Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

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A Tupperware Portugal assinalou o seu 50º aniversário com uma conferência que contou com a presença de mais de 1.200 participantes. A Fábrica de Montalvo exporta 99% do que produz. Página 14 Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de AGOSTO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5534 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO TUPPERWARE CELEBRA 50 ANOS TESP SÃO A NOVA FORMAÇÃO SUPERIOR NA REGIÃO MÉDIO TEJO CANDIDATOU PROJETOS DE 72 ME NESTA EDIÇÃO MAIS UM NÚMERO DO ESTA JORNAL A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes tem já aprovados nove Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) que entrarão em funcionamento em setembro. Página 17 A proposta apresentada aos fundos comunitários prevê 50 milhões para projetos intermunicipais e os outros 22 milhões correspondem a investimentos em infraestruturas de educação, património cultural, saúde e sociais. Página 15 Plano Estratégico Abrantes 2020 envolve 94 milhões de euros PUBLICIDADE PUBLICIDADE CM Abrantes Página 8

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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A Tupperware Portugal assinalou o seu 50º aniversário com uma conferência que contou com a presença de mais de 1.200 participantes. A Fábrica de Montalvo exporta 99% do que produz. Página 14

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

AGOSTO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5534 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

TUPPERWARE CELEBRA 50 ANOS

TESP SÃO A NOVA FORMAÇÃO SUPERIOR NA REGIÃO

MÉDIO TEJO CANDIDATOU PROJETOS DE 72 ME

NESTA EDIÇÃO MAIS UM NÚMERO DO ESTA JORNAL

A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes tem já aprovados nove Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) que entrarão em funcionamento em setembro. Página 17

A proposta apresentada aos fundos comunitários prevê 50 milhões para projetos intermunicipais e os outros 22 milhões correspondem a investimentos em infraestruturas de educação, património cultural, saúde e sociais. Página 15

Plano Estratégico Abrantes 2020 envolve 94 milhões de euros

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2 AGOSTO 20152015ABERTURA

Há uns anos, no metro de Londres, dois rapazolas conversaram ale-gremente, durante largos minutos, numa língua estranha. Deram vá-rias gargalhadas ao longo da con-versa, convencidos de que ninguém os compreendia. Num determinado momento, a jovem que estava em frente a eles levantou-se e disse, em Inglês, em alto e bom som: “Agrad-eço-vos todo o tempo que dedica-ram a falar sobre mim.” Obviamente, todos os passageiros daquela carru-agem perceberam que os rapazolas passaram aquele tempo a fazer co-mentários desagradáveis sobre a jo-vem. E ela tudo ouviu, serenamente.

E respondeu na altura certa.Este é o último editorial que faço

enquanto diretora do Jornal de Abrantes. Foram cerca de dois anos e meio, com cerca de 30 edições. Fa-zer um trabalho com uma visibili-dade que tem um jornal regional gratuito é um desafi o nem sempre fácil de superar. Tenho a plena cons-ciência de que o trabalho feito (e que certamente teve momentos menos felizes) só foi possível graças a qua-tro aspetos essenciais: uma adminis-tração que sempre compreendeu os contornos da liberdade editorial; um conjunto de autarquias, de dife-rentes cores políticas, que foram ex-celentes parceiros no apoio que nos deram para que se concretize o ver-dadeiro serviço público de informar os cidadãos; uma equipa de profi s-sionais fantástica que tudo fez para cumprir a sua missão de forma rigo-rosa; um leque de leitores atentos e interessados no trabalho que se faz neste Jornal.

Ao longo deste tempo foi-se fa-lando sobre as opções editoriais

deste Jornal de Abrantes por mim dirigido. Lido muito bem com as críticas. Gosto de as ouvir. Respeito quem as faz. Mas gosto de olhar as pessoas nos olhos. Fui educada para a diferença e para a tolerância. Para além disso, os meus pais e os meus avós ensinaram-me a melhor fór-mula para dormir: com a consciên-cia tranquila. A vida completou essa educação e ensinou-me que há es-paços próprios para o debate de ideias e que o confronto - honesto - só tem vantagens.

As tecnologias permitem que hoje se diga tudo sobre qualquer pessoa, de forma (quase) impune. Os últimos anos ensinaram-nos que responder a blogues anónimos para repor a verdade é entrar numa espiral sem fi m, com contornos duvidosos. Tam-bém é certo que o silêncio e a falta de reação a comentários, provocações e afi rmações infundadas deixa quem lê na dúvida. Mas quem lê também percebe que criticar, de forma vio-lenta, praticamente todas as pessoas que têm atividade pública num con-

celho - sem dar a cara - é tudo menos defender as populações. A denúncia é bem vinda, quando é justa. A liber-dade de expressão é um valor su-premo, quando se sabe usá-lo.

Os rapazolas vão continuar a fa-lar e os visados, como a rapariga do metro, só têm que agradecer todo o tempo que eles lhes dedicam. Vão continuar a procurar supostos ‘po-dres’ dos seus inimigos de estima-ção, pessoas que também erram mas que, pelo menos, todos sabe-mos quem são. Os rapazolas vão continuar a escrever, com pseudóni-mos, escondidos atrás de um ecrã de computador. Os melhores momen-tos das seus dias são certamente quando veem a quantidade de vi-sualizações que o blogue vai tendo. Enfi m... Lançar polémica é fácil. Difí-cil é pousar a cabeça, à noite, na al-mofada, e dormir descansado. Eu durmo tão bem.... E agradeço todo o tempo que me dedicam! Em meu nome pessoal e de toda a equipa que fez este Jornal de Abrantes ao longo de todo este tempo.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

Cristina [email protected]

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

244 819 [email protected]

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

ImpressãoUnipress Centro Gráfico, Lda.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179

[email protected]

Editora e proprietáriaMedia On

- Comunicação Social, Lda.Capital Social: 50.000 eurosNº Contribuinte: 505 500 094

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Detentores do capital socialLena Comunicação SGPS, S.A. 80%

Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

GerênciaFrancisco Rebelo dos Santos,

Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

jornal abrantesde

Gostaria de afl uir mais a estes espa-ços balneares, por exemplo de conhe-cer a praia de Alamal. Já passei bons momentos na Aldeia do Mato, acho que é um espaço para se passar um dia agradável. Pode ser que seja este verão que tenha oportunidade de conhecer outros locais.

Joana Borda D’águaAbrantes

Conheço Aldeia do Mato, acho que é uma praia bastante agradável com ino-vações signifi cativas. Já estive em Or-tiga, em Mação, achei que tinha uma água um quanto escura e com muitas algas. Já fui a Penedo Furado é um es-paço muito natural e bonito, com cas-catas fantásticas. Tenho curiosidade em conhecer Carvoeiro, em Mação, que mais uma vez conquistou a ban-deira azul. Acho que o turismo não é devidamente potenciado na nossa re-gião e temos o problema da falta de ca-mas para acolher quem chega.

Graça Viana, Mouriscas

O Penedo Furado continua a ser o ex-libris devido às suas características naturais, quer a nível das piscinas quer do espaço envolvente. Gostei bastante do espaço de Cardigos, mas em contra-partida quem chega não está à espera de encontrar uma piscina com aquelas características pouco naturais. Aldeia do Mato não me seduz, a zona balnear e os acessos poderiam estar com um cuidado diferentes.

Anabela Vieira Abrantes

INQUÉRITO

EDITORIAL

O que mais aprecia

nas praias fl uviais

da região?

IDADE 31 anos. NATURALIDADE/RESIDÊNCIA Santa Margarida da Coutada, a residir em Algés, Oeiras. PROFISSÃO Jornalista, TVI

UMA POVOAÇÃO Tramagal, onde vivem os meus pais, os meus tios e muitas pessoas de quem gosto. Mais do que os lugares importam as pessoas e é por elas que eu regresso sempre. UM CAFÉ Qualquer café, o primeiro logo às 4h30. PRATO PREFERIDO Petiscos! Que sabem tão bem nesta altura do ano! UM RECANTO PARA DESCOBRIR A ribeira de Alcolobre. UM DISCO “Segundo”, Maria Rita. Estava a terminar a licenciatura e este álbum acompanhou-me durante

muitas tardes e noites de estudo. UM FILME “A vida é bela”, de Roberto Benigni. A forma absolutamente maravilhosa como se dá a volta à vida e à morte de forma a tornar tudo (mais) belo. UMA VIAGEM A Nova Iorque, em 2010. Na altura, foi um lavar de alma e tornou-se um sítio onde quero muito regressar. UMA FIGURA DA HISTÓRIA José de Almada Negreiros. É das pessoas que tenho muita pena de não ter conhecido. Fascina-me o lado futurista, o inconformismo e a

capacidade de recriar tudo. UM MOMENTO MARCANTE A minha queima das fi tas. Representou a vitória de todos mas principalmente dos meus pais. UM PROVÉRBIO “Não há nada que o Homem faça que Deus não desfaça”. UM SONHO Voltar ao Ribatejo, de vez, um dia. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Descer o Tejo, de canoa, até ao castelo de Almourol e perceber que o Ribatejo é lindo.

SUGESTÕES

Patrícia Matos

Hália Costa Santos, Diretora

Obrigada por todo o tempo que nos dedicam!

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3AGOSTO 20152015 ENTREVISTA

PAULO DELGADO

A 4 de julho, o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, esgotou para ver ao vivo “o concerto minha vida”, como Ana Laíns referiu durante a noite de en-cerramento das comemorações dos oito séculos da língua portu-guesa. Foi um concerto que, espera-se, tenha aberto algumas portas ainda fechadas em Portugal, mas que a World Music há muito tempo abriu à cantora de Montalvo, que fez as primeiras cantorias ainda cri-ança no palco da Sociedade Artís-tica Tramagalense e num concurso da rádio Antena Livre. O Jornal de Abrantes esteve no CCB, assistiu às três horas de concerto e conversou com Ana Laíns.

Ser embaixadora das comemora-ções dos oito séculos de música portuguesa representou muito para ti?

Sem dúvida que sim. É o resumo de muitas coisas. É um cartão de vi-sita que representa tudo aquilo em que acredito, tudo o que tenho lu-tado para defender.

Sou portuguesa com orgulho e aceito a condição de ter nascido neste país maravilhoso. Porque este é, efetivamente, um país maravi-lhoso. A forma como se vive nele é que só depende de nós e somos nós quem o tem destruído.

Poder conciliar o crescimento da minha carreira com as minhas con-vicções é tudo o que quero. Quero dar exemplos, quero dar a cara pelo que realmente importa ,e por isso, ter o privilégio de dar a cara pela mi-nha Língua é uma tatuagem na mi-nha alma, que nunca mais se apa-gará.

Este espetáculo que produziste e para o qual trouxeste 22 convi-dados de luxo que, assim, repre-sentaram a Lusofonia traduziu-se numa noite cheia de emoções.

Mas produzir o que se viu esta noite foi uma grande aventura não foi?

Foi uma loucura. Muita gente du-vidou que eu conseguisse.

O que as pessoas não sabem é que, quanto mais me desmotivam, me deitam a baixo, mais vontade eu tenho de fazer bem feito. Será caso para dizer que o negativismo dos outros alimenta o meu positi-vismo!!!!

Foram meses e meses de trabalho, de ensaios, de contratos discutidos, de caça ao patrocínio, de busca de parceiros, de muitas desilusões, de coisas confirmadas que depois se desconfi rmaram e me fi zeram vol-tar quase ao princípio, nervos, ansi-edade, etc....

Mas, no fi m, eu fi z valer a minha voz, o meu esforço e o esforço de todos os músicos, produtores, etc,

que acreditaram nisto tanto quanto eu!

De entre todos os momentos es-peciais da noite, consegues ele-ger o mais especial para ti?

Não. Não consigo. Foi tudo muito especial.

Eu criei laços com todos os meus convidados. Partilhei vida, emo-ções, grandes conversas com quase todos eles. Aqueles minutos que partilhámos em palco foram o co-roar de muitas conversas partilha-das, angústias, objectivos comuns.

Talvez o mais especial tenha sido o momento em que me dei conta que estava a chegar ao fi m do con-certo, olhei para o céu, e vi o meu pai orgulhoso de mim. O momento em que agradeci ao Universo por me ter ajudado a levar este barco a bom porto.

Com a promoção deste espetá-culo tiveste uma exposição medi-ática na comunicação social. É um novo impulso para a tua carreira em Portugal ou, se preferires, ”é o impulso” que faltava à tua car-reira?

Não sei. Não vejo as coisas assim. Não fi z nada em termos de Media que ainda não tivesse feito. A di-ferença está na quantidade e es-paço de tempo. Foi uma promoção massiva, sem dúvida, que devo ao imenso profi ssionalismo e suor da Paula Cabeçadas, a minha promo-tora.

Essencialmente, acho que foi im-portante para situar as pessoas que ainda não tinham entendido muito bem o que ando aqui a fazer.

E agora…. 16 anos depois, o que se segue na tua carreira?

Agora é lançar o CD/DVD deste concerto, continuar a cantar por esta causa.

Ainda este ano irei para os Estados Unidos, em digressão, Suíça, Suécia e cá em Portugal ainda há muitas datas para fazer. Há pedidos para outras partes do globo e estou em negociação.

Ainda quero levar este concerto, ou uma réplica dele, a algumas salas importantes deste país, descentrali-zando o mais possível. Portugal não é só Lisboa. Todos os portugueses merecem assistir este concerto e vi-ver os momentos maravilhosos que vivemos no CCB.

Depois, em 2016, tratarei do pró-ximo álbum, que já está mais do que cozinhado. Está na porta do forno a arrefecer.

ANA LAÍNS, A CANTORA DE MONTALVO, DEU UM CONCERTO MEMORÁVEL EM LISBOA

“Ter o privilégio de dar a cara pela minha Língua é uma tatuagem na minha alma”

• “Talvez o momento mais especial tenha sido o momento em que me dei conta que estava a chegar ao fi m do concerto, olhei para o céu, e vi o meu pai orgulhoso de mim.”

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4 AGOSTO 20152015DESTAQUE

As próximas eleições legislativas realizam-se a 04 de outubro, anunciou no dia 22 de julho o Pre-sidente da República, Aníbal Ca-vaco Silva, no Palácio de Belém, um dia depois de ter ouvido os partidos com assento parlamen-tar.“Nos termos da Constituição e da lei, e depois de ouvir os par-tidos representados na Assem-bleia da República, decidi mar-car para o dia 04 de outubro a realização das próximas eleições legislativas”, disse Cavaco Silva numa declaração ao país.Sublinhando que todas as elei-ções são importantes, mas que o próximo ato eleitoral “é particu-larmente importante para o fu-turo de Portugal”, o chefe de Es-tado recordou que os portugue-ses irão ser chamados a eleger os deputados à Assembleia da República e “a escolher, de entre as propostas apresentadas pelas diferentes forças políticas, aque-las que melhor respondam aos complexos desafios que o país enfrenta”. “Das eleições para a Assembleia da República dependerá também a formação do novo Governo, não sendo admissíveis soluções governativas construídas à mar-gem do parlamento, dos resulta-dos eleitorais e dos partidos polí-ticos”, acrescentou.

Líder do PS escolhe Vieira da Silva para cabeça de lista em Santarém

José António Fonseca Vieira da Silva, 62 anos, nasceu na Marinha Grande, e é um dos dirigentes históricos do PS. Tendo já desempenhado vários

cargos governamentais, Vieira da Silva tem ligações familiares em Al-canena e académicas em Torres No-vas, onde estudou, é licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão e Professor Con-vidado do ISCTE-IUL. Desde 2011, o vice-presidente da bancada socialista é deputado da Assembleia da República eleito pelo Partido Socialista, depois de ter en-cabeçado a lista do partido no cír-culo distrital de Setúbal, sendo agora o cabeça de lista pelo distrito de San-tarém para as legislativas deste ano.A lista do PS: Vieira da Silva (indicado pela direção nacional do PS), António Gameiro (Ourém), Idália Serrão (San-tarém), Hugo Costa (Tomar), João Sequeira (Rio Maior), Maria da Luz Lopes (Mulheres Socialistas - Torres Novas), Tiago Preguiça (JS Ribatejo - Santarém), Mário Balsa (Entronca-mento) e Elvira Tristão (Cartaxo).

Teresa Leal Coelho é a cabeça de lista pelo PSD

Teresa de Andrade Leal Coelho, 54 anos, é a cabeça de lista pelo PSD, na corrida pelo distrito de Santa-rém. Há dois momentos que se des-tacam da sua vida política: a sua luta e insistência para que a Assembleia da República aprovasse uma lei de criminalização do enriquecimento ilícito e o dia em que virou costas ao plenário para não votar o referendo à co-adopção, em discordância com a disciplina de voto imposta pelo seu partido. Nesse mesmo dia dei-xou de ser vice-presidente da ban-cada do PSD, mas nem por isso pas-sou a estar na sombra.Recorde-se, que o PSD aprovou no dia 23 de julho, em reunião da Co-

missão Política Distrital, alargada a todas as secções concelhias e estru-turas autónomas distritais do par-tido, os nomes dos candidatos a de-putados.Da votação realizada pelos repre-sentantes das secções concelhias, das estruturas autónomas e dos ele-mentos que compõem a Comis-são Política Distrital, em que para cada posição na lista se escolheu, por voto secreto, as pessoas indi-cadas pela secções, num universo eleitoral de 35 votos, resultou a se-guinte lista: Nuno Serra (Santarém), Duarte Marques (Mação), Maria Isilda Aguincha (Entroncamento), João Moura (Ourém), Gonçalo Gaspar (JSD), Liliana Santos Pinto (Coruche), Francisco Madureira (To-mar), Rui Rufi no (Chamusca), Sónia Ferreira (Benavente), Carla Machado (Rio Maior), José Ricardo (JSD), Sílvia Santos (Torres Novas), Vasco Cunha (Cartaxo) e Carina João (Ourém).

Segundo a CPD do PSD, esta lista, ordenada de acordo com a votação expressa, num “processo aberto, transparente e em que todas as sec-ções tiveram direito a voto”, será a que o PSD Distrital de Santarém irá apresentar à Comissão Política Naci-onal no dia 30 de julho.

