Investimento no futuro do cooperativismo - SESCOOP-GO · Um dos nossos motivos de grande orgulho em...

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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GO Ano 2 - nº 10 novembro/dezembro-2015 GOIANIDADE | Congada de Catalão é referência cultural no País Investimento no futuro do cooperativismo Sistema OCB/SESCOOP-GO abre três turmas de MBA em Gestão Empresarial, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Iniciativa atende às demandas do setor e à necessidade de oferecer educação de qualidade, com foco no cooperativismo. Curso tem participação de representantes de 36 cooperativas goianas

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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GOAno 2 - nº 10 novembro/dezembro-2015

GOIANIDADE | Congada de Catalão é referência cultural no País

Investimento no futuro docooperativismo

Sistema OCB/SESCOOP-GO abre três turmas de MBA em Gestão Empresarial, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Iniciativa atende às demandas do setor e ànecessidade de oferecer educação de qualidade, com foco no cooperativismo. Curso tem

participação de representantes de 36 cooperativas goianas

Boletim Goiás Cooperativo

O Boletim On-line do SistemaOCB/SESCOOP-GO mudou para melhor!

Agora ele se chama Boletim Goiás Cooperativo e passa a circular com um resumo semanal das novidades do cooperativismo.Com um visual moderno e atraente, o informativo digital traz também novas colunas e links para as redessociais e o portal da Casa do Cooperativismo em Goiás.

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acontece no cooperativismo emGoiás e no Brasil.

O programa de rádio Voz Cooperativa a um clique

Opção deler a notícia na íntegra no Portal do Sistema

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GOIÁS COOPERATIVO

Chegamos ao fim de 2015 com sentimento de gratidão. Oano foi de dificuldades. Vimos uma crise se instalar em nossoPaís e ao redor do mundo e, como não poderia ser diferente,também impactou no setor cooperativista. Esse impacto, noentanto, não chegou aos mesmos níveis de outros setoresprodutivos, que viram, em muitos momentos, suas atividadesem risco. Na adversidade, podemos enxergar novasoportunidades e vislumbrar conquistas.

Apesar do cenário, o setor cooperativista em Goiás e noBrasil tem muito a comemorar. A nós, do SistemaOCB/SESCOOP-GO, não faltam motivos para comemoração,ainda que tenhamos sofrido com a crise, porque tambémenxergamos nela chances de crescimento e de consolidação,visto que, em situações semelhantes anteriores, o cooperativismo sobreviveu e sobressaiu-se nos períodos de tormenta, ainda mais fortalecido.

Neste ano, vimos nosso valor reconhecido por importantes setores e governos;realizamos eventos de sucesso, como o Dia C; Seminário Cooperativista e Encontro deMulheres e tantos outros que já fazem parte do nosso calendário.

Um dos nossos motivos de grande orgulho em 2015 foi o início das aulas dos cursosMBA’s em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, que irão qualificar ainda mais osprofissionais que atuam no Sistema e, com isso, também aprimorar nossos processos emecanismos.

Os cursos de MBAs constituem uma iniciativa inovadora do Sistema OCB/SESCOOP-GO, focada na atualização e no nosso compromisso com o crescimento do setor. Sãofundamentais para todo o cooperativismo, do gestor ao cooperado. A informação técnica eestratégica adquirida a partir desta formação será essencial para o desenvolvimento denovos planos de ação, que visam tornar Goiás ainda mais competitivo e qualificado, a partirdas bases sólidas do cooperativismo.

Que possamos levar para 2016 tudo aquilo que nos permitiu crescer e fortalecer.Olhemos para 2015 com gratidão, pelos ensinamentos, pela oportunidade de crescer erealizar o planejado, e projetemos no ano vindouro dias de vitórias e desenvolvimento paratodos.

Mensagem do Conselho de Administração

Aprender para fazer ainda melhorJOAQUIM GUILHERME BARBOSA DE SOUZAPresidente do SistemaOCB/SESCOOP-GO

“Que possamoslevar para 2016tudo aquilo que

nos permitiucrescer

e fortalecer.Olhemos para

2015 comgratidão, pelos

ensinamentos e pela oportunidadede crescimento e

realização, eprojetemos noano que chega

dias de vitórias edesenvolvimento

para todos”

SINDICATO E ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DE GOIÁS

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO NO ESTADO DE GOIÁS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem) //Vice-Presidente : Luís Alberto Pereira (Sicoob Engecred-GO) //Secretário: Dourivan Cruvinel de Souza (Comigo) // MembrosEfetivos: Astrogildo Gonçalves Peixoto (Coapil) // Vanderval José

Ribeiro (Sicoob do Vale) // Jocimar Fachini (Coperpamplona) //Clidenor Gomes Filho (Sicoob Unicentro Brasileira) /

Zeir Ascari (Sicredi Sudoeste GO) // João Batista Pereira Machado(Uniodonto Sul Goiano)CONSELHO FISCAL

Efetivos: Peron Antônio Barbosa (Cooperjov) // Emival VicenteSantana (Coomap) // Carlos Henrique Arruda Duarte (Coacal) //

Suplentes: Rubens Dias dos Santos (Coopmego) // Nanci TerezinhaAlfonso Cavalcante (Cohacasb-GO) // Marco Antônio Oliveira

Campos (Comiva) // Superintendente: Valéria Mendes da Silva

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza(Complem)Membros efetivos: Antonio Chavaglia (Comigo) // JoãoDamasceno Porto (Unimed Goiânia) // Haroldo Max deSousa (Coapro) // Itamar Fernandes de Melo (Complem) //João Gonçalves Vilela (Cagel) // José Lourenço de CastroFilho (Coapil) // Renato Nobile (SESCOOP Nacional) //Antonio Moraes Resende (Centroleite)CONSELHO FISCALEfetivos: Lister Borges Cruvinel (Sicoob Centro-Sul) // JoséRodrigues Peixoto (Sicoob Credi-SGPA // Walter CherubinBueno (Unimed Cerrado) // Suplentes: João Batista da PaixãoJunior (Cooperbelgo) // Antonio Carlos Borges (Agrovale) //Nilton Carlos da Silva (Coopersil)/ Superintendente: ValériaMendes da Silva

Av. H com Rua 14 nº 550 - Jardim Goiás, Goiânia-GOCEP: 74.810-070 Fone: (62) 3240-2600 Fax: (62) 3240-2602CNPJ: 01.269.612/0001-47

[email protected] / [email protected]

Redação e edição: Carla de Oliveira (JP 1076 G0) e Luisa Dias (JP01181 G0) // Colaboração: Eliane Almeida Dias // Design gráfico:Fábio Salazar (Mtb 722/GO) // Fotografias: Arquivo SistemaOCB/SESCOOP-GO e divulgação.Impressão: Gráfica Aliança // Tiragem: 3 mil exemplares //Distribuição: Publicação dirigida às cooperativas e entidadesligadas, direta ou indiretamente, ao cooperativismo no Estado deGoiás. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seusautores e não correspondem, necessariamente, à opinião do SistemaOCB/SESCOOP-GO. Permitida a reprodução total ou parcial dostextos, desde que citada a fonte. Esta revista está disponível emversão eletrônica, no site do Sistema OCB/SESCOOP-GO:www.goiascooperativo.coop.br.

REVISTA GOIÁS COOPERATIVOEdição nº 10 novembro /dezembro - 2015

Educar para o cooperativismo

Sumário

Sistema OCB/SESCOOP-GO criou, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), três turmas de MBA em Gestão Empresarial, com em ênfase em cooperativas de crédito e emcooperativas dos demais setores. O objetivo é oferecer, para cooperativistas e colaboradores,

educação qualificada, com foco nas demandas do setor, tanto para enfrentar os desafios futuros, quanto para contribuir ao desenvolvimento do cooperativismo em Goiás e no Brasil.

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GIRO COOPERATIVISTA COOPERATIVA EM FOCO |10 |12

R E L I G I O S I DAD E

A partir de frases e ideias,publicadas no livro Pensamentos,recopilados por Joxe Azurmendi,

a revista Goiás Cooperativosimulou uma entrevista com o

fundador do ComplexoMondragon, padre José MaríaArizmendiarrieta, que mostra apertinência e a atualidade dos

seus ensinamentos.

CATALÃONo embalo dos congos

Festa folclórica e religiosa, que é refe-rência cultural em todo o País, une

tradições afro-brasileiras, em festejodançante e religioso no interior de Goiás.

