Jornal da Diocese de Blumenau Julho/2011

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Dízimo, mais que um mandamento da Igreja, é um projeto divino Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI - nº 118 – Julho de 2011 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 13 Diocese de Blumenau Jornal da Diga SIM a Deus! O sim de Maria: o seu sim A vida é um chamado e muitos precisam de você

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Jornal da Diocese de Blumenau, ano XI, Edição 118, Julho de 2011

Transcript of Jornal da Diocese de Blumenau Julho/2011

Dízimo, mais que um mandamento da Igreja, é um projeto divino

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI - nº 118 – Julho de 2011 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 13

Diocese de BlumenauJornal da

Diga SIM a Deus!

O sim de Maria: o seu sim

A vida é um chamado e muitos precisam de você

www.dioceseblumenau.org.br Julho de 2011 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião “Com alegria, deem graças ao Pai, que permitiu a vocês participarem da herança dos cristãos, na luz”

(Cl 1,12)

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Neste ano, em que decidimos em nossa Diocese viver melhor as nossas liturgias e focar melhor a Eucaristia que, como escrevia o Beato João Paulo II, “desde sem-pre está no centro da vida da Igre-ja”, desejo refl etir sobre o profundo sentido da “Primeira Eucaristia”, lembrando todas as crianças que se estão preparando para esse momento, por meio da catequese.

Desde o início do século XX, com São Pio X - chamado “o Papa da Eucaristia”, a comunhão pode ser recebida pelos fi éis diariamen-te. Também foi aberta às crianças

que tenham alcançado o uso da razão (a partir dos 7 anos de idade e depois de uma preparação ade-quada), a possibilidade de comun-garem com o Corpo e Sangue do Senhor.

Pensemos como, em um sé-culo, tantas coisas mudaram na igreja. Mas, sobretudo, na socieda-de. Quando o papa Pio X pensava nas crianças de seu tempo, jamais imaginaria o desenvolvimento tec-nológico, as mudanças de estilo de vida, as alterações no núcleo fami-liar que a criança nasceria e cres-ceria nos dias atuais.

do recebimento da Primeira Co-munhão, terão alguém em quem confi ar de verdade e sentirão como a Eucaristia, de fato, transforma a nossa vida, como transformou a vida de muitos santos.

Importante neste processo - e aqui me dirijo aos pais, primei-ros catequistas – é deixar que as crianças se aproximem de Jesus. Como Ele mesmo mandou: “Dei-xai as crianças, e não as impeçais de virem a mim” (Mt 19,14). Não as podemos impedir de irem ao encontro de Jesus, pois é notório o fato de que muitas delas que se apaixonaram por Jesus acabaram levando à Igreja os próprios pais, que há muito tinham esquecido o caminho para encontrar-se com Ele.

A Primeira Eucaristia

Arti

go

História de uma vocação Sou uma parte de uma imensa vida “Na busca constante da vocação, procuro ver quão pequenos são meus obstáculos

frente a tantas realidades que encontramos no mundo, nas famílias e na juventude”Com certeza, em alguma oca-

sião, você já percebeu a importância de ter uma ocupação que o envol-va, que lhe dê a impressão de não ter visto o tempo passar e, ainda, o orgulho de ter realizado uma obra, uma missão.

O ser humano não foi feito para fi car parado, sem fazer nada. Assim, adoece e morre.

Feitos à imagem e semelhança de Deus, somos destinados a fazer o bem, a amar e sermos amados. Parece que também a natureza par-ticipa desse dinamismo divino. Uma água parada, por exemplo, perde a capacidade vital, vira lodo e apodre-ce.

Nessa edição do Jornal da Dio-cese, pensamos em destacar esse chamado fundamental que o Deus amoroso e criador inseriu em nosso ser. Ele nos elevou à dignidade de operários do seu Reino (1Cor 3,9). Isso porque estamos nos aproxi-mando do mês vocacional, agosto, quando celebramos a dimensão ina-

lienável de nossa existência humana. Foi a Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB) que pro-pôs e organizou o mês vocacional e sugeriu para cada semana, o en-foque de uma vocação específica. Na primeira, a vocação sacerdotal, seguida da vocação matrimonial (segunda semana), da vocação reli-giosa consagrada (terceira semana) e, na quarta semana, a vocação dos leigos e leigas, especialmente os ca-tequistas.

Mais do que individualizar as diversas vocações para vermos me-lhor a sua importância, desejamos frisar a necessidade de uma cultura vocacional. Isto signifi ca que nenhu-ma pessoa ou criatura recebeu a existência por acaso ou para gastá-la egoisticamente. “Todos somos par-te de uma imensa vida”, dizia São Francisco de Assis. Para nossa rea-lização plena, cabe-nos vivê-la inten-samente, em cada momento, imen-samente agradecidos e disponíveis à graça, ao projeto do Pai Eterno.

Edito

rial

Dom

Jos

é

“Neste ano particular dedicado à Eucaristia, favoreçamos um encontro mais profundo entre Jesus e aquelas crianças que terão a alegria de poder guardar em seus puros corações o amigo verdadeiro”

Devemos considerar que, com a massificação e o bombardeio dos meios de comunicação, a família acaba por ter uma míni-ma influência sobre as pequenas criaturas. E a igreja, menos ainda que a família. Como é difícil enten-der tudo isso, sobretudo porque a mentalidade comum pode nos le-var a pensar que os sacramentos são meros produtos de mercado a que se tem o direito de receber ou adquirir a qualquer hora!

Neste ano particular dedicado à Eucaristia, favoreçamos um en-contro mais profundo entre Jesus e aquelas crianças que terão a alegria de poder guardar em seus puros corações o amigo verdadei-ro. Acompanhemos de perto os passos dos pequenos que, a partir

Minha vocação ao sacerdócio surgiu ao me preparar para a Crisma. Com a catequese, abri meu coração e minha mente ao chamado de Deus. Foi na adolescência que percebi, através da família, da comunidade (Nossa Senhora Aparecida), da catequese e do grupo de jovens, que Deus me chamava e necessitava de uma resposta livre e comprometida com meu batismo.

O pároco, a família e os amigos me apoiaram nessa resposta e caminhada. Concluí o Ensino Médio e, após os estágios vocacionais e um acompanhamento pastoral, aos 18 anos iniciei no Seminário Propedêutico, em Blumenau. Hoje moro no SEFISC, em Brusque e estou no 3º ano de Filosofi a.

Para viver o sacerdócio é necessário buscar as raízes de minha história, da fé e do primeiro chamado. Procuro perceber na experiência de Deus que faço na oração, na pastoral e na comunidade e encontrar as bases que me sustentam e impulsionam frente aos obstáculos. Cultivar desde já uma espiritualidade sacerdotal é unir minhas difi culdades, projetos e lutas ao pastoreio do

Cristo Bom Pastor. As dificuldades se apresentam e tenho

de superá-las. A dinâmica das atividades formativas, da faculdade, da pastoral e das responsabilidades são cansativas e poderiam me fazer desanimar. Porém, na busca da vocação, procuro ver quão pequenos são meus obstáculos frente a tantas realidades que encontramos no mundo. Realidades de dor, sofrimento, morte e angústia.

Diante disso resgato: “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza” (Rm 8,26). Sou grato a Deus por possibilitar essa graça, que espero viver na simplicidade, sem perder minhas raízes de fé, atento e sensível às necessidades dos fiéis, na dinâmica pastoral, em comunhão com a Diocese. E buscar continuamente o maior amor a Cristo Eucarístico, fundamento para a missão do sacerdote. Nesta caminhada, a resposta à verdadeira vocação acontece a cada dia. E continuamente tenho que responder sim à vontade de Deus. Pois se Ele quer, eu também quero.

Erik Schmitz, seminarista no 3º ano de Filosofi a

DioceseJulho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Eles deixaram imediatamente as redes, a barca e o pai e seguiram com Jesus”

(Mt 4,22)

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A Diocese de Blumenau mantém três seminários para a formação dos jovens que são chamados a seguir a vocação sacerdotal. O caminho dos postulantes à vida religiosa passa pelos estágios Menor e Propedêutico, Filosofia e Teologia. A participação ajuda no discernimento da vocação e no desenvolvimento das qualidades e aptidões humanas, cristãs e apostólicas necessárias para o padre.

Os seminários da Diocese de Blumenau foram criados em 2001. Atualmente estão em formação nas três casas, quatro seminaristas menores, um propedêutico, três estudantes de Filosofi a, cinco de Teologia e dois seminaristas em estágio.

O Seminário Menor e Propedêutico fi ca em Blumenau, no bairro Itoupava Central. Já o Seminário Filosófi co de Santa Catarina (Sefi sc) está em Brusque, no Bairro Santa Terezinha. O Seminário de Teologia é mantido em Florianópolis, no bairro Santa Mônica.

O padre Marcelo Martendal, coordenador diocesano e regional da Pastoral Vocacional e Vigário Paroquial da Catedral São Paulo Apóstolo, explica que os seminários acolhem os que estão se preparando para o sacerdócio. “O padre diocesano, também chamado de padre secular, é um homem chamado por Deus do meio do povo, para estar a serviço da Igreja em uma Diocese”.

Formação

Enviado por Jesus Cristo para evangelizar e construir comunidades vivas e uma sociedade justa e fraterna, o padre é preparado para desenvolver as dimensões humano-afetiva, comunitária, espiritual, pastoral-missionária e intelectual.

“O dia a dia no seminário vai sendo construído por momentos de oração e celebração, estudo, trabalho, esporte, lazer e formação”, informa. Os admitidos são os jovens que sentem o chamado para serem padres, fazem o acompanhamento vocacional e participam dos estágios vocacionais.

