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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de Departamento Comercial Nelson Rosa PRÓXIMA FORMAÇÃO: 21 JAN 2013 968 647 094 | [email protected] Alvará 155A Autorização 96 Fusão de Comunidades não avança A fusão de três Comunidades Intermunicipais era uma possibilidade apontada pelo Governo. A proposta não avançou devido ao facto de o município de Ourém não estar de acordo com a provável fusão. página 12 Agricultura em Mação é mote de convívio Mação já recebeu o primeiro Mercado Mensal no âmbito do projeto “Os quintais nas praças do pinhal”. Nesta edição fomos conhecer a vida de César Marques que, aos 72 anos, se dedica à restauração e à agricultura. página 5 e 6 Aprovada lei da extinção de freguesias A polémica em torno da extinção de mais de mil freguesias em todo o país parece não ter fim, mas na Assembleia da República foi dado mais um passo na confirmação da medida. página 13 MUNICÍPIOS AGRICULTURA REGIONAL Especial Saldos. páginas 10 e 11 Comerciantes e consumidores satisfeitos com as promoções que antecedem os saldos Receba comodamente o Jornal de Abrantes em sua casa 12 publicações · 10 euros (despesas de envio) · 241 360 170 JANEIRO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5503 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

Departamento ComercialNelson Rosa

PRÓXIMA FORMAÇÃO: 21 JAN 2013968 647 094 | [email protected]

Alvará 155A Autorização 96

Fusão de Comunidades não avançaA fusão de três Comunidades Intermunicipais era uma possibilidade apontada pelo Governo. A proposta não avançou devido ao facto de o município de Ourém não estar de acordo com a provável fusão. página 12

Agricultura em Mação é mote de convívioMação já recebeu o primeiro Mercado Mensal no âmbito do projeto “Os quintais nas praças do pinhal”. Nesta edição fomos conhecer a vida de César Marques que, aos 72 anos, se dedica à restauração e à agricultura. página 5 e 6

Aprovada lei da extinção de freguesiasA polémica em torno da extinção de mais de mil freguesias em todo o país parece não ter fim, mas na Assembleia da República foi dado mais um passo na confi rmação da medida. página 13

MUNICÍPIOS AGRICULTURA REGIONAL

Especial Saldos. páginas 10 e 11

Comerciantes e consumidores satisfeitoscom as promoções que antecedem os saldos

Receba comodamente o Jornal de Abrantes em sua casa12 publicações · 10 euros (despesas de envio) · 241 360 170

JANEIRO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5503 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

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2 JANEIRO 2013ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

[email protected]

RedaçãoRicardo Alves

(TP.1499)[email protected]

Alves JanaAndré Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

ImpressãoGrafedisport, S.A.

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Um desejo para o mundo, um desejo para o país, um desejo para si?

André RodriguesRossio Ao Sul do Tejo

Para o mundo que haja mais amor, alegria, paz e partilha, mais respeito, mais igualdade, e menos confl itos, guerras, falsidade e cruel-dade. Para Portugal, acima de tudo, que consigamos de alguma forma levantar-nos e dar um passo em frente na recuperação das difi cul-dades! Para mim, que tenha saúde, amor e alegria! Que continue ro-deado dos amigos, familiares e pes-soas especiais, que seja feliz!

O futuro será aquilo que soubermos fazer

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

Espera-se que com a mudança de ano surjam novas (e boas) coisas. A tradição diz-nos que Ano Novo signifi ca Vida Nova. E nós vamos reproduzindo a ideia, na esperança de que ela nos sirva para qualquer coisa. Nem que seja para começar a prometida dieta…

Se cada um de nós pode decidir ‘mudar de vida’ fazendo pequenas alterações nos seus hábitos e rotinas, o certo é que continuamos todos muito dependentes de realidades que nos são exteriores. Tanto no mundo como no país como na região, reina a incerteza. Não sabemos o que nos trará o ano de 2013. Não sabemos que confl itos podem surgir a nível mundial, não sabemos como é que a economia portuguesa se vai aguentar, não sabemos como é que regionalmente nos vamos organizar.

Ficamos na dúvida, mas temos que continuar a andar. Poupando onde pudermos, sendo criativos se formos capazes, apostando no que é fundamental. E o essencial continua a ser o mesmo: educação e formação. Sobretudo em momentos de incerteza, aquilo que cada um tiver (por mérito, por esforço ou por uma combinação dos dois) será o seu seguro de vida. Aquilo que cada um souber, souber fazer, souber criar, souber explorar, souber desenvolver… Isso será, provavelmente, a única garantia para se alcançar dias minimamente satisfatórios.

HÁLIA COSTA SANTOS

André SantosAbrantes

Para o mundo desejo maior to-lerância nas infl uências religiosas que tanta guerra estão a provo-car. Para Portugal que os políticos mudem de atitude e olhem para as pessoas e causas sociais em vez de olhar para os bens e vantagens políticas e para mim desejo arran-jar emprego.

Inês Luz Abrantes

Que o mundo possa sorrir de paz, porque cada vez mais precisa dela. Parece que cada vez está tudo mais ao contrário. Para Portugal desejo que consiga ultrapassar esta fase que parece nunca mais ter fi m. E para mim, desejo apenas ser feliz e ter sempre vontade de sorrir!

UMA POVOAÇÃO Florença, natu-ralmente.

UM CAFÉ Chave d’Ouro, obvia-mente.

PRATO PREFERIDO Bacalhau, cons-tantemente.

UM RECANTO PARA DESCOBRIR Não se deve descobrir nada nesta altura do ano, para evitar gripes.

UM DISCO Um disco de Newton.

UM FILME Ladrões de Bicicletas.

UMA VIAGEM Itália, sempre.

UMA FIGURA DA HISTÓRIA D. João II, porque sim.

UM MOMENTO MARCANTE Um pontapé do Ronaldo que marque golo.

UM PROVÉRBIO Quando a neces-sidade bate à porta sai a vergonha pela janela.

UM SONHO O triplo do atual salá-rio mínimo nacional para todos.

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Pescar salmões no Lago do Jardim do Cas-telo.

SUGESTÕES

Eurico Heitor Consciência

IDADE Mais anos do que rugasRESIDÊNCIA Abrantes/CascaisPROFISSÃO Advogado – sempre

No dia 10 de dezembro, alguém que passou pela Rua Actor Taborda, no centro histórico de Abrantes, lem-brou-se de cortar os pneus dos carros ali estacionados. Puro ato de vandalismo, sem justifi cação possível.

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3JANEIRO 2013 ENTREVISTA

Aos 35 anos, Elisabete Chambel é voluntária na Cruz Vermelha de Abrantes. Admite a difi culdade de conciliar o voluntariado com a vida pessoal e profi ssional, mas não per-mite que isso a faça desistir de aju-dar os outros. Os conhecimentos que adquiriu com esta atividade de voluntariado já lhe permitiram evitar que o pior acontecesse a um idoso: “Se não fosse o curso da Cruz Vermelha não o conseguia salvar.”

Por que é que decidiu juntar-se à Cruz Vermelha Portuguesa?

Porque, de algum modo, me dá gosto e prazer fazer parte daquela equipa. Sei que estou a ajudar uma instituição e alguém.

Como foram os treinos e a prepa-ração?

Primeiro, foram as reuniões sobre a Cruz Vermelha e um curso inten-sivo sobre a história da Cruz Verme-lha. Depois, foi a parte do treino e do socorrismo. Tivemos vários forma-dores, aprendemos um pouco de tudo. Eu fi z mais uma formação que alguns colegas não fi zeram, que é a parte da condução defensiva. Estou apta para conduzir transportes de socorro. Essa foi a parte mais dura, aquela parte militar em que passa-mos por um esforço físico.

O esforço é só físico ou é também psicológico?

Não, tem mesmo a parte psicoló-gica. Há aquela altura que nós te-mos de cumprir tropa. Fizemos fl e-xões, ginástica, corremos, é mesmo resistência física. Atrás da parte fí-sica vem a parte psicológica. Tive-mos três colegas que desistiram. Um, por saúde, e dois porque não aguentaram a parte psicológica.

Qual foi a experiência mais mar-

cante desde que é voluntária?A experiência mais marcante foi

há poucos dias e não foi na Cruz Vermelha. A minha profi ssão é com idosos. Estávamos a servir a refeição e houve um idoso que se engas-gou, parou a respiração. Tive de en-trar em manobras de reanimação, tentar desobstruir as vias aéreas. No fi m de lhe ter salvado a vida dei co-migo a chorar. Se não fosse o curso da Cruz Vermelha não o conseguia salvar.

O que tira da experiência como socorrista?

Uma enorme riqueza porque um socorrista anda sempre numa adre-nalina, aparece um telefonema, um “codu”, que é uma chamada para ir socorrer alguém de urgência, e nunca sabemos o que vamos en-contrar.

Acha que valeu a pena todo o es-forço?

Valeu e vale, porque cada noite de serviço há sempre uma expe-riência nova. Nós, neste momento, com o sistema de saúde que temos, fazemos muitas transferências de Abrantes, Tomar e Torres Novas, e convivemos com muita gente. En-tramos em muitos lares e residên-cias e, por vezes, vamos ao encontro do que eles precisam, de um boca-dinho de conversa. É uma experiên-cia muito gratifi cante, cada noite há algo que trazemos para casa.

Consegue conciliar o trabalho com o voluntariado e com a vida familiar?

Até aqui tenho conseguido, mas é muito difícil coordenar as três si-tuações quando se tem um filho com sete anos que começa a exi-gir muito de nós. Neste momento estou a contar com o apoio da mi-

nha sobrinha que está a residir em minha casa. Se não fosse o apoio dela eu teria de abdicar este ano da Cruz Vermelha porque o meu ho-rário profi ssional não coincide com o horário do voluntariado. É com-plicado, mas com força de vontade tudo se consegue.

O que é que o seu fi lho diz?O meu filho diz ‘a minha mãe é

bombeira’, ‘a minha mãe anda nas ambulâncias’. Sei que tem muito or-gulho em mim. Ele conta isso aos colegas e eu sei que fi ca contente e todo vaidoso quando eu entro na escola e os meninos perguntam: ‘Quem é aquela polícia?’ Ele res-ponde: ‘Não é polícia! É bombeira e é a minha mãe!’

Quantas horas é que faz mensal-mente na Cruz Vermelha?

Eu faço 12 horas. Mas se houver um serviço de urgência para Lisboa eu não vou estar a ver se são 22h00 ou se são 23h00. Há que aproveitar o serviço para Lisboa até porque tem uma rentabilidade grande para a instituição, porque esses serviços são cobrados. Nós sabemos a hora a que entramos, mas não sabemos a que hora chegamos a casa, não sabemos a hora em que saímos da Cruz Vermelha. Mas, por norma, são seis horas no período noturno, en-tre as 18h00 e as 24h00. Ao sábado a Cruz Vermelha funciona das 9h00 às 18h00. Estamos com uns proje-tos para trabalhar durante a noite

e ao domingo. É quando há mais afl uência de urgências e nós temos que ver em que altura é que há mais necessidade, temos de aproveitar esses períodos para trabalhar.

Como é que está a Cruz Vermelha em termos de recursos?

Devíamos ter mais ambulâncias. A Cruz Vermelha em Abrantes era uma instituição muito esquecida. De há uns anos para cá é que se ouve falar na Cruz Vermelha. Temos vindo a adquirir carros conforme a necessidade que temos e conforme a parte monetária. Neste momento temos bons recursos a nível de ma-teriais.

Em recursos humanos somos uns 30 ou 40 voluntários, mas muito poucos a darem disponibilidade de horário, ou seja, não nos adianta ter-mos uma grande lista quando não podemos recorrer a esses meios. Por vezes pedem-nos para darmos assistência em provas, em festas e muitas das vezes não podemos aceitar porque não temos quem vá. Tínhamos um projeto que era fazer rastreios de glicémia, tensão arterial e peso aos domingos de manhã nas aldeias e tivemos que desistir desse projeto porque não temos meios humanos.

O trabalho da Cruz Vermelha está a correr bem?

Está a correr bem, já correu mal porque tínhamos menos colegas. Neste momento terminou um curso de socorristas e podemos alargar a nossa equipa e prestar mais e me-lhor serviço. E neste momento acho que a Cruz Vermelha tem tudo para funcionar bem desde que haja boa vontade da parte humana.

Cátia FranciscoAluna de Comunicação Social da ESTA

ELISABETE CHAMBEL, VOLUNTÁRIA NA CRUZ VERMELHA DE ABRANTES

“A Cruz Vermelha tem tudo para funcionar bem desde que haja boa vontade”

• “É uma experiência muito gratifi cante, cada noite há algo que trazemos para casa”

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4 JANEIRO 2013DESTAQUE

A lei é geral mas os muni-cípios podem optar. Em Abrantes há casos de empre-sas que estão fechadas, ha-bitações que estão sem uti-lização, mas as contas conti-nuam a chegar.

O Decreto-Lei n.º 194/2009 de 20 de agosto defi ne um regime comum, uniforme e harmonizado aplicável a to-dos os serviços municipais, independentemente do mo-delo de gestão adotado e obriga a efetuar a ligação à rede pública de abasteci-mento de água e/ou de sa-neamento de águas resi-duais. O caso de Cremildo, 61 anos, é um bom exemplo da aplicação da lei.

Cremildo, empresário em Abrantes, no ramo automó-vel, adquiriu o restaurante ‘Chez Michel’ há cerca de um ano, que passou para o fi lho. Perante a condição do edifí-cio, degradado, reconstruiu-o, fez obras e só não o abriu porque avaliou “a situação fi -nanceira do país e achou que não era a melhor altura para o fazer, principalmente no se-tor da restauração”. Assim, en-viou uma funcionária cortar a

água e foi aí que se aperce-beu que todos os meses teria de pagar cerca de 50 euros utilizando ou não o serviço.

Feitas as contas, em um ano Cremildo pagou cerca de 600 euros de água que não usa, num edifício sem utilização e sem contador desde há um mês. “Tenho pago sempre, mas acho que é um roubo ao contribuinte”, afi rma re-voltado. Recentemente a mesma funcionária dirigiu-se novamente aos serviços da autarquia onde lhe disse-ram que fi cava mais barato se o proprietário fi zesse uso doméstico e não como em-presa. “Mas para isso teria que cessar atividade junto das fi -nanças”, conta Cremildo.

Obrigação pela qualidade da água

A obrigação de ligação im-posta por lei é justifi cada por ser “forma de garantir a qua-lidade da água consumida, o tratamento adequado dos efl uentes e a gestão racio-nal e sustentada dos recursos hídricos. O munícipe é obri-gado a estar ligado e a enti-dade pública gestora é obri-

gada a manter a rede em boa condição”, lê-se no site da En-tidade Reguladora dos Servi-ços de Águas e Resíduos.

