Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

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Conheça o trabalho da Casa de Recuperação da Diocese, que busca resgatar vidas. Seja um colaborador! pág. 12 Diocese de Blumenau Jornal da Ano da Palavra pág. 15 Enfoque Pastoral Contra capa Opinião Ecumenismo Domingo de Ramos: coleta da solidariedade um dos gestos concretos da Campanha da Fraternidade pág. 6 Artigo do Bispo: Quaresma e fraternidade Em março mais três caminhadas penitenciais. Acompanhe os dias e participe deste momento de intensa religiosidade ANO IX Nº 103 Março de 2010 pág. 7 pág. 16 pág. 2 XII Congresso Estadual da RCC acontece em Blumenau Grupos de Reflexão: novo livreto está pronto “O apelo da Quaresma é sempre um apelo de conversão. É um convite para caminharmos junto a Jesus, num processo contínuo de revisão da nossa vida” Jesus Crucificado, remédio para nossas dores www.diocesedeblumenau.com.br

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Jornal da Diocese de Blumenau Edição 103, Março de 2010

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Conheça o trabalho da Casa de Recuperação da Diocese, que busca resgatar vidas. Seja um colaborador!

pág. 12

Diocese de BlumenauJornal da

Ano da Palavra

pág. 15

Enfoque Pastoral

Contra capa

Opinião

Ecumenismo

Domingo de Ramos: coleta da solidariedade um dos gestos concretos da Campanha da Fraternidade

pág. 6

Artigo do Bispo: Quaresma e fraternidade

Em março mais três caminhadas penitenciais. Acompanhe os dias e participe deste momento de intensa religiosidade

ANO IX Nº 103 Março de 2010

pág. 7

pág. 16

pág. 2

XII Congresso Estadual da RCC acontece em Blumenau

Grupos de Reflexão: novo livreto está pronto“O apelo da Quaresma é sempre um apelo de conversão. É um convite para caminharmos junto a Jesus, num processo contínuo de revisão da nossa vida”

Jesus Crucificado, remédio para nossas dores

www.diocesedeblumenau.com.br

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OpiniãoEd

itoria

l

Enquanto preparava a edição de março do Jornal da Diocese, deparei-me com o livro “Sofrer sem nunca deixar de amar”, de Luzia Santiago, há muito tempo esquecido em minha estante. Chamou minha atenção, sobretudo pela pa-lavra “sofrer”. Afinal, neste mês estaremos com a temática da dor e do sofrimento. Lembro, vagamente, de tê-lo lido em certa ocasião, talvez acerca de uns cinco anos. Mas agora me parece um título tão profundo e significativo, que, con-fesso ao leitor, aguçou-me o desejo de lê-lo novamente.

Da mesma forma convido-os a vasculhar nossas pági-nas e iniciar uma reflexão a cerca da mesma temática. Você vai encontrar textos que tentam explanar algumas perspec-tivas sobre o sofrimento humano. Dos santos de outrora aos nossos mais atuais escribas, é possível ter uma rica experiência.

Entretanto não queremos aqui fazer uma apologia ao sofrimento. Sugerimos apenas uma nova visão. Não se pode vencer a dor fugindo dela. Mas é possível vencê-la aceitando-a como uma ocasião de obter maior crescimento pessoal. Que nesta Quaresma possamos rever também o sentido da dor e do sofrimento em nossas vidas.

Deixo ainda um agradecimento especial aos leitores que enviaram sugestões e críticas. Estaremos aos poucos publicando suas mensagens no Jornal, ao mesmo tempo, avaliaremos nosso trabalho a partir de suas contribuições.

Ketlin da Rosa - Editora

“Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt.6,24) Essa frase do Evangelho será o ponto de parti-da para vivermos a nossa Quaresma 2010; será uma oportunidade para revermos as escolhas que fazemos no nosso dia a dia, não somente em relação a nós mesmos, mas sobre-tudo tendo em vista nossos irmãos e irmãs.

O apelo da Quaresma é sempre um apelo de conversão. É um convi-te para caminharmos junto a Jesus, num processo contínuo de revisão da nossa vida, para sairmos de eventuais escravidões que nos amarram e nos impedem de sermos pessoas “livres” para Deus. Cristo apontou o caminho da paixão e da Cruz como sinal ver-dadeiro de uma morte que leva a uma libertação plena. É com Cristo que nós devemos querer morrer, para com Ele

Andar com fé é bom

ressuscitar.Uma entre tantas formas de escra-

vidão da nossa época é o “serviço ao dinheiro”; isto é, uma espécie de ido-latria que vê no dinheiro a única fonte de salvação. Hoje é comum adotar-se uma cultura que se “prostra” diante de tudo aquilo que pode ser comparado a um “símbolo de imortalidade”. O medo de morrer pode levar a pessoa a acu-mular bens materiais obsessivamen-te, tornando o seu mundo fechado de maneira egoística, procurando encon-trar só os próprios interesses.

A proposta que a Igreja Católica, juntamente com outras igrejas cristãs do Brasil, dirige a todos neste tem-po forte é uma mudança de vida, de pensamento e até de cultura. É neces-sário passarmos de uma cultura do “receber” para uma cultura do “dom”. É necessária uma efetiva mudança

de mentalidade que nos leve a ado-tar novos estilos de vida em relação, sobretudo, ao acumulo de bens. Os números são assustadores quando se fala, por exemplo, de pessoas que passarão fome neste ano de 2010. Uma agência da ONU disse que “a crise econômica global levará 100 mi-lhões de pessoas à pobreza este ano, em função de perdas de empregos e redução de ganhos, levando um sexto da população mundial à fome”.

O Papa Bento XVI, na sua recen-te encíclica sobre o desenvolvimen-to humano integral na caridade e na verdade, afirma: “A complexidade e gravidade da situação econômica atual preocupa-nos, mas devemos assumir com realismo, confiança e esperança as novas responsabilidades a que nos chama o cenário de um mundo que tem necessidades duma renovação cultural

profunda e da redescoberta de va-lores fundamentais para reconstruir sobre eles um futuro melhor” [21].

Que nesta Quaresma possamos de verdade encontrar essas novas formas de empenho em favor dos mais necessitados e empobrecidos; que nos tornemos sempre mais cientes de que a ganância e o lucro são armas destruidoras, quando têm a única finalidade de encher os próprios cofres. Pelo contrário, a partilha e a distribuição dos bens são elementos a favor da vida e reproduzem o estilo da primeira co-munidade cristã: “A multidão de fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coi-sas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum... Entre eles ninguém passava necessida-de...” [At 4,32-34].

Quaresma e fraternidade

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Revista Criativa

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CEMITÉRIO?

Quem cultiva uma crença, independente-mente da religião é mais saudável e feliz do que os céticos. E ainda consegue lidar melhor com a dor física e emocional. A conclusão é do médico americano Harold Koenig, psiquiatra, geriatra e diretor do Centro para o Estudo da Religião/Espiritualidade e Saúde da Universi-dade de Duke, na Carolina do Norte (EUA).

Há duas décadas, o pesquisador se debru-çou sobre a relação entre religiosidade e saú-de e conseguiu provar que a fé pode curar. Na década de 90, acompanhou quatro mil pesso-as com mais de 60 anos, ligadas a diferentes credos. O resultado revelou que menos da me-tade daquelas que não tinham uma prática re-ligiosa assídua estava viva. Em contrapartida, 91% dos que tinham crença encontravam-se saudáveis.

Por que o senhor resolveu pesquisar o assunto? Percebi entre meus pacientes que quem tinha uma prática religiosa era mais feliz e reagia melhor, física e emocionalmente, às doenças. Tem menos depressão, mais paz interior e aceitam melhor os tratamentos médicos.

O que o senhor concluiu? Pessoas que têm crença religiosa e a praticam vivem, em geral, sete anos mais do que as que não alimen-tam a fé. Quem reza ou frequenta cultos religiosos tem 40% menos chance de apresentar pressão alta. Outro estudo mostra que 50% dos idosos saudáveis que não rezam estão mais propensos a morrer nos próximos seis anos.

Por quê? Pessoas religiosas são mais otimistas e têm uma visão mais positiva da vida. Em geral têm uma vida social mais intensa, mais amigos com quem podem contar. Finalmente, tem um estilo de vida mais saudável: fumam menos, não se excedem com bebidas alcoó-licas, não usam drogas ou cometem atos criminosos. Estes fatores psicológicos e sociais influenciam nos processos de cura.

Mas quais seriam exatamente os efeitos fisioló-gicos da fé no organismo? Práticas religiosas acalmam a mente e as emoções. E já é cientificamente comprovado que isso reduz a pressão arterial e os batimentos cardíacos e reforça o sistema imunológico.

O senhor já experimentou isto em sua vida? O tempo todo. Minha fé é que me ajuda a superar as dificuldades, a ser mais saudável física e mentalmente.

“O apelo da Quaresma é sempre um apelo de conversão. É um convite para caminharmos junto a Jesus, num processo contínuo de revisão da nossa vida”

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CEMITÉRIO?

2Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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Andar com fé é bom

Diocese

Sacerdotes de toda Dio-cese de Blumenau estive-ram em retiro no “Recanto Champagnat”, na Ilha de Florianópolis. O encontro de quatro dias é um momento de vivência comunitária e espiritualidade. A abertura foi no dia 8 de fevereiro com “Santa Missa votiva ao Es-pírito Santo” e encerrou-se no dia 11 de fevereiro.

O retiro foi conduzido pelo Pe. Germano Van der Meer, de origem holandesa, da Congregação dos Pa-dres Verbitas. Atualmente o sacerdote reside em São Paulo, numa cidadela do Movimento dos Focolares, no município de Vargem Grande.

Durante estes dias os pa-dres acompanham as pales-tras por seguidos momentos de reflexão e silêncio. Tam-bém são celebradas missas diárias. Esse ano Pe. Ger-mano trouxe temas como

a saúde física e afetiva do sacerdote, a felicidade, Trin-dade Santa, castidade e a Eucaristia na vida do padre.