A esta lista de nomes, ordenada segundo os resultados da votação realizada, ainda será acrescentado o candidato pelo CDS.

Pedro Mendonça é o cabeça de lista do Livre por Santarém

Pedro Mendonça, 42 anos, antigo membro da Assembleia Municipal do Cartaxo, vai avançar como ca-beça de lista pelo Livre / Tempo de Avançar no distrito de Santarém.Natural do Cartaxo e licenciado

em Relações Internacionais, Pedro Mendonça é membro da Amnistia Internacional, A.M.I., DECO e do LI-VRE. É republicano, laico, socialista, europeísta e ecologista. Exerceu funções autárquicas na Assembleia Municipal do Cartaxo, eleito em 2009 enquanto militante do Bloco de Esquerda e onde, en-tre outros assuntos, lutou contra a concessão da água a privados.

Carlos Matias é o cabeça de lista do bloco de Esquerda no distrito de Santarém

Carlos Matias, 63 anos, do Entron-camento, é o cabeça de lista de candidatos a deputados do Bloco de Esquerda pelo distrito de Santa-rém. Estudou no Liceu Nacional Sá da Bandeira, onde teve os primei-ros contactos com o movimento estudantil antifascista, no fi nal dos anos 60.Foi deputado municipal no Entron-camento durante 11 anos, tendo também pertencido à assembleia da comunidade intermunicipal do Médio Tejo. Desde há 6 anos é vereador eleito pelo Bloco de Es-querda na Câmara Municipal do Entroncamento.A partir de outubro, Carlos Ma-tias poderá ser eleito deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, eleito pelo distrito de Santarém, tendo o candidato assu-mido que esse é o grande objetivo para as eleições legislativas que se aproximam.

António Filipe lidera lista da CDU no distrito de Santarém

O vice-presidente da Assembleia da República António Filipe, depu-

tado há sete legislaturas consecuti-vas, vai voltar a ser o cabeça de lista da CDU por Santarém, divulgou a coligação composta por PCP, PEV e Intervenção Democrática.

Já anunciados tinham sido o sec-retário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e os deputados comunis-tas Rita Rato e Miguel Tiago são, por esta ordem, como os três pri-meiros pelo círculo de Lisboa, seg-uindo-se o deputado do PEV José Luís Ferreira.Em 2011, a CDU obteve 7,9% dos votos e elegeu 16 deputados à As-sembleia da República.

Distrito de Santarém perde um lugar na AR e passa a eleger nove deputados

O círculo eleitoral de Santarém, com a atualização da população tendo em conta os últimos Censos, vai ter menos um lugar na Assem-bleia da República, passando a ser nove os deputados a eleger por este círculo eleitoral. O deputado que o distrito perde vai para Setúbal. Atualmente es-tão dez deputados eleitos por San-tarém no parlamento, dos quais cinco são do PSD, três do PS, um do CDS-PP e outro do PCP.

CONHECIDOS OS CANDIDATOS PELO DISTRITO DE SANTARÉM

Eleições legislativas são a 4 de outubro

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Ministra da Agricultura afi rma que Mação pode avançar com estratégia ao nível do setor fl orestal

Mação recebeu a visita da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas. A go-vernante ouviu, conheceu e elogiou a estratégia desen-volvida localmente pela au-tarquia ao nível do setor fl o-restal.

A visita a Mação de Assun-ção Cristas, no passado dia 15 de julho, decorreu de um convite formulado pela Câ-mara Municipal local, presi-dida pelo social-democrata Vasco Estrela. O objetivo foi o de dar a conhecer a estraté-gia desenvolvida localmente pela autarquia ao nível do se-tor da fl oresta, assim como as propostas já apresentadas ao Governo nesta matéria.

O conceito desenvolvido há vários anos no concelho, e apresentado à ministra da Agricultura, consiste num projeto-piloto de gestão total de Zonas de Intervenção Flo-

restal (ZIF), que assenta numa lógica de agregação de todas as pequenas parcelas de ter-reno e dos seus proprietários, e visa estruturar e ordenar a floresta para criar riqueza e proteção contra os incêndios.

“Mação pode ter essa perti-nência, ter esse arrojo e avan-çar (com uma zona-piloto), olhando para os instrumen-tos que existem, pondo-os todos em funcionamento para concretizar o seu obje-tivo, que tem uma visão larga e ambiciosa”, afi rmou Assun-ção Cristas.

“Os nossos desafios são de facto melhorar a nossa produção e a gestão flores-tal e isso consegue-se esti-mulando os proprietários, agregando-os nas ZIF`s ou em outas formas de organi-zação. Sozinhos tiram pouco valor, juntos conseguem ti-rar mais valor e acrescentar

rendimento, diminuindo os riscos como os incêndios ou as pragas. A chave está na capacidade de mobilizar as pessoas, seguindo os bons exemplos”, acrescentou a mi-nistra.

Com um concelho com-

posto por 80% de mancha fl orestal numa área de perto de 400 quilómetros quadra-dos, o ordenamento flores-tal é “uma das maiores preo-cupações” dos responsáveis autárquicos, face ao historial de grandes incêndios fl ores-

tais, e a autarquia chegou ao limite da sua capacidade de intervenção.

Agora, para avançar para a fase final do modelo, que pode vir a ser um projeto-pil-oto a nível nacional, é neces-sária aferir se a legislação que

existe é sufi ciente para a sua implementação e aproveitar a oportunidade dos fundos comunitários, para aceder a verbas que permitam a sua execução.

“A pertinência do nosso tra-balho tem agora outros en-quadramentos legais e legis-lativos para que Mação possa concretizar o seu objetivo. Há aqui o apoio político por parte do Governo no sentido de podermos falar com o ICNF – Instituto de Conserva-ção da Natureza e das Flores-tas e percebermos, em con-junto, que meios estão dis-poníveis e como poderemos concretizar esta nossa ambi-ção. Foi hoje aqui aberta uma porta que me parece impor-tante realçar”, adiantou Vasco Estrela.

Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca

• Assunção Cristas diz que “a chave está na capacidade de mobilizar as pessoas, seguindo os bons exemplos”

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6 AGOSTO 20152015SAÚDE

Assembleia Municipal aprova Moção “Pela defesa do Centro Hospitalar do Médio Tejo”

Utentes reclamam por melhores condições de saúde e criticam lentidão de obras na ponte

A intenção do Governo em consti-tuir o Grupo Hospitalar do Ribatejo, através da junção dos três hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) com o hospital de Santa-rém, foi um dos assuntos centrais da última Assembleia Municipal de Abrantes.

Na sessão, foi aprovada a Moção conjunta do PS e da CDU intitulada “Pela defesa do Centro Hospita-lar do Médio Tejo”, que mereceu o voto a favor do BE e os votos contra de cinco deputados do PSD, duas abstenções, também do PSD, e um voto contra do CDS-PP.

Piedade Pinto, deputada do PS, adiantou que a criação de uma mega- estrutura de saúde “pode provocar danos irreparáveis ao dis-trito, podendo colocar em causa a prestação de cuidados de saúde aos mais de 400 mil cidadãos que constituem a população da região”.

A Moção aprovada reitera “a rejei-ção da Portaria nº 82/2014”, prevê a “rejeição da formação do Grupo Hospitalar do Ribatejo” e apela para “a defesa intransigente da manu-tenção do Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo”.

Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da CM de Abrantes, reforçou a importância da moção: “Todos te-mos de estar unidos na defesa do que é melhor para as nossas po-pulações.” E lembrou que, “se neste momento os cidadãos desta região têm de fazer 30 km entre cada uni-dade que compõe o CHMT, vamos passar a ter mais 60 ou 80 km para fazer”. A autarca rematou: “Não nos parece que esta seja a melhor solu-ção para as populações.”

Sobre esta questão, Margarida

Togtema, da bancada do PSD, re-feriu que o PS prefere a “política do alarmismo”. E acrescentou: “O que é importante para a Senhora Presi-dente, e possivelmente para muitos outros socialistas, é fazer barulho, dizer mal por dizer, de forma a gerar o pânico e a intranquilidade, em vez de, de forma responsável e com o ri-gor que a questão exige, contribuir construtivamente para a solução do problema.”

Margarida Togtema justificou a posição do PSD caracterizando a proposta do Governo como “uma diligência normal e, sobretudo, sau-dável e desejável em Democracia,

quando, efetivamente, o que se pre-tende é encontrar as melhores solu-ções que permitam acabar com al-guns dos problemas existentes”.

Para o PSD, a Portaria nº 82 “es-tabelece uma base de trabalho, dando a cada Centro Hospitalar a função de defi nir um Plano Estraté-gico que lhe permitirá ter valências que vão além daquelas que estão previstas para o nível em que o Cen-tro Hospitalar em causa se encon-tra, à partida”.

Deputados contra a privatização da A23

Ainda nesta Assembleia Munici-pal, foi aprovada e por proposta do

BE a Moção contra a privatização do troço da A23, entre Abrantes e Tor-res Novas. O documento contou os votos a favor da CDU e com as abs-tenções dos deputados do PS, do PSD e do CDS-PP.

Armindo Silveira, representante do BE, referiu que “ se a privatização se concretizar será efetiva a coloca-ção de pórticos nas entradas e sa-ídas do troço e o aumento de por-tagens”.

A Assembleia Municipal reuniu no passado dia 26 de junho, no edifício Pirâmide.

Joana Margarida Carvalho

Duas dezenas de Utentes da Saúde do Médio Tejo e Ser viços Públicos de Abrantes estiveram concen-trados na quarta-feira, dia 22 de julho, em frente ao hospi-tal de Abrantes, reclamando por melhores condições de acesso a cuidados de saúde e criticando a lentidão das obras na ponte sobre o rio Tejo.

O porta-voz da CUSMT,

Manuel Soares, defendeu a existência e melhoria do fun-cionamento das especialida-des com mais procura, como sejam a Urgência, a Medicina Interna, a Cirurgia e a Pedia-tria nos três hospitais do Mé-dio Tejo, Tomar, Abrantes e Torres Novas, a distribuição equilibrada e a valorização das especialidades existen-tes, como a Maternidade em Abrantes, e a articulação en-

tre os diversos níveis de cui-dados de saúde (primários, hospitalares, continuados).

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Conce-lho de Abrantes criticou ainda a lentidão dos trabalhos de requalificação na ponte ro-doviária de Abrantes, uma via que lembram ser fundamen-tal para a circulação das po-pulações e indispensável às atividades económicas.

Luís Alves, da Comissão de Utentes e presidente da União de Freguesias de Ros-sio e São Miguel, afirmou não compreender o silêncio e passividade das entidades responsáveis, a duração tem-poral das obras, nem porque há trabalhos na ponte só du-rante um turno e só nos dias úteis.

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• PS e BE votaram a favor. Cinco deputados do PSD e um do CDS-PP votaram contra. Houve duas abstenções, do PSD

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PCP rejeita a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo

O Partido Comunista Portu-guês rejeita a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo. Num comunicado à imprensa, os deputados do PCP, esclarece-ram que “a intenção de criar o Grupo Hospitalar do Ribatejo, resultante da fusão entre o Centro Hospitalar do Médio Tejo e o Hospital Distrital de Santarém, é sentida como uma ameaça de maior degradação do acesso a cuidados hospita-lares na região”.

Segundo um comunicado enviado pelo PCP, “a experiên-cia recente de reestruturação do Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo veio tornar mais difícil o acesso das populações a cui-dados hospitalares, com a con-centração da urgência médico-cirúrgica em Abrantes e o fe-cho de valências nas diversas unidades. Acresce que o Hos-pital Distrital de Santarém tam-bém tem vindo a registar gran-des dificuldades de funciona-mento, designadamente por falta de profi ssionais em diver-sas áreas”.

O PCP reafi rma que “ao abrigo do n.º 5 do artigo 166.º da Cons-tituição, a Assembleia da Repú-blica rejeita a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo”.

• Manifestação em Abrantes

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7AGOSTO 20152015 REGIÃO

Câmara de Abrantes lamenta fi m do projeto de ajuda de integração da comunidade cigana

A vereadora da ação social na Câmara de Abrantes la-mentou que o trabalho de-senvolvido pela mediadora municipal nos últimos quatro anos junto das etnias ciganas tenha terminado sem que se tenha programado uma renovação do programa. O programa de mediação mu-nicipal visou criar um respon-sável pela ligação entre as et-nias ciganas no concelho e o resto da sociedade, mas ti-nha prazo de validade até ao mês passado.

A vereadora Celeste Simão afirmou à Antena Livre la-mentar que o Governo “não disponibilize os meios e pro-tocolos para continuar com o trabalho que foi desenvol-vido, com sucesso” até ao fi -nal de junho, tendo feito notar que “fica em risco de perder-se uma relação de confi ança que se foi estabe-

lecendo”.Em Abrantes, este traba-

lho da mediadora municipal Tânia Sousa, uma mulher ci-gana que estava desde 2011 a trabalhar junto de 40 famí-lias da mesma etnia, foi jus-tifi cado na altura pela impor-tância de desenvolver um elo de ligação entre a autarquia, a população e os serviços pú-blicos locais do Estado e esta comunidade composta en-tão por cerca de 135 pessoas.

Em causa estava o facto de esta comunidade ter sido considerada “atípica, porque dispersa, sem patronos e sem relações entre si”, observou Celeste Simão.

Segundo a autarca, a me-diadora cultural, cujo traba-lho era ajudar a comunidade a resolver situações como “a assiduidade escolar dos jo-vens, o acesso a cuidados bá-sicos de saúde ou a impor-

tância da empregabilidade”, sempre “conseguiu fazer-se ouvir e respeitar”.

Ao mesmo tempo, adian-tou, o projeto “trabalhou a

necessária desconstrução de estereótipos entre as comu-nidades ciganas e as restan-tes, e ajudou a promover uma maior articulação entre as vá-

rias comunidades de ciganos” residentes em Abrantes.

O projeto, que contou ini-cialmente com o apoio do Alto Comissariado para a Imi-gração e Diálogo Intercultu-ral, através do Gabinete de Apoio às Comunidades Ci-ganas, teve como princi-pais objetivos o acesso des-tas comunidades a serviços e equipamentos locais, além da promoção da comunica-ção com a comunidade en-volvente a fi m de prevenir e gerir confl itos.

Celeste Simão disse ainda que a iniciativa se revelou “bastante interessante e pro-veitosa”, tendo realçado o facto de a mediadora munici-pal ser uma mulher de etnia cigana, conhecedora da rea-lidade local, o que salvaguar-dou o respeito pelos valores e pelas tradições ciganas.

“Agora, uma vez que não

nos foi possível renovar o protocolo, terminou o traba-lho da Tânia, que vai voltar a vender nos mercados. Não só se perde a função de me-diação, como se perde a in-formação que a mediadora municipal já detinha, fruto das horas de formação e da sua experiência no terreno, ao nível da saúde, da educa-ção, do emprego e da habi-tação, entre outras matérias”, lamentou.

“A autarquia está impedida de realizar este tipo de pro-tocolos com o Alto Comis-sariado para as Migrações (ACM) e era importante que o Governo não deixasse cair este projeto e viabilizasse ra-pidamente o acesso a novas candidaturas, até porque o mesmo está inscrito como estratégia de interesse naci-onal”, defendeu.

Mário Rui Fonseca

• Tânia Sousa, durante quatro anos, conseguiu resolver situações como a assiduidade escolar dos jovens e o acesso a cuidados básicos de saúde

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Page 8: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

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8 AGOSTO 20152015ABRANTES

CÂMARA MUNICIPAL APROVOU DOCUMENTO ORIENTADOR PARA O CONCELHO

Plano Estratégico Abrantes 2020 envolve 94 milhões de euros

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou, em sessão extraordinária, o seu Plano Es-tratégico Abrantes 2020, com custo estimado ao nível do seu programa de ação a ron-dar os cerca de 94 milhões de euros.

Segundo autarquia, o docu-mento aprovado pela maioria socialista e com abstenções dos vereadores da oposição, está distribuído em 10 linhas estratégicas de intervenção: Promoção da Efi ciência Ener-gética e das Energias Renová-veis; a Valorização Ambiental e Prevenção de Riscos; a Re-abilitação Urbana e Ordena-mento do Território; a Estru-turação e Promoção do Po-tencial Turístico; a Atração e Dinamização da Iniciativa Em-presarial; a Qualifi cação e Fa-cilitação do Ambiente de Ne-gócio; a Inclusão Social e Coe-são Territorial; a Promoção do Bem-Estar e da Qualidade de Vida e a Educação e Qualifi ca-ção do Capital Humano.

Na sessão de apresentação, que decorreu no passado dia 7 de julho no edifício Pirâmide, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abran-tes, traçou em linhas gerais o que significa este plano es-tratégico do concelho: “Mais investimento empresarial; re-forçar a ideia que o concelho é amigo dos investidores e

dos investimentos; melhorar a qualidade de vida na oferta educativa e formativa, sendo esta uma ideia determinante para alcançar o bom sucesso no que concerne à nossa competitividade; melhorar os cuidados de saúde primá-rios; afi rmar a prática despor-tiva na dimensão recreativa e formativa, mas também no ponto de vista da competi-ção; dinamizar a produção e a fruição cultural; melhorar a in-clusão social; melhorar as con-dições de acesso à habitação nos segmentos mais vulnerá-veis da população; aumentar a sustentabilidade ambien-tal e melhorar o desempenho energético local.”

A autarca acrescentou ainda que o Plano, que inclui um conjunto de projetos a imple-mentar no concelho até 2020, pretende que “o município as-suma um papel de investidor, de regulador e facilitador”. E explica porquê: “Deixámos de estar no ciclo das grandes in-fra estruturas para passarmos a ser mais um veículo de dina-mização do território e da ati-vidade global do concelho.”

Elza Vitório, vereadora da oposição pelo PSD, classifi-cou a estratégia do município bastante centrada na cidade e pouco no concelho: “Nós con-sideramos que este plano se centra muito na cidade e não

tanto no concelho. Não sendo um plano abrangente para o concelho conduz à desertifi -cação. Não encontramos ins-trumentos inovadores e me-didas que fixem e captem a população.”

