Jornal da Diocese de Blumenau 08.09

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ANO VIII Nº 97 Agosto de 2009 Na Família a Esperança da Sociedade Encontro com Dom José - Vocações: Responsabilidade da família Catequese - O Saber do Catequista: Capacitar-se para servir Pastoral da Sobriedade - O que fazer quando o vício entra na sua família Semana da Família - Família, Igreja Doméstica Caminho para o Discipulado Missões - Religiosa Gasparense Missionária na Nicarágua PJ Diocesana - VIII Festival da Canção, no Santuário, em Blumenau Na Missa do Jubileu de Ouro de Dom Angélico, dia 19 de julho, o Jubilando e Dom José Negri no meio dos outros três Bispos catarinenses. Veja mais nas páginas 6, 12 E 14 PÁGINA 3 PÁGINAS 4 E 5 PÁGINA 7 PÁGINAS 8 E 9 PÁGINA 12

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Jornal da Diocese de Blumenau Edição 97, agosto de 2009

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ANO VIII Nº 97 Agosto de 2009

Na Famíliaa Esperança da Sociedade

Encontro com Dom José- Vocações: Responsabilidadeda família

Catequese - O Saber do Catequista:Capacitar-se para servir

Pastoral da Sobriedade- O que fazer quando o vício entra na sua família

Semana da Família - Família, Igreja DomésticaCaminho para o Discipulado

Missões- Religiosa Gasparense Missionária na Nicarágua

PJ Diocesana- VIII Festival da Canção,no Santuário, em Blumenau

Na Missa do Jubileu de Ouro de Dom Angélico, dia 19 de julho, o Jubilando e Dom José Negri no meio dos outros três Bispos catarinenses. Veja mais nas páginas 6, 12 E 14

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2 Agosto de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

EDITORIAL

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Diretor Geral: Pe.Raul Kestring, Jornalista Responsável: José Roberto Rodrigues SC 00241 JPDiretor Comercial: Pe. Almir NegherbonRevisão: Pe. Raul Kestring

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Fotolito e impressão: Jornal de Santa CatarinaDistribuição: GratuitaTiragem: 36.600 exemplares

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SANTO(A) DO MÊS

MEMÓRIA DIOCESANA

São Pedro Juliano Maria Eymard – Sacerdote

N o dia 2 de agosto, no ca-lendário católico, celebra-se a memória de São Pedro

Juliano Maria Eymard. Nasceu na França, no dia 4 de fevereiro de 1811. Era o caçula de dez filhos, oito dos quais morreram na infân-cia. Frágil de saúde, teve de aban-donar a idéia de tornar-se missio-nário. E o seu pai não queria que seguisse a vocação sacerdotal. Este foi o motivo pelo qual Julia-no entrou no seminário aos vinte anos de idade, só depois da morte do pai.

Fazendo um paralelo com São João Maria Vianney, também nas-cido na França, no ano de 1786, este tinha a idade de 25 anos quan-do Pedro Juliano nasceu. Vianney morreu no ano de 1859 e Eymard, no ano de 1868. Conviveram, por-

tanto, quase 50 anos. São dois expoentes de santida-

de da conturbada época da Revo-lução Francesa. Se Vianney distin-guiu-se como confessor, Eymard apresenta-se como um santo eu-

carístico. Para ele, o culto da Eu-caristia, celebrada e adorada, mais do que dimensão eclesial, assumia, já naqueles tempos, perspectiva social. Os pobres da periferia de Paris e os sacerdotes em dificul-dades mereceram seus cuidados preferenciais. Incentivou muito a primeira Comunhão de adultos.

Após a sua morte, ocorrida no dia 1º de agosto de 1868, sua pro-funda espiritualidade eucarística inspirou o surgimento de impor-tantes iniciativas: A Associação Leiga do SSmo. Sacramento, A Associação dos Sacerdotes Adora-dores, os Congressos Eucarísticos Internacionais.

Beatificado por Pio XI em 1925, foi proclamado Santo por João XXIII no dia 9 de dezembro de 1962.

Vivenciando o Ano Sacerdotal

A ssumira a presidência da missa das 19h do Domingo, 12 de julho, na igreja-matriz

Santo Antonio, em Blumenau. Ia chegando à sacristia para paramen-tar-me, quando fui informado de que o pároco e outro colega conce-lebrariam. Agradavelmente surpreso, transportei-me para um dos nossos encontros. Também o Bispo sempre está presente neles.

Naquela ocasião, reunidos na igreja-matriz Santa Luzia, em Na-vegantes, éramos mais de cinquenta sacerdotes. Num certo momento, pediu-se que, em pequenos grupos, fossem levantadas propostas de vi-vência do Ano Sacerdotal, instituído pelo Papa Bento XVI.

Uma das propostas surgidas e assumidas naquela reunião foi a de valorizar mais as concelebrações, nas quais os padres têm oportunidade de rezar juntos. Normalmente, essas concelebrações acontecem com rari-dade, somente em ocasiões especiais. Provocá-las mais freqüente e espon-

taneamente, dando-lhes direciona-mento vocacional, era o que, de fato, mirava aquela sugestão que, em ple-nário, ganhou unanimidade.

Igualmente para a comunidade reunida na igreja-matriz Santo Anto-nio, aquela concelebração era grata surpresa.

No momento do Pai Nosso, na qualidade de “irmão mais velho” dos três concelebrantes, fiz questão de, ressaltar o gesto de fraternidade sa-cerdotal acontecendo ali.

Na era da imagem, pouco impor-ta se, no preciso momento, as pes-soas captam todo o seu significado. Importa, sim, que elas aconteçam. Importa que as imagens-testemunho, mais do que as palavras, multipli-quem-se, fortalecendo e consolidan-do a mensagem do maior potencial evangelizador:”Nisto saberão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”(Jo 13,35).

Pe. Raul Kestring

O cuidado pela Família foi objeto de estudo, partilha, oração, por parte de bispos católicos do mundo todo, no sínodo mundial convocado pelo saudoso e venerável Papa João Paulo II e reali-

zado nos meses de setembro e outubro de 1980. A própria Organização das Nações Unidas também havia decretado o ano de 1980 como o Ano da Família, em vista de manifestar a preocupação dos governos com a desintegração desta instituição que as ciências sociais definem como “célula-mãe da sociedade”.

Num organismo vivo, se vemos células definharem, e estas, por vez fazendo definhar outras células, sabemos que aquele organismo está em perigo de morrer, de desaparecer. Torna-se urgente saná-lo, aplicando-lhe os remédios adequados e eficazes.

Em outras palavras, se a família deteriora-se, consequentemente toda a sociedade desestrutura-se, enfraquecem-se as instituições, a paz sofre ameaça, a vida corre risco.

Como amadurecido fruto daquele sínodo mundial, no ano seguinte, 1981, João Paulo II publicou a Exortação Apostólica “A Missão da Fa-mília Cristã no Mundo de Hoje”. Dentre as muitas e urgentes conside-rações propostas pelo pontífice, uma afirmação da Conclusão daquele histórico Documento, ganhou notoriedade:”O futuro da humanidade passa pela família”.

Trinta anos se passaram daquela ocasião. Se nos perguntarmos so-bre os resultados desse grave alerta do final do segundo milênio cris-tão, talvez reconheçamos que, sem ele, tudo teria piorado ainda mais.

No entanto, não é ainda tarde demais para recuperarmos a “célu-la-mater” da sociedade e da Igreja. Inclusive na perspectiva do Ano Sacerdotal que estamos vivenciando, brilham esperanças no seio da família, por maiores que sejam as dificuldades por ela enfrentadas.

O mês de agosto é também o Mês da Família. Vamos aproveitar todas as ocasiões para, nestes trinta dias, rezar pelas famílias, forta-lecer os laços da nossa própria família e agilizar todas as pastorais, movimentos, grupos, e não são poucos, que se ocupam das alegrias e tristezas da família nos nossos tempos.

SONORIZAÇÃO DE IGREJAS E EM GERAL.

O futuro da humanidade e a família

3A mensagem dos Pastores

ENCONTRO COM DOM JOSÉ

Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009

Família: berço de vocações

A PALAVRA DO PAPA BENTO XVI

Amaior alegria para um Bispo é a ordenação de um sacerdote. Eu tive essa alegria, mes-mo não sendo bispo titular de uma dioce-

se, quando, ainda auxiliar de Florianópolis, tive a oportunidade de ordenar alguns padres religiosos também de outras dioceses. O que me marcou muito, em uma dessas ordenações, foi a pergun-ta que fiz a um candidato ao presbiterato: “Como nasceu a sua vocação?”. Ele, bastante emocionado por causa do público à sua frente, e muito mais pe-los pais, que tinham os olhos cheios de lágrimas, respondeu que, quando era criança, nas noites de inverno, na roça, a família costumava se reunir ao redor do fogão a lenha. O pai, então, começava a rezar o terço, que ecoava nas respostas dos demais que o acompanhavam.

Imaginei, naquela hora da cerimônia, a gran-deza do dom do matrimônio, a beleza do dom da família consagrada pelo próprio Jesus, quando pensou em nascer em uma família. De fato, com o matrimônio começa a atuação de um grande proje-

to: homem e mulher se unem, até formarem “uma só carne”, e dão à luz a VIDA, como fruto dessa união. Eles se tornam colaboradores do Criador, na difusão e na educação da vida humana.

O amor esponsal desemboca, por sua natureza, no amor paterno e materno. Assim, como afirmava João Paulo II (17.10.1989), os pais se apercebem que o próprio filho, “se é fruto da doação recíproca do amor, é por sua vez, também um dom para am-bos, um dom que sai do dom”.

Nessa ótica se pode entender facilmente tam-bém a dimensão religiosa inscrita na geração de um filho, reconhecendo como Deus é o protago-nista desse mistério, porque a vida vem da Sua Palavra criadora e do Seu Amor. A tarefa dos pais seria somente a de reconhecer que nos seus filhos existe um projeto que vem do alto; Deus chamou aquelas criaturas antes de nascer, como reza o sal-mista: “Ainda embrião, teus olhos me viram e tudo estava escrito no teu livro; meus dias estavam mar-cados antes que chegasse o primeiro” (Sl 139,16).

A vocação nasce antes da criança; o amor de Deus vai formar a criatura desde o seio da mãe.

A grande responsabilidade da família será, portanto, a de cultivar, de fazer desabrochar, de fazer vir à luz a beleza desse chamado. Seria um grave erro impor aos filhos a vocação que os pais querem que eles realizem, ou sugerir que eles si-gam uma certa profissão somente porque deu certo em relação aos pais.

Abençoados aqueles pais que, antes de qual-quer coisa, se preocupam em transmitir aos filhos os valores que foram e que são o fundamento de uma vocação para a vida consagrada, como são o fundamento para a vida matrimonial. A “Ave Ma-ria” rezada em família, ao redor do fogão, ecoou no coração daquele menino; despertou nele o que Deus tinha escrito de antemão no livro da Vida, a respeito do seu futuro.