Aprenda a fazer um delicioso panetone caseiro para as festas de fim de ano

Receita

Pensar e Cooperar

Cooperativismo

Cooperativismo através do tempoAbelardo Duarte e Mardem Soares,

ex-servidores do Banco Central e autores do livroRumos do Cooperativismo Financeiro no Brasil,

assinam o artigo de opinião desta edição.|34

Boas práticasPrêmio Excelência de Gestão

Trinta e duas cooperativas de oito Estados tiveram seus trabalhos

reconhecidos pelo Sistema OCB |16

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POR DENTRO DO SISTEMA |14 VITRINE COOPERATIVISTA |26

O centenário dopadre José MaríaArizmendiarrieta

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COOPERATIVO

Centenáriode José María

Arizmendiarrieta

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O Complexo Mondragon, do qual foi fundador, não foi o único grande legado dopadre José María Arizmendiarrieta. Em seus 61 anos, com seu trabalho ededicação, edificou as bases do cooperativismo que conhecemos hoje, além dedeixar uma extensa e rica obra, que motiva e alimenta a economia solidária,alicerçada na cooperação e na educação. Nascido em 22 de abril de 1915 emMarquina, cidade da província de Viscaya, que faz parte do País Basco naEspanha, teve boa parte de sua história combinada com a do próprio Complexode Mondragon, onde deixou sua marca de trabalho, dedicação e cooperação. Noano que comemora-se o centenário de seu nascimento, a revista GoiásCooperativo elaborou um conjunto de questionamentos sobre o cooperativismoe fomos buscar respostas em trechos extraídos do livro Pensamentos, recopiladopor Joxe Azurmendi de documentos escritos pelo padre do cooperativismo. Esse livro foi lançado este ano pelaFederação dos Sindicatos das Cooperativas do Distrito Federal e dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grossodo Sul e Tocantins (FECOOP CO-TO). As frases e pensamentos dão forma a uma entrevista que não pudemosrealizar e que se utiliza de ensinamentos de outros tempos para responder temas tão atuais.

Em um mundo onde o progresso é uma exigência, de que forma as competências individuais podemcontribuir com esse processo?

O progresso requer a colaboração da maioria, porém, tem que contar com o impulso criador e inovador da minoria.Interessa, por conseguinte, que a colaboração daqueles seja capaz de superar o peso da inércia, do costume; devese revitalizar com a assimilação e colocar em circulação as energias inovadoras dos poucos capazes de ver maislonge e de descobrir e aplicar novas fórmulas. (020)

Ainda hoje vemos parte da nossa população sofrendo com o descaso. Por que isso ainda ocorre e o queesperar?

Em nossa sociedade, ainda se mostra notavelmente a precariedade em atenção ou opções de assistência às criançase aos idosos. Basta sairmos à rua em dias de recesso ou férias escolares para vermos que as crianças constituemos primeiros estorvos, que têm que perambular porque, além de gaiolas e salas de aula, nossa sociedade nãopredispõe de nada para que as mesmas possam desfrutar do lazer sem perigo algum, ou seja, ativa eeducadamente, isto é, social ou comunitariamente; as salas de festas ainda serão inventadas. (061)Somos vítimas da nossa mesquinhez mental, quando julgamos a capacidade e adaptabilidade da mulher aos maisdiversos processos operatórios. No fundo, nos sentimos felizes de imaginar que nossas mulheres são infantis, asvemos sob o prisma de sua debilidade crônica diante do trabalho e do homem. Talvez resida em nós um atraentesentimento de superioridade. (070)

Muito se fala de liberdade e solidariedade, mas será que, de fato, as vivenciamos?Nunca se falou tanto da liberdade neste século e terminamos em sistemas e teorias que são a negação de toda aliberdade; nunca se falou tanto do valor humano, da dignidade, como nestes últimos tempos e, no entanto, nuncase respeitou menos e se considerou menos que hoje o homem, que é sacrificado com a maior facilidade, cuja vidase deprecia como a coisa mais vil. Nunca se falou tanto nestes últimos anos da humanidade – quantos absurdosse justificam com esses pomposos nomes – e chegamos a uma situação social na qual não existe no mundo nada

Se estivesse vivo, o que nós ensinariao Apóstolo do Cooperativismo

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COOPERATIVO

mais do que a ordem do dia, o capricho e a ambição, o orgulho e a soberba, o egoísmo e a crueldade dos fortesem detrimento dos verdadeiros interesses das massas, dos homens, da humanidade. Chegamos a isso. (084)

O homem reconhece sua responsabilidade, indivídual e coletiva, nos processos sociais?Observamos que a apregoada socialização será possível, quando estivermos dispostos que a escada de nossacasa, que é de vários vizinhos, esteja tão bem cuidada quanto nosso apartamento, que nossos filhos vão àsescolas e colégios dos menos poderosos. Para isso, procuraremos que estejam bem equipados para que hajaautêntica igualdade de oportunidades, que o dinheiro que podíamos gastar num luxuoso banheiro foi investidonuma racional distribuição de água para que toda a população seja melhor abastecida. (116)

Caminhamos para uma maturidade maior, enquanto pessoas e sociedade?Os esforços cooperativos de transformação são subestimados ou valorizados unilateralmente pelos seusresultados econômicos e raras vezes pelo que os mesmos implicam em preparação e maturidade humana esocial. Talvez os primeiros a não saber avaliar o mais valioso e definitivo da experiência sejamos nós, os próprioscooperativistas, tanto os dirigentes quanto os demais cooperados. (114)

Assumimos nossas responsabilidades perante a sociedade e nossa participação no modelo vigente?Hoje estamos acostumados a colocar a culpa de tudo nas instituições, nos modelos políticos e sociais, ao mesmotempo em que nos prestamos a esperar a solução de tudo nas novas instituições, nos novos modelos políticosou sociais. Com isso, não quero afirmar que todas as instituições ou todo tipo de modelo político ou social sejamigualmente bons ou maus. O que pretendo afirmar é que são coisas secundárias, se pensarmos bem, porque afonte da bondade está nos homens e os homens não são transformados precisamente pelas investidurasexternas. Os homens recebem a dignidade, a honradez, a retidão de seus próprios corações e de sua fidelidadea suas consciências. E disto não queremos falar, nisto não queremos pensar. A maior desgraça dos povos não é,precisamente, sofrer as consequências de um ou outro modelo político ou social, mas, sim, que desapareça osenso moral e a consciência não enxergar nenhuma força. Um povo que perde o senso moral e a consciêncianão pode combater seus males nem se aliviar dos mesmos, se não for com o abuso da força, que à sua vezdegrada e bestifica mais o home m. (150)

Qual o papel da educação no desenvolvimento da sociedade e do homem?O homem se faz humano pela educação. A civilização progride, aceleradamente, sempre pela ação formativaou educativa, na linha da busca dos valores humanos e sociais. (174)A educação e a cooperação estão vinculadas, assim como o trabalho e o homem, que se autorrealizam individuale coletivamente, sobrepondo-se à inércia da natureza e à importância originária e individual. (217)

De que forma devemos viver o cooperativismo?Não devemos viver o cooperativismo como se o que aceitamos e dispomos no momento fosse algo invariável,temos que admiti-lo como um processo de experiência, no qual possamos ou tenhamos que adotar todas asmodificações que contribuam, deixando a salvo a nobreza e categoria dos objetivos buscados, para a atualizaçãodos meios. Nossa própria evolução pessoal e determinada, consequentemente com tudo isso no âmbito dasnossas relações e convivência, o grau de honradez, seriedade, responsabilidade ou iniciativa consolidados emvirtude da mesma experiência e disposições organizativas, são outros tantos fatores novos que podem nosinduzir mais uma vez a revisar tudo o que se refere à organização, para melhor servir os objetivos humanistasbuscados. (247)

O trabalho é um elemento de dignificação do homem?O trabalho não é por acaso um elemento mais nobre, mais antigo e mais humano que o capital, e como tal, credor de ummaior apreço? Será ambição injustificável que seus representantes pretendam a primazia da direção? (281)

Centenário de José María Arizmendiarrieta

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‘‘O trabalho é antes de tudo, um serviço àcomunidade e uma formade desenvolver a pessoa.”