Por sua vez, Avelino Ma-nana, vereador da oposição pela CDU, considerou que al-gumas competências assumi-das pelo município deveriam de ser da responsabilidade do poder central: “A responsabi-lidade de financiamento de algumas áreas pertence pri-oritariamente ao poder cen-tral e não à autarquia, como por exemplo: a melhoria das instituições de acolhimento do ensino superior, a investi-gação e desenvolvimento, a dinamização de práticas edu-cativas de referência, a quali-fi cação dos serviços de saúde e a rede de infra estruturas de acolhimento empresarial.”

Na ocasião foram ainda aprovados o Projeto Educa-tivo Municipal de Abrantes, o Plano Municipal para a Cida-dania, Igualdade de Género e Não Discriminação e a Revi-são do PUA – Plano de Urbani-zação de Abrantes.

Os documentos estão dis-poníveis em www.cm-abran-tes.pt

Joana Margarida Carvalho

Ações Estruturantes Custo Estimado

Reordenamento e Modernização do Parque Escolar € 4.630.000

Melhoria das Condições de Acolhimento das Instituições de Ensino Superior e I&D

€ 7.225.000

Dinamização de Práticas Educativas e Formativas de Referência € 3.101.000

Qualificação da Oferta de Serviços de Saúde € 1.792.000

Promoção e Valorização da Prática Desportiva € 2.900.000

Promoção e Dinamização das Atividades Culturais € 3.975.000

Promoção da Inclusão e Desenvolvimento Social € 3.095.000

€ 1.070.000

Qualificação e Expansão do Parque de Habitação Social e a CustosControlados € 2.850.000

Rede de Infraestruturas de Acolhimento Empresarial € 6.565.000

Agilização do Relacionamento Município-Empresa € 45.000

Pacote de Incentivos a Projetos Estruturantes de Investimento € 2.000.000

Sistema de Incentivos a Empresas de Micro e Pequena Dimensão € 805.000

Promoção da Revitalização Comercial do Centro Histórico € 525.000

Alargamento e Qualificação da Carteira de Recursos com Potencial Turístico € 10.110.000

Organização da Oferta e Promoção Turística € 1.085.000

Consolidação do Sistema Municipal de Gestão do Território € 500.000

Projetos Urbanos Estruturantes € 12.130.000

Otimização da Rede de Infraestruturas do Ciclo Urbano da Água € 9.700.000

Proteção e Valorização dos Recursos Florestais € 205.000

Programa de Melhoria do Desempenho Energético do Município € 4.575.000

Programa de Incentivo à Melhoria do Desempenho Energético Residencial

€ 1.925.000

Programa de Capacitação e Modernização Administrativa € 1.700.000

Reforço das Práticas de Descentralização e Participação € 11.552.500

TOTAL € 94.060.500

QUADRO 13 CUSTO ESTIMADO DO PROGRAMA DE AÇÃO

Soluções Específicas de Promoção da Coesão Socioterritorial

• Oposição considera que o Plano se “centra muito na cidade” e que algumas das competências deviam ser do poder central

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9AGOSTO 20152015 REGIÃO

Águas do Centro leva água de Castelo do Bode para Sardoal e Mação

A Águas do Centro (AdC) as-sinalou em Sardoal o último dia em atividade tendo o seu administrador estimado um total de 200 milhões de euros de investimento desde a sua fundação, em 2001.

“Hoje é um dia histórico porque assinala o último dia em funcionamento de uma

empresa que teve um papel essencial ao nível de estru-turas básicas de águas e sa-neamento, com um investi-mento na ordem dos 200 mi-lhões de euros, desde 2001”, em 17 municípios de baixa densidade populacional da zona Centro, e numa área de infl uência de 6.500 quilóme-tros quadrados, disse ao JA o

presidente da Águas do Cen-tro (AdC), Manuel Frexes.

“Por outro lado, com a rees-truturação vamos conseguir apresentar aos municípios tarifas bastante menores do que atualmente, e vamos po-der resolver um problema de harmonização e sustentabili-dade dos sistemas”, realçou o gestor da AdC, empresa que no primeiro dia de julho pas-sou a integrar a Águas de Lis-boa e Vale do Tejo (ALVT),

O administrador delegado da AdC, Amável Santos, por sua vez, disse que o trabalho futuro da ALVT “vai ser mais de consolidação do que de

novos investimentos”, tendo observado que, das obras em curso que transitaram para a ALVT, a mais signifi cativa é a infraestruturação nos conce-lhos de Sardoal e Mação, na ordem dos 17 milhões de eu-ros, para abastecimento de água a partir da Albufeira de Castelo do Bode.

Outros exemplos de obras em curso são as Estações de Tratamento de Águas Residu-ais (ETAR) do Entroncamento (com custos de 5 milhões de euros) e de Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha (1 milhão de euros), “a fi nali-zar em poucas semanas”, e a requalifi cação ambiental das ETAR de Alcains e Sertã, am-bas em Castelo Branco.

“A obra maior, e que está em fase final, é o fornecimento de água aos municípios de Sardoal e Mação a partir da Estação de Tratamento de Águas da Cabeça Gorda, ins-talada em Abrantes, junto à albufeira de Castelo do Bode.

Este fornecimento deverá acontecer “a partir deste ve-rão”, um investimento que Amável Santos estimou em cerca de 12 milhões de eu-ros.

“O objetivo é abastecer Sar-doal e Mação a partir de um ponto comum, no caso a al-bufeira de Castelo do Bode,

a partir da Estação de Cap-tação de Cabeça Gorda, em

Abrantes, sendo que Mação ainda vai ter mais dois pon-tos de abastecimento, a par-tir do Brejo e das Corgas”, ob-servou o gestor, que perspe-tivou um “prazo de vida de investimento para os próxi-mos 50 anos”.

“Em Sardoal, a água de Cas-telo do Bode já vai começar a correr nas torneiras da popu-lação e, em Mação, o mesmo vai acontecer em julho, em Cardigos, a partir do sistema de Proença-A-Nova. Até ao fi nal do verão estender-se-á a todo o território, com água de Castelo do Bode”, anun-ciou.

O abastecimento de água a Sardoal é feito atualmente a partir da barragem da Lapa, uma infraestrutura que no início de 2016 deverá entrar em obras de reparação das anomalias detetadas desde a sua alegada conclusão, em 2002.

Mário Rui Fonseca

• “Com a reestruturação vamos conseguir apresentar aos municípios tarifas bastante menores do que atualmente”

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10 AGOSTO 20152015REGIÃO

Aldeia do Mato com novos investimentos

Vila de Rei com os primeiros Espaços do Cidadão

Carvoeiro recebe bandeira azul pelo 9º ano consecutivo

A Praia Fluvial de Aldeia do Mato já reúne a Bandeira Azul e a Bandeira de Praia Acessí-vel. Dois galardões atribuídos no passado dia 3 de julho, numa cerimónia que con-tou com uma visita da Agên-cia Portuguesa do Ambiente aquele espaço balnear.

Na cerimónia de atribui-ção dos dois galardões, Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da autarquia, explicou os investimentos realizados

no espaço: “Congratulamo-nos com estes galardões, ainda mais após o investi-mento feito pela autarquia no melhoramento da piscina e na criação de novos aces-sos a pessoas com mobili-dade reduzida.”

A presidente adiantou que é intenção da Câmara Muni-cipal, no quadro comunitá-rio de apoio, Portugal 2020, criar uma nova praia fluvial no concelho de Abrantes.

“É nossa intenção criar as melhores condições para nos candidatarmos ao próximo quadro comunitário, Portu-gal 2020, para a criação de uma nova praia fl uvial desta vez na freguesia de Fontes”, admitiu.

Maria do Céu Albuquerque garantiu ainda que há inten-ção por parte da autarquia em potenciar cada vez mais as modalidades aquáticas na Praia Fluvial de Aldeia do

Mato.“A Barragem de Castelo

Bode vai acolher o campeo-nato do mundo de Wakebo-ard em setembro e por isso, estamos na fase fi nal para ins-talar aqui um parque de ca-bos. O objetivo é promover a prática desportiva, promover o espaço balnear e garantir maior atração e mais desen-volvimento para a nossa re-gião”, fi nalizou.

Joana Margarida Carvalho

A Praia Fluvial de Carvo-eiro, em Mação, foi também premiada com o símbolo de qualidade pelo 9º ano conse-cutivo pela Associação Ban-deira Azul da Europa (ABAE). A cerimónia ofi cial do hastear da Bandeira Azul decorreu no passado dia 1 de julho.

A Praia Fluvial é composta por zonas de banho, parque de merendas com dois gre-lhadores e estrutura para re-feições, zona de relva e areia, bastante sombra, nadador

salvador e respetivo equipa-mento de salvação, balneá-rios, acesso e equipamentos para pessoas de mobilidade reduzida. Conta ainda com bar, esplanada, estaciona-mento organizado, recolha seletiva de resíduos e enfer-maria.

No distrito de Santarém, apenas duas praias fluviais, Aldeia do Mato e Carvoeiro, conseguiram obter este ga-lardão em 2015.

Vila de Rei inaugurou os primeiros Espaços de Cida-dão do Médio Tejo, no pas-sado dia 14 de julho. Um lo-calizado na sede do conce-lho e outro na localidade de Fundada.

O momento de cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado para a Modernização Administra-tiva, Joaquim Pedro Cardoso da Costa.

Paulo César, vice-presiden-te da autarquia, referiu ao JA

que “estes espaços são um claro exemplo de aproxima-ção do Estado aos cidadãos. Esta é uma forma de facultar aos cidadãos a possibilidade de resolverem localmente os seus problemas. Vila de Rei passa a disponibilizar de um conjunto de serviços que até aqui só podiam ser obtidos percorrendo muitos quiló-metros”.

“Aquilo que poderá ser de-cidido localmente que assim seja. Vivendo numa época

digital não faz qualquer sen-tido manter as pessoas afas-tadas dos serviços que ne-cessitam”, acrescentou o au-tarca.

Numa primeira fase abri-ram portas os Espaços de Ci-dadão de Vila de Rei e Fun-dada . Paulo César fi nalizou adiantando que “autarquia vai avaliar como corre, po-dendo haver a necessidade de abrir este serviço noutros locais do concelho”.

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11AGOSTO 20152015 SARDOAL

Sardoal cria Área de Reabilitação UrbanaO município de Sardoal

criou a sua Área de Reabilita-ção Urbana (ARU). A medida surge no seguimento dos in-centivos estabelecidos pelo Governo para as áreas de rea-bilitação, com vista a incenti-var ainda mais a recuperação e regeneração dos núcleos urbanos.

A delimitação da ARU de Sardoal foi publicada em Diá-rio da República, no passado dia 9 de julho. Segundo autar-quia, o documento foi elabo-rado com base em estudos e análises, desenvolvidos pelo município, com o objetivo de estabelecer uma estratégia para melhorar a qualidade urbana da vila e impulsionar a regeneração demográfi ca e o investimento económico.

“A ARU faz parte das exi-gências comunitárias para a implementação de projetos de reabilitação urbana numa zona delimitada. A nossa op-ção foi pegar no núcleo his-tórico da vila e a numa zona

urbanística e defi ni-la como área de reabilitação urbana”, admite Miguel Borges, presi-dente da CM de Sardoal.

Com aprovação do docu-mento é agora possível atri-buir a ARU de Sardoal um

conjunto de benefícios fis-cais associados aos impostos municipais sobre o patrimó-nio, assim como a atribuição aos proprietários de apoios e incentivos fiscais e finan-ceiros relativos à reabilitação

urbana.“Neste quadro comunitá-

rio temos por exemplo uma candidatura a decorrer que incentiva a reabilitação para o arrendamento. Todos os proprietários que tenham as

suas casas na ARU e que te-nham esta intenção poderão ter vantagens no financia-mento”, refere Miguel Borges a título de exemplo.

“No Sardoal, ao longo de muitos anos, temos tido pro-

prietários e pessoas da área da construção civil sensíveis à recuperação do núcleo his-tórico. Hoje Sardoal mantém um núcleo muito bonito e cuidado”, acrescentou o au-tarca.

A Área de Reabilitação Ur-bana se designa a área terri-torialmente delimitada que, em virtude da insuficiência, degradação ou obsolescên-cia dos edifícios, das infraes-truturas, dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, designa-damente no que se refere às suas condições de uso, soli-dez, segurança, estética ou salubridade, justifique uma intervenção integrada, atra-vés de uma operação de re-abilitação urbana aprovada em instrumento próprio ou em plano de pormenor de re-abilitação urbana.

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• “No Sardoal, ao longo de muitos anos, temos tido proprietários e pessoas da área da construção civil sensíveis à recuperação do núcleo histórico”

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12 AGOSTO 20152015COMÉRCIO

QUINTA DO CASAL DA COELHEIRA

Qualidade de vinhos do Tramagal atestada por medalhas em concursos mundiaisEm Tramagal, Abrantes, sur-giu um vinho que começou por ter a preocupação de agradar as pessoas da região. Atualmente, a expansão in-ternacional é uma realidade reconhecida pelo consumo e pelos prémios alcançados. A Quinta do Casal da Coe-lheira, com vastas extensões de vinha, modernizou-se mas mantém trabalho ma-nual. E tem segredos, que se vão desvendando ao longo de uma visita...

Prestes a entrar no local onde são confecionados os vinhos premiados, com duas medalhas de ouro e duas medalhas de prata, elevam-se dois imponentes tanques que nos tornam insignifi can-tes. Tanques estes que con-têm um néctar divino dos mais bem conceituados a nível mundial. Ainda na rua, podemos observar em letras bem grandes e chamativas uma indicação: “Casal da Coe-lheira”. Estamos no sítio certo. É aqui que nos encontramos, para desvendar todos os mis-térios e segredos que fi zeram desta prestigiada marca viní-cola aquilo que é hoje.

Chegando à receção, pode-mos ver em exposição todos os modelos das garrafas e os diversifi cados tipos de vinho, do Casal da Coelheira. En-tre tanta garrafa e respetiva descrição, avistam-se mui-tas medalhas, muitos pré-mios recebidos por este vi-nho de excelência. Este vinho recebeu duas medalhas de ouro no concurso Mundus Vini, na Alemanha. Também neste concurso foi distin-guido o vinho Mythos Tinto 2012, com medalha de prata. O enólogo, Nuno Rodrigues,

da Quinta Casal da Coelheira, explica que “é a consistên-cia” que faz um bom vinho. “Uma pessoa que vai provar um vinho que foi medalhado, passados dois meses, pode provar um outro vinho desta casa que o desagrada. Não é essa a forma correta de cons-truir um bom caminho.”

O enólogo conta ainda que o público-alvo de Abrantes está na génese do nosso pro-jeto. “Quando iniciámos, era com o sentido de comercia-lizar os nossos produtos, aqui na nossa zona. Tentámos adaptar os nossos vinhos ao mercado que tínhamos. Hoje em dia, a nossa área de abrangência é mais extensa e mais diversifi cada. É um pro-duto que está dependente da natureza. Mas obviamente que, temos que estar sempre de olho no nosso mercado. E tentar fazer com que os nos-sos produtos estejam equi-librados para o que procu-ramos.”

Com um extenso espaço,

um dia não chegava para des-cobrir todos os segredos que o Casal da Coelheira esconde para alcançar o sucesso. Che-gámos a uma grande sala, um pouco vazia mas ao mesmo tempo tão cheia. Naquela sal, têm lugar muitos dos even-tos organizados desta marca. Um espaço sublime, cheio de vidraças que nos conduzem a visão até ao exterior.

Avista-se uma outra porta, que nos leva para outra sala, que dá tanto que falar. Será que podemos apelidá-la de sala dos diplomas? Não sabe-mos se será bem assim, mas esta sala tem as paredes com-pletamente preenchidas e parece que há alguma razão para isso. São os diplomas da Quinta do Casal da Coelheira e do enólogo Nuno Rodri-gues. Podemos observar que o Casal da Coelheira Rosé re-cebeu uma medalha de ouro em 2009 e que Nuno Rodri-gues foi considerado o enó-logo dos vinhos do Tejo em 2011. Concluímos que são di-

plomas de concursos mundi-ais. Não restam dúvidas.

“O mercado é muito vari-ado, tem diversos hábitos de consumo, diversas culturas, gastronomias diferentes, ex-periências de vida diferentes. Portanto, os estilos de vinho não se conseguem adap-tar a todos os mercados ao mesmo tempo. Temos locais em que é mais fácil vender os topos de gama, os nos-sos melhores vinhos. E nou-tros vendemos os conside-rados “entrada de gama”, vi-nhos mais macios, redondos, vinhos mais fáceis”, explica Nuno, que cresceu e se for-mou nesta atividade com o fundador do negócio, José Rodrigues, seu pai.

Começa-se a sentir um cheiro adocicado, um tanto ou quanto frutado. Estamos na adega do Casal da Coe-lheira. A iluminação é algo romântica, apontando o seu foco para as visitas, que são motivo de orgulho para a casa. Completamente pre-

enchida pelas pipas, nesta adega existem dois tipos de madeira: “carvalho ame-ricano inovação” e “carvalho francês prestígio”, um dos se-gredos deste vinho.

“Eu acho que as marcas se criam pela fi delização, criar e dar essa segurança ao nosso consumidor. Não pode haver dois vinhos iguais. Nós esta-mos muito dependentes da natureza. O consumidor terá essa garantia da nossa parte, que vai haver uma consistên-cia, uma estabilidade da qua-lidade e do perfi l dos vinhos de ano para ano”, garante o enólogo.

Estamos no armazém, te-mos a oportunidade de ver como é feito todo o processo de rótulo, até chegar à em-balagem. Todo um processo, que implica concentração e perfecionismo. Continua um cheiro a pairar pelo ar. Visi-tamos agora o local, onde é feito a produção do vinho.