Que o exemplo e o testemunho dos cônjuges Martins – pais de Santa Terezinha de Lisieux, que no ano passado foram proclamados Bem-aventura-

A lguns Santos viveram intensa e pessoal-mente esta experiência de Jesus. Padre Pio de Pietrelcina foi um deles. Um ho-

Padre Pio, um homem “arrebatado por Cristo”

Maravilhosa Descoberta

dos – possam ajudar a família a ser um lugar onde todos os membros, pais e filhos, cresçam no amor e na santidade, cada um procurando o rumo para a própria vida. E que esta esteja em sintonia com o plano de Deus.

mem simples, de origens humildes, “arrebatado por Cristo” (Fl 3,12) como escreve de si mesmo o Apóstolo Paulo para dele fazer um instrumen-to eleito do poder perene da sua Cruz: poder de amor pelas almas, de perdão e de reconciliação, de paternidade espiritual e de solidariedade efe-tiva para com aqueles que sofrem. Os estigmas, que o marcaram no corpo, uniram-no intimamen-te ao Crucificado-Ressuscitado. Seguidor autênti-co de São Francisco de Assis, fez sua, a exemplo do Pobrezinho, a experiência do Apóstolo Paulo, como ele mesmo descreve nas suas Cartas: “Es-tou crucificado com Cristo! Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,19-20); ou então: “Em nós age a morte, e em vós a vida”

(2Cor 4,11). Isto não significa alienação, perda da personalidade: Deus nunca anula o humano, mas transforma-o com o seu Espírito e orienta-o para o serviço do seu desígnio de salvação. Padre Pio conservou os seus dons naturais e até o seu pró-prio temperamento, mas ofereceu tudo a Deus, que pôde servir-se disto livremente para prolongar a obra de Cristo: anunciar o Evangelho, perdoar os pecados e curar os doentes no corpo e no espírito.

Como aconteceu com Jesus, a verdadeira luta, o combate radical, Padre Pio teve que enfrentá-los não contra inimigos terrenos, mas sim contra o es-pírito do mal (cf. Ef 6,12). As maiores “tempesta-des” que o ameaçavam eram os assaltos do diabo, dos quais se defendia com “a armadura de Deus”,

com “o escudo da fé” e com “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6,11.16.17). Perma-necendo unido a Jesus, ele teve sempre em vista a profundidade do drama humano, e para isto se entregou e ofereceu os seus numerosos sofrimen-tos, e soube dedicar-se à cura e ao alívio dos doen-tes, sinal privilegiado da misericórdia de Deus, do seu Reino que há-de vir, aliás, que já se encontra no mundo, da vitória do amor e da vida sobre o pecado e a morte. Guiar as almas e aliviar os so-frimentos: assim se pode resumir a missão de São Pio de Pietralcina, como pôde dizer dele também o Servo de Deus, Papa Paulo VI: “Era um homem de oração e de sofrimento” (Aos Frades Capitula-res Capuchinhos, 20 de Fevereiro de 1971).

Encontramo-nos, neste momento, recolhi-dos junto da tumba do Apóstolo, cujo sarcófago, conservado debaixo do altar papal, tornou-se ob-jeto de atenta e recente analise científica: no sar-cófago, que nunca foi aberto em tantos séculos, foi realizada uma pequeníssima perfuração para introduzir uma especial sonda, através da qual foram retiradas marcas de um precioso tecido de colorido linho de púrpura, laminado com ouro e de um tecido de cor azul com fios de linho.

Também foi encontrada a presença de grãos

de incenso vermelho e de substâncias protéicas e calcáreas. Além disso, pequeníssimos fragmentos de ossos, sobrepostos ao exame do carbono 14 por parte de especialistas de proveniência desco-nhecida, resultaram pertencer a pessoa que viveu entre o I e II século. Isto parece confirmar a unâ-nime e harmônica tradição que se trata dos restos mortais do apóstolo Paulo.

Tudo isso enche o nosso espírito de profun-da emoção. Muitas pessoas, durante estes meses, seguiram os caminhos do Apóstolo, aqueles exte-

riores e mais ainda aqueles interiores, que ele per-correu durante a sua vida: o caminho de Damasco até o encontro com o Ressuscitado; os caminhos no mundo mediterrâneo, que ele atravessou com a chama do Evangelho, encontrando oposições e adesões, até o martírio, pelo qual pertence para sempre à Igreja de Roma.

A Roma, ele endereçou a sua carta mais ex-tensa e importante. O Ano Paulino conclui-se, mas estar a caminho junto com Paulo, com ele e graças a ele, chegar ao conhecimento de Jesus

e, como ele, ser iluminado e transformar-se pelo Evangelho, isto fará sempre parte da existência cristã. E sempre, visando além do horizonte da-queles que crêem, ele permanece o “mestre dos povos”, que deseja levar a mensagem do Ressus-citado a todos os homens porque Cristo os co-nheceu e amou a todos; morreu e ressuscitou por todos eles. Queremos portanto escutá-lo também nesta hora em que iniciamos solenemente a festa dos dois Apóstolos unidos entre eles por um es-treito elo (28 de junho de 2009).

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Agosto de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

A CATEQUESE E O SABER DO CATEQUISTA

Omomento histórico em que vivemos, requer dos evangelizadores preparo, qualificação e atualização. Qualquer

atividade pastoral que não conte, para sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualida-de (DGC 234).

O DNC enfatiza a importância da forma-ção inicial e permanente de catequistas que desejam exercer o ministério da catequese em vista de sua missão (DNC 252). É fun-damental a capacitação para comunicar a mensagem cristã. Saber as várias formas de evangelizar com convicção, autenticidade e criatividade, frente aos contextos de trans-formação.

A formação é uma exigência básica e ins-trumento valioso na preparação de pessoas que, capacitadas, assumem sua missão com serenidade e mais segurança, o que possibi-lita o crescimento de sua fé e de seu amor na dinamização de suas atividades, buscando continuamente crescer na maturidade da fé.

Na formação do catequista em relação ao saber, que se contemple de modo muito especial o jeito de Jesus acolher, tratar, li-bertar, se aproximar dos pobres e margina-lizados, seus preferidos. Catequista deve ser pessoa que saiba ler a presença de Deus nas atividades humanas e que se identifique com sua comunidade, com seu povo.

Outro elemento de suma importância para o catequista é que seja competente em sua ação catequética, superando a doutrina-ção, a improvisação e a boa vontade, para ser testemunho de vida na comunidade.

O saber do/a catequista é questão de conhecimento. Sua pedagogia deverá ser a mesma do Mestre. Formar é entrar na dinâ-mica de conduzir as pessoas a descobrir o processo criativo de aprender sempre o que leva a uma atualização constante.

Ninguém sairá pronto de nenhuma etapa de formação, mas adquirirá atitudes forma-tivas que se somam tornando o/a catequista eficiente e eficaz na sua ação catequética.

O DNC insiste destacando três aspec-tos muito importantes do conhecimento no exercício do ministério:✓ A mensagem a ser transmitida;✓ O interlocutor que recebe a mensagem;✓ O contexto social em que vivemos.

A MENSAGEM: “A mensagem é mais que doutrina”, pois, o que se passa, não são idéias, normas, leis. A mensagem é vida (DNC 97).

É fazer ecoar a mensagem de Jesus, que nos revelou o rosto do Pai e nos comunicou o mistério da Santíssima Trindade, Deus Comunhão (DNC 100).

Na formação de catequistas é primordial “Um conhecimento adequado da mensa-gem que transmite e ao mesmo tempo do interlocutor que a recebe, além do contex-to social em que vive” (DGC 238). É im-portante ressaltar a necessidade de conjugar sempre a teoria com a prática, isto é, intera-ção fé e vida:

✓ Suficiente e profundo conhecimen-to da Palavra de Deus: a Bíblia é fonte de catequese e, portanto, indis-pensável na formação. “A Sagrada Escritura deverá ser a alma da for-mação” (DGC 240). A própria Igreja coloca à disposição de seus fiéis do-cumentos que ajudam a aprofundar esta reflexão. A Palavra de Deus se torna fonte de inspiração para a vida das pessoas e para a reconstrução de uma sociedade nova.

✓ Na formação de catequistas, aprofun-

É indispensável preparar-se para servir

(DGC 121).

✓ Conhecimento suficiente da plurali-dade cultural e religiosa, com capaci-dade para encontrar nela as sementes do Evangelho. Considerar também a plura-lidade religiosa, fortemente presente em nossa sociedade e nas próprias famílias de catequistas e catequizandos. É preci-so educar para o diálogo, com conheci-mento sério da própria identidade de fé e respeito pelo sentimento religioso dos outros.

✓ Conhecimento das mudanças que ocor-rem na sociedade, inteirando-se sobre as descobertas recentes da ciência nos diversos campos: genética, tecnologia, informática e outros. Trabalhar a incul-turação da mensagem cristã nesses cam-pos. Descobrir os sinais da presença e ausência de Deus por trás dos dados mu-táveis e desafios das mudanças. O pro-cesso de inculturação abrange o anúncio, a assimilação e a expressão da fé.

de-se o estudo e a reflexão dos conhe-cimentos sobre os princípios fundamen-tais da fé cristã, da pluralidade religiosa e cultural, conhecimento das mudanças sociais, da realidade, dos fatos e aconte-cimentos.

✓ Familiaridade com as ciências huma-nas, sobretudo pedagógicas: o catequista adquire o conhecimento da pessoa huma-na e do contexto em que ela vive, através das ciências humanas que, nos nossos dias, alcançou um grau extraordinário de desenvolvimento.

✓ Conhecimento das referências dou-trinais e de orientação: Catecismo da Igreja católica, documentos catequéti-cos, manuais. Diante do legítimo direi-to de todos os batizados de conhecer da Igreja o que ele recebeu e aquilo em que ela crê. O Catecismo da Igreja Católica oferece uma resposta clara. “É por isso, um referencial para a catequese e para as demais formas do Ministério da Palavra”

5Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009 Catequese

Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese

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✓ Na paróquia Santa Tere-zinha, Escola Agrícola, Pe. Joãozinho, o Diácono João Leonardo e a co-ordenação de catequese programaram uma sema-na de formação para os e as catequistas das diver-sas etapas; contou com a participação de 35 cate-quistas. Foram trabalha-dos temas como: O Ano Catequético, dinâmicas, vocação do/a catequista e outros. Houve intensa participação e partilha de vida. Parabéns!

✓ Na Paróquia São Fran-cisco de Assis, Fortale-za, Pe. João Bandoch e

a equipe de coordenação paroquial de catequese programaram um dia de retiro para os e as cate-quistas, num total de 75 participantes. Tudo mui-to bem organizado, pre-parado com carinho, nos mínimos detalhes. O dia todo foi uma celebração de muita graça e luz do Senhor, fortalecendo na fé seus discípulos missio-nários, os/as catequistas. Parabéns! Uma parada faz bem para todos e to-das, especialmente num ambiente tranqüilo e aco-lhedor. Quero expressar meus agradecimentos pela oportunidade de estar par-

ticipando. Foi excelente!

✓ ANO CATEQUÉTICO: Apresentamos, abaixo, um quadro que visualiza as CONCENTRAÇÕES COMARCAIS, que serão organizadas e animadas pelas equipes comarcais de coordenação, dizendo que estamos trabalhando e vivendo o Ano Catequé-tico com toda a intensida-de, nas comarcas e paró-quias. Convidamos as/os que ainda não celebraram este evento na comunida-de! Ainda está em tempo! É graça. É bênção. Vamos lá amigos e amigas!