A solidariedade é um diferencial nas relações de produção e de trabalho?Na realidade todos nós somos solidários; não é necessário pertencer a uma mesma empresa cooperativa paraisso. A economia se estrutura cada vez mais baseada numa divisão crescente do trabalho; tudo se fazer entretodos. Setor agrícola, setor industrial, setor de serviços, são membros de uma comunidade, de um mesmoprocesso econômico. Trata-se, portanto, de ter consciência dessa solidariedade básica, ser sensível a ela desdeseus diversos aspectos. (311)

Qual a revolução que vivemos ou que ainda vamos viver?A revolução hoje se chama participação. (362)A revolução é inevitável quando o processo é impedido e a evolução estancada. A reforma é urgente quando a execuçãodiária do processo necessário para atualizar o desenvolvimento das coisas é descuidada, mesmo que pouco. (365)

É possível ser pragmático sem perder a essência do cooperativismo?Ser realista e pragmático não significa renunciar aos ideais, os quais não devem ser confundidos com fantasiase belos sonhos, mas aceitos como objetivos a realizar. (429)

Qual o verdadeiro espírito cooperativo?O cooperativismo não visa mudar de mãos a propriedade ou a gestão da empresa, mas sua natureza e funçãosocial. (452)

E as características do cooperativismo também estão presentes na forma de gerir?Uma sociedade que tenta planejar seriamente o desenvolvimento da grandeza humana, precisa contar comum quadro suficiente de homens competentes dispostos a apoiar os cargos de maior responsabilidade equalidade sem exigir por isso um nível de vida individual e familiar superior ao resto do povo. (468)Em uma corrente, todos e cada um dos elos são importantes, importa relativamente pouco a ordem que namesma ocupa cada um. Algo parecido ocorre em uma comunidade bem concebida e desenvolvida. (471)

E a relação entre trabalhador e empregador? Somos nós, cooperativas, os que podemos acabar com o tópico da imaturidade operária e precisamos apagar as restriçõescom que olhamos para a democracia social, restrições essas que muitas vezes atuam como um entrave do progressoeconômico, necessário para satisfazer adequadamente as crescentes e progressivas necessidades humanas. (505)

Qual o papel e a importância do cooperativismo na sociedade e na economia?O cooperativismo não é um fim, mas sim um meio; é uma instituição; é um instrumento idôneo para que sejamincorporados na vida econômica e social os ideais cuja bondade ninguém pode discutir, leal e nobremente oupelo menos contam com aceitação dos demais. (532)

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GIRO COOPERATIVISTA||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

OCB/SESCOOP-GO recebe comitiva de estudantes

Um grupo de 47 alunos do curso de Administração do Instituto Federal deEducação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFGoiano), de Rio Verde, visitou a sededo Sistema OCB/SESCOOP-GO, em Goiânia no dia 10 de novembro. O objetivofoi ampliar a compreensão sobre o sistema cooperativista, desde os conceitos,valores, legislação e formas de constituição. No curso, eles estudam a disciplinaCooperativismo e Associativismo.

INTEGRAÇÃO

Cooperativa realiza workshop sobre pecuária nacional

A Comigo promoveu no dia 13 de novembro, a quinta edição doWorkshop CTC de Pecuária, no Centro Tecnológico Comigo (CTC),com o objetivo de divulgar as pesquisas conduzidas durante 2015 edebater temas relevantes da pecuária nacional. O evento, que recebeupecuaristas, profissionais, pesquisadores e estudantes do setor,contou com duas palestras. Na primeira, o engenheiro agrônomo daEsalq/USP, Mateus Arantes, falou sobre o manejo intensivo dapastagem para alta produtividade da carne e, na sequência, o doutorGustavo Rezende Siqueira, da Unesp, falou sobre a produção do boi.

PESQUISA

Sicoob Emprecred reinaugura agência de Jaraguá

O Sicoob Emprecred reinauguroua agência em Jaraguá, interior deGoiás, com a presença de dirigentes,colaboradores e cooperados. No dia22 de outubro, a unidade ganhounova sede com modernas e amplasinstalações para permitir aosusuários muito mais conforto,praticidade, segurança e agilidade noatendimento. O evento foiprestigiado por associados, dirigentese usuários do Sicoob Emprecred epelo presidente do Sicoob GoiásCentral, José Salvino de Menezes.

AMPLIAÇÃO

“Felicidade dá lucro”O presidente da Elektro e autor

do livro Felicidade dá lucro, MárcioFernandes, ministrou palestrasobre Energia Empreendedora, àconvite da cooperativa de créditoSicoob Engecred-GO, presidida porLuís Alberto Pereira, que também évice-presidente do SistemaOCB/SESCOOP-GO. A palestraapresenta a experiência doexecutivo, que foi escolhido pordois anos seguidos pela revistaVocê/SA como o líder maisadmirado do Brasil.

EMPREENDEDORISMO

Alunos do IFGoiano conheceram um pouco mais sobre cooperativismo

Márcio Fernandes palestrou em eventodo Sicoob Engecred-GO

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POR DENTRO DO SISTEMA||||||||||| ||||||||||||||||||||||||| ||||||| |||||||||||||||||||||||||||

O Fórum é composto por representantes dos Estados de Goiás, Brasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins

Membros do Fórum Permanente do Centro-Oeste e Tocantins -composto pelas Organizações das Cooperativas Brasileiras dosEstados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, DistritoFederal e Tocantins - estão fazendo o alinhamento de informaçõesrecolhidas ao longo de visitas técnicas de intercâmbio nas unidadesestaduais. Após análises para selecionar o que é feito de melhor emcada organização, um documento de boas práticas será construídoe apresentado para os respectivos presidentes e superintendes - oque está previsto para os primeiros meses de 2016.

O objetivo é que este documento sirva, em breve, para criar umapadronização entre as cinco Organizações das Cooperativas Brasileiras quecompõem o Fórum. Com isso, será possível compartilhar programas esoluções, otimizar a gestão e criar uma coesão para todo o sistema doCentro-Oeste e Tocantins, atendendo os objetivos estratégicos da OCBNacional.

O Fórum Permanente foi criado em agosto de 2015, após umacordo firmado entre superintendentes e gerentes das Organizaçõesdas Cooperativas Brasileiras dos cinco Estados. As visitas técnicasde intercâmbio foram iniciadas em outubro, começando por Cuiabá(MT), nos dias 5 e 6, passando por Goiânia (GO), dias 19 e 20, eCampo Grande (MS), dias 26 e 27. A comitiva técnica do Fórum foipara Brasília (DF) em 23 e 24 de novembro e finalizou o intercâmbioem Palmas (TO), nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.

Fórum Permanente do Centro-Oeste e Tocantins Compartilhando boas práticas

SAIBA MAISObjetivo das organizações do Centro-Oestee Tocantins é compartilhar boas práticas,soluções e criar coesão em todo o sistema

ParticipantesGoiás, BrasíliaMato Grosso, Mato Grosso do Sul, e Tocantins

ObjetivosConhecer e alinhar as boas práticas das UEs do Centro Oeste e Tocantins

Onde:Cuiabá, 5 e 6 de outubroGoiânia, 19 e 20 de outubroCampo Grande, 26 e 27 de outubroBrasília, 23 e 24 de outubroPalmas, 30 de novembro e 1º de dezembro

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COOPERATIVO

COOPERATIVA EM FOCO|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||| |||||||||||||||

Sicredi Planalto Central GO

A história do SicrediPlanalto Central GOcomeça em 2007,

quando, nacomunidade deCristalina (GO), oatendimento das

soluções financeirasera bem precário, com

longas filas nasinstituições bancárias

e produtosinadequados para os

clientes.

Sede da cooperativa em Cristalina (GO): maior conforto para clientes, cooperados e colaboradores

Foi nesta época que 16 pessoas buscaram alternativas para osconsumidores locais e decidiram constituir uma cooperativa do SistemaSicredi. O serviço logo foi ampliado para diversas comunidades próximascom o desenvolvimento de colaboradores no cooperativismo de crédito.

O quadro, que começou com 130 associados em 2009, chegou a11.500 associados em 2015 em 13 comunidades. O Sicredi PlanaltoCentral é uma das 95 cooperativas do Sistema Sicredi e aplica os pilaresdo cooperativismo de crédito: inclusão, educação e proteção financeira.

A cooperativa tem pontos de atendimento em Cristalina, Luziânia,Ipameri, Campo Alegre de Goiás, Silvânia, Orizona, Santo Antônio doRio Verde, Catalão, Posse e Pires do Rio. A partir de dezembro serão trêsnovos pontos: Mambaí e Valparaíso de Goiás, em solo goiano, e Rosário,no distrito de Correntina (BA).

A expansão, que chegará à Bahia, atende um percentual grande depessoas que mora ou possui atividades naquele Estado e aproveita omomento de oportunidades. “Em três localidades nós somos a únicainstituição financeira completa para atender a população: em SantoAntônio do Rio Verde, Mambaí e Rosário. O desafio é ganhar escala,racionalizar os recursos, atender e orientar bem os associados, e com issonão podemos afirmar quais são as próximas localidades, pois precisamosgarantir o desejo da comunidade em participar deste projeto”, afirma opresidente Pedro Caldas.