“Ele abriu o evento ques-

UniDaDE RECORDaR: 10 anOs

47 presbíteros de toda a Diocese participaram do Retiro anual dos padres

3A mensagem dos PastoresJornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010

sacerdotes em comunhãoNa data de 17 de janei-

ro de 1995, Dom Orlando Brandes, Bispo Diocesano de Joinville, enviou duas cartas que deram início ao encaminhamento prático da implantação da futura Diocese de Blumenau. As cartas com o mesmo teor foram endereçadas ao en-tão Arcebispo de Florianó-polis, Dom Eusébio Oscar Scheid, e ao então Bispo Diocesano de Rio do Sul, Dom Tito Buss.

Dom Orlando assu-miu esta liderança, por-que a sede da futura Diocese já estava definida: Blumenau, situada no território da sua Dio-cese de Joinville. Além disso, a maioria das paróquias que pertenceriam à nova dioce-se seriam desmembradas de Joinville. Ainda pode-se, neste sentido, aludir à imensidão ter-ritorial e ao grande crescimento populacional da Diocese de Joinville.

Em sua carta ao Arcebispo e Bispo vizinhos, Dom Bran-des relembra as reuniões do episcopado catarinense reali-zadas em Treze Tílias e Lages, respectivamente, em maio e dezembro de 1994. Lá “ficou decidida a criação da Diocese de Blumenau”, afirma o Bispo de Joinville.

A mesma carta refere-se também a um procedimento ocorrido antes das reuniões do episcopado em Treze Tí-lias e Lages: um levantamento de dados a este respeito, feito por Dom Gregório Warmeling (antecessor de Dom Orlando), por Dom Afonso Niheues (an-tecessor de Dom Eusébio na Arquidiocese de Florianópolis)

Dom Orlando mobiliza formação da Diocese

e Dom Tito (então Bispo Dioce-sano de Rio do Sul).

A informação de Dom Orlan-do apresenta-se preciosa para a história, registrada na mesma carta, que os documentos rela-tivos ao levantamento de dados devem constar nos arquivos destas cúrias.

Um pedido muito claro e decidido trazia ainda a carta: solicitação dos nomes das pa-róquias da Arquidiocese de Flo-rianópolis e da Diocese de Rio do Sul que, segundo o parecer do respectivo bispo, “deveriam pertencer à nova diocese”.

E a carta segue: “para mim é claro, óbvio e mais do que justo, que Brusque fique pertencendo a Florianópolis e não seja ane-xada a Blumenau”.

Insiste, finalmente, Dom Orlando na resposta dos cole-gas bispos em breve espaço de tempo, justificando sua in-tenção de “levar o processo a Roma por ocasião da ‘Visita ad Limina’”, programada para acontecer por aqueles meses do ano de 1995.

Pe. Raul Kestring

tionando como andava nos-sa saúde, se temos cuidado do corpo físico”, ressaltou Pe. João Bandoch, que é coordenador diocesano de

pastoral. Foi uma iniciativa diferente que surpreendeu a todos.

O evento contou com a presença ativa do Bispo Dio-cesano, Dom José Negri.

SeminaristasDurante o encontro hou-

ve também a admissão de cinco seminaristas às or-dens menores. Segundo Pe. João Bandoch esse é mais um passo rumo ao diaco-nato e em seguida a orde-nação sacerdotal. Dentro das Ordens Menores estão o Leitorato e o Acolitato. O primeiro Ministério confere a missão de proclamar a Pa-lavra de Deus, dentro e fora da Assembleia Litúrgica. Já o Acolitato é o Ministério de serviço do altar.

ERRAMOSNa edição 102, de fevereiro de 2010, o Jornal da Diocese trouxe a matéria “Bispo vai ao Vaticano e se encontra com Bento XVI”. O texto publicado na página 03 traz dois erros, o primeiro de digitação no quinto parágrafo: “O Bispo falou da à carta...”. O segundo no subtítulo “Consagração a Maria Santíssima”, quando o texto se refere ao milagre de Lan-ciano e não Lanchiano, como havia sido publicado. A equipe pede desculpas ao leitor por essa falha na revisão.

Por: Ketlin da Rosa - Editora

Seminaristas recebem admissão às ordens menores

3Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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Vamos buscar a justiça

“Queridos irmãos e irmãs, todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convi-da-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensi-namentos evangélicos. Este ano deseja propor-vos algu-mas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cris-to (cf. Rm 3,21–22).

O cristão é levado a con-tribuir para a formação de sociedades justas, onde to-dos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo

COlUna DO lEitOR

amor. A Quaresma culmina no Triduo Pascal, no qual também este ano celebra-remos a justiça divina que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autên-tica conversão e de conheci-mento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes senti-mentos, a todos concedo de coração a Bênção Apostóli-ca”. (Papa Bento XVI)

Leia na íntegra a men-sagem do Papa Bento XVI para a Quaresma no site: www.diocesedeblumenau.org.br

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são Pedro Damião, Bispo e Doutor da igreja. nasceu em Ravena (itália) no ano de 1907. Perdeu os pais cedo e foi morar com seu irmão até entrar na Ordem Camaldulense. Dirigiu e fundou um grupo de mosteiros. trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus na solidão e penitência. ajudou vários Papas, até mesmo depois de tornar-se bispo e cardeal de Óstia, perto de Roma.

Frei Elzeário fala sobre o novo Jornal da Diocese

Meu caro irmão Pe. Raul.

A nova feição gráfica, mais aberta e em papel de melhor qualidade, tor-na a leitura do jornal bem mais agradável. Para-béns ao diretor geral e a toda equipe. E bom ano de 2010!

Sobre o presépio, in-ventado por São Francis-co de Assis, existe toda uma literatura, alguma histórica outra fantasia-da. Em assuntos desta natureza sempre é reco-mendável recorrermos às fontes fidedignas, quando quisermos evocar, através da mídia, algum fato do passado, principalmente quando remoto. O núme-ro de dezembro passado do “Jornal da Diocese de Blumenau” apresenta um tópico sobre o Natal, alar-gando conjetura, supos-tamente histórica, com incidência sobre a origem de nossos presépios, pre-sentes em quase todas as igrejas católicas e até em praças públicas.

Entre os historiadores coevos e discípulos de São Francisco, avulta To-más de Celano. No capí-tulo 30 de sua “Vida I”, ele descreve o Natal de 1223 em Greccio. São Boaven-tura, famoso teólogo e discípulo de São Francis-

co e quase seu contem-porâneo (+1274), em sua “Legenda Maior”, capítulo 10, descreve o mesmo Natal com mais detalhes.

São Francisco nada preparou em Greccio, mas uns 15 dias antes do Natal pediu a seu amigo Jão Velita, dono do terre-no, que preparasse um lo-cal apropriado, como ele queria, sem esquecer um boi e um burro.

“Uma gruta de pouca profundidade, em meio às árvores do bosque. A cavidade da rocha, além da manjedoura e dos ani-mais, comportava somen-te poucas pessoas, isto é, o celebrante da Missa e os sagrados ministros.

Francisco funcionou como diácono. A missa foi cele-brada sobre um presépio-manjedoura diz Tomás de Celano.” (Dicionário Fran-ciscano, Cefepal, Petró-polis, 1993, p. 408)

Há historiadores que insinuam na manjedou-ra um menino de barro. Acorreram os irmãos franciscanos de diversos lugares e o povo da re-dondeza. São Francisco fez o sermão, agarrado à figura símbolo do Menino Jesus e derramando lá-grimas da mais profunda comoção e alegria. São Boaventura: “E aquele feno do presépio, cuida-dosamente conservado, foi remédio eficaz para

curar milagrosamente os animais enfermos e como antídoto contra outras mui-tas classes de peste.” Não sei qual a fonte em que o jornal teria encontrado o nome de um frade, respon-sável supostamente pela “entrada” dos presépios no Brasil. É mérito de todos os primeiros missionários, já que em suas primeiras igrejas, na Europa, de onde eles vieram, a fama do pre-sépio estava arraigada fa-zia mais de 300 anos.

Um abraço Pe. Raul.

Por: Frei Elzeário Schmitt, OFM, 99 anos

- Vigário da Paróquia São Pedro Apóstolo

(Gaspar)

PE. RAUL KESTRING

João Cidade Duarte nas-ceu no dia 08 de março de 1495 em Portugal. Da sua infância sabe-se apenas que aos oito anos fugiu ou foi rap-tado por um viajante. Sob os cuidados de um bom homem, Francisco Majoral ganhou o apelido de João de Deus, porque ninguém sabia direito quem era ou de onde vinha.

Decidiu o seu tutor casá-lo com sua filha e de novo ele fugiu. Em 1538, em Granada, Espanha, ouviu um vibrante sermão de São João d’Ávila. Arrependido dos seus peca-dos, saiu correndo da igreja e gritou: “Misericórdia, Senhor, misericórdia”. Distribuiu seus bens aos pobres e fez duras penitências. Tomado como louco, foi internado num hos-pital psiquiátrico, onde foi tra-

são João de Deustado desumanamente.

João d’Ávila ajudou-o e João de Deus fundou uma casa hospitalar para tratar os loucos. Nascia, assim, a Ordem Religiosa dos Irmãos Hospitaleiros.

A instituição procurava curar a alma do doente, meio caminho para curar o corpo. Várias entidades seguiram sua orientação nesse sentido.

Ele morreu aos 55 anos, no dia 8 de março de 1550. Canonizado pelo Papa Leão XIII, tornou-se padroeiro dos hospitais, dos doentes e da-queles que cuidam dos enfer-mos.

Seus seguidores continu-am a obra da hospitalidade misericordiosa para com os doentes. Atuam em quarenta e cinco países dos cinco con-tinentes.

4Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

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A Escola de Formação e Animação de Catequistas está com inscrições abertas. O curso, que está em sua 9ª edição acontece em Lages e reúne pessoas de todas as dioceses de Santa Catarina. Com duração de dois anos, a escola tem quatro etapas, divididas em dois encontros ao ano, com duração de três a quatro dias cada um.

A cada dois anos abrem-se vagas para uma nova tur-ma. Essa é a oportunidade para pessoas envolvidas na

Atenção catequista! Procure a coordenação diocesana e conheça esse curso

catequese buscarem mais conhecimento. As vagas são limitadas e divididas entre as dez dioceses ca-tarinenses. Para Blumenau há 12 lugares. A inscrição deve ser feita com a coorde-nação diocesana até o final de março.

O primeiro encontro ocorre de 29 de abril a 02 de maio com os seguintes temas: aspectos antropoló-gicos no contexto catarinen-se e aprofundamento sobre Iniciação à Vida Cristã. Os

REgiOnal sUl iV

CatequeseCURtas

LEctiOnAutASCaros internautas, especial-mente jovens, conheçam o site www.lectionautas.com. Esta proposta das Sociedades Bí-blicas Unidas é um projeto de capacitação para formação de discípulos e missionários, a par-tir da Leitura Orante dominical.Já são mais de 20 mil jovens interagindo com o projeto. Co-nheça, divulgue e participe!

ORiEntAçõESHoje a Igreja pede que antes de iniciar como catequista, o interessado busque uma for-mação. “É essencial que antes de atuar na pastoral o candidato esteja preparado e tenha subsí-dios para começar o seu traba-lho como catequista”, destaca a coordenadora diocesana Irmã Anna Gonçalves. Cabem às co-ordenações de catequese das comunidades o apoio e o incen-tivo necessário para atuação de novos membros no ministério. Mas não esqueça: a formação é um processo permanente, por mais tempo de caminhada que se tenha, é sempre neces-sária uma atualização.

ORiEntAçõES iiOutra orientação da Diocese de Blumenau é que a catequese inicie suas atividades logo após a Quarta-feira de Cinzas e que cada agente tenha os recursos necessários para desempe-nhar seu ministério: a Bíblia, o Manual de Catequese, os tex-tos da Campanha da Fraterni-dade Ecumênica entre outros. E por falar em Campanha da Fraternidade, este é o momen-to propício para trabalhar sua temática. O material é muito rico, é possível desenvolvê-lo com as equipes de catequese, os pais, jovens, adolescentes e crianças.

2 Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

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Abertas as inscrições para a Escola de Formação

palestrantes são especialis-tas na área, trazidos de di-versas regiões do Brasil.

Exemplo para o paísA escola iniciou seus tra-

balhos em 1993. Na época, a Equipe de Coordenação Regional da Catequese foi inspirada e impulsionada pelos Documentos do Ma-gistério da Igreja. Propôs-se, então, a organizar e programar constantes for-mações para catequistas.

Participam da escola em média cem pessoas a cada

dois anos. Além das pales-tras, os grupos recebem subsídios como livros, que correspondem a cada etapa trabalhada. Assim, podem levar este conhecimento para sua paróquia ou comu-nidade.

Os encontros acontecem no Centro de Formação em Lages. Os recursos para manutenção da escola pro-vêm de um convênio com a ADVENIAT e ajuda das dioceses, paróquias e dos cursistas.

Condições para que a Leitura Orante dê frutos:

Crer que o Espírito Santo é o autor da Palavra;Crer que o centro da Bí-blia é Jesus;Deixar-se converter pela Palavra;Pedir o Dom do Espírito;Relacionar tudo à unidade das Escrituras;Sentir com a Igreja.

iniCiaçãO à ViDa CRistã E lECtiO DiVina

Neste começo de ano acontecem em várias paró-quias da Diocese de Blume-nau formação para catequis-tas e lideranças. O objetivo é enfatizar o processo de Iniciação à Vida Cristã e a Leitura Orante da Palavra de Deus.

“A iniciação cristã, que inclui o kerygma, é a manei-ra prática de colocar alguém em contato com Jesus Cris-to e iniciá-lo no discipulado. Dá-nos também a oportuni-dade de fortalecer a unida-de dos três sacramentos e aprofundar a pessoa em seu rico sentido” (DAp, nº 303).

Para um contato mais pessoal com Jesus tem-se a Lectio Divina ou Leitura Orante da Bíblia. “Entre as muitas formas de se apro-ximar da Sagrada Escritura existe uma privilegiada, à qual todos estamos convi-dados: a Lectio divina ou exercício de leitura orante da Sagrada Escritura” (DAp, nº 265).

Nas próximas edições aprofundaremos mais estes assuntos.

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5Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 6: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Confissões religiosas sob a luz de Deus trino

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Vinte pastores e padres entraram em solene procissão pelo corredor central da Catedral São Paulo Após-tolo, em Blumenau. Posicionados de frente para o povo, sobre o presbitério, vivenciaram um momento celebrativo inesquecível: a abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, no dia 23 de fevereiro, às 19h30.

Essa campanha evangelizadora realiza-se em todo o território nacio-nal e constitui-se na terceira de cunho ecumênico, das 46 que se sucederam, promovidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Sendo ecumênica, o Conselho Nacional de Igreja Cristãs (CONIC), por concessão da CNBB, assume a sua preparação e a sua animação.

Oficialmente, a CF é lançada na Quarta-feira de Cinzas. Para os pa-dres e pastores, porém, trata-se de um dia de celebrações nas comunidades. Por isso, optou-se por uma data mais apropriada para reunir os ministros re-ligiosos.

Participação de três Igrejas, com suas autoridades

Dom José Negri, Bispo Diocesa-no de Blumenau, da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR); Pastora Sinodal Mariane Beyer Ehrat, da Igre-ja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e o Pastor Everson Gass, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), autoridades máximas de suas Igrejas em Blumenau e região e que integram o Núcleo Ecumênico de Blumenau, com liberdade e alegria, ce-lebraram juntos sua fé, sua esperança no mesmo Deus trino.

Troca de púlpitosNa celebração praticou-se um ges-

to que, em celebrações ecumênicas, vai se tornando praxe no mundo todo. A Igreja-anfitriã cede o ministério da pregação para outra Igreja participante. Mais do que sinal de amizade, significa a acolhida e a confiança de quem cami-nha na luz do mesmo Deus e Pai.

Assim, Pastor Everson Gass, da IELB, utilizando-se do púlpito proferiu a homilia da celebração. Insistiu ele no tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010: “Economia e Vida” e no seu lema: “Não podeis servir a Deus

e ao dinheiro” (Mt 6,24). Mostrou a ne-cessidade de os cristãos testemunha-rem ao mundo essa opção por Deus, em primeiro lugar. E o dinheiro, os bens materiais, não maus em si, que sejam utilizados para exercer verdadeiramente a fraternidade universal, sobretudo no que diz respeito ao socorro, à capacita-ção, à promoção dos mais carentes.

A Campanha só começouCom a Coleta da Solidariedade, no

Domingo de Ramos, a Campanha da Fraternidade encerra-se oficialmente. Não termina, porém, o seu apelo e a

sua mensagem. Permanece como dire-cionamento para as atividades eclesiais de todo o ano.

Conservando o cunho ecumênico, as diversas atividades e celebrações revestem-se de novo sentido e moti-vações. Aproveita-se para, através de todos os meios possíveis, incentivar as pessoas para a prática do ecumenismo nas suas famílias, no trabalho, na esco-la e na convivência social. Afinal, apesar de confissões religiosas diferentes, tem-se fundamentalmente o mesmo Deus e Pai. Assim, é preciso aprender a relação de verdadeiros irmãos.

PE. RAUL KESTRING

Lançada oficialmente a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 em Blumenau

DOmINGO DE RAmOS é DIA DA COLETA DA SOLIDARIEDADE

O Domingo de Ramos marca a abertura da Semana Santa. Quan-do Jesus montado num jumenti-nho adentra Jerusalém. Neste dia, marcado pela humildade do Filho de Deus, toda a Igreja no Brasil é chamada a vivenciar a Coleta da So-lidariedade. Arrecadação que repre-senta uma das ações concretas da Campanha da Fraternidade.

Em 2010 o Domingo de Ramos cairá no dia 28 de março. Mas ape-sar da data representar um momen-to forte de coleta, o gesto solidário pode perpetuar-se durante toda a Quaresma, como “expressão con-creta de um verdadeiro jejum”.

Desta arrecadação do Domingo de Ramos 60% fica nas igrejas para ser investido em projetos relaciona-dos à temática da Campanha da Fra-ternidade. Os outros 40% vão para o Fundo Ecumênico de Solidariedade Nacional que apoiará projetos em âmbito nacional.

A Diocese de Blumenau investiu parte da coleta de 2009 na constru-ção de uma Capela dentro do pre-sídio. Foram próprios presos que atuaram como mão de obra, tendo em vista que a CF teve como tema a segurança pública.

Para deposito dos 40% ououtra doação pessoal/familiar

(Fundo Ecumênico de Solidarie-dade)Caixa Econômica Federal agência 2220Conta Corrente: 020-1 Operação 003 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.Enviar comprovante de depósito para o fax: (61) 2103-8303

6Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 7: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Enfoque Pastoral

DiOCEsECURtas

SAúdEA coordenação diocesana da

Pastoral da Saúde promove no dia 20 de março o primeiro en-contro de formação de 2010. O encontro acontece na Paróquia Santa Inês, no município de In-daial, das 8h30 às 17h.

Durante todo dia a temática trabalhada será a Bioenergia e o casal formador é da cidade de Penha, Odilon e Isabel. Cerca de 50 integrantes da Pastoral da Saúde participam do evento.

Esse é apenas a primeira eta-pa dos vários encontros de for-mação programados para acon-tecer longo do ano. Em maio o grupo se reúne em Navegantes e em julho em Rio do Cedros.

Mais informações entre em contato com o coordenador da Pastoral da Saúde na Diocese de Blumenau, Pe. Ailton Soares da Rocha.