Carlos Pina da Costa, presi-dente do Conselho de Admi-nistração dos Serviços Mu-nicipalizados de Abrantes (SMAS), afi rma que a política da empresa gestora que pre-side tenta facilitar “a vida ao

cidadão, numa crise social profunda, e quando não re-gistamos atividade efetiva, a qual controlamos, aceitamos aplicar as tarifas domésticas, as mais baixas”.

O responsável pelos SMAS já estava no cargo quando o re-gulamento foi adotado, afi r-mando que assume as suas responsabilidades. Questio-

nado sobre a opção que as-siste às autarquias, neste tipo de situações e suas regula-mentações, Pina da Costa disse que “se é proibido avan-çar no vermelho não implica que não haja quem o faça e polícias que o permitam”.

Com cada vez mais casas vazias e empresas encerra-das, é de prever que situa-

ções como a de Cremildo se-jam cada vez mais frequen-tes. O incumprimento da obrigação de ligação consti-tui contra-ordenação puní-vel com coima que pode ir até 3.740 euros, caso o infra-tor seja pessoa singular, e até 44 890 euros, se for pessoa coletiva.

Ricardo Alves

Novo cronograma da obra e retirada de prazos de exe-cução são outras alterações. Cheque de 1.1 milhões à es-pera de ser recebido na te-souraria abrantina.

Na reunião do executivo abrantino de 3 de dezembro, Maria do Céu Albuquerque anunciou a proposta de Ale-xandre Alves, que para além do novo cronograma, prevê a mudança da sede da em-presa de Abrantes para Lis-boa, e que a mesma passe a não ter imposição de da-tas de execução. O empre-sário aceita pagar o valor in-tegral dos terrenos – 1.1 mi-lhões de euros - deixando de existir a venda do terreno por um valor simbólico, altera-

ções a serem feitas ao pro-tocolo celebrado em 2009, através de uma adenda.O executivo aprovou esta proposta depois de dar co-nhecimento de um parecer jurídico favorável elaborado por um advogado da autar-quia, sendo a recuperação do investimento financeiro um dos pontos mais importan-tes do mesmo. Já Alexandre Alves acredita que o paga-mento da verba e as altera-ções efetuadas ao protocolo vão no sentido da salva-guarda do futuro do projeto.

Candidaturas abertas

Alexandre Alves anunciou a abertura de 460 vagas de emprego para a empresa. O

anúncio foi publicado na im-prensa: 400 vagas para a li-nha de montagem, 30 para técnicos de manutenção, 18

vagas para licenciados em engenharia industrial, mecâ-nica, robóticas ou similares, entre outros, como professo-

res, formadores e responsá-veis por economia e gestão.O empresário garantia em início de agosto de 2012,

aos microfones da Antena Li-vre, que “depois das limpe-zas em agosto, em setembro as empresas de construção acabam o que têm para aca-bar, em outubro vêm as má-quinas e em janeiro (2013) começamos a produção”.Facto é que, questionada em reunião do executivo sobre as avaliações efetuadas pela comissão técnica da autar-quia no terreno da empresa, a presidente abrantina, Ma-ria do Céu Albuquerque, afi r-mou que os trabalhos estão em execução mas com al-gum atraso, tendo aceitado o novo cronograma da obra, submetido há cerca de um mês.

Ricardo Alves

• Restaurante que nunca chegou a abrir paga 50 euros por mês

RPP SOLAR: Protocolo polémico alterado e sede da empresa muda para Lisboa

Água: lei obriga a pagar sem que haja consumo

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5JANEIRO 2013 DESTAQUE 5

Na Assembleia Municipal de Abrantes do dia 14 de de-zembro foi discutido e apro-vado o Orçamento para o ano de 2013. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, lembrou que “não vivemos uma época de gran-des investimentos”. Por isso, “a intenção não é fi car na his-tória pela grande obras, mas sim pela dinamização do que já existe e pela aposta nos pe-quenos projetos”.

Os projetos anunciados para o ano 2013 foram as ha-bitações a custo controlado, a primeira fase de requalifi-cação da praça central do Pe-go,a requalifi cação da praça central de São Miguel do Rio Torto, o jardim da República (Abrantes), a residência ar-tística, a galeria municipal, a requalifi cação da rede viária, o pontão de Rio de Moinhos em Aldeinha, as unidade de saúde de Abrantes e de Car-valhal, a residência de estu-dantes e a ampliação da esta-ção de canoagem no Rossio, para além de saneamento e efi ciência energética.

Para além dos novos pro-jetos, será dada continui-dade a outros já em desen-volvimento. Nomeadamente

a aquisição de equipamen-tos para os centros escola-res, o centro de acolhimento do Tejo no Aquapolis, o mer-cado municipal, as hortas comunitárias, a estação de canoagem de Alvega, o hipó-dromo dos Mourões, a rota do Tejo e o restauro dos fres-cos da Igreja de Sta Maria do Castelo. Estas são obras já em execução que Maria do Céu Albuquerque quer fazer avançar.

No que diz respeito aos pro-jetos que estão em fase de desenvolvimento mas à es-pera de financiamento enc-ontra-se a requalifi cação do Convento de São Domingos, para o futuro MIIA, a nova ESTA, os centros escolares da Encosta Sul e de Alvega, a requalificação do jardim do Castelo, o parque Vale da Fontinha e a praia fl uvial de Fontes, entre outros.

A alineação do terreno para o Hotel Turismo de Abrantes também esteve na ordem do dia. Trata-se de um pro-jeto que prevê a ampliação e construção de um novo edifício que vai aumentar as valências e serviços da uni-dade hoteleira. Para se con-cretizar, está prevista a venda

por parte da autarquia dos terrenos onde está situada a antiga piscina da cidade. Sónia Onofre, do ICA, ques-tionou o valor de baixo custo (cerca de 5.800 euros) que o terreno vai ser vendido e re-feriu o episódio da penhora de que o Hotel foi alvo.

Maria do Céu Albuquerque disse que o valor da venda do terreno se traduz num incen-tivo para a criação de uma unidade necessária ao con-celho. A alienação de terreno para o hotel turismo foi as-sim aprovada com duas abs-tenções. Quanto à questão da penhora levantada por Sónia Onofre, a presidente disse que a Câmara está a li-dar com um empresário de confi ança.

A intenção de criar uma cooperação única de bom-beiros que sirva dos conce-lhos de Abrantes, Mação, Constância e Sardoal tam-bém levantou algum debate, apesar do ponto não ter sido levado à aprovação. Manuela Ruivo, do PSD, disse que a au-tarquia deveria resolver com urgência o quadro de pes-soal dos bombeiros munici-pais e a forma de pagamento aos voluntários.

Já João Viana, do ICA, refe-riu divergências entre a autar-quia e a cooperação de bom-beiros de Abrantes, alertando para a forma de pagamento dos voluntários de Abrantes, que envolve os bombeiros de Constância. Em causa es-tão notícias vindas a público sobre o pedido de inspeção que o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profi ssionais apre-sentou para que a situação dos pagamentos seja averi-guada.

A presidente da autarquia disse que falta apenas a coo-peração de Constância apro-var o protocolo que prevê a agregação das várias coope-rações numa única. Quanto aos bombeiros municipais, adiantou que a Câmara tem feito de tudo para os manter, face ao “tratamento injusto” com que Estado responde a este tipo de situações. “Nós recebemos 90 mil euros para fazer face às despesas com o corpo de bombeiros, mas quando falamos dos voluntá-rios que trabalham por vezes em territórios mais peque-nos, estamos a falar de quan-tia que ronda os 300 e os 500 mil euros”.

Orçamento de Abrantes: “Não vivemos uma época de grandes investimentos”

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6 JANEIRO 2013AGRICULTURA

A empresa tinha até 10 de dezembro para recomeçar obra, depois de não conse-guir acesso a plano de recu-peração fi nanceira.

A Câmara Municipal de Abrantes (CMA) esperou até dezembro para que a obra re-começasse, depois de um pe-dido da empresa Sociedade de Construções José Couti-nho, S.A. para a suspensão dos trabalhos até essa data, por di-fi culdades fi nanceiras. Findo o prazo e sem resolução à vista, a autarquia resolveu negociar a rescisão de contrato com a empresa e a solução passa agora por dois cenários: ou o contrato passa para outra empresa que finalize a obra

do mercado ou será lançado novo contrato para conclusão da obra, através de concurso.

Recorde-se que início de maio foi autorizado o prolon-gamento do prazo da em-preitada até 30 de setembro, sendo a obra posteriormente suspensa até dezembro. O novo Mercado de Abrantes foi adjudicado por cerca de 1,3 milhões de euros, sendo comparticipada pela União Europeia num montante de 977 mil euros, e a data para a conclusão apontava para abril. Esta mesma data foi transmitida aos comerciantes do mercado, que estão sem casa desde que, em março de 2012, a ASAE encerrou o an-tigo mercado por falta de hi-

giene e condições sanitárias. Para Maria do Céu Albu-

querque, presidente da CMA, a “situação chegou ao limite e que não se pode tolerar mais”, reconhecendo que a obra já devia estar concluída “mas ainda nem a meio vai”. Em

declarações à Antena Livre, a autarca lamentou os danos e prejuízos causados e que a “todos toca”. “A Câmara é a menos prejudicada, apesar de ser uma obra emblemática para o município, mas os ci-dadãos utilizadores, o comer-

ciante que faz do mercado o seu posto de trabalho, os co-merciantes, nomeadamente da rua, que veem o seu negó-cio prejudicado, são todos le-sados e nós somos absoluta-mente solidários.”

A autarca admite que o exe-

cutivo camarário não pode fazer mais do que o que faz nesta altura, apontando o dedo à crise atual “e que afeta muitas empresas, que passam por difi culdades muito gran-des, como é o caso da em-presa Sociedade de Constru-ções José Coutinho, S.A. que concorreu a muitas obras e tem um património valioso mas que atendendo às con-dições do mercado não está o conseguir rentabilizar”. Ma-ria do Céu Albuquerque ex-plica que “tudo fi zemos para viabilizar a obra junto da em-presa”, mas que agora o obje-tivo é criar um cenário em que conclusão da obra “não de-more muito mais tempo”.

Ricardo Alves

• O objetivo é que conclusão da obra “não demore muito mais tempo”

AOS 72 ANOS, CÉSAR MARQUES DEDICA-SE À RESTAURAÇÃO E À AGRICULTURA

NOVO MERCADO DE ABRANTES

Mação já recebeu o pri-meiro Mercado Mensal no âmbito do projeto “Os quin-tais nas praças do pinhal” e a adesão foi notória. Peque-nos agricultores que conci-liam a sua vida profi ssional com a agricultura, venderam os seus produtos durante o dia 9 de dezembro. Uma iniciativa que trouxe vida à vila maçaense, tal como nos contou César Marques.

César Marques tem 72 anos, é natural de Mação, e man-tém uma cafetaria aberta há cerca de 20 anos no co-ração da vila. Desde sempre se dedicou à terra. A paixão foi-lhe passada pela mãe, e assim, mantém, há muitos anos, uma pequena planta-ção no concelho. “Nasci no tempo em que tínhamos de criar para sobreviver, hoje

mantenho esta preocupa-ção, e tenho muito carinho naquilo que planto.”

Na sua horta pode-se en-contrar um pouco de tudo, desde a couve portuguesa,

o feijão-verde, a hortelã, os coentros, os grelos, a couve-fl or, as maçãs, as laranjas, os limões, as peras, entre outros produtos hortofrutícolas.

César Marques viu com

muito bons olhos a iniciativa “Os quintais nas praças do pinhal”. Participou não pelo negócio, mas pela colabo-ração e pelo convívio. “Tudo o que levei para o mercado,

vendi, correu muito bem! Foi um balanço positivo pelo lu-cro que obtive, mas sobre tudo pela envolvência que ali se estabeleceu entre os produtores e os visitantes.”

Nesta iniciativa da Pinhal Maior e das autarquias, to-dos os produtores são con-vidados a participar nas pró-ximas feiras, a realizar nos cinco concelhos envolvidos: Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Mação. César Marques admitiu ao JA que tem a pretensão de par-ticipar apenas nas feiras em Mação, e justifi cou: “A minha dedicação à agricultura é de facto uma realidade, mas te-nho de conciliar com ativi-dade aqui no café que me ocupa bastante tempo. Uma coisa é certa, gostaria imenso que esta iniciativa fosse para

continuar, fiquei contente com o convívio que se esta-beleceu, numa terra em que falta sobretudo alguma vida aos fi ns de semana.”

É da sua horta que provêm os produtos para as delicio-sas sopas e sandes que César Marques e a sua esposa Ma-ria Luísa garantem no es-paço comercial. “As nossas sopas são bastante aprecia-das e procuradas. Aqui há uns anos formavam-se fi las para saborear os nossos deli-ciosos petiscos e pratos. Mas com o avançar do tempo as coisas foram mudando. Hoje fico satisfeito pela adesão que ainda tenho às sopas, nesta terra santa onde tudo se produz “, concluiu o agri-cultor.

Joana Margarida Carvalho

“Mação é uma terra santa, aqui tudo se produz”

Câmara rescinde contrato com empresa construtora

• César Marques e a esposa: “Tudo o que levei para o mercado, vendi”

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7JANEIRO 2013 AGRICULTURA

“As organizações de produtores deverão ser o meio privilegiado para o escoamento dos produtos”

Num momento em que já se as-siste a algum regresso à terra para a cultivar, Pedro Saraiva, técnico coor-denador da TAGUS – Ribatejo Inte-rior, respondeu, por email, a algu-mas perguntas que ajudam a com-preender como está a ser apoiada a produção agrícola na região. Esta associação para o desenvolvimento da região tem vindo a dar respos-tas a projetos neste setor e continua disponível para o fazer.

Como é que a TAGUS tem vindo a apoiar os agricultores da região?

A TAGUS, na sua relação direta com os produtores agrícolas, tem uma função de complemento e apoio na diversifi cação da sua ati-vidade, porque em termos diretos os regulamentos apenas permitem pequenos apoios aos investimen-tos na transformação e comerciali-zação dos produtos transformados. No entanto, temos apoiado alguns investimentos interessantes, como é o caso do espaço de acolhimento enoturístico do Casal da Coelheira, os investimentos de Turismo em Es-paço Ryural ligados ao Cavalo e cen-tros hípicos, mudanças de imagens nas embalagens e rótulos de produ-tos locais, para além de todo um tra-balho complementar da TAGUS na lógica da promoção e valorização dos produtos locais da região, em particular o Azeite e o Vinho.

Como é que alguém que tenha terrenos cultiváveis, mas não te-nha conhecimentos em agricul-tura, pode potenciar esses mes-mos terrenos?

A principal fórmula será a ativi-dade agrícola, mas, como qualquer atividade económica, tem que es-

tar bastante suportada no conhe-cimento do mercado e todas as condicionantes para a ele aceder, mas também nas condições de pro-dução. É evidente que não é ne-cessário ter um curso de agrono-mia para ser agricultor, mas a pro-cura de informação, a realização de formação e a experiência e gosto pelo trabalho serão essenciais ao sucesso do projeto. Por outro lado, as resposta lógicas seriam o arren-damento a quem já tem atividade agrícola ou a própria fl orestação, se as áreas forem de dimensão e com condições sufi cientes.