Uma história de compromisso

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GOIÁS COOPERATIVO

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UA Campo Alegre de Goiás

Além do trabalho no cooperativismo de crédito, o SicrediPlanalto Central GO tem importante atuação com educação ecooperação nas comunidades. Atualmente a cooperativa temimplantado o projeto Rede do Compromisso na Escola MunicipalNossa Senhora de Fátima, em Ipameri (Goiás), onde 242 alunose 21 educadores participam do programa, que incentiva aaprendizagem fora da sala de aula, dentro da comunidade.

O Sicredi Planalto Central GO também particip do Dia C,organizado pelo Sistema OCB/SESCOOP. Em 2015, se destacoupelas ações em todas as seus pontos de atendimento com aparticipação de colaboradores, associados e coordenadores.“Cooperados enxergam na cooperativa uma empresa que temoutras preocupações além daquelas do mercado tradicional.Alguns gostam de contribuir e ajudar em atividades para ascomunidades e os demais valorizam este trabalho. É um grandedesafio ser uma instituição financeira cooperativa e trabalhar osprincípios universais do cooperativismo”, conclui o presidente.

Responsabilidade social

UA Orizona

Pedro Caldas, presidente da cooperativa Carmo Spies, vice-presidente da cooperativa

POR DENTRO DO SISTEMA|||||||||||| ||||||||||||||||||||||||| ||||||| |||||||||||||||||||||||||||

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COOPERATIVO

"Histórias para emocionar" é lançado durante seminário sobre Dia C 2015

Livro narra as açõesde voluntariadorealizadas por cada uma das

54 cooperativasgoianas que

participaram da 2ª edição do

Dia de Cooperar em Goiás. Juntas,elas beneficiarammais de 37,5 mil

pessoas neste ano

Na segunda edição do Dia de Cooperar (Dia C) emGoiás, 54 cooperativas abraçaram a prática de voluntariadodentro da campanha e conseguiram mais do que dobrar aquantidade de beneficiados nos projetos estaduais nesteano. Juntas, elas alcançaram 37,5 mil pessoas, eminstituições e nas comunidades em que atuam. Em todo oPaís, foram 2,4 milhões de pessoas atingidas por mais de1,2 mil cooperativas.

O resultado consolidado do Dia C 2015, no Estado e noPaís, foi apresentado no seminário de balanço da campanha,no dia 25 de novembro, nasede do SistemaOCB/SESCOOP-GO. Naocasião, foi lançado o livroHistórias para emocionar. Apublicação, que está em seusegundo volume, é umregistro das ações devoluntariado realizadas porcada cooperativa goianadurante a campanha. Colorido e com muitas fotos, a obranarra a trajetória dos voluntários, em projetos para melhorara qualidade de vida de milhares de famílias e comunidades.

O evento foi realizado na mesma data da AssembleiaGeral Extraordinária, com a presença de vários dirigentesde cooperativas de Goiás. Eles receberam o livro e tambémumcertificadode participação da cooperativa no Dia C2015.

NúmerosO reforço nos números do Dia de Cooperar 2015 mostra

o aumento do engajamento das cooperativas goianas nesseano. Com maior número de participantes (54, em 2015,contra 41, em 2014), o movimento de voluntariadocooperativista estadual ganhou fôlego para ampliar suacapacidade de atuação (dessa vez, foram 46 municípios eum distrito goianos beneficiados, além de uma cidadepaulista). Todo esse trabalho foi desenvolvido pela junçãode forças de quase 2,2 mil voluntários, entre colaboradores,cooperados e parceiros.

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“O Dia C representa aparte da responsabilidadesocial que cabe a nós,cooperativistas, emcontribuir com a sociedade,em benefício de todos, nãosomente em um dia, masdurante todo o ano.”

“Nós já tínhamos projetossociais, mas o Dia C ampliounossos horizontes para fazerações de voluntariado maiorese mais coordenadas. Não nosfurtaremos de participar detodos os chamados daOCB/SESCOOP-GO.”

ZEIR ASCARI, PRESIDENTE DA SICREDI SUDOESTE-GO

WAGNER RICARDO PRESIDENTE DA COOPANEST-GO

NÚMEROS

GOIÁS

BRA

SILcidades goianas

alcançadas46cooperativasparticipantes54

voluntários atuantes2.193

pessoas beneficiadas37.561

e stados participantes +Distrito Federal

26cooperativascom projetos de voluntariado

1.276 voluntários em prol das ações279.722

milhões de pessoasbeneficiadas2,4

Presidente Joaquim Guilherme fala sobre a importância do Dia C aos participantes da AGE na sede do Sistema OCB/SESCOOP-GO

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COOPERATIVO

BOAS PRÁTICAS|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||| |||||||||||||||

reconhece cooperativasPrêmio Sescoop Excelência de Gestão

Em noite de festa, 32 cooperativasoriginárias de oito Estados receberamtroféus pela competência na governança ena administração. Categorias são dividasem Ouro, Prata e Bronze

Prêmio reconheceu trabalho de 32 cooperativas brasileiras em noite de festa

Trinta e duas cooperativas que alcançaram o topo daqualidade das práticas de gestão e governança foramreconhecidas pelo Sistema OCB na segunda edição do PrêmioSescoop Excelência de Gestão (ciclo 2015/2016). A entrega dostroféus foi realizada no dia 17 de novembro, em Brasília, paracooperativas de oito Estados: Minas Gerais, Paraná, MatoGrosso, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Ceará e RioGrande do Sul.

A premiação, que é realizada a cada dois anos, tem oobjetivo de valorizar e reconhecer as boas iniciativas eincentivar o crescimento e o investimento no profissionalismodas cooperativas brasileiras, que participam do Programa deDesenvolvimento da Gestão de Cooperativas (PDGC). “Esteprêmio demonstra que, praticando a autogestão, ascooperativas podem melhorar cada vez mais seu trabalho, criarfelicidade para os associados e ajudar o Brasil a superar o

momento difícil que vive”, destacou o presidente do SistemaOCB, Márcio Lopes de Freitas, durante seu discurso de aberturado evento.

O Prêmio Sescoop Excelência de Gestão é promovido peloSistema OCB, em parceria com a Fundação Nacional daQualidade (FNQ). Ao todo, 246 cooperativas se inscreveramnesta edição. As selecionadas foram divididas nas faixas Ouro,Prata e Bronze. Também são escolhidos um vencedor noDestaque Governança e outro no Destaque Melhoria Contínua.Este ano houve empates no prêmio principal e no DestaqueMelhoria Contínua.

PDGCO Programa de Desenvolvimento da Gestão das

Cooperativas segue o modelo de excelência da gestão daFundação Nacional da Qualidade. As cooperativas inscritaspassam por uma sequência de avaliação e consultoria paramapear pontos fortes e oportunidades, criando processos deotimização e, muitas vezes, de reestruturação. Atualmente,mais de mil cooperativas de todo o País já participam do PDGC.A expectativa é de que, em cinco anos, as mais de 6 milcooperativas brasileiras tenham aderido ao Programa.

GRANDE VENCEDORAUnimed Circuito das Águas (MG)

GRANDE VENCEDORAUnimed Vitória (ES)

DESTAQUES

MELHORIA CONTÍNUACastrolanda (PR) - Faixa OuroSicredi Sudoeste MT (MT) - Faixa Prata

GOVERNANÇAC.Vale (PR) - Faixa Prata

FAIXA OUROUnimed Circuito das Águas (MG)Unimed BH (MG)Castrolanda (PR)Unimed Vitória (ES)Coopercon (MG)Sicredi Noroeste MT (MT)Unimed Sul Capixaba (ES)Sicoob São Miguel (SC)

FAIXA PRATASicredi Sudoeste MT (MT)Unimed Chapecó (SC)C.Vale (PR)

Sicredi Norte MT (MT)Sicred Pioneira (RS)Sicred Celeiro do MT (MT)Sicoob Credialto (MG)Viacred (SC)Sicoob Cofal (MG)Sicred Vale do Piquiri PR (PR)

FAIXA BRONZECoopera (SC)Coopama (SC)Sicoob Sul (ES)Coop (SP)Unimed Regional Maringá (PR)Unimed Governador Valadares (MG)Unidental (CE)Unimed Varginha (MG)Camda (SP)Coopanest CE (CE)Sicoob Credivag (MG)Unimed João Monlevade (MG)Sicredi Sul MT (MT)Unimed Poços de Caldas (MG)

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Prêmio Sescoop Excelência de Gestão

Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas fala sobre aimportância da busca por excelência na gestão das cooperativas

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, destaca arelevância do Prêmio Sescoop de Excelência de Gestão

Educar para o cooperativismoProjeto inédito do Sistema CB/SESCOOP-GOcria três turmas de especialização voltadas

para a qualificação do setor em Goiás

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Entre os principais desafios docooperativismo brasileiro está a formação profissional na área, o que inclui instrumentos de gestão e dedesempenho profissional. Com mais de 11milhões de pessoas ligadas diretamente aosetor, a educação para o cooperativismo setornou peça-chave para o crescimentomaduro e seguro das cooperativas brasileiras.