Há também uma adega com mais de 100 anos. Ainda

tem algumas partes originais. Outras tiveram que sofrer al-gumas alterações. Nesta Quinta, ainda é feito algum trabalho manual e físico.

“A grande riqueza dos vi-nhos seja na nossa região, seja no nosso país, ou a nível mundial, é infl uenciada pre-cisamente com o local onde as uvas são produzidas. É isso que vai fazer a grande dife-rença, entre o Casal da Co-elheira e outro produtor. O enólogo terá o seu toque pessoal, para ajustar o per-fi l dos vinhos em função da-quilo que vai fazer. Aqui o nosso Vale do Tejo tem con-dições fantásticas, porque te-mos uma região quente.”

Chega o fi m da visita. Entra-mos na carrinha, dez minu-tos. Avista-se um portão. En-tramos no campo. A estrada parece não ter fim, no meio das fi las de enormes árvores. Começamos a sentir os altos e baixos das estradas irregu-lares, estamos nas vinhas. Per-corremos todo o seu compri-mento e, como podem imagi-nar, são tantas e tão grandes. Acreditamos que o rio Tejo, que ali tão perto está, infl uen-cia a natureza. Está um sol bri-lhante, sente-se o cheiro do ar puro. Avistam-se fi las verdes, são as parreiras. Ouve-se a na-tureza, está vento e as folhas verdes quase que dançam. É ali que nasce o vinho do Casal da Coelheira.

“O principal ingrediente é a natureza e tem uma impli-cação grande na uva. A qua-lidade da própria uva defi ne, o estilo do vinho. Natural-mente temos a ajuda da mãe natureza”, defende Nuno.

Sara Costaestudante de Comunicação Social

da ESTA

• Nuno Rodrigues explica que “é a consistência” que faz um bom vinho

DR

“A riquezados vinhos é infl uenciada por o local onde as uvas são produzidas”

Page 13: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

Agosto 2015

Abrantes

NESTA JORNAL

ºJornal Laboratório do Curso de Comunicação

Social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Diretora: Hália Costa Santos Subdiretora: Raquel Botelho

Comércio tradicional aceita desafiosAs lojas de Abrantes fo-

ram atacadas por cria-

dores de arte urbana. Os

comerciantes reagiram

positivamente ao desa-

fio e entregaram os seus

espaços aos artistas, que

neles quiseram passar

diferentes mensagens, de

diferentes formas, com

diferentes materiais.

pág. 637 A arte que passa pelas tecnologiasO artista britânico INSA criou um

novo GIF em Abrantes, pintando

à mão, com 30 camadas de tinta,

imagens que depois ganham outra

vida através dos media digitais.

A sua obra, de pinturas animadas,

questiona o efémero da economia e

da própria arte.

págs. 4 e 5

180 Creative Camp, a intervenção artística que faz mexer AbrantesDurante uma semana de julho,

Abrantes voltou a ser uma cidade

habitada pela criatividade. Nomes

sonantes da arte nacional e inter-

nacional andaram pelas ruas e pelos

espaços da cidade, deixando as suas

marcas. Outros criativos, simples

participantes e meros observadores

completaram um quadro de surpresas

urbanas. Abrantes ganhou este tipo

de vida cultural pela terceira vez.

E os desafios lançados aos criadores

voltaram a deixa rastos que mudam

a forma como Abrantes se projeta no

país e no mundo.

págs. 4 e 5

Page 14: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

opinião ESTA JORNAL // ago�o 2015

180 Creative Camp Abrantes 2015: uma semente de

criação artística germina na cidade mais central de PortugalO 180 Creative Camp Abrantes 2015

é fruto de uma parceria entre o Mu-

nicípio de Abrantes e o Canal 180,

constituindo se como um festival anual

e inovador de promoção das artes e da

cultura urbana, da inovação e da cria-

tividade.

Para Abrantes e para os que cá vi-

vem, trabalham e investem, este

evento associa a ampliação da notorie-

dade externa do concelho ao reforço da

nossa centralidade territorial, anco-

rando ideias, sinergias, experiências,

intervenções e práticas que promovem,

nacional e internacionalmente, no que

Abrantes tem de mais criativo, im-

pulsionando os nossos e novos interve-

nientes e os territórios onde atua para

uma escala mundial.

Este tem sido o desafio, contaminan-

do a nossa população e os tecidos em-

presarial e associativo para esta onda de

criação artística, catapultando Abrantes

para esta galeria de arte a céu aberto e potenciando uma

cidade inteligente, quase, centenária, reconhecida como

“capital da criatividade”.

É nossa firme intenção continuar a recorrer a esta abor-

dagem criativa como recurso potenciador e mobilizador das

cidades contemporâneas, para a qualificação continuada das

nossas gentes e para o desenvolvimento do nosso território. ×

A tarde é escaldante como só em Abrantes é possível. Por entre

as ondas de calor vislumbra-se um jovem de enormes cabelos

louros a pintar um mural numa das pracetas centrais da cida-

de. Dois transeuntes, na casa dos 70, intrigam-se com a concen-

tração inabalável do artista, que deixará a sua marca naquela

parede. Mas em que resultará toda aquela dedicação? Pergun-

tam-se, intrigados, num silêncio tão contemplativo quanto

tranquilo e expectante.

Noutro ponto da cidade, um grupo de cerca de cem crianças pre-

para-se para invadir o Castelo de Abrantes, ao integrar o grupo

"A Vanguarda de Abrantes", um workshop comandado por um

jovem artista asturiano. Uma espécie de nova milícia, em pro-

cissão, trajada a rigor, em direção ao passado da sua cidade, mas

com a garra de lhe imaginarem um futuro.

Já em algumas das lojas do centro histórico, o ambiente é de

partilha de ideias entre donos das lojas, expectantes quanto às

novidades a apresentar e jovens artistas preparados para inter-

vir nestes espaços.

Em Vale de Rãs, um dos bairros sociais de Abrantes, uma ban-

da portuguesa ensaia uma coreografia com os habitantes e com

uma banda filarmónica, personagens de um novo videoclipe que

a todos interpela, numa proposta de olharem para si mesmos

enquanto peças-chave de um novo jogo artístico audiovisual.

Enquanto isso, uma rua emblemática acaba de ser transforma-

da numa sala de estar colorida, com cadeiras e pequenas mesas

de todas as cores e feitios, num convite à fruição do espaço pú-

blico enquanto local de convívio e de relaxamento. Ou apenas

enquanto local de questionamento.

Afinal, o que faz uma cidade? Será a capacidade de surpreender

e procurar novas histórias? De levantar questões e reinterpre-

tar hábitos ou espaços? Se uma das respostas possíveis for ainda

poder vê-la e vivê-la em diferentes perspetivas, num conjunto de

respostas criativas e de soluções inclusivas onde artista, visitan-

te e habitante, atentos a novas formas de arte, se cruzam, então

o 180Creative Camp parece continuar a fazer de Abrantes uma

cidade onde já nada será como d'antes. A não ser a temperatura. ×

Luís Dias — vereador da Cultura da Câmara de Abrantes

Rita Moreira— coordenadora editorial Canal 180

FEL— músico

Só em Abrantes

projectar

DiretoraHália Costa Santos

Diretora AdjuntaRaquel Botelho

RedaçãoAdriana Lopes,

Creusa André, Dina Arsénio

e Eduarda Charneca

Fotografia

Adriana Lopes

Fotografia capa/contracapaMiguel Oliveira

e Raquel Moreira

Projeto gráfico atelier d’alves

15000 exemplares

Abrantes

Agosto 2015

2

Estão de parabéns o 180 Creative Camp e o Município de

Abrantes, por desafiarem criativos das mais diversas áreas

artísticas durante uma semana, nesta cidade. Acompanho

este evento desde a primeira edição com entusiasmo. É um

evento ambicioso que pode tornar-se numa referência in-

ternacional colocando Abrantes no mapa dos circuitos cul-

turais. Tive o prazer de conhecer o PZ, a estreia da sua nave

mãe resultou num espetáculo brilhante onde não faltaram

“croquetes”, “cara de chewbacca” e outros êxitos deste artis-

ta. Os claustros do convento de São Domingos são um espaço

incrível para espetáculos. O concerto do meu novo projeto,

FEL, foi mais curto do que o previsto, ainda está numa fase

muito experimental. Tenho pena que só tenha aparecido

mais público já no final. O espaço escolhido mostrou como é

possível explorar melhor a cidade e servir música e outras

artes de uma forma diferente e inesperada. Deixo o desafio

para que se organize um encontro entre a organização, artis-

tas locais e outros participantes do camp para refletir sobre

as últimas edições e projetar ainda melhor o próximo 180

Creative Camp. ×

Page 15: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

180 Creative Camp vox-pop

3

Acho que a cidade de Abrantes

precisa destes eventos,

porque é uma cidade penso

eu um pouco sossegada, e há

muitos jovens interessados,

surpreendeu-me ver aí tantos

voluntários a quererem ajudar.

Qualquer coisa que traga gente

é bom para a cidade, talvez

não seja muito divulgado, há

muitas pessoas a quem isto passa

completamente ao lado. Embora

isto depois seja visto em muitos

países, a publicidade é boa, tem

a ver com o impacto tecnológico,

através da Internet, através do

site, do canal que eu também

costumo ver. O impacto na cidade

é bom porque traz muita gente

nova que tem algum efeito a nível

comercial embora a divulgação

talvez pudesse ser feita de outra

forma. Isto tem muitas coisas

que as pessoas de Abrantes não

vêm habitualmente, é bom para

espicaçar um pouco as mentes.

O Creative Camp é uma excelente iniciativa

que celebra a arte e como esta deveriam

existir mais iniciativas. O Canal180 e a

Câmara Municipal estão de parabéns por

o realizarem mais um ano e espero que o

continuem. Esta iniciativa trouxe mais

interação com as pessoas de Abrantes, houve

interação com a Comunidade Vale de Rãs e

com mais de 100 crianças das Férias Ativas a

participar em várias atividades com alguns

dos artistas. Estar presente como voluntário

acaba por permitir interação com os artistas

e conhecer ainda mais sobre eles e o seu

trabalho. Voltava a repetir a experiência pois

todas as iniciativas deste género devem ser

apoiadas e aproveitadas ao máximo.

Telmmmmaaaa DDDDDDiiiiaaaaasss,,

commmeerrrrcccciiiiaaaaaannnnnttttteee

(cafféé CCCCChhhhhaaaaavvvvvvveee dddd’’’OOOuurroo) ↓↓

Alberrrtooo LLLLLooopppeeeessss,,

comeerrcciiiaaaannnnttteeeee

(restaauurrrraaaannnntttteeeee

Sta. IIssaaabbbbeeelll)))

Migguuueeeellll OOOOOllllliiiivvvvvveeiiirrraa,

fotóóggrrrraaaafffffooooo

↓É o terceiro ano que eu

faço o Creative Camp.

Acho que o feedback que

eles receberam no canal

deve ter sido positivo.

Este ano também já há

o envolvimento de mais

malta aqui de Abrantes,

parece-me.

Tenho acompanhado desde

o primeiro ano e acho que é

uma mais-valia para uma

cidade do interior com

a dimensão de Abrantes

com algum acesso à arte

e à cultura mas não tanto

quanto as pessoas mais

desejavam.vox

po

Danniieeellll BBBBBBeeeeeennnnnttttooo,,,

estuuudddaaaannnnnntttteeeee eeeee

voluuunnnnttttááááárrrrriiiiioooo nnnoooo

Creaattiiiivvvvvveeee CCCCCCaaaaammmmmmpp

>

Evaa MMMMMaaaaggggggrrrrrroooo,,,

memmmmbbbbrrrrrooooo dddddaaaa eeqqqquuuuiipppaa

do CCrreeeeaaaatttttiiiiivvvvvveeeee CCCCaaammmmppp

>

Achei que foi ótimo e são

eventos que deviam fazer

mais que uma vez por ano,

porque isto traz muita gente

para a cidade. Abrantes é

uma cidade abandonada e

se não forem estes eventos a

cidade praticamente morre.

Estas iniciativas trazem

muita animação para a

cidade. Acho mesmo que

deviam fazer mais vezes.

Peddrrooo PPPPPaaaaauuuuuuullloooo DDDDiiaaass,

commmeerrrrcccciiiiaaaaannnnnttttteee

(Gellaaatttaaaarrrriiiiiaaaaa LLLLLLiizzz))

p

Page 16: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

destaque ESTA JORNAL // ago�o 2015

Uma semana de

a acontecer é construir alicerces, é fazer com que a nossa co-

munidade possa ficar mais rica, não ao longo de uma semana

por ano, mas depois também em eventos que se replicam ao

longo de todo o ano, nós conseguimos criar momentos de re-

flexão, momentos de trabalho sobre a arte, sobre a cultura,

sobre aquilo que nos faz verdadeiramente ser cidadãos, ser

cidadãos mais bem preparados para os desafios do futuro, e é

por isso que continuamos a fazer este investimento”.

Para nos ajudar nesta preparação a pensar no futuro, Os

Princípes numa parceria com a Comunidade de Vale de Rãs,

gravaram um videoclip para a música Amo o Não Amar.

INSA, com o seu projeto Inevitability, grafitou artistica-

mente paredes como a do tão conhecido Tonho Paulos ou

a parede da loja vazia nº 5. Alex Turvey, realizador, e Iago

Lewis, produtor musical, gravaram intensivamente uma

curta-metragem nas imediações da cidade a que chamaram

de SOM. PZ construiu a sua nave para o seu mais recente ál-

bum Mensagens da Nave-Mãe, que descodificou num concer-

to no centro histórico. Joaquín Mora, com a Comunidade de

Abrantes, realizou Exercícios Para Descobrir Uma Cidade e

gravou momentos engraçados que mostram a criatividade

abrantina. Joaquín Mora gravou ainda músicos a tocar em

locais inusitados que transporta da cidade para o mundo.

Irena Übler, participante do projeto Stores

Art Attack na loja Shove It e criadora da

CO.MO, módulos de cortiça que funcionam

como equipamento de exposição para lojas ou

feiras, uniu-se à Sofalca para realizar o seu

projeto. Irena conta como foi essa parceria:

“Contactei a Sofalca para saber se eles queri-

am colaborar comigo neste

projeto. Eles foram super

simpáticos, forneceram-me

os materiais e ajudaram-me

na produção. Tudo o que está

na loja é material da Sofalca,

feito na fábrica deles. Acho

muito fixe, para desenov-

ler um projeto numa loja de

Abrantes, poder usufruir de

uma empresa de Abrantes

que tem material típico,

para não usar material de

um sítio qualquer. Escolhi

este material que é feito só

com cortiça, 100% natural.

É muito engraçado porque

uma árvore de Abrantes che-

ga à fábrica, é produzida e

agora está na loja. A Sofalca

foi incrível, vi o processo

de maquinação e produção,

explicaram-me tudo, interagi e ajudaram-me

muito. Por exemplo, as pessoas da fábrica fo-

ram super simpáticas e ajudaram-me a juntar

os materiais que saem da máquina em meta-

des. E eu pensei: já não quero ir embora! Fiquei

tão contente por encontrar pessoas tão abertas e

participativas. Um grande obrigada à Sofalca!” ×

Em linguagem simplificada, o Creative Camp é

um momento, num certo espaço, em que cria-

tivos de todo o mundo se juntam e realizam pro-

jetos, workshops, talks (conversas) e concertos.

Este campo criativo não é só para artistas e, por

isso, decorrida uma semana de criação inten-

sa, Abrantes ganha obras de artes numa galeria ao ar livre.

São intervenções urbanas, que ficam pela cidade, nos seus

diferentes espaços, enquanto as pessoas quiserem e o clima

permitir. Ou até ao ano seguinte, quando novas propostas

voltarem. Assim, o 180 Creative Camp tem início nos cria-

tivos, mas rapidamente passa para quem vive, trabalha ou

visita Abrantes.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Mu-

nicipal de Abrantes, estava visivelmente satisfeita na ses-

são de encerramento, onde foram apresentados os projetos

deste ano: “É com grande satisfação que, ao fim de três anos,

encontramos este cineteatro cheio e é o sinal de que é uma

aposta ganha”. A autarca destacou a importância do 180 Cre-

ative Camp para a cidade, frisando que “aquilo que está aqui

180 é oo noommmmmmeee dddooo CCCCaaaannaaall qqquuee, pellaa tterceira

vez, laannççoouuuu ooo dddeeesssssaaafifififioooo aa AAAAbbraaanntess.

Creatiivve CCCaaammmmppp ééé uuummmmmm ccaammmmppooo oonndde

criativvooss ssseee jjjuuunnnnttttaaammmm ppppaarrraa cooonncreettizarr

propossttaas aaarrrttíííssstttiiiccaaassss. 118880 CCreeaativve

Camp é o nnnooommmmmee ddddooo eeevvvvveenntttoo,, aaabrraaççaado

pela auuttaarrrqqquuuuiiiaaa aaaabbbrrraannnnttiinnnnaa, qquuee, enntree

5 e 12 dde jjuuuulllhhhooo, jjuuuuunnnnttoooouu nnna mmmeesmmmaa

cidadee ggrraaannnndddeeessss nnnnnooommmmmeess nnnacciiionnaaiis e

internnaaccioooonnnaaaiissss ccccooommmmoooo PPZZZ ee DDDiooggoo ddeCaalle

ou INSSAA, IIaaagggoo LLLLeeeewwwwwiisss ee AAAlleexxx TTuurrvey.

Quando as empresas

compreendem a arte…

Page 17: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

180 Creative Camp destaque

47 artistas

42 inscritos nos

workshops

30 atividades

26 elementos staff

15 nacionalidades

15 stores Art Attack

11 voluntários

1 Cidade Criativa

O artista gráfico britânico INSA, intitulado o Rei da pintura animada, veio a Abrantes

durante o Creative Camp para realizar o seu novo trabalho. O artista, que recentemente

pintou o maior GIFT do mundo no Rio de Janeiro, mostrou-se impressionado com o

abraçar da criatividade em Abrantes, sendo esta uma pequena cidade.