Como é que alguém que tenha ex-cesso de produção pode colocar os seus produtos no mercado?

Estamos num momento com-plexo para dar esta resposta. Aten-dendo à reforma fiscal em curso, a necessidade de estar coletado como agricultor é essencial para precaver eventuais dissabores. In-dependentemente da dimensão e quantidades produzidas, o fator central é o mesmo: acesso ao mer-cado. As organizações de produto-res deverão ser o meio privilegiado para o escoamento dos produtos.

A outro nível, na nossa região, têm-se vindo a consolidar ativida-des, como é o caso da feira franca ou mercados de produtos da terra... O objetivo é facilitar precisamente o estabelecimentos dos chama-dos mercados de circuito curto, de venda direta entre quem produz e quem consome. A organização de cabazes hortofrutícolas que de forma sistemática estabelecem essa relação entre o produtor e consu-midor são igualmente um caminho. Por exemplo, o PROVE, dinamizado

pela TAGUS, é um modelo, que não tem dado resposta sufi ciente por-que os produtores com quem te-mos procurado alargar a rede não têm ainda uma estrutura que per-mita assegurar um fornecimento constante aos muitos pedidos re-cebidos da parte dos mais de 100 consumidores que ainda se encon-tram em espera. Os agricultores in-teressados em aderir ao sistema de entrega semanal de hortofrutícolas da TAGUS possam contactar-nos através de email ([email protected]).

A TAGUS tem vindo a notar, na região, um regresso à terra (pes-soas sem experiência a recupera-

rem terrenos abandonados de fa-miliares ou mesmo a comprarem terrenos para cultivar)? Se sim, pode dar exemplos?

Sim, alguns têm sido os contactos de pessoas que ou ficaram em si-tuação de desemprego ou estão à procura de uma nova atividade eco-nómica. Temos sugerido as linhas de apoio para os Jovens Agricul-tores ou as regulares do eixo 1 do PRODER. São pessoas que preten-dem valorizar leite de cabra, produ-zir frutos vermelhos, hortofrutícolas para venda direta...

Existem produtos agrícolas de que o mercado necessite mais? Se sim, quais?

Atualmente, somos importadores de mais de metade do que consu-mimos em Portugal.

O que é que é preciso para se ser apoiado pela TAGUS (quer ao ní-vel do desenvolvimento de pro-jetos quer ao nível de fi nancia-mento)?

Basta contactar os nossos servi-ços instalados no TAGUSVALLEY - Tecnopólo do Vale do Tejo, em Alferrarede, para que possamos co-nhecer a intenção da pessoa e em seguida poder dar sugestão para os passos sequenciais que podem ser dados na concretização dos seus projetos.

OS AGRICULTORES INTERESSADOS EM ADERIR AO PROGRAMA PROVE PODEM CONTACTAR A TAGUS

• Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS

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8 JANEIRO 2013SOCIEDADE

BNI Estratégia promove jantar solidário

“A deficiência não é a diferença, diferentes somos todos.” Esta foi a frase mais pronunciada ao longo da noite do jantar de Natal do BNI Estratégia. O evento solidário, que aconteceu no Parque de São Lou-renço, teve como objetivo reu-nir um conjunto de doações para Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, CRIA.

Cinco mil euros foi o valor alcan-çado, através do pagamento do jantar, um leilão de rifas e mais al-gumas doações de empresários que marcaram presença na ini-ciativa.

Humberto Lopes, o presidente do CRIA, explicou as difi culdades que a instituição tem enfrentado diariamente. Difi culdades que não passam pela inclusão dos porta-dores de defi ciência na sociedade, mas sim na integração dos mes-mos: “ Infelizmente o nosso Es-tado promove apenas a inclusão, isso não basta, é necessário que haja a integração. Exemplo disso

é o facto de termos formação pro-fi ssional para os utentes com mais de 15 anos, que fi cam com forma-ção profissional e com o 9º ano de escolaridade. Esta formação é financiada pelo IEFP. Depois, quando estes utentes se apresen-tam no IEFP para se candidatarem a empregos, não lhes é reconhe-cida a habilitação referente ao 9º ano. São situações destas que te-mos de mudar.”

Humberto Lopes agradeceu o va-lor que reverteu para a instituição e explicou que o dinheiro vai ser investido nas carências que o CRIA tem e para os projetos que tem em marcha, como um pavilhão de hi-poterapia e a construção de um armazém.

CRIA utiliza o donativo para carências e projetos que tem em cursoDaniel Campos, presidente do BNI Estratégia, garantiu que a região pode contar com o BNI para este

tipo causas solidárias: “Ficou bem claro que somos um parceiro para mais desafios deste âmbito.” Por sua vez, Saldanha Rocha, presi-dente da Câmara Municipal de Mação, fez um balanço do traba-lho desenvolvido pelo CRIA, ex-plicando que sempre pôde contar com a instituição para servir o seu concelho. Já Maria do Céu Albu-querque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, frisou que a comunidade abrantina é uma comunidade que se entrega a grandes causas e o CRIA é exem-plo disso.

Pedro Costa, presidente da De-legação de Abrantes da Ordem dos Arquitetos, Eduardo Marga-rido, presidente do Lions Clube de Abrantes, António Afonso, di-retor executivo do BNI da região, e Terry Hamill o diretor do BNI de Portugal foram outras presenças assinaladas nesta noite de âmbito solidário.

Joana Margarida Carvalho

ABRANTES Constância limita despesas e impostos

Fórum “Responsabilidade Social e Igualdade de Género”

Refeições sociais para quem mais necessita

Para o ano de 2013 a Câmara de Constância promete continuar a “implementar medidas que li-mitem despesas, seja em consu-mos de bens e serviços, na am-plitude das Festas do Concelho e de Nossa Senhora da Boa Via-gem ou na realização de ativi-dades culturais de baixos cus-tos como Gostar de Constância, Jogos Concelhios ou Animação de Verão”. Entre outras medidas, a autarquia anuncia, em comu-nicado, que “voltará a não au-mentar os preços da água, nem haverá qualquer acréscimo nas rendas cobradas quer sejam de habitações ou de espaços co-merciais pertencentes ao mu-nicípio”.

O Programa Viver Constância, a Concessão de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos (apoio fi -nanceiro a estudantes a frequen-tar estabelecimentos de ensino superior), a Ação Social Escolar, bem como o acompanhamento, através do Gabinete de Ação So-cial, Educação e Saúde, de diver-sos casos sociais, são também exemplos das ações que Câmara de Constância coloca à disposi-ção da sua população.

Relativamente aos impostos, e no que ao IMI diz respeito, a taxa aplicável aos prédios urbanos será reduzida para 0,6% e nos prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI reduzir-se-á para 0,3%, ou seja, para o mínimo pre-visto na lei.

A Câmara Municipal de Abrante promoveu passado dia 18 de de-zembro, no Tagusvalley – Tec-nopolo do Vale do Tejo, um fó-rum dedicado ao tema ““Respon-sabilidade Social e Igualdade de Género”, integrado no projeto “Igualdade de Género e Não dis-criminação em Abrantes”.

Com a realização do Fórum diri-gido às entidades empregadoras, associações profi ssionais e patro-

nais locais pretendeu-se promover e sensibilizar as pessoas presentes para as questões da igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres no mer-cado de trabalho. Um outro ob-jetivo foi o de sensibilizar para a importância do desenvolvimento e implementação de planos de igualdade que geram progresso, coesão e competitividade das en-tidades empregadoras.

A cantina social do concelho de Constância que é assegurada pela Santa Casa da Misericór-dia de Constância vai começar a fornecer refeições sociais às famílias mais carenciadas do concelho.

São cerca de 40 utentes sina-lizados que vão usufruir deste serviço, que vai decorrer sobre um regime de takeaway, para consumo domiciliário, a baixo custo, que pode apenas custar cerca de 1 euro por cada re-feição.

Vão poder benefi ciar das re-feições pessoas ou famílias que comprovem a situação de ca-rência económica, de acordo com os critérios definidos no regulamento interno da can-tina social. A rede de cantinas sociais, criada no âmbito do Programa de Emergência Ali-mentar, é uma iniciativa do Mi-nistério da Solidariedade e da Segurança Social, tendo como objetivo garantir às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade económica o acesso a refeições diárias.

António Teixeira, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Constância, explicou como se processa o fornecimento de refeições: “Esta é uma situação que pode vir a resolver grande parte da carência e difi culdade das pessoas que nos procuram. Basta dirigirem-se à Santa Casa para levarem para as suas casas as principais refeições do dia, almoço e jantar.”

JMC

• BNI está disponível para participar em mais desafi os no âmbito da solidariedade

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9JANEIRO 2013 EMPRESAS

Uma máquina de aqueci-mento ohmico, que permite a conservação e a cozedura dos mais variados alimen-tos, foi apresentada ao pú-blico no passado dia 20 de dezembro. Trata-se de um novo equipamento para o setor agroalimentar que vai estar disponível no InovLi-nea, no Tecnopolo do Vale do Tejo em Alferrarede, para todas as empresas do setor sediadas no país e na Eu-ropa.

O presidente do Agro-cluster do Ribatejo, Carlos Sousa, falou desta inova-dora máquina com emoção, referindo-se à mesma como um “monte de aço inox relu-zente”. “É um objetivo cum-prido ver esta tecnologia de conservação aqui presente, quando em agosto esta máquina chegou, vi um so-nho realizado”, reconheceu Carlos Sousa.

Já Maria do Céu Albuquer-que, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e do Tagus Valley, disse que este é um grande passo para fortalecer o setor ali-mentar, muito importante para a economia regional e nacional. “Tivemos o pri-

vilégio de através de, uma comparticipação de 85% in-tegrada nos fundos comu-nitários, adquirir este novo equipamento, que repre-sentou um investimento de 530 mil euros. Entende-mos que este foi um inves-timento muito importante, pois é uma máquina, única, e agora disponível para a utilização de todas as em-presas.”

Pedro Saraiva, diretor exe-cutivo do TAGUS Valley, ex-plicou as potencialidades desta nova máquina à An-tena Livre: “Trata-se de um equipamento que conserva e aquece o produto, para que este não se estrague,

não se deteriore. Isto é feito através da corrente elétrica, o aquecimento é passado através do próprio alimento, realizando uma cozedura uniforme. A preservação das características naturais do alimento é assegurada. Tudo o que seja sopas, car-nes, leite, frutas, etc, são pro-dutos que podem benefi-ciar desta nova máquina”.

Este processo foi condu-zido pelo InvLinea, o Centro de Transferência Tecnológica de Produtos Agroalimen-tar e o Tagus Valley, em co-laboração com a autarquia de Abrantes, a NERSANT e a STI.

JMC

MÁQUINA INOVADORA

Vieram para ficar, as porta-gens na A23 estão na região desde passado dia 8 de de-zembro de 2011. Desde a sua introdução que a região nunca mais foi a mesma. Atualmente centenas de car-ros e camiões passam dentro das cidades, vilas e aldeias deixando para trás o troço da A23 entre o concelho de Ma-ção e Torres Novas.

Os utentes que não podem fugir a esta autoestrada por-tajada têm visto a sua car-teira a ressentir-se, mas são as grandes empresas de trans-portes as principais quem mais sofre com este processo. O aumento das despesas de portagens, depois da entrada em vigor da obrigação de pa-gamento nas ex-Scuts, casou um agravamento na despesa em cerca de 250% neste se-tor.

O Jornal de Abrantes conhe-ceu a realidade de uma em-presa de transportes. Nasceu em 1986 na cidade de Torres Novas, chama-se Transporta-dora Internacional Felício e Filhos, lda. e foi fundada por João de Sousa Felício, empre-sário desde 1979, dedicado ao setor dos transportes.

Esta transportadora dispõe de uma frota de 130 viatu-ras, com 140 colaboradores, e

opera em todos os países da União Europeia, Suíça, Marro-cos e com um caráter regu-lar em Espanha, França, Itália, Alemanha, Benelux, Suíça e Áustria.

Foi desde a introdução de portagens que a empresa so-freu um acréscimo na des-pesa que se transformou numa grande penalização. “Não é possível aumentar o custo da portagem ao preço final feito ao cliente, pois a concorrência no setor é ele-vadíssima e obriga-nos a tra-balhar com preços de trans-porte a baixo custo”, explicou o sócio maioritário João de Sousa Felício.

Só na A23 a transportadora está a gastar 15.000 euros mensais e 5.000 nas restantes autoestradas, o que signifi ca segundo a empresa “ um im-

pacto de 2% face ao volume de negócios”. 70% do paga-mento é efetuado na Auto Estrada da Beira Interior (A23) e 30% nas outras ex-Scuts.

Quando as portagens esta-vam para ser introduzidas a transportadora tudo fez para evitar a situação. “Através das associações ANTRAM e ANTP manifestamos o nosso desagrado. Em algumas ma-nifestações tudo fizemos para mostrar a realidade dos transportadores portugue-ses. Tentamos explicar que isto só veio penalizar o setor, com a perda de competitivi-dade, a extinção de muitas empresas e postos de traba-lho, mas foi tudo sem efeito.” - conclui João de Sousa Fe-lício.

Joana Margarida Carvalho

Os prejuízos de quem passa na A23

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NOVEMBRO 201210 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS JANEIRO 201310 ESPECIAL SALDOS

SALDOS E PROMOÇÕES PERMITEM ESCOAR STOCKS E AGRADAM AOS CONSUMIDORES

A época ofi cial de saldos de inverno começa a 28 de de-zembro mas, à semelhança do que já tem acontecido nos últimos anos, muitos co-merciantes abrantinos, como outros no resto do país, an-teciparam as promoções e agradaram aos clientes na época pré-natalícia.

Com o aproximar da época natalícia as ruas da cidade florida enchem-se de cor e de música. Várias atividades promovem o centro histó-rico da cidade e incentivam a uma maior adesão ao comér-cio local. As lojas aproveitam o ambiente para dar início às promoções natalícias.

Apesar das promoções an-teciparem a época oficial de saldos, há consumido-res que, mesmo assim, pre-feriram adiar as suas com-pras de Natal, aproveitando a verdadeira época de sal-dos. É o caso de Isabel Pita-cas, que deixou algumas das suas compras para depois do Natal: “Sei de muitas pessoas próximas de mim que o fi ze-ram, combinaram com mui-tos familiares que a prenda vinha após o Natal, com os Reis, aderindo um pouco à tradição espanhola”.

Adelaide Gomes, lojista há 27 anos na cidade de Abrantes, confirma a ideia: “Algumas pessoas deixaram as compras de Natal para os saldos, pois podem fazê-las mais baratas”.