VOCAÇÃO

A estrutura de formaçãode novos sacerdotes

Três seminários acolhem os jovens que dizem sim ao

chamado de Deus para a vida religiosa

CURTASLUTO

VIRADA RADICAL

A Comunidade Paroquial São José Operário, na Itoupava Central, em Blumenau, lamenta a trágica morte por acidente automobilístico de sua colaboradora Elsa Bruhmüller, ocorrida no dia 9 de junho. Neste momento de tristeza, cabe um agradecimento a Deus por ter dado a ela a perseverança para atuar como atenciosa zeladora por mais de 30 anos. Guardará no coração seu vivo testemunho de fé. Reza pelo seu descanso eterno, bem como pelo conforto dos familiares, amigos e de todos os que sentem a sua ausência física.

A juventude da Comarca de Timbó parti-cipou, no dia 5 de junho, da Virada Radical, um dia para conhecer e louvar a Deus. O evento reuniu aproximadamente 390 jovens na Paróquia Santa Terezinha, com a presen-ça também do ministério de música Amados do Eterno. O sucesso da Virada contou com o apoio dos padres Carlão e Alexandre, aos pais que trabalharam na cozinha e aos pro-jetos de servos, que se dedicaram à oração para que o encontro fosse ainda mais aben-çoado.

Seminário Menor e Propedêutico: acolhe os jovens que estão iniciando ou cursando o Ensino Médio (menores) e os que já concluíram sua formação (Ensino Médio ou até uma graduação) fora do seminário (propedêuticos). No primeiro, a formação é voltada ao aprofundamento da vocação cristã e ao discernimento da vocação presbiterial. O propedêutico é um tempo de preparação humana, cristã, intelectual e espiritual.

Seminário de Filosofia: nesta etapa, o jovem cursa três anos da faculdade de Filosofia. O estudo leva a uma compreensão e interpretação mais profunda da pessoa, da sua liberdade, das suas relações com o mundo e com Deus.

Seminário de Teologia: a última etapa da formação sacerdotal inicial. São quatro anos na faculdade de Teologia, com o objetivo de levar o futuro presbítero a perceber claramente as consequências da revelação divina em relação à missão da Igreja e ao compromisso dos cristãos pela transformação da sociedade.

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“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um

só corpo, assim é Cristo também” (1Cor 12,12)

4 www.dioceseblumenau.org.br Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Os avós de JesusSANTO DO MÊS

Joaquim e Ana eram um casal dis-tinto, mas viviam tristes, porque esta-vam chegando à idade avançada e eram estéreis. Observavam as leis e tinham certa fortuna. Dividiam suas ren-das em três partes: uma para as pró-prias necessidades, a segunda para o culto judaico e a terceira era distribuída entre os pobres.

Rezavam confi antes, para que Deus lhes desse uma descendência. Joaquim retirou-se para o deserto para rezar e permaneceu quarenta dias em jejum e oração. Um anjo apareceu comunican-do-lhe: “Joaquim, tua oração foi ouvida. Uma fi lha te será dada, a quem porás o nome de Maria”. Também Ana recebeu um aviso do anjo: “Ana, o Senhor ouviu o teu choro. Conceberás e darás à luz e, por toda a terra, falar-se-á da tua des-cendência.”

Joaquim, ao voltar para casa, ouviu da esposa: “Agora sei que o Senhor derramou sua bênção sobre nosso lar. Pois eu era como uma viúva, estéril, mas agora meu seio já concebeu. Seja bendito o Altíssimo!”

Maria foi levada ao templo, confor-me a promessa de seus pais, consagra-da a Deus e educada. Viveu no templo até o noivado com José. Sobre a morte de Joaquim e Ana, não há notícias. No entanto, o culto deles foi difundido des-de o século VI. Começou no Oriente e passou para toda a Igreja Romana. No Brasil, não há praticamente cidade que não tenha uma capela ou paróquia de-dicada a ela, que mereceu o título só re-servado à sua fi lha: Senhora Sant’ Ana.

O calendário litúrgico reservou o dia 26 de julho para a memória de Santa Ana e São Joaquim.

Igreja

AFRODESCENDENTES

Cor de igualdade social

Neste ano de luta por direitos e justiça entre a sociedade, a

Igreja abraça a causa

O ano de 2011 representa a luta pela igualdade social. É este o Ano dos Afrodescendentes, institu-ído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mas os anseios são pelos direitos e justiça em todas as esferas e períodos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística, (IBGE), mostram que, entre 1999 e 2009 houve um crescimento da propor-ção de pessoas que se declaravam negras (de 5,4% para 6,9%) ou pardas (de 40% para 44,2%) e que, agora em conjunto, representam 51,1% da população brasileira.

O principal objetivo do Ano Inter-nacional dos Povos Afrodescenden-

O 3º Encontro Estadual das Co-munidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro aconteceu em maio, em Armação de Búzios, reunindo 130 pessoas, entre quilombolas, represen-tantes dos governos, sociedade civil organizada e pesquisadores. Na pauta, a preparação para o Encontro Nacio-nal Quilombola, que será realizado em agosto, também no Rio de Janeiro.

Em Blumenau, a jornalista Magali Moser e a fotógrafa Rafaela Martins produziram uma grande reportagem intitulada “Negra Blumenau”, publicada em 2007 no Jornal de Santa Catari-na. A série mostrou a contribuição dos afrodescendentes na construção de Blumenau e resultou numa exposição fotográfi ca e documental apresentada em vários espaços da cidade.

A Igreja integra a luta pela igualdade social. Nos anos de 2007 e 2008 foram realizadas missas especiais na Pastoral Afro, coordenada pelo padre Paulo Sér-gio Marques, hoje no Santuário N. S. dos Navegantes. “Na Igreja todos são iguais. Acolhemos a comunidade, independente de cor ou classe social”.

Para o padre Paulo Barbosa de Araú-jo, da Paróquia N. S. do Perpétuo Socorro, de Blumenau, a Igreja é fundamental nes-

sa luta pela igualdade. “Devemos apoiar projetos governamentais que buscam di-minuir a desigualdade social e unir todos no meio celebrativo”.

O sacerdote avalia que a questão da humanidade já evoluiu muito. “Somos uma cidade para todos”. Mas ainda há preconceito. “O preconceito diz respeito à sociedade. É um olhar diferente sobre o di-ferente”. A padroeira dos afrodescendentes é Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

O que fazer para evoluir Acolhida pela fé

“Realizando seu sonho de construir ou reformar”

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tes é aumentar a consciência dos desafi os que as pessoas de ascen-dência africana enfrentam. Espera-se promover discussões com vários parceiros em diferentes países, pro-pondo soluções para a questão.

Realidade

A coordenadora do Programa Desenvolvimento, Trabalho e Cida-dania do Núcleo de Estudos Negros (NEN) de Santa Catarina, Joana Célia dos Passos, considera que a população negra no Estado também é marcada pelo racismo, que se materializa principalmente nas desi-gualdades socioeconômicas.

Ela salienta que, enquanto houver racismo, haverá a luta pelo direito à igualdade. “Não aquela igualdade que nega as diferenças e as descaracteriza, mas a que permita a dignidade, o respeito e o direito a acessar aos bens produ-zidos socialmente pela humanida-de”.

Algumas conquistas já foram alcançadas como as políticas na-cionais de saúde para a população negra, ações afi rmativas no ensino superior e o estatuto da igualdade racial. O NEN é uma entidade do movimento negro que nos seus 25 anos tem o combate ao racismo como principal bandeira de luta.

FOTOS RAFAELA MARTINS

Catequese“A catequese como educação da fé e a liturgia

como celebração da fé são duas funções da única missão evangelizadora e pastoral da igreja”

(DNC 120a)

5Julho 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

RITOS

Liturgia é a vida da igreja. Signi-fica ação sagrada, faz-nos experi-mentar e vivenciar um encontro com Deus, revelado por Cristo, no amor do Espírito Santo. A palavra LIT-URGIA vem do grego e quer dizer trabalho, serviço público. Toda ação a serviço da vida é liturgia. É ação do povo que celebra Deus em sua história. Deus quer libertar e salvar seu povo da escravidão e oferece o caminho da salvação.

Celebrar a liturgia significa fa-zer memória, trazer à nossa cons-ciência o modo de ser de Deus em Cristo Jesus e no amor do Espírito Santo. Liturgia é sempre celebra-ção do mistério Pascal. É celebrar a vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo, a verdadeira Páscoa. É o acontecimento central da história da humanidade.

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Catequese e liturgiaUm lugar privilegiado como fonte da catequese é a sagrada liturgia. O ser humano é, por natureza, ritual e simbólico. Refeições em família, nascimentos e mortes, festas populares, ritos pelos quais expressamos o sentido da vida

Da parte da liturgia nem sempre se leva em conta as condições de tornar as celebrações alegres, prazerosas, de forma que as pessoas possam renovar sua profissão de fé e buscar alimento para a vivência dessa fé. A prática dos sacramentos tem toda uma dimensão catequética.

Por isso, catequese e liturgia são acontecimentos de salvação que não podem estar dissociados na existência humana e na vida da comunidade. Eles constituem duas dimensões de uma mesma realidade. Daí ser necessário tanto catequese prévia quanto a própria celebração realizar-se como chamado constante à fé e conversão, como verdadeira evangelização (cf. SC 9).

Alimento

A liturgia alimenta a fé dos fiéis e contém a verdadeira exposição da fé e da Igreja. A catequese tem-no em conta, quando incorpora os testemunhos da liturgia à formação catequética e quando situa a celebração no interior desse processo. Liturgia e

Impulso para renovar a profi ssão de fé

[+] Integração é:

[+] relações entre liturgia e catequese

✗ fraca e fragmentada com a liturgia; ✗ limitada à atenção aos sinais e ritos

litúrgicos; ✗ pouco valorizadas as fontes litúrgicas;✗ itinerários catequéticos com pouca

ligação com o ano litúrgico;✗ presença marginal de celebrações nos

itinerários catequéticos (DGC 30).