Em relação à escolha dos locais para deixar a sua criatividade em Abrantes, INSA recorreu

a efeitos naturais: “A forma como o vento sopra, a forma como as sombras atingem as paredes,

foi o que mais me atraiu.”

No seu primeiro dia de trabalho na cidade, INSA reuniu à sua volta um conjunto de curio-

sos, fãs e artistas participantes ou não do Creative Camp. Entre eles estavam Carlos e Manue-

la Almeida, um casal que reagiu bem à intervenção

artística: “É uma ideia engraçada e está a dar outra

cara a cidade. Do século XXI para frente temos que

evoluir.”

O misterioso artista, sempre reservado em relação

à sua identidade, tentava evitar as câmaras dos cu-

riosos, porque faz questão de não mostrar a sua cara.

Para algumas pessoas, o trabalho de INSA pode ser

difícil de compreender. Porque o envolvimento com

este tipo de arte não se limita a uma observação. O

seu trabalho consiste em pintar algumas paredes,

tirar foto, pintar e voltar a tirar foto para que estas

paredes, vistas através de uma 'App', ganhem vida. Por

isso, enquanto desenvolvia o seu trabalho, INSA di-

zia a quem passava: “Download my App”. Até porque

o trabalho final só poderá ser visto com a ajuda da

aplicação (GIF-ITI Viewer), que contém um conjunto

de trabalhos já feitos pelo artista e a localização dos

mesmos. ×

INSA: “Download My App”

DOMESTICITY… de Bogotá para Abrantes

María Mazzanti e Martín Ramírez, ambos artistas

plásticos residentes em Bogotá, Colômbia, foram os

vencedores do concurso 'Open Call For Urban Inter-

vention'. promovido pelo Canal 180 para a edição de 2015 do

Creative Camp, em Abrantes. DOMESTICITY é o nome do pro-

jeto que criaram para que haja mais comunicação entre as

pessoas. Convidam residentes e visitantes a sentirem-se em

casa, estando na rua, e desafiam-nos a manter um diálogo.

Para além do desafio de se apresentarem a concurso num

país culturalmente diferente, foi a primeira vez que tra-

balharam juntos. Estavam "muito nervosos", mas não espe-

ravam ganhar: “Nós acreditávamos na ideia, mas existem

tantas pessoas talentosas nestes concursos, que uma pessoa

nunca sabe.”

O tema e a ideia para o projeto surgiram durante uma con-

versa entre os dois. “Com o diálogo nós começámos a pensar

como poderíamos fazer algo visualmente atrativo para as

pessoas que vivem em Abrantes” - explica Martín Ramírez.

O resultado resultou da fusão do espaço doméstico com o es-

paço urbano e pode ser visto na Rua Maria de Lurdes Pin-

tassilgo.

O projeto representa o desejo, por parte dos artistas, no

sentido de uma maior aproximação e comunicação entre as

pessoas. Os mesmos propõem a quem passa o desafio de es-

crever uma carta, uma mensagem ou fazer um desenho acer-

ca da cidade e colocar na caixa de correio em exposição, para

que se forme um diálogo ou se contem histórias acerca da ci-

dade para todos os residentes e visitantes.

Martín e Maria esperam poder continuar a trabalhar jun-

tos mas não têm planos futuros definidos. Esperam também

poder voltar o próximo ano para mais um Creative Camp. ×

Workshops, talks e arte para ficar

Para os participantes houve também wokshops. Pensar um

Jornal juntou os alunos da ESTA, outros jovens criativos,

o Jornal de Abrantes e o Atelier d’Alves para a realização

deste número do ESTAJornal. Julià Roig e Andres Lozano re-

alizaram, com os participantes no seu workshop Walk With

Me, um mapa não convencional e colorido da cidade, desen-

hando locais que todos nós conhecemos. Esculpir com Luz

fez renascer a Papelaria Papyrus, através o videomapping,

numa colaboração entre a Universidade Católica do Porto e a

ESTA. Ana Catarina Hagatong, designer participante neste

workshop, explica que consiste numa “projeção de vídeo

em superfícies irregulares, e é permitido fazer projeção 3D

em superfícies bidimensionais, o que é algo extraordinário

e extremamente interessante”. Em Plastique Fantastique,

Marco Canevacci com a participação de três alunas da ESSA,

construiu um gelado plástico com 20m com direito a concer-

tos no interior.

Bandas como Os Princípes, Albatre, FEL, Toulouse, PZ e

3quations trouxeram música ao centro histórico num forma-

to bastante apreciado. O projeto Stores Art Attack trouxe vida

e criatividade às lojas do centro histórico com projetos origi-

nais. Numa colaboração Canal 180 e Shutterstock, Analógico

Humano Digital junta na Galeria Municipal-quARTel, até 28

de agosto, o trabalho de 10 estúdios de design inovadores. Do-

mesticity, projeto vencedor Open Call For Urban Interven-

tions Projects, dos colombianos María Mazzanti & Martín

Ramírez, trouxe mobiliário colorido para a Rua Maria de

Lourdes Pintasilgo ou Rua da Sardinha, convidando os abran-

tinos a saírem de casa e a usarem o espaço público. Durante

a semana aconteceram também talks onde foram discutidos

os temas, Design x Human, Espaço x Cidade, Video x Music,

Creative Collaborations x Media Arts e Habitar Portugal em

Abrantes- ‘Está a Arquitetura sob Resgate?’.

Pode não parecer, mas uma semana depois Abrantes está

positivamente irreconhecível e está pronta para mais um

ano. Terminado o evento, todos os envolvidos dizem mara-

vilhas sobre o projeto que traz vida e cultura à “cidade mais

central” de Portugal. Desde há três que Abrantes é também a

cidade que permite que artistas se relacionarem, dando tan-

to à cidade como a cidade lhes dá.

Estes são projetos que levam tempo a consolidar, mas talvez

já só falte fazer chegar melhor a mensagem aos abrantinos

sobre o que é este Creative Camp. Humberto Felício, músico

abrantino, não é o único a quem “as pessoas perguntam na rua”

o que é que se passa. Este ano, certamente que mais abranti-

nos ficaram a saber. E cada ano que passa mais vão sabendo.

Porque o objetivo, para além de associar Abrantes a uma mar-

ca de cidade criativa, é, também, envolver as pessoas. ×

que fica! 4 —5

Page 18: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

review ESTA JORNAL // ago�o 2015

I Want You To Get ThereAgata Ruchlewicz-Dzianach intervencionou os restaurantes 'O

Pelicano' e 'Santa Isabel'. Diz que "a ideia é levar as pessoas a

dialogar sobre a cidade e a focarem-se nas camadas invisíveis

e imateriais, como toques, cheiros ou memórias. Num postal

dizemos onde gostaríamos que as pessoas fossem. Estas preen-

chem um postal e, em troca, o dono do restaurante entrega-lhes

um preenchido”. Alberto Lopes, proprietário do restaurante

'Santa Isabel', realça que “temos a obrigação de interagir com as

pessoas que nos visitam e a melhor forma é abrir-lhes as portas

dos nossos estabelecimentos e deixá-los criar onde eles enten-

dam. Uma obra de arte em qualquer casa fica bem e na minha

é bem-vinda!" Franz Segessenmsnn, proprietário do restau-

rante 'O Pelicano', sublinha que “é bom que se faça alguma coisa

aqui na cidade porque esta está muito morta".

Lucky Face A montra da loja 'Isabéis Decorações' ganhou um novo rosto

com o projeto Lucky Face, proposto pela equipa DFL, da Uni-

versidade de Arquitectura do Porto, de Cristina Gassó e Ru-

drapalsinh Solanki. Fizeram “o scan do rosto de um rapaz e

de uma rapariga de Abrantes" e com essa imagem formaram

"um rosto representativo, feito de tijolos de esferovite, onde

as pessoas podem pôr os seus desejos nos olhos”. Esta equipa

teve como premissa “conhecer as pessoas de Abrantes, que

são diferentes”. Isabel Silva, proprietária da loja, gostou da

ideia: “É muito bom para dar a conhecer a nossa cidade, tam-

bém noutros sítios, pela inovação.”

What Taste Are You?Anatassia Sharõmova escolheu 'A Merceneta' pela sua simpáti-

ca atmosfera. “Pensei em como poderia relacionar (a arte) com

a comida, então fui até aos básicos. Selecionei cinco sabores

diferentes - doce, salgado, ácido, amargo e picante - para con-

vidar as pessoas de Abrantes a irem à loja, a escolherem o sa-

bor e a colá-lo no mapa dos sabores.” Anastassia espera chamar

a atenção das pessoas sobre de onde provém a comida, numa

geração de produção em massa. Teresa Amaral, proprietária,

afirma que “faz todo o sentido nós, sendo também jovens e

querendo dinamizar o centro histórico, darmos o nosso espaço

para ser intervencionado. Acho que as pessoas vão gostar.”

Displaced MicrolandscapesQuando Sílvia Cruells chegou à 'Drogaria Nova' percebeu que,

em vez de uma caixa com as suas Displaced Microlandscapes,

poderia usar a mobília da loja para o seu projeto. Dentro dos

armários podemos agora encontrar “uma Tarde Chuvosa feita

com algodão, uma Cidade Densa feita com sabão e uma Flores-

ta de Bamboo feita com pincéis de barbear”. Esta ideia ocor-

reu à artista quando recebeu um livro antigo sobre como fa-

zer perfumes. "Relacionei com o que poderia encontrar numa

drogaria e explicar as paisagens como receitas” Joana Borda

d’Água, responsável pela loja, gostou da ideia: “Tem a ver com

a loja, usa materiais da loja, e faz contextos diferentes com

eles. É como que deslocar elementos do seu meio natural, não

é? E isso é sempre interessante!”

CardboardPara o café 'Abre-Antes', Verónica Wust desenhou o seu pró-

prio baralho de cartas com as suas próprias regras. “Quando

pensei sobre as lojas pensei sobre o tema economia e percebi

que sabia pouco sobre isso, pesquisei e pensei em fazer um

jogo que me permitisse entender melhor o assunto. Desenhei

um jogo de cartas que tem naipes sobre o círculo económico.

Os diamantes são recursos, o algodão é um recurso que cres-

ce novamente, os corações que representam as necessidades

das pessoas e as moedas representam o dinheiro. Pricila Mi-

lagaia, filha da dona da loja, diz que "estas pessoas, vindo de

fora, fazer isto, cativam muito, e as pessoas gostam".

Light Reflaction Os Error 43, criaram o Light Reflaction para o 'Instituto

Óptico', “se calhar, não leva as pessoas a comprar mais ócu-

los, mas assim criam uma imagem na cabeça que antes não

teriam porque nunca tinham visto.” Os artistas acreditam

que, "pelo menos, curiosidade vai despertar". E explicam:

"Como era uma ótica, pensámos em refletir luz enviada para

um projetor que está em constante movimento, e a mudar

de cor, nesta superfície estranha. A luz depois vai ser refle-

tida pelo espaço todo, mas com uma forma completamente

diferente.” João, de 14 anos, achou “original e interessante,

o objeto prateado que conseguia iluminar toda a loja e o teto,

fazia lembrar o mar e estava muito bonito”.

Reviver Essências de AbrantesJoana Pardal e Ana Teixeira tocaram nas memórias abrantinas

ao recolher “histórias da comunidade e das pessoas que visi-

tam, para encontrar elementos que caracterizassem a cidade e

para associar essências a esses elementos". Encontraram qua-

tro: as flores, a pastelaria, o calor e a paisagem. "A maior parte

das pessoas de cá sente saudades das flores e falam da pastelaria

e as pessoas de fora falam do calor e da paisagem". O produto

final, para a loja 'Philyra Essências', foram quatro brochuras,

"cada uma representa um dos elementos característicos da ci-

dade e contém as histórias que recolhemos com uma pequena

descrição do aroma que nós associámos". Elisabete Duarte, dona

da loja, elogia o projeto: “Foi um trabalho mais interior, mas

acho giro, está a correr bem!”

CO.MOA loja 'Shove It' tem na sua montra um projeto inovador, cria-

do por Irena Übler, “CO.MO é uma palavra que junta cortiça

e módulo, um módulo feito em cortiça com dois elementos

base”. Vasco Marques, funcionário da loja, diz que é bom in-

vestir em material que é produzido em Portugal, inclusiva-

mente no comércio local, dinamiza e dá mais criatividade ao

espaço. Flávio Paiva, proprietário, “estava à espera de umas

pinturas ou algo assim e, afinal, envolve os produtos que es-

tão à venda na loja”.

Non Human DeviceA loja vazia nº5, ou Loja Âncora, foi ocupada por Boris Chimp

504. Miguel Neto, o artista, apresenta-nos o Boris: “É um per-

sonagem de ficção, um chimpanzé que supostamente os sovié-

ticos mandaram para a lua em 69 e que nunca mais voltou! Este

personagem faz parte de um texto satírico de um escritor dos

Estados Unidos a gozar com os soviéticos. Está no espaço e não

sabemos bem onde, vai-nos mandando sinais."

What You See Is What You SeeWhat You See Is What You See é um painel visivel na montra

da sapataria 'Kikas Fashion Stores'. Sobre este projecto, Ri-

cardo Correia, proprietário, explica que é um “painel alusi-

vo ao mosaico português, um 3D que abrange a montra da loja

e algum espaço interior também”. O artista Jonathan Louie

não pôde estar presente no 180 Creative Camp.

"O principal objetivo é envolver a população local"

"O Stores Art Attack é uma

das vertentes do Creative

Camp este ano, que foi inte-

grado já no ano passado. No

ano passado foi um projeto

piloto que correu excecional-

mente bem, e este ano f ize-

mos uma 'call' internacional

a projetos. Tivemos propos-

tas muito interessantes. Este

ano temos 15 projetos e 11

nacionalidades que incorpo-

ram o Stores Art Attack, com

o principal objetivo de, atra-

vés da criatividade e através

da arte e do pensamento dos

artistas, conseguirem entrar

dentro deste espaço do co-

mércio tradicional, que não

é muito povoado. O objetivo

é entrar dentro destas lojas,

colaborar com os próprios

lojistas e, de certa forma,

inovar e fazer com que as lo-

jas façam parte do Creative

Camp. O principal objetivo é

envolver a população local.

Nós não queremos que o Crea-

tive Camp seja algo só para

nós, queremos que seja tam-

bém para Abrantes. Para ser

para Abrantes, precisamos

que as pessoas de Abrantes

se envolvam e que trabalhem

connosco. Esse é um objetivo

do Stores Art Attack, é essa

colaboração, essa novidade,

essa criação de relação e en-

volvimento das pessoas com o

180 Creative Camp."

Luís Garção, responsável

pelo projeto "Stores Art

Attack", em discurso direto

stores

art

attack

6

Page 19: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

180 Creative Camp breves

Dois projetos que se juntaram no centro da cidadeUma Ilustração Para A InfânciaDiogo de Calle inspirou-se nas roupas da loja 'Be A Kid' e co-

locou o interior numa ilustração que “vem da vitrine e vai

juntar-se à estrutura que está cá fora, que é do projeto Polie-

drica". É "uma estrutura de madeira em que esta miúda, que

está a ser desenhada na vitrine, vai com os seus pezinhos fi-

car na estrutura. Peguei na planta que está ali dentro trazen-

do-a para a vitrine, através do desenho. Vão estar desenhados

uns ninhos com uma girafas dentro, o mesmo ninho vai estar

também na estrutura de madeira lá fora." Marta Grácio, pro-

prietária da loja, não poupa elogios: "Adorei, ficou tudo muito

bem, vou fazer agora o saco da 'Be A Kid' com esta imagem."

Poliedrica

Os arquitetos italianos do projeto Poliedrica escolheram a

loja 'Juvenatus', "por ser num canto e por causa das escadas

e das árvores, mas faz muito sol em Abrantes e, para não da-

nificarmos as roupas da loja, falámos com o Diogo (de Calle)

e criámos uma parceria para juntar os dois projetos". O ob-

jetivo foi fazer 'street art'. “Foi a evolução de uma ideia com

poliedros que se desenvolveu e tornou numa plataforma."

Carlos Ferreira, proprietário, acha que este projeto “é im-

portante para divulgar a cidade”. ×

Humano Digital através do DesignEstá em exibição na galeria Municipal quARTel o proje-

to Analógico Humano Digital, uma colaboração entre o Ca-

nal 180 e Shutterstock, uma plataforma internacional de

imagens. Dez estúdios de Design, portugueses e brasileiros,

apresentam trabalhos que representam o 'zeitgeist' do de-

sign contemporâneo, significando o espírito do tempo. As

propostas questionam a condição humana atual, num mundo

que é cada vez menos analógico e mais digital. Entre as obras

em exposição encontra-se uma máquina de desenho ativada

por voz.

Estúdios participantes: Estudio PUM; Drtm.org; R2 Design;

Epiforma; Bolos Quentes; atelier 'alves; DSType Foudry; This

is Pacifica; Silvadesigners; Non Verbal. ×

São os concertos que fazem crescer os projetosFEL, músico já conhecido do público abrantino, apresentou-

se ao Creative Camp num dos concertos no centro histórico.

No seu estilo característico, o artista explica como sentiu a

reação do público: “Não levei nem com tomates nem com ovos

podres, à partida acho que a malta gostou!” O músico relem-

bra que Abrantes "é exatamente" o seu campo criativo e, por

isso, vou vai "continuar a tocar aqui”. Para FEL, ou Humber-

to Felício, os concertos “são as grandes oportunidades que

temos de experimentar e de aperfeiçoar porque são os con-

certos que fazem crescer os projetos, não é o estúdio”.