CONCENTRAÇÕES COMARCAIS DE CATEQUISTAS TEMA: ANO CATEQUÉTICO

✓ Conhecimento da realidade local, da história dos fatos, aconte-cimentos, festas da comunidade, como terreno para uma boa se-meadura da mensagem do Evangelho: o discípulo de Jesus Cristo, de fato, participa das alegrias e das esperanças, das tristezas e das angústias dos homens e mulheres do mundo de hoje (cf. GS 1; DGC 16). Ir ao encontro, acolher, criar espaços festivos, celebra-tivos onde as pessoas se sintam bem.

✓ Conhecimento dos fundamentos teológicos pastorais, para ser a voz de uma Igreja com rosto misericordioso, profético, minis-terial, comunitário, ecumênico, celebrativo e missionário.

✓ O saber tem a haver com o conhecimento dos sete elementos basilares que formam o núcleo de nossa fé (DGC 130).

✓ Para melhor compreensão das dimensões da formação permanen-te, apresentamos um estudo feito de forma seqüencial, textos com a abordagem das três dimensões no Jornal da Diocese para que possam ajudar os que se interessam em aprofundar seus conheci-mentos sobre as mesmas.

✓ SER - (Vocação–chamado): Sou chamado/a a ser catequista

✓ SABER - (Encontro-formação): Sou convidado/a a ser discípulo/a e aprender com o Mestre.

✓ SABER FAZER - (Apóstolo-serviço): Sou convido/a pela Igreja para a Missão no ministério da catequese.

In

6 Agosto de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

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Ecumenismo

Pastora Sinodal Mariane na Celebração do Jubileu de Dom Angélico

VAMOS AO XIV ENCONTRO ECUMÊNICO DO REGIONAL SUL 1 E V SULÃO?

Igrejas promovem Seminário Preparatório

da Campanha Ecumênica da

Fraternidade 2010

De 18 a 30 de agosto de 2009, em Itaici, município de Indaiatuba, SP, acontecerá o XIV ENCONTRO ECU-MÊNICO DO REGIONAL SUL 1 e V SULÃO. Um folder com a respectiva e intensa programação está sendo espa-lhado pelo Brasil todo.

É preciso que, de Blumenau e re-gião, como Núcleo Ecumênico, bem re-presentados, inclusive numericamente, marquemos presença neste importante encontro. Ainda mais que o objetivo do evento é celebrar o centenário da cami-nhada ecumênica, oficialmente iniciada no Congresso Missionário de Edimbur-go, no ano de 1910.

Celebrações, partilhas de experiên-

cias, convivência fraterna, estudos, nessa ocasião, oferecem promissores frutos aos participantes e consequentemente para

toda a Igreja de Jesus.Pe. Dr. Elias Wolf, da Igreja Ca-

tólica e coordenador do movimento ecumênico em nosso Estado, no ho-rizonte dos 100 anos de caminhada ecumênica, desenvolverá o tema: Perspectiva Teológico Pastoral. Rev. Dr. José Carlos de Souza, da Igreja Metodista, no mesmo horizonte dos 100anos, proferirá palestra sobre Perspectiva Histórica.

Informações aos interessados em participar do importante encon-tro podem ser obtidas com Pe. Raul

Kestring, pelo Cel.: 9952-5953; email: [email protected]; Telef. Comercial: (47) 3322-4435.

M arcou significativa presença da Celebração do Jubileu de Ouro Sacerdotal de Dom Angélico, na

Catedral de Blumenau, dia 19 de julho, às 9h, a Pastora Sinodal Mariane Beyer Ehrat, do Sínodo Vale do Itajaí, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Convidada para dirigir a palavra em nome das confissões religiosas da nossa cidade e região, a Pastora Sinodal enalteceu o testemunho de vida de Dom Angélico, sobretudo nos cin-qüenta anos de perseverança no serviço de Deus e dos irmãos.

Destacou a Pastora Mariane o texto bíbli-co da Carta do Apóstolo Paulo:”Proclame a palavra, insista no tempo oportuno e inopor-tuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda a paciência e doutrina”(2Tm 4,2). Recordou também Pastora Ehrat outro trecho da mesma Carta de Paulo:”Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé”(2Tm 4,7).

Terminada a sua locução, a representante sinodal e das confissões religiosas fez questão de, com caloroso aperto de mão, saudar, além de Dom Angélico, os outros quatro bispos presentes à celebração.

Em reunião ordinária, integrantes da Diretoria do Núcleo Ecumênico de Blumenau reuniu-se no dia 30 de junho numa na cúria diocesana. Após medi-tação da Palavra e oração, dialogaram sobre:

Seminário Preparatório da Campanha Ecumênica da Fraterni-dade 2010 , marcado para o dia 11 de agosto, foi transferido para o dia 01 de outubro. Como a Campanha aborda o tema “Fraternidade e Economia”, e o lema, “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”(Mt 6,24), a Diretoria do Nú-cleo está propondo conhecer a experi-ência do Movimento dos Focolares so-bre Economia de Comunhão. Naquele dia, a parte da manhã ficará, reservada para este assunto, com a participação dos obreiros do Sínodo e dos padres e diáconos da Diocese. Num espaço de tempo suficiente, será encaminhada uma comissão ecumênica de coorde-nação e animação da mesma Campa-nha, que terá início na Quarta-Feira de Cinzas do ano que vem, 2010.

O Culto Ecumênico por ocasião do Dia Nacional de Ação de Graças, marcado para o próximo dia 25 de no-vembro foi confirmado, embora ainda não tenhamos definida a igreja lutera-na, na qual vamos celebrá-lo.

Avaliação da Celebração Ecumê-nica Conjunta da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, realizada no dia 26 de maio, na mesma ocasião, foi feita. Constatou-se verdadeiro calor humano entre padres, pastores, diá-conos, Pastora Sinodal, Bispo e par-ticipantes. Foi ativa a participação do povo. Vieram obreiros e obreiras de todos os lados. O acompanhamento do órgão de tubos colaborou fortemente para criar clima de oração. O horário de início, 19h30min, está ótimo e não deve ser mudado.

Com a bênção proferida pelo Pas-tor Ivo Krueger, Vice-Sinodal, a reu-nião foi encerrada.

7Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009 Pastoral

“Um clamor de justiça está no ar!”

Nós, das entidades afro-brasileiras: Pas-toral Afro-Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB,

Grupo de Religiosos/as Negros/as e Indígenas – GRENI, Instituto Mariama – IMA, Agentes de Pastoral Negros/as - APNs e convidados, partici-pantes do VI Congresso Nacional de Entidades Negras Católicas (CONENC), refletindo o tema: “O rosto negro da Igreja, de Medellín a Apare-cida”, - com real preocupação pela juventude brasileira, principalmente os/as jovens (em sua absoluta maioria negros/as) marginalizados/as e excluídos/as pelo sistema capitalista reinante na politica brasileira, que tem causado o extermínio da juventude, principalmente os que moram nas regiões suburbanas, periféricas e favelas; soli-darizando-NOS com as Pastorais da Juventude do Brasil pela morte precoce e trágica do seu

assessor, Pe. Gisley Gomes Azevedo; – saben-do também da sua força e coragem em começar uma Campanha Nacional contra a violência e extermínio da Juventude, num momento em que os índices de desemprego são altíssimos entre os jovens e no qual se tenta reduzir a maioridade penal, colocando crianças em presídios – vie-mos, por meio desta, manifestar o nosso apoio e a nossa vontade de lutar com vocês. Reiteramos a denúncia feita na já citada campanha, cobrando das autoridades constituídas ações, através das políticas públicas, garantidas na nossa Constitui-ção, que atendam às nossas necessidades e nos proporcionem uma vida digna, na qual possa-mos realmente exercer nossa cidadania.

Que o Pe. Gisley, mártir da juventude brasi-leira, e mais um entre os milhares que morrem anonimamente no Brasil, vítimas da violência, interceda por nós junto ao Pai, e nos sustente na luta. Temos certeza de que ele continua vivo em cada coração jovem que luta por igualdade

racial, social e econômica.Queremos justiça! Queremos uma socieda-

de em que tenhamos paz, em que nossas crian-ças possam brincar nas ruas sem medo; que-remos ter oportunidades e acesso à educação, emprego, saúde, etc.

Queremos construir uma sociedade justa, igualitária, onde todos tenham, de fato, os mes-mos direitos. Que o nosso sonho se torne reali-dade, pois “o rosto de Deus é jovem também, e o sonho mais lindo é Ele quem tem. Deus não envelhece, tampouco morreu. Continua vivo no povo que é seu. Se a juventude viesse a faltar, o rosto de Deus iria mudar”.

Em nossos quilombos ressoem os tambo-res, avisando que a juventude quer viver e está lutando por sua vida.

Amém! Axé! Awerê! Aleluia!

São Luís-MA, 11 de Julho de 2009.

Carta da Juventude Negra Católica às Pastorais da Juventude do Brasil

Hino da 21ª Romaria da Terra e da Água de Santa Catarina

Letra e Música: Atta

Refrão: Romaria da Terra e da Água Faz o povo se unir, se animar /:É na luz da Palavra de Deus Que sentimos sua força brotar :/

1. É preciso cuidar da Mãe-Terra Descobrir os segredos do chão /: Pois a vida renasce e se encerra Deus a pôs em toda a criação :/

2. Rios e águas morrendo de sede Terra seca e as árvores no chão /:Fala alto o comércio, a cobiça O dinheiro e toda exploração :/

3. Pelo estrago causado ao planeta Te pedimos perdão, ó Senhor! /: Fortaleça os projetos de vida Que eles possam ter bem mais valor :/

4. Mas o povo de Deus reunido Ao redor da partilha, do amor /: Não quer mais este mundo sofrido Quer fazê-lo mudar pra melhor :/

5. Cruz de Cedro, sinal de esperança Símbolo vivo, resgata o passado /: Das Romarias tu és grande marco Que plantamos no solo sagrado :/

O QUE FAZER QUANDO O VÍCIO ENTRA NA FAMÍLIA

A Pastoral da Sobriedade é ma Ação Concreta da Igreja em busca da Integração de todas as Pastorais, Movimentos, Co-munidades Terapêuticas, para, através da Pedagogia de Jesus Libertador, resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida, a conversão.

Palavra de Bento XVI em Guaratinguetá (12/05/2007) aos que trabalham na recuperação de dependentes químicos: ”Vo-cês devem ser os embaixadores da Esperança! O Brasil possui uma Estatística das mais re-levantes, no que diz respeito à dependência química de drogas e entorpecentes”.

Gostaríamos de contar com estes embaixadores em todas as Paróquias, formando a Equipe da Pastoral da Sobriedade. Sen-tindo este chamado, fale com o coordenador Diocesano, Pe. Wilmar Yepes Tabares - Fone (47) 3378-5578. – Paróquia Sa-grado Coração de Jesus – Itou-pavazinha, Blumenau.

“Queremos formar esta frente na luta contra todas as

dependências”

O que fazer quando o vício en-tra na sua família.

a) Procure auxílio na Equipe de sua Paróquia, ou com seu Pá-roco.

b) Escritório Central para atendimento específico de inter-nação na Casa da Ressurreição, às segundas feiras, das 7h30 às

10h, com Pe. Krüger, Pe. Wilmar e estagiária de Psicologia, Milena Andrade Silva.

Como Colaborar com a Casa da Ressurreição.