LituRgiAEstão abertas as inscrições

para o curso de atualização em liturgia oferecido pelo Centro de Liturgia D. Clemente Isnard, em parceria com o Centro Uni-vesitário Salesiano. Realizado em duas etapas nos meses de janeiro de 2011 e 2012, o curso se propõe a construir “um saber teológico-litúrgico”, tendo como base o Concílio Vaticano II, além de pronunciamentos do magisté-rio da Igreja, especialmente na América Latina e no Brasil.

O curso é realizado na Casa de Encontro Lareira São José, em São Paulo e oferece 50 va-gas. Cada etapa custa cinco salários mínimos, incluídos aí os valores de hospedagem e ali-mentação completa.

Ficha de inscrição disponível no site da CNBB: www.cnbb.org.br

Bispo inicia visitas pastoraisDom José vai passar por todas as paróquias da Diocese, escutar e partilhar com o povo

A visita pastoral do Bispo às pa-róquias da Diocese é vivamente re-comendada pelo Direito Canônico (Cf. Cân. 396). É uma ação pastoral programada, durante a qual as co-munidades cristãs sentem ao vivo a plenitude do ministério apostólico do Bispo e não se limitam a ouvirem o falar dele. Sentem o Bispo como pastor, o primeiro anunciador da Pa-lavra, fonte sacramental da graça, expressão viva do amor de Deus pelo seu Povo, princípio visível e fun-damento da unidade e da comunhão da Igreja particular a que preside (cf. Diretório, n. 166).

No primeiro semestre de 2010 recebem o Bispo Dom José Negri, as paróquias da Comarca de Nave-gantes, nas cidades de Luiz Alves, Balneário Piçarras, Penha e Nave-gantes. No mês de fevereiro foram visitadas a Paróquia São Domingos e São Vicente de Paulo.

Paróquia São Domingos de Gusmão

Essa foi a primeira a receber a visita pastoral neste ano de 2010. Localizada no bairro São Domingos, município de Navegantes, ela é uma jovem Igreja, instituída paróquia em 19 de agosto de 2007.

O Bispo iniciou a visita no dia 18 de fevereiro com a celebração da Santa Missa, às 20h. No dia seguinte Dom

José visitou os doentes na parte da ma-nhã, à tarde foi a vez de conhecer os professores do CAIC e à noite participou de um encontro com o Conselho Pasto-ral Paroquial.

Já no sábado, dia 20, ele iniciou vi-sita nas quatro comunidades que inte-gram a Paróquia, encontrando-se com seus respectivos Conselhos Pastorais (CPC).

O encerramento da visita ocor-reu no dia 21, domingo, quan-

do o Bispo celebrou a Santa Missa na Comu-

nidade Nossa Senhora das Graças pela manhã.

Reuniu-se também com todas as lideranças da paróquia e realizou

a Missa de encerramento na Matriz, às

20h.Paróquia São Vicente de Paulo

Situada em Luis Alves, a Paró-quia possui 17 comunidades. É uma igreja histórica criada em 31 de julho de 1912.

O Bispo Dom José passará sete dias em visita à Paróquia. Iniciou no dia 26 de fevereiro, sexta-feira, com Missa na comunidade São Sebas-tião (Rio do Peixe) e na comunidade Nossa Senhora Aparecida (Ribeirão do Padre). No sábado foi a vez de visitar os doentes no Hospital e an-dar por outras três comunidades: São José Operário, Cristo Rei e São João Batista.

Agora ele retorna no dia 06 de março, sábado, para continuar sua

extensa agenda e, assim poder estar em contato com o povo e as lideran-ças da Paróquia.

Veja o cronograma para o mês de março:

Paróquia São Vicente de PauloDias 06, 07, 12, 13 e 14Município de Luiz Alves

Paróquia Santa PaulinaDias 19, 20 e 21

Município de Navegantes

Paróquia Santuário Nossa Sra dos Navegantes

Dias 26, 27 e 28Município de Navegantes

7Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

“É fácil sorrir às pessoas que estão fora da própria casa.É tão fácil cuidar das pessoas que a gente não conhece bem. É difícil ser atencioso, gentil, sorrir e ser cheios de amor em casa com os próprios familiares, dia após dia, especialmente quando estamos cansados e mal-humorados. Todos nós temos momentos como estes, e é justamente então que Cristo vem a nós vestido de sofrimento”

Aflição na dor: a resposta da cruz

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12 Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010 ◗ Jornal da Diocese de BlumenauCurtas diocesanas

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A natureza humana, por si, busca sempre o desejável, o agradável e rejeita tudo o que não lhe traga satisfação na vida. Isto é natural. Ninguém, pois, quer ficar doente, ninguém quer sofrer.

Existe um mistério e um dra-ma no sofrimento humano. O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem; é um daqueles pontos em que o ho-mem e a mulher são, em certo sentido, chamados a se superar. O homem, desde que o mundo é mundo, sempre se questionou sobre o sentido do sofrimento. O sofrimento e a alegria são insepa-ráveis. Alternam-se na vida.

Vive-se, nos dias atuais, o que foi chamado de cultura de morte. Nela, a vida humana perdeu seu significado. Vivemos em uma so-ciedade hedonista ou civilização dos desejos, na busca desenfre-ada pelo prazer, evitando-se a todo custo a dor e o sofrimento. A escolha por não enfrentar e viven-ciar os sofrimentos pode resultar em desequilíbrio. Aquilo que não é resolvido em nível consciente fica no inconsciente, surgindo posteriormente com mais força.

Não se trata de uma apologia do sofrimento, mas de afirmar a sua inegável realidade e a sua inevitável presença no horizonte humano.

Viktor Frankl, um psiquiatra ju-deu que esteve no campo de con-centração de Auschewitz, durante a perseguição aos judeus na Ale-manha Nazista, criou a logoterapia, isto é, a terapia encontrada no sen-tido da existência, através desta dolorosa experiência narrada em seu livro “Em busca de sentido”.

Sobre o sentido do sofrimento, ele afirma nos conceitos funda-mentais da logoterapia: não deve-mos esquecer nunca que também podemos encontrar sentido na vida quando nos confrontamos com uma situação sem esperança, quando enfrentamos uma fatalidade que não pode ser mudada. “Porque o que importa, então, é dar testemu-nho do potencial especificamente humano no que ele tem de mais elevado, e que consiste em trans-formar uma tragédia pessoal num triunfo, em converter nosso sofri-mento numa conquista humana”, afirma.

(Bem-aventurada Teresa de Calcutá)

O SOfrIMEnTO TEM SEnTIDO?No mesmo livro, diz ainda: “É

preciso deixar perfeitamente claro, no entanto, que o sofrimento não é de modo algum necessário para en-contrar sentido. Insisto apenas que o sentido é possível mesmo a despeito do sofrimento – desde que, natural-mente, o sofrimento seja inevitável.” (cf. na obra citada, pg. 101).

Conclui Viktor Frankl: “Se (o sofrimento) for evitável, o que faz sentido é remover a sua causa, porque o sofrimento desnecessário é masoquismo e não ato heróico.” (cf. pg. 125)

Quero agora, falar da superação da dor e do sofrimento pelo exem-plo de um homem, chamado Jesus Cristo. Ele, ante o sofrimento ine-vitável da paixão, humanamente falando quis evitá-la: “Pai, se pos-sível, afasta de mim esse cálice.”

Mas, em face de sua missão de Redentor do Mundo por vontade de seu Pai, disse: “Todavia, faça-se a tua vontade”. Desta maneira, Jesus

se salvou do desespero e da angús-tia e sofreu os maiores tormentos com uma paz, jamais vista no ho-mem diante da dor e do sofrimento.

Este é o segredo que nos dei-xou, se aquilo que nos ocorre é algo que não podemos evitar, temos dois caminhos à nossa frente: revoltar-se ou aceitar o inevitável como um dom de Deus.

Depois dizer como Jesus: “Pai querido, se possível, afasta de mim esse sofrimento, mas que se faça, antes de tudo, o que tu queres ou permites e a paz será nossa com-panheira.”

Este segredo na mística cristã tem um nome, chama-se “abando-no”, ou seja, se aquilo que nos mo-lesta podemos modificar, não é hora do “abandono”, mas se estamos diante de fatos que não se alteram nem que derramemos rios de lágri-mas, a solução é aceitar como dádi-va do Pai e nos abandonarmos em suas mãos paternas e maternas.

Ketlin da Rosa e Pe. Raul Kestring

Dom Eurico dos Santos Veloso

8 EspecialEspecial

Page 9: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Aflição na dor: a resposta da cruz

(Da Exortação ao Martírio, de Orígenes (+254), presbítero)

Participantes do sofrimen-to de cristo:

“Se passa-mos da morte para a vida”, por t e r m o s passado da infidelidade à fé, não nos admiremos se o mundo nos odeia. Com efeito, quem não passou da morte para a vida, permaneceu na morte, não pode amar aqueles que da casa tene-brosa, por assim dizer, foram para os edi-fícios da luz da vida, feitos pedras vivas.

Jesus “por nós entregou sua vida”, também nós entreguemo-la, não digo por ele, mas por nós, por aqueles, creio eu, que serão edificados pelo nosso martírio.

Chegou cristãos, o tempo de gloriar-mo-nos. Pois foi dito: “Não só isto, mas ainda nos gloriamos nas tribulações, sa-bendo que a tribulação gera a paciência;

“Deixar-me-ei esmagar, mas

quero ser paciente e bom até o

heroísmo. Só assim serei merecedor de participar do

sacerdócio de Cristo”

(Bem-aventurado João XXIII)

Participantes da consola-ção

a paciência, a apro-vação; a aprovação,

a esperança; a es-perança, porém, não ilude” (Rm

5,3ss). Contanto que a caridade de Deus esteja difundida em nossos cora-

ções pelo Espírito Santo.Se, como são muitos os sofrimentos de Cristo, assim por Cristo é muita a con-solação. Acolhamos com a máxima alegria os tormentos de Cristo e se-jam eles muitos em nós, se desejamos realmente a grande consolação obtida

pelos que choram. Talvez não em pé de igualdade. Pois se fosse igual a con-

solação, não estaria escrito: “Assim como abundam os sofrimentos de Cristo em nós, assim é abundante a consolação”.