Vale de Rãs em projeto musicalA colaboração entre a banda

“Os Príncipes” e a Comuni-

dade Vale de Rãs, com a aju-

da do Creative Camp, ori-

ginou o projeto “Amo o não

Amar”. Este teve como obje-

tivo a criação de um video-

clip pertencente ao segundo

álbum da banda. A Banda

Filarmónica de Mação e fi-

gurantes colaboraram para

que este projeto se pudesse

concretizar. Os panos pre-

tos, as carpideiras, os sinos,

as materiais como máscaras

e sombrinhas foram alguns

dos elementos visíveis na

procissão realizada em Vale

de Rãs. ×

Gelado gigante invade AbrantesDurante três dias, decorreu o workshop “Plastique Fantas-

tique”, orientado por Marco Canevacci. O objetivo foi criar

uma instalação temporária com plástico e fita-cola e pos-

teriormente enchida com ar. Após diversos estudos foi pos-

sível criar uma instalação de grandes dimensões em forma

de cone de gelado. “É de felicitar a organização deste tipo

de projetos, pois considero uma mais-valia para a cidade de

Abrantes”, afirmou Carolina Rainho, estudante de Artes Vi-

suais, participante no workshop. ×

A Vanguarda de Abrantes

A Dodo Laboratory esteve no Creative Camp pelo segundo ano

e, desta vez, para fazer algo não convencional. Hayli Chwang

e Rubén Martín acreditam que “o futuro são as crianças, vão

ser elas a tomar conta e queremos que elas passem uma men-

sagem sobre o que pensam do futuro". Os artistas acharam

que a melhor maneira de fazer uma intervenção artística

com as crianças de Abrantes seria ajudá-las a fazer bandei-

ras. "Estas representam a história de uma cidade. Vamos li-

teralmente assaltar o castelo, queremos que as pessoas ve-

jam a mensagem das crianças.” Para Hayli e Rubén é muito

importante que as crianças se sintam úteis e que sintam

que têm o controlo de algo- Assim, no workshop que orga-

nizaram, ajudaram as crianças não só a construir bandei-

ras, coroas e espadas, mas também a tornarem claras as suas

mensagens. “Queremos que sejam criativas e que explorem

outras formas de comunicar.” Beatriz, de 12 anos, uma das

participantes, faz um balanço positivo da experiência: “Isto

é giro porque nós não estamos sempre no telefone, é engraça-

do e é divertido para sair do habitual. É giro explorar coisas

novas!” ×

7

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Page 21: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

jornaldeabrantes

13AGOSTO 20152015 REGIÃO

Contrariando uma certa ideia generalizada de que os cen-tros históricos estão a morrer, Anabela Vieira teve uma ideia. Uma loja, com um novo con-ceito, em que o espaço é par-tilhado por artesãos. Cada um mostra e vende o seu trabalho. Este é o registo do primeiro dia desta nova loja, “Raízes”, que”-não correu nada mal”

Trimmm, Trimmm, eram nove da manhã e o desper-tador, neste primeiro dia do mês de junho, já tocava para o tão esperado momento. En-tre a correria diária das ruas de Abrantes, a agitação deste dia teve um toque especial. Os olhares curiosos e atentos pro-curavam algo novo nesta ci-dade e reuniam-se todos na mesma direção.

Uma espécie de momento mágico acabara de chegar, com a abertura de uma nova loja, com um conceito inova-dor. �Raízes - loja colaborativa� é o nome do espaço mais di-nâmico de Abrantes que per-mite aos artesãos exporem, para venda, os seus trabalhos manuais.

Anabela Vieira, responsável pelo novo espaço de Abrantes, explica o conceito: “A ideia no fundo é muito básica e, por si, só não vale quase nada. O que preenche esta loja são os produtos que ela vende, mas também as pessoas. São pes-soas que tocam de uma forma muito sensível a vida, o que se reflete nas peças que aca-bam por fazer. Resultam da criatividade de algumas de-las próprias, outras mais inspi-radas daqui ou dali. Mas que no fundo, refl etem as próprias pessoas que as fazem.�

Carteiras, bolsas, arti-gos alimentares, bijutaria diversifi cada e malas em cor-tiça foram alguns dos produ-tos que despertaram curiosi-dade de quem por lá passava.

Cada produto tem uma his-tória associada e, por trás, há um artesão que transmite to-dos os seus sentimentos atra-vés das peças. Os olhos bri-lham e transbordam felicidade quando mostram as suas con-feções e explicam um pouco do seu trabalho. Luísa Grosso é uma das artesãs feliz com a abertura do espaço que lhe permite expor e vender o seu

trabalho: “Falaram-me desta loja por acaso, num café com as amigas. Eu pensei sobre o assunto, fui a Lisboa buscar materiais, fui fazendo peças e expus os meus trabalhos nesta loja, e estou muito entusias-mada.”

Luísa Grosso começou há pouco tempo, mas o seu tra-balho resulta de muito entu-siasmo. “Sempre gostei muito de bijuterias e, habitualmente, quando comprava uma peça para mim de bijuteria modifi -cava-a sempre. Comecei a fa-zer e oferecer, mas chegou a uma altura que já era muita quantidade, então comecei a vender. Mas levo muito pouco. Faço colares, pulseiras, relógios e brincos. Os colares dão-me gozo de colá-los. Eu primeiro monto e vejo se gosto das peças.�

Na loja há espaços disponí-veis para quem os quiser ocu-par, sem o risco de ter que as-sumir, sozinho, uma loja. Uns estão repletos de cor, outros ainda à espera do seu dono. Estão “para aluguer” e pode-rão representar um lado de es-perança para aqueles que, até antes, nunca tiveram a opor-tunidade de mostrar o seu tra-balho.

Anabela Vieira não podia es-tar mais orgulhosa do sucesso das suas Raízes: “Eu, sincera-mente, quando comecei a fa-lar deste projeto com algumas pessoas nunca consegui re-cuar, nem sentir um ‘não’ de nenhum parceiro. Nem pala-vras ou ações que me fi zessem pensar duas vezes. Comecei a contactar as pessoas e a sen-tir o entusiasmo que elas me foram transmitindo, até que cheguei à conclusão que es-tava no caminho certo. Isto é uma maneira diferente de elas exporem os seus produtos. Este primeiro dia ultrapassou as minhas expetativas. Vend-eram-se muitas peças. Gostei imenso da forma como a loja foi acarinhada, cheguei ao fi m do dia feliz.”

Uma aposta contra a correnteA proprietária do espaço

aposta na ideia da cidade de Abrantes estar a evoluir, de dia para dia. Prova disso são os quadradinhos que antes di-ziam “para aluguer” e que estão cada vez mais a dar lugar a um

“reservado”. Anabela Vieira tem um discurso positivo: “As pes-soas não acreditam na cidade de Abrantes, mas eu acredito que isto é uma forma de estar generalizada do próprio por-tuguês. Nunca apostar nas ci-dades onde se mora, nunca fazer com que elas cresçam. Mas eu, nesse aspeto, sou um bocadinho teimosa e gosto de contrariar as correntes. Gosto de quando me desafiam, de chegar ao pé dessas pessoas e dizer: afi nal de contas, estavas enganada.”

O espelhar da montra faz-nos

rever a nossa própria imagem naquelas típicas raízes abran-tinas e, ao mesmo tempo, dá-nos a conhecer os produtores e a montagem do próprio pe-daço que lhes está destinado.

Acompanhámos Natividade Rosa e fomos conhecer o seu espaço de confeção. É dedi-cado a bolsinhas, panos bor-dados com croché, cestas de molas e fi os de cortiça. Predo-mina a cor e a alegria de ter uma mesa completa de pro-dutos manuais.

Apesar de estarem presentes diversas horas em cada peça,

cada segundo equivale a um sorriso. Mesmo quando há um ponto mal dado, a felicidade predomina.

Tec, teec, teeec. Entrámos e já conseguimos ouvir a máquina de costura a dar os últimos re-toques numa bolsinha. “Eu fui aprendendo com a minha avó a cozer à máquina. Ontem, quando fui à loja, a senhora disse-me que já tinha vendido uma peça, eu acho que para o primeiro dia, não está mau. Mesmo que não tivesse ven-dido nada, os trabalhos, ao estarem expostos, é uma ma-

neira de dar a conhecer às pes-soas aquilo que faço.”

Para Natividade, “foi bom abrir este tipo de loja, porque existem muitas pessoas que fazem artesanato diferente. Nós, expondo os nossos pro-dutos, é que damos a conhe-cer às outras pessoas as dife-rentes maneiras de trabalhar”.

Estas novas raízes de Abran-tes devolvem ao centro histó-rico novas ideias de comércio e obrigam, até, os mais curiosos a visitarem a cidade.

Joana Madeiraestudante de Comunicação Social da ESTA

UM NOVO CONCEITO DE LOJA PARTILHADA POR DIFERENTES ARTESÃOS

Novas “Raízes” em Abrantes

• Anabela Vieira: As peças que estão à venda “refl etem as próprias pessoas que as fazem

• Luísa Grosso: “Falaram-me desta loja por acaso, num café com as amigas”

Joan

a M

adei

ra

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jornaldeabrantes

14 AGOSTO 20152015

MÁRIO RUI FONSECA

A Tupperware Portugal assinalou no dia 4 de julho no CNEMA (Centro Nacional de Exposições de Santa-rém) o seu 50º aniversário com uma conferência que contou com a pre-sença de mais de 1.200 participan-tes, na sua esmagadora maioria mu-lheres, oriundas de todo o País.

No quadro da comemoração do 50º aniversário da sua presença em Portugal, a Tupperware lançou em Santarém um Plano de Carreira des-tinado à sua Força de Vendas, para além de preparar toda a campanha de Verão, altura do ano em que a sua atividade é das mais intensas.

A Tupperware Portugal, sendo a empresa top da venda direta no nosso país, possui uma importante fábrica localizada em Montalvo, no concelho de Constância.

Trata-se da primeira fábrica da Eu-ropa e a segunda a nível mundial, que emprega 400 trabalhadores e com uma produção que é expor-tada em 99 por cento para o Mundo inteiro, especialmente para a União Europeia. A propósito dos 50 anos da empresa em Portugal, o JA en-trevistou António Gil, o diretor-ger-al da Tupperware para a Península Ibérica.

Qual é a importância de assinalar 50 anos em Portugal?

A Tupperware foi pioneira na in-dústria de venda direta há mais de 65 anos e a sua presença no nosso país desde há 50 anos mostra o nosso sucesso ao longo de décadas, o nosso compromisso com as pes-soas que confi aram na nossa marca, nos nossos produtos e no que te-mos para lhes oferecer. A Tupper-ware continua a olhar com profundo interesse e atenção para o mercado português.

Como tem sido a evolução do cres-cimento da empresa em Portugal nos últimos anos, em termos de vendas?

Nos últimos três anos a empresa teve um crescimento das vendas de mais de 10 por cento ao ano, graças ao extraordinário empenho das nos-sas pessoas e da nossa equipa.

Qual o número global de demons-tradoras/vendedoras em Portu-gal? E no mundo?

Temos uma força de vendas de

cerca de 3 milhões de pessoas no mundo inteiro.

Existem muitas pessoas a querer entrar (e em espera) no Mundo Tupperware, em termos de ven-das diretas? Quão importante é o modo de recrutamento?

O recrutamento é uma das peç-as-chave de nosso sucesso em Por-tugal. Desde 2011, aumentámos a nossa força de vendas em dois dígi-tos por ano, o que teve um impacto direto no crescimento das vendas no mercado nacional. Todos os dias, po-demos descobrir que existem cada vez mais pessoas procurando entrar no mundo da Tupperware.

Qual é o método de venda dos produtos Tupperware?

A Tupperware foi pioneira da venda direta através da “Tupperware Party” para mulheres nas décadas de 40 e 50, levando o produto para dentro das casas através de um único, diver-tido e inovador método de venda. Hoje, a “Tupperware Party” continua a ser o meio principal de venda dos nossos produtos. Na verdade, cada 1,4 segundos acontece uma “Party” em alguma parte do mundo.

Pode dizer-se que a Tupperware é um Mundo de mulheres?

A Missão da Tupperware é fomen-tar a capacidade das mulheres. O nosso compromisso não se restringe ao negócio, uma vez que estamos igualmente empenhados em inter-vir diretamente no ambiente das co-munidades. A Tupperware Brands

deu a conhecer recentemente o seu papel como membro fundador do Conselho Consultivo da ONU para a liderança das mulheres do setor privado. Nessa ocasião, o nosso Pre-sidente e CEO, Rick Goings, afi rmou que “o compromisso do Comité de Mulheres da ONU para a promoção global económica das Mulheres está perfeitamente alinhado com o mo-delo de negócio único da Tupper-ware Brands “nós apetrechamos as mulheres com uma formação em-preendedora, com orientação e apoio para ultrapassar as barreiras que se colocam no seu caminho. O nosso modelo prova que ao desblo-quear o potencial das mulheres é útil tanto para as comunidades como para os negócios.”

Quantos trabalhadores na fábrica em Montalvo?

Na fábrica de Montalvo temos 400 trabalhadores e operamos em con-tínuo.

Mantém-se como a única fábrica a laborar na Europa?

Não. A Tupperware possui fábricas na Bélgica, França e Grécia. Portugal é certamente um dos mais impor-tantes produtores para os mercados europeus.

Qual é o posicionamento e que in-vestimentos recentes ou futuros têm sido feitos na fábrica em Por-tugal?

Temos feito alguns investimen-tos muito importantes: várias novas máquinas de injeção e duas máqui-

nas de sopro, uma nova linha de im-pressão e ainda este ano haverá uma nova linha de preparação de enco-mendas. Estes investimentos estão relacionados com os bons resulta-dos que a fábrica de Portugal está a realizar e a confi ança que a gestão de topo de Tupperware deposita em Portugal.

Como se caracteriza e quantifi ca os investimentos a efetuar em Montalvo/Constância?

Os novos investimentos vão passar por adquirir novas máquinas, manter a nossa produção inovadora, garan-tindo um novo processo de sopro. É muito importante destacar que Por-tugal teve nos últimos 10 anos trans-

ferências de tecnologia que permi-tem que nossa fábrica possa produ-zir produtos mais complexos, com maior valor acrescentado: produtos em dois materiais diferentes como a linha Allegra, o processo de impres-são da linha Tampo, os moldes de ro-tulagem ou ainda moldes de sopro para as garrafas ecológicas.

Qual é a importância do mercado nacional no contexto da exportação global da fábrica portuguesa?

A nossa fábrica de Montalvo ex-porta atualmente para países em diversas áreas do mundo inteiro. O mercado nacional representa 3,3% do total da nossa produção.

Quais são os números, volumes de faturação e unidades produzidas anualmente em Portugal?

A estimativa é de 1.100.000 cartões por ano (o cartão é uma caixa com um peso médio de 5,6 kgs quando cheia de produtos da Tupperware). Em 2014 as vendas atingiram os 2,6 mil milhões de dólares (USD).

A Tupperware está em quantos países diferentes?

Atualmente, a Tupperware Brands encontra-se em mais de 80 países em todo o Mundo, através das suas sete marcas: Tupperware, Avroy Sh-lain, Beauticontrol, Fuller, Nature-Care, Nutrimetics e Nuvo.

“Na fábrica da Tupperware em Montalvo o poder feminino está logo na entrada. Um cartaz re-sume o “caminho em frente” que a empresa defi niu como estraté-gico. São vários pontos. Um deles diz: “Continuar a transformar vi-das, especialmente as das mulhe-res, dando-lhes possibilidade de uma plena realização das suas ca-pacidades”. Mantém-se atual, esta máxima?

Sim, este permanece em nosso ob-jetivo. Somos uma empresa compro-metida com o avanço das mulheres e, como disse Rick Goings aquando da adesão ao Conselho Consultivo da ONU para a liderança das mulhe-res do sector privado: “Estamos an-siosos por colaborar com o comité de Mulheres da ONU no sentido de utilizar a nossa força de vendas glo-bal, de modo a fortalecer o nosso impacto através de soluções de ne-gócio inovadoras e a ajudar a capa-citar economicamente milhões de mulheres em todo o Mundo.”

EMPRESAS

• Portugal é certamente um dos mais importantes produtores para os mercados europeus

DR

ANTÓNIO GIL, DIRETOR-GERAL DA TUPPERWARE PARA A PENÍNSULA IBÉRICA, FALA DO PRESENTE E DO FUTURO

Tupperware comemora 50º aniversário lançando Plano de Carreira

António Gil, Diretor-geral Tupperware IbériaAntónio Gil (AG), 51 anos, é atualmente diretor-geral da Tupperware Ibéria, tendo ingressado na empresa em 2011 em Portugal como diretor comercial, assumindo o cargo de diretor-geral um ano depois.Anteriormente, entre 2000 e 2011, fazia parte dos quadros da Cristian Lay, tendo desempenhado o cargo de Diretor Internacional de Vendas e de Formação entre 2008 e 2011.Iniciou a sua atividade profi ssional em 1987 na área da publicidade na M.G.P. Advertising General Inc. e entre 1990 e 2000 trabalhou na área dos seguros na Trabalho Vida e na Eagle Star.

Page 23: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

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15AGOSTO 20152015 REGIÃO

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Médio Tejo candidatou projetos no valor de 72 ME a fundos comunitários

A Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo (CIMT) candidatou projetos no va-lor de 72 milhões de euros no âmbito dos investimen-tos territoriais integrados (ITI) para o próximo quadro comunitário de apoio, reve-lou a CIMT.

Segundo o documento, a que o JA teve acesso, o mon-tante global da proposta de ITI apresentada ao Portugal 2020 pela CIMT, que agrega 13 municípios do distrito de Santarém, é de cerca de 72 milhões de euros, dos quais cerca de 50 milhões corres-pondem a projetos inter-municipais e os outros 22 milhões correspondem a in-vestimentos em infraestru-turas de educação, patrimó-nio cultural, saúde e sociais, alguns da responsabilidade da Administração Central.

Os investimentos apresen-tados em candidatura enq-uadram-se dentro das áreas de intervenção mobilizáveis pelo instrumento fi nanceiro ITI, tais como a moderni-zação administrativa, a efi -ciência energética, a pre-venção e gestão de riscos, a educação, a inclusão so-cial e melhoria do acesso a serviços sociais e de saúde, a valorização do patrimó-nio e promoção turística, e o apoio ao empreendedo-rismo.