À luz deste desafio, o SistemaOCB/SESCOOP-GO se lançou em um projetoinédito de formação com 137 alunosmatriculados, de 36 cooperativas goianas edo próprio Sistema, em três turmas de MBA,em parceria com a Fundação Getúlio Vargas(FGV). O objetivo é oferecer formaçãoqualificada com foco na ampliação dosconhecimentos dos participantes emmodernas técnicas de gestão em cooperativase cooperativas de crédito.

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COOPERATIVO

Os MBAs foram divididos em duas modalidades, GestãoEmpresarial em Cooperativas e Gestão Empresarial emCooperativas de Crédito, esta última com duas turmas,todas já iniciadas nos meses de outubro e novembro. "Ocooperativismo não é um assunto muito comum nasuniversidades do Estado, com isso, a atuação do sistemacooperativo estadual é imprescindível para cobrir essalacuna e auxiliar nossas cooperativas na formação deprofissionais para atuarem de maneira eficaz na gestão do

negócio cooperativo, que precisa concorrer com empresas num mercadoaltamente competitivo", afirma o presidente do Sistema, JoaquimGuilherme Barbosa de Souza.

O projeto foi possível com a parceria entre SESCOOP/GO e FGV e o apoiodas cooperativas. Serão 18 meses de formação com encontros mensais, naCasa do Cooperativismo Goiano. Os cursos cumprem a missão doSESCOOP/GO de promover o desenvolvimento do cooperativismo de formaintegrada e sustentável, por meio da formação profissional, da promoçãosocial e do monitoramento das cooperativas, respeitando sua diversidade,contribuindo para sua competitividade e melhorando a qualidade de vidados cooperados, empregados e familiares.

"O cooperativismo brasileiro atravessa um momento bastante curioso,que é o momento de modernização das práticas de gestão de negócios, quetorna mais relevante a necessidade de educação", afirma José HortaValadares, coordenador do MBA da FGV, que abriu as turmas em Goiânia.

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A parceria com a FGV trouxe com naturalidade o histórico da instituição de ensino, quetem um setor direcionado para o cooperativismo e mais de 50 turmas formadas em MBA’ssobre a temática. O primeiro curso na área oferecido pela instituição foi em 1992.

Os cursos apresentam modernas técnicas de gestão de negócios aplicadas àscooperativas, em geral, e de crédito. Nas aulas, os profissionais conhecerão ferramentas econteúdos que os auxiliarão na busca por melhores desempenhos pessoais e profissionais,além de incentivar o comportamento gerencial necessário para tomada de decisõesestratégicas e a implementação de planos e projetos empresariais.

Todos os alunos farão trabalhos de conclusão de curso, que poderão ser apresentadoscomo um plano de negócios com possibilidade real de implantação em cada cooperativa.Segundo Valadares, os alunos terão melhor desempenho nos negócios a partir dos MBAs.

O presidente da Cooperativa Mista do Vale do Rio Piranhas (Comvapi), Ismael Marianoda Silva, aprovou a escolha. Formado em Processos Gerenciais, ele pretende usar asnovidades do MBA em Gestão Empresarial para desenvolver o planejamento estratégicoda cooperativa. "Quero realmente usar as ferramentas de administração que existe, comoplanejamento estratégico. A minha expectativa é desenvolver um planejamentoestratégico e ampliar as potencialidades da cooperativa", explicou ele. A Comvapi tem 200cooperados na região entre Piranhas e Caiapônia. A experiência em sala de aula foiimpactante, nas palavras de Ismael. "Algumas barreiras terão que ser quebradas".

Parceria com FGV foca em qualidade

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O cooperativismo não é um assunto muitocomum nas universidades do Estado, com isso,a atuação do sistema cooperativo estadual éimprescindível para cobrir essa lacuna.”

O cooperativismobrasileiro atravessa ummomento bastantecurioso, de modernizaçãodas práticas de gestão denegócios, que torna maisrelevante a necessidadede educação."

JOAQUIM GUILHERME, PRESIDENTE DO SISTEMA OCB/SESCOOP-GO

JOSÉ HORTA VALADARES, COORDENADOR DO MBA DA FGV

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‘‘‘‘

NÚMEROS

Sendo duas turmasem Gestão de Cooperativas de crédito e uma em Gestão de Cooperativas

3 turmasCooperativasgoianas atendidaspelo curso

45Alunos estão sequalificandocom os MBAs

130

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Cooperativismo de crédito

Cooperativismo e formação

O cooperativismo de crédito ganhou duas turmas no projeto por causa da relevância eda especificidade deste ramo do setor. A plena expansão, no estado e no Brasil, dascooperativas de crédito gerou demandas por formação e capacitação dos associados. "Aestrutura do curso contempla disciplinas organizadas em blocos, relacionadas aocooperativismo de crédito; é o caso da administração, direito das cooperativas de crédito",explica Valadares.

Para o assessor jurídico da Central Sicredi Brasil Central, Fábio Henrique de OliveiraGarcia, que já possui outra pós-graduação em sua área, a formação oferecerá ferramentasexclusivas para sua atuação na cooperativa. "Estou achando muito bom. O curso tem umnível diferente, qualidade bem superior a outros MBAs que eu conheço e vou podermultiplicar meus conhecimentos", garante o advogado, que está acompanhado de outrostrês colegas da mesma cooperativa no curso. Esta é a primeira formação dele na área.

Desde 1944, a Fundação Getúlio Vargas trabalha com graduação e pós-graduação latoe stricto sensu no Brasil, onde é referência em administração pública e privada, alémde áreas como economia e educação. Os cursos de Especialização/MBA da FGV são

voltados para o desenvolvimento humano em áreas de atuação específica, com o cooperativismo e ocooperativismo de crédito, aliando conhecimento e networking profissional.

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismono Estado de Goiás é focado na formação cooperativista.A entidade tem como finalidade promover a formaçãoeducacional cooperativismo com foco no

desenvolvimento humano e social dos cooperativistas. São 16 anos de experiência compromoção de cursos e oficinas voltados para s cooperativas de Goiás, com soluçõespráticas e parcerias importantes nesta área.

PROFESSOR RONALDO GAUDIO, MÓDULO DE DIREITO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS

"O intuito desse módulo é apresentar para os alunos do MBAas questões mais essenciais sobre Direito Coopera-tivo. Hojeexiste uma pressão muito grande do mercado para que ascooperativas atendam às necessidades capitalistas, sob o riscode perderem a sua identidade."

MARIELLE ALVES DE MENEZES, CONTADORA E AGENTE DE DESENVOLVIMENTO DA COOMAP

“Tenho muito a aprender nesse curso, pricipalmente sobregestão. Meu propósito é levar esse conhecimento para a práticada Coomap, que ainda é muito nova (existe desde 2010). Senão fosse a parceria com o Sistema (OCB/SESCOOP-GO),seria inviável para a cooperativa adotar a iniciativa de nosqualificar em um MBA.”

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PÚBLICOVoltado para gestores, presidentes e técnicos de

cooperativas de diversos ramos e de crédito

FOCOCapacidade de utilizar as experiências da

organização atendida, maximizando assim aspotencialidades dos executivos que participam doprograma e o atendimento a antigas demandasdo cooperativismo do Estado de Goiás. No caso

das cooperativas de crédito, o uso de ferramentase legislação específica.

METODOLOGIAAmpliação dos conhecimentos, estruturada

em visão estratégica e sólida base conceitual,conduzindo este seleto grupo de alunos para o

domínio avançado de técnicas de gestão,capacitando-os no desenvolvimento de

competências gerenciais, para atuarem, demaneira eficaz, na gestão de negócios das

cooperativas, de diversos ramos e de crédito.