✗ A catequese, intimamente unida a toda a vida da Igreja, culmina na celebração, conduz aos sacramentos e é preparação para a vida litúrgica.

✗ Uma forma eminente da catequese litúrgica é a iniciação à vida cristã que leva a pessoa ao encontro pessoal com Jesus Cristo, alimentada pelos sacramentos em sua caminhada.

✗ Liturgia é fonte da catequese.✗ A celebração é mistagógica e lugar de

educação e vivência da fé.

Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese

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CURTASFORMAÇÃO ESCOLA

Na Paróquia Nossa Senhora da Paz (Balneário Piçarras), o Padre Chi-co e a coordenação da catequese tra-balham o tema do Sulão na formação dos catequistas, utilizando o livro en-tregue a elas, conforme o que a Dio-cese objetiva em relação ao processo de Iniciação à Vida Cristã. Parabéns por esta forma de atualização e prepa-ração para um novo modo de formar discípulos missionários.

Com a 4ª etapa da Escola Regional, mais um grupo de catequistas está preparado para desempenhar sua função ou integrar as coordenações paroquiais e comarcais de ca-tequese. Foram dois anos de trabalho com excelentes asses-sores, em que nossa diocese pôde usufruir desta graça e bênção do Senhor!

Igreja

A Igreja expressa sua tradição viva e permanente numa pluralidade de formas: expressões bíblicas, símbolos e ritos litúrgicos, testemunhos e com-promissos missionários e expressões teológicas e doutrinais.

A liturgia não é somente o espaço no qual se confessa a fé, mas é ela

mesma expressão da fé na Igreja. Refl ete uma doutrina da fé e ensina-mento, não só nas fórmulas, mas em seus ritos, ainda que sua finalidade não seja instruir.

A catequese, como processo de educação da fé de crianças, adoles-centes, jovens e adultos compreende o ensino da doutrina cristã, dada geral-mente de modo orgânico, sistemático, gradual e contínuo, com o objetivo de iniciá-los na plenitude da vida cristã.

A catequese conduz à liturgia e de-semboca nela, não somente porque a liturgia é ápice e fonte (SC 10; LG 11; O 5), mas pela mesma dinâmica do processo de evangelização. A ca-tequese é um processo de iniciação à vida cristã, um caminho de educação da fé que envolve a vida das pessoas. Portanto, está ligada à ação litúrgica e sacramental (CT 23).

catequese, cada uma em sua dimensão, porém convergentes na sua ação, contribuem para a vivência e crescimento da fé.

A catequese (como processo de iniciação à vida

cristã e educação da fé) e a li-turgia (como celebração da fé) são duas funções da única missão evangelizadora e pastoral da Igreja.

6 www.dioceseblumenau.org.br Julho 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Ecumenismo “Aquele que vem do alto está acima de todos”

(Jo 3,31)

CELEBRAÇÃO

Semana de Oração pela Unidade congrega as igrejas

Um grande número de cristãos de várias crenças, de Blumenau e região, esteve reunido no dia 31 de maio, na Igreja Matriz Nossa Senhora Imacula-da Conceição, para celebrar a abertura da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A semana transcorreu de 5 a 12 de junho, coincidindo com os oito dias que antecedem a Pente-costes. O Núcleo Ecumênico de Blu-menau, porém, antecipou a abertura do evento com o culto, para que as paróquias e comunidades pudessem melhor aproveitar o período para suas celebrações.

O culto de abertura colocou, no mesmo altar, as autoridades máximas das igrejas membros do Núcleo Ecu-mênico de Blumenau: pastor Everson Gass (pároco da Igreja Evangélica Lu-terana do Brasil), pastor Breno Carlos Wilrich (sinodal do Sínodo Vale do Ita-jaí da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil) e o bispo dioce-sano, Dom José Negri (Igreja Católica Apostólica Romana).

Seguindo a tradição da troca de púlpitos, o pastor Breno proferiu a ho-

O Conselho Mundial de Igrejas participou no dia 14 de junho, em São Paulo, do evento público de repa-triação de documentos e microfi lmes relativos ao pe-ríodo da Ditadura Militar no Brasil, guardados pela enti-dade desde 1978 e que, até agora, eram mantidos em segurança na Suíça e nos Estados Unidos. O acervo foi entregue às autoridades brasileiras, que deverão disponibilizá-lo para consulta pública na internet, no prazo de um ano, através do pro-jeto “Brasil: Nunca Mais”.

A decisão do CMI de or-ganizar um arquivo com có-pias feitas em segredo dos autos da ditadura na déca-da de 1970 deu suporte ao trabalho que já vinha sendo feito pelo pastor presbiteria-no Jaime Wright e pelo ar-cebispo dom Paulo Evaristo Arns. Hoje, essa iniciativa representa um dos esforços coletivos mais complexos no resgate da verdade e da dignidade de centenas de seres humanos que sofre-ram abusos de um regime ditatorial.

Referindo-se ao papel do CMI no projeto “Brasil: nunca mais”, o procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, expressou gratidão ao orga-nismo ecumênico internacio-nal por ter somado esforços cruciais para a defesa e conservação do patrimônio público e de um importante capítulo encoberto da histó-ria brasileira.

Kingston, a capital da Jamaica, foi palco da Convocatória Ecumênica Inter-nacional pela Paz, realizada entre 17 e 25 de maio. O evento é organizado pelo Conselho Mundial de Igrejas (Conselho Mundial das Igrejas) e contou com a presença de leigos e religiosos de todo o mundo. O primeiro vice-presidente do CONIC, Dom Francisco de Assis da Sil-va, esteve presente.

A Convocatória encerra a Década para Superação da Violência, programa idealizado pelo CMI em 1998, durante sua Assembleia de Harare, e que co-meçou efetivamente em 2001. O evento reuniu cerca de mil participantes de todo o mundo, vindos das igrejas que inte-gram o CMI, os parceiros da entidade, redes da sociedade civil e do movimen-to ecumênico que trabalham na área de

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Núcleo Ecumênico de Blumenau reuniu os cristãos para momentos de refl exão

Brasil: Nunca Mais

Convocatória Ecumênica pede paz

milia do encontro, abordando o tema da Semana da Unidade deste ano: “Unidos no ensinamento dos após-tolos, na comunhão fraterna, na fra-ção do pão e nas orações” (At 2,42).

Destacou a analogia das raízes, qualificando, assim, os quatro ele-mentos fundamentais da comunida-de cristã primitiva, isto é, o ensina-mento dos apóstolos, a comunhão

paz e justiça.Os quatro focos temáticos da Con-

vocatória foram a paz na comunida-de, paz com a terra, paz no mercado e paz entre os povos. Na avaliação de Dom Francisco de Assis da Silva, o evento proporcionou refl exões pro-fundas sobre o papel das religiões na promoção do ecumenismo e da paz mundial. “O CONIC, enquanto parcei-ro do CMI, está engajado na promo-ção de uma cultura de paz”, disse.

fraterna, a fração do pão e as orações. “É a partir dessas raízes que bebemos a seiva nutritiva da única Igreja de Cristo, diversificada em nossas tradi-ções”, acentuou o sinodal.

Celebração ecumênica de abertura da Semana de Oração reuniu as lideranças das igrejas cristãs, incluindo o bispo Dom José

Enfoque Pastoral7Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

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“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”

(Mt 5,9)

PASTORAIS

Conhecer um pouco mais sobre as famílias e as crianças, ou mesmo res-ponder às dúvidas sobre a dependên-cia química. As pastorais da Criança e da Sobriedade desenvolvem ações que aproximam a comunidade e exer-citam a cidadania. Hoje, as campanhas representam o foco da Pastoral da Criança e a comunicação é uma ferra-menta da Pastoral da Sobriedade.

A Pastoral da Criança realiza cam-panhas permanentes em diferentes áreas, como de aleitamento materno, higiene, oração pelas crianças e outras. Atualmente está sendo enfatizada a primeira dose do antibiótico nos Postos de Saúde dos municípios. “Precisamos estar vigilantes ao que acontece. Fazer nosso papel de cidadãos, em busca do que é direito”, aponta Márcia Jaqueline da Silva Negherbon, coordenadora dio-cesana da Pastoral da Criança na Dio-cese Blumenau.

São cerca de 150 líderes atuan-tes na região, além de 160 pessoas de apoio e voluntários que trabalham como articuladores. Os líderes rece-bem capacitação e depois atuam nas comunidades. “São transformadores, repassam informações e orientações”, explica Márcia.

Abrangência

Atualmente, o movimento atende aproximadamente mil famílias e 1,4 mil crianças. “Precisamos cuidar das famí-lias. Se a família está bem, a criança também está”, diz a coordenadora. São realizadas três atividades prioritárias a cada mês: visitas (com cadastramento da situação familiar, acompanhamento e orientação), celebração da vida (en-contros entre a comunidade, permitin-do conhecimentos de diferentes áreas e brincadeiras para as crianças) e a

Trabalho desenvolvido pelos movimentos ajuda a promover a cidadania

Mais Mais pertoperto da da comunidadecomunidade

A Cáritas Diocesana de Blume-nau realizou, em junho, no Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Itoupa-va Norte, um encontro de formação, com o padre Roque Ademir Favarin e a colaboradora Fabiana Gonçalves, ambos da Regional de Florianópolis. Participaram os membros da entida-de em Santa Catarina, o Conselho Econômico Diocesanao, a Pastoral Social da Comunidade Santa Terezi-nha (Escola Agrícola) e a equipe da Cáritas Blumenau.