A Casa da Ressurreição, uma Casa de acolhimento para os que querem mudar de vida, faz seu tra-balho totalmente gratuito. Grande parte do custo é financiada pela

Padres da nossa Diocese reunidos na Casa da Ressurreição, dia 29.04.2008

Ação Social Paroquial da Paró-quia Santa Luzia, em Macha-dos – Navegantes. A Paróquia Nossa Senhora de Fátim,a em Blumenau tem ajudado com trigo, café, açúcar. A Paróquia da Catedral assumiu o paga-mento da conta mensal da luz. Outros padres e comunidades dão sua contribuição esporádi-ca. Muitos ajudam através de pagamento de boleto. Muitos são aqueles anônimos e outros, que nos possibilitam manter esta Obra gratuita.

Se você quiser ser um par-ceiro desta Obra de Ressus-citar vidas, fale com Edinéia (47) 3319-1423, durante o pe-ríodo da tarde.

Com a mudança BESC/Banco do Brasil, nossa conta também mudou.

Agora ficou assim: Agencia 5336-8, Conta 157775-1, Banco do Brasil - Obra Social Paroquial de Machados, Instituição Oficial que mantém a Casa da Ressurreição.

98

E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.brE-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Agosto de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau Agosto de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Momento R.C.C.“O tempo de Pentecostes não terminou”.

Disse Jesus:“Se me amais, guardareis meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará

outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conhecereis, por-que permanecerá convosco e estará em vós. (...) Disse-vos essas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo que vos tenho dito”. (Jô 14,15-17; 25,26).

O que Jesus promete, Ele cumpre!Em Pentecostes, o Pai concretiza o pedido do Filho, e aqueles homens, que ouviram

dos lábios do Senhor a Promessa, experimentaram-na em suas vidas.De repente, um ruído veio do céu, como um vento impetuoso e encheu o lugar onde

eles estavam, e todos ficaram cheios do Espírito Santo.Começa na humanidade um novo tempo: O tempo do Espírito Santo!Aqueles homens passaram a propagar pelo mundo a Boa Nova: Jesus vive e é

Senhor! E, na força do poder recebido do alto, foram capazes de ir até as últimas conse-quências para anunciar o Evangelho de Cristo.

Hoje, somos nós os portadores da promessa. O Pai não a concedeu apenas àqueles primeiros grupos de fiéis. A promessa não se perdeu nos séculos.

O tempo de Pentecostes não terminou! Somos nós os apóstolos dos dias atuais, apóstolos da efusão do Espírito Santo!

É nossa , a missão de dar continuidade às obras de nossos pais na fé, porque tam-bém nós recebemos o mesmo Espírito que ressuscitou Jesus dos mortos!

A Renovação Carismática Católica, “rosto e memória de Pentecostes” , se for dócil ao Espírito e guardar as palavras de Jesus, será de fato, cheia de “vigor e fecundidade” e produzirá frutos ainda maiores do que produziu até hoje.

Testemunhas e protagonistas de Pentecostes, também nós iremos enfrentar, com coragem, os desafios da nossa época e, sob a força do alto, iremos espalhar as semen-tes da Boa Nova....

E, nestes tempos, tão marcados pela dúvida, pela incerteza, proclamaremos as Pa-lavras de Vida que aprendemos com o nosso Mestre. Viveremos sob a verdade! Seme-aremos a cultura de Pentecostes!

O paráclito, que o Pai nos enviou, é quem nos capacita, nos qualifica. Nós o conhe-cemos, porque Ele está conosco!

Para glória do Pai, o Espírito abrasa nossos corações de amor pelo Filho, nos faz crer e proclamar que Jesus Cristo é o Senhor! Que ele dá razão à nossa vida e que somos felizes em servi-Lo e amá-Lo.

Fraternalmente,Marcos Volcan, Presidente do Conselho Nacional da RCC-BrasilFonte: http://www.rccbrasil.org.br

AconteceuNos dias 27 e 28 de junho um “Retiro de Formação para Pregadores” em Navegan-

tes. Este retiro foi realizado a nível diocesano e reuniu mais de 120 pregadores ou futuros pregadores. Todos saíram de lá cheios de vontade de anunciar o Evangelho. A lista de pregadores, oficial, da RCC de Blumenau está no site, www.rccblumenau.com.br. Lá também você encontrará alguns textos de formação, enviado pela nossa Coordenadora Diocesana da Pregação, Silvia Uller.

Agenda- Não programe nada para o final de semana dos dias 12 e 13 de setembro. Neste

final de semana teremos um retiro de Cura e Libertação. Maiores informações na próxi-ma edição do Jornal da Diocese.

- Participe do Grupo de Oração de sua comunidade. Lista completa no site, www.rccblumenau.com.br.

- Ouça, todos os sábados, na Rádio Blumenau AM (1.260), programa Fonte de Água Viva. Das 12:00 às 13:00 horas, com oração, música e louvor.

Fiquem com Deus,Zimauro Zimmermann - [email protected] MCS – R.C.C. Diocese de Blumenau

Família, Igreja Doméstica

Caminho para o Discipulado

65 ANOS DE AMOR E FIDELIDADELeopoldo Francisco Jacinto, hoje, com 92 anos de idade, e Matilde Becker Jacinto, com 82, celebraram seu matrimonio na igreja de Nossa Senhora da Consolata, em Rio do Oeste (SC), no dia 29 de julho de 1944. Completam, portanto, neste ano, 65 anos de fidelidade e amor. Tiveram nove filhos, dos quais dois faleceram na infância. A digna co-memoração está sendo preparada com alegria também pelos dezoito netos e vinte e três bisnetos. Não faltará a missa de ação de graças, marcada para dia 01 de agosto, às 19h, na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Rua Bauler, na Itoupavazinha, Blumenau.

A capa da Hora da Família 2009 faz referência a dois temas intimamente relacionados: Catequese e Família. Um dos principais símbolos da fé cris-tã – a cruz – aparece como pano de fundo, sob a fotografia e os demais elementos constitutivos da capa.Os ramos da videira, na forma de arco e também circular, apontam para a noção de acolhimento e pro-teção. Estes significados são reforça-dos pela imagem afetuosa do Santo Padre Bento XVI abraçando um gru-po de crianças – fotografia capturada na Fazenda da Esperança, Pedrinhas, Guaratinguetá, SP, em 12 de maio de 2008, por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino-america-

no e do Caribe, realizada 13 a 31 de maio de 2007, em Aparecida, SPA videira e os ramos são ainda uma auto-descrição apresentada por Jesus, no Evangelho de João (15,5), para nos revelar a relação de continuidade existente entre Ele e aqueles(as) que o reconhecem por meio da fé.Por fim, o vermelho que preenche boa parte da capa é a cor litúrgica que remete a dois conceitos funda-mentais para o viver em família. Pri-meiro, ele é a cor-símbolo do Espírito Santo. Segundo, ela é a cor do martí-rio que, por extensão de sentido, nos recorda a importância da entrega, da doação de si pelo bem do próximo.

Lideranças da Pastoral Familiar da nossa Diocese, reunidas para capacitação, na comunidade Cristo Rei, Baú Baixo, Ilhota, dia 27 de julho de 2008.

Na origem deste importante proje-to evangelizador da Pastoral Fami-liar, no qual a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB - hipo-teca todo o seu apoio, sem dúvida está o Dia dos Pais. Convencida de que a comemoração desse dia, celebrado em muitos países, seria propício para estender-se a toda a família, a CNBB, no ano de 1992, lançou a SEMANA DA FAMÍLIA, exatamente a partir segundo do-mingo de agosto, Dia dos Pais. Mas como separar a comemo-ração dos pais de toda a família. Não tem sentido. As Mães têm também a sua data comemorativa no segundo domingo de maio; os Avós, no dia 26 de julho, memória de São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora e, portanto, avós de Jesus, como nos assegu-ra a tradição.Por isso, no livreto HORA DA FA-MÍLIA 2009 consta celebrações para estas inesquecíveis ocasiões. Ainda que os avós frequentemen-te são esquecidos, quando não rejeitados. Integrá-los na semana dedicada à família é lembrar e reafirmar a sua importância, o seu lugar, imprescindíveis, no todo da família.

O Dia do Catequista, no último domingo de agosto, neste ano

catequético, deve ser celebrado com a devida ênfase, porque Ca-tequese e Família são muito inter-ligados. Os pais são os primeiros catequistas de seus filhos. E isso não só enquanto são pequenos. O ensinamento e o exemplo dos pais edificam os filhos permanen-temente.O Dia do Nascituro, igualmente ligadíssimo à família porque recor-da a pessoa no período da gesta-ção, no seio materno. A sua data comemorativa, no Brasil, dia 7 de outubro, foi instituída pela CNBB. E, na 43ª Assembléia Nacional dos Bispos do Brasil, alargou-se para a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro. A primeira mobilização para a Semana da Vida aconteceu no 12º Congres-so da Pastoral Familiar, no Rio de Janeiro, RJ, em outubro de 2005. A Sagrada Família, cuja soleni-dade transcorre no dia 27 de de-zembro, também não podia faltar no contexto da Semana da Famí-lia. O livreto A HORA DA FAMÍLIA foi enriquecido com uma bonita celebração para esta abençoada ocasião. Que a Família de Nazaré seja modelo, incentivo, encora-jamento para todas as famílias, especialmente para aquelas que passam por momentos difíceis.

“Quando uma família transmite a religião aos filhos, está cumprindo sua missão de Igreja doméstica”. Com estas palavras, o arcebispo de Londrina e presidente da Comissão Epis-copal para a Vida e da Família da CNBB, dom Orlando Brandes, apresenta a cartilha Hora da Família, edição 2009. A cartilha, principal instrumento de animação da Semana Nacio-nal da Família, reflete o tema “Família, Igreja doméstica, caminho para o discipulado” em estreita comunhão com o Ano Catequético aberto em abril na Igreja do Brasil.

Criada em 1992, a Semana Nacional da Família é celebrada anualmente no mês de agosto por todas as paróquias do país a partir do segundo domingo de agosto, dia dos pais. “Neste Ano Catequético, queremos aprofun-dar a relação entre família e catequese. Os pais são os primeiros catequistas. Os filhos aprendem imitando”, explica dom Orlando.

Com uma tiragem de quase 200 mil exempla-

res, a 13ª edição da cartilha Hora da Família traz oito temas para serem debatidos pelos grupos de famílias durante a Semana Nacio-nal. Há, ainda, sugestões de celebrações para diversas ocasiões referentes à família como dia das mães, dos pais, dos avós, do cate-quista, do nascituro, da Sagrada Família.

“Com a Semana Nacional, a Igreja quer, uma vez mais, salientar a importância da família, que, talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profun-das e rápidas transformações da sociedade e da cultura”, esclarece o assessor da Comis-são para a Vida e Família da CNBB, padre Luiz Antônio Bento.

“O contexto atual exige da nossa ação evan-gelizadora um profundo ardor missionário para ajudar as famílias a não perderem de vista a sua missão primordial de ser a primeira esco-la das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade”, conclui o assessor.

Oração pela famíliaSenhor Jesus Cristo,vivendo em família com Maria, tua Mãe,e com São José, teu pai adotivo,santificaste a família humana.Vive também conosco, em nosso lar,e assim formaremos uma pequena Igreja,pela vida de fé e oração, amor ao Pai e aos irmãos,união no trabalho,respeito pela santidade do matrimônioe esperança viva na vida eterna.