DURAÇÃO18 meses

nEstratégia de EmpresasnDireito das Sociedades CooperativasnEconomia da CooperaçãonContabilidade e Análise de Desempenho das Sociedades CooperativasnGestão Financeira de CooperativasnBrasil e Economia GlobalnGovernança Corporativa: Gestão e Direção de CooperativasnMarketing de Relacionamento: relação com cooperados e comunidadesnGestão de Pessoas e EquipesnAnálise e Decisão de Investimentosn Liderança CoachingnNegociação Empresarial e Administração de ConflitosnPlano de NegóciosnMetodologia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)nGerenciamento de ProjetosnPlanejamento e Gestão de MarketingnSistemas de Informação Gerencial e Processo Decisórion Inovação e Empreendedorismo em Cooperativas

nModerna Administração de Coop CréditonBrasil e Economia GlobalnEstratégia de EmpresasnContabilidade e Análise de Desempenho das Sociedades Cooperativas de CréditonGestão Financeira de Sociedades Cooperativas de CréditonGovernança Corporativa: Gestão e Direção de Cooperativas de CréditonGestão do Risco de CréditonMarketing de Relacionamento: relação com cooperados e comunidadesnGestão de Riscos Operacionais e CompliancenAnálise e Decisão de InvestimentosnGestão de Serviços e Produtos Financeirosn Liderança CoachingnPlano de NegóciosnMetodologia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)n Investimentos e Planejamento FinanceironDireito das Socied Coop de CréditonControladoria e FinançasnComunicação Interpessoal

MBA em Gestão Empresarial: Cooperativas e Cooperativas de Crédito

MBA em Gestão Empresarial: Cooperativas

MBA em Gestão Empresarial: Cooperativas de Crédito

GRADE CURRICULAR

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QUESTÃO CONTÁBIL||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||

Contribuições previdenciárias devidas por cooperados e cooperativas

O Ato Declaratório Interpretativo n. 5 dispõe sobre ascontribuições previdenciárias devidas pelos cooperados erespectivas cooperativas de trabalho prestadoras de serviços eorienta sobre a correta aplicação da legislação tributária, noque diz respeito a aplicação da alíquota de 20% (vinte porcento), prevista no art. 21 da Lei nº 8.212/1991, para ascontribuições do cooperado de cooperativa de trabalho,segurado contribuinte individual, se não comprovada aprestação de serviço a uma ou mais empresas e o efetivorecolhimento ou declaração da contribuição previdenciária dotomador de serviço (15%).

É possível afirmar que coexistem, no atualordenamento jurídico, duas possibilidades de recolhimentoda contribuição previdenciária devida pelo cooperado decooperativas de trabalho, enquanto contribuinteindividual:

- 20% (vinte por cento), incidente sobre o salário decontribuição até o seu limite máximo estabelecido nalegislação e normativos (R$ 4.663,75), quando o cooperadoprestar serviço a pessoa física ou, quando prestado serviçoa uma ou mais empresas, não comprovar o efetivorecolhimento ou declaração da contribuição previdenciáriado tomador de serviço (15%), seja por estar amparado poruma decisão judicial (regra reconhecida pela ReceitaFederal do Brasil);

- 11% (onze por cento), incidente sobre o salário decontribuição até o seu limite máximo estabelecido nalegislação e normativos (R$ 4.663,75), considerando adedução prevista nos §§ 4º e 5º, art. 30, da Lei nº8.212/1991, que tem o seu limite máximo estabelecido em9% (nove por cento), e desde que o serviço seja prestado auma ou mais empresas e demonstre o efetivo recolhimentoou declaração da contribuição previdenciária do tomadorde serviço (15%) (tese possível de ser defendida, em razãodo efeito inter partes da decisão do STF no RE 595.838).

Diante de dúvidas sobre a contribuição previdenciária dos cooperados de cooperativas detrabalho, é preciso lançar luz sobre o Ato Declaratório Interpretativo n. 5 e o que eledispõe. Para tanto, é necessário esclarecer que, de acordo com a legislaçãoprevidenciária vigente, o cooperado que presta serviço a terceiros por intermédio decooperativa de trabalho é classificado como contribuinte individual, para fins deenquadramento como segurados obrigatórios da Previdência Social.

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CURSOS E EVENTOS|||||||||||||||||||||||| |||| |||||||||||||||||||||||||||

Curso de Encerramento deBalanço e Prestação de ContasContabilistas, contadores, analistas e assistentescontábeis de cooperativas goianas participaram,no dia 17 de novembro, do curso “Encerramentode balanço e prestação de contas”, realizado nasede do Sistema OCB/SESCOOP-GO. O objetivofoi apresentar aos profissionais que estãoiniciando no seguimento cooperativista e, quepretendam dedicar-se a este tipo societário, asnormas, práticas e diversas interpretaçõestécnicas decorrentes e suas aplicações no sistemacontábil diário das cooperativas.

Demandas do ramo detransporte são debatidas O Sistema OCB/SESCOOP-GO realizou no dia 18de novembro, o 3º Encontro Setorial do RamoTransporte. O evento foi criado para atender àdemanda das lideranças do ramo transporte docooperativismo em Goiás. O encontro, na Casado Cooperativismo Goiano, esclareceu aosdirigentes e contadores sobre o recolhimento doINSS e discutiu os problemas enfrentados pelascooperativas junto à fiscalização, como ascobranças indevidas e as principais demandasdos segmentos de cargas e pessoas.

Treinamento em Santos Vinte integrantes de cooperativas goianas e do Sistema OCB/SESCOOP-GO participaram de 25 a27 de novembro, em Santos (SP), do 30º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento(CBTD), com o tema central “A era do protagonismo: construindo histórias de sucesso”. O grupopartiu da Casa do Cooperativismo para o litoral paulista.

VITRINE COOPERATIVISTA|||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

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Catálogo Brasileiro deCooperativas Exportadorasjá está disponível

A OCB lançou, no dia 27 de outubro, em Brasília, aedição 2015 do Catálogo Brasileiro de CooperativasExportadoras. Com base nos dados do ano de 2014, doMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio(MDIC), o documento apresenta as 223 cooperativasexportadoras do País, entre elas a Comigo, cooperativagoiana, que prestigiou o lançamento. A publicação destaca aeficiência produtiva das cooperativas brasileiras e a gestãode seus processos como fundamentais para a expansão dafronteira comercial do setor. O material on-line foiproduzido em sete idiomas e oferece informações como:lista de produtos, cooperativas aptas à exportação e suascertificações internacionais, contato das áreas comerciais.Além disto, também consta o endereço eletrônico dacooperativa para que o interessado possa buscarinformações adicionais. (Fonte: Brasil Cooperativo)

RECONHECIMENTO

Espetáculo da Apae tem apoio da UnimedA Unimed Goiânia foi uma das patrocinadoras do espetáculo O Rei Leão - O Musical, adaptado e produzido pela Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia, apresentado no dia 6 de novembro, no Teatro Rio Vermelho, do Centro deConvenções da Capital. O espetáculo apresentou o clássico da Disney sobre poder, família e sugeriu um olhar especial sobre aspessoas com deficiência e sobre a capacidade do ser humano de superar seus próprios limites. A peça teve a participação deusuários, colaboradores e responsáveis da Apae, dos Complexos I, II e III.

INCLUSÃO

Cooperativismo érepresentado no Miami Open

O cooperado do Sicoob Juriscredcelg,Marcelo Cristiano Nascimento Olegário,conhecido como Capitão Olegário da PolíciaMilitar, conquistou o vice-campeonato noMiami Open 2015, uma das mais importantesligas de Jiu Jitsu do mundo, realizada emoutubro, nos Estados Unidos. O atleta,patrocinado pela cooperativa, foi vice-campeãona categoria de 35 a 40 anos (75kg a 83 kg) e nacategoria Absoluto (peso livre).

ESPORTE

Atleta patrocinado por cooperativa é vice-campeão de Jiu Jitsu

Publicação sobre produtos de cooperativas brasileiras

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Sicoob ampliacarteira decrédito

Os números queencerraram o terceirotrimestre do Sicoob foramextremamente positivos.A carteira de crédito dosistema alcançou R$ 38,7bilhões, considerando asprovisões para crédito deliquidação duvidosa, comincremento de 32,4% emcomparação aos R$ 29,3bilhões registrados nomesmo período do anoanterior.

O lucro líquido(sobras) em 2015, atésetembro, foi de R$ 1,9bilhão, que representacrescimento de 12,6% emrelação aos nove primeirosmeses de 2014, quandoforam contabilizados R$1,6 bilhão. Os ativostotais alcançaram R$ 62,8bilhões no final desetembro, evolução de26%, contra R$ 49,9bilhões registrados emigual intervalo do anoanterior.