No documento pode ler-se que a construção do pro-grama de ação do ITI do Médio Tejo �assentou na estruturação de projetos de escala supramunicipal, com o envolvimento de parcei-ros locais/regionais relevan-tes no contexto dos grupos de trabalho setoriais�, esta-belecidos no modelo de go-vernação da Estratégia 2020 do Médio Tejo.

Um Plano Estratégico de Desenvolvimento Inter-municipal da Educação, vi-sando a partilha de recursos e a convergência de ações orientadas para a superação das limitações de proble-mas educativos comuns, a Afi rmação Territorial do Mé-dio Tejo, projeto centrado na promoção e divulgação das competências e recur-sos endógenos do territó-rio, com enfoque na promo-ção do turismo e utilização das novas tecnologias da in-formação e da comunica-ção, são alguns dos proje-tos intermunicipais e inves-timentos apresentados em candidatura.

O documento apresenta ainda candidaturas de pro-jetos no domínio da mo-dernização administrativa, no âmbito da prevenção e gestão de riscos, apetrecha-mento dos corpos de bom-beiros e na área da video-vigilância florestal, investi-mentos ligados à promoção da inclusão social de comu-nidades marginalizadas e grupos de risco, e no domí-nio da efi ciência energética e promoção do empreen-dedorismo (apoios à criação de emprego por conta pró-pria e criação de empresas).

Com uma população na ordem dos 250 mil habitan-tes, a CIMT é composta pe-los municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, En-troncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Tor-res Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.

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• Aposta em áreas como a melhoria do acesso a serviços sociais e de saúde, a valorização do património e promoção turística e o apoio ao empreendedorismo

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Page 24: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

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16 AGOSTO 20152015REGIÃO

A freguesia de Fontes, no concelho de Abrantes, re-cebeu nos dias 17, 18 e 19 de julho o IV Festival de Doçaria e Artesanato com participação das restantes freguesias do norte do con-celho, Aldeia do Mato, Car-valhal, Martinchel, Rio de Moinhos e Souto.

Numa ação que decorre anualmente em cada uma das freguesias, o festival contou com uma série de momentos musicais, work-shops, entrega de prémios e a tradicional mostra de artesanato e doçaria típica daquelas localidades.

Abrantes: Fontes recebeu IV Festival de Doçaria e Artesanato

Com o intuito de contri-buir para a preservação e valorização do património construído, a Câmara de Abrantes e de Sardoal es-tão a disponibilizar cal às Juntas de Freguesias e à população em geral para se proceder à caiação de muros, alegretes, fontaná-rios e edifícios do domínio municipal de pequena di-

mensão.No total, a Câmara de

Abrantes tem disponível 15.600 Kg. de cal. Por sua vez, a Câmara de Sardoal está a fornecer no máximo de 7 kg por edifício e/ou muros. Em casos devida-mente justifi cados, poderá ser fornecida quantidade superior, informa o muni-cípio.

Campanha da Cal em Abrantes e no Sardoal

O Intermarché de Tramagal, no concelho de Abrantes, so-freu uma tentativa de assalto na madrugada do passado dia 13 de julho, cerca das 4h30.

Os assaltantes entraram pelo telhado do hipermer-cado e danificaram a zona da caixa central para conse-guirem levar o dinheiro que estava no seu interior. O ato acabou por não ser consu-mado, pois ao local chega-ram rapidamente as autori-dades policiais.

“Quando chegámos ao lo-cal depressa percebemos o que tinha sido danifi cado no interior do estabelecimento. Os assaltantes rebentaram com a sirene do alarme e destruíram por completo todo o equipamento que se encontrava na zona da caixa central para conseguirem le-var o dinheiro. O assalto não foi consumado, deduzo, de-

vido à falta de tempo. Exis-tem gravações que nos le-vam a crer que se tratou de pelo menos dois assaltan-

tes. Agora o processo está com a polícia”, contou Ana Tanoeiro, responsável pelo Intermarché.

A responsável falou num prejuízo avaliado em milha-res de euros. As autoridades estão a investigar o caso.

Abrantes: Intermarché de Tramagal sofreu tentativa de assalto

O município barquinhense, a par dos de Vila de Rei e de Constância, já dispõe da apli-cação para smartphones “Descubra Vila Nova da Bar-quinha” e “Descubra Cons-tância”.

A informação turística enc-ontra-se num mapa inte-rativo ou através de vários menus onde estão locais a descobrir, museus, aventura, património, restaurantes, alojamento, agenda cultural e todas as informações úteis sobre os dois concelhos.

A criação da aplicação mó-vel é uma ação que está in-tegrada no projeto intermu-nicipal “Afi rmação Territorial do Médio Tejo” da CIMT.

Vila de Rei/Constância/Barquinha: Aplicação móvel já disponível

A CIM Médio Tejo e os seus 13 municípios associados pre-tendem implementar uma gestão intermunicipal parti-lhada de conservação das in-

fraestruturas rodoviárias.Esta gestão partilhada fun-

cionará como mecanismo de otimização do custo e efi cá-cia das intervenções, promo-

vendo o desenvolvimento de sistemas de monitorização contínua do estado de con-servação e apoio à gestão das intervenções de manutenção

da rede viária estruturante que interligue os principais polos da região do Médio Tejo da competência/gestão municipal.

A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo In-terior já tem disponível no seu sítio na internet (www.tagus-ri.pt) um formulário para todos os que tenham projetos para Abrantes, Constância ou Sardoal e pretendam candidatar os

mesmos a financiamento, no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio, Por-tugal 2020.

Segundo associação, os interessados deverão fa-zer chegar as suas ideias de projeto, preenchendo a fi -cha de Intenção e de Inves-timento online.

Quadro Comunitário: TAGUS inicia o processo de recolha de intenção de candidaturas

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Médio Tejo: Gestão intermunicipal partilhada de conservação das infraestruturas rodoviárias

Page 25: Jornal de Abrantes - Edição Agosto 2015

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17AGOSTO 20152015 EDUCAÇÃO

São nove os Cursos Técni-cos Superiores Profissionais (CTeSP) já aprovados pela Di-reção Geral do Ensino Supe-rior que entram em funcio-namento, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), já em setem-bro, no início do próximo ano letivo.

Os CTeSP são cursos com a duração de dois anos, sendo o quarto semestre exclusiva-mente dedicado ao estágio. O ingresso nestes cursos pro-fissionalizantes não exige a conclusão do ensino secun-dário, podendo entrar nos mesmos os estudantes com aprovação em todas as dis-ciplinas do 10º e do 11º ano. Uma vez concluído o CTeSP, os alunos podem candidatar-se a uma licenciatura através dos concursos especiais para acesso e ingresso no ensino superior.

Os CTeSP a funcionar na ESTA a partir de setembro são:

Produção de Conteúdos Di-gitais, Administração de Ba-ses de Dados, Animação e Modelação 3D, Contabilidade e Gestão, Gestão Comercial e Vendas, Informática de Ges-tão, Manutenção de Sistemas Mecatrónicos, Qualidade Ali-mentar e Web e Dispositivos Móveis. Todos eles têm for-

tes ligações às empresas que vão acolher os estudantes no seu estágio obrigatório, res-pondendo às necessidades do mercado de trabalho.

Para além destes cursos, o Instituto Politécnico de Tomar tem mais oferta ao nível deste novo tipo de formação, cursos que funcionarão no âmbito da

Escola Superior de Tecnologia de Tomar e no âmbito da Es-cola Superior de Gestão de Tomar. Um deles vai já entrar na segunda edição. Trata-se de CTeSP em Produção Ar-tística para a Conservação e Restauro, uma parceria com a Câmara Municipal de Sar-doal.

• As tecnologias e a ligação com o mercado de trabalho estão na base da nova aposta do ensino superior da região

ESTA tem novos cursos superiores profi ssionalizantesD

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Cursos aprovados pela Direção Geral do Ensino Superior para a ESTA

Administração de Bases de Dados - a funcionar em AbrantesAnimação e Modelação 3D - a funcionar em Abrantes e Torres NovasContabilidade e Gestão - a funcionar em Abrantes, Ourém, Sertã e TomarGestão Comercial e Vendas - a funcionar em Abrantes, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Tomar e Vila de ReiInformática de Gestão - a funcionar em Abrantes, Sertã, Tomar, Pedrógão Grande e AnsiãoManutenção de Sistemas Mecatrónicos - a funcionar em Abrantes e Ourém Produção de Conteúdos Digitais - a funcionar em Abrantes e Pedrógão GrandeQualidade Alimentar - a funcionar em Abrantes e TomarWeb e Dispositivos Móveis - a funcionar em Abrantes, Ansião, Sertã e Torres Novas

O município de Vila de Rei e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) assinaram um protocolo de coopera-ção que vai garantir, já no ano letivo 2015-2016, o de-senvolvimento dos Cursos Técnicos Superiores Profi s-sionais (CTeSP) de Gestão

Pública e Social e Gestão Comercial e Vendas em Vila de Rei.

A autarquia informa que os alunos que optarem por Vila de Rei terão direito a di-versas vantagens, entre as quais se destacam o aloja-mento gratuito para estu-

dantes de fora do conce-lho e o transporte gratuito dentro dos limites do mu-nicípio.

As candidaturas para os C TeSPs encontram-se já abertas no Instituto Politécnico de Tomar ou em www.ipt.pt.

A Câmara Municipal de Mação vai juntar-se à RU-TIS – Associação Rede de Universidades da Terceira Idade para a criação de uma Universidade Sénior em Mação.

Tal como as outras Univer-sidades Séniores, a do con-celho maçaense será mais uma resposta social à ter-ceira idade no combate ao isolamento e à exclusão so-cial, avança a autarquia em nota de imprensa.

Com esta resposta, a Câ-

mara Municipal tem como objetivo incentivar os séni-ores, pessoas a partir dos 50 anos, a participarem na sociedade de modo ativo, por forma a envelhecerem ativamente e, assim, pre-venirem a dependência de terceiros, acrescenta a in-formação do município.

Atualmente, a autarquia, através do Programa “Ma-ção um Concelho Amigo do Idoso”, encontra-se a es-tabelecer parcerias com vá-rias entidades e serviços da

comunidade. Para o efeito, vai realizar uma campanha de angariação de voluntá-rios que queiram ser pro-fessores e possam assim transmitir os seus conheci-mentos em áreas ligadas às suas competências profi ssi-onais ou qualifi cações.

A RUTIS é uma instituição de utilidade pública, de âm-bito nacional, com sede em Almeirim e que visa promo-ver o envelhecimento ativo e apoiar as Universidades Séniores.

Vila de Rei com Cursos Técnicos Superiores no próximo ano letivo

Mação vai ter Universidade Sénior

A edição de 2015 do Con-curso de Fotografia “Padre João Maia”, de Vila de Rei, este ano subordinado ao tema “Património Natural”, já tem os seus vencedores en-contrados.

José Francisco Gaspar, de Parede, Cascais, foi o vence-dor do concurso com a foto-grafi a “O Rio”. Fernanda Maria dos Santos Silva, de Vila de Rei, ficou na segunda posi-ção com o trabalho “Renas-cer”, enquanto Ana Rita Men-

des Laranjeira, também de Vila de Rei, alcançou o ter-ceiro lugar com a fotogra-fia “Rolando”. O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Honrosa a João Lima, de Lis-boa, com a fotografi a “O Ca-minheiro”.

Segundo autarquia, a ini-ciativa teve como principal objetivo promover e divul-gar as potencialidades cultu-rais, turísticas e etnográfi cas do concelho. A avaliação dos trabalhos por parte do júri

teve em conta a integração das fotografias no tema do concurso, originalidade, qua-lidade da fotografi a, criativi-dade e forma de apresenta-ção dos fatores humanos e materiais, destaca o municí-pio em nota de imprensa.

Todos os trabalhos a con-curso fi carão agora em expo-sição na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, até ao dia 31 de agosto.

Concurso de Fotografi a Padre João Maia já tem vencedores

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18 AGOSTO 20152015EDUCAÇÃO

A construção do Centro Es-colar de Montalvo, em Cons-tância, parou em maio de-vido a difi culdades fi nancei-ras do empreiteiro a quem foram adjudicados os traba-lhos. O atraso nas obras, exe-cutadas apenas a 25%, não é recuperável até ao início do novo ano letivo

As obras de construção do Centro Escolar de Montalvo, em que a empresa Alpeso bateu os 12 empreiteiros concorrentes por ter apre-sentado a proposta mais ba-rata (cerca de 1 milhão de euros), estão paradas porque a empresa está, afinal, com difi culdades fi nanceiras.

“Os regulamentos são as-sim, e vence o concurso quem apresenta a proposta mais baixa. Por vezes traz es-tes dissabores”, disse à An-tena Livre a presidente da Câmara Municipal de Cons-

tância, Júlia Amorim (CDU).“As obras começaram em

outubro de 2014 mas cedo começou a perder ritmo de construção tendo as mesmas parado há dois meses com apenas 25% da empreitada concluída”, adiantou, tendo lamentado que o novo equi-pamento não entre em fun-cionamento no próximo ano letivo.

“A empresa foi a que apre-sentou o mais baixo preço mas não conseguiu concluir o trabalho que iniciou”, insis-tiu, sobre uma obra cujo in-vestimento global é de cerca de 1 milhão de euros e conta com 85% de apoios fundos comunitários.

“Lamentamos esta situa-ção, mas vamos ter agora de fazer a resolução do contrato com a Alpeso e abrir um novo procedimento concur-sal, uma vez que as empre-

sas já consultadas não acei-taram pegar na empreitada pelos valores do contrato em vigor”, notou.

O Centro Escolar de Mon-talvo é uma infraestrutura que completa a rede de es-tabelecimentos escolares prevista na Carta Educativa concelhia e que agregará no mesmo espaço os cerca de 100 alunos do pré-escolar e do 1º ciclo daquela fregue-sia, ficando devidamente equipado para responder às necessidades daqueles dois níveis de ensino.

O futuro Centro Escolar de Montalvo, que está a ser construído de raiz e terá ca-pacidade total para cerca de

150 alunos, será um “polo aglutinador” de várias ativi-dades ligadas à educação, no qual, cumulativamente, a sala polivalente, o refeitório, a biblioteca e o pátio prin-cipal poderão ser utilizadas pela comunidade local.

Salas de estudo, biblio-teca, cozinha, refeitório, instalações sanitárias, sala polivalente, zonas de recreio, recinto desportivo, zonas verdes, pátios, salas de ativi-dades, arrumos, entre outras, são as diversas áreas que in-tegrarão o equipamento.

A obra, o Centro Escolar de Constância e o de Santa Mar-garida da Coutada, estes dois já em funcionamento, repre-sentam um investimento global no setor da educação que ascende a perto de 5 mi-lhões de euros.

A construção do Centro Es-colar de Montalvo tem um prazo de execução de um ano e a autarquia previa a sua entrada em funciona-mento no ano letivo 2015-2016.

• Obras pararam porque a empresa construtora está com difi culdades fi nanceiras

Também a construção/re-qualificação do edifício que albergará os futuros labo-ratórios da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) está parada, segundo avançou à Antena Livre a pre-sidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Al-buquerque.

Segundo a autarca, “a e m p re s a co n ce s s i o n á -ria, a Alpeso, está em fase de PER (Plano Especial de Revitalização) e pediu para ceder a sua posição contra-tual relativamente à interven-ção nos laboratórios. Neste

caso, já conseguimos que ou-tra empresa assumisse a em-preitada, cuja obra, no espaço físico, ascende a 1 milhão de euros. O investimento total, com o recheio dos laborató-rios, equipamentos e os ma-teriais necessários, ascende a cerca de 3 milhões de euros, no total”, precisou. Apesar desta situação, Maria do Céu Albuquerque espera que não haja atrasos que afetem as aulas: “Temos a expetativa da sua conclusão a tempo de servir a comunidade já no próximo ano letivo.”

Caso mais difícil prende-se

com a empreitada relativa aos aceleradores de empre-sas, e que a mesma empresa já disse não conseguir con-cretizar. “Vai ser difícil encon-trar outra empresa, que faça a obra a tempo do ano letivo, porque a Alpeso apresen-tou a concurso valores muito baixos e que ninguém mais quer assumir. Como a obra ainda nem sequer começou vai ter de ser aberto um novo concurso e transitar para o novo quadro comunitário de apoio”, explicou.

Mário Rui Fonseca

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Centro Escolar de Montalvo, em Constância, já não vai abrir no novo ano letivo

Construção de Laboratórios da ESTA parada por difi culdades do empreiteiro

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19AGOSTO 20152015 CULTURA

Festival Bons Sons “ocupa” aldeia de Cem Soldos, em Tomar, de 13 a 16 de agosto

A aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, dis-trito de Santarém, transf-orma-se, no terceiro fi m de semana de agosto, num “recinto” com oito “palcos” (ruas, praças, largos, igreja) para mostrar o melhor da música portuguesa.

O festival de música por-tuguesa Bons Sons, organi-zado pelo Sport Club Operá-rio de Cem Soldos (SCOCS), apresenta este ano 44 nomes em cartaz, que incluem “mú-sicos consagrados” e “proje-tos emergentes”, mantendo o formato original de “ocupa-ção” dos lugares públicos da aldeia (em cada um “uma li-nha programática”), em com-pleta articulação com a po-pulação, e iniciando um ciclo de realizações anuais depois de cinco edições bienais.

“São os habitantes que aco-lhem e servem os visitantes, numa partilha especial entre quem recebe e quem visita, proporcionando a vivência ímpar de um evento musical”, afi rma a organização, salien-tando “a seleção criteriosa do

programa, o recinto único e o envolvimento da população” como “marcas que distin-guem o Bons Sons da oferta cultural nacional”.

Situada na freguesia da Madalena, a cinco quilóme-tros da sede do concelho, To-mar, a aldeia tem cerca de mil habitantes que “mantêm as suas tradições vivas e atuais” e que participam ativamente na organização e realização do festival, que este ano de-corre de 13 a 16 de agosto.