Tua vida divina,alimentada nos sacramentos,especialmente na Eucaristiae na tua Palavra,nos anime a fazer o bem a todos,de modo particular aos pobres e aos necessitados.Em profunda comunhão de vidanos amemos na verdade, perdoando-nos quando necessário,por um amor generoso,sincero e constante.

Afasta dos nossos lares,Senhor Jesus,o pecado da infidelidade,do divórcio,do aborto,do egoísmo,da desuniãoe toda influência do male do demônio.

Desperta em nossas famíliasvocações para o serviçoe ministério dos irmãos,em especial vocações sacerdotais e religiosas.Que os nossos jovens,conscientes e responsáveis,se preparem dignamentepara o santo matrimônio.Senhor Jesus Cristo, dá, enfim,às nossas famílias,coragem nas lutas,conformidade nos sofrimentos,alegria na caminhadapara a casa do Pai.Amém!

Tema da Semana da FamíliaLembra o Ano Catequético

A Cruz, os Ramos da Videira, o Abraço do Papa às Crianças, a cor vermelhaSímbolos da capa do livreto HORA DA FAMÍLIA 2009 – O que significam?

Mães, Pais e Avós – Presentes na Semana da Família

10 Agosto de 2009 ◗ Jornal da Diocese de BlumenauFé e Política

MORAL, POLÍTICA E MÍSTICA

A vida social e sua política são guiadas pela consciência mo-ral. A despeito de suas fragi-

lidades, a razão moral está no funda-mento do pacto social e da confiança que lhe é necessária. Sem ela, mesmo as civilizações que ambicionaram ga-rantir os direitos do homem condu-zem à negação da liberdade humana.

Válidas para todos, “as regras morais fundamentais da vida social comportam exigências determinadas, às quais se devem ater tanto as auto-ridades publicas, como os cidadãos. Independentemente das intenções, por vezes boas, e das circunstâncias, amiúde difíceis, as autoridades civis e os sujeitos particulares nunca estão autorizados a transgredir os direitos fundamentais e inalienáveis da pes-soa humana. Assim, só uma moral que reconhece normas válidas sem-pre e para todos, sem qualquer exce-ção, pode garantir o fundamento ético da convivência social tanto nacional como internacional” (O Esplendor da Verdade, n. 97).

Sobre esses fundamentos a vida social pode firmar-se. Repousa ela em um pacto de confiança implícito entre os cidadãos e entre estes e seus governantes. Entretanto, esse pacto suscita uma terrível pergunta em uma sociedade pluralista: qual é a rela-ção das leis civis com a moralidade? Qualquer homem, mesmo tentado a burlar as leis e a violá-las, confia na legislação promulgada. Pois, pensa ele em virtude de um preconceito favorável, ela deve coincidir com a norma moral. Tal é pelo menos a convicção espontânea dos cidadãos que querem viver tranquilamente em seu país.

Deve o legislador conservar um difícil e sutil equilíbrio. Respeitoso para com a diversidade das opiniões, ele pode também se tornar cúmplice dos desvios coletivos e de suas possí-veis pusilanimidades. A despeito do conformismo dos costumes, o legis-lador é de certo modo um penhor da moralidade publica. Mesmo se não é profeta.

Por certo, o legislador não pode em nenhum caso substituir-se ao

juízo pessoal da consciência moral dos cidadãos. Não obstante, a lei não visa somente estabelecer uma ordem administrativa e técnica. O político não é unicamente um engenheiro das relações sociais. Implicitamente, a confiança de uma nação na autori-dade da lei civil repousa na adesão a um código moral fundamental im-prescritível. Do contrario, como e por que se referir à Declaração Universal dos Direitos do Homem? Esta invoca a consciência de todo homem e extrai sua força de uma obrigação moral que não é discutida. Ela não é somen-te uma convenção de direito positivo.

Essa regulação ética aplica-se de tudo, e em alto grau, às autoridades morais e políticas de um país. Em virtude de seu cargo, devem elas professar o respeito à lei moral que declara as exigências da razão e da verdade.

A tentação dos homens no poder não é, hoje em dia, talvez carregar os cidadãos com fardos impossíveis mas, por complacência ou cumpli-cidade, não os agüentando eles pró-prios, deles dispensar os outros. A verdadeira coragem política consiste em propor, no governo das socieda-des, algumas exigências que a hu-manidade deve aceitar para ser digna desse nome. Só essa fé na verdade do bem permite a um país viver em paz e a uma juventude ter esperança.

A doutrina e os fatos não coin-cidem muito na pratica política. As relações de forças medem o possí-vel e parecem ser o único remédio para a anarquia. A razão política está submetida à violência. O juízo mo-ral denuncia, mesmo em voz baixa, as injustiças. A sabedoria é capaz de ajustar forças, direitos e valores?

Não é uma injustiça ao homem público o fato de se lhe indicar o recurso. Sua grandeza é ser ultrapas-sado por sua tarefa. O discípulo de Cristo, este sabe, descobrindo seus li-mites, que deve apoiar-se na força de seu Libertador e na Luz da sabedoria divina. Esta manifesta-se paradoxal-mente nos mártires: ela é, neles e graças a eles, penhor de liberdade, de verdade e de amor. Os valores morais

e a razão política de uma humanida-de falível e sujeita ao erro reúnem-se na invocação da sabedoria e de sua misericórdia.

No desdobramento da ação polí-tica, o poderio da sabedoria mostra-se paradoxal, sempre discreto e ocul-to. Sua lógica deveria animar nossos juízos e nossas opções éticas a respei-to do curso dos assuntos humanos e da vida das sociedades. A Bíblia e o Evangelho o ensinam. A história re-cente o confirma.

A esperança não é ingênua. A li-berdade, a verdade, o amor triunfam afinal sobre sofrimentos devidos ao mal. A gloria resplandece através da mentira desmascarada. Injurias, calunias e perseguições não podem fazer ceder à paciência da caridade nem aviltar o preço da vida. Jesus afirmou-o, ao daquilo que ele próprio devia padecer. A sabedoria não mani-festou sua justiça em seus filhos (cf. Lc 7,35)?

Atualmente, nossas sociedades, de modo mais público que em outras épocas, buscam as razões de viver, o sentido da existência e aquilo que é digno do homem. Com uma for-ça impressionante, munidas de um poder técnico nunca excedido na historia humana, elas não se pergun-tam unicamente sobre o domínio da violência ou do poder, mas sobre sua própria vida ou sobre sua morte, so-bre o bem e sobre o mal moral

Em nossa civilização mercantil, a política não depende somente dos

negócios. No debate democrático, a justiça e o direito trazem um indicio de saúde. Elas convidam pelo menos a refletir sobre a liberdade, a verdade, o amor: o político não pode ser parco com isso.

Também no âmbito político, a liberdade é o fruto de um combate moral e espiritual. Ela convoca a de-sembaraçar-se dos entraves do medo. Reconhecendo que Deus é o único senhor do homem, o cristão unido a Cristo quer se libertar da vontade do poder, das seduções do dinheiro, do medo da opinião publica.

Para exceder a autoridade, é preci-so ter suplantado o fascínio do poder e a atração da vontade do poder. Uma justa gerência dos bens não deveria estar sujeita à sedução deste mundo. Para ser livre, é preciso ter-se desape-gado da fascinação do orgulho e da imagem de si mesmo. Essa liberdade espiritual é o segredo das pessoas de fé e dos orantes. É uma força. Quem é livre de si próprio poderá livremen-te servir às causas a que se consagrou segundo o juízo da consciência.

A liberdade é fruto da sabedoria. A verdade torna livres os cativos da historia.

Reconhecer a verdade exige in-cessantemente um trabalho de pu-rificação. A verdade não se impõe como as evidências da técnica ou da racionalidade matemática. A verdade desvela-se na pureza do olhar e na retidão do desejo. À verdade opõe-se a mentira. É mister ser magnetizado

pela verdade para tornar-se livre.É mister ter a coragem moral da

verdade, mesmo se às vezes essa fi-delidade obriga à solidão política. Et si omnes, non ego: mesmo que efeti-vamente todos queiram, não cederei à deslealdade. O humilde serviço da verdade diz respeito ao dever para com seus contemporâneos.

A verdade permite atravessar e purificar as paixões partidárias. Aqueles que, pela força do trabalho interior, embrenham-se nesse peri-goso caminho, sabem que estão sub-metidos às contradições e às incom-preensões. Pois a verdade torna-se incerta na medida em que serve de argumento político; ela é frágil na medida em que está subordinada a interesses precários; a razão torna-se contestável quando a honestidade da busca cede à violência.

O esforço espiritual e a graça da oração habilitam a responder por essa essencial verdade sem a qual as pessoas se perdem e o bem comum é destruído.

A mais bela palavra da sabedoria é a caridade. A lógica de uma gene-rosidade mais essencial é confiada à razão moral e, portanto, à razão polí-tica. A caridade é fecunda; ela é feita de superabundância; ela dá e oferece sempre mais. A verdade, recebida na liberdade, suscita o amor, a caridade e o serviço.

A caridade impulsiona o amor pelo próximo até o esquecimento de si mesmo e coloca outrem acima de si mesmo. Essa verdade da caridade é o coração místico de nossa civiliza-ção. O povo sabe disso, ele que é sen-sível aos apelos da miséria extrema; emociona-se diante de quem não tem teto ou diante dos feridos. A caridade política no entanto não é feita somen-te de emoções. Pode e deve instruir as relações sociais: sem a solidariedade, o homem é um lobo para o homem. A caridade é fonte de confiança e de respeito tanto ao mais pobre como ao mais rico, ao abandonado e ao des-prezado.

Luiz Eduvirges de Souza Neto Contador Diocese de Blumenau

11Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009 Pastoral

Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolaresConfecções em geral - Roupas para Toda a Família

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Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni

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Ir. Maria de Lourdes Moser, natural de Gaspar Missionária na Nicarágua

Você vai para Nicarágua daqui uns dias... por que?

Sou muito feliz e sinto-me valori-zada, pois como filha desta Igreja da Diocese de Blumenau, gasparense de origem, sinto que expresso a vivência da fé e da missão desta Igreja.

Na verdade, um dos fundamen-tos desse envio é o batismo que me torna missionária, para ser expressão de amor e fraternidade de uma Igre-ja para outra, na ampla missão evan-gelizadora. Nas águas batismais, eu recebi a fé para partilhá-la com meus irmãos e irmãs.

Os bispos do mundo, reunidos em Aparecida, SP, em 2007, motivaram os cristãos/ãs do continente a “entrar em uma nova primavera na missão além fronteiras. Somos Igrejas po-bres, mas devemos dar a partir de nossa pobreza e a partir da alegria de nossa fé” (DA 379). O Documento de Aparecida é ainda mais determinado: O mundo espera de nossa Igreja lati-no-americana um compromisso mais significativo com a missão universal em todos os continentes. Para não cairmos na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos formar-nos como discípulos missionários sem fronteiras dispostos a ir “à outra mar-gem”, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor (DA 376).

Faço parte, também, de uma con-gregação religiosa missionária, cuja prioridade é fortalecer a missão além fronteiras. Ela está me convidando a marcar presença, por um tempo, em Nicarágua. Por isso, aceitei o convite.

Você vai integrar uma comunidade de Irmãs de Santa Paulina. O que elas estão fazendo naquela localidade?