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Especial 9Especial

Page 10: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Variedades

Três mulheres foram à fonte para buscar água. Junto à fonte, sentado em um banco de pedra, estava um ancião que as observava em silêncio e escutava as suas conversas. As mulheres louvavam aos seus filhos. “Meu filho – dizia a primeira – desenha tão bem que ninguém o iguala”. “Meu fi-lho – sustentava a segunda – canta como um rouxinol. Não há ninguém no mundo que possa gabar-se de uma voz como a sua”. “E tu, que coisa diz do teu filho? – pediram à terceira que permanecia em silêncio. “Não sei o que dizer do meu filho – respondeu a mulher – É um bom rapaz, como existem tantos. Nada sabe fazer de especial...” Quando as ânforas estavam cheias, as três mulheres retomaram o caminho de volta para casa. O velho as seguiu por um trecho da estrada. As ânforas eram pesadas, os braços das mulheres seguravam-nas com dificuldade. A uma certa altura, os filhos das três mu-lheres viram a cena. Um, porém, continuou a cantar, o outro, a desenhar; e o terceiro foi ajudar a sua mãe. O ancião vendo tudo disse às três mulheres: “Estão vendo? Vocês fizeram crescer um cantor, um pintor e um filho!” Quan-do se educa uma criança, é bom pensar no que se quer que se torne quando for grande.

Recordando... dez anos atrás

Desafio!Confira as respostas corretas no próximo jornal e avalie os seus conheci-mentos bíblicos. Divulgaremos aqui o nome do sorteadoMãos à obra e sucesso!respostas corretas do teste anterior (Jornal de fevereiro de 2010, Ed. 102, p.10)

Como estão seus conhecimentos bíblicos?- Encare o desafio: Participe deste teste bíblico. Sorteia-se uma Bíblia entre os acertadores do desafio.- Envie este questionário preenchido para o e-mail: [email protected] ou carta para Cúria Dioce-sana de Blumenau (Pe. Raul) – Rua XV de novembro, s/n – Centro - CEP: 89010-000 – BLUMENAU – SC / Caixa Postal 222 – CEP: 89010-970

QuE fIlhO DESEJA?

RECORDanDO

ASSinALE A RESpOStA cORREtA:Como se chamava o irmão de Pedro?( ) André( ) Thiago( ) Filipe( ) Simão

Quem foi o primeiro rei de Israel?( ) Davi( ) Saul( ) Samuel( ) Salomão

Quantos dias duraram as águas sobre a ter-ra depois do dilúvio?( ) 40 dias( ) 100 dias

( ) 150 dias( ) 90 dias

Quais os idiomas usados na inscrição da cruz de Jesus?( ) Aramaico, grego e romano( ) Grego, hebraico e romano( ) Grego, latim e hebraico( ) Latim, aramaico e hebraico

Quem escreveu a Epístola aos Romanos?( ) Paulo( ) Tércio( ) João( ) Lucas

Qual o nome da esposa de Jacó? RaquelOnde foi que Sansão encontrou um favo de mel muito especial? Na carcaça de uma feraO livro que contém o maior número de capítulos é: SalmosQual a quarta praga do Egito? Moscas“Deus é o nosso refúgio e fortaleza”: está no Salmo 46Geazi pediu para Naamã: 1 talento de prataQuando o Rei Saul estava doente e perturbado, que remédio o acalmava? Música de HarpaQuando Jesus se apresentou no meio dos doutores ele tinha: 12 anosO último pedido de Eliseu a Elias, é que ele queria porção dobrada do: espí-rito de EliasJosé do Egito morreu com quantos anos? 110 anos.

cOntOTranscorrendo, neste ano, o décimo aniversário da nossa Diocese, estamos

recordando matérias dos primeiros números do nosso Jornal da Diocese de Blu-menau. Contemplamos, assim, verdadeiros marcos da história que fizemos e continuamos fazendo.

A edição de número 03, correspondente a dezembro de 2000 e janeiro de 2001, traz uma página que se manifesta realmente oportuna para ser lembrada nesta 103ª edição. À página 06 daquele jornal, lê-se o destacado título: “Vivenciando a unidade – Luteranos e Católicos”.

Como ocorre neste ano, naquele celebrou-se uma Campanha da Fraternidade Ecumênica. Aliás, foi a primeira ecumênica da história.

Pe. Antonio Francisco Bohn e Pastor Romeu Hoepfner assinam a interessante exposição. Nela, eles apresentam um relatório das atividades ecumênicas de todo aquele ano de 2000.

A bela página é ilustrada com a foto de fraterno encontro do primeiro Bispo Diocesano de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, com o então Pastor Sinodal Nelso Weingärtner, ocorrido na sala de reuniões da sede do Sínodo Vale do Itajaí, próximo ao Hospital Santa Catarina, no Centro de Blumenau.

O relato cita sucintamente muitas atividades ecumênicas desenvolvidas naque-le ano. Não é possível, neste espaço, relembrá-las todas.

Vale a pena, no entanto, evocar as pessoas que compuseram a comissão ecumênica encarregada de preparar e animar aquela inesquecível Campanha da Fraternidade. Eis os seus nomes, entre Católicos e Luteranos: Pe. Fr. Edgar Weist, Pe. Raul Kestring, Pe. Antonio Francisco Bohn, Pastora Mariane Beyer Ehrat (atual Pastora Sinodal), Pastor Breno Wilrich, Pastor Romeu Hoepfner, Udo Prochnow, Adelino Sasse, Marcia Marly Delling Grahl, Carlos Odilon Costa, Mar-garete Tarnowski e Luzia Soares.

Na vossa alma, não deis lugar à tristeza, pois ela im-pede a livre ação do Espíri-

to; e se mesmo queremos nos entristecer, entris-

teçamo-nos então, mas façamos de tal modo que a

nossa tristeza seja santa, e de tanto ver o mal que

se vai sempre espalhando no meio da sociedade do

nosso tempo. (São Pio di Pietrelcina)

““

Sorteada da edição 102ª: Rita AparecidaResposta enviada por email: [email protected]

Buscar o prêmio na recepção da Cúria Diocesana de Blumenau. (apresentar carteira de identidade) Parabéns!

10Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

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Bispos pioneiros deixam sua marca

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Jornalista responsávelKetlin da Rosa - SC02821-JP

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PeriodicidadeMensal

impressãoGrafinorte

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Direção geral: Dom José Negri, PIME

Coordenação:

Diretor geral: Pe. Raul Kestring

Diretor Comercial:Pe. Almir Negherbon

Revisão: Pe. Raul Kestring

Raquel Rezende

Expediente

Jornal da Diocese de Blumenau

Produção

Filho de João José Schmitz e Catarina Moser Schmitz, Quirino Adolfo Schmitz nasceu no dia 22 de novembro de 1918. Recebeu o hábito franciscano no dia 18 de dezembro de 1937. Foi ordenado presbítero em Petrópolis (RJ) no dia 28 de novembro de 1943, pelo Bispo de Niterói, Dom José Pereira Alves.

Como frade, suas principais atividades foram: diretor do Colégio Bom Jesus, em Curi-tiba (PR), a partir de 1945; professor no Colégio Diocesano, em Lages (SC), a partir de 1953; pároco, procurador vocacional e reitor do Colégio Santo Antônio do Pari, em São Paulo (SP), a partir de 1956. Por último dirigiu o “Missionskolleg”, em Garstock, na Bélgica.

No dia 22 de dezembro de 1960, foi nomeado primeiro Bispo de Teófilo Otoni (MG) pelo Papa João XXIII e ordenado em 25 de abril de 1961. O início do seu ministério epis-copal foi no dia 4 de junho de 1961. De 1962 a 1965, participou, em Roma, do Concílio

Vaticano II e, em 1979, da Conferência de Puebla, no México. Como Bispo de Teófilo Otoni, procurou dar feição à Igreja lo-

cal, descobrindo e aceitando novos caminhos para a salvação do povo, num estilo missionário que marcou suas visitas pastorais. Acolheu e incentivou a presença dos movimentos populares.

Em 1985, renunciou ao episcopado. Bispo emérito, viveu no Convento da Penha, em Vila Velha (ES), até 1987, e no Conven-to Bom Jesus, em Curitiba, onde permaneceu até 1990. Depois, esteve no Mosteiro Santa Clara, em Nova Iguaçu (RJ) e no Con-vento Santo Antônio, no Rio de Janeiro (RJ). No final de 1992, retornou para Teófilo Otoni, onde faleceu no dia 20 de julho de 2007.