Desde que surgiu, em 2006, o Bons Sons “tem conse-guido promover a capacita-ção da população, nomea-damente através da forma-ção contínua da sua equipa”, sendo objetivo do SCOCS que o festival “deixe legado, valorizando as qualidades profi ssionais da comunidade e promovendo a fi xação dos mais jovens”.

Nos quatro dias do festival, a aldeia é “fechada” (é preciso uma pulseira para entrar), sendo os visitantes convi-dados a conviverem com os habitantes, a passarem pela feira de artesãos ou pelas ex-

posições de arte e assistirem às inúmeras atividades que animam as ruas e largos, com os concertos a estenderem-se noite fora sem que os mais velhos se incomodem.

Sem fi ns lucrativos, as ver-bas obtidas, além de garan-tirem a sustentabilidade do festival, procuram “retribuir à aldeia todo o esforço e dedi-cação”, sendo as receitas apli-cadas em iniciativas sociais e culturais.

Um exemplo é o “Lar Al-deia”, que visa criar um sis-tema de apoio e integração da terceira idade através da recuperação de algumas ca-sas no centro da aldeia (per-mitindo aos idosos mante-rem a sua individualidade e privacidade) e do forneci-mento de serviços de apoio.

Outro projeto é o “CAAL – Casa Aqui Ao Lado”, que passa pela recuperação de uma ha-bitação anexa ao SCOCS para residências artísticas (que ali-viem os custos de produção das atividades culturais que a associação realiza ao longo do ano, como a Mostra de Te-atro ou o Bons Sons) ou para

uso como alojamento turís-tico.

O cartaz do Bons Sons deste ano inclui nomes como Ana Moura, Camané, Clã, Peixe : Avião, D’Alva, Carlão, Manel Cruz e Júlio Resende, entre muitos outros.

O espaço da eira vai ter um teto idealizado por Orlando Gilberto-Castro e Tiago As-censão, alunos do mestrado em arquitetura da Faculdade

de Arquitetura da Universi-dade do Porto, vencedores do concurso internacional de ideias lançado pelo Bons Sons com a plataforma Ideas-forward para a criação de um espaço de acolhimento, que recebeu 25 propostas prove-nientes de dez países.

O projeto passa pela colo-cação de uma estrutura de faixas verticais suspensas com dimensão variável, feitas

a partir de sacas de batatas, alternadas com um sistema de iluminação por gambiar-ras, que remete para as tra-dicionais celebrações de rua, e com aspersores de água, que, adicionalmente à som-bra proporcionada pelas fai-xas, aumentam a sensação de frescura deste espaço, afi rma uma nota do SCOCS.

Lusa

• O Festival Bons Sons 2006 surgiu e as verbas conseguidas são para a aldeia

• “São os habitantes que acolhem e servem os visitantes, numa partilha especial entre quem recebe e quem visita”

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20 AGOSTO 20152015CULTURA

O Fadista Francisco Cordeiro e o Rancho Folclórico da Casado Povo de Tramagal acabam de editar no passado mês de junho os seus trabalhos de muitos anos agora reunidos em CD.

Os trabalhos podem já ser comprados, bastando para tal contactar os números 969 565 879 (Rancho Folclórico da Ca-sado Povo de Tramagal) e 967091522 (Francisco Cordeiro)

Abrantes muçulmana co-meça, ao que parece, a deix-ar-se ver àqueles que andam a espreitá-la. É o que concluí-mos da exposição que atual-mente se encontra na igreja de Sta. Maria do Castelo.

Mas vamos um pouco atrás. Há poucos anos ainda, a pri-meira referência ao nome de Abrantes surge num docu-mento de 1173 e dela consta já a existência de um castelo. O grande problema pode res-umir-se assim: já existia, onde é hoje Abrantes, uma povoa-ção muçulmana ou é apenas com a Reconquista e a che-gada do poder de D. Afonso Henriques à zona do Tejo que a margem direita do rio aqui

se povoa e fortifi ca para con-solidar e defender o novo ter-ritório conquistado?

Na falta de documentos de antes de 1173, ambas as hipó-teses eram defendidas e fun-damentadas. Mas para trás dessa data nada era sólido.

Ora, na referida exposição agora patente no castelo po-demos ver a reconstituição de uma torre muçulmana em tijolo de adobe. Trata-se de um trabalho efetuado a par-tir dos vestígios encontra-dos nas escavações feitas no mesmo castelo em 2014. O que foi posto à vista é ainda apenas uma parte do círculo que defi ne a torre, pelo que se aguardam novas fases de

escavação. Mas o que já está a nu aponta para uma “zarpa”, “um reforço defensivo das torres islâmicas”. Lembremos que os muçulmanos chega-ram à península ibérica em 711 e depressa a domina-ram até ao Norte. Esta nossa zona fi cou então no interior seguro do seu território. É quando D. Afonso Henriques se aproxima do que é hoje o Médio Tejo que esta zona se torna fronteira disputada en-tre muçulmanos e cristãos. Não admira, pois, que os muçulmanos tenham então querido reforçar as defesas. E que, depois do território con-quistado, os cristãos tenham querido reforçar a sua posse

ainda disputada e é neste sentido que em 1173 surge a referência ao castelo e em 1179 o primeiro foral.

Acresce ainda que esta des-coberta no castelo vem em linha com as que vêm sendo feitas nos últimos anos no antigo heliporto, no largo da Ferraria e na rua Grande, conforme então foi notici-ado. Fica assim cada vez mais firme a existência, no lugar onde hoje é Abrantes, de uma povoação muçulmana que terá transitado para os domí-nios de D. Afonso Henriques quando o novo reino de Por-tugal conseguiu fi xar os seus domínios na linha do Tejo.

Alves Jana

À espreita da Abrantes muçulmana

• Artistas Abrantinos editam cd’s

DR

Artistas Abrantinos editam cd’s

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21AGOSTO 20152015 DIVULGAÇÃO

A edição do Creative Camp de Abrantes, que decorreu entre os dias 5 e 12 de julho, juntou cerca de uma centena de artistas de mais de 20 na-cionalidades e resultou em cerca de meia centena de intervenções em áreas como o cinema, música, arqui-tetura, publicidade e arte urbana.

A Presidente da Câmara de Abrantes e o diretor do Canal 180 re-alizaram, no passado dia 11 de julho, uma visita aos espaços públicos e lojas comerciais, no centro histórico, onde foram realizadas as interven-ções urbanas resultantes do 180 Cre-ative Camp.

Maria do Céu Albuquerque fez um balanço “claramente positivo” da ter-ceira edição do Creative Camp em Abrantes: “Nesta edição mais de 120 artistas de todo o mundo e da comu-nidade abrantina se voluntariaram e

acompanharam esta iniciativa. Fo-ram muitas as intervenções que fi ca-ram em espaço público e nas mon-tras das nossas lojas.”

“É com grande satisfação que es-tamos a criar um evento de grande sustentabilidade. Com uma dimen-são social muito importante com as instalações que ficaram, mas com uma intervenção social efetiva onde a comunidade participou, como a população Vale de Rãs ou as crian-ças que estiveram no campo de fé-rias da autarquia. Este é um evento que se quer instalar e quer ser resi-dente no nosso concelho”, acrescen-tou autarca.

A presidente explicou ainda como gostaria que os abrantinos se apro-priassem das intervenções resultan-tes da iniciativa: “Gostaria que os co-merciantes replicassem e dinamizas-

sem aquilo que foram as instalações deixadas e que se envolvessem cada vez mais em próximas edições do Creative Camp. A instalação “Domes-tic City”, que foi deixada na rua da Sardinha, pode ser um bom exem-plo para pedir às várias ruas e becos da cidade e do concelho que num futuro se apropriem da ideia, para que possamos viver cada vez mais e melhor o espaço público.”

Organizado pelo Canal 180, em par-ceria com o município de Abrantes, o 180 Creative Camp recebeu recen-temente o selo de qualidade da EFFE – Plataforma Europeia de Festivais, atribuído pela União Europeia aos festivais que valorizem as artes, as comunidades locais e os valores eu-ropeus.

Joana Margarida Carvalho

ABRANTES

180 Creative Camp em balanço

DR

Reza a história que jamais a hu-manidade atingiu os níveis de sa-úde que se verifi cam no presente. O crescente conhecimento dos fatores que mais contribuíram para esses resultados faz compreender que a saúde das populações está intima-mente relacionada com um vasto conjunto de contributos positivos que extravasam a infl uência dos pró-prios serviços de saúde, criados para esse efeito.

Hoje já ninguém duvida que a paz, a preservação da natureza, o equilí-brio ecológico, a organização social, o desenvolvimento económico, o co-nhecimento e a literacia, os bens de consumo essências, a alimentação e a nutrição, a liberdade, a dignidade humana, exercem uma enorme infl u-ência nos níveis de bem-estar e de sa-úde dos povos.

Face ao contínuo aumento dos ní-veis de exigência individual e coletiva que se verifi ca na sociedade contem-porânea, os responsáveis pela área da saúde e em particular os especialis-tas em administração da saúde, vêm alertando para a indispensabilidade de se adotarem estratégias que privi-legiem o envolvimento das comuni-dades e suas instituições, na promo-ção da saúde e na resolução de pro-blemas que a prejudicam.

O Agrupamento de Centros de Sa-úde (ACES), que assegura a gestão de serviços prestadores de cuidados de saúde às populações dos 11 conce-

lhos do Médio Tejo, decidiu desafi ar um vastíssimo leque de possíveis par-ceiros para em conjunto refletirem sobre saúde, sobre os fatores que a influenciam, os contributos indivi-duais e institucionais suscetíveis de a promoverem e em consequência elaboraram um Plano Local de Saúde (PLS) capaz de proporcionar as bases para uma nova fase de aumento do bem-estar e dos níveis de saúde da comunidade que servem. A Comu-nidade Intermunicipal e respetivos Municípios, os Agrupamentos de Es-colas, as Forças de Segurança (GNR e PSP), as diversas Unidades Funcio-nais do ACES, o Conselho Clínico e de Saúde, o Conselho da Comunidade foram os principais proponentes, os grandes decisores e serão agora os primeiros responsáveis como exe-cutores. O primeiro passo de um ca-minho inevitável está dado. Agora, através do desenvolvimento de ta-refas, em cooperação e partilha, ire-mos tentar satisfazer muitas exigên-cias individuais e coletivas, mas tam-bém co-responsabilizar os principais interessados. É indispensável prestar informação pertinente capaz de pro-porcionar às pessoas os saberes ne-cessários à adoção de atitudes e com-portamentos saudáveis. O interesse de cada um de nós, a nossa partici-pação ativa é condição indispensável para percorrermos um caminho, que se faz caminhando…

Rui Calado, Médico

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Plano Local de Saúde do Médio Tejo: um desafi o com futuro

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22 AGOSTO 20152015CULTURA

AbrantesAté 28 de agosto – Exposição de design “Analógico Humano Digital” – QuARTEl, Galeria Municipal de Arte Até 28 de agosto – Exposição “Nós, os de Orpheu”, obras e documentos que retratam o percurso da revista Orpheu – Biblioteca Municipal António BottoAté 31 de outubro – VII Antevisão do MIIA “O homem e o território. 7000 anos de estratégias de ocupação do território de Abrantes” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes 6 de agosto – Animação de Verão: “A Balada do Velho Marinheiro”, pelo Teatro do Mar - Praça Barão da Batalha, 22h20 de agosto – Bailarico na Praça com Toc & Foge – Praça Raimundo Soares, 22h

Constância Até 23 de agosto – XXIX Feira do Livro – venda de livros, poesia, ateliês, teatro de rua, sessões de autógrafos – Antiga Cadeia (Praça Alexandre Herculano)Até 30 de setembro – Exposição de pintura digital “Butterflies: desborboletar”, de Ivo Mota Veiga – Ecoteca do Parque Ambiental de Santa Margarida

MaçãoAté 31 de agosto – Exposição “Ser igraf ia e gravura – Ar te contemporânea em Mação”, de Tó Zé Cardoso – Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira 1 de agosto – Feira de Artesanato – Largos dos Bombeiros Voluntários

Sardoal Até 13 de setembro – Exposição “Olaria – João Morgado” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil VicenteAté 30 de agosto – Exposição “Luz, Lugar e Encanto”, fotografi a de João Jerónimo – Galeria de exposições do Centro Cultural Gil Vicente5, 12, 19, 26 de agosto – Animação de Verão – Praça Nova, a partir das 21h

Vila de Rei Até 30 de agosto – Exposição “Rosa dos Ventos” com trabalhos dos alunos do 7º da disciplina de Geografi a – Museu da Geodesia Até 30 de setembro – Exposição de pintura “Os Meus Rabiscos”, de Sílvia Brota – Museu Municipal Vila Nova da BarquinhaAté 30 de agosto – Exposição “Matérias Revistas”, por alunos fi nalistas do IPT - Galeria do Parque1, 8, 15, 22 e 29 de agosto, 5, 12 e 19 de setembro – Teatro “Viriato”, pelo Grupo de Teatro Fatias de Cá - Castelo de Almourol, 19h1929 de agosto – Noite de fados em Tancos – Sede do Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos” – 21h30

AGENDA DO MÊS

A Feira do Livro de Constân-cia realiza-se até 23 de agosto, no edifício da antiga cadeia. Além da disponibilização de livros a baixo preço, a Feira engloba um vasto programa cultural que inclui encon-tros com escritores e ilustradores, espetáculos musicais, sessões de poesia e de contos, teatro, entre ou-tros. A XXXIX edição da feira “ass-ume-se como um momento anual de promoção do livro e da leitura”, podendo os visitantes encontrar

uma grande oferta de livros para to-das as idades, diversidade de temas e com bastantes novidades.

A Feira do Livro, organizada pela Associação Os Quatro Cantos do Cisne e pelo Município de Constân-cia, através da Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, está aberta ao público de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 19h00, encerrando às segundas e terças-feiras.

Feira do Livro em Constância até 23 de agosto

O Município de Vila de Rei orga-niza duas exposições diferentes du-rante agosto. O Museu Municipal de Vila de Rei tem patente, até 30 de setembro, a exposição de desenho “Os meus Rabiscos”, de Sílvia Brota, com mais de uma dezena de traba-lhos, elaborados a lápis e barra de carvão. A autora defi ne a exposição como “o transportar para o papel, em desenhos a preto e branco, de

paisagens, recordações, momen-tos e sentimentos.” A mostra pode ser visitada de quarta a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

A Biblioteca Municipal José Car-doso Pires, também em Vila de Rei, recebe, até 31 de Agosto, a exposi-ção dos trabalhos participantes na edição de 2015 do Concurso de Fo-tografi a “Padre João Maia, sj”, este

ano subordinado ao tema “Patri-mónio Natural”. Em exposição estão 25 fotografi as que mostram alguns dos principais pontos turísticos, cul-turais e etnográfi cos do Concelho de Vila de Rei. As fotografi as do con-curso estão na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h30, e aos sábados, das 15h00 às 18h00.

A Companhia de Teatro Fatias de Cá, de Tomar, vai apresentar a peça “Viriato” no Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, todos os sábados de agosto, até 19 de se-tembro.

“Viriato”, de Carlos Carvalheiro e Filomena Oliveira, a partir de João Aguiar, passa-se em 147 a.C., quando os romanos cercaram o que restava da hoste lusitana, cau-sando mais um episódio da guerra que Roma travou para se apode-rar da Península Ibérica. Mas os lu-sitanos elegeram um comandante que, durante sete anos, foi o pesa-delo de Roma: Viriato. O espetáculo, com início a partir das 19h19, tem o custo de 22,22 euros com direito a jantar. As reservas podem ser efetu-adas pelo número 960 303 991 ou por [email protected].

O Fatias de Cá foi criado em Tomar, em 1979, e tem atualmente oito centros de produção teatral em Por-tugal, enquadrando cerca de 150 membros.

Exposições de pintura e fotografi a em Vila de Rei

O “Reun’Arte” é um evento cultu-ral que vai decorrer em Abrantes de 4 a 12 de setembro com uma mostra cultural dos artistas de Abrantes. Trata-se de uma inicia-tiva da Persona – Cooperativa Cul-tural, sedeada em Rossio ao Sul do Tejo, que vai contar com o apoio do Finabrantes, programa munici-pal de apoio às atividades de cariz

cultural.A realização deste evento tem o

intuito de revelar a produção cria-tiva e artística dos abrantinos, que desenvolvem a atividade de modo recreativo ou profi ssional. Visa pro-mover a divulgação dos seus traba-lhos e a emancipação e propaga-ção dessas mesmas obras para além dos limites geográfi cos do conce-

lho de Abrantes.O evento, para além da exposição

dos trabalhos de abrantinos, muitos deles pouco conhecidos do grande público, vai englobar espetácu-los musicais e multimédia. Todo o evento vai ser registado, no sentido de se preservar a manifestação cria-tiva/artística de Abrantes.

Para obter mais informações ou

para participar no Reun’Arte, pode desde já proceder à submissão da fi cha de candidatura, em processo que está a decorrer até ao dia 20 de agosto. A publicação da seleção dos artistas está agendada para dia 28 de agosto e a receção das obras selecionadas vai decorrer entre os dias 28 de agosto a 3 de setembro.

Abrantes: Cooperativa Cultural Persona organiza Reun’Art de 4 a 12 de setembro

“Fatias de Cá” apresentam “Viriato” no Castelo de Almourol

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23AGOSTO 20152015 PUBLICIDADE

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Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTESTelef. 241 371 715 - 932 904 773

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ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

BOSCH SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS PEGOP

HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

ALERGOLOGIADr. Mário de Almeida;

Dr.ª Cristina Santa Marta

CARDIOLOGIADr.ª Maria João Carvalho

CIRURGIA

Dr. Francisco Rufi no

CLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

DERMATOLOGIADr.ª Maria João Silva

GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira

MEDICINA INTERNADr. Matoso Ferreira

REUMATOLOGIADr. Jorge Garcia

NEUROCIRURGIADr. Armando Lopes

NEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

OTORRINOLARINGOLOGIADr. João Eloi

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada

PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia Gerra

PSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;

Dr.ª Maria Conceição Calado

PSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma

UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

SERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria João

TERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

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