As Irmãzinhas da Imaculada Con-ceição, congregação fundada por San-ta Paulina, estão presentes em vários países da América Latina, na África e Europa. Em Nicarágua, vou pertencer à Comunidade de Nueva Guinea, no sudeste do país, a 400 km da capital, Manágua. A paróquia onde trabalha-mos tem cerca de 130 comunidades. Quero somar forças com as demais

Irmãs no processo evangeliza-dor, dando continuidade à for-mação de lideranças, animação missionária, pastoral da juven-tude, vocacional, organização das mulheres e outros serviços necessários.

A Nicarágua tem uma histó-ria de luta e compromisso com os pobres, com uma igreja en-gajada na vida do povo. Qual é a situação, hoje?

Conversando com Irmã Ro-seli Amorim, natural de Itajaí, SC, Irmãzinha da Imaculada Conceição que trabalhou nesta localidade, nos últimos anos, afirma:

A situação eclesial hoje, em Nicarágua é muito diferen-te da que foi algumas décadas atrás. A Igreja hierárquica está dividida. Ainda, recentemente estava aliada com o Partido Liberal, totalmente a favor dos ricos. Atual-mente, com a mudança política, o Sandinismo de Daniel Ortega tem defraudado muito a população em-pobrecida, com pactos, alianças e luta pelo poder. Houve mudanças na Con-ferência Episcopal, porém são poucos os bispos e paróquias comprometidas com as lutas populares. Praticamente somente a parte Atlântica, onde está o Vicariato de Bluefields e onde temos duas comunidades religiosas, perce-be-se sinais de compromisso com os camponeses: a organização de comi-tês de produção, a pastoral da mulher, o fortalecimento dos leigos em seu compromisso ministerial e o cresci-mento do compromisso missionário: Infância Missionária e a Pastoral Ju-venil Missionária. A pequena estrela que foi um dia Nicarágua para o mun-do, hoje sofre os mesmos golpes de um governo que se fechou em seus próprios interesses.

Mas o sonho não acabou, exis-tem grupos que alimentam a utopia de uma Nicarágua livre, realmente comprometida com os pobres e não só de longos discursos em favor dos pobres, como destacam os meios de

comunicação. Como em vários outros países,

há um retrocesso e uma romaniza-ção forte nos Seminários, e na vida eclesial uma consciência social mui-to frágil. As experiências pastorais, na sua maioria, estão centralizadas nos sacramentos, fortalecendo o cle-ricalismo. Por outro lado, é forte o crescimento das igrejas pentecostais e outras seitas, provocando divisões ainda maiores nas famílias, já marca-das pela divisão política e econômica. Sem dúvida, a Igreja em Nicarágua tem enfraquecido no seu profetismo.

Para realmente ser a Igreja de Je-sus Cristo junto aos pobres, terá que percorrer um longo caminho e abrir o coração à solidariedade e a justiça social, provocando mudanças para que vidas e mais vidas não sejam interrompidas pelos assassinatos e pela violência no campo e na cidade, criando novas relações que recuperem a desestruturação familiar marcada também pela violência e o machis-mo. Um povo tão sofrido, como o povo nicaraguense, que já enfrentou tantas dificuldades (guerras, vulcões, furacões, maremotos, terremotos...) agora vive o empobrecimento não

dado total apoio nesta nova missão e estão se empenhando para que eu tenha condições plenas de responder à minha vocação. Sinto o carinho de todos comungando comigo durante este tempo de preparação.

Você pode contar algo de sua ex-periência de vida que nos ajude abrir o coração à missão além fronteiras?

Nossa vida é um constante partir. É muito difícil, numa família, alguém residir durante toda a vida no mesmo local. Assim também acontece na vida religiosa. Somos chamadas a servir ao Reino onde se faz necessário. Nossa vida é de itinerância. Já trabalhei em diversos lugares, dedicando-me à educação, pastoral em paróquia e, nos últimos anos, fiz parte da coordenação geral da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

A vida se acrescenta, dando-a (DA 360). Todos os batizados/as são convidados/as a serem discípulos/as missionários/as de Jesus Cristo. De que forma? Sendo sensíveis às neces-sidades de quem está ao nosso lado, assumindo serviços na comunidade eclesial, partilhando a vida e bens com pessoas carentes, rezando pe-los missionários/as que deixam seus países e se dirigem a outros lugares, para conviver com diferentes povos, num gesto de solidariedade. E, quem sabe também partindo para outro lu-gar? Você leitor/a também é um/a missionário/a.

Agora, assumir a missão em Ni-carágua sinto que vou dar um passo arrojado e que exige boa disposição interior. É outra cultura que vou co-nhecer, encarnar e colocar-me dispo-nível para aprender. Será um desafio, mas estou com muita disposição de abraçar esta causa.

Aprecio muito a frase de Santa Paulina que nos encoraja e motiva a transpor qualquer dificuldade: “Nun-ca, jamais, desanimeis, embora ve-nham ventos contrários”.

Maria de Lurdes [email protected]

provocado pelos fenômenos naturais e sim por um sistema sócio-político-econômico que tem produzido uma cultura de morte e não de paz.

Agradeço a Deus a oportunidade que tive de viver 11 anos em Nueva Guinea - Nicarágua. Com este povo aprendi muito pela sua resistên-cia, simplicidade de vida, carinho e hospitalidade, características fortes. Voltei ao Brasil, porém meu cora-ção nunca mais será o mesmo que um dia saiu do Brasil. A Missão é a razão da nossa vida, e em Nicarágua esta convicção encontrou raízes ain-da mais profundas e maior sentido.

Você já tem uma caminhada de

vida, não é mais tão nova em idade. Como nasceu a vontade de ir para a missão além fronteiras, agora?

Estou com 62 anos de idade, mas o que me atrai para essa nova caminhada é o desejo de seguir os

passos de Jesus e anunciá-Lo, servin-do ao povo, num processo dialético de dar e receber.

Recordo que Santa Paulina de-monstrava um amor imenso às Irmãs que partiam para missão em outras localidades. Um dia, assim ela se ex-pressou às moças que se preparavam para serem Irmãs: “Minhas filhas, trabalhem bastante, pois um dia che-garemos às Índias e ao Alaska para tornarmos Jesus conhecido, amado e adorado”. Sinto-me também enviada e motivada pelo seu ardor missioná-rio. Meu coração bate forte no desejo de me inserir na cultura de outro povo e enriquecer a vida com uma experi-ência nova.

Como sua família de sangue está acompanhando esta transferência de residência?

Minha família é originária de Gaspar, SC, descendente de italianos que se fixaram inicialmente nas ime-diações do Alto Vale do Rio Itajaí-Açu. Meus pais são falecidos. Somos onze irmãos/ãs que residem em nosso Estado, dois no Paraná e eu, neste mo-mento, encontro-me em São Paulo.

Minhas irmãs e irmãos tem me

Pe. Carlo Faggion encontrou-a e entrevistando-a, deu-nos, assim, a feliz ocasião de, nesta Página Missionária do Jornal da Diocese de Blumenau, conhecer sua vida, seu sonho

12 Agosto de 2009 w Jornal da Diocese de BlumenauNotícias diocesanas

Reunião da Equipe de Coordenação Pastoral da Diocese no dia 01 de julho para preparar a X Assembléia Diocesana de Pastoral, agendada para 17 de outubro próximo.

A Equipe de Cáritas da Diocese realizou entrega de dona-tivos, no dia 17 de julho, a 22 famílias que, depois da catástrofe, assentaram-se numa área da Região do Ribeirão Fresco, em Blumenau.

Dom José foi entrevistado no Programa Paz na Noite, dirigido pela Comunidade Católica Arca da Aliança, na Rádio Blumenau AM, dia 17 de julho. Durante mais de 1 hora, o bispo de Blumenau respondeu perguntas sobre o Ano Sacerdotal.

Na Celebração do Jubileu de Ouro Sacerdotal de Dom An-gélico, realizada na Catedral, dia 19 de julho, como significativo presente, foi-lhe dado artístico prato de porcelana com inscri-ções de palavras e símbolos alusivos à comemoração e ao seu trabalho como Bispo Diocesano de Blumenau.

Um lindo bouquet de girassóis foi entregue a Dom Angélico por três pré-adolescentes de nove anos, no momento do ofertó-rio da sua missa jubilar, dia 19 de julho, na Catedral. Desde seu nascimento até completar quase nove anos, a Diocese de Blu-menau foi carinhosamente cuidada por Dom Angélico. Girassóis também podem muito bem simbolizar a Diocese: de olhar fixo no Sol que é Jesus, ela encontra sua vida, a energia de seu cresci-mento, a luz da sua missão e santificação.

A Comunidade Católica Arca da Aliança, a partir do mês de setembro, estará sediada num local definitivo, situado na Itoupa-va Central, região Norte da cidade de Blumenau. Lá haverá possibilidade de realizar encontros de grupos, pas-torais, movimentos eclesiais. Agendando com antecedência suficiente, também nossas turmas de Crismandos e Crismandas poderão, lá, fazer o seu dia de retiro. Contato pelos Telefones: (47) 3037-2214 e 3035-2214.

Dom José Negri visitou a Paróquia Santo Antonio, no Bairro Garcia, Blumenau, no Domingo, 12 de julho. Aquela comunidade paroquial soube preparar digna celebração da sua vida eclesial e de acolhida do bispo. Após a missa, Dom Negri quis encontrar-se com as lideranças, que se reuniram no salão paroquial.

O VIII Festival da Canção, promovido pela Pastoral da Juven-tude da nossa Diocese, neste ano, realizou-se no Santuário da Itoupava Norte, em Blumenau, no dia 11 de julho. Teve missa às 19h, presidida por Dom José Negri, Bispo Diocesano. Em segui-da, os jovens realizaram o Festival e a confraternização.

O dia de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho, foi come-morado na Catedral São Paulo Apóstolo com missa presidida por Dom José e animada pelas Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo. Dom José explicou o sentido do escapulário carmelita e, no final da celebração, um grande número de fiéis buscou revestir-se deste objeto de devoção mariana.

Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009 13

AGOSTO 2009 - AGENDA DE DOM JOSÉ NEGRI

Disseram “Pai, perdoa-lhes”(Lc 23,24) – uma das sete Palavras de Jesus na cruz.

“Cada um de nós está ligado a Deus por um fio: quando cometemos um pecado, o fio se rompe. Mas quando nos arrependemos da nossa culpa, Deus faz um nó no fio, que fica mais curto do que antes, e nos aproxima ainda mais dEle” (um Rabino).

“Nunca vos deixeis senão depois de se terem entendido! A unidade antes de Tudo! Em tudo! Pouco contam as discussões, as questões, mesmo as mais

santas, se não damos vida a Jesus no meio de nós, amando-nos até o ponto de nos doarmos tudo”

(Chiara Lubich, Fundadora do Movimento dos Focolares).

“Se queres viver, não retenhas a tua vida para ti; ela deve afagar outras praias, irrigar outras terras” (Michel Quoist).

Uma anedota - Um discípulo pediu ao mestre: Rabi, porque os bons sofrem mais do que os maus? Respon-deu o mestre: Escuta-me. Um agricultor tinha duas vacas de leite; uma era robusta e a outra, fraca. Qual delas ele coloca na canga? Certamente a forte. Concluiu o rabino: Assim faz o Deus Misericordioso, que ele seja bendi-to. Para puxar o mundo para frente, coloca na canga os bons.