Ao longo dos tempos a dife-rença entre saldos e promo-ções sempre foi uma dúvida tanto para os comerciantes como para os consumidores. Para muitos é um mecanismo de marketing promovendo, assim, o artigo lançado no mercado; para outros é uma simples oportunidade de es-coar o stock.

Fernanda Santos Diogo, co-merciante há 20 anos e pro-prietária de uma loja de rou-pas para criança, explica o seu ponto de vista relativa-mente à diferença que sente na época de promoções e sal-

dos: “Hoje em dia as promo-ções fazem-se durante todo o ano. A fi losofi a de algumas casas é estarem sempre com promoções o que, na minha opinião, é apenas um instru-mento de marketing”.

Para muitos dos comer-ciante a crise é, atualmente, o pretexto ideal para man-terem os descontos durante todo o ano, pois o consumi-dor é impelido a comprar em época de saldos e pro-moções. “É apenas uma ma-nobra que está mais do que estudada para atrair os clien-tes”, adianta Fernanda San-tos Diogo. Explica ainda que muitos dos seus clientes, apesar das promoções, pre-ferem aguardar pelos saldos para fazerem algumas das suas compras. No entanto, a comerciante afirma que “a maior parte das pessoas não se conseguem orientar

nos saldos, porque as coisas já estão muito escolhidas. E essa talvez seja a diferença mais acentuada entre saldos e promoções”.

No entanto, para alguns consumidores, a diferença en-tre saldos e promoções é mí-nima. Rosária Moreira afi rma não ver grande distinção: “O que se nota mais é que os sal-dos vêm logo a seguir às pro-moções. Nas promoções en-contramos descontos de 20 a 30%, enquanto na época de saldos já temos descontos até 70%”. No entanto, reco-nhece que as promoções que os lojistas praticam hoje em dia estão cada vez mais pró-ximas dos saldos. “Se formos a ver os preços, estes já estão mais virados para saldos por decisão dos próprios comer-ciantes, pois os coitados não vendem e metem as promo-ções a preços de saldos para

tentar vender mais depressa os seus produtos e meter di-nheiro em caixa.”

Época de saldos antecipadaAntigamente a época de sal-dos começava mais tarde, a 8 de Janeiro. O facto de não existir tanta concorrên-cia também fazia a sua dife-rença. No entanto José Reis, comerciante há 30 anos, ex-plica que “por exemplo há 10 anos tínhamos já muitas marcas diferentes mas, nessa altura, o consumidor tinha muito poder de compra. Já hoje compram apenas o que é extremamente necessário e mais barato”. Quando José Reis abriu o seu negócio não se falava de promoções nem de descontos e, segundo o próprio, as lojas faturavam na mesma: “Só com a vinda das grandes superfícies e com

os grupos grandes é que as campanhas de promoções e descontos se começaram a alargar”, conclui.

Para a maioria dos comer-ciantes, a diferença mais acentuada relativamente ao passado, e que a maioria con-sidera ser prejudicial, é a alte-ração dos diferentes ‘timings’ da época dos saldos. “Ante-ciparam os saldos quase um mês e acho que isso só nos prejudica. Os saldos deve-riam ficar agendados para o final da estação, era uma mais-valia para os consu-midores e para nós comer-ciantes”, comenta Fernanda Diogo.

Apesar desta alteração, os saldos são, principalmente em época de crise, uma mais valia para todas. Ana Bexiga, chefe de loja, afi rma ser uma época de muito trabalho, aguardada com ansiedade

e expetativa, mas rentável: “Conseguimos escoar o stock e ao mesmo tempo satisfa-zer o nosso cliente que com-pra tudo aquilo que gosta por um preço relativamente baixo. Assim, acaba por ser, para nós, um trabalho bas-tante gratifi cante pois vemos claramente os resultados do nosso esforço.”

Joana Duarte, enquanto consumidora, defende que “os saldos são benéfi cos para nós portugueses. No tempo de crise que estamos a atra-vessar é uma lufada de ar fresco, pois cada vez mais os portugueses têm menos po-der de compra e é só atra-vés dos saldos que podemos comprar artigos que precisa-mos a baixo preço”.

Ana Rita Martins, Débora Dias e João Santos,

alunos de Comunicação Social da ESTA

“Só através dos saldos que podemos comprar artigos que precisamos a baixo preço”

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JANEIRO 2013 ESPECIAL SALDOS 11

Para muitos consumidores a dúvida sobre a troca dos produtos em época de saldos permanece. O jurista Bruno de Vasconcelos Rodrigues explica: “Caso o produto ad-quirido pelo consumidor não apresente nenhuma descon-formidade, a loja não se en-contra legalmente obrigada a efetuar a troca ou a devo-lução do dinheiro. Apesar disso, a loja poderá substituir o bem, conceder um vale ou devolver o dinheiro ao con-sumidor casa seja essa a polí-tica comercial adotada.”

Em períodos de saldos, o vendedor pode, indepen-dentemente de motivo e mediante acordo com o con-sumidor, substituir o produto vendido em três situações: quando o estado de conser-vação do produto corres-ponder ao do momento da aquisição; quando seja apre-

sentado o comprovativo da compra, que deve conter a menção expressa à possibi-lidade de troca de produto; quando a troca seja efetuada pelo menos nos primeiros cinco dias úteis a contar da data de aquisição.

Se o consumidor adquirir um produto fora da época dos saldos e pretender trocá-lo já durante o período dos saldos, em princípio só o po-derá fazer, como se disse an-teriormente, se a loja assim o autorizar ou mediante ante-rior acordo entre vendedor e consumidor.

Normalmente, a primeira possibilidade que a loja dá é a de o consumidor trocar o bem adquirido por outro que se encontre disponível na loja. “Caso o consumidor concorde com a troca, ape-sar de estar a decorrer um período de saldos, o preço

a ter em conta será o preço praticado anteriormente. Por exemplo, se o consumi-dor comprou uma camisola amarela e quer trocá-la por uma verde, mesmo que a loja se encontre com 50% de desconto, ele não tem direito a trocar uma camisola por duas”, explica o jurista.

Mas pode acontecer que o consumidor não encontre nenhum outro artigo na loja para trocar com o já adqui-rido. Por isso, ele poderá re-ceber o seu dinheiro de volta ou um vale para descontar noutra altura.

Neste último caso, coloca-se questão de saber se “o consumidor tem o direito à totalidade do que pagou ou a metade, caso o bem apre-sente na época de saldo um desconto, por exemplo, de 50%. À partida, o consumi-dor tem o direito a receber,

em dinheiro ou num vale, o valor correspondente ao preço que pagou pelo pro-duto antes do período de saldos. Por exemplo, na si-tuação de receber um vale com o valor total, o consu-midor não poderá descontá-lo em período de saldos, sob pena de abuso de direito.”

O consumidor deverá ainda ter em atenção as in-formações disponibilizadas nas lojas, uma vez que estas frequentemente afi xam que em período de saldos não se efetuam trocas. “Nestes ca-sos, o consumidor não po-derá trocar o bem nem re-ceber o valor pago por ele, a menos que este apresente alguma desconformidade”, conclui.

Ana Rita Martins, Débora Dias e João Santos,

alunos de Comunicação Social da ESTA

Trocas em época de saldos Saldos e promoções: a diferença

O D e c r e t o - L e i n . º 70/2007, de 26 de Março, é o diploma que defi ne as práticas comerciais com a redução de preço abran-gendo, por isso, os saldos, as promoções e liquida-ções.

Segundo o jurista Bruno de Vasconcelos Rodrigues, “os saldos consistem na venda de produtos a um preço inferior ao habitual, por se aproximar o fi m da estação. Têm como obje-tivo promover o escoa-mento dos stocks adqui-ridos para uma determi-nada estação”.

Relativamente às promo-ções, estas “também são vendas a um preço inferior ao habitual ou com condi-ções mais vantajosas, com o objetivo de potenciar a venda de determinados produtos ou para lançar novos produtos no mer-cado. A grande diferença entre saldos e promoções reside no facto de os sal-dos só poderem ser prati-cados no período estabe-lecido na lei”, conclui.

A lei defi ne que a venda em saldos se realiza anual-mente em dois períodos: entre 28 de dezembro e 28 de fevereiro e entre 15 de julho e 15 de setembro.

O jurista refere que a le-gislação explica ainda que “a venda de produtos com defeito é permitida desde

que seja anunciada de forma inequívoca por meio de letreiros ou de rótulos, devendo os mesmos estar expostos num local pre-visto para o efeito e des-tacados dos restantes pro-dutos. Os produtos com defeito devem conter uma etiqueta que identifique claramente qual é o respe-tivo defeito. Caso não se observe estas obrigações, o vendedor está obrigado por lei a trocar o produto por outro que preencha a mesma finalidade ou a devolver o dinheiro, me-diante a apresentação do respetivo comprovativo de compra”.

Períodos de saldos defi nidos por lei

Entre 28 de dezembro e 28 de fevereiro

Entre 15 de julho e 15 de setembro

• O consumidor deverá ter em atenção as informações disponíveis nas lojas

• Bruno Vasconcelos Rodrigues

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12 JANEIRO 2013MUNICÍPIOS

“É DIFÍCIL ARTICULAR UMA REGIÃO ONDE NEM TODOS SE REVEEM NUMA AMPLIAÇÃO”

Ao longo do mês de de-zembro discutiu-se, na re-gião, uma pretensão do Go-verno: a fusão de três Comu-nidades Intermunicipais. O que se ponderou foi a união da Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo (CIMT), da Comunidade do Pinhal e Interior Sul e da Comunidade da Beira Interior Sul.

António Rodrigues, presi-dente da CIMT, veio dizer que a proposta não avançou de-vido ao facto de o municí-pio de Ourém não estar de acordo com a provável fusão. Adiantou que depois da reu-nião do dia 14 de dezembro, em que foi votada a junção aos municípios do Pinhal In-terior Sul e da Beira Interior Sul, depois de aceite a pre-missa de que nenhum mu-nicípio deixaria o Médio Tejo, houve “um recuo” por parte da autarquia e da Assembleia Municipal de Ourém. A pre-missa era que todos os mu-nicípios do Médio Tejo esti-vessem de acordo, como tal como não aconteceu a pro-posta não avançou.

António Rodrigues expli-cou que a fusão com a Pinhal Interior Sul foi vista com bons olhos por todos os autarcas da CIMT. Já agregação à Beira Interior Sul suscitou algumas reservas e oposições: “Não há unanimidade, é aqui que se impõe o problema, logo o Governo terá de resolver”. A CIMT continua disponível para analisar qualquer pro-

posta do Governo sobre este assunto, mas sempre na con-dição de o Médio Tejo man-ter todos os 11 municípios.

O presidente da CIMT per-cebe a posição do Governo “pois temos de ganhar eco-nomia de escala uma vez que no próximo quadro comuni-tário de apoio, prevê-se uma interação direta com Bruxe-las, ou seja, as comunidades intermunicipais terão mais responsabilidades.” O pro-blema coloca-se com o alar-gamento e em determinar

relações entre regiões. “É difí-cil articular uma região onde nem todos se reveem numa ampliação. O ideal era uma fusão com a Lezíria, voltáva-mos a um tradicional quadro do Ribatejo”.

O olhar dos autarcas

Ao longo destas semanas a Antena Livre foi ouvir alguns autarcas do Médio Tejo e as opiniões foram divergentes. Por exemplo, Miguel Borges, vice-presidente da autar-

quia de Sardoal, vê com bons olhos a fusão proposta, afi r-mando que é necessário dei-xar de olhar para os conce-lhos como uns “quintais” mas antes numa perspetiva “re-gional”, adiantando que o Sar-doal podia assumir alguma vantagem nesta agregação.“-Deixaríamos de ser um con-celho periférico para sermos um concelho integrado no seio de uma comunidade. Os pequenos municípios, como é o caso do Sardoal, podiam vir a ganhar uma nova força.

Está previsto neste novo qua-dro comunitário uma maior responsabilização das co-munidades intermunicipais a vários níveis e, assim, que-ria acreditar que este alarga-mento só iria trazer vanta-gens em relação ao que te-mos hoje”.

Já Vila Nova da Barquinha não via com agrado esta agre-gação. Fernando Freire, ve-reador na autarquia, defende que esta é uma proposta que deveria ser ouvida nas Assembleias Municipais das

Comunidades, e isso ainda não aconteceu. Era um pro-cesso delicado que iria mexer com a organização do terri-tório. A questão identitária era uma das preocupações do vereador: “A identidade do próprio Ribatejo é aqui a grande questão, é necessá-rio preservar as identidades, pois estamos a falar de cultu-ras completamente diferen-tes e distintas”.

Já Máximo Ferreira, pre-sidente da Câmara Munici-pal de Constância, analisou esta agregação das três co-munidades como um autên-tico “disparate”. Explicou que, caso fosse para agregar as comunidades de Médio Tejo e Pinhal e Interior Sul, pare-cia justifi cável, pois era ape-nas passar de 11 para 15 mu-nicípios. “Do ponto de vista geográfico não há grande diferença, era um cresci-mento razoável que não ia descaracterizar o território. Agora esta intenção que es-tava em cima da mesa dei-xava de ser coerente. O ter-ritório pouco tem a ver um com o outro.”

Vasco Estrela, vereador na autarquia de Mação, vê com bons olhos esta fusão. Até à data de fecho de edição não foi possível obter declarações sobre este assunto de Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da Câmara Municipal de Abrantes.

Joana Margarida Carvalho

As eleições estão marcadas para outubro: há presidentes que atingem limite de man-datos imposto por lei, vices que se tornam sucessores na-turais a candidatos, candida-tos novos e outros repeten-tes. A luta pelo poder local já começou.

O Partido Socialista tem sido o mais ativo até ao mo-mento, estratégia admitida

pelo presidente da federação distrital, António Gameiro. Sob a sua direção realizar-am-se sondagens, nomeada-mente em Chamusca e Cons-tância, e paulatinamente, mas bem cedo, os candida-tos vão sendo anunciados ou estão em vias de o serem.

Em Tomar a candidata é Anabela Freitas, ex-deputada à Assembleia da República,

e no Entroncamento o no-meado é Jorge Faria, gestor e professor universitário. No Sardoal será Fernando Vasco, atual vereador na autarquia, o escolhido, ao passo que em Constância o nome mais pro-vável, a ser anunciado no dia 13 de janeiro, é o de António Mendes, major paraquedista. Na Chamusca a escolha é en-tre Joaquim José Garrido e

Paulo Queimado. O PSD já divulgou alguns

nomes para concorrer em outubro, como é o caso de Vasco Estrela, em Mação, atual vice-presidente da au-tarquia liderada por Saldanha Rocha que não pode recandi-datar-se. Em Tomar, António Lourenço dos Santos, antigo Secretário de Estado dos Ne-gócios Estrangeiros, confir-

mou já a sua candidatura pe-los social-democratas. Paulo Bica, no Entroncamento, é o candidato escolhido pelo Partido Popular sendo um caso raro de antecipação por parte deste partido.

