir a apresentao de um Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) como forma de controle e monitorao dos riscos avaliados. Como requisito adicional, tem sido solicitado a realizao de um Plano de Ao de Emergncia, o qual tem que ser feito a partir dos resultados da anlise de riscos. Os requisitos de EIA-RIMA e Anlise de Risco devem ser satisfeitos para a concesso da Licena Prvia (LP), ou seja, devem ser realizados ainda na fase de projeto conceitual e estudos de viabilidade. Por sua vez, os requisitos de PGR e PAE(Plano de Ao de Emergncia) devem ser satisfeitos para a concesso da Licena de Operao (LO) e, portanto, devem ser realizados durante as fases de projeto executivo e construo/montagem. 23. COMENTRIOS Os riscos para as pessoas e para o meio ambiente so um dos aspectos a serem considerados na avaliao ambiental do projeto de um novo empreendimento. Quando uma anlise de risco realizada durante a fase de projeto, Medidas de reduo de riscos podem ser tomadas ainda na fase de projeto, que , sem dvida a melhor poca para se fazer isso, pois as instalaes ainda so virtuais, de forma que modificaes podem ser feitas com recursos bem menores que aqueles necessrios aps a montagem das instalaes. O enquadramento dos riscos em critrios de aceitabilidade deve ser feito durante a fase de projeto, de forma que as instalaes j sejam construdas de acordo com o nvel de segurana embutidos nos critrios de aceitabilidade de riscos. O gerenciamento dos riscos um processo contnuo e constante: Pode apenas ser iniciado na fase de projeto, tendo que ser monitorado e avaliado continuamente ao longo da vida operacional Assim, difcil falar-se de Programa de Gerenciamento de Riscos para um dado projeto. Na realidade, a operadora proprietria do projeto (ou seja, que vai operar a futura instalao) que deve ter um Sistema de Gerenciamento de Risco formal, estruturado, monitorado e avaliado periodicamente, o qual ser, assim, naturalmente adotado em todas as fases da vida da instalao. 24. PRINCPIOS da PRECAUO visa proteger a vida; ter cuidado e estar ciente; associao respeitosa e funcional do homem com a natureza. A ausncia de certeza cientfica no motivo para a no tomada de deciso, em favor da vida. 25. O Princpio de Precauo e os Transgnicos: uma abordagem cientfica do risco Organismos geneticamente modificados (OGMs ou transgnicos) so produzidos atravs da transferncia de genes de um organismo (geralmente uma espcie no relacionada) para outro. O transgnico pode, por exemplo, ser uma planta alimentcia, um animal que fornece carne ou um micro-organismo que degrada resduos txicos. Esse organismo geneticamente modificado pode ser liberado no meio ambiente, onde pode crescer e se multiplicar. Os seus genes exgenos podem ser transferidos para uma espcie selvagem relacionada ou este organismo transgnico pode ter um comportamento imprevisvel, ficando fora de controle e causando estragos ao ecossistema. Esses efeitos podem ser irreversveis. 26. Quando e como usar ou no um transgnico? Quando produzir ou no um transgnico? Nosso conhecimento de como e quando o dano pode surgir limitado e surpresas desagradveis podem acontecer. Abordagem aplicar o Princpio de Precauo. Este Princpio o resultado de anos de experincia com produtos qumicos e outras formas de poluio e foi desenvolvido com a inteno de evitar que danos desconhecidos hoje surjam no futuro 27. Transgenia Nossa capacidade de predizer os impactos ecolgicos de espcies introduzidas, incluindo OGMs, imprecisa Dados empregados para avaliar impactos ecolgicos potenciais apresentam limitaes. Incapacidade de predizer com exatido as conseqncias ecolgicas, especialmente no longo prazo. Aumento da incerteza associada avaliao de riscos, exigindo modificaes nas estratgias de manejo destes riscos. 