Pe. antônio Francisco Bohn

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ANDRÉ QUEM SABE COLOCAMO NO CABEÇALHO A NOTA COM O LEMA DO ANO SACERDOTAL E TAMBÉM O SÍMBOLO. Cartola: Gasparenses Título: Bispos pioneiros deixam sua marca Por: Pe. Antônio Francisco Bohn

Primeiro Bispo de Lages Daniel Henrique Hostin nasceu no dia 2 de abril de 1890, em Gaspar (SC). Ordenado presbítero em 30 de novembro de 1917, em Petrópolis (RJ). Foi vigário de Blumenau de 1920 até 1926. Eleito Bispo em 2 de agosto de 1929, recebeu a ordenação episcopal em Blumenau, no dia 29 de setembro de 1929, das mãos de Dom Joaquim Domingues de Oliveira, sendo concelebrantes Dom Guilherme Müller e Dom Pio de Freitas Silveira. Foi o primeiro Bispo Diocesano de Lages. Faleceu nessa mesma cidade, no dia 8 de novembro de 1973, sendo sepultado na cripta da Catedral Diocesana. Durante 44 anos atuou na Diocese de Lages marcando profundamente não só a história religiosa, como também social e política. Era conhecido e estimado por todos pela sua bondade, oratória e acolhimento. Primeiro Bispo de Dourados (MS)

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ANDRÉ QUEM SABE COLOCAMO NO CABEÇALHO A NOTA COM O LEMA DO ANO SACERDOTAL E TAMBÉM O SÍMBOLO. Cartola: Gasparenses Título: Bispos pioneiros deixam sua marca Por: Pe. Antônio Francisco Bohn

Primeiro Bispo de Lages Daniel Henrique Hostin nasceu no dia 2 de abril de 1890, em Gaspar (SC). Ordenado presbítero em 30 de novembro de 1917, em Petrópolis (RJ). Foi vigário de Blumenau de 1920 até 1926. Eleito Bispo em 2 de agosto de 1929, recebeu a ordenação episcopal em Blumenau, no dia 29 de setembro de 1929, das mãos de Dom Joaquim Domingues de Oliveira, sendo concelebrantes Dom Guilherme Müller e Dom Pio de Freitas Silveira. Foi o primeiro Bispo Diocesano de Lages. Faleceu nessa mesma cidade, no dia 8 de novembro de 1973, sendo sepultado na cripta da Catedral Diocesana. Durante 44 anos atuou na Diocese de Lages marcando profundamente não só a história religiosa, como também social e política. Era conhecido e estimado por todos pela sua bondade, oratória e acolhimento. Primeiro Bispo de Dourados (MS)

pRiMEiRO BiSpO dE LAgES Daniel Henrique Hostin nasceu no dia 2 de abril de

1890, em Gaspar (SC). Ordenado presbítero em 30 de novembro de 1917, em Petrópolis (RJ).

Foi vigário de Blumenau de 1920 até 1926. Eleito Bis-po em 2 de agosto de 1929, recebeu a ordenação epis-copal em Blumenau, no dia 29 de setembro de 1929, das mãos de Dom Joaquim Domingues de Oliveira, sendo concelebrantes Dom Guilherme Müller e Dom Pio de Freitas Silveira.

Foi o primeiro Bispo Diocesano de Lages. Faleceu nes-sa mesma cidade, no dia 8 de novembro de 1973, sendo sepultado na cripta da Catedral Diocesana. Durante 44 anos atuou na Diocese de Lages marcando profunda-mente não só a história religiosa, como também social e política. Era conhecido e estimado por todos pela sua bondade, oratória e acolhimento.

PrIMEIrO BISPO DE TEófIlO OTOnI (MG)

comunicacoes@diocesedeblumenau.org.brwww.diocesedeblumenau.org.br

Nasceu no dia 27 de janeiro de 1919, sendo batizado com o nome de Stanislau Hostin Schmitt.

Em 1938, ingressou no Noviciado Franciscano, em Ro-deio (SC), onde também iniciou os estudos de Filosofia, concluídos em Curitiba (PR). De 1941 a 1944, cursou Teologia em Petrópolis (RJ). Em 1943, foi ordenado sa-cerdote.

Atuou como prefeito de estudos no Seminário de São João Batista, em Luzerna (SC) e no Seminário de Rodeio. De 1951 a 1954, foi professor do Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP). De 1956 a 1960, foi pároco em Xaxim (SC). No dia 29 de agosto de 1960, foi eleito pri-meiro Bispo de Dourados (MS) pelo Papa João XXIII.

Sua ordenação episcopal aconteceu na Basílica de São Pedro, em Roma, no dia 28 de outubro do mesmo ano, presidida pelo próprio Papa. Sua posse na Diocese de Dourados deu-se em 8 de janeiro de 1961. Depois de nove anos de intenso trabalho, renunciou.

Foi transferido para Lages (SC) como Bispo auxiliar, onde esteve de abril de 1970 a 31 de outubro de 1975. A partir daí, em Blumenau, permaneceu por 30 anos como capelão dos Hospitais Santo Antônio (sete anos) e Santa Isabel (23 anos).

Visitava os doentes, confortava, animava, consolava e curava. O sistema de som possibilitava-lhe a oração e a meditação diária da palavra de Deus com os enfermos em seus quartos.

Dom Carlos foi vítima de um derrame cerebral em se-tembro de 2002. O gosto pela vida e o seu espírito de luta, permitiram-lhe uma razoável recuperação. Recupe-rou em parte a comunicação verbal, mas teve de subme-ter-se a uma cadeira de rodas para se locomover. Seu quadro clínico agravou-se em janeiro de 2006, vin-do a falecer no dia 16, no Hospital Santa Isabel.

No dia 17, seu corpo foi levado de Blu-menau para Gaspar, sua terra natal e sepultado no mausoléu da família franciscana, no cemitério público. “Justiça et Pax” (Justiça e Paz) era o seu lema episcopal.

Julho2009

2010

11Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Para turistas do mundo todo, Blumenau é sinônimo de grandes eventos e festas populares. Já para os católi-cos de Santa Catarina, a ci-dade é o local escolhido pelo Espírito Santo para, unidos numa grande festa, celebrar o 12º Congresso Estadual da Renovação Carismática Ca-tólica que acontecerá de 23 a 25 de abril, no Ginásio do Galegão.

A expectativa é grande. Tanto para quem vai participar como para os organizadores do evento. Compartilha-se um sentimento único, a certeza de

que Jesus Cristo ‘Vive, Reina, é Deus e Senhor’, lema desta edição. Em unidade com a RCC Nacional, o congresso de 2010 tem como tema a Palavra de Deus: ‘’Proclama a Palavra, anuncia a Boa No-tícia’’, conforme II Timóteo.

Diversas atrações são preparadas para receber os participantes dos grupos de oração de todo o estado e também àqueles que têm o coração aberto ao chamado do Senhor. A pregação será conduzida por Roberto Tan-nus, pregador da RCC Bra-sil e Vicente, coordenador

REligiOsiDaDE

Movimentos

diocesano da RCC de Goi-ânia (GO).

Por enquanto, as presen-ças confirmadas são do bispo diocesano de Blumenau Dom José Negri, do orientador es-piritual da RCC de SC, Pe. An-tonio Vander, do fundador da comunidade Servos da Mise-ricórdia, diocese de Caçador (SC), Pe. José Juan da Mise-ricórdia, e dos sacerdotes Pe. Ailton Rocha e Pe. João Ba-chmann, da diocese anfitriã. Estarão presentes também o coordenador nacional da RCC, Marcos Dione Ugoski Volcan e o Conselho Estadual

Louvor, pregação e animação estão previstos em uma programação inspirada pelo Espírito Santo

15Notícias da IgrejaJornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010

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A formação para o Ministério de Comunicação Social será transferida. Agendada para os dias 06 e 07 de março precisou ser cancelada. As-sim que tivermos uma data informaremos no site www.rccblumenau.com.br ou na próxima edição do Jornal Diocesano.

REuniãO RccDia 13 de março: Reunião

Diocesana da RCC Blume-nau. Será no Salão Porta Aberta – Catedral de Blu-menau com inicio às 13h30. Todos os servos, principal-mente coordenadores de grupo de oração e minis-térios, estão convocados a participar. Assunto em pau-ta: 12º Congresso Estadual da RCC de SC.

cOMunicAçãOParticipe do Grupo de Ora-

ção de sua comunidade. Lista completa no site www.rccblumenau.com.br. Ouça, todos os sábados na Rádio Blumenau AM (1.260), o pro-grama Fonte de Água Viva, das 12 às 13h, com oração, música e louvor.

fichA LiMpANo dia 23 de fevereiro a Câmara dos Deputados re-alizou uma audiência públi-ca a respeito do projeto de lei 518/09, da Ficha Limpa. Esta foi a primeira e mais importante resolução do gru-po de trabalho sobre o PLP, criado no Congresso, por determinação do presidente da casa, Michel Temer. A au-diência foi às 14h, no Plená-rio 2 da casa.

12º Congresso Estadual da RCC acontece em Blumenau Nos dias 13 e 14 de feve-

reiro na “Cidade de Deus”, a Comunidade Arca da Aliança promoveu o “11º Queremos Deus”, que teve como tema “Celebrai com Alegria”.

Teve inicio no sábado com a Santa Missa presidida pelo Bispo Dom José Negri e concelebrada pelos Padres da Catedral João Bachmann e Jorge Figueiredo, com a participação do Diácono Ale-xandre. O dia contou ainda com apresentação de dan-ça, teatro e muita música. A Comunidade ofereceu aos participantes atendimento para confissão, oração, além de lanchonete cristã, livra-ria, bazar e parque para as crianças.

O domingo começou com oração do terço e animação. A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Paulo Barbosa (Pa-róquia Perpétuo Socorro) com a presença ainda dos padres: Marcelo Martendal (Catedral), Pedro Bastos, Marcos, Zim-mermann (São José Operá-rio) e Raul Kestring (Comuni-cação da Diocese)..

O evento foi encerrado com show do Ministério de música “Músicos em Ordem de Batalha”.

Estiveram presentes ao evento cerca de 250 pessoas. Mais de 50 voluntários ajuda-ram nos trabalhos.

da RCC Catarinense.

O que é a rCC?A Renovação Carismática

Católica (RCC) é um movi-mento eclesial pertencente à Igreja Católica Apostólica Romana que existe em todo o mundo há mais de 40 anos. Tem como célula base as reuniões de oração, também conhecidas como grupos de oração. Busca essencialmen-te vivenciar a experiência de Pentecostes, através da efu-são do Espírito Santo. Santa Catarina possui cerca de 500 grupos de oração.

Carnaval diferente

12Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 13: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

ParóquiasJornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Dezembro de 2010 13Opinião

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CURtas

No dia 14 de março acontece a 1ª Virada Ra-dical, um dia de louvor organizado pelo Minis-tério Jovem da Diocese de Blumenau, junto com as coordenações comar-cais.