Há depois os casos que são aparentemente lógicos na luta pela sucessão. Vice-pre-sidentes e vereadores que são apontados, mas ainda não

confirmados. Casos de Fer-nando Freire em V.N. da Bar-quinha (PS), Miguel Borges no Sardoal (PSD) e Pedro Ferreira em Torres Novas (PS). Na Barquinha Miguel Pom-beiro não pode recandida-tar-se e o mesmo acontece com Fernando Moleirinho no Sardoal e com António Rodrigues em Torres Novas.

RA

Possível fusão das três comunidades intermunicipais não avançou

• “A identidade do próprio Ribatejo é aqui a grande questão”

AUTÁRQUICAS 2013

Faltam ainda muitos meses mas não faltam candidatos

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13JANEIRO 2013 REGIÃO

Nova viatura para os Bombeiros de Vila de Rei

Desde o passado dia 17 de de-zembro que o município de Vila de Rei tem à sua disposição uma nova viatura fl orestal de combate a incêndios. Esta viatura represen-tou um investimento de cerca de 133 mil euros e foi conseguida através de uma candidatura ao programa Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro, tendo envolvido a Câmara Muni-cipal e da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei.

Para o vereador da Câmara Mu-nicipal de Vila de Rei, Paulo César, “esta aquisição representou uma mais-valia clara, ao se constituir

como a única viatura que tem determinadas características es-senciais, tornando-se a principal a viatura de combate a incêndios dentro da frota que opera no mu-nicípio”.

Segundo a nota enviada à im-prensa, este veículo possui meca-nismos de segurança passiva da cabine, cablagens elétricas e de ar comprimido, estrutura tubular de proteção e segurança, cortina de proteção contra campos tér-micos, para além de uma bomba de alta e baixa pressão com co-mando de paragem de emergên-cia e dispositivo complementar de emergência.

O projeto de lei foi aprovado no dia 7 de dezembro em votação fi -nal global, com os votos a favor da maioria PSD/PP com os votos contra das bancadas do PS, PCP, BE e PEV.

A polémica em torno da extinção de mais de mil freguesias em todo o país parece não ter fim mas na Assembleia da República foi dado mais um passo na confi rmação da medida.

A proposta do Governo tem sido muito contestada pelos autarcas que marcaram presença no dia da discussão (6 de dezembro) junto às escadarias do parlamento, local que desde há cerca de ano e meio tem sido um dos lugares comuns e habituais onde os portugueses têm expressado a sua indignação. Se nas escadarias eram cerca de 700 os manifestantes, nas gale-rias do plenário encontravam-se ainda representantes da Associa-ção Nacional de Freguesias (ANA-

FRE), mas não esboçaram qualquer tipo de manifestação durante o de-bate.

"Freguesias sim, extinção não" foi o grito mais ouvido, sob chuva, ao mesmo tempo que dentro do ple-nário se discutia a lei. Os manifes-tantes envergaram t-shirts e empu-nharam bandeiras com alusões a freguesias condenadas com a pos-terior aprovação do dia seguinte.

O presidente da ANAFRE foi questionado pelos jornalistas pre-sentes em frente à Assembleia da República sobre se o protesto po-deria vir a ter impacto na decisão dos deputados e impedir a mais que certa aprovação pela maioria no governo. Armando Vieira afi r-mou que "a esperança é a última a morrer".

Apesar de a manifestação não ter surtido efeito na votação, Ar-mando Vieira disse ainda que iria “usar todos os meios legais ao dispor" para que a reforma não

avance, aludindo a uma queixa en-viada para Bruxelas na qual a as-sociação argumenta que o regime jurídico da reorganização adminis-trativa territorial autárquica viola normas da Carta Europeia de Auto-nomia Local.

Armando Vieira, também pre-sidente da junta de Oliveirinha (Aveiro) e militante social-democ-rata, mostrou-se chocado com o comportamento dos deputados ao aprovarem em bloco a lei. Em audi-ção parlamentar, dias depois de es-tar presente no plenário, afi rmou-se ainda “bastante chocado que deputados não tenham votado de acordo com a sua consciência. Sei que muitos não concordam”.

A fixação das sedes das futuras freguesias está prevista só para depois das eleições autárquicas o que, ainda segundo Armando Vieira, “vai criar inúmeros proble-mas e tensões entre freguesias”.

Ricardo Alves

Aprovada lei da extinção de freguesias

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jornaldeabrantes

14 JANEIRO 2013REGIÃO

Espaço inovador promove cultura científi ca

O dia 6 de janeiro de 2013 marcou a abertura de mais um espaço de-dicado à educação e divulgação da Ciência em Portugal. Localizado em Vila Nova da Barquinha, a es-cassos quilómetros do Castelo de Almourol e do novo Parque de Es-cultura Contemporânea, o Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC) constituiu mais uma atração para a região.

O CIEC é um conceito pioneiro, não só pela sua versatilidade, como também pelo facto de ser parte in-tegrante de uma escola inovadora do 1º Ciclo do Ensino Básico – Es-cola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha. O Centro visa alimen-tar o gosto e interesse pela Ciência e pela aprendizagem em ciências desde os primeiros anos, mas tam-bém pretende promover a cultura científi ca dos indivíduos ao longo da vida. Fernando Freire, vereador de Vila Nova da Barquinha com o pelouro da Educação, explica que uma das formas de tirar frutos deste projeto, desenvolvido com o apoio da Universidade de Aveiro, será sa-ber, dentro de alguns anos, “qual a carreira profi ssional das crianças que interagem com este projeto”.

Fernando Freire adianta que as propostas feitas pelo CIEC têm so-bretudo a ver com a realidade local, sendo espaços de experimentação e de aprendizagem em diferentes contextos. Por exemplo, “vamos ter um módulo para explorar os voos”, uma experiência relacionada com a Escola de Tropas Paraquedistas de Tancos. Neste caso os visitantes po-

derão ver “como se faz a elevação (de aviões) e como que é que fun-cionam as asas”, entre outros aspe-tos. Numa outra área, os visitantes poderão “interagir uns com os ou-tros, mandando mensagens de uns para os outros”.

Fisicamente o CIEC é constituído por um laboratório de ciências ori-ginalmente concebido e equipado para o ensino formal das ciências para os primeiros anos de escola-ridade e por um espaço de educa-ção não formal de ciência aberto ao público. Este espaço está organi-zado em cinco áreas temáticas com módulos interativos contextualiza-dos na história e cultura local, atra-vés dos quais os visitantes podem explorar conteúdos e fenómenos científi cos e tecnológicos.

Além das cinco áreas temáticas in-terativas permanentes – “Embarca com a Ciência”, “Explorando o Cas-telo”, “Explorando a Barquinha”, “Ex-plorando o Tejo” e “Explorando o Voo” – o CIEC dispõe também de uma multiplicidade de espaços ex-teriores como o “Espaço cultivar ciência” (Pomar Tutti Frutti, Jardim com sentido(s), Horta (com)vida), o “Espaço a ciência do desporto” (Par-que de desportos radicais, Campo de futebol), entre outros recur-sos como um anfi teatro ao ar livre e um parque infantil. A amplitude de valências permitirá organizar di-versas atividades periódicas, como o “Jantar com ciência” (trimestral), “Café/chá de ciência” (bimestral) e as “Histórias com ciência” (bimes-tral).

No CIEC, os visitantes poderão ainda planifi car e experimentar os seus inventos ou projetos na “Ofi-cina inventa & experimenta”, ou até mesmo levar o CIEC para casa, atra-vés da requisição de Kits de ciência para experimentar com a família.

Para além de também vir a alber-gar exposições temporárias, este novo equipamento poderá ainda ser utilizado pelo público para a realização de “Atividades à medida”, como festas de aniversário, eventos para empresas e formação de pro-fessores.

O CIEC estará aberto ao público nos dias úteis (10h00 às 18h00) e aos fi ns de semana e feriados (14h30 às 18h00), encerrando à segunda-feira. Fernando Freire explica que, embora seja especialmente pen-sado para os alunos do ensino bá-sico, trata-se de “um espaço livre de acesso a todo o público”. Aliás, “os pais podem acompanhar os respe-tivos educandos, que serão acom-panhados por um monitor”.

O vereador da Barquinha adianta que mesmo antes de abrir ao pú-blico já tinha sido feito marcações por parte de entidades de Aveiro e Coimbra. As marcações de visitas podem ser feitas através dos telefo-nes 249715663, 926642703, email [email protected], ou nas instalações do CIEC – Escola Ciência Viva, Rua D. Maria II, 2260-434 Vila Nova da Barquinha. Toda a informação so-bre este equipamento está disponí-vel online no site: www.ciec.vnb.pt e também na rede social Facebook em www.facebook.com/ciec.vnb.

CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS EM VILA NOVA DA BARQUINHA

VILA DE REI

VALORIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

• Várias dezenas de pessoas, de todas as idades, marcaram presença na abertura do CIEC

Feira de Velharias atrai visitantes

Grande Rota do Zêzere potencia o turismo

Já no próximo dia 27 de janeiro a autarquia de Vila de Rei vai voltar a promover a já tradicional Feira de Velharias, Antiguidades e Colecio-nismo. É a sexta edição desta ini-ciativa, que se integra nas come-morações do dia de S. Sebastião e tem entrada livre.

Paulo César, vereador na autar-quia de Vila de Rei, explicou ao JA que este é um certame de grande êxito no concelho. “O mês janeiro é uma altura do ano em que há menos atividade cultural no con-celho, logo procuramos atrair visi-

tantes com várias iniciativas. Esta é uma das que tem colhido algum êxito. Os visitantes são pessoas que buscam peças muito especí-fi cas ou peças para as suas cole-ções, chegam-nos de toda a parte do país.”

O evento pretende reunir um conjunto de expositores de vários tipos de artigos, desde pequenos objetos pessoais a outros de co-leção ou mesmo móveis antigos, servindo o gosto dos que apre-ciam este tipo de feiras.

A Grande Rota do Zêzere vai avan-çar já a partir deste verão. Trata-se de um conjunto de troços para fa-zer a pé, de bicicleta ou de canoa que vão estar devidamente sina-lizados em redor do rio Zêzere. O objetivo é, segundo a Rede de Al-deias de Xisto, a promoção turís-tica do território.

Constância é um dos municípios envolvidos e vai juntar-se a mais 13 neste projeto, que são: Figueiró dos Vinhos, Abrantes, Ferreira do Zêzere, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Sertã, Vila de Rei e Guarda, Covilhã, Fundão, Castanheira de Pêra e Manteigas.

Segundo Máximo Ferreira, pre-sidente da Câmara Municipal de Constância, esta ideia representa uma “mais-valia”, pois potencia a oferta turística e vai atrair visi-tantes ao longo do rio. “Constân-cia virá a benefi ciar desta Grande Rota, embora tenha apenas uma pequena parte do percurso de-lineado. No nosso território não vai haver grandes intervenções, apenas pequenos arranjos no tra-jeto, uma intervenção de cerca de 10 mil euros. Devemos apostar

no que melhor temos, transfor-mando as nossas potencialidades em ferramentas de atração ao ter-ritório.”

Máximo Ferreira chamou à inicia-tiva um “projeto âncora ligado ao território” que pode ser usufruído de várias maneiras, de forma fa-seada ou total. “É uma verdadeira valorização do território da qual pretendemos obter bons resulta-dos”, fi nalizou o autarca.

A rota vai iniciar-se em Mantei-gas, no centro da Serra Estrela est-endendo-se até à foz do rio, em Constância. São vários os percur-sos para fazer a pé, de bicicleta ou de canoa, quando houver aproxi-mação a albufeiras. Este projeto, que nasceu em 2010 e está a ser fi nanciado por fundos comunitá-rios, está integrado na Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE das Aldeias de Xisto.

Em 2014, está previsto o lan-çamento de um novo portal na Internet e de uma aplicação da rede para dispositivos móveis so-bre esta Grande Rota do Zêzere.

JMC

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15JANEIRO 2013 REGIÃO

No próximo verão o Tec-nopolo do Vale do Tejo es-tará aberto à comunidade e pronto para receber acelera-dores de empresas. Este será o resultado do contrato para a infraestruturação, assinado a 20 de dezembro, entre a di-reção do TAGUSVALLEY e o consórcio das empresas ASI-BEL Construções e Asibetu-mes Obras Públicas.

A empreitada, no valor de 1,3 milhões de euros, deverá

iniciar-se em meados de ja-neiro e prevê completar a pri-meira fase de infraestrutura-ção deste Parque de Ciência e Tecnologia. Esta interven-ção inclui, entre outros aspe-tos, a construção de um novo acesso ao parque no lado Este, a demolição do muro envolvente, a urbanização de quatro hectares e arranjos exteriores.

Realizada a obra, a popu-lação poderá interagir com

parque, desenvolvendo-se sinergias entre as entidades do Tecnopolo do Vale do Tejo e a comunidade local. Por ou-tro lado, o TAGUSVALLEY fi-cará com condições para a construção de infraestrutu-ras para projetos de maior di-mensão e um acelerador de empresas para integrar ne-gócios empresariais saídos da incubadora.

Inserido no projeto INOV.TECH, este investimento

é co-financiado em 85 por cento pelo Programa Ope-racional Regional do Cen-tro, no âmbito do Sistema de Apoio a Parques de Ciên-cia e Tecnologia e Incuba-dores de Empresas de Base Tecnológica. O INOV.TECH é um dos cinco projetos estruturantes repartidos por várias cidades da região Cen-tro que integram o programa estratégico INOVIDA.

O lançamento do livro “Cul-tura e Artes da Pesca Tradi-cional no Rio Tejo em Or-tiga – Mação”, da autoria de João de Matos Filipe, reuniu cerca de 70 pessoas, no dia 19 de dezembro, no Instituto Politécnico de Tomar. Trata-se de um projeto que contou com o apoio desta instituição de ensino, nomeadamente através dos cursos de Licen-ciatura em Gestão Turística e Cultural e de Mestrado em Desenvolvimento de Produ-tos de Turismo Cultural. Aliás, coube a Luís Mota Figueira, diretor dos dois cursos, fazer a apresentação do livro.

O autor do livro, João de Matos Filipe, natural de Or-tiga, concelho de Mação, é

licenciado em História. Apo-sentado e atualmente a exer-cer funções de investigador independente, apresentou alguns dos temas mais cu-riosos e diferenciadores re-feridos na obra, assumindo o levantamento do passado cultural, social e económico da comunidade piscatória de Ortiga como a essência deste projeto.

Para além do presidente do IPT, Eugénio Pina de Al-meida, estiveram também na cerimónia Carlos Cupeto, em representação da Agên-cia Portuguesa do Ambiente, e Joaquim Emídio, diretor do jornal O Mirante, que fez a edição do livro.