Com momentos de refl exão, dinâ-micas, apresentações e orientações, o encontro serviu para reforçar nos participantes, os planos de ação e projetos que possam levar a Cáritas Diocesana a alcançar seus objetivos. Padre Roque fez uma apresentação sobre a missão da Cáritas no mundo, no Brasil e na região. Ele lembrou a necessidade do trabalho em con-junto, em que todos os participantes tenham sua importância dentro da organização.

Sobriedade em Cristo é o nome do programa que vai ao ar todas as segun-das-feiras, das 12h30 às 14 horas, na Rádio Arca da Aliança Blumenau AM 1260. O programa foi lançado há cer-ca de um mês, com o objetivo de falar com as famílias que enfrentam proble-mas de dependência química e divulgar o trabalho dos grupos de autoajuda.

O apresentador é o padre José Vi-dalvino Fontanella da Silva, assessor eclesiástico da Pastoral da Sobrie-dade. O programa é dividido em três blocos. No primeiro é feita a oração da perpétua súplica de sobriedade. No segundo, a leitura de um dos 12 pas-sos da sobriedade, com instrução bíbli-ca e refl exão.

O terceiro bloco é aberto à parti-cipação dos ouvintes. O apresenta-dor responde às dúvidas juntamente com as psicólogas Malena Andrade e Janete Prim, voluntárias da Pastoral da Sobriedade. Os questionamen-tos podem ser enviados por e-mail ([email protected]).

Em algumas edições, o programa também apresenta entrevistas com convidados (profissionais de saúde, agentes da Pastoral, entre outros) e testemunhos de dependentes químicos internados na Casa de Recuperação da Pastoral.

A psicóloga Malena Andrade afi rma que o programa está tendo uma reper-cussão muito positiva na comunidade. “Ficamos mais próximos das pessoas e podemos tirar suas dúvidas e ajudá-las. É importante, pois quando alguém so-fre, quer outra pessoa que cuide dela”. Ela ressalta que os pedidos de oração recebidos são uma forma das pessoas dizerem: “por favor, cuida de mim”.

Encontro de Formação da Cáritas

Sobriedade no ar

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reunião dos líderes para avaliação e refl exão.

A Pastoral da Criança é uma ação social da Igreja Católica e surgiu no Bra-sil em 1983. Hoje, está presente em mais

de 15 países. O trabalho é ecumênico e o objetivo é atuar com a criança inserida num contexto familiar. A Diocese de Blu-menau atua com as atividades da Pasto-ral em nove municípios da região.

Cáritas Diocesana realiza o primeiro encontro de formação

Pastoral da Criança atende aproximadamente mil famílias e 1,4 mil crianças

A Diocese de Blumenau atua com as atividades da Pastoral em nove mu-nicípios da região

9Especial8

amor de Deus

VOCAÇÃO

O ser humano é convidado a viver em comunhão com a própria natureza, onde cada criatura está em profunda relação com todas as outras

Um chamado do

Muitos outros e grandes vocacionados

Estágio vocacional

Poderíamos descrever muitas ou-tras pessoas que foram chamadas por Deus. Até mesmo fora do am-biente bíblico: São Francisco de As-sis, Santa Clara de Assis, São Vicen-te de Paulo, São João Maria Vianney, Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II, Chiara Lubich. Também casais - como os pais de Santa Terezinha do Menino Jesus - responderam sim ao chamado de Deus de uma forma exemplar.

Governantes, políticos, médicos, professores, agricultores. A bem di-zer, de praticamente todas as pro-fi ssões úteis e honrosas da humani-dade, Deus chamou pessoas para se aliarem ao seu plano de amor e salvação.

Uma cultura vocacional

Todo homem e toda mulher re-cebem o dom da existência e não o recebem por acaso. Cada uma e cada um vem a este mundo com uma missão. Essa missão é pes-soal e insubstituível. Deus chama cada um pelo nome. “Eu te chamo pelo nome, és meu” (Is 43,1).

Quando será que todos se da-rão conta desse chamado? Como fazer entender e fazer descobrir o chamado pessoal de Deus? Como seria o mundo se, cada um, no seu lugar, na sua realidade, na sua his-tória, vivesse escutando o que o Pai e Criador espera dele?

Diante desta perspectiva, com

certeza, se estabeleceria na terra algo semelhante ao paraíso ter-restre.

Para isso, porém, lutamos, em primeiro lugar nós, cristãos, cató-licos, pessoas de fé e de boa von-tade. “Como se fará isso?”, pergun-tamos como Maria. A resposta é a mesma do anjo: “A Deus nada é impossível”. Importa dizermos, cada ser humano, o nosso sim. Se o ou-tro ou os outros se omitem diante da proposta amorosa de Deus, não nos cabe julgá-los e nem condená-los. Uma coisa é certa: quanto mais forte nosso testemunho de fi delida-de ao chamado, mais a luz de Deus brilhará nos corações, nos ambien-tes, no mundo.

A messe é grande e precisa de mais operários! Por isso a Pastoral Vocacional e o Seminário Menor Dio-cesano da Mãe de Jesus, em Blu-menau, promovem de tempos em tempos o Estágio Vocacional, um dia de encontro para que os adolescentes e jovens que sentem o desejo de ser sacerdotes, possam conhecer a casa de formação, os padres, o bispo e ou-tros seminaristas.

O último estágio ocorreu em maio, com a participação de 18 jovens vin-dos de várias paróquias. Nessas opor-tunidades, os organizadores procuram envolver os visitantes na oração, di-vertimento, palestras, refeições e en-tretenimento, para que eles percebam a rotina de quem escolhe seguir a sua vocação, desde o seminário.

Todos os agentes de pastorais e dos movimentos eclesiais devem

sentir-se comprometidos em desper-tar vocacionados ao sacerdócio. Os encontros de Grupos de Refl exão, as missas, celebrações e reuniões são momentos em que não podem faltar a oração, o incentivo, o anúncio do es-tágio e até mesmo o convite para que os jovens dele participem. O estágio é aberto a rapazes que estejam cur-sando no mínimo a 8ª série do Ensino Fundamental.

Deus é comunhão. O nosso Deus distin-gue-se pelo fato de ser comunhão. Primeiro, dentro da comunidade trinitária, onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas e um só Deus. Conhecemos este mistério, porque Jesus o revelou. Em muitas passa-gens bíblicas, sobretudo do Novo Testamen-to, encontramos claramente esta afi rmação. Das mais impressionantes, nesse sentido, é a oração sacerdotal de Jesus (Jo 17).

Deus fez o homem e a mulher para expandir seu ser comunhão

Com o desejo de expandir seu ser co-munhão, o Criador fez o homem e a mulher. “Façamos o ser humano segundo a nossa imagem e semelhança”, diz o livro do Gê-nesis (1,26). Portanto, o homem e a mulher foram feitos do jeito de Deus: para viver a comunhão entre si e com Deus. Aí encon-tram a sua verdadeira identidade, a razão da sua vida.

O teólogo e escritor norteamericanoTho-mas Merton escreveu um livro com o título “Homem algum é uma ilha”. O ser humano, portanto, não se basta em si mesmo. Ele precisa de Deus. Ele precisa do outro.

O ser humano é chamado a viver em comunhão com a própria natureza, onde cada criatura está em profunda relação com

todas as outras. Por isso, em nosso tempo, emerge cada vez com mais força o apelo ecológico, Isto é, o descuido da criação não prejudica somente os seres inanimados. O próprio ser humano vive da relação com as demais criaturas.

Deus chamou pessoas para realizar seu projeto de amor

Um dos chamados de Deus que mais impressiona na Bíblia é o de Abraão. Ele aparece no livro do Gênesis (11), como des-cendente de Sem, fi lho de Noé. Homem de muitas posses, estabelecera-se com seu pai, Taré, em Harã. Para dar uma idéia da sua boa condição de vida, basta dizer que a família tinha escravos, o que, naquele tem-po, era habitual entre as pessoas de mais posses.

O início do capítulo 12 do mesmo Gê-nesis conta o chamado que Deus fez a Abraão: “O Senhor disse a Abraão: sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para onde eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação e te abençoa-rei”. Logo depois da fala de Deus, nem apa-rece reação alguma de Abraão. Simples-mente o escritor sagrado afirma: “Abraão partiu, como o Senhor lhe havia dito...” (Gn 4). Que prontidão à voz de Deus!

Hoje, olhando a história, vemos que Abraão foi o pai das três grandes religiões monoteístas do planeta: judeus, cristãos e muçulmanos. Quão grandes coisas pode fazer Deus com uma pessoa que diz sim ao Seu chamado!

Outra vocação impressionante na Bí-blia é a de Maria, mulher que se tornou a mãe de Jesus, o Salvador. Ao contrário de Abraão, ela faz uma pergunta ao Mensa-geiro de Deus, o Arcanjo Gabriel, que a visita. Deus respeita a realidade e a liber-dade de cada pessoa. Após a saudação do anjo, conforme observa São Lucas, “ela perturba-se com estas palavras e começa a pensar qual seria o signifi cado da sauda-ção”. O anjo explicita: “Conceberás e darás à luz um fi lho e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,31). E a pergunta: “Como acontecerá isso, se não conheço homem?” (Lc 1,34). O anjo afi rma: “A Deus nada é impossível” (Lc 1,37). E a maravilhosa resposta de Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Em Maria cumpriram-se as promessas de Deus. Ela se tornou a mãe de Jesus, o Filho de Deus encarnado, o Messias para a glória de Deus e o bem da humanidade. O sim de Maria tornou-se decisivo para toda história da humanidade, para todos os ho-mens e mulheres.

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VOCAÇÃO

O ser humano é convidado a viver em comunhão com a própria natureza, onde cada criatura está em profunda relação com todas as outras

Um chamado do

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Poderíamos descrever muitas ou-tras pessoas que foram chamadas por Deus. Até mesmo fora do am-biente bíblico: São Francisco de As-sis, Santa Clara de Assis, São Vicen-te de Paulo, São João Maria Vianney, Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II, Chiara Lubich. Também casais - como os pais de Santa Terezinha do Menino Jesus - responderam sim ao chamado de Deus de uma forma exemplar.