RECORDE

Supermercado Complem premia clientesVárias atividades marcaram as comemorações dos dois anos da nova sede do

Supermercado Complem, em Morrinhos. De 11 de setembro a 17 de outubro, os clientes dosupermercado puderam participar da promoção Supermercado Complem, aí eu dou valor!, quesorteou bicicleta, smartphone, tablet, TV de 32 polegadas, kit churrasco, lavadoraingressos para o Hot Park, no Rio Quente, um ano de compras grátis e uma moto zeroquilômetro. A campanha foi estrelada pela modelo e assistente de palco do SBT, MileneUehara, conhecida como Milene Pavorô. Os ganhadores da promoção foram a produtorarural Ivete Correia Flores Rego (um ano de compras grátis no supermercado) e GrazianoAmaro da Silva (uma moto zero quilômetro), ambos de Morrinhos. (Fonte: Ascom Complem)

ANIVERSÁRIO

SUCESSÃO

Comiva doa livros paraescola pública

Parceria entre a Comiva e a Tortuga, emMineiros (GO), tornou possível a doação de840 livros para a Biblioteca da EscolaMunicipal Padre Maximino Alvarez Gutierrez,em outubro. As publicações voltadas para opúblico infantil e infanto-juvenil, obras queexercitam a leitura, escrita e pintura foramentregues para o diretor da Escola PadreMaximino, Kelmo Carvalho. Após seremcatalogados, os livros foram colocados àdisposição para empréstimo.

SOLIDARIEDADE

O Sistema OCB/SESCOOP-GO vai propor uma parceria com ascooperativas para que elas passem a adotar uma chancela, que aentidade está desenvolvendo, em seus materiais de divulgação ecomunicação. A intenção é fortalecer o sistema cooperativista como umtodo e fortalecer a imagem do cooperativismo, mostrando a cooperaçãocomo um valor das empresas cooperativas. O uso da chancela por partedos integrantes nos diversos ramos, além de aumentar o respaldo daspróprias cooperativas que fazem parte do Sistema, vai agregar maisvalor ao seu produto ou serviço, será um diferencial competitivo a favorda cooperativa.

O projeto já está sendo desenvolvido e será apresentado àscooperativas em 2016 . A Central Sicredi Brasil Central apoia ainiciativa. Segundo o presidente da Central, Celso Figueira, é por meiode suas entidades que o movimento mostra a força organizada do setor."O cooperativismo brasileiro tem que ser reconhecido pela visãoestratégica de suas entidades de representação e pela ação dos sistemasorganizados que o compõem", destaca.

Foram doados 840 livros para a biblioteca de escola municipal de Mineiros

Chancela vai fortalecer imagem docooperativismo, do Sistema e cooperativas

PARCERIA SISTEMA OCB/SESCOOP-GO E COOPERATIVAS

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QUESTÃO DE JUSTIÇA||||||||||||||||||||||||||| ||||||| ||||||||||||||||||||||||||

A legislação geral que dispõe sobre a matéria consta doinciso XVIII, do artigo 5º; letra c, do inciso III, do artigo 146e parágrafos 2º, 3º e 4º do artigo 174; inciso VI do artigo187; artigo 192, todos da Constituição Federal; da LeiOrdinária Federal n.º5.764/1971 e dos artigos 1.093 a1.096 do Código Civil. Especificamente, ainda pode-seanalisar a Lei Ordinária Federal n.º 12.690/2012, acerca dassociedades cooperativas de trabalho e a Lei ComplementarFederal 130/2009, acerca do Sistema Nacional de CréditoCooperativo.

A definição de cooperativa deve ser buscada na doutrinae na legislação que tratam do tema. Dispõe os artigos 3º e 4ºda Lei n.º 5.764/1971:

Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativaas pessoas que reciprocamente se obrigam acontribuir com bens ou serviços para o exercício deuma atividade econômica, de proveito comum,semobjetivo de lucro.

Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, comforma e natureza jurídica próprias, de natureza civil,não sujeitas à falência, constituídas para prestarserviços aos associados.

A doutrina não destoa destas construçõeslegislativas.Segundo a Aliança Cooperativa Internacional (ACI):

“Cooperativa é associação autônoma de pessoas unidasvoluntariamente para satisfazer suas necessidades easpirações econômicas, sociais e culturais em comumatravés de uma entidade de propriedade conjunta e degestão democrática.” (Santos, 2008, p. 19).

Na concepção de Ferreira (2000, p.184), “cooperativa éa empresa organizada e dirigida pelos usuários de seusserviços, visando o benefício destes e não o lucro”.Alexandre Laidlaw (1981, p. 55), conceitua cooperativacomo “[...] um grupo de pessoas, grande ou pequeno,comprometido na ação conjunta, baseadas na democracia

e no esforço próprio, visando prestar um serviço ouconcretizar um acordo econômico,que seja socialmentedesejável e proveitoso para todos os seus participantes(apud Schneider,2009, p. 14).

Temos nesta definição vários elementos que nospermitem caracterizar a cooperativa como efetiva “empresacidadã”, pelo seu caráter comunitário, democrático erealmente prestador de serviços para o atendimento dasnecessidades dos associados e da própria comunidade emgeral.

O conceito revela que a cooperativa é uma empresadiferenciada, com determinadas especificidades que acolocam a serviço da construção de uma sociedadeeconomicamente mais justa e igualitária.

Os integrantes de uma cooperativa são denominadosde cooperados ou associados.Em princípio podem sercooperados apenas pessoas naturais, tambémdenominadas pessoas físicas. Excepcionalmente poderãoser admitidas como cooperados pessoas jurídicas, mas comcertas restrições.

Segundo a legislação definidora do Direito Cooperativobrasileiro, as cooperativas singulares são aquelas constituídaspelo número mínimo de 20 pessoas naturais (físicas);excepcionalmente será permitida a admissão de pessoasjurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatasatividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelassem fins lucrativos (Lei 5.764/71, artigo 6º, inciso I). Setepessoas naturais para cooperativas de trabalho (Lei12.690/2012).

Em alguns ramos de atividades cooperativistas épossível o ingresso de pessoa jurídica, como nas sociedadescooperativas de pesca e nas cooperativas constituídas porprodutores rurais ou extrativistas que pratiquem asmesmas atividades econômicas dos cooperados.Tambémnas cooperativas de eletrificação, irrigação etelecomunicações poderão ingressar as pessoas jurídicasque se localizem na respectiva área de operações, conformeprevisto nos §§ 2º e 3º da Lein.º 5.764/1971, assim comonas Cooperativas de Crédito em função do permissivocontido na Lei Complementar Federal 130/2009.

Da definição de Sociedade Cooperativa –Considerações Elementares

Antes de expor qualquer conceito mais elaborado, é preciso acentuar que a cooperativa é o instrumentoformal e juridicamente estruturado, que possibilita a concretização dos valores e princípios cooperativistas

ALVIDO BECKER | Assessor Jurídico da OCB-GO

MODO DE PREPAROPara uma fazer a massa, coloque em uma tigela a águamorna, a farinha de trigo de trigo e o fermento. Misture edeixe descansar por 10 minutos. Na sequência, acrescentea manteiga, o açúcar, as gemas, o sal, a farinha e a águamorna. Misture até obter uma massa homogênea e deixedescansar por 40 minutos ou até dobrar de volume. Emoutra tigela, misture as frutas cristalizadas, as nozes, asuvas passas e reserve.Divida a massa em quatro partes. Abra cada uma daspartes e espalhe o recheio. Enrole como um rocambole,una as pontas e coloque em uma forma para panetone.Repita a operação com as outras partes da massa e deixedescansar por 10 minutos. Coloque uma colher demargarina sobre cada panetone e leve para assar emforno pré-aquecido a 200°C por 40 minutos ou até dourar.O recheio também pode ser trocado por chocolate ao leiteou meio-amargo picados. Para ter um bom resultado,desinforme após 24 horas.

RECEITA DE DELÍCIA|||||||||||||||||||||||||  ||||||| ||||||||||||||||||||||||

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CaseiroPanetoneINGREDIENTES Massa2 xícaras (chá) de água morna1 xícara (chá) de farinha de trigo4 tabletes de fermento biológico fresco200g de manteiga1 ½ xícara (chá) de açúcar1 pitada de sal6 gemas1kg de farinha de trigo1 xícara (chá) de água morna

Recheio2 xícaras (chá) de frutas cristalizadas½ xícara (chá) de nozes picadas1 ½ xícara (chá) de uvas passas pretas

Finalização4 colheres (sopa) de margarina para cobrir ospanetones

Tempo de preparo 2 horas

Rendimento4 panetones

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LEITURA COOPERATIVISTA|||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

AGRO: CONJUNTURA E COOPERATIVISMO

Autores: Gilson Martins; Robson Leandro Mafioletti; Flávio Enir Turra;Alexandre Amorim Monteiro; Silvio Alexsandro KrinskiLocal de publicação: Curitiba. Editora: OCEPAR-SESCOOP/PRAno: 2014. N. de páginas: 152 p.