28. Princpio de Precauo Pretende ser uma regra geral em situaes onde existam ameaas srias e irreversveis sade e ao meio ambiente e requeiram uma ao para evitar tais ameaas, mesmo que ainda no exista prova definitiva de dano. Este Princpio no permite que a ausncia de certeza cientfica seja usada para atrasar uma ao preventiva. 29. Principio da Precauo Desde PCBs at buraco na camada de oznio e doena da vaca louca, a avaliao convencional de riscos falhou. As lies do esperar muito tempo por provas antes de agir tm demonstrado que uma rigorosa abordagem de precauo nestes casos foi atrasada por muito tempo. No entanto, o Princpio de Precauo muitas vezes criticado como sendo no cientfico e por engessar o progresso. Este resumo explica porque a precauo to vital em relao aos transgnicos, uma vez que demanda uma avaliao cientfica mais rigorosa e traz mais democracia s decises sobre a aceitao ou no de riscos. Mostra tambm porque o Princpio de Precauo no representa uma barreira ao progresso. A abordagem da precauo muito melhor que considerar os benefcios para a indstria como prioritrios. O Princpio d uma voz para o meio ambiente por meio dos indivduos e das comunidade que sero afetadas se algo errado acontecer. 30. Situao Estado do conhecimento Exemplos de ao Risco Impactos conhecidos; Probabilidades conhecidas. Ex: Bifenilos policlorados (PCBs) imitam os hormnios em animais Preveno: ao tomada para reduzir riscos conhecidos. Ex: eliminar exposio de fmeas durante a gravidez. Incerteza e Precauo Gee, 2001 31. Bifenilos policlorados (PCB) e o diclorodifenil tricloroetano (DDT) So compostos orgnicos persistentes (POP) que se podem bioacumular e produzir efeitos nocivos nos ecossistemas. Os POP so compostos qumicos que permanecem inalterados no ambiente durante longos perodos de tempo, Grande disperso geogrfica, acumulam-se nos tecidos gordos dos animais e so txicos para os humanos e vida selvagem. So transportados por todo o planeta e podem causar danos onde quer que se encontrem, em particular nos ambientes marinhos. 32. Situao Estado do conhecimento Exemplos de ao Incerteza Impactos conhecidos; Probabilidades desconhecidas. Ex: Antibiticos na alimentao animal e resistncia a antibiticos Preveno precaucionria: ao tomada para reduzir riscos potenciais. Ex: reduzir ou eliminar exposio a antibiticos na alimentao animal Incerteza e Precauo Gee, 2001 33. Situao Estado do conhecimento Exemplos de ao Ignorncia Impactos desconhecidos; Probabilidades desconhecidas. Ex: As surpresas com os Clorofluorcarbonos (CFCs) e a camada de oznio antes de 1974. Precauo: ao tomada para antecipar, identificar e reduzir os impactos das surpresas. Ex: Uso de propriedades dos qumicos tais como persistncia e bioacumulao como indicadores de danos potenciais; Uso de fontes amplas de informaes; Promoo de tecnologias robustas, distintas e adaptveis e arranjos sociais para atender as necessidades, com pouco monoplio. Incerteza e Precauo Gee, 2001 34. Transgnicos: seu potencial de causar dano grave e irreversvel Quando organismos so geneticamente modificados, um pacote de genes introduzido, incluindo um gene (promotor) para ativar o gene de interesse (que faz uma planta produzir um inseticida ou ser tolerante a um herbicida, por exemplo) e o gene da sequencia terminal. Um gene marcador tambm includo porque o processo engenharia gentica muito ineficiente e somente uma pequena poro de clulas incorporam o DNA exgeno. Portanto, um gene que gera uma mudana identificvel, como resistncia a antibiticos ou fluorescncia, tambm includo. Todos esses genes podem vir de qualquer espcie. Genes bacterianos e virais so comumente usados. 