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Uma cultura vocacional

Todo homem e toda mulher re-cebem o dom da existência e não o recebem por acaso. Cada uma e cada um vem a este mundo com uma missão. Essa missão é pes-soal e insubstituível. Deus chama cada um pelo nome. “Eu te chamo pelo nome, és meu” (Is 43,1).

Quando será que todos se da-rão conta desse chamado? Como fazer entender e fazer descobrir o chamado pessoal de Deus? Como seria o mundo se, cada um, no seu lugar, na sua realidade, na sua his-tória, vivesse escutando o que o Pai e Criador espera dele?

Diante desta perspectiva, com

certeza, se estabeleceria na terra algo semelhante ao paraíso ter-restre.

Para isso, porém, lutamos, em primeiro lugar nós, cristãos, cató-licos, pessoas de fé e de boa von-tade. “Como se fará isso?”, pergun-tamos como Maria. A resposta é a mesma do anjo: “A Deus nada é impossível”. Importa dizermos, cada ser humano, o nosso sim. Se o ou-tro ou os outros se omitem diante da proposta amorosa de Deus, não nos cabe julgá-los e nem condená-los. Uma coisa é certa: quanto mais forte nosso testemunho de fi delida-de ao chamado, mais a luz de Deus brilhará nos corações, nos ambien-tes, no mundo.

A messe é grande e precisa de mais operários! Por isso a Pastoral Vocacional e o Seminário Menor Dio-cesano da Mãe de Jesus, em Blu-menau, promovem de tempos em tempos o Estágio Vocacional, um dia de encontro para que os adolescentes e jovens que sentem o desejo de ser sacerdotes, possam conhecer a casa de formação, os padres, o bispo e ou-tros seminaristas.

O último estágio ocorreu em maio, com a participação de 18 jovens vin-dos de várias paróquias. Nessas opor-tunidades, os organizadores procuram envolver os visitantes na oração, di-vertimento, palestras, refeições e en-tretenimento, para que eles percebam a rotina de quem escolhe seguir a sua vocação, desde o seminário.

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Deus é comunhão. O nosso Deus distin-gue-se pelo fato de ser comunhão. Primeiro, dentro da comunidade trinitária, onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas e um só Deus. Conhecemos este mistério, porque Jesus o revelou. Em muitas passa-gens bíblicas, sobretudo do Novo Testamen-to, encontramos claramente esta afi rmação. Das mais impressionantes, nesse sentido, é a oração sacerdotal de Jesus (Jo 17).

Deus fez o homem e a mulher para expandir seu ser comunhão

Com o desejo de expandir seu ser co-munhão, o Criador fez o homem e a mulher. “Façamos o ser humano segundo a nossa imagem e semelhança”, diz o livro do Gê-nesis (1,26). Portanto, o homem e a mulher foram feitos do jeito de Deus: para viver a comunhão entre si e com Deus. Aí encon-tram a sua verdadeira identidade, a razão da sua vida.

O teólogo e escritor norteamericanoTho-mas Merton escreveu um livro com o título “Homem algum é uma ilha”. O ser humano, portanto, não se basta em si mesmo. Ele precisa de Deus. Ele precisa do outro.

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Deus chamou pessoas para realizar seu projeto de amor

Um dos chamados de Deus que mais impressiona na Bíblia é o de Abraão. Ele aparece no livro do Gênesis (11), como des-cendente de Sem, fi lho de Noé. Homem de muitas posses, estabelecera-se com seu pai, Taré, em Harã. Para dar uma idéia da sua boa condição de vida, basta dizer que a família tinha escravos, o que, naquele tem-po, era habitual entre as pessoas de mais posses.

O início do capítulo 12 do mesmo Gê-nesis conta o chamado que Deus fez a Abraão: “O Senhor disse a Abraão: sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para onde eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação e te abençoa-rei”. Logo depois da fala de Deus, nem apa-rece reação alguma de Abraão. Simples-mente o escritor sagrado afirma: “Abraão partiu, como o Senhor lhe havia dito...” (Gn 4). Que prontidão à voz de Deus!

Hoje, olhando a história, vemos que Abraão foi o pai das três grandes religiões monoteístas do planeta: judeus, cristãos e muçulmanos. Quão grandes coisas pode fazer Deus com uma pessoa que diz sim ao Seu chamado!

Outra vocação impressionante na Bí-blia é a de Maria, mulher que se tornou a mãe de Jesus, o Salvador. Ao contrário de Abraão, ela faz uma pergunta ao Mensa-geiro de Deus, o Arcanjo Gabriel, que a visita. Deus respeita a realidade e a liber-dade de cada pessoa. Após a saudação do anjo, conforme observa São Lucas, “ela perturba-se com estas palavras e começa a pensar qual seria o signifi cado da sauda-ção”. O anjo explicita: “Conceberás e darás à luz um fi lho e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,31). E a pergunta: “Como acontecerá isso, se não conheço homem?” (Lc 1,34). O anjo afi rma: “A Deus nada é impossível” (Lc 1,37). E a maravilhosa resposta de Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Em Maria cumpriram-se as promessas de Deus. Ela se tornou a mãe de Jesus, o Filho de Deus encarnado, o Messias para a glória de Deus e o bem da humanidade. O sim de Maria tornou-se decisivo para toda história da humanidade, para todos os ho-mens e mulheres.

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www.dioceseblumenau.org.br Julho 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

CONTOCONTOA polêmica a respeito do lampião

BÍBLIA

“O espírito do Senhor enche o universo, dá consistência a todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz”

(Sb 1,7)

DESAFIO BÍBLICO RESPOSTAS DO TESTE ANTERIOR

1. Classifi que os seguin-tes personagens em ordem cronológica:

a) Moisés b) Adãoc) Davi d) Salomão e) Abraão

2. Qual destes é o nome de um livro no Novo Testa-mento?

a) Juízes b) Malaquias

c) Deuteronômio d) Hebreus e) Isaías

3. Quem escreveu o Li-vro de Filemon?

a) Filemon b) Paulo c) Pedro d) Onésimo e) João

4. Quem destes foi um dos 12 Apóstolos de Jesus?

a) Paulo b) Mateus c) Lucas d) Timóteo e) Silas

5. Quem foi o homem liber-tado por Pôncio Pilatos durante o julgamento de Cristo?

a) Barnabé b) Pedro c) Silas d) Barrabás e) Paulo

Veja as perguntas abaixo e tente respondê-las. Se acertar todas, você estará concor-rendo a duas bíblias. É que, como não houve ganhador na edição anterior, neste mês serão sorteadas duas bíblias. Mande suas respostas até o dia 10 de julho para o e-mail

[email protected] ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blume-nau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955 / Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, telefone e endereço.

Vamos testar seus conhecimentos bíblicos?Tente responder à lista de perguntas e concorra ao sorteio de duas Bíblias

RECORDANDO

Santa Paulina, ensina-nos o amor aos pobresHá dez anos, o Jornal da Dio-

cese, na edição de maio de 2002, estampou na capa uma imagem de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Amabile Visentainer), com a manchete: “Santa Paulina, Rogai por nós”.

O motivo era a programação do rito de canonização da reli-giosa, fundadora da congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Em Santa Catarina, especialmente em Nova Tren-to, onde a Santa Madre viveu a maior parte da sua vida, havia uma expectativa e muitos prepa-rativos, aguardando a chegada do histórico dia.

Todo o Brasil, porém, viven-ciava este clima de santidade, porque Madre Paulina seria a pri-meira pessoa oficialmente cano-nizada que vivera em terras bra-sileiras. Ela nasceu na Itália, em Vígolo Vattaro, mas ainda criança, aos oito anos, veio com sua famí-lia para o Brasil.

Nas páginas centrais, outras imagens vieram acompanhadas de texto de Padre Raul Kestring, que relembrava a verdadeira epo-peia evangelizadora da Madre.

O texto intitulado “Santa Pau-lina, ensina-nos o amor aos po-bres” refl ete o que, de fato, San-ta Paulina representa entre as

pessoas que se tornaram santas por terem vivido exemplarmente este apelo de Jesus: o amor aos pobres e sofredores. Nesse sen-tido, o mesmo texto evidencia a sintonia entre a experiência espi-ritual da primeira Santa Brasileira com opção pastoral de toda a América Latina e do Caribe pe-los pobres. Desde a Conferência Continental de Medellin até nos-sos dias, essa opção vem perpas-sando a evangelização do “Conti-nente da Esperança”.

Compadecer-se da dor e da necessidade alheia é compade-cer-se do próprio Cristo sofredor (Cf. Mt 25).

VOCÊ SABE? 1. Qual dos seguintes no-

mes não é um livro da Bíblia? b) Ezequias

2. Quem foi o primeiro rei de Israel?

b) Saul

3. Em seus últimos anos, Sara e Abraão tiveram um fi lho que eles chamavam de “riso”. Qual era seu nome real?

b) Isaac

4. Quem dos seguintes não é um profeta do Antigo Testamento?

b) Aaron

5. Coloque na ordem que aparecem na Bíblia:

A queda da humanida-de; o dilúvio de Noé; cria-ção do mundo; o Êxodo do Egito;a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai

Numa praça de determinado lugar havia um lampião a gás. Certo dia, ao seu redor, desencadeia-se um pequeno tumulto, porque alguns querem derrubá-lo. De hábito próprio, um monge adianta-se pelo meio de todos e diz: “Irmãos, consideremos primeiro o que é a luz, qual é o seu valor, quais são as consequências da sua falta. Se depois vermos que...”