DIVINOS LEMBRETESHomenagem póstuma do Jornal da Diocese ao autor desta matéria, Diácono Elói

Corrêa Gomes, falecido repentinamente no dia 4 de julho de 2009

Na Casa de Deus- Observe a Cruz sobre o Altar, a vela, as flores; concentre-se e reze.- Se quiser cumprimentar os amigos, vizinhos, faça-o, mas sem estardalhaço.- Esteja preparado para a grande celebração. Sinta-se como se fosse a pri-

meira vez em que dela participasse e viva-a como se fosse a última. - Jesus celebrou a Eucaristia uma única vez, na Última Ceia. Isto lhe valeu a

morte e a ressurreição.- A Palavra de Deus proclamada conduz à plenitude do mistério pascal de

Cristo crucificado e ressuscitado.

Diácono Elói Corrêa Gomes

DEVER DE CASA ... A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, já terminou o ano...Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.Quando se vê, já passaram-se 50 anos!Agora é tarde demais para ser reprovado.Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dou-

rada e inútil das horas.Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo, pois a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

Mário Quintana

Opinião

Esta é a bonita capa do novo roteiro dos Grupos de Reflexão. Logo estará em suas mãos, caríssimo Animador, caríssimo/a participante!

Todos lembramos ainda mui-to vivamente de Dom Orlando Brandes, que foi nosso amado Bispo Diocesano. Hoje, como sabemos, ele é arcebispo de Londrina, PR. Para nós, ele pode ser considerado verdadeiro “pai dos Grupos de Reflexão”. Tan-to ele incentivou este projeto evangelizador entre nós e em todo o nosso Estado. Em seu livro “GRUPOS DE REFLEXÃO, CAMINHO DE EVANGELIZA-ÇÃO” ele deixou-nos quase como um testamento, uma for-te palavra aos Animadores e também aos Participantes. Recordemos esta palavra e reflitamos sobre ela:

“FALAR COM O CORAÇÃO: isso é essencial. Hoje o anúncio do Evangelho tem uma coisa muito bonita: as pessoas o querem para a sua vida. Anunciar o Evangelho não é racionalização, exposição científica. É vida, coração, ternura. Fale com o coração cheio de fé e de esperança. O coração do Cristo sempre esteja sintonizado com o coração do povo. Não tenha medo de agir assim. Por meio do amor, o animador deixa de ser apenas um sino que soa (faz barulho), e passa então a desempenhar a sua função com alegria, e as pessoas se alegram com ele/a. Tenha, pois, a força que brota do amor!”

14 Agosto de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

IGREJA COMO VOCAÇÃOPASTORAL

P or ser cristã a vocação é neces-sariamente eclesial, destinada ao serviço e ao bem da comu-

nidade. A Igreja é o lugar dos chama-dos, do envio e das respostas.

“A Igreja é a assembléia dos vo-cacionados à santidade. Ela não é a fonte, mas a mediadora da vocação e o lugar de sua manifestação. Ela não dá vocação, mas discerne e or-ganiza os ministérios” (CV 11).

A Igreja é a assembléia dos voca-cionados, dos chamados. Eis o prin-cipio básico do qual decorrem alguns elementos fundamentais: a) que mo-delo de Igreja (cenário) temos e quere-mos: o lugar natural de onde surgirão as verdadeiras vocações e ministérios; b) Modelo/cenário evangélico: Igreja/Trindade (LG) na perspectiva do Cor-po de Cristo (1Cor 12,4-30); d) Igreja como assembléia dos vocacionados, pela e na Trindade; e) Igreja como espaços concretos de participação: vivência e realização das vocações; f) Igreja da partilha (não clericalista), compartilhando a evangelização, sen-do profética, falando aos homens e mulheres de hoje, excluídos e margi-nalizados, sedentos de vida, sedentos de Deus.

• ASSEMBLÉIA DOS CHAMADOS

Na assembléia dos chamados existe a dignidade de ser batizado,

de ser evangelizador. É a variedade das vocações na unidade da mesma missão (DGAE, DOC 61). A unidade como Povo de Deus sustenta-se não na observância meramente de rubri-cas, mas na comum dignidade de todo batizado: a) a imitação e o seguimento de Cristo – comunhão recíproca – comunhão; c) o mandamento missio-nário – participação.

A partir da afirmação do Con-gresso Vocacional de que a Igreja é a mediadora da vocação, o lugar de sua manifestação, dois aspectos devemos considerar neste mês vocacional de agosto. O primeiro é que a resposta vocacional de fato colabore para que tenhamos uma Igreja como espaço de ação do Espírito que suscita as voca-ções do Pai, no seguimento de Jesus. Não é de qualquer jeito, qualquer ce-nário, ou aceitarmos qualquer coisa. O apelo, o chamamento divino, dá-se em dois ambientes sagrados, o Templo comunitário e o Templo doméstico, é nestes lugares que acontece real-mente, é um fato. O segundo aspecto é estar atento ao tipo de manifestação vocacional, nos novos modelos de “vocacionados” que vão surgindo, so-bretudo destacados pelos meios de co-municação. Cuidado com os modelos rublinistas ou de visões extra-mundo – extra realidade, padronizados “fi-chados”, clonados, sem identidade própria, entrando assim na onda do ter status religioso. Sempre diante da ma-nifestação vocacional, a pergunta que

Dom Luiz Carlos Eccel, Bispo Diocesano de Caçador (SC), ao final da celebração do Jubileu de Ouro Sacerdotal de Dom Angélico Sân-dalo Bernardino, dia 19 de julho, na Catedral São Paulo Apóstolo, tomou a palavra. Visivelmente emocionado, o Bispo de Caçador representou as dez Dioceses catarinenses agradecendo o dedicado ministério epis-copal de Dom Angélico na Diocese de Blumenau e no nosso Regional. Destacou Dom Luiz Carlos, que, após a abençoada passagem de Dom Angélico por Santa Catarina, ela ficou “mais santa e bela”, expressão frequentemente utilizada pelo bispo jubilando, agora Bispo Emérito de Blumenau. Presentes à cerimônia faziam-se também, além de Dom José Negri, Bispo Diocesano de Blumenau, Dom Agostinho Petri, Bispo Dio-cesano de Rio do Sul e Dom José Jovêncio Balestieri, Bispo Emérito de Rio do Sul.

tipo de vocacionado desejamos ser, ou melhor, o que esperamos ser, diante de um mundo cada vez mais hedonis-ta e secularista. O chamado não nos reveste de vaidades e sim de santida-de, que é compreendida segundo o documento de Aparecida: na doação de sua vida no seguimento de Jesus. O doador de sua vida deve demons-trar na sua práxis não o esplendor de sua inteligência ou roupas, mas sim o esplendor de Deus, que o chamou e transformou-lhe no servo sofredor.

• VOCACIONADOS DA LIBERDADE

O vocacionado da atualidade, se encontra com inúmeros contra-valores. Contudo, essas influências externas, para aquele que fez a expe-riência no exercício de sua liberdade, não pode ser induzida, mas animada no Espírito, descobre que é chama-do ao testemunho, não num mundo atemporal, mas inserido na realidade, irá gastar sua vida na tradução entre naturezas, sociedades e culturas dis-tintas. O vocacionado é o historiador sagrado que tem a tarefa de se deslo-car em direção ao outro, e procurar incutir uma memória renovada nesta sociedade cristalizada nas paixões da vaidade, o verdadeiro sentido da vida, ou seja, fazer com que a hu-manidade retorne ao fluxo temporal, que se liquefaça para que novamen-te possa correr na direção da luz. O chamamento do Pai ao batizado é o chamado à inquietação do coração, é o presente que interroga o nosso pas-sado e o conecta com a nossa vida, com suas problemáticas; o passado, como manifestação do sagrado, não como uma invenção do presente, mas ancorada nos signos deixados pelo passado. Passado este que está longe de estar morto, de estar acabado; pas-sado que é parte do próprio presente. É o Deus da vida que marca presença no passado, presente e futuro da vida do vocacionado.

Pe. José Carlos de Lima Paróquia de Santo Antônio - Blumenau

15Notícias da IgrejaJornal da Diocese de Blumenau ◗ Agosto de 2009

Igreja no MundoFé e alegria na celebração de abertura do 12º Encontro Intereclesial de CEBs em Porto Velho

“Como irmãos e irmãs, unindo nossa voz ao grito da terra e das águas, no sopro do Espírito, declaramos aberto o 12º Intereclesial”.

Foi com estas palavras, sob o aplauso entu-siasmado de uma multidão, que o arcebispo de Porto Velho (RO), dom Moacyr Grechi, declarou, solenemente, aberto o 12º Encontro Intereclesial das CEBs, maior encontro das Comunidades Eclesiais de Base que a Igreja Católica realiza no Brasil desde 1975.

A cerimônia de abertura constou de uma celebração realizada na noite desta terça-feira, 21, na praça Madeira Mamoré, na capital de Rondônia, e contou com a presença de mais de 4 mil pessoas. Nem mesmo o cansaço de dias nas estradas até chegar a Porto Velho, inclusive com ônibus quebrando no caminho, tirou o ânimo das lideranças que vieram de todos os estados do país como delegados para o encontro. No altar, indí-genas, negros, seringueiros ficaram ao lado de vários bispos.

Dom Moacyr acolheu os participantes e des-tacou a importância do encontro debater o tema da Amazônia. “Amazônia é sempre, na história, tratada como colônia e vocês dirão a todos que a Amazônia quer ser irmã e ser tratada com dignidade”, disse recebendo a aprovação da as-sembleia que aplaudiu efusivamente. “Os índios devem ser respeitados, os seringueiros devem ter onde trabalhar, nossa cidade precisa ser humani-zada. O grito da Amazônia repercutirá como o grito da esperança”, completou.

Fé e alegriaO ritmo da Amazônia na celebração de

abertura do 12º Intereclesial das CEBs deu o

tom de como será o encontro que reúne 3 mil pessoas até sábado em Porto Velho. Na assem-bleia, pessoas vestindo camisetas do Interecle-sial, lenços no pescoço, chapéu, mochilas e faixas não pararam de cantar e dançar aguar-dando o início da oração, marcada também por muita música, dança e símbolos. Tudo levava as pessoas à interiorização e à meditação, mes-mo em meio ao ritmo forte de flautas, tambo-res e outros instrumentos musicais.

Todos se emocionaram, por exemplo, ao ouvir, de velas acesas, um coro de crianças en-toar “curupira”. “O dia está escurecendo, será que não vai voltar. Se ele não chegar logo, vou mandar lhe procurar, vou levar uma lamparina pra poder alumiar”, diz o canto.

Outro momento que chamou a atenção do povo foi a benção da água com a qual todos foram aspergidos. Igualmente, a bênção e dis-tribuição de milhares de bombons, produzidos com frutas da região, emocionou a multidão.

“O 12º Encontro das CEBs começou muito bem com esta celebração que foi linda e muito participada. Este encontro é especial não só ser na Amazônia, mas também pelo que exigiu de todos que vieram aqui’, disse o arcebispo emé-rito da Paraíba, dom José Maria Pires.

“Vim presenciar este evento e gostei da celebração, esta harmonia de vários pensa-mentos, todos voltados para a mesma fé, em busca de luz e não há luz maior que tenha pas-sado pela terra a não ser Jesus Cristo”, disse Ras Uilivan, de Porto Velho, que não é cató-lico, e diz pertencer ao cristianismo ortodoxo da Etiópia.