35. soja RR Planta de soja transgnica resistente ao Roundup, herbicida base de glifosato, contm material gentico de pelo menos quatro diferentes organismos: promotor do vrus do mosaico da couve-flor (CaMV), peptdeo sinal da petnia (CTP4), gene EPSPS da Agrobacterium CP4 sequncia 3 (NOS) da Agrobacterium tumefasciens 36. Roundup Ready de soja At o final de 1990, era evidente que tecnologia de DNA recombinante tinha avanado ao ponto onde era possvel considerar a produo de culturas geneticamente modificadas. Um dos primeiros alvos foi a criao de plantas que eram resistentes ao herbicida glifosato ou Roundup [Roundup Ready] Surpreendentemente, apesar da extensa pulverizao com Roundup , no h espcies de plantas resistentes haviam sido detectados. Uma vez que o alvo de glifosato, EPSP sintase, tambm est presente nas bactrias, a busca de bactrias resistentes foi realizada. A ideia a de que, se uma enzima resistente ao glifosato a partir de bactrias podem ser transferidos para as plantas que pode tornar as plantas resistentes ao herbicida. Roundup Ready , tais plantas transgnicas ser uma enorme vantagem para os agricultores desde a safra de, digamos soja Roundup Ready , pode ser pulverizado com Roundup para matar todas as ervas daninhas sem afetar a cultura. 37. A estirpe de Agrobacterium sp C4 uma espcie de bactrias que se verificou crescimento na coluna de resduos alimentados a uma fbrica que fez o glifosato. A enzima EPSP sintase a partir desta bactria (C4 EPSP sintase) foi quase completamente insensvel ao glifosato. O C4 gene EPSP bacteriana foi clonado e inserido num vector bacteriano de planta de modo a preparar- se para a clonagem em plantas. Os detalhes de um dos vectores de clonagem C4 Monsanto EPSP so mostradas na primeira patente depositado em 13 de Setembro de 1994, [Patente dos EUA 05633435]. Roundup Ready de soja foi a planta primeira safra produzida pela Monsanto. Hoje, 90% da safra de soja nos EUA consiste em plantas Roundup Ready . Voc no pode comprar produtos de soja que no vm de plantas geneticamente modificadas. Dois teros do algodo e um quarto da safra de milho so plantas Roundup Ready . H alguma resistncia crescente Roundup Ready trigo. 38. Trata-se de um vector plasmdeo bacteriano modifed concebido para ser propagado em E. coli (para clonagem e construo) e de Agrobacterium tumefaciens para a transformao de plantas Ori-322 uma origem de replicao do plasmdeo pBR322. utilizado em E. coli para replicar o plasmdeo. Ori-V uma origem de RK2 plasmdeo, um plasmdeo que pode propagar em uma ampla variedade de bactrias gram-negativas, incluindo a Agrobacterium tumefaciens. Rop um pequeno gene que codifica uma protena requried para manter o nmero de cpias do plasmdeo em bactrias. Existem dois marcadores seleccionveis. SPC / STR codifica uma protena que confere espectinomicina / resistncia a estreptomicina. O gene obtido a partir de transposon Tn7. AAC (3)-III codifica gentamicina-3-N-acetil-transferase bacteriano tipo III permitindo a seleco para resistncia a gentamicina em plantas. A AAC bacteriana (3)-III gene tem que ser modificado de modo a permitir a expresso em clulas vegetais effient. Um promotor de planta (P-35S) inserido na extremidade 5 '. Este promotor o promotor 35S do vrus do mosaico da couve-flor (CaMV). A extremidade 3 'do gene modificado atravs da insero do stio de poliadenilao (NOS 3') a partir do gene da nopalina sintase da induo de tumores (Ti) de Agrobacterium tumefaciens plasmdeo. 