Escutando aquelas palavras, à primeira vista inúteis, os mais práticos derrubam o monge e põem por terra o lampião. De forma alguma, porém, acabou-se a discussão. Alguns continuam. “É melhor assim! Agora, necessariamente, deverão mudá-lo”. Outros, ao invés, diziam: “Como era romântico aquele lampião! Agora a nossa cidade perdeu em beleza”. Outros ainda: “Podia-se deixar aquele lampião se estivesse pronta a luz elétrica”. E outros, práticos: “Vamos colocar lenha na fogueira para derrubar o governo municipal”. A discussão continua ainda, no lugar onde havia, uma vez, um lampião a gás. Porém, agora, no escuro! Não teria sido melhor escutar o monge fi lósofo e discutir o novo projeto debaixo do lampião aceso? (G. K. Chesterton, Eretici, Ed. Paoline)

Para pensar“Escolhe, neste momento

o que quererias ter escolhido na hora da morte” (Santo Inácio de Loyola)

“Para fazer o bem nunca precisei polemizar com alguém” (Dionísio Aeropagita)

“A brevidade é irmã do talento” (provérbio russo)

“É através dos olhos dos outros que se pode ver os próprios defeitos” (provérbio francês)

11Julho 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

Direção Geral:Dom José Negri PIME

Diretor Geral:Pe. Raul Kestring

Diretor Comercial:Pe Almir Negherbon

Textos e edição:New Age Comunicação

Rua Sete de Setembro, 2587 – sala 202 - Centro – Blumenau/SC

(47) 3340-8208

Jornalista Responsável:Marli Rudnik (DRT 484)

[email protected]

Fotografi as:Acervo da Diocese de Blumenau,

e Divulgação

Editoração:Job Designer

[email protected]

Revisão:Pe Raul KestringRaquel ResendeAlfredo Scottini

Impressão:Jornal de Santa Catarina

Tiragem:20 mil

Periodicidade:Mensal

Distribuição gratuitaCorrespondência

Cúria Diocesana de BlumenauRua XV de Novembro, 955 -

Centro(47) 3322-4435Caixa Postal 222CEP: 89010-003

Blumenau/SC

comunicacoes@diocesedeblumenau.org.brwww.diocesedeblumenau.org.br

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

“Quem pode subir à montanha do Senhor? Quem pode estar no seu lugar santo?

Aquele que tem mãos inocentes e coração puro”.(Sl 24/23, 3-4)

Dom Gregório Warme-ling, bispo de Joinville, no dia 26 de outubro de 1961, considerando o crescente número de habitantes da cidade de Blumenau, re-solveu erigir a Paróquia de Nossa Senhora da Glória, desmembrando-a das paró-quias de São Paulo Apóstolo (Blumenau) e de São Pedro Apóstolo (Gaspar).

Determinou sua área geográfi ca da seguinte for-ma: “partindo do Quartel 23 R. J. vai em linha reta, pas-sa o Morro das Minas, em Gaspar Alto, até encontrar o divisor das águas entre os afl uentes dos Rios Itajaí Açu e Itajaí Mirim, conhecido pelo nome de Serra de Itajaí; segue por este divisor até encontrar o divisor de águas entre os afl uentes dos rios Encano e Garcia. Segue depois este segundo divisor até encontrar o divisor de águas entre os afl uentes dos rios da Velha e do Zendron. Desce este último divisor até encontrar novamente o Quartel 23 R. J., que fi cará pertencendo à Paróquia de Blumenau”.

PARÓQUIA

Fundação ocorreu em 1961, para atender ao

crescente número de famílias católicas da região

O surgimento da comunidade Nossa Senhora da Glória

No início de 1928, Frei Beda Koch, da Paróquia São Paulo Apóstolo, fazia suas pregações na Capela de Santa Isabel, no Bairro Garcia Alto. Nesta época, visitava várias famílias residen-tes na Rua da Glória, deno-minada de Specktiefe (Tifa do Toucinho). Uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi o grande número de crianças da região, que não possuíam escola e muito me-nos instrução religiosa.

Foi por este motivo que, numa das reuniões presididas por Frei Beda, foi decidido sobre a fundação, primeiro da escola e depois da igreja. Com dinheiro arrecadado de porta em porta, alugou-se uma pequena casa de madeira à Rua Belo Horizonte e, no dia 14 de feverei-ro de 1929, com a bênção do crucifi xo e da sala escolar, foi fundada a escola paroquial e escolhido São José como padroeiro.

Já em 1931, com aprovação do Bispo de Joinville, Dom Pio de Freitas, foi adquirido um terreno situado à Rua da Glória, no qual, conforme planta do

irmão Frei Hilário, foi construído um pré-dio de tijolos com 18 metros de compri-mento e 9 metros de largura. Foi inaugu-rado no dia 10 de junho de 1931 com o nome de Escola São José que, também, servia de capela provisória.

Pedra fundamental

Em 1942, foi lançada a pedra fun-damental da atual Igreja Matriz e Frei Beda, novamente, ia de porta em porta, pedindo auxílio para a construção. Nos momentos de grande aperto dirigia-se ao diretor-gerente da Empresa Industrial Garcia, Ernesto Stodieck, que sempre dava provas de muita generosidade e simpatia pela obra. A festa da cumeei-ra foi celebrada no dia 19 de agosto de

1945 e, no dia 14 de setembro de 1947 realizou-se a festa de inauguração da torre, com 39,8 metros de altura.

Em março de 1948 foi celebrada uma missa solene na nova igreja, ainda em fase de acabamento. Os anos se-guintes foram dedicados mais à escola paroquial, que exigia maior espaço.

Novamente comprou-se um terreno ao lado da igreja e, no dia 14 de feve-reiro de 1954, foi lançada a pedra fun-damental da escola, graças ao trabalho incansável de Frei Raul Bunn (OFM). No mês de fevereiro de 1956, com a trans-ferência de Frei Bunn, o substituto Frei João Maria Boethge (OFM) deu conti-nuidade aos trabalhos. Em outubro de 1961, Dom Gregório Warmeling criou a nova Paróquia no Bairro Garcia.

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Paróquia Nossa Senhora da Glória, no Garcia, foi fundada em 1961

12 www.dioceseblumenau.org.br Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

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CARISMÁTICOS

Movimentos

Às 8 horas da manhã de domin-go, 29 de maio, a Igreja Matriz Sagra-do Coração de Jesus, em Belchior Alto, estava lotada de integrantes da Renovação Carismática Cristã, vin-dos de toda a Diocese de Blumenau. Eram jovens, adolescentes, casais e famílias. Em torno de mil pessoas ali estavam para vivenciar a experiência de fé cristã/católica.

O padre Marcos Nerone, da Paró-quia Santa Paulina, em Navegantes e assistente eclesiástico da RCC na Diocese, presidiu a missa. Umber-to Sell, pregador convidado, veio de Camboriú com a família e um grupo de cantores para animar a celebra-ção. Pedro Moreira, outro palestran-te convidado, trouxe sua mensagem aos carismáticos.

Terminada a celebração, os par-ticipantes se concentraram no Salão Paroquial, para um café preparado pela equipe de cozinha.

Com Maria lançaremos a rede

Esse era o tema do encontro. Para desenvolvê-lo, Umberto e Pe-

Ouvir Jesus, obedecê-lo, ver suas maravilhas e anunciá-las em missão, ou seja, ser pescadores de homens

Encontro Diocesano da RCC Encontro Diocesano da RCC reúne reúne as comunidadesas comunidades

FRANCISCANISMOSão Francisco sempre lutou com

todas as forças para que a Regra da Ordem seguisse, estritamente, o que prega o Evangelho, em termos de po-breza, obediência e disciplina. Ao fi m da vida, aconselhado por amigos e irmãos, cedeu em alguns pontos, suavizando o rigor que almejava impor. Todavia, sem-pre manteve os princípios da obediên-cia, castidade e pobreza. Estes ideais evangélicos revolucionaram o mundo e tornaram São Francisco o homem mais importante do segundo milênio (no pri-meiro foi Jesus Cristo). Francisco foi-lhe o seguidor mais fi el e completo, por isso era chamado de outro Cristo.

Hoje, as pessoas, engolfadas na compulsão do consumismo, se esque-cem destes ideais cristãos. Há, contudo, muitas pessoas que levam uma vida de simplicidade franciscana e vivem muito melhor a paz de Jesus Cristo. A propa-ganda acaba por transformar-nos em consumidores contumazes e predadores, até do Meio Ambiente. A vida simples, por si, faz-nos evitar comprar objetos inúteis, diminuindo o material que deva ser reciclado. Começamos a verdadeira reciclagem no ato das compras. Precisa-se evitar, ao máximo, muitos embrulhos, sobretudo, quando de plástico.

Quando um pobre pedia esmola a Francisco, ele lhe dava o que pudesse, muitas vezes, até a capa, em dias de frio intenso. Sempre temos algo para doar, mesmo os nossos guarda-roupas podem estar atulhados de roupas que não usa-mos. Algumas dessas peças serão de imensa utilidade para os necessitados. Nesta época, faz bem a todos abrir o co-ração e doar um pouco do muito de que dispomos. Assim seremos discípulos de São Francisco e autênticos franciscanos. Não é necessário fazer milagres espalha-fatosos, basta o milagre da bondade e do amor ao próximo. Desta maneira, estare-mos semeando a paz que transformare-mos em bem e estará começado o Reino de Deus em todos nós.

Alfredo Scottini

Um dia de festa na KolpingA Obra Kolping de Santa Catarina promoveu

em junho, na Comunidade de Blumenau, o semi-nário de formação para seus membros, acolhen-do os novos associados e associadas no trabalho da entidade. Foi um dia alegre, dinâmico e cele-brativo, que contou com a presença de mais de 60 pessoas. O tema foi o tripé que fundamenta a entidade, fundada pelo Beato Padre Antônio Adol-fo Kolping, em 1849, na Alemanha: promoção do trabalhador, de sua família e a formação/participa-ção social e política.