O livro apresenta importantes análises sobre odesenvolvimento da agricultura no Brasil e no mundo,indica cenários futuros e foca o cooperativismo, que é uminstrumento importante para a organização das cadeiasprodutivas do agronegócio.

CONJUNTURA E PERSPECTIVAS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO: COLETÂNEA DE ARTIGOS

Autor: Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo Local de publicação: Porto Alegre. Editora: SESCOOPAno: 2008. Páginas: 128 p.

A partir de depoimentos de líderes do setor erepresentantes de instituições que são referência naeconomia brasileira, o livro mostra o processo evolutivodas cooperativas de crédito, reforçando as crenças e osvalores e princípios do cooperativismo como uma formademocrática e justa de desenvolvimento.

COOPERAR PARA PROSPERAR: A TERCEIRA VIA

Organizadores: Arthur Blasio Rambo; Isabel Cristina Arendt; Local de publicação: Porto Alegre. Editora: SESCOOP/RSAno: 2012. N. de páginas: 210 p.

O livro possibilita compreender a existência da AssociaçãoTheodor Amstard dentro de um contexto histórico, do qualfazem parte as necessidades, os desafios, as ideias, osmodelos que inspiraram suas lideranças e seus indivíduos,enquanto partícipes desta história, a buscar umaalternativa para superar as dificuldades da época.

REGIME JURÍDICO DA SOCIEDADE COOPERATIVA

Autores: José Eduardo de Miranda; José Henrique da Silva; PauloGonçalves Lins Vieira. Local de publicação:CuritibaEditora: Juruá . Ano: 2013. Páginas : 246 p.

A obra condensa, de forma dinâmica, os dispositivos dalegislação utilizada no âmbito das sociedadescooperativas, constituindo, portanto, em um instrumentonecessário àqueles que estão direta ou indiretamenteimersos no ambiente do cooperativismo.

‘‘Borgardus

*Citação retirada do livro: Educaçãoe capacitação cooperativa: osdesafios no seu desempenho.

SCHNEIDER, José Odelso(Coordenador). Educação ecapacitação cooperativa: os

desafios no seu desempenho. SãoLeopoldo, RS: Ed. UNISINOS, 2010.

Saiba mais sobre a Biblioteca do Cooperativismo(catálogo on-line) acessando

www.goiascooperativo.coop.br

A cooperativa

sem o ideal

seria tão

somente ‘mais

outro negócio’,

não tendo

motivo especial

para existir.

É o idealismo

que a torna

estimulante para

os membros.”

Reconhecidacomo importantepolo econômicogoiano pelariqueza emminérios, acidade de Catalão,na região sudoeste de Goiás, é tambémreferência cultural para todo o Brasil. Ascongadas, festa folclórica e religiosa, sãorealizadas anualmente, no mês de outubro, nomunicípio. Celebram a fé e a devoção a NossaSenhora do Rosário dos Pretos há mais de umséculo e reúnem cerca de 100 mil visitantes acada nova edição.

Atualmente a festa é realizada por cerca de4.500 dançadores, agrupados em dezenas de

Manifestação folclórica e religiosa chegou a sua 139ª edição

Fé e devoção à Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

Apresentações mobilizam a cidade

R E L I G I O S I DAD E

CatalãoNo embalodos congosCongada une tradiçõesafro-brasileiras em festejo dançantee religioso no interior de Goiás

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Congada de Catalão conta com 21 ternos

Tradição é repassada para as novas gerações

ternos, que dançam pelas ruas do município emhomenagem à santa. Os ternos tocam instrumentosde percussão, como chocalhos, e interpretam cantigastradicionais. Nos grupos, com diferentes papéis, estãoos moçambiques, congos, catupés-cacunda, pajés.Cada grupo tem seu próprio uniforme e rito específico.

O encontro deles é uma festa para os olhos, coração eouvidos. Os dançadores, de todas as idades, aproveitam omomento para agradecer as graças recebidas. Os ternosde congo, como são chamados os grupos, vão de casa emcasa na cidade centenária, onde as famílias já estãopreparadas para receber a congada.

Depois saem em procissão pela cidade e chegam aPraça do Rosário, onde são recebidos em um missacampal com a imagem da Nossa Senhora do Rosário dosPretos, padroeira da cidade. A festa é realizada a partirda última sexta-feira de setembro até o segundodomingo de outubro, quando seus dançadores saem àrua com suas vestimentas coloridas.

OrigemApesar de alguns pesquisadores relacionarem a

origem das congadas à Europa e às lutas religiosas daIdade Média, a maioria considera que a manifestaçãotem origem afro-brasileira e que o culto começou aindano tempo dos escravos, vindos de fazendas de MinasGerais. Na época, os festejos começavam após otrabalho, nas fazendas, em louvor à santa.

As danças, nomeadas de congos e moçambiques,remetem aos países africanos, onde surgiram. Oprimeiro registro das Congadas em Catalão foi feitoem 1876. A cidade apresenta hoje 21 ternos decongada divididos em 12 congos, dois moçambiques,um penacho, dois vilões e quatro catupés.

População local e visitantes participam das atividades religiosas

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COOPERATIVO

PENSAR & COOPERAR||||||||||||||||||||||||| |||| ||||||||||||||||||||||||||||||||

O cooperativismo brasileiro é um fenômeno que, emalgum ponto distante da história, não teve o seusignificado e importância bem compreendidos pelasociedade em geral. Parte disso pode ser atribuída aotemor que os governantes de ocasião, de Getúlio Vargasao golpe militar de 1964, tinham de sua capacidade demobilizar pessoas. Em um mundo centrado nos ideaisdo capitalismo, isto causava temores de que ele setransformasse em uma perna do comunismo.

Outra parte ocorreu, porque o cooperativismo,praticado na essência de seus princípios, ameaçava ostatus quo daqueles que o viam como extensão de seuspoderes políticos, econômicos e financeiros. De fato, noperíodo getulista de 1930 a 1945, houve embates entreaqueles que defendiam a introdução dos princípios deRochdale e os que queriam a manutenção do marco legalentão vigente, baseado no voto múltiplo e, portanto,estimulador de aventuras e oportunismos. Maiorexemplo foi a polêmica em torno do Decreto 22.239, de1932, introdutor dos princípios de Rochdale no País.Inicialmente editado no auge do populismo do governoprovisório de Vargas, houve pressões do conturbadomomento político da época, a ponto de dois anos depoiso próprio Vargas revogá-lo, na transição para o governoconstitucionalista, para somente revigorá-lo, pordefinitivo, em 1938, já sob a égide do Estado Novo.

A vigente Lei 5.764, de 1971, também editada emperíodo de exceção, reforçou os princípios Rochdeleanospara o cooperativismo nacional e, até hoje, é um marcodas lideranças da época que, dois anos antes, haviamcriado a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCBe, enfim, obtiveram o reconhecimento legal do valoreconômico e social do modelo cooperativista.

Hoje, há uma melhor percepção da sociedade sobre o

setor cooperativista e sua importância. O ramo créditodestaca-se por características especiais. Como amercadoria que usa é o dinheiro, assemelha-se a outrosintermediários financeiros, como os bancos. Por estarazão, está sujeito à regulação e à supervisão dos paísesonde atua.

No Brasil, embora seja apenas algo entre 3% e 4%dos agregados financeiros principais, o ramo financeiromostrou crescimento consistente ao longo das últimasdécadas, aparentemente imune às diversas criseseconômicas e financeiras que assolaram a economiamundial e o Brasil, em particular. Os númeroscomprovam. Entre 2000 e 2014, a quantidade desingulares caiu 18%, porém, com aumento de 217% nospontos de atendimento que, assim, superaram emquatro vezes o número de cooperativas, contra relaçãounitária no ano 2000. Menos cooperativas, maioramplitude de atendimento.

Houve, inegavelmente, uma década de conquistaspara o cooperativismo financeiro. A atual Resolução4.434, de 2015, caminha nessa direção, ao eliminaralgumas amarras que ainda permeavam o segmento emtermos operacionais e de governança.

Os próximos anos reservam desafios determinantespara o cooperativismo financeiro. É preciso investir maisna conscientização do público jovem, preparando-o paraaceitar mais o dividir da cooperação do que o multiplicarindividualista. Trata-se de desafio de solução maislongeva, porquanto enraizado em questões culturais.

O cooperativismobrasileiro

Marden Marques SoaresContabilista e ex-diretor do Banco Central do Brasil

Abelardo Duarte de Melo SobrinhoEx-diretor do Banco Central do Brasil

MARDEN E ABELARDO

‘‘O ramo de crédito cooperativo mostrou crescimento consistente ao longodas últimas décadas, aparentemente imune às diversas crises econômicase financeiras que assolaram a economia mundial e o Brasil, em particular.”