No âmbito do projeto inter-municipal da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT)“Afirmação Territorial do Médio Tejo”, foi adjudi-cado o procedimento com vista à certificação interna-cional de 22 bens culturais no Médio Tejo. Cada um dos 11 municípios desta região indicou dois bens para se-rem certifi cados. No caso de Abrantes, trata-se da Igreja se São Vicente e do Cineteatro São Pedro.

De acordo com a CIMT, “esta certificação constitui-se como uma iniciativa pio-neira de âmbito regional, de elevada relevância para a re-gião e para o país”. Com esta ação a CIMT “pretende a cria-ção de uma rede patrimonial integrada, com o objetivo de uma melhor gestão do seu património cultural, bem como da promoção do de-senvolvimento cultural, turís-tico e económico da região do Médio Tejo”.

O processo de certifi cação será realizado pela HERITY In-ternacional, uma Organiza-ção Mundial para a Avaliação e Certificação da Qualidade na Gestão de Património Cul-tural, criada em 2002, com sede em Roma, e que avalia os padrões de qualidade dos sítios patrimoniais em todo o mundo.

Este processo de avaliação e de certifi cação é reconhecido pelo Comité do Património Mundial da UNESCO (agên-cia da ONU para a Educação, Ciência e Cultura).

As vantagens são inovação, simplicidade, excelência, ló-gica de recompensa e inde-pendência da avaliação.

Tecnopolo do Vale do Tejo abre-se à comunidade

Livro sobre a pesca em OrtigaCertifi cação internacional de património do Médio Tejo

Abrantes apoia o desporto com 160 mil euros

Através do programa FI-NABRANTES 2012/2013, a Câmara de Abrantes atri-buiu cerca de 160 mil euros a 30 clubes ou associa-ções que promovem a prá-tica desportiva através de 16 modalidades e cerca de 1500 praticantes. A maioria do apoio foi para entidades que atuam no âmbito da competição, mas uma parte da verba foi entregue a en-tidades que simplesmente promovem a atividade fí-sica.

O apoio a equipas de ati-vidades federadas de cará-ter regular abrange 55 equi-pas (que envolvem cerca de 1000 desportistas) e 230 atletas de desportos indivi-duais. A autarquia apoiou também a promoção de

atividades desportivas ou recreativas de lazer, mera-mente lúdicas, atribuindo cerca de seis mil euros a nove clubes ou associações onde cerca de 250 abran-tinos praticam futebol ou ginástica.

Pilares fundamentais Segundo a autarquia, esta medida, que surge depois do Programa de Apoio às Coletividades do Conce-lho de Abrantes, “visa man-ter e apoiar as atividades das diversas entidades, nas áreas do desporto, do re-creio, de forma regular e diversificada, visto serem pilares fundamentais de coesão social e do apoio aos interesses e necessida-des de cada cidadão”.

Concelhos do Médio Tejo Locais a certifi car pela Herity

Abrantes Igreja de São Vicente Teatro São Pedro

Alcanena Museu da Aguarela Roque Gameiro Centro Ciência Viva

ConstânciaMuseu dos Rios e das Artes Marítimas Jardim Horto Camoniano

Entroncamento Museu Nac. Ferroviário Igreja da Sagrada Família Ferreira do Zêzere Igreja de Nossa Senhora da Graça Torre de Dornes

Mação Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo Igreja Matriz de Nossa Se-nhora da Conceição

Ourém Castelo Museu de Arte Sacra e de Etnologia de Fátima

Sardoal Centro Cultural Igreja de São Tiago e de São Mateus

Tomar Sinagoga Núcleo de Arte Contem-porânea

Torres Novas Castelo Villa Cardillio

Vila Nova da Barquinha Castelo de Almourol Igreja da Atalaia

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16 JANEIRO 2013EDUCAÇÃO

“Queremos mostrar a todos o vosso mérito e o trabalho que desenvolvem para te-rem um futuro melhor.” Foi desta forma que a presidente da Câmara de Abrantes, Ma-ria do Céu Albuquerque, des-creveu o prémio que a au-tarquia e a Tejo Energia en-tenderam atribuir aos alunos do 12º ano que no ano letivo passado obtiveram os me-lhores resultados nas quatro escolas do concelho com en-sino secundário. Um diploma de mérito e um cheque de 1.250 euros foram entregues a cada um dos sete jovens estudantes premiados.

Paulo Almirante, admi-nistrador delegado da Tejo Energia, explicou que os pré-mios têm um dupla função: são o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pe-los jovens estudantes, mas também “um estímulo para os colegas”. Frisando a im-portância do ambiente esco-lar, na cerimónia de entrega dos prémios este responsá-vel deixou ainda uma pala-vra para os professores, sa-lientando o “trabalho árduo” que desenvolvem para que os alunos tenham sucesso.

Cláudia Rosa foi uma das alunas premiadas. Soube que ia receber o prémio através da mãe. “Mandou-me uma mensagem para o meu telefone a dizer que ti-nha recebido uma carta, a dar-me os parabéns e a di-zer que estava muito orgu-

lhosa. Fiquei muito emocio-nada.” Cláudia tem 18 anos e o sonho de seguir Medicina, “mas uma pequena adversi-dade” não a deixou fazê-lo já este ano. Entrou para Medi-cina Dentária, em Coimbra, e está a aproveitar para co-nhecer o mundo académico. “É um ano para eu crescer.” O dinheiro do prémio servirá para investir no sonho de ser médica.

Foi com um “sentimento de dever cumprido” que Ana Carolina Alarico recebeu a notícia de que tinha sido a melhor aluna da sua escola, na sua área. Atualmente está a frequentar o curso que era a sua primeira opção: Enge-

nharia Química, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Apesar de o momento não ser o melhor para quem tem a sua idade, sabe que “se os jovens forem bons vão ter sempre muitas portas aber-tas e é nisso que têm que se focar”.

No caso de Sidney Espí-rito-Santo, o ensino supe-rior ainda vai ter que espe-rar um pouco. Foi o melhor aluno da Escola Profissio-nal de Desenvolvimento Ru-ral de Abrantes (EPDRA) e já está a trabalhar em Lis-boa, num restaurante. A Es-cola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril é o pró-ximo sonho deste jovem que

veio de S. Tomé e Princípe para Abrantes para estudar Turismo Alimentar. Sente-se “mesmo realizado” a receber este prémio, que dedica à Es-cola, aos colegas e “especial-mente” à mãe.

Tiago Garrido também foi distinguido como melhor aluno da sua área. Tirou o curso Tecnológico de Des-porto e está a concretizar o seu objetivo: “Integrar o Exér-cito Português”. Estava na Es-cola Prática de Cavalaria de Abrantes quando recebeu a notícia de que iria receber o prémio. Sentiu-se orgulhoso. Tenta sempre ser o melhor para se superar a si próprio e aconselha os mais novos a

fazer o mesmo. Em termos de futuro, quer entrar na Es-cola de Sargentos ou ingres-sar na GNR.

Para além do desempenho dos jovens premiados e dos respetivos professores, as fa-mílias foram outro dos ele-mentos destacados na ceri-mónia de entrega de prémios que decorreu na EPDRA, em vésperas de Natal. Alexandra Reis, mãe de Gonçalo Reis, outro dos alunos premia-dos, reconhece que o papel dos professores e as condi-ções das escolas são muito importantes, mas também garante que “o trabalho em casa é fundamental” porque se refl ete nos resultados. Vê

o prémio que o fi lho recebeu como “uma recompensa por todo o trabalho” que ele de-senvolveu e sente-se “muito vaidosa”.

As escolas com ensino se-cundário identificaram os melhores alunos dos cursos Científi co-Humanísticos e dos cursos Profi ssionais. A Escola Dr. Manuel Fernandes, a Dr. Solano de Abreu e a Octávio Duarte Ferreira (do Tramagal) indicaram um aluno ou aluna por tipo de curso e a EPDRA indicou o seu melhor aluno. Para além de Cláudia, Ana Ca-rolina, Sidney, Tiago e Gon-çalo foram ainda premiadas Mariana Torres e Alicia Klotzel.

Hália Costa Santos

Ao longo do 1º período tem havido concertos de música e canto à hora de almoço na Biblioteca da es-cola sede do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fer-

nandes, em Abrantes.Os alunos-artistas que já

tiveram oportunidade de se apresentar foram o David Alves e o João Luís André; os The Kast (Filipe Estrada,

Francisco Gomes, Miguel Es-trada, Miguel Nunes e Pedro Afonso) e a Salomé Silveira.

Desta forma pretende-se mostrar aos alunos que a es-cola os valoriza, não só nos

seus resultados académicos mas também noutras áreas do seu interesse, oferec-endo-lhes a oportunidade para que possam mostrar aos seus colegas os seus

dotes musicais, e ainda tor-nar cada vez mais atrativo e acolhedor o espaço da Bi-blioteca Escolar.

Esta iniciativa, que tem tido enorme sucesso junto

de alunos, professores e funcionários da escola, irá continuar ao longo do ano letivo com a apresentação de outros artistas.

Prémios para melhores alunos de Abrantes

Há música na Biblioteca da Escola Dr. Manuel Fernandes

“Acompanhe o desporto da região em direto”

Antena Desportiva – Ao domingo entre as 14h e as 18hMovimento – À segunda-feira entre as 21h e as 23h

• Tejo Energia e Câmara de Abrantes entregaram a cada aluno um diploma de mérito e um cheque de 1.250 euros

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17JANEIRO 2013

Durante três semanas cinco estu-dantes da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Brasil, estiveram na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) no âmbito de um protocolo assinado há cerca de dez anos entre as duas instituições. O objetivo é o intercâmbio académico e científi co de docentes e estudan-tes de graduação e pós-graduação.

Anna Gabriela, Anna Porto, Jona-than Adam, Lindiara Hagemann, Laura Gomes e o professor Jair Gia-comini constituem o grupo de bra-sileiros que este ano frequentaram as aulas dos cursos de Comunica-ção Social e Vídeo e Cinema Do-cumental da ESTA. Já sabiam que Abrantes é uma cidade pequena, mas mesmo assim foram largos os elogios que lhe fi zeram. Para Jona-than, aluno de 20 anos do curso de Produção e Media Audiovisual, Abrantes “é uma cidade muito bo-nita, tem uma arquitetura linda”, acrescentando que “a adaptação à cidade foi muito fácil, uma vez que o povo português é muito simpá-tico e caloroso”.

Enquanto a conversa decorria de forma lenta, Jonathan conta-nos um dos episódios engraçados que passou em Abrantes. Ele diz que se tinha dirigido a um balcão de uma loja para comprar “chicletes” e o em-pregado perguntou-lhe se ela fa-lava em inglês, pensando que ele não falava português. Isto tudo por causa das diferenças existentes nas palavras e nos seus signifi cados en-tre Portugal e Brasil.

Antes de vir para Portugal, Ana Ga-briela, 20 anos e do curso de Produ-ção e Media Audiovisual, sabia que vinha para um país em crise, mais em crise do que há um ano atrás. Para saber mais pormenores, ela fa-lou com alunos que já tinham vindo de intercâmbio para a Abrantes e fi cou com as expectativas bem al-tas. Uma vez que lhe disseram que “Abrantes e Portugal são muito im-portantes, em contexto histórico e de riqueza cultural, e que Abrantes é uma cidade clássica e muito bo-nita bonita”. Quando chegou viu que não se tinha enganado ao vir para cá.

A partilha de momentos diferen-tes com pessoas de outro país, co-nhecer o povo português (que é tão parecido e tão diferente ao mesmo tempo do povo brasileiro, e que se percebe através da língua) e as au-las a que assistiram são as mais-val-ias que o intercâmbio proporcionou a este grupo de jovens estudantes brasileiros.

Já o professor Jair, e em resposta à

pergunta sobre as mais-valias que esta experiência proporcionou, diz: “Ter participado neste intercâm-bio entre a Unisc e a ESTA foi umas das grandes experiências de vida que tive até hoje. Em primeiro lu-gar, houve todo o processo de pre-paração para a viagem, as reuniões com os alunos da UNISC e os con-tactos com os professores da ESTA e com o aluno que fi cou responsá-

vel por nos apoiar. Dessa forma, há a vivência de viajar em grupo e isso, em si, já é um grande aprendizado. Levo de Abrantes e da ESTA a me-lhor impressão possível. A cidade é encantadora e hospitaleira. A ESTA, seus professores, alunos e funcioná-rios foram muito acolhedores, sim-páticos e prestativos em todos os momentos. ESTA - Uma grande ex-periência!”

Sandra Barata, professora da ESTA responsável pelo intercâmbio, acen-tua que “estes protocolos de coope-ração com instituições de ensino superior brasileiras revelam-se uma mais-valia, quer para a instituição, quer para estudantes e docentes, porque permite o intercâmbio cien-tífi co e académico, o contacto com métodos de ensino diferentes, mas também a partilha de experiências culturais diferentes”. Por outro lado, adianta que este tipo de iniciativas contribuem para a implementação da Estratégia Internacional do Insti-tuto Politécnico de Tomar (IPT).

Micael Reis aluno de Comunicação Social da ESTA

EDUCAÇÃO

ESTA recebe alunos vindos do Brasil

• “A adaptação à cidade foi muito fácil, uma vez que o povo portu-guês é muito simpático e caloroso”

MESTRADO DE MANUTENÇÃO TÉCNICA DE EDIFÍCIOS DA ESTA/IPT

Gonçalo Silva, aluno do Mestrado de Manutenção Técnica de Edifícios do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), defendeu, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), no passado dia 17 de dezembro, o seu trabalho de final de curso, intitulado “Auditoria Energética na Nestlé Waters Direct Portugal”. Este e outros projetos comprovam a es-treita ligação entre a formação pro-porcionada pelo IPT e o mundo em-presarial e industrial.

O objetivo do projeto de Gonçalo Silva foi o de “realizar uma audito-ria energética nas instalações (Fá-brica) da Nestlé Waters Direct Por-tugal estudando as condições de utilização de energia da instalação e na identificação de oportunida-des de melhoria do desempenho energético da mesma, com o ob-jetivo de reduzir o peso da fatura energética na estrutura de custos globais”.

A real ização da Auditor ia

Energética nas instalações contri-bui para a redução de custos, por permitir a caracterização da estru-tura de consumo da instalação, a identificação e caracterização dos setores e/ou equipamentos com potencial de redução de consumo, identificação e quantificação das medidas para uma utilização racio-nal da energia. Este projeto foi ela-borado principalmente com conhe-cimentos adquiridos ao longo do Mestrado em Manutenção Técnica de Edifícios e um vasto trabalho de recolha e tratamento de todas as informações recolhidas nas insta-lações da Nestlé Waters Direct Por-tugal.

O próximo trabalho de final de curso a ser apresentado, no âm-bito deste Mestrado da ESTA/IPT, foi desenvolvido por Nuno Antunes. Trata-se de um estudo sobre as Ins-talações Técnicas Hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas.