O evento será na Pa-róquia Santa Terezinha, Comarca de Timbó. Ini-cia com a Santa Missa às 8h e termina com a Adoração ao Santíssimo às 17h. Será um dia de muita música, pregação, adoração e avivamento.

Informações com Dudu – 47-8473-1104 ou na Paróquia Santa Terezi-nha de Timbó – 47-3382-0183.

BLOg cnBBEntrou no ar, no dia

23 de fevereiro, o blog da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB). Atendendo ao pedido do Papa Bento XVI, que na sua mensa-gem para o 44º Dia Mun-dial das Comunicações Sociais escreveu que a Igreja deve usar dos “novos meios de comu-nicação a serviço da Pa-lavra”, a página tem por objetivo complementar o site da Conferência, por meio de notícias, vídeos, áudios, fotos e peque-nos posts (comentários). O blog vai somar com as mídias já existentes: Twitter, youtube, Flickr e Facebook.

Durante todo o mês de março, as comunidades da Comarca Blumenau Sul po-dem buscar o sacramento da reconciliação, através dos Mutirões de Confis-sões. Cada paróquia recebe em um dia pré-determinado (ver agenda) todos os pa-dres da comarca.

Há cerca de cinco anos, em um dos encon-tros comarcais, os padres sentiram-se impulsiona-dos a realizar um atendi-mento diferenciado para o sacramento da confissão. Resolveram ajudar-se, es-pecialmente no tempo da Quaresma. “Este é um pe-ríodo de reconciliação em que as pessoas se sentem chamadas ao perdão e a um recomeço de vida”, ex-plica o coordenador comar-cal, Pe. José Norbey.

Desta forma surgiram os rodízios de confissão. Todos os padres da comarca se reúnem em uma paróquia e atendem o povo. “Isso cria um ambiente de caridade e comunhão presbiteral”, afir-ma Pe. Norbey.

MutiRãO dE cOnfiSSõES

Freis falam do compromisso no Santuário de Aparecida

Jornal da Diocese de Blu-menau - Como foi o chama-do para atuar no Santuário?

Freis - Acreditamos que todo chamado a evangelizar vem do Espírito Santo, que naturalmen-te se serve de circunstâncias humanas e históricas para levar a bom termo o seu projeto. A Ordem Franciscana optou pelo trabalho no Santuário como uma prioridade. Assim, o dese-jo do bispo em diálogo com os nossos superiores encontrou total acolhida.

Como está a receptivida-de da comunidade?

Freis - Toda comunidade

de fé está sedenta da Palavra. Não é diferente no Santuário. A receptividade que tivemos é generosa e nos traz a segu-rança necessária para um bom serviço ao Reino de Deus.

Quais as características que a Ordem Franciscana traz para dentro da Paró-quia?

Freis - A principal é levar a mensagem de “Paz e Bem”. São Francisco descobriu que o Amor não é amado. O amor é Deus, que concretamente se revela ao mundo na pessoa de Jesus. Deus entrou no mundo por puro amor. Não é um amor generalizado, mas um amor concreto que se dirige a cada pessoa diferenciada.

Onde atuavam antes?Freis - Desde 1892, os fran-

ciscanos atuavam na Matriz que compreendia Blumenau e cidades vizinhas. Em outubro de 2003, por ordem do Bispo Dom Angélico passamos a

servir na Paróquia da Imacu-lada Conceição, na Vila Nova. Em 2007, fomos para a Paró-quia de São José Operário, na Itoupava Central. E agora Dom José Negri nos concede o mandato de servir no Santuário Nossa Senhora Aparecida.

Qual a expectativa para os trabalhos no Santuário?

Freis - Nossa expectativa é conhecer o povo, sua realida-de, seus problemas e anseios. E nisto descobrir o que o Espí-rito Santo sugere para atender ao projeto do Reino de Deus. Ao mesmo tempo, precisamos descobrir qual é o verdadeiro jeito franciscano de acolher as pessoas, que acorrem a um Santuário. Temos que descobrir como deve ser uma pastoral de Santuário na cida-de de Blumenau. Temos uma certeza: no Santuário temos que mostrar ao povo o amor generoso e misericordioso de Deus. Nossa Senhora Apare-cida irá nos ajudar.

A Paróquia Santuário Nossa

Senhora Aparecida, que fica no bairro Itoupava Norte, em Blumenau, recebeu os freis franciscanos no dia 23 de janeiro. A Missa de posse foi um momento marcante para a nova equipe e para toda a comunidade.

Agenda do Mutirão:Dia 04/03

Paróquia Imaculada ConceiçãoDia 09/03

Paróquia Cristo ReiDia 11/03

Paróquia Nossa Sra. de FátimaDia 16/03

Paróquia Santa IsabelDia 18/03

Paróquia Santa CruzDia 23/03

Paróquia Nossa Sra. da GlóriaDia 25/03

Paróquia Santo Antônio

VIrADA RAdicAL

3A mensagem dos PastoresJornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010

FOTOS: PE. RAUL KESTRING

13Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Vida Missionária

A Diocese de Blumenau tem uma rica vida missionária. E para não se “fechar em si mesma”, como pede o Docu-mento de Aparecida, procura seguir sem fronteiras “à outra margem”. Este é o caso da Congregação das Irmãs Fran-ciscanas Missionárias.

Com presença na Diocese de Blumenau, elas atuam ain-da em mais três continentes, num total de dez países.

Em 1992, a Congregação saiu em missão pela América Central e Caribe. A decisão de se estabelecer na Guate-mala partiu da sensibilidade das irmãs “que atenderam ao clamor de silêncio e guerra que dizimou centenas de indígenas mayas”.

Atualmente, oito irmãs inte-gram a missão: sete brasileiras e uma guatemalteca. Elas es-tão divididas em três casas.

GUATEmALACURtas

Organizadores dos jo-vens missionários do Brasil se reuniram de 12 a 15 de fevereiro para o 2º Congres-so Nacional de Coordenado-res Estaduais da Juventude Missionária. O evento foi re-alizado em Brasília (DF), na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM).

Para ajudar na reflexão foi escolhido como tema “Traços da Espiritualidade Missionária Juvenil” e como lema “Chamados e Envia-dos a Todos os Povos” (cf. Lc 4,18).

A programação do en-contro contou com mo-mentos de espiritualidade e formação missionária. Cada estado pôde apresentar os trabalhos realizados pelos seus jovens.

Houve ainda avaliação dos encontros e materiais utilizados pelos jovens missionários, momentos de recreação e troca de experiências, entre outras atividades. Também foram escolhidas as canções, en-viadas através do concurso de músicas, que vão com-por o primeiro CD nacional da Juventude Missionária.

“A Juventude Missioná-ria já é realidade em todo o Brasil. Este encontro vem para reforçar os laços entre os coordenadores estaduais e junto às POM, além de ser um momento de reflexão, avaliação e planejamento da caminhada”, afirma Ro-drigo Alves, representante da Juventude Missionária de SP. Outras informações no blog da Juventude Mis-sionária: http://jmissionaria.blogspot.com.

Irmã Terezinha Pacheco narra um pouco desta experiência missionáriaFOTOS: PE. RAUL KESTRING

3A mensagem dos PastoresJornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010

Congregação atende clamor do povo maya

A Guatemala é um país onde 70 % da população é de cultura maya com suas 22 et-nias. Existem também povos

xincas, garífonas e mesti-ços. Em 1992, quando fui

para o país ele es-tava vivendo uma guerra interna

há 33 anos que massacrava famílias

e comunidades inteiras. Os pobres e indígenas fo-ram os que mais sofreram.

Depois de percorrer o país juntamente com a Irmã Rosali Paloschi com objetivando de ver, conhe-cer, sentir e escutar o clamor e o grito de Deus dentro de cada realidade visitada, dis-cernimos viver e trabalhar na Diocese de Quiche, localiza-da no ocidente do país. Es-

* Entrou com 14 anos para a Congregação em Rodeio

(SC). Aos 22 anos, fez os votos da profissão religio-

sa. Trabalhou durante 15 anos em diferentes estados

do Brasil, parte deste tem-po no estado de Rondônia.

irmã terezinha M.M. Pacheco *

A AdAptAção e o respeitotabelecemo-nos junto ao povo maya de etnia Q’eqchi’ (Queut-xi) e tivemos que aprender seu idioma para poder trabalhar.

Lá foram onze anos de mui-to esforço e trabalho para acul-turar-me naquela realidade. Nossa congregação acompa-nha mais de 60 comunidades rurais. Atuamos na formação de lideranças, preparação de agentes de saúde em medici-na natural, acompanhamento e assessoramento de grupos de agricultores organizados em associações. Nosso propósito é um desenvolvimento social e uma melhor qualidade de vida. Foram longas caminhadas a pé durante dias para visitar os diferentes grupos e comunida-des. Foi um tempo de muita escuta e aprendizagem.

Hoje vivo e trabalho em ou-tro estado - Jalapa, município de São Luís Jilotepeque, no

oriente do país da Guatemala. É uma realidade bastante di-ferente da anterior, mas a po-pulação é também constituída de mais de 90% de índios de cultura Maya Pokomam.

Ali também trabalhamos com a formação de lideranças. Acompanhamos 25 comuni-dades rurais com a Pastoral Social e ainda temos um gru-po chamado “Missionário da Vida”, formado por 34 pessoas. Eles se formaram em medicina natural e hoje atendem mais de 500 pessoas por mês.

Mulheres indígenas produzem artesanato típico

JuVEnTuDE MiSSiOnáRiA

Empresários!Em continuidade ao trabalho de renovação do Jornal da Diocese, a direção

do periódico promove no dia 4 de março um Café para Empresários. O encontro será no Salão Porta Aberta, na Cúria Diocesana, a partir das 9h.