39. O vai-vem plasmdico foi construdo em E. coli, em seguida, purificada de DNA de plasmdeo foi usado para transformar Agrobacterium tumefaciens. Esta bactria infecta as plantas e injecta o DNA a partir de um plasmdeo Ti-como em clulas de plantas onde se insere o ncleo e torna-se incorporado nas chromsomes plantas. Sob circunstncias normais, de Agrobacterium tumefaciens causa tumores biliares em plantas, mas, neste caso, o ADN transferido recombinat e tumores no so formadas. A transformao mediada por cortar o plasmdeo na borda direita para produzir uma molcula de DNA linear. Defeituosos plasmdeos Ti na clula bacteriana so necessrios para promover a transferncia do DNA recombinante. A caracterstica interessante desta transformao a de que ela mediada pelas bactrias. Tudo que voc precisa fazer expor as clulas vegetais para as bactrias sob as condies certas e seu gene de interesse vai acabar em um chromsome planta. O processo completo comea com o isolamento de pequenos pedaos de tecido da planta. Elas so cultivadas em placas de nutrientes, antes de ser exposto s bactrias carying o DNA plasmdeo recombinante. As clulas transformadas vai comear a crescer e podem, eventualmente, ser isolados e transferidos para um lquido, que promove o crescimento de rebentos. Depois de algumas semanas, voc acaba com uma fbrica inteira portador do DNA recombinante. Esta planta , ento, propagadas para produzir milhares de plantas geneticamente modificadas e sementes. 40. Mudana na estrutura e menor diversidade na comunidade bacteriana na rizosfera Canola RRMicroorganismos de solo Diferenas transientes na microbiota do solo Batata GNAMicroorganismos de solo Sem efeito no peso da pupa, fecundidade ou longevidade das prognies Afdios colonizados em batata BtJoaninha (Hippodamia convergens) Efeito negativo na fecundidade, viabilidade de ovos e longevidade dos adultos Afdios colonizados em batata GNA (Galanthus nivalis agglutin) Joaninha (Adalia bipunctata) Bt 62% mortalidade x 37%Presa (S. littoralis e O. nubilalis) alimentada com milho Bt Green lacewing (Crysoperla carnea) Sem efeito no nmero de ovos, tamanho da fmea ou tempo de desenvolvimento Presa (Lacanobia oleracea) alimentada com GNA (de batata) Eulophus phenicornis Sem diferenas na mortalidade. Alta dose de plen 20% de sobrevivncia Plen de milho BtBorboleta (Papilio polyxenes)* Bt 20% de mortalidade x 0-3% Bt 56% sobrevivncia x 100%Plen de milho BtBorboleta monarca (Danaus lexippus) Efeito observadoFonte da toxinaEspcie / Tipo de estudo 41. Evoluo da frequncia de um alelo de resistncia (p) quando recessivo (h=1), dominante (h=0) ou quando existe co-dominncia. (h=1/2). ara esta simulao, o indivduo deve estar sob presso de seleo e o coeficiente de seleo deve ser igual a 1, ou seja, no caso de insetos susceptveis, eles morrem aps se alimentarem de tecidos de uma planta que contm a toxina de Bt por exemplo. Para aquelas pragas cujos genes de resistncia s toxinas so recessivos, o aumento da frequncia ocorrer lentamente. O contrrio ocorrer com aquelas pragas que carregam genes dominantes para a resistncia. 42. Efeitos diretos e indiretos de variedades transgnicas (OGMs) e as interaes complexas que fazem parte da avaliao de risco ambiental. 43. MUDANA NO FENTIPO DA PLANTA QUAIS OS TIPOS DE RISCOS ? PRODUTO GNICO EFEITOS EM PATGENOS TRANSFERNCIA DE GENES ESTABILIDADE DOS TRANSGENES PARA MICRORGANISMOS PARA PLANTAS PARA ANIMAIS INTERFERNCIA ENTRE TRANSGENES HERANA DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO TECIDO ESPECFICO MODIFICAO DO SISTEMA REPRODUTIVO ALTERAO DE MODELO TRANS- ENCAPSULAO EFEITO AMBIENTAL ORGANISMO ALVO ORGANISMOS NO ALVO DEPSITOS QUMICOS SELEO PARA RESISTNCIA ALERGIAS AVES SIMBIONTES INSETOS PERSISTNCIA INVASO AUTO- FECUNDAO FECUNDAO CRUZADA MACHO ESTERILIDADE SEMENTES, REPRODUAO, TOLERANCIA A: HERBICIDAS, STRESS, INSETOS, outros. 