Os participantes puderam refl etir sobre o cui-dado que Jesus Cristo teve em promover a vida integral e de fazer da misericórdia a chave de sua ética. Qual é a imagem que o membro da Obra Kolping representa para o mundo nos dias atuais? A Doutrina Social da Igreja, a oração e a ação social constituem as dimensões indissociá-veis de uma mesma prática.

Uma celebração eucarística presidida pelo Pa-dre Raul Kestring (assistente religioso da Comu-nidade Kolping de Blumenau) encerrou o evento.

dro tinham diante de si a passagem evangélica da pesca milagrosa. “Os apóstolos haviam trabalhado a noite inteira e nenhum peixe haviam apa-nhado. À ordem de Jesus de lançar as redes, obedeceram e pegaram tão grande quantidade de peixes que as redes quase se rompiam”.

Reanimados em sua fé e no se-guimento de Jesus, os discípulos ouvem a ordem do Senhor para que sejam “pescadores de homens”,

são de Jesus, que é seguida pelo Do-mingo de Pentecostes. A proximidade com o Pentecostes inspirava o encon-tro diocesano, assim chamado tam-bém de “Cenáculo com Maria”.

A mãe de Jesus teve papel funda-mental na descida do Espírito Santo. Perdera a maternidade física de seu fi lho e, como mãe do seu Corpo Mís-tico, a Igreja, congregava os apóstolos na esperança da vinda do Espírito pro-metido.

Essa função materna de Maria continua pelos tempos afora entre os discípulos do Senhor. Ela é modelo e intercessora para que seus fi lhos, dian-te das dificuldades e perseguições, não arrefeçam na esperança de que o Espírito Santo os consolará e os fortifi -cará em sua missão.

Os participantes foram convidados às atitudes de fé dos apóstolos: ouvir, obedecer e anunciar Jesus

Dia alegre, dinâmico e celebrativo na Kolping

isto é, para que busquem as pessoas para a fé, para o amor e a salvação. Os participantes foram convidados à atitude de fé dos apóstolos: ouvir Jesus, obedecê-lo, ver suas maravi-lhas e anunciá-las em missão. Serem também “pescadores de homens”.

Cenáculo com Maria

A concentração da RCC aconte-ceu antes da solenidade da Ascen-

São inúmeras as paróquias e comunida-des do Brasil e do mundo que, como meio de manutenção e evangelização, optaram pelo dízimo bíblico. Evidentemente, não tive-ram ou não têm todas o mesmo sucesso. As pessoas e realidades locais são muito dife-renciadas. Isso, só ao pensarmos em âmbito de Brasil, ou até mesmo de Santa Catarina.

Exatamente por causa dessa diversidade a CNBB não exigiu - e talvez nem deva fazê-lo - que todas as paróquias, dioceses e co-munidades católicas do Brasil, implantassem o sistema do dízimo. Há que se considerar que as compreensões em torno do assunto não são homogêneas.

Acresce a isso uma tradição por parte da Igreja Católica. Entre os cinco manda-mentos, há algum tempo atrás, aprendia-se na catequese: “Pagar o dízimo segundo o costume”. Observa-se que, como não havia costume, não se pagava (ou não se pagava muito responsavelmente).

Paróquias13Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Todos os dízimos do campo, seja produto da terra, seja fruto das árvores, pertencem

ao Senhor como coisa consagrada”(Lv 27,30)

DÍZIMO

Um projeto divinoProcissão marca o dia de São Cristóvão

Rua Amazonas, 3176 Garcia Blumenau SC Fone: (47) 3324 0013Rua Frederico Jensen, 4500 Itoupavazinha Blumenau SC Fone: ( 47) 3334 2100 Rua 2 de Setembro, 2515 Itoupava Norte Blumenau SC Fone: (47) 3041 1388

e-mail: [email protected]

Trêslojas

para melhor

atender

Proposta

A Diocese de Blumenau fez a tentativa de optar decididamente pelo sistema do dízimo. Houve uma arrancada nesse sentido, com um encontro diocesano de lideranças, em que um missionário leigo dedicado a esse trabalho por todo o Brasil explanou detalhadamente, com um forte testemunho pessoal, a importância e a necessidade do dízimo. Os benefícios daquela arrancada permanecem, mas o entusiasmo pa-rece não mais ser o mesmo, embora diversas paróquias apresentem, ainda, experiência de sucesso diante desse desafi o.

Assim como uma opção uniforme e nacional cria dificuldades, também na opção diocesa-na. A Diocese igualmente apresenta realidades diversificadas que não impediriam totalmente uma caminhada de sucesso nesse campo, mas exigiria muito empenho de padres, diáconos, li-deranças, em vista de atingir um patamar satis-fatório diante desse projeto.

ORAÇÃO DE SÃO CRISTÓVÃOÓ São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a fi r-

meza e segurança, porque carregais nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre fi rmeza e seguran-ça no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntezas que eu encontrar, venham elas dos homens ou do espírito infernal.

São Cristóvão, rogai por nós.

O dia do protetor dos viajantes e dos moto-ristas é 25 de julho. Porém, a Capela São Cris-tóvão, no Bairro Progresso, antecipa a tradicional festa do padroeiro para 10 de julho, quando ocor-re a procissão motorizada pelas ruas da cidade, a partir das 8 horas.

A saída será na Rua das Palmei-ras, passando pela Rua Amazonas, com destino à capela, onde, às 10 horas padre Anderson Ferrari ce-lebrará uma missa. Logo após, ocorre a bênção dos carros e das chaves e em seguida começam as atrações da festa, com churras-co, jogos, música e brincadeiras.

A festa de São Cristóvão en-volve centenas de motoristas, que vêm receber a bênção para seus carros, caminhões, mo-tos e ônibus. Segundo João Felipe, que mora na comuni-dade e há 35 anos trabalha na organização do evento, as

pessoas participam porque se sentem abenço-adas pelo padroeiro. “Esse sentimento é o mais importante”, diz ele.

Ana Catarina Gonçalves, esposa de João e catequista da capela, conta que devido ao grande

número de devotos, o trajeto da procissão dobrou nos últimos anos. Até mesmo as empresas do bairro têm aderido e a cada ano uma fi ca responsável pelo transporte da imagem de São Cristó-vão no cortejo.

Além das empresas, o Seterb também participa fazendo a escol-ta e garantindo a segurança dos fi éis. Mas apesar da devoção, du-rante a celebração os participan-tes são lembrados de que apenas

a benção não basta. É preciso ter consciência e cuidado no

trânsito. Respeitar as leis, os motoristas e pedestres é fundamental para ter maior

segurança.

[+] CONVITE✗ Festa de São Cristóvão✗ Capela São Cristóvão (Rua Rui Barbosa, 1505 -

Progresso – Blumenau)✗ (47) 3336-7103

Programação:✗ Dia 7 (quinta-feira), 19 horas: novena✗ Dia 8 (sexta-feira), 19 horas: novena seguida de

uma canja de galinha✗ Dia 9 (sábado), 18 horas: missa seguida de festejos✗ Dia 10 (domingo), 8 horas: procissão seguida de

missa e festejos

[+] Pratique direção defensiva

✗ Respeite os limites de velocidade

✗ Respeite a sinalização

✗ Mantenha distância segura do veículo da frente

✗ Utilize o cinto de segurança mesmo no banco traseiro

✗ Transporte crianças em dispositivos adequados

✗ Antes de viajar confira as condições dos faróis, pneus, níveis de óleo e água, limpador de parabrisa e outros itens básicos do veículo

A dimensão missionária dos grupos

Vida Missionária14 www.dioceseblumenau.org.br Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

“A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a compreende. Esse com certeza produz fruto”

(Mt 13,23)

REFLEXÃO

A Comarca Blumenau Sul reuniu em maio os representantes dos Grupos de Refl exão para uma troca de experiências e aprofundamento. Cerca de 200 animadores e integrantes desse projeto pastoral prio-ritário da Diocese e do Regional Sul IV da CNBB compareceram ao Salão Porta Aber-ta da Catedral São Paulo Apóstolo para um evento proveitoso a todos.

O evento foi coordenado pelo padre José Norbey, pároco da Paróquia Santa Cruz, na Velha Central, em Blumenau e responsável diocesano dos Grupos de Re-flexão. Um aspecto que se destacou no encontro foi a presença de organizadores e palestrantes leigos, que conduziram pratica-mente todo o programa.

O tema foi o mesmo da Campanha da Fraternidade 2011: o cuidado com a vida no planeta. Ou, conforme o enuncia-do: “Fraternidade e vida no planeta”, com o lema “A terra geme em dores de parto”. Além do aprofundamento em torno do tema o evento teve como foco a partilha, o enco-rajamento, a reanimação e a perseverança nesse importante trabalho da Diocese.

Durante o encontro foi distribuído um

O risco da fé “Quem quiser salvar

sua vida, a perderá, mas quem perder sua vida por minha causa, a salva-rá” (Mt 10,39). Observa-se que a segurança da salvação implica confi ança, não em coi-sas ou raciocínios, mas numa pessoa (por minha pessoa). A fé começa pelo risco e não pela argumentação. Seu fundamento é uma pessoa: “Sei em quem depositei a minha fé” (1Tm 1,12). Paulo, depois de elencar os mo-tivos humanos que o levariam a confiar em si mesmo, afirma taxativamente: “Todas estas coi-sas que para mim eram ganhos, eu as considerei como perda por causa de Cristo” (Fl 3,7).