São convidadas as empresas que colaboram com o jornal e outras que desejam participar também deste novo momento da comunicação diocesana. Na ocasião, os empresários podem conhecer um pouco da

história e também da proposta editorial do Jornal da Diocese. Alguns convites serão encaminhados, mas se você tiver interesse entre em contato com o diretor geral do Jornal, Pe. Raul Kestring, pelo telefone: (47)

3322-4435 ou pelo e-mail: [email protected].

O quê: Café com EmpresáriosQuando: 4 de março, às 9hOnde: Salão Porta Aberta (Cúria)

14Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

Bela imagem do Padro-eiro da Diocese de Blume-nau, São Paulo Apóstolo, destaca-se na capa do novo livreto que contém os roteiros dos encontros dos Grupos de Reflexão para este primeiro semestre do ano. Numa das mãos, o grande Apóstolo os-tenta o Livro dos Evangelhos e na outra, segura a espada.

A vida de São Paulo foi e continua sendo Boa Nova porque ele deixou-se trans-formar pela graça de Jesus Ressuscitado. A espada, lon-ge de insinuar à violência, sig-nifica a Palavra de Deus, sua eficácia. “Mais penetrante do que qualquer espada”, a Pa-lavra “penetra até a alma e o espírito” (Hb 4,12s)”.

Também na imagem de capa, o novo roteiro dos Gru-pos de Reflexão, em leves e harmoniosos contornos, mostra o corpo do edifício da Igreja Catedral. O grande templo é feito de pequenos templos, as “igrejas domésti-cas”: os mais de mil grupos que, pela Diocese, se encon-tram para partilhar a Palavra, rezar e agir coerentemente ao seu redor e no mundo.

Ainda, a mesma imagem de capa não deixa desper-cebida a referência ao 10º aniversário da Diocese de Blumenau. O número dez refere-se também à décima diocese criada no Estado

de Santa Catarina que, em ordem cronológica, é Blu-menau.

Realmente, mais do que mera coincidência, o número dez, neste ano, é carregado de significado. Normalmente, constitui-se na avaliação má-xima de aproveitamento es-colar. É assim, com os mem-bros da Igreja. Eles buscam a recompensa do Senhor, sua definitiva avaliação: “Muito bem, servo bom e fiel, (...),

entra na alegria do teu Se-nhor” (Mt 25, 21).

“Ano da Palavra” conclui os dizeres da bonita capa. Ano de muita graça e de mui-ta bênção, este 2010! Nos grupos, nas pastorais, nos movimentos, nas atividades evangelizadoras em geral, o “alimento” da Palavra for-talecerá a caminhada de fé, renovando por dentro os mé-todos, meios e instrumentos de missão.

a tarefa de orientar as novas famílias

GRUPOS DE REFLEXãO tiMBÓ

Espaço da FamíliaCURtas

intERnAciOnALNelson Arns, filho da fundado-ra da Pastoral da Criança, é o novo coordenador interna-cional da Pastoral. Ele foi no-meado no dia 1º de fevereiro. A indicação foi ratificada pelo arcebispo de Salvador (BA), o cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo – Fundador e membro do conselho diretor da Pastoral da Criança Internacional.Nelson Arns Neumann tem 44 anos, casado, nasceu em Curitiba, possui graduação em Medicina pela Universida-de Federal do Paraná (1988), mestrado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas (1997) e doutorado em Saúde Pública pela Universi-dade de São Paulo (2000).

fORMAçãOMês de março inicia a forma-ção para os agentes da Pas-toral Familiar de toda Diocese de Blumenau. Os encontros têm duração de duas horas, localizados em Igrejas cen-trais de cada comarca.Organizado pela equipe dio-cesana, o curso segue as orientações do Instituto Nacio-nal da Família e da Pastoral Familiar (Inapaf). O módulo 1 traz a seguinte temática: “Dig-nidade da pessoa, premissa da Igreja”.

Segue agenda:Março:Dia 02 – Comarca de Gaspar (primeira terça-feira do mês)Dia 04 – Comarca de Nave-gantes (primeira quinta-feira do mês)Dia 11 – Comarca Blumenau Sul (segunda quinta-feira do mês)Dia 18 – Comarca de Timbó (terceira quinta-feira do mês)Dia 25 – Comarca Blumenau Norte (quarta quinta-feira do mês)

novo roteiro para o 1º semestre está prontoCapa cheia de significados para um ano especial

Em março, a Coordenação Diocesana da Pastoral Fami-liar promove a primeira forma-ção do ano para os agentes que atuam na preparação de noivos. Equipes da Comarca de Timbó são convidadas a participar do encontro no dia 27, na Paróquia Santa Terezi-nha, em Timbó.

A formação acontece no período da tarde, das 14 às 17h. Além de integrantes das Pastorais Familiares paro-quiais, podem participar mem-bros de outros movimentos da Igreja, que atuem no trabalho de pré-matrimônio.

Este encontro servirá ain-da para levantar dados da realidade de cada paróquia.

O objetivo, segundo o coorde-nador diocesano da Pastoral Familiar, Diácono João F. Zim-mermann, é saber como tem sido o trabalho com os noi-vos. Itens como metodologia, conteúdo, tempo de duração, temáticas utilizadas, entre ou-tros, serão pesquisados.

Em um segundo momen-to, a formação vai trazer as Diretrizes Gerais da Igreja na preparação dos noivos. Como deve funcionar as equipes, qual o perfil dos agentes, os temas essenciais e as formas de abordagem devem ser apresentadas como orienta-ção para ampliar e melhorar o trabalho que já tem sido reali-zado nas paróquias.

Pe. Raul Kestring

Equipe diocesana se empenha para colaborar com agentes pastorais que promovem a preparação dos noivos

Diácono João F. Zimmermann

uM cAMinhO dE cOnStAntE pREpARAçãO

É importante que as equipes paroquiais atuem em sintonia com as orien-tações pastorais da Dio-cese. Pois, os agentes devem ser conscientes de que não falam em seu nome, mas em nome de Jesus Cristo e da Igreja. Não é preciso que todos tenham uma formação de excelência para começar o trabalho, entretanto devem

ter o desejo de aprofundar seus conhecimentos nos documentos e orientações da Igreja.

O testemunho do ca-sal é muito importante. Precisa ser algo concreto, de uma família que busca constantemente superar as dificuldades. Pessoas que tiveram um encontro pessoal com Deus, que estão a caminho, em bus-ca contínua de conversão e de santificação.

ao lado Dr. nelson arns, filho de Zilda arns. O médico atuou como missionário leigo na Diocese de Bacabal (Ma), em 1988 e 1989. Desde 1990 é Coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança - Organismo de ação social da Conferência nacional de Bispos do Brasil (CnBB).

Visite-nos na Internet

www.diocesedeblumenau.com.br

15Março de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau

Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau Mar/2010

pág. 7

Diocese de BlumenauAno da Palavra

Caminhadas Penitenciais iniciam na Diocese

16 História das Comunidades Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

Especializada em Sonorização para Igrejas

16 História das Comunidades Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

Especializada em Sonorização para Igrejas

Sextas-feiras da Quaresma serão marcadas por grande momento de unidade e penitência

Às 5h da primeira sexta-feira da Quaresma, dia 19 de fevereiro, cerca de duzentas pessoas estavam reunidas para a Caminhada Penitencial, na Rua Franz Volles, bairro Itoupava Central, região norte da cidade de Blumenau. Dez

sacerdotes paramentados, dispostos a atender confis-sões das pessoas que o de-sejassem, caminharam com a comunidade ali reunida.

Presidida por Dom José Negri, Bispo Diocesano, a ca-minhada percorreu em torno de

pRóxiMAS dAtAS:12/03 - Comarca de Gaspar: Paróquia São Pedro, Gaspar;19/03 - Comarca de Timbó: Paróquia Santa Terezinha, Timbó;26/03 - Comarca de Navegantes: Santuário N. Sra. dos Nave-gantes, Navegantes;02/04 - Comarca Blumenau Sul: Catedral (Centro).

1 km até chegar ao Seminário da Mãe de Jesus, próximo à Capela São Domingos Sávio. Servindo-se do livro-roteiro dos Grupos de Reflexão, em paradas freqüentes, rezava-se e meditava-se as estações da Via-Sacra, inspiradas na Cam-panha da Fraternidade Ecu-mênica deste ano de 2010, cujo tema é Economia e Vida e o lema, “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

Encerrando a significati-va celebração matinal, Dom José manifestou alegria pela presença de todos. Referiu-se ao motivo do evento ter sido realizado no Seminário. É

que neste ano celebra-se em toda a Igreja o Ano Sacerdotal. Convinha, então, distinguir o Seminário da Mãe de Jesus realizando lá a primeira Cami-nhada Penitencial.

Com a bênção do Bispo,

todos partiram para o dia de trabalho, agraciados pelo mo-mento de penitência quares-mal, vivenciado na certeza de, assim participar da alegria e da esperança da ressurreição do Senhor.

Mas se você não pode es-tar presente, não tem pro-blema. No decorrer des-te mês de março outras caminhadas acontecem. Sempre às sextas-feiras de quaresma, quando uma comarca diferente recebe essa manifestação da reli-giosidade popular. Para o Diácono Humberto do Nascimento, que cola-bora para organização da Caminhada da Catedral São Paulo Apóstolo, a ideia foi muito bem rece-bida pelas lideranças da comunidade. “É uma for-ma de aprofundar nossa espiritualidade, momento de conversão, um grande chamado à fé”, ressalta. O roteiro desta caminhada deve iniciar na prefeitura antiga, na praça Dr. Blu-menau e seguir em dire-ção à catedral.Outra comunidade que ficou feliz de receber a caminhada foi a Paróquia Santa Terezinha, que se-dia a Comarca de Timbó. Lá o percurso começa no Pavilhão Municipal de Eventos e segue até a Ma-triz. Eles também se pre-param para promover um café comunitário ao final da caminhada.

cAMinhAdAS cOntinuAM

Dom José inicia visitas pastorais