44. Efeitos pleiotrpicos Significa que um gene pode ser responsvel pelo desenvolvimento inesperado de vrias caractersticas ao invs de uma s. 1/3 de todas as linhas vegetais transgnicas com efeitos pleiotrpicos (CALAGENE Inc., 1990); Arabidopsis thaliana - Algumas plantas resistentes a herbicidas mostraram uma tendncia aumentada para a polinizao cruzada (BERGELSON et al., 1996); Soja Roundup Ready - Se suspeita de um aumento de 20% na produo de lignina (GERTZ et al., 1999; COGHLAN, 1999); Canola de alto contedo de estearato e laurato - Elevado nvel de dormncia da semente (LINDER, 1998); 45. Petnia No campo as flores exibiram vrios efeitos no desejados, principalmente as flores brancas ou moteadas ao invs de salmo como se esperava e observado em casa de vegetao. Alm disso, as plantas tinham mais folhas e brotos e a fertilidade reduzida (MEYER et al., 1992); Algodo Roundup Ready Em 1997 o algodo que foi cultivado comercialmente no estado de Mississippi, apresentou deformao e queda capsular (HAGEDORN, 1997); Alamo - Uma florao mais precoce, provavelmente devido aos altos nveis de fito-hormnios (FLADUNG et al., 1997, 1999); Salmo de crescimento rpido - Uma severa deformao da cabea e outras partes do corpo (DUNHAM, 1999; PANDIAN et al., 1999). Efeitos pleiotrpicos 46. Deliberao sobre a liberao de OGMs no ambiente em 14/02/2001 Genes marcadores - eliminao dos genes de resistncia a antibiticos: at final de 2004 para fins comerciais; at 2008 para fins de pesquisa; Responsabilidade ambiental Legislao sobre responsabilidade ambiental ainda em 2001, cobrindo danos resultantes de OGMs; Efeitos interativos de longo prazo entre o ambiente e os OGMs devem ser levados em conta na anlise de risco antes da liberao; Experimentos devem ser registrados e detalhes dos mesmos tornados pblicos; Parlamento Europeu 47. Exceo para aos frmacos; Rotulagem e rastreabilidade Regras gerais para OGMs; Comisso vai propor regras sobre legislao da rastreabilidade e rotulagem de OGMs e derivados; monitoramento obrigatrio aps o OGM ir para o comrcio; consulta obrigatria a Comits Cientficos relevantes; consulta pblica obrigatria em relao s liberaes experimentais e comerciais; aplicao do princpio da precauo na implementao da Diretiva; oportunidade para consultar Comits de tica sobre assuntos de natureza geral. Parlamento Europeu 48. O VALOR DA BIODIVERSIDADE US$ 33 trilhes: valor anual dos servios prestados pelos sistemas ecolgicos e o estoque do capital natural que os gera. PIB mundial: US$ 18 trilhes METODOLOGIA: Diviso dos habitats em 16 biomas, incluindo oceanos. Estimativa do valor mdio/ha de 17 diferentes servios Regulao da composio da atmosfera e do clima; Produo de alimentos e matrias primas; Absoro e reciclagem de resduos; Suprimento de gua e ciclo de nutrientes; Polinizao e controle biolgico; Recursos genticos Recreao e cultura US$ 14.785/ha/ano: pntanos e superfcies de inundao. Floresta tropical: US$ 2.007/ha/ano. 49. Lagarta da borboleta monarca em folha com plen de milho transgnico 50. Evoluo da frequncia de um alelo de resistncia (p) quando recessivo (h=1), dominante (h=0) ou quando existe co-dominncia. (h=1/2). Para esta simulao, o indivduo deve estar sob presso de seleo e o coeficiente de seleo deve ser igual a 1, ou seja, no caso de insetos susceptveis, eles morrem aps se alimentarem de tecidos de uma planta que contm a toxina de Bt por exemplo. Para aquelas pragas cujos genes de resistncia s toxinas so recessivos, o aumento da frequncia ocorrer lentamente. O contrrio ocorrer com aquelas pragas que carregam genes dominantes para a resistncia. Evoluo da resistncia nos insetos 51. Alta incidncia de fusarium em razes de soja RR Soja RR que recebeu glifosate nas doses recomendadas apresentou maior incidncia de fusarium nas razes uma semana aps a aplicao comparativamente a soja que