O Mestrado em Manutenção Téc-

nica de Edifícios pretende assegurar aos estudantes uma especialização de natureza profi ssional, capaz de permitir a intervenção de forma in-terdisciplinar nas diversas especiali-

dades desta área, nomeadamente em aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC), redes de fl ui-dos, instalações elétricas, domótica, redes de dados e comunicações,

proteção e segurança, acústica, ilu-minação, entre outras, desde a fase do projeto, à construção e manu-tenção.

Projetos académicos desenvolvidos em contexto profi ssional

• Gonçalo Silva, à direita, com o júri do projeto que defendeu

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18 JANEIRO 2013DIVULGAÇÃO

“Safi ra e a luta contra o can-cro” é o título de um livro es-crito por Patrícia Fonseca, grande-repórter da revista Visão, que será apresentado em Abrantes no dia 18 de ja-neiro, às 21h30, na Biblioteca António Botto. Trata-se de uma publicação que resulta de um rigoroso trabalho jor-nalístico que deu a conhecer a história de uma menina a quem foi detetado, num rim, um tumor, raro e agressivo, quando tinha apenas quatro anos de vida. Para além da luta individual de Safi ra, o li-vro conta os dias, os meses e os anos de uma família que correu o mundo em busca de

uma terapêutica alternativa à quimioterapia proposta pelo Instituto Português de Onco-logia (IPO).

Mais do que um registo jor-nalístico com pinceladas li-terárias, este livro de Patrícia Fonseca é o cumprimento de uma missão social. Não só porque os direitos de autor revertem a favor da Associa-ção de Divulgação, Apoio e Prevenção do Cancro criada com o nome da menina, mas também porque as palavras e ideias nele contidas levan-tam questões sobre as quais importa refletir. Nomeada-mente, a escolha dos pais em relação aos tratamentos a que serão submetidos os fi lhos. Por isso, no prefácio, a autora explica: “Foi precisa-mente porque alguns setores da sociedade tentaram des-valorizar a sua causa (dos pais de Safira), desconsiderando-a por partir de ‘gente alter-nativa’ e ‘meio-hippie’, que entendi ser necessário reve-lar, de forma abera e transpa-rente, a postura desta família perante a vida.”

O livro “Safi ra e a luta con-tra o cancro” é uma emocio-

nante história real, com to-dos os ingredientes das his-tórias de sucesso, contada com rigor jornalístico e sen-sibilidade literária. Tem mo-mentos altos e baixos, tem alegrias e tristezas, tem certe-zas e incertezas. Causa revol-tas, mas transfere emoções. Mostra mundos, realidades e tratamentos diferentes da-queles que são considerados a norma. Sobretudo, é uma história de coragem e de es-perança, que mantém sem-pre um registo elegante.

Safira, a menina dos cara-cóis loiros, já fez sete anos. “O que lhe reserva o futuro, ninguém sabe. Mas ela ousa imaginá-lo.” Sonha ser maes-trina. Entretanto, habituou-se a ser reconhecida e admirada na rua. Para além da repor-tagem publicada na revista Visão (e que fez capa), a sua história também foi contada por Patrícia Fonseca na SIC, em co-autoria com o jorna-lista Pedro Coelho, e ganhou dois prémios. O trabalho jor-nalístico contou a história de Safi ra; o livro, da editora ASA, assume-a como uma causa.

A demência é uma doença cerebral, geralmente crónica ou progressiva, afetando as funções corticais superiores, como é o caso da memória, do pensamento, da orien-tação, da compreensão, do cálculo, da aprendizagem, da linguagem e do juízo crí-tico.

As patologias predispo-nentes são, por exemplo, idade superior a 65 anos, sexo feminino, fatores ge-néticos, hipertensão arte-rial, diabetes, carência de vi-tamina B12 ou ácido fólico. Mesmo na ausência de fato-res predisponentes, o declí-nio das funções cognitivas é uma consequência normal no processo de envelheci-mento. O declínio tem um

impacto relevante na qua-lidade de vida, associando-se ao risco elevado de limi-tações funcionais e depen-dência de terceiros.

Segundo as estatísticas, em 2009, existiam em Por-tugal 153.000 doentes com demência. Sendo 2012 o Ano Europeu do Envelhe-cimento Ativo e da Solida-riedade entre as Gerações, devemos informar a popu-lação dos sinais de alerta, mantendo-se atentos a fa-miliares e amigos.

A demência, apesar de ser um processo evolutivo do envelhecimento, pode ser prevenido. Seja em idosos ou adultos, os resultados in-dicam que um estilo de vida que inclui atividade física

deve ser adotado, preve-nindo declínios cognitivos. São também importantes todos os passatempos que envolvam raciocínio, como jogo de cartas, crochet e pa-lavras cruzadas. Deve-se evi-tar consumo de bebidas al-coólicas, tabaco e manter uma boa alimentação.

“ O demente é um homem despojado dos bens que possui, é um rico que fi cou pobre” Esquirol

Susana Pires da SilvaMédica Interna do Ano Comum no

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Exercite o seu cérebro, vamos prevenir a demência

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do quotidiano;- Problemas na linguagem;- Desorientação no tempo e no espaço;- Diminuição da capacidade de julga-mento;

- Difi culdade em realizar tarefas com-plexas;- Colocação de objetos em locais inusi-tados;- Súbitas alterações de humor;- Mudanças na personalidade;- Apatia/Passividade.

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19JANEIRO 2013 DESPORTO

“Os dias de jogo eram dias de festa e uma alegria para o povo”Adepto ferranho do Sporting Club de Portugal, Virgílio Pe-reira, agora com 80 anos, rece-be-nos na sua barbearia, no Rossio-ao-Sul do Tejo, meticu-losamente forrada de verde com fotos e recortes dos seus ídolos preferidos, velhas gló-rias do desporto, naturalmente do Sporting. De frente, em lu-gar de destaque, ressalta, pelo colorido, uma foto sua com Sousa Cintra (então presidente do Sporting) aquando duma visita ao núcleo sportinguista de Abrantes. Porém, não é do Sporting ou sequer de futebol que iremos conversar, mas dos velhos tempos do hóquei em patins de Abrantes que tem em Virgílio Pereira uma das suas estrelas principais.

Tudo remonta ao ano de 1955. Na época, a modalidade gozava de prestígio a nível na-cional e exercia infl uência so-bre a mocidade de então. Com

apenas 15 anos, juntamente com outros jovens amigos de Abrantes, decidiram fun-dar uma equipa de hóquei em patins. Sem instalações, sem apoios e sem campo para jo-gar recorriam a um ringue im-provisado existente no quartel de Infantaria. Posteriormente, para atos mais solenes, como os jogos com equipas federa-das, recorriam ao campo do Benfica, localizado atrás da Igreja de S. Vicente.

Existia uma grande rivalidade entre as equipas de Abrantes e do Rossio. Disputavam entre si as simpatias dos abrantinos que enchiam os locais onde estes atuavam em apoio in-condicional aos seus jogado-res. Virgílio Pereira lembra co-legas que encheram de alegria a massa associativa, como o Barata, o José Manuel Coelho, o Carlos Martins, o Lavado, o Massa e o Piriquito, entre mui-

tos outros, que faziam as delí-cias dos afi cionados pelo hó-quei em patins. Os momentos altos da sua “carreira” despor-tiva como guarda-redes foram ao serviço do Clube da Fun-dição de Abrantes que dispu-tava os torneios da então CUF, da União Desportiva Rossiense (UDR) e de outras competições particulares de âmbito Regio-nal e Nacional.

Tudo acabou por volta de 1970 quando decidiu emigrar com a família para a África do Sul em busca de uma vida me-lhor. Veio a saber, posterior-mente, com pena sua, que de-vido à busca incessante de no-vos valores que proliferavam por aqui, por parte das gran-des equipas nacionais, pouco a pouco, se viria a perder uma tradição de décadas com raízes em Abrantes. A UDR é o fiel depositário dessas tradições e tem no seu palmarés diversos

títulos regionais e nacionais da primeira divisão.

Ainda ouvimos Manuel Fer-nandes (Tio João), de 83 anos, corroborar as palavras emo-cionadas de Virgílio Pereira quando referia o impacto que os jogos tinham na sociedade de então. “Eu gosto muito do hóquei em patins. Na altura, não perdia um jogo. Havia ex-cursões para os jogos e até as nossas mulheres faziam ques-tão em assistir aos jogos. Não havia muito para nos divertir-mos.” Refere ainda que “os dias de jogo eram dias de festa e uma alegria para o povo”.

O facto é que pouco a pouco se foi perdendo esta tradição e agora só restam, para a poste-ridade, as palavras embarga-das das memórias de quem vi-veu estes tempos na primeira pessoa.

Francisco Rocha aluno de Comunicação Social da ESTA

VELHAS GLÓRIAS DO HÓQUEI EM PATINS

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20 JANEIRO 2013DIVULGAÇÃO

LUGARES COM HISTÓRIA

A meio da encosta do morro de Abrantes, virada a sudoeste, com o Castelo por cima e olhando o Tejo que corre em baixo, encontra-se uma plataforma escorada por pare-des de pedra xistosa, que os abran-tinos conhecem por Outeiro de S. Pedro.

Nesse local, teve o seu primeiro as-sento a igreja de S. Pedro, o Velho, assim denominada para se distin-guir de S. Pedro, o Novo, que se en-contrava onde está hoje o Teatro de S. Pedro. Desconhece-se a data da sua construção, sabe-se apenas que Fortunato de Almeida, no seu “Catá-logo de todas as igrejas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarve, nos anos de 1320 e 1321”, já dá conta da sua existência. Mais tarde, como estava muito arruinada, foi transferida para dentro da vila, fi -cando com o seu segundo assento na, hoje, rua de S. Pedro, antiga rua dos Coelheiros. No nº 14, podemos ver uma placa de azulejos, assina-lando esse facto e informando que ali existiu, como igreja paroquial, até 1834, altura em que foi suprimida por “falta de fregueses” sendo en-tão anexada à igreja de S. João. Em fins do século XVIII, no Outeiro de S. Pedro, ainda foram encontrados, numa escavação, restos dos alicerces do primitivo templo.

Mas a referência mais forte, para os abrantinos, em relação a este local é a que o associa a D. Nuno Álvares Pe-reira e à batalha de Aljubarrota. Se-gundo a tradição, o Condestável te-ria acampado ali com as suas tropas, antes da partida para a famosa ba-talha. Não se sabe o que teria dado origem a esta tradição, mas ela está hoje, e com razões fundamentadas, posta em causa.

Segundo as crónicas da época, foi em Abrantes que D. João I soube da entrada do exército castelhano no

país, daqui teria enviado um emis-sário para avisar Nuno Álvares do que se estava a passar e foi também em Abrantes que os dois reuniram o conselho de guerra, decidindo, depois, irem ao encontro do exér-cito inimigo. A Crónica do Condes-tável informa-nos que este, vindo do Alentejo ao encontro do rei, acam-pou com as suas tropas além do Tejo, a cerca de duas léguas desta vila e daí partiu e “e se foi alojar cerca de Abrantes, em umas hortas”. Es-tas “hortas” referem-se, certamente, não a este Outeiro, mas a um local si-tuado no sopé do monte, mais plano e espaçoso e, portanto, muito mais adequado a um acampamento mi-litar. Ora o sítio hoje conhecido por Alferrarede (não Alferrarede Velha) foi até há poucos anos conhecido por Hortas, sendo, pois, muito pro-

vável que D. Nuno tivesse escolhido este local ou as suas imediações para estabelecer o seu acampamento. E, na verdade, quando se olha atenta-mente para o Outeiro de S. Pedro, é difícil admitir que naquele pequeno espaço pudessem ter ficado aloja-dos três mil homens, com os seus cavalos, armas e restante material de guerra e, ainda por cima, estando parte do terreno ocupado pela igreja de S. Pedro, onde, aí sim, é muito provável que Nuno Álvares Pereira ti-vesse assistido à missa, antes da par-tida para Aljubarrota.

Com o apoio da tradição ou com o relato das crónicas da época, a ver-dade é que Abrantes sempre se sen-tiu ligada à fi gura do Condestável e, muito especialmente, durante o pe-ríodo do Estado Novo. A imprensa fazia disso eco e por ela sabemos

que já nos anos trinta do século XX, se começava a pensar em abrir uma subscrição para arranjar fundos, com a fi nalidade de erigir aqui um monu-mento, em honra desta fi gura ilustre da história nacional.

A revista “Brotéria”, de Maio de 1940, refere que a Câmara de Abrantes es-tava a receber donativos, para que nas comemorações dos centenários da independência e restauração da Pátria se integrasse a inauguração de um monumento àquele herói na-cional. Não se sabe ao certo qual foi a causa, mas facto certo é que, em-bora já tivessem reunido mais de trinta mil escudos, quantia avultada para a época, o monumento não se construiu nessa altura. Os anos fo-ram passando e na imprensa local, recorrentemente, iam aparecendo artigos lembrando o referido monu-mento. Em 1961, quando da passa-gem das relíquias de Nuno Álvares por Abrantes, apareceram novos e veementes apelos, em alguns dos quais transparecia até o desejo de o transformar em igreja, mas ainda não foi desta que a ideia se con-cretizou. Depois, em 1966, quando Abrantes fez cinquenta anos como cidade, mais artigos surgiram lem-brando o tão falado monumento, até que em 1968, fi nalmente, passou do nimbo onde até então vivera e se concretizou em realidade. E como a tradição tem muita força, o local para ele escolhido foi precisamente o Outeiro de S. Pedro. A inaugura-ção ocorreu no dia 1 de novembro, na presença do Presidente da Repú-

blica, almirante Américo Tomás, do bispo da diocese, D. Agostinho de Moura, do presidente da Câmara, dr. Agostinho Batista, e de outras altas individualidades, sempre debaixo de uma chuva torrencial que também quis comparecer à cerimónia.

A parte arquitetónica, já com linhas modernas, deve-se ao arquiteto Duarte Castel-Branco, a escultura em bronze dourado foi da autoria de La-goa Henriques e a construção fi cou a cargo de Apolinário Marçal. O custo total da obra foi de 300 contos, ha-vendo ainda nos cofres da Câmara 100 contos, provenientes da antiga subscrição.

Mas não passaram muitos anos sem que este monumento, tão dese-jado por muitos e inaugurado com tanta pompa e circunstância, tivesse sido vandalizado. A escultura de D. Nuno, orando em frente de um cru-cifixo, foi roubada, possivelmente até fundida e, hoje, o monumento encontra-se completamente vazio, não sabendo já muitos dos abranti-nos mais novos a quem ele foi, em tempos, dedicado.

