JACKPOT Magazine - 40, 14 Abr 2013

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“TARZAN” Estou em crer de que o primeiro super-herói que tentei interiorizar como sendo real e possível de copiar, apesar de viver numa selva a preto e branco trazida pela RTP, foi o Tarzan. Sim, eu sei que estou a cometer um erro enorme ao afirmar que o Tarzan era um super-herói quando, na verdade, ele não tinha capa nem fato especial, mas sim uma espécie de cuecas rasgadas. Naquela década de 70, certamente que muitos, tal como eu, tentaram imitar aquele grito inconfundível. E como eu o treinei, ao grito. Sim, imitei-o vezes sem conta, e penso que me aproximei imenso do original, por mais ridículo que fosse abrir os pulmões e emiti-lo, principalmente fora das quatro paredes onde a televisão mo apresentava, semana sim, semana sim. O Tarzan não era um super-herói de desenhos animados, pelo contrário: era mais do que o Super-Homem, era muito mais do que o Homem-Aranha, era mais do que todos os outros com quem me cruzei ao longo dos anos. Sim, o Tarzan existia, e existia mesmo, mesmo que vivesse numa selva distante, porventura numa Amazónia qualquer, daquelas onde só se chegaria de hidroavião e se, quando lá chegássemos, saltássemos de paraquedas. E, dissessem o que dissessem, o Tarzan era o homem mais forte do mundo. E mais interessante do que isso: para ser o mais forte do mundo, e para derrotar todos os maus que lhe pudessem aparecer pelo caminho, ele era de carne e osso, não necessitando de roupas especiais e muito menos de adereços ou qualidades


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mágicas para conseguir os seus fins: salvar o mundo, mesmo que esse mundo fosse tão só aquela selva distante. (quantas vezes imaginei que o pinhal perto de minha casa seria um bom local para o Tarzan, mesmo sem o ser) Por outro lado, e pensando melhor, acho que o Tarzan não era um super-herói. Era apenas um homem normal, que se perdeu de casa, quando, eventualmente, foi comprar tabaco, e que tinha o dom de resolver os problemas saltando de árvore em árvore, e pouco mais do que isso. Contudo, mesmo perante essa verdade incontornável, a de que o Tarzan era apenas um homem mais forte do que o normal, hoje, em “homenagem” a essas inúmeras horas que passei (passamos) em frente à televisão a apreciar os seus feitos, investido de poderes inexistente, estabeleço que o Tarzan era um super-herói, ou ainda melhor, foi o super-herói dos super-heróis, pura e simplesmente porque não precisava de poderes especiais para fazer tudo o que os outros super-heróis faziam, ponto. Não, não vale a pena contra-argumentarem, pelo menos por agora. (sorrisos)


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“...EM 1996” Eis um ano de grandes cometimentos. Vou começar pelo “nascimento”, a 5 de Julho, na Escócia, da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado com sucesso a partir de uma célula adulta. Durante uns anos Dolly teve uma vida normal (para uma ovelha) e até teve dois filhotes. Só que algo tinha corrido mal no “processo de fabrico” e a nossa estrela envelheceu precocemente, acabando por ser abatida em Fevereiro de 2003, para evitar à bichinha uma morte dolorosa. A ciência é fantástica, mas isto prova que há coisas com que não se deve “brincar”. É só a minha opinião… Outro feito digno de registo cometeram alguns arqueólogos franceses, que descobriram o palácio de Cleópatra, mergulhado sob as águas do porto de Alexandria, no Egipto. Foram assim postos a nú os “modestos” aposentos onde a célebre Faraona (posso dizer assim?) se terá engalfinhado com o Imperador Romano Júlio César, traindo o seu irmão e marido Ptolomeu XIV. Irmão e marido… Ainda diz o Asterix que os romanos é que são loucos. Chiça! Cometimento enorme, mais um, foi o de Fernanda Ribeiro nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Na última volta da final dos 10000 metros, num dos momentos mais empolgantes de que tenho memória, a nossa menina recuperou de um atraso de 20 metros para a chinesa Wang Junxia e passou por ela como uma flecha rumo a uma vitória sensacional. Não sei se ela me ouviu a gritar e a puxar por ela. Mas que até eu fiquei cansado,


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disso não haja dúvidas. Dúvidas não tive quanto à justeza da entrega do Prémio Nobel da Paz a Ramos Horta e a D. Ximenes Belo, pela acção fundamental que tiveram na busca duma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste. A independência, uns anos depois, foi outra justa recompensa para estes (e tantos outros) lutadores pela liberdade. Foi também neste ano que se formou a CPLP - Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, a que aderiram Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Principe e, mais tarde, Timor Leste. Uma excelente ideia que, ao fim de todos estes anos, me parece que não passou disso mesmo: uma excelente ideia… Outra boa ideia teve a ONU, ao declarar 1996 como Ano Internacional para a Erradicação da Pobreza. Mas como as coisas estavam (e ainda estão para tantos milhões de pessoas), bem era necessário UM SÉCULO dedicado ao tema. E não só com palavras e ideias bonitas, mas com verdadeiras acções. E não era assim tão difícil, pois não? Beijos e abraços e até para a semana.


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JARDIM BOTÂNICO DO PORTO

Situado na Foz do Douro, este é um dos espaços verdes da cidade do Porto de importante passagem. Na minha opinião está muito bem tratado e preservado com decorações na própria vegetação, porções de flores que dão uma nova vida ao Jardim no meio de tanto verde. A existência de árvores dão uma sombra bastante equilibrada, permitindo alguns passeios em família. O lago no qual estão à sua superfície duas estátuas combina perfeitamente com o quadro que este espaço nos fornece. Para mim é surpreendente a existência de locais como este no Porto, dando um charme diferente à cidade. Um coreto onde já se fizeram concertos, hoje em dia um pouco esquecido mas que é uma peça que já é habitual se ver num jardim. Mais um espaço verde da cidade, este com a grande vantagem de estar localizado bastante próximo do rio ou mar. Delicio-me de cada vez que tenho a oportunidade de relaxar neste verdejante jardim, localizado junto à Foz do Rio Douro e que proporciona sensações únicas, ouvindo as gaivotas ou o bater das ondas nos rochedos ou no paredão da Foz do Douro, para além das suas vistas bastante bonitas. Está em bom estado de conservação e é um local que dá aos seus visitantes uma tranquilidade e sensação de descanso incríveis, o que é raro no centro duma grande cidade. Com mais de 4 hectares, o Jardim Botânico apresenta espaços muito diversificados, dominados pela elegante forma da Casa Andresen. Apesar de limitado no seu espaço, a beleza do Jardim Botânico do Porto não deixa o visitante indiferente. Este jardim foi arquitetado pelo paisagista alemão de Berlim o mesmo que fez o projeto dos jardins do Palácio de Cristal e muitos jardins do Porto. Recomenda-se a visita a este monumento natural turístico que é mais um ex-libris da Cidade do Porto.


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O Jardim Botânico do Porto hoje, é grande o suficiente para esquecermos que estamos na segunda capital, este sítio é a fuga perfeita para nos encontrarmos com a natureza, num espaço magnífico em contacto com espaços verdes, onde nos sentimos enquadrados num ambiente natural.


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