no recebeu glifosate. Perodo: 1997-2000 Pesquisadores da University of Missouri (MU), Columbia. Fusarium : - Causa a sndrome SDS (sndrome da morte repentina) - Diversos tipos de fungos - Uso do glifosate em trigo e feijo resultou em aumento de fusarium. Glyphosate beneficia fungos de solo 52. Efeitos na Sade Mutagnico Reproduo Coelhos e ratos diminuio de esperma Mulheres nascimentos prematuros Irritao na pele e olhos Efeitos no ambiente Persistncia no solo (at 3 anos) (EPA: extremamente persistente) Persistncia na gua (at 60 dias) Efeitos nocivos em peixes, insetos benficos, minhocas Diminuio do nmero de ndulos (trevo) (Cox, C. Glyphosate. J. of Pesticide Reform, 18(3):3-16, 1998) ROUNDUP (GLIFOSATE) 53. A enzima recombinase tem o potencial de misturar genomas! A recombinase Cre catalisa a recombinao entre dois stios lox, retirando qualquer pedao de DNA entre ambos (fago P1) Altos nveis de expresso de Cre nas espermtides de ratos transgnicos levam a 100% de esterilidade em machos mesmo na ausncia dos stios lox. A esterilidade causada pela quebra e reunio de DNA em stios inapropriados. Embries fertilizados por estes espermas no passam do estgio de 4 clulas. Recombinaes ilegtimas em clulas somticas esto ligadas a leucemia em humanos! A Recombinase do Terminator Mistura Genomas 54. i) exitem 4 espcies selvagens do gnero Gossipium nativas e muitas variedades locais; ii) este germoplasma est concentrado em reas de pequenos produtores em 4 dos 5 biomas (Amazonia, Mata Atlntica, Caatinga e Pantanal, duvidas sobre o cerrado); iii) as variedades comerciais se cruzam com as espcies nativas e produzem descendentes frteis; iv) inexistncia de dados sobre fluxo gnico em algodo em condies tropicais onde as espcies nativas ocorrem. ALGODO Paulo Kageyama, 2002 55. FLUXO GNICO Fluxo gnico a disperso ativa ou passiva de genes via sementes, plen ou partes clonais de uma planta dentro do meio ambiente. Efeitos dos transgenes no valor adaptativo das espcies afins; Efeitos na dinmica de populaes; Efeitos indiretos na comunidade (ecossistema); Efeitos na diversidade gentica de espcies afins. 56. FLUXO GNICO Cultura do arroz Habitats marginais Ecossistemas nativos 57. FLUXO GNICO Trangenes em diversas espcies; 0,17% do plen a 3 km Canola Teosinte com genes de hibridos e transgenes; ??? Km 0,5% do plen a 500 m Milho Valor adaptativo igual (biomassa, viabilidade do plen, n de sementes); Sorgo Valor adaptativo igual; Persistncia dos hbridos; 7 kmMoranguinho Trangenes em diversas espcies; 0,17% do plen a 3 km Canola Teosinte com genes de hibridos e transgenes; ??? Km 0,5% do plen a 500 m Milho Valor adaptativo igual (biomassa, viabilidade do plen, n de sementes); Sorgo Valor adaptativo igual; Persistncia dos hbridos; 7 kmMoranguinho Valor adaptativo com o n de RC; Persistncia dos hbridos com Aegilops cylindrica. -Trigo Persistncia dos hbridos; Brasil: 4 espcies afins; 1,6 km (USA) Algodo Valor adaptativo com o n de RC; Persistncia dos hbridos com Aegilops cylindrica. -Trigo Persistncia dos hbridos; Brasil: 4 espcies afins; 1,6 km (USA) Algodo 58. Girassol Bt Valor adaptativo menor ou igual; Persistncia (e do n de sementes) dos hbridos; Beterraba 2 % Trangenes em diversas espcies afins; Arroz 54% (30% a 100%) Valor adaptativo menor/igual; Persistncia dos hbridos; Gramneas Varivel Agrostis spp Lolium spp Lolium x Festuca FLUXO GNICO 59. Resistncia a herbicidas 258 populaes de plantas de 156 espcies; 94 dicotiledneas e 62 monocotiledneas; 18 grupos de herbicidas; 4 ao Glifosate. Holt, 2002 60. Comparao dos valores adaptativos a) tipo silvestre >>> F1 (Abbora transgnica x tipo silvestre) b) tipo silvestre == RC1 e RC2 (RC1 = tipo silvestre x F1; RC2=tipo silvestre x RC1) c) F1