Bibliografi a:- Candeias da Silva, Joaquim, “…contributo para a aclaração do topónimo Hortas… e não só”, Jornal de Alferrarede, Novembro de 2012- Morato, Manuel António, “Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, edição da C. M. de Abrantes, 1981- Jornais: Correio de Abrantes e Nova Aliança das décadas de quarenta, cinquenta e sessenta do século XX

Teresa Aparício

O Outeiro de S. Pedro

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21JANEIRO 2013 DIVULGAÇÃO

“Falar da Vida a partir da Filosofia, e falar da Filosofia a partir da Vida” é o slogan que o indicativo da rú-brica “Filosofalando” nos transmite desde o início de dezembro de 2011, quando começou a ser emitido na rádio Antena Livre em diversos ho-rários durante a emissão diária. Alves Jana, doutorado em Filosofi a e cola-borador da Antena Livre, havia ter-minado em setembro de 2011 um período de alguns anos em que as-sumiu a Direção Geral da Antena Li-vre & Jornal de Abrantes, para se de-dicar a tempo inteiro à sua empresa pessoal na área da Formação, Cultura e Coaching, através da qual tem de-senvolvido várias atividades na re-gião. Paulo Delgado, responsável pela programação da Antena Livre, con-tou ao JA que “era importante ter no ar algo que falasse da vida, tal como ela é e sem rodeios ou papas na lín-gua e que nos colocasse a pensar so-bre a vida de uma forma positiva, e ainda que nos desse opções para que pensando, possamos viver melhor e sorrir mais”. O responsável acrescen-tou ainda que “Alves Jana é a pessoa indicada para o fazer, pelas suas ex-periências profi ssionais e pessoais e, claro, pela sua formação. A rúbrica é exatamente aquilo que pretendía-mos”. O auditório da Antena Livre re-cebeu com entusiasmo esta rúbrica que acabou por ganhar “outras vi-das” e passou também a web revista

com o mesmo nome, sendo que já vai na sua terceira edição. A revista “Filosofalando” pode ser recebida por e-mail, bastando para isso fazer o seu pedido para [email protected]. 2013 marca também o início da emis-são desta mesma rúbrica noutras es-tações de rádio do país. Já está no ar desde janeiro na Rádio Hertz de To-mar (www.radiohertz.pt ou 98 fm) e na Rádio Sines para todo o litoral alentejano (www.radiosines.com ou 95.9 fm), estando a decorrer ainda conversações com outras rádios inte-

ressadas neste conteúdo da Antena Livre, não só em Portugal, mas tam-bém em estações de rádio espalha-das pelo mundo e que emitem para as comunidades portuguesas. Alves Jana está também contente com o re-sultado do Filosofalando, como con-tou ao JA: “É muito bom fazer este tra-balho e sentir que posso levar às pes-soas a Filosofi a, mostrando-lhes que efetivamente a mesma está muito mais relacionada com a nossa vida quotidiana do que muitas pessoas possam pensar”.

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RESERVA-SE O DIREITO DE NÃO SEREM CONSIDERADAS AS PRO-POSTAS QUE NÃO INTERESSEM.

Abrantes, 13 de Dezembro de 2012PEL’A MESA ADMINISTRATIVAO PROVEDOR a) António Alberto Melo Dias Margarido

António Manuel Martins Silva tem 58 anos e é “militantemente sol-teiro”. Professor, diz que só se re-forma “quando me expulsarem da escola”. Ele é o guardião da Memó-ria histórica dos Vales e um dos pila-res do associativismo local.

Nasci aqui, nos Vales (Cardigos, Ma-ção), em 1954. Fiz aqui a escola pri-mária e entrei no Seminário dioce-sano, onde andei seis anos. Depois vim para Proença-a-Nova conti-nuar os estudos. Entrei em Direito, em 1972, dois dias antes de ter sido assassinado Ribeiro Santos. Foi um tempo conturbado e acabei por ter de anular a matrícula por ter partici-pado numa greve. Fui matricular-me em História. Com a licenciatura, vim dar aulas para Proença-a-Nova, onde ainda hoje continuo como professor. Quando cheguei, em novembro de 76, ninguém queria dar Introdução à Política, porque a escola tinha sido ocupada pelo COPCON e isso tinha sido interpretado como um ataque à Igreja Católica e todos os professores que chegavam colocados pelo Mi-nistério “eram” comunistas. Como eu fui o último professor a chegar, fi cou para mim. E eu sempre usei barbas, “Aí vem o Fidel”. Foi duro. Mas acabei

por ser até presidente do Conselho Diretivo.

Em 80, lembrei-me de fazer o mestrado em Ciências da Educação, em Lisboa. Para a tese, sobre o ensino colonial pelos missionários, cheguei a ir a Timor fazer investigação. Estava lá no momento da independência.

No associativismo, trazido por Artur Fernandes, um homem bom, estou desde os 16 anos, onde tenho ga-nhado muita experiência. Ao longo dos anos, já fui presidente da Asso-ciação e tenho sido uma espécie de retaguarda nos tempos de crise asso-ciativa, sou eu que fi co com a chave e dou andamento ao expediente até aparecer outra direção. Hoje sou o presidente da mesa da Assembleia Geral.

Ao longo de todos estes anos, tenho colaborado nos jornais de Mação e Proença-a-Nova. E escrevo para mim, muita coisa que não está publicada. E tenho um blogue, http://terrasdo-polome.webnode.pt, dedicado a esta minha terra, à educação e a “picar”, são as provocações políticas ou “in-quietações”. Além disso, nas “peregri-nações”, tenho a minha experiência de Timor. Vale a pena ler.

Dedico-me à fotografi a, militante e desgraçadamente, porque isto está cada vez mais caro. A máquina anda sempre no carro. Fiz um curso de 300 horas, que deu para aprender umas coisas. Com este bichinho, acabei por recolher milhares de fotografi as que as pessoas da aldeia me cedem e es-tou a organizar um arquivo digital.

Além disto tudo, sou um bibliófi lo. Tenho mais de vinte mil livros.

Projetos, tenho muitos, mas isso fi ca para depois. Para já, vou arrumar os li-vros. E, de imediato, colocar os meus livros de história local à disposição de quem estiver interessado, por exem-plo das escolas.

Recolha por Alves Jana

AS CARAS DA RÁDIO

ALVES JANA…

Filosofalando “voa” para outras estações de rádio

Tó Manel, dos Vales

RETRATO TIPO PASSE

Desejamos a todos os Abrantinos,

um bom ano de 2013Sede: Av. Defensores de Chaves, 2200-301 ABRANTESTel./Fax 241 366 233Urb. Encosta da Barata, Bl. L, loja 4, 2200-183 ABRANTESTel. 241 332 601Rua de Vale de Morenas, Chainça, 2200-173 ABRANTES

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22 JANEIRO 2013CULTURA

Ana Laíns regressa à cidade de Abrantes, desta vez para apresentar o disco “Quatro Caminhos”. O concerto está agendado para o dia 25 de janeiro, no Cine-teatro São Pedro, às 21h30. A fadista as-sinala 10 anos de canções num concerto intimista, onde não faltarão os temas do mais recente trabalho discográ-fi co, editado em 2010, e que aborda, entre outras coisas, algumas temáticas da vida e o respeito pelo caminho que cada um segue. Com um per-curso eclético, a cantora que nasceu em Tomar, continua a traçar o seu percurso entre o fado e a música tradicional portuguesa, com a ajuda de autores como Amélia Muge e Diogo Clemente, que jun-

tos compuseram a letra do single “Quatro Caminhos” que dá nome ao CD. Ana Laíns tem somado alguns aconteci-mentos que têm consolidado a sua carreira musical como o caso de ter gravado recente-mente com Boy George, es-trela da pop britânica. O espe-táculo de Abrantes será uma viagem ao universo de cariz português que vai dar ao fado tradicional e ao cancio-neiro, proporcionando mo-mentos onde se comprova a universalidade da música portuguesa, na voz de uma cantora que tem levado o fado além-fronteiras. Os bi-lhetes custam 10 euros e po-dem ser comprados no Posto de Turismo ou no Cine-teatro no próprio dia do concerto.

Ana Laíns apresenta disco

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

A criatividade do artesa-nato português, bem visí-vel no fi gurado de Barcelos, vai estar em exposição na Galeria de Arte de Abrantes até ao dia 25 de janeiro. O trabalho de três barristas e duas famílias ligadas à arte de trabalhar o barro expõem figuras modeladas e pinta-

das à mão, recriando um mundo fantástico e imagi-nário. Lavradores, junta de bois, banda de música, pre-sépios, galos, entre outras fi -guras, são alguns trabalhos de Júlia Côta, Júlia Ramalho, Conceição Sapateiro, Famí-lia Mistério e Família Baraça, patentes em Abrantes. O fi -

gurado de Barcelos constitui um instrumento da cultura e história de Portugal, assu-mindo características únicas que podem ser adquiridas por quem visitar a mostra. A Galeria de Arte está aberta de terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h30.

Figurado de Barcelos recriado em Abrantes

ABRANTESAté 25 de janeiro de 2013 - Exposição “Figurado de Barcelos” – Galeria Municipal de ArteAté 15 de maio de 2013 – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18hAté 30 de maio – Exposição “Cinema em Abrantes entre 1931 e 1974” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 5 de janeiro – Concerto de Ano Novo com a Soprano Filipa Passos e o Pianista Francisco Sassetti – Igreja de São Vicente, às 21h309 de janeiro a 1 de fevereiro – Exposição “Como Encantar um Arco-Íris”, de Paulo Galindro – Biblioteca António Botto11 de janeiro – Concerto Solidário da Rádio Tágide, com atuações de José Cid e Remédiu Santu – Entrada: 5 euros - Pavilhão da Metalúrgica – Tramagal, 22h17 de janeiro – Encontro com o ilustrador Paulo Galindro – Biblioteca António Botto, 10h30 e 14h18 de janeiro – “Ler os nossos…”com Patrícia Fonseca – Apresentação da obra “Safi ra e a luta contra o cancro” – Biblioteca António Botto, 21h3018 de janeiro – “Viver a Música/Tramagal” – Cine-teatro São Pedro, às 21h3025 de janeiro – Concerto com a fadista Ana Laíns – Cine-teatro São Pedro, às 21h3031 de janeiro – Entre Nós e as Palavras com… Valter Hugo Mãe, apresentação da obra “A Máquina de Fazer Espanhóis” – Biblioteca António Botto, 21h30CINEMA – Org. Espalhafi tas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30:2 de janeiro – “Poesia”9 de janeiro – “Galinhas com Ameixas”16 de janeiro – “Paradise Now!”23 de janeiro – “Os Amantes Crucifi cados”30 de janeiro – “Reality”

BARQUINHA5 de janeiro – Palestra “Para além da Idade Média: o castelo de Abrantes entre os séculos XV-XIX”, com Gustavo Portocarrero – Centro Cultural, às 17h

CONSTÂNCIAAté 6 de janeiro – Exposição de Peças Natalícias pelos artesãos do concelho – Posto de TurismoAté 31 de janeiro – Mostra Bio-bibliográfi ca de Mo Yan – Biblioteca Alexandre O´Neill6 de janeiro – Concerto de Órgão pela Associação CICO – Igreja Matriz, às 16h12 de janeiro a 3 de fevereiro – Exposição de Fotografi a “Ecos do Silêncio”, de Maria Isabel Clara – Posto de TurismoDVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h:11 de janeiro – “Os Irmãos Dalton”18 de janeiro – “Brave – Indomável”25 de janeiro – “Os Pilares da Terra”

MAÇÃOAté 11 de janeiro – Exposição “Crianças no Mundo com Direitos” - Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira18 de janeiro – Conferências no Museu “Arqueologia e sociedade: tentativa de formulação de uma perspectiva crítica inspirada no pensamento de Slavoj Zizek” com Vítor Oliveira Jorge – Instituto Terra e Memória, às 19h 24 de janeiro - Conferências no Museu “Arqueologia e sociedade: tentativa de formulação de uma perspectiva crítica inspirada no pensamento de Slavoj Zizek” com Elísio Summavielle – Instituto Terra e Memória, às 17h25 de janeiro – “3 histórias partilhadas com quem nos faz falta!”: contar e ouvir histórias de um tempo que foi de Ontem, contadas Hoje para serem relembradas Amanhã – Biblioteca Municipal, às 14h e 21h

SARDOALAté 26 de janeiro de 2013 – Exposição “Trinta Olhares”, Clube de Pintura do GETAS - Centro Cultural12 de janeiro – Concerto com a banda “Meia Volta de Úrano” – Centro Cultural, às 21h30CINEMA - Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30:5 de janeiro – “007 Skyfall” 26 de janeiro – “Twilight – Amanhecer II”

AGENDA DO MÊS

“Crianças no Mundo com Direitos” é o tema da uma exposição que pode ser vi-sitada, até 11 de janeiro, no Centro Cultural Etelvino Pe-reira, em Mação. A mostra organizada pelo Instituto de Apoio à Criança, pretende in-formar e consciencializar jo-vens, professores e pais sobre “o muito que ainda falta fa-zer em torno dos Direitos da Criança e qual o contributo que cada um pode dar”. A exposição é constituída por 38 painéis com informação

do contexto social, econó-mico e político de vários paí-ses, alguns dos quais onde se verifi ca a privação dos Di-reitos da Criança. Atividades desenvolvidas pelo Instituto de Apoio à Criança, infor-mação sobre a Convenção sobre os Direitos das Crian-ças, assim como trabalhos e projetos desenvolvidos em escolas portuguesas e um “Jogo dos Direitos”, fazem parte desta exposição itine-rante que está apresentação em Mação.

A poesia e a música com-põem o espetáculo “Meia Volta de Úrano”, que vai ser apresentado no Centro Cul-tural Gil Vicente, Sardoal, no dia 12 de janeiro, pelas 21h30. Esta é uma obra original de Rui Malaquias e João Ma-deira, composto pela música

da “Banda Uranium” e que pretende representar “uma viagem ao universo da Mu-lher madura”. Fazendo alusão a vários elementos como a saudade, a maturidade, a inti-midade, a liberdade, o medo, a frivolidade, a intolerância, o desejo e a própria loucura.

Neste espetáculo participam Filipa Frade, João Madeira, Telmo Marques, Pedro San-tos Rosa, Fernando Piedade e Joana Costa. Os bilhetes têm o preço único de 5 euros e es-tão à venda na bilheteira no Centro Cultural.

Artesãos do concelho de Constância dão a conhecer os seus trabalhos de artesanato, até ao dia 6 de janeiro. O Posto de Turismo aco-lhe a exposi- ção de peças Natalícias, como presé-pios, velas e sabonetes decorados com figuras alusivas ao Natal, bor-dados, entre outros obje-tos, feitos dos mais diver-sos materiais. A partir do dia 12 de janeiro, e até 3 de fevereiro, o artesanato dá lugar à fotografi a com a exposição “Ecos do Silêncio”. Os trabalhos são de Maria Isabel Clara, natural de Abrantes, e podem ser vistos também no Posto de Turismo da vila.

Exposição sobre os direitosdas crianças em Mação

Poesia e música juntas em espetáculo no Sardoal

Tuçãcsac

o Ne os ms. A

Constância acolhe exposições de artesanato e fotografi a

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NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

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