É interessante que o risco da fé se situa hoje numa era de incertezas. Daí a múltipla oferta de medidas de segurança. Pro-curamos nos assegurar de tudo: acidentes, enfermidades, morte, roubo, futuro, economias pesso-ais. A tranquilidade e o otimismo que o racionalismo ingênuo pro-porcionava a nossos antepassa-dos desapareceram. A explosão de novas questões, dimensões da realidade, acarreta a suces-siva mudança de paradigmas e a tentação do ceticismo com relação ao próprio conhecimento humano da verdade.

Temos hoje uma consciên-cia, talvez inédita na história da humanidade, da historicidade da existência humana e suas con-quistas. O que antes era eviden-te e por todos aceito tornou-se risco, já que as previsões estão continuamente sendo refeitas pela entrada de novos dados e pelo brotar de novos problemas.

A Sagrada Escritura apre-

senta-nos a fé como uma opção livre, mas não tão distinta do sa-ber científi co, como protagoniza-va certo racionalismo anticlerical do passado. Hoje não podemos negar o fundo histórico de todo conhecimento humano. Mas a certeza da fé se apoia em seu próprio fundamento. Não se crê a não ser no que parece digno de ser acreditado. Assim é a pessoa de Jesus Cristo, sua história, seu modo de viver, seu trato com os homens e mulheres de seu tem-po, que fundamentam e alimen-tam nossa fé.

Cremos no Deus de Jesus Cristo, para ele caminhamos pela estrada que é Jesus Cristo, do qual recebemos a visão do mun-do e da história, a luz que orienta nossos passos na aventura da vida. Mas, para reconhecer Je-sus Cristo como Senhor, devo dar um assentimento livre, devo nele crer como Filho de Deus e Salvador da humanidade. Por-tanto, só no interior da fé chego plenamente ao fundamento da mesma. Só aí a história de Je-sus de Nazaré com toda a sua riqueza me oferece a razão, a verdade e a credibilidade da mi-nha opção.

Esta opção deve ser a minha, a sua, porque “não se pode crer a não ser querendo”, já dizia Santo Agostinho.

Padre Alcimir José Pillotto

Símbolos presentesSobre uma mesa, em lugar de destaque no espaço de realiza-

ção do Encontro dos Grupos de Refl exão, três símbolos que repre-sentam este movimento da Igreja: a imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Bíblia e uma vela. A Mãe Aparecida, Rainha dos Gru-pos de Refl exão, interceda junto a seu Filho Salvador para que os Grupos sejam fortes, perseverantes e quando acontece a fraqueza, que a exemplo dos discípulos de Emaús, sejamos capazes de re-começar. A Bíblia, principal ferramenta dos Grupos de Refl exão. A vela, sinal da presença de Jesus, que nos ajuda a ser testemunhas da sua morte e ressurreição nas comunidades e no mundo.

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O cuidado com a vida no planeta foi tema de encontro na Diocese

[+] Doze dicas ecológicas do evento:

1. Mude o padrão de consumo, criando uma nova cultura2. Reduza a produção de lixo e use sacolas ecológicas3. Economize água e energia elétrica4. Consuma produtos orgânicos e coma mais verduras 5. Não jogue óleo de cozinha na rede de esgotos6. Plante árvores, cultive hortas e jardins7. Use papel reciclado8. Não jogue lixo nas calçadas e bueiros9. Divida seu carro com outros e ande mais a pé10. Recicle papel, plástico, vidro e promova a reciclagem11. Preserve toda espécie de vida12. Cuide da mãe-terra. As gerações futuras agradecerão

santinho com a imagem de São Francisco de Assis, pa-droeiro da ecologia. No verso, as indicações da Campanha da Fraternidade desse ano e o recado: “Sem ação não há solução. Educação ecológica”.

Grupos de Reflexão da Diocese se reuniram na Catedral

“O Senhor o abençoe e guarde. O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!

O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz”(Nm 6,24-25)

Espaço da Família15

PARTICIPAÇÃO

Grupo da diocese presente em Peregrinação Nacional

Uma excursão organizada pela Paróquia Cristo Rei, de Blu-menau, levou 52 pessoas a Apa-recida do Norte (SP), nos dias 28 e 29 de maio, para participar da 3ª Peregrinação Nacional da Fa-mília, no Santuário da Padroeira do Brasil. O grupo da Diocese foi acompanhado do assessor espi-ritual da Pastoral Familiar, padre Josué de Brito Souza e do casal coordenador, Diácono João e Marlene Zimmermann.

O evento iniciou no sábado, com o 1º Simpósio Nacional da Família, que teve acolhida de Dom Orlando Brandes e pre-sença de sete bispos brasileiros. Dom Orlando, que já foi bispo da Diocese de Joinville e hoje dirige a igreja em Londrina (PR), trans-mitiu, durante o Simpósio, a pre-sidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB para Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA).

Dom Petrini pediu ajuda aos representantes dos 17 regionais da CNBB e às 670 pessoas pre-sentes no Simpósio, para dar passos firmes e levar a família aos mais altos planos da nossa sociedade. Um dos palestrantes foi o Padre Zezinho, que falou sobre “Família e transmissão de fé”.

Ainda no sábado, Dom Rai-mundo Damasceno presidiu a missa e enfatizou que a família é lugar sagrado, onde a vida é ge-

Julho de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Na Diocese de Blumenau, 70 pessoas par-ticiparam no dia 19 de junho, na Paróquia São Francisco de Assis, do encontro da Pastoral Familiar preparatório para a Semana Nacional da Família. O evento aprofundou os temas do período dedicado à família, que transcorre de 8 a 14 de agosto.

Com essa preparação, além de sugerir pro-postas de atividades, os casais estão habilita-dos para trabalhar os mesmos temas nas paró-quias e comunidade. O ponto alto da Semana será a Caminhada da Família, marcada para o dia 21 de agosto, simultaneamente (no mesmo horário), em cada comarca da Diocese.

Semana da Família é tema de encontro

Evento em Aparecida discutiu a missão da família no mundo c ontemporâneo

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Encontro ocorreu na Paróquia São Francisco

Evento preparou o tema da Semana Nacional da Família, em agosto

rada, cuidada e educada para for-mar cristãos autênticos e cidadãos honestos, tornando-se um bem para a Igreja, o Estado e a huma-nidade. Por isso a família deve ser defendida e valorizada para que possa se tornar santuário da vida, igreja doméstica e vivência do ver-dadeiro amor.

Domingo

A Peregrinação continuou no domingo, com missas concelebra-das por Dom Cláudio Hummes, Dom Orlando Brandes, Dom Murilo Krieger e Dom João Carlos Petrini.

Dom Cláudio, enfatizou que muitas famílias deixam Deus de lado e, com esta ausência, ficam doentes. Com muito trabalho e pre-ocupações, não sobra tempo para a oração em família, as refeições em comum, o diálogo... O resultado é a insatisfação, o estresse e a depres-são. Todos nós, cristãos e membros de uma família, devemos nos unir para evangelizar a família e permitir que ela retome o verdadeiro cami-nho dos valores morais e cristãos.

De acordo com o Diácono Zim-mermann, a Peregrinação Nacional da Família se tornou um grande acontecimento da Igreja e deixou evidente a preocupação da igreja em buscar soluções para que as nossas famílias voltem a ser ninhos de amor, lares de ternura, para que o sonho de Jesus possa ser con-cretizado.

Missas celebradas durante os dois dias reforçaram a importância de cuidar das famílias, um bem da Igreja, do Estado e da humanidade

Diocese de Blumenauwww.diocesedeblumenau.org.brDiocese de Blumenau

CNBB Regional Sul 4

pág. 3Conheça a estrutura de formação vocacional da Diocese de Blumenau

JUBILEU

A comunidade diocesana e convidados, vindos de vários lugares do Brasil e até da Itália, celebraram a ação de graças pelos 25 anos de ordenação sacerdotal do nosso bispo, no dia 7 de junho, na Catedral de Blumenau

Louvor pelo santo ministério de Dom José

Presença de comunhão e alegria na missa do jubileu foi a de Dom Angélico, que veio de São Paulo especialmente para as comemo-rações. Após dirigir afetuosa sau-dação ao jubilando, foi até ele e o abraçou fraternalmente.

Os bispos das dioceses de Santa Catarina se fi zeram presentes na festa do jubileu de Dom José. Demons-traram, assim, que a Igreja adquire sua identidade e força na comunhão fraterna. De fato, Jesus diz: “Nisto saberão que vós sois meus discípulos: se vos amar-des uns aos outros” (Jo 13,34).

Também Dom Murilo Krieger (à direita na foto), arcebispo primaz do Brasil veio de Salvador (BA) para concelebrar a eucaristia em ação de graças pelos 25 anos da ordenação sacerdotal. Ele, com quem Dom José trabalhou em Florianópolis duran-te três anos, dirigiu uma edifi cante mensagem ao fi nal da missa.

No Salão Porta Aberta, pouco antes de sentar-se à mesa com os convida-dos, Dom José recebeu da Câmara de Vereadores de Blumenau o título de Cidadão Blumenauense. Apenas completando dois anos no exercício do ministério episcopal da Diocese, a cidade já reconhece, assim, o importante serviço da evangelização que o apóstolo ministra.

Todo o povo presente à missa jubilar pode saborear um bolo gigan-te preparado para a festa. A partilha do bolo signifi ca, também, a partilha das bênçãos celestes que o bispo proporciona a todos e to-das que, como ele e com ele, se responsabilizam com sua missão.

Os familiares de Dom José vieram de Milão, na Itália, para participar da celebra-ção. A eles o jubilando dirigiu, em italia-no, sua língua materna, uma comovente mensagem, dizendo que sua família par-ticipou e continua participando da escolha vocacional e missionária da sua vida.

Vibrante momento durante a missa foi a entronização da imagem de Nossa Senhora de Fátima, à qual o bispo de Blumenau convi-dou também os padres a consagrarem suas vidas e seus minis-térios. A celebração reuniu um numeroso grupo de fi éis de toda a diocese.

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