Pesquisa revela realidade sóciorreligiosa na arquidiocese de Maringá

Com o objetivo de conhecer melhor a realidade sócio-religiosa dos habitantes da ar-quidiocese de Maringá [religião atual; outras religiões; considerações dos não católicos a respeito da Igreja Católica; motivações para mudança de religião] foi divulgada no último dia 2 pela arquidiocese os dados de uma pes-quisa inédita feita durante os meses de julho, agosto e setembro de 2007, em 53 paróquias, de 27 municípios da região arquidiocesana.

A pesquisa ouviu 9.808 pessoas, com mar-gem de erro decorrente do processo de amos-tragem de 1% para mais ou para menos com uma confiabilidade de 95% para as estimativas obtidas.

Segundo os dados da pesquisa, a população católica da arquidiocese de Maringá representa

o total aproximado de 73,72% dos morado-res. 21,15% são evangélicos; 1,46% espíritas; 0,24% muçulmanos; 0,15% budistas; e 2,67% não pertencem a nenhuma religião.

1,07% dos pesquisados que mudaram de religião nos últimos anos responderam que fi-zeram isso por causa da acolhida. 2,42% muda-ram por influência de familiares. A doutrina da Igreja Católica motivou a saída de 2,99% dos entrevistados. “Encontrei um apoio para mudar de vida”, resposta de 1,12% dos pesquisados que deixaram a Igreja. Já 3,15% disseram que optaram pela mudança motivados pela “experi-ência de encontro com Deus”. E as questões fi-nanceiras, como dízimos e ofertas, fizeram que 0,20% deixassem a Igreja Católica Apostólica Romana na arquidiocese.

Igreja no Brasil

1º Encontro Latinoamericano de Animação Bíblica da Pastoral, na Colômbia

“Catholic TV” é o nome primeiro canal te-levisivo via cabo no Paquistão. A iniciativa é da paróquia São Francisco de Lahore, com o apoio do padre capuchinho Morris Jalal, que também é diretor do canal. “Eu quis aproveitar da era da comunicação veloz para promover a difusão dos valores humanos e a mensagem evangélica ao grande público. Os jornais são acessíveis somente aos cristãos instruídos, enquanto os meios de co-municação eletrônicos são vistos por todos”, ex-plicou o sacerdote à agência Ucan.

Segundo padre Jalal, a iniciativa “pode con-tribuir a construir e reforçar uma sociedade pací-fica e tolerante” no Paquistão. A “Catholic TV” oferece uma programação rica e articulada: filmes cristãos, documentários sobre atividades nas paró-quias das arquidioceses, talk shows [programas de entrevistas], música religiosa, a oração do Terço,

perguntas sobre a Bíblia e as Santas Missas domi-nicais ao vivo. Tudo isso com poucos meios, sen-do o projeto inteiramente autofinanciado pela pa-róquia de São Francisco: os estúdios e as redações foram montados na casa paroquial e atualmente trabalha uma equipe de 11 pessoas.

As autoridades para as telecomunicações naquele país ainda não concederam a licença de transmissão a nenhuma rádio ou televisão cristã e a TV nacional reserva aos cristãos somente 30 minutos semanais da sua programação. Contudo, diversas Igrejas cristãs aproveitaram da introdu-ção da televisão via cabo e via satélite para criar seus próprios canais televisivos. Em 21 de feve-reiro a arquidiocese de Karachi lançou a “Good News TV”. Realizado pelo Centro catequético da arquidiocese, o projeto foi acolhido com muito entusiasmo pelos bispos paquistaneses.

No dia 7 de julho, foi publicada a nova Encí-clica do Papa Bento XVI, com o título: Caritas in Veritate (A Caridade na Verdade). Trata-se da primeira Encíclica social deste papa, dando continuidade a uma tradição consolidada pelos seus predecessores que, há mais de 100 anos, enriquecem a Doutrina Social da Igreja com oportunas tomadas de posição do Magistério pontifício diante das questões sociais em con-tínua evolução.

A última Encíclica social tinha sido a Cen-

tesimus Annus (O Centésimo Ano), de João Paulo II, em 1991. Já se foram quase 20 anos. Enquanto isso, o mundo ficou mais globalizado e o panorama político e econômico passou por profundas transformações, suscitando problemas novos na convivência entre os povos e nas co-munidades locais. Bento XVI vai a uma questão de princípios: para onde deve levar o progresso humano? Quais princípios devem nortear a bus-ca do desenvolvimento dos povos, para que seja verdadeiro e bom, ou seja, traga efeitos bons?

Aproximadamente 30 representantes de 15 países da América Latina e do Caribe estiveram reunidos em Bogotá, Colômbia, de 9 a 12 de julho para participar do 1º Encontro Latinoa-mericano de Animação Bíblica da Pastoral. O tema escolhido foi “A palavra de vida, fonte do discipulado e da missão”. Segundo o bispo de Valparaíso (Chile) e responsável pelo Centro Bíblico Pastoral para América Latina (CEBI-PAL) do Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM), Santiago Silva Retamales, “graças a uma renovada percepção do espírito do Conci-lio Vaticano II e as instituições das Conferên-cias Episcopais é que hoje se torna possível uma nova mentalidade para entender a chamada Pastoral Bíblica, compreendida como animação

bíblica da pastoral ou dimensão bíblica da Pas-toral”.

O bispo ainda explica que a Animação Bí-blica da Pastoral deve se tornar uma “escola de interpretação, de atualização e de evangeliza-ção” e ressalta afirmando que se deve mudar a mentalidade e não modificar as atividades que as comissões já desenvolvem. “Precisamos da Pastoral Bíblica com uma nova mentalidade e cujo objeto não seja a Bíblia, mas o discípulo missionário”. O diretor do CEBIPAL, padre Fi-del Oñoro segue a mesma linha de raciocínio do bispo de Valparaíso e ressalta que “Não se trata tanto de fazer muitas outras coisas, mas realizar com novo espírito, ou seja, que todas as pasto-rais sejam iluminadas pela Palavra de Deus”.

Paquistão cria seu primeiro canal católico via cabo e satélite

A nova Encíclica do Papa Bento XVI – Apresentação de Dom Odilo Scherer

16 História das Comunidades Agosto de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Comunidade Eclesial Santa Luzia – Paróquia Catedral – Blumenau (Complemento)

Especializada em Sonorização para Igrejas

Comunidade Eclesial São José – Ponta Aguda (Toca da Onça) – Blumenau

N a década de 1970, nas ime-diações da

Rua Henrique Reif, Bairro Ponta Aguda, em Blumenau, havia poucos moradores, mas já estava construída a primeira e peque-na Escola Municipal Gustavo Reichert. Numa das salas, as fa-mílias se reuniram para a primeira missa naquele local, presidida pelo Pe. Lino Mees. O altar daquela celebração ainda hoje é conservado pela comunidade.

Do Bairro Fortaleza, vieram catequis-tas para ensinar as crianças. Dentre eles, lembrado Luiz Castelani , que também pertencia à Associação de leigos Legião de Maria. Olga Francisca foi a primeira catequista da nascente comunidade. Por mais de dez anos, ela exerceu este impor-tante ministério entre aquelas famílias. Luzia Soares Fistarol, Angelita, Nair, Cristina, depois assumiram o trabalho da Catequese.

Ainda quando as celebrações eram feitas na escola, por votação das famí-lias, foi escolhido o padroeiro São José,

P ublicamos a história da Comu-nidade Eclesial Santa Luzia, da Rua Araranguá, em Blumenau, na

edição de nº 93, abril de 2008, do nosso Jornal da Diocese. Sra. Laura Bento, mo-radora daquela comunidade, que ajudou e acompanhou sua história desde os seus inícios, em verdadeiro documento histó-rico, escreveu-nos outros dados que aqui estamos registrando.

Além das pessoas, cujos nomes elen-camos naquela edição, merecem ser lem-brados também outras que trabalharam na diretoria da Comunidade: Armando Dalgastagne, Joel Faustino e esposa, Os-mar Borges, Saul José Bento, Gilmar de Amorim, Ambrósio e esposa, Antonio Cunha e esposa, Edson e esposa, Rogé-rio Vieira. Tarcisio de Souza e a sua es-posa foram secretários e catequistas da Comunidade; ele foi também ministro

neste local, logo foi começada a constru-ção de um galpão, onde as celebrações e demais atividades comunitárias passaram a ser realizadas.

A pedra fundamental da igreja foi abençoada no dia 05 de fevereiro de 1984. E a inauguração da bonita capela foi fes-tejada no dia 13 de março de 1998.

São lembrados diversos sacerdotes que apoiaram decisivamente a caminhada da comunidade: Fr. Anselmo, Fr. Dalvi-no, Fr. Augusto, Fr. Edgar. Fr. Pascoal, naquele lugar, é chamado “pai da comu-nidade” por causa do bom atendimento que deu àquelas famílias, inclusive enca-minhando bolsas de estudo para crianças no Colégio Santo Antonio.

Dentre as primeiras lideranças, cita-se Sr. Jorge da Paz, Daniel Bressanini, Francisco Andrieti, Alberto Lúcio Bento. Aldo Schmitz liderou a construção do galpão. Todas as famílias colaboravam. Do centro da cidade, de generosos co-merciantes, arrecadava-se também mui-tos donativos.

São lembrados os primeiros ministros extraordinários da Comunhão: Vilmar dos Santos, Francisco Gorges, Evelina de Jesus, Maria da Silva, Gasparino.

cuja imagem foi doada pelas famílias de Anastácio Angeeski e Nilton Coppi. Mais tarde, Frei Edgar doou a grande imagem do padroeiro que foi colocada ao lado da escadaria da capela.

Houve uma primeira tentativa de lo-

calização do terreno da futura igreja no lugar onde, hoje está construído o CEI (Centro de Educação Infantil), chegando-se a celebrar ali o lançamento da pedra fundamental. Sr. Daniel Bressanini doou terreno avaliado como mais adequado e,

A Comunidade Santa Lu-zia conta com um sacerdote ali nascido, Pe. Wilson da Sil-va, e que foi aluno da Escola “Alice Thiele”. Ele trabalhou muito na comunidade, visi-tando famílias dos morros e celebrando missas nas casas.

Sra. Iolanda da Silva, es-posa de João da silva doou a imagem de Santa Luzia à capela. Isolde Stählin e a Ir. Elza também, ali, foram ca-tequistas. Sr. Rodolfo, pai de Frei Gentil, hoje com quase 90 anos de idade foi ministro extraordinário da Comunhão, com Gilmar Amorim e a es-posa Maria. Sra. Laura Bento exerceu o ministério da Pala-vra e das Exéquias.

da Palavra e lide-rou o coral, que animava as ce-lebrações até duas vezes por mês.

Na década de 1990, nu-mas férias de final de ano, os seminaris-tas Márcio, Marcos e Eduardo pre-garam missões na Capela da Rua Araranguá. Hospedaram os mis-sionários três generosas famílias: Altino Xavier, Joel Faustino e Sra. Verônica. Os jovens evangelizado-res visitavam as casas e, à noite, dirigiam celebração da Palavra, revezando-se no ministério da pre-gação.

Pároco Pe. Bachmann

Pároco Pe. HamiltonWagner da Rosa